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SALVADOR-BAHIA
2023
Introdução
As fraturas faciais infantis são consideradas raras, mas não inexistentes, acontecem
com menor frequência quando comparada as fraturas de face em adultos. Isso se deve
a fatores anatômicos e fisiológicos como a elasticidade e flexibilidade do osso facial,
alta proporção de osso esponjoso ao cortical, uma menor pneumatização dos seios
paranasais. Além de fatores sociais, onde as crianças estão em ambientes
considerados protegidos sob supervisão familiar, sendo menos expostas a grandes
traumas, assim podemos considerar que a maior parte dos acidentes que levam à
esses tipos de fraturas estão associados como: acidentes automobilísticos e acidentes
desportivos como: bicicletas e brincadeiras.
Relato de caso
Paciente pediátrico H , 10 anos, gênero masculino, referenciado ao serviço de cirurgia
e traumatologia bucomaxilofacial do hospital geral do estado da bahia, vitima de um
acidente desportivo em região mandibular com 02 dias após o trauma. Ao exame físico
nota-se integridade óssea dos terços superiores e médio da face, OPN e maxila
estáveis, MOE preservada e acuidade visual referida, abertura bucal limitada, presença
de mobilidade atípica a manipulação mandibular, oclusão indefinida devido á idade do
paciente , higiene bucal regular. Ao exame de imagem (TC de FACE) , é possível notar
fraturas mandibular na região de sínfise mandibular e angulo mandibular a direita.
Figura 1. Fotografias pré-operatória do paciente extra oral: É possível notar as
descrições do seu exame físico e uma lesão abrasiva em regressão em região malar
à direita, assimetria facial.
TRANSITO CIRURGICO
Paciente em decúbito dorsal, sob anestesia geral, intubação nasotraqueal, assipseia e
antissepsia com clorexidina, instalação do tampão orofaríngeo, aposição dos campos
cirúrgicos estéreis, infiltração com anestesia local com Bupivacaina 0,5% com
epinefrina 1:200.00, incisão e acesso retromandibular à direita , divulsao por planos,
desbridamento, exposição dos cotos fraturados,definição da oclusao, colocação do
BMM ( bloqueio maxilo mandibular), redução e fixação com 02 placas reta de 04 furos
do sistema 2.0mm e cada com 04 parafusos, incisão e acesso em fundo vestibular
mandibular anterior, descolamento mucoperiosteal, exposição do osso fraturado,
redução e fixação com 01 placa reta de 04 furos do sistema 2.0mm com 04 parafusos,
sutura por planos com Vicryl 4.0 e Nylon 5.0, irrigação abundante com SF 0,9%,
remoção do tampão orofaríngeo e do BMM, checagem da oclusão, limpeza do
paciente, curativo em região retromandibular à direita, encaminhamento do paciente
ao CRPA, fim da cirurgia.
Figura 4. Fotografias do transito cirúrgico com exposição dos cotos fraturados em
região de ângulo mandibular direito e região de sínfise mandibular a esquerda.
DISCUSSÃO
As fraturas faciais em pacientes pediátricos são tidas como raras na literatura, já que
devido a fatores etiológicos e sociais que de uma certa forma, protegem o individuo
afim de evitar uma fratura. Entretanto a porcentagem de fraturas aumenta
constantemente com a idade, já que ocorrem um aumento na pratica de atividades
esportivas ao decorrer do crescimento de suas habilidades e a desinserção gradual do
ambiente protetor familiar. Tendo uma maior incidência em crianças do sexo
masculino.
Diante dos materiais disponíveis para a realização da fixação rígida interna ( placas e
parafusos), se tem o uso de materiais não reabsorvíveis e reabsorvíveis. Entretanto o
uso de