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CADERNO DO DIRETOR

Caro diretor

O conjunto de materiais que você acaba de receber foi preparado com muito cuidado, pensando em con-
tribuir com as ações dos professores de crianças de 6 anos de idade. Esperamos que as propostas de
atividades sugeridas nos materiais que recebeu contribuam para a qualidade do planejamento e da realiza-
ção das atividades na prática. Sua atuação como diretor ou coordenador é essencial para esse processo. Isso
porque, apesar de a maioria do material ser dirigida aos professores, sabemos que o sucesso das ações que
acontecem dentro de uma instituição depende, em sua maioria, do coletivo institucional, e nesse coletivo
você, diretor, exerce um importante papel.

Para contribuir em sua atuação com esse conjunto de materiais, apresentaremos alguns aspectos sobre seu
uso, com a intenção de explicar por que acreditamos na importância da sua colaboração.

O primeiro ponto é que um professor bem preparado pode realizar um ótimo trabalho, mas esse trabalho
será muito melhor se contar com o apoio do diretor, pois você pode garantir que iniciativas interessantes
tenham eco e se ampliem para toda a instituição.

O segundo ponto é que a equipe escolar, na maioria das vezes, corresponde às expectativas do diretor. Por
isso, ao se empenhar em determinadas ações na instituição, a tendência é que os professores se comprome-
tam com o que você valoriza.

O terceiro ponto é que esse conjunto de materiais pode ser um bom parceiro na qualificação profissional
de sua equipe docente e, principalmente, na aprendizagem das crianças, já que sua intenção é oferecer aos
professores propostas práticas, de qualidade comprovada por pesquisas didáticas recentes.

A seguir, apresentaremos algumas informações sobre a concepção deste conjunto de materiais e suas possibili-
dades de uso e organização na instituição.

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Sumário

Por que a leitura como foco do TRILHAS? 5


O ensino da leitura 5
Os materiais e seu uso no TRILHAS 7
Sobre o Caderno do diretor

Sobre o Caderno de apresentação

Sobre o acervo de livros

Sobre os Cadernos de orientações

Sobre as cartelas de ilustrações

Sobre o Caderno Trilhas de jogos

Sobre os jogos de linguagem

Sobre o Caderno de estudos

O uso do material coletivo 9


A gestão do material entre a equipe de professores

Espaços de estudos e reflexão 11


Os pais e a leitura para crianças 15
Organização dos espaços da instituição para a leitura 17
Acompanhamento permanente do trabalho 18
Anexo 1 19

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5| Caderno do Diretor

Por que a leitura como foco do TRILHAS?

C ada vez mais, nos dias de hoje, a leitura é citada como fator decisivo de inserção social, pois, por meio
dela, é possível o acesso a novos conhecimentos, o que enriquece a bagagem pessoal e profissional de
qualquer pessoa.

Com a leitura, especialmente a partir da literatura, é possível aproximar-se de realidades diferentes


daquela em que se vive, experienciar sentimentos e outras vivências subjetivas. A leitura também per-
mite o acesso a novos conhecimentos e um posicionamento mais consciente em debates que envolvam
temas sociais relevantes.

Segundo diferentes instituições nacionais e internacionais, preocupadas em promover a inserção social de


qualidade de um número cada vez maior de pessoas, a leitura é considerada também como imprescindível
para que se tenha bom desempenho em outras áreas do conhecimento.

Garantir o mais amplo acesso à leitura em qualquer momento da vida ou qualquer idade é, então, uma ques-
tão política, um direito imprescindível de qualquer cidadão. Partindo desse pressuposto, a escola, como ins-
tituição responsável por ensinar a ler, ganha relevância crucial, e o investimento na educação, especialmente
na alfabetização inicial, deixou de ser uma escolha. Trata-se de uma necessidade que interfere diretamente
na qualidade de vida da população de qualquer país.

Ao se incorporarem práticas de leitura desde o início na escola, merecem atenção especial:

A frequência com que os professores leem para as crianças e o número de livros mantidos em casa que ajudam
a determinar o desenvolvimento da linguagem, os resultados da leitura e o êxito escolar (Unesco e OCDE2).

A extensão de seu contato direto com material impresso entre os 4 e 6 anos de idade (Unesco).

Um ambiente onde a leitura ocorra regularmente, e que garanta uma relação positiva das crianças em
relação a ela, pode propiciar a superação das desvantagens resultantes de aspectos socioeconômicos
em termos de desempenho escolar. As escolas podem levar as crianças para um círculo virtuoso a
partir da leitura (OCDE).

Hoje já se sabe que a “aquisição das habilidades de leitura e escrita depende muito menos dos
métodos utilizados do que da relação que a criança tem desde pequena com a cultura escrita”.
(Emilia Ferreiro e Ana Teberosky)

O ensino da leitura
Ao refletirmos sobre o ensino da leitura com as crianças de 6 anos, é fundamental levar em conta o respeito
às características de sua faixa etária. É importante garantir que junto com esse trabalho se priorize o brincar,
a exploração da realidade e a descoberta.
2
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE, ou OECD em inglês) é uma organização internacional dos países comprometidos com os princípios
da democracia representativa e da economia de livre mercado.

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6 | TRI L H A S

No entanto, sabemos que uma criança começa a aprender a ler quando percebe que a leitura e a escrita são
utilizadas cotidianamente, quando, no aconchego da casa, tem alguém da família a seu lado que lê para ela.
Mas e as crianças que vivem em famílias que não se utilizam da leitura e da escrita, ou as utilizam muito
pouco? Neste caso, mais do que em qualquer outro, é papel da escola favorecer essa aprendizagem e viabili-
zar o contato com a escrita.

Começa-se a aprender a ler pela mão de uma ou mais pessoas que compartilham com a criança o conteúdo
de um livro, porque ela ainda não tem condições de ler sozinha. As crianças também estão aprendendo a ler
quando o professor as reúne e mostra um livro cuidadosamente escolhido e, em seguida, lê a história. É nes-
se momento, quando ouve a leitura feita por outra pessoa, que a criança percebe que aquele objeto chamado
livro, além de ser colorido, ter imagens, possuir uma textura e se organizar em páginas de papel (todas essas
são características que sensorialmente a criança pode explorar sozinha), esconde histórias que ensinam ou
fazem sonhar, que divertem ou informam, que brincam e embalam.

Assim, criam-se vínculos entre uma criança curiosa e o mundo da escrita. E, enquanto não domina a leitura,
ela também aprende sobre a língua e a literatura, a riqueza das histórias e as características da linguagem escrita.

Talvez a leitura de histórias já ocorra na sua instituição. Que ótimo. Em si, esse dado já é um indicador da
qualidade do trabalho realizado. Considere, porém, que essa prática poderá ser valorizada se os livros forem
escolhidos por sua qualidade, tanto literária como gráfica, e garantirem a aproximação das crianças a textos
que circulam socialmente (não apenas histórias, mas também poemas e outros textos organizados em ver-
sos, listas, cartas e outros).

A possibilidade de a leitura em voz alta contribuir para a aprendizagem das crianças também pode ser
potencializada se complementarmos essa prática com outras atividades que ampliem os conhecimentos das
crianças sobre o ler e escrever, tais como:

Atividades em que as crianças possam manipular e olhar os textos em seus suportes (livros, jornais, car-
tas), com ou sem a presença do professor.

Atividades em que se participa de conversas e debates sobre as personagens, o local em que a história acontece e
aquilo que está expresso nas ilustrações e sua relação com o texto escrito, entre outras possibilidades.

Atividades em que se busca relacionar contexto e texto, ou seja, procurar onde está escrita determinada
palavra que se refere, por exemplo, a determinada ilustração.

Atividades de “escrever em voz alta”, em que as crianças ditam a um adulto um texto extenso, do qual
participam da produção gráfica.

Atividades em que as crianças imitam a leitura produzem escritas, antecipam o que poderá estar escrito,
para relacionar o processo, o produto escrito e a interpretação que se faz dele.

Atividades em que as crianças escrevem por si mesmas textos mais longos que escutaram e memorizaram.

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7| Caderno do Diretor

No decorrer de todas essas propostas, as crianças realizam outras ações: perguntam e trocam informações
com o professor e com seus companheiros sobre aspectos específicos da escrita, tais como o nome ou a
forma gráfica de uma letra.

Todos esses contextos em que as crianças interagem de maneiras diferentes contribuem para a ampliação de
seus conhecimentos sobre a forma como a escrita se organiza como um sistema.

E também facilitam para que compreendam as questões relacionadas à linguagem, ou seja, ao modo
como é possível à escrita desempenhar suas inúmeras funções (expressar, controlar, apoiar a memória,
garantir que determinada informação ou ideia não se perca, ensinar, compartilhar etc.).

Os materiais e seu uso no TRILHAS


O conjunto de materiais que compõem o TRILHAS inclui:

1 (um) Caderno de apresentação

1 (um) Caderno do diretor

Acervo de livros

9 (nove) cadernos de orientações

1 (um) Caderno Trilhas de jogos

2 (dois) Cadernos de estudos

10 (dez) jogos de linguagem

4 (quatro) conjuntos de cartelas de ilustrações

Sobre o Caderno do diretor

É este material que você está lendo e que tem como intenção envolvê-lo na proposta desse conjunto de
materiais e oferecer diferentes formas de realizar a gestão e participar com sua equipe de professores de
sua implementação.

Sobre o Caderno de apresentação

Neste, há uma apresentação geral do conjunto dos materiais destacando suas intenções, princípios e concepções.

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Sobre o acervo de livros

Ele é composto de um conjunto de livros (com histórias escritas para o público infantil, contos tradicionais,
poemas, textos da tradição oral brasileira etc.), que geram diferentes possibilidades de leitura e atividades: o
professor pode ler, por exemplo, uma história enquanto as crianças escutam ou um poema ou uma parlenda
para que as crianças possam recuperá-los de memória e recitá-los. Para cada intenção educativa, formas
diferentes de ler; para cada tipo de texto, abordagens e atividades diferentes.

Cada livro que compõe este acervo está apresentado ou é usado como referência em um Caderno de orientações.

Sobre os Cadernos de orientações

Nestes, há um conjunto de atividades a serem realizadas pelo professor em sala com as crianças. Há também
um texto de introdução seguido de uma apresentação dos livros que podem ser usados para sua realização.

As atividades sugeridas nos Cadernos foram concebidas por professores que buscaram incorporar experiên-
cias e pesquisas que já comprovaram bons resultados na prática, especialmente ao garantir que as crianças
se aproximem da linguagem escrita para refletir sobre sua função e organização.

As principais contribuições das referidas pesquisas3 consideram que as crianças aprendem a ler quando em
contato com a linguagem escrita em suas diferentes formas de manifestação, nos diversos textos que circu-
lam na realidade social. Esse contato, no entanto, precisa ser mediado por usuários da escrita (pessoas que
leiam e escrevam nas várias situações do cotidiano) e será tanto mais eficiente quanto maior a possibilidade
de a criança explorar o universo da cultura escrita.

Quando nos referimos à exploração da escrita pela criança, não o fazemos apenas quanto à possibilidade de
ela ter acesso a materiais escritos, se bem que isso também seja necessário. Além de poder explorar livros,
revistas e outros materiais que contenham textos, é fundamental que ela também tenha oportunidade de
entrar em contato e conhecer o que está escrito, e de que forma está escrito, também por intermédio de
pessoas que saibam ler.

Muito mais, como já citamos anteriormente, do que métodos elaborados especialmente para ensinar a ler e
escrever, o que favorece a aprendizagem é a possibilidade de a criança estar incluída numa realidade em que
esteja presente a escrita, bem como pessoas que se disponham a aproximá-la desse universo – lendo para ela,
permitindo que se arrisque a escrever (mesmo que ainda não o faça de forma convencional) e respondendo
aos questionamentos que ajudem a compreender o funcionamento dessa escrita.

Os Cadernos de orientações estão organizados em dois conjuntos os quais se agrupam segundo seu conteúdo:
Trilhas para ler e escrever textos e Trilhas para abrir o apetite poético.

3
Nós nos referimos aos vários estudos realizados a partir da pesquisa de Emília Ferreiro e Ana Teberosky, sobre o modo como as crianças constroem conhecimentos sobre a
linguagem escrita. No Brasil essa pesquisa foi publicada num livro chamado Psicogênese da linguagem escrita (Ferreiro E, Teberosky A.) pela Editora Artes Médicas, de Porto
Alegre, em 1985.

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9| Caderno do Diretor

Sobre as cartelas de ilustrações

São cartelas com ilustrações elaboradas para realização de algumas atividades propostas nos Cader-
nos de orientações.

Sobre o Caderno Trilhas de jogos

Apresenta um repertório de jogos a serem realizados pelo professor em sala, a fim de favorecer a aten-
ção das crianças para a relação que existe entre o universo oral e o escrito.

Sobre os jogos de linguagem

Conjunto com 10 jogos elaborados para uso com as crianças.

Sobre o Caderno de estudos

Este tem a função de ser um instrumento de orientações e estudo para o professor no que se refere à
compreensão ao aprofundamento das teorias e conceitos que embasam as atividades propostas.

O uso do material coletivo


As orientações de uso dos materiais
propostas neste Caderno foram ela-
boradas a partir da premissa de que
todo professor tenha um conjunto de
Cadernos para seu estudo e plane-
jamento das atividades. No caso de
sua escola ter mais de um professor
para a sala de primeiro ano do ensino
fundamental, sugerimos que seja feita
a reprodução desses Cadernos. Se
isso não for possível, proponha um
rodízio para a utilização deles, mas
lembre-se de organizá-los de forma
que os professores possam retirá-los
para seu estudo e uso em sala. Os
livros do acervo, as cartelas de ilustrações e os jogos de linguagem devem ser de uso coletivo, uma vez
que cada escola deve receber um conjunto de cada. A alta rotatividade dos professores faz com que os
materiais coletivos muitas vezes se percam. Esperamos que não seja esta a realidade em seu municí-
pio, mas sempre é bom prevenir.

Muito se fala sobre compartilhar, respeitar e reconhecer o outro. Esses valores e procedimentos nem
sempre são simples de ser vivenciados. Por isso, é importante a construção coletiva de regras para o
uso do material e a antecipação de alguns procedimentos que sirvam não só para evitar desentendi-
mentos, como também para criar uma cultura de colaboração e respeito entre os professores.

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Os livros que compõem o acervo recebido devem ser organizados na instituição de forma que os professores possam
retirá-los para uso em sala. O fato de o acervo ser de uso de todos os professores coloca alguns problemas que é preci-
so prever para que você, como gestor, possa buscar as melhores soluções, considerando a realidade de sua instituição.

Em primeiro lugar, é fundamental garantir que os livros estejam acessíveis aos professores e que haja formas de
controle que tornem fácil sua localização, evitando assim que eles se percam ou que não estejam disponíveis quando
necessário. Considerando isso, é preciso pensar num local adequado para guardá-los. Em algumas instituições, exis-
tem bibliotecas ou salas de leitura, o que já resolve o problema do espaço físico. No entanto, sabemos que isso não é o
mais comum. Se sua instituição não dispuser de uma sala especial para guardar os livros, escolha um armário, estante,
caixa ou cesta.

Além da escolha de um local onde os livros possam ser guardados e retirados com facilidade, é preciso também pen-
sar em formas de controlar as retiradas e o tempo em que ficarão com cada professor. Para isso, é bastante aconselhá-
vel contar com uma pessoa que possa assumir esse controle como sua atribuição.

Todas essas decisões precisam ser acordadas entre os usuários e responsáveis pelo trabalho. É importante que todos
tenham clareza de que não se trata de limitar o uso dos livros, mas garantir que se saiba onde estão e por quanto tem-
po, para que todas as salas possam compartilhar suas leituras e se evitem extravios.

Sugestão de organização

Estabelecer um local (uma sala ou, se não for possível, uma estante ou armário) em que os livros
possam ser guardados.

Fazer uma relação de todos os livros recebidos e conferir com frequência.

Destinar uma pessoa da equipe para o controle dos livros. Ela anotará quem retirou, e quando, determi-
nado livro, além da data combinada para a devolução.

Discutir com a equipe uma forma de organizar os livros (por exemplo, em ordem alfabética por nome
de autor), para que saibam como encontrá-los.

O que todos ganham

Maior facilidade para a retirada de cada livro.

Maior facilidade para saber quando os livros retornarão.

Organização do tempo de uso de cada livro entre as salas.

Conhecimento do que está sendo lido em cada sala.

Registros para análise em reunião de professores ou apresentação em reunião de pais.

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A gestão do material entre a equipe de professores

Há uma informação importante que você precisa conhecer para ajudar a sua equipe a trabalhar com as
propostas dos Cadernos e com os livros do acervo. Não é possível e nem necessário que todos os professores
da instituição comecem a realizar o trabalho em sala tendo o mesmo Caderno de orientações como referên-
cia, pois só há um exemplar de cada livro no acervo, o que torna inviável dois professores usarem os mesmos
livros, e os conteúdos trabalhados nos Cadernos não foram organizados para seguir uma única sequência.

Outro ponto a considerar é que, no período em que o professor estiver realizando a proposta com as crian-
ças, é importante que o livro permaneça em sua sala e que as crianças tenham contato constante com ele:
manuseando-o, lendo-o, observando-o junto com os colegas etc.

Esses problemas podem ser amenizados considerando que em alguns Cadernos de orientações há a suges-
tão de outros livros, com estrutura semelhante, que podem ser utilizados para a realização de atividades
similares àquelas propostas. Nesses casos, pode haver mais de um professor trabalhando com a mesma
proposta, mas usando livros diferentes. De qualquer forma, em todas as situações se torna necessária uma
gestão coletiva para o uso dos livros.

Sendo assim, ao receber o conjunto de materiais, convide todos os professores a analisá-lo, conforme reunião
anteriormente indicada, para identificarem qual ou quais Cadernos são mais indicados ao grupo de crianças
com o qual trabalham. Escolhido o Caderno a ser trabalhado em cada sala, os livros já estarão definidos. Ao
longo do ano os professores irão terminando o trabalho proposto com determinado livro e podem iniciar
outro, de modo que seria interessante que você os ajudasse a elaborar esse rodízio ao longo do tempo.

No caso da instituição onde apenas um professor atua em sala, o critério de escolha do material para iniciar
o trabalho com as crianças pode ser o mesmo, considerando as questões citadas anteriormente.

Espaços de estudos e reflexões da equipe pedagógica


Temos claro que, em sala, cada professor é sempre autor de sua prática. É ele, em última instância, quem
decide o que proporá às crianças. E, com certeza, ele faz o melhor que pode.

É importante considerar, porém, que toda atuação profissional pode ser aprimorada, que todos os professo-
res podem se beneficiar com as contribuições de colegas ou de práticas a que tenham acesso por um proces-
so de estudo pessoal ou coletivo.

Assim como ocorre em todas as profissões, a educação também se transforma, e os professores, em razão
dessas transformações, também necessitam se atualizar. Felizmente, alguns professores já têm clara essa
necessidade, mas isso não é geral. Há casos em que é preciso “um empurrãozinho”.

O material que sua instituição está recebendo é um veículo de formação profissional para sua equipe: os
Cadernos de estudos, por exemplo, trazem informações importantes sobre o que considerar nas diversas
atividades, além do embasamento teórico que está por trás das sugestões práticas.

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Mesmo que, em certa medida, o uso que cada professor fará dos materiais seja individual, sabemos que rea-
lizar uma discussão coletiva para estimular esse uso e esclarecer dúvidas que possam surgir é uma iniciativa
que pode contribuir para que, em vez de fruto do interesse de cada um, o uso de todos os recursos que estão
disponíveis possa se tornar um movimento da equipe pedagógica.

É recomendável que você organize uma sequência de encontros com seus professores para discutir o uso do
material que está recebendo e assuntos vinculados à aprendizagem das crianças. As reuniões de equipe são
espaços importantes para favorecer a divulgação de novas propostas e o planejamento da atuação de toda
a equipe escolar. No caso do material que sua instituição está recebendo, a necessidade de uma apresen-
tação coletiva é fundamental, pois ele é composto de diferentes itens, cada um deles destinado a propósitos
específicos: há livros para serem lidos com as crianças, propostas de atividades destinadas aos professores
e material de estudo e aprofundamento.

Nessa reunião, os professores poderão ter um contato mais estreito com os livros recebidos. Ou seja, terão
oportunidade de folheá-los, trocar impressões e ideias sobre seu uso em sala, analisar suas principais carac-
terísticas e imaginar como serão recebidos pelas crianças. Todas essas situações são excelentes para ampliar
o olhar de cada professor, a partir da troca com os colegas.

Na mesma ocasião, a equipe também poderá ter o primeiro contato com os diferentes Cadernos. Essa
apresentação não visaria apenas incentivar a leitura atenta para que se conheçam melhor as propostas, mas
especialmente para enfatizar a importância de que tais atividades sejam, de fato, realizadas.

Outra prática interessante é organizar os professores em pequenos grupos de estudo para a leitura de
cada Caderno de orientações, ocasião em que as dúvidas e sugestões poderão ser aprofundadas e depois
compartilhadas. Também é interessante, nesses momentos, pensar propostas aos grupos em que relacionem

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as sugestões dos Cadernos de orientações com os conceitos apresentados e debatidos no Caderno de estudos.
Dessa forma, além de valorizar cada profissional, a equipe se fortalece como grupo de trabalho.

Outros momentos de discussão, de troca e de planejamento serão necessários, para que aquilo que é su-
gerido nos Cadernos de orientações seja realmente incorporado à prática dos profissionais. Essas outras
reuniões permitirão realizar ajustes que garantam a continuidade da proposta com as crianças e a coesão do
trabalho docente. É interessante que tais reuniões de acompanhamento para a implantação dessa proposta
sejam periódicas. Os objetivos desses encontros são:

Garantir a troca de experiências entre os professores sobre o planejamento e a realização das atividades –
para que a equipe tenha um espaço em que possa discutir as propostas realizadas, as adaptações que ocorre-
ram em cada sala, a resposta das crianças, os problemas não previstos e como cada professor lidou com eles.

Conversar sobre dúvidas que surgiram a partir da leitura da orientação ou na própria realização da atividade.

Avaliar cada uma das atividades e o conjunto das propostas, considerando, em todos os momentos, a
aprendizagem das crianças e a interação que houve entre elas e a linguagem escrita.

Ter contato e planejar a realização de novas atividades.

Caso em sua instituição não exista uma rotina de reuniões pedagógicas, é importante criá-la. Sabemos que
há muitas possibilidades de organizar a rotina da instituição, e é necessário ser cuidadoso para encontrar
aquela que melhor se adapte à sua realidade. Em geral, é suficiente garantir uma periodicidade quinzenal ou,
no mínimo, mensal, para reuniões em que o trabalho pedagógico é colocado em pauta.

Isso é, sem dúvida, trabalhoso. Mas fortalecer a qualidade da discussão entre os profissionais é a melhor forma
de aprimorar as condições de ensino em nossas instituições. Quando se coloca em discussão o planejamento
de uma ação e as decisões são compartilhadas com todos os profissionais envolvidos, a equipe vai-se tornando
um grupo verdadeiramente colaborativo.

No caso das instituições onde apenas um


professor atua em sala com as crianças, é
importante o gestor ser o parceiro deste
professor nos estudos e nas discussões.
Outras trocas podem ser proporcionadas
a estes professores com a participação
em reuniões por grupos de instituições
próximas. Vocês, gestores, poderão
organizar-se para isso.

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Sugestão de organização

Uma reunião para entregar o material, discutir os diferentes itens que o compõem e suas
especificidades (para que servem, a quem se destinam).

Nessa reunião, permitir que os professores folheiem os livros, os conheçam melhor, bem como
os diferentes Cadernos.

Discutir com a equipe regras para garantir formas de revezar o uso dos livros nas salas, para
compreender a organização dos conteúdos em cada Caderno.

Compartilhar a agenda de entrega dos Cadernos de orientações, de estudos e livros.

Realizar reuniões regularmente com os professores para que troquem informações, estudem o
material e discutam resultados, a partir das atividades sugeridas.

Em cada reunião, favorecer que os professores tragam seus registros pessoais (opiniões a partir
da realização das atividades) e produções das crianças, para discutir com os colegas.

Buscar favorecer, na equipe, a colaboração e o trabalho em grupo.

O que todos ganham

A equipe terá chances de compreender os diferentes itens que compõem o conjunto do material
e, assim, melhor utilizá-los.

A equipe terá mais chances de relacionar os materiais de uso comum (como os livros) às
sugestões contidas nos Cadernos de orientações, contribuindo assim para que experimentem
novas práticas.

A equipe poderá aprender como os diferentes livros e materiais propostos são usados em cada
sala, além de analisar e discutir a importância de algumas práticas sugeridas e avaliar a resposta
das crianças às atividades.

Consolidar na equipe algumas práticas, por perceber que aproximam as crianças da leitura
e da escrita.

Constituir uma equipe colaborativa atenta às aprendizagens das crianças.

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15 | Caderno do Diretor

Os pais e a leitura para crianças

Incrementar a participação dos pais nas atividades escolares é uma forma de ampliar o alcance do traba-
lho realizado com as crianças. Não se trata apenas de garantir que as propostas tenham continuidade no
espaço familiar, e que a importância dessa continuidade seja compreendida por eles, mas de abrir aos pais
a possibilidade de realmente atuarem como parte da comunidade escolar. Ou seja, permitir que reconhe-
çam que eles têm um papel educacional valorizado pela instituição assim como os demais participantes
dessa comunidade (todas as pessoas que trabalham em sua instituição).

Aproximar os pais do trabalho realizado pelos professores permite que eles compreendam melhor as
propostas realizadas por seus filhos.

A possibilidade de os pais atuarem como parceiros no processo educativo dos filhos está relacionada ao
espaço oferecido pela instituição para que tal parceria de fato aconteça. É importante que a escola abra
suas portas aos pais por meio de reuniões (em que são mostrados a proposta pedagógica da escola, o
progresso das crianças e o trabalho que os professores desenvolvem em sala), reuniões individuais para
conversar sobre os progressos e dificuldades dos seus filhos, assim como por meio de convites para cola-
borar e participar de eventos esportivos, festivos e pedagógicos.

Pensando nisso, sugerimos algumas ações que podem ser incorporadas pela sua equipe. Certamente vocês
já realizam algumas delas, mas quem sabe haja alguma novidade.

Em primeiro lugar, é importante que os pais sejam convidados a participar de uma primeira reunião que
tenha o intuito de compartilhar o trabalho pedagógico que está sendo realizado e proposto pela insti-
tuição, neste caso com a leitura. Ao realizar essa reunião de pais, é interessante preocupar-se em trazer
materiais que ilustrem o trabalho realizado e deem um colorido mais descontraído ao encontro, além de
deixar o ambiente agradável, servindo chá, suco ou café com bolacha. A intenção é que eles sintam que
são esperados e bem-vindos.

Outra sugestão é expor os livros que estão sendo utilizados no trabalho com as diferentes turmas. É
possível selecionar histórias para serem lidas aos pais e, posteriormente, propor uma roda de discussão
sobre o que as crianças estão aprendendo com essas leituras. Pode-se organizar uma mostra dos trabalhos
realizados pelas crianças, relacionados às atividades propostas nos Cadernos de orientações, deixando
claro o processo de realização.

Mas e se você preparar tudo para a reunião ou para a exposição dos livros e só aparecer um pai ou uma
mãe? Faça a reunião conforme o planejamento e não fique chateado. Aos poucos, à medida que novas
reuniões forem propostas, a frequência aumentará naturalmente.

Além da reunião, outras ações também têm bons resultados quando o intuito é aproximar os pais do
trabalho realizado na instituição. Veja alguns exemplos:

Organizar, com os professores, situações em que as crianças possam expor aos pais e convidados o que
estão aprendendo, realizando um recital de poemas ou uma roda de histórias.

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Dispor de um mural a que os familiares tenham acesso diariamente em suas idas à escola. Ali, podem ser
afixadas indicações dos livros que as crianças estão lendo com seu professor e fotos das atividades realizadas.

Lembre-se, porém, de que é preciso organizar um cronograma com os professores para a realização dessas
ações. É necessário planejar tudo a tempo para que todos possam participar e se envolver com a produção e
organização dessas atividades.

Sugestão de organização
Apresentação do material aos pais:

Reuniões para apresentação da proposta pedagógica da instituição, com referência clara ao


uso do conjunto de material, exibindo os livros que foram recebidos e que serão compartilhados
pelas crianças.

Reuniões para expor o trabalho realizado, com exemplos de atividades desenvolvidas pelas
crianças, fotos, vídeos etc. e orientação aos pais quanto ao estímulo que podem dar aos comentários
das crianças e às perguntas que poderão fazer relacionadas ao trabalho realizado em sala.

Eventos em que as crianças tenham oportunidade de expor aos familiares aquilo que aprenderam.

Murais com amostras de produções das crianças e notícias daquilo que ocorre nas salas.

O que todos ganham

Maior compreensão por parte dos familiares do trabalho realizado.

Participação mais efetiva dos pais nas propostas em que as crianças necessitam de sua ajuda.

Maiores condições de compreensão por parte dos familiares do processo de cada criança, e não
apenas de seus resultados.

Envolvimento e valorização da família com as ações da instituição e do conhecimento.

Maior conhecimento de todos sobre as intenções do trabalho pedagógico.

Contribuição para a constituição de uma comunidade escolar.

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17 | Caderno do Diretor

Organização dos espaços da instituição para a leitura

É necessário observar onde e como as leituras estão sendo realizadas em sala e as condições que a instituição
reúne para melhorar essa situação. Os professores podem utilizar o espaço da sala para ler com as crianças às
mesas ou em círculo, mas podem contar com outros espaços destinados a essa finalidade, como cantinhos com
tapetes e almofadas, ou mesmo no pátio, debaixo de uma árvore. Converse com seus professores para com-
partilhar ideias e decidir quais seriam as mudanças no espaço e os materiais que podem ser adquiridos para
aprimorar essa prática. A organização do espaço revela as intenções educativas da instituição.

Essas condições precisam ser asseguradas pelo diretor no uso dos recursos financeiros, de serviços, na lim-
peza dos espaços para a acomodação das crianças e dos materiais.

Além de garantir que as instalações reflitam a intenção da escola de garantir que as crianças aprendam, é
importante que os professores invistam em diferentes formas de propor as atividades, pois cada uma delas
promove diferentes aprendizagens. A leitura, por exemplo, pode ser encaminhada coletivamente, a partir
do que o professor lê para a turma. Se, em seguida, ocorrer outra proposta, em que as crianças organizadas
em pequenos grupos observam o livro e suas ilustrações, não apenas se garantirá maior intimidade com ele,
mas também se propiciará que troquem informações, aprendam a dialogar, colocar suas opiniões e ouvir
as dos colegas. Garantir diferentes formas de agrupamentos na sala, ocupação dos espaços da sala e o uso
de materiais, bem como variar o tempo destinado a cada situação, promove a aprendizagem de conteúdos
diferenciados e abrangentes, visando à formação mais ampla da criança.

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18 | TRI L H A S

Acompanhamento permanente do trabalho


Tudo o que foi exposto até o momento, no entanto, ainda não é suficiente para garantir que este
material contribua realmente para a qualidade do trabalho realizado pelos professores e para a melhoria
da aprendizagem das crianças. É preciso um investimento permanente e constante do diretor para que
ocorra a institucionalização dessas práticas no cotidiano escolar, pois somente sua regularidade, ao
longo da escolaridade das crianças, fará a diferença na aprendizagem delas e dos professores.

Não se muda uma instituição por um ato de vontade do diretor. Para mudá-la é preciso envolver deci-
sões de todos os que nela atuam (professores, auxiliares e funcionários, pais e membros da comunidade).
“É preciso envolver o elemento humano, as pessoas e, através delas, mudar a cultura que se vive na
escola.”4 A instituição é uma organização humana e cabe ao diretor investir e atuar nessa organização
em favor da aprendizagem de todos.

Como se pode perceber, seu papel é fundamental para o sucesso de todo este trabalho.

4
Isabel Alarcão (org.). Escola reflexiva e nova racionalidade, Ed. Artemed, pg. 19.

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19 | Caderno do Diretor

Anexo 1
Organização dos livros

Você poderá pensar em planilhas ou fichas para organizar melhor a movimentação de livros.
Veja os exemplos a seguir:

Modelo 1: Ficha de cada livro, com registro de data de retirada e data de entrega.

Modelo 2: Relação dos livros recebidos (para conferência mensal):

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Créditos institucionais

TRILHAS

Iniciativa:
Instituto Natura
Ministério da Educação/ Secretaria da Educação Básica

Realização:
Programa Crer para Ver, Instituto Natura

Desenvolvimento:
Comunidade Educativa Cedac

Ficha Técnica

Programa Crer para Ver, Instituto Natura Equipe da Gerência de Educação e Sociedade, Instituto Natura:
Coordenação: Maria Lucia Guardia, Lilia Asuca Sumiya, Maria Eugênia Franco,
Maria Lucia Guardia Fabiana Shiroma, Eliane Santos, Isabel Ferreira, Luara Maranhão,
Marcio Picolo
Comunidade Educativa Cedac
Coordenação: Edição de texto:
Beatriz Cardoso e Tereza Perez Marco Antonio Araujo

Concepção do conteúdo e supervisão: Coordenação de produção:


Ana Teberosky Fátima Assumpção

Direção editorial: Projeto gráfico:


Beatriz Cardoso e Beatriz Ferraz SM&A Design/ Samuel Ribeiro Jr.

Consultoria literária: Ilustrações:


Maria José Nóbrega Vicente Mendonça

Equipe de redação: Revisão:


Ângela Carvalho, Beatriz Cardoso, Beatriz Ferraz, Debora Samori, Ali Onaissi
Maria Grembecki, Milou Sequerra, Patrícia Diaz

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

C122 Caderno do diretor. – São Paulo, SP : Ministério da Educação, 2011.


20 p. : il. ; 28 cm. – (Trilhas ; v. 14)

Inclui anexos.
ISBN 978-85-7783-076-3

1. Leitura - Estudo e ensino (Educação pré-escolar). 2 Escrita - Estudo e ensino (Pré-escolar).


3. Crianças - Linguagem - Aprendizagem. 4. Crianças - Oralidade. 5. Leitores - Formação. 6. Literatura infantil -
Estudo e ensino (Pré-escolar). I. Série.

CDU 372.41
CDD 372.4

Índice para catálogo sistemático:


1. Rudimentos de leitura : Educação elementar 372.41
2. Literatura infantil : Estudo e ensino 087.5

(Bibliotecária responsável: Sabrina Leal Araujo – CRB 10/1507)

“ESTE CADERNO TEM OS DIREITOS RESERVADOS E NÃO PODE SER COPIADO OU REPRODUZIDO, PARCIAL OU
TOTALMENTE, SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA E EXPRESSA DO PROGRAMA CRER PARA VER, DO INSTITUTO NATURA,
COMUNIDADE EDUCATIVA CEDAC E DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO.”

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O QUE É O PROJETO TRILHAS

D esde 1995, a NATURA desenvolve o Programa Crer para Ver, que tem o objetivo de contribuir
para a melhoria da qualidade da educação pública do Brasil. No contexto desse programa,
o Instituto Natura desenvolveu, em parceria com a Comunidade Educativa CEDAC, Organização da
Sociedade Civil de Interesse Público, o projeto TRILHAS, que visa orientar e instrumentalizar os
professores e diretores de escolas para o trabalho com os alunos de 6 anos, com foco no desenvolvimento
de competências e habilidades de leitura e escrita.

O Ministério da Educação (MEC), desejando implementar uma política pública, concluiu que a
metodologia e a estratégia desenvolvidas pelo projeto TRILHAS, assim como os materiais e publicações
concebidos e produzidos por esse projeto, são particularmente especiais e compatíveis com as diretrizes
do MEC.

Este material contribui para ampliar o universo cultural de alunos e professores, por meio do acesso à
leitura de obras da literatura infantil. A escolha da leitura como o principal tema do projeto justifica-se
por ser uma estratégia mundialmente reconhecida como determinante para a aprendizagem e melhoria
do desempenho escolar ao longo de toda a vida do estudante.

Com o objetivo de promover a qualidade da educação nas escolas públicas do país, o MEC apoia e
distribui o conjunto de materiais do TRILHAS, que visa contribuir para o desenvolvimento da leitura,
escrita e oralidade dos alunos de 6 anos de idade.

Esperamos que você possa utilizá-lo da melhor forma para que a melhoria da educação pública seja
concretizada em nosso país.

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