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Teoria das formas de governo de Aristóteles.

BOBBIO, Norberto. Aristóteles. In: BOBBIO, Norberto. A teoria das formas de


governo. Tradução Sérgio Bath. 10. ed. Brasília: Universidade de Brasília, 1994. cap. 3, p.
55-63.

Aristóteles utiliza do termo politeia para designar o que o autor chama de “forma de
governo” e, após tradução, constituição. O autor deixa claro que constituição possui muitas
definições e uma delas é a ordenação das magistraturas.

O estudioso da política deve descrever e classificar as múltiplas formas de


constituição, as quais Aristóteles chama de constituições retas e desvios (degenerações).
Quem governa? Como governa?

A classificação das formas de governo também compete positivamente às formas


más quando comparadas entre si.

Em suma, a organização da polis e as formas boas de constituição têm como objetivo


viver bem, é a contraposição entre o interesse comum (constituições retas) e o interesse
pessoal (degenerações).

É abordado também pelo autor a avaliação de Aristóteles quanto às articulações


internas entre os tipos de constituição e seus gêneros quando subdivididos em especificações
históricas. Monarquias asiáticas, por exemplo (que ele chama de despóticas), são legítimas
porque seus povos são servis e suportam sem dificuldade o poder exercido sobre eles. Ou o
fato de que a politia (forma boa) se origina da fusão de duas más, a oligarquia e democracia
— forma má de poucos e forma má de muitos, respectivamente.

Entre elas, o caráter diferenciador, independente da quantidade em sociedade, é a


riqueza e a pobreza. Sendo a mediação/fusão na ética aristotélica o caminho para a vida
mediana e acessível para todos.

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