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Sexta-feira, 17 de Março de 2023 I Série – N.

º 51

DIÁRIO DA REPÚBLICA
ÓRGÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE ANGOLA
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SUMÁRIO personalidades, fazendo todos parte da nossa consciência


colectiva;
Tribunal Constitucional As guerras de resistência, a luta política independentista
Despacho n.º 2/23: do século dezanove e a luta armada de libertação nacional
Anota as alterações operadas aos Estatutos do Partido Bloco Demo- foram empreendidas por diferentes formas de organização e
crático, em virtude das deliberações emanadas da IV Convenção múltiplas lideranças;
Nacional Ordinária. No caldeamento destas lutas, construiu-se uma reivindica-
ção comum: a Independência. Para o povo, a Independência
significa a Paz, a Liberdade, o Progresso, o Bem-Estar, a
TRIBUNAL CONSTITUCIONAL Justiça Social e a Unidade da Nação na sua pluralidade polí-
tica e cultural;
A proclamação da independência aconteceu, no entanto,
Despacho n.º 2/23 num contexto de guerra civil, da intervenção de forças
de 17 de Março
estrangeiras e sob o espectro da ditadura. Ao consolidar-se o
O Partido Bloco Democrático, com a sigla «BD», reali- regime totalitário do pós-independência, a resistência ganha
zou, nos dias 2 e 3 de Julho de 2021, a sua IV Convenção duas formas: a Resistência Armada e a Oposição Civil;
Nacional Ordinária. A resistência armada organiza-se em poder político-
Após apreciação da conformidade dos requisitos legais e -administrativo nas áreas que controla, preconiza a derrota
estatutários para a realização do referido Conclave, serve o militar do regime totalitário e a consequente inversão do
presente Despacho para anotar e registar o seguinte: totalitarismo a seu favor;
§Único: — Têm-se por anotadas as alterações opera- O Movimento Democrático Nacional defende o respeito
das aos Estatutos do Partido Bloco Democrático, em virtude da pessoa humana, o pluralismo político e cultural, o desen-
das deliberações emanadas da IV Convenção Nacional volvimento participativo e a justiça social. Assume uma
Ordinária. nova concepção de oposição que recusa desenvolver uma
Publique-se. política de simples negação, muito menos de «terra quei-
mada», e em presença do interesse nacional defende sempre
Luanda, a 1 de Março de 2023. uma atitude construtiva;
A Juíza Conselheira Presidente, Laurinda Prazeres As mudanças nos países do «Bloco Socialista» levaram
Monteiro Cardoso. ao desanuviamento internacional e regional. Desapareciam
igualmente os sustentáculos internacionais da guerra civil e,
no contexto político nacional, abre-se caminho para a demo-
PREÂMBULO
cratização do País;
A história da formação da nacionalidade angolana e do Nessa época, surgiu a FpD, respondendo à necessi-
desenvolvimento do País tem o traço indelével da luta pela dade dos cidadãos angolanos, que integraram o Movimento
liberdade e pela igualdade. Democrático de Oposição Civil, ao longo dos primeiros
Ao longo dos séculos de formação e consolidação dezasseis anos de independência do País, organizarem-se
da nossa nacionalidade, essa luta revestiu às mais diver- para lutar de forma unida e convergente contra o totalita-
sas expressões e incorporou múltiplos interesses, grupos e rismo, a miséria e a degradação dos valores morais;
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Ao publicar o seu «Manifesto Democrático», em Janeiro 3. O Bloco Democrático pratica a solidariedade para com
de 1991, a FpD não assumiu qualquer orientação dogmática, os povos e indivíduos que lutam pela emancipação política,
nem qualquer filosofia monista sobre a história ou a evolu- conquista e defesa dos seus direitos fundamentais, para que
ção da sociedade. Este Partido congregava os seus aderentes se libertem das formas de submissão do homem e das rela-
pela defesa dos valores fundamentais da democracia (a paz, ções injustas e degradantes.
a liberdade, a igualdade, a solidariedade e a justiça social) e ARTIGO 2.º
das tradições humanistas do nosso povo e tempo; (Sigla)
O BD, ao assumir essa nova cultura política, pretende O Bloco Democrático adopta a sigla «BD».
ser uma organização herdeira do pensamento democrático ARTIGO 3.º
e liberal do nacionalismo civil no nosso País, actualizando (Símbolos)
essa herança na sua prática, para lhe dar um real valor, ao 1. São símbolos do BD o Emblema, a Bandeira e o Hino.
defender uma democracia participativa e social; 2. O Emblema consiste numa árvore, sobre fundo verde
O BD, como organização democrática, é um espaço circular, tendo, no seu interior, uma mão e na base a desig-
político para o debate e equacionamento dos problemas nação — BLOCO DEMOCRÁTICO.
nacionais em ordem a buscar respostas adequadas para os 3. A Bandeira é formada por um rectângulo de cor verde
desafios do desenvolvimento nacional e da modernização do claro, bordejado, na parte superior e inferior, por duas barras
País; negras, tendo, ao centro, os elementos do emblema, con-
O BD defende uma verdadeira democracia em que os forme anexo próprio.
valores humanos têm plena expressão, em que o homem 4. O Hino do BD é o «O ALERTA CIDADÃO».
está acima de todos interesses, incluindo os de Estado, e se ARTIGO 4.º
alcança concomitantemente um regime de liberdade, desen- (Independência)
volvimento e justiça social; O BD é uma organização independente do Estado ou de
O BD defende o estabelecimento, consolidação e apro- outra entidade supranacional.
fundamento de um Estado de Direito Democrático moderno ARTIGO 5.º
que proporcione a prosperidade nacional e o enriquecimento (Sede)
dos cidadãos; O BD tem a sua sede nacional na capital de Angola.
Proclamado na Cidade de Luanda, a 4 de Julho de
CAPÍTULO II
2010, na sua I Convenção Nacional Constituinte, o Bloco
Simpatizantes, Membros e Conselheiros do BD
Democrático, BD, constitui-se numa organização de amplo
espectro político-ideológico que luta pela institucionaliza- ARTIGO 6.º
(Definição)
ção em Angola de um regime democrático estável, humano
e solidário, regendo-se pelos Estatutos seguintes: 1. É Simpatizante do BD — todo o cidadão angolano
que, por razões de idade ou actividade profissional, aceita
os Estatutos e o Programa, mas não pode estar inscrito numa
ESTATUTOS DO BLOCO DEMOCRÁTICO
das suas estruturas.
2. É Membro do BD — todo cidadão angolano, maior
CAPÍTULO I
que esteja em seu pleno gozo dos seus direitos civis e polí-
Princípios Gerais
tico, que aceite os seus Estatutos e o Programa do BD e que
ARTIGO 1.º se encontra inscrito numa das suas estruturas.
(Definição e fins)
3. É Conselheiro do BD — o membro eleito em
1. O Bloco Democrático é uma organização política de Convenção cuja experiência profissional, conduta moral
âmbito nacional, aberta a todos os cidadãos angolanos que cívica e política seja digna de reconhecimento público.
aspirem a construção de uma sociedade livre, democrática, ARTIGO 7.º
estável, humana e solidária, o que pressupõe a institucio- (Admissão)
nalização de um sistema sócio-político que permita a mais 1. A admissão far-se-á a pedido de inscrição apresentada
ampla participação das comunidades e dos cidadãos no junto da estrutura de residência.
desenvolvimento económico, social e cultural da Nação, a 2. A decisão sobre o pedido compete à Assembleia da
realização material e espiritual do Homem Angolano. estrutura a que o interessado dirigiu o pedido, decisão que
2. O Bloco Democrático promove e defende as ideias e deverá ser tomada no período máximo de 15 dias, após a sua
valores da independência, a unidade nacional, o desenvol- recepção.
vimento integral do cidadão e da sociedade angolana, com 3. Da decisão da Assembleia poderá o interessado
base no respeito pelos direitos fundamentais do homem con- recorrer, no prazo de 15 dias, a partir da data da recepção
signados na Declaração Universal dos Direitos do Homem, da decisão, recurso a interpor à estrutura imediatamente
a paz, justiça e solidariedade humana. superior.
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4. Se, dentro de 15 dias após a recepção do pedido, l) Gozar de todos os benefícios e garantias que são
a estrutura competente não tomar qualquer decisão, o conferidos pelos presentes Estatutos, regula-
interessado poderá endereçar novo pedido à estrutura ime- mentos e decisões dos órgãos directivos e outros
diatamente superior, apresentando nesta os motivos que o que advenham da vida político-associativa;
levaram a dirigir-se a esta estrutura. m) Conservar e expressar as suas opiniões, dentro ou
5. Quando se trata de readmissão, a decisão compete ao fora do Partido, mesmo que em condição de voto
Conselho Provincial, imediatamente superior ao órgão onde vencido, nos termos do artigo 13.º dos presentes
tenha militado anteriormente, salvo casos de expulsão que Estatutos.
serão sempre decididos pelo Conselho Nacional. ARTIGO 10.º
6. Quando se trata de pedido de um cidadão que mili- (Deveres)
tou em outra organização política, a decisão compete ao São deveres do membro do BD:
Conselho Nacional se este foi membro da estrutura de direc- a) Militar numa das estruturas do Partido;
ção a nível nacional ou dirigente provincial e aos Conselhos b) Defender e aplicar os Estatutos e o Programa do
Provinciais para os restantes casos. BD;
ARTIGO 8.º c) Contribuir com as suas sugestões e críticas para a
(Suspensão ou desvinculação da condição de militar) melhoria contínua das actividades;
1. O membro pode ser desactivado, a seu pedido ou por d) Executar, com empenho e lealdade, as tarefas de
iniciativa do órgão onde milita, quando já não reúna conduta que for incumbido e as funções que lhe tenham
moral, cívica ou política para permanecer no Partido. sido confiadas;
2. O processo de desactivação será objecto de regu- e) Defender e pautar a sua prática política com base nos
lamento próprio aprovado pela Comissão Nacional de princípios de razoabilidade, espírito construtivo,
Jurisdição e Fiscalização. tendo sempre a moral e a ética como dados a serem
ARTIGO 9.º inseridos na acção política que deve ser sempre
(Direitos do membro) exercida como um serviço prestado à sociedade;
São direitos do Membro do Bloco Democrático: f) Contribuir para o alargamento da base social do
a) Participar nas reuniões da estrutura a que pertence Partido, através da difusão do seu Programa, do
e nas demais actividades da Organização; diálogo criador e consensual com a sociedade
b) Eleger e ser eleito para os órgãos de Direcção; civil e da defesa das suas legítimas aspirações
c) Candidatar-se, pelas listas do BD ou de coligação e interesses;
que ele faça parte, a qualquer Órgão do Poder g) Abster-se de inscrição em organismos ligados a
do Estado, propor candidatos e opinar sobre o outras organizações políticas, salvo no caso
perfil destes; de existir opinião favorável da organização de
d) Apresentar propostas e defender livremente a forma expressa ou tácita;
sua opinião sobre qualquer assunto do Partido, h) Não aceitar candidatar-se ou exercer cargos políti-
cos fora do âmbito do Partido, sem autorização
contribuindo, deste modo, para a tomada de
ou patrocínio deste;
decisões;
i) Contribuir para a coesão e unidade do Partido e
e) Criticar, no seio do Partido, os órgãos e actividades
saber conjugar estas com o direito de consti-
dos seus membros, independentemente do seu
tuição de corrente organizadas, nos termos do
nível de responsabilidade;
artigo 13.º dos presentes Estatutos;
f) Não ser sancionado disciplinarmente sem garantias
j) Guardar sigilo sobre a vida interna do Partido;
de defesa e sem processo instaurado pelo órgão
k) Comprometer-se a seguir as orientações políticas
competente; do BD, no desempenho de funções públicas
g) Recorrer e ser informado sobre o andamento do electivas ou designadas e implementá-las sem-
processo; pre de forma exemplar para a classe política e
h) Pedir a demissão por motivo justificado, dos cargos para a sociedade em geral;
para que tenha sido eleito ou designado; l) Apoiar qualquer membro do BD que exerça fun-
i) Arguir qualquer acto praticado por órgãos do BD, ções públicas electivas;
quando não se conforme com a lei ou com os m) Pagar regularmente as suas quotas;
presentes Estatutos; n) Aceitar ser criticado para melhorar o seu desempenho;
j) Solicitar e receber formação para melhorar desem- o) Submeter-se à avaliação de desempenho efectuada
penho das suas funções; pelo Conselho Nacional ou outro órgão do BD
k) Participar nas reuniões da organização em que se com competência para o efeito, podendo apre-
aprecie as suas actividades; ciar a avaliação sobre o efeito.
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ARTIGO 11.º c) O respeito pelas decisões da maioria;


(Sanções)
d) A prestação de contas pelos órgãos de direcção aos
1. Ao membro que por acção ou omissão infringir os órgãos que os elegeram e aos órgãos superiores
seus deveres estatutariamente definidos serão aplicadas as
da Organização;
seguintes sanções:
e) A eleição de todos os órgãos dirigentes por voto
a) Advertência verbal em Assembleia;
secreto.
b) Advertência escrita;
2. A cooptação pode ser excepcionalmente utilizada
c) Destituição do cargo ou de responsabilidades espe-
quando haja necessidade de garantir o normal funciona-
cíficas atribuídas ao infractor;
mento dos órgãos eleitos.
d) Agravação da sanção referida na alínea c) com a
suspensão do direito a eleger e ser eleito por dois 3. O voto poderá ser por mão levantada, quando se tratar
anos; de decisão política que não se refira a pessoas.
e) Suspensão do Partido por um período entre dois a ARTIGO 13.º
(Pluralismo de opinião)
cinco anos;
f) Expulsão. 1. O pluralismo de opinião como uma das bases da vida
2. São órgãos competentes para a aplicação de sanções: organizativa do BD poderá ser expresso em correntes organi-
a) A Assembleia onde o infractor milita; zadas, desde que não contrariem os princípios fundamentais
b) Os Conselhos Municipais, Provinciais e Nacionais do Partido expressos nos presentes Estatutos e no Programa.
em relação aos seus membros e aos integrantes 2. As correntes organizadas com base no princípio da
dos organismos que lhes sejam subordinados; livre opinião não poderão pôr em causa a unidade do BD e
c) A Convenção Nacional e a Comissão Nacional não poderão ser representadas através de símbolos próprios
de Jurisdição e Fiscalização, em matéria da sua e estruturas organizativas formais que contrariem o normal
competência, nos termos dos presentes Estatu- funcionamento das estruturas estabelecidas do Partido nos
tos. presentes Estatutos.
3. O membro sancionado tem o direito de recorrer da SUBSECÇÃO II
decisão que ratifica a sanção aplicada dentro do prazo Princípios de Organização
de 30 dias após dela ter tomado conhecimento.
ARTIGO 14.º
4. Tratando-se do recurso para a Convenção Nacional, o (Modo de organização)
mesmo deve ser interposto até 30 dias antes da data do início
1. O BD organiza-se nos locais de residência.
dos trabalhos deste órgão.
5. A aplicação das sanções e as normas que regulamen- 2. Podem ser criadas estruturas da organização junto das
tam o processo disciplinar serão regidas por regulamento comunidades no estrangeiro que serão submetidas a regu-
próprio, aprovado pelo Conselho Nacional, sob proposta da lamento próprio aprovado pelo Conselho Nacional, sob
Comissão Nacional de Jurisdição e Fiscalização. proposta da Comissão Política.
6. A sanção prevista na alínea f) do n.º 1 é de exclusiva ARTIGO 15.º
competência do Conselho Nacional e deverá ser ratificada (Organização territorial)
pela Convenção Nacional. 1. A organização territorial do BD tem como base a divi-
são político-administrativa do País.
CAPÍTULO III
Organização e Funcionamento 2. Por razões de eficácia, integração e desenvolvimento
regional, poderão ser criadas estruturas de coordenação
SECÇÃO I
Disposições Gerais
regional, englobando várias estruturas provinciais.
3. Deverá ser garantida a máxima autonomia das estru-
SUBSECÇÃO I
Princípios Fundamentais
turas provinciais e municipais, tendo apenas como limite
o estabelecido nos Estatutos e orientações dos órgãos
ARTIGO 12.º
(Democracia interna)
superiores.
4. O BD possui a seguinte organização territorial:
1. O BD organiza-se e funciona na base da democra-
a) Estruturas Nacionais — escalão nação;
cia interna, da direcção colegial e do pluralismo de opinião,
compatíveis com os objectivos expressos no artigo 1.º dos b) Estruturas Regionais — escalão regional
presentes Estatutos, o que significa, designadamente: c) Estruturas Provinciais — escalão província;
a) A concreta liberdade de opinião individual ou con- d) Estruturas Municipais — escalão município;
certada; e) Estruturas Distritais Urbanas — escalão distrito;
b) A responsabilidade individual ou colectiva e a livre f) Estruturas Comunais — escalão comuna;
iniciativa individual e/ou de grupo; g) Estrutura de Base — escalão bairro.
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5. A decisão de criação de Coordenações Regionais e) Fixar a composição do Conselho Nacional e eleger


compete ao Conselho Nacional que será acompanhada de os representantes dos membros neste órgão;
aprovação de regulamento próprio, elaborado sob proposta f) Eleger o Presidente, o Vice-Presidente e o Secretá-
das Estruturas Provinciais a integrar. rio Geral e os membros da C.N.J.F.;
SECÇÃO II g) Determinar a composição da Comissão Nacional
Organização Nacional de Jurisdição e Fiscalização, eleger o seu Presi-
dente e os restantes membros e rectificar o seu
ARTIGO 16.º
(Enumeração) regulamento;
h) Discutir e aprovar o seu regulamento interno;
1. São Órgãos Nacionais:
i) Eleger a Mesa da Presidência e os seus demais
a) A Convenção Nacional;
órgãos.
b) O Conselho Nacional;
ARTIGO 19.º
c) A Comissão Política; (Mesa da Convenção Nacional)
d) O Secretariado Nacional;
A Mesa da Convenção Nacional é a instância de direcção
e) O Presidente; dos trabalhos da Convenção Nacional.
f) A Comissão Nacional de Jurisdição e Fiscalização;
ARTIGO 20.º
g) O Conselho Nacional de Estudos e Reflexões. (Composição da Mesa da Convenção Nacional)
2. O Conselho Nacional pode criar órgão autónomos, em 1. A Mesa da Convenção Nacional é constituída por
certos sectores de especificidade social, como Juventude, um Presidente, um Vice-Presidente e um Secretário, eleitos
Mulheres, etc.... e Estruturas que transitoriamente flexibili- pelos delegados à Convenção Nacional.
zem a intervenção do BD em função da conjuntura política. 2. O Presidente, além de dirigir os trabalhos da
SUBSECÇÃO I
Convenção Nacional, empossa todos os órgãos eleitos pela
Convenção Nacional Convenção Nacional e exerce todas as competências que lhe
forem atribuídas.
ARTIGO 17.º 3. O Vice-Presidente coadjuva o Presidente da Mesa da
(Definição e composição)
Convenção Nacional na direcção dos trabalhos, bem como o
1. A Convenção Nacional é o órgão máximo do BD e é substitui em caso de impedimento.
composto por Delegados Eleitos e Delegados Natos. 4. O Secretário é o relator da Convenção Nacional.
2. São Delegados Natos os membros do Conselho ARTIGO 21.º
Nacional e da Comissão Nacional de Jurisdição e (Reuniões)
Fiscalização. A Convenção Nacional do BD reúne-se, ordinariamente,
3. O número de delegados é fixado previamente no de quatro em quatro anos e, extraordinariamente, por ini-
acto da convocação da Convenção Nacional pelo Conselho ciativa do Conselho Nacional ou a requerimento de um
Nacional, com um mínimo de 90 dias de antecedência número de direcções de Estruturas Provinciais e Municipais
que representem, pelo menos, 1/3 do total dos membros da
para as Convenções Nacionais Ordinárias e 30 dias para as
organização.
Convenções Nacionais Extraordinárias.
SUBSECÇÃO II
4. O número de delegados eleitos, em caso algum, pode
Conferências Nacionais
ser superior ao correspondente à representação de um dele-
gado para cem militantes. ARTIGO 22.º
(Natureza)
ARTIGO 18.º
(Competências) 1. O Conselho Nacional pode convocar e organizar
Conferências Nacionais, determinando as normas de repre-
Compete exclusivamente à Convenção Nacional:
sentação e o seu funcionamento.
a) Aprovar e modificar os Estatutos e o Programa da
2. As decisões das Conferências Nacionais não poderão
Organização; alterar a linha política do Partido e as resoluções aprovadas
b) Modificar a linha política da Organização e definir em Convenção Nacional.
a estratégia para a solução das questões funda-
SUBSECCÃO III
mentais da Nação; Conselho Nacional
c) Apreciar e aprovar os relatórios do Conselho
ARTIGO 23.º
Nacional e da Comissão Nacional de Jurisdição (Definição e composição)
e Fiscalização e adoptar as resoluções corres- 1. O Conselho Nacional é o órgão máximo da Organização
pondentes; entre as reuniões da Convenção Nacional e é composto por
d) Decidir, em última instância, sobre os recursos que Delegados Eleitos e Natos, num total de 101 (cento e um)
lhe sejam submetidos pelos membros dos órgãos membros fixados pela Convenção Nacional, nos termos da
nacionais; alínea e) do artigo 18.º dos Estatutos do BD.
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2. O número de membros do Conselho Nacional elei- n) Aprovar a estratégia de relacionamento do BD,


tos no acto da Convenção Nacional corresponde à diferença com outras organizações políticas e as várias
entre o número fixado e os membros eleitos por inerência de organizações da sociedade civil;
funções nas bases. o) Criar as comissões julgadas necessárias para o
3. O número de representantes de cada província não estudo e aprofundamento das questões fun-
poderá ser inferior a 2 (dois) e superior a 6 (seis).
damentais para a vida do Partido e outras de
4. Cada órgão autónomo deve estar representado no
carácter nacional, bem como para a execução de
Conselho Nacional por um membro, o seu Secretário
tarefas específicas;
Nacional.
5. O Conselho Nacional elege um Secretário entre os p) Autorizar o relacionamento do BD com partidos
seus membros. políticos de outros países e com organizações
ARTIGO 24.º
políticas de carácter internacional;
(Competências) q) Aprovar a estratégia de relações internacionais do
Compete ao Conselho Nacional: BD;
a) Assegurar o cumprimento do Programa do BD e a r) Nomear os directores dos órgãos autónomos do BD
aplicação dos Estatutos, bem como das orienta- e dos órgãos de imprensa do Partido;
ções e resoluções da Convenção Nacional; s) Propor à Convenção Nacional os Conselheiros
b) Dirigir a actividade geral do Partido; Nacionais;
c) Fixar a composição da Comissão Política e aprovar t) Aprovar a ampliação dos órgãos e sua composição
o seu regulamento interno; por cooptação para ajustar ao crescimento quan-
d) Eleger os membros que, com o Presidente, Vice- titativo e qualitativo do Partido, num limite que
-Presidente e o Secretário Geral, integram a não seja superior aos determinados nos Estatu-
Comissão Política; tos.
e) Apreciar a actuação dos demais órgãos do BD e
ARTIGO 25.º
adoptar as medidas que se mostrem necessárias; (Reuniões)
f) Suspender o mandato dos órgãos nacionais do BD,
O Conselho Nacional reúne-se, ordinariamente, 2 (duas)
ouvido a C.N.J.F., quando a gravidade da situa-
vezes por ano, sob convocatória do Presidente e, extraordi-
ção o justifique, visando sempre a prossecução
nariamente, por iniciativa da maioria dos seus membros da
estrita dos interesses do BD;
Comissão Política ou do Presidente.
g) Eleger o Secretário-Adjunto sob proposta do
SUBSECCÃO IV
Secretário Geral;
Comissão Política
h) Convocar a Convenção Nacional do BD e estabele-
cer o respectivo projecto de ordem de trabalhos ARTIGO 26.º
(Definição)
e fixar o número de delegados, respeitando o
estabelecido no artigo 17.º dos presentes Estatu- A Comissão Política é órgão permanente do Conselho
tos e decidir sobre a metodologia dos trabalhos Nacional do BD.
preparatórios; ARTIGO 27.º
(Composição)
i) Aprovar as linhas gerais do Programa de Governo
e decidir sobre a participação ou não do BD em 1. A Comissão Política é integrada por membros eleitos
Coligações pré ou pós-eleitorais, após ausculta- no seio do Conselho Nacional, mediante proposta dos seus
ção das estruturais de base do Partido; membros, nos termos dos Estatutos e demais regulamentos.
j) Definir a Política Autárquica do BD; 2. De entre os seus membros, nos quais consta o
k) Estabelecer o perfil e aprovar a proposta de desig- Presidente, o Vice-Presidente e o Secretário Geral, 7 deve-
nação de membros para os cargos públicos de rão ser os Secretários Provinciais do BD nas províncias de
âmbito nacional e orientar os Conselhos Provin- maior representatividade, nos termos do n.º 2 do artigo 23.º
ciais e Municipais, em relação aos critérios de 3. Os responsáveis regionais, propostos pelo Secretário
selecção para os cargos do poder local; Geral, são igualmente membros por inerência de funções.
l) Traçar as linhas gerais da política do BD para a 4. O número de membros da Comissão Política não
formação e superação dos seus membros; poderá ser superior a ¼ do total de membros do Conselho
m) Aprovar o plano geral de actividades do BD, os Nacional.
relatórios de contas da Comissão Política e apro- 5. Os restantes membros, que não o sejam por inerência
var o orçamento anual do Partido; de funções, serão eleitos sob proposta do Presidente.
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ARTIGO 28.º d) Administrar o património do BD;


(Competências)
e) Aprovar o seu regulamento interno, bem como
Compete à Comissão Política: gerir o seu próprio Orçamento;
a) Dirigir a actividade política geral do BD, emitindo f) Decidir sobre as questões urgentes no intervalo das
directivas para a aplicação da estratégia defi- reuniões da Comissão Política e sobre todos os
nida pela Convenção Nacional e pelo Conselho assuntos que, pela sua importância, não tenham
Nacional; que aguardar decisões deste órgão;
b) Decidir sobre a política do BD entre as reuniões g) Apoiar as acções da Comissão Nacional de Juris-
do Conselho Nacional com base nas resoluções dição e Fiscalização e do Conselho Nacional de
deste e da Convenção Nacional; Estudos e Reflexões;
c) Apresentar ao Conselho Nacional propostas de
h) Executar a política do BD de acordo com as demais
membros candidatos a cargos públicos de nível
atribuições decorrentes dos Estatutos e regula-
nacional.
mentos, das decisões da Convenção Nacional,
ARTIGO 29.º do Conselho Nacional e da Comissão Política;
(Reuniões)
i) Conduzir a política externa do BD;
A Comissão Política reúne-se, ordinariamente, 1 (uma)
j) Informar ao Presidente sobre as questões políticas e
vez em cada 3 (três) meses ou, extraordinariamente, por
actividades do BD.
convocatória do Presidente.
2. O BD fica obrigado, para as questões financeiras,
SUBSECÇÃO V
com as assinaturas conjuntas do Secretário Geral e de dois
Secretariado Nacional
Secretários Nacionais, bastando, para os demais assuntos,
ARTIGO 30.º da assinatura do Secretário Geral para as questões nacionais
(Definição e composição)
e de um membro do Secretariado Nacional para os actos de
1. O Secretariado Nacional é o órgão executivo do mero expediente do pelouro respectivo.
Conselho Nacional e o órgão superior de administração do
ARTIGO 32.º
BD. (Reuniões)
2. O Secretariado Nacional é dirigido pelo Secretário
O Secretariado Nacional reúne-se, ordinariamente, duas
Geral, eleito pela Convenção Nacional.
vezes por mês, sob convocatória do Secretário Geral e,
3. O Secretariado Nacional é composto pelos Secretários
extraordinariamente, por iniciativa deste ou de um terço dos
indicados pelo Secretário Geral, para os pelouros que vierem
seus membros.
a ser necessários.
4. O Secretário Geral é substituído, na sua ausência ou SUBSECÇÃO VI
Presidente e Vice-Presidente
no seu impedimento temporário, pelo Secretário que indicar
ou, na falta de tal indicação, pelo Secretário que for eleito ARTIGO 33.º
(Definição)
pelo Secretariado Nacional.
5. Em caso de impedimento permanente, o cargo de 1. O Presidente é o órgão que representa o BD e garante
Secretário Geral é exercido interinamente, durante um a sua unidade e o regular funcionamento dos seus órgãos.
período de 90 dias, pelo Secretário Geral-Adjunto, até à elei- 2. O Presidente e o Vice-Presidente do BD são eleitos, no
ção do Secretário Geral pelo Conselho Nacional. processo da Convenção, por todos os militantes do Partido,
6. Em caso de impedimento temporário ou permanente regularmente inscritos e com as quotas anuais regulares em
do Secretário Geral-Adjunto, este é substituído por um uma das suas estruturas, para um mandato de 4 (quatro)
Secretário Nacional indicado pelo Secretário Geral. anos, renovável por uma vez.
ARTIGO 31.º 3. O Presidente é coadjuvado por um Vice-Presidente.
(Competências) 4. As competências do Vice-Presidente serão determina-
1. Compete ao Secretariado Nacional: das na primeira reunião do Conselho Nacional.
a) Implementar as decisões da Convenção Nacional, 5. Regulamento próprio definirá o modo de eleição do
do Conselho Nacional, da Comissão Política e Presidente e do Vice-Presidente.
da Comissão Nacional de Jurisdição e Fiscali- ARTIGO 34.º
zação; (Competências)

b) Submeter à Comissão Política o plano geral de 1. Compete ao Presidente:


actividade do BD, o relatório de contas e o orça- a) Representar o BD nos planos nacional e interna-
mento anual do Partido; cional;
c) Dirigir e orientar o funcionamento dos serviços b) Representar o BD perante os órgãos do Poder de
nacionais do BD; Estado;
1216 DIÁRIO DA REPÚBLICA

c) Convocar e presidir as reuniões do Conselho 2. A C.N.J.F. tem o poder de solicitar ou consultar todos
Nacional e da Comissão Política; os elementos relativos à vida da Organização, necessários ao
d) Acompanhar as acções do Conselho Nacional de exercício da sua competência.
Estudos e Reflexões e da Comissão Nacional de 3. A C.N.J.F. exerce a sua competência com independên-
Jurisdição e Fiscalização; cia e imparcialidade em relação aos demais órgãos do BD,
e) Dar posse aos membros do Conselho Nacional e da observando critérios de razoabilidade e legalidade.
Comissão Política que não possam ser empossa- ARTIGO 37.º
(Prestação de informação)
dos pela Mesa da Convenção Nacional.
2. No caso de renúncia ou impedimento permanente, A C.N.J.F. presta informação ao Conselho Nacional e
o Vice-Presidente assume a Presidência, até ao final do responde apenas à Convenção Nacional apresentando o rela-
mandato, cabendo ao Conselho Nacional eleger o Vice- tório da sua actividade.
-Presidente sob proposta do Presidente. ARTIGO 38.º
(Composição)
3. No caso de renúncia ou impedimento do Vice-
-Presidente, o Conselho Nacional elege o seu substituto até A C.N.J.F. é composta por um Presidente e 4 (quatro)
à eleição do Vice-Presidente. elementos eleitos pela Convenção Nacional, não sendo estes
4. No caso de impedimento simultâneo do Presidente e membros do Conselho Nacional.
do Vice-Presidente, há lugar a um novo processo electivo. ARTIGO 39.º
(Coordenação)
SUBSECÇÃO VII
Comissão Nacional de Jurisdição e Fiscalização No exercício das suas competências, a C.N.J.F. coordena
a sua actividade com a Comissão Política.
ARTIGO 35.º
(Definição) SUBSECÇÃO VIII
Conselho Nacional de Estudos e Reflexões
A Comissão Nacional de Jurisdição e Fiscalização —
ARTIGO 40.º
C.N.J.F. é um órgão encarregado de zelar pelo cumprimento
(Definição)
dos Estatutos e regulamentos, pela disciplina interna, pela
O Conselho Nacional de Estudos e Reflexões é um órgão
gestão correcta das finanças, meios materiais e humanos do
autónomo que responde apenas perante o Conselho Nacional
BD, pela observância da legalidade e pelo escrupuloso cum-
e está encarregue de efectuar estudos políticos, económicos
primento dos acordos celebrados pela Organização.
e sociais para o BD.
ARTIGO 36.º
(Competências) ARTIGO 41.º
(Competências)
1. Compete à C.N.J.F.:
Compete ao Conselho Nacional de Estudos e Reflexões:
a) Zelar pelo cumprimento dos Estatutos, programa e
a) Elaborar análises políticas, económicas e sociais
regulamento do BD e impulsionar a sua activi-
para os diferentes órgãos do BD;
dade, sem prejuízo da competência dos demais
b) Elaborar e analisar os ante-projectos de programas
órgãos e estruturas da Organização;
e apresentar propostas de ajustamento;
b) Examinar as queixas dos membros, levar a cabo
c) Opinar sobre a linha editorial dos meios de comu-
inquéritos e instaurar processos disciplinares nicação do BD;
que entender convenientes ou quando solicita- d) Apresentar sugestões sobre a linha propagandística
dos pelos demais órgãos nacionais; do BD e sobre as comunicações fundamentais da
c) Apreciar a legalidade da actuação dos órgãos do Organização;
BD, anular quaisquer dos seus actos que sejam e) Sugerir a metodologia de trabalho socio-político
contrários ao Programa, Estatutos e à lei; em função da realidade sócio-cultural, política e
d) Emitir pareceres sobre a interpretação e integração económica do País;
das lacunas dos Estatutos e regulamentos; f) Dar parecer solicitado por qualquer órgão de direc-
e) Julgar, em definitivo, os recursos das decisões dos ção do BD;
órgãos provinciais e municipais; g) Apoiar, na especialidade, os membros do BD que
f) Instruir e julgar os processos em que sejam argui- exerçam cargos públicos de eleição a todos os
dos os membros dos órgãos nacionais do BD; níveis, dando pareceres e sugestões para o bom
g) Decretar a suspensão preventiva dos membros, nos desempenho das suas funções;
termos dos Estatutos; h) Efectuar estudos comparativos e acompanhar a
h) Fiscalizar a gestão financeira e dos meios materiais actuação das outras forças políticas nacionais e
do BD. forças organizadas da sociedade civil.
I SÉRIE –– N.º 51 –– DE 17 DE MARÇO DE 2023 1217

ARTIGO 42.º 4. O número de Delegados Eleitos, em caso algum,


(Composição)
poderá ser superior à representação de 1 delegado para
1. O Conselho Nacional de Estudos e Reflexões, coorde- 50 (cinquenta) membros.
nada por um membro do Conselho Nacional, é composto por ARTIGO 47.º
especialistas dos vários ramos das ciências. (Competências)
2. O número de membros da C.N.E.R. dependerá das 1. Compete à Assembleia Provincial:
necessidades objectivas e do momento. No entanto, esta a) Analisar a situação político-social prevalecente na
deverá integrar um efectivo permanente de especialistas província e aprovar estratégias para a solução
para as áreas de: das questões fundamentais com base nos princí-
a) Análise política; pios estatutariamente consagrados, no programa
b) Estudos económicos; e resoluções da Convenção Nacional e demais
c) Psicologia social; órgãos superiores;
d) Assuntos jurídicos; b) Apreciar e aprovar os relatórios do Conselho Pro-
e) Comunicação social; vincial e da Comissão Provincial de Jurisdição e
f) Métodos de organização e mobilização; Fiscalização — C.P.J.F.;
g) Assuntos da família, infância e condição feminina. c) Apreciar e aprovar os relatórios dos órgãos provin-
SECÇÃO III ciais, municipais e traçar as orientações julgadas
Organização Regional
convenientes;
ARTIGO 43.º d) Determinar o número e eleger o Conselho Provin-
(Enumeração, definição, composição, competências
cial;
e reuniões dos órgãos regionais)
e) Eleger o Presidente do Conselho Provincial, o
A enumeração, definição, composição, competências e Vice-Presidente e o Secretário Provincial do
reuniões dos órgãos regionais compete ao Conselho Nacional, Partido;
a quem incumbe, igualmente, aprovar o seu regulamento pró- f) Determinar a composição da C.P.J.F., eleger o Pre-
prio, sob proposta das Estruturas Provinciais a integrar. sidente e demais membros;
SECÇÃO IV g) Eleger a Mesa da Assembleia Provincial e os
Organização Provincial
demais órgãos e aprovar o seu regulamento;
ARTIGO 44.º h) Eleger delegados à Convenção Nacional.
(Enumeração)
2. As atribuições previstas nas alíneas b), c), e), f) e g)
São órgãos provinciais: são da competência exclusiva da Assembleia Provincial.
a) A Assembleia Provincial; ARTIGO 48.º
b) O Conselho Provincial; (Mesa da Assembleia Provincial)
c) O Secretariado Provincial; A Mesa da Assembleia Provincial é a instância de direc-
d) O Secretário Provincial; ção dos trabalhos da Assembleia Provincial.
e) A Comissão Provincial de Jurisdição e Fiscaliza- ARTIGO 49.º
ção. (Composição da Mesa da Assembleia Provincial)
SUBSECÇÃO 1 1. A Mesa da Assembleia Provincial é constituída por
Assembleia Provincial um Presidente, um Vice-Presidente e um Secretário, eleitos
ARTIGO 45.º pelos delegados à Assembleia Provincial.
(Definição) 2. O Presidente, além de dirigir os trabalhos da
A Assembleia Provincial é o órgão dirigente máximo do Assembleia Provincial, empossa todos os órgãos eleitos pela
Partido a nível provincial. Assembleia Provincial e exerce todas as competências que
ARTIGO 46.º lhe forem atribuídas.
(Composição) 3. O Vice-Presidente coadjuva o Presidente da Mesa da
1. A Assembleia Provincial é composta por Delegados Assembleia Provincial, bem como o substitui em caso de
Eleitos e Delegados Natos. impedimento.
2. São Delegados Natos os membros do Conselho 4. O Secretário é o relator da Assembleia Provincial.
Provincial e da Comissão Provincial de Jurisdição e ARTIGO 50.º
Fiscalização. (Reuniões)

3. O número de delegados é fixado previamente no A Assembleia Provincial reúne-se, ordinariamente, de


acto da convocação que deverá ser feita pelo Conselho 2 (dois) em 2 (dois) anos e, extraordinariamente, por ini-
Provincial, com o mínimo de 30 dias de antecedência para ciativa do Conselho Provincial ou a requerimento de um
as Assembleias Ordinárias e 15 dias para as Assembleias número de membros, a nível da província, não inferior a um
Extraordinárias. 1/3 (um terço).
1218 DIÁRIO DA REPÚBLICA

SUBSECÇÃO II a) Submeter ao Conselho Provincial o plano anual de


Conselho Provincial
actividades de implementação e organização do
ARTIGO 51.º BD na província e acompanhar a sua execução;
(Definição e composição)
b) Dirigir e orientar o funcionamento dos serviços
1. O Conselho Provincial é o órgão dirigente da provín- provinciais do BD; 
cia entre as Assembleia Provincial e é responsável perante o c) Elaborar e submeter ao Conselho Provincial o
Conselho Nacional. orçamento e as contas do BD a nível provincial.
2. O Conselho Provincial é composto por um número
ARTIGO 56.º
de membros fixados pela Assembleia Provincial, devendo (Reuniões)
deste número constar o Presidente do Conselho Provincial, O Secretariado Provincial reúne-se, ordinariamente, uma
o Vice-Presidente, o Secretário Provincial e os Secretários vez por semana e, extraordinariamente, sempre que convo-
Municipais. cado pelo Secretário Provincial.
ARTIGO 52.º
SUBSECÇÃO IV
(Competências)
Secretário Provincial
Ao Conselho Provincial compete:
ARTIGO 57.º
a) Executar as resoluções da Assembleia Provincial e (Definição e competência)
as directivas dos órgãos superiores do BD; 1. O Secretário Provincial é o órgão que dirige a activi-
b) Apreciar a actividade dos Conselhos Municipais e dade do BD, zela pelo cumprimento das decisões dos órgãos
zelar pelo cumprimento das estratégias definidas nacionais e dos órgãos provinciais colegiais.
pelo partido; 2. As competências do Secretário Provincial decorrem
c) Propor à Assembleia Provincial a lista de candida- da aplicação analógica ao escalão provincial das normas que
tos do BD aos Órgãos do Poder Local com base regulam as competências do Secretário Geral.
nas sugestões das Assembleias Municipais; SUBSECÇÃO IV
d) Analisar a situação organizativa a nível provincial Comissão Provincial de Jurisdição e Fiscalização
e propor à Assembleia Provincial as medidas ARTIGO 58.º
julgadas convenientes; (Composição)
e) Apoiar a acção dos membros eleitos para os Órgãos A Comissão Provincial de Jurisdição e Fiscalização —
do Poder Local; C.P.J.F. é composta por um Presidente e por dois membros
f) Fixar o número e eleger os membros do Secreta- eleitos pela Assembleia Provincial, não sendo estes mem-
riado Provincial; bros do Conselho Provincial.
g) Apreciar a actividade do Secretariado Provincial. ARTIGO 59.º
ARTIGO 53.º (Definição e competências)
(Reuniões) 1. A C.P.J.F. é o órgão encarregado de zelar pelo cumpri-
O Conselho Provincial reúne-se, ordinariamente, uma mento dos Estatutos e regulamentos, pela disciplina interna,
vez por mês e, extraordinariamente, sempre que convocado pela gestão correcta dos recursos humanos, financeiros e
pelo Presidente do Conselho Provincial. materiais do BD a nível provincial, municipal e de base.
SUBSECÇÃO III 2. Zelar pela observância, por parte das estruturas acima
Secretariado Provincial referidas, da legalidade e pelo cumprimento escrupuloso das
ARTIGO 54.º suas obrigações contratuais.
(Definição e composição) 3. Em geral, as competências da C.P.J.F. são as da
1. O Secretariado Provincial é o órgão executivo do C.N.J.F. aplicadas ao escalão provincial, salvo as previstas
Conselho Provincial e é composto pelo Secretário Provincial na alínea d) do artigo 36.º
e por um número de membros determinado pelo Conselho SECÇÃO V
Organização Municipal
Provincial.
2. O Secretariado Provincial reger-se-á por um regula- ARTIGO 60.º
mento interno a aprovar pela Assembleia Provincial, sob (Enumeração)

proposta do Conselho Provincial. São Órgãos Municipais do BD os seguintes:


ARTIGO 55.º a) A Assembleia Municipal;
(Competências) b) O Conselho Municipal;
No âmbito da sua actividade, compete, nomeadamente, c) O Secretariado Municipal;
ao Secretariado Provincial: d) Os Núcleos de Base.
I SÉRIE –– N.º 51 –– DE 17 DE MARÇO DE 2023 1219

SUBSECÇÃO I SUBSECÇÃO III


Assembleia Municipal Secretário Municipal

ARTIGO 61.º ARTIGO 67.º


(Definição e composição) (Definições e competências)
1. A Assembleia Municipal é o órgão máximo do BD a 1. O Secretariado Municipal é o órgão permanente do
nível municipal, nos termos dos presentes Estatutos. Conselho Municipal e é composto pelo Secretário Municipal
2. A Assembleia Municipal é composta por Delegados e por um número de membros determinado pelo Conselho
Eleitos e Delegados Natos. Municipal.
3. São Delegados Natos os membros do Conselho
2. O Secretariado Municipal reger-se-á por um regula-
Municipal.
mento interno a aprovar pela Assembleia Municipal, sob
4. O número de delegados é fixado previamente no acto
da convocação que deverá ser feita com o mínimo de 15 dias proposta do Conselho Municipal.
de antecedência para as Assembleias Ordinárias e 7 dias SUBSECÇÃO IV
Estruturas de Base
para as Assembleias Extraordinárias.
5. O número de delegados não poderá ser inferior à pro- ARTIGO 68.º
porção de 1 delegado para 10 membros. (Definição e composição)
ARTIGO 62.º 1. Os núcleos ao nível de comuna (freguesia) ou bairros
(Competências) são as Estruturas de Base do BD, constituídas por grupos
A Assembleia Municipal possui as competências previs- de membros que numa determinada área geográfica, exe-
tas para a Assembleia Provincial, tendo em conta que a sua cutam tarefas ligadas à mobilização, agitação, divulgação e
área de jurisdição é o Município. organização do BD, sob orientação directa do Secretariado
ARTIGO 63.º Municipal.
(Reuniões) 2. Os Núcleos de Base são compostos por um número
A Assembleia Municipal reúne-se, ordinariamente, mínimo de 3 (três), sendo a sua composição flexível em
uma vez por ano e, extraordinariamente, por iniciativa do função da área concreta de residência, com o coordenador
Conselho Municipal ou a requerimento de um número de como elo de ligação com os grupos na mesma área e com o
membros a nível do município não inferior 1/3 (um terço). Secretário Municipal.
SUBSECÇÃO II 3. Estes núcleos deverão reunir-se, pelo menos, uma
Conselho Municipal vez por semana e o registo das suas reuniões e actividades
ARTIGO 64.º
deverá ser feito pelo coordenador para ser submetido à apre-
(Definição e composição) ciação do Secretariado Municipal.
1. O Conselho Municipal é o órgão máximo de direc- CAPÍTULO IV
ção do BD a nível municipal no intervalo das Assembleias Órgãos Autónomos
Municipais.
ARTIGO 69.º
2. O Conselho Municipal é composto por um número de (Definição, organização e funcionamento)
membros fixados pela Assembleia Municipal e dele deverão
1. Órgãos Autónomos são organizações ou estruturas do
constar representantes dos núcleos de base.
BD, como as da Juventude, Mulheres e outras, que regem
3. O Conselho Municipal é coordenado pelo Presidente
a sua actividade e funcionamento por Estatutos próprios,
do Conselho Municipal.
em conformidade com os presentes Estatutos, aprovados
ARTIGO 65.º
(Competências)
pelas respectivas convenções e ratificados pelo Conselho
Nacional, perante quem respondem.
Compete ao Conselho Municipal o seguinte:
2. Os Órgãos Autónomos serão objecto de regulamenta-
a) Coordenar toda a actividade do BD a nível do
ção por parte do Conselho Nacional.
Município;
b) Assegurar o funcionamento de todas as Estruturas CAPÍTULO V
Municipais do BD e a sua administração geral; Disposições Diversas e Finais
c) O Conselho Municipal terá as demais atribuições ARTIGO 70.º
gerais dos Conselhos Provinciais adaptadas ao (Eleições)
escalão município. 1. São eleitos para os órgãos do BD os membros que à
ARTIGO 66.º data da eleição, tendo as quotas em dia, estejam inscritos há,
(Reuniões) pelo menos:
O Conselho Municipal reúne-se, ordinariamente, a) Seis meses para os órgãos de nível Municipal;
2 (duas) vezes por mês e, extraordinariamente, sempre que b) Um ano para os órgãos de nível Provincial e
convocado pelo Presidente do Conselho Municipal. Nacional.
1220 DIÁRIO DA REPÚBLICA

2. Excepcionalmente, podem ser eleitos, para os órgãos ARTIGO 74.º


(Funcionários do BD)
acima referidos, os membros que à data da eleição não
preencham os requisitos do tempo requerido, todavia dis- O Estatuto dos Funcionários do BD será definido e apro-
põem de coragem, experiencia política, conduta moral, vado pelo Conselho Nacional, sob proposta da Comissão
cívica e política, bem como de honestidade, seriedade e dig- Política.
nidade notórias. ARTIGO 75.º
3. O método de eleição dos órgãos nacionais constará de (Participação nas organizações da sociedade civil)
regulamento próprio aprovados pela Convenção Nacional e 1. No quadro de uma democracia participativa, a todos
pelo Conselho Nacional, segundo as matérias das competên- os níveis, devem os membros e órgãos do BD defender
cias respectivas. intransigentemente a intervenção activa das organizações da
4. O método de eleição dos órgãos intermédios e de
sociedade civil na vida política, económica, social e cultu-
base constará de Regulamento próprio a ser aprovado pelo
ral do País.
Conselho Nacional.
2. Os membros do BD que sejam membros destas orga-
ARTIGO 71.º
(Representantes do BD nos Órgãos do Poder do Estado)
nizações, respeitando a sua independência, desempenham
as actividades com sentido de utilidade, agindo sempre com
1. Os deputados pelas listas do BD ou em Coligação
espírito aberto, de modo a favorecer no seu seio a convivên-
Eleitorais constituem-se em Grupo Parlamentar a fim de
cia democrática.
concertarem e definirem em comum a sua acção; o mesmo
se verificará a nível dos Órgãos do Poder Local. ARTIGO 76.º
(Quórum)
2. A matéria respeitante aos Grupos Parlamentares e de
representantes, nomeadamente o seu relacionamento com os Os membros do BD só podem deliberar estando presen-
órgãos do BD, será objecto de regulamentação por parte do tes mais de metade dos seus membros.
Conselho Nacional. ARTIGO 77.º
(Modificação dos Estatutos)
ARTIGO 72.º
(Sobre o referendo) 1. A modificação dos Estatutos só poderá ser feita pela
1. Por decisão do Conselho Nacional ou a requerimento Convenção Nacional, mediante proposta do Conselho
de 1/5 dos membros do BD, quaisquer grandes decisões Nacional ou a pedido de 1/3 dos Conselhos Municipais.
políticas ou estratégicas podem, no intervalo das reuniões 2. As propostas de modificação só serão aprovadas caso
da Convenção Nacional, ser submetidas a referendo dos obtenham maioria qualificada de 2/3.
membros. ARTIGO 78.º
2. O regulamento do referendo será aprovado pelo (Duração e extinção)
Conselho Nacional.
1. O BD tem duração indeterminada.
ARTIGO 73.º 2. O BD só poderá ser extinto em Convenção Nacional
(Finanças e património)
Extraordinária, expressamente convocada para este fim e
1. As quotas são fixadas pelo Conselho Nacional.
mediante deliberação aprovada por 3/4 dos delegados.
2. O Conselho Nacional aprovará o orçamento financeiro
3. Se a Convenção Nacional decidir pela extinção desig-
do BD.
nará uma Comissão Liquidatária, e o destino dos bens não
3. O BD tem património próprio.
deverá aproveitar, em caso algum, os membros.
4. O património do BD é constituído pelo universo dos
seus bens, móveis, direitos e obrigações adquiridos ou gera- A Juíza Conselheira Presidente, Laurinda Prazeres
dos, nos termos legais. Monteiro Cardoso. (23-1849-A-TS)

O. E. 0399 - 3/51 - 150 ex. - I.N.-E.P. - 2023

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