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CURSO TÉCNICO EM MECATRÔNICA

SOLDAGEM
AULA 01

Professor: Paulo Roberto Hoffmann


EVOLUÇÃO DOS PROCESSOS DE
SOLDAGEM
PROCESSO DE SOLDAGEM
Hoje é o principal processo usado na união permanente
de peças metálicas.
• Processo versátil
• Ligas metálicas
• Espessuras
• Processo rápido
• Pode ser usado
• Chão de fábrica
• Condição de trabalho bem controlada
• Estrutura de construções elevadas
• Debaixo d’água
• Automatização do processo
MÉTODO DE UNIÃO DOS METAIS
A união dos metais podem ser divididos em duas
categorias:

 Forças Macroscópicas
• União por parafuso ou rebite

 Forças Microscópicas (Interatômicas e intermoleculares)


• União por soldas, também conhecida por uniões permanentes.
SOLDAGEM NO CONTEXTO DOS
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO
DEFINIÇÃO DE SOLDAGEM

 Processo de junção de metais por fusão.


 Não somente os metais são soldáveis;
 É possível soldar metais sem fusão.

 Operação que visa obter a união de duas ou mais


peças, assegurando, na junta soldada, a continuidade
de propriedades físicas, químicas e metalúrgicas.
DEFINIÇÃO DE SOLDAGEM

 Operação que visa a coalescência localizada produzida


pelo aquecimento até uma temperatura adequada, com
ou sem a aplicação de pressão e de metal de adição
(AWS – American Welding Society)

 Processo de união de materiais baseado no


estabelecimento, na região de contato entre os materiais
sendo unidos, de forças de ligação química de natureza
similar às atuantes no interior dos próprios materiais.
SOLDAGEM x BRASAGEM

Soldagem: Fusão das partes


a serem unidas e do metal
de adição, caso aplicável.

Brasagem: Fusão somente do


metal de adição, sem a fusão
das partes a serem unidas.
FORMAÇÃO DE UMA JUNTA SOLDADA

 De uma forma simplificada, uma peça metálica é


formada por um grande número de átomos dispostos
em um arranjo espacial característico (estrutura
cristalina).
FORMAÇÃO DE UMA JUNTA SOLDADA
FORMAÇÃO DE UMA JUNTA SOLDADA

Uma maneira de classificar os processos de soldagem


consiste em agrupá-los em dois grandes grupo baseando-
se no método dominante para produzir a solda:
SOLDAGEM POR PRESSÃO (OU POR
DEFORMAÇÃO)

Este grupo inclui os seguintes processos de soldagem:


• Por ultra-som
• Por fricção
• Por forjamento
• Por difusão
• Por explosão
• Por resistência elétrica
SOLDAGEM POR FUSÃO

Soldagem por fusão com metal de adição

Soldagem por fusão sem metal de adição


SOLDAGEM POR FUSÃO
Neste processo existe um grande número de
processos e eles são separados em sub-grupos:
 Fonte de calor
 Tipo de corrente
 Tipo de polaridade
 Proteção da poça de fusão
 Com ou sem metal de adição
PROCESSOS DE SOLDAGEM POR FUSÃO
PROCESSOS DE SOLDAGEM POR FUSÃO
PROCESSOS DE SOLDAGEM POR FUSÃO
SOLDAGEM COM ELETRODO REVESTIDO

Processo no qual a coalescência (união) dos metais é


obtida pelo aquecimento destes com um arco
estabelecido entre um eletrodo especial revestido
e a peça.
SOLDAGEM COM ELETRODO REVESTIDO
SOLDAGEM COM ELETRODO REVESTIDO
SOLDAGEM COM ELETRODO REVESTIDO
SOLDAGEM GTAW
A Soldagem a Arco Gás-Tungstênio (Gas Tungsten Arc
Welding – GTAW) ou TIG (Tungsten Inert Gas).
 É um processo no qual a união é obtida pelo aquecimento dos
materiais por um arco estabelecido entre um eletrodo não
consumível de tungstênio e a peça.

TIG

Gás de Inerte 100% Ar ou misturas de


proteção gases inertes (Ar e He)

Aços ligados, aços inoxidáveis, ligas


Materiais
não ferrosas e passe de raiz
SOLDAGEM TIG
Soldagem a Arco Gás-Tungstênio ou TIG
(Tungsten Inert Gas)
SOLDAGEM GMAW (MIG/MAG)
Soldagem a arco gás-metal (GMAW – Gas Metal Arc
Welding), também conhecido como soldagem
MIG/MAG.
 É um processo de soldagem a arco que produz a união dos
metais pelo seu aquecimento com um arco elétrico estabelecido
entre um eletrodo metálico contínuo (e consumível) e a peça.

MIG (Metal Inerte Gas) MAG (Metal Active Gas)

Gás de Inerte (He, Ar ou suas Ativo (CO2 ou misturas


proteção misturas) Ar/O2/ CO2)

Materiais Não ferrosos Ferrosos


SOLDAGEM MIG/MAG
SOLDAGEM MIG/MAG
GÁS DE PROTEÇÃO

Comportamento
Gás ou Mistura Aplicação
químico

Ar puro Inerte Todas as ligas -Aço

He puro Inerte Al, Mg, Cu e suas ligas

Ar + (20 a 80%)He Inerte Ídem He (melhor de 100% de He)

N2 puro Inerte C u e suas ligas

CO2 puro Ativo Aço Carb. e aços de baixa liga

Ar + (20 a 50%)CO2 Ativo Aços-carbono

CO2 + 20% O2 Ativo Aços-carbono

90% He + 7,5% Ar + 2,5% CO2 Levemente ativo Aços inoxidáveis


SOLDAGEM MIG/MAG
SOLDAGEM A ARCO SUBMERSO

É um processo no qual a coalescência dos metais é


produzida pelo aquecimento destes com um arco
estabelecido entre um eletrodo metálico contínuo e a
peça.
SOLDAGEM A ARCO SUBMERSO
SOLDAGEM A ARCO SUBMERSO
SOLDAGEM A ARCO SUBMERSO
SOLDAGEM A PLASMA

Processo baseado no GTAW (TIG), tendo como diferença


fundamental, a utilização de um bocal extra (bocal
constritor) que causa a concentração (constrição) do arco
elétrico.

TIG PLASMA
SOLDAGEM A PLASMA

É um processo que utiliza o arco operando em condições


especiais que atua como uma fonte extremamente estável
de calor que permite a soldagem da maioria dos metais
com espessuras de 0,02 a 6 mm ou mais.

 A fonte especial de calor garante:


 Maior concentração de energia
 Maior estabilidade
 Maior capacidade de penetração do que outros
processos
SOLDAGEM A PLASMA
Vantagem e limitações
 Maioria dos metais e não metais
 Capacidade de soldagem a baixa corrente
 Maior concentração de energia
 Maior estabilidade
 Menor zona termicamente afetada
 Maior capacidade de penetração
 Custo relativamente elevado
 Maior complexidade do processo

Aplicação
 Espessura de 0,02 a 6 mm
 Indústria de alta tecnologia (aeronáutica e espacial)
REFERÊNCIA

HORMEU, Hélio. Soldagem Básica. Disponível em


<http://wiki.ifsc.edu.br/mediawiki/images/2/2c/Aru_suzy_apostila_soldagem.pdf>. Acesso
em: 05 de outubro de 2011.

MODENESI, Paulo J.. Fontes de energia para a soldagem a arco. Disponível em


<http://www.demet.ufmg.br/grad/disciplinas/emt019/fontes.pdf >. Acesso em: 05 de
outubro de 2011.

MARQUES, Paulo Villani; MODENESI, Paulo J.; BRACARENSE, Alexandre Queiroz.


Soldagem: Fundamentos e tecnologia. 3ª edição atualizada – Belo Horizonte. Editora
UFMG, 2009.

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