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América Latina e o giro

decolonial
Luciana Ballestrin

Leonardo Pagano Landucci


Estagiário Docente - PPGRI STD
leonardo.landucci@unesp.br
Existe RI sem
Waltz?
Conteúdo

01 02 03
Mainstream Pós-Coloniais Grupo M/C
De onde partimos? A mudança de paradigma Podemos romper de vez
Podemos ir além? está completa? com esses paradigmas?
Mainstream
Mainstream
- Como surgem as Relações Internacionais
como disciplina?
- O sujeito, a Guerra e o Norte.

- A Ciência para quem?


- O positivismo como norma!

- E o Sul Global?
- O objeto, o Outro, o civilizado e o
selvagem.

- Como isso se configura hoje?


Para além do tradicional
- O pós-positivismo resolve a questão?
- As novas formas de sujeito das RI.

- O espaço do Construtivismo, do
Pós-Estruturalismo, do feminismo e da
teoria Queer.

- O Sul Global aparece como?

- Como isso se configura hoje?


Pós-Coloniais
“Seria o caso de eu dizer uma vez mais que não
tenho um Oriente “real” a defender. Tenho,
contudo, enorme consideração pela fortaleza
das pessoas daquela parte do mundo, bem como
por seu esforço de continuar lutando por sua
concepção do que são e do que desejam ser”
—Edward Said, 2007, p. 15
Genealogia Pós-Colonial
O colonial Descolonização
Opressões diversas - Libertação do Sul
expansão 06 01 Global do
Colonialismo formal

Identidade Discurso
Relação entre 05 02 Relação entre
“Eu” e “Outro” narrativas e
discursos
Estudos 04 03
Essencialismo
culturais Expansão do
Identidade e sujeito e crítica ao
diáspora essencialismo
Alguns autores

Albert
Edward Memmi Franz
Said Retrato do Colonizado Fanon
precedido de retrato do Os condenados da
Orientalismo colonizador terra
Estudos Subalternos
Spivak Sul asiático
Pode o Subalterno Liderado por Ranajit
falar? 03 01 Guha

04 02
Intelectual Subalterno
Pode o intelectual A união pela
falar pelo obliteração da
subalterno? classe dominante
Grupo Latino-Americano dos
Estudos Subalternos
- Contexto - democratização, deslocamento
dos projetos revolucionários, nova ordem
econômica.

- Reconstrução da história da América Latina.

- Crítica aos Estudos Subalternos.

- Desmantelamento - subalternidade como


pós-moderna ou descolonial
Grupo
Modernidade/
Colonialidade
01
Colonialidade(s)
Colonialidade do poder
● Relações de colonialidade não findaram com a
descolonização.

● Reforça processos apagados, assimilados ou


superados pela modernidade.

● Lógica reforçada pelos Estados Unidos depois


da Guerra Fria.
Colonialidades
● Colonialidade do saber -
○ Produção do conhecimento reforçando a
colonialidade e superioridade do Norte
Global.
○ O Outro como objeto de estudo sem voz.

● Colonialidade do ser -
○ Colonização dos corpos e das pessoas.

● Indissociáveis do processo da modernidade.


02
Modernidade
Modernidade/Colonialidade
● Surge na América e a partir de sua colonização.

● Classificação de raça empreendida para a


criação da alteridade colonial
(civilização/barbárie).

● Mundo colonial/moderno fundado nas


classificações de raça, gênero e trabalho.

● Racismo como princípio organizador que


estrutura todas as múltiplas hierarquias.

● Diferença imperial e invenção da América.


03
Colonialidade
do Saber
Geopolítica do Conhecimento
● Conhecimento eurocêntrico, secularizado e
servo das necessidades do capitalismo.

● Universalidade da razão, da racionalidade e seu


caráter eurocêntrico.

● Neutralidade axiológica.

● Surgimento de paradigmas outros e sua relação


com as Relações Internacionais.

● Crítica à modernidade teleológica.


04
Giro Decolonial
Decolonialidade
● Descolonização como projeto inacabado.

● Resistência à lógica da
Modernidade/Colonialidade.

● Os “clássicos” e a busca por outras fontes.

● Críticas aos pensadores pós-coloniais e aos


Estudos Subalternos.

● Movimentos sociais e a relação com lutas


sociais.
Decolonialidade
● Pensamento fronteiriço - rompe com 5
ideologias da modernidade:
○ Cristianismo, liberalismo, marxismo,
conservadorismo e colonialismo.

● Projeto político de libertação da


Trans-modernidade.

● Pluralidade de experiências e vivências.

● Pluralidade de engajamentos.
Decolonialidade e RI
● Sul Global é objeto e Norte é sujeito intelectual
e acadêmico.

● Diferença entre teoria e pensamento para a


decolonialidade.

● América Latina como continente fundador do


colonialismo e laboratório teste.

● Reconhecimento das diferenças.


Críticas
● Diagnósticos romanceados e reprodutores de
maniqueísmos.

● Desconsideração da luta de classes para focar em


questões étnicas.

● E o Brasil?

● Descarte completo da modernidade para a


ciência.

● Resposta: convite para modernidades


alternativas.
Questões
● É possível romper com a lógica da colonialidade da
modernidade sem que abandonemos as contribuições do
pensamento ocidental/europeu/iluminista?

● Será que o êxito da sua proposta depende de sua própria condição


subalterna e periférica?

● Será que, ao enfatizar superações e ao negar as influências do


pós-estruturalismo, pós-marxismo e pós-colonialismo, o grupo não
estaria criando uma nova hybris del punto cero?

● Como lidar com a paternidade europeia das nossas instituições e


pensamentos políticos?

● Os movimentos sociais atuais, em seus discursos e práticas,


identificam a colonialidade e reivindicam a decolonização?
Indicações
Muito
obrigado!

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