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 Concepção 

Idealista - Teve em Georg Wilhelm Friedrich Hegel, autor


de Fenomenologia do Espírito, seu corporificador. Defende que os factos históricos
são produto do instinto de evolução inato do homem, disciplinado pela razão. Desse
modo, os acontecimentos são primordialmente regidos por ideias. Em qualquer
ocorrência de ordem econômica, política, intelectual ou religiosa, deve-se observar em
primeiro plano o papel desempenhado pela ideia como geradora da realidade. Para os
defensores dessa corrente, toda a evolução construtiva da humanidade tem razão
idealista.
 Concepção Cíclica - De acordo com as teorias cíclicas da história o progresso das
sociedades humanas desenvolve-se de acordo com grandes ciclos que se repetem ao
longo dos tempos, independentemente da vontade dos homens. A explicação cíclica
da história teve origem nos historiadores da Grécia Antiga. O polímata árabe ibne
Caldune na sua obra Muqaddimah, escrita em 1377, delineou sobre uma teoria cíclica
da História. No século XVIII, Giambattista Vico no livro Ciência Nova, publicada em
1725, foi o primeiro pensador da história a propor uma teoria cíclica da história em que
as cidades humanas passavam inevitavelmente por certas fases distintas de
desenvolvimento ao longo dos tempos. Já mais recentemente, Oswald
Spengler e Arnold J. Toynbee também sugeriram que a história humana se desenrola
em ciclos, pois encontramos sempre a evidência deste princípio nas inúmeras
civilizações cuja ascensão e queda, evoluindo sempre mais altos que os anteriores,
são a confirmação da evolução cíclica da espécie humana.
 Concepção Psicológico-social - Apoia-se na teoria de que os acontecimentos
históricos são resultantes, especialmente, de manifestações espirituais produzidas
pela vida em comunidade. Segundo seus defensores, que geralmente se baseiam
em Wilhelm Wundt Elementos de Psicologia das Multidões, os factos históricos são
sempre o reflexo do estado psicológico reinante em determinado agrupamento social
(ver: História das mentalidades e História das ideias).
 Concepção Materialista - Surgiu em oposição à concepção idealista, embora adotando
o mesmo método dialético. A partir da publicação do Manifesto Comunista de
1848, Karl Marx e Friedrich Engels lançam as bases do materialismo histórico, onde
argumentavam que as transformações que a História viveu e viverá foram e serão
determinadas pelo fator econômico e pelas condições de vida material dominantes na
sociedade a que estejam ligadas. A preocupação primeira do homem não são os
problemas de ordem espiritual, mas os meios essenciais de
vida: alimentação, habitação, vestimenta e instrumentos de produção. No prefácio
de Crítica da Economia Política, Karl Marx escreveu:

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