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Instrumentos e

Avaliação
Psicopedagógicos
PRÁXIS PSICOPEDAGÓGICA:
ENCAMINHAMENTOS E INTERVENÇÕES
Profa. Dra. Cristina Cerezuela
“Para uma pessoa, a
aprendizagem abre
o caminho da vida,
do mundo, das
possibilidades, até
de ser feliz.”
Jorge Visca (2008, p. 7).
Unidade 5

O INFORME PSICOPEDAGÓGICO

I. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Nome do aluno (a):
Data de Nascimento:
Idade: anos meses
Filiação:
Data da Avaliação:
Escola: Série:

II. MOTIVO DO ENCAMINHAMENTO (razões que motivaram o


encaminhamento do aluno para avaliação)
Copiar o motivo enviado pela escola e entrevista com os pais ou responsáveis
ou comunidade, adequando o texto, omitindo dados sigilosos e/ou pejorativos.
Unidade 5

O INFORME PSICOPEDAGÓGICO

III. INSTRUMENTOS UTILIZADOS


Instrumentos utilizados para avaliação/coleta de dados.

IV. SÍNTESE DAS ÁREAS AVALIADAS


Correlacionar os dados significativos.
• Anamnese com inclusão de algum diagnóstico médico (laudo);
• Observações realizadas no contexto escolar;
• Comportamento durante a avaliação;
• Análise do material escolar;
Unidade 5
O INFORME PSICOPEDAGÓGICO

IV. SÍNTESE DAS ÁREAS AVALIADAS - continuação


• Funcional: sensorial (auditiva / visual / tátil) e psicomotora;
• Socioemocional: (testes formais e informais) anamnese, dados
fornecidos pela escola, informação social, técnicas projetivas,
jogos lúdicos e cognitivos;
• Provas projetivas psicopedagógicas;
• Intelectual: testes formais (WISC – realizado pela psicóloga);
• Estruturas cognitivas: provas piagetianas;
• Linguagem receptiva e expressiva: amostra de linguagem oral
(gravuras), repetição de sentenças, discriminação auditiva,
informação social;
• Acadêmica: leitura, interpretação (textos e gravuras), escrita,
matemática.
Unidade 5

O INFORME PSICOPEDAGÓGICO

V. INTERVENÇÃO
- Que tipo de ajuda necessita para aprender e participar;
- Quais as funções psicológicas superiores deverão ser
desenvolvidas no apoio especializado.

VI. ENCAMINHAMENTO
Recomenda-se / Sugere-se / Orienta-se (Pedagógicos e/ou
complementares).

VII. DADOS COMPLEMENTARES


Os profissionais que realizaram esta avaliação colocam-se à
disposição para qualquer esclarecimento que se fizer necessário.
Unidade 5

A Devolutiva do Processo de Avaliação e Diagnóstico


Unidade 5

O PROCESSO CORRETOR

Processo Corretor consiste no conjunto de operações clínicas


que facilita a aparição e estabilização de condutas. É o
processo que acontece entre duas pessoas para um adequado
funcionamento do sujeito, a aprendizagem.
Unidade 5

O PROCESSO CORRETOR

PROCESSO: É o acompanhamento.

Processo é o transcurso do que vai sucedendo e é uma


característica de toda coisa de estar a cada instante de uma
forma distinta à anterior. Processo é sinônimo de devenir, que
significa o movimento pela qual as coisas se transformam.
Da mesma forma, cabe esclarecer que um processo pode ser
espontâneo ou provocado e que este último pode sê-lo sob
situações controladas segundo vários métodos, entre os quais
se encontra o método clínico.
Unidade 5

O PROCESSO CORRETOR

CORRETOR:

[...] por outro lado temos o termo corretor que é formado por co e
reger, sendo o

primeiro elemento – co – uma forma prefixal latina da preposição


com e o

segundo – reger –, a ação do correto funcionamento de um


aparelho ou organismo (VISCA, 1991, p. 87).
Unidade 5

Possibilidades e Limites das Intervenções Psicopedagógicas

Jorge Visca nos alerta que usar o termo clínica se referindo ao


atendimento em consultório é um grande equívoco, porque
psicopedagogia clínica,

[...] não significa isto de forma nenhuma. Na escola se faz clínica,


na comunidade se faz clínica... no sentido de perceber o sujeito
como ele é. Diagnosticar este sujeito, trabalhar com este sujeito
mesmo que seja um grupo ou uma comunidade, aceitando este
sujeito como ele é. Eu acho que o consultório é um laboratório de
pesquisa, mas agora acredito que o objetivo do psicopedagogo seja
trabalhar com a sociedade em geral. Pesquisar a forma de
aprendizagem que existe na sociedade em geral (VISCA, 1991, p. 16-
17, grifo nosso).
Unidade 5

Possibilidades e Limites das Intervenções Psicopedagógicas

• Caráter preventivo;
• Caráter clínico;
• Caráter teórico.
Unidade 5

Possibilidades e Limites das Intervenções Psicopedagógicas

O trabalho preventivo do psicopedagogo tem sua ocupação


principal na orientação do processo de ensino e de aprendizagem.

• Detectar possíveis perturbações no processo de aprendizagem;


• Participar da dinâmica das relações da comunidade educativa, a
fim de favorecer processos de integração e troca;
• Promover orientações metodológicas de acordo com as
características dos indivíduos e grupos;
• Realizar processos de orientação educacional, vocacional e
ocupacional, tanto na forma individual quanto em grupo (BOSSA,
2007, p. 33).
Unidade 5

Possibilidades e Limites das Intervenções Psicopedagógicas

O trabalho clínico terapêutico do psicopedagogo consiste em


entender o sintoma, relacioná-lo à não-aprendizagem, e eliminá-lo.
Este é objetivo principal do tratamento, logo diagnóstico e
tratamento estão dialeticamente ligados e se apresentam fazendo
parte da unidade do sujeito.

Objetivos do tratamento psicopedagógico:


✓ Conseguir uma aprendizagem que seja uma realização para o
sujeito;
✓ Obter uma aprendizagem independente por parte do sujeito;
✓ Propiciar uma correta autovalorização (PAÍN, 1986, p. 81).
Unidade 5

Possibilidades e Limites das Intervenções Psicopedagógicas

O trabalho teórico da psicopedagogia diz respeito à produção


intelectual vinculada à área, o que contribui para dar corpo ao
conhecimento científico.
Unidade 5

A PSICOPEDAGOGIA À LUZ DA INCLUSÃO EDUCACIONAL

O que é a inclusão para você?

Você está aprendendo com essa formação que a psicopedagogia é


uma área de conhecimento que estuda o processo de
aprendizagem e da não-aprendizagem.

A contribuição dessa área, segundo Scoz (1992), direciona ao


entendimento do desenvolvimento dito normal quanto ao
desenvolvimento patológico. A metodologia clínica permite ao
profissional relacionar aos dois aspectos as características
individuais e as características contextuais do sujeito aprendiz.
Unidade 5

A PSICOPEDAGOGIA À LUZ DA INCLUSÃO EDUCACIONAL

Público alvo da Educação Especial (Políticas Públicas da


Educação Inclusiva)

+
Obstáculos de aprendizagem (segundo Jorge Visca)

+
Dificuldades de Aprendizagem
“Conhecer verdadeiramente como
o sujeito aprende é um conceito
revolucionário, no sentido de
aceitar como ele é, fazer com que
este sujeito aprenda de verdade,
não fazendo de conta.”
(Jorge Visca)

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