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Rorschach

Produtividade, Ritmo de Elaboração,


Modo de Apercepção
Prof. Dr. Roberto Menezes de Oliveira
Produtividade
• A Reposta
– Dada na Associação Livre, é uma apercepção
independente, isolada, localizada em um detalhe
claramente específico ou na globalidade da mancha
de tinta.
– No Inquérito o examinando a confirma e a elabora.
Ainda por ocasião do Inquérito, o que parece ao
clínico um comentário ou uma descrição, para o
paciente é uma Resposta, o que pode levar o clínico a
contabilizá-la para a Análise Quantitativa

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Psicólogos.
A Resposta
– A Resposta dada espontaneamente na Associação
Livre é considerada a Resposta Principal.
– A resposta dada durante o inquérito é considerada
Resposta Adicional – R.A.
– Nenhuma R.A entra na Análise Quantitativa,
sendo avaliada somente na Análise Qualitativa.
– Uma Resposta pode ser rejeitada e não ser
substituída por outra, trata-se de uma Denegação.
Neste caso, a Resposta Denegada deve ser
avaliada na Análise Qualitativa.

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Psicólogos.
A Resposta
– É possível que duas ou
mais Respostas sejam
dadas em uma mesma
área da mancha de tinta,
caso isso ocorra, devem ser
classificadas e analisadas
separadamente.
• Por exemplo, na Prancha I,
localizada na globalidade
da mancha: “Uma máscara,
também pode ser uma
abóbora daquelas de Dia
das Bruxas...”.

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Psicólogos.
A Resposta
– Igualmente é possível que
ocorra a correção
espontânea de uma
Resposta, que pode
ocorrer durante a
Associação Livre ou mesmo
no Inquérito. Tal situação é
considerada uma
elaboração da apercepção
anterior, e, portanto, deve
ser considerada uma
Resposta Principal.
• Por exemplo, na Prancha V:
“Uma borboleta... mas
pensando bem, é um
morcego”.

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Psicólogos.
A Resposta
– Pode ocorrer que o paciente
emita uma Resposta e, na
sequência, a detalhe, por
exemplo, na Prancha IV,
localizada na globalidade da
mancha: “Aqui vejo um
monstro, aqui pernas grandes,
aqui um rabo enorme, aqui
braços defeituosos; uma
cabeça pequena.” Neste caso,
Monstro é a Resposta Principal,
e pernas grandes, rabo
enorme, braços defeituosos,
cabeça pequena, não são
contabilizadas como Respostas
Principais, mas sim
compreendidas como partes
integrantes da apercepção
principal.
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Psicólogos.
A Resposta
– Também pode ocorrer que
vários detalhes sejam
integrados em uma única
resposta como, por exemplo,
na Prancha X, localizada na
globalidade da mancha:
“Hum... rosas amarelas, flores
pequenas, grama verde,
plantas rosadas... é um jardim
com flores coloridas!” Trata-
se da elaboração de uma
resposta onde os detalhes são
integrados em um todo,
assim a Resposta Principal é
“jardim com flores coloridas”

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Psicólogos.
Capacidade Produtiva
• Relacionada aos recursos adaptativos e ao senso
de observação, somando-se todas as Respostas
Principais de um Protocolo de Rorschach - ΣR -
tem-se a Capacidade Produtiva do paciente.
• As Respostas Adicionais representam um
potencial, dimensões da subjetividade que se
acham menos disponíveis no momento do que os
representados pelas Respostas Principais.

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Psicólogos.
Capacidade Produtiva - ΣR = 15 a 30
• Na Média
– Recursos adaptativos e capacidade produtiva dentro
dos padrões de normalidade. Senso de observação
dentro do normal.
• Acima da Média
– Tendências obsessivas, preocupação demasiada com
minúcias.
• Abaixo da Média
– Pobreza intelectual; deficiência mental; depressão;
defesas do tipo paranoides; resistência.

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Psicólogos.
Ritmo de Elaboração
• Tempos Médios de Reação e de Duração
– Tempo Médio de Reação – T.M.R
• Refere-se às condições que o paciente tem para se
adaptar às situações novas e para lidar adequadamente
com as mesmas.
• Como se está interessado no Tempo que o paciente
leva para reagir a cada prancha, somam-se os tempos
de reação – TR -(em segundos) de cada prancha e
divide-se pelo número de pranchas respondidas.
• Em nossa população o T.M.R fica entre 10s a 25s.

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Psicólogos.
Tempo Médio de Reação TMR - 10s a 25s

– Na Média
• Boa adaptabilidade à situação nova.
– Acima da Média
• Dificuldades de ordem depressiva (acromáticos);
dificuldades de relacionamento com o mundo externo,
por tensões.
– Abaixo da Média
• Neurose obsessivo-compulsiva; ansiedade situacional
elevada.

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Psicólogos.
Tempo Médio de Duração – T.M.D

• O Tempo de Duração indica a velocidade de


apercepção.
• A velocidade das reações mentais está associada ao
nível de vigilância.
• Igualmente, está associada ao tempo de organização
que o paciente necessita para solucionar problemas.
• Como se está interessado no tempo que o paciente
dispende elaborando as respostas em cada prancha,
soma-se o tempo de duração – TD - de todas as
pranchas e divide-se pelo número total de respostas do
teste - ΣR.
• Em nossa população, o T.M.D fica entre 20s a 30s.
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Tempo Médio de Duração TMD - 20s a 30s

• Na Média
– Boa organização na busca de solução de um
problema.
• Acima da Média
– Dificuldade de ajustamento; depressão; bloqueio.
• Abaixo da Média
– Ansiedade situacional elevada.

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Psicólogos.
Modos ou Tipos de Apreensão
• Análise das Localizações
– Responde à pergunta “Onde viu?” a
resposta apercebida.
– Marca-se na “Folha de Localização”.
– Para cada resposta dada, uma
Localização.
– A Localização da resposta deve ser
circulada e numerada pelo próprio
clínico, a partir da indicação da
mesma pelo paciente na Fase de
Inquérito.
– A classificação das Localizações das
respostas consiste em separar cada
resposta de acordo com a área
selecionada.
– São quatro as principais categorias de
Localizações, que correspondem a
diferentes qualidades específicas
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atividade mental do sujeito.restrito para Estudantes de Psicologia e 14
Psicólogos.
Localizações
• Globais - G;
• Detalhes comuns - D;
• Detalhes incomuns - Dd;
• Detalhes no branco - Dbl.
• Trata-se de avaliar o do Modo Privilegiado de
Apercepção do paciente.

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Psicólogos.
Global - G

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Detalhe Comum

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Detalhe Incomum

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Detalhe Branco

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Psicólogos.
Localizações na Globalidade da Mancha
• Respostas Globais – G
– A resposta se dá na totalidade da mancha
• menos na prancha III onde se admite a omissão das manchas
vermelhas
– São subtipos de respostas globais:
• Gcort - Global cortada, onde o paciente usa quase toda a mancha,
pelo menos 4/5 da mesma em sua apercepção;
• GDbl - Global com Detalhe Branco - quando a resposta Global
inclui um Detalhe Branco em sua composição.
• DG ou DdG - Global elaborada. Neste tipo de resposta global,
inicia-se a partir de um detalhe da mancha, segue-se coordenando
o pensamento na organização coerente de uma resposta bem
trabalhada, de boa qualidade, terminando por abranger toda a
mancha.

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Psicólogos.
Globais na Prancha III

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Psicólogos.
Global cortada - Gcort
• Prancha V:
– “Uma ave, tirando esta
parte aqui de cima,
porque pássaros não
têm chifres.”

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Psicólogos.
Global com Detalhe Branco - GDbl
• Prancha II
– “Um avião à jato,
sobrevoando montanhas
entre nuvens
avermelhadas pelo pôr-
do-sol.”

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Psicólogos.
Global elaborada – DG ou DdG
• Prancha V
– Tem dois pezões, ois
braços aqui, uma cabeça
aqui, ah! Um monstro!

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Psicólogos.
Respostas Globais
• O uso da mancha na sua totalidade indicaria a
capacidade de organização dos estímulos, bem
como a capacidade de relacionar detalhes e, por
fim, o interesse pelo pensamento abstrato e por
questões teóricas, isso se as respostas G forem de
boa qualidade.
• G% é obtido somando-se todas as Localizações G
(ΣG) e dividindo-se esse total pelo número de
Respostas Principais (ΣR).
• Na população brasileira, o G% fica entre 20% a
30% do número total de respostas do teste.
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Psicólogos.
G% = (ΣG ÷ ΣR) x 100 20% a 30%
• Na Média
– Capacidade para apercepção e visão de conjunto, poder
de síntese; capacidade de abstração e senso de
organização. Inteligência dirigida ao abstrato.
• Acima da Média
– Fuga; fantasia e visão infantil da realidade;
egocentrismo.
• Abaixo da Média
– Pobreza intelectual; capacidade de síntese prejudicada,
falta de visão de conjunto da realidade.

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Psicólogos.
Localizações em Detalhes Comuns da Mancha

• Respostas D
– Associadas à atenção ao concreto; ao que é
objetivo; ao que é óbvio e à inteligência prática,
são as respostas localizadas num detalhe da
mancha, onde a população costuma dar
respostas.
– Os detalhes comuns são considerados como tais
pelo critério da frequência de respostas em áreas
costumeiras da mancha.

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Psicólogos.
Lista dos Detalhes Comuns – D
– Prancha I
• Detalhe central;
• Cada um dos detalhes laterais (visto isoladamente ou em conjunto).
– Prancha II
• Cada um dos detalhes pretos (visto isoladamente ou em conjunto);
• Detalhe vermelho superior (visto isoladamente ou em conjunto);
• Detalhe vermelho inferior.
– Prancha III
• Detalhe vermelho central;
• Cada um dos detalhes vermelhos nas laterais superiores (visto isoladamente ou
• em conjunto);
• Detalhe preto central inferior;
• Cada um dos detalhes pretos laterais (visto isoladamente ou em conjunto).
– Prancha IV
• Cada um dos detalhes laterais inferiores (visto isoladamente ou em conjunto);
• Detalhe central inferior;
• Detalhe central superior;
• Detalhes laterais superiores (visto isoladamente ou em conjunto).
– Prancha V
• Detalhe central;
• Detalhes laterais (visto isoladamente ou em conjunto);
• Extremidades dos detalhes laterais (visto isoladamente ou em conjunto).

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Psicólogos.
– Prancha VI
• Grande detalhe principal inferior;
• A metade, direita ou esquerda, do grande detalhe principal inferior;
• Detalhe superior;
• Centro escuro do detalhe superior.
– Prancha VII
• Dois terços superiores da mancha (visto isoladamente ou em conjunto);
• Terço inferior da mancha;
• Terço superior (visto isoladamente ou em conjunto).
– Prancha VIII
• Detalhes laterais cor-de-rosa (vistos isoladamente ou em conjunto);
• Detalhe alaranjado no centro inferior;
• Detalhe cinza superior.
– Prancha IX
• Detalhe inferior cor-de-rosa;
• Detalhes superiores alaranjados (visto em conjunto ou isoladamente);
• Detalhe central verde;
• Detalhe intermacular central (também pode ser considerado como Dbl);
• Detalhe central superior (extremidades; visto em conjunto ou isoladamente);
• Detalhe marrom no detalhe verde.
– Prancha X
• Detalhe azul lateral superior (visto em conjunto ou isoladamente);
• Detalhe cor-de-rosa (visto em conjunto ou isoladamente);
• Detalhe verde inferior;
• Detalhe cinza superior, com ou sem o detalhe vertical;
• Detalhe cinza lateral, com ou sem o detalhe amarelo;
• Detalhe amarelo central.

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Psicólogos.
• D% é obtido somando-se todas as Localizações
D (ΣD) e dividindo-se esse total pelo número
de Respostas Principais do Teste (ΣR).
• Pelos estudos normativos, este percentil fica
entre 40% a 55% do número total de
respostas dadas o teste.

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Psicólogos.
D% = (ΣD ÷ ΣR) x 100 40% a 55%
• Na Média
– Apercepção da realidade objetiva; dos objetos e pessoas
como são na realidade; inteligência prática e objetiva.
• Acima da Média
– Falta de apercepção objetiva da realidade com tendência a
evitá-la; preocupação demasiada com minúcias em
detrimento do real e da visão de conjunto.
• Abaixo da Média
– Dificuldades na adaptação em função de um senso de
realidade perturbado e pouca atenção ao que é óbvio e
concreto. Acompanhado de G↑ vagas e desorganizadas:
capacidade intelectual limitada; transtorno emocional.

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Psicólogos.
Detalhe Incomum – Dd

• Resposta dada num detalhe incomum da


mancha, onde a população não costuma dar
respostas (baixa frequência de respostas),
assim, respostas Dd referem-se a cortes
parciais da mancha, a áreas que são
interpretadas com menos frequência por um
número significativo da população.

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Psicólogos.
Detalhe Oligofrênico/Inibitório
• DO
– Dentre as Respostas dadas em Detalhes
Incomuns, destaca-se o Detalhe Incomum
Oligofrênico ou Inibitório – DO, este caracteriza-se
por interpretação feita sobre parte de uma
pessoa, sobre parte do corpo (pernas, cabeça,
braços) sem ver a pessoa inteira, quando esta é
comumente percebida pelos demais sujeitos.

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Psicólogos.
Detalhes Incomuns - Dd
• Relacionado à consideração pelas minúcias, ao
cuidado com os detalhes, ao interesse por
aspectos incomuns da realidade e à capacidade
de observação e perseveração.
• Dd% é obtido somando-se todas as Localizações
Dd (ΣDd) e dividindo-se esse número pelo
número total de Respostas Principais do teste
(ΣR).
• A norma brasileira para o Dd% fica entre 10% a
15% do total de respostas dadas ao teste.
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Psicólogos.
Dd% = (ΣDd ÷ ΣR) x 100 10% a 15%
• Na média
• Minúcia; cuidado com os detalhes. Interesse por aspectos
incomuns da realidade; responsividade rica; capacidade de
observação e perseveração. Se Dd de má qualidade:
pobreza, limitação intelectual; infantilismo.
• Acima da média
• Tendências perfeccionistas e meticulosidade exagerada.
• Abaixo da média
• __________________________________
• DO
• Inibição; tensão; ansiedade; bloqueio afetivo; deficiência
mental.

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Psicólogos.
Localizações nos Detalhes em Branco da Mancha

• Respostas Dbl
– Uso do detalhe em branco na elaboração da resposta
seja apontando-o ou elaborando a resposta a partir
deste detalhe.
– A inversão figura-fundo está relacionada a tendências
oposicionistas, negativistas; bem como à força do Ego
e a um modo aceitável de autoafirmação, a depender
da qualidade das respostas com Dbl.
– Os estudos normativos indicam que em um protocolo
com ΣR dentro da média, espera-se a ocorrência de
até 03 Dbl
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Psicólogos.
Dbl até 03 ocorrências
• Na média
• Capacidade de tolerar situação ansiogênica.
• Acima da média
• Sinal de oposicionismo; ansiedade situacional;
agressividade inibida; defesa contra o próprio estado
afetivo.
• Abaixo da média
• ________________________________________

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Psicólogos.
Tipo de Apercepção
• representa o modo de apreender e/ou de aperceber o real pelo
sujeito.
• utiliza-se as siglas referentes às Localizações Globais, em Detalhes
Comuns e em Detalhes Incomuns, seguidas de um sinal de
exclamação (!), caso o índice esteja acima da média, e do
parênteses ( ), caso o índice esteja abaixo da média.
• quanto maior o percentil de respostas G, maior o predomínio do
pensamento teórico, das abstrações e das fantasias; quanto maior o
percentil de respostas D, maior a participação no pensamento
coletivo e maior a atenção a importantes detalhes da realidade.
• quanto maior o percentil de Dd, mais o pensamento se liga a
minúcias, correndo-se o risco de perda da visão de conjunto e de
detalhes cruciais das coisas e pessoas.

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Psicólogos.
Tipos de Apreensão ou de Apercepção
• G D Dd
– Capacidade sintetizadora; imaginação; observação adequada do ambiente; e elasticidade mental
para perceber o incomum. Equilíbrio perceptivo.
• G! (D)
– Inteligência mais teórica.
• G! (D) (Dd)
– Pensamento abstrato; orientado por ideias gerais, noção de classes; objetos particulares são
reconhecidos como representantes de sua categoria.
• G!!
– Ao lado da capacidade de abstração, ambição de qualidade – perfeccionismo, alto senso crítico.

• (G) D! (Dd)
– Pensamento concreto; capacidade de observação de fatos isolados. Imaginação e espírito crítico
prejudicados; incapacidade de apreensão do sentido de ideias gerais. Tipo técnico; domínio das
minúcias; praticidade e bom senso, realismo; preferência pelo raciocínio indutivo em detrimento do
dedutivo.
• (G) D!
– Globais pouco numerosas, vulgares e não elaboradas: inteligência prejudicada; preferência pelo o
aspecto mais superficial e aparente das coisas. Praticidade.

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Psicólogos.
Exame de Sucessão
• A Sucessão das Localizações refere-se à sucessão das respostas, em cada
prancha, quanto à Localização.
• Examina-se a sequência do processo aperceptivo do paciente a partir da
seleção das áreas para a elaboração da sua resposta.
• A sequência normal das respostas, numa prancha seria: visão do conjunto
– G, depois visão das partes – D, visão dos detalhes incomuns – Dd e, por
fim, visão com inversão figura-fundo – Dbl, ou o contrário dessa
sequência.
• Não é necessário que todas as categorias de Localizações sejam utilizadas,
contudo deve respeitar essa ordem, o que caracteriza uma Sucessão
Sistemática.
• Qualquer alteração nessa ordem de sucessão caracteriza uma Sucessão
Assistemática.
• Não há possibilidade de análise de sucessão quando houver uma só
resposta, quando as respostas envolverem uma só categoria de
Localização ou quando houver rejeição de alguma prancha.

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Psicólogos.
• Sucessões Sistemáticas
• G G Dd Dd
• D D D D D D
• Dd Dd G G
• Sucessões Assistemáticas
• G D G Dd Dd
• Dd G Dd G G
• D Dd D
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Psicólogos.
Exame de Sucessão
• Indica a forma como o paciente se coloca e se
conduz frente a diferentes situações e
problemas, se de forma lógica e disciplinada
ou não
• Indicando o grau de controle do Ego sobre aos
processos psíquicos.
• Sucessões Sistemáticas

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Exame de Sucessão
Sistemática Assistemática
• nas 10 pranchas • Nenhuma prancha
– Sucessão Rígida, indicaria – Sucessão Rígida, indicaria
rigidez rigidez
• de 07 a 08 pranchas • De 01 a 03 pranchas
– Sucessão Ordenada, indicaria – Sucessão Ordenada, indicaria
organização, sensatez organização, sensatez
• de 01 a 02 pranchas • De 08 a 10 pranchas
– Sucessão Confusa, indicaria – Sucessão Confusa, indicaria
desequilíbrio, ansiedade, desequilíbrio, ansiedade,
desatenção desatenção

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Psicólogos.
Referências
ANZIEU, D. “O Teste de Rorschach”. Os Métodos Projetivos. São Paulo: Editora Campus,
1989. Capítulo 3.
AUGRAS, M. O Teste de Rorschach. Atlas e Dicionário. Rio de Janeiro: Fundação
Getúlio Vargas Editora, 2002.
CHABERT, C. A Psicopatologia no Exame de Rorschach. São Paulo: VETOR Editora, 1998.
CHABERT, C. O Rorschach na Clínica do Adulto. Manuais Universitários 6. Série
Metodologias. Lisboa: CLIMEPSI Editores, 1999.
CHABERT, C. Psicanálise e Métodos Projetivos. Paris: DUNOD; São Paulo: VETOR
Editora, 2004. Capítulos 3, 4 e 5.
FREUD, S. A Interpretação dos Sonhos (1900). Em Edição Standard Brasileira das Obras
Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1976.
LAPLANCHE; PONTALIS. Vocabulário da psicanálise. Santos: Martins Fontes, 1970.
MARQUES, M. E. A Psicologia Clínica e o Rorschach. Lisboa: CLIMEPSI Editores, 1999.
PASIAN, S. R. O Psicodiagnóstico de Rorschach em Adultos. Atlas, Normas e Reflexões.
São Paulo: Casa do Psicólogo, 2000.
PASIAN, S. R.(org.). Reflexões sobre princípios e padrões normativos do Rorschach.
Avanços do Rorschach no Brasil. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2010.

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Referências (Continuação)
PASSALACQUA, A. M; GRAVENHORST, M. C. Os
Fenômenos Especiais no Rorschach. São Paulo: Vetor
Editora, 2005.
PINTO, E. R. Conceitos Fundamentais dos Métodos
Projetivos. Ágora, Rio de Janeiro: v. XVII, n. 1, p. 135-153,
jan/jun, 2014.
RORSCHACH, H. Psicodiagnóstico. São Paulo: Editora
Mestre Jou, 1978.
SILVA, M. D. V. da S. Rorschach. Uma Abordagem
Psicanalítica. São Paulo: E.P.U., 1987.
TRAUBENBERG, N. R. A Prática do Rorschach. São Paulo:
VETOR, 1998.
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