Dominio G IGAC 2022 Parte 2

Domínio G – Coleta e Análise de Dados
Profa. Dra. Ana Carolina Sella, BCBA-D, QBA
Direitos reservados. Sella (2022). 1

Sobre o domínio G do QABA
• Domínio G - Coleta e Análise de Dados
➢ Definir definição operacional
➢ Definir confiabilidade e validade.
➢ Identificar 3 indicadores de medidas (propriedades com comprotamento)
➢ Definir observável e mensurável e a importância de se definer o início e o final de um
comportamento para a confiabilidade.
➢ Identificar procedimentos de mensuração, como frequência contagem/registro por eventos,
duração, amostragem de tempo, interval, registro por interval parcial, latência e checagem de
atividade planejados. Identificar benefícios e limitações de cada um.
➢ Definir métodos de mensuração contínuos e descontínuos.
https://qababoard.com/qualified-behavior-analyst-guidelines/
Sobre o domínio G do QABA
Domínio G - Coleta e Análise de Dados
• Identificar e selecionar tipos de gráficos como os de linha, de barras, cumulativos, scatterplots, e de
delineamento de sujeito único para demonstrar os dados.
• Identificar e analisar tipos de dados para tendências, níveis, estabilidade e variabilidade.
• Definir concordância entre observadores (IOA) e possíveis ameaças a ela.
• Identificar tipos de design de concordância entre observadores (IOA), como o tentativa por
tentativa ou de contagem total.
• Como calcular IOA baseando se em dados diversos, incluindo intervalos não sem ocorrência,
observadores múltiplos, etc.
• Identificar desvios no tratamento baseando-se na análise de dados.
https://qababoard.com/qualified-behavior-analyst-guidelines/

Horários
• Aula 1, dia 29: 8:00-12:00
• Aula 2, dias 04 e 05:
Sexta-feira - 19:00 às 22:00
Sábado - 8:00 às 12:00
Sábado - 13:00 às 17:00

16:00 às 17:00 – Avaliação de conteúdo aprendido (somativa???)
Temos algumas opções.

Pré-requisitos
•Somar, subtrair, multiplicar e dividir unidades, dezenas, centenas e milhares

•Calcular porcentagem
•Transformar segundos, minutos e horas
•Ler, interpretar e construir gráficos à mão e no Excel

Objetivos
Ao final do módulo os alunos serão capazes de:

1. Identificar e discutir as propriedades fundamentais do comportamento e as
suas dimensões que podem ser medidas.
2. Discutir alguns tipos de medidas, suas vantagens e desvantagens (frequência,
taxa, duração, latência, porcentagem de ocorrência).
3. Identificar e descrever os principais gráficos que são utilizados pela ABA
(gráficos de linha, gráficos de barra e registros cumulativos).
4. Descrever métodos de coleta de dados, mais especificamente folhas de
registro.
Objetivos

5. Identificar e descrever vantagens e desvantagens de medidas diretas e
indiretas, medidas contínuas e por amostragem. CONT’
6. Identificar e fazer cálculos de IOA.
7. Analisar gráficos de acordo com nível, tendência e variabilidade.
8. Identificar e descrever características de medições confiáveis (confiabilidade,
precisão e validade).

Grupos
Dividam-se em grupos de 4.
Me passem os nomes dos participantes.
Vamos sortear os números dos grupos.
Quem ganhar, terá 1 ponto extra na nota + chocolates.

Revisando
Propriedades Medidas das
quantitativas do propriedades
comportamento quantitativas
Locus Temporal Latência
Extensão Temporal Duração
Repetição Repetição
Medidas Indiretas
(não há observação direta do comportamento)
Checklists
Entrevistas
Questionários
Escalas respondidas pelos responsáveis
Relatos
Produtos permanentes
Direitos reservados. Sella (2022).

Medidas Diretas
(com observação direta do comportamento)
Fundamentais Derivadas Baseadas na definição

(qualitativas)
Porcentagem de

Latência
ocorrência
Duração
Tentativas até Topografia
critério
Contagem/frequência*
Celeração Magnitude
Tempo entre respostas
12
Medidas Diretas
(com observação direta do comportamento)
Contínuas Descontínuas ou por

amostragem
Latência
Por intervalo Em momentos específicos
Duração - Intervalo total - MST (momentary time
- Intervalo parcial sampling)
Contagem/frequência*
Tempo entre respostas
13
Hora da pergunta
1. Relacione cada uma das dimensões do comportamento a sua respectiva

definição.
(1) Latência (2) Duração (3) Frequência
( ) O tempo entre o início e o término de uma resposta.

( ) Quantidade de tempo transcorrida entre a apresentação de um estímulo
antecedente e o início da ocorrência de uma resposta.
( ) Consiste no número de vezes que uma resposta ocorre no período de
observação.
Hora da pergunta
2. Assinale a alternativa mais correta sobre registro de latência.
a) É utilizado pelo analista do comportamento quando a duração de uma

resposta é de interesse.
b) É utilizado pelo analista do comportamento quando o intervalo entre
respostas é de interesse.
c) É utilizado pelo analista do comportamento quando a medida de tempo
entre a apresentação de um estímulo antecedente e o início de uma resposta
é de interesse.
d) É utilizado pelo analista do comportamento quando o número de vezes que
uma resposta ocorreu é de interesse.
Hora da pergunta
3. Assinale a alternativa que contém uma afirmação incorreta sobre medidas

contínuas do comportamento.
a) Medem diretamente um aspecto ou dimensão quantitativa do comportamento.

b) Medem o comportamento em todas as instâncias ocorridas durante todo o
período de observação.
c) Realizadas em um período específico e definido de observação.
d) Medem amostras do comportamento em questão durante o período de
observação determinado.
Medidas Descontínuas ou por
Amostragem
Medidas Diretas - Descontínuas
• Envolvem medir amostras do comportamento-alvo durante um período
de observação determinado.
• Ou seja, você não vai observar TODAS AS OCORRÊNCIAS daquele período.
Você observará apenas algumas das ocorrências.

• Medidas descontínuas são mais usadas na clínica do que as contínuas,
dada a quantidade de recursos que medidas contínuas costumam
demandar.
• Existem muitos estudos que comparam a confiabilidade e fidedignidade
dos dados das medidas contínuas às das medidas descontínuas.
• De forma geral, medidas contínuas são mais confiáveis e fidedignas, mas
as descontínuas se aproximam, a depender dos parâmetros utilizados
para pensar a sua coleta de dados.

• Como funcionam medidas descontínuas?
• Você divide o período de observação em intervalos menores.
• Quanto tempo vai durar cada intervalo depende de:
• Quanto de fidedignidade você precisa dos dados. A literatura
científica traz dados sobre como a duração dos intervalos influencia a
fidedignidade dos dados.
• Os recursos disponíveis.
• Os registros são feitos nos intervalos ou em momentos específicos.
• Iremos discutir as 3 principais formas de registro por amostragem.

• Pega-se o período de observação e o divide em intervalos menores.
• Registra-se a ocorrência ou não do comportamento nos intervalos ou em momentos
específicos do intervalo.
➢ Por exemplo, um período de observação de 5 minutos (300 segundos).
➢ Dividimos em intervalos de 20 segundos.
➢ Teremos 15 intervalos de 20 segundos, totalizando os 5 minutos.
➢ Pode-se registrar dados em todos os intervalos ou em momentos específicos de
todos os intervalos.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
X V V X V X V V X V X V V V X
V = Ocorrência X = Não - ocorrência

• Normalmente o dado é porcentagem de intervalos em que o comportamento ocorreu.
• Qual a porcentagem de intervalos em que ocorreu o comportamento, dados os
registros abaixo?
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

➢ Porcentagem de intervalos em que ocorreu o comportamento?

▪15 intervalos ao todo
▪9 intervalos com ocorrência
▪Divide-se o número de intervalos com ocorrência/total de intervalos.
Multiplica-se por 100 para achar a porcentagem.
▪=(9/15)*100
▪= 60%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

• Pode-se observar um intervalo sim e outro, não (observa em um, registra no
seguinte).
• Registra-se a ocorrência ou não do comportamento nestes intervalos.
➢ Por exemplo, um período de observação de 5 minutos.
➢ Divide-se em intervalos de 20 segundos.
➢ Teremos 15 intervalos.
➢ Teremos 8 observações e apenas 7 registros.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
X V V V X X V
• Qual a porcentagem de intervalos com ocorrência?

• Contaremos os 7 registros como total de intervalos.
• Houve ocorrência em 4 intervalos.
• =(4/7)*100
• 57,1%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
X V V V X X V

• Vocês viram que quando registramos em todos os intervalos deu 60% e

• Quando registramos intervalo sim, intervalo não, deu uma leve diferença
(57,1%)?
• É preciso ficar atento a este fato.
• Quanto mais observações e mais registros, mais fidedigno o dado.

Hora da pergunta
• Calcule (a) a porcentagem de intervalos com ocorrência e (b) a porcentagem de
dados sem ocorrência dos seguintes exemplos:
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
V V X X V V V V X X
• Porcentagem de intervalos com ocorrência: ______%

• Porcentagem de intervalos sem ocorrência: ______%

Hora da pergunta
4. Calcule (a) a porcentagem de intervalos com ocorrência e (b) a porcentagem de
dados sem ocorrência dos seguintes exemplos:
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
V V X X V V V V X X
• Porcentagem de intervalos com ocorrência: 60%

• Porcentagem de intervalos sem ocorrência: 40%

• Agora vamos ver os 3 principais métodos de medidas descontínuas, por
amostragem temporal (do inglês, time sampling)
➢ Intervalo total
➢ Intervalo parcial
➢ Amostra temporal momentânea

➢ Intervalo total

Medidas Descontínuas – Intervalo Total
• O período de observação (por exemplo, a sessão) é dividido em períodos
mais curtos, normalmente apenas alguns segundos.
• É registrada a ocorrência ou não ocorrência do comportamento em cada um
dos intervalos.
• APENAS se o comportamento ocorrer durante TODO o intervalo há o
registro.

• No início da observação, inicia-se um timer, preferencialmente com um sinal sonoro
para o observador (sem o cliente ouvir).
• Muitas vezes, grava-se um sinal sonoro e usa-se um fone sem fio, pois é difícil
monitorar os intervalos sem apoio de dicas auditivas.
• O sinal sonoro marca o final de um intervalo e início do próximo intervalo.
• Este link traz dicas sonoras e visuais: https://www.youtube.com/watch?v=7rO6xVckw-Q
• A cada intervalo, registra-se a ocorrência ou não.
• Só há registro de ocorrência se o comportamento ocorrer durante o intervalo
inteiro!

• Os dados são contabilizados em termos de porcentagem de intervalos (a)
com ou (b) sem ocorrência da resposta.
• A depender dos seus objetivos terapêuticos, você pode olhar para:
➢ Porcentagem de intervalos com ocorrência
➢ Porcentagem de intervalos sem ocorrência

• É usado para medir:
➢ comportamentos contínuos (nos quais a duração é o aspecto mais
importante)
➢ comportamentos com alta frequência
➢ comportamentos cujo alvo é aumentar a frequência ou duração

• Intervalo total tende a:
➢ Subestimar a medida do comportamento: parece ocorrer menos do
que realmente ocorre porque precisa ocorrer durante TODO o
intervalo.

Hora da pergunta
5. Calculem a porcentagem de ocorrência do comportamento baseando-se nos

dados abaixo:
Min Intervalos de 5 segundos

utos
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0-1 + + + + - - + + + + + +
1-2 - - + + + + - + + + + +
Porcentagem =
((ocorrências no período1+ocorrências no período 2)/total de intervalos)*100
• Calculem a porcentagem de ocorrência baseando-se nos dados abaixo:
Minutos Intervalos de 5 segundos
0-1 + + + + - - + + + + + +
1-2 - - + + + + - + + + + +
Porcentagem = ((10+9)/24)*100
= (19/24) * 100
= 0,79*100
= 79%
➢ Intervalo total

Medidas Descontínuas – Intervalo Parcial
• Divide-se o período de observação em períodos mais curtos.
• É registrada uma ocorrência se o comportamento ocorrer em qualquer
momento do intervalo, inclusive, em apenas parte dele.
• Mesmo que o comportamento ocorra mais do que uma vez, é registrada
apenas uma ocorrência.

• Como no intervalo total, no parcial:
➢ No início da observação, inicia-se um timer.
➢ A cada intervalo, registra-se a ocorrência e/ou não ocorrência.
➢ Muitas vezes, grava-se um sinal sonoro e usa-se um fone sem fio.
➢ O sinal sonoro marca o início do próximo intervalo.
➢ Há registro de ocorrência se o comportamento ocorrer durante o intervalo.

• Comumente utilizado para registro de comportamentos disruptivos ou
problema.
• Na maior parte dos caso, superestima a ocorrência do comportamento, pois
há registro se ocorrer em qualquer momento do intervalo.
• Pode subestimar, se o comportamento tiver alta frequência, pois haverá o
registro de apenas uma ocorrência.

• Vantagens
➢ Sensível para detectar mudanças no comportamento que são
resultado de intervenções.
➢ Boa medida principalmente quando se quer diminuir a frequência de
um comportamento.
➢ Útil para comportamentos que ocorrem em alta frequência (mas não
muito alta) ou de forma distribuída ao longo do dia.
➢ Usa-se quando é inviável registrar a frequência ou duração total do
comportamento-alvo.

Hora da pergunta
6. Calculem a porcentagem de ocorrência baseando-se nos dados abaixo:

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0-1 + + + + - - + + + - + +
1-2 - - + + + + - + + + - +
Porcentagem de ocorrências=
((ocorrências no período1+ocorrências no período 2)/total de intervalos)*100
Hora da pergunta
• Calculem a porcentagem de ocorrência baseando-se na folha de
registro abaixo:

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0-1 + + + + - - + + + - + +
1-2 - - + + + + - + + + - +
Porcentagem = ((9+8)/24)*100
= (17/24)*100
= 0,708 * 100
= 70,8%
➢ Intervalo total

Amostra temporal momentânea (Momentary Time
Sampling)
• O período de observação é dividido em períodos mais curtos.
• Observação e registro são realizados ao final do intervalo.
• Consideramos a ocorrência apenas se o comportamento estiver
ocorrendo no momento da observação, ou seja, ao final do intervalo.
• Se o comportamento ocorrer em outros momentos do intervalo, não
registrar.

Amostra temporal momentânea (Momentary
Time Sampling)
• É usado:
• Com comportamentos que ocorrem em alta frequência ou
• Quando não é possível fazer registro contínuo, devido a limitações de
pessoal.

Time Sampling)
• Vantagem:
• A observação só ocorre no final do intervalo, então é uma medida mais simples
de ser utilizada.

Time Sampling)
• Desvantagens:
• Não deve ser utilizado:
➢ Com comportamentos que ocorrem em baixa frequência
➢ Com comportamentos de duração curta
• Pois pode subestimar as ocorrências.
• Nestes casos: programar observações contínuas.

Time Sampling)
• Quando este método é efetivo:
➢ Intervalos de 10, 20, 40, 80 e 120 segundos.
➢ Mais do que isso, pode subestimar ou superestimar os dados.
➢ Muitos terapeutas usam intervalos mais longos quando precisam de
ajuda de pais ou professores para registro e querem diminuir o custo da
resposta.

Hora da pergunta
7. Sobre Medidas descontínuas...
I. Envolvem medir amostras do comportamento em questão durante o período de observação

determinado.
II. As medidas descontínuas envolvem considerar a duração ou número de respostas exatos
emitidos por intervalo ou por período de observação.
Quais das afirmações estão corretas:

a) Apenas a I
b) Apenas a II
c) Ambas estão corretas
d) Ambas estão incorretas
Hora da pergunta
8 . Relacione os três métodos de amostragem temporal a descrição de como são realizados.
(1) Registro de intervalo total

(2) Registro de intervalo parcial
(3) amostra temporal momentânea
( ) Um período de observação é dividido em intervalos mais curtos de observação e, para

cada intervalo, é registrada a ocorrência ou não de um comportamento SE OCORRER O
COMPORTAMENTO DURANTE TODO O INTERVALO.
( ) Um período de observação é dividido em intervalos mais curtos, e a observação é
realizada ao final de cada intervalo de observação.
( ) Um período de observação é dividido em períodos mais curtos e é registrada a ocorrência
ou não do comportamento em cada um dos intervalos.
Hora da pergunta
9 . Exercício de análise.
• Vocês vão analisar uma tabela que construí.
• 2 minutos por slide
• Descrevam pontos positivos e negativos da tabela.

Medida Como medir Vantagens Desvantagens
Resposta (20-30 minutos)
Tempo entre
o término da
- Importante quando o comportamento
é emitido com latência muito longa ou
- Às vezes usar um cronômetro e
conduzir a sessão é difícil.
apresentação muito curta em relação a: pares, saúde,
Latência
do Sd e o etc.
início da
resposta
- Importante quando o comportamento - Uso de duração por ocorrência ou
ocorre com durações ou muito curtas ou duração total depende de objetivos e
muito longas. recursos.
Tempo entre - Útil quando comportamentos ocorrem - Às vezes usar um cronômetro e
o início e o com taxas muito altas ou quando o conduzir a sessão é difícil.
Duração
final da registro de cada evento é difícil.
resposta - Útil para comportamentos que não
possuem início e fim claros.
- Útil para comportamentos contínuos,
que não param.

- Útil para comportamentos que - Se o período de observação não for
possuem início e fim definidos constante, você precisará usar taxa.
- Medida importante para - Para comportamentos que não
comportamentos de curta duração possuem início e fim definidos, não
Número de
Contagem - Útil quando o tempo de observação deve ser usada.
respostas
é constante - Para comportamentos que possuem
- Usado para calcular a taxa de duração maior que poucos segundos,
resposta, celeração, porcentagens e não deve ser usada.
tentativas até critério
- Ajuda a tornar as contagens - Não é uma boa medida para tentativas
comparáveis. discretas ou comportamentos que duram
- É a medida mais sensível em relação à muito tempo.
Número de repetição.
respostas / - Medida preferida para operantes
Taxa
Tempo de livres.
Observação - É necessário olhar para a taxa de
respostas corretas e incorretas quando
Medida Como medir Vantagens & Desvantagens
Resposta (20-30 minutos)
Intervalo Período de Intervalo total é usado: Intervalo total tende a:
total observação Para comportamentos contínuos Subestimar a medida do comportamento
dividido em Para comportamentos com alta frequência Parece ocorrer menos do que realmente ocorre
intervalos iguais Para comportamentos que se pretende aumentar
Registro: se o a frequência ou duração
comportamento
ocorrer durante
todo o intervalo
Intervalo Período de Sensível para detectar mudanças no Na maior parte dos caso, superestima a
parcial observação comportamento que são resultado de ocorrência do comportamento, pois há registro
dividido em intervenções. se ocorrer em qualquer momento do intervalo.
intervalos Boa medida principalmente quando se quer Pode subestimar, se o comportamento tiver alta
Registro: se o diminuir a frequência de um comportamento. frequência, pois haverá o registro de apenas uma
comportamento Útil para comportamentos que ocorrem em alta ocorrência.
ocorrer em frequência (mas não muito alta) ou de forma
qualquer distribuída ao longo do dia.
momento do Usa-se quando é inviável registrar a frequência
intervalo ou duração total do comportamento-alvo.

Amostra Período de É usado: Não deve ser utilizado:
gem de
tempo Resposta (20-30 minutos)
observação
dividido em
Com comportamentos que ocorrem em alta
frequência e ou
Com comportamentos que ocorrem em baixa
frequência
momentâ intervalos Quando não é possível fazer registro contínuo, Com comportamentos de duração curta
nea Registro: se o devido a limitações Pois pode subestimar as ocorrências
comportamento
ocorrer no
momento da
observação

Medidas Derivadas

Medidas Derivadas
• Derivadas das medidas diretas.
• Expressas em porcentagem ou tentativas até critério.

Medidas Derivadas – Porcentagem
• Utilizadas para expressar a proporção entre medidas ou a porcentagem de
respostas corretas ou incorretas.

• Cálculo para porcentagem de respostas corretas:
(número de respostas corretas/oportunidades para responder)*100

• Cálculo para porcentagem de respostas incorretas:
(número de respostas incorretas/oportunidades para responder)*100

Hora da pergunta
10. Sobre a medida derivada porcentagem, assinale a opção incorreta.
a) A medida de porcentagem é bastante utilizada para expressar proporção ou porcentagem de

respostas corretas quando o comportamento envolve um número de oportunidades específico
ou em tentativas discretas.
b) Pode-se calcular a porcentagem de ocorrência de um comportamento (considerando
número de oportunidades para a resposta).
c) A partir da medida de porcentagem, pode-se monitorar o desempenho do aprendiz em um
programa de ensino, mas não é uma medida que contribui para avaliar se o programa é
efetivo para o ensino do comportamento-alvo.
d) A partir da medida de porcentagem, pode-se monitorar o desempenho do aprendiz em um
programa de ensino e avaliar se o programa é efetivo para o ensino do comportamento-alvo.
Hora da pergunta
11. Calcule a porcentagem de respostas corretas:
Em um programa de ensino de tato, Pedro acertou 6 tentativas do bloco de 8 tentativas

apresentado, a porcentagem de respostas corretas foi:
a) 55%
b) 65%
c) 75%
d) 85%
Medidas Derivadas – Tentativas até critério
• Número de respostas (ou de oportunidades de resposta) necessário para se
atingir o critério de aprendizagem, a partir do início da intervenção.
• Soma-se o número de todas as tentativas que foram necessárias, em todas as
sessões, para alcance de critério de aprendizagem.

Medidas Derivadas – Tentativas até critério
• Exemplo: qual o total de tentativas até critério (20 tentativas corretas
consecutivas) neste gráfico?
Leitura de palavras simples com sílabas canônicas
25
Linha de base Intervenção: Sr+ e correção
20
número de tentativas
15
10
5
180
0
LB 1 LB 2 LB 3 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Sessões
LB 1 LB 2 LB 3 1 Direitos
2 reservados.
3 4Sella (2022).
5 6 7 8 9 66
Medidas Baseadas na definição
(qualitativas)
Medidas baseadas na definição
• Topografia
• Magnitude
• Topografia
• É a forma do comportamento
• Importante quando os resultados desejados são contingentes a
respostas que tenham certas topografias (articulação de palavras,
ballet, esportes, canto)
• Magnitude
• É a força ou intensidade do comportamento.
• Importante quando os resultados desejados são contingentes a
resposta dentro de certa variação de magnitude (p. ex., volume da
voz, intensidade do carinho ou do abraço)
Hora da pergunta
12.
• 10 minutos
• Pensem em um cliente que atendem.
• Descrevam um comportamento cuja medida-alvo deveria ser
topográfica e um cuja medida alvo deveria ser a magnitude.
• Descrevam qual instrumento usarão para medir (p.ex., fotos
comparativas, decibelímetro, etc)
Folhas de Registro
Folhas de registro
• Artigos atuais que discutem folhas de registro:
LeBlanc, L. A., Sump, L. A., Leaf, J. B., & Cihon, J. (2020). The effects of standard and
enhanced data sheets and brief video training on implementation of conditional
discrimination training. Behavior analysis in practice, 13(1), 53-62.
Romani PW, Alcorn AS, Linares J. Improving Accuracy of Data Collection on a Psychiatric
Unit for Children Diagnosed With Intellectual and Developmental Disabilities. Behav
Anal Pract. 2018 Nov 1;11(4):307-314. doi: 10.1007/s40617-018-00305-6. PMID:
30538904; PMCID: PMC6269391.
Kodak, T., & Halbur, M. (2021). A tutorial for the design and use of assessment-based
instruction in practice. Behavior Analysis in Practice, 14(1), 166-180.

Folhas de registro
• Importância
➢ Como profissionais da Análise do Comportamento Aplicada (ABA) baseiam
suas decisões em dados, derivados de coletas de dados confiáveis.
➢ E folhas de registro existem para auxiliar na coleta de dados
➢ As folhas de registro são a base de nossa prática diária.

Folhas de registro
• Pessoas diferentes usarão folhas de registro de dados diferentes.
• Muitas pessoas usam folhas de registro que não contêm especificações
(chamadas de folhas de registro padrão, Le Blanc et al., 2020).
• Outras pessoas usam folhas de registro detalhadas, para facilitar a
implementação dos programas e do registro.

Folhas de registro
• Folhas de registro padrão podem ser um problema, pois sem informações
detalhadas:
• As pessoas podem implementar os programas de forma equivocada (p.ex.,
esquecem passos, aplicam passos na ordem incorreta).
• As pessoas podem não coletar dados o suficiente para tomadas de decisão (p.
ex., houve preferência por posição ou estímulo ou por sequência?).

Folhas de registro
• As folhas de registro deveriam vir acompanhadas das informações
essenciais sobre a aplicação dos programas.
• Por quê?

Folhas de registro
• As folhas de registro deveriam vir acompanhadas das informações essenciais
sobre a aplicação dos programas.
• Por quê?
➢ Para que você possa RELER os passos de implementação do programa antes (e
a qualquer momento) de cada aplicação.
➢ Isto aumentará as chances de implementar o seu programa com fidelidade e,
consequentemente, dos dados serem mais confiáveis e permitirem decisões
mais acertadas.

Folha de Registro Padrão Folha de Registro Detalhada
Progr:
Resp Estímulos
R1
R2
R3
R1
R2
R3
R1
R2
R3
% R1: %R2 %R3
Adaptado de LeBlanc et al. (2020)
Autora: Keila Cunha (2021)

80
Folhas de registro
• Vamos discutir elementos de programas e folhas de registro.
• Fonte: LeBlanc, Sump, Leaf & Cihon (2020)

Folha de Registro - Elementos
• Uma Folha de Registro Padrão deveria conter:
• local para escrita dos alvos
• local para registrar as respostas às sondas
• local para registrar se a resposta foi correta para cada tentativa
• local para registrar se a resposta emitida foi independente ou com ajuda

• Outro exemplo de Folha de Registro Padrão:
Folha de Registro de 10 tentativas
Programa: Instrução:
Criança: Data: Terapeuta:
Tentativa Dica prevista Resposta correta Precisou correção Observação
Sonda Estim 1 SEM DICA S N SEM CORREÇÃO
1 S N S N
2 S N S N
3 S N S N
4 S N S N
5 S N S N
6 S N S N
7 S N S N
8 S N S N
9 S N S N
10 S N
S N 83
Total de acertos
• Detalhada:
• Os alvos e níveis de dica devem estar descritos para cada sonda e para
cada tentativa de ensino.
• O estímulo a ser pedido deve estar claro.
• Deve haver a possibilidade de circular a resposta do aprendiz para ser mais
rápido (a não ser que a resposta seja aberta).
• A posição de cada alvo e dos estímulos comparação é contrabalanceada na
folha.
• O número de tentativas é igual para cada estímulo.

Instruções para o uso da folha de registro
•Organize os estímulos conforme indicado em cada tentativa.
•Apresente o estímulo amostra (o em negrito é o alvo em cada tentativa).
•Circule o estímulo que o aprendiz pegar PRIMEIRO, mesmo que seja um erro. Em negrito está o correto.
•Circule o nível de ajuda necessário para que o aprendiz demonstrasse uma resposta correta.
•Circule se houve resistência ou birra.
•Nas 3 primeiras tentativas (sondas – com fundo cinza), usar dicas da menos intrusiva para a mais (verbal,
modelo, dica física total)
•Nas outras tentativas, dar dica física total imediata, se ela foi necessária na sonda.
Folha de Registro
Criança: Nome da terapeuta: Data:
Passo: linha de base passo 1: dica física total imediata passo 2: XX
Perspectiva dos estímulos: organizar da esquerda para direita da TERAPEUTA
Tentativ Estímulo esquerda centro direita Resposta da criança Resistência Birra
amostra
Sonda 1 BANANA MANGA BANANA UVA IND MOD AF
Sonda 2 UVA UVA MANGA BANANA IND MOD AF
Sonda 3 MANGA BANANA UVA MANGA IND MOD AF
1 MANGA MANGA UVA BANANA IND AF E S N S N
2 BANANA UVA BANANA MANGA IND AF E S N S N
3 UVA UVA BANANA MANGA IND AF E S N S N
4 MANGA BANANA MANGA UVA IND AF E S N S N
5 BANANA MANGA UVA BANANA IND AF E S N S N
6 UVA BANANA MANGA UVA IND AF E S N S N
7 BANANA BANANA UVA MANGA IND AF E S N S N
8 UVA MANGA UVA BANANA IND AF E S N S N
9 MANGA UVA BANANA MANGA IND AF E S N S N
total
Hora da pergunta
13.
10 minutos
• O comportamento-alvo será: a criança apontará para o estímulo com a cor
correta, dentre 3 estímulo apresentados, com 100% de acerto.
• Linha de base: a criança não acertou nenhuma tentativa.
• Criem uma folha de registro detalhada para uma sessão com 9 tentativas das
cores vermelho, amarelo e azul.

Hora da pergunta

Gráficos
Gráficos
• Gráficos estão entre os recursos mais importantes da Análise do Comportamento.
• Por quê?

Gráficos
• Mudanças de comportamento são processos dinâmicos; elas ocorrem
constantemente.
• Analistas do comportamento precisam não apenas coletar os dados, mas analisa-
los para revelar as mudanças de comportamento ao longo do tempo.
• Gráficos são uma forma de mostrar e analisar os dados que permitem tomar
decisões válidas e confiáveis.

Gráficos
• É a partir da análise visual dos dados postos em um gráfico que:
• Analisamos a validade social das mudanças
• Tomamos decisões informadas sobre os efeitos da intervenção sobre o
comportamento.

Gráficos
• Importância:
• Ao plotarmos os dados imediatamente após a sessão, conseguimos
acompanhar visualmente o comportamento do participante.
• Gráficos são um formato simples e relativamente fácil de olharmos para
os dados.
• Gráficos imediatamente mostram quando intervenções são fracas ou
robustas.
• Gráficos nos incentivam a tomarmos nossas próprias decisões a partir dos
padrões de comportamento ao longo do tempo.

Gráficos
• Elementos de nossos gráficos:
• Eixo X e Y corretamente rotulados
• Pontos de dados claros e corretamente posicionados
• Pontos de dados conectados quando cabível
• Condições de linha de base e de intervenção corretamente rotuladas
• Título

Título
Eixo Y Leitura de palavras simples com sílabas canônicas
25
Identificação da LB Identificação da
Intervenção: Sr+ e correção
Linha de base intervenção
20
número de tentativas corretas
15
Dados Conectados
10 Pontos de dados
Eixo X
0
LB 1 LB 2 LB 3 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Sessões

Principais Tipos de Gráficos
• Os 3 principais tipos de gráficos utilizados na Análise do Comportamento são:
• Gráficos de linha (os mais utilizados, pois permitem uma análise visual mais clara)
• Gráficos de barra
• Registro cumulativo

Gráficos de Linha
• No gráfico de linha os dados do eixo X e do eixo Y se cruzam, formando linha com
um caminho de dados.
• Normalmente precisamos de dados de linha de base e de dados da intervenção,
para podermos comparar os dois momentos e julgar se a intervenção produziu
mudanças significativas no comportamento.
• Usamos gráficos de linha quando queremos comunicar relações quantitativas
entre fases de avaliação e intervenção e o tempo.

Gráficos de Linha
• Podem ser feitos em software específico (p.ex., Excel, prisma, etc)
• Podem ser feitos no papel.

Gráfico em folha de papel

4 4 5 6 6
18-10
Use este símbolo para respostas independentes.

Use este símbolo para respostas com ajuda prevista.
Gráficos
• Como montar um gráfico de linhas:
• https://www.dropbox.com/s/whehbg4g2m33toa/Gr%C3%A1fico%20
de%20linhas%20simples.mp4?dl=0

Gráficos de Barra
• Não são tão usados na análise do comportamento.
• As pessoas que se utilizam da equivalência de estímulos e da RFT costumam
utilizar mais este tipo de gráfico.
• Em gráficos de barra, normalmente, você não tem pontos de dados distintos para
cada responder ao longo do tempo.

Gráficos de Barra

Gráficos de Barra

Registros Cumulativos
• São muito utilizados na Análise Experimental do Comportamento, especialmente
em estudos de operantes livres em animais.
• Também são muito utilizados no “Ensino Preciso”, sistema no qual a precisão e a
velocidade das respostas são importantes.

• Estes gráficos ilustram o registro cumulativo de respostas emitidas no eixo Y
(vertical)
• Quanto maior o ângulo, maior a TAXA de resposta.
• Mostram sempre o total acumulado e as mudanças a cada ponto de dados.

Total = 11

Registro Cumulativo
Hora da pergunta
14. A Figura abaixo apresenta um exemplo de gráfico de frequência ou taxa de respostas,
para o exemplo de comportamento autolesivo de bater a cabeça.
De acordo com o gráfico classifique as afirmações a seguir como verdadeiras (V) ou falsas (F).
( ) Na sessão 01 o número de respostas foi menor que três.

( ) O número de respostas na sessão 04 foi maior que na sessão 05.
( ) O número de respostas na sessão 09 foi igual ao número de respostas na sessão 10.
( ) O número de resposta na sessão 04 foi menos que dois.
Gráficos
• Como interpretar gráficos na Análise do Comportamento Aplicada:
• Variabilidade/estabilidade
• Tendência
• Nível

Gráficos
• Variabilidade
• Se refere a quanto o comportamento varia
(aumenta ou diminui) durante o período de linha
de base e/ou intervenção.
• Muita variabilidade indica que não temos
controle sobre o comportamento e, portanto,
não deveríamos intervir ainda.
• Dentre estes dois gráficos, em qual poderíamos
em intervir, sabendo que os dados estão
estáveis?

Gráficos
• Tendência
• Direção da mudança de comportamento que medidas repetidas do
comportamento permitem inferir.
• Tendência a aumentar (dados em aclive), diminuir (dados em declive) ou
permanecer da mesma forma (dados com tendência neutra ou sem tendência).
• Pode ser em relação à sua frequência, duração ou intensidade.
(Kazdin, 2010; Sampaio et al., 2008)

Gráficos
• Tendência
Dados em aclive Dados em declive Dados sem
tendência ou
tendência neutra

Gráficos
• Nível
• Desempenho médio do aprendiz em uma dada condição.
• O desempenho pode ser medido em termos de frequência, duração, latência ou
qualquer outra propriedade QUANTITATIVA do comportamento.

Gráficos
• Nível Nível: 51,2 Nível: 51,2 Nível: 51,2

Gráficos
• Nível, tendência e variabilidade/estabilidade, determinam:
➢ Se o desempenho na linha de base indica a necessidade de intervenção.
➢ Se a intervenção foi efetiva.

15. Qual o nível, tendencia e variabilidade do primeiro gráfico, na linha de base?
E no 2º? Com a variabilidade e tendencia presentes no segundo gráfico, a intervenção deveria ter
começada?

16.
Os pontos quadrados representam linha de base.
Os redondos, a intervenção e a manutenção (follow up).
Avalie a tendência, o nível e a variabilidade das fases e responda: a
intervenção foi inserida em um bom momento? Ela foi efetiva? Os resultados
da intervenção se mantiveram?
Linha de base Intervenção Follow up

17. Relacione as três propriedades dos dados em gráficos a seus respectivos conceitos:
(1) Variabilidade
(2) Nível
(3) Tendência
( ) Se refere ao quanto o comportamento varia (aumenta ou diminui) durante o período de

avaliação ou de intervenção.
( ) Se refere ao desempenho médio do aprendiz em uma dada condição experimental, seja
tal desempenho medido em termos de frequência, duração, latência ou qualquer outra
propriedade do comportamento.
( ) Se refere ao fato de que medidas repetidas do comportamento permitem inferir a direção
da mudança do comportamento: aumento (dados em aclive), diminuição (dados em declive)
ou permanência no mesmo nível (dados com tendência neutra) em relação à sua frequência,
duração ou intensidade.
Coleta de dados e IOA
Coleta de dados
• Importância
• É raro alguém nos descrever que definir operacionalmente, observar e
registrar dados estão entre nossas ações mais fundamentais na prática
clínica da Análise do Comportamento Aplicada.

Coleta de dados
• Importância
• Sem dados concretos, derivados de observações diretas, não podemos
sequer dizer que um comportamento realmente ocorre (ou seja, que ele
existe).
• Precisamos saber para que comportamento estamos olhando e quantas
vezes ele ocorre em um determinado período de tempo, em qual intensidade
e com qual duração para determinarmos se há um problema clínico ou não.

Coleta de dados
• Importância da mensuração e coleta de dados;

➢ Medimos o comportamento para obter respostas sobre a existência de
comportamentos socialmente significativos e sobre a natureza das relações
entre o comportamento e variáveis ambientais.
(Cooper et al., 2007, p. 73)

Coleta de dados
➢ Medir o comportamento permite:

➢ Realizar comparações do comportamento de uma pessoa dentro de e
entre condições ambientais diferentes.
➢ Que se tirem conclusões baseadas em dados sobre os efeitos destas
condições sobre o comportamento.
(Cooper et al., 2007, p. 73)

Coleta de dados
• Sem medir o comportamento:

➢ Não tomamos decisões baseadas em dados
➢ Podemos estar tomando decisões clínicas que não sejam as mais
importantes ou necessárias para nossos clientes.

Coleta de dados
• Mantendo nossos registros de dados atualizados e

organizados,
• Qualquer pessoa pode verificar as mudanças que ocorreram
no comportamento da criança.

Coleta de dados
• Dados auxiliam:
➢ Na identificação do nível de ajuda que a criança precisa.
➢ No nível de acurácia e fluência em que a criança se encontra em
relação ao programa.
➢ Na identificação de possíveis problemas durante a execução do
programa.
(Lovaas, 2003)

Coleta de dados
• Todas as medidas & dados coletados

• Estão relacionados à observação direta e registro do comportamento-alvo.
• Estes dados, de observação direta, nos permitem tomar decisões baseadas
em nossas próprias evidências.

Hora da pergunta
18. Escreva, pelo menos, duas relevâncias da coleta de dados para a

prática da ABA.

Hora da pergunta
• Escreva, pelo menos, duas relevâncias da coleta de dados para a

prática da ABA.
1. Confirmar a existência de um comportamento.
2. Definir para que comportamento estamos olhando e quantas
vezes ele ocorre em um determinado período de tempo, em
qual intensidade e com qual duração para determinarmos se
um problema é clínico ou não.
3. Na identificação do nível de ajuda que a criança precisa.
4. No nível de acurácia e fluência em que a criança se encontra
em relação ao programa.
5. Na identificação de possíveis problemas durante a execução do
programa. Direitos reservados. Sella (2022). 130
Coleta de dados
• A forma mais utilizada de se coletar dados na ABA é a observação direta do

comportamento por humanos.
• Como são humanos que realizam a observação, há uma grande possibilidade
de ocorrências de erros de inconsistência no registro dos dados.
• Para aumentar a confiabilidade e a qualidade dos dados: concordância entre
observadores.
(Hawkins & Fabry, 1979; Cooper et al., 2007).

Concordância entre Observadores
• Definição
“o grau com o qual dois ou mais observadores independentes

relatam os mesmos valores observados após medirem os
mesmos eventos” (Cooper et al., 2007, p. 698).
Sella & Ribeiro (2016). Todos os direitos reservados. 132

• Por que é importante aumentar a confiança nos dados e diminuir vieses e

chances de erro humano?
• A confiabilidade nos dados é uma condição necessária para a validade de uma
intervenção clínica, um estudo, ou procedimento de ensino (Hartmann, 1977).
• Sempre que possível, use um segundo observador, mesmo que seja com o uso
de vídeos.

• Há muitas variáveis que podem influenciar a concordância entre observadores.

1) O comportamento é transitório (Barlow, Nock, & Hersen, 2009). O comportamento
acontece e não há como congelá-lo em suas dimensões temporais e espaciais.
2) Complexidade do sistema de medidas: observar diversos comportamentos e/ ou de
diversos indivíduos simultaneamente, durante intervalos de tempo muito curtos e sem
pausas agendadas para o registro dos dados aumenta a complexidade da observação,
aumenta as chances de erros de registro (Kazdin, 1979).
3) Folhas de registro cuja organização e formatação dificultam a localização de informação
acerca de quais comportamentos devem ser registrados, onde e em qual sequência podem
gerar erros.

4) Habilidades dos observadores. Barlow et al. (2009), Cooper et al. (2007), entre outros,
descrevem a importância de que os observadores sejam capazes de manter a atenção por períodos
de tempo longos, tomar notas de forma descritiva e objetiva, discriminar comportamentos-alvos de
não comportamentos e codificar e registrar diversos comportamentos de uma vez só. É necessário
treinamento até que seja alcançado um critério de desempenho rigoroso.
5) Reatividade: refere ao fato que, ao saber que outras pessoas avaliarão os dados coletados, o
observador pode realizar registros de comportamentos que ele pensa que os outros observadores
registrarão, mesmo que tais comportamentos não tenham ocorrido. Um exemplo deste problema é
quando um observador presta atenção ao comportamento do outro observador para registrar uma
instância do comportamento, ao invés de atentar ao comportamento do participante.

6) Expectativas: observadores registram um comportamento por saberem que é esperado que ele
ocorra com uma certa frequência ou após a inserção de uma determinada condição de intervenção.
Observadores ingênuos, alheios aos objetivos das diferentes fases da pesquisa são ideais para
evitar este tipo de viés.

4 métodos principais para coletar e calcular a concordância entre observadores:
1. Contagem total: mais simples dos métodos.
1. Divide-se a menor contagem de ocorrência pela maior* 100.
2. Contagem média por intervalo
3. Contagem exata por intervalo
4. Tentativa a tentativa.

Vamos fazer juntos:

Intervalos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Observador 1 + + + + - - - + + -
Observador 2 + - + + + + - + + -
Concordância entre observadores por contagem total:

Menor números de ocorrências pelo maior
(6/7)*100 = 85,7%

Hora da pergunta
19. Calcule a concordância entre observadores por contagem total dos dois conjuntos de
dados abaixo:

Intervalos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Observador 1 + + - + - - - + + -
Observador 2 - + + + + + - + + +
IOA por contagem total:

(5/8)*100 = 62,5%

Validade, Confiabilidade e
Precisão
Validade
• Falar em validade implica em analisar se o que você está medindo é o que você
tinha por alvo medir.
• Em termos mais técnicos: a validade envolve em que extensão os dados
coletados representam o comportamento sendo avaliado.
• Para os dados serem válidos você precisa produzir dados que sejam
RELACIONADOS diretamente ao seu objetivo ou meta.
• Por exemplo, se você quer saber se o número de mandos espontâneos de uma
criança está aumentando, você precisa registrar o número de mandos
ESPONTÂNEOS, não o número de mandos quando é dada a dica “O que você
quer?”
Confiabilidade
• Se refere a analisar se os dados se repetem dentro de uma dada condição (linha
de base ou uma intervenção específica).
• Quanto mais os dados se repetem (são iguais ou próximos) em uma dada
condição, mais confiáveis eles são.
• Exemplo: quando você mede quantos mandos por hora uma criança faz na linha
de base, por vários dias consecutivos, e sempre fica entre 1 ou 2, os dados se
repetem, são confiáveis. Aí, você escolhe um critério de aprendizagem que
normalmente, deve ser 100% de acerto por X dias consecutivos.
Confiabilidade
• A confiabilidade (dados repetidos) na linha de base é crítica para ser usada em
contraste com os dados do tratamento, especialmente se há questões de
judicialização e necessidade de produção de evidência.
• Mínimo de 3 pontos de dados repetidos para demonstrar a confiabilidade.
• É comum que se espere alguma estabilidade na linha de base antes de se iniciar a
intervenção, mas isso pode ser muito complicado na clínica. Inclusive trazendo
questões éticas importantes.
Confiabilidade
• A confiabilidade também se refere a usar os mesmos métodos para obter seus
dados.
• Exemplo: seu alvo é aumentar o tempo de engajamento em brincadeira
espontânea.
• Primeiro você usa registro por intervalo parcial na linha de base. Na
intervenção, passa a usar duração.
• Seus métodos de coleta de dados não são consistentes e, portanto, medidas
repetidas não gerarão dados consistentes.
Precisão
• Saber se os dados são precisos implica em responder à pergunta: os dados
correspondem ao que realmente aconteceu?
• A precisão ou acurácia dos dados se refere à extensão com a qual os valores, os
dados quantitativos observados e registrados produzidos pela observação de um
evento correspondem ao estado real, aos valores reais daquele comportamento.
Precisão
• Exemplo: um cliente seu tem a meta de correr uma maratona. Uma maratona
tem exatamente 42,195 quilômetros de distância.
• Se seu cliente precisar alcançar o triplo disso por semana para estar preparado,
ele pode usar um GPS para rastrear o quanto correu na semana.
• Mas GPS podem medir para mais ou para menos.
• Então, muito provavelmente o GPS não mede precisamente o valor real de
quanto seu cliente correu.
• Você só terá acesso ao valor observado...
Hora da pergunta
20. Relacione os termos com as respectivas definições.

A. Validade B. Confiabilidade C. Precisão
( ) Se refere a medidas repetidas do comportamento, usando-se o

mesmo instrumento de mensuração.
( ) Se refere ao analista do comportamento medir aquilo que queria
medir.
( ) Se refere ao quanto o valor observado do comportamento é
próximo ao valor real.
Hora da pergunta
20. Relacione os termos com as respectivas definições.

A. Validade B. Confiabilidade C. Precisão
(B ) Se refere a medidas repetidas do comportamento, usando-se o

mesmo instrumento de mensuração.
(A ) Se refere ao analista do comportamento medir aquilo que queria
medir.
(C ) Se refere ao quanto o valor observado do comportamento é
próximo ao valor real.
Considerações Finais

Os objetivos do módulo eram
Que ao final do módulo os alunos fossem capazes de:

1. Identificar e discutir as propriedades fundamentais do comportamento e as
suas dimensões que podem ser medidas.
2. Discutir alguns tipos de medidas, suas vantagens e desvantagens (frequência,
taxa, duração, latência, porcentagem de ocorrência).
3. Identificar e descrever vantagens e desvantagens de medidas diretas e
indiretas, medidas contínuas e por amostragem.
4. Descrever métodos de coleta de dados, mais especificamente folhas de
registro.
Objetivos

5. Identificar e descrever os principais gráficos que são utilizados pela ABA
(gráficos de linha, gráficos de barra e registros cumulativos).
6. Analisar gráficos de acordo com nível, tendência e variabilidade.
7. Identificar e fazer cálculos de IOA.
8. Identificar e descrever características de medições confiáveis (confiabilidade,
precisão e validade).

• Discutimos as dimensões do comportamento

• E suas medidas

• Falamos da coleta de dados e sua importância

• Folhas de registro e seus elementos
• E realizamos a análise de gráficos de linha de acordo com a
variabilidade, tendência e nível.

• O que é essencial em tudo isso?

• TODAS as decisões das intervenções baseadas na ABA são dependem
dos dados do cliente:
➢ Quando houve alcance de critério e precisamos avançar
➢ Quando é necessário mudar os procedimentos de ensino e inserir
correção
➢ Quando se deve adicionar ou mudar alvos de um programa

• TODAS estas informações devem estar refletidas em folhas de

registro e em gráficos que sejam:
➢ Claros
➢ Facilmente interpretados
➢ Viáveis de serem implementados

• Quando forem escolher qualquer comportamento como alvo:

➢ Escolham as suas medidas de acordo com a dimensão mais importante
do comportamento
➢ Criem suas folhas de registro de acordo com o comportamento-alvo e as
pessoas usando as folhas
➢ Desenhem seus gráficos
De forma a poderem tomar decisões informadas ao longo de todo o processo.

• A base para todas as medidas são definições operacionais

claras, de comportamentos mensuráveis.

• Lembrem-se que a ABA possui 7 (sete) dimensões.

• Quase todas elas dependem de boas definições operacionais e medidas.
➢ MUST have: Analítico, comportamental, aplicada

➢SHOULD have: Tecnológica, conceitualmente sistemática, efetiva e com
generalidade.

• Definições operacionais possibilitam que a sua intervenção seja:

comportamental, aplicada, tecnológica, conceitualmente sistemática e com
generalidade*
• Medidas possibilitam que sua intervenção seja: analítica, comportamental,
aplicada, tecnológica, conceitualmente sistemática, efetiva e com
generalidade.

Avaliação
• Formulário para a avaliação:

https://forms.gle/KjmKy7hpxHHAH3wx7
• Temos até às 17:00 horas.

Dominio G IGAC 2022 Parte 2

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Dominio G IGAC 2022 Parte 2

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Domínio G – Coleta e Análise de Dados

Profa. Dra. Ana Carolina Sella, BCBA-D, QBA

Direitos reservados. Sella (2022). 1

Direitos reservados. Sella (2022). 3

• Aula 1, dia 29: 8:00-12:00

• Aula 2, dias 04 e 05:

Sexta-feira - 19:00 às 22:00

Sábado - 8:00 às 12:00

Sábado - 13:00 às 17:00

Direitos reservados. Sella (2022). 4

•Somar, subtrair, multiplicar e dividir unidades, dezenas, centenas e milhares

Direitos reservados. Sella (2022). 5

Ao final do módulo os alunos serão capazes de:

Ao final do módulo os alunos serão capazes de:

Direitos reservados. Sella (2022). 7

Direitos reservados. Sella (2022). 8

Locus Temporal Latência

Extensão Temporal Duração

Escalas respondidas pelos responsáveis

Direitos reservados. Sella (2022).

Fundamentais Derivadas Baseadas na definição

Direitos reservados. Sella (2022).

Contínuas Descontínuas ou por

1. Relacione cada uma das dimensões do comportamento a sua respectiva

(1) Latência (2) Duração (3) Frequência

( ) O tempo entre o início e o término de uma resposta.

2. Assinale a alternativa mais correta sobre registro de latência.

a) É utilizado pelo analista do comportamento quando a duração de uma

3. Assinale a alternativa que contém uma afirmação incorreta sobre medidas

a) Medem diretamente um aspecto ou dimensão quantitativa do comportamento.

Direitos reservados. Sella (2022). 18

Direitos reservados. Sella (2022). 19

Direitos reservados. Sella (2022). 20

V = Ocorrência X = Não - ocorrência

V = Ocorrência X = Não - ocorrência

➢ Porcentagem de intervalos em que ocorreu o comportamento?

V = Ocorrência X = Não - ocorrência

• Qual a porcentagem de intervalos com ocorrência?

Direitos reservados. Sella (2022). 25

• Vocês viram que quando registramos em todos os intervalos deu 60% e

Direitos reservados. Sella (2022). 26

• Porcentagem de intervalos com ocorrência: ______%

Direitos reservados. Sella (2022). 27

• Porcentagem de intervalos com ocorrência: 60%

Direitos reservados. Sella (2022). 28

Direitos reservados. Sella (2022). 29

Direitos reservados. Sella (2022). 30

Direitos reservados. Sella (2022). 31

Direitos reservados. Sella (2022). 32

Direitos reservados. Sella (2022). 33

Direitos reservados. Sella (2022). 34

Direitos reservados. Sella (2022). 35

5. Calculem a porcentagem de ocorrência do comportamento baseando-se nos

Min Intervalos de 5 segundos

• Calculem a porcentagem de ocorrência baseando-se nos dados abaixo:

Minutos Intervalos de 5 segundos

Direitos reservados. Sella (2022). 38

Direitos reservados. Sella (2022). 39

Direitos reservados. Sella (2022). 40

Direitos reservados. Sella (2022). 41

Direitos reservados. Sella (2022). 42

Minutos Intervalos de 5 segundos

Minutos Intervalos de 5 segundos

Direitos reservados. Sella (2022). 45