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DOCUMENTOS ESSENCIAIS
Para a materialização de qualquer projecto é importante que o investidor tenha a sua disposição
todas as ferramentas essenciais que o ajudarão a tomarem a melhor decisão possível sobre a
aplicação de recursos escassos e limitados.
1. Mapa de Investimentos;
2. Mapa de Exploração;
3. Mapa de Origens e Aplicação de Fundos (MOAF1);
4. Balanço Previsional.
Mapa de Investimentos
É um documento onde são especificados de forma detalhada toda informação sobre o projecto do
ponto de vista das aquisições ou compras de imobilizados ou mobilizados que se esperam fazer
ao longo da vida útil do projecto.
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Veremos este Mapa no módulo de Gestão Financeira
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Mapa de Investimentos
Ano_____ Ano______
Mercado Impor Total Mercado Impor Total
Nacional tação Nacional tação
Imobilização
Estudos e projectos iniciais;
Terrenos e respectivos arranjos de infra-
estruturas de água, energia, entre outros;
Edifícios e Construções;
Máquinas e equipamentos e respectivos
encargos de compra e montagem
Veículos e material de transporte e
respectivos encargos de aquisição;
Móveis e utensílios e equipamento de
escritórios
Outras despesas até ao arranque;
Juros até ao arranque
Capital Circulante
Stock a constituir
Créditos normais sobre clientes menos
débitos a fornecedores
TOTAL
Mapa de Exploração
Também designado por conta de exploração, é um documento previsional muito importante para
a tomada de decisão de investir. Nele estão previstas todas as receitas (ganhos) e as despesas
(custos) que o projecto espera ao longo da sua vida útil e também permite a quantificação de
resultados previsionais do projecto
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Mapa de Exploração
ANO
RUBRICAS ANO 0 ANO 1 ANO N
Proveitos totais
Receitas de vendas (pronto pagamento e a crédito)
Receitas de prestação de serviços
Descontos e devoluções
Valoração de trabalhos prestados pela própria empresa
Outros proveitos
Custos Operacionais totais
Custos das matérias consumidas e vendidas
Remunerações e encargos sociais
Subcontratos
Fornecimento e serviços de terceiros (electricidade,
combustíveis)
Amortização e reintegração
Impostos directos e indirectos
Outros custos
RAJIAR2 = 1-2
AR3
RAJI4 = 3-4
Juros Financiamento
RAI5 = 5-6
Imposto sobre os Rendimentos
Lucro liquido = 7-8
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Balanço Previsional
É o documento que resume todos os anteriores por forma a apurar os saldos finais de todas as
contas (Activos e Passivos) e Situação Liquida (Situação Patrimonial)
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CASH-FLOWS DE UM PROJECTO
Consideram-se cash-flows operacionais aqueles que resultam das entradas e saídas, isto é,
relacionado de forma directa com o processo da produção (venda dos produtos e serviços da
empresa). Esses fluxos, excluem as vendas a crédito e os custos ainda por pagar.
Os cash-in-flows são por meio de vendas à vista; recebimento, desconto recebidos ou realizadas
pela empresa.
Os cash flows extra-operacionais são aqueles que surgem através de ingressos e saídas de itens
não relacionados com a actividade principal do projecto.
-Entradas como tais como: juros recebidos, dividendos recebidos, indemnizações de seguros,
descontos, entre outras.
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Transacções que diminuem o cash-flow
-Compra do activo;
-Depreciação, amortização e exaustão6 por se tratar de reduções de activo que não afectam o
caixa;
-Provisão para devedores duvidosos. Projecção de prováveis prejuízos com clientes desde que
isto não representa o desembolso ou encaixe;
DECISÕES DE INVESTIMENTO
No presente texto de apoio serão abordados apenas os indicadores do segundo grupo a saber:
Payback time, Valor Presente Líquido (VAL) e Índice de Lucratividade (IL).
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É o registo do desgaste resultante do consumo de recursos naturais extractivos (recursos minerais, faunísticos,
florestais, pesqueiros, entre outros).
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1.1. Payback time
Projecto “Xibalakatsa”
Ano CF CFA
0 (1,000.00) (1,000.00)
1 700.00 (300.00)
2 900.00 600.00
3 1,400.00 2,000.00
4 1,500.00 3,500.00
O Payback time é um indicador fácil de calcular. Bastando para tal que se faça uma acumulação
sucessiva dos cash-flows esperados durante todos anos da vida útil do projecto. O objectivo desta
acumulação é obter o tempo (ano) em que ocorre a mudança de sinal negativo (cash out flow)
para positivo (cash in flow). Na tabela acima, na colina CFA estão representados os cash flows
acumulados e é possível observar que a mudança de sinal ocorre entre o 1º e 2º anos e recorrendo
a cálculos pode-se concluir que o Payback time deste projecto é de 1 ano e 4 meses.
Este indicador é o preferido não só pela facilidade de cálculo como ainda capacidade de indicar o
tempo médio que recuperação de investimento, elemento importante para casos de empresas que
queiram investir em países com níveis elevados de instabilidade política, social, assim como
económica. É esta capacidade que faz com que se considere como indicador de liquidez e risco.
Em dois ou mais projectos considera-se com maior liquidez àquele cujo período de retorno de
capital investido é menor.
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Todavia, o payback não está isento de críticas. É muito criticado pelo facto de não ter em conta
os cash-flows gerados pelo projecto após o período de recuperação do capital inicial, não ter em
conta, ainda o valor do dinheiro no tempo, ignorar de custos necessários para a manutenção de
investimentos e por último, considera-se como um indicador que apenas olha para a liquidez do
projecto de forma isolada e não da empresa com um todo.
Este indicador surge para corrigir a últimas críticas do indicador anterior. Incorpora no seu
cálculo o factor de desconto, assumindo que valor do dinheiro varia de acordo com tempo.
Projecto “Xibalakatsa”
A coluna CFD (Cash Flows Descontados) representa os cash flows descontados e o factor de
desconto é (1 10%)n onde n é o ano. Ainda de acordo com a tabela é possível verificar-se que na
coluna CFA (Cash Flows Acumulados) estão representadas as somas sucessivas dos CFD’s e o
payback time é de 1 ano e 6 meses.
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1.2. Valor Actual Liquido7
O Valor Actual Liquido (VAL) é método de avaliação das propostas de investimento de capital
em que se encontra o valor presente dos fluxos de caixas futuros líquidos, descontados ao custo
de capital da empresa ou à taxa de retorno exigida”.
Segundo da definição acima, conclui-se que VAL não foge muito a lógica de Payback
Descontado. É calculado recorrendo à fórmula:
N
VAL 1CF c
t 0
t
t (1)
Onde: t é o tempo, c representa o custo de capital ou a taxa de retorno exigida pelo accionistas e
CFt é o Cash- Flows no período t.
Embora este seja o indicador mais fiável de todos é desaconselhado o seu uso para comparar 2
ou mais projectos com horizontes temporais (período de vida útil) ou com volumes de
investimentos diferentes.
De acordo com este indicador serão aceites todos os projectos cujo VAL > O, pois, permitem
que os seus proponentes recuperem integralmente o seu capital, aumentem a riqueza dos seus
accionistas e cubram os riscos económicos e financeiros relacionados com o projecto.
O projecto será rejeitado se VAL < O pois os seus resultados são opostos aos indicados no ponto
anterior.
Para casos em que VAL = O, o projecto pode ser interessante em determinados casos, pois
permite que os accionistas obtenham uma remuneração desejada dos seus capitais próprios e
cubram os riscos, todavia recomenda-se uma avaliação exaustiva.
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Na literature inglesa denomina-se Net Present Value (NPV)
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Uma empresa pretender implementar um projecto de investimento que inclui a aquisição de um
equipamento no valor de $400.000. O investimento tem um período de vida de cinco anos e gera
os cash-flows descritos na tabela I.
Tabela 1: (Unidade:10^3 $)
Ano 0 1 2 3 4 5
Para uma taxa de actualização de 15%, temos o seguinte valor actual líquido dos cash-flows:
𝑉𝐴𝐿 = 161.71
Este indicador como sendo o ganho marginal gerado por cada unidade monetária investida no
projecto. O índice de rentabilidade, apresenta aos investidores a rentabilidade efectiva por
VAL
unidade de capital investida, e calcula-se através da seguinte fórmula:
IL
Invest
(3)
Chama-se atenção para a fórmula (3) que em casos de projectos cujo investimento ocorre em
mais de um ano, é preciso actualizar o valor referente a este usando o custo e capital.
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5.1. Critérios de decisão
Se IRP>1 tendo em conta que o VAL>O, o projecto pode ser aceite porque uma unidade
monetária adicional investida gera mais do que uma unidade monetária de retorno;
Se IRP<1, o projecto não deve ser aceite por razões opostas aos ponto anterior;
O IRP é considerado melhor indicador quando estamos perante dois ou mais projectos
independentes e é desaconselhável se os projectos forem mutuamente exclusivos
REFERÊNCIAS BIBIOGRÁFICA
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