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A valoração e o juízo de valor

O problema da natureza dos juízos morais


A valoração e o juízo de valor

HOMEM (sujeito) Atribui valor às coisas com que se relaciona

Qualidades, noções gerais de bem que os indivíduos


Relaciona-se com as realidades que o circundam reconhecem como ideais e atribuem-nas às realidades com
- pessoas que contactam
- objetos Não fica indiferente perante elas Exp: bem, solidariedade, liberdade, justiça, saúde (…)
- ações
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 considera-as boas, legítimas, corretas, bonitas, O sujeito realiza experiências valorativas
agradáveis Atos pelos quais o sujeito atribui
Ato de valoração
Diz como as coisas são para si e não como valor a um determinado objeto
as coisas são em si (na realidade)

Quando o sujeito valora, ele emite juízo de valor


Juízos de facto Juízos de valor
- São puramente descritivos - são normativos e prescritivos (dizem como as coisas
- O seu valor de verdade é independente das crenças, deveriam ter sido, como o sujeito desejava que fossem)
dos hábitos, da sociedade e da cultura, dos gostos e - expressam uma avaliação das coisas feita pelo sujeito
preferências dos sujeitos
- são objetivos (dizem como a realidade é em si mesma) - são subjetivos (dependem do sujeito que os emite)
- são passíveis de serem comprovados empiricamente - não podem ser comprovados empiricamente
(pelos sentidos)
- podem ser classificados como verdadeiros ou falsos - não podem ser classificados objetivamente como
(dependendo de estarem de acordo com a realidade ou verdadeiros ou como falsos pois eles estão de acordo
não) com a realidade em si, eles estão de acordo com a
realidade do sujeito. Em última análise podemos dizer
que são sempre verdadeiros para o sujeito que os
emite
- são passiveis de serem universalizáveis (de todos - nem sempre podem ser universalizáveis
estarem de acordo com eles)

Um dos objetos que o sujeito valora (positiva ou negativamente) são as ações (suas e dos outros)

- legitimidade Formula juízos morais São juízos de valor que dizem respeito àquilo que devemos
- correção (são juízos de valor) /não devemos fazer, ou seja, são juízos que envolvem as
- bondade (…)
noções de certo e errado, justo e injusto, louvável e censurável

O problema da natureza dos juízos morais

Perante uma ação podem existir vários juízos morais: cada sujeito pode avaliá-la de maneira diferente (valoração
divergente)

 todas as valorações estão corretas?


 temos critério para avaliar as valorações e considerar que uma valoração é mais correta do que outra?
 os valores (a valoração) apenas dependem do sujeito?
 os valores têm conteúdo objetivo que se impõe independentemente das posições do sujeito?

A natureza dos valores é objetiva ou subjetiva?

Subjetivismo axiológico Relativismo axiológico Objetivismo axiológico


A valoração e o juízo de valor
O problema da natureza dos juízos morais

É importante pensar esta questão?


 Será que toda e qualquer valoração está correta? Se estiver, teremos de aceitar todas como válidas?

 Se a valoração depender da sociedade/cultura, então existem valorações distintas. Devemos considerar correta a
mutilação genital feminina ou o infanticídio?

 Se os valores forem objetivos, todos temos de valorar da mesma forma? Existem valorações universais e
absolutas? Se houver, quem não valora de acordo com elas está errado? Há ações que são objetivamente corretas
ou incorretas?

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