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ENGENHARIA – TRÊS RIOS

RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I


MATERIAL DE APOIO

Lucas Machado Rocha


Engenheiro Civil, MSc.
Apresentação
• Engenheiro Civil – UFJF:
• Ênfase em Estruturas;
• Estudos termodinâmicos;
• Modelagem computacional;

• Mestre em Mecânica das Estruturas - UFJF:


• Estudos aerodinâmicos;
• Estabilidade estrutural.

• Especialista em Sustentabilidade na
Construção Civil – IFSUDESTE – MG:
• Materiais e técnicas sustentáveis.

• Experiências profissionais:
• MRS Logística – Juiz de Fora;
• Universidade Federal de Juiz de Fora;
• Casalinda Engenharia – Juiz de Fora;
• Plano&Projeto – Juiz de Fora;
• Univértix – Três Rios;
• CESAMA – Juiz de Fora.
2
Bibliografia de aula

o HIBBERLER, R.C. Resistência dos materiais. Editora Pearson. São Paulo. 2010.

o BOTELHO, Manuel Henrique Campus. Resistência dos Materiais: Para Entender e Gostar. Edgard Blucher. São Paulo.
2013.

o ASSAN, Aloisio Ernesto. Resistência dos Materiais Vol. I. Unicamp. Campinas. 2010.

o BEER, Ferdinand P. Mecânica Vetorial para engenheiros – Estática. Mcgraw-Hill Brasil. São Paulo.2012.

o MARTHA, Luiz Fernando. Análise de Estrutura: Conceito e Métodos Básicos. Editora Campus. Rio de Janeiro. 2010.

o SORIANO, Humberto de Lima. Estática das Estruturas. Ciência Moderna. Rio de Janeiro. 2013.

3
Bibliografia de aula
EMENTA

• Equações de equilíbrio:
• Apoios;
• Estruturas isostáticas, hiperestáticas e hipostáticas;
• Esforços internos;
• Lei de Hooke:
• Tensões normais;
• Deformações longitudinais;
• Coeficiente de Poisson;
• Tensões e deformações térmicas;
• Cisalhamento;
• Análise de tensões na flexão pura;
• Trabalho de deformação.

4
Regras gerais da Disciplina

LEIAM O DOCUMENTO NO GOOGLE SALA DE AULA

Prova 1 – 25/09/2023 Prova 2 – 20/11/2023

Prova Multi – 06/12/2023


5
Por que estudar Resistência dos Materiais?
PRINCÍPIOS GERAIS

A Resistência dos Materiais é uma disciplina com inserção multidisciplinar, isto é, está presente em
outras diversas disciplinas, incorporando conceitos da Mecânica e Análise Estrutural

A Mecânica é o ramo das ciências físicas que trata do estado de repouso ou movimento de corpos
sujeitos à ação de forças, sendo subdividida em:

Mecânica dos corpos rígidos Mecânica dos corpos deformáveis

Mecânica dos corpos fluidos

A Resistência dos Materiais contribui com os alicerces necessários ao conhecimento de todas as


áreas da Mecânica

Nesta disciplina, atuaremos principalmente, com a mecânica dos corpos rígidos e deformáveis
6
Revisão
PRINCÍPIOS GERAIS

A Mecânica dos corpos rígidos subdivide-se em estática e dinâmica. Iniciaremos nossos estudos
com os conceitos da Estática

A estática trata fundamentalmente, do equilíbrio dos corpos (o equilíbrio é alcançado quando um


objeto encontra-se em repouso ou em movimento retilíneo uniforme)

Para a estática, quatro grandezas físicas são fundamentais:

Comprimento Massa Tempo Força

Descreve posição Caracteriza


Ação de um
e dimensões de um corpo e o Sucessão
corpo sobre
um corpo no compara com de eventos
outro
espaço outro corpo
7
Revisão
PRINCÍPIOS GERAIS

Além das grandezas básicas, a Mecânica também utiliza diversas idealizações (formas simplificadas
de representar fenômenos ou objetos físicos). As mais comuns são:

Ponto Material Corpo Rígido Força concentrada

8
Revisão
PRINCÍPIOS GERAIS

Além das grandezas básicas, a Mecânica também utiliza diversas idealizações (formas simplificadas
de representar fenômenos ou objetos físicos). As mais comuns são:

Ponto Material Corpo Rígido Força concentrada

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Revisão
PRINCÍPIOS GERAIS

Além das grandezas básicas, a Mecânica também utiliza diversas idealizações (formas simplificadas
de representar fenômenos ou objetos físicos). As mais comuns são:

Ponto Material Corpo Rígido Força concentrada

10
Revisão
PRINCÍPIOS GERAIS

Do conjunto de grandezas e idealizações, é possível definir as três Leis de Newton, fundamentais


para a maioria dos desenvolvimentos físicos:

11
Revisão
PRINCÍPIOS GERAIS

Para expressar as grandezas obtidas nas formulações da mecânica, as unidades de medida são tão
importantes quanto os métodos de cálculos

Sempre que possível, utilizaremos as unidades de medida padrões do Sistema Internacional (SI)

12
Revisão
PRINCÍPIOS GERAIS

13
Equilíbrio
EQUILÍBRIO DE PONTO
MATERIAL

Um ponto material se encontrará em equilíbrio estático se as resultantes de forças que agem sobre
o ponto forem nulas

Para um ponto em repouso, pela 2ª Lei de Newton, temos que:

Σ𝐹Ԧ = Σ𝑚𝑎Ԧ = 0

Por fim, pela decomposição vetorial, podemos afirmar que:

Σ𝐹Ԧ = Σ𝐹𝑥 , Σ𝐹𝑦 = 0,0

14
Equilíbrio
EQUILÍBRIO DE PONTO
MATERIAL
TEOREMA DO EQUILÍBRIO ESTÁTICO

15
Equilíbrio
EQUILÍBRIO DE CORPO
RÍGIDO
MOMENTO DE UMA FORÇA

16
Equilíbrio
EQUILÍBRIO DE CORPO
RÍGIDO
MOMENTO BINÁRIO

17
Equilíbrio
EQUILÍBRIO DE CORPO
RÍGIDO
SISTEMA EQUIVALENTE

18
Equilíbrio
EQUILÍBRIO DE CORPO
RÍGIDO

Para que um corpo rígido esteja em equilíbrio, a força resultante e o momento resultante devem
ser nulos. Esta definição é dada pelas equações de equilíbrio, onde:

𝐹𝑅 = Σ𝐹 = 0 𝑀𝑅 = Σ𝑀 = 0

19
Equilíbrio
EQUILÍBRIO DE CORPO
RÍGIDO

Assim, para um sistema físico real, adotam-se idealizações pelo traçado do diagrama de corpo
livre, aproximando as solicitações em estruturas por forças resultantes

As incógnitas são determinadas pelas equações de equilíbrio definidas anteriormente

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Equilíbrio
EQUILÍBRIO DE CORPO
RÍGIDO
APOIOS

21
Equilíbrio
APOIOS

1º 𝐺𝑒𝑛𝑒𝑟𝑜 2º 𝐺𝑒𝑛𝑒𝑟𝑜 3º 𝐺𝑒𝑛𝑒𝑟𝑜

22
Equilíbrio
APOIOS
Prof. Xavier Romão

23
Equilíbrio
APOIOS
Prof. Xavier Romão

APOIO SIMPLES (1º GENERO)

24
Equilíbrio
APOIOS
Prof. Xavier Romão

APOIO DUPLO ou
ROTULADO (2º GENERO)

25
Equilíbrio
APOIOS
Prof. Xavier Romão

APOIO DE ENGASTAMENTO
(3º GENERO)

26
Equilíbrio
APOIOS
Prof. Xavier Romão

RÓTULAS

27
Carregamentos
CARREGAMENTO
DISTRIBUÍDO

28
Carregamentos
CARREGAMENTO
DISTRIBUÍDO

29
Carregamentos
CARREGAMENTO
DISTRIBUÍDO

30
Sistemas Estruturais
ELEMENTOS
ESTRUTURAIS

31
Sistemas Estruturais
ELEMENTOS
ESTRUTURAIS

Assim sendo, é possível concluir que para solucionar um problema estrutural, é preciso estar
atento às suas condições de equilíbrio e estabilidade

Para tal, dispomos de 3 equações de equilíbrio externo:

ΣFx = 0 ΣFy = 0 Σ𝑀𝐴 = 0

Além destas, as rótulas inserem ainda uma equação de equilíbrio interno para cada rótula
existente na estrutura, já que:

ΣMesq = ΣMdir = 0
32
Sistemas Estruturais
ELEMENTOS
ESTRUTURAIS

Para garantir que uma estrutura em equilíbrio estático, as condições estabelecidas anteriormente
são sempre necessárias:

ΣFx = 0 ΣFy = 0 Σ𝑀𝐴 = 0 ΣMesq = ΣMdir = 0

Extraído de: https://www.guiadaengenharia.com/estaticidade-estruturas/

Entretanto, atender estas condições nem sempre são suficientes. Para caracterizar melhor a
estrutura quanto à sua estabilidade, é preciso classificar as estruturas quanto à sua estaticidade
33
Sistemas Estruturais
ESTABILIDADE

Extraído de: https://www.guiadaengenharia.com/estaticidade-estruturas/ 34


Sistemas Estruturais
ESTABILIDADE

35
Sistemas Estruturais
ESTABILIDADE

Entretanto:

Extraído de: https://www.guiadaengenharia.com/estaticidade-estruturas/

36
Treliças Isostáticas
CLASSIFICAÇÃO

37
Treliças Isostáticas
MÉTODO DOS NÓS

38
Treliças Isostáticas
MÉTODO DOS NÓS

39
Treliças Isostáticas
MÉTODO DAS SEÇÕES

40
Tensões
CONCEITOS BÁSICOS

41
Tensões
CONCEITOS BÁSICOS

42
Tensões
CONCEITOS BÁSICOS

43
Tensões
CONCEITOS BÁSICOS

44
Tensões
CONCEITOS BÁSICOS

45
Tensões
CONCEITOS BÁSICOS

As tensões em um sólido podem ocorrer de duas formas:

46
Tensões
CONCEITOS BÁSICOS

As tensões em um sólido podem ocorrer de duas formas:

47
Tensões
CONCEITOS BÁSICOS

EXEMPLO 1

48
Tensões
CONCEITOS BÁSICOS

EXEMPLO 1
Da trigonometria:

Ly
Ly = L . sen 𝜃 L=
𝑠𝑒𝑛 𝜃

80mm
0,14 . 0,08 𝑚2 0,0112 𝑚²
Ly Acorte = 0,14𝑚 . 𝐿 = =
𝑠𝑒𝑛 𝜃 𝑠𝑒𝑛 𝜃

Pelas tensões:
Mas:
𝑃𝑁 𝑃. 𝑠𝑒𝑛 𝜃 𝑃. 𝑠𝑒𝑛2 𝜃
𝜎= = =
𝐴𝑐𝑜𝑟𝑡𝑒 0,0112 𝑚2 0,0112 𝑚²
𝑃𝑁 = 𝑃. sen 𝜃 𝑠𝑒𝑛 𝜃
𝑷𝑵 𝑷𝑸
𝑃𝑄 𝑃. 𝑐𝑜𝑠 𝜃 𝑃. 𝑠𝑒𝑛 2𝜃
P 𝑃𝑄 = 𝑃. cos 𝜃 𝜏= = =
𝐴𝑐𝑜𝑟𝑡𝑒 0,0112 𝑚2 0,0224 𝑚²
𝑠𝑒𝑛 𝜃 49
Tensões
CONCEITOS BÁSICOS

EXEMPLO 1
a) Para 𝜽 = 𝟑𝟎°:

𝜎 = sen2 30°. 1,4286 x 106 𝑃𝑎 = 357,15 𝑘𝑃𝑎

80mm
𝜏 = 𝑠𝑒𝑛 60°. 7,1429 x 105 𝑃𝑎 = 618,59 𝑘𝑃𝑎

b) Para 𝜽 = 𝟒𝟓°:
Ly
𝜎 = sen2 45°. 1,4286 x 106 𝑃𝑎 = 714,30 𝑘𝑃𝑎

Substituindo o valor de P: 𝜏 = 𝑠𝑒𝑛 90°. 7,1429 x 105 𝑃𝑎 = 714,29 𝑘𝑃𝑎

c) Para 𝜽 = 𝟔𝟎°:
𝑃. 𝑠𝑒𝑛2 𝜃16000 𝑁. 𝑠𝑒𝑛2 𝜃
𝜎= = = sen2 𝜃. 1,4286 x 106 𝑃𝑎 𝜎 = sen2 45°. 1,4286 x 106 𝑃𝑎 = 1071,45 𝑘𝑃𝑎
0,0112 𝑚² 0,0112 𝑚²
𝜏 = 𝑠𝑒𝑛 120°. 7,1429 x 105 𝑃𝑎 = 618,59 𝑘𝑃𝑎
𝑃. 𝑠𝑒𝑛 2𝜃 16000 𝑁. 𝑠𝑒𝑛 2𝜃
𝜏= = = 𝑠𝑒𝑛 2𝜃 . 7,1429 x 105 𝑃𝑎
0,0224 𝑚² 0,0224 𝑚²
50
Tensões
CONCEITOS BÁSICOS

EXEMPLO 2

Calcular as tensões de contato entre os A, B e C

51
Tensões
TENSÃO NORMAL E
DEFORMAÇÕES

Todos os corpos submetidos a tensões estão sujeitos a deformações em sua forma

Especificamente para corpos carregados axialmente (tais como as treliças das últimas aulas), as
deformações ocorrem predominantemente com a mudança de comprimento dos elementos

Em uma analogia com a deformação de molas, tem-se a seguinte dedução:

52
Tensões
TENSÃO NORMAL E
DEFORMAÇÕES

Convertendo o problema para barras prismáticas, tem-se que o alongamento é obtido por:

53
Tensões
TENSÃO NORMAL E
DEFORMAÇÕES

54
Tensões
TENSÃO NORMAL E
DEFORMAÇÕES

55
Tensões
ENSAIO DE TRAÇÃO E
COMPRESSÃO

56
Tensões
TENSÃO NORMAL E
DEFORMAÇÕES

EXERCÍCIO 1

57
Tensões
TENSÃO NORMAL E
DEFORMAÇÕES

EXERCÍCIO 1

58
Tensões
TENSÃO NORMAL E
DEFORMAÇÕES

EXERCÍCIO 2

59
Tensões
TENSÃO NORMAL E
DEFORMAÇÕES

EXERCÍCIO 2

60
Tensões
ENSAIO DE TRAÇÃO E
COMPRESSÃO

61
Tensões
ENSAIO DE TRAÇÃO E
COMPRESSÃO

62
Tensões
ENSAIO DE TRAÇÃO E
COMPRESSÃO

63
Tensões
ENSAIO DE TRAÇÃO E
COMPRESSÃO

64
Tensões
ENSAIO DE TRAÇÃO E
COMPRESSÃO

65
Tensões
ENSAIO DE TRAÇÃO E
COMPRESSÃO

66
Tensões
ENSAIO DE TRAÇÃO E
COMPRESSÃO

67
Tensões
ENSAIO DE TRAÇÃO E
COMPRESSÃO

68
Tensões
ENSAIO DE TRAÇÃO E
COMPRESSÃO

ENDURECIMENTO POR
DEFORMAÇÃO

69
Tensões
ENSAIO DE TRAÇÃO E
COMPRESSÃO

70
Tensões
ENSAIO DE TRAÇÃO E
COMPRESSÃO

71
Tensões
ENSAIO DE TRAÇÃO E
COMPRESSÃO

72
Tensões
ENSAIO DE TRAÇÃO E
COMPRESSÃO

A forma do diagrama depende do material

73
Tensões
ENSAIO DE TRAÇÃO E
COMPRESSÃO

A forma do diagrama depende do material

74
Tensões
ENSAIO DE TRAÇÃO E
COMPRESSÃO

A forma do diagrama depende do material

75
Tensões
ENSAIO DE TRAÇÃO E
COMPRESSÃO

A forma do diagrama depende do material

76
Tensões
LEI DE HOOKE

77
Tensões
LEI DE HOOKE

78
Tensões
COEFICIENTE DE
POISSON

“Na natureza nada se cria, nada se perde: tudo se transforma”


Antoine Lavoisier

Se em uma direção o material se alonga, o que acontece na outra direção?

Extraído de: http://www.mecapedia.uji.es/coeficiente_de_Poisson.htm

79
Tensões
COEFICIENTE DE
POISSON

80
Tensões
TENSÃO x DEFORMAÇÃO
PARA CISALHAMENTO

Analogamente ao realizado no ensaio de tração, onde se obteve um gráfico comparativo entre


tensões e deformações, o cisalhamento também possui uma forma própria de consideração das
deformações

Neste sentido, as tensões de cisalhamento passam a avaliar não os alongamentos ou


encurtamentos, e sim as distorções que ocorrem em determinado material

Para estas distorções, dá-se o nome de distorção angular, representado pela letra 𝛾

81
Tensões
TENSÃO x DEFORMAÇÃO
PARA CISALHAMENTO

82
Tensões
TENSÃO x DEFORMAÇÃO
PARA CISALHAMENTO

83
Tensões
TENSÃO x DEFORMAÇÃO
PARA CISALHAMENTO

Empiricamente, após sucessivos ensaios, foi possível determinar uma equação que pudesse
estimar as propriedades de um material, sem que necessariamente estes ensaios sejam realizados

Como o ensaio de cisalhamento é demasiadamente complexo em relação ao de tração, utiliza-se


esta equação para aproximar o módulo de cisalhamento ou obter o coeficiente de Poisson

84
Tensões
TENSÃO x DEFORMAÇÃO
PARA CISALHAMENTO

85
Tensões
TENSÃO NORMAL E
DEFORMAÇÕES

Convertendo o problema para barras prismáticas, tem-se que o alongamento é obtido por:

86
Tensões
ENSAIO DE TRAÇÃO E
COMPRESSÃO

87
Tensões
ENSAIO DE TRAÇÃO E
COMPRESSÃO

88
Tensões
LEI DE HOOKE

89
Tensões
COEFICIENTE DE
POISSON

90
Tensões
TENSÃO x DEFORMAÇÃO
PARA CISALHAMENTO

Analogamente ao realizado no ensaio de tração, onde se obteve um gráfico comparativo entre


tensões e deformações, o cisalhamento também possui uma forma própria de consideração das
deformações

Neste sentido, as tensões de cisalhamento passam a avaliar não os alongamentos ou


encurtamentos, e sim as distorções que ocorrem em determinado material

Para estas distorções, dá-se o nome de distorção angular, representado pela letra 𝛾

91
Tensões
TENSÃO x DEFORMAÇÃO
PARA CISALHAMENTO

92
Tensões
TENSÃO x DEFORMAÇÃO
PARA CISALHAMENTO

Empiricamente, após sucessivos ensaios, foi possível determinar uma equação que pudesse
estimar as propriedades de um material, sem que necessariamente estes ensaios sejam realizados

Como o ensaio de cisalhamento é demasiadamente complexo em relação ao de tração, utiliza-se


esta equação para aproximar o módulo de cisalhamento ou obter o coeficiente de Poisson

93
Tensões
COEFICIENTE DE
POISSON

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Tensões
COEFICIENTE DE
POISSON

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Tensões
COEFICIENTE DE
POISSON

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Tensões
COEFICIENTE DE
POISSON

97
Tensões
COEFICIENTE DE
POISSON

98
Tensões
PRINCÍPIO DE
SAINT-VENANT

Diversas aproximações são realizadas na Resistência dos Materiais. Dentre elas, uma das mais
utilizadas nesta e em tantas outras disciplinas, é a do Princípio de Saint-Venant

99
Tensões
DEFORMAÇÃO ELÁSTICA

100
Tensões
DEFORMAÇÃO ELÁSTICA

101
Variação de temperatura
CONSIDERAÇÕES
INICIAIS

102
Variação de temperatura
CONSIDERAÇÕES
INICIAIS

103
Variação de temperatura
CONSIDERAÇÕES
INICIAIS

104
Variação de temperatura
CONSIDERAÇÕES
INICIAIS

105
Variação de temperatura
CONSIDERAÇÕES
INICIAIS

106
Variação de temperatura
CONSIDERAÇÕES
INICIAIS

107
Variação de temperatura
ESFORÇOS INTERNOS

108
Variação de temperatura
ESFORÇOS INTERNOS

109
Variação de temperatura
ESFORÇOS INTERNOS

110
Variação de temperatura
ESFORÇOS INTERNOS

111
Variação de temperatura
ESFORÇOS INTERNOS

112
Variação de temperatura
ESFORÇOS INTERNOS

113
Variação de temperatura
ESFORÇOS INTERNOS

E para encontrar a tensão normal atuante?

𝐹
𝜎=
𝐴

𝑃 𝐸𝐴𝛼 Δ𝑇
𝜎= =−
𝐴 𝐴
𝛼 = 12𝑥10−6
𝜎 = −𝐸𝛼 Δ𝑇
𝐸 = 200 𝐺𝑃𝑎
114
Variação de temperatura
ESFORÇOS INTERNOS

115
Revisão de Prova
EXERCÍCIO 1

Exercício de Prova (2021.1)

116
Revisão de Prova
EXERCÍCIO 2

Exercício de Atividade Semanal (2021.1)

117
Esforços Internos de Barras
INTRODUÇÃO

Ficou claro que em alguns casos, as forças utilizadas para obtenção das tensões não são
diretamente observadas

Isto ocorre porque os elementos de estruturas apresentam esforços internos, tais como os esforços
de compressão e tração das treliças

Desta forma, é necessário expandir os estudos de esforços internos, concomitante ao realizado em


Teoria das Estruturas

118
Esforços Internos de Barras
INTRODUÇÃO

119
Esforços Internos de Barras
INTRODUÇÃO

120
Esforços Internos de Barras
INTRODUÇÃO

121
Esforços Internos de Barras
INTRODUÇÃO

122
Esforços Internos de Barras
DEFINIÇÃO DE
ESFORÇOS

123
Esforços Internos de Barras
DEFINIÇÃO DE
ESFORÇOS

124
Esforços Internos de Barras
DEFINIÇÃO DE
ESFORÇOS

125
Esforços Internos de Barras
DEFINIÇÃO DE
ESFORÇOS

126
Esforços Internos de Barras
DEFINIÇÃO DE
ESFORÇOS

127
Esforços Internos de Barras
DEFINIÇÃO DE
ESFORÇOS

128
Esforços Internos de Barras
DEFINIÇÃO DE
ESFORÇOS

129
Esforços Internos de Barras
DEFINIÇÃO DE
ESFORÇOS

130
Esforços Internos de Barras
DEFINIÇÃO DE
ESFORÇOS

131
Esforços Internos de Barras
DEFINIÇÃO DE
ESFORÇOS

132
Esforços Internos de Barras
DEFINIÇÃO DE
ESFORÇOS

133
Esforços Internos de Barras
CONVENÇÃO DE SINAIS

134
Diagrama de Esforços
DEFINIÇÕES

135
Diagrama de Esforços
DEFINIÇÕES

136
Diagrama de Esforços
DEFINIÇÕES

137
Diagrama de Esforços
DEFINIÇÕES

138
Diagrama de Esforços
DEFINIÇÕES

139
Diagrama de Esforços
DEFINIÇÕES

140
Diagrama de Esforços
DEFINIÇÕES

É preciso definir quais equações determinam os esforços atuantes na viga

141
Diagrama de Esforços
DEFINIÇÕES

142
Diagrama de Esforços
DEFINIÇÕES

143
Diagrama de Esforços
DEFINIÇÕES

144
Diagrama de Esforços
DEFINIÇÕES

1
Para 0 ≤ 𝑥 ≤ 2 𝐿

1
Para 2 𝐿 ≤ 𝑥 ≤ 𝐿

145
Diagrama de Esforços
DEFINIÇÕES

146
Diagrama de Esforços
DEFINIÇÕES

147
Diagrama de Esforços
DEFINIÇÕES

148
Diagrama de Esforços
DEFINIÇÕES

149
Diagrama de Esforços
DEFINIÇÕES

150
Diagrama de Esforços
DEFINIÇÕES

151
Diagrama de Esforços
DEFINIÇÕES

A carga resultante deixa de ser constante, passando a conter uma distribuição polinomial!

152
Diagrama de Esforços
DEFINIÇÕES

153
Diagrama de Esforços
DEFINIÇÕES

154
Diagrama de Esforços
DEFINIÇÕES

155
Diagrama de Esforços
DEFINIÇÕES

Veremos a seguir que as soluções apresentadas pela teoria das estruturas podem ainda ser
obtidas por um método de integração, que será essencial nos desenvolvimentos de Resistência
dos Materiais II

𝑀(𝑥) = න 𝑉(𝑥) 𝑑𝑥 𝑉(𝑥) = න 𝑞(𝑥) 𝑑𝑥

156
Diagrama de Esforços
DEFINIÇÕES

157
Diagrama de Esforços
DEFINIÇÕES

E pela integral?

1
Para 0 ≤ 𝑥 ≤ 2 𝐿 𝑀(𝑥) = න 𝑉(𝑥) 𝑑𝑥 𝑉(𝑥) = න 𝑞(𝑥) 𝑑𝑥

1
Para 0 ≤ 𝑥 ≤ 2 𝐿
Para x=0, V(x) = P/2:
𝑉(𝑥) = න 0 𝑑𝑥 𝑉 𝑥 =0+𝐴 𝑉 𝑥 = 𝑃/2
1
Para 2 𝐿 ≤ 𝑥 ≤ 𝐿
Para x=0, M(x) = 0
𝑃 𝑃𝑥 𝑃𝑥
𝑀(𝑥) = න 𝑑𝑥 𝑀 𝑥 = +𝐴 𝑀 𝑥 =
2 2 2

158
Diagrama de Esforços
DEFINIÇÕES

E pela integral?

1
Para 0 ≤ 𝑥 ≤ 2 𝐿 𝑀(𝑥) = න 𝑉(𝑥) 𝑑𝑥 𝑉(𝑥) = න 𝑞(𝑥) 𝑑𝑥

1
Para 2 𝐿 ≤ 𝑥 ≤ 𝐿
Para x=L, V(x) = -P/2:
𝑉(𝑥) = න 0 𝑑𝑥 𝑉 𝑥 =0+𝐴 𝑉 𝑥 = −𝑃/2
1
Para 2 𝐿 ≤ 𝑥 ≤ 𝐿
Para x=L, M(x) = 0
−𝑃 −𝑃𝑥 −𝑃𝐿 𝑃𝐿
𝑀(𝑥) = න 𝑑𝑥 𝑀 𝑥 = +𝐴 0= +𝐴 A=
2 2 2 2

𝑃
𝑀 𝑥 = (𝐿 − 𝑥)
2 159
Diagrama de Esforços
DEFINIÇÕES

E pela integral?

𝑀(𝑥) = න 𝑉(𝑥) 𝑑𝑥 𝑉(𝑥) = න 𝑞(𝑥) 𝑑𝑥

1
Para 0 ≤ 𝑥 ≤ 2 𝐿
Para x=0, V(x) = -𝑀0 /L:
𝑉(𝑥) = න 0 𝑑𝑥 𝑉 𝑥 =0+𝐴 𝑀0
𝑉 𝑥 =−
𝐿

Para x=0, M = 0:
−𝑀0 −𝑀0 𝑥 0=0+𝐴
𝑀(𝑥) = න 𝑑𝑥 𝑀 𝑥 = +𝐴
𝐿 𝐿

A=0
160
Diagrama de Esforços
DEFINIÇÕES

E pela integral?

𝑀(𝑥) = න 𝑉(𝑥) 𝑑𝑥 𝑉(𝑥) = න 𝑞(𝑥) 𝑑𝑥

1
Para 2 𝐿 ≤ 𝑥 ≤ 𝐿
Para x=L, V(x) = -𝑀0 /L:
𝑉(𝑥) = න 0 𝑑𝑥 𝑉 𝑥 =0+𝐴 𝑀0
𝑉 𝑥 =−
𝐿

Para x=L, M = 0:
−𝑀0 −𝑀0 𝑥 0 = −𝑀0 + 𝐴
𝑀(𝑥) = න 𝑑𝑥 𝑀 𝑥 = +𝐴
𝐿 𝐿

A = 𝑀0
161
Diagrama de Esforços
DEFINIÇÕES

162
Diagrama de Esforços
DEFINIÇÕES

163
Diagrama de Esforços
DEFINIÇÕES

E pela integral?

𝑀(𝑥) = න 𝑉(𝑥) 𝑑𝑥 𝑉(𝑥) = න 𝑞(𝑥) 𝑑𝑥

Para 0 ≤ 𝑥 ≤ 𝐿
𝑤𝐿
Para x=0, V(x) = :
2
𝑉(𝑥) = න −𝑤 𝑑𝑥 𝑉 𝑥 = −𝑤. 𝑥 + 𝐴 𝑤𝐿
𝑉 𝑥 = −𝑤. 𝑥 +
2

𝑤𝐿 𝑤𝑥 2 𝑤𝐿𝑥
𝑀(𝑥) = න(−𝑤. 𝑥 + )𝑑𝑥 𝑀 𝑥 =− + +𝐴
2 2 2

164
Diagrama de Esforços
DEFINIÇÕES

E pela integral?

𝑀(𝑥) = න 𝑉(𝑥) 𝑑𝑥 𝑉(𝑥) = න 𝑞(𝑥) 𝑑𝑥

Para 0 ≤ 𝑥 ≤ 𝐿
Para x=0, M(x) = 0:
𝑤𝑥 2 𝑤𝐿𝑥
𝑀 𝑥 =− + +𝐴 𝐴=0
2 2

𝑤𝑥 2 𝑤𝐿𝑥 𝑤
𝑀 𝑥 =− + = (𝐿𝑥 − 𝑥 2 )
2 2 2

165
Diagrama de Esforços
DEFINIÇÕES

166
Diagrama de Esforços
DEFINIÇÕES

𝐿. 𝑤0
𝑤 𝑥 = 𝑎𝑥 + 𝑏 𝑅𝑤 𝑅𝑤 =
2

Para x=0, w(x) = 0: Assim:

𝑏=0 𝑤0 𝐿
𝑉𝐴 =
2
Para x=L, w(x) = 𝑤0 :

𝑉𝐴 Precisarei, de fato, calcular os


𝑎𝐿 = 𝑤0
apoios para ter a curva dos diagramas?
𝑤0
𝑤0 𝑤 𝑥 = 𝑥
𝑎= 𝐿 Para x=L, M(L) = V(L) = 0
𝐿 167
Diagrama de Esforços
DEFINIÇÕES

E pela integral?

𝑤0
𝑀(𝑥) = න 𝑉(𝑥) 𝑑𝑥 𝑉(𝑥) = න 𝑞(𝑥) 𝑑𝑥 𝑤 𝑥 = 𝑥
𝐿

Para 0 ≤ 𝑥 ≤ 𝐿
Para x=L, V(x) = 0
𝑤0 𝑤0𝑥2
𝑉(𝑥) = න − 𝑥 𝑑𝑥 𝑉 𝑥 =− +𝐴
𝐿 2𝐿 𝑤0 𝐿2
0=− +𝐴
2𝐿

𝑤0 𝐿2
𝐴=
2𝐿
𝑤0 𝐿2 𝑤0 𝑥 2 𝑤0 2
𝑉 𝑥 = − 𝑉 𝑥 = 𝐿 − 𝑥2
2𝐿 2𝐿 2𝐿
168
Diagrama de Esforços
DEFINIÇÕES

E pela integral?

𝑤0 2 𝑤0
𝑀(𝑥) = න 𝑉(𝑥) 𝑑𝑥 𝑉(𝑥) = 𝐿 − 𝑥2 𝑤 𝑥 = 𝑥
2𝐿 𝐿

Para 0 ≤ 𝑥 ≤ 𝐿

𝑤0 2 𝑤0 2 𝑥3
𝑀(𝑥) = න 𝐿 − 𝑥2 𝑑𝑥 𝑀 𝑥 = 𝐿 𝑥− +𝐴
2𝐿 2𝐿 3

𝑤0 3 𝐿3 𝑤0 2𝐿3
Para x=L, M(x) = 0 0= 𝐿 − +𝐴 𝐴=− ( )
2𝐿 3 2𝐿 3

𝑤0 2 𝑥 3 2𝐿3 𝑤0
𝑀 𝑥 = 𝐿 𝑥− − 𝑀 𝑥 = 3𝐿2 𝑥 − 𝑥 3 − 2𝐿3
2𝐿 3 3 6𝐿
169
Tensões na Flexão
INTRODUÇÃO

Discutiremos as tensões que surgem em elementos de eixo reto submetidos à flexão, limitando-se
a elementos com área da seção transversal simétrica em relação ao eixo solicitado

Neste caso, o momento fletor é aplicado perpendicularmente a um eixo de simetria

170
Tensões na Flexão
INTRODUÇÃO

171
Tensões na Flexão
TIPOS DE FLEXÃO

172
Tensões na Flexão
TIPOS DE FLEXÃO

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Tensões na Flexão
TIPOS DE FLEXÃO

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Tensões na Flexão
TIPOS DE FLEXÃO

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Tensões na Flexão
FLEXÃO EM ELEMENTOS
DE EIXO RETO

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Tensões na Flexão
FLEXÃO EM ELEMENTOS
DE EIXO RETO

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Tensões na Flexão
FLEXÃO EM ELEMENTOS
DE EIXO RETO

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Tensões na Flexão
FLEXÃO EM ELEMENTOS
DE EIXO RETO

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Tensões na Flexão
FLEXÃO EM ELEMENTOS
DE EIXO RETO

180
Tensões na Flexão
FLEXÃO EM ELEMENTOS
DE EIXO RETO

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Tensões na Flexão
FLEXÃO EM ELEMENTOS
DE EIXO RETO

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Tensões na Flexão
FLEXÃO EM ELEMENTOS
DE EIXO RETO

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Tensões na Flexão
FLEXÃO EM ELEMENTOS
DE EIXO RETO

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Tensões na Flexão
FLEXÃO EM ELEMENTOS
DE EIXO RETO

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Tensões na Flexão
FLEXÃO EM ELEMENTOS
DE EIXO RETO

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Tensões na Flexão
FLEXÃO EM ELEMENTOS
DE EIXO RETO

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Tensões na Flexão
FLEXÃO EM ELEMENTOS
DE EIXO RETO

188
Tensões na Flexão
FÓRMULA DA FLEXÃO

189
Tensões na Flexão
FÓRMULA DA FLEXÃO

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Tensões na Flexão
FÓRMULA DA FLEXÃO

191
Tensões na Flexão
FÓRMULA DA FLEXÃO

É possível determinar uma expressão para a tensão normal, ao longo da seção

192
Tensões na Flexão
FÓRMULA DA FLEXÃO

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Tensões na Flexão
FÓRMULA DA FLEXÃO

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Tensões na Flexão
FÓRMULA DA FLEXÃO

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Tensões na Flexão
FÓRMULA DA FLEXÃO

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Tensões na Flexão
FÓRMULA DA FLEXÃO

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Tensões na Flexão
FÓRMULA DA FLEXÃO

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Tensões na Flexão
FÓRMULA DA FLEXÃO

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Tensões na Flexão
FÓRMULA DA FLEXÃO

200
Tensões na Flexão
FÓRMULA DA FLEXÃO

201
Tensões
DEFORMAÇÕES
ELÁSTICAS

Desafio: A barra rígida BDE esta apoiada por duas barras verticais de AB e CD. A ligação AB é feita
de alumínio (E = 70 GPa) e tem uma área de secção transversal de 500 mm²; a ligação de CD é
feita de aço (E = 200 GPa) e tem uma área de seção transversal de 600 mm2. Com o
carregamento de 30 kN mostrado, determinar:

a) A deflexão no ponto E;
b) A inclinação (em radianos) da barra BE

202
Exercícios Prova 2
QUESTÃO 1

Para a figura composta representativa de uma seção retangular vazada de madeira


(medidas em milímetros), pede-se que:

a) Seja calculado o centro de inércia da figura (tomando o ponto O de referência);


b) Seja calculado o momento de inércia composto (tomando o ponto O de referência).

203
Exercícios Prova 2
QUESTÃO 2

Considere que uma viga de 3 metros de comprimento, biapoiada, com seção transversal
estará sujeita a uma carga distribuída de 200 N/m. A seção transversal da viga é a
mesma apresentada na Questão 1.

a) Calcule qual o máximo momento fletor atuante;


b) Calcule quais as máximas tensões de tração e compressão na viga.

204
Obrigado pela atenção
Lucas Machado Rocha

lucas.univertix@gmail.com

205

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