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I – Noções básicas de biologia

 Célula:
É a unidade estrutural e funcional dos seres vivos, constituída fundamentalmente de material genético,
citoplasma e membrana plasmática. Há seres vivos que possuem núcleo (denominados de eucariontes) e
aqueles que não possuem núcleo (denominados de procariontes). Esse é um conceito utilizado por muitos
profissionais, mas deve-se ressaltar que há outras diferenças entre ser eucarionte e ser procarionte, até
mesmo porque a hemácia é uma célula eucarionte, mesmo não tendo núcleo e organelas – contém, apesar
disso, citoesqueleto.
Dessa forma, é importante saber que os procariontes não apresentam, de fato, núcleo e organelas
membranosas, mas, além disso, não possuem o citoesqueleto também (dá forma, mobilidade e
deformidade à célula).

Se analisar as figuras acima, verá que os dois seres possuem ribossomo que, apesar de ser uma
organela, ela não é membranosa. As outras organelas presentes nos eucariontes têm diversas funções
importantes e algumas delas serão comentadas de forma mais assídua ao decorrer do material,
principalmente a mitocôndria, que fornece energia para o organismo.

 Tecidos:
São estruturas formadas por um conjunto de células semelhantes, que atuam para desempenhar uma
mesma função. Eles não são encontrados isoladamente no nosso corpo, estando sempre associados uns
aos outros, formando os órgãos e sistemas. Nos seres humanos, encontram-se quatro tipos de tecido:
I) Tecido epitelial: possui células justapostas (unidas), sendo responsável por revestir à superfície do
corpo, além de formar diversas glândulas (sintetizam e liberam substâncias na corrente sanguínea, ou nas
cavidades de órgãos ou na superfície do corpo).
II) Tecido conjuntivo: as células não são justapostas. Faz parte dessa classificação o tecido
hematopoiético (sanguíneo), cartilaginoso, ósseo, entre outros.
III) Tecido muscular: as células são capazes de se contrair, como o tecido muscular esquelético.
IV) Tecido nervoso: as células possuem a capacidade de transmitir impulso nervoso (neurônios).

 Órgãos:
São estruturas formadas por diferentes tecidos e que funcionam de modo coordenado para garantir que
diferentes processos ocorram em nosso corpo. A pele é exemplo de um órgão.
 Sistemas:
Grupo de órgãos que, juntos, executam determinada tarefa. O sistema endócrino (hormonal) é um
exemplo.
II – Noções básicas de química
 Tabela periódica:
A tabela periódica é uma disposição sistemática dos elementos químicos ordenados por seus números
atômicos, configuração eletrônica, e recorrência das propriedades periódicas.
f

Conceitos importantes:

- Períodos: são as colunas


horizontais da tabela periódica.
- Famílias: são as colunas
verticais da tabela periódica.

 Distribuição eletrônica:
O número de níveis que um átomo pode apresentar varia de 1 a 7, os quais possuem número máximo
de elétrons permitidos em cada camada da eletrosfera.
z

Camada K = conter no máximo 2 elétrons


Camada L = conter no máximo 8 elétrons
Camada M = conter no máximo 18 elétrons
Camada N = conter no máximo 32 elétrons
Camada O= conter no máximo 32 elétrons
Camada P = conter no máximo 18 elétrons
Camada Q = conter no máximo 8 elétrons

Cada nível é constituído de um ou mais subníveis. Estes são chamados de


S, P, D e F, que também podem receber uma quantidade máxima de nº de
elétrons. Cada orbital pode conter 2 elétrons...
A determinação da camada de valência e do seu número de elétrons é analisada a partir da distribuição
eletrônica, que é realizada pelo diagrama de Linus Pauling, representado a seguir:
A Tabela Periódica apresenta um total de sete períodos, número
esse que está relacionado com o número de níveis presentes no
diagrama de Linus Pauling. Assim, se conhecemos o período em que
o elemento químico encontra-se na tabela, automaticamente, sabemos
quantos níveis os seus átomos possuem (O = 2º período; nível 2),
sendo a camada de valência o nível mais distante do núcleo.
Exemplo: O oxigênio possui número atômico (Z) igual a 8. Dessa
forma, sua distribuição eletrônica é: 1s² 2s² 2p⁴. Isso significa que o
oxigênio apresenta 6 elétrons na camada de valência (2 + 4).
 Radical livre:
Radical livre é um átomo ou molécula que possui um número ímpar de elétrons em sua última camada
eletrônica. Isso o torna instável e altamente reativo, fazendo com que esteja sempre buscando capturar ou
ceder elétrons das células à sua volta. Sob condições normais, os radicais livres são essenciais para o
funcionamento do organismo. Porém, quando em excesso, passam a atacar células sadias, como proteínas,
lipídios e DNA, causando envelhecimento precoce.
Ao capturar o elétron dessas células, o radical livre atua como agente oxidante. O processo danifica a
membrana e a estrutura da célula, podendo, em casos extremos, levar à morte celular. Para regular a ação
dos radicais livres no organismo, existem os sistemas de defesa antioxidante. O consumo de alimentos
ricos em antioxidantes é uma estratégia para combater o envelhecimento precoce causado pelo excesso
de radicais livres no corpo.
A prática de atividade física regular e moderada também é uma estratégia, pois tende a ajudar o
organismo na metabolização do oxigênio, reduzindo a produção de radicais livres.
Ação dos radicais livres no organismo:
Alguns radicais livres são naturalmente produzidos pelo organismo humano para desempenhar diversas
funções metabólicas, atuando principalmente no sistema imunológico. Estes são chamados de radicais
livres de origem endógena. Há também os radicais livres de origem exógena, que são originados a partir
de fatores externos ao organismo, como poluição, radiação solar e outros tipos de radiação, consumo de
tabaco e álcool e maus hábitos alimentares.
A formação dos radicais livres decorre da metabolização do oxigênio pelo organismo e sua produção
ocorre no citoplasma, nas mitocôndrias ou na membrana. Os alvos dos radicais livres (que são células
vizinhas) depende do local onde cada radical foi formado.
Um radical livre, quando não encontra outro com que se ligar, acaba atacando moléculas e células
sadias, que, ao perderem o elétron que as mantinham estáveis, se transformam em novos radicais livres.
Esse processo gera uma reação em cadeia, capaz de danificar inúmeras células, levando à morte celular
(em casos extremos, como já foi explicado).
Para inibir os níveis de radicais livres no organismo, existem os sistemas de defesa antioxidante. Dessa
forma, a quantidade de agentes oxidantes e antioxidantes deve estar sempre em equilíbrio. O desequilíbrio
nesse balanço caracteriza a situação de estresse oxidativo.
O estresse oxidativo ocorre tanto devido à deficiência no sistema de defesa antioxidante (quantidade
muito baixa de agentes antioxidantes) quanto o aumento na produção de radicais livres pelo organismo.
O aumento na produção de radicais livres endógenos normalmente ocorre para auxiliar o sistema
imunológico. Também pode ocorrer um aumento na quantidade de radicais livres exógenos, por conta da
exposição excessiva a fontes externas dessas moléculas, como poluição, radiação, tabagismo, alcoolismo,
má alimentação, entre outros.
A evolução do estresse oxidativo está associada ao envelhecimento precoce e ao desenvolvimento de
doenças inflamatórias crônicas, como aterosclerose, diabetes e artrite, doenças degenerativas
como Parkinson e Alzheimer.

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