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Referencia Bibliográfica: Peirce, C. S. (2005). Semiótica, trad. José Teixeira Coelho Neto. 3aed.
São Paulo: Perspectiva. Tradução de: The Collected Paper sof Charles Sanders Peirce. p.40-60.
A Ética da Terminalogia
A terminologia ideal diferira um pouco para ciências diferentes. O caso da O signo é uma coisa
filosofia é muito característico pelo fato de ter uma necessidade positiva de que representa outra
palavras populares com sentidos populares - não como sua linguagem pr6pria coisa, seu objecto. O
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(tal como ela, demasiado frequentemente, tem usado essas palavras) mas processo de
como objecto de seu estudo. Assim. ela tem uma necessidade característica de significação ocorre
uma linguagem distinta e separada do discurso comum, uma linguagem como quando o signo
a que Aristóteles. Os escolásticos e Kant tentaram elaborar, enquanto Hegel representa seu objecto
tentou destrui-la. É bom procedimento para a filosofia prover-se de um para um intérprete e
vocabulário tão nobre que pensadores negligentes não se vejam tentados a produz na mente desse
tomar emprestado seus termos (Peirce, 2005). intérprete uma outra
coisa que está
Ademais, os adjectivos objectivos" e subjectivo", usados por Kant
relacionada ao objecto.
demonstraram não ser suficientemente bárbaros, longe disso, para manter por
longo tempo sua utilidade em filosofia, ainda que não tivesse havido outras O Representamem é
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objecções contra estes. A primeira regra de bom gosto ao escrever é usar esta coisa que
representa; É a
palavras cujas significados não serão mal interpretados; e se um leitor não
maneira que este
conhece o significado das palavras, é infinitamente melhor que este saiba que
“algo” está
não os conhece. Isto é particularmente verdadeiro em lógica, que consiste
representado. A
inteiramente, quase se poderia dizer, na exactidão do pensamento.
Objecto é esta coisa
O primeiro e chamado par Duns Scotus de grammatica speculativa. aquele que grita está,
Podemos denominá-lo gramática pura. Sua tarefa é determinar o que naquele exacto
deve ser verdadeiro quanta a representâmen utilizado par toda momento, em apuros
inteligência cientifica a fim de que possam incorporar um significado ou sofre alguma dor ou
qualquer. regozija-se na alegria
toda inteligência cientifica a fim de que possam aplicar-se a qualquer qualidade específica
objecto, isto é, a fim de que possam ser verdadeiros. do grito). Isso que é
Na óptica de Peirce (2005, p.49), podemos efectuar uma divisão grosseira das
relações Triàdicas, divisão que, não duvidamos, contém importante verdade,
ainda que imperfeitamente apreendida:
Desta feita, vale frisar que um Ícone é representado pela semelhança. Ex.:
desenho de uma flor ou uma flor.
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Parafraseando Peirce (2005, p.53), as três tricotomias dos Signos, em
conjunto proporcionam uma divisão dos Signos em Dez Classes de Signos,
das quais numerosas subdivisões têm de ser consideradas. As dez classes são
seguintes:
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Signos Degenerados
Há outras subdivisões de pelo menos algumas das dez classes que são da
maior importância para a lógica. Um Argumenta sempre é entendido por seu
Interpretante como fazendo parte de uma classe geral de argumentas análogos,
classe essa que, como um todo, tende para a verdade. Parafraseando Peirce
(2005, p.53), isto pode ocorrer de três modos, dando origem à tricotomia de
todos os argumentas simples em Deduções, Induções e Abduções.