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Publicidade Enganosa na Omissão de Preços

O texto discute a questão da publicidade enganosa devido à omissão de preços de produtos.


Um caso específico envolvendo panfletos de uma loja de magazine é mencionado, onde
imagens de celulares eram exibidas sem os respectivos preços. O Ministério Público entrou
com uma ação contra a loja, alegando que a falta de preço poderia induzir os consumidores
ao erro. No entanto, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) não aceitou essa argumentação,
destacando que a publicidade enganosa por omissão ocorre quando informações essenciais
sobre o produto ou serviço são omitidas. O texto também aborda a definição de publicidade
enganosa e publicidade abusiva, assim como a responsabilidade compartilhada entre quem
veicula a publicidade enganosa e quem se beneficia dela na comercialização do produto.

Publicidade abusiva é aquela que ultrapassa os limites éticos e desrespeita valores sociais,
como discriminação, incitação à violência e exploração do medo. Já a publicidade enganosa
contém informações falsas, enganosas ou omissões que induzem o consumidor ao erro, como
fornecer informações falsas ou omitir dados essenciais. Ambas são práticas ilegais que
podem resultar em punições para proteger os direitos dos consumidores.

Princípios da Publicidade:

● Identificação: A publicidade deve ser clara e compreensível, proibindo a publicidade


subliminar.
● Vinculação contratual: A publicidade faz parte do contrato e vincula o fornecedor,
exceto em casos de erros grosseiros.
● Veracidade: A publicidade deve conter informações verdadeiras, sendo proibida a
publicidade enganosa.
● Boa fé: As informações devem ser verdadeiras e transmitidas de forma honesta.
● Não abusividade: É proibida a veiculação de publicidade abusiva.
● Transparência na fundamentação: Ao divulgar serviços ou produtos, o fornecedor
deve utilizar dados factuais, técnicos e científicos. O uso de informações falsas pode
acarretar responsabilidade civil, administrativa e penal.

Os artigos do Código de Defesa do Consumidor tratam das regras relacionadas à oferta e


publicidade de produtos e serviços:

● Artigos 30 e 31: A oferta e publicidade devem fornecer informações corretas, claras,


precisas e em língua portuguesa sobre características, preços, garantias e riscos à
saúde e segurança dos consumidores.
● Artigo 32: Fabricantes e importadores devem garantir a oferta de componentes e
peças de reposição durante a fabricação ou importação do produto.
● Artigos 33 e 34: Na oferta ou venda por telefone ou reembolso postal, é necessário
informar o nome do fabricante e endereço. O fornecedor é responsável pelos atos de
seus funcionários ou representantes.
● Artigo 35: Se o fornecedor recusar cumprir a oferta, o consumidor pode exigir o
cumprimento, aceitar produto equivalente ou rescindir o contrato, recebendo
restituição do valor pago.
● Artigos 36 e 37: A publicidade deve ser claramente identificada como tal. É proibida
a publicidade enganosa, que contenha informações falsas ou omita informações
essenciais. Também é proibida a publicidade abusiva, que seja discriminatória, incite
à violência ou induza comportamentos prejudiciais à saúde ou segurança do
consumidor.

Essas regras visam proteger o consumidor, garantindo que as informações fornecidas na


oferta e publicidade sejam precisas e que não haja práticas enganosas ou abusivas na
comunicação com os consumidores.

Contrato de Publicidade

Um contrato de publicidade é essencial para formalizar um negócio entre uma agência de


comunicação e um cliente. Ele estabelece os direitos e deveres das partes envolvidas,
oferecendo garantia e segurança. O contrato deve conter informações como a identificação
das partes, o objeto do contrato (serviços a serem prestados), as obrigações da agência e do
cliente, detalhes dos serviços, prazos, preços e condições de pagamento. Também devem ser
mencionadas as medidas em caso de descumprimento ou rescisão do contrato. Não é
necessário registrar o contrato em cartório, a menos que haja dúvidas sobre a identidade das
partes. O reconhecimento de firma não é obrigatório, a menos que seja necessário confirmar a
identidade das partes.

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