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Disciplina:
Negociações Internacionais
(4 créditos - 80horas)
Autor:
Jairo Garay Ribeiro de Oliveira
Modalidade:
Educação a Distância
2010- 05811
2 UCDB Virtual
0219
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Plano de Ensino:
Ementa: trata-se de um resumo do conteúdo da disciplina.
Avaliação:
Critérios de avaliação: são as informações referentes aos critérios adotados
para a avaliação (formativa e somativa) e composição da média da disciplina.
Este material didático é mais um subsídio para seus estudos. Não se limite ao
conteúdo aqui apresentado. Este material deve ser complementado com outros
conteúdos e com a interação com os outros participantes. Portanto, não se esqueça de:
Mascote Edmouse
Posição atenção:
utilizada em situações de
destaque para assunto
ou comunicados
importantes.
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Ementa
As relações e características do comércio internacional. Blocos econômicos e
organismos regionais. Negociação internacional.
Objetivo Geral
Proporcionar a estrutura de apoio e suporte para identificar a dinâmica que
envolve o processo de globalização nos dias atuais, reconhecendo o papel que deve
desempenhar o bom negociador.
Objetivos Específicos
Unidade 1
- Apresentar os fundamentos que norteiam o comércio e as relações negociais no
âmbito internacional, em sua íntima conjugação com a realidade do mercado
brasileiro, com realce às semelhanças e diferenças.
- Identificar as principais formas de pagamentos e créditos que envolvem as
operações de negócios no mercado internacional.
Unidade 2
- Oferecer a oportunidade de conhecer os diversos blocos econômicos regionais
existentes, suas finalidades, seus participantes e seus objetivos.
- Dar a conhecer os principais debates levantados na opinião pública que mexem com
a política de sustentação destes blocos.
Unidade 3
- Dar a conhecer as características do novo mercado mundial, as diferenças culturais e
seus impactos.
- Reconhecer a importância da cultura como elemento indispensável da negociação.
ACUFF, Frank L. Como negociar qualquer coisa com qualquer pessoa em qualquer lugar do
mundo. São Paulo: SENAC, 2004. (*)
CAREW, J. Você nunca receberá um não como resposta. Positional Selling. São Paulo: Nobel,
1991.
COHEN, H. Você pode negociar qualquer coisa. Rio de Janeiro: Record, 1980.
* Livro Texto (Livro adotado na disciplina)
Bibliografia Complementar
CONNOR, T. Venda Soft: A nova arte de vender aplicando o self-empowerment e persuasão. São
Paulo: Nobel, 1997.
DOBLlNSKI, S. Negócio Fechado. Guia Empresarial de Viagens. Rio de Janeiro: Campus,
1997.
FISHER, R.; ERTEL, D. Estratégias de Negociação. Rio de Janeiro: Ediouro, 1997.
FISHER; R.; URY, W. Como chegar ao Sim. Negociação de acordos sem concessões. Rio de
Janeiro: lmago,1985. .
GARCÍA-LOMAS, O. L. Como negociar con éxito en 50 países. Madri: Global Marketing
Strategies, 2003.
GARCÍA-LOMAS, O. L; CHURRUCA, Ana Nieto. Negociación Internacional,
Estrategias y Casos. Madri: Pirámides, 2002.
JUNQUEIRA, L. A. Costacurta. Negociação, Tecnologia e Comportamento. Rio de Janeiro:
COP, 1995.
MAIA, J. de. Economia Internacional e Comércio Exterior. São Paulo: Atlas, 2001.
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Avaliação
ATIVIDADE 2.1
Ferramenta: Questionário
ATIVIDADE 3.4
Ferramenta: Questionário
ATIVIDADE 3.5
Ferramenta: Tarefas
* Coloque na segunda coluna o prazo em que deve ser enviada a atividade (consulte o
calendário disponível no ambiente virtual de aprendizagem).
** Coloque na terceira coluna o dia em que você enviou a atividade.
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Boas-vindas
Caro(a) acadêmico(a),
Desejo o melhor para você nesta etapa de seus estudos e espero poder
colaborar na caminhada que ora empreendemos juntos.
A humanidade deu saltos significativos todas as vezes que optou pela solução
negociada dos seus conflitos. A negociação é, ao mesmo tempo, produto e produtora
de práticas progressistas. Seu exercício continuado é uma garantia de fortalecimento
da democracia e fator de crescimento das pessoas.
A melhor maneira até hoje encontrada para tratar com todas estas questões é
através do planejamento prévio e da preparação da negociação, ou seja, da elaboração
de um plano de ação e da simulação deste plano. Estas atividades redundam em
aumento do nosso poder de persuasão e da possibilidade de encontrarmos soluções
positivas para ambas as partes. Incorporada de forma tão intensa na vida das pessoas,
ela aparece muitas vezes com outro nome. Por exemplo: O que é marketing senão uma
forma de negociação entre vendedor e comprador?
· Pagamento antecipado;
· Remessa sem saque;
· Cobrança;
· Carta de crédito.
1.3.3 Cobrança
Tipos de cobrança
Atividade 1.1
1. Um dos motivos que aproxima tanto o comércio internacional quanto o
nacional reside no fato de que:
a) Ambos possuem vantagens na produção dos mesmos bens e serviços.
b) O país mais rico é sempre o mais vantajoso.
c) Há impossibilidade tanto de uns quanto de outros de obter vantagem na produção
de todos os bens e serviços.
d) A mobilidade de fatores no mercado interno é o principal motivo.
3. Assinale a correta:
a) São semelhantes a cobrança limpa e documentária.
b) A carta de crédito representa uma modalidade de pagamento, e destina-se a
oferecer garantias aos contratos de compra e venda.
c) A remessa sem saque não integra a modalidade de pagamentos.
d) O prazo antecipado apresenta riscos iguais, tanto ao exportador quanto ao
importador.
e) No que diz respeito ao prazo, as cobranças que decorrem de exportações, são
realizadas sempre à vista.
continua
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Sistema no qual as tarifas alfandegárias são zero para os países que integram
uma zona de comércio, embora cada país tenha um nível diferente de tarifa para os
países externos ao acordo de livre comércio.
Cada país-membro mantém ampla liberdade no que se refere à sua política
interna, bem como no tocante à política comercial com os países não associados.
b) União aduaneira
d) União Econômica
a) Países participantes
· O Parlamento Europeu
· A Comissão Européia
· O Conselho da União Européia
a) O Mercosul hoje
· Exportação
Descrição Valor
Automóveis (c/ motor 1.500) 798,3
Terminais portáteis telefonia celular 594,6
Outros automóveis 325,0
Chassi (motor diesel, cabina, 5T) 267,0
Minério de ferro (aglomerado e concentrado) 225,7
Automóveis (c/ motor 1.000) 203,3
Tratores rodoviários p/ semi-reboques 195,3
Outros tratores 171,6
Automóveis (diesel, c/ motor 1.500) 137,2
Partes/acessórios p/tratores e automóveis 132,8
Outros 8.675,2
Total 11.726,0
Fonte: MDIC/Aliceweb
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· Importação
Descrição Valor
Trigo 643,2
Naftas p/ petroquímica 590,9
Outros veículos 399,9
Automóveis (c/ motor 1.500) 222,4
Caixas de marchas p/ automóveis 157,6
Outros polímeros de etileno 139,5
Malte não torrado (inteiro ou partido) 125,5
Butanos liquefeitos 115,3
Outros polietilenos sem carga 107,4
Óleos brutos de petróleo 96,5
Outros 4.453,3
Total 7.051,5
Fonte: MDIC/Aliceweb
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Principais índices sócio-econômicos
Argentina Brasil Paraguai Uruguai
Área - km2 2.766.890 8.511.965 406.752 176.220
Principais cidades Buenos Aires, São Paulo, Rio Assunção, Montevidéu,
Córdoba, Rosário de Janeiro, Ciudad del Salto, Colônia
Salvador Este
População (2005) 39.537.943 186.112.794 6.347.884 3.415.920
Crescimento 0,98 1,06 2,48 0,47
demográfico (2005)
%
Expectativa de vida 75,9 71,6 74,8 76,1
(2005) anos
Analfabetismo 2,9 13,6 6 2
(2003) %
Desemprego 11,1 9,9 16 12
(estimativa 2005) %
Moeda 483,5 bilhões 1,5 trilhão 29,9 bilhões 49,2 bilhões
Produto Interno
Bruto - PIB (2004)
US$
PIB agropecuário 10,6 10,1 25,3 7,9
(2004) %
PIB industrial (2004) 35,9 38,6 24,9 27,4
%
PIB serviço (2004) 53,5 51,3 49,8 64,7
%
PIB per capita 12.400 8.100 4.700 14.500
(2004) US$
Crescimento do PIB 8,2 2,6 3,3 6,2
(estimativa 2005) %
Exportações totais 33,7 bilhões 95,0 bilhões 2,9 bilhões 2,2 bilhões
(2004) US$
Importações totais 22,0 bilhões 61,0 bilhões 3,3 bilhões 2,0 bilhões
(2004) US$
Fonte: Revista Comércio Exterior, edição 62, novembro/dezembro 2005.
c) Objetivos do MERCOSUL
d) Estrutura do MERCOSUL
5. É objetivo do Mercosul:
I. A adoção da TEC.
II. Livre comércio de serviços.
III. Livre circulação de capital.
IV. Livre comércio de mão-de-obra.
Desta forma, pode-se tentar estabelecer as bases para o futuro das empresas
de padrão internacional, tendo como principais pontos os seguintes:
· São persistentes.
· Não sabem o significado da palavra não.
· Nunca se embaraçam; sempre têm uma resposta pronta para qualquer
pergunta ou para qualquer situação que vier a se apresentar.
· Freqüentemente, as crianças “lêem” (entendem) os adultos melhor do que
os adultos são capazes de “ler” (entender, interpretar,...) as crianças.
Além de negociar com o seu chefe, é provável que tenha dificuldades para
negociar com o seu departamento ou com a assessoria jurídica. Em muitos casos,
você pode receber mais “ajuda” do que precisa. O seu assessor jurídico
provavelmente vai querer detalhes do que os seus interlocutores consideram aceitável.
Não se surpreenda se o seu pessoal jurídico tentar contestar, corrigir ou anular, parcial
ou totalmente, o acordo que está negociando com o outro lado. Eles apenas estão
tentando evitar problemas para você e para a sua organização.
Medidas de ação para preparar o seu chefe e o corpo executivo da sede da sua
empresa para a negociação internacional:
O que é considerado suborno nos Estados Unidos pode ser entendido como
um negócio normal em outros países. Percebe-se isso ao negociar um contrato de
trabalho nas Filipinas. Ao negociar um contrato de mão-de-obra, contratação de
várias centenas de filipinos para trabalhar como soldadores, montadores e outros
ofícios, em projetos para o Oriente Médio.
Chito fornecia essa mão-de-obra qualificada com uma rapidez assombrosa, driblando o
labirinto das leis e regulamentos administrativos filipinos. Eu não sabia, e até hoje não sei, como
ele lidava com as autoridades governamentais. O que eu sabia era que me pedia aumentos com
freqüência, com a desculpa de que as suas “despesas governamentais” estavam aumentando e
assim aceitávamos suas solicitações.
Como sempre, nas minhas viagens a Manila, Chito era envolvente e simpático. Uma
noite, quando caminhávamos do restaurante onde tínhamos jantado até o hotel onde estava
hospedado, parei brevemente em frente de uma galeria de arte para admirar a pintura de um
casebre no campo. De volta ao hotel, Chito e eu nos despedimos.
Chito, de fato veio ao meu quarto, com a pintura que eu tinha admirado antes e com o
artista que a tinha pintado. Agora eu estava bem acordado. Com o envolvente e simpático Chito e
o orgulhoso e sorridente pintor na minha frente, vieram à minha mente a Lei contra Práticas de
Corrupção no Exterior e várias normas internas da minha empresa a respeito de presentes.
Depois de desculpas desajeitadas de que eu realmente não poderia aceitar o presente, finalmente
peguei a pintura e agradeci a ambos.
Depois que saíram, eu fiquei sentado durante um bom tempo olhando fixamente a
pintura. Dali a dois anos estaria eu sentado diante de um juiz federal, explicando por que tinha
aceitado o suborno de um agente de uma empresa vinculada ao governo estrangeiro? Embora
tivesse um bom relacionamento profissional com meu chefe, tinha a certeza de que ele não iria
ficar muito impressionado com meu novo quadro. No final das contas, o nosso departamento
jurídico aprovou que eu ficasse com a pintura e até hoje está teimosamente pendurada na parede
do meu escritório.
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Há muitos anos que a comunidade de negócios internacionais reconhece que
presentes e gratificações são necessários para obter respostas positivas das
autoridades governamentais, seja para fazer um vultoso negócio ou para obter um
tratamento favorável na alfândega, nos impostos ou em outras áreas. Embora os
negociadores norte-americanos costumem barganhar sobre questões de preço,
qualidade e serviços e, geralmente, não se sintam confortáveis com o tema referente a
presentes e gratificações, esse assunto é uma tradição importante em alguns países.
Integrantes dos círculos de poder em culturas comunitárias, como em algumas partes
da América Latina e Ásia, mantêm relações através de um sistema de favores. Nesses
sistemas, supõe-se que uma pessoa que recebeu algum favor de uma pessoa ou de um
grupo tem a obrigação de devolver o favor em algum momento futuro. Dessa forma,
o ciclo de vida gira em torno dessas obrigações. Outro fator é que, para as pessoas de
outros hemisférios, os norte-americanos e outros ocidentais parecem estar
interessados apenas nos aspectos empresariais das negociações e não outorgam a
devida importância aos aspectos de relacionamento. Portanto, os não ocidentais
consideram os presentes uma forma apropriada de fortalecer os vínculos sociais e
criar um sentimento de obrigação por parte do negociador ocidental. Pequenos
presentes como canetas, xícaras e chaveiros com o logotipo da empresa, não são
apenas aceitos, mas quase essenciais nos negócios globais. Decorações para a casa e o
escritório, livros e revistas também são populares.
Você deve se preocupar com as questões legais relacionadas com presentes,
gratificações ou suborno, do ponto de vista do seu país e do país anfitrião. Por
exemplo, propinas e comissões podem ser legais em alguns países, mas, para os norte-
americanos, podem tornar-se um pesadelo jurídico ao alcance da legislação dos
Estados Unidos. Durante os anos 70, as revelações sobre pagamentos suspeitos feitos
por empresas norte-americanas a autoridades governamentais, balançaram os
governos da Holanda e do Japão. Depois, o parlamento norte-americano considerou
suborno feito por empresas como “negócios perversos” e “desnecessários” e
aprovou a Lei Contra Práticas de Corrupção no Exterior. Esta lei proíbe qualquer
empresa com base nos Estados Unidos de oferecer ou dar dinheiro ou “qualquer
coisa de valor a uma autoridade política estrangeira” para “corromper”, com o
objetivo de obter ou manter negócios. Por outro lado, a lei permite fazer pagamentos
para facilitar, isto é, pagamentos para agilizar ações oficiais como, por exemplo, as
alfandegárias. Isso geralmente inclui presentes promocionais de rotina, reembolsos
de despesas até determinados limites com jantares e viagens promocionais e
pagamentos que são legais no país estrangeiro. A diferença entre suborno ilegal e
pagamentos para agilizar negócios não é clara. Também existem dúvidas sobre até
onde deve ir a responsabilidade da empresa na investigação sobre possíveis violações
da lei contra práticas de corrupção por um de seus funcionários. E mesmo que as leis
do país onde você está fazendo negócios sejam menos rígidas em relação a subornos,
é essencial que conheça a legislação desse país sobre o tema em questão.
elemento de vendas que agrega valor para sua empresa e seus parceiros no
país anfitrião. Normalmente, o governo do país anfitrião considera
importante a inclusão dessas condições num acordo de joint venture, já que
deseja faturar politicamente com o crescimento ou melhoria dos empregos e
mais transferência de tecnologia.
· Seja flexível. Ao longo do tempo ocorrerão mudanças nos objetivos,
recursos, mercados e tecnologias das joint ventures, bem como no poder
relativo dos sócios.
O lugar onde será realizada a negociação pode exigir uma prévia negociação.
Há várias vantagens em realizar a negociação no seu próprio campo. Em primeiro
lugar, você se sente mais confortável e, provavelmente, mais confiante. Em segundo,
poderá tratar o outro lado como um rei ou rainha e com isso ajudar a melhorar o
relacionamento. Assumir o papel de anfitrião também o ajuda em outra coisa: o outro
lado se sente como o hóspede que realmente é. E como o anfitrião trata seus
hóspedes? Isso mesmo: com respeito. Aqui você tem a chance de montar o cenário
para as concessões para o outro lado.
É mais provável, porém, que realize as negociações no país anfitrião. A maior
vantagem de ir ao país do outro lado é que vai conhecer seu estilo de vida,
preocupações, pressões. Se você puder conhecer as instalações físicas do outro lado,
melhor ainda. Você obterá dados valiosos a respeito das operações da empresa e uma
visão do grau de modernidade e profissionalismo. Além disso, as suas observações
sobre o relacionamento do outro com outras pessoas-chave - os que tomam decisões
nos bastidores - serão valiosas para o processo de negociação.
Por outro lado, a negociação no país anfitrião tem desvantagens
significativas. Além da questão do choque cultural, discutida anteriormente, ficar
longe do seu país pode ser dispendioso, frustrante e um desperdício de tempo.
· Convide o outro lado para ir à sua localidade. Isso pode ser difícil se você é
vendedor ou se você é um comprador que precisa ver o produto ou serviço.
Entretanto, se é o outro lado quem visita, ele não irá embora rapidamente. Ele
sentirá a pressão para fazer concessões.
· Se você é o visitante, tente não divulgar a data da sua viagem de volta. Do
contrário, isso permitirá que o outro lado determine o ritmo das negociações,
esperando até que você esteja próximo dessa data e vulnerável antes de
discutir as questões mais importantes.
· Se você é o visitante, não deixe que o tempo, o dinheiro e os objetivos
investidos na viagem o faça mudar o que planejou. Tenha cuidado de não
exceder o limite de preço minimamente aceitável dentro das suas alternativas
de acordo. Não fazer nenhum negócio pode ser melhor do que fazer um mau
negócio.
· Se você é o visitante, não seja prisioneiro da fadiga. O fuso horário é real.
Coma coisas leves e beba álcool com moderação na viagem e descanse um dia
ou dois antes de enfrentar uma negociação importante. Você não estará em
forma se sair de São Paulo à tarde, chegar em Londres às 6h e começar as
negociações nessa mesma manhã.
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1. Você está designado pela alta direção de sua empresa para realizar
(sozinho) o primeiro grande contrato internacional na Argentina. Os
produtos já foram definidos através de pesquisa de mercado e estudo de
marketing, as estratégias comerciais também já foram estabelecidas.
Faltam sete meses para a viagem.
Trace um plano de auto-aprimoramento a fim de estar completamente
ciente de que será um sucesso esse seu primeiro grande desafio
profissional.
2. Certamente, uma das maneiras de uma empresa sair de seus limites
territoriais e avançar rumo ao comércio internacional, com boa margem de
certeza, é através da formação de uma joint venture com uma empresa do
mesmo ramo de atividade mas, com produtos/serviços diferenciados.
Quais são os principais cuidados que devem ser tomados para se evitar
futuros dissabores financeiros?
3. Em toda negociação entram em cena dois personagens: o
produto/serviço/idéia e os negociadores = pessoas. Como sabemos, é
comum a prática de querer agradar a outra parte, envolvê-la pelo lado do
emocional para facilitar nossa tarefa. Acontece que existe um limite muito
tênue entre o que é legal (uma caneta, por exemplo) e o que é ilegal (um
automóvel último tipo).
k) África do Sul
l) Arábia Saudita
m) China
• Transporte: Em Hong Kong, a maioria dos taxistas não fala inglês. Solicite
ajuda no hotel para que escrevam os endereços necessários em caracteres
chineses.
• Cumprimentos/apresentações: Na China, em um contato de negócios,
a apresentação deve ser feita através de um intermediário de confiança,
respeitado por ambas as partes, familiares, clientes, fornecedores, entidades
oficiais, etc. Se for apresentado pela pessoa correta, as negociações
começarão da melhor forma e todas as atenções dirigidas a essa pessoa
também serão transferidas ao estrangeiro apresentado. Na China não
perguntam quem você é, mas quem você conhece ou a que grupo pertence.
Qualquer precipitação na tentativa de fazer negócios sem os conhecimentos
devidos é um convite ao insucesso.
O aperto de mãos é, como no Ocidente, a forma mais comum de
cumprimentar uma pessoa na China. Contudo, os chineses tendem a apertar
as mãos de uma forma mais leve do que no Ocidente e durante um período de
tempo mais prolongado, balançando bastante o braço. Não se aborreça se os
chineses não sorrirem quando forem apresentados a você. Os chineses
guardam os sentimentos em vez de expressá-los abertamente.
A sociedade chinesa é muito hierarquizada, sendo atribuída enorme
importância ao status que cada um possui na organização. Assim, pode-se
avaliar o interesse que a sua vinda representa pela posição ocupada pelas
pessoas designadas para recebê-lo. Se a delegação visitante for composta por
membros de segundo ou terceiro escalão, isso será interpretado como um
sinal de pouco empenho de sua parte nas negociações. É, portanto,
aconselhável considerar um pouco a tradição chinesa quanto aos cargos dos
visitantes. Lembre-se de que o sobrenome ou o nome de família sempre
antecede o nome da pessoa.
• Comportamento: Em termos gerais, os chineses não são muito amigos do
toque. Isso vale, sobretudo, para os visitantes. Portanto, evite tocar ou
qualquer forma de contato físico prolongado.
Evite ser efusivo, principalmente com pessoas mais velhas e idosas. As
demonstrações públicas de afeto são muito raras. Por outro lado, você pode
ver pessoas do mesmo sexo andando de mãos dadas, o que é apenas um gesto
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de amizade.
• Presentes: Os chineses, como todos os povos asiáticos, atribuem enorme
importância à troca de presentes. Contudo, o desconhecimento dos costumes
poderá levar a situações embaraçosas, por isso é preciso algum cuidado.
Não se esqueça, entretanto, de utilizar as duas mãos para dar ou receber
presentes; a mesma regra aplica-se para dar ou receber drinques. Algumas
regras básicas devem ser atendidas: nem todos os presentes são uma boa
escolha. Não devem ser oferecidos, por exemplo, relógios de mesa ou de
parede, nem mesmo se esses produtos forem fabricados por sua empresa.
Oferecer um relógio tem significado de morte. Também não devem ser
oferecidos aos homens chapéus, bonés ou qualquer objeto para usar na
cabeça que seja da cor verde, pois têm significado de “homem traído”.
Cuidado com as embalagens dos presentes. A cor branca é sinal de luto. A
combinação das cores vermelha e dourada é a mais bem aceita. Os presentes
não são abertos na presença de quem os oferece. Para os chineses, abrir o
presente seria concentrar mais atenção no objeto do que na verdadeira
importância, que seria a intenção. Contudo, se você for instado a abrir um
presente, deve fazê-lo. Antes de aceitar um presente os chineses fazem pelo
menos um gesto de recusa, em regra três. Esta, porém, é uma norma de
etiqueta e a oferta só deverá ser retirada se você, de fato, sentir uma relutância
genuína na sua aceitação.
• Pontualidade: Seja pontual.
• Comunicação: O espaço pessoal é muito menor na China. Isso significa
que, ao conversar, os chineses ficam muito mais próximos do que os
ocidentais. Isso muitas vezes faz com que os ocidentais se afastem, mas os
chineses vão atrás.
• Como fazer negócios: Apesar das dificuldades de relacionamento,
resultantes de referências culturais tão diferentes, o mercado chinês tem
potencialidades suficientes para continuar a merecer a crescente atenção de
investidores e negociantes estrangeiros.
A etiqueta chinesa privilegia a preservação da harmonia e evita todas as
atitudes que possam levar a um confronto aberto. Para os chineses, a
necessidade de manter uma certa ordem social é uma condição prévia para a
resolução de qualquer conflito. Entre as táticas utilizadas para a prevenção ou
resolução de conflitos, contam-se a utilização estratégica do tempo, acordos
para a preservação da honra e uma maior flexibilidade.
Desde a sua chegada à China, os seus parceiros chineses (em parte por regras
de etiqueta, em parte como estratégia de negócio), irão controlar todo o seu
tempo e também o protocolo. Deixe-se conduzir, mas vá preparado para ficar
mais tempo que o previsto. Os chineses são generosos na utilização do tempo.
Para os ocidentais, tempo é dinheiro, mas para os chineses, “tempo é tempo”
e “dinheiro é dinheiro”. Paciência e capacidade de resistência são duas
características essenciais para se negociar na China com resultados e pouca
capacidade de organizar idéias, especialmente diante de pessoas mais
assertivas.
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Atividade 3.4
1. São características do novo mercado mundial:
I. A formação de uma rede de contatos internacional.
II. A busca intensa de novos conhecimentos em âmbito geral.
III. Formação de redes integradas com subsidiárias.
IV. Participação intensa em redes de fornecedores internacionais.
Atividade 3.5
1. Cite e comente 2 (dois) obstáculos ao desempenho do negociador, em
situações envolvendo múltiplas culturas. (máximo de 5 linhas).