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Síntese dos vídeos

A duração de uma atividade está intimamente relacionada com a quantidade de


recursos que existem disponíveis para a execução da referida atividade. Quando
relacionamos as questões de recurso dentro de um projeto, existe uma fórmula que relaciona
a duração de uma atividade com a quantidade de recurso:

𝐸𝑠𝑓𝑜𝑟ç𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙
𝐷𝑢𝑟𝑎çã𝑜 =
𝑅𝑒𝑠𝑐𝑢𝑟𝑠𝑜𝑠 𝑎𝑙𝑜𝑐𝑎𝑑𝑜𝑠

A duração é o esforço dividido pelas unidades de recursos, ou seja, o tempo gasto


para executar a tarefa. O esforço total, também chamado de trabalho, é o tempo total
consumido para concluir uma tarefa e tem como unidade de medida a multiplicação entre
recursos versus tempo, enquanto que os recursos alocados são as quantidades de recurso
utilizadas e relacionam-se à mão de obra e a duração sai na unidade de tempo. Um conceito
muito comum utilizado em esforço total é o de homens hora, estabelece uma relação linear
entre duração e recurso, porém, quando enfrentamos a realidade, não podemos definir que a
relação será seguida de maneira teórica.

Um ponto importante é que existe a possibilidade dos recursos serem alocados de tal
forma que apenas uma parcela quebrada da jornada é dedicada a atividade e o restante
acaba sendo alocado em outras atividades necessárias (recurso quebrado é possível e muitas
vezes inteligentemente utilizado).
A relação entre duração, esforço total e recursos alocados precisa ser garantida para
que haja consistência nos dados da programação. Os softwares de gestão de projetos são
desenhados para garantir essa consistência, de tal forma que uma vez feito o plano de um
projeto e uma posterior alteração de um dos parâmetros, o software realizará
automaticamente o novo cálculo dos outros. É muito importante que esse controle seja
realizado para que os resultados obtidos sejam satisfatórios e precisos e foi para isso que
ocorreu a criação dos tipos de tarefas.
O primeiro tipo é a chamada tarefa duração fixa, que significa que com a duração fixa,
uma mudança no esforço total será diretamente proporcional a mudança nos recursos
alocados, de forma a garantir que a duração seja mantida constante. Já o esforço fixo, define
uma relação inversamente proporcional entre duração e recursos alocados. Por fim, quando
temos os recursos alocados fixos, se estabelece novamente uma relação diretamente
proporcional entre duração e esforço total. Com isso, é possível manter a consistência do
planejamento do projeto.
Dominar o conceito de atribuição de recursos é muito importante para ter uma
programação correta do projeto. A boa gestão dos recursos vai decorrer na utilização de
ferramentas de gerenciamento de projetos, gerenciamento da capacidade da equipe e
compreensão e geração de bons relatórios.
O gráfico de recursos é uma ferramenta que auxilia o planejador qual o nível de carga
que foi alocado para cada recurso, possibilitando possíveis ajustes. A partir do gráfico é
possível utilizar os recursos de maneira uniforme, evitando que o ritmo de desempenho caia
em decorrência da sobrecarga do recurso. Essa uniformidade reduz sobrecargas, minimiza o
tempo de aprendizagem e facilita a alocação em interprojetos.
Com o gráfico de recursos viabilizando a identificação das super e sub alocações,
passamos para um processo de nivelamento, alterando a programação das atividades ou a
duração de uma tarefa.
A construção do gráfico de recursos segue as seguintes diretrizes:
- O gráfico de recursos é específico para um único recurso;
- No eixo X, sempre se aloca os períodos possíveis de planejamento do projeto, em
unidades de tempo;
- No eixo Y, é possível alocar trabalho (tempo em horas para o período), unidades de
recurso e até custo;
- Em um mesmo período, identifique o esforço do recurso em cada atividade e some
para obter o esforço total;
- Repita a operação para cada um dos períodos do horizonte de planejamento.
Outro ponto importante dentro da gestão de recursos é a gestão do tempo. Um pré
requisito importante para falarmos de planejamento de tempo é justamente a pré definição
das atividades, estabelecendo a estrutura analítica (desdobramento das entregas/resultados).
Da estrutura analítica, que é a estrutura gerencial do projeto, é necessário ainda fazer o
particionamento para atividades (menor partícula do projeto, com métodos de trabalho e
recursos necessários), o que permite um detalhamento maior e a construção do cronograma.
Após a definição das atividades, é necessário estabelecer o sequenciamento delas,
de tal forma que se estabeleça as relações lógicas entre as atividades, qual a dependência
entre elas e o tipo de dependência. Quando o assunto é a definição da estrutura lógica, é
necessário considerar os tipos de precedências que estão relacionados:
- Mandatórias: lógica rígida;
- Arbitradas: lógica preferencial;
- - Marcos do projeto;
- - Externas.
Por fim, precisamos ainda entender que as precedências podem ter relação de
término/início (finish to start), término/término (finish to finish), início/início (start to start) e
início/término (start to finish).

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