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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE- UERN

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO- DE
FACULDADE DE EDUCAÇÃO- FE
CURSO DE PEDAGOGIA

BEATRIZ DA SILVEIRA VIEIRA


MONALU ALBUQUERQUE DIAS

ESTÁGIO SUPERVISIONADO III: COLETA DE DADOS SOBRE O ENSINO


REMOTO

MOSSORÓ
2021
1 INTRODUÇÃO

Com o Covid-19, circulando ao redor do mundo impossibilitando o contado


direto entre as pessoas, houve mudanças entre os meios de socialização e comunicação
entre a sociedade, nos ambientes de trabalho, nas escolares e nas universidades não foi
diferente, quando percebeu que a situação não ia voltar ao normal tão rapidamente
quando imaginávamos, recorremos ao uso das salas virtuais, vídeo chamadas, para a
realização de encontros o chamado ensino remoto emergencial. No curso de pedagogia
da Universidade do Estado dos Rio Grande do Norte (UERN), os alunos precisam
cursar obrigatoriamente três estágios supervisionados presenciais, em diferentes
períodos do curso, cada um com sua finalidade específica. Entretanto, com a situação
provocada pelo covid-19 esta disciplina foi suspensa, enquanto a pandemia continua,
pela impossibilidade de atuação nas escolas e em outros ambientes de modo presencial.
Mas para o 8º período poder finalizar o curso, o Departamento de Educação realizou
uma reunião com os professores, e representantes estudantis para chegarem a um
método para a realização do Estágio supervisionado III.
A finalidade deste relatório é informar e registrar os dados e informações
coletados durante a realização do estágio 3 que de forma remota, teve como foco central
investigar como as instituições estão trabalhando e se adaptando a forma remota de
ensino. Com as mudanças no ambiente acadêmico, o estágio III passou por uma
mudança, os alunos foras divididos em duplas e cada dupla ficou encarregado de duas
instituições, já pré-selecionadas pelo departamento. Assim logo foi liberado os
documentos necessários para a realização, um TCE para cada estudante e um ofício que
deveria ser encaminhado para as instituições escolhidas pela dupla, deste modo começar
a entrar em contato com o(a) pedagogo(a) responsável, marcando uma entrevista para a
coleta dos dados necessários, cabia a dupla decidir por quais meios iriam realizar está
coleta. O período de com as aulas explicativas e preparatórias, divisão das duplas,
escolha das instituições, elaboração do questionário para a entrevista, coleta dos dados e
escrita deste relatório se deu a partir do mês de fevereiro a junho de 2021.
Neste relatório vamos apresentar os dados coletados por meio da plataforma
Google Meet em um questionário feito as pedagogas das seguintes instituições:
Diretoria de Educação a Distância – DEaD e o Laboratório de Alfabetização Motora-
LAM, ambos localizados na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)
na cidade de Mossoró/ RN, estando o LAM localizado no bloco da Faculdade de
Educação Física – FAEF. A primeira instituição sendo um espaço que fornece cursos de
formação a distância, pelo modo virtual para as pessoas que optam por este recurso para
obter um diploma, além de oferecerem cursos de especialização para professores por
proporcionar um sistema mais maleável para ajustes de tempo disponível, realização de
palestras de formativas, entre outros. A segunda instituição trabalha na formação inicial
de práticas que estimulam o desenvolvimento das habilidades motoras das crianças,
oferecendo este serviço gratuitamente para toda a comunidade.
Para uma melhor compreensão organizamos o trabalho em 4 pontos principais,
sendo o primeiro ponto esta introdução, o segundo dividido em subtópicos, por abordar
as etapas das atividades realizadas no estágio supervisionado, constituído também
exposição dos dados coletados, ar respeito das instituições, atuação pedagógica, e
atuação no modo remoto, suas dificuldades e o que melhorou com essa atuação, além
das contribuições que um estagiário traz para estes ambientes. O terceiro a avaliação e o
quarto, nossas considerações finais.

2 ATIVIDADES REALIZADAS

Neste tópico serão expostas as atividades desenvolvidas durante o período de


realização do estágio supervisionado 3 no Laboratório de Alfabetização Motora
Professor Ruy Jornada Krebs (LAM) e na Diretoria de Educação à Distância (DEaD),
que atuam dentro da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN).

2.1 CONSTRUÇÃO DO ROTEIRO DE ENTREVISTA

Para melhor desenvolvimento das entrevistas com as duas pedagogas


responsáveis por cada um desses espaços, foi elaborado um roteiro contendo perguntas
norteadoras. Tais perguntas foram elaboradas visando saber sobre o perfil do sujeito
entrevistado, sobre seu espaço de trabalho – desde a parte histórica ao funcionamento –
e o panorama da experiência das profissionais e das instituições com a pandemia de
coronavírus (Covid 19), em que o modelo de ensino precisou ser reformulado. As
questões foram pensadas de forma a dar possibilidade de fala aos sujeitos, ou seja,
questões abertas.

2.2 PRIMEIROS CONTATOS

Cientes do campo de pesquisa de cada dupla, o Departamento de Educação


(DE) disponibilizou para os estudantes/estagiários o ofício de encaminhamento das
alunas da disciplina de Estágio Supervisionado III para as instituições de realização das
pesquisas e os contatos dos determinados pedagogos responsáveis por cada instituição.
As duplas ficaram incumbidas de encaminhar os ofícios entrar em contato para marcar o
melhor momento da entrevista. Vale salientar que antes do primeiro contato, houve uma
pesquisa preliminar superficial a respeito dos locais designados.
Além do envio do e-mail, o contato com as pedagogas foi feito por outras redes
sociais para facilitar a comodidade na comunicação, visto que já eram conhecidas pelas
estagiárias. Devido à alta demanda de trabalho daquelas que seriam entrevistadas, houve
certa dificuldade para conseguir marcar um horário com a pedagoga responsável do
LAM, assim a entrevistas precisou ser dividida em duas partes, por telefone, entre os
dias 16 de maio e 1 de junho. A entrevista com a diretoria do DEaD se deu dia 24 de
maio através da plataforma de encontro virtual Google meet. Apesar das dificuldades,
houve entusiasmo e muito empenho em colaborar com a pesquisa do estágio.

2.3 INFORMAÇÕES OBTIDAS

Dividiremos as informações obtidas de acordo com cada instituição, portanto,


apresentaremos os subtópicos com o respectivo nome dos espaços aos quais nos
detemos.

2.3.1 LABORATÓRIO DE ALFABETIZAÇÃO MOTORA (LAM)

O Laboratório de Alfabetização Motora Professor Ruy Jornada Krebs foi


fundado em outubro de 2012. O grande idealizador desse Laboratório foi o Prof. Dr.
Humberto Jefferson de Medeiros, com experiência de 17 anos de docência no Curso de
Licenciatura em Educação Física.
A entrevistada possui formação em Educação Física, é especialista em
Psicomotricidade e mestra em Saúde e Sociedade. Atualmente é também graduanda em
Pedagogia Pela UERN – Campus Central. De 2017 a 2019 atuava como coordenadora,
devido a sua pesquisa do mestrado ter sido dentro do espaço, posteriormente continuou
como monitora enquanto graduanda de pedagogia, até o presente momento.
Ela nos conta que tudo começou quando o professor Humberto fazia as
supervisões de estágio nas escolas e percebeu que os professores eram inseguros para
proporcionar oportunidades motoras para as crianças e as causas para isso eram
diversas, como despreparo e a falta de experiência na formação inicial. Partindo dessa
observação, surgiu o desejo de criar um espaço para que os (as) estudantes da
universidade pudessem vivenciar na ainda na graduação, práticas que estimulassem o
desenvolvimento integral (físico-motor, cognitivo, afetivo-emocional e social) da
criança. A proposta inicial era atender as crianças filhas (os) da comunidade interna da
Universidade, mas esse objetivo se ampliou com o passar do tempo.
São oferecidas nesse espaço, atividades lúdicas para o público alvo, que são
crianças de 03 a 10 anos, com ou sem necessidades educacionais especiais, com o
objetivo de proporcionar vivências para o amadurecimento nos padrões motores, com
ênfase nas habilidades motoras fundamentais. O serviço é oferecido para a comunidade,
de forma gratuita e acompanhada por uma equipe multidisciplinar.
A respeito do funcionamento da instituição durante a pandemia, a pedagoga do
LAM nos explicou que após a paralização no início da pandemia, não foi possível um
retorno das atividades. Segundo ela, o público maior de crianças no laboratório era da
classe econômica baixa, então, ficava inviável continuar com as atividades de forma
remota, visto que era necessário que as famílias tivessem acesso à internet, aparelho
eletrônico e um responsável que pudesse fazer as atividades propostas com a criança.
Quando questionada se considera existir algum prejuízo ao não funcionamento
desta instituição, a monitora que já foi coordenadora do LAM, apontou como principal
prejuízo, o fato de que muitas crianças com necessidades educacionais especiais não
tinham condições financeira de ir para os acompanhamentos com os diversos
profissionais que elas necessitavam, como fisioterapeuta, fonoaudiólogo etc. O LAM
proporcionava para essas crianças diversos benefícios para além das terapias
convencionais, atendendo essas necessidades, e gratuitamente.
As atividades eram divididas em três momentos: 1- Aquecimento
(acolhimento) - atividades dinâmicas simples de mover-se como: galope, salto com os
dois pés juntos, deslocamento lateral e etc. 2- Parte principal - estações de tarefas para
cada habilidade motora. 3- Volta a calma - avaliação conjunta da aula. As atividades
tinham como base as Habilidades Motoras Fundamentais, que são: Habilidades
locomotoras: São aquelas que propiciam ao indivíduo a capacidade de movimentar seu
corpo e deslocar-se no espaço tornando-o apto ao engajamento em diversas atividades
ao longo da vida; Habilidades manipulativas: Caracterizam como um conjunto de ações
que envolvem a manipulação ou o controle de objetos; Habilidades estabilizadoras: São
aqueles movimentos que tenha como objetivo obter e manter o equilíbrio em relação à
força da gravidade. Vale ressaltar que o espaço tem como pilar o desenvolvimento
motor das crianças, no entanto, em todo momento não tem como desvincular o
desenvolvimento cognitivo, afetivo e social das crianças. Visto que, as atividades eram
desenvolvidas em grupo, misturadas crianças com e sem necessidades educacionais
especiais, o LAM proporcionava uma verdadeira inclusão de todos. Para isso, as
atividades eram planejadas pensando nas especificidades de cada criança.
A atuação como pedagoga no laboratório ocorre em conjunto com outros
monitores. Há vários momentos de formação: reuniões para planejamento, realizadas
antes de iniciar as atividades; treinamentos práticos no LAM, além de capacitações por
meio de palestras sobre o desenvolvimento infantil; leituras e elaborações de materiais
pedagógicos; produção de estudos e relatos de experiências que oportunizam a
participação em eventos científicos. É importante destacar que foram ministrados para
os monitores alguns conteúdos primordiais para realizar as atividades dentro do
laboratório, estes conteúdos foram: Desenvolvimento, crescimento e desenvolvimento
motor; Fatores que influenciam o processo de desenvolvimento motor; Maturação e
ambiente; Teorias de desenvolvimento; Modelos teóricos; Habilidades motoras;
Abordagens pedagógicas, Estágios Supervisionado Curricular, entre outros.
Já participaram como estagiários os discentes dos cursos de Pedagogia,
Educação Física, Comunicação Social, Serviço Social e Psicologia (de outras
instituições). Cada área traz suas contribuições, como os de pedagogia, que promoveram
uma oficina de materiais pedagógicos, e os de psicologia realizaram rodas de conversas
com os pais das crianças enquanto elas estavam nas atividades, e também elaborou uma
ficha com as informações das crianças, no qual trazia itens importantes para facilitar o
planejamento para cada aluno.

2.3.2 DIRETORIA DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA (DEAD)

A Diretoria de Educação a Distância (DEaD) da Universidade do Estado do


Rio Grande do Norte (UERN) é regulamentado pela Portaria Nº 1896/2001-GR/UERN.
Inicialmente chamada NEaD, foi instituída com o objetivo de atender as políticas
nacionais para oferta de cursos à distância, por iniciativa da Pro – Reitoria de Extensão -
PROEX e ficou vinculado a Faculdade de Educação – FE. Hoje tem como objetivo
básico assessorar os Departamentos Acadêmicos e as Pró-Reitorias de Ensino, Extensão
e Pesquisa e Pós-Graduação na elaboração, desenvolvimento e execução de cursos
ofertados na modalidade de ensino a distância. A EaD é um processo de ensino que
utiliza, de forma sistemática e organizada, diversas tecnologias e suportes de
informação, cuja lógica de funcionamento privilegia a autoaprendizagem e estimula a
elaboração de estratégias e organização do tempo do aluno para estudo.

Graduada em Pedagogia/UNIFOR (2004). Especialista em Informática


Educativa/UFC (2005). Mestre em Educação/UFC (2008). Doutora em Educação/UFC
(2014). A pedagoga entrevistada é Professora Adjunta IV da Universidade Estado do
Rio Grande do Norte (UERN) e colaboradora no Laboratório de Pesquisa
Multimeios/UFC. Atualmente leciona no Curso de Pedagogia. É coordenadora
Pedagógica da Diretoria de Educação a distância/UERN e Vice-diretora da Faculdade
de Educação/UERN. Entrou na coordenação do DEaD em 2016, mas precisou sair e só
retornou em 2018.

Além dos cursos que ocorrem à distância como Letras Libras, Letras
Português, Letras Inglês e Educação no campo, tem se pensado também na extensão,
para preparar a comunidade, seja alunos de outras instituições ou de quem quer
ingressar em cursos de curta duração ao ingresso em cursos EaD e de tecnologias.
Também oferece formação aos Professores da Educação básica com especializações em
mídias digitais, por exemplo, bem como aos alunos e professores da graduação, como
foi o caso do projeto UERN Conecta, que ofereceu formações preparativas ao período
remoto. Os cursos têm alcançado as pessoas que não possuem condições locomotivas de
ir para os campus presenciais, a DEaD oferece essa oportunidade, pois essas pessoas
não possuem acesso ao ensino formal e ensino superior.

O DEaD não precisou parar no período pandêmico, pois já tinha equipamentos


e preparação para lidar com uma educação à distância, no entanto, afetou o trabalho e
tiveram mudanças em alguns aspectos específicos nesse modelo remoto, pois no modelo
de EaD também existia algumas atividades presenciais, e isso precisou ser adaptado.
Entretanto, algumas melhorias também vieram graças a necessidade ocasionada pela
pandemia, por exemplo, o ambiente virtual de ensino utilizado não possuía muita
abrangência de vídeo chamada e havia grande dificuldade quando precisava de aulas
síncronas, o que mudou com a liberação do Google meet e outros espaços virtuais de
videochamada que aceita até 100 pessoas de forma gratuita.

Quando questionada quanto aos prejuízos da paralização da DEaD no período


de pandemia, a docente apontou que o nível de evasão no ensino a distância é muito alta
e nesse modelo, é imprescindível a continuidade para a permanência dos alunos no
curso, visto que muitos trabalham e tem família, facilmente desistiriam e os cursos
acabariam.

Também ocorreu mudanças na rotina de funcionamento. Eles trabalhavam no


formato presencial, na maioria das vezes e devido a infraestrutura de pouco espaço
físico, revezavam as equipes de trabalho (comunicação, pedagógica e de tecnologia)
entre manhã e tarde. Com a pandemia todos os encontros e reuniões passaram a ser
online. Isso também acabou proporcionando mais interação entre os pares. As equipes
continuaram atuando e agora trabalham por demandas para resolvê-las.

Quanto a atuação da pedagoga, ela relatou o aumento considerável de


demandas no período remoto, como palestras e formações (que são tarefas incumbidas a
ela). Esse aumento gerou também um excesso de trabalho e deixa o coordenador
pedagógico cansado.

A equipe pedagógica, que é coordenada pela pedagoga, trabalha com


formações envolvendo planejamento de curso, formação dos tutores que atuam na EaD,
formação dos estudantes que estão nos estágios não obrigatório, criação de material
didático e revisão de material de trabalho, legislação, mediação de usos das ferramentas
e comunicação, entre outras coisas. O trabalho do pedagogo nessa instituição é central,
pois trabalha articulando as outras equipes, que dão suporte técnico.

A DEaD possui uma direção geral e coordenações de equipes, além de


secretarias e estagiários. Esses trabalham em conjunto para tomada de decisões e todo
processo de gestão dos processos educativos passam pela equipe pedagógica. Um novo
membro para atuar na equipe precisa ter afinidade com tecnologias, gostar de trabalhar
em equipe e principalmente ter abertura para aprender. A diretoria tem recebido
estagiários para ajudar, alunos da comunicação social, computação e especialmente de
pedagogia.

2.3.3 POSSÍVEIS CONTRIBUIÇÕES DAS ESTAGIÁRIAS

Com relação ao LAM, até então não houve, segundo a pedagoga, possibilidade
de retorno das atividades, pois o trabalho com motricidade exige prática que não é
possível de maneira remota. Também não estamos ainda com a população imunizada o
suficiente para voltar com atividades presenciais, portanto o que poderia ser feito, sob o
olhar das estagiárias, seriam palestras formativas para pais e mães. Dessa forma, os
responsáveis poderiam auxiliar suas crianças no desenvolvimento das atividades, pois a
prática deve ser constante.
Quanto ao problema de sobrecarga citada pela pedagoga do DEaD, percebemos
que isso tem se tornado comum entre os docentes nesse contexto atual enfrentado pela
universidade. Um suporte de atendimento a esses profissionais é indispensável para que
o trabalho continue a ter frutos.

3 AVALIAÇÃO

A profissão docente é repleta de conhecimentos advindos de experiencias, e


entender o funcionamento desses espaços, ainda que de forma virtual e não tão
profundamente, nos provocou inquietações sobre como seria fazer parte das atuações.
As entrevistas nos aproximaram por meio das falas das pedagogas, não só a sua
função no ambiente, mas para além, da paixão que elas têm pelo seu trabalho. Esse
sentimento despertado é muito importante na constituição do professor em sua formação
inicial, e se mesmo longe, conseguimos sentir a dedicação na voz das entrevistadas, que
provocações não teríamos presencialmente?
A experiencia desse estágio de maneira remota foi diferente da expectativa,
mas muito relevante porque o eco das falas proferidas pelas duas pedagogas, em
aspectos totalmente diferentes nesse contexto pandêmico, repercutiu em nós que
situações emergentes, pedem saídas emergentes em sentidos diferentes.
Também percebemos que quando o público alvo muda, muda também a forma
de gestão dos processos educativos. Ouvir essas realidades polarizadas despertou uma
escuta sensível para entender as diferenças, bem como pensar em saídas e soluções para
eventuais problemas encontrados durante a conversa.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considerando tudo o que foi mostrado, acreditamos e vimos que em um


contexto pandêmico, todas as coisas que conhecemos precisaram ser mudadas ou
adaptadas, mas que nem sempre uma adaptação vai ser o melhor para uma determinada
coisa ou alguém, e isso vale para as aulas remotas, e estágios remotos. Na situação em
que estamos é de extrema importância continuar tentando seguir em frente do jeito que
mais se adeque e que der certo para a maioria, mas sempre com o olhar no bem-estar do
próximo e com empatia, considerando todos os fatores e lados da moeda. E foi o que
aconteceu neste estágio.
As instituições que ficamos no estágio, ambas possuem seus valores para a
comunidade universitária e social e nesse novo contexto precisaram mudar se adequar
para continuar existindo, mas nem sempre é possível, já que uma dessas instituições
precisa do contato físico. Com seus objetivos e metas, a atuação do pedagogo,
principalmente em uma pandemia é muito crucial, mas precisam ser estudadas e em
consequência valorizadas, neste estágio vimos que este profissional surge como um
porta voz entre todos os que trabalham no local, uma liga que une a todos e isso mostra
como é ampla utilidade desse profissional. Este estágio, mesmo de maneira remota, nos
possibilitou enxergar e comprovar o valor de um pedagogo. Considerando esses fatos
concordamos que a permanência do estágio III em ambientes não escolares, devem
continuar, mas sempre se reinventando e com aulas, apresentações de profissionais que
atuam nestes locais não escolares, para assim acontecer uma exposição para os
estudantes entenderem como é atuar nestes ambientes.
Durante essa experiência, também vimos que a presença de um estagiário
nesses locais são muito bem vindos, já que foram muito bem elogiados pelas pedagogas,
principalmente os de pedagogia, ambas concordam que estes estudantes sempre trazem
algo novo que os ajudam em algum momento e também acontece o inverso os
estagiários aprendem muito atuando na prática, principalmente quando possuem um
mentor ao lado para auxiliar, assim criando sua própria identidade profissional.
O que mais nos chamou atenção em cada uma das instituições foi que
primeiramente no DEaD, eles foram essenciais para tudo enquanto aprendizado sobre
como funciona a educação a distância, promovendo cursos, palestras, ensinando aos
professores como utilizar os programas, foi surpreendente, todos possuem o momento
de mostrar o que realmente é e sua importância, acreditamos que após a pandemia o
respeito por quem trabalha e estuda a distância vai aumentar, porque todos vimos o
quanto difícil e desafiador é estar área. Já no LAM o não funcionamento na pandemia
chamou nossa atenção, principalmente porque quem utiliza o espaço são crianças que
necessitam de cuidados profissionais e que foram privadas desse serviço, mas mesmo
não estando atuando, nos receberam com toda educação e carinho o mesmo sobre o
DEaD.
Para finalizar, as duas instituições e a realização deste estágio, nos agregaram
experiências e pensamentos críticos sobre diversos assuntos, e nos fizeram ter mais
orgulho da profissão do pedagogo, e nos ajudaram a nos preparar para que nada fica
solido por muito tempo e que precisamos nos reinventar sempre e isto para nossas
atitudes em nossa atuação futura.

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