Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
GRANDE DO SUL
Ijuí (RS)
2021
MANUELA TONIM HOPPEN
Ijuí (RS)
2021
MANUELA TONIM HOPPEN
______________________________________________
Professora Orientadora: Dra. Janaína Machado Sturza
______________________________________________
Professor(a) Examinador(a):
______________________________________________
Professor(a) Examinador(a):
Ijuí, __/__/____
Dedico este trabalho à minha família, pelo
incentivo, apoio e confiança em mim
depositados durante toda a minha
jornada.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, agradeço à Deus, por permitir que tudo isso acontecesse, por
ter me dado saúde e força para superar as dificuldades dessa caminhada, e não
somente nestes anos como universitária, mas em todos os momentos da minha
vida.
À minha mãe, Maira, pela ternura com que dividiu as cargas da vida comigo,
pelos abraços e palavras graciosas que me edificaram com conforto e amor, por
todo apoio e incentivo nas horas difíceis de desânimo e cansaço, bem como por
toda a confiança que depositou em mim ao longo deste trabalho.
Ao meu pai, Neimar, que não mediu esforços para que eu chegasse até essa
etapa da minha vida, por acreditar que eu seria capaz de superar os obstáculos
apresentados, e principalmente pelo esteio e assistência para que tudo isso pudesse
se tornar realidade. És sinônimo de valentia, e felizmente transferiu a mim sua garra
e coragem de correr atrás dos meus objetivos.
À minha avó Neli, pelas orações em meu nome, pela fé com que recorreu à
Deus pedindo a intervenção do Divino Espírito Santo para que me concedesse
saúde – física e mental – durante toda minha vida, assim como durante o percurso
da vida acadêmica.
À minha orientadora, Professora Janaína Machado Sturza, pela dedicação do
seu tempo e paciência. Seus conhecimentos e sua sabedoria fizeram grande
diferença no resultado final deste trabalho.
A todos os colegas de estágio que tive durante esses 5 anos de vida
acadêmica, que contribuíram significativamente para o meu crescimento profissional.
A todos que, direta ou indiretamente, fizeram parte da minha formação, o meu
muito obrigado.
RESUMO
The present work deals with digital relations and civil accountability in the face of the
violation of personality rights, with the general objective of analyzing the possibility of
holding civilly responsible those who made malicious comments to users on social
networks, emphasizing the damage caused to very personal rights. of the individual,
starting with historical and contemporary notions of these rights, observing concrete
cases of victims who had their rights violated, as well as analyzing the understanding
and performance of the Superior Court of Justice and Court of Justice of Rio Grande
do Sul in these cases. The problem raises the following question: Is it possible to
attribute moral damage in the face of the violation of the right to personality in social
networks? As for the methodology used, the hypothetical-deductive method used in
the research is used, through exploratory research, which consists of collecting data
from bibliographic sources available in physical media and on the Internet.
Finally, throughout the research, and based on the understanding of the courts
mentioned above, as there are already numerous lawsuits filed in this regard, it was
concluded that it is possible to hold the third party or the Internet provider responsible
for pejorative comments, provided that observed each case with its particularities.
INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 8
CONCLUSÃO .......................................................................................................... 66
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 68
8
INTRODUÇÃO
1 OS DIREITOS DA PERSONALIDADE
O homem em sua trajetória necessita de proteção para viver sua vida pessoal
e social, primordialmente a proteção ao bem da vida e outros bens que possui como
pessoa de direito. Para tanto, este amparo deve ser garantido por quem possui
legítimo poder para exercê-lo.
Os direitos da personalidade, consagrados pela Constituição Federal de 1988
em seu art. 5º, inciso X e pelo Código Civil de 2002 nos artigos 11 a 21 tem o intuito
de proteção desses direitos. Portanto, quando desrespeitada alguma conduta
referente ao corpo, à saúde, à honra, ou qualquer outro fundamento constitucional,
está se violando os direitos da personalidade.
Nessa perspectiva, sendo violado esses bens inerentes à personalidade, a
vida, a honra, e liberdade, por exemplo, podem trazer inúmeros ferimentos à sua
dignidade e integridade física e íntima.
Stancioli (2004, n.p.) afirma que Charles Taylor (1989, p.12) consegue retratar
bem a evolução e o processo de (re)fundamentação da pessoa humana. Além disso,
afirma que o autor fundamenta a personalidade em três eixos-base, que podem ser
vistos como uma generalização, sob a ótica secular, do pensamento teológico-
cristão:
limites e se impor, buscando uma construção de seus ideais e do que é melhor para
si. O segundo eixo nos revela o óbvio, e justamente por ser tão óbvio, passa
despercebido, ou seja, a personalidade e a pessoa só ganham sentido quando a
enxergamos perante outras pessoas. Por fim, o terceiro eixo nos remete a um
atributo moral essencial do ser humano e que representa o respeito que todos
devem ter uns pelos outros, que é a dignidade.
A dignidade deve ser pensada como uma conexão com os outros eixos
citados acima, pois ela é uma construção da autonomia e das diferenças da vida em
sociedade, no qual devemos respeitar e reconhecer que existem diversas culturas
distintas e que as pessoas tem visões diferentes e maneiras diferentes de ver as
coisas.
Nesse sentido, percebe-se que a personalidade é algo que se cria com o
tempo, é um autoconhecimento que é construído de acordo com as adversidades da
vida e que vai dando visão às concepções na medida em que o tempo passa e
atentando o ser humano ao discernimento do certo e do errado, da moral e imoral.
Diversos são os direitos da personalidade, conforme mencionado
anteriormente. Pode-se classificar brevemente alguns exemplos deles para melhor
compreensão e análise, a fim de entender sua importância no âmbito social, jurídico
e íntimo de cada pessoa.
Marques (2010, n.p.) remonta o Direito à honra com relação à reputação ou
consideração social, abrangendo a honra externa ou objetiva e a interna ou
subjetiva. Este direito remete ao âmbito do direito civil, já que é um direito
fundamental na Constituição Federal de 1988 (inciso X, do art. 5º, CF). Ainda, a
autora relata que a honra diz respeito a viver com honestidade e probidade,
pautando seu modo de vida nos ditames da moral.
A respeito do direito da integridade física:
A pessoa humana traz em si valores que lhe são privativos, e esses valores
integram a sua personalidade e lhe potenciam desenvolver-se em
sociedade. A dignidade da pessoa humana é o centro de sua
personalidade.
Foi com o cristianismo que se iniciou a ideia e percepção sobre direitos que
poderiam ser da pessoa humana, que até então não eram conhecidas. Passou a ser
14
Acerca das evoluções que o Código Civil trouxe, Gomes (2010, n.p.) faz
menção ao essencial papel da Constituição (1988) desde o princípio:
É necessário reconhecer que o Código Civil trouxe muitos avanços no que diz
respeito à proteção dos direitos personalíssimos, no entanto, não se pode tirar o
mérito da Constituição Federal (1988), que possui como princípio fundamental a
dignidade humana. Assim, é possível perceber que para que sejam efetivados esses
direitos, é necessário que o Código Civil e a Carta Magma andem juntos, pois os
dois são de extrema importância para garantir os direitos das pessoas.
Szaniawski (2005, p. 247-248) ensina que o código atual trabalha de duas
maneiras a proteger os direitos personalíssimos: preventiva e reparadora.
A tutela preventiva pode ocorrer de várias formas, pois toda pessoa tem o
direito de proteger-se de atentados contra sua personalidade. Assim, temos
os atos de legítima defesa, que não podem ultrapassar os limites
necessários à autotutela da personalidade. Quanto a isso, o Código Civil de
2002, em seu artigo 188, trouxe três tipos de autotutela: a) a legitima
defesa; b) o exercício regular de direito reconhecido; e c) o estado de
necessidade. Como sabemos, essas três modalidades são causas
excludentes da ilicitude, desde que não exceda o necessário para a defesa
daquele direito que é atacado. Assim, por exemplo, se Maria apreender o
filme fotográfico da máquina de João que captou indevidamente uma
imagem sua, nisso constitui-se a autotutela. [...] A segunda maneira de
proteger os direitos de personalidade é através da tutela reparadora,
naqueles casos em que já foi praticada a lesão contra a vítima. Nesses
casos, entende-se que é cabível indenização por dano moral e material.
Assim sendo, cabe ao judiciário solucionar estes problemas, aplicando aos casos
concretos o que entender mais viável.
O código trabalha primeiramente prevenindo os direitos personalíssimos, para
evitar que ocorra o mínimo de problemas e violações, no entanto, já se encontra
preparado em caso de violação, ou seja, já possui previsão para tal responsabilizar a
conduta do agente infrator, assim, passa maior segurança às pessoas e não as
deixam desamparadas, visto que é dever e responsabilidade do Estado manter a
segurança e garantia aos seus.
O Código Civil, em seu art. 2º, cita que “a personalidade civil da pessoa
começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os
direitos do nascituro”. Ainda, Ferreira (2016, n.p.) afirma que “a partir do momento
que se adquire personalidade civil, conforme reza o art. 2º do Código Civil, os
direitos da personalidade são constitutivos à pessoa”.
Logo passa certa autenticidade na garantia desses direitos para os indivíduos,
mostrando que todos podem usufruir dessa personalidade civil como amparo para
sempre, uma vez que transcendem a vida, seja dizer, são protegidos antes mesmo
do nascimento, mais especificamente, desde a concepção do nascituro, durante
toda a vida e após a morte.
De acordo com Mohr (2007, p. 24), “a maior parte dos doutrinadores, entre
eles Szaniawski, defende a ideia de que tanto o nascituro quanto o concepturo são
titulares de personalidade desde a concepção”.
Como já referido, o Código Civil de 1916 não tinha preocupação com os
direitos personalíssimos se comparado ao código atual, contudo, em seu art. 449 e
seguintes e art. 666, trazia brevemente alguns princípios referentes à imagem e
referentes ao direito do nome do autor de obra. O Código antigo deu apenas
algumas pinceladas básicas quanto a esses direitos, sendo somente no código de
2002 o marco para os direitos da personalidade, que ganharam reconhecimento e
garantias às pessoas.
direitos que uma pessoa merece para viver uma vida com dignidade e com proteção,
de forma ampla e irrestrita.
Após a análise do conceito, característica e evolução dos direitos da
personalidade, faz-se necessário compreender também a essência e a importância
do instituto da natureza jurídica desses direitos, que será pautado no item a seguir.
em seu artigo 5º, inciso II, “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma
coisa senão em virtude de lei”.
Nas palavras de Freitas (2012, n.p.):
Ainda, o autor acrescenta que “somente a lei poderá criar direitos, deveres e
vedações, ficando os indivíduos vinculados aos comandos legais, disciplinadores de
suas atividades”.
Segundo Cupis (1959, p.29 apud Silvio Romero Beltrão, 2010, p. 216):
O Direito subjetivo é o poder que tem o sujeito de impor sua vontade para
satisfação de seu interesse. Esse sujeito pode impor a sua vontade diante
do direito material com uma revolução dos valores axiológicos. [...] Com os
seus sentimentos e suas ideias, o ser humano faz com que os valores
axiológicos que dinamizam o grupo social sejam alterados, e, alterando-se
tais valores, o direito também é modificado. É o direito objetivo que,
obrigatoriamente, tem que acompanhar essa evolução da sociedade,
evolução que nasceu do interior do ser humano, com a sua consciência,
sentimentos e visão espiritual da necessidade de sua sociedade, do seu
mundo material, que o levará a querer as mudanças necessárias para o seu
mundo. A primeira mudança é no interior do homem, logo, é o direito
subjetivo que o homem transmuda no seu interior.
imperioso ressaltar que é dever do Estado garantir a proteção dos direitos da pessoa
humana e auxilia-los para que tenham a eficácia necessária.
A fim de esclarecer a atuação do Estado aos direitos da personalidade, o
próximo capítulo abordará como é utilizada as redes sociais entre a coletividade e de
que forma buscar o apoio da legislação em casos em que há a violação dos direitos
da personalidade do indivíduo.
27
Ciribeli e Paiva (2011, p. 59) elucidam que muitas vezes se confunde a mídia
social com rede social e que apesar de estarem interligadas, há diferença entre
ambas. A mídia social é o meio em que determinada rede social possibilita a
interação social e o compartilhamento de informações.
Nesse sentido, os autores fazem menção de que cada mídia social existente
possui um público-alvo específico, com objetivos diferentes, qual seja, buscar novas
amizades, novos relacionamentos, fazer pesquisas, contatos profissionais, dentre
outros. Portanto, cada mídia social possui seus mecanismos necessários para atingir
o seu público e fazer com que se sintam atraídos por tal plataforma, de modo que os
usuários constantemente recebam notificações, postagens de mensagens
instantâneas do referido conteúdo.
Teffé e Moraes (2017, p. 116) ainda complementam que as redes sociais
possuem seus prós e contras, visto que ao passo que as redes sociais foram se
disseminando e gerando interações ao público, também afastou fisicamente os
29
seres humanos, gerando uma nova convivência e uma nova forma de se relacionar
com todos.
acesso à internet a estas pessoas. Valente (2020, n.p.) revela que 61% do nível de
acesso são entre pessoas que ganham menos de um salário mínimo, 86% entre os
que recebem de três a cinco salários mínimos, e 94% entre usuários com
remuneração acima de 10 salários mínimos.
Ainda, Valente (2020, n.p.) esclarece quanto ao uso da internet, e percebe-se
uma distribuição proporcional entre o uso das redes sociais:
45), onde é possível fazer reservas de hotéis, pedidos em restaurantes, entre outros.
O WhatsApp é um aplicativo completo, pois é possível o envio de mensagens
instantâneas, compartilhamento de áudios, fotos e vídeos.
Nesse viés, outra grande plataforma utilizada também por internautas é o
Facebook, criado no ano de 2004 por alunos da Universidade de Harvard, tinha o
objetivo desde o início a promover um espaço onde as pessoas pudessem
expressar suas opiniões e fotografias. Foi em 2006 que esta rede social passou a
ser utilizada oficialmente, gerando grande sucesso na época. (SANTANA, 2011,
n.p.)
O Facebook é uma rede social que além de proporcionar interação virtual
entre as pessoas, compartilhamento de fotografias, contato instantâneo, hoje em dia
também é instrumento de imponderação em apoiar e mobilizar diversas causas
sociais, como doações àquelas pessoas carentes que necessitam de algo em
determinado momento, doações em dinheiro às instituições e à indivíduos
acometidos com patologias. Ademais, existem grupos que são feitos no Facebook
para o desapego de roupas, eletrodomésticos, eletrônicos, etc.
Atualmente, o Facebook embora ainda seja utilizado, está sendo aos poucos
substituído pelo Instagram, por exibir uma forma mais interativa e visualmente
apresentável ao público, o que faz com que chame mais atenção dos usuários. O
Instagram “possibilita um contato próximo entre marca e público, além de permitir
mostrar um lado mais descontraído da sua empresa com os seus vários formatos de
conteúdo”. (EQUIPE MARKETING NAS REDES SOCIAIS 2018, n.p.).
Mânica (2019, p. 29) ainda aborda o fato de que as relações sociais que são
formadas no âmbito virtual não são apenas entre pessoas próximas, ou seja, entre
amigos e familiares, mas também grupos de trabalhos e criadores de conteúdo, mais
conhecidos como digitais inluencers, que usam suas redes sociais para
desenvolverem conteúdos sobre moda, viagens, beleza, culinária, etc.
É neste contexto que se insere o fato de os digitais influencers monetizarem
sua rede social, criando um local de trabalho, gerando conteúdos que chamem
32
Sem dúvidas, o fato de fornecer informações, bem como postar fotos, emitir
suas próprias opiniões e sentimentos leva à exposição do indivíduo há milhares de
pessoas. Nessa acepção, nota-se a facilidade das redes sociais em ter acesso aos
dados pessoais de qualquer usuário instantaneamente. Frente a isso, Tardelli (2019,
n.p.) corrobora que “Este ano, por exemplo, mais de 540 milhões de pessoas com
contas no Facebook tiveram seus dados expostos em servidores na nuvem, sem
qualquer tipo de senha de acesso”. Ademais, fazendo um adendo, também é
necessário salientar um alerta às notícias falsas, chamadas de fake News.
As redes sociais criaram novos horizontes aos indivíduos, se tornando uma
ferramenta fundamental com diversos benefícios aos usuários, como na busca por
informações, divulgação e comercialização de produtos, e principalmente, criando
relações e permitindo o contato mais próximo entre as pessoas. É impossível que a
pessoa que possua redes sociais não tenha informado nenhum dado pessoal seu
quando da criação da rede social, ou durante o uso dela. No entanto, é preciso ficar
atento a quais dados que estão sendo informados à plataforma, para evitar que
venha sofrer danos posteriormente.
A referida lei prevê princípios, garantias, direitos e deveres que devem ser
observados no uso da internet no Brasil, dispondo sobre garantias, como a liberdade
de expressão, comunicação e manifestação de pensamento. Denomina-se Marco
Civil da Internet, pois “pensou-se que a Internet poderia ser vista como “terra de
ninguém” e não passível de regulação, considerando que as informações ali
circulavam de forma descentralizada [...]” (ALENCAR, 2019, n.p.). Assim sendo, foi
necessária a criação de uma nova lei que regulamentasse essas relações, uma vez
que se percebeu que as consequências de qualquer contratempo ali gerado
causariam impactos para além daquele mundo virtual.
A lei faz menção de que o uso da Internet no Brasil tem como um dos
principais fundamentos e garantia a liberdade de expressão. Dessa forma,
considerando que a palavra “liberdade” possui um sentido bem amplo, deve-se
compreender até onde a liberdade de expressão pode ir, para que não seja vista
como escudo de defesa para que usuários da internet se valham dela e saiam
impunes de crimes praticados neste ambiente. Nesse contexto, Pontieri (2018, n.p.)
afirma que “o Supremo Tribunal Federal já decidiu que é necessário o equilíbrio
entre os direitos fundamentais, não podendo a liberdade de expressão ser utilizada
para a prática de atos ilícitos”.
Aliás, Teffé e Moraes (2017, p. 113) mencionam que o legislador do Marco
Civil na Internet teve como principal preocupação a liberdade de expressão,
35
liberdade dos modelos de negócios promovidos na internet, desde que não conflitem
com os demais princípios estabelecidos nesta Lei (Inciso VIII).
Já no artigo 4º, dispõe sobre os objetivos da referida lei com o uso da internet,
priorizando, portanto, o direito de acesso à internet a todos (Inciso I), e o a do
acesso à informação, ao conhecimento e à participação na vida cultural e na
condução dos assuntos públicos (Inciso II).
Tais dispositivos citados acima dão clareza e idoneidade quando se refere à
procura dos usuários da Internet por seus direitos, principalmente quando estes
violados.
Filho (2016, n.p.) levanta certas críticas quanto ao “Novo Marco Civil da
Internet”:
O marco civil da internet, por sua vez, não traz nenhuma definição
específica sobre os provedores. A lei brasileira trata, especificamente, de
duas espécies de provedores, os de conexão e de aplicação de internet.
[...] O marco civil da internet, em seu artigo 5°, trouxe algumas definições,
entretanto não tratou de conceituar as espécies de provedores.
[...] O Provedor de Acesso ou Provedor de Conexão à Internet é a
pessoa jurídica fornecedora de serviços que consistem em possibilitar o
acesso de seus consumidores à internet. Para sua caracterização, basta
que ele possibilite a conexão dos terminais4 de seus clientes à internet. Em
nosso país os mais conhecidos são: Net Virtua, Brasil Telecom, GVT e
operadoras de telefonia celular como TIM, Claro e Vivo, estas últimas que
fornecem o serviço 3G e 4G.
[...] Provedor de Aplicação de Internet (PAI) é um termo que descreve
qualquer empresa, organização ou pessoa natural que, de forma
profissional ou amadora, forneça um conjunto de funcionalidades que
podem ser acessadas por meio de um terminal conectado à internet, não
importando se os objetivos são econômicos.
[...] o Marco Civil da Internet representa uma iniciativa original para regular
os conflitos de interesses oriundos da sociedade da informação. No campo
da privacidade, considera-se terem sido positivados direitos essenciais para
o usuário da rede, em especial na perspectiva do controle e da
autodeterminação informativa. No âmbito da responsabilidade, o legislador
optou por estabelecer, como regra, depois da notificação judicial ao
provedor de aplicações de internet, o regime da responsabilidade civil
subjetiva, caso ele se omita de tornar indisponível o conteúdo apontado
como danoso. Conclui-se que a lei criou instrumentos adequados, embora
insuficientes à tutela da pessoa na internet.
Por fim, o artigo 30 da Lei prevê que “A defesa dos interesses e dos direitos
estabelecidos nesta Lei poderá ser exercida em juízo, individual ou coletivamente,
na forma da lei.” Sendo assim, cada caso deve ser analisado individualmente com
suas particularidades, para a melhor eficácia na aplicação e efetividade desta lei.
A partir do que foi dito sobre a Lei nº 12.965/2014, o Marco Civil da Internet, é
possível perceber que ao longo dos anos o ordenamento jurídico teve de se adaptar
também com os contratempos que aconteciam com as relações entre pessoas no
meio virtual, e encontrar soluções para resolvê-las. As relações digitais entre os
indivíduos têm se tornado muito corriqueira na sociedade atual, mostrando-se
necessário que haja regulamentação para garantir os direitos dos usuários que
tiverem seus direitos violados no meio digital.
Conforme salientado anteriormente, há diversos perigos que podem serem
prejudiciais aos usuários na internet. Sulz (2020, n.p.) alerta que para ter relações
positivas nas plataformas, é preciso conhecer os riscos envolvidos no uso delas, e
principalmente o “remédio”, ou seja, uma proteção, caso algo saia do controle.
40
seja, o espaço que deveria ser utilizado para debate de ideias e construção de
pensamentos torna-se um local de disseminação de ódio gratuito, sem fundamento.”
Em razão disso, o indivíduo que está ferindo alguém deve-se ter o mínimo de
senso e refletir que existe uma pessoa do outro lado da tela, com sentimentos,
fraquezas, problemas e fragilidades, e que seu comentário ou opinião de cunho
maldoso e infeliz podem ser o ápice e acabar gerando um dano extremamente
doloroso à quem está sendo dirigido tal comentário.
Na visão de Colle (2019, n.p.), o comportamento das pessoas que fazem
esses comentários com a intuição de ferir o outro, esconde um perfil de pessoas
frustradas e insatisfeitas com a própria vida, e para isso precisam criticar a vida dos
outros para se sentirem melhor, mas alerta que muitas dessas ofensas podem deixar
marcas piores que as físicas àquele lesionado. Já Neto (2018, n.p) pondera de forma
coerente que “se a sua fala diminui ou atinge outra pessoa, você não está apenas
opinando”.
Para isso, é necessário que o ordenamento jurídico utilize do instituto do dano
moral para acolher aquele que teve seus direitos violados. Em que pese o dano
moral não seja um dano possível de medir os “estragos” causados, pois tratam-se
de sentimentos e subjetividade, é presumido que as consequências de tais atos
deixem sequelas de dor, humilhação e sofrimento, e sendo assim, há de ser
reparado quantitativamente (SANTOS, et al 2016, n.p.).
Os referidos autores trazem o conceito de dano moral:
Por ser um instituto que cuida dos danos causados aos direitos da
personalidade do indivíduo e viola seus princípios, foi preciso que o ordenamento
jurídico entendesse que é direito do cidadão ter seus direitos zelados e dever de o
Estado proporcionar isto, para que haja punição àqueles que causam danos a
outrem e tire o enraizamento de que a internet é uma terra sem lei.
Por muitos anos o dano moral foi objeto de discussão pela doutrina, uma vez
que a configuração de tal dano interfere na esfera íntima e subjetiva do ofendido,
violando sua dignidade e lesionando um direito extrapatrimonial tutelado (SANTOS
et al, 2016, n.p.). O direito a reparação dos danos morais sofridos é uma garantia
fundamental, encontrada na Constituição Federal de 1988, que em seu art. 5º,
incisos V e X preceitua:
Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
[...]
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da
indenização por dano material, moral ou à imagem;
[...]
X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das
pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral
decorrente de sua violação (BRASIL, 1988).
O Código de Processo Civil (BRASIL, 2015) prevê em seu artigo 292, inciso
V, que “o valor da causa na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral,
deve ser o valor pretendido pelo autor”. Todavia, é importante esclarecer que em
que pese o autor pretenda um valor, cabe ao juiz “segundo o seu prudente arbítrio
fixar o valor da indenização” (SANTOS et al 2016, n.p.).
Além disso, o Código Civil (BRASIL, 2002) também disciplina tal instituto
em seus artigos 186, 927 e 953. Senão vejamos:
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts.186 e 187), causar dano a outrem,
fica obrigado a repará-lo. Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o
dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou
43
Nessa perspectiva, Pinto (2018, n.p.) traz em sua obra, de forma clara e
objetiva a responsabilização dos provedores de internet:
Com base em tudo que foi dito anteriormente, é possível perceber que todas
as pessoas que estão inseridas na internet e nas redes sociais estão sujeitas a
receberem algum tipo de crítica ou comentários inconvenientes. É preciso saber lidar
com essas adversidades que infelizmente acontecem atualmente, para que não
afete sua vida. Algumas pessoas sofrem muito com críticas, pois apenas um
comentário maldoso basta para que se torne um gatilho e desencadeie diversos
problemas psicológicos.
Por muitas vezes, não se tratam apenas de críticas pequenas, e sim de
comentários extremamente maldosos e ofensivos sobre a pessoa ou sobre sua
aparência, seja querendo ferir sua personalidade ou sua esfera profissional, mas
com o principal objetivo de deixar o destinatário abalado. Alguns perfis já se
direcionam ao perfil da outra pessoa com o intuito de causar constrangimento,
palavras cruéis, para realmente injuriar e difamar o outro.
Dessa forma, após as elucidações, se faz imperioso apresentar casos reais
do que acontece nas redes sociais, bem como apresentar decisões de tribunais
superiores e seus entendimentos quanto à essas questões envolvendo os direitos da
personalidade e sua violação nas redes sociais.
tenham apagado os perfis das redes sociais, ainda assim é possível serem
encontrados (UOL, 2015, n.p.).
no início, por ser uma menina do interior e com apenas 17 anos não sabia mexer
com a internet e lidar com essas críticas direito (REVISTA FÓRUM, 2020).
Diante de tantos ataques que já sofreu e vem sofrendo diariamente, a cantora
atualmente utiliza suas redes sociais para fazer diversos desabafos, como este da
imagem a seguir:
“Eu não suporto mais gente infeliz disfarçada de preocupação. Esse ano eu
tomei uma decisão de me posicionar mais sobre o que falam sobre mim. Vi
muita mentira na minha vida se tornando ‘verdade’ por eu não me
posicionar”, desabafou. (DIAS, 2021, n.p.).
[...]
[...] o nível dos ataques está muito pesado, eu não vou mostrar aqui porque
vocês iriam vomitar, eles levam para um lado como se eu tivesse algum
distúrbio de imagem. Isso está me afetando, me deixa até com medo de
usar filtros do Instagram, tento sempre me mostrar o mais natural possível”,
completou. (DIAS, 2021, n.p.)
Ao mesmo tempo que se torna humano àquele que foi atingido com as
críticas e comentários maldosos expor o que está acontecendo e como está se
sentindo diante de tantas opiniões negativas e insensíveis, também é muito
preocupante, pois mostra o quanto o indivíduo chegou ao seu limite para desabafar
suas vulnerabilidades, e além disso, em uma das próprias redes sociais que
contribuiu para a disseminação de tais comentários, como foi o caso acima
retratado.
E por fim, a figura 5 retrata outro caso que gerou grande repercussão nos
últimos dias, que foram os comentários extremamente cruéis, racistas e
preconceituosos à filha da cantora Pocah (Viviane de Queiroz Pereira), que
atualmente está participando do reality show Big Brother Brasil. A filha da cantora
tem apenas 4 anos e foi alvo de ofensas cruéis feitas por fãs da outra participante
Juliette, em razão de que a cantora teria votado em Juliette. Entre os xingamentos, a
criança foi chamada de macaca, cabelo duro e neguinha fedida.
A figura abaixo com os comentários foram alguns dos comentários expostos
pelo perfil de Pocah contra sua filha, bem como a matéria da Bola Vip (2021, n.p.)
informou que o noivo de Pocah já está tomando as devidas providências judiciais e
que fará Boletim de Ocorrência contra crime cibernético e de injúria racial.
Importante destacar que tanto a figura 1 que é de 2015 como nas outras
figuras (figura 2, 3, 4 e 5) que são recentes do ano de 2021, observa-se que os
usuários das redes sociais desde há muitos anos já vem proferindo ofensas e
comentários maldosos nas redes sociais, e atualmente este número só aumenta.
No ambiente virtual existem aqueles que praticam essas manifestações nas
redes sociais e acreditam que estão apenas manifestando sua liberdade de
expressão, muitos em tons de brincadeiras pejorativas, acreditando que não estão
fazendo “nada demais”, mas também existem os haters, como já mencionados no
capítulo anterior, que são os anônimos que adentram na plataforma virtual com o
Nesse caso, a lei laborou na adoção de uma cláusula legal aberta, cujo
conteúdo será preenchido pelo juiz diante das especificidades do caso
concreto. Mas, para não serem responsabilizados por esse motivo, os
59
Não basta a imputabilidade do agente para que o ato lhe possa ser
imputado. A responsabilidade subjetiva é assim chamada porque exige,
ainda, o elemento culpa. A conduta culposa do agente erige-se, como
assinalado, em pressuposto principal da obrigação de indenizar. Importa
dizer que nem todo comportamento do agente será apto a gerar o dever de
indenizar, mas somente aquele que estiver revestido de certas
características previstas na ordem jurídica. A vítima de um dano só poderá
pleitear ressarcimento de alguém se conseguir provar que esse alguém agiu
com culpa; caso contrário, terá que conformar-se com a sua má sorte e
sozinha suportar o prejuízo.
Por fim o relator tornou prejudicada a análise do recurso da parte autora que
buscava a majoração do quantum indenizatório, uma vez que fundamentada razões
de direito e de fato acima explícitos.
Deste modo, é possível perceber que o TJRS, tem o entendimento de que o
dano à vítima deve estar comprovado, não bastado que mero aborrecimento ou a
sensibilidade exacerbada seja causa de indenização por danos morais, uma vez que
se todos os desentendimentos ocorridos nas redes sociais ensejarem ações judiciais
na busca de indenizações, o judiciário ficará sobrecarregado e não dará a devida
atenção para aquelas ações necessárias que buscam amparo para aos que
realmente causaram lesões aos direitos da personalidade do indivíduo.
66
CONCLUSÃO
Grande do Sul, sendo que se pode concluir que, o Superior Tribunal de Justiça
entende que primeiramente, a responsabilidade será exclusiva do terceiro causador
do dano, no entanto, se não houver a possibilidade de identificar este terceiro, o
provedor após tomar ciência da ofensa deve imediatamente retirar o conteúdo de
circulação, sob pena de responsabilização. Já o Tribunal de Justiça tem o
entendimento de que o dano moral deve ser devidamente comprovado, não
bastando que qualquer comentário, ainda que ofensivo, dê ensejo a uma demanda
por danos morais.
Nesse contexto, foi possível compreender, embora aos olhos de algumas
pessoas as redes sociais seja uma terra sem lei, é possível que aquele usuário que
infringiu o direito de personalidade de outro usuário nas redes sociais sofra as
consequências de seu ato e seja responsabilizado, havendo, é claro, exceções, e
que cada caso deve ser analisado individualmente com suas particularidades.
68
REFERÊNCIAS
AUFER, Renata. Pessoa pública: o que, afinal, está por trás de sua imagem.
Observatório da Comunicação Institucional, 13 jul. 2020. Disponível em:
https://observatoriodacomunicacao.org.br/artigos/pessoa-publica-fatos-verdades-
inconveniencias-por-renata-aufer/. Acesso em: 20 abr. 2021.
BRITO, Felipe Pires Muniz de; GOMES, Nathally de Almeida. Celebridades, fama e
privacidade: em busca do ponto de equilíbrio entre direitos de personalidade e
liberdade de informação. Revista Científica da Academia Brasileira de Direito
Civil, v. 4, n. 2, 2019.
CABRAL, Ana Lúcia Tinoco; DE LIMA, Nelci Vieira. Argumentação e polêmica nas
redes sociais: o papel de violência verbal. Signo, v. 42, n. 73, p. 86-97, 2017.
CIRIBELI, João Paulo; PAIVA, Victor Hugo Pereira. Redes e mídias sociais na
internet: realidades e perspectivas de um mundo conectado. Revista Mediação, Vol.
13, nº 12- janeiro/junho de 2011, 30 jun. 2011. Disponível em:
http://revista.fumec.br/index.php/mediacao/article/view/509. Acesso em: 16 mar.
2021.
COLLE, Caroline Chiarelli. Psicóloga explica como lidar com a disseminação de ódio
nas redes sociais. Folha do Litoral, 29 ago. 2019. Disponível em:
https://folhadolitoral.com.br/tecnologia/psicologa-explica-como-lidar-com-a-
disseminacao-de-odio-nas-redes-sociais. Acesso em: 13 abr. 2021.
CORRÊA, Bárbara. Luísa Sonza expõe críticas que recebe na internet sobre sua
aparência: ‘Desumano’. E+ Estadão: Notícias do Entretenimento na Internet, 12
abr. 2021. Disponível em: https://emais.estadao.com.br/noticias/gente,luisa-sonza-
70
expoe-criticas-que-recebe-na-internet-sobre-sua-aparencia-
desumano,70003678751. Acesso em: 02 mai. 2021.
DANO moral: um estudo sobre seus elementos. Revista Âmbito Jurídico, 01 jul.
2012. Disponível em: https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-civil/dano-moral-
um-estudo-sobre-seus-elementos. Acesso em: 02 mai. 2021.
DIAS, Djenifer. Luísa Sonza responde ataques feitos a sua aparência: “Não suporto
mais”. Revista Capricho, 12 abr. 2021. Disponível em:
https://capricho.abril.com.br/beleza/luisa-sonza-responde-ataques-feitos-aparencia-
nao-suporto-
mais/#:~:text=A%20cantora%20recebeu%20um%20coment%C3%A1rio,hora%E2%
80%9C%2C%20dizia%20a%20postagem.&text=Lu%C3%ADsa%20refor%C3%A7ou
%20que%20esse%20%C3%A9,algo%20que%20lhe%20faz%20mal. Acesso em: 22
abr. 2021.
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil brasileiro, v. 1 Teoria Geral do Direito
Civil: 28ª ed. São Paulo, Editora Saraiva, 2011.
ENTENDA como funciona o Instagram e o porquê você deve usá-lo. Marketing nas
Redes Sociais, 19 abr. 2018. Disponível em:
https://www.marketingnasredessociais.com.br/como-funciona-o-instagram/. Acesso
em: 21 mar. 2021.
JEREMIAS, Fabrine. O que são haters nas redes sociais?. Inspira on, 27 nov. 2016.
Disponível em: Acesso em: https://www.inspiraon.com.br/blog/13/o-que-sao-haters-
nas-redes-sociais. 13 abr. 2021.
KOGUT, Patrícia. Luísa Sonza desabafa sobre ataques que sofre nas redes. O
globo, 13 fev. 2021. Disponível em: https://kogut.oglobo.globo.com/noticias-da-
tv/noticia/2021/02/luisa-sonza-reclama-de-ataques-nas-redes-mentira-contada-
muitas-vezes-se-torna-verdade.html. Acesso em: 20 abr. 2021.
LUÍSA Sonza sofre ataques misóginos nas redes após separação de Whindersson
Nunes. Revista Fórum, 30 abr. 2020. Disponível em:
https://revistaforum.com.br/redes-sociais/luisa-sonza-sofre-ataques-misoginos-nas-
redes-apos-separacao-de-whindersson-nunes/. Acesso em: 02 mai. 2021.
MACCEDO, Paulo. O que é Hater e como lidar com ele. Paulo Maccedo, 09 dez.
2016. Disponível em: https://paulomaccedo.com/o-que-e-hater-e-como-lidar-com-
ele/. Acesso em: 13 abr. 2021.
MELO, Raimundo Simão de. A questão da prova para indenização por dano moral.
Consultor Jurídico, 21 set. 2018. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2018-
set-21/reflexoes-trabalhistas-questao-prova-indenizacao-dano-moral. Acesso em: 02
mai. 2021.
MILREU, Natália Rodrigues. BBB 21: Noivo de Pocah fará BO sobre ataques
racistas contra a filha de 5 anos da cantora. Bola Vip, 20 abr. 2021. Disponível em:
https://br.bolavip.com/entretenimento/BBB-21-Noivo-de-Pocah-fara-BO-sobre-
ataques-racistas-contra-a-filha-de-5-anos-da-cantora--Big-Brother-Brasil-20210420-
0066.html. Acesso em: 22 abr. 2021.
https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/30793/M%20866.pdf?sequence=1
&isAllowed=y. Acesso em: 25 nov. 2020.
NETO, Werner. É minha opinião X Ódio gratuito: Se você é o tipo de pessoa que
gosta de ver um pisão, o lacre na cara das invejosas, senta que esse texto é pra
você! Lindíssima disse tudo, 13 mai. 2018. Disponível em:
https://medium.com/lind%C3%ADssima-disse-tudo/%C3%A9-minha-opini%C3%A3o-
x-%C3%B3dio-gratuito-9c95d155e636. Acesso em: 13 abr. 2021.
PENA, Kamila Dutra. Configurações do racismo nas redes sociais. 2017. 136 f.
Dissertação (Mestrado em Gestão de Organizações Aprendentes) - Universidade
Federal da Paraíba, João Pessoa, 2017. Disponível em:
https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/tede/9771. Acesso em 21 abr. 2021.
SANTOS, Manuela Silva dos. Direito autoral na era digital: impactos, controvérsias
e possíveis soluções. São Paulo, 2008. 229 p. Dissertação (Mestrado em Direito) –
Universidade Católica de São Paulo. Disponível em:
http://www.dominiopublico.gov.br/download/teste/arqs/cp063159.pdf. Acesso em: 13
abr. 2021.
SANTOS, Mirele Araújo dos. Danos morais nas redes sociais. Revista Jus
Navegandi, 10 ago. 2016. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/51324/danos-
morais-nas-redes-sociais. Acesso em: 09 abr. 2021.
SULZ, Paulino. O guia completo de Redes Sociais: saiba tudo sobre as plataformas
de mídias sociais. Rockcontent, 10 mar. 2020. Disponível em:
https://rockcontent.com/br/blog/tudo-sobre-redes-sociais/ Acesso em: 13 abr. 2021.
TAÍS Araújo presta depoimento à polícia sobre ofensas racistas na web. Rio de
Janeiro: UOL TV e famosos, 4 nov. 2015. Disponível em:
https://tvefamosos.uol.com.br/noticias/redacao/2015/11/04/apos-ofensas-racistas-
tais-araujo-presta-depoimento-a-policia-nesta-quarta.htm. Acesso em: 20 abr. 2021.
75
TARTUCE, Flávio. Manual de Direito Civil. Volume único. São Paulo: Editora
Forense, 6ª edição, 2016.
USO das redes sociais no Brasil: O poder das redes no cotidiano dos brasileiros.
Web company marketing digital, 29 jul. 2016. Disponível em:
https://webcompany.com.br/o-poder-das-redes-sociais-no-cotidiano-dos-
brasileiros/#:~:text=O%20uso%20das%20redes%20sociais,com%2010%20anos%20
ou%20mais. Acesso em: 23 mar. 2021.
VALENTE, Jonafs. Brasil tem 134 milhões de usuários de internet, aponta pesquisa:
A maioria acessa a internet pelo celular. Agência Brasil, Brasília, 25 mai. 2020.
Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2020-05/brasil-tem-134-
milhoes-de-usuarios-de-internet-aponta-
pesquisa#:~:text=Atualizado%20em%2026%2F05%2F2020,a%20134%20milh%C3
%B5es%20de%20pessoas. Acesso em: 16 mar. 2021.
VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil parte geral: 13ª ed. São Paulo, Editora
Atlas, 2013.