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O excelente ritmo de vendas, com média diária de 10.743 unidades, ajudou a reduzir os
elevados estoques das fábricas e das concessionárias. Eles estavam acima de 250 mil
unidades no final de maio, e agora estão num patamar abaixo de 200 mil. Pelo nível de
estoque que havia disponível, a produção de julho não teve o mesmo ritmo acelerado das
vendas. O quadro foi de estabilidade nos números, a despeito de várias paradas de fábricas
por férias coletivas, lay-offs e outros ajustes da oferta à demanda. Os 183 mil autoveículos
que deixaram as linhas de montagem representaram ligeira redução de 3,3% na
comparação com o mês anterior.
O indicador mais prejudicado deste ano é o das exportações, sobretudo pelas complicações
internas de destinos importantes como Colômbia e Chile, entre outros países sul-
americanos. A Argentina mantém os patamares de 2022 no comércio com o Brasil, que já
estavam aquém do potencial do mercado vizinho. A única surpresa positiva é o México,
que lidera pela primeira vez na história o ranking de embarques de modelos brasileiros,
com mais de 83 mil unidades, 90% acima do volume do ano passado. No total, as
exportações do Brasil no ano chegaram a 257,7 mil unidades, baixa de 10,6% sobre janeiro-
julho de 2022.
O setor de máquinas continua em patamares elevados, mas um pouco aquém dos bons
números do ano passado. No fechamento do primeiro semestre, máquinas agrícolas
tiveram queda de 6,8% nas vendas e de 5,2% nas exportações, em função da baixa nos
preços das commodities. Já as máquinas rodoviárias caíram 14,8% no mercado interno,
mas cresceram 9,4% nos mercados fora do país.