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FACULDADE DOM BOSCO

Recredenciada através da Portaria nº. 727 de 01/04/2019, publicada no D.O.U. de


02/04/2019.Cornélio Procópio/Paraná

NILQUELY ZAIRA LEITE ELIZIARIO

O PAPEL DO PSICÓLOGO EM CASOS QUE


ENVOLVAM NEGOCIAÇÃO DE REFÉNS

Cornélio Procópio - PR
2023
NILQUELY
ZAIRA LEITE ELIZIARIO

O PAPEL DO PSICÓLOGO EM CASOS QUE


ENVOLVAM NEGOCIAÇÃO DE REFÉNS

Artigo Científico apresentado ao Curso


de Graduação em Psicologia, da
Faculdade de Ensino Superior Dom
Bosco de Cornélio Procópio – PR,
como requisito para a obtenção do
título de Licenciada em Psicologia.

Orientador(a): Prof.(a) Esp. Eduarda


Piva Araujo

Cornélio Procópio - PR
2023
RESUMO: O conhecimento em psicologia pode ser fundamental para a
compreensão do comportamento humano em situações de crise, possibilitando
uma comunicação mais efetiva entre as partes e a tomada de decisão mais
acertada. A falta de difusão e de investimento na formação de psicólogos para
atuar em negociações de reféns pode comprometer o andamento de casos de
grande complexidade. O psicólogo tem um papel crucial na compreensão do
comportamento humano e em estabelecer contato com o sequestrador,
identificando suas demandas e tentando criar um diálogo que possa levar a
uma solução pacífica. É importante que haja um esforço por parte das
instituições governamentais e das próprias universidades para incentivar e
promover a formação de psicólogos especializados em negociação de reféns,
bem como fomentar a pesquisa na área. O papel do psicólogo em casos de
reféns é extremamente importante, uma vez que as vítimas podem apresentar
inúmeros problemas psicológicos decorrentes da situação de sequestro. É
possível destacar a importância da multidisciplinaridade na atuação em casos
de reféns, onde é fundamental que os profissionais das áreas de psicologia,
segurança pública e saúde trabalhem em conjunto para oferecer um
atendimento completo e integrado. Dessa forma, é possível garantir uma
intervenção mais efetiva e minimizar os danos decorrentes da situação de
sequestro

Palavras-chave: Psicologia. Psicólogo. Reféns. Segurança. Negociação.


Abstract: The knowledge in psychology can be fundamental for the
understanding of human behavior in crisis situations, allowing a more effective
communication between the parties and a better decision making. The lack of
dissemination and investment in the training of psychologists to act in hostage
negotiations may compromise the progress of cases of great complexity. The
psychologist has a crucial role in understanding human behavior and in
establishing contact with the kidnapper, identifying their demands and trying to
create a dialogue that may lead to a peaceful solution. It is important that there
is an effort on the part of governmental institutions and the universities
themselves to encourage and promote the training of psychologists specialized
in hostage negotiation, as well as to foster research in the area. The role of the
psychologist in hostage cases is extremely important, since the victims may
present numerous psychological problems arising from the kidnapping situation.
It is possible to highlight the importance of multidisciplinarity in acting in hostage
cases, where it is fundamental that professionals from the areas of psychology,
public safety and health work together to offer a complete and integrated
assistance. In this way, it is possible to ensure a more effective intervention and
minimize the damage resulting from the kidnapping situation

Keywords: Psychology. Psychologist. Hostages. Security. Negotiation.


1 Introdução

A atuação do psicólogo em negociação de reféns no Brasil ainda é


bastante limitada. Apesar de ser uma área que envolve aspectos cruciais da
psicologia, como a comunicação, a empatia e o gerenciamento de crises, ainda
são poucos os profissionais que direcionam seus estudos para essa área e
poucas as pesquisas que abordam a dinâmica psicológica dessas situações.
Isso pode ser um reflexo da falta de valorização da psicologia no âmbito
da segurança pública, o que muitas vezes, leva à subutilização do
conhecimento e das possibilidades de intervenção dos psicólogos. Além disso,
a área de negociação de reféns é muito exigente e possui consequências
graves em caso de falhas, o que pode intimidar alguns profissionais (SANT;
CIRILO, 2022).
No entanto, a atuação do psicólogo em negociação de reféns é
fundamental para a resolução pacífica desses casos e para a preservação da
vida humana. É importante destacar que o papel do psicólogo, nesse cenário,
não se resume apenas a dar suporte emocional aos reféns e negociadores,
mas também a analisar as dinâmicas do grupo de reféns, identificar possíveis
transtornos mentais ou comportamentais dos sequestradores e auxiliar na
construção de estratégias de comunicação eficazes (BERTOLDO, 2019)
Diante dessa perspectiva, é necessário que sejam realizados mais
estudos e pesquisas sobre a atuação do psicólogo em negociações de reféns,
a fim de subsidiar a formação e capacitação de profissionais nessa área. É por
isso que o presente trabalho se põe na missão de descortinar características
relevantes desse assunto, de forma a enriquecer o discernimento sobre tal
sapiência.
A pesquisa bibliográfica sobre o papel do psicólogo em casos que
envolvam situações com reféns pode ser realizada com base em estudos e
artigos que abordam a atuação do profissional em situações de crise e
emergência, como é o caso de sequestros.
2 Desenvolvimento

2.1 Conceitos Iniciais

O conhecimento em psicologia pode ser fundamental para a


compreensão do comportamento humano em situações de crise, possibilitando
uma comunicação mais efetiva entre as partes e a tomada de decisão mais
acertada.
É fundamental que as instituições policiais e de segurança reconheçam
a importância do psicólogo como um membro essencial da equipe de
negociação em situações de crise, onde a negociação pode ser a única forma
de resolver o conflito sem violência (SANT; CIRILO, 2022).
A falta de difusão e de investimento na formação de psicólogos para
atuar em negociações de reféns pode comprometer o andamento de casos de
grande complexidade. O psicólogo tem um papel crucial na compreensão do
comportamento humano e em estabelecer contato com o sequestrador,
identificando suas demandas e tentando criar um diálogo que possa levar a
uma solução pacífica (MARTINS, 2022).
É necessário que as instituições criem programas de treinamento para
capacitar os psicólogos no desenvolvimento de estratégias eficientes de
intervenção em situações de risco. Além disso, a falta de investimento e
reconhecimento da importância do trabalho do psicólogo em negociação de
reféns pode levar a uma subutilização desse profissional em casos críticos.
Mesmo assim, é imprescindível que se discuta a atuação do psicólogo
nessa área, visto que a sua inserção pode trazer benefícios não só para os
reféns e familiares, mas também para os negociadores e policiais envolvidos
na situação.
2.1.1 Agentes Intrinsecamente Responsáveis

É necessário que os psicólogos estejam preparados para lidar com as


particularidades do atendimento a casos que envolvam reféns, que requer
habilidades específicas, além das técnicas clínicas convencionais.
Nesse sentido, a formação continuada e o treinamento específico são
fundamentais para que os psicólogos possam oferecer um atendimento
completo e efetivo. Além disso, é importante cuidar da saúde mental dos
próprios profissionais, oferecendo suporte emocional e acompanhamento
psicológico.
A atuação conjunta de profissionais de diversas áreas pode contribuir
para um atendimento mais eficiente e diminuição dos danos decorrentes da
situação de crise (BATISTA, 2014).
Todos esses princípios, até aqui deliberados, somente podem ser
almejados, de fato, se contarem com uma série de fatores externos, que
englobam desde elementos técnicos e práticos até políticas de incentivo,
desenvolvimento estrutural e de infraestrutura etc.
É importante que haja um esforço por parte das instituições
governamentais e das próprias universidades para incentivar e promover a
formação de psicólogos especializados em negociação de reféns, bem como
fomentar a pesquisa na área.
A atuação do psicólogo nesse contexto pode ser fundamental para lidar
com situações de risco iminente, pois, esse profissional pode ajudar a
estabelecer uma comunicação efetiva e reduzir os níveis de tensão entre as
partes envolvidas na negociação.
Além da importância prática, a pesquisa psicológica pode fornecer
subsídios teóricos para a prática e ajudar a compreender melhor as dinâmicas
envolvidas em situações de crise e negociação (OLIVEIRA, 2021).
Em resumo, levanta-se como agentes intrinsecamente responsáveis o
próprio Estado, as instituições de ensino (públicas e privadas) e a própria
sociedade (RAMOS; NOVO, 2003). E pode-se dizer que a atuação eficiente e
coerente do psicólogo em situações de crise depende, indubitavelmente,
desses agentes.
2.2 Funções do Psicólogo

O papel do psicólogo em casos de reféns é extremamente importante,


uma vez que as vítimas podem apresentar inúmeros problemas psicológicos
decorrentes da situação de sequestro. Debruçando-se sobre as palavras de
Paranhos e Werlang (2015, p. 10), aprende-se que:

Inicialmente, é importante destacar que a atuação do psicólogo em


casos de reféns requer habilidades específicas, tais como capacidade
de comunicação, empatia, reflexão crítica e pensamento estratégico.
Além disso, é fundamental que o profissional esteja preparado para
lidar com situações de alta complexidade, onde o tempo para tomada
de decisão pode ser limitado e as consequências podem ser graves.

Dessa forma, uma das principais funções do psicólogo em casos de


reféns é avaliar o estado emocional dos pacientes (questiono novamente se foi
essa nomenclatura utilizada) e traçar estratégias de intervenção para minimizar
os danos mentais e físicos. Para tanto, é importante que o profissional saiba
identificar os principais sintomas e sequelas decorrentes da situação de
sequestro, tais como estresse pós-traumático, ansiedade, depressão, entre
outros (CHIBANTE, 2013).
Outra função importante do psicólogo em casos de reféns é orientar os
familiares das vítimas e fornecer suporte emocional durante todo o processo.
Em muitos casos, os familiares podem sentir-se impotentes diante da situação
e sofrer com altos níveis de estresse e angústia.
Assim, o profissional deve estar preparado para prestar um atendimento
humanizado, acolhedor e com empatia, de forma a minimizar os impactos
psicológicos decorrentes da situação (CHIBANTE, 2013).
Além disso, o psicólogo deve auxiliar na definição de estratégias de
negociação entre os sequestradores e a equipe de resgate, visando a redução
do risco para os reféns e para a equipe de intervenção. Nesse sentido, é
fundamental que o profissional tenha habilidades de mediação e negociação,
bem como conhecimento sobre as técnicas de persuasão e comunicação.
(PARANHOS; WERLANG, 2015).
Outra competência importante do psicólogo em casos de reféns é a
realização do acompanhamento psicológico das vítimas após sua liberação.
Muitas vezes, os reféns podem apresentar sequelas psicológicas decorrentes
da experiência, tais como flashbacks, medo constante, entre outros. Assim, é
fundamental que o profissional esteja preparado para realizar um atendimento
adequado, com técnicas específicas para lidar com essas situações. (RAMOS;
NOVO, 2003).
Paranhos e Werlang (2015, p. 13) explanam que:

Nessa linha, é importante destacar que a atuação do psicólogo em


casos de reféns requer conhecimento e habilidades específicas, que
vão além dos aspectos clínicos e terapêuticos. É necessário que o
profissional esteja familiarizado com as técnicas de resgate, o
planejamento estratégico e a gestão de crise, de forma a contribuir de
forma efetiva na resolução do problema.

Nesse sentido, é possível destacar a importância da multidisciplinaridade


na atuação em casos de reféns, onde é fundamental que os profissionais das
áreas de psicologia, segurança pública e saúde trabalhem em conjunto para
oferecer um atendimento completo e integrado.
Dessa forma, é possível garantir uma intervenção mais efetiva e
minimizar os danos decorrentes da situação de sequestro (BATISTA, 2014).
Agora, o trabalho delimitará as diferentes e específicas atuações do psicólogo
em situações de crise.

2.2.1 Consultor

A função mais comumente desempenhada por psicólogos nas forças


policiais é o de consultor, com funções específicas nos períodos pré, pós e
durante um incidente. “No pré-incidente, os psicólogos assumem papéis no
recrutamento de operacionais, formação e desenvolvimento de técnicas
diretamente interligados com atividades das forças de segurança” (CHIBANTE,
2013, p. 17).
Chibante (2013, p. 18) explica que:

No decorrer de um incidente, o psicólogo, como consultor, pode


executar um demasiado número de tarefas, mas é na criação de um
perfil psicológico do tomador que são mais vezes requisitados. Por
meio da avaliação das motivações do tomador, do seu estado
emocional e das suas vulnerabilidades, o psicólogo pode sugerir à
equipe de negociação estratégias argumentativas para neutralizar a
situação.

Na pós-crise, o psicólogo pode aconselhar os reféns a buscar ajuda


psicológico e referenciar entidades de saúde mental mais adequadas para o
efeito. Conforme Grubb (2010), há ainda um baixo número de forças policiais
que recorrem aos psicólogos após a crise.

2.2.2 Membro da Equipe de Negociação

Este papel tem como pressuposto que a equipe de negociação funcione


em um regime de rotatividade, em que, dependendo da situação específica e
das experiências de cada operacional, do perfil do tomador e das
circunstâncias do incidente, cada membro desempenha qualquer das funções
precisas ao desenvolvimento da equipe.
Ao ser membro da equipe de negociação, o indivíduo poderá atuar como
negociador primário, o único que estabelece contacto com o tomador de reféns;
o negociador secundário, que auxilia o negociador primário, oferecendo
sugestões e estabelecendo a ligação entre o último e o resto da equipe; o
responsável pela recolha de informação, que faz entrevistas com fontes
colaterais etc.

2.2.3 Negociador Primário

De acordo com pesquisas de Bicca e De Oliveira (2013), somente 7%


das equipes de negociação têm um psicólogo como negociador primário. O
negociador primário é o único indivíduo da equipe que interage diretamente
com o tomador de reféns.
Há uma enorme reserva em relação ao uso de psicólogos como
negociadores primários na negociação de reféns, muitos dos quais
perfeitamente justificados.
Chibante (2013, p. 21) diz que:

O psicólogo como negociador de reféns teria, obviamente, de se


reciclar, através de formação específica para o efeito, pois a sua
formação académica base não contempla suficientemente todos os
pormenores específicos da tomada de reféns, nem os seus protocolos
e procedimentos inerentes. [...] A opinião geral é de que a própria
formação académica, que faz do psicólogo uma valiosa ferramenta
como consultor, o condena a ser um mau negociador: a maioria dos
sequestradores consideram ofensiva qualquer implicação de que as
suas ações são motivadas por psicopatologia, enquanto outros já
tiveram experiências negativas com técnicos de saúde mental [...]
Algumas das técnicas de negociação exigem a utilização de
estratégias de manipulação ou de mentira que vão contra as
constituições éticas fundamentais da Psicologia; a relação de
confiança e empatia necessária para uma negociação eficaz e o
investimento profissional do psicólogo na resolução da situação
através da palavra, podem levar a que este evite, ou até não
colabore, no planeamento e aplicação de medidas de resolução
táticas, caso estas sejam necessárias; e a ideia de que o psicólogo
estará habituado a trabalhar em ambientes sem pressão (consultório,
investigação), sem estar preparado para o fazer em situações “de
rua”, onde a pressão seria mais intensa e onde se teriam de
confrontar diretamente com cenários de violência.

2.2.4 Controlador Primário

O controlador primário é o mordomo direto pelas decisões tomadas no


decorrer de uma crise de reféns. Normalmente, este cargo é assumido pela
autoridade máxima da jurisdição da força policial que responde ao incidente
(DOLNIK, 2003).
Esta é a função em que os psicólogos são menos usados, pelo simples
fato de que depende do cargo hierárquico, obtido por meio de uma carreira
continuada na área ou cargo político, e não da formação base.

3 Resultados e Discussões

Por meio da pesquisa bibliográfica, é possível obter informações


valiosas sobre o papel do psicólogo em casos de reféns, permitindo uma
melhor compreensão das funções e competências necessárias para atuação
neste contexto.
Para isso, a literatura tem destacado a importância da formação do
psicólogo para atuar em crises, considerando-se que essas situações são
altamente estressantes e desafiadoras. É necessário que o profissional esteja
preparado para lidar com esses desafios e tenha habilidades para gerenciar
emoções, tomar decisões rápidas e trabalhar com recursos limitados.
Além disso, o psicólogo deve seguir protocolos de intervenção bem
definidos para garantir a eficácia de sua atuação. Para que tudo isso ocorra, é
indispensável haver uma congruência laboral que apoie a atuação desse
profissional. Esse apoio vem como um tipo de suporte, que é oferecido por
instituições de ensino, Governo e sociedade.
Esses agentes irão sustentar, lecionar e colaborar para o bom
desempenho do psicólogo em situações de crise, que envolvam reféns. O
psicólogo, por sua vez, poderá atuar de diversas maneiras, a lembrar: o
controlador primário, o negociador primário, membro da equipe de negociação
e consultor.
Este trabalho traz em seus resultados e discussões, algumas premissas
que resumem e delineiam os quesitos deliberados em relação a atuação do
psicólogo em casos de crises com reféns:
- Avaliar o estado emocional dos reféns e identificar possíveis problemas
psicológicos decorrentes da situação de sequestro;
- Orientar os familiares dos reféns e fornecer suporte emocional;
- Auxiliar no planejamento da negociação e na definição de estratégias para
minimizar os danos mentais e físicos dos reféns;
- Atuar como mediador entre os sequestradores e a equipe de resgate, visando
a redução do risco para os reféns e para a equipe de intervenção;
- Realizar o acompanhamento psicológico dos reféns após sua liberação, de
forma a minimizar as possíveis sequelas psicológicas decorrentes da
experiência.
4 Conclusão

Em conclusão, a atuação do psicólogo em casos de reféns é


extremamente importante, uma vez que estes pacientes podem apresentar
inúmeros problemas psicológicos decorrentes da situação de sequestro. Para
tanto, é fundamental que o profissional esteja preparado para lidar com
situações de alta complexidade, onde o tempo para tomada de decisão pode
ser limitado e as consequências podem ser graves.
Após a revisão bibliográfica sobre o papel do psicólogo em casos de
reféns, algumas discussões podem ser levantadas. Uma delas é a importância
da multidisciplinaridade na atuação em situações de crise. Como mencionado,
é fundamental que profissionais de diversas áreas trabalhem em conjunto para
oferecer um atendimento completo aos pacientes e minimizar os danos
decorrentes da situação de sequestro. Nesse sentido, é importante que os
profissionais estejam preparados para trabalhar em equipe e estabelecer uma
comunicação clara e efetiva.
Outro ponto a ser discutido é a necessidade de uma formação específica
para os psicólogos que desejam atuar em casos de reféns. Como destacado,
essa atuação requer habilidades específicas, que vão além dos aspectos
clínicos e terapêuticos. Assim, é importante que os profissionais tenham
acesso a cursos de especialização e treinamentos para se capacitar melhor
para essas situações de alta complexidade.
Além disso, a discussão também pode ser feita em relação à importância
da preparação emocional dos profissionais que atuam em situações de crise. O
trabalho nessas condições pode ser extremamente desgastante
emocionalmente, exigindo dos profissionais uma grande capacidade de
resiliência e controle emocional. Nesse sentido, é importante que esses
profissionais tenham acesso a um acompanhamento psicológico para cuidar da
própria saúde mental e não comprometer o atendimento aos pacientes.
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