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Corrente filosófica que defende que a existência das coisas no mundo depende das ideias presentesno espírito humano.
Para os filósofos dessa, a realidade é conhecida por meio dessas ideias. Ou seja, o contato dos seres humanos com o mundo é
mediado pelas ideias. Já os objetos possuem algo que vai além de sua aparência ou da forma como eles são percebidos.
Assim, o mundo exterior (tudo o que existe fora de nós) depende do "eu", também chamado de sujeito ou consciência.
O idealismo parte do princípio de que há a existência metafísica de uma realidade complexa e ideal. O que é ideal é aquilo que
existe enquanto ideia, enquanto conceito, como algo descolado da matéria. O idealismo é justamente a afirmação dessas ideais
como ponto central do conhecimento.
Na linguagem coloquial, o idealismo está associado à crença em valores que caíram em desuso e ao optimismo. Um idealista crê
que a moral, a ética, a bondade e a solidariedade, por exemplo, se conseguem impor face a conceitos contrários. Por exemplo: “O
meu avô foi sempre um idealista que lutou por um mundo melhor”.
Idalismo Platônico
A teoria das ideias de Platão, inaugura o idealismo a partir da separação entre o mundo sensível e o mundo ideal. Para ele, tudo
aquilo que pode ser percebido através dos sentidos não passa de uma imitação de uma ideia.
Na alegoria da caverna, Platão afirma que os sentidos são falhos e conduzem os seres humanos a uma vida de ignorância, presa às
aparências, representadas pelas sombras projetadas no fundo da caverna.
Para ele, o verdadeiro conhecimento estaria no uso da razão, a única ferramenta para alcançar o conhecimento verdadeiro, o
conhecimento das ideias.
Idealismo Alemão
A abordagem filosófica do idealismo na Alemanha é retomada por Immanuel Kant (1724 - 1804). Começa na década de 80 do
século XVIII e se estende até a primeira metade do século XIX.
Para Kant, os limites da razão humana impedem que se conheça as coisas como elas realmente são, a coisa-em-si, mas apenas pode-
se conceber a forma como essas coisas se manifestam no mundo, o modo como elas nos aparecem e como as interpretamos.
O idealismo kantiano é uma tentativa de união entre duas correntes contrárias: o racionalismo e o empirismo.
A partir do século XIX, o idealismo alemão é abordado por um grupo de filósofos denominados pós-kantianos. Eram Johann
Gottlieb Fichte (1762 - 1814), Friedrich Wilhelm Joseph von Schelling (1775 - 1854) e Georg Wilhelm FriedrichHegel (1770 - 1831).
Na doutrina idealista alemã, abandona-se a "coisa-em-si" kantiana e o poder da razão é reforçado para mostrar a realidade como
algo absoluto e objeto de reflexão.
Idealismo Hegeliano
O idealismo de Hegel é compreendido como idealismo absoluto. O pensador afirma que a transformação da razão e de seus
conteúdos é movida pela própria razão.
Para Hegel, o mundo é uma ideia, assim como tudo que nele existe.
MATERIALISMO E IDEALISMO
Fenomenologia é o estudo de um conjunto de fenômenos e como se manifestam, seja através do tempo ou espaço, daquilo que
aparece à consciência, buscando explorá-lo. Consiste em estudar a essência das coisas e como são percebidas no mundo.
A teoria da fenomenologia é uma orientação do pensamento europeu, a qual submeteu a concepção positivista a uma crítica
radical do que se apresenta ao ser. Procura mostrar que o ser humano deve ser o centro do processo do conhecimento.
A palavra fenomenologia surgiu a partir do grego phainesthai, que significa "aquilo que se apresenta ou que se mostra", e logos é
um sufixo que quer dizer "explicação" ou "estudo".
Na psicologia, a fenomenologia baseia-se em um método que busca entender a vivência dos pacientes no mundo em que vivem,
além de compreender como esses pacientes percebem o mundo a sua volta.
O conceito da fenomenologia foi criado pelo filósofo Edmund Husserl (1859-1938), que também trabalhava como matemático,
cientista, pesquisador e professor das faculdades de Göttingen e Freiburg im Breisgau, na Alemanha.
Fenomenologia de Husserl
De acordo com a fenomenologia de Husserl, todos os fenômenos do mundo devem ser pensados a partir das percepções mentais
de cada ser humano. O filósofo queria que a filosofia pudesse ter as bases e condições de uma ciência rigorosa. No entanto, um
método científico é determinado por ser uma "verdade provisória", ou seja, algo que será considerado como verdadeiro até que um
fato novo mostre o contrário, criando uma nova realidade.
Para que a filosofia não fosse considerada uma "verdade provisória", Husserl sugere que a fenomenologia devia referir-se apenas
às coisas como estão na experiência de consciência, e que devem ser estudadas por suas essências, eliminando os pressupostos do
mundo real e empírico de um objeto da ciência.
Para exemplificar o pensamento da fenomenologia de Husserl, imagina-se um quadrado, como forma geométrica. Esse quadrado,
não importa o tamanho que tenha, seja grande ou pequeno, sempre será um quadrado em essência na mente de um indivíduo.
Esse método foi desenvolvido inicialmente por Edmund Husserl (1859-1938) e, desde então, tem muitos adeptos na Filosofia e em
diversas áreas do conhecimento.
Para ele, o mundo só pode ser compreendido a partir da forma como se manifesta, ou seja, como aparece para a consciência
humana. Não há um mundo em si e nem uma consciência em si. A consciência é responsável por dar sentido às coisas.
Na filosofia, um fenômeno designa, simplesmente, a forma como uma coisa aparece, ou manifesta-se, para o sujeito. Ou seja,
trata-se da aparência das coisas.
Sendo assim, todo o conhecimento que tenha como ponto de partida os fenômenos das coisas podem ser compreendidos como
fenomenológicos. Com isso, Husserl afirma o protagonismo do sujeito perante o objeto, já que cabe à consciência atribuir sentido
ao objeto.
Aparência e Essência nos Fenômenos
Platão (427-348), em sua "teoria das ideias", afirmava que a aparência das coisas é falsa e o verdadeiro conhecimento devia ser
buscado pelo uso exclusivo da razão. Para ele, os fenômenos são falhos, pois nossos sentidos são fontes de enganos.
Esse pensamento influenciou todo o pensamento ocidental e sua separação e hierarquização entre a alma (razão) e o corpo
(sentidos).
Aristóteles (384-322), discípulo crítico de Platão, manteve esse pensamento de superioridade entre a razão e os sentidos, mas deu
uma abertura para a relevância dos sentidos na construção do conhecimento. Para ele, ainda que os sentidos sejam falhos, são o
primeiro contato dos indivíduos com o mundo e isso não deve ser desprezado.
Na filosofia moderna, as questões relacionadas à aquisição do conhecimento, de maneira simplificada, eram disputadas entre o
racionalismo e seu oposto, o empirismo.
Descartes (1596-1650), como representante do racionalismo, afirmou que somente a razão pode dar fundamentos válidos para o
conhecimento.
E, o empirismo radical, proposto por Hume (1711-1776), atesta que em meio a total incerteza, deve-se basear o conhecimento na
experiência gerada pelos sentidos.
Kant (1724-1804) buscou unir essas duas doutrinas, ao reforçar a importância do entendimento, levando em conta os limites da
razão. Para ele, jamais pode-se compreender a "coisa-em-si", a compreensão dos fenômenos se dá a partir do entendimento e os
esquemas mentais interpretam as coisas no mundo.
Hegel e a Fenomenologia do Espírito
A Fenomenologia do Espírito de Hegel (1770-1831) propõe que a manifestação do espírito humano é a história. Esta compreensão
eleva a fenomenologia a um método das ciências.
Para ele, a história se desenvolve de maneira a evidenciar o espírito humano. Há uma identificação entre o ser e o pensar. Essa
relação é o fundamento de uma compreensão do espírito humano como construído social e historicamente.
Como ser e pensar é uma e a mesma coisa, o estudo das manifestações dos seres é também o estudo sobre a própria essência do
espírito humano.
ATIVIDADES
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3. O existencialismo, no seu sentido mais amplo, é uma filosofia dos séculos XIX e XX que está centrada na análise da
existência e do modo como os homens existem no mundo. A ideia é que os seres humanos existem em primeiro lugar e, em
seguida, cada indivíduo passa a vida inteira mudando sua essência ou natureza, tendo como filósofos expoentes, assinale a
alternativa correta:
4- “Não se nasce mulher, torna-se mulher. Nenhum destino biológico, psíquico ou econômico define a forma que a mulher ou a
fêmea humana assume no seio da sociedade”.
(BEAUVOIR, Simone de. O segundo sexo. v. II. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980. p. 9. Adaptado).
Friedrich Wilhelm Nietzsche, filósofo alemão, sugeriu através da corrente niilista a “ausência de sentido” ligado ao conceito do
“Super-Homem”. Essa proposta surgiu a partir da “Morte de Deus”, isto é, da inexistência de qualquer princípio.
Essa corrente partiu do pressuposto de que, como os homens são isentos de crenças, dogmas, normas e tradições, poderiam ter o
livre arbítrio para comandar as suas vidas. Em consequência disso, haverá “homens novos” por intermédio da “vontade de
potência”.
Além disso, tudo o que é propagado por instituições políticas, religiosas e sociais, a exemplo do poder e os valores, ficariam
inexistentes. O homem começa a ser livre e perfeitamente capaz de fazer suas escolhas e não corre o risco de se contaminar com
qualquer tipo de crença.
Para Nietzsche, as implicações niilistas eram argumentações para decisões e cogitações no dia a dia do ser humano. Se o “Super-
Homem” conquista esse poder, acontece uma mudança radical de todos os valores.
Tipos de Niilismo
• Niilismo Passivo – A evolução humana ocorre, mas não existe mudança de valores. Conhecido como niilismo incompleto, podia
ser apontado como a evolução da criatura, mas nunca uma transformação nos valores. Por meio do anarquismo se compreende a
evolução, mas os valores que foram danificados darão lugar para valores novos. Nega o desperdício da força vital na vã esperança
de ser contemplado ou então, de encontrar um sentido para a vida e isso se opõe à moral cristã.
• Niilismo Ativo – A evolução humana é responsável pela transformação dos valores, apesar da concepção dos novos. Conhecido
também como niilismo completo recomenda uma atitude mais ativa que despreza os valores metafísicos e desvia a força vital para
a devastação moral. Depois dessa devastação, tudo cai no vazio, a vida não possui sentido algum, onde reina o absurdo. O niilista
não pode ver alternativa, a não ser esperar ou provocar a morte. Mas, Nietzsche não recomendava práticas suicidas.
• Niilismo pós-Nietzsche – O niilismo ganhou atenção e notoriedade só depois do início da Primeira Guerra Mundial e também dos
avanços científicos. Jürgen Habermas e Martin Heidegger transmitiram pensamentos fundamentais e, a partir de então, o termo
encontrou novas visões e interpretações.
Resumo: Aos 44 anos, após sofrer um colapso em Turim, o filósofo Friedrich Nietzsche recebeu o diagnóstico médico de
neurossífilis. Devido à ausência de autópsia em seu corpo, tal diagnóstico médico vem sendo questionado historicamente. Nesse
sentido, a causa da loucura de Nietzsche permaneceu um mistério na história médica recente até recentemente. O diagnóstico que
recebeu em sua época foi semelhante ao de muitos outros artistas que sofriam de sífilis: paralisia geral por lues, uma forma de
neurossífilis.