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Resumo Análises Clinicas

HEMOGRAMA

Alterações de hemácias

 As alterações de tamanho em eritrócito são chamadas de poiquilocitose


 As alterações de forma em eritrócitos são chamadas anisocitose
 Quando a alteração é na forma e no tamanho chama-se anisopoiquilocitose

 Glóbulos Vermelhos = RBC


 Glóbulos Brancos = WBC

Após a análise do hemograma classificamos as hemácias, leucócitos e as plaquetas como:

Hemácias:

 hemácias normocíticas e normocrômicas  caso o tamanho e coloração estejam


normais.
 hemácias microcíticas e hipocromicas  caso o tamanho das hemácias seja menor que
o normal e a coloração baixa.
 hemácias macrocítas e normocromicas  caso o tamanho das hemácias seja maior
que o normal.

Leucócitos:

 Leucócitos morfologicamente conservados

Plaquetas:

 Plaquetas morfologicamente conservadas

CONTAGEM DE PLAQUETAS – TECNICA DE FÔNIO


As plaquetas, assim como todas as células sanguíneas, originam-se a partir da medula óssea,
sua formação ocorre na linhagem mielóide onde há o desenvolvimento do megacariócito, que
por sua vez, libera fragmentos do seu citoplasma originando assim as plaquetas.

As plaquetas possuem duração média na circulação sanguínea entre três e dez dias e são
fundamentais para formação dos tampões hemostáticos, que tem como função evitar a perda
sanguínea. Grandes variações nos níveis plaquetários podem gerar graves consequências,
desde hemorragias até a formação de trombos, respectivamente, devido à redução da
quantidade de plaquetas (plaquetopenia) ou ao aumento das mesmas (trombocitose),
mostrando-se assim, a importância da contagem de plaquetas e a manutenção de seus níveis.

A contagem de plaquetas pode ser feita através do método de Fônio ou através de automação.
A contagem manual, também conhecida como método de Fônio, é realizada em uma lâmina
com o esfregaço sanguíneo já corado para que, a partir dela seja possível fazer a contagem das
plaquetas levando em consideração a relação entre o número das mesmas e o número de
eritrócitos.

Como fazer a contagem:

Após ser feiro o esfregaço sanguíneo, leva-se a lâmina até o microscópio lendo na lente de
100x com óleo de imersão.

Conta-se 5 campos e soma seus resultados

Depois multiplica esse resultado com o RBW do paciente em milhões e divide por 1000

CP x RBW ( paciente)
1000
Princípio da técnica: contagem manual de plaquetas.

CONTAGEM DE RETICULOCITOS
Indicado para avaliar a capacidade de produção de hemácias da medula óssea e
distinguir anemia relacionada com perda sanguínea ou destruição excessiva de hemácias e
anemia por diminuição da produção de hemácias.

Faz-se o exame quando  o paciente apresenta diminuição ou aumento da contagem de


hemácias, da hemoglobina e do hematócrito, e o médico quer avaliar a função da medula
óssea.

Reticulócitos são hemácias imaturas. São produzidos pela medula óssea quando as células


tronco se diferenciam para formar hemácias. As células tronco inicialmente produzem
eritroblastos, que começam a fabricar hemoglobina (proteína de transporte do oxigênio) e
acabam perdendo o núcleo. Os reticulócitos são um estágio intermediário de maturação, entre
os eritroblastos e as hemácias, já sem núcleo, mas ainda com um certo conteúdo de ácidos
nucleicos no citoplasma. A maioria das hemácias no sangue é madura, mas cerca de 0,5% a 2%
são reticulócitos, que logo se transformam em hemácias. A contagem de reticulócitos
determina seu percentual entre as hemácias no sangue, e indica a velocidade de produção de
hemácias na medula óssea.

_____________________________________||______________________________________

 Indicado para anemias hemolíticas


 baixa de hemácias, hemograma e hematócrito

Material:

- Sangue Total (EDTA) Levar ao banho maria por 15 à 20 min em 37°

- Azul de Cresil Brilhante

Como fazer a coloração:

Ht < 30 = 12 gotas de sangue

Ht 30 – 40 = 9 gotas de sangue 3 Gotas de Corante

Ht > 40 = 6 gotas de sangue

TEMPO DE MATURAÇÃO DO RETICULOCITO NO SANGUE PERIFÉRICO

Hematócrito Tempo de maturação do


reticulócito
40 - 45 1 dia
35 - 39 1,5 dia
25 - 34 2 dias
15 – 24 2,5 dias
0 3 dias
TÉCNICA:

Faz-se o esfregaço em lâmina, e a cora com azul de cresil brilhante, leva ao microscópio e
conta-se 10 campos. Logo após faz os seguintes cálculos:

Valor Relativo:

Nº de Reticulocitos encontrado
VR=
10
Valor Corrigido:

VR x HT ( paciente)
VC=
HT (normal )
Valor Absoluto:

VC x RBC ( milhoes)
VA =
100
Indicie de Produção:

VC
IPR=
Tempo de maturação
COAGULOGRAMA

O coagulograma, exame de triagem para verificação da hemostasia, compreende vários testes


que são muitas vezes realizados de maneira equivocada e não avaliam adequadamente a
hemostasia.

Alterações no equilíbrio da hemostasia, detectáveis através do coagulograma, caracterizam


algumas patologias, entre elas a hemofilia e a trombofilia. Os resultados serão utilizados para
determinar o estado clínico de pacientes em tratamento com anticoagulantes orais. 

A hemostasia é o fenômeno fisiológico, responsável pelo equilíbrio dinâmico que procura


manter o sangue fluido no interior dos vasos, bem como impedir a sua saída para os tecidos
vizinhos. Este fenômeno é dividido em primária e secundária. 

A hemostasia primária atua regredindo o sangramento por meio da formação de um trombo


ou tampão plaquetário. A formação do tampão de plaquetas em um sítio de injúria vascular
requer a integridade de três componentes da função plaquetária: adesão, ativação e
agregação. Alterações que decorram em uma destas etapas condicionam a formação dos
distúrbios plaquetários.

A hemostasia secundária subdividida em via intrínseca (fatores VIII, IX e XI), extrínseca (fator
VII) e comum (X, V, protrombina e fibrinogênio), atua evitando o ressangramento, na formação
de uma rede adesiva de fibrina que consolida o trombo. Alterações que ocorram em uma
destas vias, no que concerne a deficiência de determinado fator, constituem as coagulopatias
hereditárias.

Indicações:

1. Na identificação de pacientes com tendências a hemorragias ou a formação de


coágulos; 
2. No monitoramento da resposta a medicação anticoagulante; 
3. No prognóstico de pacientes com falência hepática; 
4. No rastreamento de coagulação intravascular disseminada (cid) em pacientes com
sepse; 
5. No rastreamento de sangramento oculto previamente à cirurgia ou outro
procedimento invasivo.

Tempo de Sangria – TS

O tempo de sangramento é o tempo necessário para que um pequeno corte superficial na pele
pare de sangrar. Geralmente é feito por uma lanceta padronizada no lobo auricular (Teste de
Duke), com uma incisão em torno de 1 mm de profundidade, ou na pele do antebraço (teste
de Ivy). O TS depende da hemostasia primária (plaquetas, fator de von Wille-brand), mas
também da integridade vascular cutânea. O valor normal é de 3-7min. 

Um TS significativamente alargado (> 10min), diante de plaquetometria normalmente pode


ocorrer na doença de von Willebrand, no distúrbio genético da função plaquetária
(trombastenia de Glanzmann, síndrome de Bernard-Soulier) ou adquirido (uremia, circulação
extracorpórea, paraproteinemia).
Tempo de Protrombina – TP

O TP é o tempo em segundos para formação do coágulo de fibrina. É um procedimento


laboratorial que avalia os fatores de coagulação II, V, VII e X (via extrínseca), sendo que, destes,
os fatores II, VII e X são vitamina K-dependentes.

A determinação de TP é imprescindível na avaliação, no acompanhamento e na evolução de


pacientes portadores de patologias variadas e no monitoramento de pacientes que estão em
terapia com anticoagulantes orais.

Como fazer a técnica:

Utiliza-se 200 μL do reagente TP em um tubo de ensaio e em um tubo diferente 100μL do soro


do paciente e leva ambos para aquecer por 3 minutos, após isso faz-se o disparo, adicionando
duas bolinhas de chumbo no tudo do reagente e a amostra do paciente e mede o tempo em
segundos quando for coagulado.

Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada – TTPA

O TTPA analisa a via intrínseca e comum da cascata da coagulação. O TTPA é relativamente


mais sensível às deficiências dos fatores VIII e IX do que às deficiências dos fatores XI e XII ou
fatores da via comum, mas, na maioria das técnicas, níveis de fatores entre 15% e 30% do
normal prolongam o TTPA. Distúrbios hereditários e adquiridos da via intrínseca da cascata da
coagulação são caracterizados pelo TTPA prolongado e o tempo de protrombina (TP) normal.
Normalmente este tempo é menor que 35 segundos. 

Como é feita a técnica:

utiliza-se 200μL de cálcio em tubo e leva para aquecer, após coloca-se 100 μL do reagene e 100
μL da amostra sorológica do paciente para aquecer também por 3 minutos, em seguida
adiciona as bolinhas de chumbo no tudo onde encontra-se o reagente + o soro do paciente, em
seguida faz-se o disparo adicionando 100 μL de cálcio no tubo, e mede o tempo e coagulação.
Tipagem Sanguínea

Como é feita a técnica:

 Obtém-se a amostra sanguínea do paciente e a leva para ser centrifugada 5 minutos a 3000
RPM.
 Após ser centrifugada coleta-se 100 μL de sangue e adiciona em um tubo com 2 ml de soro
fisiológico, e à leva para centrifuga novamente agora por 1:30 min à 3000 RPM.
 Em seguida destaca-se o sobrenadante e adiciona novamente mais 2 ml de Soro fisiológico
e mais uma vez até a centrifuga por 1:30 min à 3000 RPM.
 Ao todo são 3 lavagens com SF
 No fim das lavagens descarta o sobrenadante, e coleta-se 50 μL e adiciona em 3 tubos
diferentes nomeados como: A, B e RH (ou D). Coloca-se as gotas dos reagentes anti-a, anti-
b e RH em seus respectivos tubos.
 Por fim leva-se até a centrifuga à 3000 RPM por 15 segundos e obtemos o resultado.

*Se o tubo A e B derem negativo, ou seja, não houver aglutinação, o resultado será “O”
PCR, ASO & FR

PCR- Proteína “C” reativa

Indicado para inflamação de fase aguda, uma proteína que é produzida no fígado.

o exame busca entender os níveis de proteína C reativa circulando no sangue do paciente. Essa


proteína é muito utilizada para avaliar a possibilidade de existir alguma infecção ou processo
inflamatório não visível, como apendicite, aterosclerose ou suspeita de infecções virais e
bacterianas, por exemplo. Também poderá ser usado para avaliar o risco que uma pessoa tem
de desenvolver doenças cardiovasculares.

A proteína C reativa é uma substância produzida pelo fígado que costuma ter seus níveis
aumentados quando o paciente está passando por condições como processos inflamatórios ou
processos infecciosos. Ela também pode se elevar em casos de doenças reumáticas,
traumatismos ou cânceres, ainda que o paciente não apresente sintomas.

Princípio da técnica: Aglutinação

ASO ou ASLO – Antiestreptolisina “O”

Indicado para inflamação, para identificar a presença da toxina estreptolisina ”O” produzida
pela bactéria Streptococcus Pyogenes

Princípio da técnica: Aglutinação

Essas bactérias são responsáveis pelo desenvolvimento de diversas doenças, tais como:

 Amigdalite
 Escarlatina
 Septicemia
 Erisipela
 Glomerulonefrite

Fator Reumatoide – FR

Usado para investigar a presença de doenças autoimunes (lúpus, artrite reumatoide, febre
reumatoide, etc)

Princípio da técnica: Aglutinação

COEFICIENTE DE MULTIPLICAÇÃO

 PCR: 6mg/L
 FR: 8 UI/ml
 ASO: 200 UI/ml
Ambos exames são feitos da mesma forma, porém, com reagentes e coeficientes
diferentes, a técnica consiste nos seguintes passos:

 20 μL de amostra
 20 μL de reagente (especifico)
 20 μL de SF
 Placa de fundo escuro

No primeiro poço 1:1 coloca-se a amostra do paciente + o reagente;

Coloca-se primeiro 20 μL do diluente (SF);

Em seguida adiciona-se 20 μL da amostra do paciente;

 Começa a diluição, no primeiro poço somente a amostra do paciente com o reagente;


 No segundo poço, amostra do paciente + SF+ reagente e assim por diante ;

A cada vez que faz a diluição no poço, puxa 20 μL e adiciona no próximo poço;

Se no ultimo poço houver diluição (1:8), continua no 1:16 coletando 20 μL de soro e


adiciona o reagente.
VDRL

 Ele é sensível, e possível para diagnosticar e acompanhar pacientes com sífilis


 Teste não treponemico
 Teste Treponemico = FTA-ABS

Princípio da técnica: Floculação

utiliza-se a placa de kline na objetiva de 10X

Material:

 50 μL de SF
 50 μL de amostra
 20 μL de reagente

VHS – Velocidade de Hemossedimentação

É feito a partir da coleta de uma amostra de sangue, que é processada e avaliada após 1 hora
pelo laboratório com o objetivo de avaliar a velocidade com que as hemácias se separam da
parte líquida do sangue.

O valor normal do VHS no homem é até 15 mm e na mulher até 20 mm. Valores acima do valor
de referência são considerados indicativos de infecção ou inflamação, sendo então necessário
que outros exames como hemograma e dosagem da proteína C reativa (PCR) sejam realizados
para que seja possível identificar com mais precisão a causa da alteração.

O exame VHS é utilizado para identificar ou avaliar qualquer tipo de inflamação ou infecção do


corpo, já que mede a velocidade da separação entre os glóbulos vermelhos e o plasma, que é a
parte líquida do sangue, pela ação da gravidade. Assim, quando há um processo inflamatório
na corrente sanguínea, são formadas proteínas que diminuem a viscosidade do sangue e
aceleram a velocidade de hemossedimentação, provocando como resultado um VHS alto.

Desta forma, o VHS é um exame muito sensível, pois consegue detectar facilmente uma
inflamação, porém é pouco específico, ou seja, não é capaz de indicar qual o tipo, o local ou a
gravidade da inflamação ou infecção que ocorre no corpo. Por isso, os níveis de VHS devem ser
avaliados pelo médico, que irá identificar a causa de acordo com a avaliação clínica e a
realização de outros exames, como o PCR, que também indica inflamação ou hemograma, por
exemplo. 

TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO

O primeiro passo para a realização de um teste imunocromatográfico é a coleta da amostra,


que pode ser de sangue, saliva, soro, plasma, secreção da nasofaringe, urina, etc. Essa amostra
é depositada no local indicado do exame, junto com uma solução-tampão (uma solução
aquosa capaz de resistir a mudanças de pH) e aguardar o tempo de reação.

O resultado é demonstrado através do surgimento de marcadores coloridos em uma


membrana de nitrocelulose ou nylon que possui áreas reagentes e outras bloqueadas com
proteína inerte. O analito reage nos locais correspondentes, formando um padrão que deve
ser lido e interpretado pelo profissional da saúde, ou de acordo com as instruções do
fabricante.

Atualmente existem cinco principais tipos de testes imunocromatográficos disponíveis no


Brasil: imunocromatografia de fluxo lateral, imunocromatografia de dupla migração, teste por
aglutinação e teste por fase sólida.

O mostrador desse tipo de exame possui dois marcadores: controle (C) e teste (T). A
interpretação do resultado leva em consideração o aparecimento de linhas nos marcadores C e
T, indicando se houve ou não reação.

No caso da imunocromatografia de fluxo lateral, a amostra e a solução-tampão são colocadas


no mesmo lugar, uma sobre a outra. Dali, os anticorpos fluem lateralmente pela membrana
com a solução reagente, interagindo com os marcadores C e T. Na área T, eles ligam-se ao
analito investigado. Na área C, são capturados por anticorpos anti-imunoglobulina.

Exemplo de testes:

 Beta HCG

 HIV

 Sífilis

 Hepatites B e C
COLORAÇÃO DE LEISHMAN

Sua finalidade é o sistema para coloração de células em esfregaço de sangue periférico, medula
óssea ou para estudo citológico de elementos celulares colhidos por punção, raspagem ou
concentrados celulares de derrames cavitários.

PRINCÍPIO: Os corantes empregados habitualmente em técnica hematológica, pertencem ao


grupo dos corantes sintéticos, derivados da hulha, as anilinas, solubilizadas no estado de sais. O
corante Leishman é um derivado do corante Ramanowsky e constitui uma mistura de eosinato
de azul de metileno e eosinato de violeta e azul de metileno, dissolvido em álcool metílico.

PROCEDIMENTO TÉCNICO:

1. Fazer os esfregaços e seca-los em temperatura ambiente;

2. Cobrir as lâminas com o corante;

3. Deixar agir por 3 minutos;

4. Colocar de água deionizada sobre a lâmina e misturar com o corante.

5. Corar durante 12 a 15 minutos.

6. Escorrer e lavar em água corrente. Secar as lâminas em posição vertical.

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