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FRUTICULTURA
Comercialização de frutíferas
Prof. Me. Cibelle Christine Brito Ferreira
RISCOS NA COMERCIALIZAÇÃO DE FRUTAS
PLANEJAMENTO COMERCIAL E PRODUTIVO
• Antes de decidir o que e quanto produzir, é preciso conhecer o mercado
ao qual se vai vender o produto (indústria, cooperativa, intermediário,
atacadista, varejista, consumidor), a sua localização e a sua
infraestrutura e área disponível para produção;
• Analisar as potencialidades, dificuldades, oportunidades e ameaças;
• Que quantidade o mercado está disposto a comprar;
• Qual a estimativa de preço que o mercado está disposto a pagar;
• De quem o mercado compra atualmente e qual a forma de pagamento;
• Qual a periodicidade de compra e qual a qualidade exigida
(classificação, padronização, embalagem, rotulagem desejada do
produto).
Uma vez estudado o mercado é necessário
definir:
• O que produzir e a tecnologia a ser usada, considerando as exigências
dos consumidores;
• Verificar se existem recursos produtivos suficientes;
• Verificar para qual mercado em que quantidade produzir;
• Que qualidade a produção deverá ter;
• Com que frequência o produto vai chegar ao mercado: diária, semanal,
mensal, anual ou, ainda, na safra ou na entressafra. Conforme a
frequência será preciso todo um esforço no planejamento da
infraestrutura da propriedade, da logística e do processo de
comercialização;
• Aumentar o valor do produto.
DIAGNÓSTICO/PROBLEMAS DO AGRONEGÓCIO
FRUTÍCOLA
• Baixa produção/produtividade, baixa • Deficiência na logística de
qualidade e alto custo de produção; armazenamento, transporte e
• Produção segmentada e inconstante comercialização;
(desequilibrada);
• Deficiência na qualifi cação dos produtos • Baixo consumo e hábito alimentar
pós-colheita (seleção, limpeza, restrito;
classificação, acondicionamento,
embalagens, rotulagem e identificação • Escassez de tecnologia mais avançada e
do produtor e do produto); de conhecimento do mercado;
• Muitos produtores sem casas de • Deficiência no “marketing”;
embalagens (“paking house”), ou local
apropriado para o processamento pós- • Desorganização do setor produtivo com
colheita; deficiência na oferta de produtos e
• Problemas ambientais e sanitários, tanto serviços diferenciados;
na produção e no processamento, quanto
na comercialização; • Espírito imediatista e ganância dos
agentes da cadeia.
OS VÍCIOS DO MERCADO
• Produtores desunidos, desorganizados, fragmentados e desvinculados dos
consumidores;
• Comerciantes (atacadistas e atravessadores) com visão oportunista;
• Setor varejista inexperiente, embora perceba necessidade de mudanças;
• Inexistência de dados oficiais e/ou confiáveis para se determinar o
mercado no Brasil.
OPORTUNIDADES DO SETOR DE FRUTAS
• Efetivação e surgimento de novos • Novos nichos de mercado: produtos
canais de distribuição e de demanda e orgânicos; produtos hidropônicos;
novas formas de comercialização produtos isentos de agrotóxicos e de
forçarão o desenvolvimento de novas agentes biológicos nocivos à saúde
organizações, melhorando o lucro da
cadeia; humana; produtos desdobrados,
diferenciados; produtos pré ou
• Surgimento de formas para encurtar o minimamente processados (lavados,
caminho até o consumidor final,
reduzindo as intermediações; higienizados, cortados, descascados,
picotados, ralados) e produtos
• Possibilidade de agregação de renda agroindustrializados;
através da melhoria na qualidade, da
qualificação pós-colheita e do uso de • Redução do desperdício médio, que
embalagens adequadas e gira, na pós-colheita, em torno de
padronizadas; 30%.
ESTRATÉGIASPARA AS MUDANÇAS DO SETOR
DE FRUTAS
• Produção e comercialização programada, • Educação alimentar junto ao consumidor
visando constância de oferta, em volume final;
adequado (de acordo com o mercado ou o
cliente); • Desenvolvimento de polos de produção
• Instalações em conjunto de infraestrutura programada, transporte, aquisição de
(“paking house”) de classificação, insumos e agroindústria conjunta, para
processamento pós-colheita, de
armazenamento e/ou de agroindústrias; maximizar a comercialização;
• Compra conjunta de insumos, venda • Organização da classe produtora para
conjunta da produção e transporte em produção e comercialização conjunta
conjunto; e/ou ordenada, visando lucros a
• Melhoria na qualidade e na qualificação médio/longo prazo com oferta
pós-colheita (reconquistar a diversificada e em escala, a preços
credibilidade);
competitivos e através de produtos e
• Aumento na produtividade e redução de prestação de serviços diferenciados.
custo;
MERCADOS
• CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO OU DE COMERCIALIZAÇÃO DISPONÍVEIS:
É preciso conhecer os canais de comercialização para:
- Entender o processo de formação de preços;
- Identificar pontos de estrangulamento da comercialização;
- Identificar possíveis oportunidades;
- Identificar possíveis parcerias e alianças;
- Organizar estratégias para participar de mercados mais competitivos.
• QUEM SÃO OS CONCORRENTES E COMO SE COMPORTAM;
• COMO SÃO PRATICADAS AS TRANSAÇÕES DE COMPRA E VENDA;
TIPOS DE MERCADOS
• Mercado atacadista (basicamente três canais):
1) Centrais de abastecimento (CEASA): Existem nos principais centros urbanos, de
propriedade do estado e/ou municípios e, por não terem acompanhado a
evolução da globalização e da modernização, começam a perder forças para
outros canais;
2) Operadores Independentes: São os intermediários ou atravessadores operando
dentro e fora das Centrais de Abastecimento, atendendo pequenos varejistas
localizados nas pequenas cidades. De modo geral, esses intermediários não têm
qualquer comprometimento com o produtor e assumem poucos riscos;
3) Produtores Expedidores: Representam uma classe nova de distribuidores,
resultado da demanda de mercado, gerado por varejistas em busca de melhor
serviço e menor custo, além da constância de entrega em volume e qualidade.
São originários de operadores independentes, com a diferença de que também
são produtores. Esses mecanismos substituem a dificuldade de operacionalização
de associações e cooperativas, na área de perecíveis.
TIPOS DE MERCADOS
• Mercado varejista
Composto pelos canais tradicionais como as feiras livres os varejões, as
quitandas, as mercearias, os ambulantes, sacolões, mercados municipais e
os canais que englobam as grandes redes de super e hipermercados.
Atenção:
Indústrias de Indústrias de
Fornecedores Produtores de
máquinas e defensivos e
de insumos mudas
implementos fertilizantes
Produtores
Produção e
beneficiamento
agrícola
Beneficiadores Beneficiadores
primários secundários
Comercialização
Ceasas Intermediários Exportadores
Consumo
Consumidor
50
51
52
53
54
55
Banana (ex-
ceto banana- 35.192.167 97.976.479 31.600.737 83.461.504
-da-terra)
Mamão
41.803.057 28.561.452 47.058.855 33.688.192
papaya
56
57
Atenção:
58
59
http://www.cepea.esalq.usp.br/hfbrasil/
http://www.ceasa.gov.br/
http://www.ceagesp.gov.br/
4,0 mi 2,00
3,5 mi 1,80
1,60
3,0 mi
1,40
Preços (R$/kg)
2,5 mi
Oferta (Kg)
1,20
2,0 mi 1,00
0,80
1,5 mi
0,60
1,0 mi
0,40
0,5 mi 0,20
0,0 mi 0,00
Jan
Fev
Mar
Abri
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
Fonte: CEASA-MG
80,00
70,00
(R$/caixa de 18 kg)
57,94
60,00
50,00
56,82
40,00
30,00
Jan
Fev
Mar
Abri
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
2014 2015
Fonte: CEPEA
2,00
1,80
1,60
1,40 1,15
1,20
(R$/kg)
1,00
0,80 1,03
0,60
0,40
0,20
0,00
Jan
Fev
Mar
Abri
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
2014 2015
Fonte: CEPEA
60
61
3,00
2,50
1,81
2,00
(R$/kg)
1,50
1,00
1,02
0,50
0,00
Jan
Fev
Mar
Abri
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
2014 2015
Fonte: CEPEA
6,00
5,50
5,00 4,35
4,50
4,00
(R$/kg)
3,50
3,00
2,50
3,67
2,00
1,50
1,00
Jan
Fev
Mar
Abri
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
2014 2015
Fonte: CEPEA
1,40
1,20
0,79
1,00
0,80
(R$/kg)
0,60
0,40
0,65
0,20
0,00
Jan
Fev
Mar
Abri
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
2014 2015
Fonte: CEPEA
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5. Identifique as certificações
Diante das novas tendências do consumidor, os mercados exigem
alimentos com qualidade, seguros e livres de qualquer agravante à
saúde humana.
64
65
66
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68
69
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Considerações finais
Abade
Diracy Lacerda
Foto: Diracy Lacerda
Clauduardo
Fontes:
Foto:
- Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento -
Foto:
MAPA; Companhia Nacional de Abastecimento - CONAB;
Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA; Compan- Ministério da
hia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo - CEAG- Agricultura, Pecuária
e Abastecimento
ESP.
UTILIZE EMBALAGENS ADEQUADAS FAÇA A ROTULAGEM REDUZA SUAS PERDAS
Principais Vantagens
Embalagens Desvantagens
- Baixo custo;
- Não é higienizável e é mais suscetível a contami-
- Robustez;
Caixa de madeira nantes como fungos e bactérias;
- Tradição e disponibilidade no
- Não é reutilizável.
mercado.
- É leve e reciclável;
- Alto custo;
- Possibilita diversos formatos para
Caixa de papelão - Menor resistência a danos mecânicos e umidade;
acomodação de produtos;
- Não é reutilizável.
- Facilita o manuseio mínimo.