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MANEJO ALIMENTAR

VACAS LACTAÇÃO

Prof. Dr. Paulo Sérgio Andrade Moreira


MANEJO ALIMENTAR VACAS LACTAÇÃO
MANEJO ALIMENTAR VACAS LACTAÇÃO
MANEJO ALIMENTAR VACAS LACTAÇÃO
MANEJO ALIMENTAR VACAS LACTAÇÃO
MANEJO ALIMENTAR VACAS LACTAÇÃO
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MANEJO
GENÉ
GENÉTICO

MANEJO SANITÁRIO

MANEJO NUTRICIONAL
MANEJO ALIMENTAR VACAS LACTAÇÃO
Peso vivo
Produção
de leite Consumo

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Parto Parto
Meses após o parto
Haresign, 1980
SISTEMA DE PRODUÇÃO
DE LEITE

INTENSIVO EXTENSIVO

SEMI
CONFINADO A PASTO A CAMPO
CONFINADO
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Variações exigências nutricionais


Lactação / gestação/ nível produção

1. Fase 1: 0 a 70 dias pp
2. Fase 2: 70 a 140 dias pp
3. Fase 3: meio e final lactação: 140 a 305 dias pp
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FASE 1- início lactação


 0 a 70 dias pp
 Aumento produção leite ( 4 a 6 semanas)
 Ingestão nutrientes deficitária
 Mobilização reservas corporais
 Proteína ( nível critico) – acima da exigência
 Qualidade PB
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AUMENTO INGESTÃO
 Forragens alta qualidade
 Nível adequado PB dieta ( + 19%)
 Aumento ingestão grãos ( constante)
 Viabilidade gordura dieta ( 500 a 700g/vaca/dia)
 Acesso constante alimentação
 Stress
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FASE 2- Pico ingestão MS


 70 aos 140 dias pp
 Ingestão MS ( relação ingestão: necessidade)
 Não perde peso ( reserva corpórea)
 Dieta rica grãos ( max 2,3% PV)
 Forragens alta qualidade ( 1,5% PV)
 Manutenção atividade ruminal ( AGV)
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AUMENTO INGESTÃO – 2 fase

 Distribuição ração total- conc e vol ( X / ao dia)


 Qualidade do alimento
 Uso de uréia ( max 200g/vaca/dia)
 stress
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FASE 3- meio e fim lactação

 140 aos 305 dias pp


 Queda produção leite –8 a 10 % mês
 Fase gestacional
 Recuperação perdas corpóreas- reserva
 Relação exigência: ingestão facilmente atendidas
Variação e Produção de Leite, Peso Vivo e
Consumo de Alimento de Vaca Leiteira Durante
o Ciclo de Lactação
Peso vivo
Produção
de leite Consumo

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Parto Parto
Meses após o parto
Haresign, 1980
Produção de leite, energia ingerida líquida e energia balanceada
(líquida) durante a lactação de vacas

(Adaptado de: Bauman and Currie,, J. Dairy Science 63: 1514, 1980).
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CONSIDERAÇÕES
 Forragem: mínimo 1,5 % PV ( melhor
qualidade no início lactação)
 PB- níveis 18 a 19% ( MS) início
lactação caindo a 13% ( MS) fim
lactação
 ELl: 1,72 Mcal/kg MS no início caindo
1,54 Mcal / kg MS no final
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CONSIDERAÇÕES

 Fibra: 18-21% FDA na MS

 Minerais: 0,5 a 1% concentrado


(consumo)

 Relação Cálcio / Fósforo


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 1 - Confinamento
 - USA, Europa, Brasil (terras caras)
 - gado europeu: Holandês e Jersey
 - instalações caras (free-stall, loose-housing)
 - máquinas e equipamentos (combustíveis)
 - alimentos conservados (silagem, fenos)
 - grãos: milho, farelo de soja, etc.
 - elevado custo
 - baixa competitividade
CONFINAMENTO
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 Milho – principal fonte energética na


energética
alimentação animal.
alimentação

 Necessidade de formular rações mais


rações
eficientes e de menor custo.

 Alternativa utilizada = silagem de grãos


úúmidos.
midos.
FORMAS
FORMAS DEDE PROCESSAMENTO
PROCESSAMENTO DODO MILHO
MILHO EE
OS
OS SSÍTIOS
ÍTIOS DA
DA DIGESTÃO
DIGESTÃO DO
DO AMIDO
AMIDO
Formas de
processamento Digestão do amido (%)

Rúmen Intestino Intestino


TOTAL
delgado grosso

Inteiro 65,9 17,0 3,8 86,7


Quebrado 69,8 13,9 5,2 88,9
Laminado 74,8 13,1 4,9 92,8
Moído 77,7 11,7 4,3 93,7
Ensilado 85,0 7,5 2,0 94,5
Floculado 82,8 12,6 1,3 96,7
Fonte: OWENS et al. (1986).
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Milho úmido X Milho laminado

Laminado Alta umidade


Digestibilidade ruminal 76,2b 91,7c
do amido (%)
Digestibilidade total do 96,1b 98,7c
amido (%)
Fluxo de N microbiano 138f 180g
p/ duodeno (g/dia)

Cooper et al. (2002)


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Milho úmido X Milho seco


Vacas em lactação

Seco Alta umidade


Digestibilidade ruminal 65,0 84,0*
do amido (%)
Digestibilidade total do 81,0 97,0*
amido (%)
Produção de leite 33,0 32,0
corrigido (4%) (kg/dia)
Gordura (%) 3,30 3,20

Proteína (%) 3,02 3,06

Knowlton et al. (1998)


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Milho úmido X Milho laminado


Concentração de propionato ruminal Concentração de AGV total

Úmido
Úmido

Laminado

Laminado

Cooper et al. (2002)


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EXIGÊNCIAS DE UMA VACA (600 KG) DE


ACORDO COM A PRODUÇÃO DO LEITE

Kg leite/ dia Consumo( KG/MS) NDT % PB%

10 12,8 62,8 12,1

20 16,7 66,3 13,8

30 20,0 70,1 15,0

40 23,0 73,9 16,0

50 26,6 75,1 16,6


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Manejo Freeestall
 Baias limpas, secas e confortáveis
 Dimensões apropriadas( deitar e levantar)
 Conforto---------Stress

Piso instalações
 Antiderrapante
 Facilitar movimentação
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Sala de Ordenha e Espera


 Permanência max 2 hs ( - 1hs)
 Tempo para ruminação
 Ambiente ansiedade ( defecação)

Comportamento alimentar
 Vacas velhas consomem + alimento / água
 Relação tempo alimentação/ produção/ alimento
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Relação entre concentrado e volumoso conforme


produção para vacas em lactação

Produção de Concentrado Volumoso


leite (kg/dia) % %
Até 14 30-35 65-70
14 a 23 40 60
24 a 35 45 55
36 a 45 50-55 45-50
Acima de 45 55-60 40-45
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Relação de concentrado fornecido a vacas em lactação


conforme produção/ época ano

Produção de Quantidade Concentrado (kg/vaca/dia)


leite (kg/vaca/dia) Época das “águas” Época seca
3a5 - 1
5a8 1 2
8 a 11 2 3
11 a 14 3 4
14 a 17 4 5
17 a 20 5 6
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Relação entre o forma física do concentrado e tempo de


ingestão .
Tempo acesso 1 kg / alimento

3 min farelado
2 min granulado
1 min mascerado

* Vaca 20 minutos sala ordenha ( 6 kg farelo ou 10 kg granulado)


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VACAS EM CONFINAMENTO- estratégias


consumo MS

 Disponibilidade do alimento: 20 hs/dia ( 70% dia)


 Sincronização ( mesmo horário)
 Manejo cocho ( remexer sempre- limpeza)
 Freqüência ( varias vezes) e seqüência
 Umidade ração ( 15 a 50%)
 Grupamento ( formação lotes)
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AGRUPAMENTO VACAS

 De acordo produção: fase lactação e produção


 Idade e qualidade úbere:
Novilhas- + 2,0 kg/cabeça/dia ( crescimento adicional)
Vacas 2 / 3 cria e velhas com boa produção
Vacas úbere médio: pouca produção
Vacas velhas: baixa produção
 Escore Corporal ( adequação dieta durante toda
fase produtiva)
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Pontos sistema produção confinamento


1. Manejo alimentos e alimentação
 Armazenamento de alimentos, capacidade
adequada, boa manutenção, acesso fácil
 Inventário adequado volumoso
 Eficiente distribuição alimentos para todos os
grupos
 Minimizar sobras ( 5%)
 Pesagem correta alimentos- controle
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Pontos sistema produção confinamento


2. Vacas e movimento das vacas

 Deve ser tranqüilo e calmo


 Acesso e alimentação livre
 Acesso sombra ( descanso e stress)
 Tempo para alimentação e água ( 6 hs/dia) –
qualidade
 Peso e escore corporal das vacas correto
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Pontos sistema produção confinamento


3. Comedouros e lotes

 Espaço adequado ( 70 cm / cabeça)


 Disponibilidade de água ( 20 vacas / bebedouro)
 Comedouros bem conservados, sem aparas ou
superfície que possa impedir o acesso
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Pontos sistema produção confinamento


4. Distribuição alimentos

 Tamanho partícula ( 5 cm)


 Homogeneidade na mistura
 Distribuição ( 2 X /dia)
 Mexer ração cocho freqüentemente
 Qualidade (sem mofo, temperatura baixa, boa palatabilidade)
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Pontos sistema produção confinamento


4. Distribuição alimentos

 Umidade 15 e 50%
 Minerais ( 60 a 120 g/vaca/dia)
 Concentrado: 2,5 a 3,5 kg leite / 1 kg concentrado
(3,0 kg refeição)
 Forragem: 1,8 a 2,5% PV
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Pontos sistema produção confinamento


5. Sobra alimentos
 Presença ou não sobra ( composição- seletivo)
6. Outros pontos
 Problema casco e pernas ( mobilidade)
 Ruminação igual no lote
 Patologias respiratórias
 Movimentação dos animais
 Forragens: condição física- tamanho, mofo,
putrefação
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2 – A Pasto: Trópicos (Brasil)
 - animal colhe o alimento
 - pouco uso de máquinas e equipamentos
 - pasto: - alimento mais barato que existe
 - homem e outros animais não o consomem
 - apresenta baixo custo
 - elevada competitividade
 - Nova Zelândia e Austrália: maiores exportadores
de leite do mundo
 3 – Semi-Confinamento
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Custo operacional, receita, margem bruta dos sistema de
produção leite de vacas holandesas em pasto coast-cross
e confinamento
Confinamento Pastagem # (%)

Leite (KG/vaca/dia) 20,6 16,6 19,4


U$ vaca/ 40 semanas

Receita 807,5 650,7 19,4

Custo 484,4 216,6 55,3

Margem bruta 323,0 434,6 -34,4


Adaptado de VILELA et al. (1996
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Problemas com a produção leite Pasto


Calor excessivo: problema para o gado
europeu
Valor Nutritivo das gramíneas é baixo;

Estacionalidade na produção dos pastos;

Parasitas: verminoses, carrapatos, mosca


do chifre;
 demanda grandes áreas (custo da terra);

 elevado gasto energético para pastejo;


Potencialidades da Produção de leite a Pasto no
Brasil
 Gramíneas: 2 vezes mais produtivas que as regiões
temperadas;
 Valor Nutritivo: é BOM, exceto quando mal manejadas;
 Temperatura (25-270C): grande produção de alimento para o
gado;
 Não há inverno rigoroso (exceto no Sul do País);
 Gado Zebu e Cruzados;
 Seca: a irrigação é viável em certas regiões;
 Grande disponibilidade de sub-produtos: suplementação;
 Povo: Trabalhador e criativo;
 Maior produtor e exportador de leite do mundo.????
Realidades X Potencialidades
 Principais Fatores Limitantes:
 - inadequação da taxa de lotação e pressão de pastejo;

 - falta de utilização da espécie forrageira adequada;

 - falta de calagem e adubação das pastagens (P, N, K);

 - inadequação do gado ao ambiente;

 - manejo inadequado dos animais: ordenha, nutricional,


sanitário; vacas secas e novilhas;
 - Baixo Preço Pago ao Produtor;

 - Falta de Crédito Rural;

 - Concorrência desleal: leite importado é subsidiado nos


países de origem.
 - Falta de Pesquisas (tecnologias): Centros de Pesquisa,
Universidades.
Manejo da Pastagem

 1- Taxa de Lotação: nº animais/ha


 2 - Pressão de Pastejo: nº animais/kg forragem
disponível
 3 – Capacidade de suporte: taxa de lotação na
pressão de pastejo ótima;
 Taxa de Lotação X Pressão de Pastejo?
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DISPONIBILIDADE DE
FORRAGEM
SUPER PASTEJO

SUB PASTEJO
Época Seca X Produção de Leite a Pasto
90
Taxa de acúmulo de matéria seca (kg MS/

80

70

60
ha/dia)

50

40

30

20

10

0
jan. fev. mar. abr. mai. jun. jul. ago. set. out. nov. dez.

Meses
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Estratégias para Contornar a Estacionalidade

 Uso de concentrados
 Capineira: capim-elefante e/ou cana-de-açúcar
 Fenos
 Silagens
 Vedação da Pastagem
Melhor Época Para Engordar a Vaca

PARTO
Bom desempenho reprodutivo:
mais vacas na fase de lucro
ou de maior produção

PARTO

FASE DE LUCRO
60% da produção

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3
Meses pós-parto

RUIM ÓTIMO BOM RUIM


Redução do Intervalo Entre Partos Para 12
Meses e o Aumento da Produção de Leite

Maior taxa de PARTO PARTO


parição reduz o LEITE
número de vacas
2.000 kg
secas no rebanho e
eleva o número de
vacas em lactação 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
MESES SECA
TROCA
Curto intervalo entre
partos: troca de
vacas secas por LACTAÇÃO
vacas em lactação PARTO PARTO
LEITE LEIT
E

2.000 kg

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
MESES
MANEJO ALIMENTAR VACAS LACTAÇÃO

PERGUNTAS ???

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