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GRUPOTERAPIA
Curso: Psicologia
Disciplina: Teorias e Técnicas de Grupo
Professor (a): Mariana Soubihe
Ano/Local: 2023 / Unidade Básica de Saúde Empyreo
INTRODUÇÃO:
A Unidade Básica de Saúde tem por objetivo ampliar o atendimento na
região e evitar a sobrecarga de demandas para outras unidades próximas,
maximizando a qualidade do serviço, o acompanhamento e a agilidade no
atendimento médico ao cidadão.
Em geral as UBS realizam serviços básicos de atendimento à saúde tais
como: consultas nas áreas de clínica geral, pediatria ginecologia odontologia e
enfermagem e também: atendimento para coleta de exames laboratoriais,
vacina, curativos, injeções, inalações entre outros. Conta com uma equipe
multidisciplinar constituída por; 3 médicos clínicos, 2 pediatras, 2 dentistas, 1
enfermeira, psicólogas (os), nutricionista, fisioterapeuta.
O equipamento de unidade básica de saúde (UBS) jardim Empyreo foi
inaugurado no ano de 2021 contempla inúmeros ambientes, tais como: sala de
esterilização, curativos, expurgo, inalação e sala de vacinas; almoxarifado; 4
consultórios médico, sala de administração, local para palestras, áreas para
estoque, 1 copa, sala para (ACS) Agente comunitários de Saúde, sanitários e
recepção. A UBS fica situada na Rua Sebastião Osório Martins, 164, Jardim
Empyreo, Leme, SP.
JUSTIFICATIVA:
A dor sensorial e emocional é uma experiência individual e subjetiva
.
quando se trata de consultas e procedimentos invasivos como vacinas e
atendimento odontológico infantil (Cohen et al., 2007)
Algumas crianças podem apresentar problemas emocionais antes de uma
consulta médica assim como:
• Ansiedade: a criança pode sentir medo ou nervosismo diante da situação
desconhecida ou dolorosa de ir ao médico ela pode apresentar sintomas
físicos como dor de cabeça dor de barriga ou taquicardia;
• Estresse: Ela pode ter dificuldade para lidar com as emoções pode
apresentar sintomas físico como tensão muscular, dor nas costas ou
alterações no humor;
Esses problemas podem interferir na qualidade da consulta prejudicando
o relacionamento entre a criança e o profissional de saúde. Bem como as
realizações dos exames necessários.
Algumas das dificuldades que as crianças podem enfrentar antes de uma
consulta médica na Unidade Básica de Saúde (UBS) são:
• O medo de agulhas, injeções ou exames invasivos, que pode gerar
ansiedade, choro ou resistência;
• A falta de compreensão sobre o motivo da consulta, o que pode levar a
desconfiança, desinteresse ou desobediência;
• A exposição a um ambiente desconhecido, com pessoas estranhas, ruído
e odores diferente, que pode causar desconforto insegurança ou stress;
• A espera prolongada na fila ou sala de espera, que pode provocar tédio,
impaciência ou irritabilidade;
OBJETIVO:
Percebemos que as crianças ficam um longo tempo aguardando o
atendimento, chegando até ficar 3 horas esperando para serem atendidas e
durante esse tempo algumas delas demonstravam estar angustiadas, choravam
com medo de ir para o atendimento, se recuavam.
No intuito de amenizar o sofrimento dessas crianças, pensamos em propor
atividades lúdicas antes dos atendimentos, na qual organizaríamos um grupo de
crianças de 05 anos até os 12 anos, pois foi o público que nós atendemos na
Unidade no período de estágio, e faremos isso em uma sala reservada, com uma
decoração especial e as crianças estarão acompanhadas de um profissional
adequado, essa sala estará disponibilizada e disposta para acolher previamente
da melhor forma esse grupo.
Segundo ROCHA (2009) a atividade lúdica é considerada como uma das
atividades fundamentais para o desenvolvimento infantil por teóricos de inegável
importância para a Psicologia, dentre os quais nos concentraremos nas
formulações feitas na abordagem Histórico-cultural, trazendo, especialmente, as
colaborações de L.S.Vygotsky, A. N. Leontiev e D. B. Elkonin.
Em nossas interações com as crianças buscamos trazer um conforto
prévio ao atendimento, um acolhimento cuidadoso e conseguir acalmá-las,
também buscamos identificar e nomear as emoções e sentimentos baseado em
recursos pedagógicos, aqui estão algumas das atividades lúdicas terapêuticas e
o uso da psicomotricidade que realizamos: a motricidade fina que são atividades
partindo da maneira como usamos os nossos braços, mãos e dedos. Refere-se
às competências necessárias para manipular um objeto, ou seja, como usar a
mão e os dedos de forma precisa, de acordo com a exigência da atividade; a
motricidade global; propomos também que através de sua própria criatividade
elaborassem desenhos e colorissem; fizemos uso de esquema corporal, onde
explora a consciência do corpo como meio de comunicação consigo mesmo e
com o meio. É um elemento básico indispensável para a formação da
personalidade da criança. É uma construção mental que a criança realiza
gradualmente, de acordo com o uso que faz de seu corpo; brincadeira do sapinho
usando material de E.V.A; jogo da memória.
Dessa forma, levando em consideração o que aplicamos no campo de
estágio é importante ressaltar a importância de uma área da psicologia que
baseamos algumas de nossas atividades que é a Psicometria:
MARONESI et al., (2015) Aponta que alguns elementos básicos podem
identificar a motricidade humana, entre eles a motricidade fina, global
e o equilíbrio. A motricidade fina, ou coordenação motora fina, é
definida por todo e qualquer movimento que envolva pequenos grupos
musculares, como escrever e recortar. Já a motricidade global, ou
coordenação motora grossa, é a que envolve os músculos maiores do
corpo, como salta.
Nessa fase da vida a criança ela necessita para seu desenvolvimento infantil
estar vivenciando experiências das mais diversas. Segundo Del Prette & Del
Prette (2013) Para lidar com as demandas atuais, é necessário que, desde a
infância, seja estimulado o desenvolvimento de um repertório cada vez mais
variado de habilidades sociais, entre estas o autocontrole e a expressividade
emocional, que dizem respeito principalmente ao reconhecimento e à nomeação
de sentimentos, expressão de emoções e saber lidar com os próprios
sentimentos.
REFERÊNCIAS:
Cohen, L., Lemanek, K., Blount, RL, Dahlquist, LM, Lim, CS, et al. (2007).
Avaliação baseada em evidências da dor pediátrica. Journal of Pediatric
Psychology, 33 (9), 939-955. Disponível em:
https://academic.oup.com/jpepsy/article/33/9/939/925236. Acesso em: 22 de
maio. 2023.
Del Prette, Z.; & Del Prette, A. (2013). Psicologia das Habilidades Sociais na
Infância: Teoria e Prática. Petrópolis: Vozes. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/pee/a/fvfXxhQpLRgGjwNQW4dMkfb/. Acesso em 22 de
maio. 2023.