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28/06/2022

Programa de Pós-Graduação em Geotecnia Agenda

1.
1. Fluxo
FluxoConfinado
Confinado

2. Fluxo Unidimensional Horizontal Estacionário

3. Fluxo Unidimensional Horizontal Transiente

4. Fluxo Bidimensional Estacionário


Capítulo 3 – Fluxo Confinado
5. Fluxo Radial Estacionário

6. Fluxo Radial Transiente


Prof. André Luís Brasil Cavalcante
7. Fluxo em Termos de Potencial
Fluxo de Água em Meios Porosos Saturados e Não Saturados
Publicação G.AP-AC001/22

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

1. Fluxo Confinado 1. Fluxo Confinado

Regime Transiente: Regime Transiente:


 2  2  2 S  1     1         S 
3D, Homogêneo e Anisotrópico: kx  k y 2  kz 2  Radial, Homogêneo e
x 2 y z b t  rkr   k    kz 
Anisotrópico: r r  r  r     z  z  b t

3D, Homogêneo e Isotrópico:  2  2  2 S  Radial, Homogêneo e


   1     1         S 
x 2 y 2 z 2 k .b t Isotrópico: r      
r r  r  r     z  z  kb t
Regime Estacionário: Regime Estacionário:
 2  2  2 1     1        
3D, Homogêneo e Anisotrópico: kx 2  k y 2  kz 2  0 Radial, Homogêneo e  rk r   k    kz 0
x y z r r  r  r     z  z 
Anisotrópico:
3D, Homogêneo e Isotrópico:  2  2  2 Radial, Homogêneo e 1     1        
  0 r     0
x 2 y 2 z 2 Isotrópico: r r  r  r     z  z 

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

1. Fluxo Confinado Agenda

Já deduzimos as equações, agora precisamos resolvê-las!


1. Fluxo Confinado

2. Fluxo
FluxoUnidimensional
UnidimensionalHorizontal
HorizontalEstacionário
Estacionário

3. Fluxo Unidimensional Horizontal Transiente

4. Fluxo Bidimensional Estacionário

5. Fluxo Radial Estacionário

6. Fluxo Radial Transiente

7. Fluxo em Termos de Potencial

Para isto, use toda a matemática que já está no seu coração!

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

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2. Fluxo Unidimensional Horizontal Estacionário 2. Fluxo Unidimensional Horizontal Estacionário d 2


0
Fluxo Confinado, 1D, Homogêneo e Isotrópico Fluxo Confinado, 1D, Homogêneo e Isotrópico dx 2
• Significa que a água atravessa o aquífero confinado em • A solução da equação de Laplace é dada por:
apenas uma direção.
  Ax  B
• Neste caso, vy = vz = 0, e a equação de Laplace se reduz a:
x  0    1
d 2 • Condições de contorno:
0 x  L    2
dx 2

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2. Fluxo Unidimensional Horizontal Estacionário 2. Fluxo Unidimensional Horizontal Estacionário


  Ax  B 1  2
  1  x
Fluxo Confinado, 1D, Homogêneo e Isotrópico Fluxo Confinado, 1D, Homogêneo e Isotrópico L

• Portanto, • Esta equação indica que a carga piezométrica decresce


linearmente com a distância.
x  0  A.0  B  1  B  1
1 (m) 25 30
2 (m) 12

2  1
L (m) 50 25
Carga piezométrica (m)

x  L  A.L  1  2  A  x 
20

L 0
5
25
23,7
15

10 22,4
10
15 21,1

1  2
20 19,8
5

  Ax  B    1 
25 18,5

x 30
35
17,2
15,9
0

L 40
45
14,6
13,3
0 10 20 30 40 50 60

Distância percolada (m)


50 12

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2. Fluxo Unidimensional Horizontal Estacionário 2. Fluxo Unidimensional Horizontal Estacionário


1  2
1  2 vx  k x
  1  x L
Fluxo Confinado, 1D, Homogêneo e Isotrópico L Fluxo Confinado, 1D, Homogêneo e Isotrópico
• A vazão que percola pelo aquífero por unidade de comprimento é
• Como a descarga específica pode ser obtida pela Lei de Darcy dada por:
segue que:
1  2 1  2
Qx  vx .  H .1  k x H T
   L L
vx  k x  kx 1 2
x L
• Isto também garante que a descarga específica não varia com a w H w
posição. kx  K x Qx  K x 1  2 
 L 

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2. Fluxo Unidimensional Horizontal Estacionário 2. Fluxo Unidimensional Horizontal Estacionário


Exercício 1: Após a Gás Ideal e Lei de Boyle-Mariotte
construção de uma barragem,
detectou-se a presença de • Gás ideal pode ser compreendido como um conjunto de
uma camada permeável de moléculas ou átomos que estão em movimento constante
espessura uniforme igual a 20 e aleatório, cujas velocidades médias estão relacionadas
m e que se estende ao longo com a temperatura - quanto maior a temperatura do
de toda a barragem, cuja sistema, maior a velocidade média das moléculas. Um
seção transversal está gás difere-se de um líquido pelo fato de as moléculas
ilustrada ao lado. estarem mais afastadas, exceto no momento em que
Essa camada provoca, por infiltração, a perda de volume de água elas sofrem colisões. Outra diferença é que o movimento
armazenada. Suponha que o coeficiente de permeabilidade da camada de suas trajetórias é muito pouco perturbado pelas forças
permeável seja igual a 10-4 m/s, que ocorram perdas de carga hidráulica intermoleculares.
somente no trecho percorrido pela água dentro dessa camada e que a
barragem e as demais camadas presentes sejam impermeáveis. Sob essas Em condições ambientais normais tais como as temperatura
condições, calcule a vazão (Q) por unidade de comprimento ao longo da e pressão padrão, a maioria dos gases reais comportam-se
extensão da barragem, que é perdida por infiltração através da camada
como um gás ideal.
permeável.

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2. Fluxo Unidimensional Horizontal Estacionário 2. Fluxo Unidimensional Horizontal Estacionário


Gás Ideal e Lei de Boyle-Mariotte Fluxo Confinado, 1D, Homogêneo e Isotrópico
(Fluido Compressível)
• Lei de Boyle-Mariotte enuncia que a pressão absoluta e
Se o fluido que satura o meio poroso for compressível, a
o volume de uma certa quantidade de gás confinado são
vazão Q será variável ao longo do meio poroso. Considerando
inversamente proporcionais se a temperatura permanece
o fluido como sendo um gás ideal e o fluxo permanente, a lei
constante em um sistema fechado.
de Boyle-Mariotte permite escrever que:
Em outras palavras, ela afirma que o produto da pressão e
Q  1Q1  2Q2   Q
do volume é uma constante para uma devida massa de gás
confinado enquanto a temperatura for constante
onde
1  2
 
2
e Q é a vazão medida à carga hidráulica  .

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2. Fluxo Unidimensional Horizontal Estacionário 2. Fluxo Unidimensional Horizontal Estacionário


Fluxo Confinado, 1D, Homogêneo e Isotrópico Fluxo Confinado, 1D, Homogêneo e Isotrópico
(Fluido Compressível) Q d (Fluido Compressível)
Desta equação pode-se obter: vx    k x Assim,
A dx
d d Q
 k x  H .1
2
Q  k x A Q L
dx dx dx  k x d  dx  k   d
x
H H 0 1

Como Q   Q  Q   Q
 Q 2 
2
Q  22 12 
 x 0  kx   L  0  kx 
L
Substituindo-se o valor de Q tem-se:   
H  2 1 H  2 2

Q d Q
 kx H dx  k x d Q  kx
H 1 2
1  22 
 dx H L 2

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2. Fluxo Unidimensional Horizontal Estacionário 2. Fluxo Unidimensional Horizontal Estacionário


Fluxo Confinado, 1D, Homogêneo e H 1 2 Fluxo Confinado, 1D, Homogêneo e Isotrópico
Isotrópico (Fluido Compressível)
Q  kx
L 2
1  22  (Fluido Compressível)

1  2 • Observa-se que a equação obtida é idêntica à equação


Lembrando que:   válida para fluidos incompressíveis, desde que a vazão seja
2
medida à pressão média.
e que
12  22  1  2 1  2  • Deve-se lembrar também que a equação foi deduzida para
fluxo de gases ideais. Como em laboratório as pressões
segue que: são baixas, observa-se um pequeno desvio do
H 1 2 H 1 comportamento de gás ideal. Desta forma, a equação é
Q  kx
L 2
1  22   kx    2
1  2 1  2 
muito útil nas determinações experimentais.
L 1 2 
 2 
1  2   T 1  2  1  2
1  2   T 1  2  Q  kx H  
Q  kx H L L 2
L L

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Agenda 3. Fluxo Unidimensional Horizontal Transiente


Fluxo Confinado, 1D, Homogêneo e Isotrópico

1. Fluxo Confinado  2 S 

2. Fluxo Unidimensional Horizontal Estacionário x 2
k x  b t
FluxoUnidimensional
3. Fluxo Unidimensional Horizontal
Horizontal Transiente
Transiente

4. Fluxo Bidimensional Estacionário   x, t  0   0 Condição Inicial

  x  0, t   0
5. Fluxo Radial Estacionário
Condições de Contorno
6. Fluxo Radial Transiente

7. Fluxo em Termos de Potencial


  x  , t   0

Exercício: Implemente este modelo no Software Mathematica!

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3. Fluxo Unidimensional Horizontal Transiente 3. Fluxo Unidimensional Horizontal Transiente


Fluxo Confinado, 1D, Homogêneo e Isotrópico Fluxo Confinado, 1D, Homogêneo e Isotrópico

 2 S    2 k b 
  x, s   A.exp  
s  
x   B.exp  
s 
  D 2, D x  D  
x
D 
x 2
k x  b t t x S 0 ∞
0
0  s   s 

      2   , s   A.exp      B.exp       e st  , t  dt  0  B  0


L    D  L  2   s  x, s     x, 0   D  x, s   D   D  0
 t   x  1
0
s s s  s 
 

  x, s     x, s   0  r 2   0  r     0, s   A.exp   .0    e st  0, t  dt  A  0  e  st dt  0
D D D  D  0 0
s

 s   s  0  s  x 1 
  x, s   A.exp   x   B.exp   x   x, s   .exp   x     x, t   0 .erfc  
 D   D  s  D   2 D.t 

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3. Fluxo Unidimensional Horizontal Transiente 3. Fluxo Unidimensional Horizontal Transiente


Fluxo Confinado, 1D, Homogêneo e Isotrópico Fluxo Confinado, 1D, Homogêneo e Isotrópico x S 
  x, t   0 .erfc  
 2 k xb.t 
Influência do Tempo
 2 S    2 k b
  D 2, D x
x 2
k x  b t t x
t t

S kx
0.001

kx
3. 106

b b

  x, t  0   0
s s

x S 
25 25

  x, t   0 .erfc  
20 20

  x  0, t   0  2 k xb.t 
15 15

  x  , t   0
10 10

5 5

0 0
0 10 20 30 40 50 60 0 10 20 30 40 50 60

Exercício: Implemente este modelo no Software Mathematica!

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3. Fluxo Unidimensional Horizontal Transiente 3. Fluxo Unidimensional Horizontal Transiente


Fluxo Confinado, 1D, Homogêneo e Isotrópico x S  Fluxo Confinado, 1D, Homogêneo e Isotrópico x S 
  x, t   0 .erfc     x, t   0 .erfc  
 2 k xb.t   2 k xb.t 
Influência da Condutividade Hidráulica Influência da Espessura do Aquífero
t t t t

3. 106 3. 106 3. 106 3. 106

kx kx kx kx

b b b b

s s s s

25 25 25 25

20 20 20 20

15 15 15 15

10 10 10 10

5 5 5 5

0 0 0 0
0 10 20 30 40 50 60 0 10 20 30 40 50 60 0 10 20 30 40 50 60 0 10 20 30 40 50 60

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3. Fluxo Unidimensional Horizontal Transiente 3. Fluxo Unidimensional Horizontal Transiente


Fluxo Confinado, 1D, Homogêneo e Isotrópico x S  Fluxo Confinado, 1D, Homogêneo e Isotrópico
  x, t   0 .erfc  
 2 k xb.t 
Influência do Coeficiente de Armazenamento  2 S 

t

3. 106
t

3. 106
x 2
k x  b t
kx kx

b b

  x, t  0   i
s

25 25

x S 
  x, t   i  0  i  .erfc  
  x  0, t   0
20 20

15 15  2 k x b.t 

  x  , t   0
10 10

5 5

0 0
0 10 20 30 40 50 60 0 10 20 30 40 50 60

Exercício: Implemente este modelo no Software Mathematica!

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3. Fluxo Unidimensional Horizontal Transiente 3. Fluxo Unidimensional Horizontal Transiente


Fluxo Confinado, 1D, Homogêneo e Isotrópico Fluxo Confinado, 1D, Homogêneo e Isotrópico

100 ft

10 ft 5 ft

Exercício: Implemente este modelo usando MEF no Software


Slide/Rocscience ou o Seep-W/GeoSlope. Considere que a
condutividade hidráulica é 4 ft/h e que mv = 0.1. Considere
também que o meio poroso esta saturado.

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3. Fluxo Unidimensional Horizontal Transiente Agenda


Dica para validação do MEF

x S   x S 1
  x, t   0 .erfc      x, t   0 .erfc  .  1. Fluxo Confinado
 2 k x b.t  2 T t  2. Fluxo Unidimensional Horizontal Estacionário

T k L  2
3. Fluxo Unidimensional Horizontal Transiente
 x  cv T 
S  w mv   4. Fluxo
FluxoBidimensional
BidimensionalEstacionário
Estacionário

  5. Fluxo Radial Estacionário


1
  x, t   0 .erfc  x. 
4.cv .t 6. Fluxo Radial Transiente
 
Analogamente, 7. Fluxo em Termos de Potencial
 1 
  x, t   i  0  i  .erfc  x 
 4.cv .t 

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

4. Fluxo Bidimensional Estacionário 4. Fluxo Bidimensional Estacionário


Fluxo Confinado, 2D, Homogêneo e Isotrópico Fluxo Confinado, 2D, Homogêneo e Isotrópico

Caso 2D:  2  2 Caso 2D: De fato, derivando a primeira equação em relação a x e,


  0    x, y   ? a segunda equação, em relação a y, segue que:
x 2 y 2
Seja a função de variável complexa,   1  x, y   i2  x, y  uma  1 2    1    2 
 x  y     
função analítica que satisfaz as condições:   x  x  x  y 
 
 1   2    1      2 
 1 2  y     
 x  y x
 y  y  y  x 


 1   2   21  22
 y x  
 x xy
2

 2
 1    2
  2
É fácil demonstrar que as funções
componentes 1 e 2 satisfazem a  y 2 yx
equação de Laplace.

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

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 2  2
4. Fluxo Bidimensional Estacionário 4. Fluxo Bidimensional Estacionário 
x 2 y 2
 0    x, y   ?

Fluxo Confinado, 2D, Homogêneo e Isotrópico Fluxo Confinado, 2D, Homogêneo e Isotrópico

Caso 2D: Somando membro a membro as duas equações, segue


que: Finalmente, isto demonstra que 1(x, y) é a solução da
equação de Laplace:
  1  2
2 2

   21  21
 x
2
xy  21  21  22  22  0
 2    x 2 y 2
 1    2
  2
x 2 y 2 xy y x
 y 2 yx De modo análogo, demonstra-se que 2(x, y) também é
Levando-se em conta o teorema inversivo de Bernoulli: solução da equação:

 22  22  21  21  22  22


  0  2 0
xy yx x 2 y 2 x 2 y

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

 1 2
4. Fluxo Bidimensional Estacionário  x  y 4. Fluxo Bidimensional Estacionário


 1   2
Fluxo Confinado, 2D, Homogêneo e Isotrópico  y x Fluxo Confinado, 2D, Homogêneo e Isotrópico

• Mostra-se agora, que estas funções 1(x, y) e 2(x, y) • Isto mostra que em qualquer ponto (x, y) a tangente à linha
representam duas famílias de linhas que se cortam 1(x, y) = a é perpendicular à tangente à linha 2(x,y) = b,
ortogonalmente. como queríamos demonstrar.

• Tendo em vista as condições de monogenismo, pode-se


Mas quem são 1 e 2? O que descrevem fisicamente?
escrever:

1 2 1 2 1 é definido como a família de linhas de fluxo


x   y
 x  x  1 2 é definido como a família de linhas equipotenciais.
1 2 1 2
y x y y

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

4. Fluxo Bidimensional Estacionário 4. Fluxo Bidimensional Estacionário


Fluxo Confinado, 2D, Homogêneo e Isotrópico Fluxo Confinado, 2D, Homogêneo e Isotrópico

 2  2
Linhas de fluxo: representam as trajetórias   0    x, y   ?
das partículas de água durante o fluxo. x 2 y 2
Linhas equipotenciais: são linhas que representam o A solução se dá pelo Método da Separação das Variáveis: Consiste
lugar geométrico de pontos com a mesma carga hidráulica. em escrever a função  como um produto de funções de variáveis
independentes:

  x, y   X  x   Y  y 

1
2

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4. Fluxo Bidimensional Estacionário   x, y   X  x   Y  y  4. Fluxo Bidimensional Estacionário


Fluxo Confinado, 2D, Homogêneo e Isotrópico Fluxo Confinado, 2D, Homogêneo e Isotrópico
• Divida cada um dos termos da equação obtida pela solução
• Substitua a solução produto na EDP: produto:   x , y   X  x   Y  y 

 2 d 2 X  2 d 2Y
  x Y  y 2
 X  x  2  y  d 2X d2
 x Y  y   X  x   2 Y  y   0
x 2 dx 2 y dy dx 2 dy

1  d2X  1  d2 
 2  2   x Y  y   X  x  2 Y  y  0
 0 X  x   Y  y   dx 2  X  x   Y  y   dy 
x 2 y 2
1 d2X 1 d2
d2X d2 x   Y  y  0
X  x  dx 2
2  
x Y  y  X  x  2 Y  y   0 Y ( y ) dy 2
dx dy

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4. Fluxo Bidimensional Estacionário   x, y   X  x   Y  y  4. Fluxo Bidimensional Estacionário


Fluxo Confinado, 2D, Homogêneo e Isotrópico Fluxo Confinado, 2D, Homogêneo e Isotrópico
• Observe que o primeiro termo é uma função apenas da variável • Considerando o primeiro termo igual a a, o segundo deverá ser
independente x e o segundo termo apenas da variável necessariamente igual a -a. Assim, pode-se escrever:
independente y.
1 d2X
x   a  d X2 x   aX x   0
2

1 d2X 1 d2
2  
x   2 Y  y  0 X x  dx 2
dx
X  x  dx Y ( y ) dy

• Como x e y são independentes, cada um dos dois termos, desta 1 d 2Y d 2Y


2  
y  a  2  y   aY  y   0
equação, necessariamente deve ser uma constante e a soma Y  y  dy dy
deve ser igual a zero.

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4. Fluxo Bidimensional Estacionário 4. Fluxo Bidimensional Estacionário


Solução para EDO linear homogênea de ondem n ≥ 2 Fluxo Confinado, 2D, Homogêneo e Isotrópico

• Considere uma EDO linear homogênea de ordem n ≥ 2 com • Tem-se 2 EDO’s cuja soluções são dadas, respectivamente,
coeficientes constantes: por:
an y    an 1 y      a2 y   a1 y  a0 y  0
n n 1

• Define-se por equação característica: X  x   c1.exp  


ax  c2 .exp  ax  
n
an r  an 1r n 1
   a2 r  a1r  a0  0
2

• Se r é uma solução da equação característica, então:  


Y  y   c3.exp i a y  c4 .exp i a y  
y  x   e rx
• Como a equação característica possui n soluções r1, r2, ..., rn,
pode-se expressar a solução geral por:
y  x   c1e r1x  c2 e r2 x    cne rn x

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  x, y   X  x   Y  y 
4. Fluxo Bidimensional Estacionário 4. Fluxo Bidimensional Estacionário
Fluxo Confinado, 2D, Homogêneo e Isotrópico Fluxo Confinado, 2D, Homogêneo e Isotrópico

• Uma solução particular, correspondente aos valores a e b, é: • Ferramentas Numéricas


ab  x, y   c1.exp   
ax  c2 .exp  ax     
c3.exp i a y  c4 .exp i a y  Nosso objetivo é encontrar (x, y) que satisfaça a equação:
 2  2
• Por se tratar de uma equação linear, qualquer combinação linear  0
x 2 y 2
das possíveis soluções também é uma solução. Portanto,
Assumindo-se que (x, y) possui derivadas em relação a x e em

  x, y    Cab c1.exp
ab
  
ax  c2 .exp  ax   c .exp i
3  
a y  c4 .exp i a y  relação a y, até a ordem n, e que estas funções podem ser
expandidas na forma da série de Taylor:
Fácil!!! Mas o que falta ainda para resolver o problema?
  x   2  x   3  x   4
2 3 4

Estabelecer as condições inicial e de contorno que atendam a um   x  x, y     x, y   x    


x 2! x 2 3! x 3 4! x 4
caso real. Isto torna o uso da solução analítica 2D inviável.
  y   2  y   3  y   4
2 3 4

  x , y  y     x , y   y    
O que fazer? y 2! y 2 3! y 3 4! y 4

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4. Fluxo Bidimensional Estacionário 4. Fluxo Bidimensional Estacionário


Fluxo Confinado, 2D, Homogêneo e Isotrópico Fluxo Confinado, 2D, Homogêneo e Isotrópico

• Ferramentas Numéricas • Ferramentas Numéricas


E ainda,  2         x  x, y     x, y  
Adotando-se uma aproximação que leva em conta apenas a      
1a derivada, tem-se: x 2 x  x  x  x 

   x  x, y     x, y  1    x  x, y    x, y  
      
x x x  x x 
  x  x, y    x  x, y     x , y    x, y    x, y     x  x, y 
   x, y  y     x, y     
  x x x x
y y
 2   x  x, y   2  x, y     x  x, y 
 
x 2 x 2

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4. Fluxo Bidimensional Estacionário 4. Fluxo Bidimensional Estacionário


Fluxo Confinado, 2D, Homogêneo e Isotrópico Fluxo Confinado, 2D, Homogêneo e Isotrópico

• Ferramentas Numéricas • Ferramentas Numéricas k,n+1


(x,y+y)

E ainda,      
2
    x , y  y     x , y     x, y     xk , y n   k ,n
      (x-x,y) (x,y) (x+x,y) k-1,n k,n k+1,n
y 2 y  y  y  y 
1    x, y  y    x, y   (x,y-y) k,n-1
    
y  y y 
  x, y  y    x, y  y     x, y 
 
  x, y    x, y     x, y  y 
    x  x, y     xk 1 , yn   k 1,n   x, y  y     xk , yn 1   k , n 1
y y y y

 2   x, y  y   2  x, y     x , y  y    x  x, y     xk 1 , yn   k 1,n   x, y y     xk , y n 1   k ,n 1
 
y 2 y 2

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Fluxo Confinado, 2D, Homogêneo e Isotrópico Fluxo Confinado, 2D, Homogêneo e Isotrópico

 2   x  x, y   2  x, y     x  x, y  k 1,n  2k ,n  k 1,n


  No caso em que x = y (malhas quadradas ou regulares), tem-se:
x 2 x 2 x 2

 2   x, y  y   2  x, y     x, y  y  k ,n1  2k ,n  k ,n1 k 1,n  k 1,n  k ,n1  k ,n1  4k ,n  0


 
y 2 y 2 y 2
Ou ainda,
 2  x, y   2  x, y  k,n+1
 0
x 2 y 2
k 1,n  k 1,n  k ,n1  k ,n1 k-1,n k,n k+1,n
k ,n 
4
k 1,n  2k ,n  k 1,n k ,n1  2k ,n  k ,n1 k,n-1
2
 2
0
x y

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k,n+1
4. Fluxo Bidimensional Estacionário 4. Fluxo Bidimensional Estacionário
Fluxo Confinado, 2D, Homogêneo e Isotrópico Uma abordagem mais física do problema... k-1,n k+1,n
k,n
No caso em que x ≠ y (malhas retangulares), tem-se:

y 2 k 1,n  2k ,n  k 1,n   x 2 k ,n 1  2k ,n  k ,n 1   0


k,n-1

y 2 k 1,n  k 1,n   2k ,n y 2  x 2 k ,n1  k ,n 1   2k ,n x 2  0

y 2 k 1,n  k 1,n   x 2 k ,n1  k ,n1 


k ,n 

2 y 2  x 2 

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4. Fluxo Bidimensional Estacionário 4. Fluxo Bidimensional Estacionário


Nó tipo A, nós centrais 1  0 4  0 Nó tipo A, nós centrais
i10  i4 0 
y x
x y x y
0  3 0  2 2k y 1  0   2k x 4  0   2k y 0  3   2k x 0  2 
i03  i0 2  y x y x
y x
x x y y
2k y 1  2k y 0  2k x 4  2k x 0
y y x x
qentra  qsai
x x y y
 2k y 0  2k y 3  2k x 0  2k x 2
q10  q40  q03  q0 2 y y x x

    x y x y
            2k y 1  3   2k x 2  4   4k y 0  4k x 0
k y 2x  1 0   k x 2y  4 0   k y 2x  0 3   k x 2y  0 2  y x y x
 y   x   y   x 
x y
x y x y
2k y 1  3   2k x 2  4 
y x
2k y 1  0   2kx 4  0   2k y 0  3   2kx 0  2  0 
y x y x x y
4k y  4k x
y x

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4. Fluxo Bidimensional Estacionário 4. Fluxo Bidimensional Estacionário


Nó tipo A, nós centrais
Nó tipo B e tipo E, nós laterais 1  0 0  3
i10  i03 
y y
Se kx = ky (meio isotrópico), então:
0  2
i0  2 
x 2 1  3   y 2 2  4  x
0 
2  x 2  y 2  qentra  qsai
q10  q03  q0  2
Se x = y (malha regular), então:
     0  3   0  2 
k y x  1 0   k y x    k x 2y  
1  2  3  4  y   y   x 
0 
4
Assumindo Malha Regular e meio isotrópico e homogêneo: x  y kx  ky
1  0  2 0  2   0  3 
Exercício: O que acontece se x = y e kx ≠ ky?
1  40  3  22  0
0  1  22  3  / 4

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4. Fluxo Bidimensional Estacionário 4. Fluxo Bidimensional Estacionário


Nó tipo D, nós centrais entre condições de contorno especiais
Nó tipo C, nós nos cantos
1  0 2   0 5  0
1  0 0  2 i10  i2 0  i5 0 
i10  i02  y y x
y x 0  3 0  4
i0 3  i0  4 
qentra  qsai y x
qentra  qsai
q1 0  q0 2
q1 0  q2 0  q50  q03  q0 4
       
k y x  1 0   k x y  0 2                    
 y   x  k y x  1 0   k y x  2 0   k x 2y  5 0   k x 2y  0 3   k y 2x  0 4 
 y   y   x   x   y 
Assumindo Malha Regular e meio isotrópico e homogêneo: x  y kx  ky Assumindo Malha Regular e meio isotrópico e homogêneo: x  y kx  ky
1  0  0  2 1  0   2  0   2 5  0   2 0  3   2 0  4 
1  20  2  0 1  80  24  23  25  2  0
0  1  2  / 2 0  1  2  23  24  25  / 8

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4. Fluxo Bidimensional Estacionário 4. Fluxo Bidimensional Estacionário


Nó tipo F, nós centrais numa interface estratigráfica.
Nó tipo F, nós centrais numa interface estratigráfica.
1  0 4   0
i10  i4 0  Por que usamos o k médio?
y x
0  3 0  2 n
i03 
y
i0 2 
x
k d i i
k1y  k2 y k1  k2
kH  i 1
 kH    kmed
qentra  qsai
n
y  y 2
d
i 1
i

q10  q40  q0 2  q03


Entre os horizontes de solo 1 e 2, a condutividade hidráulica vai ser a Qual k deveríamos usar se o fluxo fosse perpendicular às camadas?
condutividade média. Isto quer dizer que nos pontos 4-0 e 0-2, a
condutividade hidráulica é definida como:
n
kmed  (k1  k2 ) / 2 d i
x  x 2x 2k k
     4  0   0  2   0  3  kV  i 1
 kV    1 2
k1 2x  1 0
n
 di  x x k2 x  k1x k1  k 2
  kmed 2y    kmed 2y    k 2 2 x      
 y   x   x   y  i 1  ki 
k1 k2 k1k2
Assumindo Malha Regular e meio isotrópico e homogêneo: x  y

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4. Fluxo Bidimensional Estacionário 4. Fluxo Bidimensional Estacionário


Nó tipo F, nós centrais numa interface estratigráfica. Nó tipo F, nós centrais numa interface estratigráfica.

Qual k deveríamos usar se o fluxo estivesse  graus inclinado em


relação às camadas?
n

k d i i
kmax  k H  i 1
n

d i 1
i

d i
2k1 1  0    k1  k2 4  0    k1  k2 0  2   2k2 0  3   0
kmin  kV  i 1
n
 di  4k10  4k20  4  k1  k2   2  k1  k 2   2k23  2k11  0
1   
i 1  ki 
k  40  k1  k2   4  k1  k2   2  k1  k2   2k23  2k11  0
cos  sen 
2 2
 1 2k23 2k11 
kmax kmin 0   4  2   
4  k1  k2   k1  k2  

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4. Fluxo Bidimensional Estacionário 4. Fluxo Bidimensional Estacionário


Nó tipo G, nós laterais numa interface estratigráfica. Nó tipo F, nós laterais numa interface estratigráfica.
1
1  0 2  0
i10  i20  1            
i1-0 y x k1x  1 0   kmed 2y  2 0   k 2 x  0 3 
 y   x   y 
2 0  3 i1-0
0 i0 3 
i2-0 y 2
0 k1 1  0    k1  k2 2  0   k 2 0  3 
i0-3
qentra  qsai i2-0
i0-3
3 q10  q20  q03 k11  k10   k1  k 2  2   k1  k 2  0  k20  k 23
3
Entre os horizontes de solo 1 e 2, a condutividade hidráulica vai ser a
condutividade média. Isto quer dizer que nos pontos 2-0, a condutividade 2  k1  k 2  0  k11   k1  k2  2  k23
hidráulica é definida como:
kmed  (k1  k2 ) / 2

            k11   k1  k 2  2  k 23 k1 1  2   k2 2  3 


k1x  1 0   kmed 2y  2 0   k 2 x  0 3  0  0 
 y   x   y  2  k1  k2  2  k1  k 2 
Assumindo Malha Regular e meio isotrópico e homogêneo: x  y

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4. Fluxo Bidimensional Estacionário (Questão da Prova!!!) 4. Fluxo Bidimensional Estacionário (Modelagem no Excel)

1  0 4  0 Nó Tipo B e E
i10  i4 0 
y2 x1
Nó Tipo A

0  3  0  2
i0 3  i0  2 
y1 x2
Nó Tipo C

qentra  qsai
q1 0  q4 0  q0 3  q0 2

x1x2 y1y2  1  4   1  3  
0     2    1  Nó Tipo D
x1x2  y1y2 
 1x  x2   x1 x 2  y1   y2  y 1  y2  

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4. Fluxo Bidimensional Estacionário 4. Fluxo Bidimensional Estacionário

Exemplos de Obras Geotécnicas - Fluxo Confinado


Condições de Contorno no Fluxo Confinado
Estacas Prancha

Barragem

1 2

Direção do fluxo

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4. Fluxo Bidimensional Estacionário 4. Fluxo Bidimensional Estacionário


Condições de Contorno no Fluxo Confinado
Problemas Geotécnicos:
• Vazão
• Gradiente de saída
• Subpressões

Barragem 1

pa  w g (5 m) pc  w g (11m)
a  z a   10m   15m c  zc   4m   15m
wg wg w g w g
pb  w g (2 m) pd  w g (8 m)
b  zb   10m   12m d  z d   4m   12m
wg w g wg w g

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4. Fluxo Bidimensional Estacionário 4. Fluxo Bidimensional Estacionário


• Barragem 1 possui rede de Cutoff na face de montante
fluxo simétrica em relação a
linha central. Cortinas
Barragem 2
Prancha
• Barragens 2 e 3 possuem
rede de fluxo idênticas, mas
invertidas.
• Barragens 2 e 3 possuem a
mesma vazão, porém Cutoff na face de jusante
menores do que a vazão da
barragem 1.
Barragem 3

• Barragem 3 tem o menor


gradiente de saída.
• Barragem 2 tem a maior
subpressão

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4. Fluxo Bidimensional Estacionário 4. Fluxo Bidimensional Estacionário

Exercício 2: Utilizando o Microsoft Excel, apresente a Solução:


rede de fluxo que atravessa a cortina.

(Camada de areia)

Solo impermeável

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4. Fluxo Bidimensional Estacionário 4. Fluxo Bidimensional Estacionário

Solução: Solução:

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4. Fluxo Bidimensional Estacionário 4. Fluxo Bidimensional Estacionário

Solução: Solução:

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4. Fluxo Bidimensional Estacionário 4. Fluxo Bidimensional Estacionário

Exercício: Utilizando o Slide/Rocscience ou o Seep- Solução: Modelo MEF


W/GeoSlope, apresente a rede de fluxo para a fundação da
barragem, considerando o fluxo confinado e estacionário.

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4. Fluxo Bidimensional Estacionário 4. Fluxo Bidimensional Estacionário

Solução: Contornos das Linhas de Fluxo Solução: Contornos das Linhas de Carga Hidráulica

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4. Fluxo Bidimensional Estacionário 4. Fluxo Bidimensional Estacionário


Exercício: Utilizando o Slide/Rocscience ou o Seep- Solução: Contornos de Cargas Hidráulicas
W/GeoSlope, apresente a rede de fluxo para a fundação da
barragem, considerando o fluxo confinado e estacionário.

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4. Fluxo Bidimensional Estacionário 4. Fluxo Bidimensional Estacionário

Solução: Traçado de Linhas de Fluxo Solução: Contornos da Rede de Fluxo

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4. Fluxo Bidimensional Estacionário 4. Fluxo Bidimensional Estacionário

Exercício em Grupo: Utilizando o Seep-W (método dos


elementos finitos), apresente a rede de fluxo para diferentes Coeficiente de permeabilidade dos materiais usados na barragem
posições e inclinações do cut-off da barragem.
Materiais

Cut off
Fundação

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4. Fluxo Bidimensional Estacionário 4. Fluxo Bidimensional Estacionário

Solução: Solução:
Carga Hidráulica

Carga Hidráulica

metros metros

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4. Fluxo Bidimensional Estacionário 4. Fluxo Bidimensional Estacionário

Solução: Solução:
Carga Hidráulica

Carga Hidráulica
metros metros

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Agenda 5. Fluxo Radial Estacionário


Fluxo Confinado, Homogêneo e Isotrópico

1. Fluxo Confinado • O fluxo radial em um


meio poroso confinado
2. Fluxo Unidimensional Horizontal Estacionário ocorre quando o fluxo
é simétrico em relação
3. Fluxo Unidimensional Horizontal Transiente
a um eixo vertical.
4. Fluxo Bidimensional Estacionário

5. Fluxo
FluxoRadial
RadialEstacionário
Estacionário • Um exemplo de fluxo
radial é o que ocorre
6. Fluxo Radial Transiente no bombeamento de
água através de um
7. Fluxo em Termos de Potencial poço. Técnica utilizada
no rebaixamento de
lençóis freáticos.

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5. Fluxo Radial Estacionário 5. Fluxo Radial Estacionário


Fluxo Confinado, Homogêneo e Isotrópico  v v v
Equação da Continuidade:  x  y  z
• A uma distância r do centro do poço, a cota piezométrica é  < 0. t x y z
• A diferença 0 –  = s designa-se por rebaixamento.
Escrita em termos de coordenadas polares cilíndricas, é dada por:
• No poço (r = rw), a cota piezométrica é w e o rebaixamento sw.
• Do poço extrai-se uma vazão constante Q0 x  r cos  y  r sin  zz
dxdydz  rdrd dz

 y
r  x2  y 2   arctan   zz
x  

 1  1 v v
  rvr     z
t r r r  z
Poço em ilha circular

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5. Fluxo Radial Estacionário 5. Fluxo Radial Estacionário


Fluxo Confinado, Homogêneo e Isotrópico Fluxo Confinado, Homogêneo e Isotrópico

  1  1 v v   • Devido à simetria radial e à espessura constante do meio


vr  kr   rvr     z  Ss poroso confinado, o escoamento pode ser estudado como
r t r r r  z t t
unidirecional na direção radial.
 • Neste caso, a equação do fluxo radial, em coordenadas
v   k 1  1 v v 
   rvr     z  S s cilíndricas simplifica-se para (v = vz = 0):
r r r  z t
 1     
vz   k z  rkr   Ss
z r r  r  t
A equação do fluxo radial, em coordenadas cilíndricas • No caso, do regime ser estacionário, tem-se:

  1  1    
1           r 0
 rkr   k    kz   Ss r r  r 
r r  r  r     z  z  t

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5. Fluxo Radial Estacionário 5. Fluxo Radial Estacionário


Fluxo Confinado, Homogêneo e Isotrópico Fluxo Confinado, Homogêneo e Isotrópico

A integração desta equação diferencial conduz a:


1 d  d 
Equação do fluxo radial: r 0
r dr  dr   r
dr
 d  c1    0  c 1.  ln r  ln R 
1 d  d  0 R
r
Como  0 , tem-se que: r 0
r dr  dr 
r
  c 1.ln    0
d dr R
De onde se conclui que: r  c1  d  c1
dr r Como podemos
determinar a constante
de integração c1?
Poço em ilha circular

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5. Fluxo Radial Estacionário 5. Fluxo Radial Estacionário r


dr

Q  2k r H  d
Fluxo Confinado, Homogêneo e Isotrópico Fluxo Confinado, Homogêneo e Isotrópico R
r 0

• Equação do fluxo radial: 1 d  r d   0 • Resolvendo as integrais segue que:


 
r dr  dr  r
Q ln r R  2k r H  

Q r
• A área A por onde se processa o fluxo, corresponde a uma
0
 ln   0
2k r H  R 
superfície cilíndrica de raio r e altura H, ou seja, Qln r  ln R   2kr H   0 
c1
A  2rH
• A vazão, neste caso, • Para encontrar a carga
será dada por: piezométrica no poço,
w
d w, substitua r pelo raio
Q  kiA  kr 2 rH do poço rw:
dr
r
dr
 Q r 
Q  2 kr H  d w  ln  w   0
2k r H  R 
R
r 0
Poço em ilha circular Poço em ilha circular

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5. Fluxo Radial Estacionário 5. Fluxo Radial Estacionário Q r 


w  ln w   0
2kr H  R 
Fluxo Confinado, Homogêneo e Isotrópico Fluxo Confinado, Homogêneo e Isotrópico
• Como o fluxo é confinado, a carga piezométrica no poço deve • Se o raio da zona de influência for conhecido ou puder ser
ser maior do que a espessura do meio poroso permeável (w determinado, a vazão do poço de bombeamento será dada por:
deve ser maior do que H).
0  w
Qbomb  2 kr H
• De outra forma, o fluxo seria não-confinado e a equação não R
seria aplicável. ln  
 rw 
w
• E o rebaixamento no poço será dado pela equação de Thiem
Q r 
w  ln w   0  H (1906):
2k r H  R 
Qbomb R Q R
sw  0  w  ln    bomb ln  
2 kr H  rw  2 T  rw 
Poço em ilha circular

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5. Fluxo Radial Estacionário 5. Fluxo Radial Estacionário


Fluxo Confinado, Homogêneo e Isotrópico Fluxo Confinado, Homogêneo e Isotrópico

• A equação de Thiem considera a situação idealizada de um


poço no centro de uma ilha circular. • A distância R é
chamada raio da
zona de influência,
• Como na prática esta situação não ocorre, toma-se R, raio isto é, corresponde à
da zona de influência do poço, como a distância para a qual distância da fonte de
a ação do poço já pouco se faz sentir, isto é, o Poço em campo aberto
água, a partir da qual
rebaixamento é negligenciável. a carga piezométrica
0 não varia
independentemente
da quantidade de
água bombeada.

Poço em ilha circular

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5. Fluxo Radial Estacionário 5. Fluxo Radial Estacionário 0


3
Fluxo Confinado, Homogêneo e Isotrópico Q (m /s) 2,78E-04 9
k (m/s) 2,50E-05 8
H (m) 4,00E+00
• O raio R é bem 7
R (m) 3,98E+01
definido no caso de 6
 0 (m) 8,00E+00
bombeamento em ilha 5
 (m)

 w (m) (chute) 5,35E+00 4


circular. rw (m) 1,00E-01 3
2 H
• Em campo aberto, Poço em campo aberto 1
0
contudo, a distância R
0 10 20 30 40 50
é teoricamente infinita. w > H
r (m)
Na prática, R é obtido
a partir de fórmulas 3
empíricas: Q0 (m /h) 1,00
R
s (m) 2,65
R  3000 0    kr  3000s0 kr Poço em ilha circular  w (m) 5,35

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5. Fluxo Radial Estacionário Q r  5. Fluxo Radial Estacionário


w  ln w   0
2kr H  R 
Fluxo Confinado, Homogêneo e Isotrópico Fluxo Confinado, Homogêneo e Isotrópico

• O rebaixamento dentro do poço pode ser obtido a partir da • Portanto:


equação:
Qbomb  R  Qbomb   R   R 
0   w  s w  ln  s w  s1  ln   ln 
2k r H  rw  2k r H   rw   r1 
• Ao se considerar um ponto a uma distância r1 onde se verifica
um rebaixamento s1, é possível escrever: Qbomb  r1 
sw  s1  ln  
Qbomb  R  2 T  rw 
0  1  s1  ln  
2k r H  r1 
• Esta equação é denominada curva característica do poço.

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5. Fluxo Radial Estacionário 5. Fluxo Radial Estacionário


Fluxo Confinado, Homogêneo e Isotrópico Fluxo Confinado, Homogêneo e Isotrópico
• Se for possível instalar vários piezômetros a distâncias ri e se • Após o traçado da reta, é possível obter os valores da
medirem os rebaixamentos si para uma dada vazão extraída permeabilidade k e da transmissividade T, a partir de:
em regime permanente, é possível plotar em um gráfico
semilogarítimico os pontos [si, ln(ri)] e traçar a reta que melhor Qbomb r 
k ln  2 
se ajusta a esses pontos. 2 H  s1  s2   r1 

Qbomb r 
• Para s = 0, obtém-se o valor de T  kH  ln  2 
ln(R). 2  s1  s2   r1 

• Para r = rw, obtém-se o rebaixamento onde s1 – s2 é a diferença do rebaixamento entre os pontos 1 e 2,


teórico no poço, sw. situados a distâncias r1 e r2, respectivamente.

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5. Fluxo Radial Estacionário 5. Fluxo Radial Estacionário


Fluxo Confinado, Homogêneo e Isotrópico
Fluxo Confinado, Homogêneo e Isotrópico
(Fluido Compressível)
OBSERVAÇÕES PRÁTICAS:
d
• O valor sw pode diferir do valor real medido no poço, swr, Q  kr .i. A  kr 2 rH
devido às perdas de carga à entrada do poço. dr
• Supondo um gás ideal, no qual é válido a lei de Boyle-Mariotte

Q  0Q0   Q

Q 0  
Q onde,  
 2

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5. Fluxo Radial Estacionário 5. Fluxo Radial Estacionário


Aquífero Confinado, Homogêneo e Isotrópico Aquífero Confinado, Homogêneo e Isotrópico
(Fluido Compressível) (Fluido Compressível)

2 Hkr 0     k H 0   


2 2 2 2
0   Q Q d Q  ln R  ln r   Q r
  Q

 2 rHkr  2  R
2  dr ln  
r

dr 2 Hkr 0
R 
0     
Q 
 
0
 d   Q  2 k r H
R
r 2 ln  
r
r

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Agenda 6. Fluxo Radial Transiente

• Antes do equilíbrio ser atingido, o escoamento processa-se


1. Fluxo Confinado em regime transiente.
2. Fluxo Unidimensional Horizontal Estacionário
• Neste caso, a análise tem interesse prático, principalmente
3. Fluxo Unidimensional Horizontal Transiente para a determinação do coeficiente de permeabilidade (k) e
do coeficiente de armazenamento (S).
4. Fluxo Bidimensional Estacionário

5. Fluxo Radial Estacionário

6.
6. Fluxo
FluxoRadial
RadialTransiente
Transiente
7. Fluxo em Termos de Potencial

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6. Fluxo Radial Transiente 6. Fluxo Radial Transiente


A equação diferencial do fluxo radial em regime transiente, no
caso de um meio poroso homogêneo e isotrópico é dada por: 1     S 
r 
r r  r  kb t
1     1         S 
r      
r r  r  r     z  z  kb t 1    2  S 
1.  r. 2  
Devido à simetria radial e à espessura constante do aquífero, o r  r r  kb t
escoamento pode ser estudado como unidirecional na direção
radial.  2 1  S 
1     S   
r  r 2 r r kb t
r r  r  kb t
onde  é a carga hidráulica, r é a distância radial ao poço, S é o
coeficiente de armazenamento, k é o coeficiente de
permeabilidade, b é a espessura saturada do aquífero confinado
e t é o tempo decorrido desde o início do bombeamento.

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28/06/2022

6. Fluxo Radial Transiente 6. Fluxo Radial Transiente


Theis impondo como condições inicial e de contorno:
• A equação de Theis é muito mais utilizada em ensaios de
  r , t  0   0 bombeamento para determinação do coeficiente de
  r   , t   0 permeabilidade de um meio poroso do que as equações
correspondentes à situação de equilíbrio por diversas
obteve uma solução para esta equação diferencial, dada por: razões:
 
Q e u Q e u
  r , t   0   4 T u u
du  0  du – É necessário apenas um poço de observação, em vez de
4 kb u u dois.
onde s é o rebaixamento, Q é a vazão de bombeamento – O tempo requerido de bombeamento é menor visto que
constante, e u é definido por: não é necessário chegar à situação de equilíbrio.
– Permite determinar o valor do coeficiente de
r 2S r 2S armazenamento S.
u 
4kbt 4Tt

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6. Fluxo Radial Transiente 6. Fluxo Radial Transiente ln b  b. ln


• A equação de Theis, no entanto, não é de fácil utilização e, • Lembrando que
por isto, Cooper & Jacob apresentaram uma simplificação, 
r 2S r 2S ln  ln  ln 
válida para grandes valores de tempo, ou seja, valores muito u  
pequenos de u (u < 0,01), considerando que: 4kbt 4Tt

eu Q
W u    du    r , t   0  W u  a equação anterior simplifica-se para:
u
u 4 T
Q Q  r 2S 
  r , t   0  W  u   0  0, 5772  ln
4 T  4Tt 
• Os autores constataram que os dois primeiros termos da
equação de Theis eram suficientes para representar um 4 T
valor confiável da função W(u), ou seja:
4/1,7810
Q Q  4Tt  Q  2, 25Tt 
  r , t   0  W  u   0 
2 3 4
u u u  ln1, 7810   0 
W u   0,5772  ln u  u 
ln ln 2 
   ... 4 T 4 T  r 2 S  4 T  r S 
2.2! 3.3! 4.4!

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6. Fluxo Radial Transiente 6. Fluxo Radial Transiente


ln .  ln  ln 
• A equação anterior simplifica-se para: • A equação pode ser reescrita na forma:
Q  2, 25Tt 
  r , t   0  ln 2  Q  2,25T 
4 T  r S  s
Q 2, 25Tt
ln 2 s ln t  ln 2 
4 T r S 4T  r S 
• De onde segue que:
Q 2,25T Q
Q 2, 25Tt s ln 2  ln t
s  0    r , t   W  u   W  u   ln 2 4T r S 4T
4 T r S

Q 2, 25Tt
s ln 2
4 T r S

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28/06/2022

6. Fluxo Radial Transiente 6. Fluxo Radial Transiente


• Portanto, é suficiente determinar os dados do rebaixamento Q 2,25T Q
ao longo do tempo, de um único poço de monitoramento, e s  n  m ln t s ln 2  ln t
plotá-los em um gráfico (s, log t). 4T r S 4T
1,2
s = m.log(t) + n
1 R² --> 1 Q Q T
0,8 m T k
4T 4 .m b
s (m)

0,6
0,4 s  n  m ln t
0,2
Q 2,25T 2,25T
0
n ln 2 n  m ln
1 10 100 1000
4T r S r 2S
log t (min)

• O reta que ajusta esses pontos determinará uma equação, 2,25T  n


S exp  
com qual é possível estimar os valores: T, k, S. r2  m
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6. Fluxo Radial Transiente Agenda

Exercício 3: Na tabela abaixo estão os dados obtidos em um


poço de observação a 15 m de um poço, com 45 cm de 1. Fluxo Confinado
diâmetro, que está em ensaio de bombeamento a uma vazão
de 950 l/min. Calcular a transmissibilidade e a constante de 2. Fluxo Unidimensional Horizontal Estacionário
armazenamento do aquífero, sabendo que a espessura do
3. Fluxo Unidimensional Horizontal Transiente
aquífero é 8 m. Qual será o rebaixamento no poço de
observação decorridos 180 dias? Resolver pelo método de 4. Fluxo Bidimensional Estacionário
Theis.
5. Fluxo Radial Estacionário

T 2 3 5 7 9 12 15 20 40 60 90
6. Fluxo Radial Transiente
(min)
7.
7. Fluxo
Fluxoem
emTermos
TermosdedePotencial
Potencial
s (m) 1,22 1,90 2,60 3,05 3,69 4,18 4,54 5,18 6,61 7,04 7,92

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7. Fluxo em Termos de Potencial 7. Fluxo em Termos de Potencial

• As equações fundamentais do fluxo subterrâneo podem ser • Com o uso da lei de Darcy, segue:
derivadas em termos do vetor vazão Qi ao invés do vetor de
    
descarga específica vi. Qx  Hvx  H  k x   kx H    kx H 
 x  x x
• Para o fluxo tri-dimensional, o vetor vazão possui três
componentes Qx, Qy e Qz, definidos por:     
Qy  Hv y  H   k y   k y H    k y H 
 y  y y
Qx  vx A  vx  H .1
    
Qz  Hvz  H  k z   kz H    kz H 
Qy  v y A  v y  H .1  z  z z

Qz  vz A  vz  H .1

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23
28/06/2022

7. Fluxo em Termos de Potencial 7. Fluxo em Termos de Potencial


• No caso isotrópico, estas equações podem ser reescritas na forma: A equação que governa o fluxo confinado, expressa em termos de
kH  kH   kH  carga hidráulica é dada por:
Qx  Qy   Qy    2  2  2
y y   0
x x 2 y 2 z 2
• Assim definindo o potencial de descarga F, por: e pode ser expressa em termos de pontecial de descarga F como:

F  kH  Cc  2  F  Cc   2  F  Cc   2  F  Cc  1   2F  2 F  2 F 
      0
x 2  kH  y 2  kH  z 2  kH  kH  x 2 y 2 z 2 
onde Cc é uma constante arbitrária, a equação anterior pode ser
simplificada, já que as derivadas de Cc em relação a x, y e z são ou ainda:
zero:  2F  2F  2F
 2F    0
x 2 y 2 z 2
F F F
Qx   Qy   Qz   • Solução para o fluxo horizontal confinado pode ser obtida
x y z quando F é determinado a partir da equação de Laplace, desde
que satisfaça determinadas condições de contorno.

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7. Fluxo em Termos de Potencial 7. Fluxo em Termos de Potencial  2F  0

• Assim, a equação de fluxo de água em meios porosos pode Uma vez que as três equações são equivalentes, pode-se
ser reescrita em termos do vetor vazão: resolver o problema do fluxo horizontal confinado em termos de
F.
 2F  2F  2F
  0
x 2 y 2 z 2 F  kH   Cc
  F    F    F  (1) Fluxo unidimensional
     0
x  x  y  y  z  z  F1  F 2
F  F1  x
Q Q Q L
 x  y  z 0
x y z
(2) Fluxo radial
 2  2  2  2 F  2F  2 F Q Qy Qz Q r
  0 2  2  2 0 x   0 F ln    F 0
x 2 y 2 z 2 x y z x y z 2  R 

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