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PROJETO DE

GRUPOTERAPIA

Nome dos participantes: Josiane Cristina de Oliveira Ramos –


RA:396192711272 Nilzete Santos da Silva –
RA: 395600411272

Curso: Psicologia
Disciplina: Teorias e Técnicas de Grupo
Professor (a): Mariana Soubihe
Ano/Local: 2023 / Unidade Básica de Saúde Empyreo

INTRODUÇÃO:
A Unidade Básica de Saúde tem por objetivo ampliar o atendimento na
região e evitar a sobrecarga de demandas para outras unidades próximas,
maximizando a qualidade do serviço, o acompanhamento e a agilidade no
atendimento médico ao cidadão.
Em geral as UBS realizam serviços básicos de atendimento à saúde tais
como: consultas nas áreas de clínica geral, pediatria ginecologia odontologia e
enfermagem e também: atendimento para coleta de exames laboratoriais,
vacina, curativos, injeções, inalações entre outros. Conta com uma equipe
multidisciplinar constituída por; 3 médicos clínicos, 2 pediatras, 2 dentistas, 1
enfermeira, psicólogas (os), nutricionista, fisioterapeuta.
O equipamento de unidade básica de saúde (UBS) jardim Empyreo foi
inaugurado no ano de 2021 contempla inúmeros ambientes, tais como: sala de
esterilização, curativos, expurgo, inalação e sala de vacinas; almoxarifado; 4
consultórios médico, sala de administração, local para palestras, áreas para
estoque, 1 copa, sala para (ACS) Agente comunitários de Saúde, sanitários e
recepção. A UBS fica situada na Rua Sebastião Osório Martins, 164, Jardim
Empyreo, Leme, SP.

JUSTIFICATIVA:
A dor sensorial e emocional é uma experiência individual e subjetiva
.
quando se trata de consultas e procedimentos invasivos como vacinas e
atendimento odontológico infantil (Cohen et al., 2007)
Algumas crianças podem apresentar problemas emocionais antes de uma
consulta médica assim como:
• Ansiedade: a criança pode sentir medo ou nervosismo diante da situação
desconhecida ou dolorosa de ir ao médico ela pode apresentar sintomas
físicos como dor de cabeça dor de barriga ou taquicardia;
• Estresse: Ela pode ter dificuldade para lidar com as emoções pode
apresentar sintomas físico como tensão muscular, dor nas costas ou
alterações no humor;
Esses problemas podem interferir na qualidade da consulta prejudicando
o relacionamento entre a criança e o profissional de saúde. Bem como as
realizações dos exames necessários.
Algumas das dificuldades que as crianças podem enfrentar antes de uma
consulta médica na Unidade Básica de Saúde (UBS) são:
• O medo de agulhas, injeções ou exames invasivos, que pode gerar
ansiedade, choro ou resistência;
• A falta de compreensão sobre o motivo da consulta, o que pode levar a
desconfiança, desinteresse ou desobediência;
• A exposição a um ambiente desconhecido, com pessoas estranhas, ruído
e odores diferente, que pode causar desconforto insegurança ou stress;
• A espera prolongada na fila ou sala de espera, que pode provocar tédio,
impaciência ou irritabilidade;

Esses problemas podem afetar negativamente a experiência da criança


na UBS e prejudicar a qualidade da consulta.

OBJETIVO:
Percebemos que as crianças ficam um longo tempo aguardando o
atendimento, chegando até ficar 3 horas esperando para serem atendidas e
durante esse tempo algumas delas demonstravam estar angustiadas, choravam
com medo de ir para o atendimento, se recuavam.
No intuito de amenizar o sofrimento dessas crianças, pensamos em propor
atividades lúdicas antes dos atendimentos, na qual organizaríamos um grupo de
crianças de 05 anos até os 12 anos, pois foi o público que nós atendemos na
Unidade no período de estágio, e faremos isso em uma sala reservada, com uma
decoração especial e as crianças estarão acompanhadas de um profissional
adequado, essa sala estará disponibilizada e disposta para acolher previamente
da melhor forma esse grupo.
Segundo ROCHA (2009) a atividade lúdica é considerada como uma das
atividades fundamentais para o desenvolvimento infantil por teóricos de inegável
importância para a Psicologia, dentre os quais nos concentraremos nas
formulações feitas na abordagem Histórico-cultural, trazendo, especialmente, as
colaborações de L.S.Vygotsky, A. N. Leontiev e D. B. Elkonin.
Em nossas interações com as crianças buscamos trazer um conforto
prévio ao atendimento, um acolhimento cuidadoso e conseguir acalmá-las,
também buscamos identificar e nomear as emoções e sentimentos baseado em
recursos pedagógicos, aqui estão algumas das atividades lúdicas terapêuticas e
o uso da psicomotricidade que realizamos: a motricidade fina que são atividades
partindo da maneira como usamos os nossos braços, mãos e dedos. Refere-se
às competências necessárias para manipular um objeto, ou seja, como usar a
mão e os dedos de forma precisa, de acordo com a exigência da atividade; a
motricidade global; propomos também que através de sua própria criatividade
elaborassem desenhos e colorissem; fizemos uso de esquema corporal, onde
explora a consciência do corpo como meio de comunicação consigo mesmo e
com o meio. É um elemento básico indispensável para a formação da
personalidade da criança. É uma construção mental que a criança realiza
gradualmente, de acordo com o uso que faz de seu corpo; brincadeira do sapinho
usando material de E.V.A; jogo da memória.
Dessa forma, levando em consideração o que aplicamos no campo de
estágio é importante ressaltar a importância de uma área da psicologia que
baseamos algumas de nossas atividades que é a Psicometria:
MARONESI et al., (2015) Aponta que alguns elementos básicos podem
identificar a motricidade humana, entre eles a motricidade fina, global
e o equilíbrio. A motricidade fina, ou coordenação motora fina, é
definida por todo e qualquer movimento que envolva pequenos grupos
musculares, como escrever e recortar. Já a motricidade global, ou
coordenação motora grossa, é a que envolve os músculos maiores do
corpo, como salta.

Nessa fase da vida a criança ela necessita para seu desenvolvimento infantil
estar vivenciando experiências das mais diversas. Segundo Del Prette & Del
Prette (2013) Para lidar com as demandas atuais, é necessário que, desde a
infância, seja estimulado o desenvolvimento de um repertório cada vez mais
variado de habilidades sociais, entre estas o autocontrole e a expressividade
emocional, que dizem respeito principalmente ao reconhecimento e à nomeação
de sentimentos, expressão de emoções e saber lidar com os próprios
sentimentos.

ENQUADRE GRUPAL: (Público Alvo, Critérios de Inclusão/Exclusão,


Estrutura (aberto/fechado, homogêneo/heterogêneo), Regras do Grupo,
Definição de temas prioritários)
A proposta do setting em questão é formar um grupo de público infantil de
05 aos 12 anos, serão grupos heterogêneos abertos, um grupo “numeroso”
dependendo da demanda do dia, encontros realizados nas vezes que o pediatra
for atender na semana, no caso são dois dias, segunda-feira e sexta-feira, o
tempo será de duração ilimitada, atendendo as crianças que estiverem ali
dispostas, independente se serão as mesmas toda semana.
Em relação ao critério de inclusão será sem rigorismo, a sala estará
disponibilizada para atender a todas as crianças que tiverem o interesse, tanto
partindo da vontade delas ou caso o responsável da criança tiver o interesse de
que ela participe, sempre em consenso com a vontade da criança.
COORDENAÇÃO: (fixa ou rotativa, com ou sem co-coordenador)
Coordenação rotativa, com dois coordenadores, um ficará responsável
pelo horário da manhã e o outro com o da tarde, eles irão proporcionar no intuito
de estreitar as relações entre o coordenador do grupo e seus participantes, um
vínculo de confiança onde as crianças se sentirão mais à vontade em
compartilhar suas fantasias, desejos e vivências.
PROCEDIMENTOS:
Procedimentos: Número de Sessões, horário e local.
As sessões serão de duração ilimitada, acontecerão em dois períodos de
manhã e à tarde, das 07:00 as 10:00 e das 14:00 as 17:00 nas segundas-feiras
e sextas-feiras na Unidade Básica de Saúde do Jardim Empyreo.
RECURSOS UTILIZADOS:
Lápis de cor, folhas sulfites, materiais feitos de E.V.A, tesouras para
atividades de recortes, tatames, prendedores de roupas, aparelho de som para
colocar músicas a serem tocadas, desenhos educativos, espelho, jogo de
memória com imagens que expressam as emoções.
ÁNALISE DA PRÁTICA/RESULTADO:
No início nós chamávamos as crianças, pedíamos permissão aos pais
perguntando se as crianças podiam participar da atividade, após algumas vezes
realizada essas atividades na sala, foi perceptível notar que as crianças
passaram a se interessar por conta própria, passaram a fazer uma busca
espontânea ao atendimento, iam até a sala que estávamos sozinhas sem mesmo
nós termos que chamá-las.
Então é possível perceber que essas atividades lúdicas tiveram um
enorme valor no que diz respeito a acolhimento prévio, facilitando no
desenvolvimento e no explorar das crianças em relação a expressão de
sentimentos e emoções, trazendo maior tranquilidade, fazendo com que elas
criem laços com outras e melhore as inter-relações estabelecendo vínculos
saudáveis e acrescentando em sua sociabilidade.

REFERÊNCIAS:

Cohen, L., Lemanek, K., Blount, RL, Dahlquist, LM, Lim, CS, et al. (2007).
Avaliação baseada em evidências da dor pediátrica. Journal of Pediatric
Psychology, 33 (9), 939-955. Disponível em:
https://academic.oup.com/jpepsy/article/33/9/939/925236. Acesso em: 22 de
maio. 2023.

Rocha, M. S. P. de M. L. Da. (2009). A atividade lúdica, a criança de 6 anos e


o ensino fundamental. Psicologia Escolar E Educacional, 13(2), 203–212.
Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1413-85572009000200002. Acesso
em: 22 de maio. 2023.

MARONESI, Letícia Carrillo et al. Análise de uma intervenção dirigida ao


desenvolvimento da coordenação motora fina, global e do equilíbrio. Cad.
Ter. Ocup. UFSCar, São Carlos, v. 23, n. 2, p. 273-284, 2015. Disponível em:
DOI:dx.doi.org/10.4322/0104- 4931.ctoAO0537. Acesso em: 22 de maio. 2023.

Del Prette, Z.; & Del Prette, A. (2013). Psicologia das Habilidades Sociais na
Infância: Teoria e Prática. Petrópolis: Vozes. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/pee/a/fvfXxhQpLRgGjwNQW4dMkfb/. Acesso em 22 de
maio. 2023.

Leme/SP, 22 de maio de 2023.

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