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UNIVERSIDADE PAULISTA

RICARDO GOMES DE SOUSA

OS PARTIDOS POLÍTICOS NO IMPÉRIO ERAM REPRESENTATIVOS?

SANTANA DE PARNAÍBA
2015
RICARDO GOMES DE SOUSA
R.A.: C61931-0

OS PARTIDOS POLÍTICOS NO IMPÉRIO ERAM REPRESENTATIVOS?

Trabalho acadêmico, apresentado a Universidade UNIP,


apresentado como requisito parcial para a obtenção de nota no
curso de Direito.

Orientador: Prof. Dr. Mário Luiz Guide.


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................3

2. OS PARTIDOS POLÍTICOS NO IMPÉRIO ERAM REPRESENTATIVOS?............4

3. FICHAMENTO DO TEXTO......................................................................................6

4. CONCLUSÃO.......................................................................................................... 9

REFERÊNCIAS......................................................................................................... 10
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1. INTRODUÇÃO

Esse trabalho aborda os primeiros movimentos com atributos de partidos


políticos representativos no Brasil dos tempos imperiais. Antes de 1822, a luta
política limitar-se a brasileiros (os que almejavam a independência) e aos
estrangeiros (os que a dificultavam). Ainda que estas forças pudessem
determinadas vezes adaptar-se a grupos sociais característicos que estavam em
formação de organizações políticas dentro do Brasil Imperial.
O conceito de partido político surgiu em meados do século XVII e XVIII com a
discussão a respeito de alguma finalidade com valor social e dos elementos
necessários para obter certos direitos que nessas épocas eram difíceis de
conseguir.
A expansão dos partidos políticos desencadeou mesmo em meados do
século XIX, onde os grupos partidários se organizaram e evoluíram seus ideais
transformando em formas mais firmes, definidas e profissionalizadas que foi
impulsionada pela Revolução Industrial. Foi daí que não existiam, propriamente,
partidos, mas apenas grupos políticos ou facções. O aparecimento dos partidos, em
noção alinhada, identifica-se, assim, com o momento em que a ação partidária
sobrepujou o exemplo de atuação aleatória e arriscada, parlamentar ou eletiva, para,
fora das assembleias, adotar uma forma de mobilização política institucionalizada,
burocraticamente estruturada e demorada.
A história dos partidos políticos nos manifesta que no início eles ficaram
presos, inimizados e desfavorecidos, tanto no preceito quanto na prática das
instituições. No sistema representativo da liberal - democracia abrange-se que o
representante, uma vez eleito é livre e ativo das conexões de sujeição a grupos e da
organização de forças sociais.
No começo, os partidos foram organizações meramente eleitorais, cuja
função incidia em afirmar o êxito de seus candidatos. Nesse conjunto, a eleição era
o fim e o partido era o meio. Logo, o partido ampliou papéis próprios como a
organização habilitada para a ação direta e metódica sobre a atividade política,
pondo a eleição a emprego da publicidade dos partidos.
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2. OS PARTIDOS POLÍTICOS NO IMPÉRIO ERAM REPRESENTATIVOS?

Os partidos políticos surgiram no período imperial onde a política brasileira


girava em torno de três partidos. Eles eram responsáveis pela conservação e
manutenção do Império e do regime escravista. Os partidos eram: o Partido
Conservador (criado em 1836) que defendia um regime forte, com braço-de-ferro
centralizada na monarquia e pouca liberdade às províncias (Estados); o Partido
Liberal (1837): defendiam o fortalecimento do parlamento e uma máxima autonomia
nas regiões e o Partido Restaurador (1831): também conhecido por Partido
Caramuru. Defendia a volta de Dom Pedro I. Todos eram escravistas, contudo os
liberais defendiam um procedimento lento e gradual que levaria a abolição da
escravatura.
O voto era sem efeito, hierárquico, baseado em critério censitário (Lei
Saraiva, 1881), em eleições concretizadas em dois turnos, com as assembleias na
igreja católica (nas paróquias) indicando os eleitores das regiões. E estes eleitores
escolhendo os representantes da nação e das regiões. O escasso conflito ideológico
necessitava-se que tanto conservadores como liberais pertenciam a própria classe
social, a dos proprietários, de bens e de escravos. Existia máxima afinidade pelos
liberais, entre os comerciantes, os jornalistas, e as populações urbanas em geral.
Esta distração pelas ideias, e pelas idolatrias ideológicas explica que o primeiro
programa partidário só tenha sido escrito em 1864 (pelo temporário Partido
Progressista).
O aparecimento desses primeiros partidos políticos no Brasil na época do império,
nasceram em uma sociedade bem distante da nossa e segundo Afonso Arinos eram
partidos que não operavam de forma permanente, não tinha uma ação ativa em
benefício de seus negócios.
Constituindo, portanto, naquela época os partidos não ficaram respeitados
como uma forma de aspecto de uma classe, a sociedade não esperava que o papel
dos partidos era de representar seus interesses, seus ideiais e seus desagrados.
Esses partidos brotaram também numa época muito irregular onde a ampla
massa conhecida não compartilhava da vida política, não incluíam direitos a opinar.
Variavelmente de nosso país de hoje, aonde todos os cidadãos (ricos e pobres)
podem participar constantemente da vida política.
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Há atualmente no Brasil um número grande de partidos políticos, cada qual


com seu sistema de ideias, interesses e diversas formas de se mostrar.

Diferente da época do Império, onde a maior parte da população não tinha


educação e a elite da época não permaneciam preparadas para as lutas políticas.
Hoje o que não falta são pessoas conscientes da situação política do país e todos
agindo e se manifestando por meio dos partidos políticos, prova essa do grande
número de partidos que temos hoje.
Vivemos em uma sociedade onde prevalece a democracia, onde todos têm
direitos. Os partidos políticos atuam de forma continua e representando os
interesses de todos, algo que não aconteceu no Brasil imperial, o que explica o
fracasso dos partidos da época.
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3. FICHAMENTO DO TEXTO

Livre-cambismo – Diz-se de modelo no qual a troca de serviços entre países não é


afetada pelo Estado.

Facção - Insigne feito de armas; proeza. 2 Partido. 3 Bando ou partido sedicioso. 4


Sociol. Grupo de conflito, geralmente pouco organizado e fluido, que marca a
transição de um estado de desorganização para a reorganização da comunidade.

Colapso - Diminuição súbita da atividade nervosa e cerebral e demais funções que


dependem do sistema nervoso; prostração súbita. 2. Diminuição da eficiência e
tamanho de qualquer coisa; estacionamento. 3. Desmoronamento, ruína,
desintegração. C. cardíaco: a) cessação repentina e fatal da ação do coração; b)
estado clínico que resulta da incapacidade do miocárdio dos ventrículos de manter
um fluxo adequado de sangue a todos os tecidos do corpo. C. cardíaco congestivo:
diminuição prolongada da capacidade do coração de manter um fluxo adequado de
sangue aos tecidos ou de expelir o sangue venoso que a ele retorna.

Monopólio - 1 Domínio completo do mercado, geralmente pela união de várias


empresas em cartéis ou trustes. 2 Privilégio dado pelo governo a alguém, para
poder, sem competidor, explorar uma indústria ou vender algum gênero especial. 3
Posse exclusiva; propriedade de um só. M. de fato: o que se verifica, quando há
competição ilimitada resultante de certas circunstâncias que determinam o
afastamento do concorrente mais fraco ou menos apto. M. de interesse público:
aquele que é concedido, por determinado espaço de tempo, a um inventor, para que
explore comercialmente o seu invento. M. de ordem pública: o que se verifica
quando o Estado explora um serviço público ou uma determinada indústria: serviços
de correios e telégrafos, de águas e esgotos, de força e luz, de caminhos de ferro
etc. M. fiscal: aquele pelo qual o Estado se reserva o direito de fabricar, ou explorar,
como fonte de receita, a venda de certos produtos: o fósforo, o fumo etc. M. legal: o
que é instituído por lei, no interesse comum e benefício do Estado, que não admite a
livre concorrência dos particulares.

Colônia - 1. Povoação de colonos. 2. Grupo de pessoas da mesma nacionalidade


que vive em uma região limitada de outro país. 3. Sociol: Território controlado
politicamente por um Estado e povoado por emigrantes procedentes desse mesmo
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Estado metropolitano, justapostos ou sobrepostos a uma população indígena. 4.


Hist: Estabelecimento de cidadãos romanos em território recentemente submetido,
para garantir a ordem. A colônia era um centro de vida romana, funcionando como
uma pequena Roma. 5 Grupo de trabalhadores que, saindo do seu Estado, vão
estabelecer-se e trabalhar noutro, dentro do seu país.6 Associação obrigatória de
pescadores, instituída pela legislação brasileira. 7Conjunto de pessoas ou animais
que vivem em comum. 8. Bio:l Coleção ou grupo de bactérias em uma cultura,
derivados da reprodução de um organismo singular isolado ou de um grupo de
organismos. 9. Biol: Conjunto de indivíduos da mesma espécie vivendo em um
determinado local. 10. Reg: (Sul) Lugar distante de povoações, onde seus
moradores, muito dispersos, são agricultores ou criadores. C. de férias: instalações,
em lugares apropriados, para hospedagem a pessoas em gozo de férias. C.
correcional: presídio-rural para reclusos de bom procedimento.

Protecionismo - sm (lat protectione+ismo) Econ. Polít. Sistema de proteção da


indústria ou do comércio nacional, concedendo-lhes o monopólio do mercado interno
e onerando de taxas mais ou menos elevadas os produtos da indústria estrangeira.
Opõe-se lhe o livre-cambismo.

Agrarismo - Sistema que preconiza a divisão das terras entre os agricultores.

Afonso Arinos - (1905-1990) foi político brasileiro. Autor da lei proibindo a


discriminação racial no Brasil. Afonso Arinos (1905-1990) nasceu em Belo Horizonte,
Minas Gerais, no dia 27 de novembro de 1905. Formou-se em Direito pela
Faculdade de Direito do Rio de Janeiro. É um dos autores do Manifesto dos
Mineiros, de 1943, que apressa a derrubada da ditadura Vargas. Elege-se deputado
federal pela União Democrática Nacional (UDN), em 1947.Em 1951, notabiliza-se
pela chamada Lei Afonso Arinos, contra a discriminação racial no Brasil. Em 1954,
líder da oposição na Câmara dos Deputados, é um dos dirigentes da campanha
contra Getúlio Vargas. Em 1958 elege-se senador. É nomeado Ministro das
Relações Exteriores, em 1961, e retorna ao cargo em 1962, durante o governo João
Goulart, mas volta-se contra o presidente e apoia o golpe militar de 1964. Afasta-se
dos militares por discordar da legislação autoritária. Apesar disso colabora com o
governo durante a gestão de Ernesto Geisel, propondo reformas constitucionais. É
eleito senador constituinte em 1986, pelo estado do Rio de Janeiro, e preside a
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Comissão de Sistematização da Assembleia Nacional Constituinte. Afonso Arinos de


Melo Franco faleceu no dia 27 de agosto de 1990.

Latifundiário - Relativo a latifúndio. Sm. Proprietário de latifúndio. Propriedade rural


de grande extensão, cuja maior parte aproveitável não é aplicada à cultura ou
utilizada em exploração econômica.

Recessão - Ato ou efeito de retroceder; retirada. Econ. polít.: Período de atividade


econômica geral reduzida, caracterizado por declínio de vendas, produção, lucros e
empregos, que não é tão severo ou prolongado como uma depressão.

Guerra da Cisplatina – Foi um conflito armado entre Brasil (Império do Brasil) e


Províncias Unidas do Rio da Prata (antiga província do Vice-Reinado espanhol do
Rio da Prata), ocorrido entre 1825 a 1828.

Farroupilhas - Revolução Farroupilha, também é chamada de Guerra dos Farrapos


ou Decênio Heróico (1835 - 1845), surgiu no Rio Grande do Sul e configurou-se, na
mais longa revolta brasileira. Durou 10 anos e foi liderada pela classe dominante
gaúcha, formada por fazendeiros de gado, que usou as camadas pobres da
população como massa de apoio no processo de luta.

Período Regencial - É uma época da História do Brasil entre os anos de 1831 e


1840. Quando o imperador D. Pedro I abdicou do poder em 1831, seu filho e
herdeiro do trono D. Pedro de Alcântara tinha apenas 5 anos de idade. A
Constituição brasileira do período determinava, neste caso, que o país deveria ser
governado por regentes, até o herdeiro atingir a maioridade (18 anos).

Parlamentarismo - é um tipo de regime político ou governo caracterizado por


possuir um gabinete de ministros, que formam o parlamento. Todos os projetos, leis
e demais decisões do governo estão submetidos a votação desse parlamento, em
um sistema parlamentarista.

Emancipacionismo - Tendência e esforços para promover a emancipação dos


escravos.
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4. CONCLUSÃO
Na época do Brasil imperial os partidos não tinham muita força devido o poder
estar nas mãos do imperador. Nem todos tinham direitos sobre determinados
assuntos e ideais.
A política é um tema do qual provoca muita polêmica, das quais um certo número de
pessoas excepcionalmente escolhem nem falar, porquanto já estão certas de que
jamais será algo verdadeiramente bom para o povo. Entretanto, esta está atualizada
na vida de todo cidadão, pois é por meio dos partidos políticos que nós somos
representados e em nosso país o que não faltam são estes, para representarem
nossos direitos e anseios. Todavia, a população de um modo geral não gosta de
partidos políticos Um exemplo disto são as aparições e a revolta da população
banindo qualquer partido que tentasse participar de projetos.
Devido as obrigações não cumpridas por partidos que apenas lembram do
povo quando as eleições estão aproximando, mas quando esta sobrevém, os
hospitais ficam com macas nos corredores, e os médicos atendem de qualquer
maneira pois estão abarbados e são mal pagos, o ensino público onde sempre falta
professor, e a superlotação das salas perpetram com que estes queiram abandonar
suas profissões, onde as favelas são lembradas nas épocas das eleições, quando
os políticos querem se mostrar na mídia dizendo que será um “bom representante
do povo” levando cestas básicas, na qual quando acabam as eleições, são
esquecidas com o cheiro de esgoto passando por entre elas.
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REFERÊNCIAS
DICIONÁRIO UOL. Disponível em:
<http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php>. Acesso em: 20 de
setembro de 2015.

E-BIOGRAFIAS. Biografia resumida de Afonso Arinos. Disponível e: < http://www.e-


biografias.net/afonso_arinos/>. Acesso em: 20 de setembro de 2015.

GUIDE, Mario Luiz. Democracia e partidos no Brasil. Editora: Alaúde.

HISTÓRIA DO BRASIL. Disponível em:


<http://www.historiadobrasil.net/resumos/guerra_cisplatina.htm>. Acesso em: 20 de
setembro de 2015.

SÓ HISTÓRIA. Disponível em:


<http://www.sohistoria.com.br/ef2/revolucaofarroupilha/>. Acesso em: 20 de
setembro de 2015.

SUA PESQUISA. Disponível em:


<http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/periodo_regencial.htm>. Acesso em:
20 de setembro de 2015.

DICIONÁRIO DE SIGNIFICADOS. Disponível em: <http://www.significados.com.br>


Acesso em: 20 de setembro de 2015.

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