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MILITAR
DIREITO
ADMINISTRATIVO
DA – 01
(CASO PRATICO)
(30ABR19)
“O requerimento classifica erradamente a atividade industrial que o requerente pretende exercer, pelo
que se encontra deficientemente instruído;
A atividade de transformação de derivados de cortiça é uma atividade estratégica na economia
nacional, pelo que não se mostra recomendável ser exercida por estrangeiros;
É assim emitido parecer desfavorável á instalação do estabelecimento industrial;
Acresce ainda que se encontrava o processo deficientemente instruído por falta, entre outros, do estudo
de impacto ambiental, documento fundamental à apreciação do mesmo.
Nestes termos, e considerando o acima exposto, causou o interessado um entrave desnecessário ao
normal funcionamento dos serviços, pelo que se fixa a coima de 300€ a pagar nos prazos legais. ”
PEDIDO:
APRECIE CRITICAMENTE O CONTEÚDO DO DESPACHO SUPRA, TENDO EM VISTA OS PRINCÍPIOS GERAIS
QUE DEVEM PAUTAR A CONDUTA DA ADM PÚBL NA RELAÇÃO COM OS
PARTICULARES/ADMINISTRADOS.
(Nota: Poderão existir aspetos legais ou institutos jurídicos ainda não ministrados na presente data) 2
CASO PRÁTICO 1 – PRINCIPIOS GERAIS ATIVIDADE ADMINISTRATIVA
[HIPÓTESE DE SOLUÇÃO]
NOTAS PRÉVIAS
1. A solução apresentada pode eventualmente conter aspetos ainda a lecionar em próximas
lições.
2. A solução apresentada constitui exemplo de resposta, pelo que outros elementos poderão ser
aceites e valorizados tendo por referencia a sua pertinência , adequação ao caso concreto e
fundamentação aduzida.
a. Alunos dos Ramos: CPA (Código do Procedimento Administrativo), aprovado pelo Dec-Lei
n.º 4/2015, de 7Jan, e RDM, aprovado pela Lei Orgânica n.º 2/2009, de 22Jul.
[ b. Alunos da GNR: CPA (Código do Procedimento Administrativo), aprovado pelo Dec-Lei n.º
4/2015, de 7Jan, e RDGNR, aprovado pela Lei n.º 145/99, de 1Set, com as alterações da Lei n.º
66/2014
de 28 de agosto.] :
– NÃO APLICÁVEL POR INEXISTÊNCIA DE ALUNOS ORIUNDOS DA GNR
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CASO PRÁTICO 1 – PRINCIPIOS GERAIS ATIVIDADE ADMINISTRATIVA
[HIPÓTESE DE SOLUÇÃO]
ASPETOS A CONSIDERAR
1. Morosidade na decisão (mais de 5 meses)…. Tratava-se de um simples pedido [(e não da decisão de um processo , caso em que a Administração teria,
em princípio, 90 dias, Cfr. Art 128.º /CPA), pelo que, (a menos que (eventualmente!) a Administração tivesse que proceder a diligencias de
aperfeiçoamento/regularização do requerimento (Cf. Art 108.º n.º 2 ), deveria ter apreciado e decidido em (prazo geral para a prática de atos), 10 dias
(úteis), Cf. Art 86.º n.º 1) -
VIOLAÇÃO PRINCÍPIO DA DECISÃO (ART 13.1) e Dever de celeridade - Art 5.º n.º 1 (**) ( PRINCÍPIO DA BOA ADMINISTRAÇÃO)
Não é - em regra - motivo justificativo de indeferimento (muito menos de sancionamento ), antes deveria a Administração ter informado e/ou
colaborado na perfeição do mesmo, Art 108.º n.º 1 e 2
4. A Administração não fundamentou a sua decisão na lei, ou seja, não invocou a norma e/ou diploma legal (designadamente , Regulamento (ou
Dec-Lei, Dec-Regulamentar, Portaria, Despacho, etc), ao abrigo do qual indeferiu o pedido, nem tão-pouco a norma ao abrigo da qual aplicava a
coima, bem como disposições legais eventualmente violadas pelo requerente (VLADIMIR TCHECHENCO)
(Um comentário adicional para observar que , sempre que a Administração viola qualquer norma legal (como o caso supra do Art 108.º, por
exemplo), violará, consequentemente, o P. da LEGALIDADE, Cf. n.º 1 do Art 3.º))