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brasileira do termo
Roberto Schwarz e
o chão social do niilismo
FELIPE CATALANI
O que me angustia não é o ser ou o nada, nem Deus ou a ausência de Deus,
mas a sociedade. Pois ela, somente ela, foi a causa do meu desequilíbrio existencial,
em consequência do qual luto para me manter equilibrado ao caminhar.
Jean Améry
que significava aquele primeiro título? Em que medida ele nos ajuda a
a
1
Dito por Roberto Schwarz em conversa.
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o n a d a n a a C e p ç ã o b r a s i l e i r a d o t e r M o 49
2
Roberto Schwarz, Seja como for: entrevistas, retratos e documentos (São Paulo, Duas Cidades/
Editora 34, 2019), p. 274. Dessa turma que lia e bebia bastante, com a qual convivia Roberto
Schwarz e o pessoal da Maria Antônia, Manoel Carlos foi dos poucos que ficaram conhecidos,
após sua meteórica carreira na televisão como roteirista.
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3
Roberto Schwarz, Seja como for, cit., p. 288.
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4
Roberto Schwarz, A sereia e o desconfiado: ensaios críticos (Rio de Janeiro, Civilização Brasileira,
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1981), p. 101.
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5
Ibidem, p. 103.
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brasileiro regido por essa lógica com a qual estamos nos defrontando
o b e R t o
6
Roberto Schwarz, A sereia e o desconfiado, cit., p. 79.
7
Roberto Schwarz, Um mestre na periferia do capitalismo: Machado de Assis (São Paulo, Duas
Cidades/ Editora 34, 2000), p. 100.
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8
Paulo Arantes, O novo tempo do mundo: e outros estudos sobre a era da emergência (São
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10
Roberto Schwarz, A sereia e o desconfiado, cit., p. 55.
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Ibidem, p. 72, grifo nosso.
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12
Ibidem, p. 60, os grifos são do original.
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13
Idem.
14
A expressão é de Paulo Arantes, falando do jovem Schwarz.
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15
Roberto Schwarz, A sereia e o desconfiado, cit., p. 61.
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16
Ibidem, p. 59.
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17
Ibidem, p. 62.
e
18
Ibidem, p. 77.
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19
Roberto Schwarz, Ao vencedor as batatas (São Paulo, Duas Cidades/Editora 34, 2000), p. 27.
20
Sobre a crítica da ideologia em Roberto Schwarz, remeto a um artigo mais extenso que
redigi junto com Luiz P. de Caux, “A passagem do dois ao zero: dualidade e desintegração no
pensamento dialético brasileiro (Paulo Arantes, leitor de Roberto Schwarz)”, Revista do Instituto
de Estudos Brasileiros, São Paulo, v. 74, 2019, p. 119-46.
21
Roberto Schwarz, “Complexo, moderno, nacional e negativo”, em Que horas são? (São Paulo,
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22
Roberto Schwarz, Ao vencedor as batatas, cit., p. 18.
o s s i ê
23
Machado de Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas, cap. VII.
24
Paulo Arantes, O fio da meada: Uma conversa e quatro entrevistas sobre Filosofia e Vida Nacional
(São Paulo, [s/n], 2021 [1996], col. Sentimento da dialética), p. 159.
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