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RESUMO – DIREITO PROCESSUAL CONSTITUCIONAL

Jurisdição Constitucional e Processo Constitucional

Esqueleto de resenha critica:

· Qual o nome da obra?

Processo Constitucional Brasileiro

· Quem é o autor/autora?

George Abboud

· Qual a temática explorada pelo autor/autora e sua relevância?

Jurisdição Constitucional é extremamente relevante para o cenário de qualquer


Estado de Direito.

· Qual a opinião defendida pelo autor/autora?

Ele aborda uma abordagem inicial bem explicativa, versando sobre a origem da
jurisdição constitucional, sua aplicação, sua importância e por fim, ele expõe sua
visão sobre a atuação do STF na sua jurisdição e como instituição de Direito.

· Quando ela foi publicada, lançada ou apresentada?

2016
· Qual a estrutura e divisão apresentada (partes, capítulos, seções)?

Do absolutismo ao constitucionalismo: a mudança histórica

Jurisdição constitucional para a reconstrução do Estado Democrático de Direito


após a 2 Guerra

Os fundamentos da jurisdição constitucional

Funções da jurisdição constitucional

Requisitos para uma jurisdição constitucional autônoma

Controle abstrato de constitucionalidade

Hans Kelsen e o controle de constitucionalidade

A necessidade de superação da acepção dos tribunais constitucionais como simples


legisladores negativos.

A corte constitucional brasileira: composição e funções do STF

Ação Direta de Inconstitucionalidade

· A obra faz parte de outras, por exemplo, é uma trilogia?

Não, é uma obra apenas

Sobre o autor:

Georges Abboud, é Livre-Docente, Doutor e Mestre em direito pela PUC-SP.


Professor do programa de mestrado e doutorado em direito constitucional do
Instituto Brasileiro de Ensino - IDP-DF. Professor de direito processual civil da
Pontifícia Universidade Católica de São, PUC-SP. Advogado e Consultor Jurídico.

Sobre a obra:
· Gostou da obra?

Sim.

· Qual parte foi mais interessante?

Todo o universo, a forma pela qual a jurisdição constitucional funciona de verdade,


do posicionamento dele ao STF e o déficit democrático que existe, também gostei
bastante de saber sobre a função contramajoritária do STF, o fato que o Tribunal
Constitucional da Alemanha constitui uma entidade separada de todos os outros
poderes.

· Que relações ela pode ter com outras obras?

Não sei ao certo.

· Quais as principais considerações e apreciações sobre o tema?

As funções e fundamentos da jurisdição constitucional.

· Sentiu que teve alguma parte que não ficou muito bem explicada?

Achei que todas foram bem fundamentadas, linguagem claras.

· Quais as emoções geradas depois de ler/assistir a obra?

De esclarecimento, clareza, entendimento dos posicionamentos.


RESUMO DO TEXTO

Na obra Processo Constitucional Brasileiro do professor, doutor e mestre em


Direito pela PUC-SP, Georges Abboud, lançada em 2016, é abordado uma miríade
de levantamentos e entendimentos sobre a origem, a consolidação e a atual
aplicação da Jurisdição Constitucional no atual ordenamento jurídico brasileiro. De
forma expositiva, a obra traz com vivacidade os elementos que compõem a origem
histórica, a ascensão, consolidação e mudanças contemporâneas tangentes à
realidade hodierna.

Em primeira análise, o autor aborda acerca de como ocorreu a transição


entre o regime absolutista para o constitucionalismo europeu. O contrato social
surgiu pela consolidação do Iluminismo e de suas críticas ao absolutismo, no Direito
houve a mudança dos conceitos de jusnaturalismo para a legitimidade do poder do
Estado. Com a Revolução Francesa, o Poder Judiciário se fortificou no que tange às
garantias previstas e sua devida aplicação no ordenamento jurídico, juntamente com
o judicial review - conceito originado nos EUA considerado o primeiro caso de
controle de constitucionalidade existente - formaram o conjunto que corrobora para
a atual configuração do entendimento de jurisdição constitucional e a autonomia do
direito interligado a independência do Poder Judiciário.

Durante a 2º Guerra Mundial, a jurisdição constitucional teve um marco


extremamente importante referente sua aplicabilidade, com os horrores proveniente
da guerra, o Direito passou a considerar três princípios essenciais: 1) o princípio da
proporcionalidade pelo Poder Público, 2) intensificação da análise dos direitos
fundamentais; e 3) consolidou um limite de atuação pelo Poder Público. Nos
princípios supracitados, entende-se que, em resumo, era desconhecido aquela
epoca acerca do risco de apenas seguir as normas, sem questiona-las, contanto
que obedecessem um rito legislativo, fato que foi usado como argumento pelo
estado nazista. Os Tribunais Constitucionais não apenas podiam se limitar aos
aspectos formais da lei, mas deveriam considerar a Constituição como norma em
sua plenitude, respaldado na defesa dos direitos fundamentais.

Não obstante, a Jurisdição Constitucional também é constituída de funções e


princípios próprios. A sua definição, em termos gerais, é tomada como a grande
tarefa de instrumentalizar a função primordial do próprio constitucionalismo, ou seja,
coibir excesso, possui a função de assegurar a preservação de direitos, decide com
autoridade os casos de violação do texto constitucional, existe para preservar a
Constituição.

A primeira função é “Limitar o Poder Público”, ou seja, o Tribunal


Constitucional competente de cada Estado tem o dever de equilibrar os poderes, ao
analisar e julgar os casos que violem o texto constitucional, andando lado a lado
com a evolução e consolidação dos direitos fundamentais em seu caráter
interpretativo jurisdicional.

A segunda é a “Proteção a minorias frente aos direitos fundamentais” assim


como a função contramajoritária do STF. As funções citadas tratam do dever dos
juízes de Jurisdição Constitucional de sempre realizar uma reserva de direitos que
não podem ser atingidos pela decisão julgada. Na garantia dos direitos
fundamentais verifica-se a função contramajoritária exercida pelo STF, constituída
pela garantia na proteção de grupos desarticulado mediante a proibição da
orientação do STF pela vontade popular, uma vez que o Poder Legislativo e
Executivo que são os responsáveis por elaborar leis e decisões pela vontade da
maioria, sendo vedado ao Poder Judiciário orientar suas decisões por ativismo
político e orientação popular.

Bem como aborda a terceira função “Corrigir equívocos e omissões do


legislativo”, neste âmbito é fundamental destacar a importância da supremacia da
Constituição no Estado Democrático de Direito. Em face histórica, durante a
instauração do Estado Moderno, após a revolução francesa, havia muita
desconfiança do cidadão com o Poder Judiciário em função da atribuição anterior da
vontade dos juízes à vontade do rei soberano. Diante disso, o Poder Legislativo
exerceu grandes poderes, fundamentados na vontade da maioria, que violavam a
Constituição e os direitos fundamentais. Com a transformação das cortes
constitucionais europeias, a França através de Conselho Constitucional inseriu o
modelo de controle político. Quando se fala em "equívocos do legislativo", refere-se
à possibilidade de que o Poder Legislativo (que é responsável por criar leis) possa
aprovar normas que violem ou não estejam de acordo com os princípios e regras
estabelecidas na Constituição, por outro lado, a expressão "omissões do legislativo"
refere-se a situações em que o Poder Legislativo falha em cumprir com sua
obrigação de legislar sobre determinadas matérias ou temas que são de sua
responsabilidade, logo, a jurisdição constitucional exercida pelo tribunal
constitucional, tem a função de revisar a constitucionalidade das leis e atos
normativos, bem como verificar se há omissões legislativas que possam violar a
Constituição

A quarta e última função é “Garantir a preservação do próprio Direito”, ou seja


refere-se a uma abordagem teórica, fundamentada nos princípios e regras jurídicas
de um ordenamento jurídico no qual a jurisdição constitucional tem o papel de
preservar essa autonomia, assegurando que as decisões jurídicas estejam em
conformidade com o sistema legal, e não sujeitas a interferências externas que
possam comprometer sua integridade, assim como deve garantir e atribuir status
supremo a Constituição Federal fazendo com que todas as normas e atos estejam
em consonância com suas disposições. Por fim, as jurisprudências provenientes do
Supremo Tribunal Federal devem ser fundamentadas de forma sólida e exaustiva,
baseando-se em todos os requisitos dispostos no art. 102 da CF/1988.

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