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A PSICOLOGIA SÓCIO-

HISTÓRICA
Prof. Brunno Marcondes
OBJETIVOS

Compreender os pressupostos teóricos da psicologia sócio-histórica;

Refletir sobre a importância da psicologia sócio-histórica para a psicologia em


geral e para a psicologia brasileira em particular.
REFERÊNCIAS

BOCK, A.M.B; GONÇALVES, M.G.M; FURTADO, O. A perspectiva Sócio


histórica na formação em Psicologia. 4. ed. SP: Cortez, 2009.
A PSICOLOGIA SÓCIO-HISTÓRICA: UMA PERSPECTIVA CRÍTICA EM PSICOLOGIA.

Toma como base a psicologia histórico cultural de Vigotski (1896-1934).

Fundamenta-se no marxismo e adota o materialismo

histórico e dialético como filosofia, teoria e método.

O ser humano como ser ativo, social e histórico,

que através do trabalho reproduz as condições materiais

de existência.
Crítica à visão abstrata do fenômeno psicológico

Influência do liberalismo na história da psicologia: valorização do indivíduo,


individualismo.

Tentativa de pensar o ser humano a partir da noção

de uma “natureza humana universal”.

Concepção do fenômeno psicológico a partir de

ideias naturalizantes.
Fenômeno psicológico aparece descolado da realidade na qual o indivíduo se
insere.

O mundo social como algo estranho ao eu, e ao qual temos de nos adaptar.

Naturalização do fenômeno psicológico.

Para a psicologia sócio-histórica o fenômeno

psicológico reflete a condição social, econômica

e cultural em que vivem os indivíduos.


Dialética objetividade / subjetividade.

O fenômeno psicológico deve ser entendido como

construção no nível individual do mundo simbólico que

é social.

Subjetividade concebida como algo que se constitui

na relação com o mundo material e social, mundo este

constituído a partir da atividade humana.


“A subjetividade é a síntese singular e individual que cada um de nós vai
constituindo conforme vamos nos desenvolvendo e vivenciando as experiências
da vida social e cultural; é uma síntese que nos identifica, de um lado, por ser
única, e nos iguala, de outro lado, na medida em que os elementos que a
constituem são experienciados no campo comum da subjetividade social. Esta
síntese – a subjetividade – é o mundo das ideias, significados, e emoções
construído internamente pelo sujeito a partir de suas relações sociais, de suas
vivências e de sua constituição biológica; é, também, fonte de suas
manifestações afetivas e comportamentais” (Bock, 2002).
A linguagem é o “instrumento” que faz a mediação para a internalização da
objetividade, constituindo a subjetividade, numa relação dialética.

Perspectiva crítica da psicologia sócio-histórica.

Questão da ideologia ao qual determinada psicologia

está vinculada.

Questão das comparações, classificações, padrões

de normalidade que “culpabilizam” os sujeitos.


Ocultação das reais condições materiais e simbólicas nas quais os indivíduos se
inserem.

A psicologia deve trazer para seu âmbito a realidade social na qual o fenômeno
psicológico se constrói.

Exige do (a) psicólogo (a) um posicionamento ético e político sobre o mundo


social e psicológico.

Romper com a tradição classificatória e estigmatizante que marcou a história da


psicologia, que esteve “colada” aos interesses dominantes.

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