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APRENDIZAGEM INSTITUCIONAL: DA DISSOCIAÇÃO À

INTEGRAÇÃO

Francielle Belizario Daparé1 - PUCPR


Hellen Janaina Paixão dos Santos Heidemann2 - PUCPR
Patrícia Teresinha Correa Fiori Manfré 3 - PUCPR
Susan Prince Pereira 4 - PUCPR

Grupo de Trabalho - Psicopedagogia


Agência Financiadora: não contou com financiamento

Resumo

O presente trabalho está relacionado a uma avaliação psicopedagógica realizada em uma


instituição de prestação de serviços a idosos. Seguindo a base teórica da Epistemologia
Convergente de Jorge Visca (2010), e os pressupostos de Pichon-Rivière (1994), o objetivo da
pesquisa foi o desvelamento da modalidade de aprendizagem da instituição. A metodologia
utilizada é de caráter qualitativo, estudo de caso. O primeiro passo foi o contato telefônico com
a responsável da instituição, seguido de uma entrevista pessoal. Após a escuta dos motivos que
justificam a avaliação, como a dependência dos funcionários em relação à proprietária e a falta de
formação continuada destes, foram aplicados instrumentos de pesquisa como a Entrevista
Operativa Centrada no Modelo Ensino/Aprendizagem (E.O.C.M.E.A.), observação da rotina,
entrevistas com funcionários, moradores e gestores, análise do site da instituição. A análise
destes instrumentos de pesquisa levou a construção dos três sistemas de hipóteses, nos quais
encontramos as fragilidades e potencialidades da instituição, sendo possível identificar a
modalidade de aprendizagem do grupo. A Epistemologia Convergente embasa toda a teoria
deste trabalho e da avaliação realizada com o cliente, a qual abrange o conceito da
aprendizagem, e seus obstáculos em função da integração das dimensões funcional, estrutural,
do conhecimento e da interação. O processo de avaliação foi concluído e a modalidade de
aprendizagem da instituição foi identificada como dissociativa. Esta constatação foi
apresentada para a gestão da instituição, por meio de uma devolutiva, acompanhado de um
parecer, o qual apresenta o modo como as relações vinculares entre os integrantes, pertencentes à
esta instituição são estabelecidas, sendo possível propor um projeto de intervenção. Neste
constam os resultados obtidos, o prognóstico para a instituição, assim como um projeto de
intervenção que vise a organização das atividades institucionais com vistas a um serviço de
qualidade.

Palavras-chave: Avaliação Psicopedagógica. Instituição. Aprendizagem.

1
Pedagoga, Especializanda em Psicopedagogia. E-mail: fran-blz@yahoo.com.br. .
2
Pedagoga, Especializanda em Psicopedagogia. E-mail: hellenpaixao@yahoo.com.br
3
Pedagoga, Especializanda em Psicopedagogia. E-mail: pmanfre@hotmail.com
4
Pedagoga, Especializanda em Psicopedagogia. E-mail: susan_prince@hotmail.com

ISSN 2176-1396
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Introdução

O presente trabalho foi realizado para conclusão do curso de especialização em


Psicopedagogia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Trata-se de um
estudo de caso desenvolvido no período de março a agosto de 2015, em um lar para idosos,
situado em Curitiba, onde analisamos como é constituída a aprendizagem desta Instituição.
A base teórica que sustenta este trabalho é a Epistemologia Convergente de Jorge
Visca (2010), a qual abrange o conceito da aprendizagem, e seus obstáculos em função da
integração das dimensões funcional, estrutural, do conhecimento e da interação de uma
instituição.
A Psicopedagogia é uma área de conhecimento, atuação e pesquisa, que lida com o
processo de aprendizagem, e que a sua ênfase é baseada em uma compreensão da
indissociabilidade do campo de conhecimento e de atuação clínico e institucional.
Segundo Visca (2010, p. 13):

“a Psicopedagogia nasceu como um fazer empírico pela necessidade de atender a


crianças com dificuldades de aprendizagem, cujas causas eram estudadas pela
Medicina e pela Psicologia. Com o transcurso do tempo, o que, inicialmente, foi
uma ação subsidiária dessas disciplinas, foi se perfilando como um conhecimento
independente e complementar, possuidor de um objeto de estudo (o processo de
aprendizagem) e de recursos diagnósticos, corretores e preventivos próprios.”

O que significa dizer que a Psicopedagogia foi criada, para atender as crianças com
dificuldades de aprendizagem, porém, com o passar do tempo, perceberam que “o espaço da
Psicopedagogia não podia se restringir aos consultórios, mas que deveria se estender às
instituições que promovem aprendizagem, visando principalmente a prevenção de
dificuldades no processo de aprender” (BARBOSA, 2001, p.19).
A princípio, a Psicopedagogia só ocorria no espaço da clínica, mas com o passar do
tempo, foi necessário ampliar sua ação, para o âmbito das instituições, com o objetivo de
desvelar a modalidade de aprendizagem institucional, visando principalmente a prevenção dos
obstáculos no processo de aprendizagem do grupo.

Psicopedagogia Institucional

A Psicopedagogia no âmbito institucional foi implantada a partir da Lei 10.891, de 20


de setembro de 2001, aprovada pela Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, que
“autoriza o Poder Executivo a implantar assistência psicológica e psicopedagógica em todos
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os estabelecimentos de ensino básico público, com o objetivo de diagnosticar e prevenir


problemas de aprendizagem”.
Assim, a Psicopedagogia no âmbito institucional nasce com o intuito de ressignificar o
processo de aprendizagem do grupo que está realizando a atividade operativa. Esta
ressignificação é realizada por uma equipe de coordenação composta por: coordenador,
responsável por facilitar a realização do objetivo do grupo, que é realizar a tarefa; observador
de temática, responsável por registrar as falas dos colaboradores do grupo durante a atividade;
observador de dinâmica, responsável por descrever a movimentação corporal do grupo
durante a execução da tarefa; e, em alguns casos, também tem o observador do coordenador,
que é responsável por supervisionar o desempenho das atividades da coordenação.
No primeiro contato com a responsável pela Instituição percebemos um contexto, que
parece apresentar uma gestão controladora narcísica, a qual promove condutas dependentes
nos colaboradores.
Por isso, utilizamos o grupo com atitude operativa, cujo o objetivo é realizar a tarefa, a
qual envolve um comprometimento total e interno, incluindo os medos. Há dois tipos de
tarefa, sendo a manifesta, que é explícita, o que se quer, e a latente, que é implícita, o que está
subjacente e inclui o medo de mudar. Para que pudéssemos dar início ao estudo de caso e
confirmar, ou não as queixas apresentadas pela Instituição.
Na atividade operativa, realizada pelo grupo, há três momentos, os quais são a pré-
tarefa, a tarefa e o projeto. A pré-tarefa é quando há uma resistência ao novo, medo de
mudança. A tarefa é quando há um comprometimento em realizar a atividades. E o projeto é
quando há uma mudança de conduta que indique que irão lançar algo que irá perpetuar no
futuro. Ao longo do desenvolvimento da dinâmica, percebemos que há certa hierarquia, forte
liderança por parte de duas das participantes. É visível também uma grande preocupação
estética. O grupo não fez sinalizações de sentimentos, comportamentos e aspectos de saúde.

Metodologia

A metodologia científica utilizada foi a pesquisa qualitativa, e este trabalho trata-se de


um estudo de caso em uma instituição de prestação de serviços a idosos. Para a construção
dos dados coletados foi necessário a participação dos colaboradores, sendo estes os sujeitos
dessa pesquisa, que tem como objetivo conhecer qual é a modalidade de aprendizagem da
instituição.
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O ponto de partida para o estudo de caso foram os motivos apresentados pela gestão,
que foram a dependência dos funcionários em relação à proprietária/gestora e a falta de
formação continuada dos mesmos. Em um primeiro momento elaboramos um esquema de
investigação, o qual envolveu diferentes grupos que compõem a instituição, buscando uma
visão mais ampla de seu funcionamento. Assim, com o objetivo de conhecer como a
Instituição aprende, como funciona, além de identificar a origem dos sintomas apresentados
pela mesma, fizemos uso dos seguintes instrumentos de pesquisa: Entrevista Operativa
Centrada no Modelo Ensino-Aprendizagem (E.O.C.M.E.A), grupo com atitude operativa
(ambos propostos pela teoria utilizada), observação da rotina no turno da manhã, entrevistas
com colaboradores, morador e administrador, análise do site da Instituição e entrevista
histórica com a gestão da instituição.
Por meio de tais instrumentos foi possível identificar as causas dos motivos
apresentados e o modo como as relações vinculares entre os integrantes pertencentes à
instituição são estabelecidas, o que viabilizou a elaboração do projeto de intervenção e a
indicação de formas de atuações possíveis, a fim de amenizar e extirpar os sintomas
apresentados.

Descrição e discussão dos resultados

A Teoria da Epistemologia Convergente, idealizada pelo professor Jorge Visca (2010),


não é a única teoria que pode ser utilizada como suporte de um trabalho psicopedagógico,
todavia, é a que apresenta bons resultados no processo de investigação, avaliação e
intervenção psicopedagógico (CARLBERG, 2012). O trabalho se concretiza por meio do
levantamento de hipóteses, as quais são levantadas tomando como base, os instrumentos de
pesquisas selecionados pela equipe de coordenação, os quais revelam os obstáculos e
potencialidades da instituição, em função da integração das dimensões funcional, estrutural,
da interação e do conhecimento.
O primeiro instrumento sugerido pela teoria utilizada é a Entrevista Operativa
Centrada no Modelo Ensino-Aprendizagem (E.O.C.M.E.A.), que consiste em uma consigna
aplicada ao grupo selecionado. Esta, muitas vezes, se dá por meio de dinâmicas propostas
para constatar os motivos levantados pelo gestor. Com base nos motivos relatados no primeiro
contato com a gestão, procurou-se buscar uma consigna que contemplasse a visão do grupo de
colaboradores a respeito da clientela alvo da instituição. Assim, a dinâmica proposta teve
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como título “construam juntas a idosa que vocês querem ser”, utilizando materiais como papel
pardo, canetas, lápis e papeis coloridos, lãs, purpurina, etc.; e foi realizada com um grupo de
oito colaboradoras de diferentes funções. Para análise dos resultados, foi utilizado o Cone
Invertido de Pichón-Rivière (1994) com o objetivo de medir os termos dinâmicos e avaliar o
grupo durante a realização de uma tarefa, pois segundo o autor, as situações de mudança, sem
exceção, geram ansiedade, e estas produzem os medos básicos de sentimento de perda e de
ataques implícitos nas relações, que podem vir a se tornar ruídos na comunicação. Assim, há
algumas maneiras de comunicação, as quais, dependendo de como a mensagem chega ao
receptor, podem gerar obstáculos ou aproximar afetivamente a aprendizagem, por isso, deve
ser realizada com discernimento. Tal instrumento é composto de seis vetores de análise:
pertença, cooperação, pertinência, comunicação, aprendizagem e telê. A integração desses
elementos levará o grupo à mudança. Desta forma chegamos aos seguintes resultados:
 Pertença: é o sentimento de pertencer à dinâmica grupal, o sentir-se parte do grupo. Neste
caso, notamos como negativa, pois não houve participação efetiva das oito colaboradoras,
onde uma não colaborou durante a construção da tarefa.
 Cooperação: refere-se à parte do agir com outro, da capacidade de se colocar no lugar do
outro. O grupo apresentou-se de forma negativa, pela falta de colaboração e pela execução
da atividade não ser realizada por todas as pessoas do grupo.
 Pertinência: está ligada à realização e eficácia da tarefa. O grupo realizou a consigna
proposta, entretanto, sem o trabalho de todos, logo este vetor também se mostrou
negativo;
 Comunicação: representa o intercâmbio de informações e sentimentos que são veiculados
no interior do grupo. O grupo apresentou uma comunicação madura entre as participantes;
 Aprendizagem: é a apreensão instrumental da realidade. O grupo permaneceu na transição
entre a pré-tarefa e a tarefa, não atingiu o objetivo proposto;
 Telê: significa a distância afetiva que o grupo toma para a realização da tarefa, do
coordenador e do grupo. Observamos um positivo do grupo, devido à afinidade entre as
colaboradoras.
A análise do cone invertido mostrou que as queixas apresentadas pela Instituição de
dependência dos colaboradores e Após a análise do cone invertido foi possível organizar o
primeiro sistema de hipótese, :
 Dimensão estrutural: gestão centralizadora, autoritária e narcísica – hipótese levantada
a partir do primeiro contato com a gestão, por meio de relatos da própria gestora, ex:
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“isso aqui é 90% da minha vida”; relação simbiótica entre gestores e colaboradores,
evidenciada por uma necessidade de aprovação, de recompensa e de dependência, ex:
“precisam de mim até para desligar a televisão”, “temos uma relação de amigas, não
me vêem como chefe”; falta de pró-atividade dos colaboradores – ex: durante a
execução da dinâmica, foi necessário que uma das colaboradoras fosse chamada, pelas
colegas, para a realização da tarefa diversas vezes, pois não estava cooperando com o
grupo, o mesmo ocorreu durante o grupo com atitude operativa, que consiste em o
grupo discutir sobre a tarefa realizada anteriormente.
 No que tange as demais dimensões, a instituição mostrou-se da seguinte forma:
 Dimensão da interação: boa aceitação da comunidade (moradores e familiares) – ex:
grande parte da clientela é proveniente do entorno onde a instituição está localizada;
local acessível – não há horário de visitas definido, familiares e amigos podem visitar
os moradores a qualquer hora do dia, desde que esteja na relação de visitas permitidas;
vínculo positivo do grupo – os colaboradores relataram gostar do ambiente de trabalho
e da equipe, ex: “o grupo daqui é maravilhoso, amo trabalhar neste lar.”.
 Dimensão do conhecimento: profissionais experientes – maioria dos colaboradores
possui experiência profissional anterior; preocupação com o resultado final do
trabalho – ex: durante a execução da dinâmica na E.O.C.M.E.A, a seguinte frase
repetiu-se algumas vezes: “ela deve ficar linda, é uma idosa muito chique!”; indício de
uma aprendizagem escondida, por um medo aparente de expor o conhecimento – ex:
durante o Grupo com Atitude Operativa, alguns membros do grupo não se expuseram,
ou apenas concordaram com opiniões dadas anteriormente, evitando dar uma opinião
própria.
 Dimensão funcional: boa organização de espaços e tempo – todo o ambiente pareceu
ser muito limpo e organizado; bom planejamento – há escalas de trabalho e horários
espalhados pela instituição; qualidade na prestação de serviço – o trato e zelo para
com as moradoras são visíveis; ausência de rotina da gestão – não há horários
definidos de permanência da gestão, que acarretava em carga horária superior às 10h
diárias.
Para validação das hipóteses apresentadas acima, buscou-se por instrumentos de
pesquisa que levantassem os sentimentos de pertença dos colaboradores e moradores em
relação à instituição, por meio de entrevistas; bem como observação da rotina dos
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colaboradores, moradores e gestores. Realizou-se também, neste momento, uma análise do


site da instituição. Com estes dados, pode-se montar o segundo sistema de hipóteses, donde:
 Dimensão estrutural: confirmamos uma gestão centralizadora e narcísica;
evidenciamos também uma gestão inibidora e manipuladora – tudo está no domínio da
gestão, não há autonomia por parte da equipe, ex: “agora no inverno, pedi para
servirem café com leite também no lanche da tarde, mas por corte de despesas, não
quiseram.”; descartamos a relação simbiótica entre gestores e colaboradores,
necessidade de aprovação, de recompensa e de dependência, bem como falta de pró-
atividade dos colaboradores.
 Dimensão da interação: confirmam-se as hipóteses do primeiro sistema.
 Dimensão do conhecimento: permaneceram as hipóteses do primeiro sistema, e
acrescentamos a hipótese de baixa escolaridade das colaboradoras de serviços gerais –
as duas integrantes deste departamento não concluíram o ensino médio.
 Dimensão funcional: as hipóteses do primeiro sistema também foram confirmadas,
todavia, houve alteração a respeito da rotina, pois constatamos que não se tratava de
ausência de rotina da gestão, mas sim de uma rotina indefinida e super rígida, uma vez
que a gestora não consegue se ausentar; boa estrutura funcional, porém, falta
discriminar os papéis dos gestores e colaboradores, função que poderia ser
desempenhada por um supervisor ou encarregado.
Na construção do terceiro sistema de hipóteses, utilizamos a anamnese, ou entrevista
histórica, a qual foi realizada com a proprietária, e as informações por ela fornecidas nos
permitiram as análises a seguir:
Na dimensão da estrutura, a instituição possui uma gestão inibidora e manipuladora,
devido ao autoritarismo imposto em relação aos colaboradores; e também apresenta uma
gestão narcísica e centralizadora, pelo fato de ser uma instituição idealizada e que ainda não
discriminou os papéis de cada sujeito que a compõem.
No que tange a dimensão da interação, observamos que os vínculos estabelecidos entre
os sujeitos que compõem esta instituição são positivos, porém há uma fragilidade no vínculo
dos colaboradores com a gestão, devido ao autoritarismo demonstrado; há uma aceitação da
comunidade em relação à instituição; e há também uma necessidade de aprovação e
recompensa, por parte da gestão, devido ao vínculo simbiótico estabelecido.
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Com relação às questões que dizem respeito à dimensão do conhecimento constatamos


uma preocupação com o resultado, o que é positivo, pois demonstra que os colaboradores são
comprometidos com o seu trabalho, há também preocupação com experiência profissional e
formação acadêmica, uma vez que a grande maioria dos colaboradores concluíram o curso
superior nas suas áreas, com exceção somente do grupo dos serviços gerais.
Na dimensão funcional foi observada boa organização e estrutura funcional. O bom
planejamento e a organização da rotina fazem com que a qualidade do trabalho seja positiva.
A estrutura física da instituição, mesmo sendo adaptada, é satisfatória, pois atende as
necessidades dos moradores.
Desse modo, percebemos que a dimensão mais fragilizada da Instituição é a que diz
respeito à estrutura, pois há a necessidade de discriminar os papéis de cada sujeito da equipe,
para que não haja centralização e sobrecarga somente em um membro desta. Entendemos
também, que esta dimensão é responsável pela aprendizagem do grupo, atualmente
predominantemente dissociativa, ou seja, não há integração dos diversos conhecimentos que a
compõem, tendo-se somente a ressalva dos conhecimentos oportunizados pelos gestores.

Considerações Finais

Em decorrência da Avaliação Psicopedagógica Institucional desenvolvida na


Instituição, foi constatado que a modalidade de aprendizagem acontece de forma dissociativa,
havendo um comportamento centralizador por parte da gestão, o que acarreta uma relação de
dependência da parte dos colaboradores. Visando maior pertença, colaboração e eficácia no
trabalho, propomos um Projeto de Intervenção Psicopedagógico, com foco na elaboração do
planejamento estratégico participativo da instituição.
A proposta de intervenção tem por objetivo elaborar o Planejamento Estratégico
Institucional com a participação dos colaboradores e gestores. Para isso, indica a realização de
dez encontros quinzenais com duração de duas horas, sendo a primeira hora voltada para o
momento denominado dinâmica e a segunda para o Grupo com Atitude Operativa.
A concretização do planejamento estratégico participativo foi pensada não somente
para a sede na qual foi realizada a avaliação, mas também para a unidade em processo de
construção, com intuito de privilegiar a continuação da qualidade de serviço oferecida por
esta instituição.
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REFERÊNCIAS

BARBOSA, Laura Monte Serrat. A Psicopedagogia no âmbito da instituição escolar.


Curitiba: Expoente, 2001.

CARLBERG, Simone. Psicopedagogia: uma matriz de pensamento diagnóstico no âmbito


clínico. Curitiba: InterSaberes, 2012.

Estado de São Paulo. Assembleia Legislativa. Lei nº 10.891, de 20 de setembro 2001. São
Paulo, 2001. Disponível em: http://www.abpp.com.br/integra-da-lei-10891-de-20-de-
setembro-de-2001. Acesso em: 19/07/2015.

PICHÓN-REVIÈRE, Enrique. O processo grupal. (El proceso grupal). Trad. de Marco


Aurélio Fernandes Velloso. 5.ed. São Paulo: Martins Fontes, 1994.

VISCA, Jorge. Clínica Psicopedagógica: Epistemologia Convergente. 2 ed. Tradução: Laura


Monte Serrat Barbosa. São José dos Campos: Pulso Editorial, 2010.

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