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Bioética:

Sinopse do episódio:
Episódio 15x19
Paciente chega perdida no hospital com um machucado na testa. Relata que se machucou
em casa. Mas a médica (Jo) desconfia que algo aconteceu e pede para que a paciente
conte exatamente o que aconteceu. Após isso, ela mostra vários hematomas,
principalmente na sua barriga.
A médica Teddy também atende a paciente. Teddy diz que ela precisa de uma cirurgia, e a
paciente fica impaciente para que a cirurgia seja realizada o mais rápido possível. Teddy
conversa com a residente e percebe que a paciente foi abusada sexualmente.
A paciente tem medo de denunciar o abusador, com medo de que o júri não acredite nela e
sim no homem que a abusou no bar. O rapaz usaria a justificativa de que bebeu, e segundo
ela, ninguém iria acreditar na sua versão, nem o seu marido.
A cirurgia foi realizada. A paciente não queria ficar perto de nenhum homem, então, as
médicas, enfermeiras, todas as mulheres do hospital se organizam no corredor para que
quando ela saia da sala de cirurgia, possa se sentir acolhida e abraçada por todas as
mulheres.
As médicas oferecem apoio e dizem que cabe a ela escolher se denuncia ou não, mas que
seria importante que ela conversasse com alguém sobre o que aconteceu. A paciente pede
um celular e faz a denuncia. Seu marido fica ao seu lado e a polícia chega ao hospital para
ouvir sua história.

Relação da ética escolhida com o episódio:


No episódio
citado o dilema ético é que a médica Jo Wilson começa a pressionar a paciente
para que ela denuncie o abusador imediatamente, pois ela também foi vítima e
não teve coragem de denunciar quando aconteceu.
Quando ela entre no caso da paciente, revive tudo e acha que o melhor a se fazer é
denunciar, ela passa a levar todo o caso de modo muito pessoal o que acaba atrapalhando
e pressionando ainda mais a paciente.
Podemos observar que médica Jo, inicialmente, agiu movida pelo paternalismo hipocrático,
além de projetar seu passado, como médica acreditava que detinha mais saber e
conhecimento que a paciente e, por isso, sabia o que era melhor para a paciente e a
pressionava para denunciar.
O paternalismo impedia a Dra. Jo de escutar a paciente e entender os motivos pelos quais
ela não queria denunciar.
Observamos que a autonomia da paciente não estava sendo respeitada, estava impedindo
que a paciente decidisse o que era melhor para ela e não para a médica.
O princípio da autonomia exige que o profissional não tente impor sua vontade e isso
interfira na decisão do paciente.
Após entender e ouvir a paciente, a Dra. Jo agiu de forma ética, usando adequadamente o
princípio do benefício e não malefício, ao respeitar o medo e desespero da paciente,
impedindo que homens se aproximassem da paciente, integrando toda a equipe feminina
para ajudar a paciente a manter as decisões que tomou de forma autônoma.

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