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qualquersuki:

Maianne Ribeiro:
- Pai, podemos pausar para um lanche?

O rapaz ergue o olhar pra encarar o pai, um sorriso leve em seu rosto. Parecia
estar por volta dos catorze, quinze anos, a voz e as feições ainda amadurecendo, o
corpo já tomando proporções mais adultas. Já o mais velho era alto e esbelto, os
cabelos longos presos num rabo de cavalo displicente caído sobre o ombro direito,
as roupas elegantes e bem alinhadas no corpo.

- Hmm. Por que não? - o pai responde, indicando um café próximo com a cabeça antes
de guiar o mais jovem.

Suki:
E eles mal conseguem chegar até a porta quando ela se escancara e um gato preto sai
correndo de dentro da loja com uma sacola parda na boca. O dono ainda o segue até a
calçada, mas se limita a xingar e esbravejar, amaldiçoando o animal enquanto as
patinhas o faziam desaparecer pelas ruelas e becos.

Para qualquer um, seria apenas um animal faminto roubando o que lhe cheirava bem.

Para alguns poucos, porém, o único cheiro ali seria o de magia.

Maianne Ribeiro:
"O que..?"

Os instintos do rapaz se atiçam de imediato enquanto ele disparava atrás do gato,


seguindo-o de perto.

- ...ora, ora. - o homem ergue uma sobrancelha, caminhando atrás do filho, sem se
apressar: o rastro de magia seria o suficiente. - Vamos ver que tipo de confusão
esse garoto vai arranjar...

qualquersuki:
Suki:
E ele acompanharia o gato por longos minutos até chegar em uma área mais antiga da
cidade, quase abandonada, entrando em um beco aparentemente comum.

O que mais uma vez se mostraria outra coisa para poucos; passando alguns passos,
ele perceberia várias e várias embalagens como aquela caídas pelo chão, algumas
visivelmente já podres, molhadas, mofadas.

E, mais a frente, alguém. Ou o que sobrara de alguém; a garota era jovem, de


cabelos lisos escorridos, imundos, bagunçados, escondendo o corpo magricelo e fraco
dentro de um suéter que, algum dia, fora azul-claro.

Ali, a lã estava suja de uma infinitude de coisas nada boas; sangue, saliva, chuva,
terra, asfalto.

Lágrimas.

Como se já não bastasse a visão de uma criatura destruída e fragilizada, cujos


olhos verdes sequer se movem com a presença do rapaz ou a chegada do gato, o cheiro
tornava tudo pior. Aquele não era apenas o cheiro de pobreza ou fome.

Morte.

Era a podridão pura, o cheiro cadáverico engravado em cada corte, hematoma e


cicatriz que era possível ver. Um cheiro que talvez o rapaz jamais tivesse sentido
antes, e que muitos mortos não passariam perto de ter.

A única coisa que parecia se salvar ali, dando um pouco de vida, era a bolsa-
carteiro marrom escura que emanava magia, que mantinha viva a ilusão que protegia a
menina há dias, e que possivelmente *a* mantinha viva apesar da inanição.

qualquersuki:
Maianne Ribeiro:
O rapaz cobre o rosto com o braço, estremecendo com o cheiro pútrido que domiava o
lugar. O olhar passa por todo o beco, notando as embalagens, e enfim pousando na
garota. O que diabos acontecera com ela, e por que ela estava naquela situação..?
- ...oi. - ele sussurra, se aproximando devagar. - O que houve? Posso ajudar?

Suki:
- NÃO ENCOSTE NELA! - o gato rosna, se colocando entre os dois e chiando, erguendo
o corpo e revelando as garras de fora.

Apesar disso, era visível que ele mesmo não estava bem; emagrecido, com os pelos
falhados em várias áreas, as patas que o mantinham de pé tremendo violentamente.

Maianne Ribeiro:
O rapaz ergue a mão livre, surpreso com a reação do gato.
- Eu não vou encostar nela. - responde. - O que houve? Se é comida que precisam, eu
posso comprar mais. Eu posso ajudar.

Suki:
- Não encoste nela. Vá embora... - rosna, bastante agressivo, balançando a cabeça
como se tentasse afastar algo. - VÁ EMBORA!

Maianne Ribeiro:
- Você não parece estar em condições de recusar ajuda. - ele resmunga. - Gato
teimoso.

qualquersuki:
Suki:
- Mais ninguém vai machucar a Lea...! EU NÃO VOU DEIXAR MAIS NINGUÉM MACHUCAR A
LEA!

Maianne Ribeiro:
- 'Que gato teimoso..!' - o rapaz resmunga na própria língua. - Eu não vou machucar
a garota, eu quero ajudar!

Suki:
- Ajude daí, então. Sem mais um passo. Sem mais _nenhum_ passo. - sibila.

Maianne Ribeiro:
- Mais nenhum passo. - ele revira os olhos. - Ela está ferida? Precisam de mais
comida?

Suki:
- ...ela não come. - responde, recuando um pouco mais, os olhos ainda encarando o
garoto friamente, ameaçadores. - ...nunca mais comeu. - e indica as sacolas com uma
das patas.

Maianne Ribeiro:
- ...há quanto tempo..? - o rapaz estremece. - O que aconteceu?

Suki:
- ...doze dias. Doze dias desde que ele morreu. - diz, a voz parecendo embargar
antes que ele balançasse a cabeça novamente e retomasse parte da firmeza. - ...três
desde que ela saiu de lá.

Maianne Ribeiro:
- D— doze dias?! - ele exclama, se adiantando. - Ela precisa comer alguma coisa,
ela precisa de um hospital!

qualquersuki:
Suki:
- EU MANDEI NÃO SE APROXIMAR! - grita, um turbilhão se formando ao redor do animal,
empurrando o rapaz para trás.

Maianne Ribeiro:
- Gah..! - ele resmunga, recuando alguns passos. - Eu estou tentando ajudar, seu
gato idiota!

- Ichiro.

A voz firme faz o rapaz travar, engolindo em seco enquanto ajeitava a própria
postura. O pai se aproximava devagar, um leque em uma das mãos enquanto se abanava,
um suspiro escapando por seus lábios.
- Perdoe meu filho. Ele é um tanto arisco. - o homem diz, mais manso, encarando o
gato. - Os pais dela faleceram..?

Suki:
- ...o pai. Sim, senhor. - diz, recuando com a presença do homem mais velho,
percebendo no ar o poder que ele exalava.

"Oh, não. Não, nós precisamos sair daqui, não, não, não...!", pensa, olhando ao
redor, perceptivelmente apavorado.

Maianne Ribeiro:
- Mm. A mãe não está por perto, imagino. - murmura. - Doze dias sem comer... pobre
menina. Alguém se aproximou desde então, ou são só vocês dois?

Suki:
- ...só... só nós dois. - sussurra, recuando mais para perto de Leanne.

Maianne Ribeiro:
- Mm. - ele assente com a cabeça. - Venham conosco. A garota precisa de banho,
cuidados, e uma refeição decente.

qualquersuki:
Suki:
- ...ela não se move sozinha desde que.... - o gato hesita.

Maianne Ribeiro:
- Não é problema. - diz. - Ichiro. Carregue a garota.

- Sim senhor, pai. - ele responde de imediato, se aproximando devagar. "Contanto


que o gato não tente me rasgar inteiro..." pensa.

Suki:
- NINGUÉM ENCOSTA NELA! - rosna, mais uma vez levantando os pelos por reflexo.

Maianne Ribeiro:
Ichiro para de imediato, erguendo as mãos.

- Se ela não consegue se mover, alguém precisa movê-la. - diz o pai, fechando o
leque. Apesar das palavras duras, o tom era suave, manso. - Você entende que não
podemos ajudar desse jeito, não entende?

Suki:
- Não ele. Nenhum ele. - diz, mostrando os dentes.

Maianne Ribeiro:
"Nenhum 'ele'..."
- Ichiro. - o homem chama. Sem que mais nenhuma palavra fosse trocada, o rapaz se
afasta, apressado, já entendendo a intenção do pai.

Longos e apreensivos minutos se passam até que passos se aproximassem outra vez,
dessa vez dois pares: Ichiro retornara acompanhado de uma mulher de longos cabelos
negros, os traços denunciando-a como mãe do rapaz. Os olhos acinzentados encaram a
menina e o gato, a expressão preocupada enquanto ela dava um passo a frente.
- Posso..? - ela pergunta, o sotaque mais forte que os dos homens.

qualquersuki:
Suki:
- ...devagar. - pede, recuando com a proximidade da mulher. O gato ainda hesita,
mas acaba por morder a alça da bolsa, puxando-a consigo com alguma dificuldade, o
olhar focado em Leanne.

Maianne Ribeiro:
- Devagar. - ela repete, se aproximando passo a passo, cuidadosa. - Pobre menina...

A mulher agacha ao lado de Leanne, afastando as mechas de cabelo que caíam sobre o
rosto da menina.
- Nós cuidaremos de você. - sussurra, tocando as mãos dela em seguida. - Venha
comigo...

qualquersuki:
Suki:
E pela primeira vez em dias, a garota move o olhar até o dela, as pálpebras
estremecendo.

- ...isa...? - sussurra, quase sem som algum.

Maianne Ribeiro:
- Setsuna. Meu nome. - ela diz gentilmente, estendendo a mão para a garota. -
Vem..?

Suki:
- ...isa... Lea... - diz, suspirando baixinho ao encostar o rosto na mão de Setsuna
e fechar os olhos.

- ...Leanne. Eles... eles vão nos ajudar. Vamos com eles. - o gato pede, passando o
focinho pela perna da garota.

Maianne Ribeiro:
- Leanne. Bonito nome. - ela sorri, puxando uma das mãos dela suavemente. -
Levantar? Consegue levantar..?

Suki:
- Não, ela... ela não consegue. - murmura, sem que a garota esboce outra reação.

Maianne Ribeiro:
- Ara, ara... - a mulher suspira. - Isso vai ser difícil... Mas eu vou tentar.
Ela fica de pé, puxando Leanne consigo cuidadosamente, tentando fazer a garota se
levantar. "Eu não vou conseguir carregar ela..."

qualquersuki:
Suki:
E a garota segue o movimento automaticamente, o corpo inteiro tremendo
violentamente enquanto as articulações estalavam em sons desagradáveis bastante
altos. Apesar disso, Leanne mantinha o rosto encostado em Setsuna, os olhos
fechados, um semblante estranhamente pacífico apesar do estado em que se
encontrava.

- ...isa... isa.... - sussurra, confortável.

Maianne Ribeiro:
- Isso. Boa menina... - ela sussurra, mantendo a garota abraçada a si enquanto a
guiava pra fora do beco, cuidadosa.

- ...volte para o hotel. Eu e o Ichiro vamos fazer compras. - diz o homem, se


afastando com o filho.

Suki:
O gato apenas as segue a uma distância segura, se aproximando apenas quando as duas
entram em um táxi, ao que ele se acomoda no colo da dona e, da mesma forma que ela,
não demora a adormecer...

Maianne Ribeiro:
O trio logo chega ao hotel, Setsuna conseguindo a ajuda de um dos rapazes para
levar Leanne até o quarto. Chegando lá, a mulher guia a menina até o banheiro,
ajudando-a a entrar na banheira, cuidadosa.
- Vamos cuidar de você, mm..? - sussurra, enchendo uma bacia com água pra começar a
limpar a garota, delicada.

qualquersuki:
Suki:
- Pobrezinha... - murmura, ao perceber que Leanne mal se aguentara até que Setsuna
a despisse antes de adormecer novamente. - Que coisas horríveis fizeram com você,
pequena... - e suspira, tirando as roupas dela com bastante cuidado, os movimentos
suaves e delicados.

Maianne Ribeiro:
- Chegamos. - Mitsuo anuncia ao retornar para o hotel, carregando algumas sacolas.
- Trouxemos comida e roupas para a menina.

Suki:
- 'Obrigada.' - diz, suave, saindo do banheiro a passos bastante comedidos, tomando
cuidado para não tropeçar ou esbarrar em nada no quarto desconhecido. - 'Ela dormiu
enquanto eu a lavava, então fiquei ali vigiando a temperatura da água.' - explica.

Maianne Ribeiro:
- 'Tão dedicada...' - o homem sorri, se aproximando para afagar-lhe o rosto. -
'Obrigado por cuidar dela. Eu não ia deixar a menina naquele estado, mas o gato não
quis deixar que nenhum homem se aproximasse.'

Suki:
- 'E eu consigo entender o porquê.' - diz, a expressão mais sofrida, enquanto a
mulher fechava os olhos com o toque do marido. - '...pobrezinha, Mitsuo,
pobrezinha...'

Maianne Ribeiro:
- 'Pobrezinha mesmo.' - sussurra. - 'Mas agora, ela está sob os nossos cuidados.'

Suki:
- 'E são ótimos cuidados.' - concorda. - 'Deixe-me ver as roupas.' - pede, tocando
uma das mãos dele com as próprias. - 'Ela precisa comer.'

Maianne Ribeiro:
- 'Por isso que trouxemos comida também.' - ele sorri, entregando uma das sacolas
pra Setsuna.

qualquersuki:
Suki:
Ela assente com a cabeça, apoiando a testa em um dos ombros dele em sinal de
agradecimento antes de se afastar com a sacola, os passos mais lentos.

Maianne Ribeiro:
"...querida..." ele suspira, observando a mulher se afastar antes de servir a
comida na mesa, cuidadoso.
- Ichiro, seu lanche.

- Obrigado, pai. - ele esboça um sorriso, indo sentar pra comer.

Suki:
Depois que Setsuna encosta a porta do banheiro, o silêncio parece reinar no cômodo.
Som algum chega aos ouvidos de Mitsuo e Ichiro, apesar da audição aguçada e
treinada de ambos. E assim os minutos seguem, um após o outro, até que a porta se
abra novamente.

- Pronto, pronto... - a mulher diz, baixinho, apoiando Leanne. A garota estava


prestes a desaparecer na camisa e na calça novas, o corpo ainda mais escondido sob
o casaquinho que Setsuna lhe emprestara. Apesar disso, observava os dois homens com
curiosidade, agarrada no braço da mulher. - Bons. Eles são bons, vê? Trouxeram
roupas. Trouxeram comida.

Maianne Ribeiro:
- Nós estamos ajudando. - Mitsuo diz, um sorriso pequeno nos lábios. - Venha. Tem
comida gostosa.

qualquersuki:
Suki:
A garota hesita com a menção da comida, o estômago roncando bastante alto antes que
ela recuasse um pouco.

- Eu como com você. - diz, um sorriso bastante doce em seu rosto. - Como primeiro.

Maianne Ribeiro:
- Nós todos vamos comer. - Ichiro adiciona, sorrindo. - Tá uma delícia!

Suki:
Ela hesita novamente, mas o caminhar de Setsuna acaba por incentivá-la, Leanne se
sentando no chão ao lado dos pés da mulher quando ela se senta na beirada da cama.

- Mesmo? 'Ara ara, assim eu fico curiosa...' - comenta, observando o que o filho
comia.

Maianne Ribeiro:
- Experimente. - Mitsuo sorri, entregando um dos sanduíches pra ela.

Suki:
- Obrigada. - murmura, tirando um pedaço para si, e colocando-o na boca, antes de
estender o resto para Leanne. - ...'que delícia~!'

A garota encara Setsuna por alguns segundos, silenciosa, até erguer as duas mãos
que tremiam violentamente para pegar a embalagem.

"Parece... bom...", pensa, mordendo uma das pontas, hesitante.

Maianne Ribeiro:
- 'Muito bom, não é?' - Ichiro sorri, bobo, já na metade do próprio sanduíche.

- Espero que a pequena também goste. - diz Mitsuo, observando Leanne, atencioso.

qualquersuki:
Suki:
- 'Sim, delicioso!' - concorda, esticando o braço para limpar o rosto do filho,
cuidadosa.

O olhar de Mitsuo faz com que ela se encolha timidamente, as mãos apertando o
sanduíche com mais força, amassando-o e ameaçando destruí-lo.

Maianne Ribeiro:
- 'Obrigado, mãe'. - ele sorri, bobo.

- Desculpe, pequena. - ele murmura, desviando o olhar. - Coma em paz.

Suki:
- ...Le... Leanne. - murmura, a voz ainda bastante fraca e ferida fazendo a
expressão da garota se contorcer de dor antes que ela tussa algumas vezes, sujando
o rosto de sangue.

- 'Pegue um guardanapo, querido, sim?' - pede, tocando o rosto de Ichiro novamente.

Maianne Ribeiro:
- Leanne. Seu nome, eh? - murmura.

- 'A-aqui!' - ele responde, entregando um guardanapo pra mãe de imediato.

Suki:
Ela abre a boca para responder, mas se limita a assentir com a cabeça.

- 'Você precisa se recuperar melhor antes, menina...' - Setsuna suspira, tateando o


rosto de Leanne antes de limpar o sangue que o sujava. - 'Acha que um pouco do meu
chá pode ajudá-la...?' - pergunta, se virando para Mitsuo.

Maianne Ribeiro:
O homem hesita.
- 'Deve ajudar, mas... Só um pouco. Você também precisa.' - ele murmura.

qualquersuki:
Suki:
- 'Podemos voltar para casa um dia antes, se for necessário.' - diz, sorrindo
gentilmente.

Maianne Ribeiro:
- 'Tudo bem.' - suspira. - 'Eu vou avisar ao piloto sobre mudar a data do voo.'

Suki:
Isso faz a mulher sorrir ainda mais abertamente, fechando os olhos.
- 'Obrigada, querido.' - diz, afagando-lhe uma das mãos antes de ficar de pé. - 'Eu
vou separar um pouco para a garota.'

Maianne Ribeiro:
- 'Não precisa agradecer.' - ele sorri gentilmente. - 'E não esqueça de comer seu
sanduíche também.'

Suki:
- 'Eu vou, eu vou. Deixe a menina comer primeiro, porém: ela precisa.'

Maianne Ribeiro:
- 'De fato... Ela precisa muito mais que nós.' - sussurra. "Ah, se eu descubro quem
fez isso..."

Suki:
- ...isso... isso é japonês...? - pergunta, bem baixinho, outro acesso de tosse a
sacudindo, arrancando mais sangue dentre seus lábios e fazendo com que ela
derrubasse o sanduíche no chão.

Maianne Ribeiro:
- É, é sim. Garota esperta. - o homem sorri. Sem se abalar, ele divide o próprio
sanduíche, estendendo um dos pedaços pra Leanne. - É melhor você falar menos, pra
isso não acabar te fazendo mal.

qualquersuki:
Suki:
Ela o encara, piscando várias vezes antes de aceitar, assentindo de leve com a
cabeça.

"...ele... ele não parece mau...", pensa, mordendo mais uma ponta do sanduíche.

Maianne Ribeiro:
- Muito bem. - ele sorri, se abaixando pra recolher o sanduíche que caíra,
cuidadoso. - E o gato, onde está? Também trouxemos comida pra ele.

Suki:
A garota abre a boca, fazendo menção de dizer algo, mas hesita, comprimindo os
lábios antes de indicar o banheiro com uma das mãos trêmulas.

- 'Ichiro, querido, pode esquentar um pouco de água....?' - Setsuna pede, voltando


com um pequeno envelope branco para perto da família.

Maianne Ribeiro:
- Eu vou pegar o seu gato e trazê-lo pra cá. - diz Mitsuo, se afastando na direção
do banheiro.

- 'Deixa comigo, mãe.' - o rapaz responde, indo até a cozinha pra atender ao pedido
de Setsuna.

Suki:
E ele encontraria o animal adormecido no tapete ao lado da banheira, enrolado em si
mesmo, o pelo ainda úmido depois de ter fugido dos cuidados de Setsuna.

- Nós vamos fazer chá. - explica, se sentando ao lado de Leanne novamente,


delicada. - Para cuidar de você.

Maianne Ribeiro:
"Ah, pobre criatura..." pensa, pegando o gato com cuidado para levá-lo de volta.
- Chá medicinal. Bem forte e gostoso. - Ichiro sorri.

Suki:
Isso faz a garota franzir a testa, como se a ideia fosse desagradável.

- Um pouco forte, mas é gostoso. Prometo. - Setsuna diz, rindo baixinho.

Maianne Ribeiro:
- A mamãe bebe todo dia, ela sabe. - Ichiro ri.

Enquanto isso, Mitsuo senta outra vez à mesa, o gato em seu colo.
- Acorde, pequeno... - ele murmura, tentando despertá-lo.

qualquersuki:
Suki:
- É bom, prometo. - insiste, gentil.

Ela abre a boca para dizer algo, mas hesita.

"Eu... eu gosto de chá...", pensa, voltando a prestar atenção ao próprio sanduíche.

O gato resmunga, e se encolhe, e se estica, até enfim entreabrir os olhos.

- Bartolomeu....? - pergunta, confuso, fazendo com que Leanne se levantasse de


imediato, olhando ao redor, o rosto pálido.

Maianne Ribeiro:
"Bartolomeu. Quem é esse..?" o homem pensa.
- Mitsuo. O homem que resgatou vocês. - ele diz, sem se abalar. - Temos comida.

- E-ei, tá tudo bem. - Ichiro murmura, tentando acalmar a garota.

Suki:
- ...hnnrgh... - o gato resmunga, ficando de pé devagar, ainda um tanto zonzo.

Leanne o encara com uma expressão angustiada e amedrontada, o olhar vazio parecendo
ter perdido o pouco brilho que ganhara...

- Beba. - Setsuna diz, gentil, tocando uma das mãos de Leanne, cuidadosa, tentando
incentivá-la a pegar a xícara.

Maianne Ribeiro:
- Aqui. - diz Mitsuo, segurando o sanduíche pro gato. - Coma.

- Tá tudo bem. Você está segura. - Ichiro murmura, tentando acalmar Leanne. - Só
bebe o chá. Vai ficar tudo bem.

qualquersuki:
Suki:
- ...obrigado... - sussurra, depois de farejar o sanduíche algumas vezes. - Cuida
dela, por favor... - pede, antes de morder o sanduíche, não demorando a devorá-lo,
faminto.

Ela estremece, fechando os olhos por alguns segundos antes de assentir a cabeça e
aceitar o chá com a mão livre, apesar de Ichiro poder perceber uma ou outra lágrima
ameaçando surgir nos cantos dos olhos.

- Beba. Vai te fazer bem. - Setsuna insiste, ao que a garota enfim cede, assoprando
o líquido algumas vezes antes de tomar um gole e fazer uma careta.

Maianne Ribeiro:
- Estamos cuidando. Não se preocupe. - murmura. - ...já andaram de avião antes?

- Não é gostoso? - o rapaz pergunta, notando a careta. "Tadinha..."

Suki:
Ele nega com a cabeça.

- Só em terra. - murmura. - A Lea não... Não pode sair do país. - adiciona, bem
baixinho.

Ela nega com a cabeça, colocando a mão livre sobre o chá, que logo exala uma aroma
adocicado, flores surgindo e desabrochando quando ela o descobre.

- 'Que lindo...' - diz, encantada com o aroma e a visão.

Maianne Ribeiro:
- ...não pode sair? Por quê? - o homem franze a testa.

Ichiro observa o chá, embasbacado.


- Uau... Como... Como fez isso?

Suki:
- Os documentos ficaram no apartamento. E... E nenhum Everbleed sai. - explica,
ainda baixinho, para que Leanne não o ouvisse.

- Magia. - murmura, a voz bem mais suave que antes, tomando outro gole do chá,
agora sem a careta.

Maianne Ribeiro:
- ...Everbleed..? - ele franze a testa de imediato. "Eu conheço esse sobrenome, e o
motivo não é bom..."

- Magia bonita. - Ichiro sorri.

qualquersuki:
Suki:
- Leanne Rodgers Everbleed. - confirma.

- Obrigada... Ichiro. Né...? - pergunta, esboçando um sorriso triste.

Maianne Ribeiro:
- 'É assim que a inquisição trata a própria família...' - ele murmura com um
resmungo incomodado. - Documentos não são problema. Eu posso ir buscar, de qualquer
forma, mas o avião é particular.

- Isso, Ichiro. Prazer. - sorri.

Suki:
- ...eu... Eu não sei. - murmura, balançando a cabeça antes de ficar de pé.
- ...mas eu te levo até lá.

- Prazer. Ichiro e...

- Setsuna. - diz, tocando os cabelos da menina com as pontas dos dedos, delicada. -
Prazer, Leanne.
Maianne Ribeiro:
- Não precisa ser agora. Descanse primeiro. - murmura. - Você tem um nome?

- Eu tenho uma irmãzinha também, mais nova que você, mas ela não veio. - o rapaz ri
baixinho, babão.

Suki:
- Salem. - murmura, descendo da mesa em seguida.

- Chiaki, o nome. - Setsuna diz. - Ela ficou com a família.

Maianne Ribeiro:
- Salem. Descanse com sua dona. - Mitsuo insiste.

- Aham. Você vai gostar dela, ela é um amor. - ri.

qualquersuki:
Suki:
- Melhor irmos agora, antes que o cheiro se torne ainda pior. - e caminha na
direção da porta.

- Eu só tenho um irmão mais velho. Lucca, o nome dele. - murmura, o semblante se


entristecendo.

Maianne Ribeiro:
- Vamos, então. - murmura, ficando de pé e seguindo Salem. "Que cheiro..?"

- Tem? E onde ele está..? - pergunta, preocupado.

Suki:
- ...no... No exército. Com a minha mãe... - murmura, voltando a chorar sem
perceber, escondendo o rosto atrás de um dos braços.

-=-

O gato caminha tranquilamente pelos muros e telhados das ruas, apesar de claramente
permanecer na visão de Mitsuo, guiando-o através da cidade.

- É aqui. - avisa, ao parar diante de uma grade protegendo um prédio antigo, mas
bem cuidado, recém pintado. - Cuidado. - pede, tocando a grande com uma das patas,
que se abre com um clique.

Maianne Ribeiro:
- No... - ele estremece, empalidecendo. "Que horror..." - D-desculpe. Eu perguntei
demais...

-=-

O homem memoriza o caminho como podia, parando diante da grade com Salem.
- Vamos, então. - murmura, atravessando o portão sem pestanejar, esperando que o
gato o guiasse até o apartamento.

qualquersuki:
Suki:
Ela não diz mais nada, chorando em silêncio, o corpo inteiro tremendo.

- 'Ichiro, pegue a xícara da mão dela, por favor.' - Setsuna pede, guiando Leanne
para perto de si para abraçá-la. - Coloque pra fora, pequena...
-=-

"...ufa.", pensa.

Assim que ele abre as portas principais, porém, o cheiro de putridez já os alcança,
o gato reclamando baixinho antes de começar a subir os degraus lentamente.

Maianne Ribeiro:
O rapaz faz como a mãe pedira, tirando a xícara das mãos de Leanne delicadamente,
suspirando.
- Vai ficar tudo bem. - sussurra. "Eu espero..."

-=-

"...isso explica o estado dela," pensa, torcendo o nariz.


- Quer que eu te carregue? - Mitsuo pergunta.

Suki:
- Vai, vai sim. Nós vamos cuidar bem de você. - diz, suave, afagando os cabelos da
garota enquanto a deixava chorar.

-=-

Ele nega com a cabeça, resmungando mais um pouco antes de adiantar o passo, pulando
degraus, guiando Mitsuo até o último andar.

Lá o cheiro já se tornara insuportável, como se algo entrasse por suas narinas e


esmagasse o estômago, e o cérebro, gritando que saíssem dali...

Maianne Ribeiro:
O rapaz se afasta, indo buscar um copo de água pra Leanne. Apesar disso, esperaria
que ela se acalmasse mais antes de oferecer a bebida, sem dizer nada.

-=-

"...horrivel..." ele pensa, cobrindo o rosto com um lenço, uma pequena magia
fazendo com que o tecido se perfumasse, abafando mais o cheiro.
- Vamos sair daqui o mais rápido possível. - ele murmura, apressado.

qualquersuki:
Suki:
E ela chora e chora e chora, o corpo aos poucos amolecendo nos braços de Setsuna,
que lentamente vai se deitando com a menina, guiando-a para cima do colchão.

-=-

Assim que Mitsuo entra no apartamento, ele vê o que restara de um lar, do lar de
Leanne: móveis tombados, mesas e cadeiras quebradas, decorações espatifadas em
paredes, teto, chão.

E um cadáver em estágio avançado de decomposição no tapete ao lado do sofá. Um


cadáver com um rastro de sangue sob ele, com marcas de mãos e pés que denunciam que
a criança estava sob ele e tivera que se arrastar para sobreviver.

Caído ao seu lado, um porta-retrato quebrado e sujo de sangue, sem que o líquido
rubro tivesse manchado a foto: uma família de quatro pessoas estava em um jardim
florido, duas crianças agarradas em um leão e um tigre enquanto dois gatos dormiam
embolados um no outro.
Ali, a família perfeita de Leanne em seu momento mais puro, cheia de amor e
felicidade, agora destruída para sempre.

qualquersuki:
Mai:
- 'Melhor deixar ela dormir, mesmo...' - sussurra, preocupado com a menina.

-=-

A expressão de Mitsuo enrijece ao ver o cadáver, a imaginação desenhando a cena em


sua mente. Isso explicava e muito o trauma da garota...

E então, o retrato. A família perfeita, agora quebrada e destruída para sempre. O


homem se abaixa, pegando o porta-retrato e tirando a foto de dentro com cuidado,
guardando-a no bolso interno do casaco. "Uma lembrança de um passado bom," pensa.

- Os documentos. Onde estão? - pergunta.

qualquersuki:
Suki:
- 'Me ajude a ajeitá-la na cama.' - pede, se soltando de Leanne com cuidado.

-=-

Salem não responde de imediato, a visão do cadáver de Bartolomeu visivelmente


trazendo memórias nada agradáveis ao gato.

Apesar disso, ele crava as unhas no chão e se encolhe, se recompondo, antes de


disparar para o corredor, guiando Mitsuo até o quarto de Leanne.

Um quarto visivelmente pensado cheio de carinho, com fotos e pôsteres e decorações.


O cheiro ali parecia mais ameno, talvez pelas inúmeras plantas que cresciam e se
espalhavam pelas paredes e parcialmente pelo teto, a imensa janela trazendo luz
para todas elas.

- Aqui. - diz, saltando sobre a escrivaninha para indicar uma mochila branca de
pelúcia entreaberta, com uma carteira azul-claro, canetas coloridas variadas, e um
caderno adesivado com um cadeado.

Maianne Ribeiro:
- 'Deixa comigo.' - o rapaz assente com a cabeça, se aproximando pra auxiliar a
mãe.

-=-

Um quarto de amor e carinho, de alegria, que pra sempre seria abandonado. "Triste."
- Mais alguma coisa que deveria pegar? - diz, colocando as canetas e o caderno
dentro da mochila antes de fechá-la, carregando-a consigo.

Suki:
- 'Pobrezinha...' - Setsuna murmura, preocupada. - 'Algo terrível aconteceu...'

-=-

Ele nega com a cabeça.

- O resto eu coloquei na bolsa que levei. - explica, saltando para o ombro de


Mitsuo.
Maianne Ribeiro:
- 'Algo muito terrível...' - o rapaz sussurra, preocupado. - 'Mas nós vamos cuidar
dela, não vamos?'

-=-

- Então vamos. Melhor não demorar. - diz, se afastando a passos rápidos.

qualquersuki:
Suki:
- 'Vamos. E ela vai se recuperar aos poucos.'

-=-

Salem se agarra no ombro do homem, murmurando instruções do caminho de volta...

Maianne Ribeiro:
- 'Vai sim... Vai ficar tudo bem.' - murmura.

-=-

Mitsuo seguia as instruções sem questionar, logo se aproximando do hotel novamente.


- Precisamos de banhos, nós dois. - murmura, subindo para o próprio quarto.

Suki:
- Outro banho não... - reclama, quando ficam a sós.

- 'O que aconteceu com vocês...?' - pergunta, se virando de imediato quando eles
entram no quarto. - 'Por que saíram tão apressados?'

Maianne Ribeiro:
- 'Fui pegar os documentos da menina.' - responde, antes de se virar para o gato. -
Outro banho sim. Ou quer ficar com esse cheiro?

Suki:
- 'O que aconteceu para justificar esse cheiro...?' - pergunta baixinho, mais para
si do que para ele.

Salem resmunga, e resmunga mais uma vez, antes de assentir com a cabeça, resignado.

- Tudo bem, tudo bem...

Maianne Ribeiro:
- 'Eu explico depois do banho. Separe roupas limpas pra mim, por favor.' - pede,
entrando no banheiro com o gato.

qualquersuki:
Suki:
Ela nega com a cabeça.

- 'Não foi nada bom, nada bom...' - sussurra, prontamente se levantando para fazer
como o marido pedira.

Maianne Ribeiro:
Mitsuo levaria um bom tempo pra sair do banheiro, enfim se livrando do cheiro em si
e em Salem, a toalha enrolada na cintura enquanto voltava para o quarto. Pegaria as
roupas pra se vestir no banheiro, temendo que Leanne despertasse antes da hora.
- 'Obrigado, Setsuna.' - ele murmura baixinho ao retornar, suspirando.
Suki:
- 'De nada, querido.' - responde, prontamente se aproximando para acariciar-lhe os
ombros em um toque carinhoso buscando tranquilizá-lo... - 'Mais calmo...?'

Maianne Ribeiro:
- 'Um pouco, sim. Ainda indignado com o que houve com a menina, mas...' - ele
suspira outra vez.

Suki:
- 'Foi tão grave assim?' - pergunta, a carícia hesitando por um instante antes de
retornar.

Maianne Ribeiro:
- 'Ela teve que se arrastar no chão pra sair debaixo do cadáver do pai. Eu vi as
marcas.' - ele sussurra baixinho, tentando evitar que Ichiro ouvia-se.

Suki:
A expressão de Setsuna se torna mais triste, e depois um tanto mais séria, até que
ela enfim suspire.

- 'Que monstro faria isso com uma criança...?' - sussurra, indignada.

Maianne Ribeiro:
- 'Caroline Everbleed faria.' - ele sussurra, cerceando os dentes. - 'As histórias
sobre ela são sempre cruéis.'

Suki:
- 'Everbleed... Eu já ouvi você falando sobre esse nome antes.' - ela estremece.

Maianne Ribeiro:
- 'É a mãe da menina. Pobrezinha...'

qualquersuki:
Suki:
- 'Oh.' - Setsuna nega com a cabeça, o olhar indo até Leanne. - 'Ela falou que o
irmão estava com a mãe no exército...'

Maianne Ribeiro:
- 'Família de bruxos. Os dois devem ter passado pelo exorcismo...' - sussurra,
estremecendo.

Suki:
Isso a faz fechar os olhos, suspirando baixinho, a mão buscando a do marido.

- 'Ao menos ela não teve o mesmo destino'...

Maianne Ribeiro:
- 'E jamais terá. Nós vamos protegê-la.' - murmura, beijando a testa da esposa. -
'E você, como se sente?'

Suki:
- 'Exausta.' - admite. - 'Mais emocionalmente do que tudo.'

Maianne Ribeiro:
- 'Imaginei.' - ele suspira, afagando o rosto dela. - 'Descanse com a menina. Você
precisa.'

Suki:
- 'Leve o Ichiro para passear. Ele precisa se afastar um pouco dessa situação
toda.' - pede, fechando os olhos.

Maianne Ribeiro:
- 'Melhor, mesmo. Mais tarde eu posso te levar pra um passeio, e o Ichiro fica
cuidando da Leanne.' - sorri.

Suki:
- 'Se ela estiver mais calma.' - corrige.

Maianne Ribeiro:
- 'Claro, claro. Se ela estiver mais calma.' - ele repete, concordando.

Suki:
- 'Podemos sair para jantar, sendo assim, e trazer algo para as crianças.'

Maianne Ribeiro:
- 'Estava pensando na mesma coisa.' - sorri, fazendo mais um afago na mulher. -
'Mas por ora, passeio com o Ichiro, enquanto vocês descansam.'

qualquersuki:
Suki:
- 'Tragam algo para um lanche.' - pede, beijando Mitsuo gentilmente antes de se
ajeitar na cama.

Maianne Ribeiro:
- 'Trarei.' - sorri, se afastando pra ir até o filho. - 'Ichiro, vamos.'

O rapaz apenas assente com a cabeça, se virando pra mãe.


- 'Até depois, mãe.' - ele sorri, acenando antes de seguir o pai para o lado de
fora.

Suki:
- 'Até, queridos. Tomem cuidado.' - ela acena de volta, esperando que os dois
saíssem para deixar o sorriso desaparecer do próprio rosto.

"Quantos problemas, quantos problemas..."

Maianne Ribeiro:
Algumas horas se passariam até que os dois retornassem do passeio, Ichiro trazendo
uma sacola com lanches na mão.
- Tadaima. - Mitsuo anuncia, entrando no quarto com o filho.

Suki:
- Okaerinasai. - Setsuna responde, ficando de pé para cumprimentá-los, educada, ao
que Leanne prontamente imita, atrapalhada.

Maianne Ribeiro:
- Que fofinha. - Ichiro ri baixinho. - Com fome? Trouxemos lanche.

Suki:
Ela hesita, olhando para Setsuna antes de voltar a encarar os dois.

- U-um pouco. - murmura, desviando o olhar para o chão ao responder, tímida.

Maianne Ribeiro:
- Então venha comer. - ele chama, deixando a sacola sobre a mesa e chamando a
garota pra perto.

qualquersuki:
Suki:
Mais uma vez Leanne hesita, os passos desaparecendo antes mesmo que ela pudesse dá-
los.

"Ele... Ele é bom. Eles são bons.", pensa, respirando fundo antes de se aproximar.

Maianne Ribeiro:
- Isso. - ele sorri, sentando à mesa também antes de abrir a sacola, revelando as
fatias de torta que haviam comprado, uma de morango e uma de limão. - Espero que
goste...

Suki:
- ...u-uau... - sussurra, sentindo a boca encher de água. - Eu... Eu adoro torta de
fruta... - admite, baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Mesmo? Que bom, acertamos em cheio. - ele ri.

Suki:
- Eu... Eu como qualquer coisa, na verdade... - murmura, desviando o olhar.

Maianne Ribeiro:
- Conosco, você come as coisas que gosta. - diz Mitsuo sabiamente.

Suki:
A voz do homem a faz estremecer, demorando até que ela consiga encará-lo.

- O-obrigada, senhor. Eu... Eu n-não tenho como pagar, mas... Mas eu sou boa com
algumas coisas. - murmura, os olhos se enchendo de lágrimas apesar da expressão
séria, rígida. - ...eu sei fazer trabalhos domésticos, e cuido bem de jardins e
animais. E-eu também cozinho, e--

Maianne Ribeiro:
- E nada disso interessa. - ele diz, afastando a ideia com um gesto de mão. - Você
não tem que pagar nada. Você é uma criança sob nossos cuidados, não há dívida
alguma.

qualquersuki:
Suki:
- É-é claro que tem...! - diz, atrapalhada, a voz embargando de choro. - E-eu não
tenho n-nada, eu... O mínimo...!

- Você tem a nós. Sua família. - Setsuna diz, se aproximando para passar a mão
pelas costas de Leanne, tentando acalmá-la. - Vamos, respire fundo, não precisa
chorar...

Maianne Ribeiro:
- Sua nova família. - o homem diz, a voz mansa. - Você não precisa fazer nada,
apenas ser nossa filha.

Suki:
"Eu já tenho uma família...!", pensa, engolindo o choro como conseguia, assentindo
com a cabeça devagar.

- 'Ichiro, sirva a torta da Leanne, por favor.' - pede.

Maianne Ribeiro:
- ...a-aqui. - o rapaz diz, servindo a torta de morango para a menina, gentil. - Eu
vou pegar um refrigerante na geladeira. - e se afasta, não demorando a voltar com
uma lata pra Leanne.

Suki:
- O-obrigada... - murmura, secando o rosto com as costas de um dos braços,
atrapalhada.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - ele murmura, suave. - Me fala se tá gostosa.

qualquersuki:
Suki:
- Uma... Uma delícia... - murmura, antes mesmo da primeira garfada, se servindo de
um pequeno pedaço em seguida.

Maianne Ribeiro:
- Como sabe que está bom antes de comer? - ele ri de leve.

Suki:
- O... O cheiro... - resmunga, soluçando baixinho. - O cheiro diz...

Maianne Ribeiro:
- O cheiro, é? Pelo cheiro, está deliciosa mesmo. - sorri.

Suki:
- O... O gosto também... - murmura, servindo uma garfada para ele, parando o garfo
diante da boca de Ichiro.

Maianne Ribeiro:
- Eh? O-obrigado. - ele cora de leve, pegando a torta com os lábios pra saboreá-la.
- Muito boa mesmo...

qualquersuki:
Suki:
- Divide comigo. - chama, colocando a torta no espaço na mesa entre os dois.

Maianne Ribeiro:
- Não precisa, eu já comi. - ele murmura, sem jeito.

Suki:
- Uma de morango, também...? - pergunta, curiosa.

Maianne Ribeiro:
- Não, eu comi uma de... de... - ele hesita. - Momo..?

- Pêssego. Era de pêssego. - Mitsuo completa.

Suki:
- Momo. - murmura para si, gravando a palavra antes de balançar a cabeça
negativamente. - ...então não comeu essa. Vem. Divide comigo.

Maianne Ribeiro:
- ...tudo bem. - ele murmura, esboçando um sorriso. - Obrigado.

Suki:
- De nada. - responde, esboçando um sorrisinho tímido. - Comida é melhor
compartilhada.

Maianne Ribeiro:
- Mm. Isso é verdade. - ele assente com a cabeça. - Comer acompanhado, e
compartilhando.

Suki:
- É... Comida é hora de união. - concorda.

Maianne Ribeiro:
- Concordo. - sorri. - É bom, né?

qualquersuki:
Suki:
- É... Eu... Eu sempre... - e se cala, o olhar indo até o chão.

Maianne Ribeiro:
Ichiro suspira de leve.
- Eu sei que eu sou praticamente um desconhecido, mas... eu quero compartilhar as
refeições com você. Nós queremos.

Suki:
- ...obrigada. - sussurra, passando uma das mãos pelos olhos, forçando um
sorrisinho.

Maianne Ribeiro:
- Não precisa agradecer. - ele diz, pegando mais um pedaço da torta.

Suki:
"Preciso. Preciso sim.", pensa, assentindo com a cabeça antes de voltar a dividir a
torta com ele.

Maianne Ribeiro:
Os dias seguintes seriam amenos, apesar do desânimo constante de Leanne, a garota
ainda abatida - e com motivos. Enfim, Mitsuo acaba por decidir encerrar a viagem
mais cedo, a família se encaminhando para o avião particular com as malas.
- Sua primeira viagem, não é? - Mitsuo comenta, tentando animar Leanne um pouco.

Suki:
- S-sim, senhor... - responde. Durante todo aquele tempo se mantivera bastante
formal com o patriarca, comportamento que começava a assumir também com Setsuna,
causando bastante preocupação na mulher.

- Quando o avião sobe é uma sensação diferente. - ela explica. - Mas não é ruim.

Maianne Ribeiro:
- E passa rápido, bem rápido. - Ichiro comenta. - Não tem nada pra se preocupar.

Suki:
- C-certo. Eu... E-eu acredito. - murmura, assentindo com a cabeça, lançando
olhares para o avião constantemente.

Maianne Ribeiro:
- Tem lanchinhos no avião. - Ichiro sorri. - Ajuda a distrair.

qualquersuki:
Suki:
- Não... Não enjoa, que nem ônibus...? - pergunta, baixinho, se aproximando dele.

Maianne Ribeiro:
- Não, não balança do mesmo jeito. - ele explica. - É estranho na subida e na
descida, só.
Suki:
- Pelo menos isso... - sussurra, baixinho, levando uma das mãos ao peito.

Maianne Ribeiro:
- Não se preocupe. É menos assustador do que parece. - ri.

Suki:
- C-certo. Obrigada, Ichiro... - murmura.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - ele sorri, afagando a mão da garota antes de guiá-la pra dentro do
avião.

Suki:
- Li... Licença... - murmura, agradecendo em voz baixa pela ajuda de Ichiro,
cuidadosa com a própria roupa ao subir os degraus. - ...eu... Eles pareciam
diferentes nos filmes...

Maianne Ribeiro:
- Nos filmes eles mostram os aviões comerciais, geralmente. - Mitsuo comenta. -
Esse é um avião particular. Só nós vamos viajar nele como passageiros.

Suki:
- ...e-entendi. Desculpe, eu... Eu não sabia. - diz, tímida, os dedos se fechando
com mais força ao redor da mão de Ichiro.

Maianne Ribeiro:
- Não precisa pedir desculpas. Você só não sabia. - Ichiro sorri, tentando acalmar
a garota.

Suki:
- Mm. C-certo. E-eu só não sabia. - murmura, sem afrouxar o aperto

Maianne Ribeiro:
- Exatamente. E não saber é normal. - diz, gentil.

Suki:
- Não saber é normal. Não saber é normal... - sussurra, assentindo com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Bem normal. Eu não sei bastante coisa. O meu pai também, minha mãe também. -
sorri.

qualquersuki:
Suki:
- ...o... O seu pai parece saber tudo... - sussurra, de forma quase inaudível,
torcendo que Mitsuo não a escutasse.

Maianne Ribeiro:
- O meu pai? Nah. Ele só acha que sabe. - e mostra a língua.

Suki:
Isso arranca um risinho baixo dos lábios dela, que Leanne esconde com a mão livre.

- Obrigada, Ichiro. - sussurra.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - ri. - Vem, vamos sentar e relaxar um pouco.
Suki:
Ela assente com a cabeça.

- São... São muitas horas de viagem...? - pergunta, olhando ao redor.

Maianne Ribeiro:
- São. A viagem é beeem longa. - comenta. - Mas dá pra tentar dormir.

Suki:
- Entendi... - murmura, desconfortável com a ideia. - As poltronas parecem macias,
pelo menos...

Maianne Ribeiro:
- São bem macias e confortáveis. - sorri. - E dá pra levantar e esticar as pernas
um pouco.

Suki:
- E-eu... Eu acho que vou precisar. Eu não consigo ficar quieta por muito tempo...

Maianne Ribeiro:
- Só precisa ficar sentada na subida e na descida, depois pode caminhar. - ele
explica.

Suki:
- Na subida e na descida. Certo. Eu vou... Vou lembrar disso...

Maianne Ribeiro:
- O piloto vai avisar. - sorri, sentando em uma das poltronas. - Vem, senta do meu
lado. Eu te mostro como botar o cinto de segurança.

Suki:
- Eu... Eu vou precisar... - murmura, um tanto nervosa, fazendo como Ichiro falara,
as mãos começando a esfriar.

Maianne Ribeiro:
- Vai ficar tudo bem. - ele sorri, explicando como afivelar o cinto, experiente.

Suki:
E a garota faz tudo exatamente como o instruído, as mãos trêmulas.

"Ao menos não prende no pescoço, mas..."

Maianne Ribeiro:
- Tá tudo bem. - ele murmura, gentil. - É seguro.

qualquersuki:
Suki:
- M-mesmo? Seguro, cem por cento seguro...? - pergunta, encarando-o.

Maianne Ribeiro:
- Cem por cento seguro. - sorri. - Não se preocupe!

Suki:
- Obrigada, Ichiro... - murmura, afagando uma das mãos dele com as pontas dos dedos
gelados.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - ele sorri. "Ela tá com tanto medo..."
- Vamos decolar em breve. - avisa Mitsuo, indo se acomodar no próprio assento,
guiando Setsuna gentilmente. - Todos prontos?

Suki:
- S-sim, senhor...

"Não, não, não, nem um pouco...!", pensa, respirando devagar para manter alguma
neutralidade.

- 'Obrigada, querido.' - a mulher suspira, se ajeitando na poltrona, cansada...

Maianne Ribeiro:
- 'De nada, querida.' - ele sussurra, gentil.

As portas da aeronave se fechariam pouco depois, o motor ligando. O motorista faz


um anúncio em japonês, Ichiro traduzindo os avisos pra Leanne, e então começa a
decolagem pouco depois...

Suki:
E assim que o avião começa a se mover, a garota... congela. Leanne apenas observava
o nada, o corpo inteiro rígido e imóvel sem que ela ousasse piscar ou respirar,
completamente em pânico.

"Eu vou morrer... Eu vou morrer...!"

Maianne Ribeiro:
- Tá tudo bem. Tá tudo bem, Leanne. Calma... - Ichiro murmura, afagando a mão dela,
tentando acalmar a menina. - É rapidinho...

Suki:
Somente quando a aeronave estabiliza é que ela consegue fechar os olhos, a
respiração ainda um tanto difícil retornando aos poucos, o rosto vermelho.

"Passou...? Passou. Acabou.", pensa, trêmula.

Maianne Ribeiro:
- Pronto. Pronto, a decolagem acabou... - ele murmura, gentil. - Respira,
devagar...

qualquersuki:
Suki:
E ela demora longos e longos minutos para se acalmar, soltando a mão de Ichiro com
cuidado para secar o rosto...

Maianne Ribeiro:
- ...pronto. Passou, viu? - sorri, tentando animar Leanne.

Suki:
- P-passou... - concorda, assentindo com a cabeça. - N-não é t- tão ruim...

Maianne Ribeiro:
- Não, não é. Eu disse que parecia pior do que era. - sorri.

Suki:
- É, você... Você disse mesmo... - murmura, assentindo com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Viu? - ri. - Quer uma água? Um lanche?
qualquersuki:
Suki:
- A... Água, por favor... - pede.

Maianne Ribeiro:
- Água então. Vou pegar. - ele sorri, se levantando pra ir buscar a água de Leanne.

Suki:
Enquanto isso, a garota fecha os olhos, tentando se concentrar em normalizar a
própria respiração, Salem logo saltando para seu colo.

- Já passou.

Maianne Ribeiro:
- Já, já passou. - sorri, entregando o copo d'água pra Leanne, gentil. - Bebe, tá
tudo bem.

Suki:
- O-obrigada, Ichiro... - sussurra, tomando pequenos goles devagar, a mão livre
afagando os pelos do gato.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - ele sorri gentilmente. - Toma devagarinho.

Suki:
- E-eu vou... - murmura, esboçando um sorriso ao encará-lo.

Maianne Ribeiro:
- Ótimo. - ri. - Agora vai seguir assim até quase o final.

Suki:
- Sem... Sem balançar...? - pergunta, mais aliviada.

Maianne Ribeiro:
- Sem balançar. - sorri. "Só se tiver turbulência, mas ela não precisa saber
disso."

Suki:
- A-ainda bem... - diz, aliviada, levando uma das mãos ao peito.

Maianne Ribeiro:
- Prontinho. Agora é só esperar. E esperar, e esperar... - ri.

Suki:
- E esperar mais um pouco. - Salem completa. - É bem longe.

- Eu... Eu vou estudar um pouco, até lá. Tem problema...?

Maianne Ribeiro:
- Bem pensado. Não tem problema nenhum. - sorri.

qualquersuki:
Suki:
- Eu... Eu vou precisar. - murmura, insegura.

Maianne Ribeiro:
- Não se preocupe. Vamos ter um tutor pra te ensinar, você vai poder estudar com a
Chiaki também. - sorri.
Suki:
- M-mesmo...? - pergunta, esboçando um sorriso, mais aliviada.

Maianne Ribeiro:
- Mesmo, mesmo. Você vai poder aprender no seu ritmo. - diz, gentil.

Suki:
- Eu não quero ser um peso... - diz, puxando a própria mochila que estava sob o
banco.

Maianne Ribeiro:
- Você não vai ser um peso, ora. Só uma aprendiz.

Suki:
- Eu não quero dar trabalho. - insiste, abrindo o próprio caderno onde estava
anotando várias das palavras que aprendera nos últimos dias, assim como palavras
que ouvira e não conseguira descobrir o significado...

Maianne Ribeiro:
- Não é trabalho, é cuidado. - sorri, indicando o caderno. - Quer ajuda?

Suki:
- Você não tem nada melhor pra fazer...? - pergunta, hesitante.

Maianne Ribeiro:
- Não. - ri, simples.

Suki:
Isso faz com que ela ria baixinho, também, pega de surpresa.

- Eu... Eu quero ajuda, então!

Maianne Ribeiro:
- Então eu ajudo. - ele ri, bobo, ajudando Leanne com os estudos.

qualquersuki:
Suki:
Aos poucos, conforme as horas passavam e Leanne se sentia mais a vontade, mais e
mais dúvidas surgiam, a garota criando um extenso dicionário durante a viagem,
contando inclusive com frases prontas do dia a dia e suas explicações...

Maianne Ribeiro:
Enfim chega a hora da aterrisagem, Ichiro instruindo a garota a apertar o cinto
novamente.
- Estamos chegando em casa! - e ri.

Suki:
- Posso segurar sua mão de novo...? - pede, bem mais tranquila com a ideia, olhando
pela janela com frequência para observar a paisagem...

Maianne Ribeiro:
- Pode, pode sim. Pode apertar, se precisar. - diz, estendendo a mão pra ela.

Suki:
- Obrigada. - sussurra, segurando a mão dele cuidadosamente, encarando-o.

Maianne Ribeiro:
O rapaz sorri, tranquilizando Leanne.
- Vamos ter que ir de carro até a residência, mas não é muito longe do aeroporto. -
comenta. - Dá pra cochilar no caminho!

Suki:
- Cochilar, é...? - pergunta, baixinho. - Talvez eu precise...

Maianne Ribeiro:
- Depois de tanto estudar? Com certeza. - ele ri baixinho.

Suki:
- Eu preciso aprender logo... - murmura, sem graça.

Maianne Ribeiro:
- Não tem pressa. Nós podemos te ajudar enquanto você se acostuma. - sorri.

Suki:
- Eu não posso demorar a me acostumar...

Maianne Ribeiro:
- Pode sim. Ninguém vai reclamar. - diz, afagando a mão dela.

Suki:
- Mas eu não quero ficar perdida... - murmura, encarando-o, incomodada.

Maianne Ribeiro:
- ...é. Você vai ficar um pouco perdida, mesmo. - ele ri, sem jeito.

Suki:
- Então eu preciso estudar mais e mais e mais... - resmunga.

Maianne Ribeiro:
- Você consegue. - o rapaz sorri. - Ganbatte ne! Se esforce!

qualquersuki:
Suki:
- E-eu vou me esforçar...! - diz, assentindo com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Eu sei que vai. - ri. - Já está se esforçando!

Suki:
- Obrigada, Ichiro...! - ri, mais aliviada.

Maianne Ribeiro:
- De nada, de nada. - ele ri. O avião começaria o pouso logo depois, a cidade
visível pela janela enquanto desciam...

Suki:
Dessa vez, apesar do medo, Leanne não congela no lugar, se limitando a fechar os
olhos e se agarrar na mão de Ichiro com firmeza, tremendo...

Maianne Ribeiro:
- Calma, calma. Tá tudo bem... - ele sussurra, tentando acalmar a garota. - Olha
como tá bonito lá fora...

Suki:
- E-eu posso ver do chão...! - choraminga.

Maianne Ribeiro:
- Tudo beeem, tudo bem! - Ichiro ri baixinho.
Suki:
- E-eu nunca mais quero viajar de avião...! - reclama, ainda agarrada nele.

Maianne Ribeiro:
- Tudo bem, não vai precisar viajar de novo! - ele diz, tentando acalmar a menina.
- Respire, está tudo bem...

Suki:
- Eu espero, eu espero que não mesmo....

Maianne Ribeiro:
- Calma, calma. Já vai acabar... - ele diz, o avião já tocando o solo.

Suki:
Ela permanece agarrada em Ichiro durante o tempo todo, só afrouxando o aperto ao
redor de sua mão quando o avião para e ela consegue respirar aliviada...

Maianne Ribeiro:
- Pronto, pronto. Chegamos... - ele diz, afagando os cabelos de Leanne. -
Chegaaaamos...

qualquersuki:
Suki:
- Chegamos, chegamos... - choraminga, fechando os olhos com o carinho.

Maianne Ribeiro:
- Proooonto. Calminha. - ele sorri, fazendo mais um pouco de carinho. - Agora é só
ir de carro, já estamos chegando.

Suki:
- E-eu prefiro m-muito mais enjoar do que isso de novo... - resmunga.

Maianne Ribeiro:
- É só cochilar no carro, daí você não enjoa. - sorri, desafivelando o próprio
cinto.

Suki:
- ...boa ideia. - murmura, imitando-o devagar, ainda atrapalhada pelo tremor das
mãos.

Maianne Ribeiro:
- Precisa de ajuda? - ele murmura, gentil.

Suki:
Ela nega com a cabeça.

- E-eu consigo.

"Eu acho."

Maianne Ribeiro:
- Tudo bem. - sorri. - Sem pressa, eles ainda precisam abrir a porta, colocar a
escada pra gente descer...

Suki:
- Eu me acalmo até lá. - murmura, respirando fundo algumas vezes.

Maianne Ribeiro:
Ele assente com a cabeça, sorrindo. Não demora para que as portas se abram, Mitsuo
ficando de pé para guiar Setsuna, cuidadoso.
- Vamos? - Ichiro sorri, estendendo a mão pra Leanne gentilmente.

Suki:
- Obrigada, Ichiro... - murmura, se levantando devagar, a mão livre puxando a alça
da própria mochila.

- 'Eles parecem ter se adaptado bem um ao outro.' - Setsuna diz, suave.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - sorri, guiando-a.

- 'Mm, muito bem. A idade próxima ajuda.' - comenta, esboçando um sorriso.

qualquersuki:
Suki:
- 'E o nosso filho é um ótimo menino. Educado e solícito como o pai.' - ela ri,
baixinho.

Maianne Ribeiro:
- 'Ora, não preciso de tantos elogios.' - Mitsuo ri.

Suki:
- 'Nada além da verdade, querido.' - diz, beijando-lhe o rosto.

Maianne Ribeiro:
O homem apenas sorri, afagando a mão dela enquanto a guiava até o carro que já os
esperava, alguns rapazes carregando as malas até o veículo.

Suki:
E Leanne os agradece em voz baixa o tempo todo sempre que passa por um deles,
fazendo uma mesura acompanhando as palavras toda vez.

Maianne Ribeiro:
Os rapazes pareciam surpresos com a presença da menina, mas não comentavam nada
entre si, apenas dispensando os agradecimentos - não que Leanne entendesse, no fim
das contas. A família logo se ajeita no espaçoso e luxuoso carro, os quatro cabendo
confortavelmente nos bancos traseiros.

- 'Podemos ir.' - Mitsuo avisa, ao que o motorista dá a partida.

Suki:
A surpresa silenciosa e a confusão das palavras só intimidam Leanne ainda mais, a
garota bastante encolhida quando se ajeita no banco e coloca o cinto. Em seu colo,
a mochila branca em que a garota se agarrava, Salem sobre ela lambendo-lhe o rosto.

- Leanne...? Aconteceu alguma coisa? - pergunta, gentil.

Maianne Ribeiro:
- Tá tudo bem. A gente tá indo pra casa. - Ichiro murmura, afagando a mão dela.

Suki:
- 'Obrigada.' - murmura, bem baixinho, insegura.

Maianne Ribeiro:
- 'De nada.' De nada. - ele repete nas duas línguas.

qualquersuki:
Suki:
A garota assente com a cabeça, repetindo mentalmente para gravar.

Maianne Ribeiro:
- Boa menina. - ele ri baixinho, afagando os cabelos dela.

Suki:
- E-eu não sou um cachorro. - reclama, no mesmo tom, as bochechas corando.

Maianne Ribeiro:
- E-eu te chamei de cachorro? - ele murmura, confuso. - D-desculpe!

Suki:
- N-não...! Não foi isso...! - diz, de imediato, o olhar subindo até ele. - ...Foi
só... Só o jeito de falar...

Maianne Ribeiro:
- F-foi? Mesmo? - ele pergunta, desajeitado.

Suki:
- M-mesmo. Falar aquilo fazendo carinho foi... Foi como falar com um cachorro
fazendo carinho na cabeça dele.

Maianne Ribeiro:
- É-é? Aqui isso é bem comum com crianças... - ele murmura, sem jeito. - Eu não
sabia.

Suki:
- E-eu não sou uma criança! - reclama, surpresa.

Maianne Ribeiro:
- D-desculpe! - ele exclama, se curvando.

qualquersuki:
Suki:
- N-não, não precisa se desculpar...! - diz, atrapalhada, erguendo o corpo dele de
imediato.

Maianne Ribeiro:
- M-mesmo? - ele pergunta, encarando-a.

Suki:
- M-mesmo! Não precisa se curvar!

Maianne Ribeiro:
- Tudo bem, tudo bem... - ele murmura, sem jeito.

Suki:
Ela assente com a cabeça timidamente, se encolhendo enquanto soltava os ombros de
Ichiro, voltando a se agarrar na própria mochila.

Maianne Ribeiro:
O resto do caminho até a mansão seria um tanto silencioso - até por Ichiro acabar
caindo no sono, cansado. Enfim, o carro se aproxima da residência da família, a
construção tradicional, imponente...

Suki:
Leanne, por outro lado, não consegue ceder ao próprio cansaço: o enjoo da viagem
era mais que suficiente para mantê-la acordada, observando o caminho em silêncio na
tentativa de não vomitar.

"É gigante...!", pensa, os olhos se abrindo em surpresa. "Parece as dos


desenhos..."

Maianne Ribeiro:
- Chegamos. - Mitsuo sorri, saindo do carro quando a porta se abre. Do lado de
fora, várias pessoas os aguardavam, se curvando ao homem.

- 'Bem vindo de volta, chefe.' - dizem, em uníssono.

- 'É bom estar de volta.' - ele responde, satisfeito, estendendo a mão pra ajudar
Setsuna a sair do carro.

Suki:
- 'De volta ao nosso lar.' - diz, suave, observando os empregados com um sorriso
antes de aceitar a ajuda do marido.

- Ichiro. Ichiro, nós... Nós chegamos... - murmura, ao ouvido dele, balançando o


garoto de leve.

Maianne Ribeiro:
- ...huh..? - ele resmunga baixinho, entreabrindo os olhos, as bochechas corando ao
ver Leanne tão perto. - O-o-oi! C-chegamos?!

qualquersuki:
Suki:
Ela assente com a cabeça, encostando a testa na dele de leve.

- Seus pais já foram, até.

Maianne Ribeiro:
- M-Mm. V-vamos, então? - sussurra, sem jeito.

Suki:
A garota concorda, abrindo o cinto dele e o próprio antes de se ajeitar no banco,
colocando a mochila nas costas.

- Você na frente. - pede.

Maianne Ribeiro:
- Pode deixar. - ele sussurra, limpando a garganta antes de sair do carro, guiando
Leanne pra dentro. - Tem um quarto livre do lado do meu, você pode ficar lá.

Suki:
- M-mesmo? - pergunta, esboçando um sorriso. - E-eu prefiro, por f-favor...

Maianne Ribeiro:
- Resolvido. - ele ri, tirando os sapatos antes de entrar em casa. - Quando você
acordar, é só me chamar no outro quarto. Se eu não estiver lá, pede pra qualquer um
me chamar, e eu venho o mais rápido que puder!

Suki:
- H-huh. C-certo. - murmura, imitando o rapaz, tirando os próprios sapatos com
cuidado, meio atrapalhada.

Maianne Ribeiro:
- Eu aposto que logo você vai conseguir se virar sozinha. - sorri. - Quer ajuda com
os sapatos? A gente não usa dentro de casa.
Suki:
- N-não, eu... Eu consigo... - murmura, se agachando para tirá-los, apressada. - P-
pronto!

Maianne Ribeiro:
- Pronto. - ele ri baixinho. - Vem, eu vou te mostrar os quartos. Ou você está com
fom--

- Ichiwo..!

Uma garota vem correndo até o hall de entrada, saltando pra abraçar uma das pernas
de Ichiro, chorosa. Parecia ter cinco, talvez seis anos, a semelhança entre os dois
bastante visível.

- Ichiro. - o rapaz responde, provocando.

- 'Não amola, Ichi!' - ela resmunga, fungando.

Suki:
A surpresa faz Leanne recuar alguns passos, observando a menina.

"Eu tinha esquecido dela...", pensa, engolindo em seco.

- O-oi. Oi, Chiaki. - murmura, acenando de leve, tímida.

Maianne Ribeiro:
A menina hesita, erguendo o olhar pra encarar Leanne.

- 'Quem?' - murmura, confusa.

- 'Ela é sua nova irmãzona, Chiaki.' - explica.

- ...nee-san..?! - a menina murmura, os olhos brilhando.

qualquersuki:
Suki:
Isso faz Leanne hesitar, mas ela acaba por se ajoelhar no chão.

- 'Eu não sei japonês.' - diz, atrapalhada. - Chiaki-nee-chan...? - pergunta,


encarando Ichiro, buscando a aprovação dele.

Maianne Ribeiro:
A menina ri, boba.
- Nee-san... Você. - diz, apontando pra Leanne, e então pra si. - Imouto!

- Imouto é irmã mais nova. - Ichiro explica, risonho.

- Nii-san! - a menina completa, apontando pro irmão.

Suki:
- A-ah. E-entendi. Imouto. - repete, indicando Chiaki. - Nii-san. - indicando
Ichiro. - Eu... Eu sou sua imouto, também, Ichiro...? - pergunta, atrapalhada

Maianne Ribeiro:
- É, é sim. - Ichiro sorri. - Você pegou rápido.

O rapaz se vira pra Chiaki, trocando algumas palavras com a irmã. A menina estufa
as bochechas, contrariada, mas acaba por assentir com a cabeça.
- Nee-san, bai bai! - e se afasta.

- Eu pedi pra ela deixar a gente ir descansar, que a viagem foi longa. - Ichiro ri
de leve. - Pelo jeito, ela gostou de você.

Suki:
- Bye bye~! - diz, simpática, acenando de leve, antes de levar uma das mãos ao
peito, respirando aliviada. - Isso foi melhor do que eu esperava... - comenta,
esboçando um sorriso.

Maianne Ribeiro:
- Ela costuma ser mais arisca, mas acho que gostou de ter mais uma menina por
perto. - ele ri de leve, guiando Leanne pra dentro. - Com fome? Se quiser, podemos
comer alguma coisa antes de dormir.

Suki:
- Eu só tenho um irmão mais velho, então eu... Eu entendo. Mas o Lucca me deixava
brincar com o cabelo dele... - murmura, suspirando baixinho. - ...eu...eu tô
enjoada do carro, ainda.

Maianne Ribeiro:
- Tem mais um, agora. - e indica a si mesmo. - Vamos dormir, então. Eu te levo até
os quartos.

qualquersuki:
Suki:
- ...obrigada, Ichi. Ichiro. - corrige, assentindo com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Pode me chamar de Ichi também, se quiser. - ri.

Suki:
- Ichi, então. - ela concorda. - Ichi e Lea e Chiaki!

Maianne Ribeiro:
- Ichi, Lea e Chiaki! - ele ri, bobo, parando diante de uma porta de correr. - Seu
quarto é esse aqui. O meu é o do lado, o da Chiaki é depois. - diz, indicando as
portas.

Suki:
Ela assente com a cabeça.

- E as malas...? - pergunta, encarando-o. - Onde eu pego?

Maianne Ribeiro:
- Não precisa pegar, vão trazer pra você. - sorri. - Se quiser tomar banho, eles
deixam no pé da cama.

Suki:
- A-ah. Certo. Obrigada, Ichi!

Maianne Ribeiro:
- De nada. - sorri, afagando os cabelos dela. - Eu vou tomar um banho, e dormir. Se
precisar, me chama, tá bom?

Suki:
- Pode deixar. Eu... Eu acho que vou fazer a mesma coisa. - murmura, culpada.

"Eu quase não durmo há dias...", pensa, estremecendo.


Maianne Ribeiro:
- Boa noite, Lea. - ele diz, gentil, entrando no próprio quarto.

Suki:
- Boa noite... - murmura, observando o rapaz se afastar antes de respirar fundo,
reunindo coragem, e abrir a porta do quarto para entrar.

Maianne Ribeiro:
O quarto era simples, mas bem decorado, o estilo tradicional destoando do que
Leanne estava acostumada. Havia uma segunda porta à direita, provavelmente levando
ao banheiro, além de uma janela que dava para um jardim interno, a paisagem
tranquila.

qualquersuki:
Suki:
- Pelo menos um jardim... - pensa, suspirando baixinho ao se apoiar na janela para
observá-lo, incapaz de conter as lágrimas que se acumulavam em seus olhos e
escorriam por seu rosto.

- Banho, Leanne. - Salem chama, puxando a barra do vestido dela, tentando tirar a
mente da garota das memórias que começavam a afogá-la. - Banho.

Maianne Ribeiro:
Ichiro teria uma noite tranquila, o sono pesado apagando-o até a manhã seguinte.
"Eu dormi demais..." pensa, esfregando os olhos enquanto ia se trocar. Depois de
acordar decentemente, o rapaz vai até o quarto de Leanne, dando dois toques na
porta.
- Lea? Já acordou? - pergunta.

Suki:
Já Leanne mal conseguira pregar os olhos: o tempo todo acordava saltando da cama,
sem ar, engasgada no próprio choro em um grito silencioso.
Era o meio da madrugada quando a garota desistira de adormecer, se enfiando em
várias atividades: arrumara a cama, organizara as roupas nos armários, trocara
alguns móveis de lugar, fazendo tudo que podia até enfim se limitar a andar de um
lado para o outro no quarto para tentar se acalmar, os passos pesados.

- Pode entrar, Ichi...! - ela diz, a voz rouca, parando de caminhar.

Maianne Ribeiro:
"Tem algo errado," pensa, abrindo a porta.
- Lea? Tá tudo bem? Aconteceu alguma coisa? - pergunta, entrando de imediato.

qualquersuki:
Suki:
- Mm. Mm, bom dia. - murmura, encarando-o com os olhos fundos pelas olheiras. -
'Bom dia, irmão.'

Maianne Ribeiro:
- Bom... bom dia. Você não dormiu..? - ele pergunta, preocupado.

Suki:
- Dormi. - e assente com a cabeça. - E você? Dormiu bem? Descansou bem?

Maianne Ribeiro:
- Tem certeza? Você não parece bem. - murmura.

Suki:
- Não... Não se preocupa. - murmura, a voz falhando enquanto ela estremecia por
trás do sorriso.

Maianne Ribeiro:
- Me preocupo sim, ora. - ele resmunga baixinho, se aproximando. - O que houve?

Suki:
- N-nada... Só... Só... - ela cerra os dentes, escondendo o rosto nas mãos,
segurando o choro.

Maianne Ribeiro:
- ...só..? - pergunta, afagando os cabelos dela.

Suki:
- Pe..pesadelos... - sussurra, choramingando.

Maianne Ribeiro:
- ...pesadelos... - ele repete baixinho, suspirando. - Então você não conseguiu
dormir, afinal...

Suki:
Ela nega com a cabeça, encolhendo os ombros, chorando baixinho

Maianne Ribeiro:
Ele suspira de novo, continuando o carinho.
- Eu vou pedir um remédio pra te ajudar a dormir... - sussurra. - No hotel você
dormia..?

Suki:
- E-eu não quero dormir... - sussurra, trêmula. - E-eu não quero ver meu pai
morrendo de novo...!

Maianne Ribeiro:
O rapaz estremece, continuando o carinho, pensativo.
- Eu... não sei o que falar. - ele murmura baixinho. - Desculpe. Eu queria poder
pegar os seus pesadelos e mandá-los embora...

Suki:
- N-não tem como... E-eu nunca vou esquecer... - choraminga, mordendo o lábio
inferior com violência para conter os soluços.

Maianne Ribeiro:
- Nunca... mas um dia, vai ficar mais leve. - sussurra.

qualquersuki:
Suki:
- N-não... Não vai... Não vai, não vai, não vai...! - exclama, aumentando a voz sem
perceber, empurrando Ichiro para longe sem muita força, o corpo inteiro tremendo.

Maianne Ribeiro:
Ele se afasta com o empurrão, erguendo as mãos.
- ...um dia, vai. - ele insiste. - Você não vai sofrer pra sempre.

Suki:
- ERA O MEU PAI, ICHI...! ERA O MEU PAI, E ELE MORREU PRA ME PROTEGER! - grita, o
choro transbordando e escorrendo por seu rosto. - A MINHA MÃE, A MINHA MÃE QUEM---!

Maianne Ribeiro:
O rosto de Ichiro empalidece enquanto ele encara a garota.
- A... A sua mãe que..? - sussurra. "A mãe dela..?!"

Suki:
- Ela... Ela é um monstro...! - exclama, o rosto se contorcendo de dor e sofrimento
enquanto Leanne mergulhava nas memórias. - Ela tentou me matar, e destruiu tudo me
procurando pela casa até me achar... Até me achar escondida no armário... - diz,
recuando um passo antes de levar as mãos à cabeça. - ...eu...eu tentei correr. Eu
tentei correr, mas ela não deixou...

Maianne Ribeiro:
"Que... que horror..!" ele pensa, trêmulo.
- ...então.. então ele t-te... te protegeu... ele morreu te protegendo..?

Suki:
- E-em cima de... E-em cima de mim... - e assente com a cabeça. - E-ela atirou,
mas... Mas ele se jogou em cima d-de mim e...

- Já chega, Leanne. - Salem quem diz, saindo de baixo da cama, trêmulo. - Já... Já
chega.

Maianne Ribeiro:
- ...é. Já... já chega. - Ichiro sussurra, se recompondo, colocando as mãos nos
ombros de Leanne. - Respire fundo. Inspire... e expire. Devagar...

Suki:
A garota estremece com o toque, observando-o tal qual um filhote perdido, demorando
longos segundos até acompanhar as instruções de Ichiro.

- Obrigada... - murmura, alguns minutos depois.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - ele sussurra, gentil, fazendo um afago na pele dela. - Quer vir
comer..?

Suki:
Ela nega com a cabeça, fechando os olhos com o toque.

- Melhor... M-melhor não.

Maianne Ribeiro:
- Nada? Nada mesmo? - sussurra. - A comida daqui é bem diferente, não quer
experimentar?

qualquersuki:
Suki:
- Ela está prestes a vomitar. - Salem dedura, fazendo Leanne estremecer

Maianne Ribeiro:
- ...ah. Melhor não, mesmo. - ele ri, sem jeito. - Uma água, talvez?

Suki:
A garota nega com a cabeça novamente, encolhendo os ombros

- Pode trazer algo? Eu faço ela comer depois.

Maianne Ribeiro:
- Trago, trago sim. Eu não demoro. - diz, fazendo mais um afago em Leanne antes de
se afastar, apressado.
Suki:
- E você, vem. Banheiro, colocar isso pra fora e depois tomar banho. Você não pode
ser só um peso morto quando eles receberam a gente tão bem. - diz, arrancando um
riso, e depois uma gargalhada, ambos um tanto ácidos.

- Pode deixar, Salem. Meu cadáver não vai pesar em ninguém. - sibila, se afastando.

Maianne Ribeiro:
O rapaz volta algum tempo depois, trazendo consigo uma bandeja de comida. Tinha
ovos, arroz, e algumas comidas diferentes que Leanne nunca tinha visto..
- Licença. - Ichiro murmura, entrando no quarto.

Suki:
- Ela está no banheiro. Vomitando ou se limpando, não sei. - o gato murmura,
enrolado sobre si mesmo na cama. - ...obrigado, Ichiro.

Maianne Ribeiro:
- De nada. É o mínimo que eu posso fazer. - ele suspira.

Suki:
- É muito mais que o mínimo. Pode deixar aqui, eu encontro o caminho para a cozinha
depois e faço a Leanne lavar e guardar tudo.

Maianne Ribeiro:
- Não precisa. Basta deixar a bandeja do lado de fora, alguém vai recolher. -
murmura. - ...tem certeza que não precisam da minha ajuda?

Suki:
- Você deve ter coisas mais importantes pra se preocupar, garoto. - ele resmunga. -
Você e a sua família já fizeram muito por nós dois.

Maianne Ribeiro:
- Vocês são família, agora. - ele insiste, encarando Salem. - Não tem diferença.

Suki:
O gato revira os olhos, a cauda balançando suavemente atrás de si.

- Obrigado, Ichiro, mas eu assumo daqui. Não vamos dar trabalho.

Maianne Ribeiro:
- ...não é trabalho. - ele suspira. - Mas faça como preferir. Se precisar, basta me
chamar.

Com isso, Ichiro se afasta, incomodado. "Ela precisa de ajuda sim..."

qualquersuki:
Suki:
Já haviam se passado algumas horas desde o despertar de Ichiro quando Leanne enfim
sai do quarto. Usava um dos vestidos que Mitsuo lhe dera, comportada, e carregava a
bandeja vazia nas mãos, os passos bastante hesitantes.

- Ele disse que era só deixar no corredor. - Salem resmunga. - É bem claro que você
não deve sair, Leanne.

- Eu... Eu preciso compensar de algum jeito. - murmura, abatida e amedrontada. -


Pelo menos limpar a minha sujeira...

Maianne Ribeiro:
Sem saber o caminho, a garota acaba se perdendo pelos vários corredores, a cozinha
parecendo cada vez mais distante. Eventualmente, ela escuta vozes familiares:
Ichiro e Mitsuo, o homem parecendo dar ordens enquanto o mais novo soltava
exclamações de esforço, aparentemente em algum tipo de treino...

Suki:
Isso faz com que os passos de Leanne se tornem menores, mais silenciosos, enquanto
a garota se esgueirava para espiar o que estava acontecendo, confusa e curiosa...

"Não parece uma briga...", pensava.

Maianne Ribeiro:
A garota espia por uma fresta da porta, e enfim entende o que estava acontecendo.

Um treino. Ichiro repetia golpes com uma espada de bambu, atingindo um manequim em
vários pontos diferentes, enquanto Mitsuo parecia instruí-lo, com o olhar sério e
atento de um mentor. Vez ou outra, usava a própria espada para dar tapinhas no
rapaz, que logo corrige a postura, voltando aos golpes...

Suki:
"Eles lutam...!", pensa, encantada, observando a cena. O olhar tentava memorizar
cada golpe, cada avanço, cada lugar, um sorriso ameaçando surgir em seu rosto.

Maianne Ribeiro:
Algum tempo se passa até que ela sinta o olhar de Mitsuo caindo sobre ela, o homem
dando um sorriso pequeno enquanto gesticulava pra Ichiro parar.
- Pode entrar, se quiser. - chama.

- H-huh? Lea? - Ichiro murmura, enfim notando a presença da garota.

qualquersuki:
Suki:
Ela estremece, o som da louça tilintando com o movimento e o susto.

- Licença. - murmura, tímida, abrindo a porta com as costas antes de entrar.


- ...eu me perdi procurando a cozinha. - explica, tentando manter o olhar no chão,
mas constantemente olhando para Ichiro e o manequim.

Maianne Ribeiro:
- ...Ichiro?

- E-eu avisei que podia deixar na porta. - o rapaz murmura, suspirando. - Se quiser
esperar, eu te levo lá depois do treino.

Suki:
- Eu... Eu prefiro. - murmura, assentindo com a cabeça. - ...posso... Posso
assistir? Talvez eu aprenda alguma coisa. - diz, olhando para Mitsuo, esperançosa.

Maianne Ribeiro:
- Pode assistir, claro. - ele assente com a cabeça. - Ichiro. Continue.

- Hai! - ele assente com a cabeça, voltando à sequência de golpes, concentrado.

Suki:
- 'Obrigada, senhor Mitsuo.' - murmura, fazendo uma leve mesura antes de se
encostar na parede, voltando a observar tudo.

Maianne Ribeiro:
O treino ainda duraria por mais meia hora, até que enfim Mitsuo dispense Ichiro, o
rapaz pingando de suor enquanto tirava a parte de cima da proteção.
- 'Cansei...' - ele murmura pra si, recuperando o fôlego antes de se aproximar de
Leanne. - Vamos..?

Suki:
- Você precisa de um banho, primeiro, pelo jeito. - murmura, erguendo uma das
sobrancelhas. - ...mas isso foi incrível. - adiciona, rindo.

Maianne Ribeiro:
- Eu posso te levar até a cozinha primeiro, ora. - ele ri baixinho, sem jeito. -
Obrigado. Gostou da comida?

Suki:
- E eu posso esperar. - responde, sorrindo. - ...gostei sim. É diferente, mas eu
como qualquer coisa.

Maianne Ribeiro:
- Se você gostou, então ótimo. - ele sorri. - Vamos voltar aos quartos, então. Eu
não demoro no banho.

Suki:
- Não precisa se preocupar, pode demorar o quanto quiser. - diz, rindo baixinho.
- ...depois que eu lavar isso, pode me ensinar um pouco?

Maianne Ribeiro:
O rapaz a encara, e então dá um risinho.
- Só não conta pro meu pai. Ele é um velho preso no tempo, e acha que isso não é
coisa de menina. - ri.

qualquersuki:
Suki:
- Ele ficaria doido me vendo com um cabo de vassoura, então. - responde, dando
outro risinho. - Limpar é a parte mais chata do que dá pra fazer com uma.

Maianne Ribeiro:
- Ah, é? E o que mais dá pra fazer com uma? - ri.

Suki:
- Além de acompanhar solos épicos de guitarra? Lutar, óbvio! - ela ri, mais solta.
- O que você achou que seria?!

Maianne Ribeiro:
- Não sei, mas você precisa me mostrar depois! - ri, entrando no quarto. O ambiente
era bem arrumado, algumas pinturas decorando as paredes, vivas e cheias de cor.

Suki:
- ...uau. Uau, isso é lindo....! - comenta, prontamente se aproximando de uma das
pinturas, boquiaberta. - Parece até... Parece vivo...!

Maianne Ribeiro:
- Obrigado. - ele murmura, corando de leve.

Suki:
- Obri-- você quem fez?! - pergunta, se virando para ele de imediato, surpresa. -
Você?!

Maianne Ribeiro:
- É. - ele murmura, corando ainda mais, até as orelhas vermelhas.

Suki:
- Uau. Uau, Ichiro, isso é incrível! _Você_ é incrível! - diz, boba, abrindo um
imenso sorriso. - Caramba, esses lugares parecem tão reais e vivos que eu viveria
em qualquer um deles...!

Maianne Ribeiro:
- N-não é pra tanto... Digo, ficaram bonitas, mas... Mas e-eu ainda tenho muito pra
melhorar... - murmura, sem saber como aceitar o elogio.

qualquersuki:
Suki:
- Eu mal posso esperar pra ver o que você vai ser capaz de fazer, se é assim... -
comenta, se aproximando dele. - ...me chama na próxima vez que for pintar. Por
favor~?

Maianne Ribeiro:
- C-chamo sim. - ele murmura, esboçando um sorriso. - Pode deixar. Você também
gosta de pintar..?

Suki:
- Eu AMO pintar...! - diz, boba. - Não faço nada bonito como você, mas a sensação
da tinta no pincel é sem igual!

Maianne Ribeiro:
- Então a gente pode pintar junto. O que acha? - ri.

Suki:
- ...você não vai rir de mim, vai...? - pergunta, as bochechas vermelhas.

Maianne Ribeiro:
- Claro que não. Eu jamais faria isso!

Suki:
- E-eu não sei, eu não sou capaz de fazer coisas incríveis que nem você...!

Maianne Ribeiro:
- Não é isso que interessa, e sim a vontade de pintar. - sorri.

Suki:
- ...meu pai dizia a mesma coisa. - murmura, o sorriso mais sofrido no rosto. - Ele
sempre trazia coisas novas pra mim quando podia.

Maianne Ribeiro:
"Falei a coisa errada..?"
- Mm... Ele... Ele parecia ser um bom pai.

Suki:
- ...ele era. Sempre... Sempre me incentivando em tudo que eu queria: arte, luta,
dança, magia. - diz, desviando o olhar para baixo. - ....sempre me fazendo rir.

Maianne Ribeiro:
- ...eu sou ruim em fazer rir... - o rapaz murmura, sem jeito. - Mas... Mas eu
posso te ajudar no resto. Eu sei que não é a mesma coisa, mas...

Suki:
A garota suspira, fungando de leve.

- ...obrigada, Ichi. - murmura.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - murmura, afagando os cabelos dela.

qualquersuki:
Suki:
- ...É melhor você ir se limpar. - diz baixinho, manhosa.

Maianne Ribeiro:
- Eu não demoro. - diz, pegando uma muda de roupas antes de se afastar para o
banheiro.

Suki:
E Leanne apenas suspira, caminhando para observar cada pintura cuidadosamente...

Maianne Ribeiro:
De fato, Ichiro logo retorna, os cabelos ainda úmidos do banho, um sorriso leve no
rosto.
- Tava precisando... - ri.

Suki:
- Você continua molhado, só mudou a razão. - provoca.

Maianne Ribeiro:
- É diferente, agora é água limpa ao invés de suor. - ri.

Suki:
- Suor é só água suja. - provoca, mostrando a língua para ele.

Maianne Ribeiro:
- Exatamente, agora é limpa. - responde, risonho, segurando a língua dela.

Suki:
- Nn! Iio--! - reclama, corando violentamente

Maianne Ribeiro:
- Hah! A sua cara, perfeita! - provoca, soltando-a.

Suki:
- O-o que tem a minha cara?! - pergunta, bastante vermelha, encarando-o.

Maianne Ribeiro:
- Vermelhinha como um tomate. - ri.

Suki:
- Um-- ora, eu nem gosto de tomates!

Maianne Ribeiro:
- Mas parece um. - brinca, risonho. - Vem, vou te levar até a cozinha.

Suki:
- Obrigada, meus braços não aguentam mais carregar essa bandeja. - e ri,
acompanhando Ichiro.

Maianne Ribeiro:
- Deixa que eu carrego. - diz, pegando a bandeja. - Por que não deixou no corredor?

Suki:
- E-ei, devolve...! Eu preciso lavar isso...!

Maianne Ribeiro:
- Não, não precisa. - ele franze a testa.

qualquersuki:
Suki:
- Preciso, é claro que preciso, é o mínimo!

Maianne Ribeiro:
- Não, não precisa. Tem gente pra lavar os pratos, você não precisa fazer. -
comenta.

Suki:
- É o mínimo, Ichiro. - insiste. - Eu lavava os pratos em casa, quem dirá aqui que
eu sou visita. - resmunga.

Maianne Ribeiro:
- Mas você não é visita. - ele franze a testa. - Você é minha irmã.

Suki:
- Ichiro... - ela revira os olhos, as bochechas vermelhas. - Eu sou só... Só alguém
que seu pai pegou por pena. Eu... O Salem me contou o estado que eu tava. -
murmura.

Maianne Ribeiro:
- Você está errada.

A voz de Mitsuo se faz ouvir, o homem se aproximando dos dois.


- Eu não traria "só alguém" para a minha casa. - murmura. "Especialmente a filha de
uma marechal da inquisição."

Suki:
A garota congela no lugar, empalidecendo violentamente antes de se virar com uma
mesura profunda.

- 'Desculpe, senhor Mitsuo.' - diz, Salem prontamente se colocando na frente dela,


protetor.

Maianne Ribeiro:
- Desculpas são efêmeras. Ações dizem mais que palavras. - ele murmura, fazendo um
afago nos cabelos de Leanne antes de se afastar.

Suki:
"O que...?", pensa, atordoada, tendo se encolhido com a proximidade dele.

- ...ele te machucou? - Salem pergunta de imediato, ao perceber que Leanne não


erguia o próprio corpo. - Lea, ele fez alguma coisa?!

Maianne Ribeiro:
- N-não, claro que não! Ele não faria isso! - Ichiro exclama.

qualquersuki:
Suki:
- Eu não sei, eu não conheço a magia de vocês...!

- Ele só... Só fez carinho. - diz, ajeitando a postura devagar, olhando ao redor,
ainda bastante confusa. - ...Ichi, a cozinha.

Maianne Ribeiro:
- A cozinha. - ele murmura, voltando a guiar Leanne, sem jeito.
Suki:
E ela não diz mais nada, se limitando a tentar gravar o caminho, apesar de
claramente distante...

"O que ele quis dizer com aquilo...?", pensa, um tanto perturbada.

Maianne Ribeiro:
- Aqui. - Ichiro murmura, entrando na cozinha com Leanne. Haviam algumas pessoas
lá, umas cuidando da louça, outras cozinhando, todos cumprimentando os dois ao
entrarem.

Suki:
E a garota retribui o cumprimento, educada, olhando para Ichiro, um tanto
nervosamente.

- A minha dona gostaria de lavar os próprios pratos. - Salem diz, se aproveitando


da própria magia para se fazer entender.

Maianne Ribeiro:
O rapaz encarregado da louça o encara, um tanto surpreso, e então dá espaço pra
Leanne, indicando a pia.

Suki:
- 'Obrigada.'- diz, fazendo uma mesura antes de se aproximar.

Duas coisas eram fáceis de perceber ali: a primeira era que, apesar da idade,
Leanne já estava plenamente acostumada a afazeres domésticos, limpando tudo
rapidamente com maestria.

E a segunda era que, também apesar da idade, ela era muito mais alta do que a pia.

Maianne Ribeiro:
Ichiro apenas aguarda em silêncio, encostado em uma das paredes. Quando a garota
termina, o rapaz de antes lhe agradece, se curvando antes de voltar aos afazeres.

Suki:
- Ela disse que é um prazer, e pediu desculpas por ter te atrapalhado. - Salem
explica, balançando o próprio corpo e acompanhando Leanne quando ela se afasta com
uma das mãos na lombar.

- Essa pia é baixinha que nem a do banheiro... - resmunga para si.

Maianne Ribeiro:
- Você que é alta. - brinca. - Nós estamos acostumados, aqui.

qualquersuki:
Suki:
- Eu nem sou tão alta...! Meu irmão é maior! - reclama.

Maianne Ribeiro:
- Você é bem alta sim. - ri.

Suki:
- Eu vou precisar me alongar bastante, pelo jeito... - resmunga.

Maianne Ribeiro:
- Vai sim. - ele ri baixinho. - Mas você se acostuma.

Suki:
- Eu vou precisar... - e suspira.

Maianne Ribeiro:
- Daqui a pouco você já nem vai mais reparar. - ri.

Suki:
- Minha coluna vai! - reclama

Maianne Ribeiro:
- Eu não posso ajudar nisso, desculpe. - ri.

Suki:
- Vai ajudar nos meus alongamentos!

Maianne Ribeiro:
- Isso eu posso ajudar sim. - ri, abaixando a voz pouco depois. - O meu pai sai
depois do almoço, aí a gente pode ir pro dojo e você me mostra como você luta!

Suki:
- ...perfeito! - ela assente com a cabeça, visivelmente empolgada, falando
baixinho. - Eu vou adorar treinar com você!

Maianne Ribeiro:
- Eu também. Vai ser divertido! - ri, alegre.

qualquersuki:
Suki:
- Ainda mais que você luta bem diferente!

Maianne Ribeiro:
- Bem diferente, é? Agora eu tô mais curioso pra ver o seu estilo!

Suki:
- Vai beijar o chão! - provoca.

Maianne Ribeiro:
- Ah, é? Quero só ver. - e sorri, confiante.

Suki:
- E vai ver, mesmo!

Maianne Ribeiro:
- Não reclame quando apanhar. - provoca.

Suki:
- Você não é louco de bater numa mulher~!

Maianne Ribeiro:
- Não é bater, é uma luta, é diferente!

Suki:
- É bater~ - provoca.

Maianne Ribeiro:
- Não sabia que eu tava falando com um clone do meu pai~

Suki:
- Ichiro...! - ela gargalha, as bochechas corando. - Agora eu quem vou te bater! -
provoca, dando alguns tapinhas leves no ombro dele.
Maianne Ribeiro:
- Ai, ai, socorro, alguém me ajuuuude~ - ele ri, bobo.

Suki:
- Ninguém vai te ajudar a fugir de mim~

Maianne Ribeiro:
- Eu não preciso fugir, eu vou ganhar!

Suki:
- Isso é o que vamos ver!

Maianne Ribeiro:
- Vamos mesmo. - ri. - Quer ir pintar? Eu tenho prática agora.

qualquersuki:
Suki:
- ...prática....? Como... como aulas? - pergunta, curiosa.

Maianne Ribeiro:
- Não, só praticar mesmo. Um treino. - comenta.

Suki:
- ...vou poder praticar com você? Eu preciso pegar as minhas canetas no quarto, se
é assim!

Maianne Ribeiro:
- Claro que pode. - ele ri. - Mas minha prática é diferente, não é com caneta.

Suki:
- ...não é? - ela franze a testa. - Pincel, então?! - pergunta, mais animada.

Maianne Ribeiro:
- Também não. - ele ri. - Você vai ver.

Suki:
- ...então eu pego ou não as canetas?!

Maianne Ribeiro:
- Pode pegar, minha prática vai ser diferente da sua. - ri.

Suki:
- Me leva de novo até o quarto, então? É rápido, eu prometo, ainda tá tudo na
mochila!

Maianne Ribeiro:
- Levo, levo sim. - ele ri, guiando a garota.

Suki:
- Obrigada, Ichi! - diz, segurando a mão dele. - Eu vou fazer um mapa da casa pra
me ajudar, mais tarde!

Maianne Ribeiro:
- Aposto que daqui a pouco nem vai precisar mais. - sorri.

Suki:
- Eu sou boa com caminhos, e o Salem é ainda melhor, então espero mesmo não
precisar!
Maianne Ribeiro:
- Ah, daqui a pouco já estão se virando, com certeza. - ri.

qualquersuki:
Suki:
- Se ele puder perambular sozinho pela casa, mais ainda. - diz, esboçando um
sorrisinho sem jeito.

Maianne Ribeiro:
- Pode, pode sim. Todos já foram avisados. - ele comenta. - Só tem algumas salas
que são proibidas, mas algumas nem eu posso entrar, então é normal.

Suki:
- E essas salas são sinalizadas, ou...? - pergunta, mais pálida. - O Salem é um
gato bastante curioso.

Maianne Ribeiro:
- Tem sempre alguém na frente, ou é trancado. Ele não vai se enfiar onde não deve.
- ri.

Suki:
- ...ufa. - diz, levando uma das mãos ao peito. - Não quero problemas...

Maianne Ribeiro:
- Não vai. - ri, parando na frente do quarto. - Vai lá, pega sua mochila. Eu espero
aqui.

Suki:
- Não demoro. - diz, encostando a cabeça no ombro dele de leve antes de entrar. De
fato, não demoraria a voltar com a mochila felpuda em um dos ombros, sorridente. -
Vamos~!

Maianne Ribeiro:
- Vamos. - ele ri baixinho, guiando Leanne até a sala de arte. "Me pergunto que
cara ela vai fazer quando souber..."

Suki:
- É um estúdio todo de arte...? - pergunta, curiosa, olhando ao redor. - Fica mais
isolado assim mesmo?

Maianne Ribeiro:
- É, mais ou menos.

Ele ri baixinho, abrindo a porta. Haviam várias outras pinturas na sala, mas o que
mais chamava a atenção eram as fotos: apesar da variedade de desenhos e de pessoas,
todas elas eram de tatuagens.
- Pode sentar do meu lado, se quiser. - diz, indicando uma bancada grande, a
máquina de tatuagem apoiada sobre ela.

qualquersuki:
Suki:
- Isso é... Você é tatuador?! - pergunta, encantada, se adiantando para dentro do
estúdio para observar as fotos e desenhos mais de perto. - Você quem fez isso
tudo?! Dói muito?! Desde quando? Isso não é ilegal?!

Maianne Ribeiro:
- Ainda não. Não. Depende do lugar. Já tem uns anos. Sim. - ele ri, surpreso com a
torrente de perguntas.
Suki:
- Me mostra o que você já fez! - pede, voltando para perto dele, empolgada. - Você
tem alguma tatuagem? E como assim é ilegal e você não liga?! O seu pai não liga?!
Faz uma em mim?!

Maianne Ribeiro:
- Eu nunca tatuei ninguém, só pele artificial. - ele ri. - Tem algumas fotos no meu
celular. E eu tenho algumas tatuagens sim, quer ver?

Suki:
- Quero, quero, quero! - diz, empolgada, dando pequenos pulinhos no mesmo lugar.

Maianne Ribeiro:
O rapaz solta um risinho, abrindo a jaqueta do kimono. Os ombros e as costas de
Ichiro tinham várias tatuagens, algumas parecendo incompletas, como um mural que se
formava pouco a pouco.

Suki:
- Uau! Uau, uau, uau...! - ela gargalha, empolgada, passando os dedos pelas
tatuagens sem pudor algum, andando ao redor do rapaz para ver melhor. - Eu preciso
ser assim um dia...!

Maianne Ribeiro:
- Você pode, sendo parte da família. - comenta. - Sendo parte dos negócios da
família.

Suki:
- ...dos negócios...? - pergunta, curiosa, erguendo as sobrancelhas e parando de
andar para encará-lo. - Como assim?

Maianne Ribeiro:
- É. Dos negócios. - ele murmura, ajeitando o kimono pra encarar a garota de volta.
- ...yakuza. Já ouviu falar?

qualquersuki:
Suki:
O queixo de Leanne teria ido ao chão se os músculos não o sustentassem, toda a cor
fugindo do rosto da menina.

- Yakuza...? A... A máfia...? - pergunta um tanto baixinho, hesitante.

Maianne Ribeiro:
- É. - ele assente com a cabeça. - Mas se não quiser, não precisa.

Suki:
- Eu... É *claro* que eu quero...! - ela gargalha. - Isso é incrível, vocês são
incríveis...!

Maianne Ribeiro:
O rapaz hesita, encarando-a, surpreso.
- S... Sério? - ele murmura, desajeitado.

Suki:
- É claro que sim! Justiça com as próprias mãos, um estilo de vida independente do
governo, armas e tatuagens legais!

Maianne Ribeiro:
Ichiro ri, balançando a cabeça. "Que fofa, ela toda encantada assim."
- Vamos conversar com o meu pai depois, então. Ele vai te acolher de braços abertos
ao núcleo interno da família.

Suki:
- Mesmo?! Eu posso?! - pergunta, o sorriso se abrindo no rosto. - ...por isso as
salas fechadas?!

Maianne Ribeiro:
- Por isso as salas fechadas. - ri.

Suki:
- Eu mal posso esperar pra saber o que tem dentro delas...! - e ri, empolgada.

Maianne Ribeiro:
- Algumas nem eu sei, tá? Depende bastante. - ele ri baixinho.

Suki:
- Eu vou descobrir! Vou merecer descobrir! - diz, confiante.

Maianne Ribeiro:
- Quero só ver. - ri. - Quero mesmo!

qualquersuki:
Suki:
- Você vai beijar o chão, eu já disse!

Maianne Ribeiro:
- Vou nada. - provoca, risonho. - Mas agora, pintar. E tatuar, eu preciso praticar
mais!

Suki:
- Tudo bem, tudo bem, foco no agora! - e assente com a cabeça, puxando Ichiro pela
mão para perto da bancada. - ...ei. Quando você puder fazer uma tatuagem em mim
você me avisa?

Maianne Ribeiro:
- Aviso sim. - o rapaz sorri, bobo. - Você vai ser a primeira.

Suki:
- Promessa? - pergunta, erguendo o mindinho da mão direita na direção dele.

Maianne Ribeiro:
- Promessa. - sorri, entrelaçando o mindinho com o dela.

Suki:
- Já vou começar a pensar na ideia, então! - e ri, boba, dando uma cabeçada de leve
na testa dele antes de soltá-lo.

Maianne Ribeiro:
- À vontade. - ele ri baixinho, sentando à mesa pra arrumar os equipamentos.

Suki:
- Onde eu fico? - pergunta, hesitante, observando o que ele fazia.

Maianne Ribeiro:
- Pode sentar do meu lado. Eu não vou tomar tanto espaço. - comenta.

Suki:
- Mas eu vou~ - brinca, se ajeitando ao lado de Ichiro cuidadosamente. - Ah, não,
mais uma mesa baixinha... - resmunga.

Maianne Ribeiro:
- Você se acostuma. - ele ri, bobo.

Suki:
- Minhas costas não vão aguentar! - choraminga, abrindo a mochila para tirar as
próprias coisas de dentro dela.

Maianne Ribeiro:
- Eu vou pedir umas mesas maiores pro meu pai. - ri. - Ao menos pro seu quarto.

Suki:
- N-não precisa, Ichiro... - murmura, negando com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Precisa sim, ora. Você é família, lembra? - sorri.

qualquersuki:
Suki:
A garota hesita, mas acaba por esboçar um sorriso tímido.

- ...lembro. Valeu, Ichi.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - sorri, afagando os cabelos dela.

Suki:
- ...desenho? - pergunta, indicando os materiais dele com o queixo.

Maianne Ribeiro:
- Desenho. - ele sorri, voltando a ajeitar os materiais, cuidadoso.

Suki:
E Leanne ainda faz menção de perguntar algumas coisas, mas acaba por deixar pra lá,
abrindo o próprio caderno e separando as canetas coloridas.

Era perceptível que o caderno de Leanne era um pedaço da alma da garota: entre
desenhos e escritas, tudo era bastante colorido e bem feito. Muitas das páginas
tinham adesivos brilhantes e bonitos, e outras tinham pequenas folhas ou fotos, as
folhas de papel grossas o suficiente para aguentar tintas e cores de origens
variadas.

Maianne Ribeiro:
O rapaz se concentrava no próprio treino, mas vez ou outra olhava pro lado,
observando Leanne.
- Seu caderno é bonito que nem você. - ele murmura, sorrindo.

Suki:
- O--! - a garota o encara, corando violentamente. - I-Ichiro...!

Maianne Ribeiro:
- O que foi? - ele ri. - Eu não falei nada de mais!

qualquersuki:
Suki:
- E-eu não sou tão bonita assim...! - diz, tímida.

Maianne Ribeiro:
- É sim. - ele dá de ombros.

Suki:
A garota infla as bochechas.

- Você quem é, com esse olho claro nojento! - provoca.

Maianne Ribeiro:
- Olha quem fala, seus olhos também são claros! - ri.

Suki:
- Mel não é claro! - retruca, cruzando os braços. - É só um castanho chique!

Maianne Ribeiro:
- ...mel? - ele franze a testa. - Não, seus olhos são verdes, bem clarinhos...

Suki:
- Verdes? - ela imita o gesto dele antes de abrir bem as pálpebras, aproximando o
rosto do de Ichiro. - Claro que não, olha direito!

Maianne Ribeiro:
- ...v-verdes. Eu tô vendo. - murmura, confuso. - De onde você tirou 'mel'..?

Suki:
- ...de onde? É a cor deles, Ichiro! Eu sou toda bronze e mel, do cabelo à pele! -
diz, orgulhosa, voltando a cruzar os braços e inflando as bochechas.

Maianne Ribeiro:
- ...huh? - ele murmura, genuinamente confuso, encarando a garota de cima a baixo.
- Bronze e... mel..?

Suki:
- É, Ichiro...! - responde, passando algumas páginas no caderno, procurando uma
foto com a própria família. - Aqui!

Maianne Ribeiro:
Ele hesita, encarando a foto por longos instantes.
- ...você é... parecida com a sua família..? - Ichiro pergunta baixinho.

qualquersuki:
Suki:
- ...sou, é... é claro que eu sou! - responde, ofendida. - Que tipo de pergunta é
essa?!

Maianne Ribeiro:
- ...pra... pra mim, não parece. - ele sussurra. - Por algum motivo... você parece
bem diferente deles.

Suki:
- ...como... como assim....? - pergunta, estremecendo enquanto o rosto perdia toda
a cor.

Maianne Ribeiro:
- Eu... eu não sei. Mas quando eu olho pra você, sua pele é bem mais clara, seus
cabelos são lisos, quase brancos, e seus olhos são verdes... - responde.

Suki:
O queixo de Leanne vai caindo aos poucos, confusa, os olhos se enchendo de
lágrimas.
- ...foi a Caroline. - Salem quem diz, pulando sobre a mesa.

Maianne Ribeiro:
- A mãe dela..? Como a— magia, é claro. Ela lançou algum encantamento?
"Mas ela não é do exército..?"

Suki:
- Uma maldição. - o gato explica, enquanto Leanne parava de reagir, os olhos
perdendo o foco enquanto ela começava a tremer violentamente. - Pra que ninguém a
conhecesse de verdade como ela é.

Maianne Ribeiro:
- ...isso é... horrível... - ele sussurra, estremecendo. - Nós precisamos dar um
jeito de desfazer essa maldição..!

Suki:
E a garota nem sequer reage, travada, o olhar e a mente presos no passado, no
assassinato do pai, no sangue quente escorrendo sobre o próprio corpo...

- LEANNE! - Salem chama, se erguendo nas patas traseiras para bater de leve no
rosto da menina com as dianteiras. - Leanne, acorde, você não está mais lá!

Maianne Ribeiro:
- Lea. Lea, olha pra mim. Se concentra em mim e no Salem, nas nossas vozes. - diz
Ichiro, tentando trazê-la de volta para o momento.

qualquersuki:
Suki:
A garota move o olhar para Ichiro com dificuldade, tremendo violentamente.

- ...i... Ichi. Ichi. Mm. Ichiro. - sussurra, sem mudar a própria expressão, quase
como uma repetição vazia.

Maianne Ribeiro:
- Isso. Ichiro. Olha pra mim, fala comigo. - pede.

Suki:
- Ichi... N-não, eu... E-eu... Lucca, p-pai, eu...!

- Garoto, quanta magia você tem? - o gato pergunta, se enfiando dentro da mochila
de Leanne.

Maianne Ribeiro:
- O suficiente. - ele responde. - Por quê?

Suki:
- Abra isso e busque A Temperança. - diz, puxando um saco de veludo púrpura até
ficar em frente a ele. - Concentre-se e peça ajuda.

Maianne Ribeiro:
- A Temperança..? - ele murmura, confuso, apesar de fazer como Salem pedira.
"Tarô..?"

Suki:
- Procure a carta, se concentre nela, sinta a sua magia fluindo pelos seus dedos e
invocando o poder. - instrui, claramente preocupado apesar de tentar manter a voz
serena.
Maianne Ribeiro:
- ...certo... - ele sussurra, se concentrando na carta, a energia fluindo das mãos
para o papel...

Suki:
E logo ele consegue sentir a presença de algo além, muito além, do que ele jamais
experienciara.

Diante dos olhos de Ichiro surgia uma mulher, o rosto doce e tranquilo, que logo se
transforma em preocupação ao ver o estado de Leanne.

- O que você deseja, Invocador? - pergunta, se virando para Ichiro respeitosamente,


apesar do olhar ainda na garota.

- Calma. Ele precisa da Leanne calma. Certo, garoto?!

Maianne Ribeiro:
- E-exatamente. - ele murmura, as pernas fraquejando. "Precisa de muita magia pra
uma invocação dessas..!" - Acalma a Lea, por favor..!

qualquersuki:
Suki:
- Fique sentado, garoto, não precisamos que você caia no chão e se machuque também!
- Salem exclama, ao que a Arcana suspira suavemente.

- Como quiser, jovem Invocador. - sussurra, envolvendo Leanne com os braços


carinhosamente, os tremores da garota diminuindo aos poucos enquanto a
tranquilidade se espalhava pelo cômodo, plena e serena de um jeito que Ichiro
sequer sabia ser possível sentir...

Maianne Ribeiro:
"...uau..." ele pensa, se acomodando novamente na cadeira, observando a Arcana
boquiaberto. "Que... que incrível..."

Suki:
- ...obrigada, Temperança... - Leanne sussurra, algum tempo depois, esboçando um
sorriso tranquilo, confortável. - Eu precisava disso...

- Nos Invoque quando precisar, pequena. Nós somos Seus enquanto durarmos. -
sussurra, beijando-lhe a testa antes de desaparecer, se materializando na carta nas
mãos de Leanne, brilhante.

Maianne Ribeiro:
Ichiro leva um tempo pra enfim quebrar o silêncio, recuperando o fôlego.
- O que foi isso..?

- Pergunto o mesmo. O que foi isso?


Mitsuo abrira a porta do estúdio, a expressão séria, preocupada...

Suki:
- Uma Arcana. - Leanne responde, a carta ainda nas mãos, olhando de um para o
outro. - Uma das arcanas do ta--- do meu tarô. Temperança.

- Algum problema com invocações dentro da mansão...? - Salem pergunta, alerta.

Maianne Ribeiro:
- ...não. Problema algum. Eu senti o poder, e fiquei preocupado, só isso. - ele
suspira, mais aliviado. - Arcana. Você tem o tarô inteiro?
qualquersuki:
Suki:
- Os maiores. Sim. - ela assente com a cabeça, puxando o baralho para perto e
abrindo as cartas sobre a mesa como um leque virado para que Mitsuo pudesse vê-las.
- Era do meu pai, mas... Mas ele me deu, e tava me ensinando a usar.

Maianne Ribeiro:
- E você consegue invocá-las? - pergunta.

- Quem invocou essa fui eu. Temperança, pra acalmar a Lea. - Ichiro comenta. - O
Salem me instruiu.

Suki:
- Não é difícil, mas o baralho precisa te aceitar. - o gato explica. - Essa parte é
mais complicada.

- Como eu cresci com eles, e eles me conhecem bem, herdar as cartas foi natural. -
Leanne ri, um casal seminu surgindo atrás dela, cada um colocando uma mão em um de
seus ombros. - ...É natural.

Maianne Ribeiro:
- Mm. Continue cultivando o seu poder. Você tem bastante potencial. - o homem
murmura.

Suki:
- ...obrigada, senhor Mitsuo. - diz, fazendo uma mesura enquanto o casal
desaparecia. - Espero que o tarô não seja um problema na sua casa.

Maianne Ribeiro:
- Não, não é. Não se preocupe. - ele nega com a cabeça.

Suki:
- Obrigada.

- ...qual a sua verdadeira impressão? - Salem questiona, encarando o mais velho. -


Você veio até aqui só pra dizer isso?

- Salem...! - reclama, puxando a orelha do familiar, surpresa.

Maianne Ribeiro:
- Eu vim até aqui pra entender por que uma criatura poderosa tinha sido invocada
dentro dos meus domínios. - ele responde, sem se abalar. - Agora eu sei o motivo.

Suki:
O gato chia em desaprovação, se enfiando dentro da mochila da dona, incomodado.

- D-desculpe por isso, senhor Mitsuo... - diz, fazendo uma mesura profunda,
bastante pálida.

Maianne Ribeiro:
Ele dispensa as desculpas com um gesto, suspirando.
- Se comportem. - murmura, se afastando logo depois.

qualquersuki:
Suki:
- Parabéns, Salem...! - reclama, dando um tapinha na mochila, trêmula. - Mais um
pouco da sua grosseria e ele vai colocar a gente na rua!

Maianne Ribeiro:
- Ele não vai, claro que não..! - Ichiro exclama.

Suki:
- Ele que coloque. - o gato bufa. - Ele esconde alguma coisa, e enquanto eu não
souber o que é, eu não confio nele!

- O tarô deixou o Ichiro invocar uma carta, então confia pelo menos _nele_!

Maianne Ribeiro:
- Todo mundo esconde coisas, Salem. Ninguém é exceção. - o rapaz suspira.

Suki:
- Eu não gosto de segredos. - insiste, irritado.

- _Você_ é um segredo, seu bobo!

Maianne Ribeiro:
- Teimoso... - Ichiro solta um risinho.

Suki:
- Ele é. Sempre foi, mas piorou. - Leanne resmunga.

Maianne Ribeiro:
- Um dia ele aprende. - ri. - Voltar a desenhar?

Suki:
- Vamos, vamos sim. Eu já te atrapalhei demais. - e suspira.

Maianne Ribeiro:
- Não atrapalhou nada, não se preocupe. - ele sorri, pegando a pistola de tatuagem
novamente. "Vamos ver se eu vou conseguir tatuar depois disso tudo..." pensa,
exausto.

Suki:
Leanne o encara por alguns segundos, mas logo suspira e volta a prestar atenção no
próprio caderno. Apesar disso, não demoraria a cair no sono, cansada depois dos
últimos dias quase sem descanso..

Maianne Ribeiro:
O próprio Ichiro acabaria adormecendo algum tempo depois, igualmente exausto, o
rosto apoiado nos braços.

Eventualmente, os dois sentiriam mãozinhas futucando-os, Chiaki sorrindo enquanto


tentava acordar os dois.
- 'Almoço'! Moço! - repetia, risonha.

qualquersuki:
Suki:
Leanne resmunga baixinho com a menina, entreabrindo os olhos antes de bocejar e
ajeitar a própria postura.

- Eu dormi...? - pergunta para si, olhando ao redor. - Chiaki! ...Imouto!

Maianne Ribeiro:
- Nee-san! - ela ri, boba, fazendo gesto de comer. - Moço, moço!

- "Almoço", Chiaki. - Ichiro ri baixinho, esfregando os olhos.

- 'Isso', amoço!
Suki:
- Almoço. - murmura, assentindo com a cabeça. - Como se fala mesmo, Ichi...? -
pergunta, ajeitando o cabelo dele, cuidadosa.

Maianne Ribeiro:
- Hirugohan. Almoço. - ele ensina, sorrindo. - Obrigado...

Suki:
Leanne repete a palavra algumas vezes baixinho, folheando o caderno até chegar no
pequeno dicionário feito durante a viagem para anotar a palavra em caneta colorida.

- Pronto! Podemos ir!

Maianne Ribeiro:
- Mm, vamos. - ele sorri, se esticando ao ficar de pé, quase como um gato.

- 'Eu levo!' - Chiaki ri, puxando os dois pelo corredor.

Suki:
- Você fez igual ao Salem. - provoca, baixinho, se deixando levar pela mais nova.

- Eu sou muito mais gracioso. - resmunga, pulando em um dos ombros dela.

Maianne Ribeiro:
- É nada. - Ichiro provoca.

- 'Gatinho!' - Chiaki murmura, boba.

Suki:
- 'Eu não sou só um gatinho, criança.' - resmunga.

- Mas ainda é um filhote, Salem!

- Silêncio!

Maianne Ribeiro:
- 'É um gatinho que fala!' - a menina ri.

qualquersuki:
Suki:
- 'Eu não sou um gatinho!' - insiste, chiando.

- Salem, assim você vai assustar ela...!

Maianne Ribeiro:
E de fato, a menina se cala, mais amuada, os ombros baixos.

- Não assusta a minha irmã. - Ichiro resmunga.

Suki:
- Peça desculpas, Salem. - resmunga, pegando o gato pelo pescoço.

- 'Desculpe, Chiaki.' - murmura, contrariado.

Maianne Ribeiro:
- 'Gato bobo...' - ela resmunga baixinho.

Suki:
Ele resmunga, se soltando da mão de Leanne antes de se afastar pelo corredor.

- Estúpido... - Leanne sussurra, irritada.

Maianne Ribeiro:
- Ele é uma criança mesmo. - Ichiro resmunga.

Não demora para que os três cheguem à sala de jantar, Mitsuo e Setsuna já esperando
os dois.
- Olá, crianças... - ele murmura, franzindo a testa de leve. - 'Chiaki, o que
houve?'

- 'O gato bobo foi bobo.' - ela resmunga, se largando no próprio lugar.

Suki:
- 'Que gato, querida...?' - pergunta, preocupada, indo afagar os cabelos dela.

Maianne Ribeiro:
- 'O gato da Lea, o Salem.' - Ichiro que responde. - 'Ele é meio cabeça-dura.'

qualquersuki:
Suki:
- 'Oh. Isso nós percebemos no nosso primeiro encontro, infelizmente.' - e suspira.
- 'Mas não se preocupe, querida, tenho certeza que ele vai adorar você.'

Maianne Ribeiro:
- 'Eu não vou adorar ele. Hunf!' - ela resmunga, cruzando os braços.

- Não dou uma semana pra ela tar dormindo agarrada com o Salem. - Ichiro provoca
baixinho.

Suki:
Isso faz Setsuna rir baixinho, suave, cobrindo os lábios com uma das mãos.

- 'Amigos às vezes não se dão bem de início, querida. É normal.'

Maianne Ribeiro:
- 'Ele não é meu amigo!'

- Três dias. - Ichiro ri.

Suki:
- 'Mas ele pode se tornar. Você não quer mais um amigo?' - pergunta, gentil,
afagando os cabelos dela.

Leanne, por sua vez, parecia completamente alheia à conversa, se limitando a


observar a cena em silêncio.

Maianne Ribeiro:
- ................................'quero'. - ela murmura.

- Quer que eu traduza? - Ichiro sussurra baixinho pra ela.

Suki:
- 'Então não se feche tanto, nem feche essa carinha linda.' - pede, beijando a
testa dela.

- ...huh? - pergunta, se virando para ele, as bochechas vermelhas.


Maianne Ribeiro:
- ...'beijinho da mãe...' - ela ri, boba.

- Quer que eu traduza? - Ichiro solta um risinho.

Suki:
- 'Boa menina.' - diz, afagando os cabelos dela antes de se ajeitar no próprio
lugar.

- N-não precisa... - murmura, tímida.

Maianne Ribeiro:
- 'A melhor!'

- Foi só manha da Chiaki, ela dizendo que nunca vai ser amiga do Salem. Quero só
ver!

qualquersuki:
Suki:
- E-entendi. Obrigada, Ichiro... - murmura, colocando a mão em uma das coxas dele
em sinal de agradecimento.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - ele sorri, bobo.

- Vamos comer, então? - Mitsuo sorri, indicando os pratos já servidos. -


Itadakimasu.

- Itadakimasu! - Ichiro repete, começando a comer.

Suki:
Leanne repete a palavra em voz baixa, bastante tímida, hesitando ao pegar o hashi.

"Como... Como eu uso isso...?", pensa, atrapalhada, olhando da própria mão para os
outros.

Maianne Ribeiro:
- ...mm? Ah, verdade, vocês não aprendem a usar hashi..! - Ichiro dá um tapa na
própria testa, e então mostra a própria mão pra Leanne. - Aqui, ó. Segura assim...
- diz, ensinando a garota, cuidadoso.

Suki:
- Isso... Isso parece complicado... - murmura, atrapalhada, ajustando o hashi com a
outra mão, os dedos tremendo.

Maianne Ribeiro:
- Você acostuma. - ele ri baixinho. - Quer um garfo? Nós temos alguns.

Suki:
- N-não sei. - admite, nervosa. - ...eu... - e comprime os lábios.

"Eu tô com vergonha de tentar...!"

Maianne Ribeiro:
- ...você..? - ele insiste, tentando fazer a garota se abrir.

Suki:
- Você precisa tentar. - Setsuna quem diz, ficando de pé. - Ichiro, traga a minha
cadeira. - pede, pegando o próprio prato antes de se aproximar de Leanne.
- N-não precisa...!

Maianne Ribeiro:
- Sim, senhora. - ele assente com a cabeça, movendo a cadeira pra Setsuna.

Suki:
- 'Obrigada.' - murmura, se sentando ao lado de Leanne, os joelhos tocando os dela.
- Eu ajudo.

- ...eu... O-obrigada, Setsuna... - murmura, esboçando um sorriso aliviado, tímido,


mas bastante verdadeiro.

Maianne Ribeiro:
A expressão de Mitsuo muda ao ouvir as palavras de Leanne, parecendo um tanto
contrariado, até... infantil, talvez? "Ora, só eu sou 'senhor'..?" pensa, focando
na própria comida.

qualquersuki:
Suki:
E Setsuna claramente percebe a mudança de expressão no marido, vez ou outra
lançando um olhar para ele com um sorrisinho compreensivo, antes de voltar a ajudar
Leanne, comendo no mesmo ritmo da menina para que ela não se sentisse
pressionada...

Maianne Ribeiro:
"...eu sei, eu sei..." pensa, soltando um resmungo baixinho, comendo um pouco mais
devagar também.

Suki:
E os minutos se passam nesse conforto, enquanto Leanne aos poucos parecia mais
confortável com o hashi, suspirando aliviada quando consegue terminar a refeição.

- Muito obrigada, Setsuna... - murmura, abraçando a mulher, carinhosa. - A comida


tava uma delícia, eu não teria conseguido aproveitar sem você ~!

Maianne Ribeiro:
- Que bom que você gostou da comida daqui, eu sei que é bem diferente da de lá. -
Ichiro ri de leve.

Suki:
- Bem, _bem_ diferente! - ela ri. - Mas eu me acostumo, já disse que como de tudo!

- Assim que é bom. Comer para crescer saudável. - diz, afagando os cabelos da
menina.

Maianne Ribeiro:
- Quem precisa crescer sou eu, do lado dela! - Ichiro ri.

Suki:
- Todos nós precisamos, de certa forma. - e ri, suave. - Aos quinze anos ela vai
estar passando pelo teto!

- N-nem tanto, eu já tenho catorze...! - responde, corando.

Maianne Ribeiro:
- Exatamente, só tenho mais um ano pra crescer! - Ichiro brinca.

Suki:
- Ichiro...! - reclama, corando ainda mais antes de dar um tapinha em um dos braços
dele.

Maianne Ribeiro:
O rapaz apenas ri, bobo.
- Eu nem tenho esperanças, já sei que você vai ser maior que eu.

qualquersuki:
Suki:
- Não é assim!

- Você é a maior de nós, pequena. Carregue esse fardo com sabedoria.

Maianne Ribeiro:
- Bastante sabedoria! - brinca.

Suki:
- Ichiro...! - reclama, dando outro tapa nele.

Maianne Ribeiro:
- Ai, ai, não bate! - ri.

Suki:
- E-eu vou te bater sim! Você provoca muito!

Maianne Ribeiro:
- Só um pouco! - ri.

Suki:
- Um pouco não, um monte! - insiste.

- Já chega, crianças. - Setsuna ri, ficando de pé com cuidado. - Vocês tem muito o
que fazer e onde gastar essa energia toda.

Maianne Ribeiro:
- Temos mesmo, sempre. - ele ri baixinho. - Parei, juro.

Suki:
- Vão, vão, vão. Eu vou levar a Chiaki para as aulas dela. - diz, estendendo uma
das mãos para a filha mais nova. - 'Vamos, querida, vamos estudar.'

Maianne Ribeiro:
- 'Aw, precisa?' - a menina resmunga baixinho.

- Quer voltar a desenhar? - Ichiro pergunta, sorrindo.

Suki:
- 'Precisa, precisa sim, querida. Mas eu vou te fazer companhia.'

- Vamos! Você precisa praticar pra quando for fazer a minha tatuagem da máfia!

Maianne Ribeiro:
Mitsuo pausa, encarando a garota.
- Quando o quê..? - pergunta, surpreso.

Suki:
- Quando o Ichiro fizer a minha primeira tatuagem da Yakuza, senhor Mitsuo! -
responde, empolgada.
Maianne Ribeiro:
- ...você sabe o que é a yakuza? E quer fazer parte dela? - ele pergunta,
encarando-a.

qualquersuki:
Suki:
- Sim! E sim também! - ela assente com a cabeça, sorrindo abertamente. - Quero
fazer parte da sua família, senhor Mitsuo!

Maianne Ribeiro:
O homem não reprime um risinho, balançando a cabeça. "Tão inocente..."
- Você já é parte da família. - diz. - Pra fazer parte da yakuza, eu vou precisar
te testar.

Suki:
- Eu aceito. E eu vou passar! - diz, confiante, assentindo com a cabeça de novo. -
O Ichiro vai me ajudar a treinar!

Maianne Ribeiro:
- Te ajudar a treinar, é? - o homem ergue uma sobrancelha.

- E-ela já sabe lutar, eu só ia ajudar a praticar! - exclama.

Suki:
- Eu luto desde pequenininha! - responde, indicando um tamanho muito menor do que o
real. - A Justiça me treinou desde pirralha!

Maianne Ribeiro:
- A Justiça..? - Mitsuo franze a testa, confuso. - Do que você está falando?

Suki:
- ...da Justiça. - ela franze a testa, tateando os bolsos. - E-eu deixei o baralho
no estúdio...! - exclama, amedrontada, encarando Ichiro.

Maianne Ribeiro:
- Ah. A arcana? - o homem murmura, enfim entendendo. - Ninguém vai mexer nas suas
coisas, não se preocupe.

Suki:
- É, meu pai usava elas pra treinar a gente! - explica, atrapalhada. - ...É... Não
tem problema deixar o baralho lá, então...? M-mesmo...?

Maianne Ribeiro:
- Problema algum. - ele nega com a cabeça. - ...se você já sabe lutar então... Eu
acho que não tem problema.

- Mesmo..?!

Suki:
- ...mesmo...? - pergunta, o sorriso se abrindo ainda mais no rosto antes que ela
se vire para Ichiro. - Você vai poder me ensinar a usar uma espada, então?!

Maianne Ribeiro:
- ...vou. - ele diz, depois de uma pausa. - Vou sim.

Suki:
- E eu vou te ensinar a usar a vassoura direito! - brinca, risonha.

Maianne Ribeiro:
- A... Vassoura? - Mitsuo franze a testa.

- Coisa nossa, pai.

- Como assim, coisa sua..?

qualquersuki:
Suki:
- Um segredo nosso, senhor Mitsuo! - diz, voltando a se virar para o mais velho
antes de se curvar. - Prometo que não vou causar problemas ao senhor.

Maianne Ribeiro:
- Hmm. Eu acredito. - murmura, assentindo com a cabeça. - Você tem mais juízo que o
meu filho.

- Ei..!

Suki:
Isso faz Leanne rir, escondendo o lábio atrás de uma das mãos.

- Isso eu já percebi. - e pisca um dos olhos.

Maianne Ribeiro:
- Não é difícil notar. - o homem ri.

- Ah, os dois contra mim?!

Suki:
- Que pena, que pena, coitado, coitado~ - brinca, dando tapinhas nas costas dele,
falsamente dramática.

Maianne Ribeiro:
- Coitado mesmo! - ri.

Suki:
- Vem, então, coitado, que você tem muito o que praticar hoje antes de agulhar
minha pele. E muito pra apanhar, também!

Maianne Ribeiro:
- Vaaamos, vamos praticar! - ele ri, ficando de pé.

Suki:
- Vamos, vamos, vamos! - diz, boba, envolvendo o braço dele com uma das mãos.

Maianne Ribeiro:
Os dias se passam tranquilos, Leanne se adaptando à vida na mansão enquanto Ichiro
fazia o máximo pra ajudá-la. Já fazia quase uma semana desde a chegada da garota,
os dois praticando desenho na sala de arte quando Mitsuo se aproxima, acompanhado
de um rapaz desconhecido.
- Um minuto de atenção, por favor. - chama.

Suki:
A garota prontamente levanta a cabeça, ficando de pé para cumprimentá-lo com uma
mesura, educada e temerosa.

Maianne Ribeiro:
- Leanne, esse é Akiyama. Ele será seu tutor particular, pra acelerar o seu
aprendizado. - diz, indicando o rapaz.
qualquersuki:
Suki:
- Prazer em conhecê-la, Leanne. - diz, fazendo uma mesura.

- Mm. O... O prazer é todo meu. - murmura, sem jeito, devolvendo o gesto. - N-não
precisava disso tudo, senhor Mitsuo...

Maianne Ribeiro:
- Claro que precisava. O Ichiro não é professor, você precisa da assistência
correta. - diz. - Ele estará à sua disposição todos os dias, então combine o
horário que for mais adequado.

Suki:
- Sim, senhor. - murmura, estremecendo com a resposta.

- Eu posso acompanhá-la durante o dia, se assim desejar. - diz, gentil.

Maianne Ribeiro:
- Como preferirem. Eu vou me retirar, aproveitem pra se conhecerem melhor. - diz
Mitsuo, se afastando logo em seguida.

Suki:
A garota suspira ao ver Mitsuo se afastando, os ombros caindo.

- Akiyama, se importa se eu e o Ichiro continuarmos nossa sessão de desenho...? -


pergunta, hesitante.

- De forma alguma. - ele diz, gentil. - Eu posso ensinar muitas coisas só com o que
temos aqui.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado, Akiyama. - Ichiro murmura, voltando a se concentrar. "...tutor
particular, huh..."

Suki:
- É um prazer. - diz, se aproximando de Leanne e se sentando ao lado dela.

As horas seguintes seriam estranhamente... Divertidas, ao menos para Leanne.

Akiyama era extremamente gentil e solícito, com uma didática jovem e moderna.
Ensinaria a garota vocabulário, usando como referência o que tinham ao redor deles
e no caderno dela, assim como gramática e frases prontas, num objetivo misto de
adaptá-la rapidamente e ensiná-la com a profundidade necessária...

Maianne Ribeiro:
Ichiro focava no próprio treino, a expressão concentrada. Apesar disso, vez ou
outra lançava olhares a Leanne e Akiyama, um pouco... Incomodado, talvez..?

- Acho que terminei por hoje. - ele murmura enfim, após algumas horas, se
esticando. - Eu vou tomar um banho e me preparar pra janta.

qualquersuki:
Suki:
- Tudo bem, Ichi. - ela assente com a cabeça, encarando-o enquanto ria baixinho com
algo que Akiyama tinha acabado de dizer. - Tem problema se eu for assim direto pro
jantar?

- Imagino que problema algum. É um momento em família. Certo?


Maianne Ribeiro:
- Certo. Não tem problema. - ele murmura. - Até depois, Lea.

Suki:
- Até depois, Ichi. - ela acena de leve, voltando a se concentrar na conversa com
Akiyama.

Maianne Ribeiro:
"...ele tá perto demais," pensa, se afastando pro próprio quarto.

Suki:
A família já se reunira ao redor da mesa há alguns minutos quando Leanne enfim
chega, o rosto corado.

- 'Desculpe o atraso...' - diz, levemente ofegante.

Maianne Ribeiro:
- 'Não se preocupe.' - Mitsuo responde. - 'Como foi a aula?'

Suki:
- 'Muito boa.' - ela assente com a cabeça. - ...mas eu acho que ainda não consigo
sustentar uma conversa assim. - e cora.

Maianne Ribeiro:
- Em breve conseguirá. - sorri.

qualquersuki:
Suki:
- Eu espero que sim, senhor Mitsuo. - Leanne sorri, assentindo com a cabeça.

- Está tendo aulas com o Akiyama, não é? - pergunta, olhando da garota para o
marido.

Maianne Ribeiro:
- Isso. Achei que seria bom que o rapaz a ensinasse. - ele assente com a cabeça.

Suki:
- Ele foi uma ótima escolha. - concorda. - O garoto é extremamente inteligente e
educado.

- 'E divertido.' - Leanne adiciona.

Maianne Ribeiro:
- Oh, está se divertindo também?

Suki:
- Muito! - ela sorri, boba. - Aprender fica mais fácil quando não parece uma
obrigação.

Maianne Ribeiro:
- Ótimo. Então vai aprender bem rápido. - ele murmura.

Suki:
- Eu espero que sim. Não quero que a Chiaki fique fora das conversas por minha
causa.

Maianne Ribeiro:
- Ou que você fique fora das conversas, também. - Ichiro adiciona.
Suki:
- Eu não ligo muito pra isso, na verdade. - ela cora, sem jeito. - Mas agradeço.

Maianne Ribeiro:
- Por que não? - ele franze a testa.

Suki:
- Porque eu não quero atrapalhar a rotina de vocês. A família de vocês.

Maianne Ribeiro:
- É a sua família também. - Ichiro murmura. - Nós somos uma família.

Suki:
- Eu sei que eu sou só uma gaijin, Ichiro. - murmura, o sorriso mais triste. -
Começar a entender o que os outros falam nem sempre é bom. - adiciona, dando um
risinho sem jeito.

Maianne Ribeiro:
- Você é família. - Mitsuo diz, firme, encarando a menina. - Estrangeira ou não,
você é família.

qualquersuki:
Suki:
Isso faz a garota suspirar, balançando a cabeça de leve.

- Sim, senhor Mitsuo.

Maianne Ribeiro:
- Não duvide de minhas palavras. - murmura, começando a comer.

Suki:
Isso faz com que Leanne não diga mais nada durante toda a refeição, cabisbaixa,
comendo devagar.

Setsuna se limitava a conversar com Chiaki em voz baixa, tentando amenizar o clima
com brincadeiras enquanto perguntava como tinha sido o dia da filha...

Maianne Ribeiro:
- ...ei. - Ichiro murmura, ao terminar de comer. - Quer ir pro jardim..?

Suki:
- Vamos. - murmura, pedindo licença antes de se levantar da mesa.

Maianne Ribeiro:
O rapaz também fica de pé, guiando a garota para o jardim, suspirando.
- Tudo bem..?

Suki:
- Eu não entendo o seu pai... - murmura, balançando a cabeça negativamente. - Pra
que contrariar todo mundo...?

Maianne Ribeiro:
- Ele faz o que ele quer, não importa o que os outros pensam. - murmura.

Suki:
- Ele é o líder da família, ele não devia se prejudicar com ninguém. Menos ainda
por minha causa, por causa de uma pessoa que ele mal conhece...! E se isso causar
problemas pra vocês?!
Maianne Ribeiro:
- Mas ele se preocupa. Ele não se importa se vai causar problemas ou não. - o rapaz
dá de ombros. - Nenhum de nós se importa.

Suki:
- Mas _eu_ me importo, Ichiro, eu não quero causar nenhum tipo de problema!

Maianne Ribeiro:
- Que tipo de problema você acha que vai causar? - ele pergunta, parando pra
encará-la.

qualquersuki:
Suki:
- E-eu não sei, mas eu sei que tem gente infeliz comigo aqui!

Maianne Ribeiro:
- Problema deles. - Ichiro resmunga. - Eles vão aprender a conviver. E se não
aprenderem, vão responder à gente.

Suki:
- ...eu não quero ninguém sendo punido por minha causa. - resmunga de volta,
cruzando os braços.

Maianne Ribeiro:
- Mas não é por sua causa, é por causa deles. - o rapaz dá de ombros.

Suki:
Ela revira os olhos.

- Você entendeu, Ichiro!

Maianne Ribeiro:
- Entendi, mas não concordo. A culpa não é sua.

Suki:
- Vamos fingir que não seja. - resmunga. - ...o seu pai não parece feliz comigo,
também, hora nenhuma.

Maianne Ribeiro:
- O meu pai? Nah, ele só é carrancudo. É o jeito dele. - ri.

Suki:
- Ninguém é "só carrancudo" o tempo todo, Ichiro!

Maianne Ribeiro:
- Ele é. Isso eu garanto!

Suki:
- Impossível. - e infla as bochechas.

Maianne Ribeiro:
- Possível. Eu conheço ele há quinze anos, eu sei! - ri.

Suki:
- Impossível! - insiste, empurrando ele de leve, acabando por rir também.

Maianne Ribeiro:
- Possível! - ele gargalha, empurrando ela de volta.
Suki:
- Ei...! - ela tropeça alguns passos, caindo no chão. - Se eu não tivesse de
vestido, ia te quebrar no soco!

Maianne Ribeiro:
- Não consegue, mesmo. - provoca.

qualquersuki:
Suki:
- Ichiro...! - reclama, ficando de pé. - Me arruma linha, agulha e tesoura que eu
vou encurtar todas as minhas roupas! Assim vou poder chutar sua bunda sempre que
quiser!

Maianne Ribeiro:
- Quero só ver. - ele ri, bobo.

Suki:
- Vai ver mesmo! Minhas lindas pernas e o meu pé na sua cara!

Maianne Ribeiro:
"Lindas pernas mes--"
- Quero só ver!

Suki:
- E vai!

- Garoto. Preciso falar com você. - Salem resmunga, se aproximando dos dois. - Vem
comigo.

Maianne Ribeiro:
- ...comigo? - ele franze a testa, encarando Leanne, confuso, antes de seguir
Salem.

Suki:
- Não demora! - Leanne pede, se largando na grama para observar o céu.

Os dois andam por algum tempo até chegarem ao quarto de Leanne, Salem abrindo a
porta para indicar que Ichiro o seguisse.

- Eu tenho dois favores a te pedir. - murmura.

Maianne Ribeiro:
O rapaz o encara, cruzando os braços.
- Pode falar.

Suki:
- Eu preciso de um carregador, primeiro. - diz, se enfiando embaixo da cama antes
de puxar a bolsa carteiro para a visão de Ichiro. - E a segunda é que você pinte o
telefone dela para cobrir as manchas de sangue. - adiciona, puxando o aparelho
outrora rosa-claro de dentro da bolsa.

Maianne Ribeiro:
- ...deixa comigo. - ele murmura, estendendo a mão pra pegar o telefone. - Não é
melhor um aparelho novo..?

qualquersuki:
Suki:
- Não quero pedir demais. - o gato murmura, esfregando a pata no focinho algumas
vezes antes de suspirar. - E tem muitas coisas importantes nesse.
Maianne Ribeiro:
- E se a gente conseguir passar os dados pra outro aparelho? O que acha? -
pergunta.

Suki:
- ...talvez seja uma boa ideia. - murmura, assentindo com a cabeça. - Em japonês,
obviamente, para ajudar ela a se habituar.

Maianne Ribeiro:
- Deixa comigo. - ele sorri, pegando o aparelho. - Até o fim do dia vai estar
pronto.

Suki:
- Uma decoração sua ainda seria bem vinda, atrás. - murmura. - Como um presente
especial.

Maianne Ribeiro:
- Deixa comigo. - ele repete, risonho. - Eu faço algo especial.

Suki:
- Eu vou confiar em você. - resmunga, puxando a bolsa novamente para embaixo da
cama.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado pelo voto de confiança. Eu sei que é difícil pra você.

Suki:
- Eu não tenho opção. É você ou ninguém.

Maianne Ribeiro:
- Ainda assim. - ele ri baixinho. - Com fome? Ainda tem comida na cozinha.

Suki:
- Hunf. Um pouco, sim, mas não queria encontrar seu pai.

Maianne Ribeiro:
- Ele já saiu. Quer que eu te leve na cozinha, ou já sabe o caminho?

Suki:
- Posso falar abertamente com os empregados da casa?

Maianne Ribeiro:
- Pode, pode sim. Já estão avisados.

qualquersuki:
Suki:
Ele assente com a cabeça.

- Eu vou sozinho, então. - e se afasta.

Maianne Ribeiro:
- Até depois. - diz, se afastando para o próprio estúdio enquanto mandava uma
mensagem pra alguém...

Suki:
"Eu acho que cochilei..", Leanne pensa, bocejando de leve enquanto se apoiava os
cotovelos para erguer o corpo.
- Eu não quis te acordar. - Akiyama diz, fechando o livro que lia sentado no chão
ao lado da menina.

Maianne Ribeiro:
Enquanto isso, Ichiro terminava a pintura no celular, um sorrisinho no rosto.
"Espero que ela goste..." pensa, indo procurar Leanne.

Suki:
A garota estava nos jardins, no mesmo lugar em que Ichiro a deixara, conversando
empolgadamente com Akiyama, risonha.

- Achei a história incrível. - diz suavemente, sorrindo, no tom gentil de sempre. -


Vamos escolher algumas palavras e frases dela, Mm?

Maianne Ribeiro:
"...ele tá muito perto," pensa, incomodado, apesar da expressão neutra.
- Lea. Tem um minuto? - Ichiro chama. - Tenho uma coisa pra você.

Suki:
- Quantos você quiser, Ichiro. - diz, prontamente se levantando. - Aconteceu alguma
coisa? - pergunta, se aproximando dele.

Maianne Ribeiro:
- Não, não. - ele ri, e então entrega o celular pra ela. - Aqui. É seu.

Suki:
- Meu...? - ela franze a testa, olhando do celular para ele, ainda sem encostar no
aparelho. - Eu já tenho um celular, Ichiro.

Maianne Ribeiro:
- Seus dados foram transferidos pra esse aqui. É mais moderno, também. - explica. -
E tem uma coisa a mais.

Suki:
- Ichiro, eu... Eu não precisava de um telefone melhor... - murmura, o rosto
bastante vermelho enquanto ela enfim pegava o aparelho das mãos dele, cuidadosa.

Maianne Ribeiro:
- Não precisava, mas ganhou ainda assim. - ri. - Olha a parte de trás.

qualquersuki:
Suki:
- A parte de...? - ela franze a testa, girando o aparelho nas mãos cuidadosamente,
os olhos se abrindo em surpresa ao ver o desenho. - ...que coisa linda...!

Maianne Ribeiro:
Era uma carpa belíssima, tradicional, branca com marcas laranjas.
- É você. - sorri. - Existe uma lenda onde uma carpa conseguiu subir uma cachoeira,
e se transformou em um dragão... e você é a nossa carpa.

Suki:
A garota cora violentamente com a explicação, os olhos se enchendo de lágrimas
antes que ela subitamente envolvesse Ichiro com os braços, carinhosa.

- 'Obrigada, Ichi...!' - choraminga, apertando o rapaz junto a si.

Maianne Ribeiro:
- 'De nada...' - ele sussurra baixinho, abraçando-a de volta com firmeza.
Suki:
- Eu prometo que vou me esforçar...! Eu prometo, eu prometo, eu prometo...!

Maianne Ribeiro:
- Eu sei que vai. Você é muito esforçada. - ri.

Suki:
- Eu vou fazer o meu melhor... - choraminga, agarrada nele.

Maianne Ribeiro:
- Eu sei que vai. - ele repete, afagando os cabelos dela. - Carpinha~

Suki:
- Carpinha... - e ri baixinho, fechando os olhos.

Maianne Ribeiro:
- Carpinha. - ele ri, continuando o carinho. - Nossa carpinha.

Suki:
- Por sinal, carpa se fala koi, Leanne. - Akiyama explica, se aproximando dos dois
a passos sutis.

Maianne Ribeiro:
- ...É. Koi. - ele murmura, incomodado. "Não se mete."

Suki:
- 'Uma capa de celular de carpa'. - explica, gentil, induzindo Leanne a repetir.

Maianne Ribeiro:
"...Não se mete." ele pensa outra vez.
- Aproveite o celular, Lea. Se precisar de ajuda com alguma coisa, só falar.

qualquersuki:
Suki:
- Eu vou precisar de muita ajuda com muita coisa. - diz, sem graça. - ...mas
obrigada, Ichi...

Maianne Ribeiro:
- Não tem problema, eu ajudo. - ri. - De nada.

Suki:
- Você sempre me ajuda... - diz, boba.

Maianne Ribeiro:
- Claro, carpinha. - ri.

Suki:
- I-Ichi...! - reclama, corando.

Maianne Ribeiro:
- Que foi? - ele ri, provocando.

Suki:
- Você implicando comigo!

Maianne Ribeiro:
- Só um pouco. Coisa de irmão mais velho. - ri.

Suki:
- É, eu sei bem. O Tigre era igualzinho! - ela ri.

- O irmão mais velho dela. - Akiyama explica.

Maianne Ribeiro:
- Ah, você chama ele de Tigre, é? - pergunta.

Suki:
Leanne prontamente assente com a cabeça.

- E eu sou a Leoa!

Maianne Ribeiro:
- Lea, Leoa... Combina. - ri.

Suki:
- Exatamente! - ela ri também, boba.

Maianne Ribeiro:
O rapaz ri, afagando os cabelos dela.
- Quer ir desenhar? Ou treinar um pouco?

Suki:
- Desenhar, por favor... - murmura, boba. - Eu não tô em condição de te bater...! -
brinca.

Maianne Ribeiro:
- Vamos desenhar, então. - ele ri baixinho, guiando a garota.

Suki:
- Agora que você tem um telefone seu, eu posso te enviar os materiais que estávamos
usando no meu. - Akiyama diz, gentil, acompanhando-os.

- É verdade! Não tinha pensado nisso!

Maianne Ribeiro:
- ...É. Vai te ajudar. - ele murmura. "Não. Se. Mete..!"

qualquersuki:
Suki:
- Ter um aparelho com Internet nas suas mãos vai levar nossas aulas a outro
patamar. - e sorri.

Maianne Ribeiro:
- Mas você já teve aula o suficiente por hoje, não? - comenta.

Suki:
- ...não é bem aula, eu acho. - Leanne comenta, inocente. - A gente mais se diverte
e conversa, e ele me ensina com isso!

Maianne Ribeiro:
- É, mas não dá pra fazer isso enquanto a gente desenha. - murmura.

Suki:
- Verdade. - ela assente com a cabeça. - ...acho que a gente se vê amanhã, então,
Aki. - diz, se virando para o outro rapaz, sorrindo.

- Estou às suas ordens, Leanne. - e faz uma mesura. - Tenham uma boa noite.
Maianne Ribeiro:
- Até amanhã. - murmura. "Péssima ideia do meu pai..."

Suki:
- Amanhã eu pego o telefone dele. - murmura, acompanhando Ichiro com um sorriso,
ainda olhando para a carpa no aparelho em suas mãos, boba.

Maianne Ribeiro:
- Certo. - ele ri baixinho. - Que bom que gostou da carpa.

Suki:
- Eu _amei_ a carpa! Eu nunca vou esquecer desse presente!

Maianne Ribeiro:
- De nada. - o rapaz ri, guiando-a para o estúdio.

Suki:
- Vou começar a treinar carpas, a partir de hoje!

Maianne Ribeiro:
- Vai, é? Quero ver seus desenhos depois!

Suki:
- Depois que ficarem bons!

Maianne Ribeiro:
- Já são bons, aposto!

Suki:
- Não devem ser, eu ainda vou descobrir!

Maianne Ribeiro:
- Tuuudo bem, como preferir. - ri.

Suki:
- ...mas você pode me ensinar, nas suas pausas. - diz, empurrando ele de leve com o
ombro.

Maianne Ribeiro:
- Sempre que quiser. - sorri.

Suki:
- Nas suas pausas. - insiste, firme.

Maianne Ribeiro:
- Sempre que quiser~ - ri.

qualquersuki:
Suki:
- Ichiro...! Você tem que continuar se dedicando às suas tarefas!

Maianne Ribeiro:
- Eu vou continuar me dedicando a elas, mas eu posso pausar pra te ensinar!

Suki:
- Tudo bem, tudo bem! 'Você venceu!'

Maianne Ribeiro:
- 'Claro que eu venci. Eu sempre venço.' - provoca.
Suki:
- Ichiro...! - ela reclama, dando um soquinho no ombro dele. - Se eu não tivesse de
vestido, ia te dar uma surra!

Maianne Ribeiro:
- Ia nada~

Suki:
- Ia sim! A sua sorte é que eu não tenho como abrir a perna o suficiente pra chutar
a sua cara!

Maianne Ribeiro:
- Ia naaaaada. - ri, bobo, entrando no estúdio.

Suki:
- Ia sim! Meu jogo de perna é muito bom, pra sua informação, eu só não tenho
conseguido executar ele!

Maianne Ribeiro:
- Amanhã você me mostra~

Suki:
- Eu não tenho short pra isso, Ichiro!

Maianne Ribeiro:
- Amanhã a gente compra!

Suki:
- Q-quê?! Não, você já me deu um celular, Ichiro...!

Maianne Ribeiro:
- E daí? Você precisa de roupas.

Suki:
- Eu tenho vestidos o suficiente!

Maianne Ribeiro:
- Só vestidos, você precisa de roupas diferentes. - ri.

qualquersuki:
Suki:
- Mas.... Ichiro... - ela resmunga, manhosa. - Seu pai já me deu um monte de
roupas, elas só não tão cabendo em mim. Não é justo que eu ganhe outras tão cedo!

Maianne Ribeiro:
- É mais que justo, especialmente se não estão cabendo. - resmunga.

Suki:
- Eu ganhei peso, não é culpa de vocês!

Maianne Ribeiro:
- Você precisava ganhar peso, é diferente!

Suki:
Ela abre a boca pra discutir, mas hesita, cruzando os braços.

- ...Só algumas. Ok?


Maianne Ribeiro:
- Só o suficiente. - ele ri de leve. - A gente pode comprar um kimono pra você
também. Ia ficar linda.

Suki:
- ...talvez seja uma boa ideia. - murmura, corando de leve. - Mas eu quase nunca ia
usar, odeio roupa que cobre muito. - admite, sem jeito, alisando o vestido.

Maianne Ribeiro:
- Não é o tipo de roupa que se usa com frequência... Mesmo yukata, que é mais leve.
- explica. - É mais em festivais e ocasiões especiais. Dá trabalho de vestir.

Suki:
- Eu posso fazer esse sacrifício. - e ri baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Ótimo. Vai ficar lindo em você. - ri. - Amanhã, então.

Suki:
- Só o essencial, e um kimono. Ok? - insiste.

Maianne Ribeiro:
- Certo, certo. Prometo.

Suki:
- Sendo assim eu aceito. - ela assente com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Resolvido~ - ele ri, sentando à mesa pra desenhar.

qualquersuki:
Suki:
"Eu não quero admitir, mas tô doida pra umas roupas mais frescas...", pensa, se
ajeitando ao lado dele.

Maianne Ribeiro:
---

"De novo..."

Mais uma vez, Leanne adormecer nos jardins, como em inúmeras noites anteriores. E,
mais uma vez, alguém a carregava de volta para o quarto, o homem suspirando
baixinho...

Suki:
Com o passar dos dias, e as noites de sono um pouco mais longas e menos
conturbadas, o descanso de Leanne se tornara mais regular, quase satisfatório.
Assim, é compreensível quando ela se move nos braços dele, resmungando baixinho e
entreabrindo os olhos...

- Ichi...? - murmura, bastante sonolenta, recostando melhor a cabeça no peito dele.

Maianne Ribeiro:
- Mitsuo. - o homem responde, a voz suave.

Suki:
- Mi—- S-senhor Mitsuo?! - exclama, arregalando os olhos enquanto se desencostava
dele, atrapalhada.
Maianne Ribeiro:
- Cuidado, ou você vai acabar caindo. - ele resmunga baixinho.

Suki:
- D-desculpe, e-eu—- N-não precisa, eu posso ir andando, d-desculpe, eu sei que os
jardins não são lugar pra d-dormir, eu—!

"Ah, merda, merda, merda..."

Maianne Ribeiro:
- ...é confortável pra você, não é..? - ele murmura, apesar de colocá-la no chão.

qualquersuki:
Suki:
- S-sim, senhor, é... - diz, atrapalhada, alisando o pijama com cuidado antes de
fazer uma mesura. - N-não vai se repetir...!

Maianne Ribeiro:
- Eu não estou reclamando. - suspira.

Suki:
A garota hesita, ajeitando a postura antes de encará-lo com a testa levemente
franzida.

- ...está tudo bem com o senhor...? - pergunta, preocupada.

Maianne Ribeiro:
- Está. Eu só estou preocupado com você.

Suki:
- ...preocupado...? - e franze um pouco mais a testa, as bochechas corando.

Maianne Ribeiro:
- Bastante. - suspira. - Você ainda se sente deslocada. Ainda sente que é um
incômodo... E eu não sei o que fazer.

qualquersuki:
Suki:
A garota hesita, o rosto ainda mais vermelho.

- ...o... o senhor não precisa fazer nada. E-eu vou me acostumar, prometo.

Maianne Ribeiro:
- Não é sua culpa. É minha. - suspira.

Suki:
- ...sua culpa? N-não, de jeito nenhum...!

Maianne Ribeiro:
- Claro que é. Eu sou a única pessoa que você ainda trata como estranho, então eu
fiz algo errado.

Suki:
Ela cora ainda mais.

- N-não é por isso...! - exclama, atrapalhada.

Maianne Ribeiro:
- E por que motivo seria?
Suki:
- O... O senhor é o patriarca. O líder.

Maianne Ribeiro:
- ...não entendi ainda. - murmura.

Suki:
- Eu te devo respeito, oras... - murmura, tímida, desviando o olhar.

Maianne Ribeiro:
- Respeito, claro, assim como eu te respeito. Mas você parece... Me temer.

Suki:
- ...b-bom, o senhor é o líder da família e de tudo. É o senhor quem manda em tudo.

Maianne Ribeiro:
O homem solta um suspiro longo, balançando a cabeça.
- É minha culpa, afinal.

qualquersuki:
Suki:
- O quê? N-não, não é isso...! - insiste, atrapalhada, mordendo o lábio inferior. -
O Ichi disse que o jeito do senhor é só carranca. - diz, hesitante. - Eu... Eu
nunca lidei com ninguém assim antes.

Maianne Ribeiro:
- ...ah. Eu... eu sempre fui assim, mesmo. - Mitsuo murmura. - O Ichiro me conhece
bem.

Suki:
- ...e-entendi... - ela suspira, esboçando um sorriso triste enquanto observava o
corredor vazio. - Meu pai era... Era muito carinhoso. Muito brincalhão, muito...
Muito presente em tudo, sempre cheio de afetos. Eu... Eu sei que o senhor não é
ele, mas...

Maianne Ribeiro:
- ...me perdoe. Esse não é o meu jeito. - o homem suspira.

Suki:
- Eu sei. E-eu sei, não é uma crítica ao senhor...! - gagueja, atrapalhada, o rosto
empalidecendo. - .....aqui e agora o senhor parece mais... Manso. Delicado, se não
for ofensivo.

Maianne Ribeiro:
- Não, não é ofensivo. Você não me ofendeu. - ele suspira outra vez. - O medo, de
novo.

Suki:
Ela cruza os braços, encolhida.

- ...eu não sei o que esperar do senhor. - admite.

Maianne Ribeiro:
- Eu só quero o seu bem, Leanne. Só isso. - Mitsuo murmura.

Suki:
- Eu... Eu acredito. Mas eu sei que... Que existem expectativas, também. Que tem
regras e costumes e... E problemas que a minha presença traz, também.
Maianne Ribeiro:
- ...que expectativas? E que problemas?

Suki:
- ...eu ouvi alguns funcionários reclamando da minha presença. - murmura, desviando
o olhar.

Maianne Ribeiro:
- ...quem? - o homem franze a testa.

qualquersuki:
Suki:
- Alguns funcionários. - murmura, encolhendo mais os ombros e cruzando os braços.

Maianne Ribeiro:
- Eles estão errados em reclamar. - ele murmura, sério.

Suki:
- Eu falei pro Ichiro que eu não queria arrumar problemas. Ele disse que se alguém
tentasse, responderia a vocês. Mas eu não quero que ninguém seja punido por minha
culpa... - diz, baixinho, mordendo o lábio inferior

Maianne Ribeiro:
- A culpa não é sua. É deles. - responde.

Suki:
- Eu sei, mas não sei. - murmura. - Eu entendo que eu preciso me provar pra eles,
mas ainda é assustador me sentir vigiada e julgada. - murmura.

Maianne Ribeiro:
- Então se permita receber ajuda. - ele murmura, a voz mais mansa.

Suki:
- Eu tenho tentado. O Ichiro já me ajudou um monte com várias coisas. - ela ri, sem
jeito.

Maianne Ribeiro:
- Mm. Continue assim. - ele assente com a cabeça.

Suki:
- ...É... Eu só... Só preciso de ajuda pra lidar com o senhor, agora. - brinca,
esboçando um sorrisinho esperançoso.

Maianne Ribeiro:
- Eu ajudo como puder. - o homem murmura, dando um pequeno sorriso.

Suki:
- Se puder tentar ser mais manso na minha presença, como tá sendo agora, já... Já
vai ajudar bastante. - diz, tocando a mão dele de leve.

Maianne Ribeiro:
- Mm... eu vou tentar. É um pouco difícil pra mim, mas eu vou tentar, de qualquer
forma.

qualquersuki:
Suki:
- Obrigada, senhor Mitsuo. - diz, assentindo com a cabeça. - E eu vou fazer o meu
melhor pra merecer.
Maianne Ribeiro:
O homem hesita, suspirando.
- ...só 'Mitsuo'..?

Suki:
- ...como... Como assim? - pergunta, hesitando também.

Maianne Ribeiro:
- ...pode me chamar só de 'Mitsuo'..?

Suki:
- ...mesmo na frente dos outros...? - pergunta, surpresa.

Maianne Ribeiro:
- Sim, claro. - o homem assente com a cabeça.

Suki:
- ...eu vou tentar. - ela sorri. - ...posso te fazer mais uma pergunta?

Maianne Ribeiro:
- Pode, é claro. - Mitsuo assente com a cabeça.

Suki:
- ...você tem expectativa de que eu te chame de 'pai' algum dia?

Maianne Ribeiro:
...era impressão de Leanne, ou as bochechas do homem tinham corado..?
- ...talvez. - sussurra.

Suki:
Isso faz a menina levar uma das mãos aos lábios, rindo baixinho.

- Vai ter que ser bem carinhoso, se quiser isso~

Maianne Ribeiro:
- Eu... eu vou tentar. Vou me esforçar.

Suki:
- Então nós dois vamos ter que tentar.

Maianne Ribeiro:
- Vamos. Vamos sim. - o homem assente com a cabeça.

qualquersuki:
Suki:
- ...mais uma pergunta? - pede, as bochechas vermelhas.

Maianne Ribeiro:
- Sim, claro. Quantas quiser.

Suki:
- ...é mais fácil demonstrar carinho se eu der o primeiro passo?

Maianne Ribeiro:
- ...eu... eu não sei. Talvez. - o homem murmura.

Suki:
- Vamos descobrir~? - responde, se movendo devagar para abraçá-lo.
Maianne Ribeiro:
O homem hesita com o abraço, e então suspira, abraçando-a de volta, carinhoso...

Suki:
- ...posso ficar assim um pouquinho...? - pede, a voz embargada de choro enquanto
ela se agarrava um pouco mais nele, da mesma forma que fazia com Ichiro...

Maianne Ribeiro:
- Pode, pode sim. - ele sussurra, a voz levemente emocionada. - É claro que pode...

Suki:
- O-obrigada... - murmura, chorando bem baixinho, tremendo levemente conforme
soluçava...

Maianne Ribeiro:
- Tudo vai ficar bem. Não precisa chorar... - ele murmura, afagando os cabelos
dela.

Suki:
- N-não vai... - diz, fraca, se deixando consolar. - M-mortos não voltam...

Maianne Ribeiro:
- Não, não voltam... Mas você é forte. Você vai viver, apesar disso.

qualquersuki:
Suki:
- N-não sei, e-eu não sei se eu consigo...!

Maianne Ribeiro:
- Eu sei. Eu sei que você consegue. - insiste.

Suki:
Ela soluça e soluça, assentindo fracamente com a cabeça...

- O-obrigada, Mitsuo... - sussurra, rouca, alguns minutos depois.

Maianne Ribeiro:
- De nada, Leanne. De nada... - ele sussurra, gentil.

Suki:
- Eu... E-eu preciso dormir, e... E o senhor também... - murmura, secando o próprio
rosto com as costas das mãos enquanto recuava alguns passos.

Maianne Ribeiro:
- Eu te acompanho até o quarto. - diz, indicando a porta que levava de volta pra
dentro.

Suki:
- O-obrigada... - murmura, terminando de secar o rosto antes de esboçar um sorriso.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - murmura, guiando-a pra dentro, atencioso.

Suki:
- ...esse... Esse tempo todo tem sido o--v-você...? - pergunta, hesitante.

Maianne Ribeiro:
- Sim, é claro. Toda noite. - ele assente com a cabeça.
Suki:
As bochechas de Leanne coram, ao que a garota segura uma das mãos de Mitsuo
delicadamente.

- ...obrigada. Eu... Eu achei que fosse o Ichiro...

Maianne Ribeiro:
- Não precisa agradecer. Eu só estava cuidando da minha família. - murmura.

qualquersuki:
Suki:
- Eu agradeço ainda assim. - diz, baixinho. - ...acha que posso colocar alguns
muitos vasos de plantas no meu quarto?

Maianne Ribeiro:
- Pode, claro. Se tiver uma lista de plantas que quer, posso pedir pra comprarem.

Suki:
- Eu preciso pesquisar um pouco sobre o clima local antes de decidir isso. -
admite, meio sem jeito. - E eu prefiro escolher pessoalmente, se.. Se não for um
problema.

Maianne Ribeiro:
- Não, problema algum. - ele diz, negando com a cabeça. - Você tem permissão pra
decorar seu quarto como preferir.

Suki:
- E pra sair também...? - pergunta, hesitante.

Maianne Ribeiro:
- Pra sair também, claro.

Suki:
Isso faz Leanne sorrir abertamente, visivelmente confortável com a ideia.

- Eu mal posso esperar pra conhecer melhor os lugares... - comenta, esperançosa. -


E pra ter o meu quarto de volta...

Maianne Ribeiro:
- Só recomendo que vá acompanhada, por garantia. Seu domínio da língua ainda não é
suficiente pra você se virar sozinha.

Suki:
- Eu sei, eu sei...! - ela ri, corando. - O Aki não reclamaria de me acompanhar,
nem o Ichiro, tenho certeza!

Maianne Ribeiro:
- Certamente. - ele assente com a cabeça. - Você tem boa companhia. A Setsuna
também adoraria mais companhia nos passeios.

Suki:
- ...mesmo? - pergunta, esboçando um sorriso. - Eu vou falar com ela no café,
então!

Maianne Ribeiro:
- À vontade. - ele assente com a cabeça.

Suki:
- Obrigada, Mitsuo! - diz, empolgada.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - ele sorri, parando na frente do quarto dela. - Pronto. Pode descansar,
agora.

qualquersuki:
Suki:
- Obrigada, Mitsuo. - ela sorri, fazendo uma mesura leve. - 'Boa noite.'

Maianne Ribeiro:
- 'Boa noite'. - ele sorri, se afastando.

Suki:
"Eu mal consigo acreditar...", pensa, boba.

-=-

- 'Bom dia, família.' - Leanne sorri ao chegar na mesa do café da manhã no dia
seguinte depois de todos os outros. Usava um short e uma camiseta que comprara com
Ichiro, confortáveis, as peças curtas e justas.

Mas o mais gritante não é isso.

É como ela passa por cada um dos presentes desejando um bom dia na língua local e
depositando beijos suaves nos familiares: em Mitsuo, Leanne beija um dos ombros do
homem, enquanto em Setsuna ela deposita um nos cabelos da mulher, fazendo-a rir
baixinho e corar. Ao chegar em Chiaki, a garota abraça a irmã com firmeza, e beija
sua testa, antes de beijar as bochechas de Ichiro e se sentar ao lado dele.

Maianne Ribeiro:
Mitsuo cora com o beijo em seu ombro, limpando a garganta, sem jeito. Já Chiaki e
Ichiro sorriem com o carinho, bobos.
- Nee-san~! - a menina ri.

- 'Bom dia, Lea. Já tá fluente?' - Ichiro brinca.

Suki:
- 'Quase, quase!' - ela ri, visivelmente satisfeita com a reação dos presentes.

- 'Ara ara, alguém andou praticando.' - Setsuna diz, sorridente. - 'Bom dia,
querida.'

Maianne Ribeiro:
- 'Praticando bastante, dá pra ver.' - Mitsuo assente com a cabeça. - 'Bom dia.'

qualquersuki:
Suki:
- 'Akiyama tem me ajudado bastante. E isso aqui também.' - diz, tirando o celular
do bolso traseiro do short. - 'Graças ao Ichiro.' - adiciona, dando uma batidinha
com o aparelho na testa do rapaz.

Maianne Ribeiro:
- 'Mm, o Akiyama vai continuar te ajudando. E o Ichiro também.'

- 'Claro que vou!' - ri.

Suki:
- 'Não tem um time melhor.' - ela sorri. - '...Setsuna, eu posso te acompanhar nos
passeios de hoje?' - pede. - O Mitsuo disse que você poderia gostar da companhia
extra.

Maianne Ribeiro:
- 'Acompanhar a gente? Eba~!' - Chiaki ri, boba.

Suki:
- 'Só de vez em quando!' - Leanne corrige. - 'Eu preciso estudar, também!'

Maianne Ribeiro:
- 'De vez em sempre!' - a garota gargalha.

Suki:
- 'Não, Chiaki, sempre não dá...!'

Maianne Ribeiro:
- 'Tá boooom, de vez em quando!'

Suki:
- 'Isso, de vez em quando!'

Maianne Ribeiro:
- 'Já é bom.' - ri.

qualquersuki:
Suki:
Ela assente com a cabeça.

- 'Vai ser um prazer acompanhar vocês.'

Maianne Ribeiro:
- 'Vai brincar comigo. Né?' - a menina pergunta, empolgada.

Suki:
- 'É claro que sim!'

Maianne Ribeiro:
- 'Ebaaaa~' - ela ri. - 'Mais gente pra brincar!'

Suki:
Leanne concorda, empolgada.

- 'Mais gente pra brincar!'

Maianne Ribeiro:
- 'Mas primeiro, comer.' - Mitsuo murmura.

- 'Comer, comer!' - a menina assente com a cabeça, começando a se servir.

Suki:
Isso faz a menina rir de leve, esperando que todos fizessem o mesmo antes de se
servir.

Conforme a refeição segue, porém, é fácil de perceber a energia de Leanne


diminuindo, a garota piscando cada vez mais devagar, visivelmente sonolenta...

Maianne Ribeiro:
- ...'não dormiu bem?' - Ichiro pergunta, preocupado.
Suki:
Ela nega com a cabeça.

- 'Eu...' - e hesita, suspirando baixinho.

"Eu não quero falar na frente dos outros..."

Maianne Ribeiro:
- 'Melhor você tirar umas horas pra descansar.' - Mitsuo murmura, tomando um gole
do próprio chá.

qualquersuki:
Suki:
A garota comprime os lábios, concordando.

- 'Eu vou. Prometo.'

Maianne Ribeiro:
Ele apenas assente com a cabeça, continuando a própria refeição. "...aconteceu
alguma coisa entre os dois..?" Ichiro se pergunta, observando-os.

Suki:
- Bom, se me dão licença, eu vou passear um pouco pelos jardins. - murmura, ao
terminar a refeição. - Espero que não se importem.

Maianne Ribeiro:
- Claro que não. Até mais tarde, Lea. - Ichiro sorri.

Suki:
- Até. - murmura, dando um olhar culpado para Mitsuo antes de se afastar...

-=-

- 'Ela ainda tem dormido nos jardins...?' - pergunta, preocupada, encarando o


marido.

Maianne Ribeiro:
- 'Tem, tem sim.' - o homem suspira. - 'Ontem ela acordou enquanto eu a levava para
o quarto. Acho que ela se sente melhor com as plantas...'

- 'A Lea tá dormindo no jardim..?' - Ichiro franze a testa.

Suki:
- 'É visível que vocês conversaram.' - diz, suspirando baixinho em seguida. -
'...sim, querido, está. Não sabemos a razão, mas todas as noites o seu pai precisa
levá-la para a cama.'

Maianne Ribeiro:
- 'Ela pediu pra colocar plantas no quarto dela. Imagino que ela não se sinta
confortável ainda...' - Mitsuo murmura.

qualquersuki:
Suki:
- 'Provavelmente. E é óbvio que ela vai dormir nos jardins pela manhã, como tem
feito a noite.' - ela suspira novamente, preocupada

Maianne Ribeiro:
- 'Com certeza.' - ele suspira. - 'Já pedi pra alguém ficar de guarda, pra caso ela
precise de algo.'
Suki:
- 'Melhor assim. Akiyama deve estar disponível para isso, também.' - murmura,
concordando com um breve aceno de cabeça.

Maianne Ribeiro:
- 'Mm. Melhor até que seja alguém com quem ela já tem proximidade.' - comenta.

"...proximidade. Hmpf." pensa Ichiro.

Suki:
- 'E alguém mais jovem, também. Pobre menina, já sofreu muito com outros homens,
pelo que o gato deu a entender...'

Maianne Ribeiro:
- 'Não vai acontecer novamente. Não sob minha responsabilidade.' - o homem murmura.

- 'Especialmente com ela podendo treinar com a gente. Certo~?' - Ichiro sorri.

- ...hmpf.

- 'Também quero treinar!' - Chiaki resmunga, fazendo bico.

Suki:
- 'Você é muito nova, ainda, Chiaki.' - Setsuna diz, rindo baixinho. - ...'mas quer
dizer que mulheres podem treinar no seu dojo, agora, Mitsuo~?'

Maianne Ribeiro:
- '...não é isso.' - ele resmunga.

- 'Por que não, pai? Os tempos mudaram!'

- 'É diferente, o caso dela é diferente!'

Suki:
- 'A menina já sabe lutar, já sabe magia e já sabe invocação. E a nossa filha pode
aprender os três.'

Maianne Ribeiro:
- 'Garotas são mais delicadas.'

- 'Só porque pessoas como você insistem em impedir garotas de ficarem mais fortes!'

- 'Ichiro..!'

qualquersuki:
Suki:
- 'Meça seu tom com seu pai, Ichiro.' - Setsuna diz, severa, se virando para o
marido em seguida. - '...mas o nosso filho está certo. Garotas são delicadas porque
são ensinadas assim. A Chiaki é um exemplo de criança forte e agitada, que com o
passar dos anos será podada como eu fui. '

Maianne Ribeiro:
- 'Desculpe.' - o rapaz murmura.

Mitsuo solta um suspiro longo, levando uma das mãos à têmpora.


- 'Até você...' - ele resmunga baixinho. - ...'Tudo bem. Vocês venceram. Eu vou
ensinar a Chiaki.'
Suki:
Isso faz Setsuna sorrir abertamente, estendendo uma das mãos para acariciar o rosto
do marido.

- 'Eu tenho certeza que você não vai se arrepender.' - diz, suave. - 'E vai ser um
prazer acompanhar vocês nos treinos, para me certificar que todos terão um pouco de
colo caso seja necessário.' - e ri baixinho.

Maianne Ribeiro:
- 'Hmpf. Assim espero.' - ele resmunga baixinho. - 'Chiaki, espero que se dedique
aos treinos.'

- 'Eu vou, pai! Promessa!' - a menina ri, boba.

Suki:
- 'Não seja tão ranzinza, querido.' - pede, rindo baixinho

Maianne Ribeiro:
- '...eu não estou sendo ranzinza, ora...'

Suki:
- 'Você é ranzinza, querido.' - provoca.

Maianne Ribeiro:
- 'Eu não sou...' - o homem hesita. - '...bem... talvez um pouco...'

Suki:
- 'Obrigada por assumir.' - diz, tocando a mão dele suavemente

Maianne Ribeiro:
- '...de nada.' - murmura, sem jeito.

qualquersuki:
As semanas seguintes são estranhamente leves e gentis. Leanne se dedicava aos
treinos - de luta, desenho e da língua - com afinco, visivelmente mais
disciplinada, evoluindo rapidamente.

Apesar disso, continuava buscando conforto na imensidão do céu noturno, adormecendo


nos jardins mesmo quando o calor diminui e a brisa fria surge, agora enrolada em um
edredom enquanto fugia do próprio quarto. Aos poucos trocava os lugares onde se
deitava, tentando fugir do olhar de Mitsuo na tentativa de poupá-lo do trabalho,
mas em vão: ela continuava acordando na própria cama.

Aos poucos, porém, parece conseguir descansar melhor, rendendo cada vez mais nas
próprias atividades, consequência das mudanças feitas em seu quarto. As paredes
haviam sido pintadas por Ichiro e ela, agora de um lilás clarinho com algumas
paisagens que o rapaz fizera em uma delas. Além disso, estava cheio de estantes com
decorações variadas e plantas que aos poucos ocupavam as paredes e o teto, o cheiro
sempre reconfortante e doce.

E é nesse conforto que ela parece esquecer das normas e da vigília da casa, isolada
na biblioteca com Akiyama enquanto trocavam beijos e carícias, o rapaz a prendendo
contra a parede com o próprio corpo, as mãos agarrando-lhe as coxas firmemente.

qualquersuki:
Maianne Ribeiro:
Mitsuo parecia ter amansado um pouco mais, aceitando melhor a presença de Leanne
nos treinos - e de Chiaki, a menina dando os primeiros passos desajeitados no
aprendizado. Já Ichiro parecia um pouco mais incomodado com a distância que
aumentava entre ele e Leanne, Akiyama tomando mais e mais do tempo da garota.

E naquele dia, o rapaz entraria na biblioteca, tendo encontrado alguns textos que
talvez interessassem Leanne, o corpo travando ao ver o casal se beijando.
- O que diabos está acontecendo? - ele sussurra, o rosto avermelhando.

Suki:
- Ichiro. - o rapaz congela, recuando de imediato e levantando as mãos. - Boa
tarde.

- Mm...? - pergunta, entorpecida, uma marca de mordida aparecendo em seu peito pela
camiseta torta. - O que foi...?

Maianne Ribeiro:
- Boa tarde..? - ele sibila, áspero. - Sai de perto da Leanne. Agora.

Suki:
- Vamos, não tem necessidade disso... - diz, apesar de dar alguns passos para longe
da garota. - É só um namoro.

Maianne Ribeiro:
- Você é tutor dela, e ela é menor de idade. - Ichiro rosna. - Não foi pra isso que
meu pai te contratou.

qualquersuki:
Suki:
- É só um namoro. - insiste, amigável, apesar de claramente ter estremecido, o
rosto mais pálido. - É tudo consensual.

- ...o que... Qual tá sendo o problema, Ichi...? - pergunta, assustada, encarando o


mais novo. - Eu sei responder por mim mesma...!

Maianne Ribeiro:
- O problema é que ele é seu tutor, Lea, não seu namorado! - exclama.

Suki:
- E por que ele não pode ser os dois?! - pergunta, dando um passo a frente.

Maianne Ribeiro:
- Porque... Porque ele é maior de idade! - retruca.

"Por quê..?"

Suki:
- Ichiro, são só cinco anos de diferença! - reclama.

Maianne Ribeiro:
- Não interessa, vocês não deviam se pegar assim!

Suki:
- Qual é o problema?! - insiste, cruzando os braços. - Ele me ensina, ele me dá
carinho, qual. É. O. Problema?!

Maianne Ribeiro:
- O problema é que meu pai vai saber disso. - ele retruca, se afastando, irritado.

qualquersuki:
Suki:
- Pois então que você conte pra ele! Seu fofoqueiro ridículo! - retruca, quase
gritando.

- Isso... Isso não é bom, Leanne. - murmura, o rosto pálido enquanto ele arrumava a
própria roupa.

Maianne Ribeiro:
E não demora para que Mitsuo chame Leanne e Akiyama até a própria sala, o homem
aguardando os dois com uma expressão de poucos amigos...

Suki:
- Eu não vou negar nada. - resmunga baixinho para Akiyama enquanto os dois seguiam
até lá, fazendo-o resmungar.

- Boa tarde, senhor. - diz com uma mesura respeitosa ao entrar.

Maianne Ribeiro:
- Boa tarde. - murmura, sério. - Sentem-se, e expliquem-se.

Suki:
- Nós estamos namorando. - Leanne diz, sucinta, fazendo como ele falara,
visivelmente contrariada.

Maianne Ribeiro:
- ...com o seu professor? - murmura. - O que é essa marca na sua pele?

Suki:
- Ele é só um pouco mais velho que eu...! - reclama, cruzando os braços para
esconder a marca, o rosto corando.

Maianne Ribeiro:
- Ele é seu professor. Ele tem autoridade, e um voto de confiança que foi quebrado
no momento em que essa relação de vocês passou do profissional para o pessoal. -
responde, sério.

qualquersuki:
Suki:
- Só porque ele é maior de idade? - reclama. - São só cinco anos de diferença,
Mitsuo...!

Maianne Ribeiro:
- Não é só por isso. - o homem nega com a cabeça. - Eu já disse meus motivos,
Leanne.

Mitsuo pausa, e então encara Akiyama.


- Seu contrato se encerra aqui. Espero não vê-lo por perto.

Suki:
- Mitsuo, isso não é justo...! - reclama, batendo as mãos na mesa antes de ficar de
pé. - Ele é um ótimo professor e um ótimo namorado!

Maianne Ribeiro:
Os olhos de Mitsuo pousam na marca na pele de Leanne, o rosto se avermelhando.
- ...é mais do que justo, depois do que ele fez com a minha filha. - sibila, o
olhar afiado fuzilando Akiyama. - Seu último pagamento será enviado normalmente.
Agora suma da minha frente, antes que eu decida que demissão não é o suficiente.

Suki:
- S-sim, senhor. Com licença. - sussurra, fazendo uma mesura apressada antes de
sair sem sequer olhar para Leanne.
Não que a garota tenha percebido, ou se importado. Toda a raiva de Leanne parecia
ter desaparecido enquanto ela observava Mitsuo, o queixo caído.

- ...filha...? - pergunta, surpresa.

Maianne Ribeiro:
O homem limpa a garganta, sem jeito.
- ...sim. Filha. - sussurra.

Suki:
- Você... Você nunca me chamou de filha antes. - sussurra, as bochechas vermelhas.

Maianne Ribeiro:
- ...eu sei. - Mitsuo murmura, desviando o olhar. - Eu não sabia se você ficaria
confortável com isso, então...

qualquersuki:
Suki:
- Eu... E-eu fico. Eu... Eu me sentia insegura se você me via como filha, mesmo,
inclusive. - murmura, constrangida.

Maianne Ribeiro:
- É claro que vejo. Desde o dia que te acolhi. - responde.

Suki:
- Desde-- não, pera aí, isso não faz sentido...! Você nem me conhecia!

Maianne Ribeiro:
- Eu sei. E ainda assim, me senti responsável por você.

Suki:
Ela franze a testa, levando uma das mãos ao peito, um calor... Estranho se
espalhando por ele.

Não apenas como carinho, ou vergonha, mas como um batimento cardíaco que não era o
seu próprio, lentamente se sincronizando...

Maianne Ribeiro:
- ...Leanne? Está tudo bem? - ele pergunta, se aproximando da garota.

Suki:
- Eu... Eu acho que sim... - murmura, erguendo uma das mãos para tocar o peito
dele, parte da sensação se espalhando a partir dos dedos dela.

Maianne Ribeiro:
O homem franze a testa de leve, a mão pousando sobre a dela.
- O que é isso..? Esse calor, essa sensação? É sua magia..?

Suki:
- Eu... Eu não sei. - sussurra, claramente confortável. - Eu... Eu sinto a mesma
coisa, e eu nunca senti isso antes...

Maianne Ribeiro:
- Parece algo bom, ao menos. - ele murmura, sorrindo de leve. - Nós parecemos...
sincronizados, de alguma forma.

Suki:
- ...É. Eu... Eu sinto dois corações batendo dentro de mim. - diz, retribuindo o
sorriso.

Maianne Ribeiro:
- O meu e o seu. - diz, gentil. - ...minha filha...

Suki:
- ...meu... Meu pai... - murmura, o sorriso se abrindo mais no rosto.

"Isso é confortável..."

Maianne Ribeiro:
O sorriso de Mitsuo se abre um pouco mais, o homem afagando os cabelos dela.
- ...posso fazer um pedido, filha? - ele murmura, talvez um tanto... tímido?

qualquersuki:
Suki:
- ...quantos quiser. - murmura, fechando os olhos com o carinho, alheia ao
desconforto dele.

Maianne Ribeiro:
- ...fala de novo..?

Suki:
O pedido arranca um risinho dos lábios de Leanne, que abre os olhos cor-de-mel para
encará-lo.

- Sempre que quiser, meu pai. - e beija uma das bochechas dele, carinhosa.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado. - ele solta um risinho, aproveitando o carinho. - Os seus olhos são
lindos. Sinceros.

Suki:
- ...ah. - o semblante de Leanne... Desmonta, todo o rubor e felicidade
desaparecendo. - ...obrigada...

Maianne Ribeiro:
O homem franze a testa de imediato, encarando-a.
- O que foi..?

Suki:
- Você... Você falou dos meus... Meus olhos. Só isso. - murmura.

Maianne Ribeiro:
- Não gosta..? - murmura.

Suki:
Ela hesita, comprimindo os lábios, visivelmente dividida.

- ...qual a cor dos meus olhos? - pergunta, baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Cor de mel. Por quê..?

Suki:
Leanne franze a testa, encarando-o de imediato.

- ...como assim?
Maianne Ribeiro:
- ...como..? - ele franze a testa também, confuso. - Cor de mel, não é?

qualquersuki:
Suki:
- Você não vê eles verdes como o Ichiro? - pergunta, confusa.

Maianne Ribeiro:
- O Ichiro vê os seus olhos verdes? Como isso é possível?!

Suki:
- Ele... Não te contou. - murmura, incrédula, balançando a cabeça de leve.

Maianne Ribeiro:
- Não, não me contou. O que ele devia ter me contado? - Mitsuo resmunga, cruzando
os braços.

Suki:
A garota suspira, encolhendo os ombros e desviando o olhar.

- Eu... Eu fui amaldiçoada pela minha mãe, usando o sangue do meu pai. - sussurra,
a voz estremecendo enquanto os olhos se fechavam com força. - ...ninguém me vê como
eu sou de verdade.

Maianne Ribeiro:
O homem solta um suspiro, puxando-a pra si num abraço firme.
- Nós vamos dar um jeito nessa maldição. - murmura. - Obrigado por me contar.

Suki:
- N-não tem jeito... - ela ri, fraca, se deixando levar sem firmeza alguma. - É...
F-foi um sacrifício grande demais pra ser quebrado.

Maianne Ribeiro:
- Vai ter algum jeito. Nós vamos encontrar. - insiste. - A magia é vasta.

Suki:
- A magia é vasta, mas não infinita. - ela nega com a cabeça. - ...isso é magia
demoníaca, e bem forte.

Maianne Ribeiro:
- É vasta o suficiente. - diz, afagando os cabelos dela. - ...pode me dizer como
você é de verdade, então..?

Suki:
- Que diferença faz...? - pergunta, rindo baixinho, frustrada, escondendo o rosto
no ombro dele.

Maianne Ribeiro:
- Eu queria saber. Apenas isso. - o homem sussurra, baixinho.

qualquersuki:
Suki:
Ela suspira, abraçando Mitsuo em busca de conforto.

- Eu... Eu sou negra, e meu cabelo é castanho bem escuro, crespo, armado. Antes ele
era mais macio, mas aqui eu... Eu só uso shampoo e condicionador normais, sem
nenhum creme ou... Ou cuidado especial. Aí ele tá meio fosco, quebradiço. -
murmura, bem baixinho, quase como se estivesse envergonhada de si mesma. - ....Meus
olhos são meio mel, mesmo, e... E meu nariz é largo, meu pai dizia que era de
batata-doce. - e ri, fraca, estremecendo. - Eu tenho uma pinta em cima da
sobrancelha esquerda, também, que eu adorava. E... E é isso, eu... Eu acho.

Maianne Ribeiro:
O homem hesita, soltando Leanne e dando um passo pra trás, confuso.
- ...uma pinta aqui. Certo..? - murmura, tocando o lugar da pinta.

Suki:
A garota estremece com o toque de Mitsuo, a testa se franzindo.

- ...É. É por aí, sim. - murmura, confusa. - Será que...?

Maianne Ribeiro:
- Você descreveu exatamente como eu te vejo. - o homem sussurra. - Eu não sabia que
seu cabelo precisava de mais cuidados...

Suki:
- ...É-é, ele... Ele precisa de bem mais. - diz, sem graça, hesitando novamente em
seguida. - ...será que é porque o Ichiro e a Setsuna não são fortes que nem o
senhor...?

Maianne Ribeiro:
- Não sei quem é esse 'senhor'. - o homem resmunga. - ...eu não sei o motivo. Seja
ele qual for... significa que há um jeito de quebrar essa maldição.

qualquersuki:
Suki:
A resposta faz Leanne rir baixinho atrás de uma das mãos, delicada.

- ...talvez... Talvez você esteja certo. Ou talvez você seja forte demais pra ser
afetado, e é só uma exceção.

Maianne Ribeiro:
- Se eu sou forte demais pra ser afetado, então eu sou forte o suficiente pra
quebrar a maldição. - responde.

Suki:
- ...quê? - ela empalidece. - Mitsuo, é claro que não, isso vai envolver um
sacrifício em sangue e vida...!

Maianne Ribeiro:
- Eu encontrarei um jeito. - o homem diz, dispensando o aparente risco com um gesto
de mão.

Suki:
- Não. Não, não, não, não, de jeito nenhum! Eu já perdi um pai, eu não vou aceitar
perder o segundo! - exclama, amedrontada.

Maianne Ribeiro:
- Não vai. Eu não sou descuidado. - Mitsuo murmura. - Confie em mim, filha.

Suki:
- O BARTOLOMEU TAMBÉM NÃO ERA! - grita, agarrando as roupas dele, o olhar cheio de
pânico buscando o dele. - ...promete. Me promete que não vai fazer nenhum
sacrifício que _eu_ não faria. - pede, as mãos tremendo.

Maianne Ribeiro:
- Eu não vou me sacrificar, ou sacrificar alguém da nossa família. - diz, o tom
sério. - Isso eu posso prometer.
qualquersuki:
Suki:
- ...o que... O que você quer dizer com isso...? - pergunta, estremecendo, bastante
hesitante.

Maianne Ribeiro:
- Eu disse o que disse. Acho que fui bem claro nisso. - o homem murmura.

Suki:
- MITSUO! - ela grita, nervosa. - Não, você não vai sacrificar NINGUÉM pra resolver
isso....!

Maianne Ribeiro:
- ...por que não? É um sacrifício válido, um qualquer pela minha filha. - diz, sem
nenhum traço de culpa ou hesitação.

Suki:
- Um INOCENTE não é um qualquer, pai! Ele é filho de alguém, ele é o amor da vida
de alguém! - retruca.

Maianne Ribeiro:
- É só eu sacrificar alguém que não seja inocente. Tem vários desses por aí.

Suki:
- NÃO É VOCÊ QUEM DECIDE QUEM É INOCENTE OU NÃO! - grita.

Maianne Ribeiro:
O homem suspira, balançando a cabeça.
- Você ainda é jovem demais pra entender. - murmura. - Vá descansar.

qualquersuki:
Suki:
Leanne o encara com os olhos cheios de lágrimas - e horror -, antes de balançar a
cabeça negativamente.

- ...você é igualzinho a ela. - sussurra, o choro começando a escorrer pelo rosto


da menina antes dela se afastar, a postura derrotada.

Maianne Ribeiro:
- Não ouse me comparar a Caroline Everbleed. - ele sibila, ofendido.

Suki:
- Então não seja que nem ela! - exclama, ainda de costas pra ele, batendo a porta
atrás de si com violência.

Maianne Ribeiro:
"Jovem demais pra entender, de fato," pensa, suspirando. "Criança tola..."

Suki:
- Levanta. - Leanne diz, seca, abrindo a porta do estúdio de tatuagem de Ichiro com
violência, o bastão de treino na mão livre.

Maianne Ribeiro:
- ...que cara é essa? Brava porque perdeu o Akiyaaaaaama? - Ichiro provoca,
incomodado.

Suki:
- ...se você não quer começar a apanhar aqui e agora, cala a merda da sua boca. -
rosna, apontando para ele com a arma.

Maianne Ribeiro:
"Uau. Ela tá com raiva mesmo."
- Vamos pro dojo, então. Não quero bagunçar o estúdio. - murmura, se levantando.

Suki:
- Passa e passa rápido pra lá, que se você ficar mais cinco minutos no meu alcance
eu te esfolo. - rosna, dando passagem para que ele saísse do cômodo.

Maianne Ribeiro:
- É assim que você vai me tratar agora, é? - resmunga, irritado, se afastando pro
dojo.

qualquersuki:
Suki:
- Não, vai ser muito, _muito_ pior. - retruca, segurando a gola da roupa dele para
empurrá-lo para frente, em um sinal claro de que se movesse mais rápido.

Maianne Ribeiro:
O rapaz para, encarando Leanne.
- Eu não vou pra lugar nenhum. - retruca, irritado. - Não sou seu cachorro.

Suki:
O bastão passa pelas pernas de Ichiro com violência, sem nenhum freio ou pena, para
derrubá-lo no chão.

- Você vai implorar pra eu te tratar como um cachorro depois de hoje, Ichiro. -
rosna

Maianne Ribeiro:
O rapaz cai seco no chão, resmungando de dor antes de se empurrar pra ficar de pé.
- É isso então? O Akiyama vale mais do que os seus laços comigo? - rosna, irritado.
- Vai. Me bate, então. Me mostra o quanto você me despreza por causa de um otário
qualquer.

Suki:
- Ele não era um otário qualquer! - exclama, irritada, atingindo o peito dele com o
bastão, violenta. - Era ele quem passava o dia inteiro comigo, me ouvindo e me
ajudando! - diz, atingindo-o novamente. - Ele quem secava meu choro, e conversava
comigo madrugada adentro enquanto eu chorava trancada no quarto e você não ouvia!

Maianne Ribeiro:
Ichiro recua, cerrando os dentes com a dor, apesar de não cair com nenhum dos
golpes.
- E eu não passava o dia com você?! Eu não te ajudava?! Eu tenho culpa se você
escondeu seu choro?! - grita, sentindo o sangue na garganta.

qualquersuki:
Suki:
- ELE PERCEBEU SEM EU PRECISAR FALAR! - retruca, golpeando-o de cima para baixo
para jogar o rapaz no chão. - Se você não tem culpa, então reage! Tá me deixando te
surrar por que, então?! Reage, Ichiro, REAGE!

Maianne Ribeiro:
O rapaz leva um dos joelhos ao chão com o impacto, estremecendo.
- Porque você tá fazendo merda, e eu não vou brigar com você! - ele retruca,
secando os lábios com as costas das mãos. "Merda, ela bate forte..."
Suki:
- Pois devia! - diz, o pé atingindo o peito dele para jogá-lo para trás. - Não é a
sua família que mata um monte de inocente?! - pergunta, pisando no peito dele com
violência. - Não é você quem está treinando pra ser como o nosso pai, e decidir
quem vive e quem morre?! - e pisa de novo. - Então vamos, Ichiro! - de novo. -
Reage! REAGE, ICHIRO, REAGE QUE NEM O SEU PAI IA GOSTAR DE VER, E ME MATA QUE NEM
VOCÊS FAZEM COM UM MONTE DE GENTE E COMO A MINHA MÃE TENTOU FAZER COMIGO! - grita,
pisando sucessivas vezes no tronco dele, violenta.

Maianne Ribeiro:
O rapaz resiste como podia, a dor cada vez mais intensa enquanto sentia os ossos se
quebrando sob os chutes. "M-merda..!" pensa, tossindo sangue, a respiração
começando a fraquejar. "Ela vai me matar..."

Suki:
E a visão do sangue faz Leanne se afastar e recuar vários passos.

- Por que você não reage, merda?! - reclama, a voz quebrando enquanto ela
finalmente caía no choro e se escorava na parede até o chão. - Por que você não
termina o que ela começou?! - pergunta, rouca, a própria magia colocando os ossos
de Ichiro de volta no lugar dolorosamente.

Maianne Ribeiro:
- Agh..! - ele geme de dor, o rosto empalidecendo. - Eu... Eu n-não vou b-bater em
você...

qualquersuki:
Suki:
- POIS DEVIA! - grita, a Papisa surgindo ao lado dos dois para tomar Ichiro nos
braços enquanto Leanne se levantava, trêmula. - ...cuida... Cuida dele. - ordena,
pegando o bastão antes de se afastar.

Maianne Ribeiro:
- ...me... Me deixa... E-eu posso ir... Pro hospital... - sussurra fracamente.

Suki:
- Shh. - a Arcana pede, encostando a testa na do rapaz, o calor confortável da
magia de Leanne se espalhando pelo corpo dele enquanto curava seus ferimentos. -
Durma, garoto, você precisa...

Maianne Ribeiro:
E Ichiro não demora a perder a consciência, exausto depois da surra que levara...

Suki:
Já Leanne não demora a passar pelos portões da residência a passos rápidos, ainda
segurando o bastão com tanta força que o braço tremia. Passaria as horas seguintes
andando entre ruas e avenidas, parques e praças, sem pensar direito no que fazia ou
se metia...

Maianne Ribeiro:
Quando Leanne enfim voltasse pra casa, veria Mitsuo aguardando-a no batente da
porta, os braços cruzados, sério...

Suki:
E a garota nem sequer o cumprimenta, passando direto pelo homem.

Tinha as roupas desalinhadas, sujas de sangue e terra, assim como o bastão - agora
quebrado - em uma de suas mãos -. Além disso, era visível que sofrera mais do que
apenas tentativas: a garota tinha o supercilio esquerdo sujo de sangue, apesar do
corte já ter sido fechado, e alguns hematomas pelo corpo.

Maianne Ribeiro:
- Direto pra enfermaria. - ele murmura, sério. - Nós conversamos quando você
descansar.

qualquersuki:
Suki:
Leanne finge não ouvir, indo para o próprio quarto em silêncio, largando o que
sobrara do bastão sobre a cama antes de ir para o banheiro, completamente em
silêncio apesar de Salem que a chamava várias e várias vezes...

Maianne Ribeiro:
- Leanne? - a voz de Ichiro chama a garota, o rapaz entrando no quarto dela sem
cerimônias. - Leanne, você voltou?!

Suki:
- Ela está no banho. - o gato murmura, desviando o olhar do bastão que farejava. -
Você parece... Inteiro. Huh.

Maianne Ribeiro:
- Alguém me curou. - murmura, passando a mão pelas costelas. - Eu não sei quem era.

Suki:
- Você não reconheceu a magia? - pergunta, encarando-o. - ...eu sabia que você era
mentecapto, mas não achei que fosse tanto.

Maianne Ribeiro:
- Mente-- o que diabos é isso? - resmunga. - Eu sei que foi a magia da Lea, só não
sei que invocação era aquela!

Suki:
- Idiota e sem juízo. - resmunga. - Era a Papisa.

Maianne Ribeiro:
- Hmpf. - ele resmunga. - Ela ainda tá irritada? Vai me quebrar de novo?

Suki:
- Vai lá e pergunta. Não sou gato-correio. - retruca.

Maianne Ribeiro:
- Ela está no banho, eu não vou entrar!

Suki:
- Então espere e não me perturbe. Eu estou tentando descobrir se ela matou alguém
com isso aqui. - resmunga.

Maianne Ribeiro:
- ...a Lea não mataria alguém.

"Ou mataria..?" pensa, notando o estado do bastão.

qualquersuki:
Suki:
- A nossa Leanne não. A filha da Caroline e do seu pai, sim. - diz, sombrio.

Maianne Ribeiro:
- O que tem o meu pai a ver com isso?!
Suki:
- Pergunte a ele, e talvez você consiga entender melhor a situação toda.

Maianne Ribeiro:
O rapaz resmunga, se afastando, irritado. Apesar disse, quando enfim retornasse,
Ichiro estaria um tanto mais abatido, os ombros caídos...

Suki:
E Leanne estaria de pé diante do espelho, se observando como um animal enjaulado,
vestindo um pijama qualquer amarrotado, os vários hematomas e escoriações agora
visíveis.

Maianne Ribeiro:
- Lea. Chama a Papisa pra cuidar de você. - murmura.

Suki:
- Eu posso me cuidar sozinha. - diz, seca, sem se mover.

Maianne Ribeiro:
- Não, não pode. Claramente não pode. - murmura.

Suki:
- O que você quer, Ichiro? - pergunta, se virando para ele, a cicatriz no
supercilio bastante feia revelando a violência do golpe que recebera.

Maianne Ribeiro:
- Seu bem. - ele responde, encarando-a. - É só isso que eu quero.

qualquersuki:
Suki:
- Tarde demais. - diz, pegando o tarô do bolso do short sujo com uma das mãos e o
bastão quebrado com a outra antes de sair do quarto.

Maianne Ribeiro:
"...a culpa é do Akiyama e do meu pai," pensa, seguindo-a.
- Lea, por favor. - ele insiste. - Vai na enfermaria..!

Suki:
- Eu não preciso de ajuda de ninguém. - retruca, agressiva, continuando o caminho
até o dojo.

Maianne Ribeiro:
- E o que diabos você vai fazer, treinar desse jeito?!

Suki:
A garota não responde, fechando a porta atrás de si ao passar, sem se importar com
Ichiro, sem olhar para trás, os passos firmes e pesados

Maianne Ribeiro:
O rapaz recua, os braços caídos ao lado do corpo. "...acabou. A gente perdeu
ela..." pensa, se afastando, frustrado.

Suki:
Já se passara da hora do almoço quando a garota sai do dojo, pingando suor, abrindo
a porta do estúdio de tatuagem de Ichiro sem nem pedir licença ou anunciar sua
presença.

E é assim, sem uma palavra, que ela se senta no lugar habitual, pegando o próprio
caderno e as canetas de dentro da mochila que deixava sempre lá.
Maianne Ribeiro:
Ichiro apenas suspira, sem conseguir focar no próprio treino.
- Mais calma..? - sussurra.

Suki:
- Eu não vou te surrar de novo, se é essa a sua dúvida. Não quero dar motivos pro
_seu_ pai _me_ surrar.

Maianne Ribeiro:
- Ele jamais faria isso, Lea..! - exclama.

qualquersuki:
Suki:
- Ah, não, porque ele jamais seria capaz de ferir um inocente. É isso? - pergunta,
debochada. - Eu já me fiz deixar de ser inocente, se esse é o problema.

Maianne Ribeiro:
- Não, Leanne, você é família! - ele retruca. - Ele jamais iria te ferir!

Suki:
- Bom, eu também era filha da Caroline, e isso não impediu ela de tentar me matar e
matar meu pai, impediu? - e ri, fraca, socando a mesa com violência.

Maianne Ribeiro:
- O meu pai não é a Caroline!

Suki:
- E qual é a diferença, então?! Porque ele disse que sacrificaria qualquer pessoa,
inocente ou não, só pra tentar desfazer a maldição da minha aparência! - rosna,
ficando de pé. - Assassinar pessoas inocentes por causa da _aparência_ de alguém é
algo que ela faria! Ou pior: que talvez nem ela faria!

Maianne Ribeiro:
- Ele não mataria pessoas inocentes! - Ichiro exclama, ficando de pé. - O meu pai
tem honra, diferente da sua mãe!

Suki:
- MAS FOI O QUE ELE FALOU, ICHIRO! - grita, socando a mesa novamente, as lágrimas
enchendo seus olhos e transbordando. - Ele disse: 'um qualquer pela minha filha',
quando conversamos sobre sacrifícios que seriam necessários pra desfazer essa merda
de maldição!

Maianne Ribeiro:
- ELE AINDA NÃO MATARIA UM INOCENTE! - grita, frustrado.

qualquersuki:
Suki:
- MAS FOI O QUE ELE FALOU! VAI LÁ E PERGUNTA PRA ELE, ENTÃO, SE NÃO ACREDITA EM
MIM! - berra.

Maianne Ribeiro:
- NÃO, EU NÃO ACREDITO! - ele berra de volta. - EU CONHEÇO O MEU PAI!

Suki:
- Salem, chama o Mitsuo aqui. - ordena, entre os dentes, as lágrimas caindo pelo
rosto. - Alguém precisa conhecer melhor a família que serve.

- ...não demoro. - o gato diz, prontamente se afastando atrás do patriarca.


Maianne Ribeiro:
E de fato, não demora para que Mitsuo se aproxime, a expressão séria.
- O que houve?

Suki:
- O seu filho não está acreditando que você disse que 'mataria um qualquer' pra
desfazer a minha maldição. - diz, secando o rosto de qualquer jeito, bruta.

Maianne Ribeiro:
- Mataria. - diz, sério.

- Até um inocente..?!

- Não. Eu não mato inocentes. - responde, negando com a cabeça.

Suki:
- Engraçado, porque você disse que era um sacrifício válido trocar um qualquer pela
sua filha, e só mudou o discurso pra "sacrificar alguém que não seja inocente"
depois que eu reclamei. - ela cruza os braços, rangendo os dentes de raiva, o corpo
inteiro tremendo. - Ah, desculpe, eu esqueci que é você quem julga a inocência ou a
culpa das pessoas, então de fato, não existem inocentes quando você quer matar
alguém, não é mesmo?!

Maianne Ribeiro:
- "Um qualquer", não "qualquer um". - ele responde. - Você não sabe do que está
falando.

qualquersuki:
Suki:
- Então POR QUE VOCÊ NÃO DISSE ISSO ONTEM?! - grita, as lágrimas voltando a
transbordar. - POR QUE VOCÊ NÃO DISSE ISSO ONTEM COM ESSAS PALAVRAS QUANDO EU TE
QUESTIONEI, MITSUO?!

Maianne Ribeiro:
- Eu achei que tinha falado. - responde, suspirando. - Eu não sou um monstro
assassino, Leanne.
"E me dói que você tenha pensado que eu sou."

Suki:
- ...e você quer que eu simplesmente acredite nisso depois de ontem? - pergunta,
descrente, negando com a cabeça. - É óbvio que você tá falando isso pra não ferir a
visão que o seu filho tem de você, Mitsuo. Bem óbvio.

Maianne Ribeiro:
- É claro que não. - ele nega com a cabeça. - ...Leanne, eu não sei o que essa
maldição é. E se tiverem outros efeitos, além da sua aparência? E se isso te afetar
de outras maneiras?

Suki:
- ...do que você tá falando? - resmunga, irritada, batendo o pé no chão com
violência, claramente perdendo o próprio auto-controle. - E o que isso tem a ver?!

Maianne Ribeiro:
- ...da minha mãe. - Ichiro é quem murmura, estremecendo.

Suki:
Ela franze a testa, se virando para o rapaz de imediato enquanto todo o sangue
fugia de seu rosto.
- O que... O que tem a Setsuna...? - pergunta, a voz mais baixa, hesitante.

Maianne Ribeiro:
- A... a gente não sabe o que é, mas... mas ela precisa de cuidados constantes. São
vários remédios, e ainda assim a saúde dela continua deteriorando. - sussurra.

qualquersuki:
Suki:
- ...e é uma maldição, mesmo...? - pergunta, erguendo as sobrancelhas. - Qual...
Qual a origem?

Maianne Ribeiro:
- Nós não sabemos. - ele nega com a cabeça. - Ninguém descobriu ainda.

Suki:
A garota morde o lábio inferior com força, tanta força que mal percebe o sangue se
acumulando em sua boca.

- Ichiro, eu vou precisar que você traduza todos os relatórios médicos pra mim. -
murmura repentinamente, como se voltasse a si, passando as costas de uma das mãos
pelos lábios. - ...na verdade, tudo o que tiverem sobre isso. Exames, laudos, o que
for.

Maianne Ribeiro:
- ...Lea..? O que..? - ele franze a testa. - Por quê?

Suki:
- Só faz o que eu tô pedindo. - e se afasta, empurrando Mitsuo para o lado sem
rodeios antes de sair para ir até a biblioteca...

Maianne Ribeiro:
- Faça como ela pediu. - MItsuo suspira, também se afastando. Ichiro resmunga, mas
acaba por ir começar a tradução, incomodado...

Suki:
Tudo o que Leanne faz é tomar banho e se trocar antes de ir até a biblioteca, se
afundando em vários livros e anotações com a ajuda de Salem e do tradutor do
celular. Além disso, rasgava páginas do próprio caderno para usar como marca-
páginas, ansiosa demais em começar a própria pesquisa para pedir materiais a
qualquer um...

Maianne Ribeiro:
Pouco depois, Mitsuo entraria na biblioteca, colocando uma bandeja de comida ao
lado de Leanne.
- Coma. Você não vai conseguir ajudar a Setsuna se você mesma ficar doente. -
murmura.

Suki:
A garota hesita, erguendo o olhar da própria leitura para encará-lo.

- ...obrigada, Mitsuo. Mas a nossa conversa não acabou ainda. - avisa, voltando aos
livros e anotações.

Maianne Ribeiro:
- Quando quiser continuá-la, sabe onde me encontrar. - murmura, se afastando.

qualquersuki:
Suki:
"Nunca, talvez.", pensa, socando a mesa quando ele se afasta antes de balançar a
cabeça.

- Foco, Leoa. Foco. - sussurra, voltando aos estudos.

Maianne Ribeiro:
A cena se repetiria na hora do almoço, Mitsuo trazendo a refeição da garota. Já era
o meio da tarde quando enfim Ichiro aparece na biblioteca, trazendo alguns
documentos consigo.
- Aqui. A tradução dos exames mais recentes. - murmura, entregando os papéis pra
Leanne.

Suki:
- Obrigada. - murmura, o próprio caderno já praticamente sem folhas, a garota
fazendo anotações a lápis nos cantos dos livros sem nem erguer o olhar.

A pilha de livros se tornara quase insustentável, vários volumes abertos e


empilhados, outros tantos deixados caídos pelo chão.

Maianne Ribeiro:
- O que você está fazendo..? - murmura, confuso.

Suki:
- Tentando descobrir se isso é uma doença ou uma maldição. - explica. - Procurando
os efeitos dos ingredientes dos chás, lendas e demônios e magias locais, e tentando
cruzar as informações pra saber o que fazer.

Maianne Ribeiro:
- Os médicos dizem que é uma maldição. Os curandeiros dizem que é doença. - ele ri,
sem graça. - A gente já tentou de tudo, Lea. Não tem cura pra minha mãe...

Suki:
- Ou é uma doença desconhecida, e isso eu posso curar, ou é uma maldição diferente
das que vocês conhecem, e aí eu consigo quebrar descobrindo qual é e como é feita.
- murmura, sem interromper o que fazia.

Maianne Ribeiro:
Ele abre a boca pra questionar, mas resolve apenas suspirar.
- Se precisar de mais documentos, me avise. - sussurra, se afastando, abatido.

Suki:
- Eu talvez precise. - é tudo que ela diz, voltando aos estudos até ceder de
exaustão já perto da hora de jantar e adormecer na cadeira...

Maianne Ribeiro:
E mais uma vez Mitsuo traria a refeição, suspirando ao ver Leanne adormecida. Com
um gesto, a bandeja começa a flutuar sozinha, o homem tomando-a nos braços e
carregando-a pro quarto, como costumava fazer...

qualquersuki:
Suki:
- Obrigado. - Salem murmura, seguindo-o alguns passos atrás. - Mas não deixe
limparem a biblioteca, ou mexerem em nada. - pede.

Maianne Ribeiro:
- Não se preocupe. Ninguém vai entrar na biblioteca. - murmura.

Suki:
Ele resmunga, miando para concordar.
- Sabe dizer como isso tudo começou? - pergunta.

Maianne Ribeiro:
- A Setsuna, você diz..? - ele suspira.

Suki:
- Exato. Talvez isso nos ajude a diferenciar uma doença de uma maldição. - explica.

Maianne Ribeiro:
- Ela começou a ter fraquezas, as vezes espasmos. Depois, os olhos dela começaram a
deteriorar. - o homem sussurra, a voz cuidadosamente controlada. - Já tem cinco
anos, e pouco a pouco ela tem piorado...

Suki:
- Isso... Repentinamente? Ou foi de-- - ele hesita. - Foi depois da Chiaki nascer?
- pergunta, parando de andar por um instante. - A gravidez foi de risco?!

Maianne Ribeiro:
- ...foi. E foi, sim. - ele franze a testa, parando. - Isso tem a ver com o
nascimento da minha filha?

Suki:
- Possível. - murmura, assentindo com a cabeça. - Existem demônios que se alimentam
de almas humanas em momentos de necessidade. Com pactos, trocas, maldições.

O gato move a cauda suavemente de um lado para o outro, hesitando antes de pular
para o ombro de Mitsuo.

- Algum de vocês disse que 'daria qualquer coisa' para a criança sobreviver?

Maianne Ribeiro:
- ...eu disse. - o homem estremece. - A culpa... É minha..?

qualquersuki:
Suki:
- Não é culpa de ninguém. - murmura, negando com a cabeça. - ...mas isso explica a
razão dos curandeiros não conseguirem definir a causa. Não está nela, está em você.

Maianne Ribeiro:
- ...a culpa é minha. - ele ri, fraco, voltando a caminhar.

Suki:
- Você não fez isso de propósito. Sequer foi te oferecida uma chance de recusar. -
resmunga, batendo no rosto dele de leve com a pata. - Contenha-se.

Maianne Ribeiro:
- Eu estou contido, Salem. - sussurra. "Nada disso absolve minha culpa."

Suki:
- Não, não está. Você está se afundando na mesma culpa e medo que te levaram a esse
pacto unilateral. É de desespero que eles se alimentam.

Maianne Ribeiro:
- E como você quer que eu sinta, sabendo que a mulher que eu amo está definhando
por minha causa?! - ele exclama, cerrando os dentes em seguida.

Suki:
- Ela não está definhando por sua causa. - insiste, sem se abalar.
- Hnng... - Leanne estremece nos braços dele, entreabrindo os olhos, sonolenta. - O
que tá havendo...?

Maianne Ribeiro:
- Nada. Nada de mais. - murmura, escondendo os próprios sentimentos enquanto
voltava a caminhar.

Suki:
- Não mente... - reclama, baixinho, apesar de fechar os olhos novamente.

Maianne Ribeiro:
- Não precisa se preocupar. - sussurra, entrando no quarto com Leanne.

Suki:
- Você é meu pai, eu não escolho... - resmunga.

Maianne Ribeiro:
- São preocupações minhas, apenas. - murmura. "Minha culpa..."

qualquersuki:
Suki:
- Eu vou resolver, prometo... - e boceja, se aninhando melhor nos braços dele.

Maianne Ribeiro:
"Não prometa o que não pode cumprir," pensa, deitando a garota na cama gentilmente.
- Descanse. Amanhã você volta a sonhar. - sussurra, se afastando.

Suki:
- Você não parece bem. - Setsuna diz, se aproximando de Mitsuo quando ele entra no
quarto. - A conversa com a nossa filha foi ruim assim...? - pergunta, afastando a
parte de cima das roupas dele, cuidadosa.

Maianne Ribeiro:
O homem estremece, puxando Setsuna pra um abraço, trêmulo.
- ...a culpa é minha. - ele sussurra. - Você está assim... por minha causa...

Suki:
- Não diga besteiras, querido... - murmura, suspirando antes de abraçá-lo de volta,
encostando a cabeça em um de seus ombros.

Maianne Ribeiro:
- Não é besteira. - sussurra, a voz trêmula. - É a verdade. A culpa é minha. Algum
espírito se aproveitou da minha fraqueza, e lhe amaldiçoou através de mim...

Suki:
- Isso sequer faz sentido, Mitsuo. - murmura, erguendo o rosto para procurar o
dele. - Me explique isso direito, por favor.

Maianne Ribeiro:
- Quando você estava grávida da Chiaki... eu tive tanto medo de te perder... de
perder as duas, eu... - ele murmura, segurando a mão dela. - Eu disse que faria
qualquer coisa pra que vocês sobrevivessem. O Salem disse que algum espírito deve
ter se aproveitado disso pra forçar um pacto...

Suki:
- ...oh. Eu... Eu não acho que seja sua culpa, querido. - diz, esboçando um sorriso
suave, compreensivo e doce. - Eu disse para me levarem, no lugar dela.
Maianne Ribeiro:
- ...você... o quê..? - sussurra, encarando-a.

qualquersuki:
Suki:
- Eu pedi que me levassem ao invés de levarem a nossa filha, se esse era o preço. -
diz, retribuindo o olhar ainda com o mesmo sorriso.

Maianne Ribeiro:
- ...Setsuna, pelos deuses... - ele estremece. - Eu não quero te perder!

Suki:
- Não vai, não vai. - diz, rindo baixinho como se acalentasse uma criança. - Não se
preocupe, eu vou ficar bem.

Maianne Ribeiro:
- ...vai. Tem... tem que haver um jeito de te curar. Eu vou encontrar... -
sussurra, afagando o rosto dela.

Suki:
- Nós já tentamos tudo o que podíamos, querido. Não se preocupe com isso, o remédio
tem sido mais que suficiente. - murmura, fechando os olhos.

Maianne Ribeiro:
- O remédio não vai ser suficiente pra sempre. - sussurra. - Tem que haver um
jeito.

Suki:
- Pra sempre é muito tempo, mesmo pra nós dois, meu amor... - ela suspira, rindo
baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Eu vou dar um jeito, Setsuna. Eu prometo. - o homem murmura, beijando-a de leve.
- Eu não vou te perder...

Suki:
A mulher sorri mais abertamente com o beijo, os olhos buscando o dele.

- Não faça promessas impossíveis. - pede, baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Eu prometo. - insiste.

Suki:
- Não faça isso, Mitsuo, meu amor... - ela suspira, afagando o rosto dele. - Você é
um homem de palavra, e essas palavras podem te destruir...

Maianne Ribeiro:
- Eu preciso encontrar um jeito, Setsuna..! - o homem estremece, os olhos se
enchendo de lágrimas.

Suki:
- Não há jeito para a morte, querido, e todos nós estamos fadados a ela um dia.

Maianne Ribeiro:
- Um dia, Setsuna, não cedo..!

Suki:
- Eu já te dei dois filhos lindos, e uma família maravilhosa. Não é tão cedo assim.
- ela ri.

Maianne Ribeiro:
- É cedo. Pra mim é cedo demais...

Suki:
- Shh. Vamos gastar nosso tempo aproveitando a presença um do outro ao invés de
pensar nisso, mm?

Maianne Ribeiro:
Ele suspira, abraçando a esposa firmemente, choroso. "Setsuna..."

qualquersuki:
Suki:
E a mulher o envolve com os braços carinhosamente, cantando baixinho como fazia com
as crianças na tentativa de acalmá-lo...

-=-

Já era o terceiro dia desde que Leanne começara as próprias pesquisas, e era
visível seu avanço e o custo que isso tinha em sua mente.

A garota já estava fazendo mapas e anotações nas paredes, referenciando livros e


conhecimentos variados, mas ainda faltavam várias lacunas e círculos, todos em
branco...

- Merda... Eu sei que tinha algo sobre isso nos livros do meu pai... - resmunga,
andando de um lado para o outro enquanto batia na própria cabeça de leve. - Lembra,
Leoa, lembra, você já leu sobre esse demônio...!

qualquersuki:
Maianne Ribeiro:
- Leanne..?

Mitsuo entra na biblioteca, a testa franzida ao ver o estado da garota.


- O que houve? Está tudo bem?

Suki:
- Não, não tá _nada_ bem! - exclama, parando por um segundo para encará-lo,
frustrada e irritada, antes de voltar a andar e a se bater. Era visível pelas
olheiras em seu rosto e pelo tremor em suas mãos que Leanne tinha descansado muito
pouco e usado mais estimulantes do que deveria - fato comprovado pelas latas de
energético acumuladas em um canto da biblioteca -.

- Eu sei qual é o demônio, eu sei qual é a maldição, mas não consigo lembrar o nome
e os detalhes...! - e grunhe, frustrada consigo mesma, aumentando a intensidade dos
socos na própria cabeça. - Eu SEI que li sobre isso nos livros do meu pai, mas eu
não consigo lembrar...!

Maianne Ribeiro:
- Leanne. - ele diz, mais severo, segurando os pulsos da garota. - Acalme-se. Se a
Setsuna te ver neste estado, ela vai ficar preocupada.

Suki:
A garota resmunga quando ele a segura, tentando se soltar sem muita força.

- Pois então proíba ela de vir até aqui! - retruca.

Maianne Ribeiro:
- Não. - responde. - Eu também estou preocupado. Respire e se acalme.

Suki:
Ela grunhe mais um pouco, respirando fundo várias e várias vezes para tentar se
acalmar.

- ...eu já procurei em todos os livros daqui. - diz, a voz baixinha, constrangida.


- Eu consegui informações o suficiente pra saber como é, mas sem o nome não tem
como invocar ou procurar como ele trabalha...

Maianne Ribeiro:
- E onde nós podemos conseguir essa informação? - pergunta.

qualquersuki:
Suki:
- Nos livros do meu pai tinha. - murmura, passando uma das mãos pelo rosto,
frustrada porém mais calma. - Ele tinha enciclopédias e anotações sobre muitas
coisas. E o grimório, ah, droga, o grimório dele com certeza tem as magias
necessárias...!

Maianne Ribeiro:
- Essas coisas estão no apartamento? - pergunta. - Eu posso mandar trazer.

Suki:
- Eu... Eu acho que sim. Talvez estejam...! - diz, o olhar se iluminando. - Os
livros dele ficavam no quarto dele, em um armário com um cadeado. Os materiais e
instrumentos também. - explica. - ...agora o grimório dele... Aí eu... Eu não sei.
- murmura, a esperança diminuindo em seu rosto. - Ele mantinha escondido.

Maianne Ribeiro:
- Nós vamos achar. - diz, assentindo com a cabeça. - Eu vou fazer a minha parte.
Você, descanse até que os materiais cheguem.

Suki:
- ...quê? - pergunta, surpresa. - N-não, como assim?! Eu não posso parar, e-e eu
devia ir junto...!

Maianne Ribeiro:
- Pode, e deve. Eu não quero trocar você pela Setsuna. - murmura.

Suki:
A garota ergue as sobrancelhas, visivelmente surpresa pela resposta enquanto os
olhos se enchiam de lágrimas e ela corava.

- ...t-tudo bem. - murmura. - Eu vou pedir pro Ichi me fazer companhia.

Maianne Ribeiro:
- Mm. Diga a ele que ele está liberado das atividades do dia. Podem passar o tempo
como preferirem. - diz, se afastando.

qualquersuki:
Suki:
"Ele vai adorar, se ainda quiser olhar na minha cara.", pensa, esticando os ombros
antes de procurar Ichiro pela casa.

Maianne Ribeiro:
O rapaz estava no dojo, treinando sozinho com a espada - uma real, dessa vez -, os
movimentos precisos. Apesar disso, parecia um tanto abatido, desanimado...
Suki:
- Seu pai mandou avisar que você está liberado das atividades do dia se for pra me
fazer companhia e me ajudar a descansar. - diz, sem rodeios, entrando no dojo e
encostando a porta atrás de si, cabisbaixa. - ...se você quiser, claro.

Maianne Ribeiro:
- ...eu quero. - o rapaz murmura, embainhando a espada com um suspiro. - Por que eu
não iria querer?

Suki:
- Porque a última vez que a gente passou tempo juntos foi comigo te surrando, e
depois discutindo aos berros um com o outro. - ela suspira também, sem erguer o
olhar.

Maianne Ribeiro:
- E todas as vezes antes disso foram muito melhores. - ele ri, sem jeito.

Suki:
- É, eu sei, mas não sabia se isso ainda importava pra você. - murmura, cruzando os
braços.

Maianne Ribeiro:
- Importa. É claro que importa. - ele murmura, suspirando.

Suki:
- ...entendi. Bom, eu... Eu vou pros jardins tentar dormir um pouco. Ordens do seu
pai. - diz, sem jeito.

Maianne Ribeiro:
- Eu vou com você. Só deixa eu pegar material no estúdio, vou ficar desenhando. -
murmura. - ...eu preciso trocar de roupa também, no mínimo.

qualquersuki:
Suki:
- Eu te espero aqui. - ela suspira, dando alguns passos para o lado para deixar a
porta livre.

Maianne Ribeiro:
O rapaz assente com a cabeça, se afastando. Levaria alguns longos minutos até enfim
retornar, trazendo consigo um caderno e uma pequena sacola preta.
- Pronto. Vamos..?

Suki:
- Vamos. - murmura, tendo se encostado na parede, os braços cruzados, visivelmente
ainda tentando juntar as peças de informação que conseguira...

Maianne Ribeiro:
- ...obrigado por... por todo esse esforço, pra salvar a minha mãe. - ele murmura
baixinho. - De verdade. Se eu puder ajudar de qualquer forma...

Suki:
"É a minha mãe também, esqueceu?", pensa, os lábios trêmulos incapazes de proferir
as palavras.

- ...É o mínimo que eu posso fazer, depois de tudo que vocês fizeram por mim.

Maianne Ribeiro:
- Não tem nenhuma dívida que você tenha que pagar, Lea.
Suki:
- Depois de tudo o que vocês fizeram por mim e do que eu fiz com você? - ela ri,
fraca. - É bem visível que tem. E se a minha vida for o preço, que seja.

Maianne Ribeiro:
- Sua-- quê?! - ele se vira, encarando a garota, surpreso. - Não, não, nada disso!
De jeito nenhum!

Suki:
Ela dá de ombros.

- Eu vou salvar a _sua mãe_ custe o que custar.

Maianne Ribeiro:
- Não, não vai. Eu não quero trocar você pela minha mãe, Lea, você é minha irmã!

qualquersuki:
Suki:
- Eu não _planejo_ fazer isso. Não é algo que eu _quero_. Mas se for necessário...
- ela suspira.

Maianne Ribeiro:
- Não. Não, não, de jeito nenhum! - ele exclama. - Nem se for necessário!

Suki:
- E aí você prefere que a nossa mãe morra? - pergunta, cruzando os braços e se
virando para Ichiro, uma das sobrancelhas erguidas.

Maianne Ribeiro:
- Eu prefiro que a gente dê um jeito de impedir isso sem te sacrificar, Lea! Eu não
quero escolher entre vocês duas, e não vou!

Suki:
- Isso é uma possibilidade, mas não significa que é o que vai ser necessário. - ela
suspira. - Fica calmo.

Maianne Ribeiro:
- Não vai ser necessário. - ele sussurra. - Não vai.

Suki:
- Vamos continuar pensando assim. - ela suspira, se largando sob uma das árvores,
cansada. - Quer dizer, continue você, que eu preciso parar de pensar pra dormir.

Maianne Ribeiro:
- ...é. Dá pra ver que você tá exausta. - murmura, sentando ao lado dela.

Suki:
- Eu não sei o que é dormir ou comer bem há dias. - sussurra, cobrindo o rosto com
um dos braços.

Maianne Ribeiro:
- Então dorme bem, e eu te trago comida quando você acordar. - murmura.

Suki:
- Vou tentar. Não sei é se vou conseguir, com a cabeça cheia como tá. - ela
suspira.

Maianne Ribeiro:
- Espero que consiga. Você precisa. - sussurra.
qualquersuki:
Suki:
- Nem me fale... - e suspira de novo. - A cama é imensa e vazia, eu.. Eu me sinto
sozinha. O Salem não gostou de dormir dentro do quarto, então...

Maianne Ribeiro:
- ...prefere dividir quarto com alguém..? - ele pergunta.

Suki:
- E com quem seria? - pergunta, dando um risinho debochado. - Com a nossa irmã de
cinco anos?

qualquersuki:
Maianne Ribeiro:
- É. Ou comigo. - murmura.

Suki:
- ...Como se você fosse aguentar dormir num quarto colorido e cheio de plantas,
Ichiro. - resmunga.

Maianne Ribeiro:
- Ué, por que não? Eu durmo em qualquer lugar silencioso. - ele ri.

Suki:
- ...hunf. - resmunga, virando de lado na grama. - A gente testa isso depois que a
nossa mãe estiver bem.

Maianne Ribeiro:
- Teimosa. - ele ri baixinho. - Cabeça dura que nem pedra.

Suki:
- Muito pior do que qualquer pedra. - corrige, empurrando ele com um dos pés.

Maianne Ribeiro:
- Ei, não empurra que bagunça o desenho! - ele ri, já rabiscando com um carvão nas
páginas.

Suki:
- Existem dois tipos de problemas, e nenhum deles é meu nesse caso. - responde,
mostrando a língua para ele, risonha, antes de voltar a cobrir o rosto com o braço.

Maianne Ribeiro:
- Vai descansar, vai. - ele ri, empurrando ela de volta.

Suki:
- Tentando, mas um lagarto não cala a boca~ - e ri, rolando um pouco para o lado
para se ajeitar melhor.

Maianne Ribeiro:
- Fiquei quietinho~ - ri, bobo, focando no próprio desenho.

qualquersuki:
Suki:
E não demora para Leanne adormecer, roncando bem baixinho conforme se movia de um
lado para o outro, visivelmente confortável com a grama sob seu corpo...

Maianne Ribeiro:
"...que fofa..." pensa, sorrindo de leve, voltando a rabiscar. Desenhava Leanne
adormecida, apesar de não entrar em detalhes nas feições, ciente de que não via a
aparência real da menina...

Suki:
E assim várias horas se passam, até que ela comece a resmungar. E então, a se mover
de um lado para o outro, chorando silenciosamente, até começar a se debater e se
sentar de uma só vez, a boca aberta como se gritasse apesar de não sair nenhum som.

"D-de novo não...", pensa, levando uma das mãos ao peito, ofegante, o suor frio
escorrendo por seu rosto e costas.

Maianne Ribeiro:
- Ei. Ei. Tá tudo bem. - ele murmura, colocando uma mão no ombro da garota, gentil.
Tinha tentado consolar Leanne como podia sem despertar a irmã...

Suki:
E assim que Ichiro a toca, recebe uma cotovelada na mão com violência, sem que
Leanne sequer pense antes de recuar.

- I... Ichiro... - murmura, o peito subindo e descendo pesadamente.

Maianne Ribeiro:
- A-ai, ai... - ele resmunga, segurando a própria mão. - Calma, respira...

Suki:
- D-desculpe. Desculpe, e-eu... - ela estremece, afundando o rosto em uma das mãos.

Maianne Ribeiro:
- Relaxa. Você acordou no susto, eu não devia ter encostado. - murmura.

Suki:
- Já... Já foi... - murmura, balançando a cabeça levemente.

Maianne Ribeiro:
- Já, já foi. Pesadelos..?

Suki:
- É... Eles... Eles nunca pararam de vez. - admite, frustrada.

Maianne Ribeiro:
- Eu vou pegar umas receitas de chá com a mamãe. Pode ajudar. - murmura.

qualquersuki:
Suki:
- Mm. Obrigada, Ichiro... - sussurra, se largando para trás novamente na grama,
tentando acalmar a própria respiração.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - ele murmura, afagando os cabelos dela.

Suki:
- ...assim eu vou dormir de novo... - murmura, manhosa.

Maianne Ribeiro:
- Dorme, ora. - ri.

Suki:
- Não tem problema pra você? Ficar sozinho sem fazer nada o resto do dia?
Maianne Ribeiro:
- Não. Você mesma falou que meu pai me liberou. - ri. - E eu não estou "fazendo
nada", eu estou desenhando.

Suki:
Ela suspira, esboçando um sorriso.

- Se é assim, então eu quero carinho até cair no sono~ - pede.

Maianne Ribeiro:
- Carinho are cair no sono. - ele ri baixinho, continuando o afago.

Suki:
"Ninguém mais vai ser tirado de mim...", pensa, esboçando um sorriso antes de se
permitir adormecer novamente.

Maianne Ribeiro:
Alguns dias se passam até que Mitsuo bata na porta de Leanne, chamando a garota.
- Leanne. Tem um minuto?

Suki:
E durante estes dias, a garota ainda assim se dedicava aos estudos, apesar de sem a
intensidade ou loucura de antes, tentando descansar o máximo que aguentava..

- Pai? - chama, prontamente abrindo a porta para encará-lo, preocupada, antes de


envolver o homem com os braços. - Você está bem, graças aos céus...

Maianne Ribeiro:
- Claro que estou. - ele murmura, franzindo a testa. - Por que a preocupação?

qualquersuki:
Suki:
- Eu fiquei com medo que algo tivesse te acontecido enquanto você estava em
Londres... - murmura, baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Não se preocupe. Seu pai sabe se virar bem. - ele sorri de leve, afagando os
cabelos dela.

Suki:
- Eu ainda me preocupo. A Inquisição é forte. - diz, encolhida no abraço dele.

Maianne Ribeiro:
- Não é mais forte que eu. - diz, confiante. - Eu trouxe seus livros.

Suki:
- ...mesmo? - pergunta, recuando um passo para encará-lo. - Os livros, os
materiais, tudo...?

Maianne Ribeiro:
- Mesmo. Está tudo na biblioteca. - ele assente com a cabeça. - Mas você precisa
prometer que vai continuar se cuidando.

Suki:
- Eu vou tentar, mas depende do quão rápido eu vou conseguir as informações que
preciso. - diz, assentindo com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Vai conseguir. - insiste.
Suki:
- Eu vou tentar. - responde, mais séria.

Maianne Ribeiro:
- ...hmpf. Vou considerar isso como suficiente.

Suki:
- É o que eu posso oferecer. - ela dá de ombros.

Maianne Ribeiro:
O homem suspira.
- Por favor. Eu não quero ter que ver a minha filha naquele estado de novo.

Suki:
- ...que estado? Em choque do trauma? - Leanne resmunga, cruzando os braços. - Não
vai acontecer de novo.

Maianne Ribeiro:
- No estado que eu te encontrei na biblioteca. - murmura.

qualquersuki:
Suki:
- ...eu só perdi um pouco a cabeça. - murmura, as bochechas corando enquanto ela
desviava o olhar.

Maianne Ribeiro:
- Perdeu bastante. - retruca.

Suki:
- N-nem tanto!

Maianne Ribeiro:
- Leanne... - ele resmunga, cruzando os braços.

Suki:
- Não foi tanto assim! - insiste, inflando as bochechas. - ...mas não vai acontecer
de novo.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado. - suspira. - Tenha as refeições conosco, ao menos.

Suki:
- Eu não vou lembrar. - admite. - Mas eu prometo comer direito.

Maianne Ribeiro:
- Já é algo. - murmura, preocupado.

Suki:
- Vamos trabalhar com o que dá. - ela assente com a cabeça, dando outro abraço no
pai antes de se afastar para a biblioteca a passos rápidos.

Maianne Ribeiro:
"Leanne, Leanne..." ele suspira, se afastando para os próprios afazeres.

Suki:
E, como o esperado, a menina não aparece nas refeições em família, se afundando nos
estudos. Apesar disso, sempre que alguém levava uma bandeja até a biblioteca, ela
prontamente interrompia o que fazia para comer, um sorriso em seu rosto.
- Com licença. - diz, ao chegar no meio do jantar. - Eu já ia passando da hora de
novo. - diz, com um risinho sem graça.

Maianne Ribeiro:
- Nee-san! - Chiaki ri, acenando.

- Bem vinda de volta. - Ichiro brinca, chamando a garota pra sentar ao seu lado.

qualquersuki:
Suki:
- Não por muito tempo. - brinca, cumprimentando cada familiar como fazia
costumeiramente antes de se ajeitar no próprio lugar.

Maianne Ribeiro:
- Por algum tempo, pelo menos. - ele ri.

Suki:
- Já é o suficiente. - brinca. - ...mas eu vim porque preciso de alguns materiais
que não tenho no estoque, ou que estragaram.

Maianne Ribeiro:
- Eu posso pegar o que você precisa. Tem uma lista? - pergunta.

Suki:
- Tenho. Eu trouxe. - ela assente com a cabeça. - ...mas tem algumas coisas
difíceis de se conseguir.

Maianne Ribeiro:
- Eu consigo. - Mitsuo murmura, estendendo a mão. - Me dê a lista. Assim que
tivermos tudo, eu te aviso.

Suki:
- É, eu imaginei que você conseguiria. - ela ri baixinho, tirando a lista do bolso
para entregar ao pai. - Tendo tudo, em poucos dias eu consigo preparar o ritual.

- Vocês não deviam se enfiar nessas coisas... - Setsuna reclama.

Maianne Ribeiro:
- Claro que devíamos. - diz, pegando a lista. - Eu te informo quando tiver tudo.

Suki:
- Obrigada, Mitsuo. - ela sorri, ignorando Setsuna que negava com a cabeça em um
sinal claro de desaprovação.

Maianne Ribeiro:
- Eu que terei muito a agradecer. - murmura. "É pela Setsuna."

Suki:
- 'Eu só estou cuidando da minha família.' - provoca, imitando a voz de Mitsuo.

Maianne Ribeiro:
- ...ora..! - o homem cora de leve.

qualquersuki:
Suki:
- Foi uma ótima imitação, Leanne. - Setsuna quem diz, batendo palmas bastante
lentas, claramente provocando o marido.
- Obrigada, obrigada, eu sei~

Maianne Ribeiro:
- Impecável. - Ichiro provoca.

- ...hmpf.

Suki:
- Bom. Se me dão licença, eu já terminei de comer, e vou dar uma volta pelos
jardins. - Leanne ri, ficando de pé.

- Não durma na brisa fria, por favor. - pede, fazendo a garota corar. - Eu entendo
que seu quarto ainda não é confortável para você, mas por favor, tome cuidado com a
sua saúde.

Maianne Ribeiro:
- Ouça sua mãe. - Mitsuo murmura. - Por favor.

Suki:
- Eu não durmo lá porque eu quero. - diz, um pouco mais amarga do que gostaria,
antes de se afastar.

- Vá atrás da sua irmã quando acabar a refeição. - pede, encarando Ichiro.

Maianne Ribeiro:
- Deixa comigo. - ele murmura. Não demoraria a terminar de comer, se afastando
atrás de Leanne...

Suki:
E a garota estaria deitada no mesmo lugar de sempre, observando o céu, Salem
deitado ao seu lado...

Maianne Ribeiro:
- Você vem sempre aqui? - o rapaz brinca, sentando ao lado dela.

Suki:
- Só em noites bonitas que nem essa. - responde, também brincando, apesar das
bochechas vermelhas.

qualquersuki:
Maianne Ribeiro:
- Bonitas que nem você. - provoca.

Suki:
- Você nem me vê como eu sou de verdade pra dizer isso, Ichiro. - ela revira os
olhos.

Maianne Ribeiro:
- O meu pai já me falou como você é. - sorri.

Suki:
- Falar é diferente de ver. - resmunga, as bochechas corando.

Maianne Ribeiro:
- É diferente, isso é verdade. - murmura. - ...eu queria poder te ver como você é.

Suki:
- ...É. Eu também queria isso. - e suspira, triste. - Mas a maldição importante
agora é a da Setsuna.
Maianne Ribeiro:
- A gente vai atrás da sua depois. - responde.

Suki:
Ela nega com a cabeça.

- Você entende o quão poderoso é o sacrifício de um _pai_? - pergunta, hesitante.

Maianne Ribeiro:
- Entendo. - sussurra. - É um dos sacrifícios mais poderosos que se pode fazer.

Suki:
- Então você entende que não tem como quebrar isso sem outro sacrifício igual. - e
engole em seco.

Maianne Ribeiro:
- ...tem que ter um jeito. Tem que ter outro jeito.

Suki:
Leanne suspira, negando novamente com a cabeça.

- Não que eu saiba. - murmura.

Maianne Ribeiro:
- A gente descobre. - responde.

Suki:
- ...quem sabe agora que eu tenho os livros do meu pai... - comenta, esboçando um
sorriso. - Pena que não acharam o grimório dele...

Maianne Ribeiro:
- Ao menos conseguimos recuperar bastante coisa. - sorri.

qualquersuki:
Suki:
- É, isso é verdade. E a maioria dos equipamentos tão funcionando direitinho,
também!

Maianne Ribeiro:
- Melhor ainda. - sorri. - ...você vai mesmo conseguir curar a mamãe..?

Suki:
- Vou. - ela assente com a cabeça, sorrindo orgulhosamente. - Não tenho dúvidas.

Maianne Ribeiro:
- ...você é incrível. - ele ri baixinho.

Suki:
- Não exagera, Ichi. - resmunga, corando bastante.

Maianne Ribeiro:
- Não é exagero, é verdade. - ri.

Suki:
- É exagero. - e suspira. - Foi só coincidência de ser um assunto que eu domino.

Maianne Ribeiro:
- Eu não acredito em coincidências. - sorri. - Pra mim, é destino.
Suki:
Ela dá de ombros.

- Ainda não é mérito meu.

Maianne Ribeiro:
- Seu esforço é mérito. Você podia simplesmente ignorar.

Suki:
- Que tipo de pessoa eu seria se deixasse a minha mãe definhar...? - pergunta,
suspirando.

Maianne Ribeiro:
- Não duvide. - ele suspira, passando a mão nos cabelos.

Suki:
- ...eu sei. Eu sei _bem_. Mas isso faria de mim uma pessoa ruim. - sussurra.

Maianne Ribeiro:
- E você não é. É mérito seu.

Suki:
- Ainda não me faz incrível.

Maianne Ribeiro:
- Pra mim, faz. - e dá de ombros.

Suki:
- Você é um idiota. - provoca, sorrindo de canto.

Maianne Ribeiro:
- Sou mesmo, paciência~

Suki:
- Então pra compensar o fardo imenso que é te aturar, me faz carinho até eu dormir~
- pede, manhosa.

Maianne Ribeiro:
- E que fardo, hein? Quanta dor. - provoca, afagando os cabelos dela.

qualquersuki:
Suki:
- Cala a boca ou eu te faço cuspir sangue de novo. - provoca, se ajeitando mais
perto dele, manhosa

Maianne Ribeiro:
- Faz nada. - ri, apesar de se calar.

Suki:
Leanne dá um tapa na coxa dele, apesar de ser bastante leve, apenas para provocá-
lo, antes de se aconchegar para dormir

Maianne Ribeiro:
"Descansa, Lea..." pensa, deixando que ela adormecesse. Apenas quando Leanne cai no
sono é que ele faz um gesto pra um dos empregados que havia por perto, pedindo que
ele lhe trouxesse papel e lápis, o rapaz começando a desenhar...

Suki:
E a garota não faz menção alguma de acordar nas horas seguintes, exausta...

Maianne Ribeiro:
Leanne despertaria já no próprio quarto, como de costume. Porém, a garota veria um
recado afixado na porta, apenas esperando por ela:

"Materiais na biblioteca."

Suki:
E ela abre a porta de uma só vez, os passos rápidos praticamente correndo para
lá...

Maianne Ribeiro:
De fato, todos os materiais estariam separados num canto, perfeitamente
organizados, prontos para Leanne utilizá-los como preferisse. A julgar pela
caligrafia, o recado tinha sido de Mitsuo.

qualquersuki:
Suki:
"Tá tudo aqui, mesmo...", pensa, dobrando as mangas do pijama antes de começar a
trabalhar: macerava ervas, transformava algumas pedras em pó, produzindo compostos
e mais compostos que se misturavam em produtos cada vez mais complexos e potentes,
as horas se passando sem que ela perceba, a porta trancada para não ser atrapalhada
enquanto Salem dormia no corredor para afastar o resto da família...

Maianne Ribeiro:
- Leanne. - Mitsuo chama a garota, batendo na porta. - Leanne. Você precisa se
alimentar.

Suki:
- Ela pediu para não ser interrompida. - Salem murmura, acordando com as batidas. -
O trabalho é delicado, e não tem espaço pra erro nenhum. - explica, esticando o
corpo.

Maianne Ribeiro:
- Delicada é a saúde dela, Salem. - o homem resmunga. - Quanto tempo mais vai levar
isso?

Suki:
- Algumas horas, eu imagino. E então ela vai precisar descansar antes do primeiro
ritual. - murmura.

Maianne Ribeiro:
- ...que ritual? - ele murmura, esperançoso.

Suki:
- Para entrar em contato com o demônio responsável e ver quais são as demandas
dele. - explica.

Maianne Ribeiro:
- O demônio que amaldiçoou a Setsuna. Certo?

Suki:
- Exatamente. É a primeira etapa das negociações.

Maianne Ribeiro:
- ...entendi. Ao menos ela precisa descansar antes, certo?

Suki:
- É essencial. Uma mente cansada é fácil de se manipular.

Maianne Ribeiro:
- Com toda a certeza. - murmura.

qualquersuki:
Suki:
- Mas a Leanne sabe disso, e não seria irresponsável a esse ponto. - ele suspira,
voltando a se enrolar.

Maianne Ribeiro:
O homem suspira, assentindo com a cabeça.
- Eu volto em algumas horas com comida. - murmura, se afastando.

Suki:
"Boa sorte fazendo ela parar para comer...", pensa, suspirando, cansado.

Maianne Ribeiro:
E de fato, Mitsuo retornaria algumas horas depois, trazendo consigo uma bandeja de
comida.
- Leanne. - o homem chama, batendo na porta outra vez.

Suki:
- Ela pediu para não ser interrompida. - Salem repete, sem se levantar dessa vez.

Maianne Ribeiro:
- Ela precisa comer. - retruca, batendo na porta com mais força.

Suki:
- Ela pediu para não ser interrompida. - insiste.

Maianne Ribeiro:
- Mas será interrompida. - diz, sério. - LEANNE!

Suki:
Ele escuta o som de algumas coisas caindo, e a garota xingando numa mescla das duas
línguas, antes que ela abra a porta, irritada, enchendo o peito para gritar...

...e murchando ao ver o homem com a bandeja de comida.

- ....que horas são...? - pergunta, empalidecendo.

Maianne Ribeiro:
- Tarde. - ele resmunga. - E você precisa comer.

qualquersuki:
Suki:
- Merda, eu perdi a hora... - resmunga, dando espaço para Mitsuo entrar. Era fácil
ver quantas coisas a garota administrava ao mesmo tempo, com anotações nas paredes
marcando doses e tempos de várias coisas; frascos em cima de velas, sendo
lentamente aquecidos, com suas temperaturas controladas meticulosamente; pós e
ervas pesados e separados e misturados com precisão cirúrgica, livros e anotações
abertos e empilhados, tudo para que nenhum erro fosse cometido...

Maianne Ribeiro:
O homem suspira, acompanhando-a pra dentro.
- Por que não pediu ajuda? - murmura, observando os vários ingredientes.

Suki:
- ...pedir ajuda...? - ela franze a testa, abrindo um pequeno espaço na mesa para a
bandeja. - Pra quê? Pra _quem_?

Maianne Ribeiro:
- ...pra mim. Pro Ichiro.

Suki:
- ...eu não vou enfiar vocês em um trabalho de alquimia preciso desse jeito. -
murmura, franzindo a testa antes de se sentar para comer. - Qualquer erro pode
custar muito, ou invocar o demônio errado.

Maianne Ribeiro:
- Não nos subestime. - murmura, sério. - Nós também sabemos ser precisos.

Suki:
- ...eu não tô subestimando ninguém. - retruca, ofendida. - Eu só nunca vi nenhum
dos dois trabalhando com nada preciso assim, então eu não tinha como saber, e não
ia arriscar.

Maianne Ribeiro:
- Podia perguntar, Leanne. Nós somos uma família, não somos estranhos.

Suki:
Ela cruza os braços, terminando de mastigar antes de responder.

- Eu não quero arriscar. Eu sei que _eu_ sei fazer isso, e não quis arriscar pedir
e vocês acabarem aceitando só pra diminuir meu trabalho. - resmunga. - Mas tudo
bem. Se você quer ajudar, ainda tem muito o que fazer.

Maianne Ribeiro:
- Quero. É da minha esposa que estamos falando, Leanne. - murmura, suspirando. - Eu
faço qualquer coisa por ela.

qualquersuki:
Suki:
- E é da _minha mãe_ que estamos falando, Mitsuo. Eu também faço qualquer coisa por
ela, e por vocês. - resmunga. - ...pode manter a temperatura anotada nos frascos
enquanto eu como, por favor, se é assim? - pede. - Não quero ter que engolir tudo
correndo.

Maianne Ribeiro:
- Em momento algum eu questionei isso. - murmura, indo cuidar da temperatura como
ela pedira.

Suki:
- Então pare de brigar comigo. - reclama, visivelmente irritada.

Maianne Ribeiro:
- Hmpf. - resmunga. "Assim que você confiar em mim."

Suki:
A garota não diz mais nada, se concentrando em comer. Apesar disso, visivelmente
vigiava Mitsuo de canto de olho, preocupada.

Maianne Ribeiro:
O homem parecia não se importar com os olhares dela, cuidando das temperaturas
meticulosamente, habilidoso...

Suki:
"Talvez dê pra confiar nele pra isso...", pensa, relaxando um pouco mais.

Maianne Ribeiro:
- Precisa de ajuda em mais alguma coisa? - o homem pergunta.

Suki:
- Precisar, não. Mas se o senhor quiser, ainda tenho muito o que fazer. - ela
suspira.

Maianne Ribeiro:
- Quero, quero sim. - ele assente com a cabeça. - Aliviar o seu peso.

Suki:
- Não é peso nenhum. - resmunga. - Só vou levar a bandeja de volta e já venho para
continuarmos

Maianne Ribeiro:
- Pode ser um peso que você está pegando de bom brado, mas não deixa de pesar. -
murmura.

Suki:
- Eu aguento. - e suspira, ficando de pé com a bandeja. - Se alguma poção começar a
mudar de cor, é só apagar o fogo e deixar o frasco quieto.

Maianne Ribeiro:
- Você não precisa aguentar sozinha. - sussurra.

qualquersuki:
Suki:
- Eu já volto. - diz, encerrando o assunto antes de se afastar.

Maianne Ribeiro:
O homem suspira, voltando a cuidar das poções, cuidadoso.

Suki:
Não demora para que um ou outro frasco mude de cor, e pouco depois Leanne entra
novamente no quarto, ofegando pela corrida até ali.

Maianne Ribeiro:
- Bem vinda de volta. - ele murmura, apagando o fogo de mais um dos frascos.

Suki:
- Já trocaram de cor tem muito tempo? As cores novas já se estabilizaram? -
pergunta, prontamente se aproximando para ver.

Maianne Ribeiro:
- Algumas sim. Essa acabou de mudar. - murmura, indicando uma das poções.

Suki:
- Obrigada. - murmura, analisando os frascos contra a luz, resmungando baixinho
enquanto media e misturava vários ingredientes, a poção se tornando mais viscosa e
escura...

...quase como sangue.

Maianne Ribeiro:
- O que são essas poções? - ele pergunta, sem se abalar.

Suki:
- Essa aqui é pra aumentar o cheiro do sangue quando eu for abrir o círculo de
invocação. Ajuda a trazer o demônio mais rápido pra superfície. - explica,
colocando uma rolha no frasco ao terminar as misturas nele.

Maianne Ribeiro:
- Hmm. Interessante. - murmura.

Suki:
- ...essa neutralidade toda comigo é pra que? - reclama, colocando o frasco em uma
das gavetas, cuidadosa, enrolando-o em um pedaço de tecido branco.

Maianne Ribeiro:
- ...porque estamos trabalhando..? - ele franze a testa.

qualquersuki:
Suki:
Ela o encara de volta com a testa igualmente franzida, antes de suspirar e negar
com a cabeça, fechando a gaveta em seguida.

- Sabe separar as camadas de uma folha com um bisturi? - pergunta, se sentando.

Maianne Ribeiro:
- Sei, sei sim. - o homem assente com a cabeça. - Lâminas são minha especialidade.

Suki:
Isso faz a garota estremecer, empalidecendo um pouco.

- ...certo. - murmura, pegando um pote com várias pétalas negras. - Preciso que
você tire a camada superficial e triture seis gramas dessas. - pede, estendendo o
pote para Mitsuo. - Enquanto isso eu vou trabalhar os espinhos.

Maianne Ribeiro:
- ...desculpe. - murmura, removendo as camadas das pétalas com cuidado.

Suki:
- Eu sei que essa lâmina não tá suja de sangue, ainda, então vamos continuar assim.
- sussurra, voltando ao trabalho de descascar os caules das flores juntamente com
os espinhos como se fossem uma corda...

Maianne Ribeiro:
"Sim, vamos," pensa, continuando em silêncio, pesando as pétalas antes de começar a
triturá-las, cuidadoso.

qualquersuki:
Suki:
Enquanto isso, Leanne logo se envereda em mais anotações e páginas, andando pela
biblioteca enquanto consultava informações nas paredes, resmungando baixinho para
si.

Maianne Ribeiro:
- Pronto. - ele murmura, ao terminar de macerar as pétalas. - Qual o próximo passo?

Suki:
- Tem seis gramas redondos? Se sim, pode misturar nos pós do pote da esquerda,
coberto com uma tampa de madeira clara.

Maianne Ribeiro:
- Seis gramas perfeitos. - ele assente com a cabeça, fazendo como ela pedira. - Nem
um miligrama a mais.
Suki:
- Obrigada. Qualquer coisa a mais vai desequilibrar a fórmula das velas. - explica,
aumentando o fogo de alguns dos frascos antes de misturar o conteúdo de outros.

Maianne Ribeiro:
- Velas para a invocação. Bem comum. - murmura.

Suki:
- Os ingredientes dessas nem tanto, mas... É. - e suspira. - Para banimentos e
despedidas também. Ajudam os espíritos a irem em paz.

Maianne Ribeiro:
- Mm... interessante. Como uma luz guia... - sussurra.

Suki:
- É... - ela suspira. - Almas confusas não conseguem sair e ficam vagando até serem
consumidas, corrompidas ou libertas.

Maianne Ribeiro:
- Mm... O pior destino. - suspira.

Suki:
- É. Dizem que é o destino de todo suicida, inclusive, em algumas religiões.

Maianne Ribeiro:
- ...que... diferente. - ele murmura. - No passado, guerreiros cometiam suicídio
como modo de recuperar a própria honra, ou evitar desonra nas mãos de seus
oponentes. Tolice, eu digo.

qualquersuki:
Suki:
- Não sei qual das duas ideias é mais estúpida. - ela suspira, revirando os olhos.
- ...mas eu consigo imaginar algumas situações nas quais seria melhor se suicidar
do que cair em mãos inimigas. - murmura, estremecendo

Maianne Ribeiro:
- Sem dúvida. - sussurra, assentindo com a cabeça. - Sem dúvida alguma.

Suki:
- Imagino que você já tenha tido muita experiência com algumas dessas, inclusive. -
e suspira, a voz mais triste, decepcionada.

Maianne Ribeiro:
- ...sim. Eu fiz o que tinha que fazer. - responde.

Suki:
Ela nega com a cabeça.

- Violência nunca é uma _obrigação_.

Maianne Ribeiro:
- Às vezes, é a única opção. A única saída. - diz Mitsuo, o tom melancólico. -
Matar ou morrer, Leanne. Eu escolhi viver.

Suki:
A garota nega com a cabeça novamente.

- Nunca é uma obrigação, por mais difícil que seja a escolha ou a dor. - sussurra.
Maianne Ribeiro:
Mitsuo faz uma pausa, suspirando de leve.
- Eu queria ser médico. - murmura. - Estudei pra tentar entrar na escola de
medicina. Pra salvar pessoas, não matar.

Suki:
Isso faz Leanne encará-lo assim que ele termina a primeira frase, a testa franzida
com a informação.

- ...mesmo...? - pergunta, surpresa. - E o que aconteceu que te tirou desse


caminho?

Maianne Ribeiro:
- A morte do antigo chefe. Meu pai adotivo. - responde. - A família se dividiu, as
intrigas foram escalando cada vez mais... precisavam de um líder, ou iriam
implodir.

Mitsuo suspira mais uma vez, a expressão dolorida.


- Havia um homem, Okazaki. Ele tinha uma das facções mais fortes dentro da família.
Um monstro inescrupuloso. Eu não podia deixar ele assumir a liderança, e ele não ia
desistir calado.

qualquersuki:
Suki:
A garota praticamente não respirava conforme as palavras saíam da boca de Mitsuo,
Leanne se ajeitando na cadeira e ajeitando a própria postura antes de se virar para
ele.

- ...por que você não deu as costas pra isso tudo e foi embora...? - pergunta
baixinho, hesitante.

Maianne Ribeiro:
- Não se "dá as costas" pra yakuza, Leanne. - diz, encarando-a. - Okazaki não ia
deixar o 'lagarto bastardo' vivo. Eu não queria morrer.

Suki:
- Tinha que ter um jeito... - insiste, frustrada. - De fugir, de ir embora, eu não
sei...!

Maianne Ribeiro:
Ele nega com a cabeça.
- Se tivesse, eu teria ido embora. Talvez a minha vida fosse completamente
diferente do que é hoje. - diz, pensativo. - Mas eu não teria conhecido a Setsuna,
não teria nenhum de meus filhos... É por isso que eu não me arrependo.

Suki:
Isso faz Leanne suspirar, passando a mão pelo rosto e pelos cabelos, incomodada,
antes de se encostar para trás na cadeira.

- ...então você matou Okazaki pra assumir a família? - pergunta, baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Sim. Ele, e outros que reagiram violentamente. - responde, assentindo com a
cabeça. - Minhas mãos estão sujas.

Suki:
- Tudo isso pra assumir essa merda que você nem queria. - ela nega com a cabeça.
Maianne Ribeiro:
- A família era tudo que eu tinha. É tudo que eu tenho. - diz, sério. - Os tempos
mudaram. As coisas não são mais como eram.

Suki:
- A _nossa_ família é tudo o que nós temos. Você podia ter virado médico, ainda
assim, no meio disso tudo. - murmura. - Ter usado isso pra algo bom, pra limpar as
suas mãos, pra se redimir.

Maianne Ribeiro:
- Eu estou me redimindo, como posso. - murmura, balançando a cabeça. "Ela não
entende. Nem vai entender."

qualquersuki:
Suki:
- Mesmo? - pergunta, puxando a cadeira mais para perto dele. - Me fala mais.

Maianne Ribeiro:
O homem suspira, encarando-a.
- Eu estou limpando a família. Eu não quero que meus filhos tenham que passar pelo
que eu passei. Sem mais morte, sem mais sangue.

Suki:
- E como se limpa a família sem mortes ou sangue...? - pergunta, franzindo a testa.

Maianne Ribeiro:
- Deixando as pessoas darem as costas. - responde. - Não é um processo perfeito...
Mas eu estou tentando.

Suki:
- ...você não tá matando os traidores. É isso.

Maianne Ribeiro:
Ele assente com a cabeça.
- Traidores, dissidentes, desistentes... eu não estou perseguindo ninguém.

Suki:
Ela franze mais a testa.

- Isso não é perigoso pra quem fica? Pra nós?

Maianne Ribeiro:
- ...alguns tentaram se voltar contra a família. Nenhum foi bem sucedido. -
murmura.

Suki:
- Você mandou matar esses "alguns", imagino...? - pergunta, hesitante.

Maianne Ribeiro:
- Eu não tive escolha. - sussurra, suspirando. - Eram eles, ou nós.

Suki:
- ...eu consigo imaginar. - sussurra, balançando a cabeça negativamente. - Pensou
em voltar pra ideia de ser médico...? - pergunta, tentando mudar o assunto para
algo mais leve.

Maianne Ribeiro:
- Eu não tenho mais idade pra isso. - o homem ri baixinho. - Nem tempo. Os negócios
da família me mantém ocupado o bastante.
qualquersuki:
Suki:
- Ah, claro. Esqueci da sua dentadura e da sua bengala, _vovô_. Precisa que eu peça
pra cozinha amassar as suas refeições também~? - provoca.

Maianne Ribeiro:
O homem a encara por alguns instantes, os olhos abertos em choque...

...e então ri. Não apenas ri: Mitsuo começa a gargalhar, pego de surpresa pela
provocação da menina...

Suki:
Nos segundos em que ele não reage, todo o sangue foge do rosto de Leanne. "Eu fui
longe demais", pensara, temendo a resposta de Mitsuo. "Ele vai ficar furioso, ele
vai me--"

Até que ele começa a rir, e a visão é tão inesperada que silencia toda a mente da
garota, enquanto ela apenas observava a cena com as bochechas coradas e os olhos
brilhando, encantada...

Maianne Ribeiro:
- Ora, Leanne..! - o homem ri, bobo, balançando a cabeça. - Você entendeu o que eu
quis dizer, menina!

Suki:
- Não, eu não entendi! Você tem um sonho que abandonou pelas circunstâncias da
vida, e devia voltar a investir nele! - responde, empurrando-o de leve como fazia
com Ichiro.

Maianne Ribeiro:
- Eu tenho coisas demais pra fazer, não tenho tempo pra faculdade, ora. - ri,
empurrando-a de volta.

Suki:
- Faça uma matéria por vez, ou seja menos orgulhoso e divida o trabalho com seus
filhos! - responde, mostrando a língua.

Maianne Ribeiro:
- ...ora, vocês não tem idade pra isso ainda..!

Suki:
- Nós temos idade o suficiente pra cuidar das coisas por duas horas por dia! -
retruca.

Maianne Ribeiro:
- ...eu vou pensar. - sussurra, cruzando os braços.

Suki:
- Promete? - pergunta, erguendo uma das sobrancelhas antes de erguer também o dedo
mindinho.

Maianne Ribeiro:
- ...prometo. - diz, erguendo o próprio mindinho.

Suki:
- Ótimo. - ela assente com a cabeça, entrelaçando os dois. - Agora pode deixar que
eu não conto pra ninguém que você foi chantageado por uma moça de catorze anos. -
provoca.
Maianne Ribeiro:
- Por favor. Todos iriam rir da minha cara. - ri.

qualquersuki:
Suki:
- Quando eu for assumir o seu lugar eu conto. - brinca.

Maianne Ribeiro:
- Não. De jeito nenhum, você não vai assumir o meu lugar.

Suki:
- E quem vai? O Ichiro? - ela cruza os braços.

Maianne Ribeiro:
- ...prefiro que não. - murmura. - Eu não queria os meus filhos envolvidos.

Suki:
- Ele já está envolvido. - e suspira.

Maianne Ribeiro:
- Já. Infelizmente. - suspira.

Suki:
Ela revira os olhos.

- Ninguém respeitaria uma líder mulher estrangeira, imagino.

Maianne Ribeiro:
- Seria mais difícil, não vou negar. Mas você conseguiria se provar. - suspira.

Suki:
- Assunto desconfortável pra você, visivelmente. - e ri de leve. - ...uma das
poções tá ficando pronta.

Maianne Ribeiro:
- Mm. Faltam mais quantas..?

Suki:
- Eu acho que essas são as últimas. - murmura. - Depois só preciso misturar mais
algumas coisas, e deixar a vela secar.

Maianne Ribeiro:
- Ótimo. Estamos terminando, então. - sorri.

Suki:
- Exato. E aí eu só vou precisar de um fio de cabelo da Setsuna, e de um cômodo
isolado sem móveis. O resto eu faço. - ela assente com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Isso nos podemos arranjar facilmente. - murmura. - Deixe comigo.

qualquersuki:
Suki:
Ela faz mais um sinal positivo com a cabeça.

- Tem algum cômodo sem janelas, e só com uma porta? - pergunta.

Maianne Ribeiro:
- Tem, tem sim. Pra criatura não fugir?

Suki:
- Pra nada entrar. - corrige.

Maianne Ribeiro:
- Pra nada entrar. - ele assente com a cabeça. - Pode deixar.

Suki:
- Eu vou selar a porta por dentro, e o cômodo inteiro, mas quando eu sair o ideal é
que nada entre. Nada nem sequer abra a porta, até eu voltar. - explica.

Maianne Ribeiro:
- Eu mesmo vou ficar de guarda na porta pra garantir que ninguém vai entrar. -
murmura.

Suki:
Ela assente com a cabeça.

- A depender das demandas do demônio eu vou precisar que você providencie algumas
coisas, mas aí o Ichiro pode ficar de guarda.

Maianne Ribeiro:
- Mm. Nós vamos conseguir o que for necessário.

Suki:
- Não importa o que ele peça, a gente consegue.

Maianne Ribeiro:
- Com certeza. - murmura. - É pela Setsuna.

Suki:
Leanne concorda.

- Agora é melhor eu terminar de arrumar tudo.

Maianne Ribeiro:
- Mm. Precisa de mais alguma coisa?

Suki:
- Não, não. Já tô com quase tudo pronto.

Maianne Ribeiro:
- Ótimo. Me chame se precisar de algo. - ele assente com a cabeça, se afastando.

Suki:
"Não vou precisar, mas agradeço.", pensa, suspirando baixinho antes de voltar a se
concentrar no que fazia

Maianne Ribeiro:
Já Mitsuo voltara aos afazeres diários, apesar da mente ainda focar no trabalho que
Leanne fazia. "Finalmente, uma cura..!"

qualquersuki:
Suki:
- Boa noite. - murmura, cansada, ao se reunir com a família na noite seguinte,
praticamente se largando no lugar ao lado de Ichiro. - Eu terminei os preparativos.
- avisa, erguendo o rosto para encarar o irmão e o pai.
Maianne Ribeiro:
- Mesmo?! Então--

- Sim, Ichiro. Calma. - Mitsuo suspira. - A Leanne precisa descansar e se alimentar


direito, antes.

Suki:
- Eu vou precisar, mesmo. - murmura, culpada. - A depender de como as coisas
correrem, eu vou perder muito sangue.

- Muito sangue...? - Setsuna pergunta, mais pálida. - Mitsuo, você está permitindo
que a nossa filha se sacrifique desse jeito?! _Sem me falar?!_

Maianne Ribeiro:
- Eu não sabia. - diz, encarando a garota, severo. - Que história é essa, Leanne?

Suki:
- Eeeeh... Talvez eu tenha propositadamente omitido alguns detalhes. - ela ri de
leve, desviando o olhar enquanto passava a mão pelos cabelos.

Maianne Ribeiro:
- Isso não é um "detalhe", Leanne!

Suki:
- Ah, vai, vocês iam _realmente_ me impedir se eu tivesse contado?!

Maianne Ribeiro:
- Eu impediria! - Ichiro resmunga, encarando-a. - Eu não quero ter que te trocar
pela minha mãe!

Suki:
- Eu já disse que não vou me sacrificar! - responde, fechando a própria expressão.
- Calma, é só um pouco de sangue!

Maianne Ribeiro:
- Um pouco quanto, Leanne? - Mitsuo pergunta, sério.

Suki:
A garota suspira, cruzando os braços.

- 'Eu preciso abrir um círculo de invocação com sangue.' - explica em inglês para
que Chiaki não entendesse. - 'E depois disso, o machucado precisa ficar aberto até
conseguirmos tudo que o demônio pedir.'

Maianne Ribeiro:
O homem cerra os dentes com firmeza, incomodado.
- ...'se atingir o seu limite, encerre a invocação. Sem sacrifícios.' - ele
responde, firme.

Suki:
- 'Se atingir o meu limite, o Ichiro pode invocar a Papisa pra ganhar tempo.' -
diz, mais séria. - 'Eu não vou deixar isso tudo ser em vão.'

Maianne Ribeiro:
- 'Se ainda assim não der tempo, você vai encerrar a invocação. Ouviu bem?'

qualquersuki:
Suki:
- 'Eu posso simplesmente receber uma transfusão de sangue depois que desmaiar.' -
ela revira os olhos.

- 'Isso tudo é loucura...!' - Setsuna reclama.

Maianne Ribeiro:
- 'Não, Leanne. Há limites, e nós não vamos ultrapassá-los.' - sussurra.
- ...'pense em como a Setsuna se sentiria se você desmaiasse por isso.'

Suki:
- 'É só ela não saber.' - e mostra a língua, risonha.

- 'Por favor, desistam dessa ideia...' - pede, preocupada, segurando as mãos de


Mitsuo. - _'Por favor'._

Maianne Ribeiro:
- ...'nós vamos tomar cuidado, Setsuna. Certo..?' - murmura, apertando as mãos dela
gentilmente.

Suki:
- 'Visivelmente não. E mesmo com cuidado, é arriscado demais...!'

Maianne Ribeiro:
- 'Eu não quero arriscar te perder.' - murmura. - 'Eu vou cuidar da nossa filha, eu
juro.'

Suki:
Ela suspira, assentindo com a cabeça visivelmente a contragosto.

- 'Eu confio em você.' - murmura, esboçando um sorriso triste, preocupado.

Maianne Ribeiro:
- 'Obrigado.' - sussurra, beijando-a de leve.

- Vocês tão brigando..? - Chiaki murmura, amuada.

Suki:
- De jeito nenhum, meu amor. - Setsuna diz, rindo baixinho. - Só conversas difíceis
de adultos. Só isso.

Maianne Ribeiro:
- Eu não gosto de conversa de adulto. - ela resmunga. - Parece ruim.

Suki:
- Ser adulto _é_ ruim. - Leanne ri, esticando o braço para bagunça os cabelos da
irmã. - Aproveite enquanto pode.

Maianne Ribeiro:
- Eeeei, meu cabelo..! - ela ri, boba. - Não bagunça!

Suki:
- Seu cabelo só precisa de um pente pra arrumar! - ela ri. - Eu ajeito depois do
jantar!

Maianne Ribeiro:
- Tá booom! Tem que arrumar direitinho!

qualquersuki:
Suki:
- Eu arrumo, eu arrumo, prometo!
Maianne Ribeiro:
- Promessa é dívida. - Ichiro sorri de leve, dando um empurrãozinho em Leanne. -
Agora senta pra comer, vai.

Suki:
- Vou pentear o seu também. - diz, empurrando-o de volta antes de se ajeitar.

Maianne Ribeiro:
- Aceito. - ri.

- Nii-san nem tem muito cabelo assim pra pentear! É curtinho!

- Ah, mas de vez em quando é bom, né? - brinca.

Suki:
- Mas não é pra ajeitar o cabelo. É pelo carinho! - Leanne ri

Maianne Ribeiro:
- Carinho é boooom~ - a menina assente com a cabeça.

Suki:
- Então pronto. Vou dar carinho pros dois!

Maianne Ribeiro:
- Cariiiinho~ - ela ri, boba, se aconchegando em Leanne.

Suki:
- Cariiiiinho~ - diz, beijando os cabelos dela.

Maianne Ribeiro:
- Ela gosta muito de você. - Ichiro sorri.

- Gosto mesmo! Mas o Ichi gosta mais da Lea do que eu!

Suki:
- É porque a gente é da mesma idade. - a garota explica, as bochechas vermelhas.

Maianne Ribeiro:
- Aaaaaaah... Entendi! - ri.

Suki:
- Você também vai gostar mais de pessoas da sua idade. - e pisca um dos olhos.

Maianne Ribeiro:
- Vou, é? Eu não conheço muita gente da minha idade... - murmura.

Suki:
- Quando crescer um pouco vai ser mais fácil conhecer gente. - diz, suave.

Maianne Ribeiro:
- Vai, é? Quero ver! - ri.

qualquersuki:
Suki:
- Promessa de irmã. - diz, afagando os cabelos de Chiaki novamente

Maianne Ribeiro:
- A melhor promessa. - sorri, boba.
Suki:
E isso faz Leanne rir de leve, piscando um dos olhos.

- Se me dão licença, eu preciso _muito_ dormir. - diz, dando um risinho sem graça,
incapaz de terminar a própria refeição.

Maianne Ribeiro:
- Vá descansar, Leanne. O quanto precisar. - diz Mitsuo.

Suki:
- Não muito, prometo. Sei que todos estão ansiosos. - e ri, sem jeito. - Ichi, pode
dormir comigo hoje? - pede, encarando o irmão.

Maianne Ribeiro:
- Claro, sem problemas. - o rapaz murmura, enquanto Mitsuo estreita o olhar.

Suki:
- Obrigada. - e sorri, fazendo uma mesura antes de se afastar.

Maianne Ribeiro:
- E-ei, me espera..! - Ichiro resmunga, ficando de pé pra acompanhá-la.

Suki:
- Esses dois... - Setsuna murmura, balançando de leve a cabeça quando os filhos
saem do cômodo.

-=-

- Não precisava vir _agora_...! - diz, rindo baixinho.

Maianne Ribeiro:
- ...hmpf. Vão acabar namorando. - resmunga.

-=-

- Eu já terminei de comer, ora, posso ir logo. - ri.

Suki:
- E você não parece nada feliz com isso. - ela ri baixinho.

-=-

- Então vamos. - diz, estendendo a mão para ele. - Eu não queria admitir na frente
de todo mundo, mas eu tô _exausta_.

Maianne Ribeiro:
- ...hmpf. Eu não sei o que pensar.

- O Ichi gosta da Lea desse jeito né? - Chiaki ri.

-=-

- Você precisa se cuidar também. - o rapaz resmunga baixinho, segurando a mão dela.

qualquersuki:
Suki:
- Gosta, gosta sim, meu amor. - diz, sorrindo suavemente antes de se virar para o
marido. - Ora, querido, eles são jovens e só tem um ao outro para conviverem...
-=-

- A nossa mãe é mais importante. - e suspira.

Maianne Ribeiro:
- Eu sei, eu sei... - o homem resmunga. - Ao menos é uma boa garota.

-=-

- Não é mais importante que você. - responde.

Suki:
- E um bom garoto, também. - ela ri de leve.

-=-

A garota revira os olhos.

- Não começa.

Maianne Ribeiro:
- Claro que é, é o meu filho.

-=-

- É a verdade, Lea!

Suki:
- E ela é sua filha. - responde.

-=-

- Vamos dormir. - e suspira.

Maianne Ribeiro:
- Exatamente. São ótimas crianças.

-=-

- Você não acredita. - ele suspira, balançando a cabeça.

Suki:
- ...'você realmente vê a Leanne como nossa filha?' - pergunta, suspirando
baixinho. - 'Eu amo a Leanne como amo o Ichiro e a Chiaki, mas você... Você parece
ver algo diferente nela.'

-=-

- Eu tô cansada demais pra pensar em qualquer coisa que não seja o ritual, quem
dirá pra acreditar ou debater alguma coisa. - ela resmunga.

Maianne Ribeiro:
- ...'eu me vejo.' - murmura. - 'É como ver a mim mesmo, no passado.'

-=-

- Depois do ritual a gente debate, rentão. - resmunga. - Ou melhor ainda, você pode
só aceitar.
Suki:
- 'Teimoso, irresponsável e ferido?' - brinca, afagando o rosto dele.

-=-

- Depois do ritual eu vou te dar outra surra, isso sim. - retruca.

Maianne Ribeiro:
- 'Exatamente.' - ele ri baixinho.

-=-

- Vai nada. Duvido. - ri.

Suki:
- 'Definitivamente é nossa filha.' - e ri também.

-=-

- Não me testa, Ichiro. - rosna.

Maianne Ribeiro:
- 'Igualzinha a mim...'

-=-

- Tá bom, tá bom, parei. - suspira.

qualquersuki:
Suki:
- 'Por isso tanta preocupação e severidade...?'

-=-

- Dorme no seu quarto. - diz, frustrada, passando a mão pelo rosto antes de entrar
no próprio e fechar a porta atrás de si.

Maianne Ribeiro:
- 'Exatamente. Eu não quero que ela passe pelos mesmos problemas que eu.'

-=-

- ...Leanne! Ei..! - ele chama, batendo na porta do quarto dela. "O que diabos..?!"

Suki:
- 'Ela não vai. Nós estamos aqui.'

-=-

- ME DEIXA DESCANSAR, ICHIRO! - grita, a voz desafinando.

Maianne Ribeiro:
- 'Mm. Nós vamos cuidar dela.'

-=-

O rapaz estremece, suspirando.


- ...desculpe. - murmura, indo para o próprio quarto, os ombros caídos.
Suki:
"Eu vou morrer, merda, eu não quero ficar sozinha...!", pensa, as palavras
entaladas na garganta enquanto ela se entregava ao choro...

Maianne Ribeiro:
Não demora pra que ela ouça a porta do quarto se abrindo, Ichiro entrando e
sentando ao lado dela, preocupado.
- ...ei.

Suki:
E ela não responde, prontamente agarrando Ichiro para abraçá-lo e chorar em um de
seus ombros, trêmula e amedrontada..

Maianne Ribeiro:
O rapaz suspira, abraçando-a de volta com firmeza, carinhoso.
- Bota pra fora, vai...

Suki:
- E-eu não quero... E-eu não posso...! - choraminga, soluçando tão forte que o
corpo inteiro era sacudido.

Maianne Ribeiro:
- Pode sim. Claro que pode. - murmura, mantendo-a perto de si.

Suki:
- Só se... J-jura que não fala nada...? - pergunta, tremendo.

Maianne Ribeiro:
- ...juro. Eu não vou dar um pio.

Suki:
A garota deixa escapar um riso baixo, frustrado.

- E-eu nunca.. N-nunca f-fiz nada disso antes. - admite.

Maianne Ribeiro:
O rapaz abre a boca pra falar algo, mas hesita. "Eu disse que não ia dar um pio..."
pensa, apenas afagando os cabelos dela.

Suki:
- N-não conta pro Mitsuo... - pede, a voz enfraquecendo. - E-eu nunca vi um
demônio, eu... E-eu não sei o que esperar, eu tô apavorada...!

Maianne Ribeiro:
- Não vou contar. - ele sussurra baixinho, apertando o abraço.

qualquersuki:
Suki:
- E-eu não quero morrer, Ichi, n-não quero...!

Maianne Ribeiro:
- Você não vai morrer. Eu não vou deixar você morrer. - sussurra.

Suki:
- V-você não tem... N-não tem como garantir isso... - choraminga.

Maianne Ribeiro:
- Não tenho, mas eu vou dar um jeito. - resmunga.
Suki:
- P-promete...? - pede, sem voz.

Maianne Ribeiro:
- Prometo. Você não vai morrer. - diz, a voz firme.

Suki:
- O-obrigada, Ichi... - sussurra, secando o rosto com as costas das mãos,
desajeitada.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - murmura, ajudando a secar as lágrimas da garota, cuidadoso.

Suki:
- Dorme... Dorme comigo esses dias...? - pede baixinho, envergonhada

Maianne Ribeiro:
- Durmo sim. Quantos dias precisar. - sorri.

Suki:
- V-valeu... - e esboça um sorriso de leve, encostando a testa no ombro dele.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - murmura, gentil, as bochechas corando de leve enquanto a mantinha
perto de si.

Suki:
- ...você... Você acha que eu consigo...? - pergunta, alguns minutos depois, o
silêncio tendo se instalado entre os dois.

Maianne Ribeiro:
- Consegue. Eu tenho certeza. - sussurra.

Suki:
- E... E se der errado? E se eu estiver fazendo alguma coisa errada...? -
choraminga.

Maianne Ribeiro:
- Não tá. Eu sei que não tá. - murmura. - O meu pai também te ajudou, certo?

Suki:
- C-certo, mas... - gagueja, hesitante.

Maianne Ribeiro:
- Ele não deixaria você se arriscar com algo tão perigoso. Se tivesse algo de
errado, ele saberia.

qualquersuki:
Suki:
- Mm. É... É verdade... - murmura, comprimindo os lábios.

"O Mitsuo deve entender disso..."

Maianne Ribeiro:
- Exatamente. Tá tudo bem. - sorri.

Suki:
- É... É, vai... Vai dar tudo certo... - murmura, estremecendo antes de bocejar
baixinho, cansada.

Maianne Ribeiro:
- Vai, vai sim. Mas primeiro você precisa dormir, soninho. - ri, ajudando-a a
deitar na cama.

Suki:
- Essa tem sido a parte difícil... - murmura, se ajeitando na cama, encolhida como
um bichinho.

Maianne Ribeiro:
- Vai ser fácil hoje, eu tô aqui. - ri.

Suki:
- Promete...? - pede, baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Prometo. - sorri. - Até canto uma canção de ninar.

Suki:
- Se você for um pouquinho afinado, eu quero. - brinca, fechando os olhos.

Maianne Ribeiro:
- Um pouquinho eu sou. - e ri. - Mas só um pouquinho!

Suki:
- É o suficiente... - murmura.

Maianne Ribeiro:
- Ótimo. - ele ri, começando a cantarolar uma canção suave, tranquila...

Suki:
E isso acaba por embalar o sono de Leanne, que resmunga baixinho algumas vezes
antes de adormecer, cansada..

Maianne Ribeiro:
"...ela é fofa até resmungando..." pensa, soltando um risinho baixinho. Ainda
ficaria cantando um tempo até enfim cair no sono também, encostado na garota..

Suki:
Durante a noite, ela acabaria por se aconchegar mais para perto de Ichiro, o calor
confortável de seu corpo e o cheiro doce dos cabelos - agora devidamente cuidados -
se espalhando pelos sentidos de Ichiro.

Maianne Ribeiro:
"...como é que eu durmo assim..?" pensa, estremecendo. O rapaz hesita, mas acaba
por envolver Leanne com os braços devagar, temendo acordá-la..

Suki:
E isso faz com que ela pouco depois o envolva de volta, puxando Ichiro para si com
força e enfiando a cabeça no peito dele, manhosa, sem despertar

Maianne:
"...pelos deuses..."

Ichiro mal conseguiria dormir, a proximidade de Leanne intensa demais pra que seus
pensamentos se acalmassem o suficiente. Apesar disso, se mantinha quieto, vez ou
outra voltando a cantar baixinho pra se distrair...
qualquersuki:
Suki:
E isso parece ser o suficiente para embalar o sono da menina, que não desperta ou
se remexe durante toda a noite, acordando apenas quando a luz invade o quarto pela
janela aberta.

- ...hnnnghh... - resmunga, se encolhendo mais junto ao rapaz, roçando o rosto no


peito dele como se buscando fugir, até enfim soltá-lo para esticar o corpo,
entreabrindo os olhos no processo.

Maianne Ribeiro:
Ele estremece, corando violentamente, um suspiro de alívio escapando de seus lábios
quando a garota se afasta.
- B-bom dia. - ele sussurra baixinho.

Suki:
- Bom dia, Ichi... - murmura, se alongando como um gato antes de se sentar na cama.
- Caramba, eu precisava dormir... - diz, esfregando os olhos.

Maianne Ribeiro:
- Precisava mesmo. Você apagou a noite toda. - murmura, sem jeito. - E-eu vou tomar
um banho antes de tomar café, volto daqui a pouco. - e se afasta, apressado.

Suki:
- Até daqui a pouco... - diz, ainda sonolenta, sem perceber nada de anormal.

Ela ainda boceja mais um pouco, e se alonga outras vezes, antes de ir fazer o
mesmo...

Maianne Ribeiro:
O rapaz retornaria longos minutos depois, dando dois toques na porta.
- Lea? Posso entrar? - pergunta.

Suki:
- Pode, pode sim! - responde, terminando de pentear os cabelos ainda molhados. - Eu
só vou terminar aqui e a gente vai comer!

Maianne Ribeiro:
- Licença. - murmura, entrando no quarto. - Sem pressa, eu ainda não tô com tanta
fome.

Suki:
- Eu seria capaz de devorar um leão. - brinca, sentada na cama com um short e uma
camiseta quaisquer, como sempre. - Não quero atrasar o café da família toda.

Maianne Ribeiro:
- Não atrapalha, ora. - ele ri baixinho. - Vou pedir pra servirem porções maiores,
então.

Suki:
- Ei, não precisa..! Eu me satisfaço com o de sempre!

Maianne Ribeiro:
- Você precisa se alimentar direito. - ele ri, se afastando pra cozinha.

Suki:
- Eu tenho me alimentado direito! - reclama, puxando o short que caía, o rosto
vermelho.
Maianne Ribeiro:
- Aham, tô vendo. Suas roupas tão até caindo!

qualquersuki:
Suki:
- Ichiro! - reclama. - ...eu vou trocar de roupa, então não fala nada pro Mitsuo,
entendeu?!

Maianne Ribeiro:
- Tá, eu não vou falar nada, mas você tem que comer direito.

Suki:
- Eu tenho comido direito! - reclama, começando a se trocar

Maianne Ribeiro:
- Ah, mas não tá mesmo!

Suki:
- Ichiro...! Já chega!

Maianne Ribeiro:
- Tá, não vou falar mais nada. - resmunga. "Mas é a verdade."

Suki:
- Ótimo. - resmunga, se trocando rapidamente, optando por peças mais longas.

Maianne Ribeiro:
"Teimosa, teimosa..." pensa, esperando a garota.

Suki:
- Vamos. - resmunga, se aproximando novamente dele, um vestido longo cobrindo seu
corpo.

Maianne Ribeiro:
- Vamos, vamos. - murmura, guiando a garota até a sala de jantar.

Suki:
- Um bom café da manhã de combustível pra um dia de estudos... - ela suspira,
olhando ao redor, evitando encarar Ichiro.

Maianne Ribeiro:
- Precisa de ajuda nos estudos? - pergunta.

Suki:
Leanne abre a boca para responder, mas suspira, relaxando os ombros.

- ...se você estiver livre, pode revisar comigo.

Maianne Ribeiro:
- Tô sim. - sorri. - Eu te acompanho.

Suki:
- Tudo bem. Talvez tenha algo que eu deixei passar. - e assente com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Se tiver, eu te ajudo a achar. - sorri.

Suki:
Isso acaba por fazer Leanne sorrir de volta.
- ...obrigada, Ichiro.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - ele diz, gentil, entrando na sala com a garota. - Bom dia, família!

- Bom dia, Ichiro, Leanne. - Mitsuo murmura.

- Bom diaaaa! - Chiaki ri.

qualquersuki:
Suki:
- Boa dia, família. - repete, educada.

- Boa dia, crianças. Vocês demoraram. - Setsuna sorri, gentil.

Maianne Ribeiro:
- Eu demorei no banho. - Ichiro murmura, bocejando.

Suki:
- Alguém não dormiu muito bem. - a mulher murmura, preocupada.

Maianne Ribeiro:
- Não é nada de mais. - o rapaz dá de ombros. - Hoje de noite eu durmo melhor.

Suki:
- Aconteceu alguma coisa, querido? Os pesadelos da sua irmã passaram para você? -
pergunta, suave

Maianne Ribeiro:
- Eu não sei. - ele ri, sem jeito. - Só não consegui dormir.

Suki:
- Eu vou preparar um chá para você, essa noite. Dormir bem é imprescindível na sua
idade.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado, mãe. - ele sorri. - Vai ajudar mesmo.

Suki:
- Eu imagino que sim, querido. - ela sorri. - Agora vamos comer!

Maianne Ribeiro:
- Vamos, vamos. Tá abrindo o apetite. - ele ri, sentando pra comer.

Suki:
- A comida aqui sempre abre o apetite. - Leanne quem ri.

Maianne Ribeiro:
- Isso é verdade. É sempre ótima. - ele ri baixinho.

Suki:
- Sempre abre o apetite. - ela concorda.

Maianne Ribeiro:
- Nem me fala. - ele ri baixinho, começando a se servir.

Suki:
- Mitsuo, o senhor se importa se o Ichiro tirar mais uns dias de folga pra me
ajudar a checar os detalhes do ritual? - pergunta, pomposa, encarando o pai.

Maianne Ribeiro:
- Não, não me importo. - diz, negando com a cabeça. - À vontade.

qualquersuki:
Suki:
- Obrigada, Mitsuo. - ela assente com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- ...de nada. - murmura.

Suki:
- ...algum problema, querido? - Setsuna pergunta, tocando uma das mãos dele.

Maianne Ribeiro:
- Não. Problema algum. - murmura. "Me chamando de 'Mitsuo'..."

Suki:
- Tem certeza...? - Leanne quem pergunta, franzindo a testa de leve. - Você fechou
a cara.

Maianne Ribeiro:
- ...achei que eu fosse seu pai, não "Mitsuo". - resmunga.

Suki:
A garota hesita, as bochechas corando antes que ela comece a rir.

- Você fechou a cara por isso?! - pergunta, incrédula.

- Leanne, isso não é jeito de falar com o seu pai. - Setsuna corrige, ao que a
garota ri mais baixo, negando com a cabeça.

- Desculpe, desculpe~!

Maianne Ribeiro:
- Hmpf. - o homem resmunga, focando na própria comida.

Suki:
- Descuuuuulpa, pai, força do hábito~! - diz, se levantando e dando a volta na mesa
para abraçar Mitsuo.

Maianne Ribeiro:
- Desculpada. - murmura, sem jeito com o abraço.

Suki:
- Obrigada. - ela ri, beijando a bochecha dele antes de se sentar novamente.

- Recomponha-se. - Setsuna diz, bem baixinho, dando dois tapinhas nas costas do
marido.

Maianne Ribeiro:
- ...hmpf! - ele resmunga baixinho, ajeitando a própria postura.

- Todo bobo. - Ichiro provoca.

Suki:
- Isso não pode sair daqui, crianças. - Setsuna ri, boba.
Maianne Ribeiro:
- Eu sei, eu sei. Não se preocupe. - ele ri baixinho.

qualquersuki:
Suki:
- Pode deixar. - Leanne concorda.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado. - o homem resmunga baixinho.

Suki:
- De nada, pai. - ela ri.

Maianne Ribeiro:
- Pronta pra passar o dia comigo enchendo seu saco? - Ichiro provoca.

Suki:
- Não sei se eu aguento, não... - provoca, revirando os olhos, mas rindo.

Maianne Ribeiro:
- Vai ter que aguentar~

Suki:
- Eu me viro. - brinca, risonha.

Maianne Ribeiro:
O rapaz ri, dando um empurrãozinho em Leanne.
- Eu já terminei. Pronto pra ir te encher o saco.

Suki:
- Vamos, então. A gente tem muita coisa pra ler. - diz, ficando de pé.

Maianne Ribeiro:
- Vamos, vamos. - o rapaz assente com a cabeça, se levantando.

Suki:
- Até o almoço. - Leanne acena de leve para os outros familiares, antes de guiar
Ichiro até a biblioteca, todas as poções e substâncias devidamente organizadas em
caixas e potes, apesar das paredes continuarem rabiscadas.

Maianne Ribeiro:
- ...é bastante coisa. - ele murmura baixinho, olhando ao redor.

Suki:
- Isso é só o que ficou pronto. - explica. - No começo tinha bem mais.

Maianne Ribeiro:
- E você tava fazendo tudo isso sozinha?!

Suki:
- É. Seu pai me ajudou mais pro final, porém.

Maianne Ribeiro:
- Devia ter pedido ajuda. - resmunga.

qualquersuki:
Suki:
- Eu vou falar a mesma coisa que disse pra ele: eu não imaginei que vocês iam saber
mexer com essas coisas.
Maianne Ribeiro:
- Podia perguntar, ora!

Suki:
- Vocês são iguaizinhos. - revira os olhos.

Maianne Ribeiro:
- Eu sou filho dele, né? - ri.

Suki:
- Nem sempre filhos são iguais aos pais!

Maianne Ribeiro:
- Mas eu sou, igualzinho. - ri. - Só menos carrancudo.

Suki:
- BEM menos carrancudo!

Maianne Ribeiro:
- Um tantinho~

Suki:
- A não ser quando você fica irritado. Aí você fica estúpido e carrancudo igual!

Maianne Ribeiro:
- Eeei, não ofende! - ri.

Suki:
- Já ofendi!

Maianne Ribeiro:
- Maldade! - ele ri, bobo.

Suki:
- Que pena, que pena~

Maianne Ribeiro:
- Coisa que você não tem, inclusive!

Suki:
- Nem um pouco. Nem de você, nem de mim, nem de ninguém. - responde, fazendo uma
careta.

Maianne Ribeiro:
- Maldade mesmo. - ri.

Suki:
- Então eu sou má. - e dá de ombros, claramente rindo, antes de começar a andar
pela biblioteca para ler e checar cada uma das informações.

Maianne Ribeiro:
- Um pouquinho. - brinca, acompanhando a garota. - Como eu posso ajudar?

qualquersuki:
Suki:
- Lendo as anotações das paredes e checando os respectivos livros e páginas,
primeiro. Depois que eu confirmar a teoria, passo pra confirmar a prática.
Maianne Ribeiro:
- Deixa comigo. - murmura, começando a fazer como ela pedira, cuidadoso.

Suki:
E Ichiro se veria afundando em referências e mais referências, livros e mais
livros, com anotações e traduções mal feitas, mas ainda assim adequadas, enquanto
Leanne fazia o mesmo....

Maianne Ribeiro:
Eventualmente, o rapaz solta um suspiro longo, deixando o livro de lado.
- Não sei como você conseguiu fazer tudo isso sozinha...

Suki:
- Cansou? - pergunta, preocupada, se virando para ele. - A tradução tá porca, eu
sei, mas foi o que deu.

Maianne Ribeiro:
- Um pouco. - ele ri. - Só preciso de uma pausa.

Suki:
- Pode deixar que eu assumo daqui. - ela assente com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Não, de jeito nenhum. Eu vou só descansar um pouco e já continuo.

Suki:
- Não precisa, Ichiro, eu sei que é cansativo.

Maianne Ribeiro:
- Se é cansativo pra mim, também é pra você.

Suki:
- Não necessariamente. - e suspira.

Maianne Ribeiro:
- Sem discutir, vai. Eu vou continuar ajudando.

Suki:
- Tudo bem, tudo bem... - resmunga. - Você e o seu pai são iguais até nisso...

Maianne Ribeiro:
- Você não pode falar nada, olha o trabalhão que você teve sozinha!

qualquersuki:
Suki:
- Eu não sabia que tinha opção!

Maianne Ribeiro:
- Agora você tem opção e tá querendo negar!

Suki:
- Eu não tô querendo negar, eu tô querendo _te poupar_, é diferente!

Maianne Ribeiro:
- Dá no mesmo, ainda resulta em você fazer tudo sozinha!

Suki:
- É melhor do que arriscar um erro porque você não está bem pra isso!
Maianne Ribeiro:
- Eu não vou errar, eu só preciso descansar um pouco! Como se você não tivesse
exausta!

Suki:
- Eu--! Eu só tô cansada, pra _exausta_ ainda falta muito!

Maianne Ribeiro:
- Aham. Claro. E eu nasci ontem!

Suki:
- Deve ter nascido, mesmo, pra ser birrento desse jeito!

Maianne Ribeiro:
- Eu não sou birrento, eu tô falando a verdade!

Suki:
- A única verdade aqui é que você precisa descansar, e eu tenho muito o que fazer,
só isso!

Maianne Ribeiro:
- E você também precisa descansar, até mais que eu!

Suki:
- Eu posso descansar depois que tiver a certeza de que está tudo pronto!

Maianne Ribeiro:
- Então eu também posso descansar depois que tudo tiver pronto!

qualquersuki:
Suki:
- Isso não é seu trabalho, Ichiro, é diferente! Não faz parte das suas obrigações!

Maianne Ribeiro:
- Desde quando isso é seu trabalho?! Sem contar que isso é tudo pra salvar a minha
mãe, eu tenho--

- Já chega. - Mitsuo resmunga, entrando na biblioteca. - Pro descanso, os dois. Eu


assumo daqui.

Suki:
- Ela é _minha mãe também!_ - retruca, irritada, recuando assim que Mitsuo entra no
cômodo, já ofegando de raiva. - ...eu... Eu fico e ajudo.

Maianne Ribeiro:
- Eu sei que é. Mas você parece ter esquecido do resto da família. - Ichiro rosna.

- Já. CHEGA. - Mitsuo sibila, fazendo o filho estremecer. - Os dois. Descansar. Eu


não vou me repetir.

Suki:
As bochechas de Leanne se avermelham de raiva, os olhos cheios de lágrimas antes
que ela empurre Ichiro e saia a passos pesados, indo para os jardins.

- Eu fico aqui para tirar as dúvidas que o senhor tiver sobre a organização da
Leanne. - Salem murmura, subindo para a mesa antes de se enrolar em si próprio em
um dos cantos. - Não vou me mover pra mais nada.

Maianne Ribeiro:
- ...eu vou pro dojo. - Ichiro sussurra, se afastando.

- Obrigado, Salem. - Mitsuo murmura, massageando as têmporas antes de começar a


trabalhar. - Esses dois...

Suki:
- Adolescentes brigam quando não sabem lidar com situações de estresse. - ele
suspira, balançando a cauda suavemente. - É esperado.

Maianne Ribeiro:
- E os dois estão no auge da adolescência, ainda por cima. - resmunga.

qualquersuki:
Suki:
- Hormônios elevados e constantes auto-descobertas são de enlouquecer qualquer um.

Maianne Ribeiro:
- Especialmente os pais.

Suki:
O gato ri baixinho.

- Principalmente os pais, de fato. Ainda mais quando um dos filhos foge do padrão
disciplinado e silencioso da família, como é o caso da Leanne e de vocês.

Maianne Ribeiro:
- Ela ainda não se vê como parte da família propriamente. Isso é claro pra mim. -
suspira.- Ela se isolou.

Suki:
- É o jeito dela de se provar que merece. - murmura. - De fazer jus a tudo que
recebeu.

Maianne Ribeiro:
- Ela não precisa provar nada. Talvez um dia ela entenda isso.

Suki:
- Talvez, talvez não. Só o tempo vai dizer. - e suspira. - Quem sabe quando ela
entrar para a família essa necessidade não diminua.

Maianne Ribeiro:
- Ela é parte da família.

Suki:
- Da yakuza, Mitsuo. - ele nega com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Não. - responde, sério.

Suki:
- É o que ela quer, nós dois sabemos disso. - e suspira.

Maianne Ribeiro:
- É algo que ela não vai ter. Ela não sabe onde está querendo se meter. - sussurra.

qualquersuki:
Suki:
- Eu não estou julgando a sua decisão ou o desejo dela. Não é pra isso que estou
aqui.
Maianne Ribeiro:
- De fato. Você está aqui pra me guiar.

Suki:
- E te dizer o que acho importante que saiba. - ele assente com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
"Eu já sabia disso, Salem," pensa, focando no trabalho que fazia.

Suki:
"Ela não vai gostar de saber disso.", pensa, se limitando a ajudar Mitsuo a se
encontrar nas informações de Leanne...

Maianne Ribeiro:
O homem só deixaria a sala para as refeições, mergulhando no trabalho com afinco.
"Quanto mais disso eu fizer, melhor..."

Suki:
- Acho que isso é tudo. - Salem murmura, no início da madrugada, bocejando de leve.
- Todas as informações e valores estão certos.

Maianne Ribeiro:
- Ótimo. - ele suspira, passando a mão nos cabelos. - Eu vou descansar, então. Você
devia fazer o mesmo.

Suki:
- Eu vou. - ele assente com a cabeça. - E vou tentar que a Leanne faça o mesmo.
Acredito que o ritual será feito ainda essa semana.

Maianne Ribeiro:
- Por favor. Ela precisa estar descansada pra isso. - suspira. - Até amanhã, Salem.

Suki:
- Até amanhã, Mitsuo. Tenha um bom descanso. - murmura, assentindo com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Você também. - diz, se afastando para os próprios aposentos.

qualquersuki:
Suki:
Alguns dias se passam enquanto Leanne primariamente descansava, dormindo o dia
inteiro nos jardins depois do alívio de saber que todas as fórmulas estavam feitas
da forma correta.

E então, o dia do ritual. A garota usava um vestido branco até os joelhos, de


alças, uma bolsa da mesma cor cheia dos ingredientes enquanto ela acompanhava
Mitsuo até o cômodo isolado que ele prometera.

- O Salem vai ficar do lado de fora, pra passar as informações em tempo real pra
vocês. - murmura. - Assim dá pra adiantar os pedidos do demônio e não perder tempo.

Maianne Ribeiro:
- Vamos ficar de prontidão. - Ichiro murmura, sério, assentindo com a cabeça. -
Vamos conseguir tudo o mais rápido que der.

Suki:
- Eu só vou sair de dentro do círculo se for necessário, e quando for necessário. -
explica. - Como eu vou estar sangrando, quanto menos eu me mover, melhor.
Maianne Ribeiro:
- Por favor. - Ichiro pede, preocupado.

Suki:
- Não se preocupem, eu sei o que eu estou fazendo. - ela sorri, tentando
tranquilizá-los antes de parar em frente a porta. - ...é aqui que a gente se
separa, então... Boa sorte pra mim. - e ri, sem deixar que respondam, antes de
entrar no cômodo e fechar a porta atrás de si.

Maianne Ribeiro:
"...não, não sabe," Ichiro engole em seco, se encostando na parede ao lado da
porta, preocupado...

Suki:
E os minutos se arrastam sem que nada seja percebido por aqueles que estavam do
lado de fora. Mesmo Salem, conectado à Leanne, andava de um lado para o outro,
nervoso, enquanto a garota preparava tudo.

...e então o cheiro de sangue. O cheiro de ferro, metálico, amargo, invadindo os


sentidos dos envolvidos. Era possível sentir a magia pulsando do outro lado da
porta, até que todo o calor que normalmente Leanne emanava parece desaparecer,
restando apenas frio e desespero.

Maianne Ribeiro:
- ...Salem, ela já perdeu sangue demais. Nós precisamos interromper isso..! -
Ichiro exclama, se virando para o gato.

- Confie nela, Ichiro.

- Pai!

qualquersuki:
Suki:
- A invocação vai começar. - o gato avisa, se ajeitando diante da porta.

Demora alguns segundos até que Salem comece a recitar, a voz distante como se
estivesse em transe, os olhos fechados.

- 'Um humilhado para pagar a minha própria humilhação'

'O perdoado para lavar as mãos das suas próprias escolhas'

'Aquela com coragem para desafiar a morte e guiá-los na escuridão'

E então ele pausa, a respiração incerta, tentando recuperar o próprio fôlego antes
de voltar a recitar, agora mais rápido. Era fácil sentir o ar se tornando mais frio
e pesado, como se a invocação dentro daquele cômodo afastasse qualquer calor ou
vida ao seu redor...

- 'O sangue tirado a força da criança prometida


Como um pagamento pelo que deixarei de devorar'

'Uma herança de valor inestimável


Que marca o rompimento de uma tradição familiar'

'E as lágrimas de uma dor excruciante


Daquela que ousar me desafiar'
Maianne Ribeiro:
- Um humilhado, um perdoado. Nós dois. - Mitsuo murmura. - ...a relíquia da
família. Sabe onde está, certo?

- S-sei, mas... mas e o resto? Que história é essa de 'sangue tirado à força'?!

- Vá pegar a relíquia. É uma ordem. - diz, se afastando, apressado.

Os minutos se arrastam, até que Ichiro retorne com a tal relíquia: uma espada
antiga, a bainha toda decorada com entalhes dourados, visivelmente valiosa - tanto
financeira como emocionalmente.

E então, o grito agudo de Chiaki, se espalhando pelos corredores, o rosto de Ichiro


perdendo a cor ao entender o que o pai fizera. "Não..!"

qualquersuki:
Suki:
- Aguente firme. - Salem murmura, de novo e de novo e de novo, na tentativa que
tanto Ichiro quanto Leanne conseguissem se manter fortes.

Quando Mitsuo aparece no corredor, porém, o gato prontamente ajeita a própria


postura, impedindo-os de entrar no cômodo de imediato.

Maianne Ribeiro:
O homem trazia consigo um frasco com um líquido rubro, as vestes igualmente
manchadas - e a alma, a julgar pela expressão em seu rosto.
- ...o que fazemos agora? - ele sussurra, rouco.

Suki:
- Vocês não podem aceitar nenhuma das condições do demônio. - Salem diz, e por um
instante parece ser a voz de Leanne que falava através dele. - Ele vai pedir mais
do que o acordo, ele vai ameaçar fazer mais do que o combinado, mas ele não tem
esse poder, desde que ninguém verbalize o contrário. - explica, ofegando. - Façam
as expressões que quiserem, pensem o que quiserem, mas não verbalizem nada. Não
falem ou façam nada até o círculo de invocação sumir por completo, ou tudo isso vai
ter sido em vão, e não vamos ter outra chance.

Maianne Ribeiro:
- Entendido. Não vamos falar nada. - murmura, sério. - Certo, Ichiro?

- C... certo. Certo. - sussurra, ainda um tanto abalado.

qualquersuki:
Suki:
Salem assente com a cabeça.

- Entrem. - diz, dando espaço para que os dois passassem, a porta se abrindo
sozinha.

- Yo. - Leanne sussurra, esboçando um sorriso quando vê o pai e o irmão, tentando


passar uma segurança que definitivamente não sentia. O círculo de invocação era
bastante grande, ocupando o chão inteiro, o cheiro de sangue fresco tão intenso que
era quase tóxico. - Mitsuo, o senhor no meio. - diz, indicando o lugar com a
cabeça, os braços ocupados demais.

O esquerdo tinha um corte do cotovelo até a ponta do dedo médio, que escorria de
tal forma que o corpo da menina já estava imundo, o sangue pingando e empoçando sob
seus pés, sem que o ferimento começasse a coagular. Enquanto isso, o direito
apertava o ferimento com firmeza, tentando diminuir o sangramento para ganhar mais
tempo...

- Ichiro, você fica naquele círculo menor. Sentados com os sacrifícios colocados na
frente de vocês. - explica, ofegante, a voz bem mais baixa que o normal, o rosto
pálido começando a acinzentar.

Maianne Ribeiro:
Ichiro trava na porta ao ver o estado de Leanne, tremendo.
- L-Lea...

- Faça como ela mandou. - Mitsuo sibila, ao que o garoto reage, os dois indo para
os lugares indicados. "Eu não devia ter deixado isso acontecer..."

qualquersuki:
Suki:
Assim que os dois se sentam, Ichiro sente o próprio corpo sendo puxado em direção
ao chão, várias mãos demoníacas negras e etéreas agarrando-lhe os cabelos e as
vestes.

"Você vai se banhar no sangue dela e chorar a sua morte.", diz uma voz em sua
cabeça, obrigando o rapaz a encostar o queixo no sangue de Leanne, o rosto preso na
direção dela para que não pudesse desviar o olhar. "É você ou ela."

Para Mitsuo, porém, a recepção é diferente: as mãos agarram seus tornozelos e mãos,
mantendo o homem preso ao chão.
"Você vai assistir toda a dor que já causou, lagarto bastardo", dizia a voz de
Okazaki. "E eu vou ter a minha vingança."

Maianne Ribeiro:
Ichiro cerra os dentes, o olhar firme. "Não ceda. Não ceda..!" pensava. Já Mitsuo
se mantinha neutro, apesar da surpresa com a voz de Okazaki...

qualquersuki:
Suki:
Quando Leanne começa a recitar novamente, na voz demoníaca ancestral que tirava
toda a doçura de sua voz, as vozes enfim se silenciam, apesar das mãos ainda
permanecerem prendendo os dois no mesmo lugar. O sangue do círculo já começava a
secar e ser absorvido quando vários braços surgem do chão e agarram a perna
esquerda de Leanne.

"Agora as suas lágrimas pela ousadia, menina."

Antes que Mitsuo e Ichiro pudessem entender, a garota lança um sorriso ao dois que
logo some e é substituído por um extenso e desesperado urro de dor; o demônio
torcia a perna de Leanne, girando-a no próprio eixo enquanto o sangue jorrava e a
articulação cedia. Era fácil ver a pele se rasgando, os músculos, e o som dos ossos
se quebrando...

- NÃO SE MOVAM! - Salem ordena da porta, sem ousar entrar para não atrapalhar a
invocação, antes de ceder ao mesmo destino da dona...

Maianne Ribeiro:
Nem mesmo Mitsuo consegue se manter impassível diante daquilo, os olhos se abrindo
em choque, o rosto empalidecendo. "Por que eu deixei isso acontecer..?!" pensava, o
coração apertado.

- LEA--

- ICHIRO, QUIETO! - o homem rosna, a ordem sendo suficiente pra manter o rapaz em
seu lugar, o rosto coberto de lágrimas a esse ponto...

qualquersuki:
Suki:
Os gritos diminuem, e se tornam gemidos, que diminuem e se silenciam, quase ao
mesmo tempo em que o círculo de invocação desaparece por completo.

Apesar disso, o sangue de Leanne continua molhando o chão sob ela, e jorrando da
perna semi-arrancada, sem que a garota se mova sequer para respirar. Para Mitsuo
era possível sentir que a menina ainda tinha alguma magia em si, alguma vida em si,
mas por muito pouco não se fora, sem sinais visíveis disso...

Maianne Ribeiro:
Assim que o círculo de invocação desaparece, Mitsuo se levanta, a magia envolvendo
Leanne e curando-lhe a perna como podia.
- Me perdoe... - ele sussurra, abraçando a menina e mantendo-a perto de si,
trêmulo.

- Pai, ela... ela..!

- Ela vai ficar bem. Vá se limpar.

- Mas--

- VÁ SE LIMPAR, É UMA ORDEM! - Mitsuo berra. Ichiro ainda hesita, mas acaba por
acatar à ordem do pai, fraco, o corpo inteiro tremendo de medo e ódio...

Suki:
Apesar dos esforços, Leanne continua desacordada, pálida e fria, o coração voltando
a bater fracamente apenas com a magia de Mitsuo...

-=-

- Tadaima. - Setsuna anuncia, no final da tarde, ao entrar em casa novamente.

Maianne Ribeiro:
- Okaeri. - Ichiro sussurra, indo receber a mãe com um abraço firme.

qualquersuki:
Suki:
- Boa noite, querido. - murmura, retribuindo o gesto com bem mais firmeza que o
comum. - Como foi o dia...?

Maianne Ribeiro:
- ...como você está? Você está bem, não é..? - ele sussurra, o rosto enterrado no
ombro dela.

Suki:
- É claro que sim, filho, por que não estaria...? - pergunta, confusa, afagando os
cabelos dele.

Maianne Ribeiro:
- Bem de verdade? Melhor que antes..?

Suki:
- Bem de-- oh. _Oh._ Foi _por isso_ que o seu pai me fez sair de casa durante o dia
todo...? - pergunta, preocupada

Maianne Ribeiro:
- ...É. Foi por isso. - sussurra, engolindo em seco. - Eu espero que... Que tenha
dado certo...

qualquersuki:
Suki:
A mulher balança a cabeça negativamente.

- Eu me sinto bem. - diz. - Nada disso era necessário...

Maianne Ribeiro:
- Agora já... Já foi. - ele estremece.

Suki:
- O que aconteceu? - pergunta, apertando o abraço ao redor do filho, preocupada com
a reação dele.

Maianne Ribeiro:
- ...muita coisa. Coisa demais. - ele sussurra, se agarrando à mãe.

Suki:
Ela suspira.

- Venha. Eu vou fazer um chá para conversarmos.

Maianne Ribeiro:
Ele assente com a cabeça, enfim soltando Setsuna, os olhos cheios de lágrimas.

Suki:
- Não precisa chorar. Vai ficar tudo bem... - diz, secando o rosto do filho com
cuidado.

Maianne Ribeiro:
- Vai. Vai sim. - sussurra. "Tem que ficar..."

Suki:
- Venha. Vamos até a cozinha. - diz, tentando acalmá-lo, guiando Ichiro consigo.

Maianne Ribeiro:
Ele assente com a cabeça, acompanhando Setsuna, ainda um tanto desanimado.

Suki:
A mulher o coloca sentado em uma das cadeiras, se afastando para preparar o chá dos
dois. Era visível, ao menos para Ichiro, que os movimentos de Setsuna estavam um
pouco mais firmes, assim como os passos, sem se atrapalhar tanto na hora de
procurar os ingredientes...

Maianne Ribeiro:
- ...deu certo... - ele sussurra, esboçando um sorriso.

Suki:
- Aqui. - murmura, alguns minutos depois, ao servir o chá para o rapaz. - Beba. -
pede.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado, mãe. - ele murmura, pegando a xícara com cuidado pra tomar um gole.

qualquersuki:
Suki:
- Apenas se acalme. - pede, afagando os cabelos dele.
Maianne Ribeiro:
- Difícil, mãe. - sussurra, tomando outro gole. - A... A Lea ainda não acordou.

Suki:
Isso faz a mulher hesitar, colocando a própria xícara na mesa sem tomar o próprio
gole.

- Quantas horas...? - pergunta.

Maianne Ribeiro:
- Seis... Não, sete horas. - responde. - O meu pai curou ela, mas...

Suki:
- ...mas ela ainda não acordou. - completa, com um suspiro baixo, antes de ficar de
pé. - Beba o chá e descanse, meu amado filho. - diz, afagando os cabelos de Ichiro
antes de depositar um beijo na testa dele. - Eu vou falar com o seu pai.

Maianne Ribeiro:
- Eu vou. - sussurra. - Obrigado, mãe...

Suki:
- De nada. - ela sorri, se afastando antes de procurar por Mitsuo, a expressão mais
séria...

Maianne Ribeiro:
Mitsuo estava nos jardins, sentado, o olhar melancólico perdido na grama ao seu
redor. Quando os passos de Setsuna se aproximam, ele ergue o rosto, engolindo em
seco.
- ...eu errei. - sussurra.

Suki:
- Me explique melhor. - pede, severa, se sentando ao lado dele cuidadosamente, sem
pedir o apoio que sempre precisava.

Maianne Ribeiro:
- Os riscos foram maiores do que eu imaginava. Os custos também. - sussurra. - Eu
não devia ter deixado a Leanne fazer esse ritual.

Suki:
- Custou uma das nossas filhas, Mitsuo. Custou a nossa família. - diz, balançando a
cabeça negativamente, sem encostar nele. - ...a nossa paz.

Maianne Ribeiro:
- Custou. - o homem murmura, uma lágrima escorrendo por seu rosto. - Eu não mereço
o seu perdão, Setsuna. Não hoje, não agora.

qualquersuki:
Suki:
- Talvez nunca. - adiciona, o olhar se perdendo nos corredores. - ...como ela está?

Maianne Ribeiro:
"Talvez nunca."
- Estável. Adormecida. - sussurra. - Setsuna, eu... Eu feri a Chiaki.

Suki:
Todo o sangue desaparece do rosto da mulher.

- Você _o quê?_ - sibila, a expressão se fechando enquanto ela se virava para


encará-lo.

Maianne Ribeiro:
- Um corte na palma da mão. - responde, sem ousar encarar a esposa. - Ela vai me
odiar pra sempre, e estará certa.

Suki:
- O que deu em você, Mitsuo?! Por que você fez isso?! Por que envolver a Chiaki
nisso?! - exclama, ficando de pé, perceptivelmente furiosa.

Maianne Ribeiro:
- Foi a decisão mais difícil da minha vida. E eu errei. - sussurra.

Suki:
- _Por que, Mitsuo?!_ Por que a Chiaki?! - insiste, os olhos cheios de lágrimas.

Maianne Ribeiro:
- Porque a maldição a salvou. O demônio queria algo dela.

Suki:
- E VOCÊ ACEITOU ISSO?! - grita, chorosa.

Maianne Ribeiro:
- Aceitei. - murmura. - Eu não me orgulho disso. Pelo contrário, eu... Eu queria
poder desfazer o que fiz.

Suki:
A mulher o encara, furiosa, as lágrimas escorrendo pelo rosto.

- ....onde elas estão? - sussurra, a voz trêmula.

Maianne Ribeiro:
- No quarto da Leanne. - sussurra.

Suki:
- Fique longe delas. - é tudo que Setsuna diz, antes de se afastar, indo atrás das
filhas.

Maianne Ribeiro:
"Não precisa pedir duas vezes..." pensa, deixando as lágrimas escorrerem pelo
rosto...

-=-

Chiaki estava sentada na beirada da cama de Leanne, segurando uma das mãos da
garota, amuada. Quando a porta se abre, a menina fica de pé de imediato, o choro
transbordando ao ver Setsuna.
- MÃE! - ela berra, correndo pra se agarrar às pernas da mulher.

qualquersuki:
Suki:
- Eu estou aqui. - murmura, prontamente se agachando para abraçar a filha mais nova
com firmeza, carinhosa. - Ninguém vai te machucar de novo...

Maianne Ribeiro:
- Eu n-não sei o que t-tá acontecendo, m-mãe..! - ela choraminga. - O papai m-me
cortou, mas e-ele me curou, e depois t-todo mundo sumiu, e a Lea não acorda, e o
Ichi t-tá triste..!
Suki:
- Eu vou te explicar tudo. - diz, suave, se sentando no chão e guiando Chiaki até o
próprio colo. - ...mas primeiro, coloque tudo para fora.

Maianne Ribeiro:
A menina senta no colo da mãe, ainda agarrada à ela.
- Eu n-não sei, eu não sei... Tá tudo estranho hoje, eu tô com medo!

Suki:
- Seu pai e seus irmãos encontraram uma cura pro... pro meu mal-estar. - explica,
abraçando Chiaki carinhosamente, afagando um de seus cabelos.

Maianne Ribeiro:
- Uma... Uma c-cura..? Como os chás..? - pergunta, soluçando.

Suki:
- Não. Uma cura de verdade. Os chás faziam com que eu não me sentisse tão doente,
mas não me impediam de piorar. - explica, buscando as melhores palavras.

Maianne Ribeiro:
- ...então... Você não tá mais doente..?

Suki:
- ...não, não estou. - diz, esboçando um sorriso. - Mas pra isso eles precisaram do
seu sangue, e da magia da sua irmã.

Maianne Ribeiro:
- Foi... Foi por isso q-que o papai me cortou..? - pergunta. - Por que ele não m-me
disse..?

Suki:
- Eu não sei. - admite, negando com a cabeça. - ...mas sim, foi por isso. E ele
está chorando nos jardins até agora, se sentindo culpado por isso.

"Como deveria estar, mesmo."

Maianne Ribeiro:
- Eu não gosto do papai chorando... - ela sussurra. - Ele... Ele fez isso p-pela
mamãe, então... Tá tudo bem...

Suki:
Isso faz Setsuna rir baixinho, abraçando a filha com mais firmeza, trêmula,
deixando as lágrimas escorrerem pelo rosto.

- Você é tão preciosa, minha menina... Nunca mude, nunca mude...

Maianne Ribeiro:
- N-nunca... - ela diz com um risinho, se encolhendo no abraço da mãe.

qualquersuki:
Suki:
- Mm. - responde, se aconchegando com Chiaki, carinhosa, cantarolando baixinho para
acalmá-la...

Maianne Ribeiro:
A garota acaba por adormecer nos braços da mãe, cansada, a respiração tranquila...

Suki:
Setsuna ainda fica longos minutos ali, aninhada com ela, mas acaba por ajeitar
Chiaki na cama com Leanne, cobrindo as duas, antes de sair do quarto.

- Espero que ainda tenha chá... - murmura para si, trançando os cabelos com
cuidado, cansada.

Maianne Ribeiro:
Ichiro ainda estava na cozinha, já na terceira xícara de chá.
- Ah. Oi de novo, mãe...

Suki:
Ela assente com a cabeça, se servindo de uma nova xícara antes de sentar ao lado
dele.

- Suas irmãs estão dormindo no quarto da Leanne. - murmura, esboçando um sorriso.

Maianne Ribeiro:
- Ah. A Chiaki não quis sair de lá, nem pra comer. - murmura, um sorriso triste no
rosto. - Eu levei a bandeja e comi lá com ela.

Suki:
- Eu expliquei a ela o que aconteceu, e a razão do seu pai tê-la ferido. - diz,
negando de leve com a cabeça. - Eu vou buscá-la na hora do jantar para comermos à
mesa.

Maianne Ribeiro:
- Eu tentei explicar, mas não consegui. - sussurra. - Obrigado, mãe.

Suki:
- De nada, querido. - ela sorri, afagando os cabelos dele. - Elas vão melhorar, eu
prometo.

Maianne Ribeiro:
- Vão. Vão sim. - ele assente com a cabeça. - Elas são fortes...

Suki:
- Nossa família toda é. - corrige.

Maianne Ribeiro:
- É. Nós todos somos. - murmura, esboçando um sorriso.

Suki:
- É só um momento ruim.

Maianne Ribeiro:
"Um momento bem ruim," pensa, apesar de assentir com a cabeça.

Suki:
- Já falou com o seu pai? - pergunta, tomando um gole do próprio chá.

Maianne Ribeiro:
Ele nega com a cabeça.
- Não tem muito a ser falado. - sussurra.

qualquersuki:
Suki:
- Nossa família não pode ser mantida com laços cortados, Ichiro.

Maianne Ribeiro:
- ...eu... Eu vou falar com ele. - sussurra, encarando-a. - Você e o papai... Estão
bem..?

Suki:
- ...vamos ficar. - e suspira. - Vamos ficar.

Maianne Ribeiro:
- ...tomara. - ele sussurra baixinho.

Suki:
- Seu pai é um idiota, mas ele não é mau. - murmura, esboçando um sorriso triste.

Maianne Ribeiro:
- Ele só... Ele te ama muito. - murmura, o sorriso espelhado ao da mãe.

Suki:
- Mais do que deveria.

Maianne Ribeiro:
- É. Talvez. - ele sussurra, passando a mão nos cabelos antes de ficar de pé. - Eu
vou falar com o papai.

Suki:
- Boa sorte, querido. E tenha paciência. - pede.

Maianne Ribeiro:
- Eu vou tentar. - diz, se afastando.

Suki:
"Já é mais do que eu consegui.", pensa, suspirando.

Maianne Ribeiro:
Os dias seguintes seriam melancólicos, silenciosos, a família quebrada e dividida.
Mitsuo focava em suas tarefas diárias, o homem tomando as refeições em horários
distintos pra evitar encontrar a família, envergonhado e arrependido, enquanto
Ichiro passava mais tempo com Chiaki, a menina mais carente que antes, medrosa e
inquieta.

"...mais um dia..." Mitsuo pensa, frustrado, deitando no jardim pra observar o céu
noturno. "Mais um dia sem a Leanne..."
- Ela gosta de dormir aqui... - sussurra pra si, fechando os olhos, trêmulo.

qualquersuki:
Suki:
Setsuna passava a maior parte do tempo com os filhos, diariamente se dedicando a
limpar o corpo de Leanne e massagear-lhe braços e pernas, preocupada, pedindo que a
menina voltasse logo.

- Você é velho demais pra dormir aqui. - Mitsuo escuta Leanne dizer, claramente
jocosa. - Vai pra sua cama antes que estrague a sua coluna.

Maianne:
- Leanne?!

O homem se levanta de um salto, olhando em volta, assustado. "Onde..?!"

Suki:
E ele ouve apenas um riso suave, baixinho, que logo desaparece, sem sinais da
garota em lugar algum...
Maianne:
"Não..!" pensa, correndo para o quarto da garota, preocupado.

- Pai, eu ouvi a-- - Ichiro exclama, ao encontrar o pai no corredor.

- A Leanne. Eu também. - sussurra, apressado.

Suki:
- Ela está bem?! - Setsuna pergunta, sendo a última a chegar, ofegando de leve. - A
nossa filha está bem?! - pergunta, segurando as vestes de Mitsuo ao entrar no
quarto, desesperada.

Maianne:
- Eu não sei... Eu ouvi a voz dela.

- Pai, a Lea falou comigo! - Chiaki choraminga, agarrada na mão da irmã.

Suki:
- Ela falou com todos nós, querida, só estamos tentando entender o que aconteceu...
- murmura, indo abraçar as duas, preocupada.

Maianne:
- Ela tá bem, né? Né?! - a menina pergunta, assustada.

Suki:
- E-eu não sei... - admite, estremecendo.

- T-tô... - Leanne sussurra, rouca, entreabrindo os olhos devagar, cansada..

Maianne:
- Lea..! - ela exclama, as lágrimas caindo pelo rosto.

- Ela acordou..! - Mitsuo esboça um sorriso, aliviado.

Suki:
- E-eu disse que... Q-que não ia morrer... - resmunga, se apoiando em um dos braços
para se sentar, sem forças.

- Ichiro, ajude a sua irmã...! - pede, preocupada.

Maianne:
- D-disse... - o rapaz sorri, choroso, ajudando-a a sentar com cuidado. - A gente
tava morrendo de preocupação ainda assim...

Suki:
- V-valeu, Ichi... - murmura, respirando aliviada antes de olhar para o pai.
- ...funcionou...? - pergunta, esperançosa.

Maianne:
- Funcionou. Funcionou sim. - o homem sorri. - A sua mãe está bem...

qualquersuki:
Suki:
Ela leva a mão esquerda ao peito, aliviada, a cicatriz bastante feia e retorcida
visível na parte interna do antebraço.

- Então valeu a pena...

- Não, não valeu...! - Setsuna reclama. - Vocês são loucos, você podia ter morrido,
e--

- Mas não morri. E você ia morrer, mas também não vai mais.

Maianne Ribeiro:
- Foi p-pela mamãe... né..? - a menina murmura, lançando um olhar ao pai.

Suki:
- Foi, foi sim... - Leanne sorri, afagando de leve o cabelo da irmã. - Mas... Mas
deu tudo certo...

Maianne Ribeiro:
- Q-que bom... Eu não q-queria te perder... - ela choraminga, abraçando Leanne.

Suki:
- Não ia e não vai. - diz, rindo baixinho, abraçando-a de volta.

- Nunca mais faça nada do tipo... - Setsuna pede, abraçando as duas.

Maianne Ribeiro:
- Nunca mais. - Mitsuo murmura, levando a mão ao peito. "Isso serve pra mim também.

Suki:
- Assim espero. - diz, lançando um olhar severo ao marido.

- E-eu não prometo nada... - e ri.

- Leanne...!

Maianne Ribeiro:
- Já chega de sustos e preocupações pra sua mãe. Por favor. - o homem murmura.

qualquersuki:
Suki:
- E-eu não prometo nada... - insiste, rindo baixinho antes de tossir, a expressão
se fechando. - ...eu... Eu faria tudo de novo, se fosse necessário.

- Mas não é, e nunca mais vai ser!

Maianne Ribeiro:
- Não é, e nunca mais vai ser. Por favor, Leanne. - Mitsuo pede.

- Não é só o meu pai, eu também tô pedindo. - Ichiro insiste.

Suki:
- Se... Se não for necessário, eu... E-eu não vou fazer...

- Você não decide o que é ou não necessário, Leanne!

Maianne Ribeiro:
- Já basta dessa discussão. Você precisa descansar. - murmura, sério.

Suki:
Setsuna o encara, visivelmente irritada, apesar de suspirar em seguida.

- Como está se sentindo? Acha que consegue comer? - pergunta, mais mansa.

- J-já consigo até dar uma surra no pai, se precisar... - brinca.


Maianne Ribeiro:
- Isso eu duvido. - o homem ri. - Eu vou pedir pra trazerem comida.

qualquersuki:
Suki:
- Eu... Eu aguento comer à mesa...

- Nós já comemos, então não tem necessidade. - Setsuna diz, gentil. - Mas a partir
de amanhã, vai ser um prazer. Seu irmão e seu pai podem te ajudar. Né ~?

Maianne Ribeiro:
- Claro que podemos. - Ichiro sorri, assentindo com a cabeça.

Suki:
- Valeu, eu... Eu vou precisar, pelo menos por uns dias. - ela sorri, esticando o
braço para tocar o rosto de Ichiro, carinhosa.

Maianne Ribeiro:
- Pelo tempo que precisar. - o rapaz sorri, gentil, segurando a mão dela.

Suki:
- Não muito, eu prometo. - diz, baixinho, afagando-lhe a pele.

Maianne Ribeiro:
- O tempo que precisar. - insiste, continuando o carinho.

Suki:
Isso faz com que ela suspire baixinho, se encostando no irmão, cansada.

- Ichiro, durma com a sua irmã por alguns dias. - pede. - Agora que ela está
acordada, mas ainda não consegue se mover direito, ela pode precisar que você a
carregue para algo.

Maianne Ribeiro:
- Deixa comigo, mãe. Eu cuido dela. - o rapaz assente com a cabeça.

Suki:
- Eu vou pedir para trazerem frutas e água fresca para cá. É importante que você
coma bem para se recuperar logo, Leanne.

- Eu sei... - e suspira.

Maianne Ribeiro:
- Sem mais sustos. Certo..? - Ichiro pede.

- Por favor. Promessa. - Chiaki sussurra, erguendo o mindinho.

qualquersuki:
Suki:
- Promessa. - ela ri, entrelaçando o mindinho com o da irmã.

Maianne Ribeiro:
A menina sorri, e então se joga em Leanne, abraçando-a.

Suki:
A garota resmunga baixinho ao cair para trás na cama, mas acaba por rir.

- Tá tudo bem... - murmura, abraçada à Chiaki.


Maianne Ribeiro:
- Agora tá... - ela sorri, boba.

Suki:
- Isso... Nós, o Ichi, o papai e a mamãe estamos todos aqui, e todos bem...

Maianne Ribeiro:
- Isso. Todo mundo bem... as coisas vão voltar ao normal, né..? - sussurra, se
encolhendo um pouco.

Suki:
- Vão, vão sim. Aos pouquinhos. - Setsuna quem diz, encarando Mitsuo com seriedade.
- Tem algo a dizer pra nossas filhas?

Maianne Ribeiro:
O homem assente com a cabeça, suspirando... e então, ele se ajoelha no chão, se
curvando até que a testa encostasse no tatami.
- Me perdoem. E muito obrigado. - diz, firme.

qualquersuki:
Suki:
- Não precisa de nada disso...! - Leanne reclama, tentando ficar de pé para
levantá-lo, mas soltando uma exclamação de dor ao tentar dobrar o joelho, se
agarrando nele.

- Leanne! - exclama, prontamente se aproximando para apoiá-la. - O que aconteceu?!


O que houve? Precisa que eu chame os médicos?!

Maianne Ribeiro:
- Cuidado, a sua perna..! - Ichiro exclama, também apoiando a irmã.

- Eu... eu não curei o suficiente..? - Mitsuo sussurra, estremecendo, apesar de não


se mover.

Suki:
- N-não precisa...! - resmunga. - Pai, sai daí....! - insiste, voltando a tentar se
mover.

Maianne Ribeiro:
- Leanne, não..! - Ichiro resmunga, segurando ela.

- O sangue que foi derramado por vocês é culpa minha. É claro que eu preciso. -
sussurra. - Eu preciso agradecer, e pedir perdão.

Suki:
- Não é culpa sua, quem inventou essa merda fui eu...! - retruca, tentando se
soltar do irmão.

Maianne Ribeiro:
- E eu deixei que isso acontecesse. Eu sou seu pai, Leanne, eu devia ter te
impedido... eu sou o responsável aqui.

Suki:
- Você não tinha como me impedir, eu dei a entender que era bem mais simples! E
depois que a invocação tava feita não tinha como voltar atrás!

Maianne Ribeiro:
- A responsabilidade ainda é minha, Leanne. Eu sou seu pai. - responde, as lágrimas
molhando o chão. - Eu quase te perdi...
Suki:
- Não, não é! Eu teria feito com ou sem a sua permissão! Levanta daí! - insiste, se
forçando a dobrar os joelhos, o esquerdo fazendo um estalo um tanto alto,
arrancando uma exclamação de dor da menina.

- Leanne...! - Setsuna exclama, preocupada, se adiantando para ajudá-la. - Mitsuo,


precisamos da sua magia aqui...!

Maianne Ribeiro:
O homem se levanta de imediato, correndo pra curar Leanne, pálido.
- Seu joelho... - sussurra, a energia envolvendo a articulação pra recuperá-la.

qualquersuki:
Suki:
- N-não era pra doer desse jeito... - choraminga, soltando a perna conforme a magia
fazia efeito e aliviava a dor...

Maianne Ribeiro:
- Eu vou pedir pra um dos médicos te examinar. - murmura. - Pode ter ficado algum
dano ainda...

Suki:
- N-não precisa, e-eu aguento...

- Já BASTA de você se sacrificar, Leanne!

Maianne Ribeiro:
- Ouça sua mãe. Já basta. - sussurra. - Os médicos vão cuidar de você.

Suki:
- Não é s-sacrifício.... - choraminga

Maianne Ribeiro:
- É, é sim. Você não precisa rejeitar os nossos cuidados. - diz, beijando a testa
dela.

Suki:
- Ichiro, traga os médicos até aqui. - pede, severa.

- T-tudo bem... - e se encolhe.

Maianne Ribeiro:
- Eu já volto. - Ichiro murmura, se afastando, apressado.

Suki:
- Vai ficar tudo bem... - Setsuna murmura, gentil, afagando os cabelos das filhas.
- Vai ficar tudo bem...

Maianne Ribeiro:
- Eu não quero que a Lea sinta mais dor... - Chiaki choraminga.

Suki:
- N-não é nada, irmãzinha, não se preocupa... - ela ri baixinho, esboçando um
sorriso similar ao que Mitsuo vira no ritual, um sorriso confiante apesar do
próprio estado..

Maianne Ribeiro:
- Não minta pra nós. - Mitsuo murmura, sério. - Por favor.
qualquersuki:
Suki:
- ...mãe, leva a Chiaki pra dormir? - pede, hesitante.

- Tem razão. Pela hora, é melhor. - e suspira, afagando os cabelos da filha mais
nova. - Se despeça do seu pai e da sua irmã, querida.

Maianne Ribeiro:
- Mas--! - a menina choraminga. - Eu quero ficar com a Lea...

- Chiaki...

- ...t-tá... - ela resmunga. - Tchau, pai, Lea...

qualquersuki:
Suki:
- Amanhã cedo a gente se encontra pra estudar. - ela sorri, acenando de leve
enquanto Setsuna levava Chiaki, se permitindo contrair a própria expressão apenas
quando a porta se fecha e as duas saem, os olhos se enchendo de lágrimas.

Maianne Ribeiro:
- ...ainda dói..? - ele pergunta, preocupado.

Suki:
- M-muito... - admite, a voz fraca. - Só... S-só depois de... De tentar mexer..

Maianne Ribeiro:
- Vai passar. Eu vou dar um jeito. - sussurra, voltando a curar a garota, tentando
aliviar a dor.

Suki:
- N-não vai... - murmura, esboçando um sorriso culpado. - É... É o sacrifício.

Maianne Ribeiro:
- Vai ter algum jeito. - insiste.

Suki:
- E-eu aguento... Foi... Foi pela mamãe.. - murmura, esticando a perna com uma
careta antes de voltar a se deitar, cansada.

Maianne Ribeiro:
- Eu não--
"Eu não quero que você tenha que aguentar..!"

- O médico. - diz Ichiro, entrando no quarto.

Suki:
- Com licença. - diz, educado, fazendo uma mesura.

- É... É o meu joelho esquerdo... - murmura, apoiando o corpo nos cotovelos com
dificuldade.

Maianne Ribeiro:
- O que for necessário, nós faremos. - sussurra. - Tudo pra Lea ficar bem.

Suki:
- N-não exagera...
- Isso pode doer, então por favor, não puxe a perna. - diz, começando a examinar a
perna da menina, Leanne começando a choramingar depois de algum tempo, os dentes
cerrados de dor...

Maianne Ribeiro:
- Não é exagero. Farei o que puder. - o homem insiste.

qualquersuki:
Suki:
- Eu não sei o que houve, mas é visível que o trauma foi bastante grande. - o
médico suspira, um tanto sério. - Ela vai precisar de fisioterapia constante,
remédios para dor, e cura diária para impedir mais lesões. Eu recomendo alguns
exames, também, não só para o joelho: é visível que ela está abaixo do peso e
desidratada.

"Não, merda, não era pra dar trabalho...!", pensa, chorosa, encarando o pai com uma
expressão culpada.

Maianne Ribeiro:
- Tudo o que for necessário. - ele repete, assentindo com a cabeça. - Providencie
os remédios e marque os exames, vamos combinar os horários da fisioterapia também.

Suki:
- Sim, senhor. De imediato. - e faz uma mesura, se afastando em seguida.

- P-pai...! - ela reclama. - D-desculpa, eu... E-eu não sabia que...!

Maianne Ribeiro:
- Eu também não sabia. Não sabia de muita coisa. - sussurra, afagando os cabelos
dela. - Mas nós vamos cuidar de você.

Suki:
- D-desculpa o trabalho... - ela choraminga. - N-não era pra ser assim...!

Maianne Ribeiro:
- Não é trabalho cuidar da minha filha. É meu dever. - ele diz, o tom mais gentil.

Suki:
- S-sua filha arrumou esse... Esse problema pra si...

- Pra curar a esposa dele. - Salem resmunga, subindo em cima da cama com
dificuldade, uma das patas traseiras tremendo violentamente. - Ele te deve gratidão
pelo seu sacrifício, e cuidar da sua dor é o mínimo.

Maianne Ribeiro:
- Não interessa quem arrumou, nem qual o motivo. Você é minha filha, e eu vou
cuidar de você. - ele diz, negando com a cabeça. - É a única coisa que importa.

Suki:
Isso faz Leanne suspirar, se ajeitando na cama com cuidado, visivelmente abatida
pela dor e pela situação toda.

- Valeu, pai... - murmura, cansada.

Maianne Ribeiro:
- Não precisa me agradecer. - diz, continuando o afago. - Agora descanse, por
favor...

Suki:
- Eu... Eu vou... - murmura, fechando os olhos. - ...amanhã eu como, prometo...

Maianne Ribeiro:
- Tudo bem. Foque em descansar, por ora. - murmura.

qualquersuki:
Suki:
- Obrigada, pai... - murmura, cansada.

Maianne Ribeiro:
- De nada, filha. - murmura, continuando o carinho.

"Eu não sei se valeu a pena..." pensa Ichiro, quieto.

Suki:
- Ichi, deita aqui comigo...? - pede, manhosa, bem baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Deito sim. - sussurra, fazendo como ela pedira.

Suki:
- ...obrigada... - sussurra de volta, se encostando nele em busca de conforto, sem
querer admitir o próprio medo de não despertar novamente...

Maianne Ribeiro:
- De nada. - ele murmura, envolvendo a irmã com os braços, carinhoso.

- Eu vou deixar vocês descansarem. Com licença. - Mitsuo murmura, se afastando.

Suki:
- V-vai ficar tudo bem, certo...? - pergunta, bem baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Vai sim. É só questão de tempo. - sussurra.
"Eu não sei..."

Suki:
- ...você me acompanha nisso tudo...? - pede, encostando a cabeça no peito dele,
amedrontada.

Maianne Ribeiro:
- Em tudo. Tudo, tudo, tudo. - sussurra. - Eu tô do seu lado.

Suki:
- Promete...? J-jura...? - insiste.

Maianne Ribeiro:
- Prometo. Juro. - diz, gentil.

Suki:
- Obrigada, Ichi... - murmura baixinho, enfim fechando os olhos para se permitir
adormecer.

Maianne Ribeiro:
- De nada, Lea. Dorme... - sussurra, carinhoso. Acabaria por cochilar também, o
cansaço vencendo...

Suki:
- Bom dia, crianças... - Setsuna chama, suave, afagando os cabelos dos dois. - Como
vocês estão...?

Maianne Ribeiro:
- Hmm..? - Ichiro murmura, despertando devagar, bocejando. - Bom dia... Bom dia,
mãe...

Suki:
- Bom dia, querido. Dormiu bem? - pergunta, baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Dormi. Dormi melhor do que achei que ia. - ele ri, sem jeito.

Suki:
- Isso é bom. Fiquei preocupada que vocês dois não conseguissem descansar. -
admite, rindo baixinho.

- ...eu dormi muito bem... - Leanne resmunga, entreabrindo os olhos, cansada.

- É um alívio imenso ouvir isso. - diz, levando uma das mãos ao peito.

Maianne Ribeiro:
- Pra gente também, aposto. - ele solta um risinho.

qualquersuki:
Suki:
- Eu nunca dormi tão bem desde que cheguei aqui... - admite, se apoiando nos
cotovelos para erguer o corpo parcialmente.

Maianne Ribeiro:
- O ursinho de pelúcia faz a diferença. - Ichiro brinca.

Suki:
- Você nem é peludo, Ichiro. - resmunga, coçando os olhos.

Maianne Ribeiro:
- Eu sei, mas você me agarrou igual. - provoca.

Suki:
- Você é macio e quentinho. - responde, mostrando a língua para ele.

- Já que estão com tanta energia para provocações, então estão com energia para
comer à mesa conosco, imagino.

Maianne Ribeiro:
- Com certeza. Eu carrego a Lea. - Ichiro sorri, se levantando devagar e esticando
o corpo, quase como um gato.

Suki:
- Você se esticando é sempre bonito de se ver. - Leanne murmura.

- Eu sou mais bonito. - Salem resmunga, mancando para perto da dona.

Maianne Ribeiro:
- É nada, eu sou lindão. - Ichiro provoca.

Suki:
- Vocês são bonitos de formas diferentes! Não dá pra comparar um animal e uma
pessoa.
- Ora, o Ichiro tem uma forma de dragão, também. Ele não te mostrou? - Setsuna
pergunta, suave.

Maianne Ribeiro:
- Não, ainda não. - murmura. - ...quer ver?

Suki:
- Quero, quero, é claro que sim! - ela ri, encantada, se apoiando nos braços para
se ajeitar, curiosa.

Maianne Ribeiro:
O rapaz solta um risinho, e então começa a se transformar num dragão serpentino, se
enrolando no ar pra não ocupar muito espaço, as escamas reluzentes num tom verde-
água, algumas partes mais claras que outras.
- Que tal? - ele ri, a voz mais grave, lembrando um rugido baixo.

qualquersuki:
Suki:
- Uau...! Uau, Ichiro, isso é INCRÍVEL...! - ela gargalha, boba, esticando um dos
braços trêmulos para afagar as escamas dele. - Se enrola em mim, por favoooooor~?

Maianne Ribeiro:
- Enroooolo! - ele ri, fazendo como ela pedira, cuidadoso.

Suki:
Leanne estremece, envolvendo Ichiro com os braços carinhosamente.

- Isso é tão bom... - murmura, confortável, as bochechas coradas.

Maianne Ribeiro:
- A gente pode dormir assim, de vez em quando. É bem gostoso pra mim. - ri.

Suki:
- Por favor... - murmura, afagando as escamas dele, roçando o rosto contra elas.

Maianne Ribeiro:
- Carinho bom~ - ele ri baixinho, quase ronronando.

Suki:
- A sensação é ótima... - responde, boba.

Maianne Ribeiro:
- Melhor que ursinho de pelúcia. - brinca.

Suki:
- Melhor que qualquer ursinho de pelúcia! - concorda.

Maianne Ribeiro:
- Melhor coisa do mundo~

Suki:
- Aí não exagera~ - provoca.

Maianne Ribeiro:
- Não é exagero~

Suki:
- É, é sim!
Maianne Ribeiro:
- É nada~

Suki:
- Chega, crianças. - Setsuna ri. - Vamos tomar café.

Maianne Ribeiro:
- Vamos. - ele ri, desenrolando Leanne antes de assumir a forma humana de novo.

Suki:
- Prefiro você assim. - diz, afagando os cabelos do filho, carinhosa.

Maianne Ribeiro:
O rapaz sorri, bobo.
- Obrigado, mãe.

qualquersuki:
Suki:
- De nada, querido. Agora pegue a sua irmã no colo, e vamos.

- Eu acho que consigo ir mancando, com apoio... - murmura, hesitante.

Maianne Ribeiro:
- Melhor não forçar. - diz, indo carregar a garota, cuidadoso.

Suki:
- Obrigada, Ichi... - murmura, estremecendo de dor quando o braço do rapaz passa
por trás de seus joelhos, fazendo-a cerrar os dentes.

Maianne Ribeiro:
- Vai passar. - sussurra, curando a perna dela como podia.

Suki:
- N-não precisa, e-eu aguento... - diz, baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Você não tem que aguentar nada. - resmunga, carregando-a.

Suki:
- Eu vou pedir para o seu pai arrumar outro cômodo para as nossas refeições. Mais
próximo, mais confortável.

Maianne Ribeiro:
- É uma boa ideia. - sorri. - Com cadeiras ocidentais também, e um apoio pra perna
da Lea.

Suki:
- Exatamente. - ela assente com a cabeça. - A sua irmã precisa.

- N-não preciso... - murmura, agarrada em Ichiro.

Maianne Ribeiro:
- Precisa sim. Deixa de teimosia. - ele resmunga.

Suki:
Ela choraminga baixinho, encostando a cabeça no ombro dele, contrariada...

- Eu vou falar com os médicos para adiantarmos os exames...


Maianne Ribeiro:
- É bom, mesmo. - murmura, entrando na sala de jantar, cuidadosamente colocando a
irmã no assento dela.

Suki:
- Quanto mais rápido aliviarmos essa dor, melhor.

- Obrigada... - murmura, os dentes cerrados se aliviando quando a perna é


esticada...

Maianne Ribeiro:
- De nada. - ele murmura. - Quer que eu pegue um gelo pra você?

Suki:
- P-por favor... - ela assente com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Eu já volto. - diz, se afastando. Não demoraria a retornar com uma bolsa de gelo
e uma toalha, colocando ambos sobre o joelho ferido cuidadosamente.

qualquersuki:
Suki:
E isso faz Leanne estremecer, xingando baixinho antes de massagear o joelho com a
bolsa e a toalha, cuidadosa, o membro vez ou outra ameaçando se contrair.

- Que problemão vocês foram arranjar... - Setsuna murmura, preocupada, se


ajoelhando atrás da filha para massagear seus ombros e acariciar suas costas,
tentando amenizar o desconforto. - Respire fundo, querida, respire fundo.

Maianne Ribeiro:
- Desculpe. - ele suspira, sem jeito.

Suki:
- Cuide da Leanne enquanto eu busco a sua irmã e o seu pai para o café. - pede, se
levantando devagar.

- Obrigada... - murmura, esboçando um sorriso.

Maianne Ribeiro:
- Deixa comigo. - diz, tomando o lugar da mãe na massagem, cuidadoso.

Suki:
- N-não precisa, Ichi... - murmura, sem jeito.

- Ajuda a relaxar, e isso é tudo que você precisa, por agora. - diz, suave, se
afastando atrás do marido.

Maianne Ribeiro:
- Precisa sim. Sem reclamar. - ri.

Mitsuo estava nos jardins, onde costumava se isolar pra meditar, pensativo...

Suki:
- Eu não quero voltar a ser um peso... - reclama.

-=-

- Bom dia. - diz, se aproximando dele a passos leves.


Maianne Ribeiro:
- Você não é um peso, de onde tirou isso?

-=-

- Bom dia, Setsuna. - ele murmura, a voz suave.

Suki:
A garota faz menção de dizer algo, mas hesita, passando uma das mãos pelo rosto.

- ...você também ouviu as provocações dele durante o ritual, não ouviu? - sussurra,
estremecendo.

-=-

- Vim buscar você e a Chiaki para o café da manhã. A Leanne e o Ichiro estão
esperando.

Maianne Ribeiro:
- ...ouvi. Mas você não é um peso. Nunca vai ser. - murmura.

-=-

- Me... - ele hesita. - ...eu posso me juntar a vocês?

Suki:
- Não sei. Me vendo nesse estado, eu... eu realmente não sei. - murmura,
incomodada.

-=-

Setsuna suspira, se aproximando para tocar o rosto do marido com uma das mãos,
delicada.

- Eu não quero que a nossa filha tenha medo de você para sempre.

qualquersuki:
Maianne Ribeiro:
- Você não é um peso. Você é família.

-=-

O homem suspira, tocando a mão da esposa.


- Eu espero que ela não tenha medo pra sempre, também. Dói tanto ver ela daquele
jeito. Doeu tanto...

Suki:
- Eu não sei. - insiste.

-=-

- Nós vamos trabalhar para que esse medo passe. - diz, suave. - Mas isso envolve a
sua presença.

Maianne Ribeiro:
- Eu sei. E eu vou ficar repetindo isso até entrar nessa sua cabeça dura.

-=-
- Obrigado, Setsuna. - ele sussurra baixinho, ficando de pé devagar. - ...vamos
comer.

Suki:
- Boa sorte. - resmunga, rindo de leve.

-=-

- Vamos. A Chiaki deve estar acordando, pela hora.

Maianne Ribeiro:
- Vou precisar. - ri.

-=-

O homem assente com a cabeça.


- Você vai buscá-la?

Suki:
- Vai mesmo!

-=-

- Nós vamos. Sim. - corrige, séria.

Maianne Ribeiro:
- Mas eu vou conseguir~

-=-

- ...c... certo. - sussurra. - Vamos. Os dois.

qualquersuki:
Suki:
- Duvido. Você é fracote demais pra ultrapassar essa carapaça~

-=-

- Os dois. - ela assente com a cabeça, estendendo a mão para ele.

Maianne Ribeiro:
- Vamos só ver~

-=-

O homem assente também, segurando na mão de Setsuna e acompanhando-a até o quarto


de Chiaki, pensativo.

Suki:
- Eu já vi, te dando uma surra~

-=-

- Chiaki? Já acordou? - chama, dando alguns toques na porta.

Maianne Ribeiro:
- Aquela não conta~

-=-
- Já! - a menina sorri, abrindo a porta... e estremecendo ao ver o pai, recuando um
passo.

- ...olá, querida. - ele sussurra baixinho, o coração apertado.

- ...o-oi...

Suki:
- Conta sim! Um a zero!

-=-

- Bom dia, querida. - Setsuna diz, gentil, se agachando e abrindo os braços. -


Viemos te buscar para o café. Seus irmãos estão esperando.

Maianne Ribeiro:
- Não, não conta! - ri.

-=-

- ...mm... - ela sussurra, indo se agarrar em Setsuna, ainda amedrontada.

qualquersuki:
Suki:
- Um a zero, já disse!

-=-

- Diga bom dia para o seu pai, filha. - pede, abraçando-a firmemente.

Maianne Ribeiro:
- Zero a zero!

-=-

- ...bom... bom dia, pai... - ela sussurra baixinho.

- Bom dia, Chiaki... - ele responde, esboçando um sorriso enquanto engolia a


própria culpa.

Suki:
- Zero a zero nada!

-=-

- Quer ir de mãos dadas? - pergunta, gentil, antes de ficar de pé e oferecer uma


das mãos para ela.

Maianne Ribeiro:
- Zero a zero sim!

-=-

- Mm... quero sim. - a menina sussurra, assentindo com a cabeça.

Suki:
- Ichiro, eu vou te arrebentar aqui e agora...! - reclama, estendendo um dos braços
para trás na tentativa de acertar o irmão com os tapas.
-=-

- Então vamos. - e sorri, gentil, segurando a mão dela gentilmente antes de começar
a caminhar.

Maianne Ribeiro:
- Nada disso, sem exagerar. Quando você melhorar você tenta me bater!

-=-

A menina acompanha a mãe, vez ou outra lançando olhares ao pai, que caminhava um
pouco mais à frente, sem se aproximar demais.

Suki:
- Então não me provoca!

-=-

- Ele não quer te deixar mais assustada. - explica, suave.

Maianne Ribeiro:
- Tá bom, parei. - ele ri baixinho.

-=-

- ...ele... ele não vai me machucar de novo, né..? - sussurra, a mão agarrando a
dela com mais força.

Suki:
- Acho bom!

-=-

- De jeito nenhum. - responde, gentil. - Seu pai cometeu um erro que nunca mais vai
repetir.

Maianne Ribeiro:
- Chata~

-=-

- ...mm. - ela assente com a cabeça. - Promete..?

qualquersuki:
Suki:
- Ah, agora eu sou chata?!

-=-

- Prometo. E ele também, se for te deixar mais segura.

Maianne Ribeiro:
- Só um pouco. - ri.

-=-

- Ele promete? Mesmo?


- Prometo, é claro. - o homem sorri, olhando por cima do ombro. - Nunca mais,
querida. Nunca mais...

Suki:
- Ichiro...! Sai daqui...! - reclama.

-=-

- Seu pai nunca quis te ferir. - diz, gentil.

Maianne Ribeiro:
- Ok, parei. Parei de verdade. - ri.

-=-

- Ele só... só me machucou pra ajudar a mamãe. Né?

Suki:
- Ótimo! - resmunga, emburrada.

-=-

- ...é. Eu não queria, mas... ele e seus irmãos fizeram a minha cura mesmo assim.

Maianne Ribeiro:
- Desculpa. - ri.

-=-

- Não queria? Por quê? - ela franze a testa.

Suki:
- Não desculpo!

-=-

- Porque eu não queria que nenhum de vocês tivesse que se ferir. Como a sua mão, ou
a perna da Leanne.

Maianne Ribeiro:
- ...sério? - ele hesita.

-=-

A garota hesita, mordendo o lábio inferior.


- Mas... mas a mamãe não vai mais se sentir mal, né..? Então... então já foi...

Suki:
- ...depende, eu ganho um beijo~? - pede, batendo na bochecha com o indicador.

-=-

- Não, não vou. Nunca mais, não por isso. - e suspira, apertando a mãozinha dela,
carinhosa.

Maianne Ribeiro:
- Um—

O rapaz hesita, corando bastante, até então notar que ela indicava a bochecha.
- C-claro, claro..! - ele exclama, beijando o rosto da irmã.

-=-

- Então... então já passou. Eu perdôo o papai. - sussurra.

qualquersuki:
Suki:
- ...o que foi, Ichi~? - pergunta, erguendo uma das sobrancelhas, um sorriso
vulpino dançando em seus lábios.

-=-

- Ele vai ficar muito feliz em ouvir isso. - diz, esboçando um sorriso.

Maianne Ribeiro:
- N-nada, ora..!

-=-

- É pra falar pra ele, né..?

Suki:
- Certeza~? Porque você tá parecendo um _Ichigo_~ - provoca.

-=-

- É, é sim. Ele é quem mais precisa ouvir isso, agora. - e assente com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- N-não, eu não tô!

-=-

A menina hesita, mordendo o lábio inferior.


- ...depois do café..?

Suki:
- Sim, você está~!

-=-

- Ele vai adorar. - e sorri, gentil.

Maianne Ribeiro:
- Não, não tô!

-=-

Ela assente com a cabeça.


- Vamos comer. Tô com fome...

Suki:
- I-chii-goo~

-=-

- Nós todos estamos. Espero que seus irmãos tenham nos esperado, inclusive!
Maianne Ribeiro:
Ele resmunga, levando a mão ao rosto, sem jeito. "A culpa é sua..!"

-=-

- Se eles não esperaram, eu vou brigar com eles! - reclama.

Suki:
- Sem brigar, Chiaki. - e hesita. - ...mas um puxão de orelha em cada um pode, tudo
bem? Um só.

Maianne Ribeiro:
- Puxão de orelha! - ela ri. - Vou sim!

Suki:
- Um em cada. - insiste.

Maianne Ribeiro:
- Um em cada. Deixa comigo! - ri, entrando na cozinha. A esse ponto, o rubor do
rosto de Ichiro já cedera, apesar do rapaz ainda estar um tanto envergonhado e
emburrado.

qualquersuki:
Suki:
E Leanne nem sequer o encarava, distraída observando a parede e ainda massageando o
joelho com o gelo.

- Voltamos, crianças. - Setsuna anuncia.

Maianne Ribeiro:
- Vocês não começaram a comer antes. Né?! - Chiaki resmunga.

- Não, claro que não! A gente não faria isso! - Ichiro exclama.

Suki:
- De jeito nenhum! - Leanne murmura, ofendida.

- Assim espero, crianças.

Maianne Ribeiro:
- Ótimo! - ela sorri, indo sentar. - Bom diiia, Lea, Ichiro!

- Bom dia, Chiaki. - o rapaz sorri de volta.

Suki:
- Bom dia, Chiaki, pai, mãe. - diz, olhando para eles antes de acenar de leve.

Maianne Ribeiro:
- Bom dia. - Mitsuo murmura, indo se acomodar no lugar de sempre.

- Bom te ver comendo com a gente de novo. - Ichiro sorri.

- ...é bom estar de volta.

Suki:
- A família toda reunida novamente, enfim. - Setsuna diz, sorrindo.

- Finalmente~!
Maianne Ribeiro:
- ...é. Finalmente. - Chiaki murmura, lançando um olhar tímido ao pai.

- Vamos comer então, que meu estômago já tá roncando. - Ichiro brinca, começando a
se servir.

Suki:
- Nem fala... - Leanne diz, boba, fazendo o mesmo.

Maianne Ribeiro:
A refeição seria tranquila, quase como nos dias normais. Chiaki ainda estava um
pouco mais quieta, receosa, mas parecia se soltar aos poucos, se acostumando
novamente à presença do pai...

Suki:
A presença de Leanne traz um ânimo novo ao ambiente, a garota tagarelando
animadamente como se nada tivesse acontecido, apesar de vez ou outra buscar a coxa
ou a mão de Ichiro sob a mesa para apertar, como se pedisse segurança ou algum meio
de aliviar a dor...

Maianne Ribeiro:
O rapaz deixava que ela apertasse sua mão, ciente da dor que ela devia estar
sentindo. Enfim, ao terminarem de comer, Ichiro a encara.
- Acho que é hora de voltar pro quarto um pouco. Tem os seus remédios também,
certo?

qualquersuki:
Suki:
- ...certo. O... o médico disse que ia marcar todos os exames e providenciar tudo.
- ela assente com a cabeça.

- Eu vou pedir que ele adiante isso para hoje. - Setsuna suspira.

Maianne Ribeiro:
- Então eu te levo pro quarto. Mais tarde a gente pode dar um passeio. - ele
murmura, indo tomar a garota nos braços cuidadosamente.

Suki:
- S-só se for pro hospital... - brinca, fraca, cerrando os dentes em seguida.

- Eu e seu pai vamos fazer o máximo para que você não precise se mover de novo
assim até essa dor aliviar. - diz, preocupada.

Maianne Ribeiro:
- Eu te levo pro hospital, se precisar. - ele sussurra, preocupado, tentando mover
Leanne o mínimo possível enquanto a carregava de volta.

Suki:
- Eu não quero ir contra o pai... - murmura, encolhida, agarrada em Ichiro.

Maianne Ribeiro:
- O seu bem estar é mais importante. - ele resmunga.

Suki:
- Não mais do que o bem estar da família...

Maianne Ribeiro:
- A família vai ficar bem se você for no hospital, Lea.
Suki:
- Mas ele vai ficar irritado...! - choraminga.

Maianne Ribeiro:
- Não vai. Eu prometo. - sorri.

Suki:
- Mesmo...? - pergunta, hesitante. - Eu... Eu admito que não aguento mais sentir
dor...

Maianne Ribeiro:
- Então a gente vai pro hospital. Agora. - diz, desviando o caminho.

qualquersuki:
Suki:
- Ichiro...! - reclama, surpresa... Até rir baixinho, se agarrando melhor nele.

"Ele é louco...!"

Maianne Ribeiro:
- É bom que você dá uma volta na cidade. - brinca, calçando os sapatos com ajuda de
magia antes de sair de casa com a garota.

Suki:
- Eu já dei uma volta na cidade! - reclama.

Maianne Ribeiro:
- Dá outra. - ri.

Suki:
- Nos seus braços assim? Pra onde quiser~ - provoca.

Maianne Ribeiro:
- P-pra onde quiser. - murmura, corando de leve.

Suki:
- Quando eu melhorar, me leva no seu lugar favorito da cidade...? - pede, baixinho

Maianne Ribeiro:
- Levo, levo sim. A gente vai caminhando pra lá, os dois, juntos. - sorri.

Suki:
- Pra comemorar, então! - e assente com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Pra comemorar. - ele sorri, bobo. - Vai ser legal, eu prometo.

Suki:
- Eu vou confiar em você. Eu _já confio_ em você. - diz.

Maianne Ribeiro:
- Isso é bom. - ele ri baixinho, bobo. - Obrigado.

Suki:
- De nada, Ichi. Família, né ~?

Maianne Ribeiro:
- É. Família. - ele murmura, meio sem jeito.
"...família..."
Suki:
Isso faz Leanne suspirar baixinho, encostando a cabeça no ombro dele
confortavelmente....

Maianne Ribeiro:
"E agora, o que eu faço..?" pensa, engolindo em seco. Apesar disso, apenas
adiantara o passo na direção do hospital, os dois sendo recebidos por um dos
funcionários.

- Jovem mestre..?! O que houve?

- É o joelho da Leanne. Ela precisa de exames e cuidados pra descobrir como


diminuir a dor. Imediatamente.

- Sim, senhor! - ele assente com a cabeça, indo buscar uma cadeira de rodas pra
garota.

qualquersuki:
Suki:
- N-não precisava disso tudo... - murmura, constrangida, se encolhendo. - Não é
urgente...

Maianne Ribeiro:
- É sim. Você não pode ficar com essa dor pra sempre. - resmunga.

Suki:
- E-eu sei, mas... - ela hesita, suspirando baixinho. - ...obrigada pelo cuidado,
Ichiro.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - ele sorri. - Você merece, e precisa.

- Aqui. - o rapaz logo retorna com a cadeira, ajudando Ichiro a mover a garota. -
Os melhores médicos vão atendê-la. Não se preocupe.

Suki:
- E-eu acredito... - murmura, xingando baixinho de dor ao ajeitar a perna no apoio.
- ...o Ichiro vai comigo, né...?

- Creio que não vai ser possível, garota. - um homem ri, se aproximando do trio a
passos lentos, um sorriso cruel em seu rosto. Ao seu lado, outros homens se
aproximam devagar, visivelmente armados, as tatuagens aparecendo pelas camisas
abertas e de mangas dobradas. - Nenhum de vocês vai sair daqui.

Maianne Ribeiro:
O rapaz engole em seco, se colocando entre os homens e Leanne.
- Levem ela pra dentro. Agora. - sussurra. - Eu resolvo isso.

qualquersuki:
Suki:
- ...quê?! Não, Ichiro, isso é loucura...! - exclama, tentando se virar na cadeira
de rodas enquanto o funcionário a empurrava para longe. - ICHIRO! - exclama,
tentando se levantar e quase gritando de dor, ganindo.

- Ah, então a pet da família Yuuji está ferida? Que coincidência, que
coincidência... - ele ri, debochado, se aproximando, parando a poucos passos de
Ichiro. - Me pergunto se o sangue dela é doce que nem a carinha~
Maianne Ribeiro:
O punho do rapaz sobe de imediato, atingindo o homem sem hesitação alguma, o rosto
vermelho de ódio.
- Menos papo, mais ação, rapazes. Vocês não disseram que nenhum de nós vai sair
daqui? Quero só ver.

Suki:
O homem recua alguns passos, o lábio sangrando, antes de se recompor e cuspir para
o lado.

- Vamos resolver isso à moda antiga, então, eh? - ele ri, satisfeito, abrindo
alguns botões da camisa. - Você vai se arrepender. - e avança, os capangas logo o
acompanhando.

Maianne Ribeiro:
- Eu vou fazer você engolir suas palavras. - sibila, avançando sem hesitar, a
própria magia protegendo-o e fortalecendo-o.

qualquersuki:
Suki:
Leanne já fora devidamente medicada e examinada, agora em um quarto do hospital
para ser mantida em segurança, o acesso venoso garantindo a analgesia.

A perna afetada fora engessada até um pouco acima do joelho, na tentativa de poupar
a articulação até que a fisioterapia começasse, mas isso apenas dera a ela o
suporte necessário para conseguir colocar o pé no chão.

Os dois pés, enquanto a menina - apoiada por uma muleta - andava ao redor do
suporte de soro, girando-o, murmurando um encantamento de proteção para Ichiro
enquanto esfregava o indicador e o polegar livres com tanta força que a pele
começava a descascar...

Maianne Ribeiro:
Um bom tempo se passa até que a porta se abra, Ichiro caminhando pra dentro.
- Oi. - ele murmura, um sorrisinho sem jeito no rosto. Tinha um dos braços
engessados, a roupa bastante manchada de sangue, além de alguns curativos no rosto,
o lábio partido.

Suki:
- ICHIRO! - grita, puxando o suporte de soro consigo para perto dele, abraçando-o
assim que alcança o rapaz. - O que fizeram com você?! - exclama, tocando o rosto
dele para curar-lhe o lábio, os dedos trêmulos afagando-lhe a pele.

Maianne Ribeiro:
- Não foi pior do que o que eu fiz com eles. - o rapaz ri. - Não precisa me curar,
Lea. Como você tá?

qualquersuki:
Suki:
- Eu nem consigo imaginar o quanto você arrebentou eles, se _isso_ é melhor. -
resmunga, terminando de cicatrizar o corte antes de tocar o braço dele. - ...eu vou
precisar da Papisa pra colocar isso no lugar, e eu não trouxe o baralho...! - e
xinga baixinho, frustrada.

Maianne Ribeiro:
- Lea, não precisa, eu posso curar naturalmente. - ele suspira. - Relaxa.

Suki:
- Me deixa cuidar de você...! - reclama, chorosa. - Isso só aconteceu porque a
gente veio pra cá por causa do meu joelho...!

Maianne Ribeiro:
- Isso aconteceu porque aqueles babacas vieram arranjar problema. - resmunga.
- ...seu joelho! Por que você tá de pé?!

Suki:
- Porque a gente veio pra cá sem avisar ninguém! - insiste, tocando o braço dele
para tentar curá-lo parcialmente. - Me deixa cuidar de você... - insiste.

Maianne Ribeiro:
- Você tem que cuidar de você primeiro. - resmunga. - Deita na cama, vai.

Suki:
- Olha o seu estado, Ichiro...! - reclama.

Maianne Ribeiro:
- E o estado da tua perna, não conta? - ele retruca.

Suki:
- Minha perna não foi te protegendo!

Maianne Ribeiro:
- Foi protegendo minha mãe, dá no mesmo!

Suki:
- Olha o seu estado! E você realmente quer comparar com um joelho doendo?! Que
inclusive já foi curado?!

Maianne Ribeiro:
- Tá engessado, não foi curado. - ele resmunga. - Eu vou ficar bem, só preciso de
descanso.

Suki:
- Seu braço também! - retruca.

Maianne Ribeiro:
- Eu vou ficar bem, ora, só preciso de um tempo pra me recuperar!

qualquersuki:
Suki:
- Eu também, e nem por isso você tá menos preocupado. - resmunga, fazendo menção de
cruzar os braços e hesitando ao sentir a agulha em um deles e lembrar do acesso.

Maianne Ribeiro:
- Não sou eu que tô em pé com uma perna quebrada, tentando curar outra pessoa. -
resmunga. - Os dois descansam.

Suki:
- ...tudo bem. Tem uma poltrona reclinável além da cama, deve ser o suficiente pra
esperar os resultados dos exames. - resmunga também.

Maianne Ribeiro:
- Ótimo. - ele retruca, indo se acomodar na poltrona. - ...ai.

Suki:
- O que foi?! - pergunta, prontamente se aproximando dele, antes mesmo de conseguir
se sentar na cama.
Maianne Ribeiro:
- Eu tô dolorido, só isso. - resmunga. - Deita pra descansar.

Suki:
- Eu invoco a Papisa quando voltarmos pra casa. - murmura, levando uma das mãos ao
peito antes de se sentar na maca com cuidado, o gesso descascando e caindo algumas
lascas quando ela tira a perna do chão.

Maianne Ribeiro:
- Só se for pra cuidar de você. - retruca. - Seu gesso já tá todo ruim!

Suki:
- Pelo menos eu não troquei a cor da minha roupa de tanto sangue que perdi!

Maianne Ribeiro:
- Eu fui atacado, não tive muita escolha!

Suki:
- Então aceita que tá fodido e precisa de cuidado!

Maianne Ribeiro:
- Eu já recebi cuidados!

Suki:
- Eu também!

Maianne Ribeiro:
- Então não insiste, só descansa!

Suki:
- Eu tô deitada na cama, não tô?!

Maianne Ribeiro:
- Mas tá insistindo em me curar depois!

qualquersuki:
Suki:
- Porque você precisa!

Maianne Ribeiro:
- Você também!

Suki:
- Eu _já fui curada pelo seu pai_! - reclama.

Maianne Ribeiro:
- Então deixa que ele me cura, você tem que conservar sua energia!

Suki:
- Ah, claro, quero saber com que cara você vai chegar em casa nesse estado!

Maianne Ribeiro:
- Eu aguento sentar num taxi!

Suki:
- Você mal se aguenta de pé, Ichiro!

Maianne Ribeiro:
- Aguen--
O rapaz trava ao ouvir a porta se abrindo, Mitsuo entrando no quarto.
- Não, não aguenta. - o homem murmura. - O carro vai levar os dois de volta.

Suki:
- ...obrigada, pai. - murmura, imediatamente mais mansa, quase encolhida, sem
encará-lo.

Maianne Ribeiro:
- Ichiro. Por que trouxe a Leanne aqui sozinho?

- Ela precisava de cuidados, pai!

- Os médicos iam cuidar dela! Agora veja só no que se meteu, olhe o seu estado!

Suki:
- Fui eu quem pedi. - a garota mente, se virando na maca para encará-lo, a perna
engessada pendurada para fora. - Eu... Eu estava com dor demais e não estava
aguentando.

Maianne Ribeiro:
- Deviam ter falado comigo. - o homem resmunga, massageando as têmporas. - Hmpf...
O que está feito, está feito, mas que não se repita.

qualquersuki:
Suki:
- Desculpe, pai. Não vai acontecer de novo. - murmura, amuada.

Maianne Ribeiro:
- Assim espero. - ele suspira. - Eu vou pedir pra carregarem vocês até o carro.

- Eu posso and--

- Ichiro. - ele sibila, o rapaz estremecendo e se calando.

Suki:
- Não fala assim com ele, pai, a culpa é minha... - pede, manhosa, cabisbaixa.

Maianne Ribeiro:
- ...hmpf. Eu já volto. - e se afasta.

- ...valeu. - Ichiro suspira, sem jeito. - Ele ia me matar de soubesse que foi
invenção minha...

Suki:
- Eu sei. - murmura, esboçando um sorrisinho culpado. - Ele só tá preocupado.
Carrancudo, lembra~?

Maianne Ribeiro:
- Bastante, sempre. - murmura.

Suki:
- Eu já aprendi. E eu o amo muito, apesar desse jeito todo.

Maianne Ribeiro:
- Eu também. - ele sorri.

- Com licença. - Mitsuo murmura, entrando no quarto outra vez, o rosto levemente
avermelhado. Estava acompanhado de um par de rapazes, os dois entrando pra carregar
Leanne e Ichiro para o carro.

Suki:
A garota encara Ichiro com um sorrisinho bobo, apesar de sem ousar proferir
qualquer palavra sobre a vergonha do pai.

- P-pera, as muletas...!

Maianne Ribeiro:
- Eu levo. - diz Mitsuo, pegando as muletas.

- A-ai, cuidado com as minhas costelas...! - Ichiro resmunga.

- Pode deixar, pequeno Shogun. - o rapaz provoca baixinho.

Suki:
- Shogun...? - Leanne pergunta, rindo baixinho. - Combina!

- A história do feito de hoje já se espalhou pela família. - o rapaz que carregava


Leanne diz, levemente constrangido, evitando olhar para a garota em seus braços.

Maianne Ribeiro:
- Gostei do apelido. - ele ri baixinho.

- Ainda precisa de muito pra merecer ser chamado de Shogun, Ichiro. - Mitsuo
murmura. - ...mas você é meu filho. Eu sei que consegue.

qualquersuki:
Suki:
- Ele vai fazer por merecer, pai, eu prometo. - a garota sorri, enchendo o peito. -
Nós dois vamos!

- Os dois? - pergunta, surpreso.

Maianne Ribeiro:
- ...os dois. - ele responde. "Isso é uma conversa pra outro momento."

Suki:
Isso faz Leanne rir baixinho, encostando a cabeça no ombro do rapaz que a
carregava, fazendo-o corar um pouco mais.

Antes mesmo que chegassem ao carro, já teria adormecido, cansada...

Maianne Ribeiro:
Ichiro cairia no sono durante o trajeto, o corpo exausto da luta intensa de
antes...

- Deixem os dois no quarto da Leanne. Eles gostam de dormir juntos. - Mitsuo


instrui, ao chegarem na mansão.

Suki:
Um dos rapazes apenas ergue a sobrancelha, surpreso com a fala tão natural de
Mitsuo, apesar de não dizer nada, fazendo como ele falara.

Maianne Ribeiro:
O homem suspira, balançando a cabeça. "Meus filhos..." pensava, preocupado, indo
procurar Setsuna.

Suki:
- Já voltou, querido? - ela pergunta, se levantando da mesa onde estudava e
desenhava com Chiaki para cumprimentar Mitsuo com um afago.

Maianne Ribeiro:
- Já. - ele suspira, assentindo com a cabeça. - Os dois estão descansando agora.

Suki:
- Ao menos isso... - ela leva uma das mãos ao peito, aliviada.

Maianne Ribeiro:
- O Ichiro se feriu bastante. - ele sussurra baixinho. - Mas vai ficar bem.

Suki:
- Um ataque dentro do hospital em seu território... - murmura, balançando a cabeça
de leve. - Contra duas crianças, ainda por cima, quanta covardia...!

Maianne Ribeiro:
- Eu vou resolver isso. E resolver bem resolvido. - sibila. - Ninguém mexe com os
meus filhos.

qualquersuki:
Suki:
Setsuna estremece, tocando o rosto dele.

- Tenha calma, querido. Não faça nada da qual vai se arrepender.

Maianne Ribeiro:
- Eu não vou quebrar minha promessa. - sussurra.

Suki:
Isso faz Setsuna hesitar, comprimindo os lábios.

- ...quão feridos eles ficaram?

Maianne Ribeiro:
- A Leanne não se feriu, só o Ichiro. - murmura. - Depois dos cuidados, ele tem um
braço quebrado, algumas costelas trincadas, e várias contusões e cortes.

Suki:
A mulher suspira, ponderando por um instante.

- ...eu permito uma exceção, nesse caso. - diz, enfim.

Maianne Ribeiro:
- ...tem certeza? - pergunta.

Suki:
- São _os nossos filhos_, Mitsuo. Eles poderiam ter morrido...! - reclama. - Ao
menos o Ichiro está bem, e conseguiu se defender e defender a irmã, mas foi um
ataque covarde a duas crianças!

Maianne Ribeiro:
- Eu não estou discordando de você. - suspira. - Nem um pouco.

Suki:
- Então, pela primeira e _única_ vez, eu vou abrir uma exceção na promessa que você
me fez antes de nos casarmos, para que a justiça seja feita e mais ninguém seja
ferido pelas mãos desses monstros.
Maianne Ribeiro:
- Deixe comigo. Eu não vou te decepcionar. - diz, beijando a testa dela.

Suki:
- ...obrigada, querido. - sussurra, esboçando um sorriso tranquilo com a firmeza na
voz do marido e com o carinho. - Como estão os exames dos dois? Temos previsão para
a fisioterapia?

Maianne Ribeiro:
- Deve começar amanhã. O Ichiro precisa de descanso pra se recuperar, apenas. Eu
não vou curá-lo, ele precisa desse tempo.

qualquersuki:
Suki:
- Pobrezinho. Ao menos a Leanne terá companhia na própria recuperação. - e suspira.

Maianne Ribeiro:
- Sim, os dois vão se recuperar juntos. Quem sabe parem de discutir tanto. -
suspira.

Suki:
- Os dois não pararam com isso ainda? Ara, ara... - e nega de leve com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Não, não pararam. Os dois estavam discutindo sobre quem precisava de mais
cuidados quando eu cheguei no hospital.

Suki:
Setsuna leva uma das mãos ao rosto, rindo baixinho.

- Adolescentes...

Maianne Ribeiro:
- Adolescentes, sim... - ele ri. - Mas eles vão crescer e aprender.

Suki:
- E, com a nossa sorte, vão se acalmar. - e ri também.

Maianne Ribeiro:
- Assim espero. E que não se metam em mais confusão...

Suki:
- ...essa parte eu já acho mais difícil. A Leanne é um ímã de confusão. - brinca.

Maianne Ribeiro:
- Um homem pode ter esperanças, não pode..? - ele ri.

Suki:
- Pode sonhar. - corrige, rindo baixinho também.

Maianne Ribeiro:
- ...posso. - ri. - Quem sabe vira realidade.

Suki:
- Podemos começar a fazer os tsurus desde já. - brinca.

Maianne Ribeiro:
- Melhor mesmo. - ele ri baixinho. - Agora eu vou voltar ao trabalho, tenho uma
caçada a fazer.
qualquersuki:
Suki:
Isso faz Setsuna estremecer, suspirando baixinho.

- Tome cuidado. - pede, antes de beijá-lo suavemente.

Maianne Ribeiro:
- Todo o cuidado do mundo. - diz, gentil, retribuindo o beijo antes de se afastar.

- ...posso ir ver o Ichi e a Lea..? - Chiaki pergunta, preocupada.

Suki:
- ...pode, querida, pode sim. Mas não acorde os dois, tudo bem? - pede,
compreensiva, se sentando a mesa para organizá-la.

Maianne Ribeiro:
- Não vou, prometo. - murmura. - Eles vão ficar bem, né..?

Suki:
- Vão, querida, vão sim. Seus irmãos são fortes, e nossa magia também. - diz,
gentil, afagando os cabelos dela.

Maianne Ribeiro:
- Eu quero poder brincar logo com eles de novo. - ela resmunga baixinho.

Suki:
- Você vai. Podemos pensar em brincadeiras que não exijam muito deles, também.

Maianne Ribeiro:
- Mas eu gosto de brincadeira de correr. - ela reclama. - E de treino!

Suki:
- Mas eles não podem por enquanto, meu amor. - e ri baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Eu seeei, eu sei. - murmura, amuada. - Mas o papai vai me treinar, né? Ele não
vai parar, né?

Suki:
- Acredito que isso vai continuar normalmente, meu amor. Depende se ele vai ter
tempo.

Maianne Ribeiro:
- Ele tem que ter. - ela resmunga. - ...o Ichi pode me treinar? Só mandando, sem
ele treinar junto?

Suki:
- Acho que sim. Por que não pergunta pra ele, quando ele acordar? - diz, gentil.

Maianne Ribeiro:
- Vou perguntar! Aí ele me treina quando o papai não tiver tempo! - ri.

Suki:
- Ótima ideia. Assim você passa mais tempo com ele, também. - e sorri.

Maianne Ribeiro:
- Siiiiiiim, eu gosto! - ri. - Com ele e com a Lea!
qualquersuki:
Suki:
- Então venha, vamos ver como eles estão, sim? - chama, ficando de pé e estendendo
uma das mãos para ela.

Maianne Ribeiro:
- Vamos! - ela assente com a cabeça, segurando na mão da mãe.

Suki:
"Tão preciosa, tão inocente...", pensa, boba.

Maianne Ribeiro:
Quando Leanne enfim despertasse, veria Chiaki sentada ao lado da cama, a garota
resmungando baixinho pra si enquanto fazia algum exercicio escrito, provavelmente
dever de casa...

Suki:
Isso faz a garota suspirar, cansada, entreabrindo os olhos antes de se sentar com
cuidado.

- Imouto...? - pergunta, baixinho.

Maianne Ribeiro:
- ...nee-san? Nee-san! - ela exclama, saltando de imediato pra ir abraçar Leanne. -
Você acordou..!

Suki:
- N-não pula, não aperta...! - pede, de imediato, quando Chiaki se agita.

Maianne Ribeiro:
A garota para na mesma hora, e então abraça Leanne delicadamente, sem jeito.
- A-assim..?

Suki:
"...ufa."

- Assim. Obrigada. - diz, aliviada.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - murmura. - ...dói muito..?

Suki:
- Não, não muito. - e sorri, gentil.

Maianne Ribeiro:
- Ufa... ainda bem. - ela sorri, boba. - O Ichi te salvou, né?

Suki:
- Salvou sim. - e assente com a cabeça. - Ele cuida muito bem de mim.

Maianne Ribeiro:
- Ele é um bom nii-san. - ela ri baixinho.

Suki:
- Um ótimo nii-san. - concorda, rindo também.

Maianne Ribeiro:
- Fala de novo. - Ichiro provoca, dando um sorrisinho de canto.
- ...nii-san..!

qualquersuki:
Suki:
- Ahhh, que péssimo nii-san ~ Fingindo estar dormindo~

Maianne Ribeiro:
- Em minha defesa, eu praticamente acabei de acordar. - ele ri, entreabrindo os
olhos. - Oi, Chiaki, Lea.

- Péssimo nii-san! - a menina resmunga, vermelha.

Suki:
- Oi, Ichigo. - provoca, bagunçando os cabelos dele.

Maianne Ribeiro:
- Ichiro!

- Ichigo? - Chiaki murmura, confusa.

Suki:
- Ele vermelho. - explica, risonha.

Maianne Ribeiro:
- ...Ichigo! - e gargalha.

- Não--! - o rapaz exclama.

Suki:
- Ichigo, Ichigo! Agora já era! - ela gargalha.

Maianne Ribeiro:
- Eu não sou um morango! - reclama, as bochechas corando.

- É sim! Ichigo~

Suki:
- Se não era mais, agora voltou a ser!

Maianne Ribeiro:
- Droga, vocês não me respeitam mesmo. - ri, sem jeito.

Suki:
- Só quando você merece. - e mostra a língua para ele.

Maianne Ribeiro:
- Eu mereço respeito sempre! - ri.

Suki:
- Só quando você merece. - repete.

Maianne Ribeiro:
- Que é sempre~

- Ichi chato. - Chiaki provoca, dando um tapinha na testa dele, num lugar que não
estava machucado.

Suki:
- Cuidado, Chiaki. - pede. - Ele agora é o jovem Shogun~
Maianne Ribeiro:
- Jovem Shogun?!

- Apelido novo, pelo jeito. - ele ri, corando.

Suki:
- Os meninos estavam provocando ele. - comenta. - Inclusive, que meninos bonitos~

Maianne Ribeiro:
- Eu sou mais bonito que eles! - resmunga.

qualquersuki:
Suki:
- Você não é um homem ainda, Ichiro!

Maianne Ribeiro:
- É claro que sou!

Suki:
- Claro que não! Você ainda é um adolescente desengonçado!

Maianne Ribeiro:
- De jeito nenhum, eu sou um homem!

Suki:
- Você é um adolescente rebelde, Ichiro!

Maianne Ribeiro:
- Eu já sou quase maior de idade!

Suki:
- Faltam TRÊS ANOS, Ichiro!

Maianne Ribeiro:
- Quase nada!

Suki:
- Quase a idade da Chiaki!

Maianne Ribeiro:
- ...É, mas..! - ele resmunga, sem saber como responder.

Suki:
- Então não é pouco!

Maianne Ribeiro:
- ...tá, tá, tudo bem! - resmunga. - Mas eu ainda sou mais bonito.

Suki:
- Qual parte do "desengonçado" você não entendeu? - provoca, cruzando os braços.

Maianne Ribeiro:
- Eu não sou desengonçado!

Suki:
- É, é sim!

Maianne Ribeiro:
- Não sou não, de jeito nenhum!

Suki:
Ela revira os olhos, se limitando a encará-lo de braços cruzados.

Maianne Ribeiro:
- Hmpf!

- Sem resmungar demais, você tá todo machucado! - Chiaki reclama. - Tem que
descansar, ai ai!

qualquersuki:
Suki:
Isso faz Leanne rir baixinho, afagando os cabelos da irmã, carinhosa, antes de
puxá-la para um abraço.

- Isso aí: descansar, ai ai!

Maianne Ribeiro:
- Os dois. - ela murmura. - Eu quero poder brincar com vocês de novo!

Suki:
- Nós vamos, prometo!

Maianne Ribeiro:
- Acho bom. - ela murmura. - Eu não gosto de ver vocês com dor...

Suki:
- Não tá doendo. - mente, rindo. - Não se preocupa!

Maianne Ribeiro:
- Mas você disse pra abraçar de leve...

Suki:
- Pra não fazer doer~

Maianne Ribeiro:
- ...mm. Entendi. - murmura. - Que bom que não tá doendo...

Suki:
- Não precisa se preocupar. - diz, afagando os cabelos dela

Maianne Ribeiro:
- Eu me preocupo. - ela sussurra baixinho, aproveitando o afago. - Eu amo meus
irmãos...

Suki:
- A gente também te ama. - e ri baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Que bom. - ela ri. - Eu vou voltar a fazer meu dever, mas se precisar de alguma
coisa, eu ajudo!

Suki:
- Obrigada, Chiaki. - diz, boba. - E se precisar de ajuda com o dever, o Ichiro
ajuda!

Maianne Ribeiro:
- Ajuda sim, ele é esperto. - a menina ri, voltando pra mesinha.
Suki:
- É, é sim. Muito esperto. - e encara o rapaz, adicionando _bem_ baixinho: - E
desengonçado.

Maianne Ribeiro:
- Eu não sou..! - Ichiro sussurra, corando.

qualquersuki:
Suki:
Leanne ri baixinho, beijando o rosto dele, carinhosa.

Maianne Ribeiro:
Ele cora ainda mais, sem jeito, desviando o olhar. "Droga..!"

Suki:
- Ichigo. - provoca.

Maianne Ribeiro:
- ...hmpf. - resmunga.

- Com licença. - diz Mitsuo, entrando no quarto sem cerimônias. - Ichiro, Chiaki,
podem sair por favor? Eu preciso conversar com a Leanne.

- ...com a Lea..? - a menina franze a testa, preocupada.

Suki:
A própria Leanne franze a testa, encarando o pai e empalidecendo.

- Eu fiz alguma coisa...? - sussurra, preocupada.

Maianne Ribeiro:
- Não. Mas nós precisamos conversar.

- Pai, ela--

- Ichiro. - Mitsuo retruca, sério, ao que o rapaz apenas suspira, levantando


devagar e se afastando na direção da porta, Chiaki acompanhando-o.

Suki:
"Eu fiz merda.", pensa, amedrontada, tentando manter a própria expressão neutra.

- Pode... Pode falar, pai. - murmura.

Maianne Ribeiro:
O homem se aproxima, sentando na beirada da cama, suspirando.
- Pare de mentir pra gente. Por que não disse que seu estado era tão ruim..? - ele
sussurra, preocupado. - Os médicos conversaram comigo, Leanne.

qualquersuki:
Suki:
A garota abre os olhos em surpresa, dando um sorriso triste antes de suspirar e
relaxar os ombros.

Aos poucos a farsa cede, a magia desaparecendo, enquanto o corpo magro e o rosto
cadavérico de Leanne apareciam para Mitsuo, a respiração mais pesada e fraca.

- ...eu... Eu devia ter imaginado... - sussurra, ofegante, rindo baixinho entre os


lábios pálidos e trêmulos.
Maianne Ribeiro:
- Não deveria ter fingido pra nós. - sussurra, tocando o rosto dela enquanto a
curava, cuidadoso. - Se você fingir, não vamos conseguir cuidar de você do jeito
certo.

Suki:
E ele pode sentir a pele dela bastante fria, ressecada, quase áspera.

- D-desculpe, eu só... Eu não queria preocupar ninguém... - sussurra, fechando os


olhos.

Maianne Ribeiro:
- Melhor nos preocupar do que acabar morrendo, Leanne. - ele diz, sério. - Eu já
providenciei o suporte adequado pro seu quarto. Você vai receber cuidados aqui
mesmo.

Suki:
- E-eu não ia morrer... - reclama, apesar da voz desafinar um pouco. - Eu só.. Só
preciso descansar e comer direito...

Maianne Ribeiro:
- Você precisa de muito mais que isso. - responde. - Incluindo transfusões de
sangue.

Suki:
- N-não precisa disso tudo... - e ri, sem muita força.

Maianne Ribeiro:
- Precisa sim. Disso e muito mais. - diz, suspirando. - Eu não devia ter deixado
esse ritual acontecer... O mínimo que faço é cuidar direito da minha filha, que
quase se sacrificou por ele.

Suki:
- E-eu teria feito tudo de novo... Faço, até, se... Se precisar. - diz, ainda
sorrindo, encostando a cabeça no ombro dele, cansada.

Maianne Ribeiro:
- Não vai precisar. E eu não deixaria. - sussurra, abraçando-a, carinhoso. - Por
favor... Cuide de si. Eu também cuidarei.

qualquersuki:
Suki:
- Eu... Eu vou tentar... - sussurra, cansada. - ...posso ficar no seu colo...? -
pede, hesitante e um tanto manhosa.

Maianne Ribeiro:
- Pode, pode sim. - diz, ajudando-a a sentar em seu colo, gentil.

Suki:
Isso faz Leanne suspirar baixinho, o corpo apoiado no de Mitsuo, sem forças,
enquanto a garota fechava os olhos.

- ...obrigada, pai... - sussurra, a voz mais fraca enquanto ela perdia a


consciência bem aos pouquinhos...

Maianne:
- De nada, filha... - ele sussurra, afagando os cabelos dela. Não demoraria para
que os equipamentos chegassem, o quarto sendo ajustado pra dar todos os cuidados
que Leanne precisava...

Suki:
- Com licença. - Setsuna quem diz, algum tempo depois, entrando no quarto. - Soube
que instalaram um hospital aqui. - murmura, preocupada.

Maianne:
- É necessário, pra Leanne. - ele sussurra, sentado ao lado da garota os
equipamentos já no lugar. - Ela estava escondendo o quão mal estava...

Suki:
- ...oh, não... - sussurra, preocupada, prontamente se aproximando da cama. - Como
ela está _de verdade_, então? - pergunta, segurando uma das mãos da menina.

Maianne:
- ...É um milagre que ela tenha sobrevivido. - sussurra, estremecendo.

Suki:
Isso faz o sangue fugir do rosto de Setsuna, a expressão surpresa.

- ...tão grave assim...? - sussurra, olhando para a filha.

Maianne:
- É. Grave assim. - sussurra. - Ah, Setsuna, eu me arrependo tanto...

Suki:
- Eu avisei que não era uma boa ideia... - murmura. - Mas agora não adianta mais
pensar no passado.

Maianne:
- Avisou. Na minha cegueira, eu não escutei. - suspira, passando a mão nos cabelos.

Suki:
Ela nega com a cabeça.

- ...eu estou bem, e a nossa filha também vai ficar. É isso que importa.

Maianne:
- Vai, vai sim. Eu vou mover o mundo se necessário, mas ela vai.

Suki:
Setsuna ri baixinho, tocando o rosto de Mitsuo com a mão livre.

- Não esperava menos do pai dos meus filhos.

Maianne:
O homem esboça um sorriso, o rosto se inclinando na direção do carinho.
- Você me conhece bem.

qualquersuki:
Suki:
- Como ninguém conhece. - concorda. - E eu sei como você é um pai incrível.

Maianne Ribeiro:
- Eu faço o que posso. - sussurra.

Suki:
- Você faz mais do que pode por nós, querido. Você faz o que for preciso.
Maianne Ribeiro:
- ...É. Isso é verdade. - ele assente com a cabeça. - Eu faço o necessário.

Suki:
- Não importa se está ao seu alcance ou não.

Maianne Ribeiro:
- Se não estiver eu dou um jeito. - murmura.

Suki:
- Eu sei que sim, você sempre dá.

- 'Melhor pai do mundo'... - Leanne sussurra, entreabrindo os olhos, esboçando um


sorriso.

Maianne Ribeiro:
- Leanne..! - ele murmura, o rosto corando de leve.

Suki:
A garota ri baixinho, fechando os olhos quando Setsuna se inclina para afagar-lhe
os cabelos, afastando os fios de seu rosto.

- Bom te ver com força para brincar.

Maianne Ribeiro:
- Em breve vai ter força até pra treinar. - sussurra. - Em breve...

qualquersuki:
Suki:
- Eu já disse... V-vou te tirar da posição de líder... - brinca, cansada.

- Não, minha menina, não vai. Você não vai sujar as suas mãos como o seu pai.

Maianne Ribeiro:
- Nenhum dos meus filhos vai sujar as mãos. Já chega desse ciclo. - sussurra.

Suki:
A garota abre a boca para responder, mas Setsuna coloca o indicador sobre os seus
lábios, gentil.

- Não é hora para isso.

Maianne Ribeiro:
- Ouça sua mãe. Você precisa de descanso.

Suki:
- Tudo bem... - e suspira, fechando os olhos novamente. - ...eu realmente vou ficar
presa no quarto por uns dias...?

Maianne Ribeiro:
- Infelizmente, vai. É para o seu bem. - suspira. - Mas o que precisar, nós
traremos até aqui.

Suki:
Ela suspira de novo.

- Eu só queria alguma coisa pra não ficar entediada...

Maianne Ribeiro:
- Pode pedir. Nós vamos trazer. - diz.

Suki:
- ...uma televisão...? - pede, hesitante.

Maianne Ribeiro:
- Uma televisão? Ora, mas é claro. - ele sorri. - Mais alguma coisa? Jogos? Livros?

Suki:
Ela nega com a cabeça.

- Eu... Eu me sinto cansada demais pra ler. - admite. - Ou pra jogar.

Maianne Ribeiro:
- Claro, claro. Quando se sentir melhor, podemos rever isso. - ele assente com a
cabeça.

qualquersuki:
Suki:
- Não precisa pensar nisso... - murmura, tímida.

- Você também não precisava pensar em me curar. - diz, fazendo a garota corar de
leve.

Maianne Ribeiro:
- Você é minha filha, eu quero garantir o seu bem. - murmura.

Suki:
- Uma televisão é mais que suficiente, eu juro. - e sorri.

- Mais travesseiros também tornariam a experiência mais confortável, acredito. -


Setsuna comenta, encarando o marido.

Maianne Ribeiro:
- Televisão e travesseiros, então. Claro. - ele assente com a cabeça.

Suki:
- ...obrigada, pai... - ela suspira, sem jeito.

Maianne Ribeiro:
- De nada, minha menina. - ele murmura, afagando os cabelos dela. - Eu vou deixar
você descansar, agora.

Suki:
- Eu vou tentar... - murmura, fechando os olhos.

- Quer um chá? Posso preparar para te ajudar a dormir.

Maianne Ribeiro:
- Boa ideia, Setsuna. Eu posso te ajudar com o chá.

Suki:
- Melhor ainda assim. - e concorda com a cabeça, se levantando. - Nós já voltamos,
querida.

Maianne Ribeiro:
- Com licença. - Mitsuo murmura, se afastando com Setsuna.

Suki:
- Eu não imaginava que ela estava tão mal... - murmura, quando os dois saem do
quarto.

Maianne Ribeiro:
- Nem eu, até o médico me informar... - sussurra, preocupado.

Suki:
- Será que algum dia ela vai se sentir a vontade para confiar em nós...?

Maianne Ribeiro:
- Talvez, um dia. Só podemos ter esperanças. - sussurra.

qualquersuki:
Suki:
- Esperanças eu tenho, sempre terei. - e esboça um sorriso.

Maianne Ribeiro:
- Somos dois, então. - sorri.

Suki:
- Nossos filhos são incríveis. A nossa família toda é. - diz, gentil, segurando a
mão dele suavemente

Maianne Ribeiro:
- Especialmente você. - sorri

Suki:
- Só do seu lado. - ela sorri, apaixonada.

Maianne Ribeiro:
- Você sempre é. - sorri, afagando a mão dela.

Suki:
- Porque estou sempre com você. - insiste.

Maianne Ribeiro:
- Sempre foi, e sempre será. - ri, entrando na cozinha com a esposa, indo pegar as
folhas de chá.

Suki:
- Separar o melhor que pudermos para ela descansar.

Maianne Ribeiro:
- Mm. É bom fazer a mais pro Ichiro, também. Ele também precisa se recuperar. -
murmura.

Suki:
- Pensei exatamente nisso. - ela assente com a cabeça

Maianne Ribeiro:
- Ótimo. - ele sorri. - Pode ir esquentando a água, querida?

Suki:
- Vou deixar a seleção das ervas para você, então. - diz, fazendo como ele pedira.

Maianne Ribeiro:
- Sem problemas. - diz, separando as ervas com cuidado, atencioso.

Suki:
- Ara ara, dois filhos feridos... - e suspira, preocupada.

Maianne Ribeiro:
- Ao menos são só dois. A Chiaki está bem, e saudável. - suspira.

qualquersuki:
Suki:
- E cheia de energia, como sempre. - ela sorri.

Maianne Ribeiro:
- Energia de sobra. - o homem ri de leve, se aproximando com as folhas, já
adequadamente separadas.

Suki:
- Qual a temperatura, querido? Ponto de fervura? - pergunta, encarando-o por cima
de um dos ombros.

Maianne Ribeiro:
- Um pouco menos, por favor. - pede.

Suki:
- Então acredito que já está pronto. - diz, gentil.

Maianne Ribeiro:
- Ótimo. - sorri, começando a preparar o chá, o toque delicado.

Suki:
- Esse cheiro sempre me encanta... - admite, fechando os olhos e sorrindo.

Maianne Ribeiro:
- Delicioso, não é? - ele ri baixinho.

Suki:
- Definitivamente. Você sabe combinar as ervas como ninguém.

Maianne Ribeiro:
- Você é melhor nisso do que eu. - sorri.

Suki:
- Eu tenho um olfato mais apurado.

Maianne Ribeiro:
- Mm. Espero que seu olfato aprecie este chá. - sorri, servindo um pouco para
ambos.

Suki:
- Já está apreciando. - ela sorri de volta.

Maianne Ribeiro:
O homem ri de leve.
- Que bom. - diz, gentil, tomando um gole do chá.

Suki:
- Delicioso como sempre. - diz, após fazer o mesmo.

Maianne Ribeiro:
- Mm. - ele sorri. - Vamos levar pra Leanne e pro Ichiro, então.

Suki:
- Eles vão amar, tenho certeza. - e retribui o sorriso.

Maianne Ribeiro:
- Assim espero. Fizemos com todo o carinho. - ele sorri, gentil.

qualquersuki:
Suki:
- Eu tenho certeza. - insiste.

Maianne Ribeiro:
- Vamos, então? - pergunta, arrumando a bandeja com cuidado.

Suki:
Ela assente com a cabeça, afagando o rosto dele de leve antes de acompanhá-lo.

- Antes que eles acabem dormindo.

Maianne Ribeiro:
O homem passa primeiro no quarto de Ichiro, o rapaz deitado sobre a cama,
visivelmente preocupado.
- Pai? Mãe? O que..? - pergunta, se sentando.

Suki:
- Um pouco de chá para ajudar na sua recuperação. - explica, gentil, se aproximando
para apoiá-lo.

Maianne Ribeiro:
- Não precisava. - ele murmura, sem jeito. - Obrigado.

Suki:
- Nós somos seus pais, nosso dever é cuidar de vocês. - ela sorri.

Maianne Ribeiro:
- Eu vou ficar bem, não é nada.

- Ichiro...

- ...não é nada, ora...

Suki:
- O que aconteceu, querido? - pergunta, se sentando ao lado dele antes de tocar
suas costas, preocupada.

Maianne Ribeiro:
- Foi só uma briga, eu vou me recuperar. - sussurra.

Suki:
- Não estou falando do seu corpo. - e suspira. - Você parece... triste.

Maianne Ribeiro:
- ...eu tô preocupado com a Lea. - sussurra. - Só isso.

Suki:
- Sua irmã vai ficar bem. - ela sorri. - Seu pai está se certificando disso.

Maianne Ribeiro:
- Eu sei que vai, mas... Eu não consigo não me preocupar, especialmente vendo
aquele tanto de coisa que levaram pro quarto dela...
qualquersuki:
Suki:
- É um milagre que a sua irmã tenha sobrevivido, mas o que importa é que ela está
viva, e agora vai receber os cuidados que precisa. - explica, gentil.

Maianne Ribeiro:
- Vai, vai sim. Nós vamos cuidar dela. - sussurra.

Suki:
- E de você também. - ela sorri, servindo o chá para o filho. - Aqui.

Maianne Ribeiro:
- Não precisava, mas... Obrigado. - ele esboça um sorriso, tomando um gole do chá.

Suki:
- Seu pai quem escolheu as ervas pessoalmente. - diz, afagando os cabelos dele com
a mão livre. - Para descansar e repor suas forças.

Maianne Ribeiro:
- Não precisa-- ai! - Ichiro resmunga ao receber um tapa na testa.

- Deixe de teimosia. Nós podemos cuidar dos dois. - Mitsuo retruca.

Suki:
- Nós somos seus pais, Ichiro. Nosso dever é cuidar de vocês.

Maianne Ribeiro:
- ...obrigado. - o rapaz murmura, sem jeito.

Suki:
- De nada. - ela suspira, beijando os cabelos dele. - ...eu sei que por muitos anos
parecemos frios e distantes, mas eu juro, meu filho, tudo o que nós queremos é o
seu bem.

Maianne Ribeiro:
- Eu sei... É só o jeito de vocês. - ele murmura. - Eu nunca duvidei.

Suki:
- Eu acredito que não, mas a sua irmã ensinou que nós falhamos muito nas nossas
demonstrações de afeto.

Maianne Ribeiro:
- É só o jeito de vocês. - ele nega com a cabeça.

Suki:
- Nosso jeito ou não, temos deixado a desejar.

Maianne Ribeiro:
- Bem... Eu não vou reclamar de mais afeto. - ele ri, bobo.

qualquersuki:
Suki:
Isso faz Setsuna rir baixinho também, abraçando o filho cuidadosamente antes de
depositar um beijo em seus cabelos.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado, mãe. - ele sorri. - Agora é melhor levar o chá pra Lea, antes que
esfrie.
Suki:
- Quer nos acompanhar? - pergunta, se levantando devagar.

Maianne Ribeiro:
- Claro. - ele assente com a cabeça, se levantando também.

Suki:
- Sem se agitar. - pede.

Maianne Ribeiro:
- ...eu vou tentar. - murmura.

Suki:
- Obrigada, querido. - ela sorri, guiando Ichiro até o quarto de Leanne, dando
alguns toques na porta antes de entrar.

- ...oi...? - ela murmura baixinho, entreabrindo os olhos, cansada...

Maianne Ribeiro:
- Oi, Lea. - ele murmura, se aproximando devagar. "Ela tá muito mal..."

Suki:
- O-oi, Ichi... - sussurra, esboçando um sorriso. - Desculpa ter te enganado...

Maianne Ribeiro:
- Já foi. - ele sussurra, afagando a mão dela. - Já foi, só... Só se preocupa em
ficar bem.

Suki:
- Eu vou ficar... Prometo. - murmura, afagando a mão dele de volta, os dedos frios.

Maianne Ribeiro:
- Vai sim. A gente vai cuidar de você. - diz, engolindo em seco. "Vai..?"

Suki:
- ...o que foi...? - pergunta, o sorriso vacilando.

Maianne Ribeiro:
- Preocupado. Muito preocupado. - sussurra.

Suki:
- Eu vou sobreviver... - ela ri de leve, sem muita força.

Maianne Ribeiro:
- Eu sei que vai. Você é forte, resistente. É a Leanne. - ele ri, sem jeito. "Não
chora..."

qualquersuki:
Suki:
- A... a sua carpinha... - murmura, apertando a mão dele de leve, carinhosa.

Maianne Ribeiro:
- É. Minha... Minha carpinha, que vai subir a cachoeira e virar um dragão... - ele
estremece.

Suki:
- U-um dragão que nem você... - ela sorri.

Maianne Ribeiro:
- É. Então... Então fica bem logo, tá..?

Suki:
- P-pode deixar... Com você cuidando de mim eu melhoro rápido... - diz, boba.

Maianne Ribeiro:
- Eu vou cuidar direitinho, tá? Eu prometo. - sussurra.

Suki:
- Ainda... ainda cabe você aqui... - ela ri baixinho, manhosa, indicando o espaço
ao seu lado no colchão.

Maianne Ribeiro:
- Meu espaço. - ele ri baixinho, sem jeito, indo se ajeitar ao lado dela.

Suki:
- Todo seu. Sempre seu. - diz, manhosa, se encostando em Ichiro, cuidadosa.

Maianne Ribeiro:
O rapaz a abraça gentilmente, carinhoso, o coração apertado...

- ...nós trouxemos chá. Ichiro, pode ajudar a Leanne a se sentar..? - Mitsuo pede,
enfim se fazendo presente.

Suki:
- Seu pai quem fez. - Setsuna diz, suave, sorrindo com o rubor que surge nas
bochechas da filha.

- Eu... e-eu acho que consigo. - murmura, se apoiando no braço que não estava
furado, se levantando devagar.

Maianne Ribeiro:
- Eu ajudo. - o rapaz murmura, apoiando Leanne também.

- Fiz com todo o carinho pros meus queridos filhos. - o homem sorri, servindo o
chá.

Suki:
- Não tenho dúvidas. - ela sorri, pegando a xícara com as duas mãos, suspirando
baixinho. - ...o calor tá tão gostoso... - murmura, confortável.

Maianne Ribeiro:
- O sabor também. Eu já tomei um pouco. - Ichiro sorri.

qualquersuki:
Suki:
- Seu pai quem fez. - Setsuna sorri, gentil.

- O cheiro tá uma delícia... - comenta, bebendo o primeiro gole. - ...e o gosto


também.

Maianne Ribeiro:
- Que bom que gostou. - Mitsuo sorri, afagando os cabelos da menina.

Suki:
- Eu sempre gosto do que vocês fazem... - diz, manhosa, fechando os olhos.

Maianne Ribeiro:
- Vamos fazer mais vezes. - murmura. - ...eu vou cozinhar pra vocês um dia.
- Você. Cozinhar. - Ichiro murmura, erguendo uma sobrancelha.

Suki:
- ...você cozinha...? - pergunta, curiosa, abrindo os olhos novamente. - Eu nunca
vi vocês cozinhando...

- Eu estou aposentada há alguns anos. - Setsuna explica, sorrindo. - Com a visão


que perdi se tornou perigoso mexer com facas ou fogo.

Maianne Ribeiro:
- Eu parei de cozinhar quando assumi a família. Não tinha mais tempo, mas... Pra
vocês, eu vou arranjar tempo. - Mitsuo murmura.

Suki:
- Você tem... tem arranjado bastante tempo pra gente... - Leanne sorri, agradecida.

- Vocês são nossos filhos.

Maianne Ribeiro:
- Minha família é a parte mais importante da minha vida. - ele diz, gentil. - Eu
faço tudo por vocês.

Suki:
- A gente também, por vocês. - ela diz, boba.

- Vocês já fizeram demais por nós. - Setsuna suspira, afagando os cabelos de


Leanne. - Descansem.

Maianne Ribeiro:
- Por favor. Descansem e se recuperem. - ele pede, continuando o afago.

qualquersuki:
Suki:
- Nós vamos. - ela suspira, cansada, ao terminar o chá. - ...posso voltar a
deitar...? - pede, manhosa.

- Pode sim. Amanhã os travesseiros e a televisão já terão chegado, e vai ser mais
confortável para você.

- Obrigada, mãe...

Maianne Ribeiro:
- Bom descanso, meus filhos. - Mitsuo sussurra. O homem hesita, e então dá um beijo
na testa de cada um, antes de se afastar.

Suki:
Isso faz Leanne rir baixinho, corando de leve, antes de se aconchegar melhor na
cama.

- Qualquer coisa mandem nos chamar. - Setsuna pede, sorrindo, antes de seguir o
marido.

Maianne Ribeiro:
- Pode deixar. - Ichiro sorri, voltando a se abraçar a Leanne. - Bom descanso,
Lea...

Suki:
- Pra você também, Ichi... - murmura, envolvendo-o de volta com o braço livre,
buscando o calor do corpo de Ichiro...

Maianne Ribeiro:
O rapaz não demora a cair no sono, o corpo ainda ferido e exausto...

Suki:
Os dias se seguem com os cuidados intensivos a Leanne, e isso logo dá seus frutos:
na semana seguinte o gesso fora retirado para começar a fisioterapia e a
reabilitação, e duas semanas depois a menina já estava livre para perambular de
muleta...

- Liberdade ~ - ela ri, caminhando pelo corredor em direção aos jardins, aliviada.
- Eu não aguentava mais depender de vocês...!

Maianne Ribeiro:
- Eu não ligava de ficar te levando pra cima e pra baixo, você sabe. - Ichiro ri.

Suki:
- Acho que sei. - brinca. - Mas você já treina demais pra ter que ficar carregando
peso~

Maianne Ribeiro:
- É treino extra~ - Ichiro provoca. O próprio rapaz também se recuperara muito bem,
já tendo voltado à rotina normal.

Suki:
- Quem precisa treinar agora sou eu! Te duelar com as muletas! - brinca.

Maianne Ribeiro:
- Só cuidado pra não se quebrar de novo. - ri.

Suki:
- Quem se quebrou apanhando foi você, esqueceu?!

Maianne Ribeiro:
- Foi uma situação especial!

qualquersuki:
Suki:
- Você me protegendo não tem nada de especial, Ichiro!

Maianne Ribeiro:
- Claro que tem, é você! - ri.

Suki:
- Não tem nada de especial! - insiste, mostrando a língua para ele.

Maianne Ribeiro:
- Pra mim tem, então pronto! - ri.

Suki:
- Você tá errado!

Maianne Ribeiro:
- Eu tô certo~

Suki:
- Não, não mesmo! - ela ri, empurrando-o de leve com uma das muletas.
Maianne Ribeiro:
- Tô sim! - ri, segurando a muleta.

Suki:
- E-ei, pera aí...! - reclama, tentando puxar a muleta de volta.

Maianne Ribeiro:
- Ei--

O rapaz se desequilibra com o puxão, tropeçando e caindo na direção de Leanne, as


mãos aliviando o impacto da queda pra não ferir a garota.

Suki:
- Ichi--! - exclama, desajeitada, soltando a outra muleta antes de cair no chão com
um palavrão baixinho, as bochechas corando de leve ao sentir o corpo do rapaz sobre
o próprio. - ...eu... Eu te machuquei...? - pergunta, baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Não, eu..!

O rapaz cora violentamente, notando a proximidade dos dois, engolindo em seco.


"Pelos deuses..."

qualquersuki:
Suki:
- Tem... Tem certeza...? - sussurra, tocando as costas dele com as duas mãos,
delicada.

Maianne Ribeiro:
- Tenho. - sussurra, o rosto se aproximando do dela devagar, sem que sequer
percebesse. - Lea, eu... Eu posso perguntar uma coisa..?

Suki:
- ...perguntar...? - ela ri de leve, confusa, os olhos buscando os dele. - Pode,
claro que pode. Qualquer coisa...

Maianne Ribeiro:
- ...posso... Posso te beijar..? - sussurra.

Suki:
Ichiro pode sentir Leanne estremecendo sob ele, as bochechas mais vermelhas.

- Claro... C-claro que pode, oras, sempre que quiser... - murmura.

Maianne Ribeiro:
O rapaz esboça um sorriso, bobo.
- Obrigado. - ele sussurra, colando os lábios aos dela, carinhoso...

Suki:
Isso faz com que a garota estremeça novamente, segurando a roupa dele com mais
firmeza antes de fechar os olhos, aproveitando o sabor de Ichiro...

- N-não. N-não foi assim. Não era assim. E-eu... E-eu, a gente... A gente é
_irmão_...! - sussurra, afastando o rosto do dele, ofegante, as bochechas bastante
vermelhas.

Maianne Ribeiro:
Ele hesita, afastando o rosto do dela, empalidecendo.
- ...eu... Me perdoe. - sussurra, saindo de cima de Leanne, o olhar fixo no chão. -
Eu passei dos limites. Eu não devia ter feito isso...

Suki:
- N-não, eu... E-eu gostei, mas... - gagueja, se sentando devagar, atrapalhada,
encarando-o.

Maianne Ribeiro:
- G... Gostou..? - ele a encara, esperançoso. - Então... Eu posso fazer de novo?

qualquersuki:
Suki:
Ela dá um tapa no braço dele.

- Você ficou doido?! A gente é irmão, Ichiro...! E se alguém vê?!

Maianne Ribeiro:
- Ai..! - ele resmunga, passando a mão no lugar do tapa. - Eu sei, mas... É como eu
me sinto!

Suki:
- Bom pra você! - e mostra a língua para ele. - Me ajuda a ficar em pé, anda!

Maianne Ribeiro:
- D-desculpe. - ele murmura, ajudando-a a levantar.

Suki:
A garota resmunga baixinho.

- Não tem do que se desculpar. - murmura, trazendo uma das muletas consigo.

Maianne Ribeiro:
- Eu não sei. Eu não sinto que fiz nada de errado, mas você parece irritada... -
murmura.

Suki:
- Eu não tô irritada. - diz, de imediato. - ...não se preocupa.

Maianne Ribeiro:
- Não tá? Mesmo? - ele sorri. - ...mas eu não vou poder te beijar de novo?

Suki:
- ICHIRO! - reclama, dando outro tapa nele, dessa vez mais forte.

Maianne Ribeiro:
- Ai..! Foi só uma pergunta!

Suki:
- Qual das partes do "a gente é irmão" você ainda não entendeu? O papai mata nós
dois!

Maianne Ribeiro:
- ...a gente pode ser mais que irmão. - sussurra.

Suki:
- Não tem nada maior que irmão, Ichiro!

Maianne Ribeiro:
- A gente podia ser diferente de irmão, então, pronto!
qualquersuki:
Suki:
- Não é assim que funciona!

Maianne Ribeiro:
- Por que não? A gente pode ser o que quiser!

Suki:
- O que você quer, Ichiro?! - reclama, se virando para ele. - Foi só um beijo, já
chega!

Maianne Ribeiro:
- Eu não quero só um beijo. - ele murmura, sério, encarando Leanne. - Eu... Eu
gosto de você, Lea.

Suki:
- ...não. Não. Chega. - diz, fazendo um sinal negativo com a cabeça. - Eu não vou
deixar ninguém quebrar meu coração de novo, Ichiro. - responde, bastante séria.

Maianne Ribeiro:
"Esquece. Não vai dar certo," pensa, engolindo em seco.
- ...eu não devia ter falado nada, nem feito nada. - sussurra, recuando um passo.

Suki:
- ...eu... eu não sei se devia ou se não devia, mas já falou e já fez. E ou a gente
passa por cima disso, ou a gente se estranha pra sempre. - murmura. - ...eu vou
voltar pro quarto, que tô tonta e não quero acabar desmaiando pelo corredor. - diz,
ajeitando as muletas antes de se afastar, atrapalhada.

Maianne Ribeiro:
O rapaz faz menção de acompanhar Leanne, mas desiste, se afastando pro estúdio.
"Idiota..!"

Suki:
Ela, por sua vez, se larga na cama de qualquer jeito, cobrindo o rosto com as mãos
antes de virar de lado e se encolher, agarrando o travesseiro para chorar até cair
no sono...

Maianne Ribeiro:
"Amanhã, você finge que nada aconteceu e volta a ser o irmão mais velho. É só isso
que você é. Mais nada." pensava, abatido, mergulhando na arte pra esquecer a dor...

A ausência de Leanne seria sentida por todos, a tristeza de Ichiro também visível.
Enfim, já era a tarde do dia seguinte quando o rapaz bate na porta do quarto de
Leanne, suspirando.
- Posso entrar..?

qualquersuki:
Suki:
Ela não responde, se limitando a se encolher sob o lençol. De tanto chorar, a
cabeça parecia prestes a explodir, os olhos e as bochechas inchados e vermelhos...

Maianne Ribeiro:
- Eu vou entrar. - murmura, abrindo a porta, sem mais cerimônias, indo até a cama
da garota.

Suki:
Leanne se encolhe com a proximidade dele, tentando fingir que dormia...
"Eu não quero falar com ninguém...!"

Maianne Ribeiro:
- Lea. Me desculpa. Eu não quis te deixar mal... - sussurra. - Eu não vou mais
trazer aquele assunto de novo, mas você precisa se cuidar...

Suki:
- M-me deixa em paz... - choraminga, xingando baixinho quando as lágrimas voltam a
escorrer pelo rosto. - M-me d-deixa...

Maianne Ribeiro:
- Não posso. Você não saiu do quarto, não comeu... Eu me preocupo, Lea...

Suki:
- E-eu não quero q-que as coisas mudem... - admite, fraca, soluçando. - E-eu não
quero que nada mude entre a gente...!

Maianne Ribeiro:
- Não vai mudar. Vai voltar a ser como era, eu juro...

Suki:
- Eu já perdi minha família uma vez, eu não quero fazer por merecer perder mais
uma...!

Maianne Ribeiro:
- Você não vai perder nada. Eu juro, Lea. - sussurra. "Olha a merda que você fez,
Ichiro."

Suki:
- ...e-eu não quero ficar longe de você, Ichi, mas... mas...!

Maianne Ribeiro:
- Não precisa ficar longe de mim. - ri. - Eu vou ser só o seu irmão, como sempre
foi. Mais nada.

Suki:
- ...m-mas você vai sofrer, eu vou te fazer sofrer, eu _tô_ te fazendo sofrer!

Maianne Ribeiro:
- Não tá. Eu juro que não tá.
"A culpa é minha."

Suki:
A garota suspira, trêmula, descobrindo o rosto para encará-lo.

- ...jura pela carpa...? - pergunta, estendendo o mindinho para ele, o corpo


inteiro tremendo violentamente.

Maianne Ribeiro:
- Juro pela carpa. - sussurra, entrelaçando o dedo ao dela.

qualquersuki:
Suki:
Leanne esboça um sorriso, se jogando sobre Ichiro para abraçá-lo com força,
afundando o rosto no ombro dele.

Maianne Ribeiro:
O rapaz aperta o abraço, carinhoso.
- Minha irmãzinha... - sussurra.
Suki:
Isso faz Leanne soluçar bastante alto, se entregando a um choro de mesma
intensidade, firmemente agarrada no rapaz...

Maianne Ribeiro:
- Tá tudo bem. Já tá tudo bem... - ele sussurra, afagando os cabelos dela.

Suki:
E ela chora, e chora, até começar a amolecer nos braços de Ichiro, a consciência
cedendo e indo embora devagar...

- Veja se os médicos podem conseguir soro e vitaminas pela veia. - Salem pede,
saindo de baixo da cama para pular sobre o colchão. - Ela deve dormir por algumas
horas, para compensar a noite em claro.

Maianne Ribeiro:
- Deixa comigo. - ele murmura, ajeitando Leanne na cama antes de se afastar,
engolindo as próprias lágrimas. "Só cuida dela..."

Suki:
As semanas se passam e pouco a pouco a relação de Ichiro e Leanne volta a ser como
antes.

Com a recuperação total da garota, os treinos se tornam mais frequentes - e


intensos -, assim como os estudos.

Naquele dia, porém, a garota parece um tanto desanimada quando Ichiro acorda,
apoiada na janela enquanto observava os jardins...

Maianne Ribeiro:
- Ei. - Ichiro chama a atenção da garota, um tanto preocupado. - Que carinha é
essa?

Suki:
- ...oi, Ichi. - murmura, se virando para encará-lo, encostando o quadril no
parapeito da janela. - Hoje vai ser um dia ruim. Só isso.

Maianne Ribeiro:
- Por que acha isso? - ele pergunta, se aproximando.

Suki:
- Eu sei que vai. - e suspira. - Bom dia, por sinal.

Maianne Ribeiro:
- Bom dia. - resmunga. - Por que vai ser ruim?

qualquersuki:
Suki:
- Porque quem fazia ele ser bom não vai estar aqui. - sussurra, baixinho, tendo
estremecido.

Maianne Ribeiro:
- Eu vou tomar esse papel pra mim, então. - resmunga. - Eu vou fazer seu dia ser
bom!

Suki:
- Boa sorte, lagartixa. - provoca, esboçando um sorriso de canto sem muita força.
Maianne Ribeiro:
- Dragão, e dos bons. - provoca, risonho. - Por que hoje? O que tem o dia de hoje?

Suki:
- Um lindo dragão. - diz, piscando um dos olhos e ignorando a segunda pergunta
dele.

Maianne Ribeiro:
- Um belíssimo dragão. E você não respondeu minha pergunta. - insiste.

Suki:
- Belíssimo, de fato~ Mas fica melhor ainda enrolado em mim como um cachecol,
sabia~?

Maianne Ribeiro:
- Só se você me responder. - ri.

Suki:
- ...não é nada importante, Ichi.... - ela suspira, o sorriso desaparecendo do
rosto enquanto Leanne cruzava os braços e desviava o olhar.

Maianne Ribeiro:
- E eu sou uma lagartixa. - resmunga. - Tá na cara que é importante, eu vou
continuar te enchendo o saco.

Suki:
Leanne revira os olhos, incomodada.

- Você é, mesmo. E eu vou tomar banho enquanto você esquece o assunto. - e se


afasta para o banheiro, batendo a porta atrás de si.

- Deixe-a se acalmar, garoto. - Salem pede, pulando da escrivaninha para o chão e


se aproximando de Ichiro.

Maianne Ribeiro:
- Eu não vou esquecer o assunto. - resmunga, se virando pra Salem. - Você sabe o
que é?

qualquersuki:
Suki:
Ele assente com a cabeça, subindo nas pernas do rapaz para encará-lo.

- Hoje é o aniversário de quinze anos dela.

Maianne Ribeiro:
- O-- por que diabos ela não quis contar?! - exclama. - Os meus pais precisam
saber!

Suki:
- O pai dela prometeu uma quinceañera pra ela, anos atrás. Disse que seria a festa
mais bonita de Londres. A festa mais bonita que a Leanne jamais tinha sonhado em
ter. - o gato explica. - ...ele sempre acordava ela com uma mesa de café da manhã
farta, cheia de quitutes, e programava um dia inteiro com tudo que ela mais
gostava. Ele era a razão dela amar o dia.

Maianne Ribeiro:
- Não dá pra acordar ela com o café da manhã, mas dá pra trazer a bandeja, ao
menos. - murmura. - Eu vou avisar a mamãe, e já volto com o café.
Suki:
- Não demore. - pede, enrolando a cauda no próprio corpo antes de suspirar.

Maianne Ribeiro:
- Não vou demorar! - responde, se afastando apressadamente, procurando Setsuna.

Suki:
A mulher estava na cozinha, bebericando uma xícara de chá, um tanto confortável...

Maianne Ribeiro:
- Mãe. Urgente. - ele murmura, se aproximando. - Hoje é aniversário da Lea.

Suki:
Setsuna o encara, confusa, franzindo a testa de leve antes de erguer as
sobrancelhas.

- ...o quê? - sussurra.

Maianne Ribeiro:
- Aniversário da Lea. A gente precisa preparar alguma coisa, ela tá super
desanimada.

Suki:
- ...hoje é aniversário da minha filha e eu não sabia...? Pelos céus...! - exclama,
levando uma das mãos ao peito, culpada. - Peça o que quiser para a cozinha, os
funcionários estão autorizados a comprar o que for necessário. Eu vou pegar o
cartão do seu pai, avisá-lo, e planejar um passeio para a nossa família.

Maianne Ribeiro:
- Ótimo. Eu vou levar o café da Lea! - e se afasta, indo para a cozinha. Não
demoraria pra retornar ao quarto da garota, a bandeja farta, bonita...

qualquersuki:
Suki:
E Leanne estava terminando de ajeitar o macacão em frente ao espelho, amassando os
cabelos crespos com a mão livre sem cuidado algum, desanimada...

Maianne Ribeiro:
- Bom dia, de novo. - ele sorri, se aproximando com a bandeja. - Pronta pra tomar
café comigo?

Suki:
- Tomar-- - ela franze a testa, se virando de imediato. - ...o Salem abriu a boca,
não abriu? - e suspira, os ombros caindo.

Maianne Ribeiro:
- Abriu, como você devia ter aberto. - diz, sentando na cama. - Vem comer com o seu
irmãozão, vem.

Suki:
A garota nega de leve com a cabeça, frustrada, indo fazer como Ichiro pedira,
sentando-se de frente para ele.

- Já se deu ao trabalho de espalhar pela casa inteira a fofoca? - pergunta


baixinho, amuada.

Maianne Ribeiro:
- Eu falei pra mamãe, ela precisava saber. - resmunga. - Não é fofoca, é o seu
aniversário!
Suki:
- É fofoca sim. Não era pra falar, _eu_ não queria falar. - responde, desviando o
olhar, sem a força habitual da discussão dos dois.

Maianne Ribeiro:
- Por que? Nós somos sua família, nós precisamos celebrar o seu aniversário!

Suki:
- Não tem nada pra celebrar, Ichiro. - ela ri, fraca, negando com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Tem sim. Celebrar você. - diz, sorrindo.

Suki:
A garota faz menção de retrucar, mas se limita a se servir de um gole de chá, as
bochechas coradas.

- ...obrigada. - murmura, enfim, colocando a mão sobre a dele.

-=-

- Mitsuo? - Setsuna chama, hesitante, dando alguns toques na porta do escritório


dele antes de entreabri-la devagar.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - sorri, afagando a mão dela de leve. - Você merece. Merece muito mais,
até.

-=-

- Pode entrar. - o homem responde, erguendo o olhar pra encará-la. - Aconteceu


alguma coisa?

Suki:
- Eu não sou tanta coisa, ainda, mas... valeu. - e encosta o rosto no dele, os
olhos fechados.

-=-

- Hoje é aniversário da nossa filha. - diz ao entrar, encostando a porta atrás de


si.

qualquersuki:
Maianne Ribeiro:
- Pra gente, você é muita coisa. - sussurra, carinhoso.

-=-

- ...quê? - ele murmura, ficando de pé. - Como assim? É aniversário da Leanne, e


nós não fizemos nada..?!

Suki:
- Obrigada, Ichi... - sussurra de volta, roçando os lábios nos dele de leve antes
de se afastar, fingindo que nada acontecera apesar das bochechas vermelhas.

-=-

- É. É, exatamente...! - responde, agitada.


Maianne Ribeiro:
- De... De nada. - sussurra, corando de leve. - Comer..?
"Ela..!"

-=-

- Precisamos remediar isso de imediato. - ele resmunga, incomodado.

Suki:
- Vamos. Eu não sabia que tava com tanta fome... - admite.

-=-

- O Ichiro levou uma bandeja de café da manhã para ela no quarto, e eu prometi que
planejaria um dia agradável em família, mas... admito que me sinto um tanto
insegura em fazer isso sozinha. - murmura.

Maianne Ribeiro:
- Eu ajudo como puder. - o homem assente com a cabeça. - O que podemos fazer por
ela?

Suki:
- Acho que a melhor ideia é sair um pouco de casa. A Leanne não conhece
praticamente nada. - murmura.

Maianne Ribeiro:
- Podemos levar ela para as montanhas. Ou à praia, quem sabe? Qual acha que ela vai
gostar mais?

qualquersuki:
Suki:
- A praia, não tenho dúvidas. Ela tem energia demais para um passeio tranquilo nas
montanhas. - brinca, rindo baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Praia então. Acha que ela vai preferir o trem ou o carro?

Suki:
- Ao mesmo tempo em que ela ama conhecer coisas e pessoas novas, acredito que a
aparência dela vá chamar muita atenção negativa. - murmura, levando uma das mãos ao
queixo, pensativa.

Maianne Ribeiro:
- Vamos de carro então. - ele assente com a cabeça. - Vou mandar prepararem um dos
veículos.

Suki:
- Eu preciso ver se ela tem roupa de banho, também. Não quero arriscar chegarmos lá
e a nossa filha não poder aproveitar o mar. - diz, esboçando um sorriso.

Maianne Ribeiro:
- Importante. Você consegue comprar roupa de banho pra ela antes de irmos?

Suki:
- Uma passada no shopping resolve, se for o caso. - e assente com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Resolvido, então. Vamos com ela, ou compramos antes de chamá-la?
Suki:
- Melhor irmos com ela. A nossa filha tem gostos peculiares pra vestimentas. -
brinca.

Maianne Ribeiro:
- Resolvido, então. Saímos em uma hora. - ele assente com a cabeça.

Suki:
- Vou avisar as crianças, e arrumar nossas coisas. - ela assente com a cabeça, se
aproximando para depositar um beijo no rosto dele. - Não demoro. - e se afasta.

Maianne Ribeiro:
- Até lá. - ele sorri de leve, afagando o rosto da mulher antes de voltar ao
trabalho. "Eu preciso terminar de resolver isso antes de sair."

Suki:
- Ichiro? Leanne? - chama, batendo na porta do quarto da filha algumas vezes,
hesitante. - Posso entrar?

- Pode, mãe! - responde, pausando o programa que assistiam na televisão.

Maianne Ribeiro:
- Oi, mãe. Veio dar parabéns pra Lea? - ele ri.

Suki:
- Também. Vim avisar vocês que sairemos em uma hora. - diz, indo abraçar a filha
carinhosamente.

- ...nós o que?! - pergunta, erguendo o olhar para ela, confusa.

Maianne Ribeiro:
- Vamos sair? Pra onde? - ele murmura, curioso.

qualquersuki:
Suki:
- Vamos passar no shopping pra comprar roupas adequadas para a Leanne, primeiro. -
diz, ignorando a menina que a questionava silenciosamente. - E depois vamos para a
praia.

- Pra praia?! - pergunta, esboçando um sorriso, empolgada

Maianne Ribeiro:
- Praia! Tem um bom tempo que a gente não vai! - ele ri, empolgado.

Suki:
- Pela sua expressão, eu e seu pai acertamos na ideia. - Setsuna ri, beijando a
testa da filha, carinhosa. - Só precisamos de um traje de banho pra você.

- Um biquíni bem colorido! - pede, empolgada.

Maianne Ribeiro:
- Um bem colorido, então! - ele ri. "A Lea de biquíni..!"

Suki:
- Por favor! - insiste.

- A cor e o modelo que você quiser, querida, prometo. - ela ri baixinho.


Maianne Ribeiro:
- Resolvido, então. Uma hora! - ri.

Suki:
- Arrumem suas bolsas com o que vão levar. Eu vou providenciar protetor solar no
caminho. - diz, soltando Leanne. - Não esqueçam de toalhas e mudas extras de
roupas.

- Pode deixar, mãe!

Maianne Ribeiro:
- Roupas leves e confortáveis! - ri.

Suki:
- Eu sei me vestir pra ir à praia, Ichiro! - e gargalha, empurrando ele de leve.

Maianne Ribeiro:
- Sabe nada~ - provoca.

Suki:
- Sei, sei sim! Eu era amiga das sereias e tudo! - responde, mostrando a língua
para ele.

Maianne Ribeiro:
- Amiga das sereias? Que história é essa? - ri.

Suki:
- Eu ia tanto à praia que conhecia as sereias de lá, ué! - responde, como se fosse
óbvio. - Conheci uma delas mergulhando, e acabei fazendo amizade com as outras!

Maianne Ribeiro:
- Hora da gente começar a ir na praia com mais frequência. - ri.

Suki:
- Eu vou amar ter novas amigas! - concorda com a cabeça, boba.

- Uma hora! - avisa, antes de se afastar.

Maianne Ribeiro:
- Uma hora. - ri. - Quer começar a arrumar as coisas?

qualquersuki:
Suki:
- Claro! - ela assente com a cabeça, rindo também. - Eu já sei que roupa levar e
que toalha levar, mas preciso do biquíni, uma canga e chinelos!

Maianne Ribeiro:
- Isso a gente vê no shopping. - sorri. - Fazer umas comprinhas antes de ir~

Suki:
- Um chapéu também cairia bem, admito~ - e ri, boba.

Maianne Ribeiro:
- Um chapéu também, então. - ri. - Acho que vou aproveitar e pegar um calção novo.

Suki:
- É uma boa ideia. Você cresceu bastante desde que eu cheguei. - comenta.

Maianne Ribeiro:
- É... Se duvidar, meu outro calção nem serve mais. - murmura.

Suki:
- Vai passar a vergonha de tentar vestir ainda assim? - provoca.

Maianne Ribeiro:
- Mas de jeito nenhum. - ri, corando.

Suki:
- Poxa, eu adoraria ver a cena~

Maianne Ribeiro:
- Vai ficar adorando aí na sua mente e pronto!

Suki:
- Droga! - ela ri também. - Ver você todo desajeitado seria ótimo!

Maianne Ribeiro:
- Mas não vai ver~

Suki:
- Nem como presente de aniversário ~?

Maianne Ribeiro:
- ...ei, isso não vale..! - exclama.

Suki:
- Que foi~? - provoca.

Maianne Ribeiro:
- Isso é chantagem!

Suki:
- Um pouquinho, mas é por um bom motivo: te ver passando vergonha~

Maianne Ribeiro:
- É um péssimo motivo!

Suki:
- Ah, droga! - e gargalha, separando as próprias coisas em um dos braços. -
Prontinho!

Maianne Ribeiro:
- Vai se trocar agora, ou depois?

qualquersuki:
Suki:
- Agora. É melhor, que aí só coloco tudo na bolsa da mamãe, e a gente pode sair. -
diz, separando uma camiseta e uma saia, ambas compradas com Ichiro. - Não demoro.
Vai se trocar enquanto isso também! - adiciona, indo para o banheiro com as peças.

Maianne Ribeiro:
- Eu já volto! - ri, se afastando pro próprio quarto, apressado.

Suki:
"Praia~!", pensa, boba, não demorando a sair com as peças, ajeitando-as em frente
ao espelho para que cobrissem um pouco mais do próprio corpo.

Maianne Ribeiro:
O rapaz não demora a retornar, vestindo um short confortável e uma camiseta.
- Tudo pronto do meu lado!

Suki:
- Por aqui também! - ela sorri, encarando-o por cima do ombro antes de se virar.
- ...é tão estranho te ver assim... - comenta.

Maianne Ribeiro:
- É? Acostumada a me ver como o Shogun? - brinca.

Suki:
Ela leva uma das mãos aos lábios, rindo.

- Ah, claro, o incrível e poderoso Shogun!

Maianne Ribeiro:
- Eu mesmo~ - ele ri, assentindo com a cabeça.

Suki:
- Ichiro...! - ela gargalha. - É claro que não!

Maianne Ribeiro:
- Claro que sim! - ele ri. - Eu sou o Shogun!

Suki:
- Você _ainda não é o Shogun_!

Maianne Ribeiro:
- Sou sim, claro que sou! - ri.

Suki:
- Deixa o papai ouvir você falando isso!

Maianne Ribeiro:
- Não, por favor. - ele ri, corando.

Suki:
- Ué, o poderoso Shogun tá com medo~?

Maianne Ribeiro:
- É o meu pai, ora, você conhece ele! - ri.

Suki:
- Ué~ Ué~ Ué~ - provoca, cutucando-o a cada fala.

Maianne Ribeiro:
- O que foi?! - ri, tentando afastar a mão da garota.

qualquersuki:
Suki:
- Você sendo ridículo! - gargalha, avançando mais na direção dele, cutucando-o com
as duas mãos.

Maianne Ribeiro:
- Eu não estou sendo ridículo! - ri. - É o papai!

Suki:
- Ele é mansinho, você que quer ter uma pose de algo que não é!
Maianne Ribeiro:
- Não fui eu que inventei o apelido, eu só aceitei!

Suki:
- Você abraçou ele com todas as suas forças, isso sim!

Maianne Ribeiro:
- Só aceitei! - ri. - Combina comigo!

Suki:
- Combina, mas seu pai disse que você ainda precisa fazer muito pra merecer esse
apelido, esqueceu?!

Maianne Ribeiro:
- Eu tô fazendo isso, ora!

Suki:
- ...tá, é? Não tô te vendo fazer mais do que apanhar pra mim nos treinos~

Maianne Ribeiro:
- Eu não tô apanhando de você nos treinos! - exclama.

Suki:
- Você _sempre_ apanha de mim, Ichiro!

Maianne Ribeiro:
- Não apanho não, nada disso!

Suki:
- Ah, claro, você apanha do baralho, é quase a mesma coisa!

Maianne Ribeiro:
- Nada disso, é bem diferente!

Suki:
- Ichiro, eu invoco os Arcanos _e_ ainda treino do seu lado!

Maianne Ribeiro:
- É diferente do mesmo jeito!

qualquersuki:
Suki:
- Vamos começar a inverter, então, e _você_ vai invocar os Arcanas. Só quero ver!

Maianne Ribeiro:
- Tá bom, então. Desafio aceito! - ri.

Suki:
- Perfeito! Combinado, então!

Maianne Ribeiro:
- Você vai ver nos próximos treinos. - ri, bobo.

Suki:
- Tô doidinha pra apanhar de você~

Maianne Ribeiro:
- Pois se prepare. - ele sorri de canto.
Suki:
- Só quero ver. - responde, retribuindo o sorriso.

- Ouvi meus dois filhos trocando ameaças de morte? - Setsuna brinca, dando alguns
toques na porta

Maianne Ribeiro:
- Bem por aí, mãe. - o rapaz brinca. - Já arramos tudo!

Suki:
- Então venham, que a Chiaki e seu pai já estão indo para o carro. - ela sorri,
chamando-os com uma das mãos.

- Pode colocar na sua bolsa? - pede, indicando a muda de roupas e a toalha que
separara.

- ...precisamos de uma bolsa de praia pra você, também, pelo jeito~

Maianne Ribeiro:
- Mais uma coisa pra comprar. - Ichiro ri, ajeitando a própria bolsa no ombro.

Suki:
- Eu não vou reclamar. - Leanne ri, sem jeito, erguendo as mãos em sinal de
inocência antes de acompanhar a mãe.

Maianne Ribeiro:
- Mesmo se reclamasse, a gente ia comprar. - provoca.

qualquersuki:
Suki:
- Vocês tem me mimado demais. - reclama, cruzando os braços.

- Nada menos que o melhor para a nossa Leanne. - Setsuna diz, suave.

Maianne Ribeiro:
- Escute a mamãe. - o rapaz ri.

Suki:
- Só porque você pensa igualzinho a ela!

Maianne Ribeiro:
- Penso mesmo, porque ela tá certa. - ri.

Suki:
- Ichiro...! - reclama, empurrando-o de leve.

- Comportem-se, crianças. - pede, apesar de rir de leve.

Maianne Ribeiro:
- Escuta a mamãe~ - provoca, risonho.

Suki:
A garota infla as bochechas, adiantando o próprio passo ao ver Mitsuo e Chiaki,
deixando Ichiro para trás.

- Desculpem a demora...!

Maianne Ribeiro:
- Nee-san! - Chiaki ri, empolgada, estendendo os braços na direção de Leanne. -
Praia!

- Praia, sim. - Mitsuo sorri. Até mesmo o homem usava trajes mais leves, pronto
para o passeio.

Suki:
- Praia! - diz, boba, pegando a menor no colo, carinhosa.

- É bom ver você mais relaxado assim. - Setsuna comenta, se aproximando do marido.

Maianne Ribeiro:
- Eu quero brincar na areia! - a menina ri.

- É estranho pra mim. - o homem murmura, sem jeito. - Mas é confortável.

Suki:
- E eu quero mergulhar no mar~ Mas prometo que brinco um pouco com você!

- Eu entendo, mas ainda aprecio. - ela sorri, gentil, afagando o rosto dele de
leve.

Maianne Ribeiro:
- Ebaaaa! - ri.

O homem sorri, aproveitando o carinho antes de se virar para a família.


- Todos prontos, então? Vamos pro carro.

qualquersuki:
Suki:
- Vamos! - ela ri, colocando Chiaki no chão. - Eu quero achar um biquíni bem
colorido que caiba em mim!

- A última parte é a mais difícil. - e ri também, guiando a filha mais nova para o
carro.

Maianne Ribeiro:
- ...um maiô seria melhor. - Mitsuo resmunga, entrando no carro.

Suki:
- Não, não mesmo! Primeiro que é impossível achar maiô do meu tamanho, segundo que
eu quero uma marquinha de biquíni!

- Isso pode ficar parecendo um pouco vulgar, querida.

- Quê?!

Maianne Ribeiro:
- Hmpf. Não vai adiantar discutir, vai?

Suki:
- De jeito nenhum! Quero a minha marquinha!

- Leanne, Leanne... - a mulher suspira, risonha.

Maianne Ribeiro:
O homem apenas suspira, se acomodando atrás do volante.
- Vamos, então. - murmura, dando a partida.

Suki:
- Deixa de ser carrancudo, pai! - reclama, dando um tapinha no ombro dele antes de
ajeitar o cinto de segurança.

Maianne Ribeiro:
- Eu não sou carrancudo, ora..!

Suki:
- É, é sim!

Maianne Ribeiro:
- ...eu sou..? - o homem franze a testa.

Suki:
- Bastante. - e ri, sem graça.

- É só a fachada de seriedade e severidade. Mas todos nós sabemos disso. - Setsuna


quem diz.

Maianne Ribeiro:
- Eu deveria ser mais... Leve, então..?

Suki:
- ...não é sobre dever. É só... Só que seria mais agradável. - Leanne murmura.

Maianne Ribeiro:
- ...eu vou tentar. - murmura.

qualquersuki:
Suki:
Ela sorri, boba, fazendo um afago nos ombros dele.

- Obrigada, pai.

Maianne Ribeiro:
- De nada, querida. De nada. - sorri

Suki:
"Eu sempre fico boba quando ele é carinhoso...", pensa, se encostando melhor no
banco, sorridente, observando a cidade pela janela.

Maianne Ribeiro:
- Chegamos. - Mitsuo murmura ao estacionar o carro, Chiaki praticamente saltando
pra fora.

- Shoppiiiing! - ri.

Suki:
- Acha que podemos aproveitar o passeio pra um sorvete? - pergunta, esperançosa,
encarando o pai ao sair do carro.

Maianne Ribeiro:
- Por que não? - sorri. - Vamos tomar sorvete.

Suki:
A garota sorri abertamente, empolgada, claramente tentando se conter para não
chamar atenção demais como acontecera no dias das compras com Ichiro...

Maianne Ribeiro:
- Eu quero sorvete de morango... Não, chocolate! Ou... Ou menta..? - Chiaki
murmura, indecisa.

- Ou os três? - Ichiro brinca.

- ...os três!

Suki:
- Um pouquinho de cada, só. - Setsuna diz, rindo baixinho.

- Eu prefiro chocolate. É o meu doce favorito~

Maianne Ribeiro:
- Um pouquinho de cada, tudo bem! - a menina ri.

- Eu quero de pêssego. É delicioso. - Ichiro sorri.

Suki:
- Sorvete de pêssego? - Leanne franze a testa, curiosa. - Mesmo?

Maianne Ribeiro:
- ...É, qual o problema? - ri.

Suki:
- Não sei, parece um sabor inusitado de sorvete. - e ri, sem graça.

Maianne Ribeiro:
- Você vai experimentar e vai gostar. - ri. - Aposto.

qualquersuki:
Suki:
- E você gosta do de chocolate, por acaso~?

Maianne Ribeiro:
- Gosto, ué!

Suki:
- Mesmo?! Então eu realmente preciso experimentar o de pêssego!

Maianne Ribeiro:
- Precisa sim, é delicioso. - ri.

Suki:
- Eu gosto da fruta, mas não é nem de longe a minha fruta favorita. - comenta,
pensativa.

Maianne Ribeiro:
- Eu gosto bastante. - sorri. - Acho deliciosa.

Suki:
- É a sua fruta preferida? - pergunta, curiosa.

Maianne Ribeiro:
- É, é sim. Adoro. - ri.

Suki:
- Eu gosto de ficar passando a mão na casca. É maciiiia ~

Maianne Ribeiro:
- É suuuuper macia! - ele ri, bobo.
Suki:
- Sim! - ela assente com a cabeça, rindo.

- Primeiro as roupas, depois o sorvete. - Setsuna orienta, gentil.

Maianne Ribeiro:
- Como achar melhor, querida. - Mitsuo assente com a cabeça, guiando o grupo até
uma das lojas.

Suki:
- As roupas vão tomar mais tempo, e é injusto que a Leanne fique experimentando as
peças enquanto vocês tomam sorvete sozinhos.

- Eu não ligo, mãe. - ela sorri, sem jeito. - Vai ser chato ficar me esperando, é
muito difícil conseguir coisa do meu tamanho. O Ichiro viu.

Maianne Ribeiro:
- Mas a gente vai conseguir. - o rapaz murmura. - Isso eu tenho certeza.

Suki:
- Eu sei, mas não quero que vocês fiquem entediados esperando. - murmura.

Maianne Ribeiro:
- Não vamos. Eu tenho que comprar meu calção também, esqueceu? - Ichiro sorri.

qualquersuki:
Suki:
- ...verdade. Eu tinha esquecido disso! - ela sorri, mais confortável com a ideia,
a expressão se iluminando.

Maianne Ribeiro:
- Aí, viu? Vai ser ótimo! - ele ri de leve, estendendo a mão pra ela.

Suki:
- Vai, vai sim. - diz, segurando a mão dele com firmeza antes de puxá-lo consigo
para dentro da loja.

- Ara ara... Nossos filhos são um casal, é isso que eu estou vendo? - pergunta,
rindo baixinho, suave.

Maianne Ribeiro:
O rapaz a acompanha, risonho, o rosto levemente corado.

- Bom, eu não sei... Ao menos não abertamente. - Mitsuo murmura. - Mas parecem se
gostar bastante.

Suki:
- Você me ajuda a escolher um modelo? - pede, sorridente.

-=-

- Eu não sei como me sentir quanto a isso, devo admitir. - responde baixinho, ainda
sorrindo. - Mas ver os dois felizes assim acalma meu peito.

Maianne Ribeiro:
- Ajudo, claro. Um bem bonito!

-=-
- Eles são jovens, não cresceram juntos... A relação deles ainda está se
construindo. - murmura. - Eu não me incomodo.

Suki:
- Que nem você ~? - provoca.

-=-

- Eu entendo, e eles não tem relação de sangue de qualquer forma. - responde. - Mas
ainda é estranho pensar que meus dois filhos estão apaixonados.

Maianne Ribeiro:
- Que nem eu~

-=-

- Eu te entendo. - o homem sorri, afagando a mão dela. - Mas bem, nós não sabemos
ainda.

qualquersuki:
Suki:
- Isso vai ser difícil, mas eu vou tentar! - ela ri, boba, cumprimentando os
vendedores antes de começar a procurar os modelos.

-=-

- É bem óbvio, ao menos aos meus olhos. - ela ri baixinho.

Maianne Ribeiro:
- A gente encontra um. - Ichiro ri, começando a procurar com a garota.

-=-

- Mm, pra mim também. Me pergunto se é óbvio pros dois.

Suki:
- Isso só o futuro vai dizer, querido. E nós vamos acompanhar cada passo. - ela
sorri, afagando uma das mãos dele.

-=-

Os minutos se passam enquanto Leanne separava várias peças, medindo uma por uma
contra o próprio corpo, insatisfeita com todas: fosse a altura, a largura, ou até
mesmo a cor, nada parecia satisfazê-la..

Maianne Ribeiro:
E quando tudo parecia perdido, Ichiro solta uma exclamação satisfeita, se virando
pra mostrar um modelo pra Leanne.
- Que tal? - o rapaz ri, bobo. O biquini era verde, similar às escamas do dragão...

Suki:
- Isso é lindo....! Perfeito! - diz, boba, batendo palminhas silenciosas,
empolgada. - E os babados dos lados deixam tudo mais delicadinho~

Maianne Ribeiro:
- Aí, viu? Encontramos um ótimo, e tão lindo quanto eu~

Suki:
- Acho que o biquini é mais bonito. - responde, mostrando a língua para ele antes
de conversar com a atendente, se afastando para o provador em seguida. Demoram
alguns minutos até que Leanne coloque a cabeça para fora, sorridente. - Ichiro, vem
aqui!

Maianne Ribeiro:
- Indo, indo! - ele ri, se aproximando. - E aí? Ficou bom?

qualquersuki:
Suki:
- Ficou lindo! - diz, boba, abrindo as cortinas e dando uma voltinha para que ele
visse.

Por causa da altura de Leanne, a parte de baixo ficara um tanto alta e cavada, sem
que isso parecesse incomodá-la, enquanto a parte de cima tinha ficado bastante
justa, mas visivelmente confortável.

- Que tal~?

Maianne Ribeiro:
O rapaz abre a boca pra falar algo, mas não consegue, as bochechas corando.
- U... Uau... - sussurra.

Suki:
- Ficou lindo, não foi? E valorizou as minhas pernas! - diz, orgulhosa, encarando-
o.

Maianne Ribeiro:
- F-ficou incrível. - ele sussurra, desviando o olhar. - Eu vou procurar um calção
pra mim, então! - e se afasta, apressado.

Suki:
Leanne pisca algumas vezes, confusa, antes de tirar as etiquetas das peças e
colocar a própria roupa novamente, agora sobre elas, separando a roupa de baixo na
sacolinha escura da loja.

- Posso te ajudar~? - pede, se aproximando de Ichiro pouco depois.

Maianne Ribeiro:
- A-aceito. - murmura, ainda um tanto sem jeito. - Não deve ser difícil.

Suki:
- Você não é tão grande, imagino que a maior parte das coisas caiba em você. - ela
sorri.

Maianne Ribeiro:
- É, eu pego os tamanhos grandes, mas é fácil de achar, mesmo.

Suki:
- Não é que nem eu, que pego os maiores tamanhos e ainda assim são pequenos. - e
ri.

Maianne Ribeiro:
- Exatamente. - ele ri baixinho.

Suki:
- Que tipo de calção você quer? Estampado? Liso?

Maianne Ribeiro:
- Um estampado seria legal, um bem bonito!

Suki:
- Vou procurar algo legal aqui, então! - diz, boba, remexendo as várias peças.

Maianne Ribeiro:
- A gente acha. - o rapaz ri, olhando em outra arara.

Suki:
- Ichi...! Ichi, olha isso! - diz, boba, se virando para o rapaz com um calção
preto, cinza e vermelho nas mãos, a estampa de carpas nas laterais. - Olha~!

Maianne Ribeiro:
O rapaz solta um riso, bobo, pegando o calção pra olhar.
- Acho que encontramos. - ri. - Vou experimentar!

qualquersuki:
Suki:
- Perfeito! Me chama quando vestir! - pede, empolgada.

Maianne Ribeiro:
- Chamo sim! - e se afasta. Não demoraria a sair do provador, chamando Leanne pra
perto com um gesto, o sorriso grande no rosto.

Suki:
- Deixa eu ver~! - ela ri, boba, se aproximando.

Maianne Ribeiro:
- Ficou ótimo! - ele sorri, dando uma volta pra mostrar o short inteiro.

Suki:
- Perfeito! Combinou com você, e é um contraste com a sua pele!

Maianne Ribeiro:
- Decidido então, vou levar esse. - ri. - Eu adorei!

Suki:
- Perfeito! Me dá a etiqueta pra vendedora já somar tudo, aí é só passar lá e
pagar~

Maianne Ribeiro:
- Beleza! - ele assente com a cabeça, tirando a etiqueta e entregando-a pra Leanne.

Suki:
- E o cartão~ - pede, estendendo a mão para ele.

Maianne Ribeiro:
- Tá aqui~ - ri, entregando o cartão pra Leanne.

Suki:
- Obrigada, nii-san. - diz, beijando o rosto dele antes de ir pagar.

Maianne Ribeiro:
- ...de nada. - ele sorri, bobo, observando Leanne se afastar.

Suki:
A garota não demora a retornar, devolvendo o cartão dele, sorridente.

- Pronto! - diz, boba.


Maianne Ribeiro:
- Escolheu tudo que precisava? - ele sorri.

Suki:
- Eu acho que si— não, eu esqueci da canga! E da bolsa! Os chinelos...! - exclama,
corando violentamente.

Maianne Ribeiro:
- Hora de continuar as compras, então. - ri, bobo.

qualquersuki:
Suki:
- Desculpa, eu acabei me empolgando com as nossas roupas! - ela diz, sem graça, se
adiantando para pegar tudo o que falara, sem todo o cuidado e expectativa de antes.

Maianne Ribeiro:
- Ei, ei, escolhe com cuidado. Sem pressa. - diz, afagando a mão dela.

Suki:
- A gente tem que pegar a praia antes do almoço, senão o sol fica forte demais pra
vocês. - resmunga, se certificando de que o chapéu cabia, assim como a canga branca
e os chinelos, antes de se dar por satisfeita. - Pode ser tudo branco, por mim; eu
vou tirar chegando na água, mesmo~ - ela ri.

Maianne Ribeiro:
- A gente vai chegar a tempo, relaxa. - ele ri baixinho. - Tudo pronto, então?

Suki:
- Prontinho. - diz, indicando o balcão para que ele pagasse, já colocando as peças
que usava antes dentro da bolsa de plástico transparente.

Maianne Ribeiro:
- Deixa comigo. - ele sorri, indo pagar as compras da irmã.

Suki:
- Obrigada, Ichi~! - diz, boba, abraçando-o pelas costas, agarrada nele, enquanto o
rapaz pagava.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - ele ri baixinho, corando de leve. - Tudo pronto, podemos ir!

Suki:
- Sorvete e praia, então! - diz, boba, puxando-o pela mão quando o rapaz termina de
guardar a carteira.

Maianne Ribeiro:
- Sorvete e praia! - ri, saindo da loja com Leanne. - Tudo pronto!

- Ótimo. Próximo passo, então? - Mitsuo sorri.

Suki:
- Sorvete e praia! - diz, se repetindo, empolgada. - Antes que o sol fique forte
demais pra vocês! - adiciona, voltando para perto dos pais.

Maianne Ribeiro:
- Vamos, vamos. Sorvete. - Mitsuo sorri, guiando a família.

Suki:
- Tem algum restaurante legal perto da praia? - pergunta, se pendurando no braço do
pai, boba. - Saudades de comer peixe e camarão frito cheio de óleo~!

Maianne Ribeiro:
- Tem, tem sim. Tem um restaurante delicioso, inclusive. - Mitsuo comenta. -
Podemos almoçar lá.

Suki:
- Saudades de comer algo não-saudável com um copo de refrigerante gelado~ - admite,
empolgada.

Maianne Ribeiro:
- De vez em quando é bom. - Ichiro ri.

qualquersuki:
Suki:
- Com vocês é de vez em nunca! - e infla as bochechas antes de começar a rir. - Mas
eu realmente precisava comer melhor!

- Ainda mais treinando do jeito que tem treinado. A alimentação saudável é parte
importante do desenvolvimento. - Setsuna diz, gentil.

Maianne Ribeiro:
- É importante ter uma boa alimentação. - Mitsuo murmura.

- É, mas hoje é dia de comer besteira! - Ichiro ri.

Suki:
- Eu não tô reclamando, paaaaai... - resmunga, soltando o braço dele e cruzando os
próprios.

Maianne Ribeiro:
- Eu... Eu sei. Ah, desculpe. - ele murmura, sem jeito.

Suki:
- ...o que foi, hein...? - pergunta, hesitante.

Maianne Ribeiro:
- Eu fui muito duro. Eu acho.

Suki:
Ela ri baixinho, relaxando a própria postura.

- Não, não foi. Só frisou o que a mamãe disse. Não se preocupa.

Maianne Ribeiro:
- Que bom. - murmura, suspirando.

- Sorvete, sorvete. - Ichiro sorri, indo até o balcão pra fazer o pedido.

Suki:
- Fica calmo, pai. A gente te ama do jeito que você é. - Leanne murmura, abraçando-
o com força por um momento antes de acompanhar Ichiro.

Maianne Ribeiro:
O homem sorri, bobo, observando as crianças.

- Não esquece de pedir meu sorvete, Ichi! - Chiaki adiciona.


Suki:
- Um pouco de chocolate, morango, e menta! Eu lembrei, pode deixar! - Leanne sorri,
encarando a irmã por cima do ombro.

Maianne Ribeiro:
- Obrigada, nee-san! - ela ri baixinho.

- Pêssego pra mim, chocolate pra Lea. - Ichiro adiciona.

Suki:
- Os adultos não vão tomar sorvete? - brinca, olhando para os pais.

- Ora, Leanne, você falando assim eu me sinto velha. - e ri, envergonhada, cobrindo
os lábios com uma das mãos.

Maianne Ribeiro:
- Eu não, obrigado. - Mitsuo murmura. - Não sou fã de sorvete.

Suki:
O queixo de Leanne cai.

- ...você o que? - sussurra, chocada.

Maianne Ribeiro:
- Eu... Eu não sou fã de sorvete..?

qualquersuki:
Suki:
O queixo de Leanne cai.

- ...você o que? - sussurra, chocada.

Maianne Ribeiro:
- Eu... Eu não sou fã de sorvete..?

Suki:
A garota se vira para encarar Mitsuo, visivelmente surpresa, se aproximando dele.

- ...pizza? Batata frita? - pergunta, baixinho, hesitante e esperançosa.

Maianne Ribeiro:
- Isso eu gosto, sim. - murmura, assentindo com a cabeça.

Suki:
- ...ufa. Meu coração quase parou. - diz, levando uma das mãos ao peito, aliviada.

- Do que você está falando, querida?

- Eu tenho uma teoria que ninguém que não gosta de sorvete e nem de pizza pode ser
uma boa pessoa. E nunca falhou!

Maianne Ribeiro:
- Que teoria... Interessante. - ele murmura, surpreso. - Ao menos nunca falhou.

Suki:
- Uma pessoa que não gosta de nenhuma das duas coisas, tendo a infinidade de opções
que tem, tem que ser muito amarga por dentro!

- ...isso faz mais sentido do que eu imaginava. - Setsuna comenta, erguendo as


sobrancelhas.

- Viu~?

Maianne Ribeiro:
- Faz sentido mesmo. - Ichiro ri, aproveitando o próprio sorvete.

- Nenhum de nós é amargo, ao menos. - Mitsuo murmura.

Suki:
- Somos uma família meio azedinha, só. - Leanne brinca.

Maianne Ribeiro:
- A... Azedinha? Por quê? - Mitsuo pergunta, confuso.

Suki:
- Não chega a ser amarga, mas não é exatamente doce. - brinca.

Maianne Ribeiro:
- ... Mm. Entendi a sua lógica. - sorri.

Suki:
- Eu sou meio boba assim mesmo. - e ri.

Maianne Ribeiro:
- Mm, mas é uma boa lógica de qualquer forma. - diz, afagando os cabelos dela.

Suki:
- ...obrigada, pai... - murmura, boba, fechando os olhos para aproveitar o carinho,
as bochechas vermelhas.

Maianne Ribeiro:
- De nada, filha. - ele murmura, continuando o carinho. - Mas é melhor você tomar o
seu sorvete, antes que derreta.

qualquersuki:
Suki:
- Certo, certo...! - diz, atrapalhada, fazendo como Mitsuo falara.

Maianne Ribeiro:
- Aproveite. - ele ri de leve.

Suki:
- E tá uma delícia, por sinal!

Maianne Ribeiro:
- Acredito em você. - ele ri.

Suki:
- Você não gosta muito de doces, né?

Maianne Ribeiro:
- Não, não. Prefiro outros sabores. - comenta.

Suki:
- Percebi. - ela sorri. - Vou procurar receitas diferentes pra pedir pra cozinha
fazer, um dia desses!

Maianne Ribeiro:
- Receitas, é? Por quê?

Suki:
- Você é bastante tradicional na alimentação. Acho que vai ser interessante te ver
provando novos sabores~

Maianne Ribeiro:
- Mm... Vai ser um desafio. - ele murmura.

Suki:
- Vou poder filmar e colocar no Facebook~? - pede, risonha.

Maianne Ribeiro:
- No... Facebook? O que é isso? - ele franze a testa.

- Pai..!

- ...foi uma brincadeira. - murmura. - Pode sim.

Suki:
Inicialmente, o queixo de Leanne cai, mas quando Mitsuo se corrige isso arranca uma
gargalhada bastante gostosa dela, a menina dobrando o corpo, boba.

- Eu por um segundo acreditei que você era isolado assim da tecnologia...

Maianne Ribeiro:
- Eu preciso me manter atualizado pra liderar a família direito. - sorri.

Suki:
- ...faz sentido, mas na hora eu não pensei nisso!

Maianne Ribeiro:
- Tornou o momento mais interessante. - ri.

Suki:
- Muito mais interessante, inclusive! - concorda. - Eu vou lembrar disso pra
sempre!

Maianne Ribeiro:
- Memorável. - sorri. - Ótimo.

qualquersuki:
Suki:
- Definitivamente eu vou me jogar de cabeça nas redes sociais agora que sei que não
tem problema~!

Maianne Ribeiro:
- Só tome cuidado com o que fala. Informação demais pode trazer perigo. - o homem
adverte.

Suki:
- Eu sei, eu sei! - ela ri, as bochechas corando. - Não vou falar nada sobre
localização, sobrenomes, ou sobre a família!

Maianne Ribeiro:
- Ótimo. Você é uma boa menina. - diz, fazendo um afago nos cabelos dela.

Suki:
- E prometo apagar qualquer coisa que você achar inadequado, também. - e assente
com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Mm. Obrigado, Leanne. - sorri.

Suki:
- De nada, pai. Eu entendo que certos cuidados são importantes. - diz, boba.

- Então comece registrando nossa viagem com fotos lindas para lembrarmos de hoje.

Maianne Ribeiro:
- Importante. - Mitsuo assente com a cabeça.

- Muito importante! - Ichiro ri. - Vamos tirar logo uma foto!

Suki:
- Selfie! - Leanne ri, abrindo o telefone de imediato, empolgada.

Maianne Ribeiro:
- Selfie com a família! - Ichiro sorri, puxando Chiaki pra perto.

Suki:
- Pai, mãe, por favor! - chama, esperando os adultos se ajeitarem antes de tirar
algumas fotos, sempre sorridente.

Maianne Ribeiro:
- Tudo bem, tudo bem. - Mitsuo sorri, se aproximando para a foto.

Suki:
Leanne ri, passando as fotos várias vezes até decidir colocar uma delas como plano
de fundo, boba.

- Na praia nós podemos tirar mais fotos. - Setsuna diz, gentil.

Maianne Ribeiro:
- E falando na praia, melhor nós voltarmos pro carro. - o homem murmura.

Suki:
- Exatamente. - ela assente com a cabeça.

- Vamos~! Mal posso esperar pra chegar no mar~!

Maianne Ribeiro:
- Nós todos, Lea. - Ichiro ri, acompanhando o grupo de volta para o carro.

Suki:
- Ah, não, pode acreditar: ninguém tá mais ansioso que eu aqui!

Maianne Ribeiro:
- Eu acredito. - ri, bobo. - É por isso que a gente tá indo rapidinho!

qualquersuki:
Suki:
- Rapidinho ~! Por favor!

Maianne Ribeiro:
- O mais rápido que pudermos. - Mitsuo assente com a cabeça.

Suki:
- Obrigada, pai. - ela sorri, boba, acompanhando a família de volta para o carro.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - sorri, guiando a família.

Suki:
"Eu quero que esse dia não acabe...", pensa, risonha.

Maianne Ribeiro:
Eventualmente, a familia chega até a praia, o lugar um tanto cheio, várias pessoas
- especialmente turistas - aproveitando a areia e o mar.
- Chegamos. - Mitsuo sorri, saindo do carro.

Suki:
- Finalmente...! - diz, boba, o sorriso se abrindo no rosto ao ver o mar. - Ah, que
saudade disso...!

Maianne Ribeiro:
- Hora de matar a saudade, então! - Ichiro ri, bobo, saindo do carro com as irmãs.

- Praia, praia~!

Suki:
- Vamos, vamos! A gente precisa ajeitar nosso lugar na areia antes! - chama, já
adiantando o passo.

- Essas crianças... - Setsuna ri.

Maianne Ribeiro:
- Vamos! - ele ri, bobo, correndo atrás de Leanne, Chiaki logo atrás.

- Vamos deixar eles se divertirem. - Mitsuo ri.

qualquersuki:
Suki:
- Enquanto isso, nós arrumamos o nosso lugar. - diz, sorrindo.

Maianne Ribeiro:
- Vamos, então. - Mitsuo sorri, guiando Setsuna até a areia.

Suki:
- As crianças precisam de protetor solar... E nós dois também. - diz, sorridente.

Maianne Ribeiro:
- Com certeza. Esse sol é bem intenso. - suspira.

- Aqui, pai, mãe! Aqui é um lugar bom! - Ichiro sorri, acenando pra chamar os dois.

Suki:
- Já estamos indo, querido! - diz, mexendo na bolsa para tirar a imensa toalha,
cuidadosa.

Maianne Ribeiro:
O homem se aproxima dos filhos, fincando o guarda-sol na areia e sorrindo.
- Pronto, crianças. Podem ir brincar. Só não se afastem demais.

Suki:
- De jeito nenhum, voltei aqui para o protetor solar antes! - Setsuna exclama,
abrindo a toalha na sombra do guarda-sol.
- Eu não quero protetor, eu quero torrar! - Leanne ri, prontamente começando a
arrancar as roupas.

Maianne Ribeiro:
- Precisam passar o protetor an--

O homem trava ao ver o biquíni da garota, o queixo caindo. "Leanne..!"

qualquersuki:
Suki:
- Eu não preciso, a minha pele bronzeia, não queima! - diz, boba, esticando a canga
no sol ao lado da toalha.

- Leanne, olha o tamanho desse biquíni...! - Setsuna diz, as bochechas vermelhas. -


Todo mundo está olhando!

- Ué, qual é o problema? Os meninos da família fazem a mesma coisa!

Maianne Ribeiro:
- Precisa sim, sol forte faz mal. - Mitsuo resmunga. - E que história é essa que os
meninos da família ficam te olhando?

Suki:
- Desde que eu comprei meus shorts e minhas camisetas, sempre que eu passo pra lá e
pra cá eles olham, ué. - resmunga, cruzando os braços. - E tão certos: o que é
bonito é pra se olhar!

Maianne Ribeiro:
- Hmpf. Eu vou ter uma conversa com eles. - resmunga.

"Ainda bem que ele não vai ter uma conversa comigo..." Ichiro pensa.

Suki:
- Não precisa, pai! Eu me sinto mais bonita assim! - diz, boba. - E eles não falam
e nem fazem nada!

Maianne Ribeiro:
Mitsuo leva um bom tempo em silêncio até enfim resmungar, cruzando os braços.
- Hmpf. Tudo bem.

qualquersuki:
Suki:
- Obrigada, pai~ - diz, boba, as bochechas corando de leve antes que ela se abaixe,
organizando as peças de roupa dentro da bolsa.

- Leanne, por favor, abaixe como uma dama...! - pede, constrangida.

Maianne Ribeiro:
- Eu não acho que pedir vá ajudar, Setsuna. - o homem suspira, massageando as
têmporas.

Suki:
- Ora, meu amor, o mínimo são bons modos!

- Eu nem tô fazendo nada, mãe! - reclama, se deitando na canga de barriga para


baixo, o biquíni bastante pequeno.

Maianne Ribeiro:
- Hmpf... - Mitsuo resmunga, sentando na areia.

- Resmungão. - Ichiro provoca, rindo.

- Resmungão! - Chiaki ri.

Suki:
- Pelos céus, crianças... - a mulher ri, chamando Chiaki para perto com uma das
mãos enquanto preparava o protetor solar com a outra.

- O pai é tradicional e super protetor. Eu entendo que ele não quer que eu fique me
exibindo. - Leanne ri.

Maianne Ribeiro:
A menina corre pra perto da mãe, risonha.
- Protetor pra não queimar!

- Ele é chato, isso sim. - Ichiro brinca.

Suki:
- Boa menina. - diz, gentil, começando a passar o protetor em Chiaki.

- Um pouquinho chato, só. - ela brinca, apoiando a cabeça nos braços para virar o
rosto e encarar a família.

Maianne Ribeiro:
- Deixa que eu passo! - ela ri, pegando parte do protetor e espalhando no braço,
boba.

Mitsuo apenas suspira, balançando a cabeça antes de tirar a camisa, revelando o


torso quase completamente tatuado. "É uma praia de turistas, não deve trazer
problemas... Eu espero."

Suki:
Leanne ergue o corpo nos braços de imediato, encarando o pai com o queixo caído.

- Eu nunca tinha visto as suas tatuagens....! - comenta, encantada, engatinhando na


direção dele.

Maianne Ribeiro:
- Eu não costumo ficar sem camisa. Pode gerar problemas na maioria dos lugares. -
Mitsuo murmura.

qualquersuki:
Suki:
- Mesmo? - pergunta, curiosa, ainda observando as tatuagens, o olhar passando de um
ponto ao outro.

Maianne Ribeiro:
- Mesmo. - ele assente com a cabeça. - As pessoas sabem o que significa ter essas
tatuagens.

Suki:
- ...eu não tinha pensado nisso. - murmura, erguendo as sobrancelhas.

Maianne Ribeiro:
- Mm. Gera medo, ou problemas.

Suki:
- É, faz... Faz sentido. - ela suspira. - O que é uma pena, porque perdem de
conhecer a melhor familia do mundo~

Maianne Ribeiro:
- Hmpf. - ele sorri. - A melhor, de fato.

Suki:
- Mesmo com você sendo resmungão. - provoca, balançando as pernas.

Maianne Ribeiro:
O homem dá de ombros, sorrindo.
- Sou o que sou.

Suki:
- Não foi uma reclamação! - ela ri.

Maianne Ribeiro:
- Eu sei. - ri.

Suki:
- A gente te ama como você é, pai. - diz, esticando o braço para colocar a mão em
uma das coxas dele, carinhosa.

Maianne Ribeiro:
O homem sorri, colocando a mão sobre a dela.
- Eu... Eu também amo vocês. - Mitsuo murmura, bem baixinho, as bochechas corando.

Suki:
Isso faz Leanne rir, boba, afagando a mão dele carinhosamente.

- Ichiro, me ajude a convencer a sua irmã a usar protetor solar, agora que passamos
em você.

Maianne Ribeiro:
- Lea, pra mamãe não ficar triste, vai. Por favorzinho. - Ichiro ri.

qualquersuki:
Suki:
- Isso é chantagem! - ela reclama, se virando para o irmão.

- É para o seu bem, querida.

Maianne Ribeiro:
- É chantagem mesmo, não nego. - ri.

Suki:
- Você é ridículo. - responde, claramente implicando com ele, antes de engatinhar
até Setsuna e se sentar diante dela. - ...prooooonto, mãe.

- Obrigada. - e ri baixinho.

Maianne Ribeiro:
- De nada, mãe. - ele ri, beijando o rosto dela.

Suki:
Isso faz a mulher sorrir, boba, passando protetor de leve no nariz dele antes de
voltar a cuidar de Leanne.

Maianne Ribeiro:
Ele ri baixinho, espalhando o protetor.
- Vai pra água, ou vai ficar na areia? - ele pergunta pra Leanne.

Suki:
- Pra água, claro! - ela ri. - Só deitei pra esquentar um pouco e me exibir~

Maianne Ribeiro:
- Exibida. - provoca, risonho.

Suki:
- Como não me exibir sendo linda assim~?

Maianne Ribeiro:
- Linda mesmo. - ri.

Suki:
Ela pisca um dos olhos para Ichiro, ajudando Setsuna a espalhar o resto do protetor
antes de ficar de pé.

- Agora: água ~!

Maianne Ribeiro:
- Vamos, água! - ri, correndo na direção do mar.

Suki:
- Me espera, Ichiro...! - ela gargalha, correndo atrás dele.

Maianne Ribeiro:
- Não, não espero! - brinca, apesar de diminuir o passo.

qualquersuki:
Suki:
- Eu vou te afogar, Ichiro! - ameaça, empurrando-o ao se aproximar.

Maianne Ribeiro:
- Quero só ver! - e gargalha.

Suki:
- Olha o seu tamanho e olha o meu! Vai ser moleza~

Maianne Ribeiro:
- Quero só ver~

Suki:
A garota o empurra de novo, dessa vez com mais força, resmungando.

Maianne Ribeiro:
- Ei, assim você me derruba! - ri.

Suki:
- A ideia é essa!

Maianne Ribeiro:
- Maldade~

Suki:
- Eu nunca disse que era boazinha~

Maianne Ribeiro:
- Eu sei. - ri, hesitando antes de rir mais ainda, o rosto corado.

Suki:
- ...o que foi? - pergunta, franzindo a testa.

Maianne Ribeiro:
- Nada, nada! - ri.

Suki:
- Agora fala, Ichiro! - reclama.

Maianne Ribeiro:
- Eu gosto de você má. - e gargalha.

qualquersuki:
Suki:
Ela morde o lábio inferior.

- Você não viu nada ainda~

Maianne Ribeiro:
- Me mostra, então? - provoca, sorri do de canto.

Suki:
- Aqui, na frente da nossa família e de todo mundo~? - responde, retribuindo o
sorriso.

Maianne Ribeiro:
- É. Aqui na frente de todo mundo. - diz, se virando pra encarar a garota.

Suki:
- De jeito nenhum. - responde, cruzando os braços. - Eu sou louca e exibida, mas
_nem tanto_.

Maianne Ribeiro:
- Você não tem coragem. - provoca.

Suki:
- Não, não tenho mesmo. - e cora, desviando o olhar.

Maianne Ribeiro:
- Eu tenho. - sussurra. - Eu tenho coragem por nós dois.

Suki:
- ...não. Nem inventa. - diz, negando com a cabeça. - Não na frente dos nossos
pais. - e estremece.

Maianne Ribeiro:
- Por que não? - murmura. - ...e se for escondido?

Suki:
- ...talvez. - murmura, as bochechas corando.

Maianne Ribeiro:
- Vem pra água, então. - ri, puxando-a.

Suki:
"Pra onde você quiser...", pensa, se deixando levar com um suspiro.
Maianne Ribeiro:
O rapaz sorri, entrando na água com Leanne, o sorriso no rosto.
- Daqui eles não vão ver. Só nos dois. - sussurra. - A gente pode ir debaixo
d'água.

Suki:
- Ichiro, isso é arriscado demais... - murmura, negando com a cabeça antes de se
afastar mais para o fundo.

Maianne Ribeiro:
- Não é. Confia em mim, Lea... - ele murmura, acompanhando-a.

qualquersuki:
Suki:
- É, é sim! - resmunga.

Maianne Ribeiro:
- Não, não é! - retruca.

Suki:
A garota revira os olhos, se garantindo que estavam fora da visão dos pais antes de
agarrar Ichiro pelo calção e puxá-lo para si em um beijo bastante intenso, a língua
buscando a dele.

"Se é isso que você quer, então cala a boca...!"

Maianne Ribeiro:
O rapaz estremece da cabeça aos pés, arrepiado, retribuindo o beijo intensamente,
os braços envolvendo Leanne com firmeza.

Suki:
E ela logo coloca as mãos no peito dele, empurrando-o para trás.

- Agora para de me provocar. - sussurra, voltando a se afastar para o fundo.

Maianne Ribeiro:
- ...você... Você não pode fazer isso comigo... - ele sussurra, se abaixando
devagar até submergir na água. "Porra..!"

Suki:
A garota nem sequer olha para trás, desaparecendo pelo mar pouco depois ao
mergulhar.

Maianne Ribeiro:
Ichiro continuaria por ali, vez ou outra voltando à superfície pra pegar ar antes
de submergir outra vez. "Se acalma..."

Suki:
Longos minutos se passam até que Leanne volte para a areia, visivelmente mais
calma, menos séria, a expressão mais suave enquanto caminhava..

Maianne Ribeiro:
- Bem vinda de volta. - Mitsuo murmura. - Onde está o seu irmão?

Suki:
- Ele estava mergulhando perto de mim. - comenta, franzindo a testa e prontamente
se virando para tentar encontrar Ichiro com os olhos.

Maianne Ribeiro:
Ela veria o rapaz ainda no mar, perdido em pensamentos.

- Aconteceu alguma coisa? - o homem franze a testa.

Suki:
- A gente se desentendeu um pouco. - murmura, mais aliviada ao vê-lo.

Maianne Ribeiro:
- Mm. Normal, entre irmãos. - murmura.

Suki:
- É... - ela suspira. - É sim.

Maianne Ribeiro:
- ...algo de errado?

qualquersuki:
Suki:
- Não. Nada. - e nega com a cabeça. - Eu vou dar uma volta. - diz, se afastando
antes que Mitsuo pudesse dizer qualquer coisa.

Maianne Ribeiro:
"...foi algo sim," pensa, suspirando.

Suki:
Era fácil ver o quanto a garota chamava atenção, vez ou outra recebendo olhares e
comentários.

Apesar disso, quando um rapaz se aproxima para conversar, Leanne parece não se
importar, carismática...

Maianne Ribeiro:
"...o que diabos..?" Ichiro pensa, franzindo a testa, se aproximando dos dois
discretamente pra ouvir a conversa.

Suki:
- '...rava tanta beleza assim perdida por aqui, quando decidi visitar.'

- 'Ara, ara~ Obrigada.' - Leanne sorri, as bochechas corando de leve. - 'Eu não sou
bem daqui, mas...'

- 'Mesmo? Significa que a gente pode conhecer o lugar juntos, então?'

Maianne Ribeiro:
"Não. Não significa nada disso," pensa, incomodado, apesar de não se meter.

Suki:
- 'Eu tô com a minha família hoje.' - diz, mexendo nos cabelos. - 'Mas que tal você
anotar o meu número?'

- 'Olha, acho melhor do que a minha ideia.' - ele ri, pescando o telefone do bolso.

Maianne Ribeiro:
"ELA VAI PASSAR O NÚMERO PRA ELE?!" pensa, o queixo caindo.

qualquersuki:
Suki:
A garota ri baixinho, passando o próprio telefone para o rapaz.
- 'Depois me manda uma mensagem com uma foto e falando quem é, pra eu lembrar.'

- 'Que celebridade, eu preciso me identificar?'

- 'Talvez.' - e ri.

Maianne Ribeiro:
- 'Ou talvez você devesse deixar a minha irmã em paz.' - Ichiro sibila baixinho pra
si... Bem, talvez não tão baixo assim.

Suki:
Leanne se vira de imediato, cruzando os braços ao ver o irmão.

- 'Oi, Ichiro.' - murmura, séria.

- 'Seu irmão?' - pergunta, curioso. - 'Vocês não se parecem em nada.'

Maianne Ribeiro:
- 'Algum problema com isso?' - resmunga, encarando o rapaz.

Suki:
- 'Irmão bastante ciumento, pelo jeito.' - ele ri.

- 'Você não tem ideia do quanto.'

Maianne Ribeiro:
- 'Não tem ideia mesmo.' - retruca, o olhar afiado.

Suki:
- 'Depois você me manda mensagem.' - pede, antes de se afastar, arrastando Ichiro
consigo pelo braço.

Maianne Ribeiro:
- Você vai mesmo trocar mensagem com aquele babaca? - ele resmunga, acompanhando a
garota.

Suki:
- Vou, que nem eu troco com um monte deles. - retruca, o aperto ao redor do braço
dele aumentando.

Maianne Ribeiro:
- Você.. Quê?! - ele exclama, encarando-a.

Suki:
- Eu converso com um monte de gente online. - responde, sem encará-lo.

Maianne Ribeiro:
- C-como assim? Você... - ele engole em seco. "Ela é sua irmã, não sua namorada,
Ichiro."

qualquersuki:
Suki:
- Eu _o quê_, Ichiro? - pergunta, se virando para ele, séria.

Maianne Ribeiro:
- ...nada. Esquece. Você é livre pra fazer o que quiser. - sussurra, se afastando
pro mar.

Suki:
A garota se adianta e puxa ele pelo braço novamente.

- O que foi? - insiste.

Maianne Ribeiro:
O rapaz cerra os dentes, respirando fundo.
- Eu sou só o seu irmão. Eu não tenho que te impedir em nada. - sussurra. - É a sua
vida. Você pode namorar quem quiser.

Suki:
- ...que bom que você entendeu isso. - murmura, afrouxando o aperto e soltando
Ichiro.

"Mas por que dói tanto ouvir isso...?", pensa, a expressão se fechando.

Maianne Ribeiro:
- Ótimo. - ele resmunga, se afastando.

Suki:
"Eu quero voltar pra casa...", pensa, visivelmente desanimada antes de caminhar de
volta para perto dos pais, se largando na própria canga.

Maianne Ribeiro:
- ...Lea? - Chiaki se aproxima da irmã, franzindo a testa. - Tudo bem?

Suki:
- Oi. - ela esboça um sorriso desanimado. - Tudo bem sim. - responde, afagando os
cabelos dela.

Maianne Ribeiro:
- Não parece... - sussurra. - Brigou com o Ichi?

Suki:
- A gente sempre briga. - e ri, sem muita força. - É questão de tempo até você
crescer e eu estragar tudo também.

Maianne Ribeiro:
- Como... Como assim? Você não estraga as coisas, Lea! - a menina resmunga.

qualquersuki:
Suki:
Ela abre a boca pra dizer algo, mas se limita a continuar o afago nos cabelos da
irmã.

Maianne Ribeiro:
- Não estraga. Eu vou brigar com o Ichi. - resmunga. - É seu aniversário, ele não
pode te deixar triste, ai ai!

Suki:
- Ele não me deixou triste, não se preocupa. - e sorri de leve. - Mesmo.

Maianne Ribeiro:
- Não deixou? Mesmo? Mesmo mesmo?

Suki:
- Mesmo mesmo. - ela assente com a cabeça, voltando a se deitar.

Maianne Ribeiro:
- Tudo bem. - ela resmunga baixinho, beijando o rosto de Leanne
Suki:
A garota sorri, apertando a bochecha de Chiaki de leve antes de encostar a cabeça
nos braços e observar a praia em silêncio.

Maianne Ribeiro:
Leanne veria Ichiro caminhando na beira do mar, distraído. Eventualmente, uma
garota se aproxima dele, sorrindo, os dois começando a conversar...

Suki:
"...óbvio que isso ia acontecer.", pensa, observando em silêncio, a expressão mais
fechada sem que ela percebesse. "E eu que não vou ser que nem ele e atrapalhar."

Maianne Ribeiro:
A conversa dos dois continua por um tempo, até que a garota se aproxima mais, os
dois se beijando intensamente...

Suki:
"...sabia.", pensa, estremecendo e fechando os olhos. "Dá pra esse dia acabar
logo...?"

Maianne Ribeiro:
Mitsuo se aproxima da filha, colocando a mão no ombro de Leanne.
- Venha. Vamos pegar um lanche.

Suki:
- Não to com fome, pai, brigada. - murmura, a voz fraca.

Maianne Ribeiro:
- O que houve..? - sussurra.

Suki:
- Saudades, só. - mente.

Maianne Ribeiro:
- Então vem passear comigo, pra distrair. - murmura.

qualquersuki:
Maianne Ribeiro:
- ...não, não está. - suspira.

Suki:
- Só aproveita a praia, e depois do almoço a gente vai embora. Por favor. - pede,
estremecendo.

Maianne Ribeiro:
- Eu quero aproveitar com a minha querida filha. - murmura.

Suki:
- Sua querida filha não tá mais aproveitando nada. - responde, baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Então venha me ajudar a escolher o almoço. - diz.

Suki:
- Sim, senhor. - e suspira, se sentando com cuidado, o rosto abatido.

Maianne Ribeiro:
O homem afaga a mão dela, guiando a garota até os restaurantes. "Espero que consiga
animá-la... Ou ao menos distrair um pouco."

Suki:
A primeira coisa que Leanne faz é pedir que Mitsuo espere, recolocando a saia e a
camiseta rapidamente, a postura quase encolhida.

- Será que tem algum lugar com um peixe assado e camarões fritos...? - pergunta,
baixinho, batendo a areia dos chinelos quando alcançam a rua novamente.

Maianne Ribeiro:
- Com certeza. - ele sorri, puxando a menina pra perto. - Nós vamos encontrar.

Suki:
- Obrigada... - murmura, esboçando um sorrisinho com a proximidade dele, passando
um dos braços pelos ombros do homem. - Não precisava fazer isso tudo só porque é
meu aniversário...

Maianne Ribeiro:
- É claro que precisava. Você é minha filha. - diz, gentil.

qualquersuki:
Suki:
- Meu aniversário não é nada de mais. Não precisa disso tudo. - e suspira,
colocando a mão livre no bolso e encostando a cabeça na dele.

Maianne Ribeiro:
- Seu aniversário é importantíssimo. - sorri. - Isso é o mínimo que eu posso fazer.

Suki:
- Eu só quero comer e ir pra casa. - murmura, estremecendo. - Dormir o resto do dia
pra essa tristeza passar.

Maianne Ribeiro:
- É porque o Ichiro beijou uma garota? - pergunta, direto.

Suki:
Isso faz Leanne hesitar, parando de andar por um instante.

- ...é, e não é. - murmura, negando com a cabeça. - Ele é ciumento e superprotetor,


e não deixa ninguém chegar perto de mim, mas dá as costas e faz isso. - mente,
suspirando baixinho. - ...me lembra o Lucca.

Maianne Ribeiro:
O homem suspira, parando para encará-la.
- Eu não sou cego, Leanne. Eu vejo o jeito que vocês tratam um ao outro. -
sussurra. - Não é por isso que você se incomodou, é?

Suki:
A garota desvia o olhar para o chão, engolindo em seco.

- Eu esqueci meu telefone na areia. - e se afasta, os passos rápidos logo virando


uma corrida, sem dar tempo para Mitsuo responder.

Maianne Ribeiro:
"Ela não admite pra si. Ou ainda não entendeu." suspira, apenas observando-a de
longe.

Suki:
Leanne apenas se larga sentada na areia ao chegar, encolhida sob o guarda-sol, se
afundando nas redes sociais para se isolar dos outros...

"Não pensa nisso. Não pensa nisso. Não pensa nisso."

Maianne Ribeiro:
Mitsuo voltaria algum tempo depois, suspirando.
- Já encontrei um bom restaurante pra gente. - murmura, voltando a sentar na areia.
"Depois eu converso com o Ichiro."

qualquersuki:
Suki:
- Obrigada. - é tudo que ela diz, encolhida e enrolada na própria canga por cima
das roupas, focada no telefone.

Maianne Ribeiro:
- De nada, querida. Espero que goste. - murmura.

Suki:
- Eu vou amar, tenho certeza. Obrigada.

Maianne Ribeiro:
"...ela voltou a se fechar..." pensa, suspirando.

Algum tempo depois, Ichiro voltaria pra perto da família, o sorriso um tanto sem
graça ao se sentar.
- Voltei. O mar tava ótimo. - sorri.

Suki:
- Que bom que se divertiu, querido. - Setsuna quem diz, sorrindo, sem que Leanne
sequer erga o olhar. - E que conheceu novas pessoas, também~ - ela ri baixinho,
escondendo os lábios atrás de uma das mãos.

Maianne Ribeiro:
- Novas-- - ele cora, sem jeito. "Eles viram..?!"

Suki:
- Não se preocupe, querido, é normal da idade. - e ri de novo. - Conhecer novas
pessoas e romances.

Maianne Ribeiro:
- É-é. - ele sussurra, desviando o olhar. - Uh, q-que horas a gente vai almoçar..?

Suki:
- Boa pergunta. Seu pai já decidiu um bom restaurante, mas não pensamos em um
horário. - comenta, encarando o marido.

Maianne Ribeiro:
- Daqui a meia hora, uma hora, acho que seria bom. - Mitsuo comenta. - A não ser
que já estejam com fome.

Suki:
- Eu estou bem, não tenho pressa. - Setsuna diz, suave. - Crianças?

- Eu tô sem fome. - murmura, sem desviar o olhar do que fazia, abatida,


visivelmente desanimada. - Só quero comer logo pra voltar pra casa e poder dormir.

Maianne Ribeiro:
- Eu tô bem. - Ichiro franze a testa. - Que bicho te mordeu?
"Isso tudo é porque a gente discutiu?"
qualquersuki:
Suki:
Ela nega com a cabeça, sem responder, apesar de encolher mais os ombros.

- A sua irmã está se lembrando do passado, e se sentindo triste por isso. - diz,
afagando os cabelos de Leanne com cuidado. - Vai passar.

Maianne Ribeiro:
- ...desculpe. - ele sussurra, desviando o olhar.

- Bom, eu vou para o mar agora. Se comportem. - diz Mitsuo, ficando de pé e se


afastando.

Suki:
- Eu vou com você. - diz, prontamente deixando o telefone e a canga na areia, sem
fazer menção de tirar a roupa enquanto acompanhava o pai.

Maianne Ribeiro:
- Não vai entrar no mar? - pergunta, indicando as roupas dela.

Suki:
- Vou. - responde. - Eu tô com outra muda de roupas na bolsa, não vou molhar o
carro, pode deixar. - e suspira, encolhida.

Maianne Ribeiro:
- "O que é bonito é pra se olhar". Não foi isso que você disse? - suspira.

Suki:
- É, mas eu mudei de ideia. - murmura, a voz morrendo.

Maianne Ribeiro:
- ...você é linda de qualquer jeito. - diz, gentil, puxando-a pra si
carinhosamente.

Suki:
E isso faz com que Leanne se afaste de imediato.

- ...valeu, mas não dá pra saber como os outros me vêem. - murmura.

Maianne Ribeiro:
- Eu te vejo como você é. Eu sei que você é linda.

Suki:
- É, mas não é de qualquer jeito. - e suspira.

Maianne Ribeiro:
- Eu confio que é. - ele sorri, gentil. - Vem. Vamos pra água.

Suki:
- Será que aqui tem sereias também...? - pergunta, acompanhando-o, cabisbaixa.

Maianne Ribeiro:
- Talvez. Nunca encontrei nenhuma, porém. - sorri.

Suki:
- Quem sabe como dragão não chamasse a atenção delas. - provoca.

Maianne Ribeiro:
- Talvez. - ele ri. - Mas aqui é muito público. Talvez em casa eu possa te mostrar
minha forma de dragão.

qualquersuki:
Suki:
- ...promete? - pede, esboçando um sorriso mais sincero. - Deve ser linda, que
nem... - e a expressão se quebra, voltando à tristeza.

"...que nem a do Ichiro."

Maianne Ribeiro:
- Prometo. - diz, afagando os cabelos dela. - Eu tenho um presente especial pra
você também, em casa.

Suki:
- Não precisava de nada, pai. - sussurra. - Era melhor até ter deixado esse dia de
lado.

Maianne Ribeiro:
- De jeito nenhum. É um dia especial, porque você é especial.

Suki:
Ela nega com a cabeça, apesar das bochechas coradas.

- ...mas obrigada.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - sorri, afagando os cabelos dela.

Suki:
- Quão bem você sabe nadar? - pergunta, curiosa, indo mais para o fundo.

Maianne Ribeiro:
- Muito bem. Por quê?

Suki:
A garota sorri de canto, e indica uma pedra mais distante com a cabeça, como se o
convidasse.

Maianne Ribeiro:
Ele ergue uma sobrancelha, acompanhando-a.

Suki:
- Vamos~? Eu prometo tentar te acompanhar, mas tô fora de forma! - chama,
apressando o passo para o fundo.

Maianne Ribeiro:
- Vamos pra onde? - pergunta, indo mais rápido.

Suki:
- Pra pedra que eu te mostrei, oras! Só pra nadar, ida e volta, batidinha!

Maianne Ribeiro:
- Ah. - ele ri. - Certo, certo. Uma pequena corrida.

Suki:
- Vou perder, mas quero pelo menos tentar! - ela ri, assentindo com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Vamos lá, então. Na sua contagem. - sorri, se preparando pra nadar.

qualquersuki:
Suki:
- Ousado. Gostei. - brinca, se ajeitando também. - Três, dois, um... Já!

Maianne Ribeiro:
O homem começa a nadar de imediato, ágil, apesar de não forçar demais. "Eu estou me
divertindo, não competindo," pensa, sorrindo de leve.

Suki:
E Leanne o acompanhava como podia, se esforçando ao máximo, sem ousar ultrapassar
os próprios limites. Mantinha o olhar sempre em Mitsuo, tentando manter - ou
diminuir - a distância entre os dois..

Maianne Ribeiro:
O esforço seria o bastante pra manter a distância pequena, mas Mitsuo era mais ágil
ainda assim, chegando à pedra primeiro.
- Acho que ganhei essa. - o homem sorri, sem sequer ofegar.

Suki:
- Sem... Sem dúvidas... - ela ri, a respiração pesada. - Uau, você é incrível...!

Maianne Ribeiro:
- Experiente, apenas. - sorri. - Você tem muito potencial pra ser melhor do que eu
um dia.

Suki:
- Eu precisaria praticar muito, coisa que não tenho feito!

Maianne Ribeiro:
- Você vai pegar o ritmo de novo. - sorri, afagando os cabelos dela.

Suki:
- Eu precisaria vir à praia todos os dias, pra isso. - brinca, boba.

Maianne Ribeiro:
- Isso nós resolvemos. - ri.

Suki:
- Fácil assim? - pergunta, erguendo as sobrancelhas.

Maianne Ribeiro:
- Por que não seria?

Suki:
- Eu não sei, oras...! Não é do lado de casa o suficiente pra justificar ir e
voltar todos os dias!

Maianne Ribeiro:
- Eu posso pedir pra um dos rapazes te trazer. Sem problemas.

qualquersuki:
Suki:
- Todos os dias?! - pergunta, o olhar se iluminando.

Maianne Ribeiro:
- Todos os dias. Sempre que quiser. - sorri.
Suki:
- Eu nem acredito...! - ela ri, boba. - Pelo menos algumas vezes na semana eu vou
_amar_ vir! Posso vir de madrugada, no amanhecer, que aí consigo chegar em casa a
tempo do café e dos treinos!

Maianne Ribeiro:
- Ótima ideia. - diz, assentindo com a cabeça.

Suki:
- Podemos repetir a nossa corrida com frequência, pra medir minha evolução! - diz,
empolgada. - Ah, droga, agora eu mal posso esperar...!

Maianne Ribeiro:
- Toda semana. Que tal?

Suki:
- Eu vou me dedicar diariamente, então!

Maianne Ribeiro:
- Eu sei que vai. Você é esforçada. - sorri.

Suki:
- Isso eu sou mesmo. - e estufa o peito, orgulhosa. - Acho que já recuperei o
fôlego. Vamos voltar~?

Maianne Ribeiro:
- Vamos, vamos. E depois, almoço. - sorri.

Suki:
- Perfeito. Eu vou estar faminta quando a gente chegar~

Maianne Ribeiro:
O homem sorri, começando a nadar de volta. "Que bom que ela se animou..."

Suki:
Leanne prontamente o acompanha, andando alguns passos quando chegam na areia antes
de se largar no chão de joelhos, e depois deitar de costas na areia, recuperando o
fôlego e rindo...

Maianne Ribeiro:
- Foi um bom passeio. - Mitsuo sorri. - Prontos pra ir almoçar?

- Pronta! - Chiaki sorri, boba.

qualquersuki:
Suki:
- Eu preciso só trocar de roupa antes, que molhei essa aqui. - diz, se levantando
devagar. - E tirar essa areia das minhas costas, também.

- Isso é fácil de resolver, não se preocupe.

Maianne Ribeiro:
- Muito fácil. - diz Mitsuo, usando uma magia de vento pra soprar a areia,
cuidadoso.

Suki:
- ...mesmo o seu vento é confortável que nem o seu abraço. - murmura, fechando os
olhos, boba.
Maianne Ribeiro:
- Que bom. - sorri, afagando os cabelos dela antes de se secar, indo vestir a
camisa.

Suki:
Ela dá um risinho baixo, confortável, torcendo as peças de roupa com cuidado antes
de separar as roupas secas.

- Mãe, pode fazer uma cortina ao meu redor com a toalha? Eu preciso me trocar.

- ...uma... cortina...? - Setsuna franze a testa, confusa.

Maianne Ribeiro:
- Você não vai trocar só a blusa e o short..? - Mitsuo murmura, confuso.

Suki:
- Não, é claro que não. - ela responde, como se fosse óbvio. - Eu tô de biquini, se
eu só trocar as roupas de cima eu vou molhar tudo de novo!

- Leanne, você não pode ficar nua na praia...! - sussurra, surpresa.

- Ninguém vai ver, ué, pra isso a cortina!

Maianne Ribeiro:
- Eu uso a magia pra secar seu biquíni, mas não. - Mitsuo resmunga.

Suki:
A garota cruza os braços, incomodada, antes de balançar a cabeça e tirar as roupas
molhadas.

- Então seca pra mim, por favor, que eu não vou colocar roupa seca em cima de roupa
molhada.

Maianne Ribeiro:
O homem resmunga, voltando a usar a magia pra secar o biquíni de Leanne.

Suki:
- ...dessa vez foi frio. - resmunga, estremecendo. - Mas obrigada, pai.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - suspira. - Todos prontos?

- Prontos. - Ichiro murmura, assentindo com a cabeça.

Suki:
- Vamos. Eu tô faminta. - diz, sorrindo, enfiando as roupas de antes na bolsa.

Maianne Ribeiro:
Mitsuo assente com a cabeça, guiando a família até um dos restaurantes. O cheiro de
frutos do mar era delicioso, se espalhando pelo ar...

qualquersuki:
Suki:
- Você escolheu muito bem, pelo jeito. - Leanne comenta, o sorriso se abrindo no
rosto com o cheiro.

- Devo dizer que abriu meu apetite.

Maianne Ribeiro:
- Que bom. - sorri. - É o ideal, para comermos bem.

- Bem é apelido, eu vou me estufar. - Ichiro brinca.

Suki:
- Lembrem-se que ainda temos a viagem de volta. - Setsuna alerta, gentil.

- Obrigada por lembrar. Se eu comer demais vou acabar enjoada. - e faz uma careta.

Maianne Ribeiro:
- É, não dá pra exagerar demais. - Ichiro suspira.

A família é cumprimentada ao entrarem no restaurante, Mitsuo já tendo reservado uma


mesa pra eles.
- Aqui está o cardápio. - o garçom sorri. - Quando precisarem, é só me chamar!

Suki:
- Obrigada. - diz, simpática, o sorriso se abrindo no rosto ao ver as opções que
comentara mais cedo com o pai disponíveis.

Maianne Ribeiro:
- Eu vou querer esse daqui! - Chiaki sorri, boba, apontando pra um prato com peixe
frito.

- Eu vou pegar camarão, acho. - Ichiro assente com a cabeça. - Adoro!

Suki:
- Eu quero o peixe assado com molho, e uma porção de camarão frito~ Já sabia desde
antes o que eu queria!

Maianne Ribeiro:
- Mm. Vou pegar o mesmo pra mim. - Mitsuo assente com a cabeça. - Setsuna?

Suki:
- Eu vou acompanhar a Chiaki no peixe frito. E roubar uns camarões de vocês. - ela
brinca, rindo baixinho.

- Os meus nããão~

Maianne Ribeiro:
- Pode roubar os meus. - Mitsuo ri de leve, chamando o garçom pra fazer os pedidos.
- Bebidas?

Suki:
- Uma coca bem gelada! - Leanne sorri, boba.

- Um suco de laranja. Podemos pedir uma jarra para dividirmos, o que acham?

Maianne Ribeiro:
- Eu vou na coca também. - Ichiro adiciona.

- E eu!

- Suco pra nós dois então, Setsuna. - Mitsuo ri, repassando o pedido pro garçom.

qualquersuki:
Suki:
- Alguém precisa manter os hábitos saudáveis. - diz, rindo também.
Maianne Ribeiro:
- Ah mãe, um dia só! - ele ri, bobo.

Suki:
- Um dia só. - insiste.

Maianne Ribeiro:
- Um dia só, um só!

Suki:
- Tudo bem, crianças, um dia só. - ela ri.

Maianne Ribeiro:
- Valeu, mãe. Você é a melhor. - ri.

Suki:
A mulher ri baixinho, sem jeito.

- Obrigada, querido.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - sorri, bobo.

Suki:
- E então, o que faremos depois do almoço? - Setsuna pergunta, virando o olhar para
o marido quando Leanne desvia o próprio.

Maianne Ribeiro:
- Vamos voltar pra casa. A Leanne comentou que estava bastante cansada. - Mitsuo
explica.

Suki:
- Desculpem estragar o dia. - ela ri, sem jeito.

- O dia é seu, querida, não está estragando nada

Maianne Ribeiro:
- Exatamente. Será como você preferir. - o homem diz, afagando os cabelos dela.

Suki:
A garota faz menção de dizer algo, mas se limita a assentir com a cabeça, o sorriso
um pouco menos abatido.

- Obrigada.

Maianne Ribeiro:
- De nada, querida. - sorri, gentil.

Suki:
A garota afaga a mão dele de leve por cima da mesa, antes de relaxar um pouco na
cadeira e começar a observar o mar, distante...

Maianne Ribeiro:
A comida não demora a chegar, o cheiro delicioso se espalhando.
- Uau, parece delicioso~! - Ichiro sorri, bobo.

qualquersuki:
Suki:
- É de dar água na boca... - Leanne comenta, fechando os olhos para apreciar o
aroma.

Maianne Ribeiro:
- Vocês eu não sei, mas eu já vou começar a comer. - o rapaz ri, se servindo.

Suki:
Setsuna ri baixinho, ajudando Chiaki com a comida, cuidadosa, servindo Mitsuo em
seguida e só depois a si.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado, querida. - o homem sorri.

- Tão bom..! - Chiaki ri, boba, se fartando com a comida.

Suki:
- Ah, finalmente matando a vontade de um camarão fritinho~ - Leanne diz, boba,
aproveitando.

Maianne Ribeiro:
- Foi uma ótima ideia, filha. - Mitsuo sorri, aproveitando a própria refeição.

- Ótima! - Chiaki concorda.

Suki:
- Frutos do mar na beira da praia é a combinação perfeita!

Maianne Ribeiro:
- Concordo. Agora toda vez que a gente vier pra praia, quero comer aqui! - Ichiro
ri de leve.

Suki:
- Tem muitas opções, querido, não precisamos nos prender a uma só. - Setsuna diz,
gentil.

Maianne Ribeiro:
- Eu não me importo de comer aqui sempre. - ri.

Suki:
- Vamos experimentar outros antes de decidir, que tal?

Maianne Ribeiro:
- Tudo bem, tudo bem. - ele ri de leve, assentindo com a cabeça.

Suki:
- Não seja tão apressado. Muitas coisas boas nos esperam fora dos nossos caminhos.

Maianne Ribeiro:
- Eu vou tentar ser mais calmo, juro. - o rapaz sorri.

Suki:
- Obrigada, querido. - diz, gentil

Maianne Ribeiro:
- De nada, mãe. - sorri, bobo.

qualquersuki:
Suki:
A mulher sorri, carinhosa, voltando a se concentrar na comida - na própria e na de
Chiaki -, enquanto Leanne comia em silêncio, vez ou outra parando para admirar o
mar...

Maianne Ribeiro:
- Bonito, não é? - Mitsuo sorri.

Suki:
- Eu amo o mar. - murmura, sem encará-lo. - É o único lugar onde eu me sinto livre.

Maianne Ribeiro:
- É uma sensação muito gostosa, a de ficar no mar. - comenta. - É ótimo.

Suki:
- Exatamente. Só... Só existir e se deixar levar. - murmura.

Maianne Ribeiro:
- Mm. Sem responsabilidades, sem preocupações... mais nada.

Suki:
- ...É... - sussurra, a expressão se fechando antes que ela suspirasse e voltasse a
comer.

Maianne Ribeiro:
- É bonito. Confortável. - sussurra, voltando a comer também.

Suki:
"Só existir, sem pensar em nada. Quase um sonho.", e ri para si, frustrada.

Maianne Ribeiro:
- ...Lea tá bem..? - Chiaki pergunta, preocupada com a irmã.

Suki:
- Não se preocupe. - ela sorri, afagando os cabelos da irmã. - Só se concentra em
aproveitar!

Maianne Ribeiro:
- E você? Vai aproveitar também?

Suki:
- Eu já tô. - mente, assentindo com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Tá mesmo..?

Suki:
- Eu tô com você. É claro que sim! - e pisca um dos olhos.

Maianne Ribeiro:
Ela ri, boba.
- Ebaaaaa~!

Suki:
- Não se preocupe. - insiste.

Maianne Ribeiro:
- Mas eu preocuuuupo! - ri.

Suki:
- Mas não preciiiiisa!
Maianne Ribeiro:
- Bleh! - ela mostra a língua, risonha.

qualquersuki:
Suki:
- Cuidado ou o gato morde!

Maianne Ribeiro:
- Morde nada! - ri.

Suki:
- Morde sim! O Salem sim!

Maianne Ribeiro:
- Ele não vai me morder! - ri.

Suki:
- Então eu mordo! Nhac Nhac Nhac, vem aquii~

Maianne Ribeiro:
- Nãããão, não morde! - ela ri, boba, se protegendo com os braços.

Suki:
- Mordo sim! Rawr~!

Maianne Ribeiro:
- Não, por favoooooor! - ri.

Suki:
- Rawrawrawr~!

Maianne Ribeiro:
- Socoooooooooooooorro! - ri. - Ichi, me saaaaaaaaalva!

- Eu não, você se colocou nesse buraco sozinha. - provoca.

- Ichiiiii!

Suki:
- Eu vou te morder toda chegando em casa!

Maianne Ribeiro:
- Nãããão, por favor não! - ri. - Sem mordida, descuuuuulpa!

Suki:
- Tudo beeeem, sem mordida!

Maianne Ribeiro:
- Ufa. - ela ri, boba.

Suki:
- Só dessa vez você escapa!

Maianne Ribeiro:
- Mas escapei. - ri.

qualquersuki:
Suki:
- Só dessa vez!
Maianne Ribeiro:
- Ufa. - ri, boba, voltando a comer.

Suki:
Leanne sorri, suspirando de leve antes se fazer o mesmo...

Maianne Ribeiro:
A refeição seria tranquila, assim como a viagem de volta pra casa, a família
harmoniosa. Apesar disso, havia uma certa distância entre Leanne e Ichiro, talvez
motivada pelo desentendimento dos dois...

- Chegamos, crianças. - Mitsuo murmura ao estacionar. - Banho e descanso.

Suki:
- Obrigada pelo dia, pai. - ela sorri, sendo a primeira a sair do carro. - Foi
ótimo, mas eu preciso descansar. - e faz uma mesura, se afastando de imediato.

- Leanne... - Setsuna murmura, preocupada, observando a filha.

Maianne Ribeiro:
Mitsuo suspira, preocupado.
- Ichiro, vocês--

- Eu sei, eu estraguei tudo. - o rapaz murmura, indo pro próprio quarto.

Suki:
- Não era isso que... - ela suspira, negando com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Não, não era. - Mitsuo murmura, massageando as têmporas. - Esses dois...

Suki:
- Não há nada que possamos fazer sobre isso agora, querido. - murmura, tocando as
costas dele suavemente.

Maianne Ribeiro:
- Eu sei. - suspira. - ...eu ia permitir uma tatuagem como presente pra Leanne,
mas... Não sei se o Ichiro está em condições pra isso.

Suki:
- Visivelmente não está. - e nega com a cabeça. - Mas o presente é maravilhoso.

Maianne Ribeiro:
- Mm. - sussurra. - Talvez outro dia... Ou eu posso chamar o Kenji.

Suki:
- Acredito que a nossa filha não esteja em condição de pensar sobre isso no
momento. - ela suspira. - Mas acredito que o Kenji seria a melhor escolha, de
qualquer forma.

Maianne Ribeiro:
- Amanhã, então. É melhor. - murmura.

qualquersuki:
Suki:
Setsuna concorda com a cabeça.

- Vamos para o banho? Nós três precisamos. - e esboça um sorriso.


Maianne Ribeiro:
- Por favor. - ele sorri.

- Banho... - Chiaki murmura, desanimada.

Suki:
- Não fique assim, querida. Seus irmãos vão se entender logo. - diz, segurando a
mãozinha dela.

Maianne Ribeiro:
- Eu sei... Mas eu fico triste de ver os dois brigando. - murmura.

Suki:
- Eles não estão brigando. Eles só discutiram mais cedo, e mais nada.

Maianne Ribeiro:
- Mas a Lea ficou triste, não ficou..?

Suki:
- Pode ser só cansaço. Ela e seu pai apostaram corrida, esqueceu?

Maianne Ribeiro:
- ...verdade. O papai ganhou?

- Ganhei. - ele ri. - Ganhei sim.

Suki:
- Não esperava menos. - diz, boba, afagando as costas do marido com a mão livre.

Maianne Ribeiro:
- O papai é rápido demais. - ri.

Suki:
- Isso ele é, mesmo. - Setsuna concorda.

Maianne Ribeiro:
- Um dia eu vou vencer dele! - ri. - Vai ver só!

Suki:
- Eu tenho certeza que sim, querida.

Maianne Ribeiro:
A menina ri, boba.
- Agora, banho! Baaanho! Vamos!

Suki:
- Banho, mocinha, banho!

Maianne Ribeiro:
A garota ri, puxando os pais na direção do banheiro, boba.

qualquersuki:
Suki:
- Nossos filhos são incríveis, não acha? - comenta, baixinho, se deixando levar.

Maianne Ribeiro:
- São. Absolutamente incríveis. - Mitsuo sorri, fazendo um afago nos cabelos de
Chiaki enquanto acompanhava a garota.
Suki:
Enquanto isso, Leanne se afundava na banheira sozinha após se lavar, observando o
teto com um estranho vazio no peito, uma saudade da família que perdera que há
muito não sentia...

Maianne Ribeiro:
Algum tempo se passa até que Leanne ouça batidas na porta, a voz de Mitsuo do lado
de fora.
- Leanne? Posso entrar?

Suki:
- Pode, pode sim. - diz, desanimada, o pijama largo e confortável no corpo enquanto
ela cuidava dos cabelos.

Maianne Ribeiro:
- Com licença. - o homem murmura, entrando no quarto. - Se preparando pra dormir?

Suki:
Ela assente com a cabeça.

- Ver se o dia termina logo assim. - e suspira.

Maianne Ribeiro:
"Foi tão ruim assim..?" pensa, suspirando.
- Eu disse que tinha uma surpresa pra você, não disse..?

Suki:
- Disse sim, mas eu também disse que não precisava...

Maianne Ribeiro:
- Mas ainda tenho. - ele ri de leve. - É algo que você vai gostar, tenho certeza.

Suki:
Ela suspira, esboçando um sorriso antes de se virar para encará-lo.

- Vou começar a ficar ansiosa, assim!

Maianne Ribeiro:
O homem ri de leve, afagando os cabelos dela.
- Uma tatuagem. - sussurra.

Suki:
Isso faz ela erguer as sobrancelhas, surpresa.

- Mesmo?! - pergunta, se levantando, sorridente.

Maianne Ribeiro:
- Mesmo. - ele assente com a cabeça. - Quando decidir qual e onde, o Kenji pode
fazer pra você.

qualquersuki:
Suki:
- ... _eu vou poder decidir?!_ - ela ri, e gargalha, boba, antes de abraçar Mitsuo.
- Obrigada, pai...!

Maianne Ribeiro:
- De nada, querida. - ele sorri, abraçando-a. - Você merece.
Suki:
"Você merece."

Isso faz a menina estremecer, apertando o abraço ao redor dele enquanto tentava
segurar as lágrimas.

- Obrigada... - choraminga, a voz embargada.

Maianne Ribeiro:
- De nada, minha filha. Minha querida filha... - ele sussurra, afagando os cabelos
dela, carinhoso.

Suki:
- E-eu vou honrar a nossa família, eu prometo...

Maianne Ribeiro:
- Eu sei que vai. Você é uma garota incrível.

Suki:
Isso faz Leanne estremecer novamente, apertando o abraço e chorando baixinho...

Maianne Ribeiro:
O homem sorri, mantendo-a perto de si.
- Feliz aniversário, minha querida.

Suki:
- Obrigada, pai...!

Maianne Ribeiro:
- De nada. - ri. - Vai descansar, agora?

Suki:
- Vou sim. Eu... Eu admito que nossa corrida me cansou. - e ri, sem graça.

Maianne Ribeiro:
- Então descanse o quanto precisar. - diz, afagando os cabelos dela.

Suki:
- Obrigada, pai. - ela sorri. - ...podemos jantar pizza? - pede.

Maianne Ribeiro:
- Hoje é um dia especial, então sim. - sorri.

Suki:
- Obrigada, pai. - diz, recuando um passo para secar o rosto.

Maianne Ribeiro:
- De nada, minha menina. - sorri. - Quer pizza de que sabor? Eu peço pra mais
tarde.

Suki:
- Pepperoni com cream cheese. - murmura, esboçando um sorriso. - Será que tem?

Maianne Ribeiro:
- Deve ter, sim. - sorri. - Não se preocupe.

qualquersuki:
Suki:
- E uma de chocolate com morangos, também, se for possível. - pede, manhosa.
Maianne Ribeiro:
- Pizza de chocolate..? - ele murmura, surpreso. - Eu nem sabia que isso existia...

Suki:
- Não é comum, mesmo. - ela ri, sem graça. - É a massa, o queijo, e ganache.

Maianne Ribeiro:
- Hmm... vou ter que experimentar. - ele murmura, curioso.

Suki:
- Vou poder filmar a sua reação e colocar online, que nem você disse que eu ia
poder~?

Maianne Ribeiro:
- ...bem... pode. Pode sim. - murmura.

Suki:
- Tem certeza? Você hesitou. - murmura, o sorriso diminuindo no rosto.

Maianne Ribeiro:
- Tenho, tenho sim. Só... - ele murmura. - ...um pouco envergonhado.

Suki:
A garota hesita, mas acaba por rir baixinho, escondendo os lábios em uma das mãos
como Setsuna costumava fazer.

- Eu não posto, então. Só filmo e guardo.

Maianne Ribeiro:
- Tem certeza? Você queria postar...

Suki:
- Eu não faço tanta questão assim. Posso postar fechado só pra mim, também, que aí
ano que vem eu lembro. - e sorri, boba.

Maianne Ribeiro:
- Como preferir. - ele sorri, afagando os cabelos dela.

Suki:
- Eu quero ter essas memórias pra sempre. Onde eu puder guardar pra garantir isso,
além da minha cabeça, eu vou!

Maianne Ribeiro:
- Guarde todas elas com carinho. - sorri, carinhoso.

Suki:
- Com todo o carinho do mundo. Mais carinho que pra elas, só pra vocês~

Maianne Ribeiro:
Ele ri baixinho, afagando os cabelos dela.
- Agora descanse, vá. Você precisa.

qualquersuki:
Suki:
- Preciso mesmo. - diz, boba, fechando os olhos. - Um dia eu ainda roubo seu colo
pra isso~

Maianne Ribeiro:
- Meu colo, é..? - murmura. - Se quiser, eu fico.

Suki:
- ...mesmo?! - pergunta, abrindo os olhos de imediato. - Por favor~!

Maianne Ribeiro:
- Mesmo. - sorri. - Eu fico, então.

Suki:
- Obrigada, pai! - ela ri, boba, engatinhando em cima do colchão.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - sorri, indo sentar na cama.

Suki:
Leanne sorri, boba, ajeitando a cabeça em uma das coxas dele, confortável, se
aninhando abraçada a um dos travesseiros.

- Bons sonhos pra mim~

Maianne Ribeiro:
- Bons sonhos, minha querida. - diz, afagando os cabelos dela, carinhoso.

Suki:
Assim, a garota não demora a cair em um sono profundo e tranquilo, um sorriso suave
no rosto...

Maianne Ribeiro:
Seriam longas horas de descanso pra Leanne, até que enfim chegasse a hora do
jantar. Assim que a pizza chega, Mitsuo afaga os cabelos da menina, despertando-a.
- Leanne. Leanne, acorde. Vamos jantar...

Suki:
- Hnng, pai, mais cinco minutos... - resmunga, se virando e abraçando a cintura
dele.

Maianne Ribeiro:
- A pizza vai esfriar se nós esperarmos cinco minutos. - murmura.

Suki:
Ela resmunga de novo, se encolhendo antes de esticar o corpo, preguiçosa.

- Tá bom... - e boceja. - Eu tava tendo um sonho tão bom~

Maianne Ribeiro:
- Desculpe. - o homem ri. - Mas é por uma boa causa.

Suki:
- Pizza não é uma boa causa. - ela pausa, se levantando devagar. - É uma _ótima_
causa!

Maianne Ribeiro:
- De fato. - ele ri baixinho. - Pronta?

qualquersuki:
Suki:
- Posso ir de pijama? - pergunta, baixinho, afofando os cabelos.

Maianne Ribeiro:
- Claro que pode. - ri.

Suki:
- Melhor ainda, então ~ - e ri, acompanhando-o para fora.

Maianne Ribeiro:
Ele ri de leve, guiando a garota até a sala de jantar.
- Pedi mais alguns sabores, pra ter variedade. - comenta.

Suki:
- Mmm~ Que bom, porque eu vou me empanturrar! - diz, boba. - Tudo o que eu não comi
no almoço eu vou comer agora!

Maianne Ribeiro:
- Coma à vontade. - ele ri de leve. - O quanto quiser.

Suki:
- Cuidado com o que fala!

Maianne Ribeiro:
- Por quê? - ele ergue uma sobrancelha, curioso.

Suki:
- Porque não vai sobrar nada pra vocês ~ - brinca.

Maianne Ribeiro:
- Eu comprei o suficiente. - ri.

Suki:
- Só quero ver~

Maianne Ribeiro:
- Você vai ver. - ri.

Suki:
Ela ergue as sobrancelhas.

- Agora eu quero muito ver~

Maianne Ribeiro:
Ele sorri, abrindo a porta. Haviam algumas caixas de pizza empilhadas perto da
mesa, a família já esperando pra comer.
- Leaaaa! Pizzaaaaaaaa! - Chiaki ri, boba.

Suki:
- Chiaaaaaki, piiiizzaaaaaa~! - ela ri também. - E _muitas_ pizzas!

Maianne Ribeiro:
- Muitas! Pra comer bastante! - ela ri.

- Ideia sua, né? - Ichiro ri de leve. - Vem, senta pra comer com a gente.

Suki:
- Eu vou explodir de tanto comer. - avisa, indo se sentar à mesa no lugar de
sempre, sem encarar o irmão.

Maianne Ribeiro:
- Somos dois. - o rapaz murmura.
- Três! - Chiaki ri.

- Cuidado pra não passarem mal, só isso que peço. - Mitsuo suspira.

qualquersuki:
Suki:
- A gente aguenta. - e pisca um dos olhos. - Nada que um suco de abacaxi não
resolva depois!

Maianne Ribeiro:
- Vou pedir pra deixarem o suco pronto. - murmura, começando a servir a primeira
pizza pra todos.

Suki:
- Obrigada, pai. - ela sorri, boba, agradecendo novamente quando ele a serve. -
Ahhh, que saudades desse cheiro~

Maianne Ribeiro:
- Aproveite. - o homem sorri, gentil.

Suki:
- Eu vou, e espero que vocês também!

Maianne Ribeiro:
- Com toda a certeza. - Ichiro ri de leve.

Suki:
Ela assente com a cabeça, aproveitando cada mordida da pizza...

- ...ah! Pai, eu decidi a tatuagem, por sinal!

Maianne Ribeiro:
- Decidiu, é? O que vai querer? - pergunta.

- ...pera. Que tatuagem? - Ichiro murmura, confuso.

Suki:
- Um par de carpas! - diz, ignorando o irmão, antes de dar dois tapinhas no peito.
- Uma de cada lado, pra aparecer quando eu usar camiseta, mas ser fácil de esconder
quando eu quiser sair!

Maianne Ribeiro:
- Vai ficar lindo. - sorri.

- Como assim, tatuagem?! E por que ninguém falou comigo?! - Ichiro reclama.

Suki:
- É o presente do seu pai para a Leanne. - explica, gentil, tentando conter os
ânimos. - O Kenji quem vai fazer.

Maianne Ribeiro:
- Eu achei que eu ia fazer a primeira tatuagem da Leanne, não o Kenji!

Suki:
- Ichiro. Controle seu tom. - murmura, franzindo a testa de leve.

Maianne Ribeiro:
Ele cerra os dentes, irritado.
- ...é isso, então? Você vai fazer a tatuagem com o Kenji? - sussurra.
Suki:
- Foi o que o pai falou. - Leanne murmura, sem encará-lo.

Maianne Ribeiro:
- E você? É o que você quer?

Suki:
- Onde você que chegar, Ichiro...? - ela suspira, desanimada.

Maianne Ribeiro:
- Eu quero saber o que você quer. - insiste.

qualquersuki:
Suki:
- Pra mim tanto faz. Eu só quero aproveitar o presente que ele me deu. - murmura,
sem erguer o olhar do prato.

Maianne Ribeiro:
"...tanto faz. Tanto faz..!"

Ichiro não diz mais nada, voltando a comer em silêncio.

Suki:
A garota mal chega à metade do próximo pedaço de pizza, empurrando o prato de leve
para frente.

- ...se me dão licença, eu vou voltar a dormir. - murmura, cabisbaixa, se


levantando devagar. - Boa noite.

- Mas querida, você mal comeu...!

Maianne Ribeiro:
- ...eu já enchi. - ichiro sussurra, ficando de pé e se afastando.

- Ichiro..! - Mitsuo chama, mas o rapaz o ignora.

Suki:
- Desculpem estragar o jantar. - ela ri de leve, a voz mais fraca quase chorosa,
antes de se afastar também.

- Pelos deuses... - Setsuna murmura, preocupada, levando uma das mãos ao rosto.

Maianne Ribeiro:
- ...hmpf. - Mitsuo resmunga. - Eu vou conversar com o Ichiro, depois de comer.

Suki:
Ela suspira.

- Espero que as memórias da praia tenham sido o suficientes para que esse dia não
seja mais uma memória ruim para ela...

Maianne Ribeiro:
- Assim espero. - ele suspira, passando a mão no rosto.

Suki:
Setsuna balança a cabeça negativamente.

- Ao menos prove a pizza doce, depois.


Maianne Ribeiro:
- Claro. - murmura. - Se importa de gravar?

Suki:
- De forma alguma. - ela esboça um sorriso.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado. - sorri. - A Leanne queria gravar, então...

Suki:
- Isso talvez a anime um pouco.

Maianne Ribeiro:
- Mm... tomara. - murmura, sorrindo de leve.

Suki:
- Vamos fazer o possível para isso.

Maianne Ribeiro:
O resto do jantar seria breve, um tanto quieto graças ao clima pesado de antes. Na
manhã seguinte, Mitsuo iria até o quarto de Leanne, batendo na porta de leve.
- Filha? Posso entrar..?

Suki:
- Bom dia, pai. Pode sim. - responde, terminando de amarrar o short que usava para
treinar.

Maianne Ribeiro:
- Com licença. - ele murmura, ao entrar no quarto. - Bom dia. Tem um minuto?

qualquersuki:
Suki:
- Quantos você quiser. - murmura, se aproximando dele, esboçando um sorriso triste.

Maianne Ribeiro:
- Tem algo que eu preciso te mostrar. - diz, entregando o celular pra ela, um vídeo
aberto nele, pronto pra tocar.

Suki:
A garota franze a testa, pegando o telefone com as duas mãos antes de colocar o
vídeo para rodar, curiosa.

- Isso é...! - ela ri, os olhos brilhando quando entende.

Maianne Ribeiro:
- É. - ele ri baixinho. O vídeo era de Mitsuo experimentando a pizza doce, a
confusão estampada no rosto do homem até que ele admite ter gostado do sabor...

Suki:
- Eu sabia que você ia gostar...! - diz, boba, o sorriso aberto no rosto.

Maianne Ribeiro:
- Eu não sabia. - ele ri de leve. - Mas gostei.

Suki:
- Você lembrou de gravar pra mim, pelo menos. - diz, devolvendo o aparelho para ele
antes de abraçá-lo. - Obrigada, pai.
Maianne Ribeiro:
- De nada, filha. Eu jamais esqueceria. - sorri. - Vem, vamos tomar café.

Suki:
- Vamos. - ela assente com a cabeça. - Eu preciso comer antes de treinar.

Maianne Ribeiro:
- Mm. Precisa de energias pra gastar. - diz, guiando-a até a sala de jantar.

Suki:
- Exatamente. Eu vou usar aquele salão vazio depois dos jardins, tem problema? -
pergunta, curiosa. - Posso limpar ele enquanto estiver digerindo a comida~

Maianne Ribeiro:
- Pode, claro. - murmura, curioso. - Vai usá-lo pra quê?

Suki:
- Treinar com o tarô. - e suspira, desviando o olhar. - Não quero ocupar o dojo.

"Não quero encontrar o Ichiro."

Maianne Ribeiro:
- Claro. Sinta-se à vontade. - murmura. "Evitando o Ichiro, tenho certeza."

Suki:
- Obrigada, pai. - ela esboça um sorriso de canto. - Prometo não destruir nada.

Maianne Ribeiro:
- Se destruir, fale comigo. - ri. - Nós resolvemos.

qualquersuki:
Suki:
- Não, pai, não é assim! - ela ri também.

Maianne Ribeiro:
- Sim, é assim. - ri.

Suki:
- Não, não é! Eu não posso destruir as coisas!

Maianne Ribeiro:
- Não deve. Mas acidentes acontecem.

Suki:
- Eu sei, e por isso vou tomar cuidado!

Maianne Ribeiro:
- Mm. Eu confio em você. - sorri.

Suki:
- Obrigada, pai. - ela sorri.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - sorri, entrando na sala... E franzindo a testa ao notar a ausência de
Ichiro. "O que..?"

Suki:
Leanne percebe o mesmo que o pai, suspirando baixinho antes de se sentar no próprio
lugar.
- Bom dia, mãe. Bom dia, Chiaki.

Maianne Ribeiro:
- Bom dia, nee-san. - Chiaki murmura.

- O Ichiro não acordou ainda? - Mitsuo pergunta, indo sentar.

Suki:
- Ele já comeu mais cedo. - Setsuna quem diz, esboçando um sorriso compreensivo.

Maianne Ribeiro:
- ...mm. Entendi. - murmura. "Evitando a família. Hmpf."

Suki:
- Tenha calma, querido. - diz, tocando a mão dele.

Maianne Ribeiro:
- Eu estou calmo. - murmura, começando a se servir.

Suki:
"Eu sei que não tanto quanto está querendo demonstrar.", pensa, balançando a cabeça
de leve.

Maianne Ribeiro:
O homem não demora a terminar a refeição, ficando de pé.
- Estou indo para o dojo. Até mais tarde, crianças, Setsuna. - ele murmura,
beijando o rosto da esposa antes de se afastar.

qualquersuki:
Suki:
- Até, querido. - ela suspira, preocupada. - Venha, Chiaki. Eu vou te levar até a
sua aula. - chama, ficando de pé devagar e estendendo a mão para ela.

Maianne Ribeiro:
- Obrigada, mãe. - a menina sussurra, desanimada, se levantando pra acompanhar a
mãe.

Suki:
- De tarde a gente sai pra brincar. - Leanne sorri, acenando de leve para a irmã.

Maianne Ribeiro:
- Tá. - ela sorri, um pouco mais animada, acenando de volta.

Suki:
- Até depois. Se comporta, hein!

Maianne Ribeiro:
- Eu vou, juro! Eu me comporto direito!

Suki:
- Então depois do almoço eu te levo pra brincar!

Maianne Ribeiro:
- Certo! - a menina ri, assentindo com a cabeça.

Suki:
- Até depois, então, Chiaki! - ela sorri.
Maianne Ribeiro:
- Até! - sorri, se afastando com Setsuna.

Suki:
Leanne suspirar, o sorriso desaparecendo ao ficar sozinha no cômodo. Ela ainda fica
longos minutos lá, perdida nos próprios pensamentos, até enfim se levantar e ir
treinar...

Maianne Ribeiro:
Pouco mais de meia hora se passara quando Mitsuo aparece no jardim, o homem se
aproximando de Setsuna, a expressão preocupada.
- Precisamos conversar sobre o Ichiro. - sussurra.

Suki:
- Ara, ara... Essa não vai ser uma boa conversa, vai? - pergunta com um sorriso
triste, segurando as mãos do marido. - Vamos nos sentar.

Maianne Ribeiro:
- Não, não vai. - diz, suspirando.

qualquersuki:
Suki:
A mulher balança a cabeça de leve antes de ajeitar a própria roupa, se sentando com
cuidado.

- Venha.

Maianne Ribeiro:
O homem se senta ao lado dela, suspirando outra vez.
- Eu dei um tapa no rosto do Ichiro. - sussurra. - Nós estávamos discutindo por
causa do comportamento dele, e... Ele disse que "tinha esquecido que eu só tinha
uma filha".

Suki:
Isso faz Setsuna levar uma das mãos ao rosto, visivelmente surpresa e ferida com o
que acabara de ouvir.

- Isso é bastante cruel de se dizer, mesmo para um adolescente.

Maianne Ribeiro:
- Mm... - ele suspira, frustrado. - Depois que eu dei o tapa, ele não reagiu. Não
disse mais nada. Só... Pegou as coisas dele e saiu.

Suki:
- Um sinal mais que claro de que não havia mais nada a se dizer entre vocês. -
murmura, balançando a cabeça de leve.

Maianne Ribeiro:
- Eu não sei o que deu nele... - sussurra, massageando as têmporas.

Suki:
- Ele e a Leanne tiveram um conflito bastante sério, e isso ficou bem claro. -
murmura.

Maianne Ribeiro:
- E agora ele está agindo desse jeito. Evitando o café da manhã. Me tratando como
um estranho. - resmunga. - Ora...

Suki:
- Eu vou conversar com ele e tentar entender o que está acontecendo. - ela suspira,
ficando de pé devagar. - Até lá, tente se acalmar.

Maianne Ribeiro:
- Eu vou tentar, querida. - suspira. - Obrigado.

Suki:
- De nada. - e sorri, se afastando atrás do filho.

"Ichiro, Ichiro..."

Maianne Ribeiro:
O rapaz estava no próprio quarto, deitado na cama e encarando o teto. "Tudo mudou,
mesmo..."

Suki:
- Com licença. - Setsuna murmura, se sentando na beirada da cama dele com um
sorriso gentil. - Podemos conversar, filho?

Maianne Ribeiro:
- ...sobre o quê? - sussurra, sem desviar o olhar.

Suki:
- Sobre tudo. - diz, afagando os cabelos dele. - Você, sua irmã, seu pai.

Maianne Ribeiro:
- Não tem muito pra conversar, tem? - responde.

qualquersuki:
Suki:
- Você acha? Porque meu filho ter mudado o próprio comportamento repentinamente me
parece ser um assunto bastante importante.

Maianne Ribeiro:
- Eu só cansei, mãe. Cansei de não ser o suficiente pra nada. Não vale o esforço.

Suki:
- De onde você tirou que não é o suficiente para nada, querido? - pergunta,
preocupada.

Maianne Ribeiro:
Ele solta um risinho, balançando a cabeça.
- Eu não sou um irmão bom o suficiente pra Leanne. Eu não sou um filho bom o
suficiente pro meu pai.

Suki:
Setsuna suspira, dando um riso baixinho, gentil.

- Ter conflitos com a sua irmã é esperado, Ichiro. Vocês são jovens, de realidades
muito diferentes, e se apegaram muito um ao outro. Não tem nada de anormal nisso.

Maianne Ribeiro:
- A esse ponto, ela já deve ter desapegado de mim, não se preocupe. - sussurra.

Suki:
- As reações dela quando falamos sobre você me dizem o contrário. - responde. - Ela
está ferida, e provavelmente enciumada e com medo de ser trocada.

Maianne Ribeiro:
- Trocada? Não sou eu que fico recebendo elogios dos rapazes e trocando mensagens
por aí. - ele ri, sarcástico.

Suki:
Ela franze a testa, hesitando antes de suspirar.

- ...isso são ciúmes, querido? - pergunta, baixinho.

Maianne Ribeiro:
- São. - sussurra. - Mas não se preocupe, mãe, ela pode fazer o que quiser com quem
quiser. Eu não sou nada pra ela.

Suki:
- Você é o irmão dela, Ichiro. Por mais que não seja o amor que você deseja, é o
amor que a sua irmã tem para te dar. Isso não é 'ser nada', isso é amar acima de
qualquer coisa.

Maianne Ribeiro:
- Se eu significasse qualquer coisa pra ela, a Leanne não faria a tatuagem dela com
o Kenji. - o rapaz sibila, irritado. - Mas o que a gente prometeu claramente não
importa mais.

qualquersuki:
Suki:
- Isso foi uma promessa, então... - ela suspira. - Eu não sei o que está passando
pela cabeça dela, mas quem decidiu o tatuador foi o seu pai, não ela.

Maianne Ribeiro:
- E por que ela disse "tanto faz" quando eu perguntei o que ela queria?! - ele
exclama, frustrado. - ...ela não se importa, mãe. E eu cansei de me importar.

Suki:
A mulher suspira.

- Ontem foi um dia difícil para ela, Ichiro. Não estou dizendo para você não
sentir, estou dizendo para você manter a calma. - murmura, continuando o afago no
cabelo dele. - ...por isso disse ao seu pai que ele só tinha uma filha?

Maianne Ribeiro:
- Não. Eu disse isso porque é a verdade. - responde, secando o rosto
agressivamente. - Eu não sou um filho pra ele, sou um sucessor. Só a Leanne é
especial pra ele.

Suki:
- Não diga isso. Isso não é verdade. - murmura, mais séria. - Seu pai é severo com
você por amor, para te preparar para enfrentar a vida sem cometer os mesmos erros
que ele.

Maianne Ribeiro:
- Amor? Eu vejo como ele trata a Leanne, mãe, é como noite e dia. Aquilo é amor,
não o que ele sente por mim.

Suki:
A mulher suspira, hesitante por um momento.

- Me diga, Ichiro, você tem medo que levantem a voz para você?

Maianne Ribeiro:
- Se eu tivesse, me encolheria no chão do dojo todo dia. - sussurra.
Suki:
- E quando o seu pai ergueu a mão para você, o que você sentiu? - insiste.

Maianne Ribeiro:
- Nada. Eu já esperava aquilo. - murmura.

Suki:
- Mm. - ela assente com a cabeça. - E o que aconteceria se ele erguesse a voz ou a
mão contra a sua irmã?

Maianne Ribeiro:
- ...ela ficaria mal. Bem mal. - sussurra. - É isso, então? Como ele está me
treinando, ele pode ser agressivo comigo?

qualquersuki:
Suki:
- Não, querido, não é isso. - Setsuna ri de leve. - Seu pai é delicado e carinhoso
com a sua irmã porque ela é frágil, e essa é a única linguagem de amor que ela
conhece, e é ela quem está ensinando ao seu pai como se comunicar assim. - explica,
voltando a afagar os cabelos do filho. - Seu pai nunca te tratou diferente por
falta de amor, mas por ser a forma que ele recebeu amor e aprendeu a dar. Se agora,
com a possibilidade de outra forma de relação, isso te incomoda, então deve ser
falado. Não atacado. Não sofrido em silêncio.

Maianne Ribeiro:
- E por que ele só é assim com ela, então? Por que a culpa é minha, por não falar?
- o rapaz sussurra, estremecendo, cobrindo o rosto com o braço. - ...já chega, mãe.

Suki:
- Eu não sei as respostas, infelizmente, mas eu vou fazer questão de que o seu pai
saiba das perguntas para que ele mesmo reflita e te diga as próprias razões. -
murmura, suave. - Mas sim, já chega. Você precisa descansar a sua mente e o seu
coração para lidar com tanto peso.

Maianne Ribeiro:
"Eu preciso jogar meu coração fora, isso sim," pensa, frustrado, se mantendo em
silêncio.

Suki:
E Setsuna continua ali, afagando os cabelos de Ichiro, tentando confortá-lo ao
menos um pouco...

Maianne Ribeiro:
O rapaz acabaria caindo no sono depois de algum tempo, emocionalmente cansado,
ferido...

qualquersuki:
Suki:
E só então a mulher sai do quarto, procurando Mitsuo com uma expressão bastante
séria.

- Precisamos conversar sobre você e o nosso filho. - diz, ao encontrá-lo.

Maianne Ribeiro:
- Você conversou com ele, então. E não foi bom. - o homem sussurra, encarando-a.

Suki:
- Nem um pouco. Ele me disse muitas das dores que está sentindo, e me fez uma
pergunta que o está torturando, e fazendo o mesmo comigo. - diz, bastante séria,
segurando uma mão com a outra própria. - Por que só a Leanne, e não o Ichiro,
recebe o seu afeto?

Maianne Ribeiro:
O homem franze a testa, encarando Setsuna.
- Eu dou afeto ao Ichiro. Eu cuido dele, ensino, treino, nós passamos várias horas
juntos.

Suki:
A mulher suspira.

- Seu afeto _físico_.

Maianne Ribeiro:
- ...eu achei que ele não precisasse disso. - murmura.

Suki:
- Pois ele precisa. - diz, balançando a cabeça. - Nosso filho precisa de carinho,
precisa de abraços, precisa de palavras gentis e gestos de cuidado da mesma forma
que as nossas filhas. E ele precisa de um pedido de desculpas, também, por ter
recebido apenas severidade e não compaixão.

Maianne Ribeiro:
- ...hmpf. - Mitsuo resmunga. - Então tudo isso é ciúme dele. Achei que o tivesse
ensinado melhor que isso.

qualquersuki:
Suki:
- Não diga isso do nosso filho. - diz, severa, a expressão se fechando. - Tudo que
o Ichiro fez a vida inteira foi se dedicar aos seus ensinamentos e ao seu caminho
de vida para tentar te orgulhar. Ele merece ser recompensado, ele merece ter seu
esforço reconhecido.

Maianne Ribeiro:
- Ele é recompensado e reconhecido. - responde. - Ele tem tudo que precisa, tem
recebido mais treinamento, mais poder e responsabilidade dentro da família. Como
isso não é reconhecer?

Suki:
- Não, Mitsuo, isso quem tem recebido é o seu _sucessor_. E o seu _filho_? A
criança que encheu seus olhos de lágrimas quando nasceu? Que cuidou de mim o tempo
todo quando você estava ocupado, que acompanhou a Chiaki em seus primeiros passos,
que está se sentindo abandonado e renegado por você?

Maianne Ribeiro:
- Abandonado e renegado..?! Eu passo mais tempo com ele do que com as meninas, do
que você está falando, Setsuna?! - ele exclama, sem entender.

Suki:
- Você não o abraça! Não afaga seus cabelos, não diz que o ama, não sorri ao seu
lado ou diz o quanto se orgulha! Não cuida de seus ferimentos, não passa seu tempo
com ele _fora das obrigações e treinamentos da família_! Você vê o nosso filho como
seu sucessor e falha em ver que ele é muito mais do que isso!

Maianne Ribeiro:
O homem a encara, surpreso com as palavras da esposa.
- Eu... Eu o vejo como filho. É claro que vejo como filho...
Suki:
- Não parece. - diz, séria. - Você está cometendo os mesmos erros que o seu pai
cometeu, agora com o Ichiro.

Maianne Ribeiro:
Ele engole em seco, desviando o olhar.
- ...eu não... Não, eu não estou, eu... - sussurra.

Suki:
A mulher balança a cabeça negativamente, segurando as mãos dele.

- Pense com carinho em tudo que eu te disse. - pede.

Maianne Ribeiro:
- ...eu estou falhando como pai..? - o homem sussurra, estremecendo.

Suki:
- Para o Ichiro, parcialmente está. - murmura.

Maianne Ribeiro:
Ele engole em seco, fechando os olhos.
- Me perdoe, Setsuna...

qualquersuki:
Suki:
- Não sou eu quem preciso te perdoar, querido...

Maianne Ribeiro:
- Você também. Errar com nossos filhos também é errar com você. - sussurra. - Mas
eu vou falar com o Ichiro.

Suki:
Ela suspira, assentindo com a cabeça.

- Ele está dormindo agora. Leve-o para um passeio, depois do almoço.

Maianne Ribeiro:
- Tudo bem. - sussurra. - Eu vou consertar isso...

Suki:
- Eu confio que sim. - e esboça um sorriso. - Todos os nossos filhos merecem amor
igualmente.

Maianne Ribeiro:
- Sim. Os três. - sorri.

Suki:
- Que bom que você entendeu isso. - diz, beijando-o suavemente

Maianne Ribeiro:
- Graças a você. - diz, afagando a mão dela.

qualquersuki:
Suki:
A mulher sorri, tocando o rosto dele com a mão livre.

Maianne Ribeiro:
A conversa entre Mitsuo e Ichiro parece acalmar os ânimos entre os dois, apesar do
rapaz ainda agir um tanto distante, evitando sentar na mesa de café da manhã pelos
dias seguintes. Passava os dias treinando ou no estúdio, praticando
incessantemente...

Suki:
E a própria Leanne já não parecia tão animada: apesar de ir à praia todos os dias
pela manhã, continuava treinando isolada no salão, passando as tardes fora de casa
sem dizer exatamente para onde ia...

Maianne Ribeiro:
Enfim chega o dia da tatuagem da garota, Kenji já aguardando-a no estúdio.
- Ah, aí está a garota. - sorri. - Bom dia, Leanne. Pronta pra ver o desenho?

Suki:
- Bom dia, Kenji. - ela sorri, assentindo com a cabeça. - Mais que pronta.

Maianne Ribeiro:
- Aqui. - ele sorri, indicando o papel com o desenho. As carpas eram simples,
tradicionais, as cores bem leves, sem muito contraste...

qualquersuki:
Suki:
"Não são bonitas como as do Ichiro...", pensa, instintivamente tocando o bolso
traseiro do short onde o celular estava.

- São muito bem feitas. - comenta, esboçando um sorriso.

Maianne Ribeiro:
- Aprovadas, então? Podemos c--

- Com licença. - Ichiro entra no estúdio sem cerimônias, trazendo consigo o próprio
equipamento, começando a arrumá-lo na bancada.

- ...jovem Shogun, o estúdio está fechado hoje para a tatuagem da Leanne. - o homem
murmura, confuso.

- Eu sei. - responde, simples.

Suki:
Isso faz a garota erguer as sobrancelhas, esboçando um sorriso ao ver Ichiro.

- Posso ver o seu desenho? - pede, prontamente se aproximando dele, estranhamente


tímida.

Maianne Ribeiro:
- Claro que pode. - o rapaz sorri de canto, entregando o próprio desenho pra
Leanne. As cores eram bem mais vivas, o contraste trabalhado especialmente para a
pele negra da garota, a pose das carpas muito mais dinâmica...

Suki:
Isso faz o sorriso da menina se abrir em seu rosto, acariciando as bordas da folha
com cuidado tal qual costumava fazer ao afagar a mão de Ichiro.

- Você passou esses dias trabalhando nisso, não foi...? - pergunta baixinho, as
bochechas coradas.

Maianne Ribeiro:
- Claro que sim. - ele assente com a cabeça. - Eu disse que ia fazer a sua
tatuagem, não disse?
Suki:
- Disse, disse sim... - murmura, devolvendo o papel para ele, os olhos cheios de
lágrimas.

"Mas eu achei que você não se importasse mais."

Maianne Ribeiro:
- Então pronto. - sorri.

- ...jovem Shogun, o seu pai disse que eu faria a tatuagem. - Kenji suspira.

- A Leanne vai escolher. E a escolha me parece bem clara.

Suki:
- Desculpe, Kenji. - murmura, fazendo uma mesura profunda para ele, sem graça. - Eu
não posso quebrar a minha promessa.

Maianne Ribeiro:
O homem suspira, ficando de pé.
- Tudo bem. Como preferir. - diz, se afastando.

- Eu disse. - Ichiro ri de leve

qualquersuki:
Suki:
- Seu pai vai me matar. - brinca, rindo bem baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Eu me resolvo com ele, se precisar. Mas ele vai aceitar, tenho certeza.

Suki:
- Eu espero que sim. - murmura, sem jeito.

Maianne Ribeiro:
- Vai, vai sim. - diz, arrumando as tintas, cuidadoso. - Vou precisar que você tire
a blusa.

Suki:
Ela assente com a cabeça, fazendo como o rapaz pedira. Era fácil ver que Leanne
estava treinando incessantemente, mais magra, um ou outro hematoma ainda terminando
de desaparecer.

No torso, um tomara que caia bastante justo, deixando a área que seria tatuada
livre...

Maianne Ribeiro:
- ...você tá treinando em excesso. - suspira. - Precisa se alimentar melhor, ou
treinar menos.

"Continua linda."

Suki:
- Treinar sozinha contra as Arcanas me exige muito. - diz, esboçando um sorrisinho
culpado, as bochechas vermelhas. - Eu melhorei muito com o bastão, mas ainda
apanho.

Maianne Ribeiro:
- Eu ainda posso treinar com você. - murmura.
Suki:
- Que você pode eu sei. - ela ri, triste. - Só não sei se você _quer_, do jeito que
a gente anda.

Maianne Ribeiro:
- Eu quero. - responde. - Achei que você não ia querer.

Suki:
- Eu quero. Eu senti sua falta, tanto nos treinos quanto nas refeições, e na hora
de dormir. - murmura, estremecendo e desviando o olhar. - ...mas eu sinto que eu
não posso mais ficar perto demais.

Maianne Ribeiro:
-- Você pode. - murmura, pausando o que fazia, um suspiro escapando por entre os
lábios. - Quem precisa se colocar no próprio lugar sou eu.

qualquersuki:
Suki:
- Não é... Não é isso, Ichi... - murmura, aproveitando a pausa para abraçá-lo com
firmeza, as mãos entrando pela roupa do rapaz até suas costas, puxando-o para si. -
...eu... Eu também... Eu também...

Maianne Ribeiro:
O rapaz hesita, encarando-a.
- Você também..? - sussurra, surpreso.

Suki:
Leanne morde o lábio inferior, assentindo com a cabeça, envergonhada.

Maianne Ribeiro:
O rapaz solta um risinho, erguendo a mão pra afagar o rosto dela.
- Isso é... É bom, não é?

Suki:
- É, mas... M-mas... - ela fecha os olhos, um suspiro baixinho escapando entre os
seus lábios. - E se não der certo...? O que vai ser de mim...?

Maianne Ribeiro:
- ...É esse o seu medo? De perder a família? - pergunta, sorrindo. - Não vai
acontecer. Primeiro porque vai dar certo, e segundo que nada destrói o amor que
meus pais, nossos pais sentem por você.

Suki:
Ela nega com a cabeça.

- E se não der? - insiste, reabrindo os olhos cheios de lágrimas para encará-lo. -


Como eu vou conviver com você sem conseguir te encarar? Como eu vou dividir as
refeições com você? A família, o espaço...? - sussurra, os lábios trêmulos. - Como
eu vou chamar de pai e de mãe os pais do meu namorado...? - e ri, fraca.

Maianne Ribeiro:
- Vai dar certo. A gente vai fazer dar certo, Lea. - ele sussurra, afagando o rosto
dela. - Eles são seus pais também, lembra?

qualquersuki:
Suki:
- Eles não tem como ser meus pais também e você ser meu namorado, Ichiro. - ela ri,
fraca, as lágrimas escorrendo pelo rosto.
Maianne Ribeiro:
- Tem. Nós não somos irmãos de sangue, somos? - insiste, secando as lágrimas dela.

Suki:
- Não, Ichi, e essa também não é a minha família de sangue, a minha família _de
verdade_, e nunca vai ser. - Leanne estremece, a voz enfraquecendo. - Se a gente
não consegue nem se ver como irmão, eu duvido que eles consigam me ver como filha.

Maianne Ribeiro:
O rapaz engole em seco, estremecendo.
- Como eu me sinto e como eles se sentem são duas coisas diferentes. - sussurra. -
Você viu como o meu pai mudou por sua causa. Pra te dar carinho e amor de pai.

Suki:
Ela nega com a cabeça.

- Você me ver como me vê já me diz que você não consegue me ver como família. -
sussurra, apertando o abraço ao redor dele.

Maianne Ribeiro:
- Eu te vejo como família. Só não como irmã. - sussurra, encarando-a. - Eu te vejo
como namorada. Esposa, um dia.

Suki:
- Não como filha dos seus pais. Não como parte _dessa_ família, mas como parte de
uma família nova. - Leanne responde baixinho, desviando o olhar antes de soltá-lo e
recuar. - ...eu não quero me distanciar ainda mais de vocês. Eu não quero voltar a
me sentir uma intrusa.

Maianne Ribeiro:
O rapaz a encara, desolado, os próprios olhos se enchendo de lágrimas. Antes que
elas escorressem, porém, Ichiro respira fundo, cerrando os olhos e os dentes pra se
controlar.
- ...a tatuagem. - sussurra, encerrando o assunto. Com um gesto, o desenho salta do
papel, se aninhado na pele de Leanne cuidadosamente. - Veja no espelho se a posição
está boa.

qualquersuki:
Suki:
Os ombros de Leanne caem, toda a expressão se quebrando juntamente com o próprio
coração.

- Sim, senhor. - sussurra, cabisbaixa. - Tá... Tá ótima.

Maianne Ribeiro:
- Eu não sou senhor. - sussurra. - Sou seu irmão, lembra..?

Suki:
Ela suspira, balançando a cabeça negativamente.

- É só deitar...? - pergunta, sem erguer o olhar, toda a força mental, emocional e


física tendo desaparecido.

"Só termina isso logo..."

Maianne Ribeiro:
- É. Só deitar. - sussurra. - Isso vai levar algumas horas. Quando terminar o
contorno, a gente pausa, e continua se você achar que consegue.
Suki:
- Não precisa pausar. Eu aguento. - murmura, fazendo como ele falara antes de
fechar os olhos.

Maianne Ribeiro:
- Eu vou pausar de qualquer forma, e perguntar. - murmura, se ajeitando ao lado da
maca. - Pronta..?

Suki:
- Sim, senhor. - responde, sem abrir os olhos. - Pode... Pode começar.

"Não tem como doer ainda mais."

Maianne Ribeiro:
- ...só Ichiro. - ele sussurra baixinho, começando a fazer a tatuagem, em silêncio.

qualquersuki:
Suki:
E ela não responde, apesar de estremecer com a sensação das agulhas na pele.
Durante todo o tempo não diria nada, apenas tensionando um pouco mais o corpo
conforme as horas se passavam, mantendo os olhos fechados para conter as próprias
lágrimas, apesar da respiração vez ou outra falhar...

Maianne Ribeiro:
Ichiro usava toda a força de vontade que tinha pra se manter sob controle, sem
querer estragar a tatuagem, cuidadoso.
- ...o contorno está pronto. - sussurra, enfim, se afastando. - Eu vou beber água,
e trazer pra você também. - e sai da sala, sem dizer mais nada.

Suki:
Assim que ele sai, a menina cobre o rosto com as mãos, se entregando a um choro
doído, baixinho, enquanto ela soluçava e fungava, o corpo inteiro tremendo.

Maianne Ribeiro:
Ichiro demoraria bastante pra retornar, dando dois toques na porta antes de abri-
la.
- Trouxe água e chá. - sussurra, se aproximando com a bandeja. Tinha os olhos e a
ponta do nariz avermelhados, mas fora isso se mantinha neutro.

Suki:
E Leanne ainda estava deitada sobre a maca, tendo virado de lado para se encolher
de costas para a porta, chorando.

- O-obrigada, m-mas... N-N-não precisava... - sussurra, entre os soluços.

Maianne Ribeiro:
- Precisava sim. - sussurra, se aproximando, afagando os cabelos dela de leve. -
Vem. Bebe uma água.

Suki:
- N-não... Só... S-só mandar q-quando... Q-quando for c-continuar... - e se encolhe
com o toque dele.

Maianne Ribeiro:
- Eu não mando em nada. - suspira. - Eu sou seu irmão, só isso.

Suki:
- C-corta essa, Ichi... - ela ri, fraca. - Você só... Só q-quer ficar perto se.. Se
for c-como homem, e... E-eu entendo. E-eu entendo, mas... Mas...!
Maianne:
- ...é esse o tipo de homem que você acha que eu sou..? - ele ri, fraco.

Suki:
- N-não tem... N-não tem nada de errado n-nisso. Você... Você é... É o único amor
que... Q-que você tem pra me dar, e... E interesse em receber de mim.

Maianne:
Ele solta outro risinho, balançando a cabeça.
- Vamos continuar a tatuagem. - sussurra.

qualquersuki:
Suki:
Ela assente com a cabeça, se virando para cima, o corpo inteiro tremendo e o
pescoço e a tatuagem molhados de choro...

Maianne Ribeiro:
Ichiro hesita, suspirando.
- ...não assim. - sussurra, se afastando. - Quando você se acalmar a gente
continua.

Suki:
- E-eu não vou me acalmar... - ela ri, fraca, cobrindo o rosto com as mãos. - T-tem
dias que eu n-não consigo me acalmar...!

Maianne Ribeiro:
- ...me perdoe. Eu não devia ter falado nada. - sussurra, desviando o olhar. - Nem
hoje, nem antes, nem nunca.

Suki:
"Não, não devia, isso estragou tudo...!", pensa, sem reagir.

- Aqui, Leanne. - Salem diz, saltando para cima da maca, trazendo consigo o saco
púrpura do baralho da menina.

Maianne Ribeiro:
O rapaz apenas aguarda em silêncio, o olhar encarando o chão. "Você vai fazer
voltar a ser como antes, Ichiro."

Suki:
A Temperança logo surge ao lado dos dois, acalmando os ânimos e colocando Leanne
para dormir aos poucos, afagando-lhe os cabelos.

- Pode continuar. - Salem quem diz. - Ela vai manter a Lea dormindo até o final.

Maianne Ribeiro:
- Tudo bem. - ele sussurra, se aproximando outra vez pra continuar a tatuagem,
cuidadoso. Ainda levaria mais algumas horas, até enfim terminar, se afastando da
maca, cansado...

Suki:
- Ficou incrível. Dá para perceber o cuidado e a dedicação em cada traço. - a
Arcana diz. - Tenho certeza que ela vai amar. - e desaparece.

Maianne Ribeiro:
- Tomara... - ele sussurra, limpando a tatuagem com cuidado antes de colocar o
filme protetor, suspirando. - Salem, eu vou pro meu quarto. Cuida da Lea. - diz,
ficando de pé e se afastando.
Suki:
- Pode deixar. - o gato murmura, se enrolando ao lado da dona na maca.

Maianne Ribeiro:
"Obrigado..." pensa, voltando para o próprio quarto, frustrado, o coração partido
em mil pedaços...

qualquersuki:
Suki:
A garota demora um longo tempo até despertar e se levantar, ainda um tanto zonza.
Iria para o quarto assim que conseguisse ficar de pé, usando a Papisa para
cicatrizar a tatuagem em todo o seu esplendor, antes de se entregar ao cansaço
novamente e voltar a dormir...

Maianne Ribeiro:
O sono de Leanne duraria algumas horas, até que ela ouvisse batidas na porta.
- Lea? Eu trouxe sua janta. - murmura Ichiro. - Posso entrar..?

Suki:
A garota resmunga baixinho, se virando de lado antes de esfregar os olhos.

- Pode entrar, Ichiro! - Salem avisa.

Maianne Ribeiro:
- Com licença. - ele murmura, trazendo a bandeja até Leanne. - Aqui. Você precisa
se alimentar direito.

Suki:
- Que horas são...? - pergunta, sonolenta, se sentando devagar na cama.

Maianne Ribeiro:
- Um pouco depois da hora do jantar. - ri.

Suki:
- Já...? - pergunta, afastando o cabelo do rosto. - Eu apaguei depois da Papisa,
então...

Maianne Ribeiro:
- Já. - ele ri de leve. - Eu trouxe minha porção também, pra gente comer junto.

Suki:
Isso faz Leanne sorrir de forma um tanto sincera, erguendo uma das mãos para fazer
um afago em Ichiro antes de abrir espaço para ele e a bandeja na cama.

- Obrigada. Comer sozinha não é tão legal.

Maianne Ribeiro:
- Eu sei. Por isso que trouxe minha porção. - ele ri de leve. - É melhor assim.

Suki:
- Eu senti sua falta nas refeições. - admite, tocando o rosto dele em um afago
delicado, carinhoso, feito com as pontas dos dedos.

Maianne Ribeiro:
- Eu vou voltar a comer com todo mundo. Prometo. - sorri, a mão repousando sobre a
dela.

qualquersuki:
Suki:
- Obrigada. - sussurra. - Podemos voltar a treinar juntos, também...? - pede.

Maianne Ribeiro:
- Claro que sim. - sorri. - Todo dia.

Suki:
Ela sorri mais abertamente, as bochechas corando de leve.

- Eu senti sua falta... - sussurra, visivelmente apaixonada, carinhosa.

Maianne Ribeiro:
- Eu também senti falta da minha irmã. - ele murmura, gentil.
"Irmã. Só irmã."

Suki:
Isso faz a garota rir baixinho, beijando uma das bochechas dele.

- A sua irmã também sentiu a sua falta.

Maianne Ribeiro:
- Então chega de sentir falta. - sorri.

Suki:
- Obrigada, Ichi. - diz, boba.

Maianne Ribeiro:
- De nada, Lea. - sorri, afagando os cabelos dela.

Suki:
A garota ri baixinho, fechando os olhos com o carinho...

Maianne Ribeiro:
O rapaz continua mais um pouco antes de suspirar, começando a comer.
- Gostou da tatuagem..?

Suki:
- Eu _amei_! - diz, boba, fazendo o mesmo. - Você pediu ajuda do papai pra cor da
minha pele, né?

Maianne Ribeiro:
- Não. - ele sorri, negando com a cabeça. - A sua aparência mudou pra mim, pouco a
pouco.

Suki:
O queixo da menina cai, os olhos se enchendo de lágrimas.

- ...isso... Isso é sério...? - pergunta, esboçando um sorriso

Maianne Ribeiro:
- É. Eu consigo te ver. - sorri, afagando os cabelos dela. - ...eu fiz um desenho
seu.

qualquersuki:
Suki:
O choro começa a escorrer pelo rosto de Leanne, o sorriso se abrindo ainda mais no
rosto enquanto ela segurava o rosto dele com as duas mãos.

- Isso... Isso é sério...? - sussurra, a voz trêmula.


Maianne Ribeiro:
- É. É sério. - ele ri de leve. - Quer que eu te mostre?

Suki:
- P-por favor...! - e ri, assentindo com a cabeça

Maianne Ribeiro:
- Eu já volto. - ele ri de leve, se afastando. Voltaria pouco depois com o caderno
de desenho, folheando até chegar a uma página específica.

O desenho era bonito, colorido em tons pastéis, mostrando Leanne adormecida nos
jardins...

Suki:
Quando ele retornasse, veria Leanne andando de um lado para o outro na frente do
espelho, prontamente se aproximando.

- Eu.. Eu não....! - gagueja, os lábios trêmulos enquanto ela olhava do desenho


para Ichiro, o sorriso se abrindo no rosto.

Maianne Ribeiro:
- Eu te vejo. - ele sorri, carinhoso. - De verdade.

Suki:
Ela morde o lábio inferior, chorosa, hesitante por um momento antes de segurar o
rosto de Ichiro com as duas mãos para beijá-lo, apaixonada...

Maianne Ribeiro:
O rapaz estremece, largando o caderno antes de puxar Leanne pra si, retribuindo o
beijo, o coração batendo forte...

Suki:
- Eu te amo... - sussurra, ofegando, antes de voltar a beijá-lo, envolvendo Ichiro
com os braços, arrepiada.

Maianne Ribeiro:
- Eu... Eu também te amo... - ele sussurra baixinho, mantendo a garota perto de si,
um dos braços envolvendo-lhe a cintura.

Suki:
- Jura que nunca vai me abandonar...? - pede, a respiração pesada, as mãos buscando
as costas dele.

Maianne Ribeiro:
- Eu juro. Eu juro, Lea, eu juro por tudo que há de sagrado nesse mundo... -
sussurra, arrepiado.

qualquersuki:
Suki:
- Pela carpa...? - pergunta, aproximando o rosto do dele novamente.

Maianne Ribeiro:
- Pela carpa. - sussurra. - Eu juro pela carpa.

Suki:
Ela comprime os lábios, assentindo com a cabeça antes de voltar a beijá-lo,
empurrando Ichiro devagar até a cama.
Maianne Ribeiro:
"Pelos deuses..." ele estremece, recuando até a cama com a garota, puxando-a pra
que se deitasse sobre si.

Suki:
E Leanne o acompanha sem pensar, se sentando sobre os quadris de Ichiro antes de
tirar a blusa e voltar a beijá-lo ainda mais intensamente, os lábios mais quentes.

Maianne Ribeiro:
As mãos do rapaz sobem aos seios de Leanne, acariciando-os, os quadris pressionados
contra os dela.

Suki:
Isso faz a garota gemer baixinho contra os lábios dele, tirando o top antes de
puxar as vestes de Ichiro, apressada.

- Eu quero você... Eu quero ser sua... - sussurra.

Maianne Ribeiro:
- Você já me tem por completo, Leanne. - ele ri de leve, arrancando a camisa antes
de empurrar a bermuda pra baixo, tirando-a apressadamente.

Suki:
- De corpo e alma...? - pergunta, se deitando ao lado de Ichiro antes de puxá-lo
para cima de si, as mãos indo tirar o próprio short.

Maianne Ribeiro:
- De corpo e alma. - sussurra, descendo os lábios até o pescoço dela, uma das mãos
ainda em seus seios.

Suki:
- Ah... Ah, Ichi... - ela geme, uma das mãos se enroscando nos cabelos dele
enquanto a outra descia para entre as pernas do rapaz, acariciando-o.

Maianne Ribeiro:
- Lea..! - ele estremece com o toque dela, arrepiado, a respiração mais pesada.

Suki:
- Me faz sua... - insiste, roçando o corpo no dele. - Entra em mim e me completa...
- pede, arfando.

Maianne Ribeiro:
- Não precisa pedir duas vezes. - ele ri de leve, encaixando o quadril no dela com
cuidado.

qualquersuki:
Suki:
Isso faz a garota resmungar baixinho, o corpo se tensionando com a sensação antes
que ela suspirasse.

- ...eu quero sentir você com toda a sua vontade... - sussurra, a voz mais aguda,
sem que ela conseguisse controlar o corpo que ondulava contra o de Ichiro.

Maianne Ribeiro:
- Com toda a minha vontade. - ele sussurra, o quadril se colando ao dela de uma só
vez, o rapaz começando a se mover, sem hesitar. "É bom demais..!"

Suki:
Isso arranca um gemido alto dos lábios dela, Leanne, se agarrando nele com os
braços e pernas.

- I-isso...! N-não para, Ichi...! - exclama, as mãos arranhando-lhe as costas.

Maianne Ribeiro:
- Eu não vou parar..! - o rapaz responde, o corpo quente colado ao dela enquanto
ele se movia quase num frenesi, enlouquecido de prazer...

Suki:
A própria Leanne não parecia capaz de parar, os gemidos mais agudos de tal forma
que ela cobre a boca com uma das mãos para se evitar de fazer muito barulho, os
olhos revirando nas órbitas...

"E-eu não vou aguentar...!", pensa, o orgasmo surgindo e ameaçando se espalhar por
todo o seu corpo...

Maianne Ribeiro:
Ichiro não demora muito pra atingir o próprio limite, cerrando os dentes com
firmeza enquanto sentia o corpo se tensionando, os quadris se movendo mais algumas
vezes até enfim parar, colado ao da garota.
- L... Lea... - ele sussurra, ofegante, o nariz encostando no rosto dela.

Suki:
Ela desce as pernas devagar, o peito subindo e descendo pesadamente enquanto Leanne
mantinha os olhos fechados.

- E-eu te amo... - sussurra, tocando o rosto de Ichiro com uma das mãos antes de
encará-lo, apaixonada, o rosto vermelho.

Maianne Ribeiro:
- Eu também... Também t-te amo. Muito, muito, muito... - ele sussurra, beijando-a
de leve.

Suki:
- M-muito... - ela sorri, estremecendo com o beijo. - D-deita comigo... - pede,
chegando um pouco para o lado.

Maianne Ribeiro:
Ele assente com a cabeça, fazendo como ela pedira, mantendo a garota perto de si.
- Depois eu levo a bandeja de volta... - ele ri baixinho.

qualquersuki:
Suki:
- Amanhã a gente pensa nisso... - murmura, abraçando Ichiro carinhosamente,
encostando o rosto nos cabelos dele.

Maianne Ribeiro:
- Mm. Amanhã... - sussurra, se aninhando nos braços dela, os olhos se fechando.

Suki:
Leanne ri baixinho, beijando os cabelos dele antes de fechar os olhos para dormir,
exausta, porém feliz...

Maianne Ribeiro:
E na manhã seguinte, Mitsuo estranharia a ausência de ambos no café da manhã, indo
até os quartos dos filhos. Ao não obter resposta no quarto de Ichiro, ele vai até o
de Leanne, batendo na porta.
- Leanne? Você já acordou?
Suki:
A garota apenas resmunga baixinho, cansada demais para despertar, puxando Ichiro
mais para si...

Maianne Ribeiro:
- Leanne..?

O homem engole em seco, abrindo a porta... E então dando as costas de imediato, o


rosto vermelho.
- Ahem. Leanne. Ichiro. Acordem. - resmunga, sem jeito.

Suki:
- Eu já vou, pai, mais cinco minuuutos... - pede, manhosa, parcialmente adormecida

Maianne Ribeiro:
- Cinco minutos. Nós vamos esperar. - resmunga, se afastando.

Suki:
A mulher prontamente se levanta quando o marido entra novamente no salão de jantar,
franzindo a testa ao ver as bochechas coradas dele.

-=-

- Acordem, vocês dois! - Salem chama, dando patadas leves no rosto de Ichiro e
Leanne. - O pai de vocês esteve aqui!

Maianne Ribeiro:
- Eles já vem. - sussurra, se acomodando no próprio lugar.

-=-

- ...huh..? - Ichiro resmunga, afastando Salem com a mão. - E-ei, que história é
es--

"O pai de vocês esteve aqui."

- ...QUEM?! - ele exclama, empalidecendo violentamente.

qualquersuki:
Suki:
- Estavam juntos? - pergunta, erguendo as sobrancelhas, as próprias bochechas
corando.

-=-

- O Mitsuo esteve aqui. - diz, ao que Leanne prontamente se levanta, quase jogando
o gato para fora da cama.

- Ele... N-não... Não, não, não, não, não, não...! - exclama, os lábios começando a
tremer enquanto o rosto perdia toda a cor. - Não, merda, não, não ele...! - e se
levanta correndo, prontamente indo para o banheiro se enfiar sob o chuveiro.

Maianne Ribeiro:
- Estavam. - sussurra.

-=-

- Calma, Lea. Calma. - ele sussurra, indo atrás da garota. - Eu falo com ele. Vai
ficar tudo bem.
Suki:
- Eu... - ela gagueja, balançando a cabeça antes de rir baixinho.

-=-

- Não, não vai, Ichi...! - exclama, chorosa, se apressando em se lavar.

Maianne Ribeiro:
- Hmpf..!

-=-

- Tudo bem. Tudo bem, eu não vou pra lugar nenhum. Eu tô aqui. - sussurra.

Suki:
- Ao menos se resolveram!

-=-

- Vai se lavar também. Já vai ser ruim o suficiente com os dois apresentáveis. -
diz, nervosa.

Maianne Ribeiro:
- Se resolveram bem. - resmunga.

- ...isso é ruim? - Chiaki franze a testa, confusa.

-=-

- Tá. Eu já volto. Não demoro. - diz, indo recolher a própria roupa antes de ir pro
quarto tomar uma ducha.

qualquersuki:
Suki:
- Não, querida, de forma alguma. - ela ri.

-=-

E Leanne não demora a se ajeitar, colocando roupas limpas e indo para o corredor
esperar Ichiro.

Maianne Ribeiro:
- Então por que o papai tá resmungando?

-=-

O rapaz não demora a sair do quarto, já arrumado.


- Pronto. - murmura. - Vamos?

Suki:
- Porque ele sempre resmunga. - brinca.

-=-

- Vamos. Vamos logo. - murmura, se afastando a passos rápidos.

Maianne Ribeiro:
- Sempre mesmo. - ri.
- Hmpf.

Não demora muito para que a porta se abra, Ichiro e Leanne entrando na sala.
- Desculpa o atraso. - o rapaz murmura baixinho, sem jeito.

Suki:
Leanne repete a frase, fazendo uma mesura ao entrar.

Se mantinha cabisbaixa, os ombros visivelmente tensos, a postura amedrontada...

Isso faz com que Setsuna franza a testa, encarando Mitsuo como se exigisse uma
resposta dele.

Maianne Ribeiro:
- ...não tem problema. - o homem suspira, a voz tranquila. - Dormiram bem? E a
tatuagem, como foi?

Suki:
- S-sim, senhor. - diz, os movimentos bastante rígidos enquanto ela se sentava, sem
erguer o olhar.

Maianne Ribeiro:
- Leanne. Olhe pra mim. - pede, o tom ainda suave.

Suki:
A garota hesita, mas acaba por fazer como Mitsuo pedira, os olhos cheios de
lágrimas.

Maianne Ribeiro:
- Eu não estou bravo. - murmura, sorrindo. - Está tudo bem.

qualquersuki:
Suki:
- M-mesmo...? M-mas a gente... A gente é irmão, e-e... - gagueja, estremecendo

Maianne Ribeiro:
- Eu já sabia. - o homem suspira. - Se eu fosse contra, já teria impedido.

Suki:
Ela morde o lábio inferior.

- M-mesmo...?

- Todos nós já sabíamos, querida. - Setsuna diz, suave, com um risinho

Maianne Ribeiro:
- Mesmo. Não se preocupe.

- Sabiam do que?! - Chiaki resmunga. - Do que vocês tão falando?

- Que eu e a Lea namoramos. - Ichiro sussurra, sem jeito.

- ...ah. Eu sabia que você gostava da Lea e que a Lea gostava de você. - ri.

Suki:
- Era... Era tão óbvio assim...? - pergunta, tímida.

- Era sim, querida. - e ri.


Maianne Ribeiro:
- Bastante. - Mitsuo ri. - Agora comam, senão vamos atrasar os treinos.

Suki:
A garota esboça um sorriso com a reação da família, assentindo com a cabeça antes
de agradecer pela comida e começar a se servir.

- Eu e o Ichiro vamos voltar a treinar juntos. Tem problema? - pergunta,


esperançosa.

Maianne Ribeiro:
- Claro que não. É melhor, inclusive. - ele assente com a cabeça.

Suki:
- Obrigada, pa-- - ela hesita, mordendo o lábio inferior.

Maianne Ribeiro:
- Pode continuar me chamando de pai. - murmura.

Suki:
Leanne hesita, comprimindo os lábios.

- ...tem certeza?

Maianne Ribeiro:
- Tenho. - ele assente com a cabeça. - Nada mudou entre nós.

Suki:
Isso faz a menina esboçar um sorriso, os olhos se enchendo de lágrimas enquanto ela
se levantava para abraçar Mitsuo e Setsuna...

Maianne Ribeiro:
O homem sorri, abraçando-a de volta.
- Minha filha... - sussurra.

Suki:
- Nada vai mudar entre nós, minha menina... - Setsuna diz, afagando os cabelos dela
carinhosamente. - Nem entre nós e você, nem entre nós e o Ichiro.

Maianne Ribeiro:
- Exatamente. Não precisa se preocupar. - sorri.

qualquersuki:
Suki:
- Eu já estava preocupada. - admite, dando um risinho culpado. - Eu não quero
perder vocês...

Maianne Ribeiro:
- E não vai, é claro. - ri. - Não se preocupe.

Suki:
- Obrigada. - murmura, apertando o abraço.

- Agora é melhor você comer, que o seu irmão nos disse que você andou perdendo
peso.

- ...é, mas só um pouquinho!


Maianne Ribeiro:
- Mas perdeu. - Ichiro comenta. - Precisa recuperar ainda assim.

Suki:
- Tudo bem, tudo bem, já entendi o motim! - brinca, voltando para o próprio lugar e
empurrando o rapaz de leve para o lado.

Maianne Ribeiro:
Ichiro ri de leve, empurrando ela de volta antes de começar a comer.

Suki:
"Eu nem acredito...", pensa, boba, fazendo o mesmo, vez ou outra se encostando um
pouco mais nele.

Maianne Ribeiro:
O rapaz sorri, aproveitando a proximidade dos dois, bobo. "Eu nem acredito..."

Suki:
- Vamos voltar a treinar com as Arcanas enquanto o papai ensina a Chiaki e depois
corrige a gente? - pergunta, olhando de Ichiro para Mitsuo.

- Eu vou adorar voltar ao crochê enquanto assisto vocês e seus respectivos treinos.
- Setsuna admite, sorrindo.

Maianne Ribeiro:
- Vamos, vamos sim. - Ichiro sorri.

- Treino com todo mundo, eba! - Chiaki ri.

Suki:
- A família toda reunida, do jeito que é bom~ - Leanne diz, boba.

Maianne Ribeiro:
- O melhor jeito! - a menina sorri, empolgada.

Suki:
- Exatamente. - Setsuna concorda com a cabeça, sorrindo suavemente.

qualquersuki:
Suki:
Já haviam se passado vários dias, o convívio familiar ainda mais agradável e
afetuoso que antes graças ao novo relacionamento de Ichiro e Leanne - e de Ichiro
com o pai, também -.

Setsuna fizera questão de levar a filha a um médico, sem revelar ao marido suas
razões, a menina começando a se cuidar ainda mais com as novas relações que
mantinha com Ichiro, já que o novo casal voltara a dormir na mesma cama todas as
noites, confortáveis, embolados um no outro.

Naquela noite, porém, algo desperta Leanne...

- Ichi. Ichiro, acorda. - chama, balançando o ombro dele, algumas horas depois dos
dois terem caído no sono.

Maianne Ribeiro:
- ...hmm..? - ele resmunga baixinho, entreabrindo os olhos. - Lea..? O que foi..?

Suki:
- Levanta. - chama, um sorriso vulpino em seu rosto. - Vai se arrumar. Eu tenho uma
festa pra te levar.

Maianne Ribeiro:
- Uma... Quê? Uma festa? - murmura, confuso, se levantando.

qualquersuki:
Suki:
- Uma festa. - ela assente com a cabeça. - Música alta, luzes coloridas, bebida, e
um monte de gente. - diz, empolgada.

Maianne Ribeiro:
- O papai deixou? - pergunta, sem jeito, se levantando.

Suki:
- Claro que não. Eu nem perguntei. - e ri baixinho. - Mas a gente volta antes do
amanhecer.

Maianne Ribeiro:
- Vamos fugidos, é? - ele ri. - Você já fez isso antes?

Suki:
- Sim. E sim também~ - diz, boba. - Eu vou com um short e uma camiseta mais
curtinha, pra mostrar a tatuagem e essa barriguinha bonita. - brinca, dando dois
tapinhas no próprio abdome. - E tênis beeeem confortáveis pra passar a noite
dançando!

Maianne Ribeiro:
- Eu não sei me vestir pra festa. - ri. - Uma Bermuda e uma camiseta, só?

Suki:
Ela assente com a cabeça.

- Ou uma calça, se você preferir.

Maianne Ribeiro:
- Acho que bermuda é melhor, mais leve. - comenta. - Você vai ter que me ensinar a
dançar.

Suki:
- Eu te ensino. Não é difícil, e você sabe se mover muito bem por causa da luta~

Maianne Ribeiro:
- Quero só ver. - ele ri. - Vou me trocar e já volto! - diz, se afastando

Suki:
"Você vai adorar~", pensa, boba, indo se trocar também.

Maianne Ribeiro:
O rapaz não demora a retornar, vestindo uma bermuda longa, folgada, a camiseta
justa no corpo, e um par de tênis confortáveis.
- Pronta? - pergunta, dando dois toques na porta.

qualquersuki:
Suki:
- Pronta. - ela sorri, chamando ele para dentro pela mão. - ...olha, ficou muito
bom pra quem não sabe se vestir. - provoca, beijando-o de leve.

Maianne Ribeiro:
- Pelo jeito eu sei me vestir, então. - ele ri, retribuindo o beijo. - Peguei minha
carteira, também. Eu pago hoje.

Suki:
Ela ergue as sobrancelhas, sorrindo de canto com a resposta.

- Não vou reclamar de um mimo desses. - e ri também, segurando a mão dele. -


Pronto~?

Maianne Ribeiro:
- Mais que pronto. - ri. - Vamos!

Suki:
- Segura firme. - ela ri. - Avach Ehwaz! - exclama, os dois desaparecendo do quarto
e reaparecendo em uma sala de estar um tanto maltratada e simples, algumas pessoas
esperando os dois.

- Você não disse que vinha acompanhada. - o maior deles diz, fechando a expressão.

- Aaron, você sabe muito bem que eu tô namorando. Desfaz o bico. - resmunga,
revirando os olhos.

Maianne Ribeiro:
- Woah..! - ele exclama, olhando em volta. - Lea, o que... O que foi isso?
Teleporte?!

qualquersuki:
Suki:
- Isso. - ela assente com a cabeça. - Viagem de runa, no caso!

- Nunca tinha levado o namorado pra um passeio desses? - provoca.

- Aaron, a Leanne vai quebrar seus dentes. Já chega. - uma das meninas resmunga.

Maianne Ribeiro:
- Viagem de... Depois você me explica. - ele ri, se virando pro rapaz. - Aaron, não
é? Eu sou Ichiro, namorado da Leanne.

Suki:
- Achei que fosse _irmão_. - provoca, fazendo Leanne revirar os olhos e ir até uma
das prateleiras, pegando uma pedra lilás e guardando-a no bolso.

- Tchau, Aaron. - e puxa Ichiro consigo para a saída.

Maianne Ribeiro:
- As coisas mudaram. - ele pisca um olho, se afastando.

Suki:
- Não vai na dele, não. - diz, ignorando os rosnados de Aaron e os sons dos outros
tentando segurá-lo antes de bater a porta atrás de si. - Ele ainda tá enciumado.

Maianne Ribeiro:
- Pois ele que fique. - Ichiro ri. - Eu não me importo.

Suki:
A resposta faz os ombros de Leanne relaxarem, a garota soltando um risinho.

- Você é um homem e tanto. - diz, boba.

Maianne Ribeiro:
- Eu sei que sou. - ri. - O que foi aquela pedra que você pegou?

Suki:
- A runa. - explica. - É ela quem define onde vai ser o local de chegada.

Maianne Ribeiro:
- Entendi. Aquilo que você falou uma palavra-chave, então? Pra ativar a magia?

Suki:
Ela assente com a cabeça.

- Exatamente. Mas só eu consigo fazer isso. Mesmo que outra pessoa tenha a runa em
mãos, ela não vai conseguir ativar.

Maianne Ribeiro:
- Que prático. - ele ri baixinho.

Suki:
- Eu sei~ - e ri, boba. - A outra runa fica no meu quarto, por sinal.

Maianne Ribeiro:
- Então você teleporta de volta também. Perfeito. - ri.

qualquersuki:
Suki:
- Por isso fugir é tão fácil, e por isso eu faço tanto. - ela ri baixinho. - Mas
agora preciso de outro lugar pra colocar a runa na hora de vir pra cidade!

Maianne Ribeiro:
- A gente acha um lugar legal. - ri.

Suki:
- A parte difícil é ser um lugar seguro. - comenta.

Maianne Ribeiro:
- Tem algumas bases da família que você pode usar. - comenta.

Suki:
- ....isso é uma ótima ideia~ - e ri baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Viu? Eu tenho boas ideias. - ri.

Suki:
- Vamos precisar ver onde cada uma fica antes de decidir em qual colocar. Sem falar
nada pro papai, claro!

Maianne Ribeiro:
- Claro. - ri. - Quer ver isso hoje ainda, ou outro dia?

Suki:
- Outro dia, outro dia. Hoje a gente vai se acabar~ - diz, boba, empurrando-o de
leve com o ombro.

Maianne Ribeiro:
- Quero ver. - ele ri, bobo. - Pra festa, então!

Suki:
- Já estamos quase chegando~ - diz, indicando a porta, alguns metros a frente, de
onde se viam luzes coloridas, um rapaz desinteressado sentado em um banco na
calçada.

Maianne Ribeiro:
- É só entrar? Ou tem algum ingresso? - pergunta. - Aliás, como você descobriu esse
lugar?

Suki:
- Sim, não, o pessoal me apresentou. - ela sorri, acenando de leve para o rapaz
antes de puxar Ichiro escada acima.

Maianne Ribeiro:
- E onde você conheceu esse pessoal? - pergunta. - ...não é ciúme, é curiosidade.
Juro.

qualquersuki:
Suki:
- Internet, e depois a gente começou a sair juntos de tarde. - explica. - Eles
foram me mostrando a cidade, me ensinando a andar por aí, e me apresentaram parte
da vida noturna. - ela sorri.

Maianne Ribeiro:
- Ah, então é por isso que você some de tarde às vezes. - ri.

Suki:
- Às vezes sempre~ - brinca. - ...eu tava fazendo uns bicos, também, na
floricultura da mãe da Yuko.

Maianne Ribeiro:
- Bicos, é? Por diversão? - pergunta.

Suki:
- ...ehh. Também. Não gosto de usar o cartão que o papai me deu. - admite, sem
jeito.

Maianne Ribeiro:
- ...huh? Por quê? - ele franze a testa.

Suki:
- Não acho certo gastar o dinheiro dele com roupa, maquiagem e festas. - ela
suspira.

Maianne Ribeiro:
- Por que não? Ele não vai reclamar.

Suki:
- Porque eu me sinto mal. - e cruza os braços, desviando o olhar.

Maianne Ribeiro:
- Eu não sei se consigo entender. Por que você se sentiria mal? - murmura, confuso.

Suki:
- Porque são coisas supérfluas. Ele não tem obrigação de pagar por nada disso.

Maianne Ribeiro:
- Ele é nosso pai, Lea. Ele sabe que a gente vai gastar dinheiro com essas coisas,
você sabe que ele só vai reclamar se a gente exagerar.

Suki:
- Eu não sei se ele sabe, e eu não sei se ele não liga mesmo. - murmura. - Você não
é exatamente vaidoso, eu não te vejo gastando dinheiro com roupa pra sair, ou
coisas assim.

Maianne Ribeiro:
- Mas eu gasto bastante com material de desenho e papelaria, e ele não liga. -
Ichiro dá de ombros. - Eu aposto que ele não vai ligar.

qualquersuki:
Suki:
- Você gasta com isso porque vai virar o tatuador da família, é parte do seu
processo de aprendizado. - resmunga.

Maianne Ribeiro:
- Ainda assim, Lea! Você não precisa se privar disso!

Suki:
- Eu tô conseguindo comprar as minhas coisas com esse bico, eu posso fazer isso sem
incomodar o seu pai! - retruca.

Maianne Ribeiro:
- Não vai incomodar, Lea, pelos deuses! - ele exclama, levando a mão ao rosto. -
Ele também é seu pai!

Suki:
A garota infla as bochechas, cruzando os braços e encolhendo os ombros.

- A gente vai continuar discutindo aqui na escada ou vamos subir e ter uma noite
legal?

Maianne Ribeiro:
- Vamos subir e ter uma noite legal. É melhor. - o rapaz suspira.

Suki:
- Ótimo. - murmura, os passos mais rígidos enquanto ela subia, sem puxar Ichiro
consigo.

Maianne Ribeiro:
"Puta merda, que teimosia..." pensa, acompanhando-a.

Suki:
Quando eles chegam no andar superior, Ichiro se vê bombardeado de sons e luzes
coloridas, a música bastante alta parecendo engoli-lo, as batidas reverberando em
seu peito.

- Vai querer beber? - pergunta, gesticulando, ao se encostar no bar.

Maianne Ribeiro:
- ...uau. - ele murmura, impressionado, olhando ao redor. - Vou sim. O que você
bebe normalmente?

qualquersuki:
Suki:
- Tem um drink aqui que eu _amo_. Tem gosto de algodão doce, por sinal~ - ela
sorri. - Mas vou precisar te fazer uma pergunta muito séria antes de pedir~

Maianne Ribeiro:
Ele ergue uma sobrancelha, curioso.
- Uma pergunta séria, é? Fala.
Suki:
- Cabelo ou olhos~? - e sorri de canto, provocando-o.

Maianne Ribeiro:
- Cabelo ou... Olhos..? - ele murmura, visivelmente confuso. - O... Olhos..?

Suki:
- Beleza. Eu fico com o cabelo, então. - e pisca um dos olhos, se inclinando sobre
o balcão para pedir, risonha, cumprimentando os funcionários do bar.

Maianne Ribeiro:
- OK..? - ele sussurra, sem entender, apenas acompanhando a garota.

- Leanne, bom te ver de novo! Quem é o mocinho? - a bartender sorri. - Vai querer o
que hoje?

Suki:
- Meu namorado~ Dei sorte, não dei? - ela ri, piscando um dos olhos. - O de sempre,
mas um pros olhos e um pro cabelo. E sem contar o efeito, que vai ser surpresa pra
ele!

Maianne Ribeiro:
- E que sorte. - ela ri, começando a preparar os drinks. - Pode deixar!

- OK, se eu entendi direito, vai mudar alguma coisa nos meus olhos. É isso? -
Ichiro ri.

Suki:
- Tira o olho dele! - Leanne gargalha, se virando para o dragão. - Talvez. Quem
sabe~? Eu não disse nada~ - provoca.

Maianne Ribeiro:
- Já tirei! - e gargalha.

- Ai, ai... - Ichiro ri, bobo. - Fiquei curioso.

qualquersuki:
Suki:
- E vai continuar curioso até ver. - ela ri, se aproximando para beijá-lo,
segurando o rosto dele com as duas mãos.

Maianne Ribeiro:
O rapaz retribui o beijo, carinhoso, envolvendo a cintura dela.

Suki:
- É tão bom poder ficar assim com você, sabia...? - diz, os lábios próximos ao
ouvido dele.

Maianne Ribeiro:
- É ótimo. - ele ri de leve. - Sentir você perto de mim, ouvindo essa música
intensa...

Suki:
- Parece que o meu coração vai explodir com tanta coisa. - provoca, beijando o
rosto e o pescoço dele de leve.

Maianne Ribeiro:
- Não me beija assim aqui, não vai dar certo... - ele ri, descendo a mão um pouco.
Suki:
- Não tem problema, depois a gente se esconde no banheiro... - murmura. - Eu trouxe
camisinha na carteira~ - adiciona baixinho, provocante.

Maianne Ribeiro:
- Resolvido. - ele ri, corando de leve. - Vou começar a fazer o mesmo~

Suki:
- O bom é que a música abafa, já que você sempre me faz querer gritar... - diz,
encostando o corpo no dele.

Maianne Ribeiro:
- Contanto que a gente não seja expulso, todo mundo pode ouvir... - ele ri,
beijando o pescoço dela.

qualquersuki:
Suki:
- Não vão ouvir... - e estremece, recuando vários passos quando Aaron abre caminho
entre os dois, empurrando um para cada lado sem rodeios antes de ir até o bar.

- Vodka com energético, gelo e limão. - pede, irritado.

Maianne Ribeiro:
- Cuidado, ou vai acabar machucando alguém assim. - Ichiro ri, balançando a cabeça.

- Seus drinks. - diz a bartender, servindo as bebidas de Ichiro e Leanne antes de


confirmar o pedido de Aaron.

Suki:
- Obrigada~ - diz, fazendo um coração com as mãos antes de pegar as bebidas,
entregando um dos copos para Ichiro. - Fecha os olhos, toma um gole, conta três
segundos e depois abre os olhos. - explica.

Maianne Ribeiro:
- Sim, senhora. - ele brinca, fazendo como ela pedira, abrindo os olhos depois de
três segundos.

Suki:
E ele veria os cachos de Leanne trocando de cor em um espectro variado,
transicionando entre cada uma delas naturalmente.

- ...uau. Seus olhos ficam ainda mais bonitos assim. - diz, boba, abrindo um
sorriso.

Maianne Ribeiro:
- ...e os seus cabelos ficaram incríveis. - ele ri. - Adorei!

Suki:
- Que bom, porque assim a gente combina ainda mais. - ela ri, beijando-o
suavemente. - ...e o gosto fica ainda melhor na sua boca~

Maianne Ribeiro:
- Posso dizer o mesmo. - ri, afagando o rosto dela. - Dançar, agora? Você me deve
aulas.

Suki:
- Só me seguir - ela ri, puxando-o pela mão para o meio da pista de dança,
afastando-os de Aaron.
Maianne Ribeiro:
- Seguindo, seguindo. - ele ri baixinho, se deixando levar. "A noite vai ser
longa~"

Suki:
- Prefere aprender vendo ou sentindo~? - provoca, a voz quase engolida pela música.

Maianne Ribeiro:
- Sentindo. Melhor assim. - ri.

Suki:
- Concordo~ - provoca, se encostando em Ichiro pelas costas, o corpo roçando no
dele. - A gente precisa começar soltando esse quadril~

Maianne Ribeiro:
- Soltando o quadril, eh..? - ele ri. - Me mostra~

qualquersuki:
Suki:
- Ah, não provoca, você já mostrou que sabe bem fazer isso~ - murmura no ouvido
dele, as mãos tocando as coxas dele para colar os dois quadris, movendo o próprio
de um lado para o outro e induzindo Ichiro a acompanhá-la.

Maianne Ribeiro:
- Aprendi com você. - ele ri baixinho, movendo os quadris com ela, arrepiado.

Suki:
- Até parece~ - ela ri também, uma das mãos tocando o peito de Ichiro para puxá-lo
suavemente para si enquanto se movia, trazendo-o consigo no movimento...

Maianne Ribeiro:
- A mais pura verdade! - ri, colocando a mão sobre a dela.

Suki:
- Você quem me ensinou quase tudo. - diz, encostando a cabeça na dele. - Agora eu
só tô retribuindo, te ensinando a aproveitar~

Maianne Ribeiro:
- E aproveitar bastante... - ele sorri, bobo.

Suki:
- Daqui a pouco você vai dançar comigo de igual pra igual, e a gente vai ser o
centro das atenções... - ela ri baixinho.

Maianne Ribeiro:
- O Aaron não vai ficar com ciúmes~? - brinca, risonho.

Suki:
- Não sei, você quer que ele fique~? - provoca, passando os lábios pela orelha
dele.

Maianne Ribeiro:
- Talvez... a cara de irritado dele é divertida~ - ri, arrepiado.

Suki:
- E se ele vier arrumar briga, você se garante no soco contra um garou~? - ela ri
também.
Maianne Ribeiro:
- Você me responde isso. A gente treina junto, não treina? - ele ri. - Eu acho que
me garanto sim~

Suki:
- Treina, mas o Aaron é forte e burro, e você é rápido e burro~ - brinca.

Maianne Ribeiro:
- ...ei, eu não sou burro! - ri.

Suki:
- Engraçado, porque você tem duas cabeças e mal usa uma~ - e morde o pescoço dele,
violenta, puxando-o para si com os braços.

Maianne Ribeiro:
O rapaz estremece com a mordida, arrepiado, soltando um gemido baixo.
- E-eu uso sim... mas com você me mordendo desse jeito, meu cérebro vai embora...

qualquersuki:
Suki:
- Ahh, que pena, que pena~ - provoca, soltando Ichiro devagar antes de voltar a
beber do próprio copo, propositalmente deixando a bebida escorrer e molhar a
camiseta branca.

Maianne Ribeiro:
- Assim a gente vai acabar indo parar no banheiro mais cedo... - ele ri, tomando um
longo gole da bebida pra se acalmar.

Suki:
- Você quem disse que queria fazer ciúmes nele, não foi~? - e morde o lábio
inferior, encarando-o, o olhar afiado.

Maianne Ribeiro:
- Disse, e não me arrependo. - ri, colando o corpo ao dela antes de dar um beijo
intenso em Leanne.

Suki:
E isso a faz estremecer, envolvendo Ichiro com um dos braços, firme, retribuindo o
beijo na mesma altura, o hálito doce um tanto quente.

- ...vem. Dançar. - murmura, ao afastar o rosto do dele.

Maianne Ribeiro:
- ...vamos. - ele ri, terminando o drink e usando uma magia pra depositar o copo
vazio no balcão antes de puxar Leanne pra dançar.

Suki:
- Que educado, olha só~ - ela ri, se deixando levar, a própria bebida ainda em uma
das mãos.

Maianne Ribeiro:
- Claro que sou. - ele ri baixinho, se movendo ao ritmo da música.

Suki:
"Ele fica ainda mais bonito rindo assim...", pensa, acompanhando-o, empolgada,
sempre risonha. Não perdia as chances de encostar em Ichiro ou de beijá-lo,
bastante carinhosa como costumava ser quando estavam apenas os dois...

Maianne Ribeiro:
E o rapaz aproveitava, dançando com Leanne sem parar, incansável, se mantendo perto
da garota sempre...

qualquersuki:
Suki:
Já passara do meio da noite, os dois embriagados, quando a garota enfim tira a
camisa molhada e transparente de suor, deixando o top preto - e a bela tatuagem em
seu peito - à mostra.

- Eu nunca me diverti tanto assim saindo antes...! - admite, risonha.

Maianne Ribeiro:
- É a minha presença. - ele ri baixinho, dando um beijo na garota. - ...eu também
nunca me diverti tanto na vida...

Suki:
- É, é a sua presença mesmo... - diz, boba. - A sua presença, o seu corpo, o seu
cheiro, o seu gosto~ - e ri.

Maianne Ribeiro:
- Coincidência, porque eu diria o mesmo. - ele ri de leve.

Suki:
- Pena que não disse. - provoca, sorrindo de canto.

Maianne Ribeiro:
- Posso dizer, se quiser. - ri.

Suki:
- Então diz. - pede, aproximando o rosto do dele. - Diz o quanto eu faço a
diferença pra você...

Maianne Ribeiro:
- Toda a diferença. - sussurra. - Seu calor, seu corpo, seu jeito, seu toque, seu
gosto, tudo...

Suki:
Isso faz Leanne se arrepiar, puxando o ar entre os dentes antes de morder o lábio
inferior.

- ...não fala assim~

Maianne Ribeiro:
- Já falei. - ele ri, mordiscando o pescoço dela.

Suki:
- Assim quem vai perder a cabeça sou eu. - responde, agarrando os cabelos dele com
uma das mãos.

Maianne Ribeiro:
- Perde, então. Perde, se joga com tudo. - ri, empurrando-a até uma das paredes, o
corpo pressionado contra o dela.

qualquersuki:
Suki:
- Você se segurou a noite toda esperando essa brecha, não foi...? - provoca,
enroscando uma perna na dele. - A noite inteira louco pra experimentar o que eu te
prometi~?
Maianne Ribeiro:
- Completamente louco... mas eu tenho controle. Até um certo ponto...

Suki:
- E esse ponto chegou, mm~? Ou eu preciso te provocar mais~? - pergunta,
mordiscando os lábios de Ichiro antes de descer a boca para o pescoço dele.

Maianne Ribeiro:
- Já passou, até. - ri, arrepiado. - Banheiro..?

Suki:
Ela nega com a cabeça.

- Ainda não... - sussurra, uma das mãos entrando pela bermuda dele para tocá-lo,
provocante.

Maianne Ribeiro:
Ele estremece com o toque da garota, a testa encostada no ombro dela.
- Aqui, na frente de todo mundo..? - ri.

Suki:
- Só um pouquinho~ - provoca no ouvido dele. - Um aperitivo~

Maianne Ribeiro:
- E o prato principal, quando..? - ri.

Suki:
- Quando você estiver morrendo de fome e implorar por ele. - e ri, falsamente
cruel.

Maianne Ribeiro:
- Eu já estou morrendo de fome, Lea... - sussurra, os quadris se movendo contra a
mão dela.

qualquersuki:
Suki:
A garota faz menção de responder, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa Aaron
a puxa pelos cabelos, jogando Leanne no chão antes de pisar em seu rosto com
violência. Mesmo com a música alta, era possível para Ichiro ouvir os ossos se
quebrando, esfarelando, o coturno do garou ameaçando afundar além da carne e do
osso.

- Eu te falei que era pra sempre, não falei...?! - e ri, vitorioso, visivelmente
bêbado, levantando o pé para desferir outro golpe...

Maianne Ribeiro:
Antes que ele pudesse desferir o segundo golpe, Ichiro já estaria sobre Aaron, o
punho atingindo o rosto do garou com violência.
- Não ouse encostar nela! - ele rosna, furioso, o vento dançando ao seu redor.

Suki:
Aaron rosna para ele, os braços agarrando Ichiro pelos ombros para jogá-lo para o
lado com violência, ignorando completamente Leanne que engasgava em sangue,
desorientada, sendo puxada para trás do balcão do bar.

- Você não vai chegar no _meu_ território e me desafiar assim, seu moleque de
merda! - grita, se levantando.

Maianne Ribeiro:
- Seu território? - ele ri, ficando de pé. - Não vi seu nome em lugar nenhum,
Aaron. Além disso, foi você quem começou, não foi?

Suki:
- Eu não comecei, eu vim _terminar_ essa merda...! - rosna, assumindo a forma
garou, ainda maior e mais largo, os caninos afiados. - Terminar com você e a sua
pegação com a _minha_ mulher!

Maianne Ribeiro:
- Também não vi seu nome nela, Aaron. - Ichiro sorri de canto. - Agora, as minhas
carpas estão lá...

qualquersuki:
Suki:
- EU VOU MATAR VOCÊS DOIS! - urra, se jogando contra Ichiro, as garras tentando
rasgá-lo.

Maianne Ribeiro:
O rapaz esquiva com agilidade, rindo.
- Cuidado, Aaron, vai quebrar uma unha assim!

Suki:
Ele se apóia nas mãos e pés, animalesco, prontamente se jogando sobre o dragão
novamente, se aproveitando das paredes, mesas - e até mesmo pessoas - para
prontamente voltar contra Ichiro...

Maianne Ribeiro:
Ichiro assume a forma de dragão, dançando no ar enquanto se esquivava de cada um
dos golpes, rindo, disparando mais e mais provocações a cada golpe falho...

Suki:
E isso só o deixava mais e mais furioso, o garou visivelmente ofegante depois de
alguns minutos atacando e gritando sem parar, hesitando e olhando para a saída ao
ouvir...

...o som de uma sirene de ambulância, e de vozes masculinas gritando ordens ao


sairem dela.

Maianne Ribeiro:
"...foi mais feio do que eu pensava," Ichiro engole em seco, parando enfim.
- Já chega. Tem coisas mais importantes pra lidar no momento, como consertar a
merda que você fez. - murmura, se afastando pra trás do balcão. "Lea..."

Suki:
Assim que Ichiro dá as costas, porém, ele sente o peso de Aaron sobre si, as garras
dele rasgando-lhe as costas.

- EU JÁ DISSE QUE VOU MATAR VOCÊS DOIS!

Maianne:
Ichiro cerra os dentes, segurando a dor, os olhos brilhando de ódio enquanto ele
assumia a forma de dragão outra vez, serpenteando pra se enrolar em Aaron.
- Já que insiste tanto, eu vou te ensinar bons modos! - ele ruge, as presas e as
garras se cravando na carne do outro com firmeza.

Suki:
O garou grita de dor, tentando se soltar, se debater, fazendo com que os ferimentos
só sejam mais profundos e longos.
- Já chega, molecada! - um homem grita, entrando na frente dos colegas. - Dragão,
solta o garoto! Quero ver os feridos!

Maianne:
Ichiro faz como o homem mandara, se afastando de Aaron.
- Atrás do balcão tem uma garota precisando de ajuda. - murmura, usando a própria
energia pra se curar. "Espero que não deixe marca..."

qualquersuki:
Suki:
O homem acena para quem vinha logo depois dele, indicando o balcão enquanto ele
mesmo se aproximava de Aaron, estancando os ferimentos com um misto de poções e
magia.

- A garota precisa de um hospital! - um deles informa, enquanto outro se afastava


para pegar a maca.

Maianne Ribeiro:
"Merda."
- Eu vou com ela, como acompanhante. - Ichiro murmura.

Suki:
- Parentesco? - pergunta, colocando Leanne sentada na maca, a garota com a cabeça
pendendo para frente enquanto o corpo estava imundo de sangue, o rosto visivelmente
fraturado e deformado pelo golpe de Aaron. - Ela vai precisar de um tubo! Tem muito
sangue aqui, ela mal consegue respirar!

Maianne Ribeiro:
- Eu sou namorado dela. - sussurra, empalidecendo. "Aaron, depois eu me resolvo com
você."

Suki:
Os socorristas sequer parecem prestar atenção em Ichiro, prontamente levando Leanne
para dentro da ambulância, várias pessoas ajudando a atendê-la.

Entre os ombros de um e outro, pela única porta aberta, Ichiro conseguiria vê-los
aspirando o sangue antes de intubar Leanne, a garota se debatendo debilmente,
confusa, incapaz de entender o que acontecia. Entre os sons de sangue e engasgo e
enjoo, ainda assim ele ouviria o choramingar da namorada, os pedidos de ajuda
presos na garganta...

Maianne Ribeiro:
O rapaz cerra os dentes, respirando fundo ao pegar o celular, mandando uma mensagem
pro pai. "Me ligue quando acordar."

qualquersuki:
Suki:
- Banco da frente, garoto! - o motorista chama, passando ao lado de Ichiro fechando
as portas. - Eles vão trabalhar no caminho!

Maianne Ribeiro:
- Sim, senhor. - murmura, indo se assentar na frente.

Suki:
- Nós vamos levá-la pro hospital mais próximo. - avisa, ligando a sirene antes de
acelerar.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado. - ele sussurra, preocupado. - Ela vai ficar bem, não vai..?
Suki:
- A equipe médica é muito boa, e os curandeiros também. - é tudo que ele diz.

Maianne Ribeiro:
"Isso é um 'não sabemos'." pensa, estremecendo.

Suki:
A ambulância sobe a rampa da emergência quase derrapando, a maca de Leanne sendo
prontamente removida e levada para dentro a passos rápidos.

- Preciso que você faça o cadastro dela e aguarde. - o motorista instrui, guiando
Ichiro pela porta da frente.

Maianne Ribeiro:
- Ela já tem cadastro aqui. - sussurra, indo até o balcão. "Ela não precisa."

Suki:
- ...jovem Shogun...? - pergunta, erguendo as sobrancelhas e prontamente se
aproximando. - O que aconteceu?

Maianne Ribeiro:
- Um babaca bateu na Leanne. - sussurra, ignorando as próprias vestes sujas de
sangue. - Cuidem dela.

qualquersuki:
Suki:
- Sim, senhor. Eu vou pedir que ela seja a prioridade. - diz, fazendo uma mesura. -
Meu colega vai guiar o senhor até um quarto, sendo assim, para esperá-la com mais
conforto.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado. - sussurra. - Por favor, cuidem dela...

Suki:
- Os melhores cuidados, senhor, eu juro. - e assente com a cabeça, fazendo um sinal
para o outro recepcionista antes de se afastar.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado. - sussurra, acompanhando a pessoa até um dos quartos, silencioso.

Suki:
- Eu vou pedir que uma equipe auxiliar de curativos cuide do senhor. - o rapaz diz,
ao abrir a porta, com uma mesura. - E vou pedir notícias da menina.

Maianne Ribeiro:
- Por favor. - sussurra. - E obrigado. Foi só um arranhão, mas ainda precisa de
cuidados.

Suki:
- Vamos limpar e cuidar disso. Por favor, fique a vontade. - diz, fazendo mais uma
mesura. - Eu não demoro. - e se afasta.

Maianne Ribeiro:
Ele assente com a cabeça, esperando o rapaz se afastar. Enfim, as lágrimas começam
a descer pelo rosto de Ichiro, lágrimas de dor, de preocupação, de medo...

Suki:
A equipe ainda demora longos minutos até aparecer no quarto, batendo na porta
algumas vezes antes de entrar.

Maianne Ribeiro:
- Podem entrar. - ele responde, alguns instantes depois, secando o rosto e se
recompondo.

Suki:
- Com licença, jovem Shogun. - murmura, educado, trazendo consigo uma bandeja com
várias coisas e materiais de curativos.

Maianne Ribeiro:
- À vontade. - murmura, abatido.

qualquersuki:
Suki:
O grupo termina de cortar a camisa de Ichiro, limpando e costurando-lhe os
ferimentos, usando um pouco de cura para acelerar o processo de cicatrização. Só
depois é que fazem os curativos, se garantindo de que ele não sentia mais dor...

Maianne Ribeiro:
O rapaz permaneceria impassível durante os curativos, sem demonstrar a dor que
sentia, firme.
- Obrigado. - sussurra, ao terminarem. - E a Leanne..?

Suki:
- Segue intubada, senhor, e vai entrar em cirurgia em breve. - diz, cortês.

Maianne Ribeiro:
- ...cirurgia..? - ele estremece.

Suki:
- Sim, senhor. Os médicos vão tentar encaixar e refazer os ossos do rosto e de
parte da cabeça dela como for possível antes de tentarem colocar as placas e pinos.
- explica.

Maianne Ribeiro:
Ele engole em seco.
- Tudo bem. Obrigado. - sussurra, pegando o celular e ligando pro pai. "Eu não vou
arriscar."

Suki:
O rapaz faz uma mesura antes de se afastar, encostando a porta atrás de si.

-=-

- Mitsuo. - Setsuna chama, tocando o ombro do marido suavemente, balançando-o. -


Seu telefone, querido.

Maianne Ribeiro:
- Meu..? - ele franze a testa, pegando o celular na cabeceira. - ...É o Ichiro. -
diz, atendendo. - O que houve? Onde? ...certo. Certo. Eu não demoro. - e desliga.

Suki:
- O que aconteceu? - pergunta baixinho, hesitante, o rosto bastante pálido. - O que
aconteceu, Mitsuo?!

Maianne Ribeiro:
- A Leanne está no hospital. - murmura, ficando de pé. - Eu vou até lá. Dou
notícias assim que possível.
Suki:
A mulher faz menção de se levantar, mas hesita, comprimindo os lábios.

- Cuide dos nossos filhos. - é tudo que ela diz, apertando as próprias mãos juntas.

Maianne Ribeiro:
- Eu vou cuidar. - diz, se afastando, apressado.

O homem não demoraria a chegar no hospital, tendo trazido consigo o baralho de


Leanne como Ichiro pedira. Os dois conversam por algum tempo até que o rapaz fosse
curar Leanne, desabando de exaustão depois de invocar a Papisa...

"Esses dois..." Mitsuo pensa, ligando pra esposa, quase uma hora depois.

qualquersuki:
Suki:
- Querido? - ela atende imediatamente, a voz trêmula. - Como eles estão....?

Maianne Ribeiro:
- O Ichiro se feriu pouco. A Leanne estava pior, mas a ajuda de uma das Arcanas foi
o bastante pra curá-la. - sussurra. - Não precisa se preocupar.

Suki:
- Ao menos isso... - murmura, aliviada, levando uma das mãos ao peito, o suspiro
audível pelo telefone. - O que aconteceu, afinal?

Maianne Ribeiro:
- Uma briga numa boate. Os dois saíram pra se divertir, e um rapaz se enciumou pra
cima da Leanne. - sussurra.

Suki:
- Em uma-- Por que os dois estavam em uma boate?! - reclama. - Sem avisar ninguém,
ainda por cima?!

Maianne Ribeiro:
- Isso a gente discute direito com eles depois. - suspira.

Suki:
- Já é a segunda vez que os nossos filhos saem sozinhos sem avisar ninguém e os
dois se ferem, Mitsuo...!

Maianne Ribeiro:
- Eu sei, Setsuna. Mas agora, o que importa é vê-los bem. - suspira. - Quando eles
estiverem em casa, nós damos as broncas necessárias.

Suki:
A mulher hesita, e Mitsuo consegue ouvi-la soluçar baixinho do outro lado da linha.

- Tem... Tem alguma previsão para serem liberados...? - pergunta, depois de alguns
instantes.

Maianne Ribeiro:
- Quando a Leanne acordar vamos ter certeza, mas imagino que ainda hoje, graças à
cura da Arcana.

Suki:
- ...ao menos isso... - ela suspira, aliviada. - Me mantenha informada, por favor.
Maianne Ribeiro:
- Pode deixar. Eu vou cuidar dos nossos filhos.

Suki:
- Obrigada... - murmura, suspirando novamente. - Eu vou deixar tudo preparado para
o retorno e o descanso de vocês três.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado, Setsuna. - o homem sorri. - Eu te amo.

Suki:
- Eu também te amo. - responde, baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Até mais tarde. - diz, desligando pouco depois.

qualquersuki:
Suki:
"Que os céus abençoem todos eles...", pensa, se entregando a um choro silencioso,
doído, antes de se banhar e se levantar para os próprios afazeres...

-=-

Já se passara a manhã inteira e uma parte da tarde quando Leanne enfim reage; a
garota grunhe baixinho de dor, as pálpebras estremecendo e tentando se abrir apesar
do peso que pareciam ter...

Maianne Ribeiro:
- Lea..? Lea, fala comigo..! - Ichiro chama a irmã, preocupado.

Suki:
- Ichi...? - sussurra, praticamente sem voz, a fala embolada. - Luz... onde...? - e
grunhe de novo, a máscara de oxigênio embaçando. A garota move a mão
atrapalhadamente, tentando encontrar o próprio rosto para cobrir os olhos,
confusa...

Maianne Ribeiro:
- Hospital. Você tá no hospital, vai ficar tudo bem. - ele sussurra. - Como se
sente..?

Suki:
- Dor... c-com muita dor... - sussurra, cobrindo os olhos com as mãos. - ...a... a
m-minha cabeça, e-eu...

Maianne Ribeiro:
- Precisa de mais cura? Eu--

- Não, Ichiro. Você já está exausto. - Mitsuo murmura.

Suki:
- ...p-pai...? - pergunta, a voz desafinando enquanto a garota estremecia. - O
que...?

Maianne Ribeiro:
- Eu vim cuidar de vocês. - sussurra. - Só isso.

Suki:
Ela suspira baixinho, cansada.
- ...podem apagar a luz...? - pede.

Maianne Ribeiro:
- Podemos, claro. - Mitsuo assente com a cabeça, apagando a luz.

Suki:
Isso arranca um suspiro aliviado da menina, que tira as mãos dos olhos,
entreabrindo-os com dificuldade.

- ...o que aconteceu...? - pergunta, bem baixinho, o som da própria voz sendo o
suficiente para piorar a dor excruciante em sua cabeça...

Maianne Ribeiro:
- O Aaron pisou no seu rosto. Eu impedi ele de continuar, o pessoal da boate chamou
uma ambulância. - Ichiro murmura.

qualquersuki:
Suki:
- Pi... pisou... - ela solta o ar pela boca em uma espécie de riso fraco. - Ele...
e-ele tentou matar a gente, n-não foi...? Eu... eu lembro dos gritos, e do gosto de
sangue...

Maianne Ribeiro:
- Tentou, mas não conseguiu. Ele nunca vai conseguir. - sussurra. "Porque eu vou
matar ele antes."

Suki:
- D-desculpa... d-d-desculpa por isso... - sussurra, grunhindo de dor quando ameaça
começar a chorar, se calando e levando as mãos à cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Desculpa? A culpa não é sua, é dele. - murmura.

Suki:
- E-eu estraguei a noite... - sussurra, quase sem voz.

Maianne Ribeiro:
- Você? Não, de jeito nenhum. - ele nega com a cabeça. - Quem estragou a noite foi
o Aaron.
"E ele vai pagar por isso."

Suki:
Ela suspira baixinho, trêmula, afastando as mãos da cabeça devagar.

- Analgésico... - pede, rouca, bem baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Eu peço. - Mitsuo murmura, se afastando.

Ichiro suspira, segurando uma das mãos de Leanne. "Eu não devia ter provocado tanto
o Aaron... Mas ele vai pagar."

Suki:
O toque do rapaz faz Leanne esboçar um sorriso, os dedos se fechando ao redor da
mão dele carinhosamente, roçando contra sua pele em um afago fraco...

Maianne Ribeiro:
- Você vai ficar bem. - sussurra. - Você vai ficar bem, e a gente vai pra casa
descansar...
Suki:
- Obrigada, Ichi... - sussurra de volta, fechando os olhos devagar, a expressão
mais tranquila.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - sorri, carinhoso. - Vai ficar tudo bem...

Mitsuo não demora a retornar com um dos médicos, dando mais uma dose de analgésico
pra Leanne.
- Deve fazer efeito logo. - o homem murmura.

qualquersuki:
Suki:
- Obrigada... - sussurra, cansada. Não demoraria a adormecer conforme a medicação
levasse a dor embora.

- Os exames parecem normais. - o médico explicaria ao dar alta para a garota ainda
adormecida. - O que resta é uma dor vestigial que vai passar com os dias.

Maianne Ribeiro:
- Mm. Com medicação, ela deve ficar bem. - Mitsuo suspira, aliviado. - Vamos levá-
la pra casa.

Suki:
- Devo solicitar uma ambulância? - pergunta, educado. - O ideal é que a cabeça dela
não seja balançada no caminho.

Maianne Ribeiro:
- ...nesse caso, é melhor. - ele sussurra. - Obrigado.

Suki:
O homem assente com a cabeça antes de fazer uma mesura.

- Com licença. Não demoro. - e se afasta.

Maianne Ribeiro:
O homem suspira, mandando uma mensagem pra Setsuna. "Uma ambulância vai levar a
Leanne, por precaução, mas os exames estão todos bons. Nós chegamos em breve."

Suki:
"Já preparei o quarto dela com os travesseiros. Vou fazer um chá para quando vocês
chegarem."

- Ah, meus filhos... - Setsuna murmura, preocupada, ao ler a mensagem.

Maianne Ribeiro:
Algum tempo se passa até que o carro e a ambulância cheguem, os médicos levando
Leanne com cuidado até o quarto.
- Chegamos, Setsuna. - o homem murmura ao encontrar a esposa, afagando-lhe o rosto.

Suki:
- Finalmente... - murmura, fechando os olhos e tocando a mão dele com as duas
próprias. - Como vocês três estão...?

Maianne Ribeiro:
- A Leanne precisa de descanso, eu e o Ichiro estamos bem. - murmura. - Já passou.

Suki:
- Ao menos isso... - e suspira, aliviada.

Maianne Ribeiro:
Ele esboça um sorriso, dando um beijo suave em Setsuna.
- Quer conversar com o Ichiro agora..?

Suki:
Ela nega com a cabeça.

- Essa conversa precisa acontecer com os dois. Até lá, eles estão proibidos de sair
sozinhos.

Maianne Ribeiro:
- Claro. Quando a Leanne estiver melhor, nós conversamos.

qualquersuki:
Suki:
- Exatamente. Até lá, vamos cuidar deles da melhor forma possível.

Maianne Ribeiro:
- Vamos. - ele assente com a cabeça, suspirando. - Minhas crianças...

Suki:
- Que a Chiaki não cresça como esses dois... - murmura.

Maianne Ribeiro:
- Por favor. Daqui a pouco eu vou ficar com cabelos brancos...

Suki:
- Nós dois, querido, nós dois..

Maianne Ribeiro:
Os dias se passam, Leanne e Ichiro se recuperando pouco a pouco. Enfim, os dois
estariam plenamente saudáveis alguns dias depois, graças a cura constante e os
remédios...

Suki:
- Acho que já consigo voltar aos treinos hoje. - Leanne avisa, ao fim do café da
manhã, com um sorriso meio hesitante. - Não sei se com o vigor de sempre, mas eu
quero tentar!

Maianne Ribeiro:
- Nós podemos tentar um treino mais leve. - Mitsuo sorri. - Até pra reacostumar.

Suki:
- Obrigada, pai. Eu vou precisar, ao menos no começo. Movimentos bruscos ainda me
deixam meio zonza.

Maianne Ribeiro:
- Pode praticar devagar, no início. - ele assente com a cabeça. - ...Chiaki, pode
ir pra sua aula? Eu preciso conversar com seus irmãos.

- ...uh-oh... - ela sussurra, se afastando apressadamente.

qualquersuki:
Suki:
"Uh oh mesmo.", Leanne pensa, estremecendo e ajeitando a própria postura.

- Pode falar, pai.


Maianne Ribeiro:
- Eu queria conversar sobre a saída de vocês. - murmura, sério. - Por que saíram
escondidos?

Suki:
- Porque eu achei que você não ia deixar. - murmura, baixinho. - Eu já vinha saindo
sozinha de madrugada há algum tempo, por isso.

Maianne Ribeiro:
- Se eu não deixasse, seria por um bom motivo. - resmunga. - Vocês tem ideia do
susto que eu levei quando o Ichiro me ligou?

Suki:
"Nem sempre os seus bons motivos são exatamente bons, pai...", pensa, suspirando.

- Não, pai, não temos.

Maianne Ribeiro:
- Pois saibam que eu fiquei muito, mas muito preocupado. Eu e a sua mãe. - diz,
sério. - Vocês estão proibidos de sair por um mês. Depois disso, nós vamos
reavaliar, mas nada de saírem sem avisar.

Suki:
- Um-- quê?! - pergunta, franzindo a testa ao erguer o olhar para ele. - Mesmo de
dia?!

Maianne Ribeiro:
- De dia, só acompanhados. - responde.

Suki:
A garota cruza os braços.

- ....não vai adiantar discutir. - ela mesma suspira, passando a mão pelo rosto. -
Tudo bem.

Maianne Ribeiro:
- Não, não vai adiantar. - diz, ficando de pé. - Treino.

qualquersuki:
Suki:
- Sim, senhor... - resmunga, se levantando também.

"Eu devia ter mentido pra ficar descansando, ele vai arrancar o nosso couro..."

Maianne Ribeiro:
- Um mês. A gente aguenta. - Ichiro sussurra, afagando a mão da garota enquanto
seguia o pai.

Suki:
- Meu bolso que não vai aguentar. - murmura, suspirando, retribuindo o afago
desajeitadamente

Maianne Ribeiro:
- Eu já falei, você pode usar o seu cartão. - resmunga.

Suki:
- E eu já falei que não vou. - retruca.
Maianne Ribeiro:
- Fala com o papai. Ele não vai reclamar!

Suki:
- Eu não vou falar nada.

Maianne Ribeiro:
- Pois devia. - resmunga.

Suki:
- Mas eu não vou, Ichiro, me deixa!

Maianne Ribeiro:
- O que foi? - Mitsuo para, se virando pra encarar os dois.

Suki:
- ...nada, pai. Desculpe. - murmura de imediato, ajeitando a postura.

Maianne Ribeiro:
- ...hmpf. - ele resmunga, continuando a guiar os dois pro dojo.

Suki:
"A gente vai apanhar tanto hoje...", pensa, desanimada.

Maianne Ribeiro:
Diferente da expectativa de Leanne, Mitsuo pegara leve no treino, especialmente com
ela, tomando cuidado pra não forçar demais...

qualquersuki:
Suki:
- Eu achei que você fosse dar uma surra na gente... - comenta, cansada, ao se
sentar no chão no final do treino.

Maianne Ribeiro:
- Eu sou justo. Não tenho motivo pra pegar pesado com vocês. - ele murmura,
suspirando.

Suki:
- Motivo você tem, e de sobra. - responde, se deitando no chão devagar e fechando
os olhos

Maianne Ribeiro:
- Não, não tenho. Só porque eu estou bravo com vocês por terem mentido, não quer
dizer que eu posso ignorar o meu dever como pai e mestre.

Suki:
- Seu dever como pai e mestre também é educar. - ela suspira.

Maianne Ribeiro:
- Educar. Pegar pesado desnecessariamente não é educar, é crueldade.

Suki:
- ...entendi. - é tudo que ela diz, sem fazer menção de se mover.

Maianne Ribeiro:
Ele suspira.
- Descansem. - murmura, se afastando.

Suki:
"Não é como se eu tivesse opção...", pensa, esticando as pernas antes de colocar o
braço sobre os olhos.

Maianne Ribeiro:
Ichiro suspira, se aproximando pra afagar o cabelo de Leanne.
- Viva..? - ri.

Suki:
- Não muito... - sussurra. - Eu me sinto prestes a vomitar...

Maianne Ribeiro:
- Precisa que eu pegue um saquinho? - pergunta, preocupado.

qualquersuki:
Suki:
Ela faz um sinal negativo com a mão livre, soltando o braço ao lado do corpo
novamente em seguida.

Maianne Ribeiro:
- Respira. Vai passar. - sussurra, afagando os cabelos dela.

Suki:
- Mm... - resmunga, se aconchegando mais perto dele, manhosa.

Maianne Ribeiro:
- Você só quer carinho, é? - ele ri baixinho.

Suki:
- Não, eu... Eu realmente tô morrendo de dor e enjôo... - ela ri baixinho também,
fraca.

Maianne Ribeiro:
- Eu sei. Foi só brincadeira. - ele ri, sem jeito.

Suki:
- Foi mal... - resmunga.

Maianne Ribeiro:
- Não precisa pedir desculpas, Lea. Só descansa. - murmura.

Suki:
- Eu vou... - resmunga, se sentando devagar antes de ficar de pé, tonta. - Só... Só
tomar banho, antes...

Maianne Ribeiro:
- Eu te levo até o quarto. - murmura, apoiando a garota.

Suki:
- Valeu, Ichi... - murmura, cansada.

Maianne Ribeiro:
- De nada, Lea. - sorri, beijando a testa dela.

Suki:
- Na testa não... - reclama, manhosa.

Maianne Ribeiro:
- Desculpa. - ele ri, sem jeito, beijando a mão dela.
qualquersuki:
Suki:
- Obrigada... - e suspira

Maianne Ribeiro:
- De nada, Lea. - murmura, carinhoso. - Eu te amo.

Suki:
Isso arranca um risinho sincero dela.

- Eu também te amo, Ichi.

Maianne Ribeiro:
- Fala de novo~

Suki:
- Eu também te amo, Ichi~

Maianne Ribeiro:
- Música pros meus ouvidos. - ri.

Suki:
- Não, isso é música pros seus ouvidos em outras situações, que eu sei. - provoca.

Maianne Ribeiro:
- Isso também. - ele ri, corando.

qualquersuki:
Suki:
Ela ri baixinho, as bochechas imitando as dele.

- Vem. Banho, que os dois tão imundos, e depois dormir até o almoço. - pede.

Maianne Ribeiro:
- Precisamos mesmo. - ele ri, guiando Leanne de volta para o quarto. - Juntos?

Suki:
- Por favor. - murmura. - Se me deixar sozinha eu só deito e durmo. - brinca,
culpada.

Maianne Ribeiro:
- Então eu não vou te deixar sozinha. - ele sorri, gentil.

Suki:
- Obrigada. - ela sorri de volta, roçando os lábios nos dele suavemente.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - ele sussurra, carinhoso, entrando no quarto com Leanne.

Suki:
- Direto pra banheira. - pede. - Preciso derreter.

Maianne Ribeiro:
- Direto pra banheira. - ele ri baixinho, ajudando a garota a se despir antes de
levá-la até a banheira.

Suki:
- Obrigada, Ichi... - murmura, boba, se ajeitando na banheira antes de esticar os
braços para tirar as roupas dele.
Maianne Ribeiro:
- De nada. - sorri, deixando que ela o ajudasse com as roupas antes de entrar na
banheira com Leanne.

Suki:
- Água quentinha~?

Maianne Ribeiro:
- Água bem quentinha. - ele ri baixinho, abrindo as torneiras.

Suki:
Isso faz Leanne suspirar aliviada, escorregando mais para dentro da água...

Maianne Ribeiro:
- Gostoso~ - ele ri baixinho, dando um beijo suave na garota.

qualquersuki:
Suki:
- E falando nisso... Me beija de novo~? - pede, baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Quantas vezes quiser. - ri, beijando-a mais uma vez.

Suki:
- Não fala isso, senão você fica aqui pra sempre... - brinca

Maianne Ribeiro:
- Posso ficar pra sempre. - ele ri. - Eu não ligo.

Suki:
- Tem certeza...? - pergunta, baixinho. - Pra sempre é muito tempo, Ichiro...

Maianne Ribeiro:
- Pra mim parece ótimo. - Ichiro sorri.

Suki:
- Mesmo comigo...? - insiste.

Maianne Ribeiro:
- Especialmente com você. - ri.

Suki:
Ela suspira, sorrindo mais sinceramente antes de erguer uma das mãos para afagar o
rosto dele.

- Eu te amo...

Maianne Ribeiro:
- Eu também te amo, Lea. Muito, muito, muito... - sorri, bobo.

Suki:
- Repete... - pede, manhosa, acariciando o rosto dele com as duas mãos.

Maianne Ribeiro:
- Eu também te amo, muito... - sussurra.

Suki:
Isso faz Leanne rir e suspirar baixinho, aproximando o rosto de Ichiro do próprio
devagar para beijá-lo.

Maianne Ribeiro:
O rapaz retribui o beijo, gentil, se mantendo perto da garota...

Suki:
- Melhor afastar um pouco, senão eu não me seguro. - ela ri, empurrando-o de leve
depois de algum tempo.

Maianne Ribeiro:
- Melhor mesmo. - ele ri, as bochechas avermelhadas enquanto se afastava. - Nós
precisamos de descanso, não de exercício.

qualquersuki:
Suki:
- Exatamente. - diz, assentindo com a cabeça. - Banho~?

Maianne Ribeiro:
- Banho, banho. E descanso, depois.

Suki:
- Banho e descanso, banho e descanso~

Maianne Ribeiro:
O rapaz ri de leve, começando a se lavar, vez ou outra resmungando de dor.
- Ai, meus músculos...

Suki:
- Nem fala... - suspira, afastando as mãos dele para lavar o corpo de Ichiro ela
mesma. - Esses dias sem treinar deixaram a gente mole...

Maianne Ribeiro:
- Bastante, tô todo dolorido. - suspira, esboçando um sorriso. - E obrigado, não
precisava.

Suki:
- Você é meu futuro marido. Parte do meu trabalho é cuidar de você. - diz, suave.

Maianne Ribeiro:
- Futuro marido... Gostei de ouvir isso. - ele ri baixinho.

Suki:
- Você quem disse que me via como esposa, um dia, não foi~? - provoca.

Maianne Ribeiro:
- Disse sim. - ele ri, bobo.

Suki:
- Então pronto. Você é meu futuro marido.

Maianne Ribeiro:
- Sou mesmo. - ele sorri, afagando o rosto dela.

Suki:
- Quero ver se eu vou continuar sendo sua futura esposa... - provoca.

Maianne Ribeiro:
- Por que não continuaria? - ri.
Suki:
- Depois de ver você sendo todo sensual na boate, quem sabe você não queira ser o
centro das atenções sozinho~

Maianne Ribeiro:
- De jeito nenhum. - ele ri, bobo. - Eu tava sendo todo sensual, é~?

qualquersuki:
Suki:
- Tava, tava sim ~

Maianne Ribeiro:
- Obrigado, Lea~

Suki:
- De nada. Pra quem não sabe dançar, você dançou muito bem~

Maianne Ribeiro:
- Tive uma ótima professora~

Suki:
- Eu mal comecei~

Maianne Ribeiro:
- Então ensina mais, depois. - ri. - A gente bota uma música e pratica~

Suki:
- ...olha, é uma ótima ideia!

Maianne Ribeiro:
- Viu? Eu tenho boas ideias de vez em quando. - ri.

Suki:
- Beeeem de vez em quando~

Maianne Ribeiro:
- Bem raro, eu sei. - brinca.

Suki:
- Como eu falei, você tem dois cérebros e mal usa um~

Maianne Ribeiro:
- Maldaaaade!

Suki:
- Você gosta quando eu sou má, esqueceu~?

Maianne Ribeiro:
- Gosto, admito. - ele ri baixinho.

Suki:
- Vou tentar ser mais, então ~

Maianne Ribeiro:
- Você é má na medida certa. - ele pisca um olho.

Suki:
- Assim a gente acaba se cansando mais, Ichiro...
Maianne Ribeiro:
- ...ok, parei, parei! - o rapaz gargalha.

qualquersuki:
Suki:
- Ótimo! Agora que você tá limpinho, sai e separa roupas limpas pra gente, vai!

Maianne Ribeiro:
- Pode deixar. - ele ri, saindo do banho pra se secar.

Suki:
- Não demora!

Maianne Ribeiro:
- Não vou! É rapidinho! - diz, se afastando pra pegar as roupas.

Suki:
"Ele é tão bonzinho...", pensa, boba, se adiantando para se lavar.

Maianne Ribeiro:
O rapaz não demora a retornar com as roupas pra Leanne, já tendo vestido uma
bermuda.
- Prontinho~

Suki:
- Obrigada, meu amor~ - provoca, imitando Setsuna enquanto se secava.

Maianne Ribeiro:
- Lea..! - ele ri, corando. - Não, eu me recuso a imitar o meu pai!

Suki:
- Agradeço se não fizer isso mesmo! Eu nunca mais conseguiria te beijar!

Maianne Ribeiro:
- Não quero ficar sem beijinhos. - ri, bobo.

Suki:
- Então vamos continuar como estamos. - ela ri também, beijando-o de leve antes de
pegar as roupas das mãos de Ichiro.

Maianne Ribeiro:
O rapaz sorri com o beijo, bobo.
- Melhor assim, mesmo...

Suki:
- Bem melhor. - e sorri, indicando o quarto com a cabeça. - Dormir~?

Maianne Ribeiro:
- Dormir. - sorri. - E mais tarde, dançar!

Suki:
- Beeem mais tarde! E com a música baixinha!

Maianne Ribeiro:
- Bem baixinha, juro!

qualquersuki:
Suki:
- Então combinados!
Maianne Ribeiro:
- Combinadissimos. - sorri, puxando a garota pra cama.

Suki:
- Mas agora: dormir~ - ela ri, engatinhando no colchão para se ajeitar.

Maianne Ribeiro:
- Dormir bastante. - sorri, se aninhando nos braços dela.

Suki:
Leanne ri baixinho, encostando o corpo no dele, confortável e protetora, o rosto
nos cabelos de Ichiro respirando devagar.

- Bom descanso, Ichi...

Maianne Ribeiro:
- Bom descanso, Lea... - sussurra, adormecendo enquanto respirava o perfume da
garota.

Suki:
- Ichi~ - Leanne chama, já no meio da tarde, depois de mais um cochilo dos dois. -
Ichi, acorda~

Maianne Ribeiro:
- ...depois... - ele resmunga baixinho, se agarrando mais em Leanne.

Suki:
- Não, sem "depois", Ichiro, senão a gente não dança e ainda inverte os nossos
horários. - ela ri, passando o nariz pela nuca dele, tentando acordá-lo.

Maianne Ribeiro:
- Dança..? - ele entreabre os olhos, devagar. - Verdade, a gente vai dançar..!

Suki:
- Lembrou, foi? - ela ri.

Maianne Ribeiro:
- Lembrei. - ele ri, encarando a garota. - E acordei.

Suki:
- Então vamos~? Precisamos de espaço!

Maianne Ribeiro:
- Dá pra usar o dojo, tem bastante espaço. - sorri.

qualquersuki:
Suki:
- Perfeito! - ela assente com a cabeça, empolgada, se levantando e puxando Ichiro
consigo.

Maianne Ribeiro:
- Vamos, vamos. - ele ri baixinho, se deixando levar.

Suki:
- Eu preciso providenciar uma caixinha de som bluetooth~ - diz, boba, arrastando
Ichiro pelo corredor.

Maianne Ribeiro:
- Deve ter alguma aqui em casa, em algum lugar. - murmura.

Suki:
- Vamos procurar depois! Por hoje, basta o celular!

Maianne Ribeiro:
- Dá pra pedir pra alguém comprar e trazer, também. - ri.

Suki:
- Quando eu voltar a trabalhar, quem sabe. - resmunga.

Maianne Ribeiro:
- Eu posso comprar com o meu cartão. - e dá de ombros. - Senhorita teimosa.

Suki:
- Você não vai fazer nada. - retruca. - Não começa!

Maianne Ribeiro:
- Por que não? - ele dá de ombros.

Suki:
- Ichiro, a gente já conversou sobre isso _várias vezes!_

Maianne Ribeiro:
- Não é sobre o seu cartão, é o meu. Eu posso fazer o que quiser com ele. - e sorri
de canto.

Suki:
Ela cruza os braços, parando de andar para encará-lo.

- Não começa. - sibila.

Maianne Ribeiro:
- Só porque você acha que não pode usar seu cartão, não quer dizer que eu tenha que
fazer o mesmo, Lea. - ele retruca, pegando o celular pra mandar uma mensagem.

qualquersuki:
Suki:
- Você gastar comigo no seu cartão dá na mesma, Ichiro! Pára com isso, eu não quero
gastar o dinheiro do seu pai com as minhas idiotices! A gente _não precisa_ de uma
caixa de som pra dançar em casa!

Maianne Ribeiro:
- Eu quero uma caixa de som. - diz, dando de ombros. - Se eu quero, eu vou comprar.
Simples assim.

Suki:
- Ichiro, nós dois sabemos que você não quer, você só tá fazendo isso porque eu
comentei!

Maianne Ribeiro:
- Eu quero, porque vai ser melhor pra dançar. Som de celular fica estourado no
volume alto. - o rapaz murmura. - Você deu a ideia, eu só aproveitei.

Suki:
- A gente _não vai usar o volume alto_! - exclama, estremecendo e cerrando os
dentes antes de levar as duas mãos à cabeça e recuar um passo. - ...merda...

Maianne Ribeiro:
"Merda," ele engole em seco, se aproximando.
- Ei. Calma. Respira, tá tudo bem, vai passar...

Suki:
A garota o afasta com um dos braços, agressiva.

- ...minha cabeça _não aguenta_ uma merda de uma caixa de som. - sussurra,
encolhida.

Maianne Ribeiro:
- Podia ter dito isso logo de cara, ao invés de inventar mil motivos. - ele
sussurra, encarando-a.

Suki:
- Não sabia que você prestava tão pouca atenção assim em mim pra eu precisar
verbalizar isso. - e ri, debochada.

Maianne Ribeiro:
- ...ah, claro. Eu preciso aprender a ler mentes, agora. - ele revira os olhos. -
Deixa pra lá. Eu vou pro estúdio desenhar. - e se afasta.

Suki:
A garota faz menção de dizer algo, mas se limita a pegar o próprio bastão retrátil
no dojo antes de se afastar a passos pesados, saindo de casa sem se preocupar em
avisar ninguém ou levar o telefone, irritada...

Maianne Ribeiro:
"Ela precisa aprender a ser menos teimosa," pensa, se enfiando no estúdio,
irritado...

Suki:
E as horas se passam sem que Leanne retorne; depois das horas trabalhando na
floricultura da amiga, saíra para beber com Yuko, as duas sentadas no meio-fio
perto de uma loja de conveniência com várias garrafas caídas ao redor das duas...

qualquersuki:
Maianne Ribeiro:
-=-

"Eu não acredito nisso," Mitsuo pensa, irritado, se aproximando das duas. Notara a
ausência de Leanne na hora do jantar, enfim encontrando a filha daquele jeito.
- Leanne. - Mitsuo murmura, severo. - Pra casa. Agora.

Suki:
- Eu não sou um cachorro. - resmunga, terminando de beber a própria garrafa antes
de se apoiar no bastão para ficar de pé desajeitadamente e encará-lo. - O que você
quer?

- É o 死龍*? - a outra garota pergunta, pálida, se levantando imediatamente. - Que


merda você fez...?! - sussurra, puxando Leanne pela camisa, nervosa.

*Shiryuu com Shi de morte

Maianne Ribeiro:
- Se você fosse, eu já estaria te arrastando pra casa. - sibila, sério, encarando a
filha. - Eu te proibi de sair. Os médicos te proibiram de beber. O que diabos você
acha que está fazendo?

Suki:
- Me matando, do jeito que a minha mãe devia ter feito e não teve culhão de
conseguir. - diz, debochada, cuspindo no chão antes de afastar Yuko com um
empurrão, recuando alguns passos, tonta. - E nem o seu filho teve, por sinal. -
adiciona, rindo baixinho.

Maianne Ribeiro:
O homem estreita o olhar, sem se abalar com a reação da menina.
- Isso não é jeito de falar comigo, Leanne. - sibila. - O que o Ichiro fez?

Suki:
- O que você quer, Mitsuo....? - reclama, cambaleando, se apoiando no bastão para
não cair, rindo com o movimento. - Eu já tô trabalhando, eu já tô vendo onde morar,
eu já tô indo embora pra não manchar a sua gloriosa família e o seu legado e
blablabla, o que mais você quer que eu faça?!

Maianne Ribeiro:
- Eu quero que você deixe de besteira e volte pra casa, que é o seu lugar. -
responde.

qualquersuki:
Suki:
- Péssima notícias, dragão; não tem lugar pra mim em lugar nenhum no mundo~ - ela
gargalha, encarando-o sem piscar mesmo quando o corpo se dobra para frente. -
Vamos, vamos, admite logo: eu sou um peso morto nos teus ombros desde o dia em que
você me encontrou, e desde então eu não fiz _nada_ além de piorar isso!

Maianne Ribeiro:
- Se você fosse um peso morto, eu não estaria aqui. - responde, o olhar afiado. -
Eu não perderia o meu tempo com peso morto ou gente inútil.

Suki:
- Você foi louco o suficiente de me considerar filha, dragão. - e ri, debochada,
cobrindo metade do rosto com uma das mãos, a voz um tanto cruel. - Uma criatura
feita de nada, filha de ninguém.

Maianne Ribeiro:
- Você é minha filha. - o homem diz, sem se abalar, o olhar firme. - E eu vou te
levar pra casa.

Suki:
- Você é-- Leanne...! - a outra garota reclama, pálida, alguns passos atrás da
amiga. - Você nunca disse nada...!

- Eu já disse: eu sou filha de ninguém. - retruca, chutando uma das garrafas de


vidro contra a parede. - E você devia dar as costas e me deixar aqui, pra terminar
de deixar isso claro!

Maianne Ribeiro:
- Você é minha filha. - ele repete, sério. - Eu não vou dar as costas pra ninguém.

qualquersuki:
Suki:
- Ninguém, ninguém, ninguém, ninguém! - ela gargalha. - Eu disse que era ninguém,
eu sempre soube que era ninguém, ser adotada por pena não me faz alguém...! Eu
nunca vou ser um dragão, eu nunca vou ser da sua família, e eu _não preciso que
você finja isso!_ Eu sou e sempre vou ser uma carpa _de merda_!

Maianne Ribeiro:
O homem suspira, balançando a cabeça.
- Eu não te devo explicações. - murmura, usando uma magia pra erguer a garota do
chão, começando a caminhar de volta pra casa e levando-a consigo.

Suki:
A garota solta uma exclamação de surpresa, irritada, se debatendo.

- Pelo menos finge que se importa o suficiente pra me colocar no seu ombro que nem
o saco de merda que eu sou! - grita, irritada.

Maianne Ribeiro:
- Hmpf. - ele resmunga, apenas caminhando de volta.

Suki:
- ME COLOCA NO CHÃO, PORRA! - ruge, furiosa, sem os vestígios habituais da dor de
cabeça, apesar de Mitsuo conseguir perceber um ou outro vaso estourando no olho da
menina do lado ferido.

Maianne Ribeiro:
- Não. - responde, usando a magia pra fazer a garota adormecer.

Suki:
Leanne ainda tenta reagir, mas não consegue, apagando de imediato, enquanto o
bastão caía das mãos.

Maianne Ribeiro:
O homem suspira, pegando o bastão e continuando o caminho de volta. Apesar da
expressão séria, tinha o coração apertado, doído...

qualquersuki:
Suki:
- Onde-- oh. Pelos céus...! - Setsuna exclama, recebendo o marido no portão
nervosa.

Maianne Ribeiro:
- Ela estava bebendo, não falava coisa com coisa. - sussurra, a máscara caindo ao
entrar em casa, a preocupação transparecendo.

Suki:
- Ela-- mas os médicos expressamente proibiram álcool...! - reclama, indo tocar o
rosto de Leanne. - Oh, céus, um dos olhos dela está sangrando...!

Maianne Ribeiro:
- Eu vou levar ela pro quarto e pedir pros médicos examinarem. - murmura, se
apressando.

Suki:
- Eu vou avisar ao Ichiro que nós a encontramos. - murmura, indo atrás do filho.

Maianne Ribeiro:
Ichiro estava no próprio quarto, encolhido sobre a cama. "A Lea fugiu de casa e a
culpa é minha..!"

Suki:
- Filho...? - chama, dando alguns toques na porta antes de entrar no quarto dele.

Maianne Ribeiro:
- O-oi, mãe. - ele sussurra baixinho.

Suki:
- Seu pai achou a Leanne. - murmura, indo se sentar ao lado dele.

Maianne Ribeiro:
- Achou? Onde ela tava?! - ele exclama, sentando na cama.

qualquersuki:
Suki:
- Bebendo, sem fazer sentido algum no que dizia, segundo o seu pai. - murmura. -
Chegou com um dos olhos sangrando.

Maianne Ribeiro:
- Bebendo?! Mas ela não podia beber!

Suki:
- Exatamente. - e suspira, preocupada.

Maianne Ribeiro:
- Merda... Ela vai ficar bem, não vai..?

qualquersuki:
Suki:
- Vai, vai sim. Mas seu pai não parecia nada satisfeito. - murmura.

Maianne Ribeiro:
- Eu imagino. - ele estremece. - Muito bravo..?

Suki:
- Preocupadíssimo. - murmura.

Maianne Ribeiro:
- Não esperava menos do papai... - sussurra.

Suki:
- Ao menos ele a encontrou e a trouxe para casa, e é isso que importa. - e suspira,
levando uma das mãos ao peito.

Maianne Ribeiro:
- É, é sim... - suspira, passando a mão nos cabelos. - Obrigado por avisar, mãe.
Cuida da Lea.

Suki:
- De nada, querido. Ela já está no quarto dela, só vai ser examinada pelos médicos
primeiro.

Maianne Ribeiro:
- Mm... - sussurra, cabisbaixo.

Suki:
- O que foi, querido...? - pergunta, preocupada.

Maianne Ribeiro:
- ...só preocupado. Nada de mais. - sussurra.

Suki:
- A sua irmã é forte, e os médicos são ótimos. Ela vai ficar bem. - e sorri.

Maianne Ribeiro:
- Vai. Mas isso não precisava ter acontecido. - sussurra, desviando o olhar.
qualquersuki:
Suki:
- Não, não precisava. Nada disso precisava ter acontecido. Mas é por causa dessas
coisas que estamos onde estamos. - e suspira.

Maianne Ribeiro:
- Eu sei, mas... Mas..! - ele estremece.

Suki:
- Mas nada, querido. Acalme-se. - pede, afagando as costas dele.

Maianne Ribeiro:
- Tentando, mãe. Tentando...

Suki:
- Nós vamos passar por mais esse percalço juntos. Eu prometo.

Maianne Ribeiro:
- Tomara... - sussurra. - Eu... Eu vou dormir. Torcer pra Leanne acordar bem.

Suki:
- Melhor ela vai. Sem dúvidas. - diz, gentil.

Maianne Ribeiro:
- Tomara. - ele repete, suspirando. "Se a gente não tivesse discutido..."

Suki:
- Descanse, querido. Você precisa. - murmura, afagando os cabelos dele
carinhosamente.

Maianne Ribeiro:
- Preciso mesmo. - ele diz com um risinho fraco. - Até amanhã, mãe.

Suki:
- Até. Te acordo pro café? - pergunta, baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Mm. Por favor. - murmura.

Suki:
- Pode deixar, meu amor. Tenha bons sonhos. - e beija o rosto dele, carinhosa,
cobrindo-o com o lençol antes de se afastar, desligando a luz do quarto ao sair.

Maianne Ribeiro:
"Vou tentar," pensa, fechando os olhos pra dormir. Apesar disso, teria um sono
conturbado, inquieto, sem conseguir descansar direito...

qualquersuki:
Suki:
Enquanto isso, Leanne dormia um sono pesado, silencioso, sedada pela magia do pai e
a mistura de álcool com os remédios.

Apesar disso, acordaria bastante cedo, antes mesmo de ser chamada, sentando na cama
com dificuldade antes de levar a mão ao rosto...
...a um tapa olho gelado em seu olho direito, prontamente empalidecendo.

"O que--?!"

Maianne Ribeiro:
- Bom dia. - Mitsuo murmura, encarando a filha. Tinha passado a noite ao lado dela,
preocupado demais pra se afastar. - Como se sente?

Suki:
- Pai...? - sussurra, franzindo a testa ao encará-lo, a visão borrada e confusa.
- ...eu... eu não sei... O que aconteceu...?

Maianne Ribeiro:
- Você bebeu. É normal que esteja confusa. - murmura, afagando a mão dela. "Pai..."

Suki:
- Eu lembro de...de sair com a Yuko, mas... mas foi só um gole... - murmura,
apertando a mão dele de volta, buscando conforto. - ...eu fiquei cega...?

Maianne Ribeiro:
- Não foi só um gole, querida. - suspira. - E não, não ficou. O seu olho sangrou,
então os médicos colocaram uma compressa.

Suki:
- ...ao menos isso... - sussurra, aliviada, levando uma das mãos ao peito. - Que
horas eu cheguei...?

Maianne Ribeiro:
- Eu te trouxe pouco depois da meia noite. - murmura.

Suki:
Ela o encara, surpresa.

- ...tudo isso....? - pergunta, o queixo caído.

"Eu mal lembro de anoitecer...!"

Maianne Ribeiro:
- Tudo isso. - murmura, franzindo a testa. - Qual o problema?

Suki:
- Eu... eu não lembro nem de anoitecer. - sussurra, estremecendo.

Maianne Ribeiro:
- Não lembra..? - ele pergunta, preocupado.

Suki:
Ela nega com a cabeça, estremecendo e hesitando com o movimento pela dor.

- Não, eu... Eu não lembro.

Maianne Ribeiro:
- ...eu vou pedir pra te examinarem com mais cuidado no hospital. - murmura. "Por
favor, que não seja nada sério..."

qualquersuki:
Suki:
- Hospital de novo...? - reclama. - Minha consulta de retorno era em dois meses...
- resmunga, manhosa.

Maianne Ribeiro:
- Eu sei, mas eu estou preocupado. - suspira, continuando o afago.

Suki:
- Não precisa, pai... - murmura. - Eu só... Só devo ter bebido demais, e com os
remédios eu acabei esquecendo....

Maianne Ribeiro:
- ...hmpf. Eu vou pedir pra te examinarem aqui, ao menos.

Suki:
- Não precisa, pai.... - insiste, manhosa.

Maianne Ribeiro:
- Precisa sim. Por favor. - murmura.

Suki:
Ela resmunga, claramente a contragosto, antes de suspirar.

- ...tudo bem. Uma ida só ao hospital.

Maianne Ribeiro:
- Uma ida só. - suspira, ficando de pé. - Eu vou trazer o seu café na cama.

Suki:
- Não precisa. - murmura, se aproximando da beirada do colchão. - Eu só preciso de
apoio.

Maianne Ribeiro:
- Tem certeza? - ele suspira, apoiando a garota.

Suki:
- Uhum. - murmura, se segurando no pai com firmeza, o mundo girando ao seu redor. -
...ugh, perdi a noção de profundidade...

Maianne Ribeiro:
- Vai passar. Você se acostuma, e é temporário. - diz, guiando a menina com
cuidado.

Suki:
- Espero que seja, mesmo... - murmura para si, os passos lentos, arrastados.

Maianne Ribeiro:
- Vai ser. Com certeza. - diz, gentil.

qualquersuki:
Suki:
A menina dá um risinho baixo, fraco.

- Obrigada, pai...

Maianne Ribeiro:
- De nada, querida. De nada... - murmura, entrando na sala de jantar pouco depois.

- Lea..! - Ichiro estremece ao ver a garota. "Foi minha culpa..."

Suki:
- Oi, Ichi. - ela acena de leve com a mão livre, ainda apoiando boa parte do peso
no pai.

- Ajude a sua irmã a se sentar, querido. - Setsuna pede, suave. - É bom ver que
você está melhor.
Maianne Ribeiro:
O homem assente com a cabeça, ajudando Leanne a sentar no lugar de costume.

- ...me perdoa por ontem. - Ichiro sussurra, cabisbaixo.

Suki:
- Você não fez nada de errado. - ela suspira, beijando o rosto dele suavemente.
- ...obrigada, pai. - murmura, ao terminar de se ajeitar no próprio lugar.

Maianne Ribeiro:
"Eu sinto que fiz..." pensa, suspirando.

Suki:
- Se eu precisar, você me ajuda a comer...? - pede, baixinho, encostando a cabeça
no ombro dele, cuidadosa.

Maianne Ribeiro:
- Ajudo, claro. - ele sorri, afagando a mão dela.

Suki:
- Obrigada, Ichi. Com o tapa olho fica difícil mexer nas coisas.

Maianne Ribeiro:
- Imagino. Deixa que eu te dou a comida, é melhor. - sorri.

Suki:
- Não precisa disso tudo. - murmura, as bochechas corando.

Maianne Ribeiro:
- Não precisa, mas eu quero. - sorri.

qualquersuki:
Suki:
- Então vou receber comida na boquinha~? Ara, ara, quanto mimo~

Maianne Ribeiro:
- Mimo demais, mesmo. - ri, começando a alimentar a garota, gentil.

"Até o jeito dela de falar é diferente do de ontem..." Mitsuo pensa, engolindo em


seco.

Suki:
E Leanne o tempo todo o agradecia, afagando-lhe o rosto ou a mão, carinhosa, as
bochechas coradas e o sorriso estampado em sua face o tempo todo.

- Ah, eu enchi~ - diz, boba, ao terminar de comer. - Só descansar um pouco e


podemos ir pro dojo!

Maianne Ribeiro:
- Dojo? Não, de jeito nenhum, você não tá em condição de treinar. - Mitsuo nega com
a cabeça. - Só se você for pra assistir.

Suki:
- ...eu não preciso lutar~ - diz, manhosa. - Eu posso só focar no meu
condicionamento!

Maianne Ribeiro:
- ...hmpf. Tudo bem, mas com cuidado. - resmunga.
Suki:
- Todo o cuidado do mundo, eu juro! - ela assente com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Por favor. - resmunga.

Suki:
- Prometo, pai. Não quero te dar ainda mais trabalho. - comenta, dando um sorriso
culpado, levando uma das mãos ao peito.

Maianne Ribeiro:
- Não se preocupe com trabalho, foque em se recuperar. - suspira.

Suki:
- Sem beber, prometo. - ela ri, culpada, sem jeito.

Maianne Ribeiro:
- Por favor. - suspira.

Suki:
- Prometo. _Mesmo._

Maianne Ribeiro:
- Obrigado. - suspira, terminando de comer pouco depois. - Eu espero vocês no dojo.

qualquersuki:
Suki:
- Obrigada, pai. O Ichiro vai me apoiar, então pode ir na frente com a Chiaki. - e
sorri.

Maianne Ribeiro:
- Mm. - ele assente com a cabeça, se afastando com a filha.

- Tchau, Lea. Até daqui a pouco! - a menina acena.

Suki:
- Até! Prometo que treino com você hoje! - diz, boba, acenando de volta.

Maianne Ribeiro:
- Eba~! - ri, se afastando.

- ...tem certeza? Não é melhor descansar hoje? - Ichiro pergunta, preocupado.

Suki:
- Tenho sim. O treino da Chiaki é levinho, eu acho que consigo. - ela sorri,
ficando de pé devagar, se apoiando na mesa e em Ichiro para se levantar.

- Leanne, isso não é uma boa ideia... - Setsuna diz, preocupada.

Maianne Ribeiro:
- Eu concordo com a mamãe, você não tá em condição de treinar. - insiste.

Suki:
- Eu vou tentar. - retruca, mais séria.

Maianne Ribeiro:
- Lea, por favor...

Suki:
- Eu vou tentar, e nenhum de vocês vai me impedir. - insiste. - Se eu não aguentar,
eu paro.

- Não vai adiantar discutir. Teimosa como o pai... - a mulher suspira. - Apoie a
sua irmã até o dojo, querido.

Maianne Ribeiro:
- Mais teimosa que ele. - sussurra, indo apoiar Leanne.

Suki:
- Não viu nada. - a garota resmunga.

Maianne Ribeiro:
Ele abre a boca pra retrucar, mas desiste, apenas guiando a garota. "Já vi o
bastante."

qualquersuki:
Suki:
- Obrigada pelo apoio. - diz, amarga, os passos um pouco mais firmes.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - resmunga.

Suki:
Ela abre a boca pra retrucar, mas respira fundo audivelmente, irritada.

Maianne Ribeiro:
"Teimosa," pensa, entrando no dojo com Leanne.
- Chegamos.

qualquersuki:
Suki:
- Pronto. Pode ir treinar, que da minha irmã eu cuido. - murmura, se soltando dele
devagar para se aproximar de Chiaki e Mitsuo

Maianne Ribeiro:
- Quero só ver. - murmura, indo se aquecer.

Suki:
Ela ergue o dedo médio quando o rapaz se vira, irritadiça, voltando a se aproximar.

- Oi, pai. Oi, Chiaki. - murmura, um tanto amarga.

Maianne Ribeiro:
- ...brigaram de novo? - Mitsuo suspira.

Suki:
- Que novidade, não? É questão de tempo até eu terminar de arruinar minha vaga de
caridade nessa família. - diz, ácida.

Maianne Ribeiro:
- Leanne, você não tem uma vaga de caridade aqui. Você é minha filha. - murmura,
sério, encarando-a.

Suki:
A garota abre a boca para discutir, mas leva uma das mãos ao rosto, empalidecendo e
estremecendo.

- ...eu vou pros jardins. - diz, se afastando sem mais uma palavra, os passos
apressados e desajeitados.

Maianne Ribeiro:
- Lea..! - Ichiro exclama. - Eu vou atrás de--

- Não. Dê espaço pra Leanne. - Mitsuo murmura, suspirando. O garoto hesita, mas
acaba por voltar a treinar, frustrado...

Suki:
E ela de fato se enfurna nos jardins, se largando no lugar de sempre, agarrada
firmemente em Salem. Mantinha o olho descoberto bastante aberto, assustada e
confusa, se balançando de leve na tentativa de se acalmar...

"O que deu em mim....?!"

Maianne Ribeiro:
É só depois do treino que a garota ouviria passos se aproximando, Mitsuo se
sentando ao lado dela.
- Fale comigo. - murmura.

qualquersuki:
Suki:
- O que... o que foi...? - pergunta, se encolhendo quando ele se aproxima, o gato
em seus braços reclamando de dor.

Maianne Ribeiro:
- Eu vim conversar. Entender o que você está sentindo.

Suki:
A garota abre a boca para responder, mas não consegue, como se a voz ficasse presa
na garganta, parecendo voltar a si apenas quando a pata de Salem lhe atinge o rosto
com violência, fazendo Leanne enfim soltá-lo.

- Você quase quebrou as minhas costelas...! - reclama, se afastando alguns passos,


irritado.

Maianne Ribeiro:
- Você está fora de si desde ontem. - sussurra. - O que houve?

Suki:
- ...eu não sei. - murmura, a voz fraca. - Eu... eu simplesmente não sei.

Maianne Ribeiro:
- ...você precisa ir ao médico. Pode haver algum dano depois do incidente da boate.
- sussurra.

Suki:
- Os médicos me examinaram no dia e falaram que não tinha nada, lembra....?

Maianne Ribeiro:
- Eles podem examinar de novo. - responde.

Suki:
- Não precisa, pai... - e suspira.

Maianne Ribeiro:
- Precisa. Nós precisamos entender o que está acontecendo.

Suki:
A garota engole em seco, se apoiando em um dos braços para erguer o corpo e encará-
lo.

- Você acha que tem algo errado mesmo...?

- Leanne, é bastante óbvio que sim!

Maianne Ribeiro:
- Acho. O jeito que você agiu ontem foi... Atípico. Muito atípico.

qualquersuki:
Suki:
Ela morde o lábio inferior.

- Eu só... Eu só lembro de beber uma cerveja com a Yuko... - murmura, lembrando das
palavras do pai.

Maianne Ribeiro:
- Você bebeu bem mais que isso. Estava tonta e bêbada quando a encontrei. -
suspira.

Suki:
- Eu... Eu realmente não lembro... - murmura, a culpa visível em seu rosto.

Maianne Ribeiro:
- Eu acredito. E é isso que me preocupa. - o homem murmura, massageando as
têmporas.

Suki:
- Eu não devia ter saído, Mitsuo, me desculpa... - diz, um tanto atrapalhada,
afundando o rosto nas mãos.

Maianne Ribeiro:
- Não, não devia. Mas saiu, e agora nós temos que lidar com isso. - suspira. - Eu
vou te levar no hospital.

Suki:
A garota suspira, se sentando devagar.

- Eu não vou mais recusar. Prometo.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado. - ele sorri de leve, triste, ficando de pé. - Vamos..?

Suki:
- Vamos. - ela assente com a cabeça, ficando de pé. - ...que cara é essa...?

Maianne Ribeiro:
- Preocupado com a minha filha. - responde.

Suki:
- A sua filha não tá exatamente merecendo. - e suspira.

Maianne Ribeiro:
- Você é minha filha. Não importa o que você faça, eu ainda vou me preocupar.

Suki:
Isso faz Leanne esboçar um sorriso.
- Valeu, pai...

Maianne Ribeiro:
- De nada, minha querida. - ele suspira, afagando os cabelos dela antes de guiá-la
até a garagem.

qualquersuki:
Suki:
- Eu prometo fazer o meu melhor pra ajudar a cuidar disso tudo. Seja lá o que for.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado. É importante que você se cuide. - sorri.

Suki:
- Eu tenho tentado. Eu juro. - diz, sem jeito.

Maianne Ribeiro:
- Continue tentando. - ele assente com a cabeça, abrindo a porta do carro pra
Leanne.

Suki:
- Obrigada, pai. - murmura, beijando o rosto dele, carinhosa, antes de se ajeitar
no banco.

Maianne Ribeiro:
- De nada, querida. - sorri, indo para o banco do motorista, dando a partida no
carro em seguida.

Suki:
Leanne suspira baixinho, observando a cidade em silêncio durante o trajeto, cansada
e preocupada...

Maianne Ribeiro:
O carro enfim estaciona no hospital, o homem indo abrir a porta pra Leanne.
- Venha. Eu vou pedir pra te examinarem de novo.

Suki:
- Obrigada, mas eu podia sair do carro sozinha, pai... - diz, um tanto tímida,
apesar de segurar a mão dele, buscando segurança.

Maianne Ribeiro:
- Eu sei que podia. - responde, segurando a mão da filha gentilmente, guiando-a pra
dentro.

Suki:
- Senhor Shiryuu? - um dos atendentes pergunta, prontamente se aproximando. -
Aconteceu algo novamente com a menina?

Maianne Ribeiro:
- Eu preciso que a examinem novamente, com todo o cuidado. - diz, sério. - Ela não
tem se sentido bem.

qualquersuki:
Suki:
- Sim, senhor. De imediato. - ele prontamente responde, se afastando para chamar a
equipe médica.

"Eu não tenho me sentido eu mesma, pai, é diferente.", pensa, quieta.


Maianne Ribeiro:
- Eles vão te ajudar, e descobrir o que há de errado. - murmura. "Eu espero..."

Suki:
- Obrigada, pai. - diz, esboçando um sorrisinho. - Desculpe o trabalho.

Maianne Ribeiro:
- Cuidar da minha filha não é trabalho.

Suki:
- Um pouquinho eu sei que é. - ela brinca.

Maianne Ribeiro:
- É meu dever. - sorri.

Suki:
A garota sorri de volta, encostando o rosto no cabelo dele, cuidadosa.

- Com licença, chefe. - o médico diz, se aproximando dos dois alguns minutos
depois. - Pode me acompanhar, por favor? Eu gostaria de mais informações sobre o
mal-estar da menina.

Maianne Ribeiro:
- Claro. - ele assente com a cabeça, acompanhando o médico.

Suki:
Leanne suspira baixinho, acompanhando os dois em silêncio, um pouco encolhida.

"Eu já vim tanto aqui que me sinto mal...", pensava, cabisbaixa, sem se sentar
quando chegam ao consultório, o médico prontamente abrindo a ficha da garota no
computador.

- Pode me dar detalhes do mal-estar dela, chefe? - pede, o olhar observando Leanne.

Maianne Ribeiro:
- Ela tem agido erraticamente, tendo surtos de agressividade. Ontem, em um desses
surtos, ela saiu de casa, bebeu, e esqueceu tudo o que houve.

qualquersuki:
Suki:
- Surtos agressivos, huh? - pergunta. - A perda de memória pode estar relacionada
com o uso de álcool com os remédios para dor. Por isso nós a proibimos de beber. -
explica, fazendo Leanne se encolher, culpada.

Maianne Ribeiro:
- Foi um erro causado pelo surto. - murmura. - Ela estava bastante agressiva quando
a encontrei.

Suki:
- Entendo, chefe. Esses surtos se repetiram antes ou depois disso? - pergunta,
digitando algumas coisas no computador.

Maianne Ribeiro:
- Hoje de manhã houve um surto menor. - responde.

Suki:
- E eu não sei de onde isso vem. - ela adiciona baixinho, tímida. - Eu só... só
faço.
Maianne Ribeiro:
- Talvez ela precise da ajuda de um neurologista. - murmura.

Suki:
- Pensei na mesma coisa, chefe. - e assente com a cabeça. - Eu vou pedir uma série
de exames novos, e entrar em contato com um especialista para vir atendê-la.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado. - suspira. - Cuidem bem da minha menina.

Suki:
- Nós vamos, chefe, eu prometo. Como se fosse minha filha.

- Pode ir pra casa, pai. - ela murmura, desconfortável. - Eu volto pra casa quando
terminar tudo.

Maianne Ribeiro:
- Eu venho te buscar quando terminar. - diz, ficando de pé. - Vou mandar o Ichiro
vir pra te acompanhar, porém.

Suki:
- Eu ligo pessoalmente para o senhor para informar o resultado dos exames. - o
médico diz, se levantando também.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado. - ele assente com a cabeça, fazendo um afago gentil nos cabelos de
Leanne antes de se afastar.

qualquersuki:
Suki:
O homem faz uma mesura quando Mitsuo se afasta, antes de guiar Leanne consigo,
levando-a mais uma vez para ser examinada de novo e de novo e de novo, entre testes
e exames e procedimentos...

Maianne Ribeiro:
Ichiro chegaria pouco mais de uma hora depois, indo até a recepção de imediato
perguntar por Leanne...

Suki:
E ele logo é levado até ela, a menina saindo de uma das alas do hospital com passos
incertos, o rosto pálido. A ausência do tapa-olho revelaria uma esclera bastante
vermelha, mas visivelmente em recuperação...

Maianne Ribeiro:
- Lea..? - ele chama a garota, preocupado. - Como você está..?

Suki:
- Enjoada. - choraminga, parando de andar para encará-lo. - Não precisava ter
vindo...

Maianne Ribeiro:
- Precisava sim, eu não ia te deixar sozinha aqui. - murmura.

Suki:
- Porque você queria vir ou porque o papai mandou...? - pergunta, desanimada,
desviando o olhar para o chão.

Maianne Ribeiro:
- As duas coisas. - murmura.
Suki:
- Se ele não tivesse mandado, você não viria...? - pergunta, dando um risinho
fraco.

Maianne Ribeiro:
- Eu viria, claro! - exclama.

Suki:
A garota suspira, esfregando o braço furado, incomodada.

- ...obrigada. - murmura.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - suspira, afagando a mão dela. - Alguma novidade?

qualquersuki:
Suki:
Ela nega com a cabeça.

- Me fizeram exames novos, com um troço que me faz querer vomitar, mas por enquanto
nada de errado.

Maianne Ribeiro:
- Isso é... Bom e ruim. - sussurra.

Suki:
Leanne suspira.

- ...você realmente acha que tem algo de errado comigo...? - pergunta, baixinho, se
sentando em um dos bancos do corredor.

Maianne Ribeiro:
- Eu não sei, mas o papai tá muito preocupado. - murmura.

Suki:
- É, eu... Eu percebi... - murmura, insegura.

Maianne Ribeiro:
- Se tiver algo errado, eles vão encontrar. E se não tiver... eu não sei. A gente
resolve. - ele murmura. "Eu acho."

Suki:
- Ou eu vou embora. - murmura, sem erguer o olhar do chão. - Se... Se não tiver
como resolver, eu... Eu vou embora. Volto pra casa.

Maianne Ribeiro:
- Embora?! Não, claro que não, Lea, de jeito nenhum!

Suki:
- Se for preciso, eu vou. - murmura.

Maianne Ribeiro:
- Não vai ser preciso, não tem motivo pra isso!

Suki:
- Espero que não tenha, mesmo. - murmura, sem se mover.

Maianne Ribeiro:
- Não tem, nem vai ter. - retruca.

qualquersuki:
Suki:
- Isso os exames vão dizer. - diz.

Maianne Ribeiro:
- Não tem, nem vai ter. - insiste. - Você é parte da família.

Suki:
- Isso os exames vão dizer. - insiste de volta.

Maianne Ribeiro:
- Se os exames disserem que não tem nada, você vai embora? É isso que você quer
dizer?

Suki:
- Eu disse que se não tivermos como resolver eu vou embora. Eu disse o que eu
disse, se você entendeu assim não é problema meu. - diz, fria.

Maianne Ribeiro:
- Nós vamos ter como resolver e ponto final. - retruca.

Suki:
- Tudo bem. - e suspira.

Maianne Ribeiro:
"Ótimo. Chega de discussão nisso," pensa.

Suki:
A garota se mantém em silêncio durante o resto do tempo, cabisbaixa, mesmo quando
passos se aproximam dos dois.

- Jovem Shogun e Leanne, assumo? - o homem pergunta, educado, parando diante dos
dois.

Maianne Ribeiro:
- Sim, somos nós. Alguma novidade? - pergunta, encarando o homem.

Suki:
Ele nega com a cabeça.

- Nenhuma alteração em nenhum dos exames. Mas eu gostaria de examinar melhor a


senhorita, se possível, antes de decidir pedir exames mais específicos.

- Como quiser. - murmura, ficando de pé, encarando-o de cima para baixo com
seriedade. - Só guiar.

Maianne Ribeiro:
- Por favor. Eu acompanho a Lea. - murmura.

qualquersuki:
Suki:
A garota suspira, esboçando um sorriso antes de segurar a mão dele, os próprios
dedos bastante frios.

- Obrigada.

- Claro. Só me seguirem. - pede, caminhando na frente.


Maianne Ribeiro:
O rapaz assente com a cabeça, seguindo o rapaz a passos lentos. "Eu preciso cuidar
da Lea..."

Suki:
O homem leva o casal até um consultório, se aproximando da maca.

- Deite-se aqui, por favor. - pede.

Maianne Ribeiro:
Ichiro ajuda Leanne a se deitar, cuidadoso.
- Eu não vou sair do seu lado, tá?

Suki:
- Obrigada. - murmura, dando um sorrisinho sem graça para ele.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - sorri, gentil.

qualquersuki:
Suki:
O sorriso da garota se torna mais genuíno com a resposta de Ichiro, ficando mais
séria quando o médico se aproxima para examiná-la, expondo a menina a luzes e
gestos, pedindo que ela andasse e fizesse várias coisas, anotando tudo...

Maianne Ribeiro:
"Por favor, que as coisas fiquem bem..." Ichiro pedia em silêncio, observando
Leanne, preocupado.

Suki:
- Nenhuma alteração em nenhum dos exames. - o neurologista diz, longos e longos
minutos depois. - Eu vou entrar em contato com o senhor Shiryuu para passar a
notícia, então vou pedir que esperem do lado de fora até a chegada dele.

Maianne Ribeiro:
- Nenhuma alteração..? - ele engole em seco. "Se não tem nada de errado... O que
diabos está acontecendo?!"

Suki:
Ele nega com a cabeça.

- Obrigada pela atenção e pelo cuidado. - Leanne murmura, ficando de pé para fazer
uma mesura antes de sair do consultório.

Maianne Ribeiro:
O rapaz a acompanha, segurando a mão de Leanne gentilmente. "Merda..."

Suki:
- Aparentemente eu sou só uma escrota, mesmo. - Leanne murmura, se sentando
novamente nos bancos do corredor.

-=-

- Senhor Shiryuu? - o neurologista pergunta, educado, quando Mitsuo atende o


telefone.

Maianne Ribeiro:
- Você não é assim, Lea...
-=-

- Sou eu. - responde. - Tem notícias da minha filha?

qualquersuki:
Suki:
- Pelo jeito, agora eu sou. - e dá de ombros.

-=-

- Sim, senhor. Todos os exames estão normais. Sua filha, e o cérebro dela, estão
plenamente saudáveis para a idade.

Maianne Ribeiro:
- Não, não é. Eu te conheço.

-=-

- ...entendi. Obrigado. - murmura. - Eu vou buscar as crianças, então.

Suki:
- Me conhece mesmo? Por o que? Um ano e meio. - e ri, sarcástica.

-=-

- É um prazer servi-lo, senhor Shiryuu.

Maianne Ribeiro:
- Te conheço o suficiente. - retruca.

-=-

O homem se despede do médico antes de desligar, suspirando. "Não encontraram


nada..." pensa, indo procurar Setsuna.

Suki:
- Talvez não.

-=-

A mulher estava brincando com Chiaki, sentada no chão ao lado da filha.

Maianne Ribeiro:
- Leanne, por favor..!

-=-

- Setsuna. Um minuto por favor. - pede.

Suki:
- Eu ainda sou filha de quem eu sou, Shogun. - e ri.

-=-

- Quantos quiser, querido. - ela sorri, se levantando. - Eu já volto, Chiaki.


Comporte-se. - pede.

Maianne Ribeiro:
- Não me interessa de quem você é filha. - resmunga.

-=-

- Tudo bem... - a menina murmura, sem jeito.

Quando os dois se afastam, Mitsuo suspira.


- Não encontraram nada de errado com a Leanne.

qualquersuki:
Suki:
- E se esse sangue falar mais alto? - pergunta, ficando de pé para encará-lo
ameaçadoramente. - Eu já quebrei suas costelas uma vez, esqueceu?

-=-

- Nada...? - pergunta, hesitante. - Fizeram todos os exames possíveis?

Maianne Ribeiro:
- Já, mas aquilo foi diferente. - responde, encarando-a de volta. - Eu te conheço,
Leanne, já disse.

-=-

- Tudo, tudo que podiam... E não encontraram nada. - sussurra.

Suki:
- Talvez eu precise quebrar elas de novo pra você entender que não, não conhece. -
diz, o sorriso se abrindo mais no rosto, ameaçador.

-=-

- Isso... Como isso pode ser possível...? - pergunta, preocupada. - ...outro


demônio, talvez? - pergunta, hesitante.

Maianne Ribeiro:
- Você não faria isso. - responde. "Faria..?"

-=-

- Talvez. Deve haver alguma explicação mágica, se não há nada clinicamente errado.

Suki:
- Tem certeza...? - pergunta, dando um passo na direção dele, o punho esquerdo se
cerrando.

-=-

- Foi o que eu pensei. - e assente com a cabeça. - Mas como descobrir, se ela quem
costumeiramente faz isso e ela está sendo afetada...?

Maianne Ribeiro:
- Tenho. - responde, cerrando os dentes. "Ela não vai me bater."

-=-

- Eu não sei. Vamos ter que investigar... - suspira. - Uma maldição, talvez.

Suki:
- Então por que travar a mandíbula assim~? - provoca, dando mais um passo. - Se
você tem tanta certeza, por que o medo~?

-=-

- Outra... - murmura, preocupada. - Sem mais sacrifícios, por favor...

Maianne Ribeiro:
- Eu tenho certeza. - insiste. "Não, não tenho, não quando você está assim..!"

-=-

- Sem mais sacrifícios. Eu prometo. - murmura.

Suki:
- Posso testar, então? - pergunta, a mão livre tocando o rosto dele, um tanto
bruta.

-=-

- Obrigada... - e abraça um dos braços dele, preocupada.

Maianne Ribeiro:
- ...pode. - sussurra. "Merda. Merda. Merda..!"

-=-

- De nada, querida. - murmura, beijando o rosto dela. - Quer ir buscar as crianças


comigo?

qualquersuki:
Suki:
A garota aperta o rosto de Ichiro, e hesita ao sentir a rigidez em seus músculos, o
sorriso desaparecendo enquanto ela recuava um passo e o soltava.

- ...talvez eu realmente devesse voltar pra minha casa. - é tudo que ela diz, a
expressão triste, antes de se sentar novamente no banco.

-=-

- Por favor. - ela assente com a cabeça. - Vou pedir apenas que fiquem com a Chiaki
enquanto isso

Maianne Ribeiro:
- Lea. Lea, por favor... - ele sussurra, ficando de frente pra ela. - Você não é
assim..!

-=-

- Mm, claro. Eu te espero no carro.

Suki:
- Agora eu sou. - responde, sem se mover.

-=-

- Eu não demoro. - diz, gentil, beijando-o suavemente antes de se afastar.

Maianne Ribeiro:
- Não, você não é. Eu sei que você não é. - insiste. - Tem alguma coisa
acontecendo, e a gente vai descobrir.

-=-

O homem sorri de leve, indo até a garagem aguardar a esposa.

Suki:
Ela apenas balança a cabeça negativamente, apoiando os cotovelos nas pernas e
deixando a postura inclinar para frente, derrotada.

-=-

E não demora até que a mulher apareça, os passos apressados ainda suaves como
sempre haviam sido apesar da força recuperada.

Maianne Ribeiro:
Ele suspira, sentando ao lado de Leanne e envolvendo-a com um dos braços,
carinhoso.

-=-

"Linda como sempre," pensa, sorrindo, abrindo a porta para a esposa antes de ir
sentar no banco do motorista.

Suki:
- ...valeu, Ichi... - murmura, sem se mover.

-=-

- Obrigada, querido. - diz, colocando o cinto antes de ajeitar os cabelos dele


delicadamente.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - sussurra baixinho, carinhoso. - Eu te amo.

-=-

O homem apenas sorri, afagando a mão dela de leve antes de dar a partida.

Suki:
- Eu também te amo. Eu juro. - sussurra, a voz quebrando enquanto os olhos se
enchiam de lágrimas. - Eu não sei o que tá acontecendo...!

Maianne Ribeiro:
- Eu acredito em você. - diz, apertando o abraço. - A gente vai dar um jeito, eu
juro...

qualquersuki:
Suki:
- E se não tiver jeito, o que eu faço...? - pergunta baixinho, amedrontada.

Maianne Ribeiro:
- Vai ter. A gente vai achar um jeito.

Suki:
- ...nem sempre tem jeito pras coisas, Ichi...

Maianne Ribeiro:
- Teve jeito pra maldição da minha mãe, não teve?

Suki:
- Foi diferente. Sua mãe tinha uma causa.

Maianne Ribeiro:
- E você também vai ter alguma causa. A gente só precisa descobrir.

Suki:
Ela suspira, erguendo o rosto para encará-lo.

- ...você realmente acha isso...?

Maianne Ribeiro:
- Eu não acho, eu tenho certeza. - sorri.

Suki:
- ....obrigada, Ichi. - Leanne ri baixinho, encostando os lábios nos dele em um
beijo delicado.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - ele sorri, carinhoso. - Vai ficar tudo bem.

Suki:
- Eu confio em você. Mais do que em qualquer outro. - murmura, encostando a cabeça
no ombro dele.

Maianne Ribeiro:
- Pode confiar. - sorri, gentil, fazendo um afago no rosto dela.

Suki:
E isso a faz rir baixinho, manhosa, se inclinando na direção do carinho...

Maianne Ribeiro:
O rapaz sorri, bobo, continuando o carinho até os pais chegarem.
- Ah, o carro chegou. - comenta enfim, ao ver Mitsuo estacionar.

qualquersuki:
Suki:
- Bora lá, então. Senão eles vão precisar descer. - e suspira, ficando de pé.

Maianne Ribeiro:
- Vamos, vamos. - ele assente com a cabeça, guiando Leanne até o carro.

Suki:
E a garota o acompanha a passos rápidos, um leve sorriso no rosto.

- Oi, pai. Oi, mãe. - murmura, ao se ajeitar no banco de trás.

Maianne Ribeiro:
- Oi, querida. Como se sente? - pergunta, guiando o carro de volta.

Suki:
- ...agora ou há vinte minutos? - pergunta, culpada, apertando a mão de Ichiro.

- O que você quer dizer?

- Eu quase avancei no Ichi.


Maianne Ribeiro:
- ...por quê? - ele franze a testa, preocupado.

Suki:
- Eu não sei. - murmura.

Maianne Ribeiro:
- Como assim, não sabe..?

Suki:
- Eu não sei. Eu só... - ela hesita, comprimindo o lábio inferior. - Eu só fiz.

Maianne Ribeiro:
- Você queria fazer..? - pergunta.

Suki:
- Eu não sei. Depois, eu percebi que não. Mas na hora, sim. - murmura, encolhendo
os ombros.

Maianne Ribeiro:
- ...entendi. Eu... Eu preciso que você tente descrever mais como se sente nesses
momentos. Nós precisamos investigar. - murmura.

Suki:
- Eu não sei dizer. É como se fosse outro eu. Sentimentos e vontades que... Que eu
não sinto. Que eu não reconheço!

Maianne Ribeiro:
- ...como uma possessão..?

Suki:
- ...faz sentido. - murmura, erguendo as sobrancelhas. - Mas eu não lembraria
depois, se fosse uma possessão... - comenta, levemente decepcionada.

Maianne Ribeiro:
- Isso é verdade. - sussurra. - Mas nós vamos descobrir o que é.

qualquersuki:
Suki:
- Eu vou tentar estudar mais, prometo. - murmura, culpada

Maianne Ribeiro:
- Nós todos vamos estudar e pesquisar, até descobrir. - murmura.

Suki:
- Tem certeza disso...? Vocês tem as suas obrigações, pai.

- Cuidar de você é mais importante que isso, querida. - Setsuna diz, gentil. - Eu
vou levar os livros comigo quando for assistir os treinos de vocês, e durante as
aulas da Chiaki também.

Maianne Ribeiro:
- Exatamente. Você é nossa filha, você é importante. - murmura, sorrindo.

Suki:
- A família também, pai. - murmura.

- A nossa família é o núcleo do resto dela.


Maianne Ribeiro:
- Eu posso cuidar da família e da minha filha.

Suki:
- Sem se sobrecarregar? - pergunta, preocupada.

Maianne Ribeiro:
- Sem me sobrecarregar. Eu juro.

Suki:
- Tudo bem. - ela suspira. - Se cada um fizer um pouquinho eu aceito.

Maianne Ribeiro:
- Cada um vai fazer a sua parte. - sorri.

Suki:
- Sem ninguém se sobrecarregar. - insiste.

- Promessa, querida.

Maianne Ribeiro:
- Mm. - ele assente com a cabeça, estacionando o carro. - Chegamos.

qualquersuki:
Suki:
- Obrigada, pai. - ela sorri, saindo do carro de imediato, esperando Ichiro.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - diz, saindo do carro e indo abrir a porta pra Setsuna.

Ichiro não demora a sair do carro, suspirando de leve.


- Desenhar? - pergunta.

Suki:
- Pode ser. - murmura, desanimada. - Eu vou só pegar uns livros na biblioteca e te
encontro lá.

Maianne Ribeiro:
- Quer ajuda com os livros? - pergunta.

Suki:
- Não precisa. Eu vou pegar um de conceitos pra ver se encontro alguma coisa,
primeiro.

Maianne Ribeiro:
- Tudo bem. Eu te espero no estúdio. - sorri.

Suki:
- Não demoro. - e o beija de leve antes de se afastar.

Maianne Ribeiro:
O rapaz esboça um sorriso, bobo, se afastando pro estúdio.

Suki:
Não demora até que Leanne apareça no estúdio com alguns livros nos braços,
colocando-os na bancada juntamente com o próprio estojo com cuidado antes de se
sentar no lugar habitual.

- Prontinho. - ela sorri. - Acha que me consegue umas folhas? - pede.


Maianne Ribeiro:
- Claro. - ele sorri, estendendo algumas folhas pra Leanne.

Suki:
- Obrigada, Ichi. - ela sorri, beijando-o de leve antes de pegar as folhas e
ajeitar tudo para começar a estudar.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - sorri, carinhoso, afagando a mão dela antas que ela se afastasse.

qualquersuki:
Suki:
A garota ri baixinho, boba com o carinho, antes de começar a abrir os livros para
ler e estudar, as anotações bem organizadas e feitas ao contrário dos estudos que
Ichiro tinha visto antes...

Maianne Ribeiro:
- ...você é muito bem organizada. - ele sorri, bobo observando a garota.

Suki:
- Você acha? - pergunta, encarando-o. - Valeu.

Maianne Ribeiro:
- Acho sim. Suas anotações são todas bonitinhas. - ri.

Suki:
- Eu tento. Desde que eu vi o grimório do meu pai a primeira vez eu comecei a
tentar organizar melhor as minhas anotações pra um dia fazer o meu!

Maianne Ribeiro:
- Fazer, é? Cada um faz seu grimorio?

Suki:
Ela assente com a cabeça.

- Seja replicando magias, rituais e receitas dos outros, ou criando as próprias, a


criação é nossa do começo ao fim. - diz, o sorriso diminuindo no rosto. - Eu
passava dias vendo cadernos personalizados, adesivos, canetas, tudo pensando em
como ia ser o meu quando a hora de começar chegasse. - murmura, balançando a cabeça
de leve.

Maianne Ribeiro:
- ...e por que você não começa um, então? Você pode fazer o seu grimorio. -
murmura.

Suki:
- Era tradição na família do meu pai herdar o grimório do bruxo mais velho, junto
com os materiais, no aniversário de dezesseis anos. - explica. - Eu acho que...
Parece sem sentido, sem ele.

Maianne Ribeiro:
- Ainda é continuar uma tradição importante. - sorri.

qualquersuki:
Suki:
- É. Talvez se eu pensasse em ter filhos. - e dá de ombros.

Maianne Ribeiro:
- Ao menos continua a tradição até você. - sorri. - Você não quer ter filhos?

Suki:
Leanne suspira, se apoiando nos cotovelos.

- Não. Eu não acho que eu seria uma boa mãe. Ou esposa. Ou qualquer coisa, na
realidade. - e ri, amarga.

Maianne Ribeiro:
- Eu acho que seria. - sorri.

Suki:
- Achou errado. - e dá de ombros.

Maianne Ribeiro:
- Não tem como saber. - ele ri.

Suki:
- Eu sei. - insiste, claramente encerrando a conversa, antes de voltar a atenção
aos livros.

Maianne Ribeiro:
"...teimosa, como sempre," pensa, voltando aos desenhos.

Suki:
E Leanne passaria as próximas horas ali, concentrada, fazendo anotações e desenhos,
copiando símbolos e referenciando outras informações, entretida, a expressão
bastante fechada.

Maianne Ribeiro:
- Que cara é essa..? - Ichiro pergunta enfim, suspirando.

Suki:
- Cara de quem tá ocupada estudando. - responde, seca.

Maianne Ribeiro:
- ...ouch. - resmunga.

Suki:
- O que foi? - reclama.

Maianne Ribeiro:
- Nada não, só agradecendo a patada.

Suki:
- De nada, mas se continuar reclamando vai tomar uma literal em breve.

Maianne Ribeiro:
"Melhor eu calar a boca, que eu sei que a ameaça é real," pensa.

qualquersuki:
Suki:
A garota resmunga, mas em poucos minutos afunda o rosto nas mãos, frustrada, os
ombros encolhidos.

"Merda...", pensa, trêmula. " _Definitivamente_ tem alguma coisa errada comigo...!"

Maianne Ribeiro:
- ...passou a raiva? - Ichiro pergunta baixinho.
Suki:
- ...passou. E veio a culpa. - diz, audivelmente frustrada.

Maianne Ribeiro:
- A gente vai descobrir o que tá acontecendo. - murmura. - E aí tudo isso vai
passar.

Suki:
- Espero que _antes_ que eu te machuque. - sussurra.

Maianne Ribeiro:
- Você não vai me machucar. - murmura. "Eu aguento."

Suki:
- Eu espero. Eu realmente espero. - ela estremece.

Maianne Ribeiro:
- Não vai. - sorri, tentando passar confiança pra garota.

Suki:
- ...se eu tentar, por favor se defende. - pede, a voz vacilando.

Maianne Ribeiro:
- Pode deixar. - diz, se aproximando pra afagar a mão dela. "Melhor não provocar."

Suki:
- Obrigada. - murmura, segurando a mão dele com as pontas dos dedos, hesitante.

Maianne Ribeiro:
- Eu te amo. Vai ficar tudo bem. - sorri.

Suki:
- Eu também te amo. Mas eu não tenho tanta certeza assim. - sussurra.

Maianne Ribeiro:
- Eu tenho. - ri. - Relaxa.

Suki:
- O suficiente por nós dois? - pergunta, esboçando um sorriso esperançoso.

Maianne Ribeiro:
- Mais que o suficiente. - ri.

qualquersuki:
Suki:
- ...obrigada, Ichi. - diz, aproximando o rosto do dele para beijá-lo, carinhosa.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - sussurra, retribuindo o beijo, carinhoso. - Posso ajudar na pesquisa?

Suki:
- Mm. Pode sim. - e assente com a cabeça. - Você sabe ler bem japonês, pode
adiantar nos livros da biblioteca da casa enquanto eu procuro nos do meu pai.

Maianne Ribeiro:
- Pode deixar. - ele assente com a cabeça, indo sentar ao lado de Leanne.

Suki:
- Aqui. - murmura, entregando o segundo livro para Ichiro. - Eu ainda não comecei
exatamente porque eu sei que vou demorar muito pra conseguir ler ele.

Maianne Ribeiro:
- Deixa comigo, então. - ele ri de leve, abrindo o livro pra investigar.

Suki:
O rapaz encontraria informações variadas sobre diferentes tipos de espíritos e
possessões, mas nada que se aproximasse dos rompantes de Leanne...

Maianne Ribeiro:
"Droga..." pensa, frustrado, deixando o livro de lado.
- Nada aqui. - murmura.

Suki:
- Imaginei. - murmura, negando com a cabeça. - Eu achei algumas informações, mas
nenhuma delas se aplica direito, também.

Maianne Ribeiro:
- Mas pode ajudar a encontrar alguma coisa, não?

Suki:
- Por isso que tô anotando trechos, mas... não acho que vai ajudar.

Maianne Ribeiro:
- Alguma coisa vai ajudar. - murmura.

Suki:
- Eu espero que sim... - sussurra, inquieta.

Maianne Ribeiro:
- Vai ajudar sim. - sorri, afagando os cabelos dela.

qualquersuki:
Suki:
- Você não tem como garantir isso, Ichiro. - e suspira.

Maianne Ribeiro:
- Eu vou dar um jeito de garantir.

Suki:
- ...você é sempre confiante assim quando se fala de mim. - comenta, as bochechas
coradas. - Queria saber se é dedicação ou falsidade. - brinca.

Maianne Ribeiro:
- Eu posso parecer uma serpente na minha forma de dragão, mas não sou mentiroso. -
ri.

Suki:
- Então você realmente acreditava ser capaz de resolver todos os problemas que
apareceram~?

Maianne Ribeiro:
- Claro que sim. - ri.

Suki:
- Sua confiança me inspira, sabia? Me dá esperanças.

Maianne Ribeiro:
- É parte do objetivo. - sorri, beijando-a.

Suki:
"Assim eu derreto...", pensa, boba, tocando o rosto dele com as duas mãos,
carinhosa.

Maianne Ribeiro:
- A gente vai dar um jeito. Tá? - sorri, afagando a mão dela.

Suki:
- Eu vou tentar acreditar nisso. - e suspira.

Maianne Ribeiro:
- Pode acreditar. - sorri.

Suki:
- Obrigada, Ichi. - e sorri de volta.

Maianne Ribeiro:
- De nada. Agora vem jantar. - ri, puxando a garota.

qualquersuki:
Suki:
- Já?! - pergunta, surpresa. - Quanto tempo a gente ficou estudando?!

Maianne Ribeiro:
- Várias horas. - ele ri baixinho, beijando o rosto dela.

Suki:
- Percebi... - resmunga, sorrindo com o beijo.

Maianne Ribeiro:
- Vem, que saco vazio não para em pé. - provoca.

Suki:
- Isso é mentira, eu sempre fico em pé! - reclama.

Maianne Ribeiro:
- Você não é um saco vazio, você come! - ri.

Suki:
- Não como não, quem come é você~ - responde, abrindo um sorrisinho de canto.

Maianne Ribeiro:
- Isso eu não nego. - provoca, malicioso.

Suki:
- Por isso tanta pressa pra ir comer~?

Maianne Ribeiro:
- Não, isso é porque eu tô com fome... Mas não nego um "exercício" depois~

Suki:
- Com muito alongamento ~? - provoca.

Maianne Ribeiro:
- Bastante, do jeito que a gente gosta. - ri, se aproximando.

Suki:
- Pensei que você quisesse comer primeiro~ - responde, dando um passo a frente.

Maianne Ribeiro:
- Não é má ideia... - sussurra, colocando as mãos na cintura de Leanne e puxando-a
pra perto.

qualquersuki:
Suki:
Isso a faz soltar uma exclamação baixinha de surpresa, rindo antes de aproximar o
rosto do dele.

- E então, o que vai ser sua janta e o que vai ser o after~? - provoca.

Maianne Ribeiro:
- Minha janta vai ser você. - sussurra, beijando-a, intenso.

qualquersuki:
Suki:
E isso a faz estremecer violentamente, rindo entre o beijo antes de puxar Ichiro
para si pela camisa, um tanto bruta.

- Quarto. Biblioteca. Estúdio, o que for, desde que seja perto e seja agora... -
pede, o hálito quente.

Maianne Ribeiro:
- Aqui mesmo, então. - ele ri, usando uma magia pra fechar e trancar as portas. -
Você abriu meu apetite...

Suki:
- Me come toda, então, Ichiro~ - provoca, empurrando-o contra a parede.

Maianne Ribeiro:
- Até a gente não aguentar mais. - ri, arrancando a camisa dela, o rosto se
enterrando em seu peito.

Suki:
Isso arranca uma gargalhada satisfeita de Leanne, a garota agarrando os cabelos
dele enquanto se movia contra seu rosto, provocante.

- Vai ser bom pra ter uma mudança de ares e posições novas~

Maianne Ribeiro:
- Sempre bom experimentar... - ri, as mãos entrando no short de Leanne.

Suki:
Leanne puxa o ar entre os dentes, segurando os braços dele com firmeza, tensa e
arrepiada, apesar de claramente não tentar impedi-lo.

- Com você~? Qualquer coisa~

Maianne Ribeiro:
- Qualquer coisa, é? - ele ri, arrepiado, se livrando do próprio short.

Suki:
- Qualquer coisa. - provoca, mordiscando a orelha dele.

Maianne Ribeiro:
O rapaz apenas ri, mordiscando a pele dela antes de encaixar o quadril ao da
garota, arrepiado...
Suki:
- Ah, Ichiro... ~ - ela geme baixinho, se afastando dele para puxá-lo em direção ao
chão, se sentando e se deitando devagar, as pernas abertas.

Maianne Ribeiro:
- Lea, Lea~ - ele ri, se posicionando entre as pernas dela e movendo os quadris
devagar, provocante.

Suki:
- Você ama quando eu faço isso com você~ - provoca, segurando a mandíbula dele com
violência, puxando-o para si para beijá-lo.

Maianne Ribeiro:
"Amo mesmo..." pensa, se deixando levar, beijando a garota intensamente.

qualquersuki:
Suki:
- Hoje eu quero ser mais ousada. - provoca, empurrando-o de leve antes de se sentar
sobre os quadris de Ichiro, rindo.

Maianne Ribeiro:
- Você vai me comer, então? - provoca, risonho.

Suki:
- Vai dizer que você nunca perdeu seu tempo e sua cabeça imaginando como era a
sensação de me ter em cima de você~? - responde, aproximando os lábios dos dele
para mordiscá-los.

Maianne Ribeiro:
- Claro que já. - ele ri baixinho, arrepiado, as unhas arranhando as coxas dela.

Suki:
A garota ri e engasga com a sensação, a voz se transformando em surpresa e prazer,
arrastada e baixinha enquanto a respiração quente se espalhava pelo rosto dele.

- Eu admito que tinha medo de te sufocar por causa do meu tamanho... - provoca
baixinho, rebolando sobre o corpo de Ichiro.

Maianne Ribeiro:
- Eu aguento, Lea. Eu aguento bastante coisa... - ri, arrepiado, aproveitando a
inversão de posições.

Suki:
- Eu sou bastante coisa, então... acho bom aguentar mesmo... - diz, acelerando o
movimento um pouco mais, em um vai-e-vem e um sobe-e-desce ritmados, as mãos
marcando o torso dele com as unhas.

Maianne Ribeiro:
- Eu a-aguento... - ele responde, puxando o ar por entre os dentes com os
arranhões, a respiração mais rápida.

Suki:
- Vamos testar se aguenta mesmo, então~ - e ri baixinho, mordiscando os lábios dele
antes das mãos envolverem o pescoço de Ichiro enquanto Leanne apoiava parte do
próprio peso nelas, continuando a rebolar.

Maianne Ribeiro:
O rapaz estremece com o aperto firme de Leanne, o sorriso largo no rosto. "Isso
é... Estranhamente bom..!" pensa, movendo os quadris com os dela.

qualquersuki:
Suki:
- Chama meu nome.... - sussurra, aumentando de leve a força que usava, mordendo os
lábios dele. - Chama o meu nome e diz que me ama~

Maianne Ribeiro:
- Le... Leanne... - ele chama, estremecendo. "Ela tá... Apertando forte demais..."

Suki:
- O que foi~? - ela ri, o sorriso se rasgando em seu rosto enquanto o estúdio ao
redor dos dois parece desaparecer, dando lugar a paredes de pedra com correntes
sujas de sangue e gritos desesperados de dor ao fundo... - O que foi, dragão~? Medo
de morrer...?

Maianne Ribeiro:
Ele estremece outra vez, as mãos indo até as dela.
- L-Lea... Me... Nos..! - pede, o ar começando a faltar.

Suki:
- Mais, garoto. Bem mais... - e gargalha, as unhas ameaçando afundar em sua carne.

Maianne Ribeiro:
- P... Pa... ra..! - insiste, tentando usar a própria magia pra empurrar a garota
pra longe.

qualquersuki:
Suki:
O aperto cessa quase de imediato enquanto Leanne era jogada para trás, atrapalhada,
rolando alguns metros.

De imediato, tudo volta ao normal, sem os gritos, as correntes ou o sangue...

- Ichiro...? - pergunta, se apoiando nos braços para observá-lo, confusa e


assustada, sem nenhum sinal da expressão distorcida de antes.

Maianne Ribeiro:
O rapaz começa a tossir, tentando recuperar o fôlego, encolhido no chão incapaz de
responder. "Merda... Ela... Ela surtou de novo..."

Suki:
- Ichiro, o que aconteceu?! - pergunta, se adiantando para perto dele, erguendo-lhe
o corpo para ajudá-lo a respirar. - Puxa pela boca. Puxa o ar pela boca!

Maianne Ribeiro:
- For...força d-demais... - ele sussurra, tentando respirar pela boca. - Passou
do... Do ponto...

Suki:
- M-mas... Mas... você tava sorrindo de orelha a orelha...! - gagueja, atrapalhada.

Maianne Ribeiro:
- Eu..? Não, eu... Eu p-pedi pra... Pra parar... - sussurra.

Suki:
- Não, Ichiro, você tava rindo...! - insiste, nervosa, os olhos cheios de lágrimas.

Maianne Ribeiro:
Ele nega com a cabeça, confuso.
- Não, eu... Eu não tava rindo, Lea..! - murmura, sem entender. - Eu ouvi os
gritos, vi o sangue, e..!

Suki:
- Calma. Calma, você não tá falando coisa com coisa... - murmura, preocupada,
encostando o corpo de Ichiro no próprio. - Se concentra em respirar.

Maianne Ribeiro:
Ele engole em seco, ficando na própria respiração. "O que diabos foi aquilo..?!"
pensava, trêmulo.

Suki:
Os minutos se passam até que a garota enfim volte a falar, mais calma.

- ...conseguindo respirar...? - pergunta, afagando os cabelos dele.

Maianne Ribeiro:
- T-tô, tô sim. Eu já tô bem. - sussurra, assentindo com a cabeça. - E você..?

qualquersuki:
Suki:
- Preocupada pra caralho. - responde, baixinho. - ...o que você viu...?

Maianne Ribeiro:
- Eu vi você sorrindo. Um sorriso rasgado, cruel, enquanto você apertava meu
pescoço mais forte. - sussurra, engolindo em seco. - O estúdio não parecia mais o
estúdio, era uma sala cheia de correntes e sangue, e tinham gritos...

Suki:
Isso faz Leanne franzir bastante a testa, envolvendo Ichiro com os braços
carinhosamente.

- ...uma visão, provavelmente. - sussurra, estremecendo.

Maianne Ribeiro:
- É. Quando eu te empurrei, tudo isso parou. - responde, abraçando-a de volta.

Suki:
- Isso com certeza tá relacionado aos meus surtos. - murmura, a voz mais fraca.
- ...é melhor você não ficar sozinho comigo de novo.

Maianne Ribeiro:
- Quê? Não, não, Lea, nada disso. - ele nega com a cabeça. - É só a gente tomar
mais cuidado.

Suki:
Ela abre a boca para dizer algo, mas hesita.

- Não é hora pra discutir. - diz, enfim, ficando de pé e trazendo Ichiro consigo
devagar. - A gente precisa se vestir, ir comer, e contar isso pro seu pai.

Maianne Ribeiro:
- ...ele não vai ficar feliz. Nem um pouco. - Ichiro engole em seco, se vestindo.

Suki:
- Nem com a gente, nem com o que aconteceu. - sussurra.

Maianne Ribeiro:
Ele assente com a cabeça, preocupado. "Ele vai afastar a gente. Aposto..."

Suki:
- Enfim che-- oh. - Setsuna diz, parando de falar ao ver as expressões dos dois. -
O que aconteceu...?

- Depois a gente conversa. - murmura, lançando um olhar para a irmã mais nova antes
de se sentar para comer.

Maianne Ribeiro:
- É. Depois de comer. - Ichiro murmura, se ajeitando no próprio lugar.

- Tá tudo bem..? - Chiaki pergunta, preocupada.

- Tá, Chiaki. Tá sim. - murmura. "Mas quase não ficou."

qualquersuki:
Suki:
- Não se preocupa. - ela sorri, estendendo a mão para afagar os cabelos da irmã.

Maianne Ribeiro:
- Tá... - ela murmura, meio desanimada.

Suki:
- Ei. Não faz essa carinha. - pede. - Se você se animar eu prometo que te ensino
uma coisa legal amanhã depois do treino. - diz, pomposa.

Maianne Ribeiro:
- Uma coisa legal, é..? - ela esboça um sorriso.

Suki:
- Uma coisa tão legal que nem o Ichiro sabe fazer~

Maianne Ribeiro:
- Ah, é? Eu quero saber! - ri.

- Ei, que história é essa? - Ichiro pergunta, soltando um risinho.

Suki:
- Nada disso~ Só eu e ela vamos saber! - e mostra a língua para o dragão.

Maianne Ribeiro:
- Maldade. - ele ri de leve.

Suki:
- Eu sou má. - e faz uma careta, boba, antes de começar a rir.

Maianne Ribeiro:
- Malvada. - o rapaz ri, Chiaki se juntando ao riso.

Suki:
- Eu sou, e a Chiaki vai ser igualzinha~ - provoca, esfregando as mãos de forma
falsamente vilanesca.

Maianne Ribeiro:
- Vou sim! Mwahahahahaha! - a menina gargalha.

qualquersuki:
Suki:
- Mwahahahahahahahaha~! - Leanne a imita.

Surpreendentemente quem as acompanha é uma risada masculina, grave, vinda de baixo


da mesa.

Salem.

O gato sai pelo lado de Chiaki, saltando sobre o ombro, e depois subindo para a
cabeça, da menina enquanto ria falsamente maligno imitando as duas.

Maianne Ribeiro:
- Aah..! - Ichiro exclama, tomando um susto com o surgimento do gato.

- Mwahahahahaha! - Chiaki continua rindo, esticando as mãos pra cima pra afagar os
pelos dele.

Suki:
E ele ronrona com o toque de Chiaki, saltando novamente para o ombro dela, agora
indo para seu colo, confortável.

- Alguém decidiu comer com o resto da família. - Leanne brinca.

- Quer uma porção de peixe, Salem? Posso pegar para você. - Setsuna oferece,
gentil.

Maianne Ribeiro:
- Peixinho pro Salem! - Chiaki sorri, boba, fazendo um carinho nele enquanto comia.

Suki:
- Eu não demoro. - a mulher sorri, ficando de pé para ir buscar a porção que
oferecera.

- Depois que ela se acostumou com a cura, a mamãe faz tudo sozinha, né...? - Leanne
pergunta, baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Pois é. Ela ficou bem mais independente. - Ichiro sorri, bobo. - É bom ver ela
assim.

Suki:
- Faz tudo ter valido a pena. - diz, boba.

Maianne Ribeiro:
- É... Ainda deu um medo e tanto, mas valeu a pena. - murmura.

Suki:
- Diga por você. - provoca.

Maianne Ribeiro:
- Digo por mim, mesmo. - resmunga. - Eu fiquei com medo de você nunca mais
acordar...

Suki:
- Eu sabia que ia dar tudo certo. - e dá de ombros.

Maianne Ribeiro:
- Eu ainda fiquei com medo.

Suki:
- Você é medroso. - provoca, sorrindo de canto.

Maianne Ribeiro:
- Sou, e daí? - ri.

qualquersuki:
Suki:
- E daí nada, _Shogun_. - responde.

Maianne Ribeiro:
Ele ri baixinho, bobo.
- Adoro esse apelido...

Suki:
- Eu adoro a razão dele. - admite, boba, sorrindo também.

Maianne Ribeiro:
- Fazer o quê, eu sou incrível. - brinca.

Suki:
- Incrível pra me defender. - concorda, boba

Maianne Ribeiro:
- Especialmente, sim~

Suki:
- Um dragão turquesa protegendo o meu coração ~ - diz, fingindo vomitar em seguida.

- Aconteceu algo? - Setsuna pergunta ao retornar, vendo a reação de Leanne.

Maianne Ribeiro:
- N.. Não, nada. - Ichiro murmura. "Merda. Outro surto..?"

Suki:
A garota nega com a cabeça.

- Só fingindo nojo da breguice. - ela ri, ao que a mulher respira aliviada, indo
colocar o prato de Salem diante dele.

Maianne Ribeiro:
"Ufa," o rapaz pensa, voltando a comer.

Suki:
O resto da refeição se segue sem problemas, Leanne sempre risonha e gentil assim
como Salem.

- Comi até encher~ - a garota sorri, ao terminar.

Maianne Ribeiro:
- Também. - Ichiro ri de leve.

- Ótimo. Chiaki, pode ir pro seu quarto. Eu vou ler uma história pra você daqui a
pouco. - Mitsuo murmura.

- ...tá... - a menina resmunga, se levantando. "Sempre cheios de segredo..."

qualquersuki:
Suki:
- Lembra do que eu te prometi! - Leanne diz, tentando animá-la.
Maianne Ribeiro:
- Leeeembro! - ela solta um risinho, saindo da sala.

- ...então. O que houve? - Mitsuo pergunta quando Chiaki se afasta o bastante.

Suki:
A garota morde o lábio inferior, os ombros caindo.

- O Ichiro teve uma visão que desapareceu quando eu desencostei dele.

Maianne Ribeiro:
- ...o Ichiro teve uma visão?

- É. - ele murmura. - A Lea tava me enforcando, eu pedi pra ela parar, e ela só
apertou mais forte. Então o estúdio se transformou num lugar cheio de correntes e
sangue, e eu ouvi gritos.

Suki:
- E tudo voltou ao normal quando ele me afastou. E não tem marca nenhuma nele pra
dizer que eu realmente fiz isso. - murmura, frustrada.

Maianne Ribeiro:
- ...os dois estão tendo problemas, então. - Mitsuo sussurra, engolindo em seco.
"Meus filhos..."

Suki:
- Só quando ele encostou em mim. - Leanne corrige. - Deve... Deve ser algum tipo de
maldição que afeta quem toca. - murmura, frustrada, encolhendo os ombros.

Maianne Ribeiro:
- Nós vamos descobrir o que é. Por ora, evitem muito contato. - pede.

- C... Certo. - Ichiro sussurra, desanimado.

Suki:
- Pode deixar, pai... - murmura, cabisbaixa. - O Ichi vai voltar a dormir no quarto
dele...?

- É o ideal, querida.

Maianne Ribeiro:
- Por enquanto, ao menos. - diz. - Nós precisamos descobrir o que está acontecendo
primeiro.

qualquersuki:
Suki:
Ela suspira, passando a mão pelos cabelos.

- É melhor eu ficar naquela prisão que eu chamo de quarto, logo. - resmunga.

Maianne Ribeiro:
- Por que diz isso? - o homem suspira.

Suki:
- Porque é verdade. É o lembrete diário que eu tô na casa de vocês, meio mundo
longe da minha, e que eu perdi a minha família e a minha vida e nunca mais vou
recuperar. Tudo o que resta é me adaptar aqui, a vocês, à casa, e aceitar.
Maianne Ribeiro:
- Nós somos sua família. - insiste, sério. - Essa é a sua casa.

Suki:
- A minha casa com móveis e decorações que são das tradições de vocês. Comidas que
são das tradições de vocês. Hábitos e rotinas que são das tradições de vocês. - ela
ri, debochada, balançando a cabeça negativamente. - Memórias e histórias que são de
vocês, não minhas. Não tem nada meu aqui, Mitsuo, além das roupas. E olhe lá: não é
como se elas ficassem direito, também. - e ri de novo.

Maianne Ribeiro:
- ...então nós vamos transformar o quarto no seu quarto. Com os seus móveis, as
suas decorações. - responde. - É o que podemos fazer.

Suki:
- Não tem nada meu aqui, Mitsuo. - diz, ficando de pé, encarando-o de cima para
baixo com frieza. - Eu sou só uma refugiada. - e se afasta.

- Eu não sei se isso foi um surto de agressividade ou de sinceridade. - Setsuna


sussurra, trêmula, observando a filha se afastar.

Maianne Ribeiro:
- ...excelente pergunta. - ele suspira, passando a mão no rosto. - Eu vou conversar
mais com ela.

qualquersuki:
Suki:
- Você é a única pessoa que consegue tirar algo dela. Nem mesmo com o Ichiro ela se
abre do mesmo jeito. - e suspira.

Maianne Ribeiro:
- Mm. - ele suspira, ficando de pé. - Com licença.

O homem se afasta, indo procurar a filha...

Suki:
- Boa sorte, querido... - Setsuna murmura, preocupada.

-=-

E Leanne estava sentada sobre o próprio colchão, os cotovelos nas coxas e a cabeça
escondida nas mãos, chorando e soluçando em silêncio.

Maianne Ribeiro:
O homem suspira, sentando ao lado dela.
- Eu falei sério. - sussurra. - Eu quero que esse lugar seja tanto seu lar como é
meu.

Suki:
- Não é, e nunca vai ser. Eu não faço parte de nada disso. - ela gagueja entre os
soluços. - A minha casa foi feita comigo. Escolhida comigo. O piso, a cor das
paredes, cada móvel, cada decoração...! E aqui eu só existo no espaço de vocês, na
vida de vocês, e não na minha!

Maianne Ribeiro:
- Então vamos fazer um espaço com você. O piso, a cor das paredes, tudo que você
quiser. - diz, gentil. - Um espaço todo seu.

Suki:
A garota hesita, erguendo o rosto vermelho e inchado, cheio de lágrimas, para
encará-lo. Ali, com o olho ferido ainda mais escarlate, a pele de Leanne parecia
estranhamente cinzenta, sem vida e mal cuidada, da mesma forma que os cabelos
desgrenhados que caíam sobre seu rosto.

- ...isso... I-isso não... Isso n-não tem graça...

Maianne Ribeiro:
- Eu não sou de contar piadas, Leanne. - murmura. - Eu falo sério.

Suki:
- Eu sei que você é um velhaco carrancudo. - resmunga, desviando o olhar. - Mas
isso é gentileza demais até pra você.

Maianne Ribeiro:
- Você é minha filha. Por que seria gentileza demais?

qualquersuki:
Suki:
A garota cerra os dentes, empurrando Mitsuo com as duas mãos no peito dele antes de
ficar de pé.

- PARA COM ESSA MERDA! - grita, o olho tremendo, o rosto vermelho. - Eu sei que
você não me vê que nem o Ichiro e a Chiaki, porra! Eu sei que você não dá a mínima
pra tudo que eu perdi e tudo que eu era! Eu sei, tá legal, EU SEI! - berra, a voz
desafinando enquanto Leanne caía de joelhos, abraçando o próprio corpo e encostando
a cabeça no chão, tremendo. - E-eu... Eu sei. Eu sei. Eu sei. Eu... Heh... E-eu
sei... Eu só... Eu sou só... Hah...

Maianne Ribeiro:
O homem apenas a observa em silêncio, até que ela se encolha no chão. Mitsuo então
agacha ao lado dela, a mão em seu ombro, o toque gentil.
- Não, não sabe. Se realmente soubesse, saberia que está errada.

Suki:
- E-eu não tô... E-eu não tô... - choraminga, se balançando para frente e para
trás. - A Caroline e o Lucca são a minha família, são tudo que eu tenho, eu preciso
voltar... Eu preciso voltar pra Londres, eu preciso ir atrás deles, eu preciso ir
pro exército... - diz, parcialmente em choque, visivelmente fora de si.

Maianne Ribeiro:
- Não, não precisa. Não precisa de nada disso. - murmura, fazendo um afago gentil
na garota.

Suki:
E Leanne segue repetindo palavras sem nexo, encolhida, amedrontada e perdida no
passado, até que a consciência começa a ceder e o corpo dela amolece, escorregando
na própria posição, o olho ferido tremendo violentamente.

Maianne Ribeiro:
"...é isso que você pensa, então..."

O homem suspira, tomando-a nos braços e deitando-a sobre a cama com cuidado. Sem
dizer mais nada, ele se afasta, indo se enfurnar no próprio trabalho.

qualquersuki:
Suki:
Os dias seguintes se passam com uma Leanne bastante suave. Ensinaria Chiaki a magia
que prometera, em segredo, dividindo com a irmã sua memória mais preciosa: como
fazer o chá de flores da própria família, criando a semente de uma pitada de açúcar
e terra fértil.

Voltaria aos estudos em seguida, se mantendo fisicamente distante de Ichiro


enquanto tentava descobrir o que estava acontecendo consigo e poupar o namorado do
risco que sua presença trazia.

Apesar disso, era inegável o quão amarga e sarcástica a garota vinha se tornando:
mesmo nas refeições, mantinha-se quieta a maior parte do tempo, vez ou outra
alfinetando e provocando os familiares, as represálias muitas vezes fazendo apenas
com que ela se levantasse e saísse do cômodo, cada vez mais agressiva...

Era de se esperar que os passos pesados nos jardins fossem um alerta para Ichiro,
assim sendo, quando ele sai durante a noite para "resolver alguns assuntos" e chega
sujo de sangue.

Passos pesados e apressados até o portão de casa, se aproximando dele sem que
Leanne dissesse nada...

Maianne Ribeiro:
O rapaz cerra os dentes com firmeza, se preparando pra apanhar. Um soco, talvez. Um
chute. Talvez ela tentasse derrubá-lo. "Eu não tô na melhor das condições pra isso,
mas..." pensava, quieto. Passara as últimas horas _lidando_ com Aaron, garantindo
que o rapaz nunca mais seria capaz de repetir a atrocidade que cometera.

Nunca mais.

qualquersuki:
Suki:
E o que acontece é algo que há algum tempo Ichiro não sentia.

Um abraço.

Leanne o envolve pelas costas, as mãos trêmulas e frias tocando o peito de Ichiro
carinhosamente enquanto ela aninhava o corpo junto ao dele e afundava o rosto em
seus cabelos.

- Okaeri... - diz baixinho, a voz chorosa.

Maianne Ribeiro:
Ichiro estremece visivelmente, as mãos pousando sobre as dela enquanto ele responde
baixinho, a voz fraca.
- Tadaima...

Suki:
- Eu vou preparar chá e... E um banho pra você. - diz, apertando um pouco o abraço,
aliviada com a resposta.

Maianne Ribeiro:
Ele abre a boca pra questionar, mas apenas solta um risinho, assentindo com a
cabeça.
- Obrigado. - sussurra.

Suki:
- De nada. - e ri também, mais suave. - Vem. Tá frio aqui fora. - murmura, antes de
erguer o olhar para os rapazes que acompanhavam Ichiro. - Aceitam chá...? -
pergunta, gentil

Maianne Ribeiro:
Os rapazes se entreolham, mas acabam por negar, fazendo uma mesura e se afastando.
"...aposto que só negaram pra deixar a gente só," Ichiro pensa, sorrindo de canto.

qualquersuki:
Suki:
A garota suspira, fechando o portão enquanto guiava Ichiro para dentro, carinhosa,
o braço mantendo-o perto de si por cima dos ombros do rapaz.

- Como foi o serviço...? - pergunta, hesitante. - Muito difícil? Você se feriu?

Maianne Ribeiro:
- Foi... cansativo, só. Bastante cansativo. - murmura, se deixando levar pela
garota. - Eu estou bem.

Suki:
- Eu nem consigo imaginar. - ela suspira. - Eu queria poder te acompanhar, mas o
papai já deixou bem claro que não me quer na família. - resmunga, inflando as
bochechas.

Maianne Ribeiro:
- Um dia ele vai aceitar. - o rapaz ri de leve. - Você vai ver.

Suki:
- Um dia quando eu for forte o suficiente pra vencer dele em combate, só se for. E
olhe lá! - ela ri também, guiando o rapaz até o quarto dele. - Eu vou te limpar, e
quando você estiver descansando na banheira eu faço o chá. - explica.

Maianne Ribeiro:
- Me limpar? Não precisa, Lea, você deve tar cansada também. - ele ri baixinho.

Suki:
- Eu preciso cuidar do meu futuro marido, oras. - provoca, beijando os cabelos
dele.

Maianne Ribeiro:
- Quanto mimo. - ele ri, bobo. - Assim eu derreto...

Suki:
- Derrete na banheira. - e pisca um dos olhos.

"Derrete em mim."

Maianne Ribeiro:
- Vou derreter mesmo. - ri, entrando no quarto, já tirando a parte de cima da
roupa.

qualquersuki:
Suki:
E Leanne o ajuda suavemente, o toque delicado e carinhoso, uma das mãos tocando as
costas dele para guiá-lo até o banheiro.

- Achei que você tava mais sujo de sangue. - comenta.

Maianne Ribeiro:
- Eu usei magia pra limpar uma parte. Não dá pra andar por aí todo melecado. -
brinca.

Suki:
- Que dá, até dá, mas vai chamar atenção demais. - ela ri, fazendo menção de descer
as peças de baixo dele e hesitando. - ...tira você. Melhor.

Maianne Ribeiro:
- ...melhor, é? Por quê? - ele provoca, sorrindo de canto, apesar de fazer como ela
pedira.

Suki:
- Porque a gente não pode se pegar, esqueceu? - resmunga, cruzando os braços.

Maianne Ribeiro:
- Não esqueci... mas tô morrendo de saudade. - ri.

Suki:
- Não é o único. - murmura baixinho, sentindo um arrepio. - ...senta. Deixa eu te
lavar.

Maianne Ribeiro:
O rapaz assente com a cabeça, soltando um suspiro ao se sentar, estalando o
pescoço. "Eu ainda tô todo tenso..."

Suki:
- Ara, ara... Alguém precisa relaxar, além de um banho. - murmura, as mãos
massageando os ombros dele.

Maianne Ribeiro:
- Preciso mesmo... - ele sussurra, soltando um suspiro aliviado.

Suki:
- Então aproveita. - murmura, sussurrando alguns encantamentos enquanto as mãos se
aqueciam e ela continuava a massagem...

Maianne Ribeiro:
O rapaz solta um resmungo baixinho, os olhos se fechando enquanto ele aproveitava.
- Assim eu vou derreter mesmo...

qualquersuki:
Suki:
- Deixa eu te lavar primeiro. - e ri, boba, beijando os cabelos dele antes de
começar a lavar o corpo de Ichiro, delicada.

Maianne Ribeiro:
- Tarde demais, já tô derretendo. - ri.

Suki:
- Sem virar poça, por favor. - murmura, claramente brincando.

Maianne Ribeiro:
- Já tô viraaaando~ - ri, bobo.

Suki:
- Cuidado, ou eu vou te mandar pro ralo!

Maianne Ribeiro:
- Não, não, não manda~

Suki:
- Não mando, mesmo. - e ri.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado. - ele ri baixinho, bobo.

Suki:
- De nada. - diz, enxaguando o corpo de Ichiro antes de beijá-lo. - Agora vai pra
banheira relaxar que eu vou providenciar seu chá.

Maianne Ribeiro:
- Pode deixar. - ele ri baixinho com o beijo, indo se acomodar na banheira,
soltando um suspiro cansado com a água quente. "Tava precisando disso..."

Suki:
Alguns minutos se passam até que Leanne apareça com uma bandeja de já, o cheiro
floral adocicado se espalhando pelo cômodo.

Maianne Ribeiro:
- ...mm, delicioso... - ele esboça um sorriso, olhando na direção dela.

qualquersuki:
Suki:
- É o meu chá favorito. - explica, mostrando o bule transbordando de flores.

Maianne Ribeiro:
- Com motivo. Acho que vai acabar virando meu favorito também. - ri.

Suki:
- Não posso te ensinar a fazer, mas posso fazer sempre que você quiser. - ela ri
também, servindo Ichiro.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado. - ele sorri, bobo, tomando um gole do chá. - ...uau. Delicioso mesmo...

Suki:
- Deve te ajudar a relaxar. - comenta.

Maianne Ribeiro:
- Com certeza. - ele ri de leve. - Obrigado, Lea.

Suki:
- De nada, Ichi. - ela sorri, beijando-o de leve.

Maianne Ribeiro:
Ele sorri, bobo, tomando mais um gole.
- Você é incrível...

Suki:
- Eu tô tentando. - diz, sem graça.

Maianne Ribeiro:
- Tá conseguindo. - ri.

Suki:
- Obrigada, Ichi~

Maianne Ribeiro:
- De nada, Lea~ - ele ri baixinho, estendendo a mão pra afagar o rosto dela.

Suki:
A garota fecha os olhos com o carinho antes de esboçar um sorriso bobo,
aproveitando o toque...
Maianne Ribeiro:
- Eu te amo. - ele sussurra, carinhoso. - Eu te amo muito...

Suki:
- Eu também te amo muito... - ela suspira.

Maianne Ribeiro:
- Eu amo mais. - provoca.

qualquersuki:
Suki:
- Ichiro, isso não é uma competição! - ela ri.

Maianne Ribeiro:
- Eu sei, só queria te provocar. - ri.

Suki:
- Você sempre consegue: sendo chato!

Maianne Ribeiro:
- Sou chato mesmo~ E você me ama ainda assim!

Suki:
- Amo mesmo. Não nego, nunca vou negar~

Maianne Ribeiro:
- Ótimo. - ele ri baixinho, bobo, puxando-a pra um beijo carinhoso.

Suki:
Leanne retribui o carinho, mas se afasta logo depois com um risinho.

- A gente não pode ficar muito perto fisicamente, lembra?

Maianne Ribeiro:
- Lembro. Queria esquecer. - suspira, frustrado.

Suki:
- Eu também, mas a gente não pode. - resmunga.

Maianne Ribeiro:
- Eu sei, eu sei... - suspira, terminando o chá. - Obrigado. Por tudo isso.

qualquersuki:
Suki:
- De nada, Ichi. Alguém precisa cuidar de você. - provoca.

Maianne Ribeiro:
- Ei, eu me cuido! - ri.

Suki:
- Não tão bem quanto eu cuido de você.

Maianne Ribeiro:
- Isso é impossível, mesmo. - ri.

Suki:
- Eu sei, por isso mesmo que eu faço. - ela sorri, orgulhosa.
Maianne Ribeiro:
O rapaz ri de leve, bobo.
- Ok, hora de sair dessa banheira, senão eu vou derreter mesmo...

Suki:
- Vem, se apoia em mim. Eu te seco. - diz, ficando de pé de imediato para oferecer
as mãos para Ichiro.

Maianne Ribeiro:
- Não preciso de apoio, mas obrigado. - ele sorri, ficando de pé com cuidado. - É
só cansaço mesmo, juro.

Suki:
- Eu sei. E eu sei que você não _precisa_ de apoio, mas eu quero te dar apoio do
mesmo jeito. - murmura, ajudando Ichiro apesar disso.

Maianne Ribeiro:
- ...obrigado. - ele sussurra, se apoiando nela.

Suki:
- De nada, Ichi. - diz, suave, a magia de Leanne passando pelo corpo dele, quente e
carinhosa, recuperando-lhe os músculos.

Maianne Ribeiro:
- ...obrigado. - ele repete, esboçando um sorriso, bobo. - Eu te amo.

Suki:
- Eu também te amo. - murmura. - Vem, deixa eu te secar e colocar pra dormir~

Maianne Ribeiro:
- Vai me botar pra dormir também? Quanto mimo... - ele ri, bobo, se deixando levar.

qualquersuki:
Suki:
- Não quer~? - provoca, puxando a toalha para secar o corpo dele, o toque delicado.

Maianne Ribeiro:
- Claro que quero. Não tô reclamando. - ri.

Suki:
- Acho bom. - responde, rindo baixinho.

Maianne Ribeiro:
O rapaz ri de leve, roubando um beijo de Leanne, bobo.

Suki:
- Ichiro...! - reclama, rindo de leve, desajeitada. - A gente não pode...!

Maianne Ribeiro:
- Um pouquinho pode. - ele ri, bobo.

Suki:
- Não exagera. Eu não quero a minha maldição passando pra você de novo. - resmunga.

Maianne Ribeiro:
- Sua maldição não vai passar pra mim. A gente nem sabe direito o que aconteceu
naquele dia. - murmura.

Suki:
- Eu prefiro não arriscar. - e estremece, engolindo em seco. - ...inclusive, acho
que já fiquei perto demais. - murmura, deixando a toalha nos ombros dele antes de
ir recolher a bandeja de chá.

Maianne Ribeiro:
Ele suspira, passando a mão nos cabelos. "Merda..."
- ...é melhor eu ir deitar. E você também.

Suki:
- É, é sim. - ela assente com a cabeça. - Eu vou deixar o chá no quarto pra você, e
levar a roupa suja para lavar antes que o sangue manche tudo.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado. - sussurra. - Por tudo.

Suki:
- De nada, Ichi. - e sorri, se virando para encará-lo. - Em breve a gente vai poder
voltar a como era antes.

"Eu espero."

Maianne Ribeiro:
- É. Não vai demorar. - ele esboça um sorriso. "Eu não sei..."

qualquersuki:
Suki:
- Agora vai se vestir. - diz, colocando a bandeja sobre a mesa do quarto do rapaz
antes de voltar para o banheiro para recolher as roupas sujas.

Maianne Ribeiro:
Ele assente com a cabeça, suspirando enquanto ia se vestir. "Isso é frustrante..."

Suki:
- Boa noite, Ichi. - diz, parando ao lado dele, as vestes do rapaz no braço. -
Dorme bem, tá~?

Maianne Ribeiro:
- Você também. - sorri. - Boa noite, Lea.

Suki:
Ela assente com a cabeça, acenando de leve antes de se afastar, encostando a porta
atrás de si ao sair.

Maianne Ribeiro:
- ...eu te amo. - ele sussurra baixinho, a expressão e os ombros caindo antes que
ele vá pra cama, frustrado...

Suki:
Nos dias seguintes, o ritmo volta a ser o de antes: Leanne se enfurnara na
biblioteca para estudar, fazendo as refeições em horários diferentes, estudando na
tentativa de desfazer a própria maldição.

Apesar disso, constantemente deixava bilhetes para o resto da família, e começara a


produzir poções e misturas variadas, além de deixar sempre um bule de chá florido
na cozinha ao final da tarde.

Maianne Ribeiro:
Enfim, ela ouviria um par de batidas na porta da biblioteca, a voz de Mitsuo se
fazendo ouvir.
- Leanne. Posso entrar? - pergunta.

qualquersuki:
Suki:
- Entra, pai! - responde, prestando atenção nas ervas que macerava, a postura tão
torta que o nariz de Leanne roçava na beirada do pote, uma das pernas batendo
incessantemente no chão.

Maianne Ribeiro:
O homem solta um suspiro longo ao ver a garota, tocando seu ombro.
- Assim você vai ficar cheia de dores. - resmunga.

Suki:
- Eu já sinto dor o tempo todo porque tudo nessa casa é baixo demais pra mim. -
retruca, naturalmente, sem alterar o tom de voz ou mover o próprio olhar.

Maianne Ribeiro:
- ...nós podemos resolver isso. - responde. - Foi pra isso que vim aqui.

Suki:
Leanne move apenas os olhos na direção de Mitsuo, ainda na mesma posição, tendo
parado o que fazia.

- O que você quer?

Maianne Ribeiro:
- Eu disse que nós podíamos fazer uma parte da casa do seu jeito, não disse? Eu vim
conversar sobre isso.

Suki:
- Eu já tenho uma casa feita do meu jeito. - retruca.

Maianne Ribeiro:
- ...e você quer voltar pra lá? É isso que quer dizer?

Suki:
- O que _você_ quer? - pergunta, voltando a macerar as ervas, incomodada.

Maianne Ribeiro:
- Eu quero saber o que é melhor pra minha filha. - responde.

Suki:
- A sua filha está cuidando da família do jeito que pode, e se isolando pra não
amaldiçoar mais ninguém. - responde. - O que você quer?

Maianne Ribeiro:
- Eu já disse o que eu quero. - retruca, encarando-a. - Eu estou tentando te
ajudar, Leanne. Cuidar de você, como seu pai.

qualquersuki:
Suki:
- Eu quero um lugar meu como o meu lugar era. É isso que você quer saber? -
resmunga.

Maianne Ribeiro:
- É, é isso que eu quero saber. E o que eu quero te dar, mas eu não tenho como
fazer isso sem a sua ajuda.

Suki:
- Eu já te disse o que eu quero e como eu quero. Como mais eu posso te ajudar?

Maianne Ribeiro:
- Ter algum respeito por mim seria um bom começo. - ele sibila, áspero, antes de se
afastar. "Às vezes eu me pergunto se deveria mesmo fazer o que ela quer," pensa,
indo procurar Setsuna.

Suki:
- ...a conversa não foi boa, imagino...? - pergunta se aproximando dele de
imediato, preocupada, tocando uma das mãos do marido delicadamente.

Maianne Ribeiro:
- Não, não foi. Ela agiu com total desrespeito. - resmunga, irritado. - Eu não sei
o que fazer, Setsuna. Eu me pergunto se não estou fazendo demais as vontades dela.

Suki:
A mulher suspira, guiando-o para que se sentasse.

- Pense na nossa filha antes dessa situação começar. Pense nos dias que tivemos,
nos meses que passamos, e se pergunte: ela está sendo a mesma pessoa?

Maianne Ribeiro:
- Eu não sei, Setsuna. E se isso for o que ela pensa de verdade? - suspira,
passando a mão no rosto.

Suki:
- Talvez seja, talvez não. Isso é algo que nós nunca vamos saber. - responde,
suave, o sorriso sofrido no rosto. - Mas nós sabemos que não é assim que ela
demonstra. Não é assim que ela se comporta.

Maianne Ribeiro:
- ...mas eu não sei mais o que fazer. - sussurra, os ombros caindo. - Tudo que
fazemos, não importa o que seja, dá no mesmo.

qualquersuki:
Suki:
- Tudo o que fazemos, ou tudo que temos feito? - pergunta, tocando as costas dele.
- Porque antes disso tudo acontecer, ela estava cada vez mais carinhosa.

Maianne Ribeiro:
- ...eu não sei. Eu não sei mais, de verdade. - sussurra. - Eu vou pedir pra alguém
ir ao apartamento antigo da Leanne. Assim a gente consegue reproduzir um cômodo
fiel, ao menos...

Suki:
- Acho que isso vai deixar ela muito, muito feliz. - diz, esboçando um sorriso. -
Podemos procurar alguém que faça algo adaptado, também. Um misto dos cômodos
principais em algo menor, o que acha?

Maianne Ribeiro:
- Um cômodo intermediário, talvez. - suspira. - É o que podemos fazer.

Suki:
- Transformar dois quartos em um, talvez? E levar os livros e instrumentos dela,
que estão na biblioteca, para lá. - diz, assentindo com a cabeça. - ...o Ichiro
deixou escapar sobre uma tradição familiar de grimórios, também.

Maianne Ribeiro:
- Talvez preparar um livro vazio pra ela usar como grimório. - murmura. - Vale a
pena tentar.

Suki:
- Quantas páginas costuma ter um grimório? - pergunta, erguendo as sobrancelhas.
- ...mas sim, acho uma ótima ideia. Nós sabemos que ela adora canetas e papéis
coloridos, pelos recados que ela tem deixado.

Maianne Ribeiro:
- Não faço ideia. Muitas..? - ele suspira, sem jeito.

Suki:
- Um livro em que pudéssemos adicionar ou tirar folhas seria o ideal, mas eu não
sei se isso é possível sem ser um fichário.

Maianne Ribeiro:
- Mm... Talvez um livro mágico, que possa crescer com ela.

Suki:
- ...se isso for uma possibilidade, seria incrível. - e sorri.

Maianne Ribeiro:
- Posso pesquisar. - ele sorri. - Se tiver, eu vou encontrar.

qualquersuki:
Suki:
- Eu vou pedir ao Ichiro que comece a planejar a capa, sendo assim. - diz,
assentindo com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Mm. No pior caso, eu pesquiso mais sobre grimórios e fazemos um livro comum,
mesmo.

Suki:
- Também é possível. Vamos avaliar nossas opções e decidir juntos o que for melhor
para a nossa filha.

Maianne Ribeiro:
- Vamos sim. - sorri, afagando a mão da esposa.

Suki:
- Nós vamos cuidar da nossa filha, e cuidar dessa maldição, e em breve tudo vai
voltar a ser como antes. - diz, carinhosa.

Maianne Ribeiro:
- Assim espero, querida. Assim espero... - suspira.

Suki:
- Tenha fé, meu amor.

Maianne Ribeiro:
- Eu estou tentando. Eu juro. - suspira.

Suki:
- Eu sei que sim. Todos nós estamos, e isso inclui a nossa filha: os bilhetes, as
poções e os cuidados, além do chá, falam por si só.

Maianne Ribeiro:
Ele assente com a cabeça, suspirando.
- Bem, eu vou começar a trabalhar no quarto da Leanne. - murmura, ficando de pé. -
Até depois, querida.

Suki:
- Até depois, querido. - ela sorri, afagando a mão dele suavemente. - Boa sorte.

Maianne Ribeiro:
"Vou precisar..." pensa, suspirando de leve.

O homem passaria os dias seguintes preparando o quarto de Leanne, cuidadoso com


cada um dos detalhes, tentando fazer o máximo pra agradar a garota. Enfim, o
ambiente fica pronto depois de pouco mais de uma semana, Mitsuo esboçando um
sorriso ao observar o quarto, o grimório mágico de Leanne aguardando-a sobre a
mesa. "Espero que ela goste," pensa, indo procurar a menina.

qualquersuki:
Suki:
Durante esse tempo, os recados de Leanne pela casa se tornam mais frequentes, se
acumulando em vários pontos, sempre carinhosos - apesar da caligrafia mais e mais
trêmula -.

Enquanto isso, se afundara ainda mais na produção de antes: o ritmo, antes rígido,
porém constante, se tornava frenético, intenso, os recados alertando sobre
misturas, pastas, fumos e chás cada vez mais potentes...

E venenos.

Naquele dia, porém, a garota estava adormecida na própria cama, o rosto pálido,
enrolada em um edredom bastante pesado. Ao seu lado, Salem andava de um lado para o
outro, os pelos eriçados...

Maianne Ribeiro:
Mitsuo entra silenciosamente no quarto, a expressão preocupada se agravando ao ver
ao estado de Leanne.
- Salem. O que houve?

Suki:
- Eu não sei. - diz, mostrando as presas para ele por reflexo, sem conseguir se
controlar.

Maianne Ribeiro:
- Como assim, não sabe? - ele franze a testa.

Suki:
- Eu não sei. Ela está nervosa, inquieta, insone. Agressiva.

Maianne Ribeiro:
- É a maldição piorando. - ele engole em seco. - Nós precisamos descobrir logo a
causa disso...

Suki:
O gato resmunga, e resmunga de novo, voltando a andar de um lado para o outro sem
dizer mais nada...

Maianne Ribeiro:
- ...o que foi, Salem? - suspira.

Suki:
- Não parece ter causa específica. - responde. - E não parece ser uma maldição.
Maianne Ribeiro:
- ...como assim? E o que mais seria? - ele franze a testa.

Suki:
- Eu não sei. - e para de andar, balançando a cabeça várias e várias vezes.

Maianne Ribeiro:
- Tem que ser alguma coisa. Tem que ter um motivo, Salem, não pode ser "do nada".

Suki:
- Eu não sei! Eu já disse que não sei! - responde, irritado, antes da mão de Leanne
empurrá-lo para fora da cama.

- Não fala assim com meu pai, ou eu te faço de espeto. - resmunga, sonolenta.

Maianne Ribeiro:
O homem resmunga, balançando a cabeça.
- Leanne. Tem algo que eu quero te mostrar.

qualquersuki:
Suki:
- A essa hora...? - reclama, se sentando na cama devagar. - Boa tarde, pai... - e
boceja, cansada.

Maianne Ribeiro:
- Boa tarde, filha. - murmura, afagando os cabelos dela. - É o meio da tarde, não
deveria ser uma hora ruim. Você precisa voltar a dormir na hora certa...

Suki:
- Mas o único horário que o dojo fica vazio e eu não corro risco de esbarrar com
ninguém é a noite... - responde, manhosa, fechando os olhos com o carinho.

Maianne Ribeiro:
- ...eu vou deixar o dojo liberado à tarde pra você. - sussurra. - Vai ser melhor.

Suki:
- Não precisa... - e suspira, bocejando de novo em seguida.

Maianne Ribeiro:
- Precisa sim. Você precisa do descanso adequado, nos horários corretos.

Suki:
- E a família precisa do treino adequado, nos horários corretos. - resmunga.

Maianne Ribeiro:
- Nós podemos treinar de manhã. - o homem dá de ombros.

Suki:
- O Ichi e a Chiaki já treinam de manhã, pai...

Maianne Ribeiro:
- Eu vou arrumar os cronogramas. - murmura.

Suki:
- Não vai adiantar insistir, vai...? - ela ri de leve, boba.

Maianne Ribeiro:
- Não, não vai. - sorri. - Vem. Tenho um presente especial pra você.
Suki:
- Você e os seus presentes especiais. - provoca, ficando de pé. - É outra
tatuagem~?

Maianne Ribeiro:
- Não, não é. Mas é especial ainda assim. - sorri, guiando a filha pra fora.

Suki:
- Droga. Isso significa que eu não vou poder fazer outra tatuagem até você
autorizar de novo~? - brinca.

Maianne Ribeiro:
- Não. Isso é entre você e o Ichiro. - ele ri de leve.

qualquersuki:
Suki:
- ...significa que eu posso pedir pra ele me tatuar o quanto eu quiser~?

Maianne Ribeiro:
- Sim. Só vá com calma. - ri.

Suki:
- Aww, pai, mas a melhor parte é não precisar ter calma!

Maianne Ribeiro:
- Não, não é. É uma tatuagem permanente, você precisa ter responsabilidade ao
colocá-la na sua pele, e saber as consequências que isso traz. - o homem explica
sabiamente.

Suki:
A garota cruza os braços, inflando as bochechas.

- Odeio quando você é chato, mas tá certo. - resmunga.

Maianne Ribeiro:
O homem apenas sorri, parando diante de uma porta. Era um cômodo novo da casa,
desconhecido para Leanne.
- Pode abrir.

Suki:
Ela franze a testa, olhando da porta para Mitsuo, confusa.

- ...que lugar é esse?

Maianne Ribeiro:
- Você vai descobrir abrindo a porta. - responde.

Suki:
Isso faz Leanne resmungar de novo, descruzando os braços antes de suspirar.

- Você e os seus mistérios... - murmura, abrindo a porta devagar, hesitante.

Maianne Ribeiro:
Era como ser transportada para outro lugar: o interior era completamente decorado
como a casa antiga de Leanne, das decorações aos menores detalhes. Havia uma mesa
de de estudos, e sobre ela um grimório novo, a capa decorada com carpas feita por
Ichiro...

qualquersuki:
Suki:
Os pés de Leanne a levam para dentro sem que ela sequer precise pensar, os olhos
absorvendo tudo com tamanha intensidade que a emoção se transforma em lágrimas,
escorrendo por seu rosto sem que ela perceba.

- ...'o que'... - gagueja em inglês, sem nem perceber, tocando tudo com as pontas
dos dedos como se aquilo fosse um sonho e qualquer movimento brusco fosse fazê-la
acordar. - ...'como'...? - sussurra, embasbacada, um sorriso ameaçando se abrir em
seu rosto, esperançoso e nostálgico...

Maianne Ribeiro:
- 'Eu disse que ia fazer um quarto só seu, não disse..?' - ele sorri, gentil,
observando o deslumbre da filha.

Suki:
- 'D-disse, mas...! Mas...!' - a garota se vira para ele, os passos rápidos levando
Leanne até Mitsuo para abraçar a cintura do pai com firmeza, a cabeça escondida em
seu peito, buscando um colo e um carinho que a altura não permitia mais que
tivesse...

Maianne Ribeiro:
O homem a abraça de volta com firmeza, carinhoso, afagando os cabelos da filha.
- 'É seu. Todo seu...'

Suki:
- 'Obrigada, pai, obrigada, muito obrigada...!' - chora, agarrada nele, soluçando e
chorando, a saudade e o carinho enchendo o próprio peito e transbordando por seus
olhos sem que Leanne conseguisse se impedir...

Maianne Ribeiro:
- 'De nada, minha menina... de nada...'- ele sussurra, mantendo-a perto de si,
tentando evitar as próprias lágrimas.

Suki:
- 'É u-um pedacinho meu... Um pedacinho meu, um pedacinho verdadeiro de mim, e-eu
nem acredito, eu...!'

Maianne Ribeiro:
- 'Todo, todo seu. Aproveite como quiser.' - sorri.

Suki:
- 'M-mesmo? E-eu posso encher de almofadas? Posso trazer a TV pra cá? Um laptop? E-
eu posso pegar os materiais do Ichi? E-eu preciso começar a estudar e fazer meu
grimório, eu finalmente vou ter todos os materiais, e o conforto, e a inspiração, e
o lugar pra meditar e praticar magia e os chás e... e....!'

Maianne Ribeiro:
- 'Sim. Sim. Tudo isso, sim.' - sorri, afagando os cabelos dela. - 'Use o seu
cartão pra decorar como preferir, também.'

qualquersuki:
Suki:
- 'T-tem certeza? E-eu tava trabalhando pra comprar as minhas coisas, m-mas... m-
mas eu...' - ela hesita, apertando o abraço, chorosa e trêmula.

Maianne Ribeiro:
- '...trabalhando pra comprar suas coisas..?' - ele franze a testa. - 'O cartão não
está sendo o suficiente?'
Suki:
- 'E-eu... e-eu não sabia se... se podia usar pra... pra idiotices...' - murmura,
encolhendo os ombros. - 'Como roupas e... e maquiagem, ou... ou materiais de
estudo... cremes...'

Maianne Ribeiro:
- 'Não são idiotices, Leanne... são as suas coisas. É exatamente pra isso que eu te
dei o cartão.' - murmura. - 'Você não usou esse tempo todo..?'

Suki:
- 'Não, não usei...' - murmura, encarando-o, as bochechas vermelhas de choro e de
vergonha. - 'Eu... eu tava usando as minhas canetas que ainda tem tinta, e... e
roubando folhas do Ichi e da Chiaki.'

Maianne Ribeiro:
O homem solta um suspiro longo, balançando a cabeça.
- 'Compre o que precisar. O cartão é pra isso.'

Suki:
- 'M-mas eu não _preciso_ de nada disso...!'

Maianne Ribeiro:
- 'Claro que precisa. Se não precisasse, não estaria usando.'

Suki:
- 'É só... só pros estudos, e... e pra alguns desenhos.' - murmura. - 'Eu tenho
feito todo o resto no celular.'

Maianne Ribeiro:
O homem suspira outra vez, encarando-a.
- 'Compre o que quiser e precisar. Pra estudos, desenhos, e o que mais for.' -
responde.

Suki:
- ...'mesmo... mesmo pra coisas idiotas....?' - pergunta, hesitante.

Maianne Ribeiro:
- 'Mesmo pra coisas idiotas.' - ele assente com a cabeça. - 'Pro que quiser.'

Suki:
- 'Maquiagem? Roupas? Cremes?' - insiste, esboçando um sorriso. - 'Materiais de
papelaria bobos como canetas e adesivos?'

Maianne Ribeiro:
- 'Tudo isso, o quanto quiser e precisar.' - sorri.

Suki:
- ...'obrigada, pai...' - ela sorri, mais tranquila, voltando a abraçá-lo com
firmeza. - 'Você é o melhor pai do mundo...'

Maianne Ribeiro:
- ...ora... - ele sussurra, sem jeito, retribuindo o abraço.

qualquersuki:
Suki:
- 'Obrigada...' - ela hesita, antes de rir baixinho. - ...obrigada.

Maianne Ribeiro:
- Eu que agradeço, minha menina. - ele sussurra, beijando a testa dela.
Suki:
- Posso começar a mexer em tudo...? - pede, empolgada.

Maianne Ribeiro:
- À vontade. É tudo seu. - sorri.

Suki:
- Obrigada, pai...! - e ri, boba, abraçando-o mais uma vez com força antes de
soltá-lo e voltar a andar pelo cômodo, mexendo nos livros e nas folhas...e
hesitando ao ver a capa turquesa sobre a mesa. - ...paaaaaai, o que é isso~?

Maianne Ribeiro:
- Oh? Achei que reconheceria. - ele sorri, se aproximando. - É o seu grimório.

Suki:
- Eu nunca vi--- - ela congela, olhando de Mitsuo para o grimório, surpresa, os
olhos voltando a se encher de lágrimas. - ...isso... isso é sério...? - gagueja,
atrapalhada.

Maianne Ribeiro:
- Mm. É sério. - ele diz, afagando os cabelos dela. - É um livro mágico. Ele sempre
vai ter folhas em branco pra você.

Suki:
O queixo de Leanne cai.

- ...mesmo que eu arranque...? - pergunta, os cantos dos lábios ameaçando se erguer


em um sorriso.

Maianne Ribeiro:
- Mesmo que você arranque, sim. - ele assente com a cabeça.

Suki:
- ...eu nem acredito....! - ela gargalha, pulando várias vezes no mesmo lugar,
batendo palmas baixinhas. - Eu não acredito...! Eu vou poder trabalhar pra ser o
grimório mais bonito do mundo...!

Maianne Ribeiro:
- Eu tenho certeza que vai ser o mais lindo de todos. - sorri, orgulhoso.

qualquersuki:
Suki:
- Eu prometo que vai ser. Eu vou fazer e fazer e refazer cada página quantas vezes
eu precisar!

Maianne Ribeiro:
- Você consegue. - diz, gentil, afagando os cabelos dela. - Você é incrível,
afinal.

Suki:
A garota ri, e ri, secando o rosto com as costas das mãos, atrapalhada.

- N-não fala assim, pai...!

Maianne Ribeiro:
- Por que não? É a verdade. - sorri.

Suki:
- E-eu não sou incrível que nem você...!

Maianne Ribeiro:
- É claro que é. Só não se descobriu ainda.

Suki:
Leanne hesita, recuando um passo antes de encará-lo, mais séria.

- ...eu sou tão incrível quanto você e o Ichi e a Chiaki...? - pergunta, hesitante.

Maianne Ribeiro:
- É claro que é. Por que não seria?

Suki:
- ...eu... eu sou só uma carpa, ainda. - murmura, desviando o olhar.

Maianne Ribeiro:
- Todo dragão já foi carpa um dia. - diz, gentil. - Como eu disse: você só precisa
se encontrar.

Suki:
- Você parece ter nascido dragão. - e suspira, frustrada.

Maianne Ribeiro:
- Eu..? - ele ri, balançando a cabeça. - Só em forma, mesmo. Eu trabalhei e cresci
muito pra chegar onde cheguei.

qualquersuki:
Suki:
- Não foi isso que eu quis dizer. - resmunga, cruzando os braços. - ....você parece
excepcional. Não só esforçado e dedicado, mas com um poder e uma inteligência além
do normal.

Maianne Ribeiro:
O homem resmunga baixinho, as bochechas corando.
- Eu não sou isso tudo, Leanne. Eu sou só um homem.

Suki:
- Você não é só um homem. Você é incrível. - responde, esboçando um sorriso com a
reação dele.

Maianne Ribeiro:
- ...b-bem, você gostou do quarto, é o que importa. - sussurra, sem saber como
reagir.

Suki:
- Eu amei o quarto. E eu amei o grimório. E eu amo você. - diz, boba, se jogando
sobre ele para abraçá-lo novamente.

Maianne Ribeiro:
- Eu também te amo, minha filha... - ele sussurra, carinhoso, apertando o abraço.
"Saudades disso..."

Suki:
- Eu vou te encher de orgulho, eu prometo...

Maianne Ribeiro:
- Já enche, filha. Já enche...
Suki:
E o que enche são os olhos de Leanne, mais uma vez de lágrimas que logo
transbordam, fazendo-a rir baixinho...

Maianne Ribeiro:
O homem apenas sorri, afagando-lhe os cabelos, gentil.
- Eu vou deixar você aproveitar seu espaço, por ora. Se precisar de mim, me chame.

Suki:
- Pode deixar. Eu vou fazer o melhor uso possível dele! - diz, boba. - ...e eu
realmente posso comprar um laptop pra mim...?

Maianne Ribeiro:
- É claro que pode. Não se preocupe com preço. - ele diz, balançando a cabeça.

Suki:
- ...m-mesmo...? - ela hesita, erguendo as sobrancelhas.

Maianne Ribeiro:
- ...é claro, querida.

Suki:
- Obrigada, pai. - murmura, mordendo o lábio inferior de leve.

Maianne Ribeiro:
- De nada, filha. - ele diz, afagando os cabelos dela antes de se afastar.

qualquersuki:
Suki:
A garota ri, boba, observando Mitsuo se afastar antes de abraçar o grimório e
saltitar, boba, indo se sentar diante da escrivaninha.

"Até as canetas...!", pensa, boba, ao abrir uma das gavetas.

-=-

Os dias se passam sem que Leanne saia do novo quarto. Os empregados levavam suas
refeições e compras, e a garota passava o dia inteiro entre estudos e magias,
produzindo o próprio grimório com carinho e dedicação.

Aos poucos, porém, o resto do convívio da menina com a família cessa: os bilhetes
em origamis se tornam mais raros, até desaparecem por completo, e a mesma coisa
acontece com as poções. Depois os venenos.

E então, não há mais chá.

Maianne Ribeiro:
"Já basta," Mitsuo pensa, indo até o quarto de Leanne, preocupado. O afastamento da
menina já o incomodava, mas o sumiço já era mais do que ele poderia aceitar...

qualquersuki:
Suki:
E a garota estava sentada no chão, em várias almofadas, conversando com um casal
que Mitsuo jamais vira antes.

Apesar disso, a presença era mais que o suficiente para denunciar que se tratava de
uma Arcana, apesar de vir acompanhada com uma sensação opressiva um tanto forte,
que piorava a cada novo passo que dava para se aproximar do cômodo...
- Oi, pai. - ela sorri ao vê-lo entrar, um sorriso desconcertante e quebrado,
completamente vazio, sem o amor e o calor habituais na feição de Leanne.

- Oh. É o seu pai? - o homem negro seminu pergunta, afagando os cabelos da menina.

- É sim, pai.

Maianne Ribeiro:
O homem estremece visivelmente, não apenas pelo sorriso quebrado da filha, mas pela
presença intensa que sentia.
- ...olá, filha. Quem são..?

Suki:
- Oi, pai. Meus pais. - ela responde naturalmente, ficando de pé, o corpo curvado
para frente. - Pai, essa é a Caroline, minha mãe. - e indica a Arcana sentada no
chão do seu lado direito, que acena educadamente com a cabeça. - E esse é o
Bartolomeu, meu pai. - explica, ao que o homem de antes acena, amigável.

Maianne Ribeiro:
Mitsuo trava ao ouvir as palavras de Leanne. Caroline? Não, não podia ser. E
Bartolomeu, o homem morto?
- Leanne. O seu pai faleceu. Não tem como ser este homem. - murmura.

qualquersuki:
Suki:
- Como ele pode ter morrido se ele tá aqui? - ela ri. - E você também!

Maianne Ribeiro:
- Não, Leanne. - ele nega com a cabeça, sério. - São Arcanas. Essas duas pessoas
não são seus pais.

Suki:
- É claro que são, pai. - responde, franzindo a testa de leve, ainda rindo,
quebrada. - Do que... Do que você tá falando...? Eu tô na nossa casa, com os meus
pais e você, o que... Qual é o problema...?

Maianne Ribeiro:
- O problema é que você não está enxergando a verdade. - diz, se aproximando pra
tocar o rosto da filha. - Abra os olhos, Leanne. Não são eles.

Suki:
- Isso tudo são ciúmes...? - ela ri, incrédula, recuando um passo para impedir o
toque dele. - Porque eu tô passando mais tempo com eles do que com você?!

Maianne Ribeiro:
- Não, Leanne. Não é ciúmes. - responde. - ...você ficou esse tempo todo aqui com
eles? Com as Arcanas invocadas?

qualquersuki:
Suki:
- Eu fiquei aqui esse tempo todo _com os meus pais_, Mitsuo, sim, eu fiquei! -
responde, ofendida, recuando mais um pouco. - Por que você não sai e me deixa mais
com eles, inclusive?!

- Isso não é jeito de falar com seu pai, menina. - a mulher murmura, se levantando
para afagar os cabelos dela, gentil. - Perdoe a Leanne

Maianne Ribeiro:
- Não. Eu não posso fazer isso. - responde, engolindo em seco. - Há quanto tempo
você tem invocado as Arcanas assim?

Suki:
- Nós temos ficado com ela desde que o cômodo ficou pronto. - o homem explica, se
levantando também. - No início, apenas para guiar as meditações e praticar
invocações não verbais.

- Mas depois de algum tempo ela nos manteve aqui sem pausa ou descanso,
inconscientemente, mesmo quando dormia.

- Eu já falei que são os meus pais, que conversa é essa?! - reclama, irritada,
olhando entre o casal e Mitsuo

Maianne Ribeiro:
- Não, não são seus pais. - responde. - E eles precisam ir embora. Agora. Mande-os
embora.

qualquersuki:
Suki:
- Você tá expulsando a minha família daqui?! - pergunta, esboçando um sorriso
ameaçador de canto, a postura caindo para frente. - É isso....?

- Ele não está nos expulsando. Nós só precisamos descansar um pouco. - murmura,
gentil, afagando os cabelos de Leanne. - Você nos permite a ausência, querida? -
pede.

Maianne Ribeiro:
- ...isso. Eles só precisam descansar, Leanne. Outra hora eles voltam. - responde.

Suki:
- Eles estão bem. - murmura.

- Estamos, mas precisamos de um descanso. - o homem diz, sorrindo suavemente. - Se


importa se formos descansar enquanto o seu outro pai te faz companhia?

- ...mm. Tudo bem. - murmura, balançando a cabeça de um lado para o outro em um


tique esquisito e ritmado. - Tudo bem.

Maianne Ribeiro:
- Isso. Deixe-os descansar... E você, também. - pede. "Se eu estiver certo, ela vai
melhorar aos poucos..."

qualquersuki:
Suki:
- Eu tenho descansado. - e suspira, os ombros caindo quando as Arcanas desaparecem,
o vazio no olhar de Leanne refletindo o vazio deixado pelo casal antes que ela se
abaixasse e pegasse a carta púrpura e dourada do chão.

Os Amantes.

Maianne Ribeiro:
"Os Amantes..."

O homem suspira, se aproximando pra afagar os cabelos de Leanne.


- Deite. Está bem claro que você precisa de mais descanso. - sussurra.

Suki:
- Um pouco. - diz, a voz rouca e trêmula, enquanto a garota se ajoelhava no chão
devagar, e depois se sentava, e só então se deitava encolhida em si mesma, a carta
junto ao peito para aproveitar o calor que ela emanava...

Maianne Ribeiro:
- Bastante, querida. Bastante... - sussurra. - Eu vou te levar pro seu quarto.

Suki:
- Eu já tô no meu quarto... - resmunga, os olhos se fechando devagar.

Maianne Ribeiro:
- ...claro. Claro... - sussurra, apenas afagando os cabelos dela.

Suki:
- Mm... Não briga com os meus pais, pai... - pede baixinho, sonolenta. - Eles me
fazem bem...

Maianne Ribeiro:
- Eu não vou brigar com eles. Eu prometo, tá..?

Suki:
- Obrigada, pai... - e sorri, fraca, não demorando a adormecer em um sono pesado,
roncando baixinho...

Maianne Ribeiro:
- ...de nada, minha pequena...

O homem espera alguns minutos antes de delicadamente tirar a carta dos Amantes das
mãos de Leanne, suspirando. "Esse tempo todo, a causa estava aqui..." pensa,
procurando o resto do baralho.

qualquersuki:
Suki:
Ele logo encontra o saco púrpura de tecido sobre a mesa da menina, juntamente com o
grimório - apenas parcialmente preenchido a lápis -, algumas cartas caídas pela
mesa.

Maianne Ribeiro:
"Ótimo," pensa, recolhendo as cartas e conferindo-as. "Eu preciso garantir que
nenhuma delas fique ao alcance da Leanne..."

Suki:
As cartas estavam fora de ordem, coisa que a menina nunca fizera antes. Apesar
disso, não importava quantas vezes Mitsuo olhasse o baralho, e nem onde ele
procurasse ao redor, a carta d'A Imperatriz estava desaparecida...

Maianne Ribeiro:
"...não. Isso não é bom..." pensa, engolindo em seco, guardando o baralho
incompleto antes de olhar em volta.
- Salem? - chama.

Suki:
Alguns segundos se passam antes que o gato saia de trás do sofá, os passos lentos e
tortos, os olhos meramente semiabertos.

- Pode... Falar...

Maianne Ribeiro:
- A carta da Imperatriz. Onde está?

Suki:
- Da... Oh. - ele boceja, sem aguentar continuar andando, as patas amolecendo
enquanto ele se deitava, exausto. - Não... Não tem carta...

Maianne Ribeiro:
- ...como assim, não tem carta? - ele franze a testa.

Suki:
- Não... Tem... - murmura, a voz diminuindo devagar. - A Caroline é... A
Imperatriz...

Maianne Ribeiro:
- A...

"...isso explica," ele estremece, empalidecendo.

- ...descanse. Eu já volto. - diz, se afastando, apressado.

qualquersuki:
Suki:
O gato resmunga baixinho, se encolhendo para dormir, a exaustão de Leanne
refletindo nele...

Maianne Ribeiro:
Mitsuo retornaria algum tempo depois, já sem o baralho, sentando ao lado da filha.
"Ah, minha menina..." suspira, afagando lhe os cabelos.

Suki:
Eventualmente Leanne começaria a se mover, incomodada, levando as mãos ao rosto e
depois aos cabelos como se fosse arrancá-los, os olhos e os dentes cerrados
enquanto ela se encolhia.

- N-não... Não... Não, mãe, não...

Maianne Ribeiro:
- Calma... - ele sussurra baixinho, criando uma brisa suave pra tentar acalmar a
menina. - Calma. Ela não está aqui...

Suki:
A garota choraminga, e logo começa a reclamar mais alto, até que ela deixa escapar
um grito agudo de dor e medo bastante alto, prontamente apoiando o corpo nas mãos
para acordar e recuar, atrapalhada.

Ofegava, o suor frio brotando em seu rosto pálido, tremendo violentamente enquanto
observava o chão com os olhos arregalados de pavor..

Maianne Ribeiro:
- Leanne. - o homem coloca a mão em seu ombro. - Leanne. Foi só um pesadelo.

Suki:
A primeira reação da garota é afastar o ombro e erguer o olhar, a postura de Leanne
se acalmando ao reconhecer Mitsuo.

- ...pai...? - sussurra, a voz fraca

Maianne Ribeiro:
- Sou eu. - diz, estendendo a mão pra ela. - Venha aqui. Deixe-me te dar conforto.

Suki:
- ...eu... F-foi horrível... - sussurra, engatinhando para perto dele antes de
encostar a cabeça em uma de suas coxas e cobrir o rosto com as duas mãos.

Maianne Ribeiro:
- Eu imagino. Deu pra ver o quanto você estava sofrendo. - ele sussurra baixinho,
afagando os cabelos de Leanne. - Mas já passou...

qualquersuki:
Suki:
Ela ofega, assentindo fracamente com a cabeça, ficando um longo tempo assim até
conseguir recuperar o próprio fôlego e afastar as mãos do rosto devagar.

Maianne Ribeiro:
- Mais calma..? - ele sussurra baixinho.

Suki:
- Eu... E-eu não sei. - admite, trêmula, o rosto marcado de medo e cansaço. - E-eu
não... Eu não sei. Eu não sei...

Maianne Ribeiro:
- Se não passou, vai passar. - sussurra, carinhoso. - Eu sei que vai passar.

"Não é hora de falar do baralho. Quando ela estiver melhor."

Suki:
- Não vai... Ela... Aquilo... Ele...! - e agarra os cabelos novamente, cerrando os
olhos e grunhindo baixinho

Maianne Ribeiro:
- Vai passar sim. - ele diz, afastando as mãos dela delicadamente. - Confie no seu
pai.

Suki:
- E-eu... Eu preciso voltar... Eu preciso salvar eles... Eu preciso salvar eles,
pai...! - insiste, entrelaçando os dedos aos de Mitsuo, segurando firmemente suas
mãos em busca de conforto.

Maianne Ribeiro:
- Salvar quem, querida? - ele pergunta, preocupado.

Suki:
- Eles, pai...! Eles, todos eles, daquele inferno...! - exclama, alterada, a voz se
erguendo cada vez mais. - Eles vão ser torturados e executados, eles vão ser
triturados e jogados fora pelo ralo, EU PRECISO SALVAR ELES, PAI...!

Maianne Ribeiro:
- Eles quem? Voltar pra onde, Leanne..? - ele pergunta, a voz calma tentando
diminuir o pânico da filha.

qualquersuki:
Suki:
- Eles, pai! Eles todos, em Londres, no exército, no quartel!

Maianne Ribeiro:
- Em... Em Londres, no quartel? Como você saberia de coisas que estão acontecendo
no quartel, querida?

Suki:
- Eu não sei, pai, mas eu sei! Eu sei...!
Maianne Ribeiro:
- Você não tem como saber, querida. São pesadelos...

Suki:
- Não são, pai, NÃO SÃO! - insiste, nervosa.

Maianne Ribeiro:
- ...calma. Respire. - ele murmura, afagando as mãos dela. - Eu posso mandar um
grupo pra investigar Londres, e descobrir o que está acontecendo.

Suki:
Leanne cerra os dentes, assentindo fracamente com a cabeça, o corpo inteiro
tremendo....

Maianne Ribeiro:
- Isso vai se resolver. Eu prometo. - sussurra. "Só não sei como."

Suki:
- O-obrigada, pai... - murmura, fraca.

Maianne Ribeiro:
- De nada, querida. De nada. - diz, gentil. - Agora descanse.

Suki:
Ela hesita, mordendo o lábio inferior, antes de assentir com a cabeça e voltar a se
aninhar no chão, enrolada em si tal qual um gato, não demorando a adormecer.

Maianne Ribeiro:
"Descanse. Isso tudo vai passar..." pensa, afagando os cabelos dela, gentil. Quando
a menina estivesse adormecida, Mitsuo deixaria o quarto com cuidado, indo procurar
Setsuna...

qualquersuki:
Suki:
- Como a nossa filha está...? - Setsuna pergunta, se levantando para se aproximar
de imediato.

Maianne Ribeiro:
- Descansando. - murmura, suspirando. - Eu... Eu encontrei. Eu encontrei a causa
dos problemas da Leanne.

Suki:
A surpresa é visível no rosto da mulher, que segura uma das mãos dele com as duas
próprias.

- E o que é?!

Maianne Ribeiro:
- O baralho dela. As Arcanas. - responde.

Suki:
- Como... Como assim...? - pergunta, erguendo as sobrancelhas.

Maianne Ribeiro:
- Ela passou esses dias todos com uma das Arcanas invocada, e foi piorando cada vez
mais. Assim que ela mandou a arcana embora, já melhorou em parte. - responde. - O
Salem me disse que a Caroline é a Imperatriz do baralho.

Suki:
- Oh. Oh, não, não aquela mulher...! - reclama, apavorada. - O que nos vamos
fazer...?

Maianne Ribeiro:
- Eu já guardei o baralho num cofre, pra que ninguém mais encoste. - murmura. - Por
enquanto, vamos ficar observando e cuidando da Leanne.

Suki:
- É o melhor. - murmura, assentindo com a cabeça. - Mas precisamos fazer algo sobre
o baralho, sabendo que aquela mulher faz parte dele...

Maianne Ribeiro:
- Vamos precisar da ajuda da Leanne pra isso. Ela sabe mais do baralho do que
nós...

qualquersuki:
Suki:
- Então só podemos esperar...? - pergunta, frustrada.

Maianne Ribeiro:
- Por ora, sim. - suspira. - Mas nós vamos encontrar uma solução permanente.

Suki:
- Eu espero que sim. Nós dois sabemos que a Leanne não vai aceitar ficar longe do
baralho.

Maianne Ribeiro:
- Ela vai ter que aceitar, ao menos enquanto não encontrarmos uma solução. - diz,
negando com a cabeça. - Não temos escolha.

Suki:
- Eu concordo, mas vamos precisar que ela entenda. - e suspira.

Maianne Ribeiro:
- Vamos precisar convencê-la, o que não vai ser fácil...

Suki:
- Ela puxou a você nisso. - resmunga, preocupada.

Maianne Ribeiro:
- Eu não sou tão teimoso quanto ela. - ele ri baixinho.

Suki:
- Quando era jovem, era sim.

Maianne Ribeiro:
- ...um pouco, talvez.

Suki:
A mulher ri baixinho, balançando a cabeça negativamente.

- Você mudou muito. E isso me dá esperanças de que a nossa filha também vai
amadurecer.

Maianne Ribeiro:
- Ela vai, sim. A Leanne ainda é bem jovem, tem muito a crescer e aprender.

Suki:
- E já está aprendendo. Mal posso esperar para ver nossos filhos adultos e o que
serão capazes de fazer...

Maianne Ribeiro:
- Parte de mim vai sentir saudade deles jovens, tenho certeza...

qualquersuki:
Suki:
- De todo esse caos...? - ela ri.

Maianne Ribeiro:
- Não do caos, certamente. - ri. - Mas de vê-los jovens, crescendo.

Suki:
- Colher esses frutos vai ser bastante satisfatório, eu não tenho dúvidas.

Maianne Ribeiro:
- Certamente... - ele assente com a cabeça, afagando a mão de Setsuna. - Nossos
filhos vão crescer fortes e saudáveis. Isso eu prometo.

Suki:
- Eu confio em você. - murmura, esboçando um sorriso. - E em nós, e nos nossos
filhos.

Maianne Ribeiro:
O homem sorri, beijando-a de leve.
- Obrigado, Setsuna. Eu não seria metade do homem que sou sem você.

Suki:
- Isso não é algo que você precisa se preocupar. - murmura, gentil, o sorriso mais
confortável no rosto.

Maianne Ribeiro:
- De fato. - ele sorri, afagando o rosto dela. - Eu tenho você.

Suki:
- Nós temos um ao outro. - corrige, fechando os olhos.

Maianne Ribeiro:
- Sim, temos. Pra sempre. - sussurra, beijando-a outra vez.

Suki:
"Pra sempre...", pensa, derretida.

Maianne Ribeiro:
O homem passaria mais algum tempo com Setsuna antes de voltar pra perto da filha.
Ficaria ao lado dela, afagando lhe os cabelos gentilmente enquanto descansava ao
seu lado...

qualquersuki:
Suki:
E mais horas se passam até que Leanne desperte novamente, dessa vez de forma bem
mais tranquila, entreabrindo os olhos devagar, visivelmente confusa.

- ...nnngh... - resmunga, apoiando o corpo nas mãos para se levantar.

Maianne Ribeiro:
- Oi, filha. Como se sente..? - ele pergunta, observando-a.

Suki:
- Cansada... - murmura, se sentando sobre os pés com cuidado antes de esfregar os
olhos.

Maianne Ribeiro:
- Era de se esperar. Você sustentou aquelas Arcanas por dias... - suspira.

Suki:
- Arcanas...? - pergunta, franzindo a testa de leve.

Maianne Ribeiro:
- Os Amantes. Estavam aqui, quando eu vim mais cedo. - murmura.

Suki:
- Mesmo...? Eu... Eu não lembro... - murmura.

Maianne Ribeiro:
- Imaginei que não fosse lembrar. - ele suspira, afagando os cabelos dela. - Você
parecia... Fora de si.

Suki:
- Eu... Eu realmente não lembro. - responde, passando a mão pelo rosto.

Maianne Ribeiro:
- Não tem problema. Não é importante. - diz, continuando o carinho. - O que importa
é que vai melhorar daqui pra frente.

Suki:
- O que aconteceu, pai...? Eu... Minha cabeça parece um borrão...

Maianne Ribeiro:
- Eu não sei bem, querida, mas nós vamos cuidar de você. - responde. - Você precisa
de descanso e cuidados.

qualquersuki:
Suki:
- Eu acho que sim...? - murmura, sem graça. - Ugh, eu sinto como se eu tivesse de
ressaca, sem lembrar nada do dia anterior...

Maianne Ribeiro:
- Talvez seja como uma ressaca bem pesada, mesmo. - ele ri de leve. - Vai passar.

Suki:
- Uma ressaca mágica, pelo jeito... - resmunga.

Maianne Ribeiro:
- Pelo jeito, sim. - ele sorri, carinhoso. - Com fome?

Suki:
Ela assente com a cabeça.

- Olha, agora que você falou...

Maianne Ribeiro:
- Então vem. Vamos, eu não comi ainda. - diz, ficando de pé e estendendo a mão pra
filha.

Suki:
- Você precisa se alimentar direito nos horários corretos. - provoca, imitando a
voz de Mitsuo antes de aceitar a mão dele para se levantar.
Maianne Ribeiro:
- Você também, mocinha. - ele ri de leve, apoiando a filha.

Suki:
- Paaaai, eu sou a maior da casa! - ela ri também.

Maianne Ribeiro:
- Ora, e daí? Continua precisando comer direito. - ri.

Suki:
- Mas não sou uma mocinha!

Maianne Ribeiro:
- Pra mim é, e sempre será. - sorri.

Suki:
Isso faz as bochechas de Leanne corarem, a menina desviando o olhar.

- Paaaaaai....! - reclama.

Maianne Ribeiro:
- É a mais pura verdade. Você, o Ichiro e a Chiaki vão sempre ser minhas
crianças...

qualquersuki:
Suki:
- Só a Chiaki ainda é criança, pai!

Maianne Ribeiro:
- Pra mim, os três são.

Suki:
- E você sempre vai ser o nosso pai amado~

Maianne Ribeiro:
- Sinal de que fiz um bom trabalho como pai. - sorri.

Suki:
- Um _ótimo_ trabalho. - corrige.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado. - sorri, gentil, entrando na cozinha com Leanne.

Suki:
- De nada, pai. - diz, hesitando antes de cumprimentar os funcionários, educada.

Maianne Ribeiro:
- Uma refeição para os dois, por favor. - pede, antes de guiar a menina pra sala de
jantar.

Suki:
- Você já devia ter comido... - reclama.

Maianne Ribeiro:
- Eu estava fazendo algo importante.

Suki:
- Não importa. - e cruza os braços.
Maianne Ribeiro:
Ele ri, balançando a cabeça.
- Tarde demais.

Suki:
- Vou precisar colocar um despertador no seu telefone, se continuar assim. -
provoca.

Maianne Ribeiro:
- Não precisa, não precisa. Foi um caso especial. - sorri.

qualquersuki:
Suki:
- Promete? - pergunta, esboçando um sorriso.

Maianne Ribeiro:
- Prometo, querida. Prometo. - diz, gentil.

Suki:
- Obrigada, pai. Não quero que você se descuide cuidando de mim...

Maianne Ribeiro:
- Não vou, não se preocupe. Eu preciso estar bem pra cuidar dos meus filhos. - ele
assente com a cabeça.

Suki:
- Seus filhos precisam parar de te dar tanta preocupação. Sua filha mais velha,
mais especificamente. - e suspira.

Maianne Ribeiro:
- Isso já vai passar. - diz, gentil. - Não se preocupe.

Suki:
- Eu sempre me preocupo. - resmunga

Maianne Ribeiro:
- Eu te entendo, mas ainda posso tentar apaziguar. - sorri.

Suki:
- Você pode tentar se concentrar em comer e se cuidar, isso sim. - provoca.

Maianne Ribeiro:
- Eu estou, ora. Vim comer com você, não vim? - ri.

Suki:
- Não só agora, pai...! Você entendeu! - ela ri.

Maianne Ribeiro:
- Claro que entendi. - ele sorri. - Eu me cuido.

Suki:
- Continue assim, então!

Maianne Ribeiro:
- Pode deixar, querida. Pode deixar. - sorri.

qualquersuki:
Suki:
- Se precisar, a casa tá estocada de poções e remédios. - murmura. - E os venenos e
antídotos também, pra... Pra ajudar no trabalho, se for necessário. - e suspira.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado, Leanne. Você fez bastante coisa pela família. - sorri.

Suki:
- É. Eu sei que você não me quer metida nisso, mas... - ela esboça um sorriso.

Maianne Ribeiro:
- ...eu estou limpando a família, mas ela não é limpa ainda. - sussurra, suspirando
de leve. - Eu prefiro que você não suje suas mãos.

Suki:
- Eu sei. - e suspira. - Só quis dizer que mesmo fora dela eu ainda posso ajudar.

Maianne Ribeiro:
- Pode. E está ajudando. - diz, assentindo com a cabeça.

Suki:
- Sempre que precisar de mais, é só falar. - ela sorri. - Eu tenho estudado mais
sobre runas, também, e acho que vou conseguir fazer algumas de uso único em breve.

Maianne Ribeiro:
- Ah, é? Que tipo de runas? - ele pergunta, curioso.

Suki:
- Teleporte. - diz, empolgada. - Eu tenho uma na coxa, mas pra família achei melhor
pensar em algo mais descartável.

Maianne Ribeiro:
- T... Teleporte..? - ele murmura, surpreso. - Você tem uma runa de teleporte?

Suki:
- ...tenho. O Ichi não te contou? - pergunta, hesitante.

Maianne Ribeiro:
- Não, não contou. Como você fez isso? - pergunta, preocupado.

qualquersuki:
Suki:
- Com um encantamento, uma lâmina mágica, e duas runas vazias. - e franze a testa.
- Por que...?

Maianne Ribeiro:
- Só isso? E que tipo de sacrifício? Que custo tem isso?

Suki:
- ...Só a dor e o sangue na hora de entalhar a runa na carne, mas cicatriza logo em
seguida. - e franze a testa. - Depois não tem custo nenhum.

Maianne Ribeiro:
- Ent-- você entalhou a runa em você mesma? - ele estremece.

Suki:
- Foi. Assim eu só preciso das pedras nos lugares pra onde eu quero teleportar. -
ela assente com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- E é só isso? Mais nada? Mais nenhum custo? - insiste.

Suki:
- ...não, pai. - e franze a testa. - As descartáveis nem disso precisa, por sinal.

Maianne Ribeiro:
- ...Leanne, isso é... Incrível. - ele sussurra, embasbacado.

Suki:
- ...como... Como assim...? - pergunta, confusa.

Maianne Ribeiro:
- É incrível. Teleporte, sem custo? Eu nunca ouvi falar disso!

Suki:
- M-mesmo...? - pergunta, as bochechas corando. - É tão... Tão simples...

Maianne Ribeiro:
- Simples? Mas de maneira alguma, é uma magia que foge ao alcance de boa parte dos
usuários de magia!

Suki:
- M-mesmo...? - pergunta, surpresa, esboçando um sorriso. - Eu... Eu vou ser útil
pra família, então?!

Maianne Ribeiro:
- Mais que útil, querida. Isso vai ser uma revolução. - ele ri de leve.

qualquersuki:
Suki:
- M-mesmo?! - e ri, mais animada, as bochechas vermelhas.

Maianne Ribeiro:
- Mesmo, querida. - sorri. - Eu já estou tendo várias ideias...

Suki:
- Eu te ajudo! Eu te ajudo no que for! - e assente com a cabeça, empolgada.

Maianne Ribeiro:
- Vamos trabalhar juntos nisso, filha. Vai ser incrível. - sorri, confiante.

Suki:
- Eu vou me dedicar às runas de uso único, então, pra aperfeiçoar elas enquanto
isso! - diz, boba.

Maianne Ribeiro:
- Se precisar de qualquer ajuda, seja material ou mão de obra, fale comigo. Pode
usar o Ichiro também, como preferir.

Suki:
- Paaaaaaaaaaaai....! - ela ri, e gargalha, as bochechas violentamente vermelhas.

Maianne Ribeiro:
- ...o que foi? Eu falei algo errado? - murmura, confuso.

Suki:
- Usar o Ichiro como eu quiser, paaaaaai.....!

Maianne Ribeiro:
- ...hmpf, você entendeu. - ele resmunga, corando. - Mas vocês dois podem se
reaproximar.

Suki:
- ...mesmo?! - pergunta, boba. - Eu posso ir vê-lo depois de comer, então?!

Maianne Ribeiro:
- Pode. Pode sim. - sorri. - As coisas podem voltar ao normal, agora.

qualquersuki:
Suki:
- Então você descobriu o que tava acontecendo...! - ela ri, aliviada, levando uma
das mãos ao peito.

Maianne Ribeiro:
- Descobri sim. Os efeitos ainda podem durar por algum tempo, mas devem
desaparecer. - ele assente com a cabeça. - Vamos ficar de olho, certo?

Suki:
- Tudo bem. Como você mandar, pai! - e sorri.

Maianne Ribeiro:
- Ora... - ele ri de leve. "Saudades desse riso..."

Suki:
- Eu vou poder voltar a comer com todo mundo na mesa, também...?

Maianne Ribeiro:
- Vai, vai sim. Tudo como antes.

Suki:
A garota ri, boba, antes de abraçar o pai carinhosamente.

- Obrigada, pai...!

Maianne Ribeiro:
- De nada, minha querida... - ele sussurra, retribuindo o abraço com firmeza.

Suki:
- Vou voltar a treinar com o Ichi e a Justiça de manhã, e depois do almoço me
dedico aos estudos!

Maianne Ribeiro:
O homem hesita, suspirando.
- ...sem o baralho. - responde.

Suki:
Ela franze a testa, o sorriso diminuindo no rosto.

- Sem... Sem o... Por quê...?

Maianne Ribeiro:
- Porque o baralho é a causa de tudo isso. - sussurra.

Suki:
- ...como assim? - pergunta, confusa. - Isso nem faz sentido, pai, eu tenho usado
ele desde que cheguei aqui...!

Maianne Ribeiro:
- Exatamente. E quanto mais você usou, mais essa "maldição" te afetou. - responde,
sério.

qualquersuki:
Suki:
Ela nega com a cabeça.

- Eu não posso ficar sem o baralho...

Maianne Ribeiro:
- Mas vai ter que ficar. Ou você prefere a maldição? - responde, sério.

Suki:
- Tem que ter outro jeito, pai... - murmura, mordendo o lábio inferior.

Maianne Ribeiro:
- Por enquanto, não tem. - responde. - Vamos ter que conviver com isso.

Suki:
- Eu posso ter acesso ao baralho sob supervisão, depois? Talvez... Se o problema tá
nas cartas, talvez alguma delas saiba ajudar.

Maianne Ribeiro:
- ...eu acho que o problema é a Imperatriz, Leanne. - suspira.

Suki:
- ...a... - ela engole em seco, o rosto mais pálido. - ...faz... F-faz sentido...

Maianne Ribeiro:
- Exatamente. - suspira. - ...me perdoe, querida. Eu sei que o baralho é importante
pra você, mas eu não posso devolvê-lo.

Suki:
- Eu... - Leanne gagueja, atrapalhada, levando as duas mãos à cabeça. - ...depois.
Depois eu... Depois eu converso e... Elas... Eu...

Maianne Ribeiro:
- Mm. Vamos deixar esse assunto de lado, por ora. - pede.

Suki:
A garota acena de leve com a cabeça, escondendo o rosto nas mãos e dobrando o corpo
sob o próprio peso.

"De novo não...."

Maianne Ribeiro:
- ...o que foi, Lea? Fale comigo.

Suki:
- Os... Os gritos... - sussurra. - Minha cabeça...

Maianne Ribeiro:
- Que gritos, Leanne..? - ele pergunta, afagando a mão dela.

qualquersuki:
Suki:
- Na... No quartel... - explica, fechando os olhos com firmeza antes de tentar
ajeitar a própria postura e se acalmar.
Maianne Ribeiro:
- ...você consegue ouvir gritos de pessoas que estão no quartel?

Suki:
- Eu.. E-eu acho que... Que sim. - e estremece.

Maianne Ribeiro:
"Isso só reforça a ligação do baralho com a Caroline..."
- Eu vou mandar pessoas investigarem isso.

Suki:
- Mm. O... Obrigada, pai... - murmura, passando as mãos pelo rosto, incomodada.

Maianne Ribeiro:
- De nada, querida. Nós vamos resolver tudo isso.

Suki:
- Eu... Eu sei. Mas se... Se a minha mãe é o problema.... Eu preciso achar outra
Imperatriz..

Maianne Ribeiro:
- ...achar outra? Isso é possível?

Suki:
- É. É sim, eu... Eu... - e suspira, frustrada.

Maianne Ribeiro:
- Se é possível... seria uma boa solução. - ele murmura, pensativo.

Suki:
- Eu vou pensar. - diz, estremecendo.

Maianne Ribeiro:
- Nós vamos encontrar uma boa solução, seja ela qual for.

Suki:
- Obrigada, pai. - sussurra.

Maianne Ribeiro:
- De nada, querida. As coisas vão melhorar, eu prometo.

qualquersuki:
Suki:
- Eu... Eu espero. - e suspira.

Maianne Ribeiro:
- Vão sim. Nós vamos trabalhar pra isso, não vamos?

Suki:
- ...vamos. Vamos sim. - e esboça um sorriso.

Maianne Ribeiro:
- Ótimo. - sorri. - Mas agora é melhor você ir ver o Ichiro. Sei que os dois estão
morrendo de saudades.

Suki:
As bochechas de Leanne coram.

- ...É... Isso a gente tá mesmo. - e ri baixinho, se levantando devagar.


Maianne Ribeiro:
- Então vá. - sorri. - Vejo vocês amanhã.

Suki:
Ela dá um risinho culpado.

- Até amanhã, pai. - e se afasta correndo, indo atrás de Ichiro.

Maianne Ribeiro:
- Até, querida. - ele sorri, gentil, observando-a se afastar.

O rapaz estava no dojo, treinando sozinho, concentrado. Sequer notara a chegada de


Leanne...

Suki:
A garota nem sequer hesita, os passos rápidos e pesados indo na direção dele.

- Ichiro...! - chama, sorridente.

Maianne Ribeiro:
- ...Lea! - ele exclama, encarando a garota. - Onde você estava?! O papai tava
morrendo de preocupação...

Suki:
Ela nega com a cabeça, se jogando sobre Ichiro para abraçá-lo sem dizer mais
nada...

Maianne Ribeiro:
O rapaz hesita, mas acaba por abraçá-la de volta com firmeza, o rosto enterrado no
ombro de Leanne.
- ...oi...

Suki:
- Finalmente... - choraminga, agarrando as roupas dele com firmeza, mantendo Ichiro
junto a si. - Eu senti tanta saudade disso....

Maianne Ribeiro:
- Eu também. Eu também, Lea... - ele sussurra, engolindo em seco. - Mas a gente não
pode ficar assim...

qualquersuki:
Suki:
- O papai autorizou...! - e ri, boba, encarando-o antes de segurar o rosto de
Ichiro com as duas mãos e beijá-lo.

Maianne Ribeiro:
O rapaz mal tem tempo de processar o que ouvira, o beijo fazendo-o derreter, Ichiro
retribuindo como podia. "Lea..."

Suki:
- Acabou... - sussurra. - O papai descobriu o que... O que tava de errado... -
explica, sorridente.

Maianne Ribeiro:
- Ele... quê? Ele descobriu?! - Ichiro esboça um sorriso, bobo. - Finalmente..!

Suki:
- Finalmente! - e assente com a cabeça várias vezes, rindo.
Maianne Ribeiro:
O rapaz ri, beijando-a outra vez, intenso.
- Acabou... acabou esse pesadelo... - sussurra.

Suki:
- Acabou... A gente vai poder ficar junto de novo, voltar a treinar, a dormir,
e...! - ela ri, boba.

Maianne Ribeiro:
- E tudo. Tudo, tudo, tudo... - ele sorri, bobo, afagando o rosto dela.

Suki:
- Tudo, tudo, tudo... - diz, fechando os olhos com o carinho.

Maianne Ribeiro:
- Tudo, tudo. - repete, gentil. - Eu te amo, Lea...

Suki:
- Eu também te amo, Ichiro... - sussurra, a voz estremecendo.

Maianne Ribeiro:
O rapaz sorri, bobo, continuando o carinho.
- ...vem. Eu preciso de um banho, e eu quero você comigo.

Suki:
- Sempre que quiser. - murmura, sorrindo. - A gente nunca mais vai ficar longe um
do outro, eu prometo...

Maianne Ribeiro:
- Nunca mais. Pra todo o sempre. - ele sorri, beijando-a de leve antes de guiá-la
pra fora.

qualquersuki:
Suki:
- Com você falando assim, eu não duvido de nada... - comenta, boba.

Maianne Ribeiro:
- Melhor não duvidar, mesmo. - provoca, risonho, guiando-a até o quarto.

Suki:
- Eu sei que você seria capaz de qualquer coisa por mim. - ela ri, boba.

Maianne Ribeiro:
- Qualquer coisa mesmo. - e pisca um olho.

Suki:
- Eu sei bem. - diz, as bochechas mais vermelhas.

Maianne Ribeiro:
O rapaz ri baixinho, afagando a mão dela enquanto entrava no banheiro.
- Banho, e depois... Não sei. Ficar enrolando na cama? - ri.

Suki:
- Deitados, abraçados, vendo televisão? - pede, manhosa.

Maianne Ribeiro:
- Ótima ideia. - ele ri. - Decidido.
Suki:
- Perfeito! A minha televisão tá no... - ela hesita, comprimindo os lábios.

Maianne Ribeiro:
- ...no..? - ele ergue uma sobrancelha.

Suki:
- ...no meu quarto novo. - murmura. - ...o papai fez um cômodo novo pra mim.

Maianne Ribeiro:
- Ah. Ele falou que ia fazer. - murmura. - Quer ficar lá?

qualquersuki:
Suki:
- ...eu passei os últimos dias lá, surtada. - sussurra. - Achando que os arcanos
eram meus pais.

Maianne Ribeiro:
- ...entendi. Então eu vou lá e traga a TV pro outro quarto. - diz, dando de
ombros.

Suki:
- ...valeu, Ichi. - ela sorri, hesitante. - Quando eu estiver melhor, quem sabe eu
não consiga voltar a frequentar ele..

Maianne Ribeiro:
- Um passo de cada vez. Certo? - sorri.

Suki:
- ...É. Você tem razão. - e ri baixinho, balançando a cabeça. - Banho primeiro, ou
vai pegar a televisão?

Maianne Ribeiro:
- Banho. Tô precisando. - ri, bobo.

Suki:
- Nós dois. Eu te abracei, tô toda suada também. - brinca.

Maianne Ribeiro:
- Então banho pros dois. - ele ri de leve, começando a se despir.

Suki:
- Banho com você, que nem era todo dia... - diz, boba, afagando as costas dele
devagar, carinhosa.

Maianne Ribeiro:
- Que nem era todo dia, e vai voltar a ser. - sorri, os olhos se fechando com o
toque.

Suki:
- Hoje e sempre. - sussurra, depositando um beijo no ombro dele, carinhosa.
- ...que falta eu senti disso...

Maianne Ribeiro:
- Não foi a única... - ele sussurra baixinho.

qualquersuki:
Suki:
- Dá pra perceber no jeito manso da sua voz... - provoca.
Maianne Ribeiro:
- Com você, eu fico mansinho, mansinho... - ri.

Suki:
- Ainda bem. Imagina só se eu precisasse te colocar uma coleira...?

Maianne Ribeiro:
- Um dragão de coleira? Ora, onde já se viu... - ri.

Suki:
- Você é mais um cachorrinho do meu lado~

Maianne Ribeiro:
- Ei, nada disso. - ele ri de leve, negando com a cabeça.

Suki:
- Mesmo? Porque achei que dragões fossem ferozes~

Maianne Ribeiro:
- Dragões são ferozes só quando precisam ser~

Suki:
- Ara, ara, isso muito me interessa~

Maianne Ribeiro:
- Ah, é? Você quer que eu seja feroz~? - provoca.

Suki:
- Não sei, você parece cansado demais pra ser até fofo, quem dirá feroz~ - provoca.

Maianne Ribeiro:
- Eu? Cansado? Até parece que não me conhece~

Suki:
- Talvez eu não conheça mais depois desse tempo todo longe~

Maianne Ribeiro:
- Quer voltar a conhecer~? - provoca, malicioso.

qualquersuki:
Suki:
- Não sei, você aguenta~? - ela morde o lábio inferior.

Maianne Ribeiro:
- Aguento em dobro, até. - provoca, beijando-a de leve, provocante.

Suki:
- Então vem e me faz sentir esse seu dobro~ - provoca, arranhando as costas dele,
bruta.

Maianne Ribeiro:
- Com prazer. - ele sorri, malicioso, empurrando-a na parede e beijando-a
intensamente.

Suki:
Isso arranca um riso da garota, que logo ergue uma das pernas para envolvê-lo, as
mãos agarrando os cabelos de Ichiro.
qualquersuki:
Suki:
-=-

Os dias se passam novamente em paz, recheados de carinho com a presença de Leanne


novamente, a garota compensando a ausência com mais e mais afagos e brincadeiras.

Assim, é comum que ela procure os familiares pela casa, apesar de nunca atrapalhar
os afazeres de nenhum deles...

- ...pai? - chama, dando alguns toques na porta do escritório dele após se


certificar de que estava vazio.

Maianne Ribeiro:
- Pode entrar. - ele responde. O homem estava sentado à mesa, cheio de papéis e
relatórios...

Suki:
- Licença, pai. Posso te atrapalhar um pouquinho...? - pede, entreabrindo a porta,
sem jeito.

Maianne Ribeiro:
- Não está atrapalhando, filha. - diz, erguendo o rosto pra encará-la. - Pode
falar.

Suki:
A garota sorri, se aproximando antes de tirar várias pedras azul-claro do bolso e
colocá-las sobre a mesa de Mitsuo, a magia dançando dentro delas visivelmente.

- As runas descartáveis. - diz, orgulhosa. - Eu consegui.

Maianne Ribeiro:
- As... - ele pausa, surpreso. - As runas de teleporte? Você conseguiu?

Suki:
Ela assente com a cabeça, empolgada.

- Aham! Já testei várias delas, inclusive: elas levam do lugar original pro jardim,
e do jardim de volta pro lugar original, não importa onde seja.

Maianne Ribeiro:
- ...Leanne, isso é incrível. - ele ri de leve. - Você tem o processo de criação
das runas detalhado? É algo que outras pessoas poderiam fazer?

Suki:
- Eu não escrevi, ainda, mas eu sei tudo de cabeça. - e repete o gesto. - Sobre
outras pessoas.... Eu não sei. - murmura. - Porque usa uma gota de sangue na tinta,
mas eu não testei o de mais ninguém, só o meu.

Maianne Ribeiro:
- Mm... nós podemos testar se funciona com outra pessoa. O ideal é não depender
apenas de você, especialmente se envolve sangue. - ele murmura. - ...posso testar
uma das runas? Como funciona?

qualquersuki:
Suki:
- É só uma gota pra cem ml de mistura. Não é nada de mais. - murmura, separando
dois cristais pro pai. - Aqui. Coloca uma delas na mão fechada, pede passagem com o
seu nome, e pronto. Pra voltar é a mesma coisa. - explica. - Quer que eu te mostre
primeiro?

Maianne Ribeiro:
- Não é nada de mais pra uma quantidade pequena, mas se formos produzir em massa...
- ele comenta, pegando uma das runas. - Eu preciso das duas, pra ir e voltar? Ou
só... bem, é melhor você mostrar, mesmo.

Suki:
- Você planeja fazer isso em massa...? - pergunta, o queixo caindo.

Maianne Ribeiro:
- Foi o que pensei. Podemos transformar isso num produto bastante útil. - ele
sorri.

Suki:
- Num... Mesmo? - questiona, abobalhada.

Maianne Ribeiro:
- Mas é claro, querida. - ele ri de leve. - Podemos ter pedras de teleporte pra
emergências hospitalares, pra acesso VIP em festas e eventos...

Suki:
Ela ergue as sobrancelhas.

- Eu não tinha pensado nisso...! - Leanne sorri, encantada com a ideia.

Maianne Ribeiro:
- Eu comecei a pensar em diferentes usos assim que você comentou das runas. - ele
assente com a cabeça. - Isso pode ser a chave pra limpar a família de vez, Leanne.

Suki:
- Eu... - ela ri, boba. - Eu nem acredito que algo tão simples é tão incrível
assim...!

Maianne Ribeiro:
- Simples? Querida, isso é revolucionário. - o homem sorri.

qualquersuki:
Suki:
A garota cora bastante, rindo baixinho antes de balançar a cabeça.

- Vamos testar isso direito, agora. - diz, separando dois fragmentos para si e dois
para Mitsuo. - Eu te espero no jardim. - avisa, fechando a mão ao redor das duas. -
Leanne pede passagem. - e desaparece.

Maianne Ribeiro:
O homem encara o lugar onde Leanne estivera segundos atrás, embasbacado.
- ...m... Mitsuo pede passagem. - sussurra.

Suki:
E tudo desaparece ao redor do homem, que ressurge nos jardins em seguida, Leanne ao
seu lado já aguardando-o.

- Oi. - ela sorri, acenando de leve. - Funcionou~

Maianne Ribeiro:
- F... funcionou. - sussurra, o queixo caindo enquanto ele abria a mão pra olhar os
fragmentos. "Incrível..."
Suki:
E, em sua mão, agora estava apenas um dos fragmentos, o outro intocado.

- ...pai...? - pergunta, o sorriso desaparecendo do rosto enquanto ela se


aproximava. - Aconteceu alguma coisa? Você tá sentindo alguma coisa?!

Maianne Ribeiro:
- N-não, não. Eu estou bem. - murmura. - Só impressionado, mesmo.

Suki:
- Tem certeza...? - insiste, tocando os ombros dele, observando-o.

Maianne Ribeiro:
- Tenho, tenho. Eu juro. - ele assente com a cabeça. - Eu me sinto normal.

Suki:
- ...ufa. - e suspira, levando uma das mãos ao peito. - Pensei que tivesse feito
alguma coisa errada...

Maianne Ribeiro:
- Não, não, de maneira alguma. - ele ri de leve. - Eu estou positivamente
impressionado.

qualquersuki:
Suki:
Isso faz Leanne sorrir, os ombros relaxando.

- Pronto pra voltar, se é assim?

Maianne Ribeiro:
- Pronto. - sorri. - A pedra sabe pra onde voltar?

Suki:
- Exatamente pro mesmo lugar em que você estava antes de vir. - e assente com a
cabeça. - Leanne pede passagem. - e desaparece.

Maianne Ribeiro:
- Mitsuo pede passagem. - sussurra, teleportando de volta. - ...uau.

Suki:
- Sentindo algo...? - pergunta novamente

Maianne Ribeiro:
- Orgulho. - sorri, encarando-a.

Suki:
- Or... Pai...! - e gargalha, violentamente corada. - Algo de ruim, pai!

Maianne Ribeiro:
- Não, nada de ruim. - ele ri de leve. - Funcionou perfeitamente.

Suki:
- Ufa. Exatamente como o esperado e o quanto eu testei, então...

Maianne Ribeiro:
- Mm. Funcionou perfeitamente. - sorri. - Parabéns, querida.

Suki:
- Obrigada, pai. - diz, ainda envergonhada. - Ela não funciona mentalizando, e pra
levar qualquer outro ser vivo gastar uma runa a mais pra ir e pra voltar, por
sinal.

Maianne Ribeiro:
- Uma runa por pessoa, então. - ele assente com a cabeça. - Entendi.

qualquersuki:
Suki:
- Não testei com animais, mas imagino que siga o mesmo padrão. - murmura.

Maianne Ribeiro:
- Sim, provavelmente. - murmura. - ...Leanne, eu queria saber se nós podemos usar
as suas runas como um negócio da família.

Suki:
A garota engasga no ar, tossindo algumas vezes enquanto todo o sangue fugia de seu
rosto.

- Usar as runas como o que?! - pergunta, atrapalhada, encarando Mitsuo como se não
acreditasse.

Maianne Ribeiro:
- Como um negócio da família. - repete, encarando-a.

Suki:
- Isso... Isso é sério? Você quer realmente transformar isso em... Em um produto? -
insiste, o queixo caído.

Maianne Ribeiro:
- Sim, é sério. - ele assente com a cabeça. - Com a sua permissão, é claro.

Suki:
- Toda a permissão, é óbvio! - ela ri, ainda embasbacada. - Eu posso tentar fazer
mais runas com um símbolo só, pra ver se funciona com a mesma quantidade de tinta,
até a gente testar se qualquer pessoa consegue produzir!

Maianne Ribeiro:
- Como assim, runas com um símbolo só? - ele pergunta, curioso.

Suki:
- ...ah. Eu não te expliquei o processo, é verdade! - diz, levando uma das mãos ao
rosto. - As runas são fragmentos de um mesmo cristal encantado.

Maianne Ribeiro:
- Hmm... então você cria um cristal e parte ele em pedaços menores, ainda
utilizáveis?

Suki:
- Isso! - ela assente com a cabeça. - E o encantamento é feito no cristal maior.

Maianne Ribeiro:
- Mm, entendi. Imagino que quanto maior o cristal, mais magia é gasta.

Suki:
- Não é nada absurdo. - comenta. - Mas sim.

Maianne Ribeiro:
- Mm. Bom saber. - sorri. - Vamos precisar detalhar o processo de criação das
runas, pra ver se é algo que podemos escalar.
qualquersuki:
Suki:
- Eu posso te mostrar quando você tiver tempo livre. Não demora mais do que uma ou
duas horas. - e sorri de volta.

Maianne Ribeiro:
- Imagino que depois do almoço nós podemos verificar o processo juntos. - sorri. -
O que acha?

Suki:
Leanne assente com a cabeça.

- Vou deixar tudo organizado. - diz, se aproximando novamente da mesa dele.


- ...quer ficar com essas runas que sobraram? - pergunta, curiosa.

Maianne Ribeiro:
- Mm, por que não? Elas todas levam pro jardim, certo?

Suki:
- Todas pro mesmo lugar. Sim.

Maianne Ribeiro:
Ele assente com a cabeça.
- Mm, pode ser útil. Talvez pra quando eu sair, poder voltar mais fácil. - comenta.

Suki:
- ...olha, é verdade. - comenta, erguendo as sobrancelhas. - E você pode vir e
voltar, também, rapidinho!

Maianne Ribeiro:
- Exatamente. - sorri. - É bastante conveniente.

Suki:
- A gente precisa testar a distância máxima delas, por sinal! - adiciona, de
repente. - Eu não tive como fazer isso ainda!

Maianne Ribeiro:
- Podemos fazer esses testes mais tarde. - comenta. - O que acha?

Suki:
- Acho uma ótima ideia. - e assente com a cabeça. - Mal posso esperar!

Maianne Ribeiro:
- Resolvido, então. Depois do almoço, faremos os estudos e experimentos
necessários.

Suki:
- Mal posso esperar! - repete, boba, se aproximando para beijar o rosto dele. - Até
de tarde, então, pai~

Maianne Ribeiro:
O homem sorri com o gesto, bobo.
- Até lá, querida.

Suki:
- Até, melhor pai do mundo~ - diz, boba, antes de se afastar, quase saltitando.

Maianne Ribeiro:
"...melhor pai do mundo..." pensa, o sorriso mais aberto no rosto enquanto voltava
aos afazeres de antes.

qualquersuki:
Suki:
Quando chega o almoço, Leanne é a primeira a aparecer e se sentar à mesa,
visivelmente empolgada, quase quicando no próprio lugar.

"Eu nem acredito~~"

Maianne Ribeiro:
- Alguém tá feliz. - Ichiro ri de leve, cutucando a irmã.

Suki:
- Um pouquinho, só~ - diz, boba, dando um tapa na mão dele. - O papai aprovou as
minhas runas de teleporte.

Maianne Ribeiro:
- Aaaah, isso explica essa alegria toda. Orgulho do papai~ - provoca.

Suki:
- Olha quem fala: o sucessor dos negócios da família! - retruca, acotovelando-o de
leve.

Maianne Ribeiro:
- Ai, ai, não machuuuca~ - ri.

Suki:
- Não adianta fazer drama que eu sei que não machucou!

Maianne Ribeiro:
- Machucou meu orgulho~ - brinca.

Suki:
- Vou machucar a sua cara na próxima~

Maianne Ribeiro:
- Não, por favor, vai doer~

Suki:
- Eu faço com jeitinho, eu sei que você gosta~

Maianne Ribeiro:
- Com jeitinho pode ser~

- Nee-saaaaaaaan~! - Chiaki ri, correndo pra abraçar a irmã ao entrar na sala de


jantar.

Suki:
Leanne gargalha ao abraçar Chiaki de volta, prontamente se levantando para erguê-la
pela cintura.

- Oe, Chiaki~! - diz, boba, enchendo o rosto dela de beijos.

Maianne Ribeiro:
A menina ri, boba, abraçando Leanne firmemente.
- Ooooooooi~

qualquersuki:
Suki:
- Oooooooi~ - repete, girando de leve com ela em seus braços. - Como andam os
exercícios de magia~?

Maianne Ribeiro:
- Ótimos! Tô praticando bastante! - ela ri baixinho.

Suki:
- Boa menina~! - ela gargalha, colocando Chiaki no chão antes de bagunçar os
cabelos dela.

Maianne Ribeiro:
- A melhor, sempre! - ela ri, boba, se assentando ao lado da irmã.

Suki:
- Sempre, sempre, sempre~!

Maianne Ribeiro:
Chiaki sorri, boba, olhando em volta.
- E o papai?

- Já deve estar v— falando nele... - Ichiro ri, ao ver o homem entrar na sala.

- Desculpem, eu me distraí com o trabalho. - Mitsuo suspira, indo para o próprio


lugar.

Suki:
- Eu te atrapalhei um pouco, tá perdoado.

- Oh. Por isso essa energia toda? - Setsuna pergunta, rindo baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Exatamente. - Mitsuo ri de leve. - Estávamos falando sobre as runas de teleporte.

Suki:
- Lembro brevemente de vocês comentando. Mas isso significa que estão prontas?

- Prontas e devidamente testadas! - Leanne diz, boba. - De tarde nós vamos testar
os limites delas!

Maianne Ribeiro:
- Mm. Assim poderemos saber as aplicações práticas. - Mitsuo sorri.

Suki:
- Talvez a gente precise mandar alguém pra outro país pra testar. - provoca.

- Mmm, eu adoraria viajar de novo, agora com mais vigor. - Setsuna diz, esboçando
um sorriso.

Maianne Ribeiro:
- Podemos tentar, por que não? - Mitsuo ri de leve.

qualquersuki:
Suki:
- Vamos testar dentro da cidade, primeiro, vamos com calma! - ela ri, insegura. -
Não vamos sair gastando recursos a toa!

- Eu tenho certeza que vai funcionar, não importa a distância. - Setsuna diz,
gentil.
Maianne Ribeiro:
- Vamos expandir aos poucos, testando com cuidado. Certo?

Suki:
- Por favor. Eu não quero que isso se torne uma catástrofe. - diz, culpada.

- Não vai, querida. Confie no seu pai, e no seu potencial.

Maianne Ribeiro:
- Exatamente. Não se preocupe, vamos manter tudo sob controle. - ele assente com a
cabeça.

Suki:
- Eu confio em você, pai. - ela sorri, relaxando os ombros. - E em mim, também,
mãe! - e ri, quando Setsuna a encara, fazendo a mulher rir também.

Maianne Ribeiro:
- Ótimo. Então vamos aproveitar nossa refeição. - ele sorri, começando a comer.

Suki:
- Em breve teremos mais uma noite de pizza pra comemorar o lançamento do Shiryuu
Express~ - brinca, risonha.

Maianne Ribeiro:
- S... Shiryuu Express..? - ele murmura, confuso.

Suki:
- ...é, ué. Não gostou do nome pro ramo de transporte? - pergunta, piscando algumas
vezes ao encarar o pai, sorriso de canto.

Maianne Ribeiro:
- N-não é isso. Só... fiquei surpreso. - murmura.

Suki:
- Por quê? - ela ri. - Achou que seria o que, Leanne Express? - brinca.

Maianne Ribeiro:
- Não é isso. Eu não tinha pensado num nome. - murmura, sem jeito. - ...o meu nome?
Tem certeza?

Suki:
- ...e que outro nome seria, pai? - e franze a testa, com um riso atrapalhado,
confusa.

Maianne Ribeiro:
O homem hesita, pensando por um instante.
- ...Setsuna. Setsuna Express. - e sorri.

qualquersuki:
Suki:
Isso faz Leanne hesitar também, mas logo o sorriso se abre no rosto dela,
empolgada.

- É ISSO! - ela grita, dando um tapa sonoro na mesa antes de apontar para o pai. -
Perfeito!

- Ora! Do que vocês estão falando?! - a mulher pergunta, corando, olhando de um


para o outro.
Maianne Ribeiro:
- É melhor do que usar o meu nome, eu diria. - sorri.

Suki:
- Pra mim, fica empatado! - ela diz, mostrando a língua.

Maianne Ribeiro:
- Não acho que as pessoas iriam querer se transportar com o dragão da morte. -
Mitsuo solta um risinho.

Suki:
- Olha, eu já acho o contrário: é um nome irado! Mas o da mamãe fica mais doce,
acho que vale pra tudo~

- Ara, ara... - Setsuna ri baixinho, balançando a cabeça negativamente. - Essa é


uma decisão para a família toda tomar, vocês dois.

Maianne Ribeiro:
- Então vamos decidir juntos. - sorri, encarando Setsuna. - O que acha?

Suki:
- Eu ficaria lisonjeada, mas ao mesmo tempo acho que é um pouco demais. - admite,
as bochechas vermelhas.

- Eu acho uma ótima ideia! Todo mundo a favor de Setsuna Express levanta a mão! -
Leanne ri, erguendo um dos braços, exagerada.

Maianne Ribeiro:
Mitsuo, Ichiro e Chiaki erguem as mãos, a menina soltando um risinho.
- A gente ganhou, mãe~

Suki:
- Ara, ara~ É bom ver a família unida assim. - ela brinca.

- Mesmo que seja contra você?

- Não é _contra_ mim, Leanne. - diz, boba, afagando os cabelos da filha.

Maianne Ribeiro:
- É só um consenso. Certo? - Ichiro ri de leve.

Suki:
- Certo, querido.

- Bom, agora precisamos trabalhar pra identidade visual do Setsuna Express~!

Maianne Ribeiro:
- Ichiro, Leanne, vocês conseguem desenvolver uma marca? - Mitsuo pergunta.

- Ora, é claro! Deixa com a gente! - o rapaz ri.

qualquersuki:
Suki:
- Sem dúvidas! É pra ontem! - ela assente com a cabeça, empolgada.

- A Chiaki vai ajudar com ideias, certo? - Setsuna diz, gentil.

Maianne Ribeiro:
- Ajudo sim! - a menina sorri, empolgada. - Vai ficar lindo!

Suki:
- Vai, vai sim. E eu finalmente vou poder testar as tintas mágicas que eu ando
fazendo~ - Leanne comemora, boba.

- Você tem descansado direito, querida...?

Maianne Ribeiro:
- Eu espero que sim. - Mitsuo murmura, encarando-a. - Por favor, não exagere.

Suki:
- Eu não tô exagerando. Eu juro! - diz, erguendo as mãos em sinal de inocência. -
Eu comecei a testar as tintas enquanto melhorava as runas!

Maianne Ribeiro:
- Mm, tudo bem, então. - ele assente com a cabeça. - Com cuidado, sempre.

Suki:
- Eu sei, eu sei, eu sei. - ela suspira, cruzando os braços. - Eu não sou um bebê.

- De fato, a sua irmã nos dava bem menos trabalho.

- EI!

Maianne Ribeiro:
- Ouça sua mãe. - Mitsuo ri de leve.

Suki:
- Pai, isso é injusto!

- Leanne, por favor. Contenha-se, minha menina. - brinca.

- Hunf. - resmunga, voltando a se concentrar na comida, a postura se desfazendo


enquanto ela ria baixinho e relaxava.

Maianne Ribeiro:
O homem apenas balança a cabeça, sorrindo. "Ah, minhas crianças..."

Suki:
- Bom, eu já terminei. - ela diz, ao final da refeição, se levantando devagar. - Eu
vou adiantar o meu lado e deixar os ingredientes separados no laboratório.

Maianne Ribeiro:
- Mm. Eu não demoro muito. - Mitsuo assente com a cabeça.

Suki:
- Sem pressa, pai! Te espero no laboratório! - e acena de leve antes de sair.

- Laboratório...? - Setsuna pergunta baixinho, curiosa.

Maianne Ribeiro:
- O laboratório dela. - Mitsuo comenta.

Suki:
- E onde é esse laboratório? - insiste.

Maianne Ribeiro:
- É o cômodo da Leanne, querida. - ele murmura.
qualquersuki:
Suki:
- ..oh. Oh! - ela ergue as sobrancelhas. - Não sabia que ela já estava bem o
suficiente para voltar a frequentá-lo, ou se você já tinha autorizado isso. -
murmura.

Maianne Ribeiro:
- Ela está melhor, sim. - o homem assente com a cabeça. "Eu acho."

Suki:
- É um alívio saber disso. - ela sorri, levando uma das mãos ao peito. - Em breve
vou poder ver as Arcanas novamente, eu espero.

Maianne Ribeiro:
- Mm... talvez. - ele suspira, preocupado. "Aí já é um pouco mais complicado..."

Suki:
- Você não vai poder manter o baralho trancado para sempre, querido. - ela suspira
também, segurando uma das mãos dele.

Maianne Ribeiro:
- ...eu sei. Mas enquanto não conseguirmos uma solução permanente, ele terá que
ficar trancado.

Suki:
- Não teremos como encontrar uma solução permanente sem experimentar para encontrar
uma solução temporária. - e suspira. - Você não pode proteger a nossa filha de algo
que faz ela ser quem é.

Maianne Ribeiro:
Ele suspira, passando a mão no rosto.
- ...nós vamos pensar em algo. - sussurra.

Suki:
- Ótimo. Enquanto isso, nós pensamos na marca com meu nome. - e pisca um dos olhos.

Maianne Ribeiro:
- A marca especial com o seu nome. - sorri, gentil.

Suki:
- Especial como a nossa família. E será feita por ela, com o mesmo amor que eu
tenho por vocês. - diz, suave, afagando o rosto do marido.

Maianne Ribeiro:
O homem sorri, dando um beijo suave em Setsuna.
- Vai ficar ótimo, eu tenho certeza...

Suki:
- Eu também tenho. Toda a certeza do mundo...

Maianne Ribeiro:
O homem sorri, fazendo mais um afago na mão de Setsuna antes de ficar de pé.
- Eu vou encontrar com a Leanne, então. Até mais tarde, querida, Chiaki, Ichiro.

- Até, paaai!

qualquersuki:
Suki:
- Até, querido. Divirtam-se, e tomem cuidado! - pede, exageradamente severa.

Maianne Ribeiro:
O homem solta um risinho, balançando a cabeça. "As coisas voltaram ao normal,
enfim..." sorri, indo encontrar com Leanne.

Suki:
A garota estava no laboratório, os móveis ainda no mesmo lugar, mas agora as
paredes estavam bem mais decoradas, cheias de prateleiras e plantas e ervas
específicas.

- ...oi de novo, pai~ - ela sorri, se afastando da escrivaninha ao ouvir a porta se


abrindo.

Maianne Ribeiro:
- Olá, querida. - ele sorri, se aproximando. - Pronta pros experimentos?

Suki:
- Pra quantos você quiser! - e assente com a cabeça, empolgada.

Maianne Ribeiro:
O homem ri de leve.
- Cheia de energia, eh?

Suki:
- Eu tô sempre cheia de energia, pai...! - ela ri.

Maianne Ribeiro:
- Isso é verdade. - sorri, afagando os cabelos dela. - Por onde vamos começar,
então?

Suki:
- Podemos começar te ensinando o processo e testando se você consegue replicar com
o seu sangue e o encantamento, primeiro. Depois a gente testa melhor as runas, e a
distância que elas vão. Que tal?

Maianne Ribeiro:
- Parece ótimo. - ele assente com a cabeça. - Só me guiar.

qualquersuki:
Suki:
A garota sorri, empolgada, puxando Mitsuo pela mão para que se aproximasse da
bancada.

- Aqui. - diz, puxando o grimório para perto, a página bastante caprichada e


decorada, colorida e brilhante tal qual a magia de Leanne. - Os ingredientes tão
todos aqui, separados. - explica, indicando os potes e sacolas. - Vou confiar na
sua precisão cirúrgica pra seguir a receita de bolo. - brinca, piscando um dos
olhos, claramente provocando o pai.

Maianne Ribeiro:
- Ora... - ele ri de leve. - Cirúrgica eu não sei, mas ao menos minha precisão é
boa.

Suki:
- Eu confio na sua mão de ex-futuro-cirurgião. - brinca.

Maianne Ribeiro:
- Eu nunca treinei pra ser cirurgião, Leanne. - ri.
Suki:
- Por isso o ex-futuro. - e mostra a língua para ele.

Maianne Ribeiro:
O homem apenas balança a cabeça, risonho, seguindo a receita que Leanne lhe dera.

Suki:
E ela praticamente não se mete, vez ou outra oferecendo opções diferentes para
segurar um ou outro instrumento, sorrindo quando a mistura viscosa e cristalina
fica pronta.

- Eu experimentei vários jeitos de fazer isso. - explica, mexendo nos armários


antes de trazer uma forma rasa de silicone para a mesa, assim como um pote de
vaselina. - Nas formas metálicas o cristal gruda, porque expande, e geralmente
acaba amassando. A de silicone é mais fácil de tirar, e a vaselina garante isso. -
explica.

Maianne Ribeiro:
Mitsuo seguia as instruções com precisão, cuidadoso e habilidoso, prestando atenção
em cada detalhe.
- Mm... Entendi. Precisamos passar a vaselina na forma então, certo?

Suki:
- Isso. É a mesma lógica de fazer um bolo, de certa forma, só que com um cristal
que vai crescer. - e assente com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- O cristal... Vai crescer? - ele murmura, impressionado.

qualquersuki:
Suki:
Ela assente com a cabeça.

- Você vai encher a forma com esse líquido. Ou colocar quanto você quiser, na
verdade. Essa vai ser a base do cristal, e ele vai crescer em cima disso conforme
você encantar.

Maianne Ribeiro:
- Mm... Interessante. - ele sorri, enchendo a forma cuidadosamente. - Fica pronto
depois de quanto tempo?

Suki:
- Assim que acaba o encantamento. - e assente com a cabeça. - Puxou tudo que tava
no frasco?

Maianne Ribeiro:
- Puxei, puxei sim. - ele assente com a cabeça.

Suki:
- Ótimo. Agora coloca as mãos em cima da forma, numa distância segura, e recita
isso aqui enquanto concentra a sua magia imaginando algo crescendo. - explica,
abrindo a página do grimório na frente dele, cuidadosa.

Maianne Ribeiro:
O homem assente com a cabeça, recitando as palavras mágicas do grimorio com
cuidado...

Suki:
E com isso ele logo percebe o líquido endurecendo, borbulhando, as formações de
cristais surgindo com violência em ângulos e direções variadas, pontiagudos e
cristalinos...

Maianne Ribeiro:
Mitsuo ergue uma sobrancelha, esboçando um sorriso ao terminar o encantamento,
observando os cristais que haviam surgido.
- Que interessante... E daí, nós só precisamos quebrá-lo em pedaços menores, certo?

Suki:
- A gente precisa encantar o cristal com o símbolo do teleporte, primeiro. Mas já
estamos chegando lá! - Leanne ri. - Quer fazer novas runas pro jardim, ou pra outro
lugar? O desenho muda com o destino!

Maianne Ribeiro:
- Mm... - ele pondera por um instante. - Essas runas vão permitir ida e volta,
certo? Talvez o hospital seja uma boa escolha.

Suki:
- Vão, vão sim. Mas se é pro hospital, precisamos ir até lá marcar um lugar com a
runa, antes de testar. - explica.

Maianne Ribeiro:
- Marcar um lugar como destino, certo? - ele assente com a cabeça. - Vamos testar
um lugar mais perto por ora, então. A garagem, talvez.

qualquersuki:
Suki:
- Beleza. - ela assente com a cabeça. - Quer tentar fazer a mistura com o seu
sangue? Eu tenho um pote grande de tinta e potes menores que eu tava usando pra
testar a proporção.

Maianne Ribeiro:
- Mm, é uma boa ideia. Assim nós descobrimos se funciona com outras pessoas. - ele
assente com a cabeça.

Suki:
- Perfeito. Deixa eu dividir a tinta em um frasco menor enquanto você tira o
cristal do molde, então. - avisa, indo mexer nos armários. - Cuidado pra não se
cortar, por sinal! A base fica reta, é o melhor lugar pra colocar a mão!

Maianne Ribeiro:
- Pode deixar. - ele murmura, cuidadosamente tirando o cristal do molde, atento com
os cantos afiados. "Eu nunca fiz algo assim antes..."

Suki:
E ele veria a base respeitando perfeitamente o molde de silicone, rígido e
cristalino, o crescimento irregular e enlouquecido iniciando depois da borda.

- Aqui. Eu usei tinta com glitter no meu caso, mas acho que pra você tinta branca é
o suficiente. - Leanne ri, se aproximando com um frasco em uma das mãos.

Maianne Ribeiro:
- Sim, tinta branca basta. - ele solta um risinho, assentindo com a cabeça. - É só
colocar uma gota de sangue?

qualquersuki:
Suki:
- Pra essa quantidade, uma gota basta. - e sorri. - Eu fui testando com diluições
maiores, mas só vai até essa.

Maianne Ribeiro:
- Certo. - ele murmura. Com um gesto, um pequeno corte se abre na ponta do
indicador do homem, Mitsuo derramando uma gota do próprio sangue na tinta.

Suki:
- Já pode fechar. - avisa, entregando um hashi descartável para o homem. - Só
misturar até ficar homogêneo. - explica.

Maianne Ribeiro:
Ele assente com a cabeça, fazendo como ela pedira.
- Depois, é só pintar a runa no lugar. Certo?

Suki:
- Isso. Eu ainda não testei o quão pequena a runa pode ser em relação ao tamanho do
cristal, admito, então fiz mais ou menos do tamanho da base. - murmura, hesitando
antes de pegar outro caderno e uma caneta. - Mas aqui. Faz o desenho antes, pra não
esquecer na hora de replicar no lugar.

Maianne Ribeiro:
- É qualquer desenho, ou algum específico? - ele pergunta.

Suki:
- Qualquer um. Cada desenho seu vai servir pra um lugar diferente. E mesmo desenhos
iguais de pessoas diferentes ainda assim não levam pro mesmo lugar.

Maianne Ribeiro:
- Mm. - ele assente com a cabeça, escrevendo o kanji de carro. - ...intuitivo, se é
pra ir pra garagem.

Suki:
A garota ri baixinho, escondendo os lábios atrás de uma das mãos.

- Faz sentido. - explica, fechando o caderno antes de tirar um pincel bastante fino
do bolso e estendê-lo para o pai. - Agora você vai usar a tinta com sangue pra
fazer o mesmo desenho na base do cristal.

Maianne Ribeiro:
Ele assente com a cabeça, reproduzindo o kanji no cristal, habilidoso.

qualquersuki:
Suki:
Assim que ele toca com o pincel no cristal, a cor da pedra começa a mudar, se
tornando verde-água aos poucos, até que quando ele enfim termina o desenho já é
possível ver a magia flutuando e espiralando dentro do cristal...

- Prontinho~! - ela sorri, orgulhosa, batendo palminhas. - Deu certo, pelo jeito!

Maianne Ribeiro:
- Mm. - ele sorri. - Então, agora nós podemos colocar a runa na garagem, e depois
quebrar esse cristal em vários menores, certo?

Suki:
- Isso. Só usar a mesma tinta pra fazer o mesmo desenho. - concorda. - Recomendo
fazer em um lugar mais amplo, se for fazer no chão, ou em uma parede sem outra
colada.

Maianne Ribeiro:
- A parede dos fundos da garagem deve servir bem. - comenta.

Suki:
- Só não vai poder deixar nada acumulado ou estacionado muito perto. - e assente
com a cabeça. - Tinta e pincel em mãos, então vamos lá ~

Maianne Ribeiro:
- Mm, claro. Nós podemos demarcar uma área ao redor, pra que sempre fique livre. -
comenta.

Suki:
- Acho mais seguro. Imagina, teleportar em cima de alguém ou de um carro? - e faz
uma careta.

Maianne Ribeiro:
- Seria um problema e tanto. - ele ri de leve. - Melhor ter a área segura, mesmo.

Suki:
- Ótimo. Devo levar tinta comum pra isso, ou você providencia a marcação depois?

Maianne Ribeiro:
- Eu peço pros rapazes demarcarem uma área depois. - ele murmura.

Suki:
- OK, pai. Então vamos. - e estende a mão para ele, indicando a porta com a cabeça.
- Só colocar o cristal em cima da mesa, e na volta a gente quebra e testa.

Maianne Ribeiro:
- Certo. - sorri, deixando o cristal antes de acompanhar a filha pra fora.

qualquersuki:
Suki:
E Leanne ia na frente, praticamente saltitando, visivelmente empolgada e ansiosa
com o teste...

Maianne Ribeiro:
"É bom ver ela animada assim," o homem sorri, bobo.
- Esse projeto é o seu orgulho, não é..?

Suki:
- ...com você falando assim, acho que é mesmo. - ela ri, olhando por cima do ombro.
- Saber que eu vou poder te ajudar e agradecer por tudo o que vocês me deram me
deixa muito, muito feliz~

Maianne Ribeiro:
- Você não precisa agradecer nada, querida. Eu sou seu pai. - diz, gentil, afagando
os cabelos dela.

Suki:
- E eu sou sua filha. Eu sou eternamente grata pela vida que você me dá. - diz,
boba.

Maianne Ribeiro:
O homem sorri, afagando os cabelos dela, gentil. "Uma benção dos deuses em nossas
vidas..."

Suki:
- Obrigada por confiar em mim e no meu potencial. - diz, baixinho, quase tímida,
levando a mão livre de Mitsuo até os próprios lábios em uma mesura profunda.
Maianne Ribeiro:
- Eu confio na minha querida e talentosa filha. - ele sussurra, gentil.

Suki:
- E a sua amada e querida filha só consegue exercer o próprio talento porque tem um
querido e incrível pai. - responde baixinho, boba.

Maianne Ribeiro:
- ...ora... - ele ri, corando de leve.

Suki:
A visão do rubor nas bochechas de Mitsuo traz um sorriso satisfeito, mas
visivelmente carinhoso, ao rosto de Leanne.

- Vem. Garagem. - e volta a andar, ainda segurando a mão dele.

Maianne Ribeiro:
- Vamos, vamos... - ele murmura, acompanhando a menina.

Suki:
- Me mostra onde exatamente você tá falando. - pede, ao chegarem na garagem.

Maianne Ribeiro:
O homem indica a parede dos fundos da garagem, um pouco mais afasta da dos carros.
- Eu pensei por aqui, já que temos esse espaço a mais. - comenta.

qualquersuki:
Suki:
- Faz sentido. E dá pra demarcar direito, também.

Maianne Ribeiro:
- Exatamente. Podemos transformar essa área num ponto de chegada. - ele assente com
a cabeça.

Suki:
- E o jardim fica sendo só nosso, se for o caso? - pergunta, esboçando um sorriso.

Maianne Ribeiro:
- Claro. Por que não? - sorri.

Suki:
- Acho uma ótima ideia. Assim não preciso levar e trazer ninguém direto pro meu
quarto com a minha runa~

Maianne Ribeiro:
- Sua runa? Pro seu quarto? Quem vai pro seu quarto? - ele pergunta, cruzando os
braços.

Suki:
- Ninguém, ué. - ela franze a testa, confusa. - Foi só jeito de falar, pai!

Maianne Ribeiro:
- ...hmpf. - ele resmunga. - Ótimo.

Suki:
- É que a minha runa tá levando pro meu quarto, já que só eu tenho.

Maianne Ribeiro:
- A runa da sua perna, certo?

Suki:
- Isso. - e assente com a cabeça

Maianne Ribeiro:
- Mm. E você pode usá-la à vontade?

Suki:
- Posso. Ela só tem a desvantagem de não me trazer de volta pra onde eu estava.

Maianne Ribeiro:
- Mm, entendi. Que interessante... - ele murmura, pensativo. - Eu poderia ter uma
runa dessas?

Suki:
- Pra irem pra você ou comigo? - pergunta. - Dá pra dividir a runa comigo, e a
gente pode tentar fazer uma só pra você, se você quiser.

Maianne Ribeiro:
- Pra... Irem pra mim? Isso é possível? - ele ergue uma sobrancelha.

qualquersuki:
Suki:
Leanne suspira.

- Colocando você na mesma runa que eu, nós dois vamos poder ir um pro outro, e pros
lugares onde tiver as pedras da mesma magia.

Ela coça o queixo de leve.

- Mas dá pra fazer uma runa só sua, e aí qualquer pessoa que partilhar a runa
contigo vai poder ir pra você, e você pra elas. E, claro, pras runas físicas da
mesma magia.

Maianne Ribeiro:
- Mm... Acho que eu gostaria de ter uma runa minha. - murmura.

Suki:
- Pra você poder voltar pra casa sem depender de levar uma pedra sempre com você? -
pergunta, preocupada.

Maianne Ribeiro:
- Sim. Seria mais seguro, e conveniente. - ele assente com a cabeça.

Suki:
- Faz sentido. - murmura. - Eu posso te ensinar a fazer, depois, mas...

Maianne Ribeiro:
- ...mas? - ele ergue uma sobrancelha.

Suki:
- Mas dói bastante pra entalhar a runa na carne. E cada pessoa nova que dividir a
mesma magia com você vai exigir que ela seja entalhada de novo. - murmura.

Maianne Ribeiro:
- Dor não é um problema pra mim. - diz, balançando a cabeça.

Suki:
- Eu sei, mas ainda me sinto na obrigação de te alertar. - resmunga.

Maianne Ribeiro:
- Mm, claro. - ele assente com a cabeça, afagando os cabelos dela. - Mas vamos
terminar essa runa primeiro. É só usar o mesmo símbolo, certo?

Suki:
- Isso. Só pintar na parede ou no chão com a mesma tinta, fazendo o mesmo símbolo.
- e assente com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
O homem pega o pincel, pintando o símbolo na parede cuidadosamente, os traços
habilidosos.
- ...pronto. - murmura.

Suki:
E assim que ele termina o desenho, a tinta brilha suavemente antes de desaparecer.

- Funcionou. - Leanne suspira, levando uma das mãos ao peito, aliviada.

Maianne Ribeiro:
- Funcionou? - ele murmura, encarando a filha. - É só teleportar com os cristais,
então?

Suki:
Ela assente com a cabeça.

- Só quebrar o cristal maior em pedaços menores e usar, agora.

Maianne Ribeiro:
- Mm. Vamos testar, então. - sorri, caminhando de volta pro quarto.

qualquersuki:
Suki:
- Mal posso esperar. - diz, boba.

Maianne Ribeiro:
- Eu espero que funcione. - ele ri de leve.

Suki:
- Eu admito que eu também. - diz, boba.

Maianne Ribeiro:
- Bem, eu segui todas as instruções. Deve funcionar, certo?

Suki:
- E todas as reações foram iguais as das minhas. - ela assente com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Mm, o que é um bom sinal. - o homem concorda.

Suki:
- Exatamente!

Maianne Ribeiro:
Mitsuo sorri, assentindo com a cabeça ao entrar no quarto com Leanne de novo.
- Bem, agora precisamos quebrar o cristal, certo?

Suki:
- Com cuidado com as pontas, porque elas cortam feio. Sim. - ela assente com a
cabeça

Maianne Ribeiro:
- Claro, claro. Não se preocupe. - ele sorri, pegando o cristal e começando a
quebrá-lo em vários pedaços menores, cuidadoso.

Suki:
- Eu joguei o outro no chão e pisei em cima com um coturno. - Leanne admite, sem
graça, as bochechas vermelhas.

Maianne Ribeiro:
- Ah. Bem... Eu tenho um jeito de quebrar mais rápido. - o homem ri de leve.

Suki:
- Bom, o meu jeito foi bem rápido! - ela ri.

Maianne Ribeiro:
Mitsuo sorri.

E então joga o cristal no chão com força, os pedaços sendo contidos por uma bolha
de ar que o homem criara com magia.

Suki:
Leanne recua com o movimento de Mitsuo, e depois ergue as sobrancelhas, rindo
baixinho.

- Isso foi uma ótima ideia...!

Maianne Ribeiro:
- Funcionou bem. - ele ri de leve, a magia recolhendo os cacos do cristal e
colocando-os cuidadosamente sobre a mesa.

qualquersuki:
Suki:
- Funcionou _muito_ bem! - ela ri, boba, se aproximando da mesa

Maianne Ribeiro:
- Agora é só pegar um dos fragmentos e pedir passagem, certo? - o homem pergunta.

Suki:
- Exatamente. - e assente com a cabeça. - Se quiser, podemos lixar ou moldar os
fragmentos, depois.

Maianne Ribeiro:
- Mm, é o ideal. Mas precisamos de um jeito que seja mais rápido que lixar de um a
um. - comenta.

Suki:
- Aí eu não tenho ideia. - admite, culpada.

Maianne Ribeiro:
- Nós vamos encontrar um jeito. - diz, afagando os cabelos dela.

Suki:
- Já conseguimos bastante coisa, por enquanto. - ela sorri.

Maianne Ribeiro:
- Mm. - o homem assente com a cabeça, pegando um dos fragmentos. - Testar, então?
Suki:
- Vamos. - diz, pegando um fragmento a mais. - Leanne pede passagem. - e
desaparece.

Maianne Ribeiro:
O homem pega um segundo fragmento antes de seguir Leanne, sorrindo ao ver que
ressurgira no lugar certo.
- Funcionou então. - diz, satisfeito.

Suki:
- Perfeitamente. - ela assente com a cabeça. - Sinal de que dá pra reproduzir a
magia com outras pessoas!

Maianne Ribeiro:
- Exato. - sorri, afagando os cabelos dela. - Eu vou começar a planejar a produção,
e você e o Ichiro podem cuidar da parte visual.

qualquersuki:
Suki:
- Combinados, então. - e ri, boba com o carinho. - Eu preciso testar a proporção
entre desenho e cristal, pra saber quão grande pode ser o cristal pra menor
quantidade possível de tinta!

Maianne Ribeiro:
- Mm. Me mantenha informado sobre os resultados dos experimentos. - ele sorri,
gentil.

Suki:
- Eu vou, pode deixar. Vou tentar otimizar tudo o máximo possível! - promete

Maianne Ribeiro:
- Não se preocupe tanto. Podemos aperfeiçoar o processo com o tempo.

Suki:
- Tem certeza? - pergunta, hesitante. - Mas...

Maianne Ribeiro:
- Tenho, é claro. As coisas não se constroem em um dia só.

Suki:
- Mas eu quero deixar tudo pronto... - murmura.

Maianne Ribeiro:
- Não precisa, querida. Faça pouco a pouco, passo a passo. - diz, gentil.

Suki:
- Mas quanto mais rápido eu conseguir isso melhor pra família...!

Maianne Ribeiro:
- Não há urgência, Leanne. Eu prefiro que você trabalhe num ritmo mais calmo, sem
exagerar. - insiste.

Suki:
Ela comprime os lábios, visivelmente dividida.

- Eu... Eu vou tentar... - murmura, enfim, desanimada.

Maianne Ribeiro:
O homem suspira.
- O que foi, querida..?

qualquersuki:
Suki:
- Eu tenho me sentido inútil sem o baralho. - e suspira. - Tô tentando compensar no
resto, mas...

Maianne Ribeiro:
- Você não é inútil, querida. Muito pelo contrário, você faz coisas incríveis que
nenhum de nós tinha conseguido ou sequer pensado em fazer antes.

Suki:
- Valeu, pai... - Leanne ri de leve. - Mas eu ainda sinto que não é o suficiente.

Maianne Ribeiro:
- É mais que suficiente, querida. - diz, afagando os cabelo dela. - Nós vamos
encontrar um jeito de resolver o problema do baralho.

Suki:
- Eu sei, eu sei. Mas quanto mais rápido eu otimizar as runas, mais tempo vamos ter
pra isso.

Maianne Ribeiro:
- Lea, querida... Tenha paciência, por favor.

Suki:
A garota suspira, cruzando os braços.

- Eu tô tentando, pai.

Maianne Ribeiro:
- Você consegue, querida. - sorri. - Agora, que tal ir contar a novidade pro
Ichiro, mm?

Suki:
- ...É. Acho que ele vai gostar, mesmo. - ela ri, mais animada com a ideia. - Até
porque eu preciso te deixar em paz pra trabalhar, também ~

Maianne Ribeiro:
- Tenho certeza que vai. - sorri, fazendo mais um afago nos cabelos dela. - Vejo
vocês mais tarde, pequena. Mitsuo pede passagem. - e desaparece.

Suki:
"Pequena...", pensa, dando um risinho bobo. "Eu sou maior que você, pai..."

- Avach Ehwaz. - sussurra, ressurgindo no próprio quarto antes de ir procurar por


Ichiro.

Maianne Ribeiro:
Ichiro estava no estúdio, como sempre, mas dessa vez não estava desenhando: o rapaz
mexia num livro de magia, estudando, concentrado.

Suki:
- Que milagre, você estudando~? - provoca, se aproximando e se sentando ao lado
dele antes de beijar uma de suas bochechas.

Maianne Ribeiro:
- Só um pouquinho. - ele ri de leve, se inclinando na direção da garota. - E aí,
como foi com o papai?

qualquersuki:
Suki:
- Deu tudo certo. - ela sorri. - Ele pareceu se divertir bastante, também ~

Maianne Ribeiro:
- Ele? Se divertindo? Impossível. - provoca, risonho.

Suki:
- Magia faz milagres. - brinca.

Maianne Ribeiro:
- Milagres mesmo, tô vendo. - ele ri de leve. - Deu certo, então?

Suki:
- Deu sim. A gente precisa otimizar umas coisas, só.

Maianne Ribeiro:
- Isso é ótimo. - sorri. - Setsuna Express~

Suki:
- Choo choo ~ - brinca, fingindo puxar o apito de um trem

Maianne Ribeiro:
O rapaz ri, dando um beijinho em Leanne, bobo.
- Minha revolucionária~

Suki:
- N-não é pra tanto, Ichi... - ela ri, as bochechas corando

Maianne Ribeiro:
- Pode até não ser, mas eu gosto de provocar. - ele ri.

Suki:
- Você é ridículo...! - reclama, empurrando-o de leve.

Maianne Ribeiro:
- Sou lindo~ - ri.

Suki:
- E ridículo!

Maianne Ribeiro:
- Ai, ai... a gente vai, prepara uma surpresa linda pra namorada, pra receber
xingamento, que vida dura... - ele suspira, dramático.

qualquersuki:
Suki:
- Eu cheguei te perguntando o que você tava estudando, nem vem! - reclama, corada,
inflando as bochechas.

Maianne Ribeiro:
- Sim, mas eu sou carente. - provoca.

Suki:
- Coitado, coitado~ - ela ri, afagando o rosto de Ichiro, cuidadosa, antes de
beijá-lo. - Agora me fala: o que você tá estudando, Mm?
Maianne Ribeiro:
- Bem... é uma magia de possessão parcial. - comenta. - E eu juro que não é pra
atos maléficos.

Suki:
Isso faz Leanne erguer uma sobrancelha.

- Pode ser pra atos maliciosos~ - provoca. - Mas continua, eu me interessei.

Maianne Ribeiro:
- Não, não é pra atos maliciosos. - ele ri de leve. - ...o que acha de me tatuar?

Suki:
- ...te...! - ela hesita, surpresa. - ...você quer dizer você _se_ tatuar me
usando, né...?

Maianne Ribeiro:
- É. - ele ri de leve. - Seria legal, não seria?

Suki:
- Eu ia lembrar de tudo? Porque se sim, seria mesmo! - e ri.

Maianne Ribeiro:
- Sim, você lembraria de tudo. - ele assente com a cabeça. - Eu tenho boas ideias
de vez em quando~

Suki:
- Você sempre tem boas ideias, Ichiro. - ela ri, balançando a cabeça de leve. -
Quando a gente vai fazer isso?

Maianne Ribeiro:
- Que tal... daqui a meia hora~? - ri.

Suki:
- Daqui a-- pera, você não quer nem testar a magia antes?!

Maianne Ribeiro:
- Bom, a gente pode testar. - ele ri de leve. - Posso?

qualquersuki:
Suki:
Ela morde o lábio inferior antes de assentir com a cabeça.

- Fica a vontade.

Maianne Ribeiro:
Ichiro assente com a cabeça, fechando os olhos e se concentrando enquanto murmurava
o encantamento. Aos poucos, Leanne sente a mão direita adormecendo...
...e então a mão vai ao rosto dela, cutucando-lhe a bochecha.
- Oi~

Suki:
- Isso é _muito_ estranho...! - ela ri, usando a outra mão para afastar a direita.

Maianne Ribeiro:
- Muito. - ele ri, balançando a cabeça. - Eu tô me vendo através dos seus olhos,
também. É estranho ser alto.

Suki:
- Mesmo?! - pergunta, erguendo as sobrancelhas. - Quer dizer que você finalmente
consegue se ver lindo e gostoso~?

Maianne Ribeiro:
- Isso eu já me vejo no espelho todo dia~ - provoca.

Suki:
- Ah, é ~? Vou lembrar disso quando você estiver carente e inseguro~

Maianne Ribeiro:
- Ei, eu estar seguro da minha gostosura não quer dizer que eu não queira ouvir
você falar dela~ - e gargalha.

Suki:
- Que pena, que pena, agora já foi~ - retruca, dando um sorriso de canto,
claramente provocando-o.

Maianne Ribeiro:
- Ah, não me trata assim, quero carinho~

Suki:
- Vem aqui me beijar, então. E boa sorte fazendo isso se vendo pelos meus olhos~

Maianne Ribeiro:
- ...merda. - ele ri, ficando de pé, meio desajeitado. - Isso é muito estranho..!

Suki:
Leanne gargalha, dobrando o corpo de leve para rir, apesar de tentar manter o olhar
em Ichiro...

Maianne Ribeiro:
O rapaz enfim consegue se aproximar, a mão direita de Leanne ajudando a guiá-lo pra
perto.
- Pronto. - sorri, beijando-a de leve.

qualquersuki:
Suki:
E ela fecha os olhos com o beijo, suspirando baixinho.

- Você trapaceou um pouco, mas eu deixo. - provoca.

Maianne Ribeiro:
- Eu fiz o que precisei fazer. - ri, bobo, abrindo os olhos enquanto desfazia a
magia. - Funcionou~

Suki:
- Funcionou muito bem, inclusive. - ela assente com a cabeça. - Agora só falta o
desenho!

Maianne Ribeiro:
- Eu tenho a ideia, quer fazer o desenho final? - pergunta, risonho.

Suki:
- ...eu?! - pergunta, hesitante. - Ichi, eu não desenho bem assim!

Maianne Ribeiro:
- Desenha sim. - ri. - Mas tudo bem, deixa que eu faço. Vou preparar o desenho, e a
gente tatua logo depois~
Suki:
- Eu posso ajudar, se você realmente quiser... - murmura.

Maianne Ribeiro:
- Quero. - sorri. - É uma tatuagem nossa.

Suki:
Ela suspira, corando de leve.

- Tudo bem, então. A gente faz junto. - murmura.

Maianne Ribeiro:
- Então vem cá. - ele diz, puxando Leanne pra sentar em uma das cadeiras, o próprio
rapaz sentando ao seu lado enquanto puxava papel e caneta.

Suki:
- Você tem alguma ideia de como quer? - murmura, curiosa.

Maianne Ribeiro:
- Uma carpa, na batata da perna. - ele pisca um olho.

Suki:
- Mas você já tem outras carpas no corpo, Ichi. - e franze a testa.

Maianne Ribeiro:
- Mas essa é especial. Essa é você. - sorri. - Ou tem alguma outra ideia?

Suki:
- ...faz sentido, mas... - murmura. - Você _quer_ outra carpa?

Maianne Ribeiro:
- Eu quero você. - e dá de ombros.

qualquersuki:
Suki:
- Ichiro... - ela ri, as bochechas vermelhas. - Você já me tem, seu bobo.

Maianne Ribeiro:
- Não tenho na minha pele, ainda. - sorri.

Suki:
- E pelo jeito, você quer isso o mais rápido possível. - diz, boba.

Maianne Ribeiro:
- Bem, eu aceito esperar... só não vejo motivo. - ri.

Suki:
- Então vamos pensar na sua-minha carpa. - ela assente com a cabeça. - Que tal uma
carpa preta com as manchas em turquesa ~?

Maianne Ribeiro:
- Preto com turquesa, eh? Bem diferente... - ele sorri, assentindo com a cabeça.

Suki:
- É pra ser uma representação, certo? - pergunta, hesitante. - Acha que ficaria
feio...? Ou que não faz sentido?

Maianne Ribeiro:
- Eu acho que ficaria lindo. - Ichiro ri de leve, dando um beijo em Leanne. -
Ficaria perfeito.

Suki:
Ela leva uma das mãos ao peito, aliviada.

- Pode ser turquesa com preto, também, se você preferir. - diz, boba com o beijo.

Maianne Ribeiro:
- Acho que preto com turquesa fica mais bonito. - comenta, começando a esboçar o
desenho.

Suki:
- Fica bem chamativo, também. Apesar de que... você quase nunca usa bermuda fora de
casa.

Maianne Ribeiro:
- Exatamente. Eu não preciso me preocupar muito. - sorri.

Suki:
- Ah, fez isso pra me manter escondida, foi~?

Maianne Ribeiro:
- Eu não te escondo de ninguém~

Suki:
- Ah, não, é~? Cadê suas fotos me exibindo nas redes sociais, então~?

Maianne Ribeiro:
- Ah, é esse o problema? A gente resolve em dois minutos~

qualquersuki:
Suki:
- Duvido~ - provoca.

Maianne Ribeiro:
O rapaz ri, puxando o celular e abrindo a câmera antes de dar um beijo intenso em
Leanne, o som da foto se fazendo ouvir...

Suki:
Isso a faz estremecer, puxando Ichiro para si pelos cabelos, aproximando o corpo
dos dois, apaixonada.

Maianne Ribeiro:
- Eu disse que resolvia... - ele sussurra baixinho, os lábios roçando nos dela.

Suki:
- E você vai começar a usar o Instagram pra gente desfilar de casalzinho gostoso~?
- provoca. - Ou não aguenta a pressão de ter uma namorada dessas~?

Maianne Ribeiro:
- Se eu não aguentasse, não tava te namorando~ - provoca, mexendo no celular pra
postar a foto.

Suki:
- Ah, é assim~? - ela morde o lábio inferior. - ...você vai começar a usar esse
perfil _de verdade_? - pergunta, com um sorrisinho culpado.

Maianne Ribeiro:
- ...ué, por que não? - ri. - Só não garanto usar toda hora, mas postar umas fotos
de vez em quando...

Suki:
- Porque se for usar, eu preciso te adicionar no meu perfil social de verdade, não
no familiar~

Maianne Ribeiro:
- ...você tem um perfil secreto, é~?

Suki:
- Tenho~ Um perfil aberto, todo em inglês, que eu já usava antes de vir pra cá. - e
ri, as bochechas vermelhas.

Maianne Ribeiro:
- Me adiciona, então~ - ri. - Quero ver~

qualquersuki:
Suki:
- Jura que não vai cair duro de ciúmes com fotos minhas de biquini~? - pergunta,
mordendo o lábio inferior, provocante.

Maianne Ribeiro:
- Claro que não. - ri. - Eu não sinto ciúmes, os outros que sentem inveja~

Suki:
Isso arranca uma gargalhada de Leanne, a garota segurando o rosto de Ichiro com
firmeza antes de beijá-lo.

- Sempre que você fala assim, eu apaixono ainda mais~

Maianne Ribeiro:
- Então apaixona, apaixona todinha~ - o rapaz ri, beijando-a de volta.

Suki:
- Aqui não, agora não, Ichi~ - ela ri, recuando um pouco antes de pegar o telefone
no bolso. - Não é pra deixar o papai ver nada, entendeu~?

Maianne Ribeiro:
- Pode deixar. Ele não vai ver nada, juro. - ri.

Suki:
- Ótimo. - diz, boba, a notificação logo apitando no celular dele.

O perfil de Leanne era bastante organizado, com cores harmoniosas e fotos


combinando, refletindo bastante o jeito da garota. Tinham várias fotos das idas
dela à praia, além de fotos com os amigos em saídas e festas, assim como vídeos
dançando, todo um conteúdo e uma interação na internet que tinha mantido como
segredo durante todo esse tempo...

Maianne Ribeiro:
- ...uau. - ele murmura, surpreso, passando pelas fotos e vídeos. - Eu não fazia
ideia que você era popular assim.

Suki:
A garota ri baixinho, as bochechas vermelhas.

- Só um pouco. - diz, sem graça.

No meio de tudo isso, Ichiro pode reconhecer uma fileira com fotos de Leanne em
primeiro plano...

....e ele no fundo, sem nada que o caracterizasse para desconhecidos. Nas legendas,
três haikai diferentes, em japonês e inglês, se declarando...

Maianne Ribeiro:
O rapaz solta um risinho, as bochechas corando de leve.
- É assim que você se declara pra mim sem deixar claro que é pra mim~?

qualquersuki:
Suki:
- Eu não sabia se podia te expor ou não, oras...! - ela reclama, bastante corada. -
O meu perfil com a família é todo fechado!

Maianne Ribeiro:
Ele ri, bobo.
- Contanto que não mostre nada da família, pode me expor sim~

Suki:
- Suas tatuagens contam? - pergunta, desviando o olhar. - Porque se não contar, eu
tenho várias fotos suas que tirei sem você ver~

Maianne Ribeiro:
Ichiro pensa por um instante, e então dá de ombros.
- Eu já sou conhecido o suficiente... e se eu não vou te esconder, você também não
precisa me esconder.

Suki:
- Ah, claro, desculpe, poderoso _Shogun_~ - provoca, debochada.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado, o título soa bem~

Suki:
- Soa mesmo. E combina com o dono; poderoso, feroz, impiedoso~

Maianne Ribeiro:
- Elogia mais~

Suki:
- Assim a gente não vai tatuar nada hoje, Ichi~

Maianne Ribeiro:
- ...é, eu preciso terminar esse desenho. - o rapaz ri, voltando ao papel.

Suki:
- Precisa mesmo, senão você nunca vai marcar na sua pele que você é meu~

Maianne Ribeiro:
- Ui, é assim, é~? - Ichiro gargalha.

Suki:
- Se eu não posso te encoleirar literalmente, vai ser figurativamente~ - e pisca um
dos olhos.

Maianne Ribeiro:
- Sim, senhora~ - brinca.

Suki:
- Bom garoto. - ela ri. - Talvez eu devesse fazer um dragão turquesa na minha coxa,
também~

Maianne Ribeiro:
- Por que não~?

qualquersuki:
Suki:
- Eu faço a sua carpa, então, enquanto você trabalha na sua forma de dragão pra
cobrir isso aqui. - diz, indicando a lateral do quadril até o joelho.

Maianne Ribeiro:
- Eu desenho o seu, você desenha o meu, ótimo~ - ri.

Suki:
- Exatamente! - ela ri. - E depois a gente só ajusta os dois juntos~

Maianne Ribeiro:
- Pra ficar combinando~

Suki:
- Exatamente~!

Maianne Ribeiro:
O rapaz ri, dando um beijinho em Leanne antes de passar a folha pra ela, pegando
outra pra si.
- Vamos passar o dia todo tatuando~

Suki:
- E vai valer cada segundo~

Maianne Ribeiro:
- Ô se vai. - ele ri de leve. - Só não sei se a gente termina a sua hoje, mas a
gente tenta.

Suki:
- Nada que um pouco de café e estimulantes não resolva~ - brinca.

Maianne Ribeiro:
- A gente vê. - ele ri de leve, fazendo um afago no rosto dela.

Suki:
- Você vai arriscar que o papai veja esse dragão sem finalizar e proíba de
terminar~? - brinca, levando a mão dele aos lábios.

Maianne Ribeiro:
- ...bem pensado. Vamos terminar hoje. - ele ri.

Suki:
- Vou pedir pro Salem ir comprar energético e petiscos, então~?

Maianne Ribeiro:
- Pode pedir. A noite vai ser longa!

Suki:
- Vou mandar uma mensagem pro papai, então. - ela sorri.

"Eu e o Ichiro vamos ficar juntinhos aqui no estúdio, então não esperem a gente pra
jantar, ok ~? Te amo!"
Maianne Ribeiro:
- Resolvido. - ele assente com a cabeça.

"certo tudo bem aproveitem"

qualquersuki:
Suki:
- Acho que ele entendeu de outro jeito. - e ri, mostrando a mensagem para o dragão.

Maianne Ribeiro:
- ...provável. - ele ri de leve. - Mas hoje não, hoje não.

Suki:
- Hoje temos outras prioridades~

Maianne Ribeiro:
- Exatamente. Arte, e tatuagem!

Suki:
- E nós dois tendo um tempo agradável e não-sexual juntos~

Maianne Ribeiro:
O rapaz sorri, dando um beijo na garota antes de voltar a focar no desenho,
alegre...

Suki:
As horas seguintes seriam entre vários desenhos e ajustes, bebidas e petiscos, e -
claro - várias publicações e fotos nas redes sociais de Leanne. Eventualmente, o
casal teria que desligar as notificações do celular de Ichiro, os números da rede
social do rapaz subindo mais rápido do que eles conseguiam acompanhar...

- Eu acho que não consigo mexer a perna... - Leanne murmura, depois das longas
horas em que passara sendo tatuada, o dragão brilhante contrastando com a pele
negra da menina, bastante vermelho e inchado ao redor. - ...mas ficou ainda melhor
do que eu imaginava... - e suspira, se apoiando nos braços para afagar o rosto de
Ichiro com uma das mãos, carinhosa. - Mas ainda não tão lindo quanto o original~

Maianne Ribeiro:
- Que... que bom que gostou... - ele ri baixinho, aproveitando o carinho, o braço
cansado caído ao lado do corpo. Depois de horas e horas tatuando, Ichiro estava
completamente drenado...

qualquersuki:
Suki:
- Vem cá, me dá seu braço aqui pra eu curar um pouco... - pede, preocupada.

Maianne Ribeiro:
- Não precisa, Lea. - ele ri, apesar de erguer o braço com certa dificuldade.

Suki:
- Precisa sim. Eu tenho que cuidar do meu futuro marido. - provoca, beijando-o de
leve antes de começar a massagear o braço de Ichiro, a magia aquecendo e relaxando
os músculos, curando a dor e o cansaço...

Maianne Ribeiro:
O rapaz solta um suspiro de alívio, fechando os olhos.
- Bem melhor...
Suki:
- Não precisa, Lea~ - provoca, imitando a voz dele.

Maianne Ribeiro:
- Não precisava mesmo, ora. - ele ri. - Mas não quer dizer que não ajude...

Suki:
- Se você estava com dor desse nível, é claro que precisava, Ichiro!

Maianne Ribeiro:
- É parte do trabalho. - ele dá de ombros.

Suki:
- Não é seu trabalho me fazer uma tatuagem desse tamanho de repente. - resmunga,
puxando a orelha dele.

Maianne Ribeiro:
- Ai, ai, não machuuuuuca~ - ri.

Suki:
- Já machuquei!

Maianne Ribeiro:
- Maldaaaaaaade~ - ri, bobo.

Suki:
- Então se comporta direito!

Maianne Ribeiro:
- Tô comportado, amor~

Suki:
- ...repete. - pede, aproximando o rosto do dele, boba.

Maianne Ribeiro:
- Tô comportado, amor... - ele sussurra, sorrindo de canto.

Suki:
- Quando você me chama de amor eu derreto... - ela suspira.

Maianne Ribeiro:
- A-mor~

qualquersuki:
Suki:
- Não, fala com mais jeitinho, baixinho, mansinho... - pede, manhosa.

Maianne Ribeiro:
O rapaz solta um risinho baixo antes de sussurrar pra Leanne.
- Amor...

Suki:
E isso faz com que ela puxe o ar entre os dentes, arrepiada, beijando o rosto de
Ichiro devagar em direção aos lábios dele, carinhosamente.

Maianne Ribeiro:
- Amor... - ele repete baixinho, colando os lábios aos dela, carinhoso.

Suki:
- Melhor a gente parar, antes que eu cole a sua boca em outro lugar, Ichiro... -
provoca, a respiração mais pesada.

Maianne Ribeiro:
- ...é. Hoje não. - ele ri, cansado, se afastando a contragosto. - Hoje a gente
precisa de cama pra dormir.

Suki:
- E curar essas tatuagens. - ela suspira, tocando o próprio dragão com as pontas
dos dedos, a magia cicatrizando tudo rapidamente

Maianne Ribeiro:
- Ficou linda, mas a dona é mais linda. - e pisca um olho.

Suki:
- O tatuador é ainda mais~

Maianne Ribeiro:
- Ora, obrigado~ - e ri, bobo. - Agora vamos, vamos pra cama.

Suki:
- Deixa eu curar sua tatuagem primeiro, então, vai ~

Maianne Ribeiro:
- Tuuuudo bem. - ele assente com a cabeça, trazendo a perna mais pra perto de
Leanne.

Suki:
A garota beija a tatuagem de leve, carinhosa, a mesma sensação e alívio se
espalhando pela pele de Ichiro enquanto a tatuagem cicatrizava, vibrante e em todo
seu resplendor...

Maianne Ribeiro:
O rapaz estremece, o sorriso se abrindo no rosto.
- É tão gostosinho~

qualquersuki:
Suki:
- A sensação da minha magia? - pergunta, curiosa.

Maianne Ribeiro:
- É. É gostosinho~

Suki:
- Ninguém nunca descreveu a sensação assim. - ela ri.

Maianne Ribeiro:
- Eu sou especial. - brinca.

Suki:
- Ah, isso é inegável ~

Maianne Ribeiro:
- Exatamente. - ele ri de leve, afagando a mão dela. - Cama?

Suki:
- Vamos. Você dorme no meu peito, hoje, pra descansar melhor. - provoca.

Maianne Ribeiro:
- Melhor travesseiro. - brinca, ficando de pé e se esticando.

Suki:
- Quer ajuda pra se alongar? - pergunta, prontamente descendo da maca.

Maianne Ribeiro:
- Aceito, sempre. - sorri.

Suki:
- Então vem aqui. - diz, se aproximando dele para ajudá-lo a se alongar, carinhosa,
porém firme..

Maianne Ribeiro:
O rapaz solta alguns resmungos com o alongamento, suspirando.
- E você, precisa de ajuda?

Suki:
- Eu tô de boa. - ela dá de ombros.

Maianne Ribeiro:
- Mesmo? Você ficou horas deitada, parada. - comenta.

Suki:
- E vou ficar mais algumas, dormindo~

Maianne Ribeiro:
- É diferente, Lea! - ri.

Suki:
- Eu me alongo no quarto, depois que tomar banho, então ~

Maianne Ribeiro:
- Tuuuudo bem, então. - ele ri de leve, beijando-a antes de puxá-la pra fora do
estúdio.

qualquersuki:
Suki:
- Mal posso esperar um banho quentinho e a nossa caminha~

Maianne Ribeiro:
- Nem me fala. Tô mortinho. - ele ri de leve, guiando a garota de volta.

Suki:
- Nós dois. - diz, boba.

Maianne Ribeiro:
- Dois mortinhos, prontos pra banho e caminha. - brinca.

Suki:
- A mimir~ - ela ri.

Maianne Ribeiro:
- A mimir~ - ele ri junto, bobo, entrando no quarto com Leanne.

Suki:
- Emboladinhos que nem dois gatos~

Maianne Ribeiro:
- Melhor coisa~ - ri, bobo.
Suki:
- Sim~

Maianne Ribeiro:
O rapaz ri de leve, beijando o rosto da garota antes de guiá-la até o banheiro, já
tirando a camisa no caminho.

Suki:
E Leanne prontamente o acompanha, risonha, vez o outra olhando o dragão na própria
coxa, boba.

Maianne Ribeiro:
- É pra lembrar de mim sempre que ver~ - Ichiro ri de leve.

Suki:
- Ah, por isso a carpa você fez na panturrilha? Que é pra nunca ter que olhar e
lembrar de mim~?

Maianne Ribeiro:
- Não, não é isso..! - ele ri, corando.

Suki:
- Tem certeza disso? Você não quer esquecer de mim, quer~?

Maianne Ribeiro:
- De jeito nenhum. - sorri, afagando o rosto dela. - Eu jamais esqueceria de você.

Suki:
- Jura~? - pergunta baixinho, boba

Maianne Ribeiro:
- Juro. - ele ri, dando um beijinho em Leanne. - Eu deixei minha marca em você pra
sempre, e você deixou a sua em mim.

qualquersuki:
Suki:
- Você deixou várias marcas em mim, Ichiro. - brinca, rindo.

Maianne Ribeiro:
- Mas essa aqui é permanente~ - ri.

Suki:
- As carpas também já eram, Ichi...!

Maianne Ribeiro:
- Mas essa aqui é diferente~

Suki:
- Bem diferente~ Toda especial~

Maianne Ribeiro:
- Exatamente. - ele ri, dando um beijinho em Leanne antes de terminar de tirar a
roupa, indo se banhar.

Suki:
E ela prontamente o segue, suspirando ao tocar o dragão do lado direito de seu
corpo, boba.
Maianne Ribeiro:
O rapaz sorri, observando-a enquanto lavava o corpo, suspirando com a água quente e
relaxante. "Tão bom..."

Suki:
- Vou deixar pra relaxar mais o seu corpo quando estivermos na cama. - diz,
começando a se lavar.

Maianne Ribeiro:
- Por favor, senão eu nunca vou sair daqui. - ri.

Suki:
- Exatamente o que eu pensei. - e ri também.

Maianne Ribeiro:
- Quer uma massagem, quando a gente for pra cama? - pergunta, sorrindo.

Suki:
- Se você fizer isso eu vou dormir e você vai ficar com dor. - ela suspira.

Maianne Ribeiro:
- Droga, você descobriu meu plano maligno. - brinca.

Suki:
- Nada disso, você tá muito mais cansado do que eu!

Maianne Ribeiro:
- Tudo bem, eu me rendo, eu me rendo. - ri, balançando a cabeça.

Suki:
- Bom garoto~ - provoca, afagando os cabelos dele.

Maianne Ribeiro:
- Assim eu vou acabar me cansando, não descansando... - ri.

qualquersuki:
Suki:
- Ichiro...! - ela gargalha, as bochechas vermelhas.

Maianne Ribeiro:
- É a verdade, ora. - ele ri, bobo.

Suki:
- Eu nem falei nada de mais!

Maianne Ribeiro:
- Talvez sim, talvez não~

Suki:
- Ichiro! Contenha-se! - ela gargalha.

Maianne Ribeiro:
- OK, ok, estou contido! - ri, entrando na banheira pra relaxar.

Suki:
- Continue assim! - diz, boba, indo se secar. - Vê se não derrete aí ~

Maianne Ribeiro:
- Não vou, juro. Só um tiquinho. - ri.
Suki:
- Por favor. Se dormir aí, vira sopa de dragão. - brinca.

Maianne Ribeiro:
- Não vou dormir, juro! Eu já vou! - ri.

Suki:
- Não demore! - insiste, indo se vestir.

Maianne Ribeiro:
- Não vou, não vou!

Suki:
- Se eu cair no sono sem você, vou ocupar a cama toda!

Maianne Ribeiro:
- Não, por favor não! - ri.

Suki:
- Então não demora!

Maianne Ribeiro:
- Não demoro! - ri, bobo.

De fato, Ichiro retornaria ao quarto poucos minutos depois, já seco, indo se


vestir.
- A banheira tava ótima...

qualquersuki:
Suki:
- Ótima mesmo, pela sua cara de relaxado. - ela provoca, se virando de barriga para
cima para respondê-lo, o celular em uma das mãos.

Maianne Ribeiro:
- Tá tão na cara assim? - ele ri, indo deitar ao lado dela.

Suki:
- Eu te conheço bem. - diz, boba, envolvendo o corpo dele com o próprio, carinhosa,
abraçando-o.

Maianne Ribeiro:
O rapaz sorri, se aninhando nos braços dela.
- Conhece mesmo...

Suki:
- Melhor do que ninguém ~? - pergunta, baixinho, aconchegada com ele.

Maianne Ribeiro:
- Melhor do que ninguém. - sorri, beijando-a de leve.

Suki:
- Digo o mesmo. - murmura, beijando a nuca dele, carinhosa, ao se ajeitar novamente
para dormir.

Maianne Ribeiro:
O rapaz sorri, fechando os olhos pra descansar.
- Boa noite, Lea...
Suki:
- Boa noite, Ichi... - sussurra, confortável.

Maianne Ribeiro:
Já faziam algumas semanas desde aquele dia quando Mitsuo chamara Leanne ao seu
escritório. O homem parecia um tanto preocupado e sério, talvez até inquieto...

Suki:
- Pai...? - chama, dando alguns toques antes de entreabrir a porta, visivelmente
hesitante. - Com licença.

Maianne Ribeiro:
- Pode entrar, querida. Sente-se, por favor. - pede.

qualquersuki:
Suki:
"Fudeu.", pensa, engolindo em seco antes de se sentar.

- Aconteceu alguma coisa...? - pergunta, a voz baixinha.

Maianne Ribeiro:
- Não. E é por isso que eu temo tanto. - ele sussurra, suspirando de leve,
colocando uma pequena sacola sobre a mesa.

Uma sacola roxa de veludo bastante familiar.

Suki:
Os olhos dela se abrem de imediato, as mãos indo tocar o tecido sem nem pensar,
puxando-o para si na altura do peito.

- Graças aos céus, finalmente... - sussurra.

Maianne Ribeiro:
- Eu não posso manter esse baralho trancafiado pra sempre... Mas pelos deuses,
Leanne, eu não quero que a história se repita. - sussurra.

Suki:
- Não vai, eu juro. Eu juro, pai, eu juro. - diz, assentindo várias vezes com a
cabeça. - Eu vou tomar cuidado, eu vou trocar a Imperatriz do baralho, eu juro...!

Maianne Ribeiro:
- Trocar a Imperatriz? Isso é possível..?

Suki:
- É, é sim. Eu... Eu andei pesquisando, mas precisava dos Arcanos pra perguntar...

Maianne Ribeiro:
- Mm... - ele suspira. - Então que seja feito. Eu farei o que for possível pra
ajudar.

Suki:
- Eu vou tomar cuidado. Prometo. - ela esboça um sorriso. - Talvez eu precise de
alguém pra se tornar a Imperatriz, ou de alguma ajuda, mas eu aviso. Juro.

Maianne Ribeiro:
- Eu farei o que puder. - diz, assentindo com a cabeça.

Suki:
- Obrigada, pai. - ela sorri, boba, apertando o baralho contra o peito.
Maianne Ribeiro:
- De nada, querida. - sorri. - Mas por favor, tome cuidado...

Suki:
- Eu vooooou, pai, eu promeeeeeto~

Maianne Ribeiro:
- Obrigado. - ele murmura, suspirando. - Era só isso.

Suki:
- De nada, pai. Eu que agradeço. - e ri, boba, claramente empolgada.

Maianne Ribeiro:
- De nada, querida. - sorri. - Agora vá, sei que está ansiosa pra rever suas
Arcanas.

qualquersuki:
Suki:
- Muito mais que só ansiosa! - e ri, boba, se levantando. Ela ainda dá a volta na
mesa, beijando o rosto de Mitsuo, antes de se afastar a passos rápidos para se
isolar no próprio cômodo...

Maianne Ribeiro:
"Essa menina... Eu só espero que não tenha cometido um erro," suspira, voltando aos
papéis.

Suki:
"Preciso de você no laboratório.", diz a mensagem de Leanne para Ichiro, horas
depois.

Maianne Ribeiro:
"No... Laboratório..?" ele pensa, franzindo a testa. O rapaz não demoraria a
aparecer lá, batendo na porta com cuidado.
- Lea? Chamou?

Suki:
- Pode entrar! - diz, sentada no chão enquanto organizava a ordem das cartas em
suas mãos.

Maianne Ribeiro:
- Licen-- Ei, isso é o baralho?! - o rapaz exclama, surpreso.

Suki:
- É sim! O papai devolveu, desde que eu não abusasse. - e assente com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Isso é bom, certo? - ele murmura, passando a mão nos cabelos.

Suki:
- É. - confirma. - E foi exatamente pra isso que eu te chamei.

Maianne Ribeiro:
- Pra isso? Pra que, exatamente? - pergunta, confuso.

Suki:
- Eu preciso de alguém que o baralho aceite como Invocador pra me transformar na
Imperatriz dele. - explica, mais séria, encarando Ichiro firmemente.
Maianne Ribeiro:
O rapaz a encara, surpreso.
- Pera, *você* vai virar uma arcana? Como?!

Suki:
- É. - e suspira. - Eu preciso de outra Imperatriz pro baralho, e eu não vou
prender mais ninguém nisso.

Maianne Ribeiro:
- Faz sentido, mas... - ele hesita, e então suspira. - É. Você está certa.

Suki:
- Ninguém precisa ficar condenado a uma eternidade no baralho. - sussurra,
estremecendo.

Maianne Ribeiro:
- Uma... Uma eternidade no baralho? Que história é essa, Lea?!

qualquersuki:
Suki:
- É. - ela suspira. - Quando as pessoas que são Arcanas morrem, elas vivem
eternamente dentro do mundo do baralho, junto com as outras. Ao menos até serem
trocadas, que aí deixam de existir.

Maianne Ribeiro:
- ...e você vai se prender ao baralho pra sempre..?

Suki:
- ...é. Eu não vou prender outra pessoa como Imperatriz pra expulsar a Caroline. -
murmura, desviando o olhar. - Eu não ousaria.

Maianne Ribeiro:
Ele suspira, passando a mão nos cabelos.
- ...isso é reversível? - pergunta. - Ou... Você vai ficar presa pra sempre?

Suki:
- Como eu sou a dona do baralho, enquanto eu estiver viva, eu vou ficar fora da
carta o quanto eu quiser. - e ri de leve. - ...depois que eu morrer... Aí é outra
história. Eu vou virar só uma Arcana.

Maianne Ribeiro:
- ...isso vai demorar bastante ainda, então... É um problema pro futuro. -
sussurra.

Suki:
Ela dá de ombros.

- ...mas é. Foi pra isso que eu te chamei. Eu preciso que você faça o encantamento.

Maianne Ribeiro:
- Eu faço. - sussurra. - Só me mostrar como.

Suki:
Leanne assente com a cabeça, se levantando para pegar o grimório, abrindo-o na
página correta antes de entregar o livro para Ichiro.

- Como o baralho é meu, provavelmente vai usar a minha magia pra isso, então... Eu
tenho certeza que vai ser o suficiente.
Maianne Ribeiro:
Ele assente com a cabeça, lendo a página com cuidado.
- ...certo. Eu consigo. - sussurra.

qualquersuki:
Suki:
- Certeza? - pergunta, o quarto ao redor dos dois parecendo oscilar e desaparecer.

Maianne Ribeiro:
"Quê..?"

- Certeza. Eu consigo. - ele assente com a cabeça.

Suki:
Leanne assente com a cabeça, murmurando alguns encantamentos antes que os círculos
de magia se abrissem sob seus pés.

- Pode começar, então.

Maianne Ribeiro:
O rapaz assente com a cabeça, começando a ler os encantamentos, concentrado, a
energia dançando ao seu redor.

Suki:
"Ele fica ainda mais bonito assim...", pensa, esboçando um sorriso enquanto sentia
o calor da magia de Ichiro passar por sua pele, um calafrio gostoso descendo por
sua coluna.

"É como um abraço... Só que mais quente e confortável..."

Maianne Ribeiro:
A magia envolve não só Leanne, mas também o próprio Ichiro, as cartas do baralho se
espalhando pelo ar, como que para recepcionar os dois...

Suki:
Isso faz os olhos da garota se arregalarem, olhando ao redor enquanto tentava
entender, até que a resposta surge em seu peito, o coração batendo no mesmo ritmo
do de Ichiro...

Maianne Ribeiro:
"É... É isso mesmo que devia acontecer..?" pensa, arrepiado, os olhos buscando os
de Leanne.

Suki:
Ela sorri quando os olhares se cruzam, satisfeita, a própria carta surgindo nas
mãos enquanto os pés voltavam a tocar o chão, o quarto surgindo aos poucos ao redor
dos dois.

- Isso... Isso foi incrível... - admite, ainda recuperando o próprio fôlego

Maianne Ribeiro:
- Foi. Foi... Inacreditável. - ele ri baixinho, se aproximando de Leanne. - Como se
sente?

Suki:
- Bem. Ótima, na verdade. - diz, sorridente, mostrando a própria carta para ele. -
Ela vai desaparecer em breve, então recomendo apreciar a beleza dela com atenção ~

Maianne Ribeiro:
- É linda mesmo. - ele ri de leve, observando a carta.

qualquersuki:
Suki:
Nela, aparecia Leanne de perfil, os cabelos crespos emoldurados por uma coroa
bastante grande, dourada, cravejada de joias...

Maianne Ribeiro:
- Linda. Absolutamente linda. Como a de verdade. - e ri, beijando o rosto dela.

Suki:
- Ichi...! - ela ri também, boba, as bochechas corando com o beijo enquanto a carta
em suas mãos desaparecia. - ...É estranho sentir o baralho como parte de mim, e ao
mesmo tempo me ver e me sentir aqui fora. - comenta

Maianne Ribeiro:
- Você consegue sentir o baralho, agora? - ele pergunta, curioso.

Suki:
Leanne assente com a cabeça.

- É como se... Se fossemos um só.

Maianne Ribeiro:
- Vocês são, de certa forma. Você é parte do baralho.

Suki:
- É, eu sei. Mas ainda é uma sensação estranha. - resmunga.

Maianne Ribeiro:
- Você vai se acostumar com o tempo, imagino. - sorri, beijando-a de leve.

Suki:
E o beijo a faz estremecer e arrepiar, os corações batendo juntos por um breve
instante.

- ...pelos céus... - sussurra.

Maianne Ribeiro:
- ...o que foi isso..? - sussurra, arrepiado.

Suki:
- Você... Você tem poder sobre o baralho, agora. Junto comigo. - explica baixinho,
sem afastar demais o rosto do dele. - Parte de mim te pertence, agora.

Maianne Ribeiro:
- Eu... eu tenho..? - ele sussurra, encarando-a. - Por quê..?

qualquersuki:
Suki:
- Porque essa conexão se formou quando você me transformou. Como se você ganhasse
autoridade o suficiente pra poder fazer isso.

Maianne Ribeiro:
- Então te transformar na Imperatriz me deu controle sobre o baralho..? Que...
inesperado. - ri.

Suki:
- Faz sentido ter acontecido, mas realmente: inesperado. - ela ri de leve, culpada.
- ...bom. Olha o lado positivo: agora eu tô nas tuas mãos~

Maianne Ribeiro:
- Toda minha~ - provoca, risonho, dando mais um beijo em Leanne.

Suki:
A garota ri em meio ao beijo, boba, segurando o rosto dele com as duas mãos.

- Agora eu preciso contar a notícia pro papai.

Maianne Ribeiro:
- Ele vai ficar feliz em saber que as coisas estão se resolvendo. - sorri.

Suki:
- E eu mais ainda em ter meu baralho de volta~!

Maianne Ribeiro:
- Ótimo. - ele ri de leve, bobo. - Aproveite.

Suki:
- E você também, seu bobo, que agora nós também somos seus~

Maianne Ribeiro:
- Eu sei, eu sei. - ele ri de leve. - Preciso me acostumar com isso.

Suki:
- Finalmente vamos poder voltar a treinar com a Justiça~ E finalmente vamos poder
revezar quem invoca ela~

Maianne Ribeiro:
- Vamos sim. - ele ri de leve, assentindo com a cabeça. - Vai ser divertido~

Suki:
- Vai, vai sim. E você vai precisar ser formalmente apresentado a todos os Arcanos,
depois!

Maianne Ribeiro:
- Formalmente apresentado? Como assim? - ri.

qualquersuki:
Suki:
- É jeito de falar, Ichiro...! - ela ri, acotovelando ele de leve como costumava
fazer. - Mas vamos invocar um por um pra você conhecer eles.

Maianne Ribeiro:
- Ceeerto, certo. - ele ri, assentindo com a cabeça. - Vou conhecer cada um.

Suki:
- Eu posso te dar uma aula teórica sobre eles, primeiro, se quiser. - provoca.

Maianne Ribeiro:
- Aceito. - ele ri de leve, assentindo com a cabeça.

Suki:
- Não quer passar vergonha? - provoca.

Maianne Ribeiro:
- De jeito nenhum, obrigado. - ele ri de leve.
Suki:
- Eles são compreensivos, eu juro. - e ri também.

Maianne Ribeiro:
- Espero que sejam mesmo, porque eu não faço ideia de onde eu me meti. - brinca.

Suki:
- Deu pra perceber. - provoca.

Maianne Ribeiro:
- Tá tão na cara assim~?

Suki:
- Na sua cara de paspalho? Sim~

Maianne Ribeiro:
- Minha— ei, xinga mais não ofende~

Suki:
- Paspalho~ - provoca.

Maianne Ribeiro:
- Eu não sou paspalho~

Suki:
- Prefere "idiota"~? - e sorri de canto.

Maianne Ribeiro:
- Não, de jeito nenhum. - ri.

qualquersuki:
Suki:
- Então paspalho. - e mostra a língua, infantilmente, ajeitando as cartas no bolso
do short antes de sair do cômodo, indo atrás de Mitsuo.

Maianne Ribeiro:
- Boboca~ - provoca.

Suki:
- Pfft, nem a Chiaki te xingaria assim!

Maianne Ribeiro:
- Mas eu te xingo~

Suki:
- ...não, Ichiro, não é bem assim que eu gosto que você me xingue, menos ainda no
corredor~

Maianne Ribeiro:
- Mas aí eu não faço no corredor~

Suki:
- Então não começa~

Maianne Ribeiro:
- Não fui eu quem começou~

Suki:
- Mas você quem continuou~
Maianne Ribeiro:
- A culpa ainda não é minha~

Suki:
- A culpa é sempre do homem, bobinho~

Maianne Ribeiro:
- Desde quando?!

Suki:
- Desde que eu aceitei namorar com você!

Maianne Ribeiro:
- Nada disso, nada de culpa sempre minha!

Suki:
- Nada disso o cacete! Digo e reafirmo: a culpa é sempre sua!

Maianne Ribeiro:
- Nunca será! Nunca! - ri.

qualquersuki:
Suki:
- Vamos ver, então~

Maianne Ribeiro:
- Vamos, vamos sim. - ele ri, beijando a garota.

Suki:
- Agora... seriedade. - brinca, ao pararem diante do escritório de Mitsuo, dando
alguns toques na porta.

Maianne Ribeiro:
- Seriedade.

- Pode entrar. - o homem responde pouco depois.

Suki:
- Com licença, pai. - murmura, entreabrindo a porta. - Tem um minuto?

Maianne Ribeiro:
- Tenho, tenho sim. - diz, encarando-a. - Pode falar.

Suki:
- Nós conseguimos me transformar na Imperatriz do tarô. - ela sorri, meio culpada.
- O Ichiro e eu somos os invocadores, agora.

Maianne Ribeiro:
O homem trava, encarando os dois.
- Vocês... o quê?!

Suki:
- ...é. Eu virei a Imperatriz. - diz, encolhendo os ombros e desviando o olhar.

Maianne Ribeiro:
- Leanne, pelos deuses..! Você se prendeu ao baralho!

Suki:
- Eu sei. - e suspira, cruzando os braços, ainda sem coragem de encará-lo. - Mas eu
não tenho coragem de condenar mais ninguém a isso.

Maianne Ribeiro:
- E não tinha mais nenhum outro jeito de resolver isso?

Suki:
Ela nega com a cabeça.

- Eu precisava de uma Imperatriz nova. Só tem um jeito de expulsar uma carta do


baralho e manter ele vivo, e é substituindo uma arcana por outra.

Maianne Ribeiro:
- Por _você_, Leanne?! - ele exclama, levando a mão ao rosto. - ...o que está
feito, está feito.

qualquersuki:
Suki:
- E quem você queria que eu colocasse? - resmunga, encolhendo os ombros um pouco
mais. - Você? _A mamãe?_

Maianne Ribeiro:
- Eu não sei, Leanne, mas que ao menos fosse pensado em uma alternativa viável!

Suki:
- Foi uma alternativa viável! - retruca. - Eu continuo viva, o baralho continua
vivo, o Ichiro tem acesso às cartas caso alguma emergência aconteça, não tem nada
de mais nisso! As cartas não mudam de dono sem autorização do anterior, sabia?!

Maianne Ribeiro:
- E você se coloca em perigo ao fazer isso! - exclama. - Era a última coisa que eu
queria, a minha filha em perigo, de novo!

Suki:
- Em perigo _por quê?!_ - pergunta, erguendo as mãos, nervosa, antes de deixá-las
caírem ao lado do corpo.

Maianne Ribeiro:
- Porque você é uma Arcana, Leanne, você é parte do baralho! E se algo acontecer ao
baralho?! E se você ficar presa na sua carta?!

Suki:
- Não vai acontecer! E se acontecer, o Ichiro é o outro Invocador, ele consegue
resolver! E eu só vou ficar presa na minha carta se o seu filho resolver me manter
em cativeiro, você acha que isso é algo que ele faria?!

Maianne Ribeiro:
O homem apenas balança a cabeça, exasperado.
- O que está feito está feito. Agora é torcer pra não haverem consequências. -
retruca.

Suki:
Ela respira bastante fundo, visivelmente se segurando para não continuar a
discussão, antes de dar as costas e sair, os passos pesados, batendo a porta atrás
de si.

"Eu preciso de um ar...", pensa, irritada, indo direto para a porta de casa para
calçar os próprios tênis.
Maianne Ribeiro:
- Onde você vai? - Ichiro pergunta, preocupado.

Suki:
- Pra rua. - responde, seca, ajeitando os cadarços, os movimentos brutos.

Maianne Ribeiro:
- ...tá. Eu vou te esperar em casa. - sussurra.

Suki:
- Me espera sentado. - e sai, sem sequer olhar para trás.

Maianne Ribeiro:
- ...quê? Lea, como assim, você não tá pensando em ir embora, tá?! - exclama.

qualquersuki:
Suki:
E ela não responde, batendo o portão atrás de si com violência sem dizer mais nada.

Maianne Ribeiro:
"...puta merda..." o rapaz estremece, voltando pra dentro. "Ela vai voltar... não
vai..?"

Suki:
E não voltaria.
Mesmo as ligações e mensagens seriam ignoradas, sem que a garota sequer as
visualizasse.

Na manhã seguinte, parte do guarda-roupas de Leanne estaria vazio, e o laboratório


teria sido parcialmente levado, deixando para trás apenas alguns livros. Até mesmo
parte das poções que deixara em estoque tinham sido levadas, juntamente com venenos
e antídotos, os bastões retráteis de treino também tendo desaparecido.

Maianne Ribeiro:
A primeira semana passa, assim como a segunda e a terceira, sem que Leanne voltasse
pra casa. Aos poucos, Mitsuo e Ichiro começam a sair com mais frequência à noite,
tentando encontrar sinais da garota, cientes de que eram os únicos que a enxergavam
como ela realmente era, e assim os únicos que tinham uma chance real de encontrá-
la, mas era em vão.

Enquanto isso, eram cada vez mais frequentes casos onde grupos de inquisidores eram
encontrados pela cidade, mortos depois de conflitos sangrentos. Era um desses
conflitos que Mitsuo corria para investigar, apressado, igualmente dividido entre a
vontade de encontrar Leanne e o desejo de não tê-la envolvida nesse tipo de
situação...

qualquersuki:
Suki:
Era como se Leanne simplesmente tivesse deixado de existir. Não haviam sinais nas
redes sociais, apenas uma sinalização de que entraria "de hiato por tempo
indeterminado", sem responder aos seguidores ou aparecer online. O último acesso
havia sido no dia em que saíra de casa, e desde então não deixara rastro algum.

A única coisa que mantinha a certeza de que ela estava viva era a ligação com
Ichiro, e as invocações noturnas de Arcanas variadas que o rapaz podia sentir,
sempre durante a madrugada, sendo a última constantemente A Papisa.

Naquela noite, porém, Mitsuo enfim descobre o que estava acontecendo. Cercada por
várias pessoas estaria sua filha e suas Arcanas, lutando ferozmente contra aqueles
que tentavam visivelmente assassiná-las.

No corpo de Leanne, vários cortes e hematomas, parte do abdome ensanguentado pelos


tiros que levara dos inquisidores já caídos sem vida, mais distantes do conflito
atual, o líquido rubro começando a escorrer pela calça cinza desbotada e surrada.

Maianne Ribeiro:
"...pelos deuses..." o homem estremece, assumindo a forma de dragão antes de entrar
ferozmente no campo de batalha, rasgando aqueles que ousavam ferir Leanne, o longo
corpo envolvendo-a para impedir que se ferisse mais.

qualquersuki:
Suki:
A garota ainda tenta ajudar, mas não consegue, temerosa em se impor e fazer o homem
se ferir.

Apesar disso, as Arcanas ressurgem ao lado do dragão, ajudando-o como podiam, até
que só sobre sangue ao redor do grupo.

E então, Leanne cai com um dos joelhos no chão, a mão apoiada no outro para tentar
se erguer, o joelho esquerdo tremendo violentamente.

- Não... Precisava... - ela ofega, erguendo o rosto suado e pálido para encarar
Mitsuo.

Maianne Ribeiro:
- Claramente precisava. - responde, usando a própria energia para fazer os
primeiros socorros enquanto voltava à forma humana. - Você vai pro hospital de
imediato.

Suki:
- Eu aguentava. - insiste, a mão livre indo ao abdome, no local onde fora alvejada,
tentando conter a dor e o sangramento, incapaz de se forçar a ficar de pé. - Eu não
preciso de hospital. Só... só a Papisa basta.

Maianne Ribeiro:
- Você precisa de um hospital. Sem discussão, Leanne. - diz, tomando a filha nos
braços sem cerimônias. - Meu carro está aqui perto.

qualquersuki:
Suki:
Isso arranca um gemido bastante alto de dor da garota, cuja mão se agarra nas
vestes de Mitsuo com violência, num misto entre se conter e tentar afastá-lo.

- Eu não preciso de porra nenhuma....! - rosna sem pensar, afetada pela dor intensa
pela forma em que se contorcia.

Maianne Ribeiro:
- Deixe de teimosia! - o homem grita, irritado. - Olhe o seu estado, Leanne, pelos
deuses!

Suki:
A garota estremece com o grito do pai, encolhendo os ombros e desviando o olhar,
ainda se segurando nas roupas dele com uma das mãos e estancando o sangue dos
próprios ferimentos com a outra, a respiração pesada.

"Não discute... Só... não discute...", pensa, cansada.

Maianne Ribeiro:
O homem não diz mais nada, usando a própria energia pra fazer os primeiros socorros
enquanto entrava no carro com a filha.
- Pro hospital. - ordena, sério, o veículo logo entrando em movimento.

Suki:
- ...se acalma... - resmunga baixinho, apoiando a cabeça no rosto dele, cansada.

Maianne Ribeiro:
- Eu estou tentando, Leanne. - sussurra, mantendo-a perto de si. - Olha o seu
estado...

Suki:
- Eu aguento. Eu já aguentei pior, esqueceu...? - e ri, sem graça, o corpo magro
estremecendo no colo dele.

Maianne Ribeiro:
- Não devia precisar aguentar. - sussurra. - Você perdeu peso, está se metendo em
brigas...

Suki:
- Não são brigas... - ela suspira, cansada. - É guerra, é diferente...

Maianne Ribeiro:
- É, é diferente. É pior. - sussurra.

qualquersuki:
Suki:
- Eu não tenho opção. - e ri, fraca, frustrada. Mas ao mesmo tempo, um riso cheio
de ódio, de sede de vingança. - São eles ou a gente.

Maianne Ribeiro:
- Tem a opção de não se meter nisso. - responde.

Suki:
- Não, eu não tenho. Nós dois sabemos que eu não tenho.

Maianne Ribeiro:
- Você podia estar em casa, segura. - responde.

Suki:
- Eu estava em casa esse tempo todo e vindo pra rua do mesmo jeito. - diz, culpada.

Maianne Ribeiro:
- ...Você o quê..?!

Suki:
- Eu estava em casa esse tempo todo e já estava agindo na rua do mesmo jeito. -
sussurra. - ...desde que eu ouvi uns rapazes contando sobre os nazinquisidores.

Maianne Ribeiro:
- Leanne..! Pelos céus, você não devia estar se metendo nisso!

Suki:
- Nós dois sabemos que isso tem dedo da Caroline, pai. É minha _obrigação_ combater
isso. - e suspira, a voz desafinando.

Maianne Ribeiro:
- Não, não é, sua obrigação é ficar o mais longe disso possível! - retruca.
Suki:
- Minha obrigação é matar essa filha da puta. É isso que é. - diz, o corpo
tensionando de imediato e fazendo-a resmungar de dor.

Maianne Ribeiro:
- Sua obrigação é ficar viva, e longe dela. - responde, balançando a cabeça.

Suki:
- Eu vou ficar. Sete palmos acima dela, inclusive. - e ri, cruel.

Maianne Ribeiro:
- Deixe que eu lido com a Caroline. Você fica longe disso. - retruca.

Suki:
- Você não vai lidar com ninguém. Ela é _minha_. - retruca.

Maianne Ribeiro:
- Você não devia estar sujando as suas mãos.

Suki:
- E eu achei que você estava tentando limpar as suas.

Maianne Ribeiro:
- Eu estou, mas é o meu dever proteger os meus filhos.

qualquersuki:
Suki:
- Sua filha sabe se proteger sozinha. Eu não vou deixar ela matar mais ninguém, se
eu puder evitar.

Maianne Ribeiro:
- Leanne, pelos deuses, eu estou tentando te manter longe de encrenca. - ele
retruca, incomodado, saindo do carro com a garota no colo assim que o veículo
estaciona.

Suki:
- Não é en---! - e grunhe, cerrando os dentes com a dor, encolhendo o corpo por
reflexo. - ...n-não é encrenca, é meu dever...

Maianne Ribeiro:
- É encrenca. - repete, balançando a cabeça.

Suki:
- E-encrenca eu arranjo c-com você, velhote... - provoca, a voz mais fraca. - C-com
ela é destino...

Maianne Ribeiro:
- ...Leanne, por favor. Não insista nisso. - ele pede, levando a garota pra dentro
do hospital.

Suki:
- E-eu fujo depois... - resmunga, se calando quando a equipe se aproxima com uma
maca, já alertados sobre o confronto...

- O senhor precisa de cuidados, senhor Shiryuu? - um dos rapazes pergunta,


preocupado.

Maianne Ribeiro:
- Não, eu estou bem. É minha filha quem precisa. - diz. - Examinem-a por completo.
Suki:
- Sim, senhor. De imediato. - e se afastam com Leanne, que lança um olhar temeroso
ao pai, o rosto pálido...

Maianne Ribeiro:
O homem se larga em uma das cadeiras da área de espera, preocupado, mandando uma
mensagem pra Setsuna. "achei a leanne trouxe no hospital tá bem"

qualquersuki:
Suki:
"Chego em breve.", responde, pouco depois.

- ...graças aos céus... - pensa, aliviada, levando uma das mãos ao rosto enquanto
deixava as lágrimas escorrerem....

"Nossa filha, finalmente..."

Maianne Ribeiro:
O homem suspira, passando a mão no rosto. "Ela não precisava vir, mas... Eu
entendo..."

Suki:
Os minutos se passam, até que quem aparece andando pelo corredor....

... é Salem, o gato cambaleando um pouco enquanto se aproximava de Mitsuo.

- ...chame o Ichiro. - é tudo que ele diz, saltando para o banco ao lado do dele e
se enrolando no próprio corpo.

Maianne Ribeiro:
- O Ichiro..? - pergunta, franzindo a testa, apesar de fazer como o gato pedira.

Suki:
- E a Setsuna. Sim. - murmura. - A Chiaki pode receber a notícia depois.

Maianne Ribeiro:
- A Setsuna já está vindo. - sussurra, estremecendo. - O que está acontecendo?

Suki:
- Ela está bem. Se vai ficar bem, depende da reação de vocês. - responde,
enigmático.

Maianne Ribeiro:
- Como... Como assim? Salem, não é hora pra mistérios!

Suki:
- Não é nada de ruim, eu prometo. - ele suspira, cansado.

Maianne Ribeiro:
- Não parece. Claramente não parece...

- Pai! A Leanne tá bem?! - Ichiro pergunta, entrando no hospital, apressado.

- Vai ficar. Estão cuidando dela.

Suki:
- Tem certeza disso? - Setsuna pergunta, prontamente se aproximando para segurar o
rosto do marido entre as mãos, preocupada. - Ela se feriu? Você se feriu?
Maianne Ribeiro:
- Eu não. Ela se feriu, mas nada muito grave ou que ofereça risco de vida. -
murmura.

- Merda, pai..!

Suki:
- Ela está bem. - o familiar quem diz, se sentando para encarar os presentes. - Mas
eu recomendo que todos se sentem para a notícia que eu vou dar. - diz, descendo da
cadeira para se posicionar de frente para os bancos.

- Salem, não fale assim... - pede, preocupada, as pernas trêmulas guiando Setsuna
até a cadeira ao lado de Mitsuo, a mulher prontamente segurando a mão do marido.

Maianne Ribeiro:
Ichiro engole em seco, se sentando.
- Desembucha, Salem.

qualquersuki:
Suki:
O gato suspira, coçando os bigodes de leve.

- A Leanne está grávida. - diz, sem rodeios.

Maianne Ribeiro:
- A Le-- Quê?! - Ichiro exclama, corando violentamente.

- ...pelos céus, vocês dois..!

Suki:
- Ela está grávida. Desconfiaram de algo no raio x, e confirmaram com o exame de
sangue. - diz, sereno, sem se deixar afetar pela reação dos dois.

- ...o bebê está bem? A minha filha está bem?! - pergunta, nervosa, apertando a mão
de Mitsuo.

- Estão. Por pouco as balas não alcançaram nada grave.

Maianne Ribeiro:
- ...eu vou ser pai..!

- Vai, e acho bom aprender rápido. - Mitsuo resmunga. - Eu não vou criar o seu
filho.

- C-claro, pai..!

Suki:
- Querido... - Setsuna repreende, encarando-o. - Nós não vamos criar o nosso neto,
e isso é óbvio, mas ao menos vamos ensinar os nossos filhos. Nós tivemos falha
nisso, também.

- A Leanne está cogitando um aborto, se for melhor pra todos. - o gato diz,
arrepiando os pelos.

Maianne Ribeiro:
- Mas de jeito nenhum. - Mitsuo retruca de imediato. - Meu filho vai criar essa
criança como deve.
- É claro que vou, óbvio! - Ichiro exclama.

Suki:
- E sua filha também. _Nossos filhos_ vão. - Setsuna insiste, mais severa,
apertando a mão do marido.

- ...mm. Não parece uma boa notícia, como eu achei que talvez fosse. - diz,
balançando a cauda suavemente de um lado para o outro. - Setsuna, você parece
minimamente feliz, ou é impressão minha?

- Ter um bebê na casa de novo vai ser um prazer. - ela admite, sorrindo
carinhosamente. - Uma nova vida para cuidar, criar e ensinar, agora como avó, é um
sonho....!

Maianne Ribeiro:
- E-eu estou feliz! Só estou... em choque, eu acho. - Ichiro ri de leve, sem jeito.

- ...hmpf. - Mitsuo resmunga.

Suki:
- Tem certeza disso? Ainda estamos no hospital, isso pode ser remediado. - murmura.

- Salem, por favor, pare com isso....!

- Só estou me certificando, oras. Um filho é algo irreversível. - resmunga.

Maianne Ribeiro:
- Tenho. - Mitsuo insiste. - A criança será criada pela família.

qualquersuki:
Suki:
- Eu vou falar isso pra ela, então. Espero que ela me escute. - e suspira.

Maianne Ribeiro:
- Também espero. - resmunga.

Suki:
- Alguém quer tentar falar com ela enquanto o restante dos exames não saem? Estão
extraindo as balas agora. - explica.

- Eu quero vê-la o mais rápido possível.

Maianne Ribeiro:
- Eu também vou. - Ichiro assente com a cabeça, ficando de pé.

Suki:
- Mitsuo? - o gato pergunta, encarando-o.

Maianne Ribeiro:
- ...eu vou depois. Três pessoas é demais. - suspira.

Suki:
- Tudo bem. Eu vou ficar aqui te fazendo companhia. - murmura. - Quarto 207. -
adiciona, encarando os outros dois.

- Obrigada, Salem. Eu já volto, querido. - diz, beijando o rosto de Mitsuo


gentilmente antes de se afastar com Ichiro.

Maianne Ribeiro:
- ...não precisa. - o homem suspira.

Ichiro suspira, acompanhando a mãe, apreensivo. "Um filho..!"

Suki:
- Eu sei que precisa. Seus sentimentos estão confusos, e seu cheiro deixa isso
visível.

-=-

- Leanne? - ela chama, dando alguns toques na porta ao ver os médicos saindo com
algumas bandejas ensanguentadas. - Podemos entrar?

- Pode, mãe... - responde baixinho, sem força alguma, fitando o teto desanimada.

Maianne Ribeiro:
- ...meus sentimentos não estão confusos. - sussurra.

-=-

- Licença. - Ichiro sorri de leve, sem jeito, entrando no quarto também.

Suki:
- Mistos, que seja. Dá pra ver que você está sentindo muitas coisas ao mesmo tempo.

-=-

E ela nem sequer se vira para encará-los, a mão sobre o abdome na região de onde as
balas haviam sido retiradas, agora com um curativo, respirando devagar.

- Como você está, querida? - pergunta, se aproximando para afagar os cabelos dela,
preocupada. - O Salem nos deu a notícia.

Maianne Ribeiro:
- Isso eu estou. - suspira, massageando as têmporas.

-=-

- É. Eu já tô sabendo também. - o rapaz sussurra, se aproximando. - Tá tudo bem com


você e com a criança, né..?

qualquersuki:
Suki:
- Coloque para fora. É muita coisa para um coração só sentir, e uma mente só
processar.

-=-

- ...é. Tudo. - e ri, fraca, os olhos se enchendo de lágrimas antes que ela os
fechasse.

Maianne Ribeiro:
- ...minha filha desaparece por mais de um mês, e eu a encontro num conflito com
inquisidores, extremamente mal nutrida, e ainda grávida. - sussurra.

-=-

- ...claramente não tá. - ele sussurra, afagando a mão dela de leve. - É... é bom
te ver de novo. - sussurra.
Suki:
- Todas as informações são chocantes e problemáticas por si só. A junção delas é um
problema gigantesco.

-=-

- ...mm. Também. - murmura, fechando a mão na tentativa de evitar o carinho dele.

- Leanne, por favor. Fale conosco. Dá pra ver que você está se torturando. - diz,
suave, secando o rosto da filha com um lenço, cuidadosa.

- ...o papai já arrumou minhas malas pra me colocar pra fora? - pergunta, a voz
fraca, um risinho debochado e amedrontado escapando entre seus lábios.

Maianne Ribeiro:
- Exatamente. Eu... eu nem sei o que fazer. Não sei nada...

-=-

- Te... te botar pra fora? Ficou maluca?! - ele exclama, encarando-a.

Suki:
O gato ri de leve, os bigodes balançando.

- A Leanne virou a sua vida de cabeça para baixo, não foi? Você, a sua família, as
suas crenças. Tudo.

-=-

- É bem óbvio que vai. Ou ao menos deveria. - e ri de novo, fechando os olhos


novamente.

- Seu pai jamais faria isso. Ele está preocupado, preocupadíssimo, e até um pouco
magoado por tudo que aconteceu. - Setsuna diz, no tom suave e gentil que sempre
usava. - Mas ele te ama, e só quer o seu bem. Todos nós.

Maianne Ribeiro:
- Completamente... - suspira, deixando os ombros caírem.

-=-

- Ele nunca te botaria pra fora, ainda mais grávida. E eu não deixaria. - Ichiro dá
de ombros. - Você vai voltar com a gente. Voltar pra casa.

qualquersuki:
Suki:
- E você se arrepende dessa adoção? Prefere que ela volte para Londres?

-=-

- Você não manda em nada, Ichi. Nenhum de nós manda.

- Pois saiba que _eu_ jamais deixaria. - insiste, tentando acalmá-la.

Maianne Ribeiro:
- Jamais. - responde, firme.

-=-
- Aí, viu? A mamãe também não deixaria. - responde. - E o papai já disse que nós
vamos criar esse filho, ele não te expulsaria.

Suki:
- Tem certeza disso? Porque é bem óbvio que a Caroline quer a filha dela de volta.
- murmura, a cauda balançando atrás de si suavemente, ondulando de um lado para o
outro. - E se tudo isso for demais para você aguentar, o exorcismo vai fazê-la
esquecer.

-=-

- Eu não tô preparada pra ser mãe... - ela sussurra, amedrontada.

- Eu também não estava, nem quando engravidei do seu irmão, nem quando engravidei
da sua irmã. - Setsuna ri baixinho, tentando confortar Leanne. - Maternidade é algo
que se aprende.

Maianne Ribeiro:
- Ela só vai tirar a Leanne de mim quando eu morrer. - responde, sério.

-=-

- Você não vai estar sozinha. - Ichiro murmura, continuando o afago.

qualquersuki:
Suki:
- Acho que mesmo depois disso o Ichiro não deixaria. - e suspira, apoiando a cabeça
sobre as patas. - ...as suas respostas vão ajudar a acalmar a Leanne. Obrigado.

-=-

- É... - murmura, esboçando um sorrisinho, enfim retribuindo o toque dele. - A


gente vai apanhar muito até aprender...

- A descoberta é parte da graça, eu juro. - e ri, os ombros relaxando um pouco.

Maianne Ribeiro:
- Não, não deixaria. Eu conheço meu filho. - murmura, suspirando. - De nada.

-=-

- Imagino. - ele ri, sem jeito. - ...É... É menino ou menina?

Suki:
- Mm. Acho que você deveria me seguir até o quarto. A Leanne fez uma decisão
importante em relação à criança. - diz, ficando de pé.

-=-

- É... É um menino. - murmura, o olhar indo até Ichiro.

- Ah, que benção...!

Maianne Ribeiro:
- ...uma decisão importante..? - ele franze a testa, apesar de ficar de pé.

-=-
- Um menino..! - Ichiro sorri, bobo. - Ele vai treinar com a gente!

Suki:
O gato mia baixinho, assentindo com a cabeça antes de se apressar para o quarto de
Leanne, induzindo Mitsuo a acompanhá-lo rapidamente.

-=-

- Se fosse menina treinaria do mesmo jeito! - reclama.

Maianne Ribeiro:
"Que tipo de decisão..?!" pensa, apreensivo, seguindo Salem.

-=-

- ...É, ia sim. - ele ri, sem jeito. - Desculpe.

qualquersuki:
Suki:
A garota ri baixinho, balançando a cabeça de leve.

- Não comece a ficar como o nosso pai antes da hora.

- E falando nele, nós chegamos. - Salem anuncia.

Maianne Ribeiro:
- O papai é meu exemplo pra muita coisa. - ele murmura, passando a mão nos cabelos.

- ...hmpf. - o homem resmunga de leve. - Como se sente, Leanne?

qualquersuki:
Suki:
- Bem melhor depois das suas respostas. - murmura, esboçando um sorriso culpado
enquanto se apoiava nos braços para se sentar. - ...mas eu preciso te pedir uma
coisa muito importante, pai.

Maianne Ribeiro:
- ...hmpf. O que é..? - pergunta, encarando-a.

qualquersuki:
Suki:
- Eu quero que o bebê tenha seu nome. - diz, erguendo o olhar para encontrar o do
pai.

Maianne Ribeiro:
Os olhos de Mitsuo se abrem em choque, o queixo caindo devagar, a expressão
embasbacada.
- N... Nani..? - ele balbucia, os olhos se enchendo de lágrimas.

Suki:
A garota ri baixinho, as bochechas vermelhas enquanto os próprios olhos se enchiam
de lágrimas.

- É. Eu... Eu quero que ele tenha o seu nome, pra que ele seja um grande homem como
você é. - e sorri mais abertamente, boba.

Maianne Ribeiro:
- L... Lea... Eu... Ah...
O homem não consegue verbalizar a resposta, apenas desviando o olhar e dando um
aceno positivo de cabeça. "Meu nome...pro meu neto..."

Suki:
Isso faz Leanne rir de novo, boba, se empurrando até a beirada da cama antes de
passar um dos braços por cima dos ombros de Ichiro e ficar de pé apoiada nele.

- Deixa eu dar um abraço nesse velho... - brinca, rindo e chorando, boba.

Maianne Ribeiro:
Ichiro solta um risinho, guiando Leanne até o pai. Assim que os dois se aproximam o
suficiente, Mitsuo toma a filha pra si, o rosto enterrado em seu ombro enquanto
deixava as lágrimas caírem, num misto de felicidade e alívio...

Suki:
- Agora eu não posso mais fugir de casa, nem me meter em encrenca por algum
tempo... - brinca, a voz trêmula e chorosa, Leanne se agarrando em Mitsuo. -
Aproveita...

Maianne Ribeiro:
- Você... Você n-não ousaria... - sussurra, soltando um riso fraco, a voz embargada
de choro.

Suki:
- N-não me testa... E-eu largo o Mitsuo no colo dos avós e saio...! - provoca.

Maianne Ribeiro:
- N-não ouse. - resmunga, se recompondo.

Suki:
- Nem se for ele no meu colo e eu no de vocês...? - brinca, manhosa, ainda agarrada
nele.

Maianne Ribeiro:
- Nesse caso você não sairia. - ele resmunga baixinho, mantendo a filha perto de
si.

qualquersuki:
Suki:
- ...jura que não vai me deixar ir...? - pede, a voz fraca.

Maianne Ribeiro:
- Juro. Você só vai pra casa. - sussurra.

Suki:
- Pra nossa casa...? - insiste.

Maianne Ribeiro:
- Pra nossa casa. - ele diz, firme. - A casa da nossa família.

qualquersuki:
Suki:
- Dos dois Mitsuos? - brinca.

- Dos dois. De todos nós. - Setsuna diz, se aproximando a passos leves.

Maianne Ribeiro:
- Exatamente. De todos nós. - suspira, afagando os cabelos da filha.
Suki:
- ...valeu, pai... - murmura, apertando o abraço ao redor dele, carinhosa. - A
gente já pode ir...? Eu preciso comer e dormir...

- Depende, você já fez todos os exames? Seus e do bebê?

- Ah, mãe, hoje não... - reclama.

Maianne Ribeiro:
- Hoje sim. Especialmente hoje, depois do estado que eu te encontrei. - resmunga.

Suki:
- Por favoooooooooorr~ - pede, manhosa. - Eu volto depois de amanhã, eu juro!

- Ara, ara, que menina... - Setsuna ri, balançando a cabeça de leve.

Maianne Ribeiro:
- Não. Você precisa terminar os exames antes de ir pra casa. - Mitsuo insiste.

Suki:
Ela revira os olhos, cruzando os braços.

- Tudo bem, tudo bem... - e suspira. - Já colheram os exames de sangue, agora falta
a ultrassom.

Maianne Ribeiro:
- Ótimo. Nós vamos ficar com você até terminarem tudo. - murmura.

Suki:
- Promete...? - pede, mordendo o lábio inferior, hesitante.

Maianne Ribeiro:
- Prometo. Só vamos embora todos juntos. - ele assente com a cabeça.

qualquersuki:
Suki:
Isso faz a garota esboçar um sorriso aliviado.

- Tudo bem. Eu... Eu vou voltar a deitar, então, antes que eu desabe. - murmura,
culpada, caminhando de volta para a maca.

Maianne Ribeiro:
- Eu te ajudo. - diz Ichiro, levando a menina de volta.

Suki:
- Obrigada, Ichi. - murmura, corando de leve. - ...eu senti saudades.

Maianne Ribeiro:
- Não foi a única, sabia? - ele resmunga baixinho, deitando-a na cama. - Eu revirei
essa cidade dia após dia...

Suki:
- Eu sou muito boa em me esconder... - e ri, erguendo a mão para tocar o rosto
dele, carinhosa. - E em arrumar confusão também.

Maianne Ribeiro:
- Não é pra arrumar confusão sem mim. - provoca.

- Ichiro..!
Suki:
- Pode deixar, você vai ser o alvo e eu vou te dar cobertura de longe com os
Arcanos. - e pisca um dos olhos.

Maianne Ribeiro:
- Resolvido. - ri.

- Nada disso, eu não quero nenhum dos dois se metendo em confusão!

Suki:
- Eu vou me meter nessa guerra você querendo ou não, grávida ou não. Ou o Ichiro
vai comigo e eu fico de longe, ou eu mesma vou pra guerra. Pode escolher. -
resmunga, mais séria, encarando Mitsuo.

Maianne Ribeiro:
- Vocês dois vão ficar em casa, e eu vou resolver isso. - retruca, igualmente
sério.

Suki:
- Se o seu plano é me trancar em casa, me avisa agora logo que eu já nem volto. -
diz, estreitando os olhos, irritada.

Maianne Ribeiro:
- Leanne, você está grávida! - o homem exclama. - Eu não vou deixar você se
arriscar!

qualquersuki:
Suki:
- E eu não vou ficar parada enquanto a minha mãe coloca as garras dela no nosso
território! - retruca, erguendo a voz antes de bater no peito. - É a MINHA MÃE,
MITSUO! É MEU PROBLEMA!

Maianne Ribeiro:
- É um problema da família, e a família vai resolver! - ele retruca, a voz afiada.

Suki:
- EU SOU PARTE DA FAMÍLIA, VOCÊ QUERENDO OU NÃO! - rosna, a mão fechada acertando
de lado a parede, a respiração mais pesada.

Maianne Ribeiro:
- VOCÊ NÃO ESTÁ EM CONDIÇÕES DE SAIR PRA CONFLITOS, LEANNE, PELOS DEUSES! - o homem
grita, frustrado. - Tenha juízo!

Suki:
Ela enche o peito para gritar novamente, mas Setsuna a impede, se colocando entre
os dois e erguendo uma das mãos.

- Já chega, por favor. Não é hora pra isso. - diz, suave. - Primeiro a sua saúde e
a do bebê, querida. Essa discussão pode acontecer depois.

Maianne Ribeiro:
O homem solta um suspiro exasperado, se encostando na parede. "Essa menina..!"

Suki:
Os minutos se passam, silenciosos, onde só se ouvia a respiração pesada de Leanne.

- ...desculpa ter gritado com o senhor. - diz, enfim, culpada. - A gente vai
conversar isso direito, depois, e chegar num acordo. Prometo.
Maianne Ribeiro:
Mitsuo respira fundo, passando a mão no rosto.
- Tudo bem. Nós vamos conversar com mais calma. - murmura.

Suki:
- Eu não... Eu não quero colocar o Mit em perigo. - murmura, levando uma das mãos à
barriga. - Eu... Eu quero uma família bonita como a nossa, também.

Maianne Ribeiro:
- ...por favor. A última coisa que eu quero é perder vocês nesse conflito. - ele
sussurra, engolindo em seco.

qualquersuki:
Suki:
- Não vai, eu juro. Eu juro, você não vai perder nenhum de nós... - e suspira,
trêmula. - Eu também não quero perder ninguém...

Maianne Ribeiro:
- ...por favor. - o homem pede baixinho, escondendo o rosto com a mão.

Suki:
- Eu juro. Eu juro...

- Nenhum de nós vai morrer. - Setsuna diz, afagando as costas de Mitsuo suavemente,
tentando confortá-lo. - Esse tempo sem notícias suas já foi desesperador o
suficiente. - e suspira.

Maianne Ribeiro:
"Até demais..." pensa, o toque da esposa acalmando-o.

- Você vai fazer os exames, a gente vai pra casa, e daí pensamos nos próximos
passos. - Ichiro sussurra, sentando ao lado de Leanne e afagando-lhe os cabelos.

Suki:
A mulher cantarola baixinho, encostando a cabeça no ombro dele, carinhosa.

Enquanto isso, Leanne apenas assente com a cabeça, deixando um suspiro trêmulo
escapar antes de se encostar melhor na maca.

- Só de descobrir a gravidez eu já me sinto mais pesada e cansada... - admite

Maianne Ribeiro:
- Imagina quando a gravidez avançar mais. - ele ri de leve, continuando o carinho.

Suki:
- Vou andar que nem um patinho~

Maianne Ribeiro:
- A patinha mais fofa do mundo. - provoca, risonho.

Suki:
- E a maior do mundo, também, pelo jeito! - brinca.

Maianne Ribeiro:
- Talvez. - ele ri baixinho, afagando os cabelos dela.

Suki:
- Vou comprar um macacão de patinha~
Maianne Ribeiro:
- Vai ficar lindo. - ri.

Suki:
- Vou ter que mandar fazer pro meu tamanho, né!

Maianne Ribeiro:
- Isso a gente resolve fácil. - ri.

qualquersuki:
Suki:
- Tenho certeza que conseguiremos costureiras dispostas a fazer todas as roupas que
você quiser, querida.

- ...opa, agora eu gostei! - e ri, boba.

Maianne Ribeiro:
- Aí, viu? Vai ter todos os mimos e gostos. - Ichiro sorri.

Suki:
- E os desejos de comer coisas estranhas?

- Vamos deixar a cozinha avisada para qualquer coisa.

- ...uau. To começando a gostar de estar grávida!

Maianne Ribeiro:
- A gente não ia deixar você só no desejo. - o rapaz ri.

Suki:
- Eu sei, mas isso aqui já tá virando mimo!

Maianne Ribeiro:
- É o essencial~

Suki:
- Ichiro...! - ela ri, boba, corando.

Maianne Ribeiro:
- Não menti, menti? - ele ri de leve, dando um beijo suave em Leanne.

Suki:
- ...me beija de novo. - pede, manhosa, fechando os olhos.

Maianne Ribeiro:
- Sempre que quiser. - sussurra, beijando-a.

Suki:
- Eu senti tanta falta disso... - admite, a voz trêmula, os olhos ainda fechados. -
Do abraço do papai, do cafune da mamãe, da voz da Chiaki...!

Maianne Ribeiro:
- Não precisa mais sentir falta. - ele sussurra, sorrindo de leve. - Você vai
voltar pra casa.

qualquersuki:
Suki:
- Pra nossa casa. Nosso lar. - diz, assentindo de leve com a cabeça.
Maianne Ribeiro:
- Exatamente. Nosso cantinho... Apesar de ser uma mansão enorme. - brinca.

Suki:
- Bota mansão e bota enorme nisso. - ela ri.

Maianne Ribeiro:
- Exatamente. - ele ri. - A Chiaki tá morrendo de saudade também, todo dia ela
pergunta quando a Lea vai voltar.

Suki:
- O que vocês disseram pra ela...? - pergunta, preocupada.

- Que você precisava de um tempo sozinha, e que ainda não tinha decidido voltar. -
Setsuna explica. - Mas ela é uma menina esperta, eu tenho certeza que entendeu que
não era isso.

Maianne Ribeiro:
- Chegando em casa, você vai dar um abraço nela. - sorri. - Aposto que ela vai tar
acordada.

Suki:
- Espero, mesmo... - diz, esboçando um sorriso. - E contar do sobrinho!

Maianne Ribeiro:
- Ela vai adorar. - ri. - Os dois vão ser próximos em idade.

Suki:
- Não muito próximos, vai. - resmunga.

Maianne Ribeiro:
- Bem, mais ou menos. - ele ri de leve. - Não tão próximos quanto eu e a Chiaki,
mas próximos o bastante.

Suki:
- Oito anos é coisa demais, Ichiro. - ela nega com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Eu tenho sete anos de diferença pra Chiaki, falo por experiência!

Suki:
- Sete não é oito!

Maianne Ribeiro:
- É quase a mesma coisa! - ri.

qualquersuki:
Suki:
- Sete não é oito! - insiste.

Maianne Ribeiro:
- Eu falei "quase". - ri.

Suki:
- Sete não é oito! - repete, infantil, claramente provocando Ichiro.

Maianne Ribeiro:
- Chaaaata. - ele ri, afagando os cabelos dela.
Suki:
- Olha quem fala. - resmunga.

Maianne Ribeiro:
- Eu? Eu sou um anjo~ - ri.

Suki:
- Você tem asas e voa, mas não como um anjo!

Maianne Ribeiro:
- Mas sou quase como um~

Suki:
- Quase como um demônio, só se for~

Maianne Ribeiro:
- Nossa, que maldade com o pai do seu filho~

Suki:
- Maldade vai ser se ele puxar a sua cara feia~

Maianne Ribeiro:
- A minha cara linda? Vai ser ótimo~

Suki:
- Que os deuses o livrem~

Maianne Ribeiro:
- Melhor que puxe o seu rostinho lindo, mesmo~

Suki:
- Que bom que você sabe~

Maianne Ribeiro:
- E como sei. Olho pra esse rostinho todo dia~

qualquersuki:
Suki:
- Nem todo dia, eu fiquei mais de um mês fora~

Maianne Ribeiro:
- ...bem, isso é verdade. - ele ri de leve, afagando o rosto dela. - Mas agora eu
vou olhar todo dia de novo~

Suki:
- E eu vou olhar pra sua, em troca. Que triste, que triste~

Maianne Ribeiro:
- A minha cara linda~

Suki:
- Já falamos sobre isso! - e ri.

Maianne Ribeiro:
- Já, mas eu preciso insistir que sou lindo. A mamãe acha que eu sou~

Suki:
- Vocês dois são, querido. - Setsuna ri, olhando para a porta quando ela se abre,
uma mulher trazendo uma maleta com rodinhas em uma das mãos.

- Boa noite, senhor Shiryuu. - ela murmura, educada, fazendo uma mesura profunda. -
Eu vim fazer o exame da sua filha.

Maianne Ribeiro:
O homem faz uma mesura leve, assentindo com a cabeça.
- Por favor, e obrigado.

qualquersuki:
Suki:
- Com licença. - diz, se aproximando de Leanne em silêncio, séria.

Maianne Ribeiro:
- Precisa que a gente se retire? - pergunta.

qualquersuki:
Suki:
Ela nega com a cabeça.

- A não ser que a menina deseje.

- Eles ficam, então. - murmura, a testa levemente franzida, incomodada enquanto


deixava a barriga a mostra

Maianne Ribeiro:
- Mm. Nós ficamos. - Mitsuo assente com a cabeça, enquanto Ichiro se assentava ao
ladao dela, segurando a mão de Leanne.

Suki:
- Você é o pai, imagino, jovem Shogun? - pergunta, educada, ignorando a expressão
de Leanne quando ela espalha o gel sobre a barriga dela.

- Nosso namoro é uma informação pública assim?

- Quando o sucessor do chefe distribui ameaças a quem cita seu nome, se torna.

Mai:
O rapaz cora de leve, sem jeito.
- É, s-sou eu. - murmura. - Que exame é esse..?

Suki:
- É uma ultrassonografia. É o exame de rotina para acompanhar o crescimento do
feto, o desenvolvimento dos órgãos, e se o útero está plenamente saudável enquanto
a gestação avança.

- Pelo menos não tem aquelas máquinas gigantes... - resmunga.

- Não tem e não pode, inclusive: a radiação delas faz mal ao bebê.

Mai:
- Ah... Entendi. - ele murmura, desajeitado. - Dá... Dá pra ver o bebê?

Suki:
- Um pouco, sim, mas ainda não é uma imagem bonita como os pais costumam gostar de
ver. - explica. - A parte emocionante é esta aqui. - diz, um som ritmado e
acelerado se fazendo ouvir em seguida, arrancando uma exclamação emocionada dos
lábios de Setsuna.
- O coraçãozinho...! - diz, chorosa.

Mai:
- É... É o coração dele..? - Ichiro esboça um sorriso, os olhos se enchendo de
lágrimas.

Suki:
- O— O coração...? - Leanne pergunta, sem saber como reagir, surpresa.

- Sim. É o coração do bebê.

Mai:
"...eu vou ser pai..." o rapaz pensa, estremecendo, o sorriso mais largo no rosto.
"Eu vou mesmo ser pai..!"

Suki:
- Não desmaia. - Leanne pede com um risinho, apertando a mão de Ichiro de leve.

Mai:
- E-eu não vou desmaiar, ora... - ele ri, secando o rosto com as costas da mão.

Suki:
- É bastante comum que os pais desmaiem. - a médica quem diz, continuando o exame.

Mai:
- Eu n-não vou! - insiste, firme.

qualquersuki:
Suki:
- Por favor. Não me faz passar vergonha. - Leanne provoca.

Maianne Ribeiro:
- Já disse que não v-vou, ora... - ri.

Suki:
- ....pode gravar o som no seu telefone...? - ela pede, baixinho.

Maianne Ribeiro:
- P-posso, posso! - ele assente com a cabeça, pegando o telefone apressadamente.

Suki:
- Pode aproximar da saída de som. - diz, indicando o local do aparelho.

Maianne Ribeiro:
O rapaz faz como ela indicara, o sorriso bobo no rosto. "Eu nem acredito..."

Suki:
E Leanne enfim parece relaxar, suspirando baixinho e se encostando melhor na
maca...

- Se segurando muito? - Setsuna pergunta baixinho, encostando a cabeça no ombro do


marido.

Maianne Ribeiro:
Mitsuo solta um resmungo baixinho, claramente se segurando pra não chorar, o olhar
fixo em um ponto aleatório da parede.

Suki:
A mulher sorri, gentil, passando uma das mãos pelas costas do marido para acalmá-
lo, as lágrimas marcando o próprio rosto silenciosamente enquanto apenas
aproveitava aquele momento, embalada pelo som do coração do neto...

Maianne Ribeiro:
O resto dos exames correria bem, Leanne logo sendo liberada pra voltar pra casa.
Quando a família enfim retorna, veria Chiaki sentada no hall de entrada,
visivelmente inquieta, o olhar se erguendo ao ouvir a porta abrir.
- Pai, mãe, o q-- LEA! - ela dá um gritinho, correndo pra abraçar a irmã.

Suki:
A garota prontamente envolve a irmã quando ela chega perto o suficiente, tirando
Chiaki do chão e girando um pouco com ela.

- Tadaima! - diz, boba, apertando-a carinhosamente.

Maianne Ribeiro:
- Onde você tava esse tempo todo?! - a menina reclama, chorosa. - Eu tava com
saudade, sua... sua boba..!

qualquersuki:
Suki:
- Eu sou, muito boba, muito muito muito boba... - responde, a própria voz
estremecendo.

Maianne Ribeiro:
- Muito boba mesmo... - ela resmunga, o rosto enfiado no pescoço de Leanne.

Suki:
- Mas eu não vou mais embora. E ainda trouxe gente comigo dessa vez~

Maianne Ribeiro:
- Trouxe gente? Quem..? - ela franze a testa, olhando ao redor. - Eu só vejo
vocês...

Suki:
Leanne coloca Chiaki no chão diante de si, cuidadosa, antes de levar as mãos da
irmã até a própria barriga.

- Você vai ganhar um sobrinho~

Maianne Ribeiro:
Os olhos da menina se abrem em surpresa, um sorriso enorme e bobo em seu rosto.
- Um sobrinho? Você tá grávida?!

Suki:
- Sim, sim~ - diz, boba, bagunçando os cabelos dela.

Maianne Ribeiro:
- EBA! - ela ri. - Ebaaaaaa! Eu não vou ser a mais nova da casa!

- Chiaki..! - Ichiro gargalha.

Suki:
- Em compensação, vai ter que ajudar a trocar fralda~ - provoca, rindo também.

Maianne Ribeiro:
- ...não--! - ela choraminga.

- Vai ajudar, todo mundo vai. - o rapaz ri de leve.


Suki:
- Você me deixaria sozinha cuidando do seu sobrinho...? - pergunta, fazendo
biquinho, dramática.

Maianne Ribeiro:
- L-Lea..! - ela estremece. - N-não, não, eu..! Eu ajudo!

Suki:
- Promete~? - pede, esticando o dedo mindinho para ela.

Maianne Ribeiro:
- Prometo... - ela sussurra, enganchando o mindinho no dela.

Suki:
- Agora sei que o Mit vai ficar em boas mãos, então. - diz, aliviada.

Maianne Ribeiro:
- Micchi? - ela inclina a cabeça, confusa. - É o nome dele?

qualquersuki:
Suki:
- Mitsuo. - Leanne assente com a cabeça. - Pra não confundir, pode ficar como
Micchi~

Maianne Ribeiro:
- Mitsuo, que nem o papai! - ela ri. - Que fofo!

Suki:
- Ele já até chorou com a homenagem. - fofoca, lançando um olhar para o pai.

Maianne Ribeiro:
- Ele chorou?! Eu nunca vi o papai chorar! - exclama.

- Hmpf..!

Suki:
- Foi de emoção, mas chorou. - provoca.

- E falando em emoção, o dia já foi emocionante o suficiente para todos nós. -


Setsuna quem diz. - Todos nós precisamos descansar.

Maianne Ribeiro:
- Precisamos sim, por favor. - Ichiro ri de leve, afagando os cabelos de Leanne. -
Vamos pra cama?

- Mãe, me leva pra cama! - Chiaki pede, esticando os braços.

Suki:
- Você é pesada demais para eu te pegar no colo, querida. - Setsuna ri baixinho.

- Eu levo, então! - Leanne prontamente responde, tomando Chiaki nos braços antes de
balançar a irmã de leve. - Já começo a praticar~

Maianne Ribeiro:
- Ebaaaa! - ela ri, boba, se agarrando em Leanne.

Suki:
- Aproveite pra ser mimada enquanto ainda não tem competição. - brinca.
Maianne Ribeiro:
- O Micchi não vai ser competição! Ele vai ser.. Vai ser fofo!

Suki:
- Fofo e rechonchudo, se tudo der certo. - e ri.

- É só você voltar a se alimentar direito e tomar seus suplementos.

- Eu seeeeei, maaaaae ~

Maianne Ribeiro:
- Tem que comer direito, ai ai ai!

Suki:
- Eu não estava comendo direito porque não sei cozinhar direito. - e dá de ombros.
- Mas aqui eu como~

Maianne Ribeiro:
- Eu ensino a cozinhar! - Chiaki sorri, assentindo com a cabeça.

Suki:
- ...você, é? - provoca. - Acho que é uma boa ideia~

Maianne Ribeiro:
- Euzinha! - ela ri, boba. - Ensino direitinho!

qualquersuki:
Suki:
- Perfeito. Eu vou ter que reduzir os treinos, então vai sobrar tempo pra ficar com
você ~

Maianne Ribeiro:
- Mais tempo com a Lea~

Suki:
- Mais tempo aturando a Lea te perturbando ~ - diz, abrindo a porta do quarto de
Chiaki com o pé.

Maianne Ribeiro:
- A Lea não me perturba, faz companhia~

Suki:
- Ah, é ~? Vou lembrar disso quando você enjoar de mim. - e ri, enchendo o rosto da
irmã de beijos antes de colocá-la na cama.

Maianne Ribeiro:
- Eu não enjoo. - a menina ri de leve, boba, se aconchegando nas cobertas. - Boa
noite, Lea! Boa noite, Micchi!

Suki:
- Boa noite, Chiaki! Boa noite, Chiaki! - repete, imitando uma vozinha de criança.

Maianne Ribeiro:
A menina gargalha, boba.
- Micchiiii!

- Acho que ela ficou feliz. Só acho. - Ichiro ri de leve, tendo acompanhado a
garota.
Suki:
- Mais feliz que o pai. - provoca, ao sair do quarto da irmã e encostar a porta
atrás de si.

Maianne Ribeiro:
- Ei..! Eu fiquei feliz sim, nem vem! - ri, guiando-a de volta pro quarto.

Suki:
- Não tanto quanto ela~

Maianne Ribeiro:
- Fiquei sim, claro que fiquei!

Suki:
- Só quero ver.... - provoca.

Maianne Ribeiro:
- Vai ver, e continuar vendo. - sorri, puxando-a pra si. - Eu te amo, e amo o nosso
filho também.

qualquersuki:
Suki:
- Tem certeza disso...? - pergunta, estremecendo com o puxão, os ombros tensos. -
Ainda dá tempo de me mandar de volta pra minha mãe. - sussurra.

Maianne Ribeiro:
- Eu nunca faria isso. Nunca. - sussurra, olhando nos olhos da garota.

Suki:
- Tem certeza? Ser pai é mais difícil do que parece. Ainda mais se ele puxar meu
temperamento. - responde, baixinho, retribuindo o olhar.

Maianne Ribeiro:
- É... Eu sei que vai ser difícil. - ele sussurra. - Mas eu te amo, e é minha
responsabilidade também.

Suki:
- E vai ser um difícil bom ou um difícil ruim? - pergunta, insegura, dando um
risinho sem graça.

Maianne Ribeiro:
- Isso a gente vai descobrir junto. - ri. - Mas é um difícil que eu vou passar com
você.

Suki:
Isso arranca um sorriso de Leanne, que enfim deixa os olhos se encherem de
lágrimas, assentindo com a cabeça.

- Eu tô morrendo de medo... - admite, baixinho.

Maianne Ribeiro:
- ...eu também. - ele ri, sem jeito, a voz estremecendo. - Mas a gente tá junto
nessa.

Suki:
- E... E todo mundo vai ajudar, né...? - murmura, segurando a mão dele,
entrelaçando os dedos dos dois. - Vai ser difícil, mas... Mas não tem como dar
errado.
Maianne Ribeiro:
- Isso. Todo mundo vai ajudar. É uma família. - o rapaz assente com a cabeça,
apertando a mão dela.

Suki:
- A nossa linda família. Certo...? - ela sorri.

Maianne Ribeiro:
- Exatamente. - ele sorri de volta, beijando o rosto de Leanne gentilmente.

qualquersuki:
Suki:
E isso a faz suspirar, os ombros enfim relaxando.

- Agora vamos. Eu preciso de um banho e de descanso.

Maianne Ribeiro:
- Banho e descanso pros dois. - sorri, afagando o rosto dela antes de voltar a
caminhar.

Suki:
- Amanhã eu trago as minhas coisas de volta... - murmura.

Maianne Ribeiro:
- Eu te ajudo a trazer as coisas, se quiser. - diz, gentil. - Até porque a
senhorita precisa evitar cansaço.

Suki:
- Não precisa. Só eu consigo entrar e sair de lá. - e suspira. - Mas eu prometo
fazer várias viagens pra não me esforçar demais.

Maianne Ribeiro:
- Por favor. - pede, suspirando. - Vá com calma.

Suki:
- Ichiro, não começa. - reclama, revirando os olhos.

Maianne Ribeiro:
- Eu não comecei, só tô pedindo calma!

Suki:
- Eu não vou sair arrastando móveis e malas, se é essa a sua preocupação!

Maianne Ribeiro:
- Certamente que é. - ri.

Suki:
Ela revira os olhos.

- Eu vou trazer tudo de runa.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado. - ri.

Suki:
- Eu só preciso trocar a runa do meu quarto pro laboratório.

Maianne Ribeiro:
- Aí é com você, eu não sei como funciona. - ele ri de leve.

Suki:
- Você vai ter que aprender, sinto muito~ - provoca. - Longas horas estudando
comigo...

Maianne Ribeiro:
- Estudar com você é legal~

Suki:
- Mesmo que seja magia de bruxa~?

Maianne Ribeiro:
- Mesmo que seja magia de bruxa~

qualquersuki:
Suki:
- Bom saber. Apesar de que agora a gente precisa pensar em estudar sobre
maternidade... - e suspira. - Ara, ara...

Maianne Ribeiro:
- É... Acho que dá pra adaptar os nossos quartos pra ficar um cômodo só, com o
Mitsuo. - murmura.

Suki:
- ...é uma ótima ideia...! - ela ergue as sobrancelhas, esboçando um sorriso.

Maianne Ribeiro:
- É claro que é, a ideia é minha. - provoca.

Suki:
- Eu não vou hesitar em quebrar sua cara só porque você é o pai do meu filho,
sabia~?

Maianne Ribeiro:
- Você não faria isso comigo~

Suki:
- Você quer me testar pra descobrir~?

Maianne Ribeiro:
- Não. - e gargalha..

Suki:
- Bom garoto~ - ela ri junto, abrindo a porta do próprio quarto, hesitando e
suspirando em seguida.

Maianne Ribeiro:
- ...fica no meu por essa noite. - murmura. - Menos vazio.

Suki:
- ...não é por isso. - ela ri de leve. - Só... senti saudades daqui.

Maianne Ribeiro:
- Hora de matar a saudade então. - ele ri de leve.

Suki:
- Um banheiro grande, com água quente, e a minha cama fofinha~? Com certeza!
Maianne Ribeiro:
- Água bem quentinha e confortável, pra você e pro Mitsuo. - sorri, bobo, guiando a
garota pro banheiro.

qualquersuki:
Suki:
- E um pijama macio e cheiroso~

Maianne Ribeiro:
- Bem macio e bem cheiroso~

Suki:
- E o marido também vai estar macio e cheiroso~?

Maianne Ribeiro:
- Bastante macio e cheiroso~ - ele ri de leve, beijando-a.

Suki:
- Então vamos. Eu ainda tô toda suja de sangue e gel do exame. - e faz uma careta.

Maianne Ribeiro:
- Você precisa mais desse banho do que eu. - ele ri, abrindo a torneira pra encher
a banheira de água antes de começar a se despir.

Suki:
- Nem me fale... - e suspira, tirando a própria roupa devagar, o corpo bastante
magro ainda marcado de vários hematomas, algumas cicatrizes a mais visíveis...

...e uma delas, horrenda, no joelho esquerdo.

Maianne Ribeiro:
O rapaz trava ao ver a cicatriz, os olhos fixos nela.
- ...Lea. Lea, o que... o que foi isso..?

Suki:
- ...o que foi o—- ah. Isso. - ela suspira, passando a mão pelos cabelos.
- ...quebraram a minha perna, e a ponta do osso quebrado atravessou o joelho
rasgando.

Maianne Ribeiro:
- Quebraram--

O rosto do rapaz se avermelha de imediato, o punho cerrando.


- Quem fez isso não está mais vivo... certo?

Suki:
Leanne cruza os braços.

- Não. Deve estar junto com o Aaron, inclusive. - e suspira mais uma vez,
encarando-o.

Maianne Ribeiro:
- No inferno, que é o lugar deles. - rosna.

Suki:
- Mm. Nós dois nos certificamos disso. - e assente com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
Ichiro apenas assente com a cabeça, começando a banhar Leanne, cuidadoso.
Suki:
Ela ri baixinho com o toque dele, os ombros relaxando.

- ...obrigada por ter se vingado do Aaron. - murmura, alguns minutos depois.

Maianne Ribeiro:
- De nada. Ele merecia coisa pior do que o que eu fiz com ele, mas vai ter que ser
suficiente. - ele ri de leve.

qualquersuki:
Suki:
- Você é mais que o suficiente. - diz, boba.

Maianne Ribeiro:
- Isso eu sei que sou. - e ri baixinho, beijando o rosto dela.

Suki:
- Nós somos. - sussurra, beijando-lhe os lábios em retribuição, suave.

Maianne Ribeiro:
Ele retribui o beijo, carinhoso, afagando a pele dela.
- Você é mais que suficiente...

Suki:
- Claro que sim. Agora eu sou sua namorada _e_ mãe do seu filho~

Maianne Ribeiro:
- Por que não noiva..? - sussurra.

Suki:
- Não lembro de ter tido um pedido. - provoca.

Maianne Ribeiro:
- Isso eu posso resolver. - ele ri de leve, abraçando Leanne. - Casa comigo.

Suki:
- Isso não é um pedido minimamente decente, Ichiro...! - ela gargalha, as bochechas
vermelhas.

Maianne Ribeiro:
- Mas é um pedido~ - ri.

Suki:
- Eu vou fingir que não ouvi, pra te dar a chance de fazer um primeiro pedido
decente. - provoca.

Maianne Ribeiro:
- Tudo bem, eu vou pensar em algo melhor. - ri, bobo.

Suki:
- Acho bom, mesmo!

Maianne Ribeiro:
O rapaz apenas ri, dando mais um beijo na garota antes de começar a se lavar.
- Vai pra banheira, vai. Eu já vou.

Suki:
- Obrigada. Talvez eu acabe cochilando, por sinal. - e ri de leve, culpada.
Maianne Ribeiro:
- Não tem problema, eu te carrego pra fora. - sorri.

qualquersuki:
Suki:
- Obrigada, Ichi. - ela sorri, boba

Maianne Ribeiro:
- De nada, Lea. - ele sorri, gentil, fazendo um afago no rosto dela.

Suki:
Ela ri baixinho, boba, antes de se ajeitar na banheira com cuidado, evitando se
apoiar na perna ferida.

Maianne Ribeiro:
O rapaz sorri, observando Leanne enquanto terminava de se limpar, logo indo se
juntar à garota.
- Cheguei~

Suki:
- Demorou... - brinca, manhosa, se aconchegando junto a ele.

Maianne Ribeiro:
- Descuuuulpa. - sorri, afagando os cabelos dela, gentil.

Suki:
- Eu perdoo. Eu cheguei um mês e meio atrasada. - brinca.

Maianne Ribeiro:
- Isso é verdade. - ele ri baixinho.

Suki:
Ela suspira.

- É tão bom ficar assim com você...

Maianne Ribeiro:
- É bom, confortável, relaxante, gostoso...

Suki:
- Quentinho, também.

Maianne Ribeiro:
- Bem quentinho. - ele ri de leve. - Perfeito.

Suki:
- Que nem nós dois juntos.

Maianne Ribeiro:
- Exatamente. Perfeito que nem nós. - sorri.

Suki:
- Ara, ara... - e suspira, se encostando em Ichiro antes de fechar os olhos,
confortável.

Maianne Ribeiro:
O rapaz apenas suspira, mantendo a garota perto de si enquanto relaxava, um sorriso
confortável no rosto...
qualquersuki:
Suki:
E assim, Leanne realmente não demora a cair no sono, cansada e bastante tensa, sem
o ronco baixinho que sempre acompanhava...

Maianne Ribeiro:
"Ela precisa muito desse descanso..." suspira, beijando os cabelos dela. Enfim, o
rapaz toma Leanne nos braços, se levantando com cuidado, a magia quentinha secando
os corpos dos dois enquanto a levava pra cama, gentil.

Suki:
E ela nem se move, a expressão fechada, apenas se encolhendo quando deita na cama.

Maianne Ribeiro:
- Eu vou cuidar de você. - ele sussurra baixinho, puxando as cobertas sobre os dois
enquanto a mantinha perto de si, carinhoso e protetor.

Suki:
Antes do amanhecer, porém, Leanne acordaria e sairia da cama silenciosamente, indo
até a janela para espiar o céu, cansada...

Maianne Ribeiro:
- Lea..? - Ichiro sussurra, entreabrindo os olhos.

Suki:
- Oi. Bom dia, Ichi. - murmura, baixinho, olhando para ele por cima do ombro, as
cortinas dançando de leve ao redor dela.

Maianne Ribeiro:
- Bom... bom dia, eu acho. - ele sussurra. - Não tá cedo..?

Suki:
- Tá, tá sim. Volta a dormir. - e suspira.

Maianne Ribeiro:
- Não sem você. - ele responde, ficando de pé e indo até a janela. - O que foi?

Suki:
- Nada. Só... Só observando o céu. - murmura, beijando-o de leve quando ele se
aproxima.

Maianne Ribeiro:
- ...só isso? Mesmo..? - ele sussurra, afagando o rosto dela.

Suki:
- Mm. - e assente com a cabeça. - Eu tenho dormido pouco, esse tempo.

Maianne Ribeiro:
- Precisa descansar mais. - suspira. - Por você, e pelo Mitsuo.

qualquersuki:
Suki:
- É, eu sei, eu só... Não tenho conseguido. - murmura.

Maianne Ribeiro:
- Eu conheço uns chás relaxantes que podem te ajudar. - sorri. - Quer que eu faça
um?
Suki:
- Eu aceito pra dormir. Mas por agora, é melhor você voltar a dormir.

Maianne Ribeiro:
- Eu posso fazer o chá. - insiste.

Suki:
- Não precisa. Volte a dormir. - suspira.

Maianne Ribeiro:
- ...tem certeza? - suspira.

Suki:
- Absoluta, Ichiro. - e assente com a cabeça

Maianne Ribeiro:
- Tudo bem. - ele suspira, afagando os cabelos dela novamente. - Eu te amo, tá..?

Suki:
- Eu também te amo. - ela ri baixinho. - Acho que vou trazer as coisas de volta,
então... Melhor você ir pra sua cama.

Maianne Ribeiro:
- Nossa cama. - e pisca um olho, beijando Leanne antes de voltar pra cama.

Suki:
- Ichiro, eu vou fazer barulho indo e voltando... - ela suspira, esboçando um
sorrisinho com o beijo.

Maianne Ribeiro:
- A cama continua sendo nossa. - e ri, se afastando.

Suki:
"Você é ridículo...", pensa, rindo baixinho, boba.

Maianne Ribeiro:
O rapaz apenas ri, indo se deitar na outra cama, cansado...

qualquersuki:
Suki:
E Leanne faria exatamente como falara: viagens de runa entre o quarto e onde estava
morando, trazendo as próprias roupas e equipamentos nas horas seguintes...

Maianne Ribeiro:
Ichiro despertaria algumas horas depois, bocejando de leve e sentando na cama.
- Bom diiiia... - murmura, indo procurar Leanne.

Suki:
A garota estava no próprio laboratório, ainda organizando livros e o estoque de
ervas e cristais, as malas abertas no chão.

Maianne Ribeiro:
- Ooooi. Bom dia. - sorri, se aproximando pra beijar a garota.

Suki:
- Bom dia~ - ela sorri, boba, afagando o rosto dele com a mão livre ao retribuir o
beijo.

Maianne Ribeiro:
- Como se sente? - sorri, carinhoso.

Suki:
- Cansada. - e ri baixinho. - E você? Conseguiu descansar?

Maianne Ribeiro:
- Consegui sim, não se preocupe. - ele murmura. - Café?

Suki:
- Por favor... - diz, esboçando um sorriso. - Tem tempo que eu não como nada de
manhã...

Maianne Ribeiro:
- Péssimo hábito, esse. - suspira, guiando-a até a cozinha.

Suki:
- Eu não tinha tempo e nem dinheiro pra regalias. - ela suspira.

Maianne Ribeiro:
- Isso não é regalia, é o básico.

Suki:
- Eu tava vivendo de bico. - e dá de ombros.

Maianne Ribeiro:
- Mas agora isso acabou. Certo? - sorri.

qualquersuki:
Suki:
- Certo. Certo. - e suspira, esboçando um sorriso. - Eu só preciso colocar uma
calça antes, e a gente vai comer.

Maianne Ribeiro:
- Tudo bem. Eu espero. - sorri.

Suki:
- Só passar no quarto. Eu coloquei tudo de volta nos armários. - explica, fechando
as portas dos armários antes de se afastar, chamando Ichiro consigo com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Tudo, já? - murmura, surpreso.

Suki:
- Já. - e assente com a cabeça. - A maioria das roupas eu nem usei, então ainda
estavam dobradas.

Maianne Ribeiro:
- Não se esforçou demais, né? - ele ergue uma sobrancelha.

Suki:
- Ichiro, eu tô grávida, não inválida. - resmunga. - Eu inclusive vou treinar com
vocês hoje.

Maianne Ribeiro:
- Trei-- não, Lea, ficou doida?! Pode ser ruim pro Mitsuo!

Suki:
- É só não acertar a barriga que vai ficar tudo bem. - resmunga.
Maianne Ribeiro:
- Lea... Lea, por favor. - ele pede.

Suki:
- Eu já disse que não tô inválida. - insiste.

Maianne Ribeiro:
- Sim, mas é muito perigoso!

Suki:
Ela revira os olhos.

- Se não for com vocês, vai ser com a Justiça. Pode escolher.

Maianne Ribeiro:
- ...o papai vai ficar preocupado, Lea. Por favor.

Suki:
- Eu não quero nem saber. - resmunga. - Eu não vou ficar parada.

Maianne Ribeiro:
- Você não precisa ficar parada, mas não precisa entrar em combate também!

qualquersuki:
Suki:
- Mas eu vou.

Maianne Ribeiro:
- Lea, a gente treina os movimentos, mas sem combate!

Suki:
- Não é uma opção. - ela suspira.

Maianne Ribeiro:
- É claro que é, Leanne, pelos deuses!

Suki:
Ela revira os olhos, trocando o short por uma das calças de moletom surradas, antes
de passar direto por ele para o corredor, bastante séria.

Maianne Ribeiro:
"Eu não acredito, ela vai acabar se ferindo sério..!" pensa, preocupado,
acompanhando a garota.

Suki:
- Bom dia. - Leanne murmura, a expressão um tanto rígida, ao entrar no salão de
refeições.

- Bom dia, querida. Dormiu bem?

- Eu do--

- Nem um pouco. - Salem quem diz, deitado ao lado do lugar de Leanne, sem sequer
abrir os olhos.

Maianne Ribeiro:
"...ela não tinha me dito que dormiu mal," pensa, incomodado, se sentando.

- Beba um chá calmante antes de dormir hoje. Vai te ajudar. - Mitsuo murmura.
Suki:
- O Ichiro deu a mesma ideia. - ela suspira, se sentando com cuidado. - Pode
deixar. Depois do treino eu faço isso, também, pra descansar.

- Treino...? - Setsuna pergunta, encarando Mitsuo como se esperasse respostas.

Maianne Ribeiro:
- Que treino, Leanne? - o homem franze a testa.

Suki:
- O nosso treino, pai.

Maianne Ribeiro:
- Não tem "nosso treino", Leanne, você está grávida.

Suki:
- Se não tem "nosso", vai ter "meu". Podem escolher. - resmunga.

Maianne Ribeiro:
- De jeito nenhum. - ele resmunga. - Você não vai treinar.

qualquersuki:
Suki:
- Ao menos até o médico liberar. - Setsuna completa com um suspiro, tentando
impedir uma discussão entre os dois. - Pra isso você vai precisar se alimentar
direito, ganhar peso, e tomar os suplementos da forma que foi indicada.

- ...eu vou continuar fazendo treino de força e destreza até lá, então. - resmunga,
claramente a contragosto, sem insistir na ideia.

- Acompanhada.

- Serve.

Maianne Ribeiro:
- ...hmpf. Tudo bem. - o homem resmunga, incomodado.

Suki:
- Eu vou pedir uma médica para te acompanhar de perto aqui. Sei o quanto você odeia
hospitais. - Setsuna diz, apoiando uma mão na coxa de Mitsuo para tentar acalmá-lo.

- ...obrigada, mãe. - e suspira, enfim relaxando os ombros e esboçando um sorriso.

Maianne Ribeiro:
- Enquanto isso, apenas treino sem combate. - murmura. - Entendidos?

Suki:
- Só depois que a médica liberar. - e assente com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Ótimo. - resmunga.

Suki:
- Mas eu não vou ficar parada. De jeito nenhum.

- Tudo bem, treinos de força e destreza liberados, certo?

Maianne Ribeiro:
- Certo. Esses não tem problema. - murmura.

Suki:
Ela bufa baixinho, claramente a contragosto.

- Eu já terminei de comer. - murmura, a porção bem menor do que o costumeiro. - Eu


vou adiantar e me alongar.

Maianne Ribeiro:
- Você precisa comer mais, Leanne. Especialmente agora. - o homem insiste.

Suki:
- Eu perdi o hábito de comer de manhã. - ela suspira. - Mas prometo comer mais
daqui a pouco.

Maianne Ribeiro:
- ...hmpf. Tudo bem. - ele assente com a cabeça.

- Eu também terminei, então já vou treinar. - Ichiro murmura, ficando de pé.

Suki:
Leanne suspira, acompanhando Ichiro.

- Vamos, então. Assim a gente adianta.

Maianne Ribeiro:
O rapaz assente com a cabeça, acompanhando Leanne até o dojo. Quando os dois saem,
Mitsuo suspira, massageando as têmporas. "Essa garota..."

qualquersuki:
Suki:
- Eu achei que a notícia da gravidez fosse deixá-la mais calma. Que ilusão... - e
suspira.

-=-

- Eu realmente preciso me alongar, antes de começar qualquer coisa. - Leanne


murmura, ao chegarem no dojo, os bastões da menina já de volta ao lugar de sempre.

Maianne Ribeiro:
- Uma ilusão e tanto. - ele resmunga baixinho. - Pelos deuses...

-=-

- Precisa de ajuda pra se alongar? - pergunta.

Suki:
- Ela acabou de voltar, e nós não sabemos o que ela passou. Eu quero acreditar que
a Leanne vai cuidar bem dessa gestação... - murmura, preocupada.

-=-

- Aceito. Não quero passar dos limites, nem forçar demais. - murmura.

Maianne Ribeiro:
- Ela vai. Nós vamos ter que garantir isso.

-=-
- Deixa comigo. - ele sorri, indo ajudar Leanne.

Suki:
- Não fale assim. - Setsuna ri baixinho. - Parece uma ameaça de guerra.

-=-

- Obrigada, Ichi... - e suspira baixinho, esboçando um sorriso com a proximidade


dele. - ...você me ajuda com tudo, né...?

Maianne Ribeiro:
Ele resmunga.
- Hmpf. A gente tem que cuidar dela, ora...

-=-

- Com tudo, sempre. - ele sorri, bobo.

Suki:
- Eu sei, querido, e nós vamos. Todos nós. - ela assente com a cabeça.

-=-

- Obrigada. Eu... Eu acho que ainda não caiu a minha ficha... - admite, levando uma
das mãos ao abdome.

Maianne Ribeiro:
- Todos nós. - ele murmura, suspirando. - Só espero que ela aceite.

-=-

- Percebi. - ele provoca. - ...mas acho que pra mim também não caiu direito.

Suki:
- Ela vai. A nossa filha é teimosa, mas não suicida.

-=-

A primeira reação de Leanne é acotovelar Ichiro de leve, as bochechas vermelhas.

- Não provoca.

Maianne Ribeiro:
- A teimosia dela já a levou a muita coisa, Setsuna.

-=-

- Ai, ai, parei~ - ri.

Suki:
- Eu concordo, mas agora a teimosia dela envolve outra vida.

-=-

- Acho bom, ou o Micchi vai nascer órfão. - resmunga.

Maianne Ribeiro:
- Eu espero que isso seja o suficiente pra colocar juízo na cabeça dela.
-=-

- Não vai, prometo~

qualquersuki:
Suki:
- Vai ser. Vai ser, querido...

-=-

- Ótimo. - resmunga.

Maianne Ribeiro:
Ele suspira, ficando de pé.
- Melhor eu ir. Capaz dela dobrar o Ichiro e começar a treinar combate sem mim.

-=-

O rapaz apenas ri, ajudando Leanne a se alongar, bobo.

Suki:
- Boa sorte, querido. - murmura, beijando-o de leve, carinhosa.

-=-

- Eu precisava disso... - ela suspira, ao sentir a coluna estalando.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado. Vou precisar. - ele suspira, afagando o rosto de Setsuna antes de se
afastar.

-=-

- Tava mesmo. - ele murmura. - ...você ficou sozinha esse tempo todo?

Suki:
Leanne suspira, ficando mais séria de imediato.

- Fiquei. Eu só saía pra comprar comida e ir pra rua. - murmura, a expressão mais
fechada.

Maianne Ribeiro:
- Bem, melhor se desacostumar, porque você não fica mais sozinha de jeito nenhum. -
ri. - Comigo e com a Chiaki por perto...

Suki:
- Pfft. Só quero ver se vocês vão me aguentar grávida e ranzinza. - ela ri também,
o semblante relaxando.

Maianne Ribeiro:
- A gente faz esse sacrifício. - provoca, sorrindo de canto.

Suki:
- Vão ter que fazer, mesmo. - diz, empurrando-o de leve. - Ou eu fujo de novo
rapidinho.

Maianne Ribeiro:
- De jeito nenhum. - ele sorri, abraçando Leanne.
Suki:
Isso faz ela estremecer e rir baixinho, se aconchegando no abraço de Ichiro antes
de retribuir.

- Me segura assim um pouco mais... - pede.

Maianne Ribeiro:
- Sempre que precisar. - ele sussurra, afagando as costas dela.

Suki:
- Pra sempre? - brinca, sem graça.

Maianne Ribeiro:
- Pra sempre não dá, mas eu tento. - ri.

Suki:
- Imaginei que você não me amava o suficiente pra isso~ - provoca.

Maianne Ribeiro:
- Eu te amo o suficiente, só não tenho como ficar te abraçando pra sempre, ora! -
ri.

qualquersuki:
Suki:
- Dá o seu jeito~

Maianne Ribeiro:
- Leanne..! - ele ri, bobo.

Suki:
- Ichiro...! - provoca, gargalhando.

Maianne Ribeiro:
- Boba. - ele ri, balançando a cabeça. - Vem, vamos treinar, o papai já tá
esperando.

- ...hmpf. - o homem resmunga baixinho, já tendo entrado no dojo.

Suki:
- Devia ter avisado quando entrou. - Leanne provoca, se levantando devagar.

Maianne Ribeiro:
- Não quis atrapalhar vocês. - o homem murmura.

Suki:
- Você não atrapalha, pai. - murmura, franzindo a testa de leve. - A gente só tava
conversando.

Maianne Ribeiro:
O homem apenas suspira, balançando a cabeça.
- Vamos treinar. Apenas destreza e força.

Suki:
- Sim, senhor. - ela assente com a cabeça, ficando de pé, antes de hesitar e
colocar a mão em um dos bolsos. - ...aqui, Ichi. Fica a vontade, se quiser. - diz,
entregando o saco de veludo púrpura para ele.

Maianne Ribeiro:
- Ah, o baralho. - ele ri de leve. - Há quanto tempo~
Suki:
- Eles sentiram sua falta, eu tenho certeza. - e ri também, boba.

Maianne Ribeiro:
- Hora de matar a saudade, então. - ri.

Suki:
- Divirtam-se. Eu vou matar a saudade de outra pessoa. - e indica Mitsuo com a
cabeça.

Maianne Ribeiro:
- À vontade. - o rapaz sorri, se afastando pra treinar com as arcanas.

Suki:
E Leanne prontamente se afasta, indo para perto do pai.

- Sem pegar leve _demais._ - pede.

Maianne Ribeiro:
- Vou pegar leve na medida certa. - murmura.

qualquersuki:
Suki:
Ela assente com a cabeça.

- Eu vou confiar em você. - e sorri.

Maianne Ribeiro:
- ...mm. - o homem esboça um sorriso. - Já se alongou?

Suki:
- Já sim. O Ichi me ajudou, eu tava precisando.

Maianne Ribeiro:
- Ótimo. Então podemos começar. - ele assente com a cabeça.

Suki:
Ela concorda.

- Devo pegar um dos bastões?

Maianne Ribeiro:
- Sim, podemos treinar movimentos com ele. - instrui.

Suki:
- Sim, senhor. - e assente com a cabeça, prontamente indo buscar a arma.

Maianne Ribeiro:
- Não aguento mais estudar... - Chiaki reclama baixinho, saindo da sala de aula e
caminhando na direção da cozinha. "Eu quero um lanchinho..."

Suki:
Ao passar perto do laboratório de Leanne, a garota poderia ouvir a irmã chorando
bem baixinho, soluçando...

Maianne Ribeiro:
A garota hesita, estremecendo ao ouvir os sons.
- L... Lea..? - ela sussurra, entrando no laboratório, preocupada.
Suki:
A bruxa estava sentada sobre um dos pufes, o rosto escondido nas mãos enquanto
chorava. Ao seu lado, vários livros sobre gravidez e maternidade...

Maianne Ribeiro:
- Lea..? Por que você tá chorando? - a menina pergunta, preocupada, se aproximando.

Suki:
- Chi.. Chiaki...? - pergunta, baixinho, erguendo o olhar para encará-la antes de
passar as costas das mãos pelo rosto.

Maianne Ribeiro:
- Eu. - ela murmura, as mãozinhas secando o rosto de Leanne. - O que foi? Por que
você tá chorando?

Suki:
Ela aceita o carinho da irmã sem questionar, esboçando um sorriso doído.

- Eu... Eu não queria engravidar... - admite, sem força. - Eu tô com medo... Eu tô


com muito medo...

Maianne Ribeiro:
- Mas... Engravidar é algo bonito, não é? Ter um filho..? - ela sussurra, inocente.
- Do que você tá com medo?

qualquersuki:
Suki:
- E-eu não sei... - e ri baixinho com a inocência da menina. - Eu... Eu não posso
mais treinar, nem... Nem ir pra rua lutar...! Eu me sinto fraca, e isso me
assusta...!

Maianne Ribeiro:
- Mas você não é fraca, você é muito forte! - Chiaki ri de leve, boba. - Tão forte
que tá protegendo o Micchi!

Suki:
- Até quando...? Até quando eu vou conseguir proteger alguém...? - Leanne nega com
a cabeça, voltando a esconder o rosto nas mãos.

Maianne Ribeiro:
- Sempre, ora. Você é forte. Muito forte. - a menina sorri, segurando as mãos dela.
- Você é incrível, Lea!

Suki:
Isso pega Leanne de surpresa, a garota corando com o gesto da irmã, até enfim
sorrir de leve.

- ...obrigada, Chiaki...

Maianne Ribeiro:
- De nada. - ela ri. - Eu sou sua irmãzinha, ora! Irmãos ajudam!

Suki:
- ...É. Irmãos ajudam. - e assente com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Então eu ajudo. Sempre. - sorri, boba, se aproximando pra abraçar Leanne.
Suki:
- Obrigada. - murmura, abraçando Chiaki com firmeza, carinhosa.

Maianne Ribeiro:
- De nada, Lea. - sorri. - Tá com fome? Eu tava indo na cozinha.

Suki:
- Mm. Não muita, mas... Eu sei que preciso comer. - murmura, secando o rosto de
qualquer jeito.

Maianne Ribeiro:
- Precisa sim. Por você e pelo Micchi! - ri, ficando de pé e puxando a irmã.

Suki:
- É... Agora eu como por dois... - ela ri de leve, desajeitada, acompanhando
Chiaki.

Maianne Ribeiro:
- Aham! Tem que comer bastante! - ri, guiando-a.

Suki:
- Eu já como bastante, Chiaki! - e ri.

Maianne Ribeiro:
- Tem que comer mais! - ri.

qualquersuki:
Suki:
- Eu sei, eu sei...!

Maianne Ribeiro:
- Ótimo. - ela ri de leve. - Eu te ensino a fazer um lanche!

Suki:
- Já vamos começar as aulas de culinária desde agora? - pergunta, rindo.

Maianne Ribeiro:
- Por que não? - ri.

Suki:
- Não foi uma reclamação...! - ela gargalha.

Maianne Ribeiro:
- Ótimo, porque mesmo que fosse a gente ia cozinhar~

Suki:
-Chiaki....!

Maianne Ribeiro:
- Diga, nee-san? - ri.

Suki:
- Não seja tão boba!

Maianne Ribeiro:
- Eu não tô sendo boba!

Suki:
- Você é boba!
Maianne Ribeiro:
- Não sou! - ri. - Nananinanão!

Suki:
- É sim~ Boba, bobinha, bobona ~!

Maianne Ribeiro:
- Não sou, nada diiiisso! - a menina gargalha, boba.

Suki:
- É sim, é sim, é sim! - provoca.

Maianne Ribeiro:
- Não sou, não sou, não sou! Boba é você! - ri.

Suki:
- Eu sou, mesmo! Bobona, e o Ichi é bobo, e você é bobinha!

Maianne Ribeiro:
- Três bobos, então!

Suki:
- Três bobos! - concorda.

Maianne Ribeiro:
A menina apenas ri, entrando na cozinha com a irmã.
- Lanche, lanche~!

qualquersuki:
Suki:
- Lanche, lanche~ - imita, antes de fazer uma mesura e cumprimentar os empregados.

Maianne Ribeiro:
- Vamos decidir o que comer primeiro, aí a gente faz!

Suki:
- Tudo bem, tudo bem. Mas lembra que eu preciso comer coisas saudáveis, hein!

Maianne Ribeiro:
- Coisas saudáveis! Fruta, então! - ela assente com a cabeça.

Suki:
- Você quem manda, chef Chiaki~

Maianne Ribeiro:
- Chef Chiaki! - a garota ri baixinho, assentindo com a cabeça antes de começar a
escolher as frutas. Ensinaria Leanne como cortar as frutas, as duas fazendo uma
bandeja farta pra ambas.

Suki:
- E pensar que aquela casca macia dava tanto trabalho pra tirar. - Leanne resmunga,
se referindo aos pêssegos.

Maianne Ribeiro:
- Agora ficou fácil. - ela ri baixinho. - E vale a pena!

Suki:
- Eu prefiro frutas mais tropicais, mas é, ficou mais fácil. - e ri também. - Seu
irmão que vai amar.

Maianne Ribeiro:
- Ele adora pêssego, sim. - a menina sorri. - De vez em quando tem frutas tropicais
na cozinha... São bem gostosas!

Suki:
- Vou pedir pra me avisarem, quando for assim. - e sorri, esperançosa.

Maianne Ribeiro:
- Vou pedir pra comprarem com mais frequência, isso sim! - ri.

Suki:
- Chiaki, não precisa disso! - ela ri, boba.

Maianne Ribeiro:
- Precisa sim! Pra Lea e pro Micchi, precisa!

Suki:
- Eu posso comer outras frutas, sua boba!

Maianne Ribeiro:
- Mas você gosta mais das outras, então por que não comer as que você gosta mais?

qualquersuki:
Suki:
- Porque não precisa. - resmunga. - Eu posso comer o que tem.

Maianne Ribeiro:
- Mas é mais legal comer o que quer e gosta! - a menina resmunga de volta, inchando
as bochechas.

Suki:
- Merda, assim eu não tenho como argumentar de volta! - e ri.

Maianne Ribeiro:
- Essa é a intenção! - e gargalha, boba.

Suki:
- Isso é golpe baixo, Chiaki!

Maianne Ribeiro:
- Eu sou baixinha, todo golpe meu é baixo!

Suki:
- Chiaki...! - ela gargalha, boba.

Maianne Ribeiro:
- Mas é verdade! - ri.

Suki:
- Sim, é verdade, mas ainda foi engraçado!

Maianne Ribeiro:
A menina ri, assentindo com a cabeça.
- Vem, vamos comer no jardim!

Suki:
- ...olha, outra ideia boa!
Maianne Ribeiro:
- Eu tenho boas ideias! - ri.

Suki:
- Tem mesmo, muitas delas~

Maianne Ribeiro:
Ela ri, boba.
- Vem, jardim!

Suki:
- Jardim, jardim, jardim!

Maianne Ribeiro:
- Jardiiim! - a menina ri, guiando Leanne, a bandeja de comida nas mãos.

Suki:
- Deixa que eu levo, Chiaki! - ri, pegando a bandeja das mãos dela.

Maianne Ribeiro:
- Tá bom, tá bom. - ela ri baixinho.

qualquersuki:
Suki:
- Eu sou maior, nada mais justo!

Maianne Ribeiro:
- Não to reclamando~

Suki:
- Não ouse~

Maianne Ribeiro:
- Não ouso mesmo!

Suki:
- Boa menina, boa menina~

Maianne Ribeiro:
- A melhor de todas!

Suki:
- A melhor de todas as melhores meninas!

Maianne Ribeiro:
A menina apenas ri, boba, corando de leve.
- Leaaa!

Suki:
- Chiaaaaaaki~!

Maianne Ribeiro:
- Eu! - ri, boba.

Suki:
- Sim, mocinha, você!

Maianne Ribeiro:
- Eu mesma! - ri.

Suki:
- Você!

Maianne Ribeiro:
- Eu e você!

Suki:
- Nós duas, as melhores irmãs do mundo~

Maianne Ribeiro:
- De toooodo o mundo!

Suki:
- De todo o universo!

Maianne Ribeiro:
As duas teriam uma tarde agradável no jardim, aproveitando as frutas frescas e o
clima ameno. Os dias seguintes seriam tranquilos, Leanne se adaptando a morar na
mansão novamente, passando o tempo com Ichiro e Chiaki...

qualquersuki:
Suki:
Aos poucos, o humor da bruxa voltaria ao otimismo e ao carinho de antes. Conforme
se acostumava com a ideia da gravidez, e recebia todos os cuidados e mimos
prometidos - porém não necessários -, Leanne ficava mais mansa e tranquila,
entretida com a maternidade.

Naquele dia não seria diferente: era bem cedo quando ela se espreguiça na cama,
passando a mão pelo rosto antes de esticar as costas e os ombros e se sentar.

- Bom dia, Ichi... - murmura, baixinho, esfregando os olhos antes de olhar ao


redor.

Maianne Ribeiro:
E logo ela notaria uma diferença óbvia no quarto: diante da cama, havia uma pintura
belíssima, retratando a própria Leanne sentada no jardim sob uma das árvores, o
estilo tradicional dando um charme a mais à tela.

Suki:
Isso a faz piscar algumas vezes. Franzir a testa. Piscar novamente. E só então se
levantar de um salto, se aproximando da pintura para observá-la nos mínimos
detalhes.

"Eu conheço bem esse traço..."

Maianne Ribeiro:
A pintura era inegavelmente de Ichiro, o carinho e o amor que sentia presentes em
cada pincelada. Em um dos cantos da tela, havia um papelzinho, com apenas duas
palavras escritas.

"Casa comigo?"

Suki:
A garota pega o papel com uma das mãos, comprimindo os lábios para não fazer
barulho, apesar de trocar o peso entre os pés várias vezes, quase saltitando.

- Isso ainda não é um pedido direto...! - reclama, se virando para a cama, as


bochechas vermelhas e os olhos cheios de lágrimas.

Maianne Ribeiro:
Ichiro solta um riso, encarando a garota com apenas um dos olhos abertos, um
sorriso felino em seus lábios.
- Casa comigo~?

qualquersuki:
Suki:
- Pede direito. - retruca, dando alguns tapinhas no chão com o pé enquanto secava o
rosto.

Maianne Ribeiro:
O rapaz ri outra vez, ficando de pé e se aproximando.
- Casa comigo, Leanne...

Suki:
- E meu beijo~? - insiste, claramente provocando-o, a voz mais manhosa.

Maianne Ribeiro:
- Quantos você quiser. - sorri, beijando-a, carinhoso.

Suki:
- Mesmo depois que o Micchi nascer~? - pergunta, baixinho, os lábios ainda roçando
contra os dele.

Maianne Ribeiro:
- Mesmo depois que o Micchi nascer. - ele ri.

Suki:
- Cuidado, se puxar a mãe ele vai ser chorão, chorão~

Maianne Ribeiro:
- Não tem problema, a gente lida com isso. - ri.

Suki:
- Com o nosso novo quarto imenso? Eu vi uns berços que encaixam na cama, por sinal,
nem precisava de nada tão grande~

Maianne Ribeiro:
- Ótimo, ele vai ficar bem pertinho~

Suki:
- E sem risco de ser esmagado pela mãe grandona e atrapalhada~

Maianne Ribeiro:
- Não vejo nada de atrapalhada~

Suki:
- Ainda, ainda!

Maianne Ribeiro:
- Continuo não vendo. - e ri, beijando-a de leve. - Você ainda não respondeu.

Suki:
- ...não, é~? Pede de novo, então~

Maianne Ribeiro:
- Casa comigo, Leanne~?
qualquersuki:
Suki:
- ...caso. Eu caso sim, Ichiro. - sussurra, roçando os lábios nos dele, provocante.
- Com aliança, véu e grinalda, se você quiser~

Maianne Ribeiro:
O rapaz estremece, arrepiado.
- Assim eu vou querer fazer outra coisa, Lea... - sussurra.

Suki:
- Só uma outra coisa~? - provoca. - ...não dá pra engravidar de novo, dá~?

Maianne Ribeiro:
- Não, não dá. - ele ri, mordiscando o lábio dela. - É bom que a gente aproveita~

Suki:
- Melhor aproveitar mesmo, e bastante, porque depois que a barriga estiver grande
vai ficar desconfortável~

Maianne Ribeiro:
- Então não vamos perder tempo. - sussurra, beijando-a intensamente, os braços
envolvendo-a.

Suki:
A garota prontamente o envolve de volta, puxando Ichiro mais para si.

- ...me levanta e me coloca na parede... - pede, ondulando o corpo contra o dele.

Maianne Ribeiro:
- Com prazer. - ele ri, fazendo como ela pedira, o corpo colado ao dela.

Suki:
- Desde quando você ficou bem adestrado assim~? - provoca, tirando a blusa antes de
puxar o rosto dele contra os próprios seios.

Maianne Ribeiro:
- Não é adestramento quando os dois querem a mesma coisa. - ele ri, enfiando o
rosto nos seios dela, mordiscando-lhe a pele.

Suki:
- É adestramento quando você me obedece prontamente assim... - provoca, roçando o
rosto nos cabelos dele, puxando-o mais para si, cruzando as pernas ao redor da
cintura dele. - ...desfaz as costuras laterais, pra eu não ter que me afastar, mm~?

Maianne Ribeiro:
- Obedeço porque eu quero, ora~ - ri, desfazendo as costuras das roupas dos dois
sem cerimônias.

Suki:
- Se não quisesse, não obedeceria~? - provoca, puxando o ar entre os dentes ao
sentir as peças indo ao chão, arrepiada. - Ara, ara, talvez eu devesse comprar um
enforcador, já que a coleira normal não tem bastado...

Maianne Ribeiro:
- Talvez... - ele ri, arrepiado, encaixando o quadril no dela.

qualquersuki:
Suki:
Isso arranca um gemido da garganta de Leanne, que comprime os lábios para não
deixá-lo escapar.

- ...que saudade disso... - admite baixinho, manhosa, se agarrando mais em Ichiro.

Maianne Ribeiro:
- Hora de matar a saudade então... Com muito, muito gosto... - ele ri, beijando e
mordiscando a pele dela enquanto se movia.

Suki:
- Muito... muito gosto... - e geme baixinho, os lábios na orelha dele, as unhas
marcando-lhe as costas. - Isso, Ichiro... Mais... Eu quero mais, eu quero você
inteiro, Ichiro...

Maianne Ribeiro:
- Me chama de Shogun, vai... - ele sussurra, inebriado com o cheiro, o corpo, a voz
de Leanne.

Suki:
Isso faz o corpo da garota estremecer, as pernas apertando-o com mais força,
mantendo-o junto a si.

- ...mmm, Shogun~ Me usa como sua serva, mm~ - pede, falsamente submissa,
contraindo o corpo ao redor dele, provocante. - Me faz toda sua...

Maianne Ribeiro:
As palavras fazem mais efeito do que a garota esperava, o rapaz soltando um gemido
baixinho de prazer enquanto se movia mais intensamente, se entregando por completo
a Leanne...

Suki:
A reação de Ichiro faz Leanne rir baixinho, um riso que logo se torna gemidos mais
longos e arrastados que ela tentava a todo custo segurar, os olhos revirando nas
órbitas a cada novo impacto do quadril dele contra o seu...

- Mm... Mm... Derrete em mim, Shogun, me faz sua, me usa, me completa~~! - pede,
enfiando o rosto nos cabelos dele para um gemido bastante intenso enquanto o
orgasmo se espalhava por seu corpo violentamente.

Maianne Ribeiro:
E o orgasmo dela é suficiente pra trazer o dele, os quadris colados aos dela
enquanto o rapaz ofegava, o corpo tensionando.
- Ah, Lea, Lea..!

Suki:
Ela joga a cabeça para trás, a respiração bastante pesada, o rosto vermelho e o
corpo suado trêmulos enquanto tentava se recuperar...

"Uau...", pensa, entorpecida, antes de fechar os olhos.

Maianne Ribeiro:
- Ah, como eu te amo... - ele sussurra, beijando o pescoço de Leanne, carinhoso.

qualquersuki:
Suki:
- Só... só nessas horas, é...? - brinca, arfando e suspirando baixinho com os
beijos.

Maianne Ribeiro:
- Claro que não é só nessas horas. - ri. - Eu te amo sempre, ora.

Suki:
- Eu sei, bobo. E eu também te amo sempre. - diz, descendo as pernas devagar antes
de afagar o rosto dele.

Maianne Ribeiro:
- Que bom. - ri, bobo. - Banho e café..?

Suki:
- Correndo. - e assente com a cabeça, beijando-o de leve antes de se afastar.

Maianne Ribeiro:
- Ei, não me deixa pra trás..! - ele ri, acompanhando-a.

Suki:
- Então anda mais rápido~

Maianne Ribeiro:
- Tô andando! - ri.

Suki:
- Então apressa, que a família inteira deve estar na mesa esperando a gente!

Maianne Ribeiro:
- ...isso é verdade. - ele ri, sem jeito, entrando no banheiro com Leanne.

Suki:
- Chuveiro pra ir mais rápido. - diz, sem graça, se adiantando em se lavar.

Maianne Ribeiro:
- Melhor, mesmo, senão o papai vai reclamar. - ri.

Suki:
- Mais, você quer dizer. - brinca.

Maianne Ribeiro:
- Ele sempre reclama, resmungão!

Suki:
- Isso é verdade. Ele reclama de tudo. - e ri baixinho.

Maianne Ribeiro:
- De tudo, sempre. Nunca satisfeito!

Suki:
- Ele sempre exige mais, e mais, e mais. - concorda. - ...mas eu sei que é por
amor. Ele quer o nosso melhor.

Maianne Ribeiro:
- É... É o jeito dele, só. - murmura.

qualquersuki:
Suki:
- Cansa, as vezes. - admite. - Mas é o jeito dele.

Maianne Ribeiro:
- Eu tive mais tempo pra me acostumar. - ri.
Suki:
- É, isso é verdade. Sorte sua e do Mitsuo, que vai crescer com o avô em cima!

Maianne Ribeiro:
- O vô babão. Eu vi que ele tava chorando quando ouviu o coração do Micchi~

Suki:
- Olha quem fala, o pai babão~

Maianne Ribeiro:
- Não sou eu quem tem pose de durão~

Suki:
- Ah, não, _Shogun_?

Maianne Ribeiro:
- Ui, fala mais~

Suki:
- Eu vi o jeito que você enlouqueceu. - e ri, satisfeita.

Maianne Ribeiro:
- Claro. Eu adoro quando me chamam de Shogun~

Suki:
- Vou lembrar disso. - e pisca um dos olhos, saindo do banho e prontamente se
enrolando na toalha.

Maianne Ribeiro:
- Pode lembrar. - o rapaz ri, terminando de se lavar antes de pegar a própria
toalha.

Suki:
- Vamos deixar as roupas rasgadas no armário e eu conserto antes de colocar pra
lavar, ok? - ela ri de leve, indo se vestir.

Maianne Ribeiro:
- Certo, certo. - ele ri, recolhendo as roupas e escondendo-as antes de pegar
roupas novas pra si.

Suki:
- Apresentável? - ela ri, ao terminar de se vestir, se virando para Ichiro enquanto
amassava os cachos molhados.

Maianne Ribeiro:
- Mais que apresentável, linda. - sorri.

Suki:
- Eu sou sempre linda aos seus olhos, seu bobo. - e o beija de leve, carinhosa,
antes de se apressar para fora.

Maianne Ribeiro:
- Isso você é, mesmo. - ele ri, acompanhando-a.

qualquersuki:
Suki:
- Eu ia dizer que não viu nada, mas... - ela ri, boba.

- Vocês demoraram. - Setsuna diz, levando uma das mãos ao peito, aliviada, quando
Leanne e Ichiro aparecem na sala de jantar.

Maianne Ribeiro:
- Desculpa o atraso, eu tava pedindo a Lea em casamento. - Ichiro ri.

- ...huh. - Mitsuo ergue uma sobrancelha.

Suki:
- Pedindo a... - e franze a testa, surpresa com a informação.

- E pediu pros meus pais, por acaso? - Leanne provoca, as bochechas vermelhas.

Maianne Ribeiro:
- ...não. Mas eles não vão negar... Certo? - ele ergue uma sobrancelha.

Suki:
- Não sei, ué. - provoca, cumprimentando os familiares com os beijos e afagos de
sempre antes de se sentar no próprio lugar, cuidadosa.

- Cuidado, o pai dessa menina é bastante bravo. - Setsuna diz, suave, com um
risinho.

Maianne Ribeiro:
- ...pai..?

O homem cruza os braços, sério.

- ...pai! - Ichiro exclama.

Suki:
- Vocês são jovens demais pra isso. - Leanne brinca, imitando a voz do pai. - Isso
não é jeito, nem hora, de pedir a Leanne em casamento.

Maianne Ribeiro:
- Pai..!

- ...hmpf. Vocês tem um filho pra criar. Eu aprovo o casamento. - resmunga, ao que
Ichiro suspira, aliviado.

Suki:
A garota ri baixinho, levando uma das mãos ao peito como Setsuna costumava fazer.

- Até eu fiquei preocupada...! - admite.

Maianne Ribeiro:
- ...hmpf. - Mitsuo sorri. - Eu não seria tão severo assim.

qualquersuki:
Suki:
- Seria sim. - ela provoca, encarando o pai.

Maianne Ribeiro:
- Seria se o rapaz não te merecesse. - resmunga.

- Olha só, fui aprovado~

Suki:
- Cuidado, não abusa ou ele pode inventar de te testar pra ver se está pronto pra
ser pai e proteger a sua família ~
Maianne Ribeiro:
- Isso eu já vou fazer.

- ...quê?!

qualquersuki:
Suki:
- Ei, pera aí, quem protege a família sou eu! - Leanne reclama, surpresa

Maianne Ribeiro:
- É papel do Ichiro proteger a família. - resmunga.

Suki:
- Ah, não, não começa com esse papo, pai!

Maianne Ribeiro:
- Não é papo, ora..!

Suki:
- É sim! É o mesmo papo torto de que meninas não podiam treinar!

Maianne Ribeiro:
- Ora..! - ele resmunga, corando.

Suki:
- E olha a Chiaki como já evoluiu desde que começou! Nada disso, se vai testar
alguém, vai ter que testar a gente lutando como casal!

Maianne Ribeiro:
- Eu não vou testar você lutando, você está grávida!

Suki:
- Então não vai testar ninguém!

Maianne Ribeiro:
- ...hmpf. Tudo bem. - resmunga.

Suki:
- Ótimo. - resmunga de volta, cruzando os braços. - Se for testar o Ichiro, só
comigo de reforço com as arcanas.

Maianne Ribeiro:
- Não. Sem esforço pra você. - o homem resmunga, cruzando os braços.

Suki:
- Então sem teste pra ninguém. - retruca.

Maianne Ribeiro:
- Hmpf. - resmunga. - Já disse que tudo bem.

Suki:
- Ótimo. - resmunga também.

Maianne Ribeiro:
- Ótimo digo eu. - Ichiro ri. - Não que eu não me garanta num teste, maaaaaaas...

qualquersuki:
Suki:
- Contra o papai? Não se garante _mesmo, Shogun_.

Maianne Ribeiro:
- Eu me garanto sim!

- ...hpmf. Shogun... - e balança a cabeça.

Suki:
- Ele fez por merecer nos últimos trabalhos pra família, vai, pai~

Maianne Ribeiro:
- ...hmpf. Um pouco.

Suki:
- Viu~? Viiiiiu~? - provoca.

Maianne Ribeiro:
- Hmpf. Não vi nada.

- O papai reconheceu meu trabalho, é isso~?

- ...hmpf.

Suki:
- Você tá mais resmungão que o normal hoje, pai. - Leanne murmura, franzindo a
testa de leve. - O que foi, hein?

Maianne Ribeiro:
- Nada. Só... preocupado com meus filhos, e meu neto. - murmura.

- Babão, eu disse.

- Hmpf.

Suki:
- Seus filhos e seu neto estão bem, pai. Eu ganhei peso, o Mitsuo também, e todos
os exames estão em dia. Não precisa se preocupar tanto assim. Faz mal, na sua
idade~

Maianne Ribeiro:
- Na minha— Ora, eu não sou um velho caquético! - resmunga.

Suki:
A resposta arranca uma gargalhada de Leanne, que inclina o corpo para trás para
rir, boba.

- Agora sim eu senti vigor!

Maianne Ribeiro:
- Hmpf! É claro que eu tenho vigor, de sobra!

Suki:
- Use mais dele, ao invés de resmungar! - e ri.

Maianne Ribeiro:
- Eu uso o meu vigor!

Suki:
- Reclamando!
Maianne Ribeiro:
- Mas é claro que não é só reclamando!

Suki:
- Você sabe que eu só tô te provocando, né~?

Maianne Ribeiro:
- ...HMPF! - ele resmunga, corando de leve.

qualquersuki:
Suki:
E isso arranca outra gargalhada de Leanne, que abraça o próprio corpo para tentar
se controlar...

Maianne Ribeiro:
- Não é tão engraçado assim, é? - Mitsuo resmunga, sem jeito.

- É sim, pai! - Chiaki responde, gargalhando com a irmã.

Suki:
- Ver você fora da sua pose é sempre engraçado, porque é sempre memorável e raro!

Maianne Ribeiro:
- Hmpf! - o homem resmunga, se recompondo.

Suki:
A garota ri mais um pouco, boba.

- Já basta, crianças. Concentrem-se em comer. Você principalmente, Leanne. -


Setsuna diz, gentil, balançando de leve a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Sim, senhora, mãe! - Chiaki ri, voltando a comer.

Suki:
- E comam _direito_. - insiste, encarando a mais velha, que revira os olhos.

- Eu sei, eu sei! Eu tô me cuidando!

Maianne Ribeiro:
- E eu tô cuidando dela. - Ichiro adiciona.

- Eu também! - a menina faz coro.

Suki:
- Viu~? Meu peso tá subindo dentro do limite, também! Nem menos, nem mais!

- Espero, mocinha. Uma gravidez já é difícil o suficiente sem ter problemas. - e


suspira.

Maianne Ribeiro:
- Eu espero que não tenhamos problemas. - Mitsuo suspira.

- Não vamos ter. Relaxa, pai!

Suki:
- Não vamos, não vamos! Minha estrutura óssea é maior, também, a chance de
problemas no parto é mínima.
- A médica quem disse isso?

- A internet me disse metade, e ela confirmou o resto~

Maianne Ribeiro:
- Aí, viu? Estamos seguros! - ri.

qualquersuki:
Suki:
- Plenamente seguros! - ela confirma.

Maianne Ribeiro:
- Exatamente. Nada a temer! - sorri.

Suki:
- Nad---

- Já chega. Já entendemos. - a mulher ri.

Maianne Ribeiro:
- Eu ainda me preocupo. É minha família, afinal. - Mitsuo suspira.

Suki:
- Nossa família. - Setsuna suspira também.

Maianne Ribeiro:
- Sim, nossa, é claro. - ele assente com a cabeça. - Você entendeu o que eu quis
dizer.

Suki:
- Sim, entendi. E a nossa família está sob o cuidado de todos nós, querido. Não se
preocupe tanto. - pede, afagando uma das coxas dele, carinhosa.

Maianne Ribeiro:
O homem suspira, assentindo com a cabeça.
- Eu estou tentando. Eu juro.

Suki:
- Eu sei. E nós estamos tentando, também, para garantir a sua tranquilidade e a sua
calma.

- Eu nem insisti mais nos treinos de combate~ - Leanne provoca.

Maianne Ribeiro:
- Ainda bem. - ele resmunga baixinho. - Sem combate pra você, por favor.

Suki:
- Eu sei, pai, eu sei...! Só depois que o Mitsuo nascer e eu me recuperar. - ela
ri.

Maianne Ribeiro:
- Ótimo. - ele assente com a cabeça. - Eu já terminei de comer, aguardo vocês no
dojo.

Suki:
- Eu preciso comer um pouco mais, e uns minutos de descanso. Mas não demoro. - ela
sorri.
Maianne Ribeiro:
- Sem pressa. Eu estarei esperando. - o homem assente com a cabeça mais uma vez, se
afastando.

Suki:
Leanne dá um tapa leve na coxa de Ichiro, indicando a porta com a cabeça.

- Não deixa o velho esperando. - pede.

Maianne Ribeiro:
- Ai, ai, tá bom, já tô indo. - ele ri, ficando de pé e seguindo o pai.

qualquersuki:
Suki:
- Faça o meu papel e o seu mantendo ele entretido e orgulhoso nos treinos até eu
chegar!

Maianne Ribeiro:
- Pode deixar! - ele gargalha, se afastando.

Suki:
- E você também, mocinha, não esqueci. - diz, encarando Chiaki.

Maianne Ribeiro:
- Eu já tô iiiindo! - ri, terminando de comer.

Suki:
- Não demoooooora~ - brinca.

Maianne Ribeiro:
- Não vou demoraaaar! - ri, logo ficando de pé. A menina ainda dá um beijo no rosto
de Leanne e no de Setsuna antes de se afastar.

Suki:
E isso faz Leanne suspirar baixinho, boba, se concentrando em comer enquanto
conversava com a mãe...

-=-

- Desculpem a demora. - diz, educada, ao entrar no dojo longos minutos depois.

Maianne Ribeiro:
- Algum problema, Leanne? - Mitsuo pergunta, encarando-a.

Suki:
Ela nega com a cabeça, estranhamente... dócil.

- Não, pai, problema nenhum. - murmura, prendendo os cabelos com cuidado. - Eu vou
me alongar para começarmos. Com licença.

Maianne Ribeiro:
- ...tudo bem. - ele murmura, franzindo a testa. "O que deu nela..?"

qualquersuki:
Suki:
A garota se afasta para um dos cantos do dojo, fazendo como falara em silêncio,
cuidadosa em fazer movimentos sobre a própria barriga, evitando-os sempre que
possível...
Maianne Ribeiro:
"...talvez a Setsuna tenha colocado um pouco de juízo na cabeça dela," pensa,
sorrindo de leve enquanto guiava os treinos, atencioso.

Suki:
E ele perceberia Leanne muito mais calma e focada, os movimentos com menos força, a
respiração controlada e os ombros para trás, sem o ânimo e a energia de sempre.

Maianne Ribeiro:
"...ou não."

- Leanne. Venha aqui. - o homem chama com um gesto.

Suki:
A garota prontamente assente com a cabeça, se aproximando.

- Diga, pai...? - pergunta. - Aconteceu alguma coisa? Fiz algo de errado?

Maianne Ribeiro:
- Eu que pergunto. - suspira. - Você parece desanimada.

Suki:
- ...nada passa batido pela sua visão, mesmo... - ela ri de leve, relaxando os
ombros. - Não é nada que você precise se preocupar, pai, eu juro.

Maianne Ribeiro:
- Tem certeza? - pergunta, preocupado.

Suki:
- Só levei um puxão de orelha da mamãe. - diz, culpada, esfregando um dos braços e
desviando o olhar. - Merecido. - adiciona.

Maianne Ribeiro:
- Mm, entendi. - ele suspira, assentindo com a cabeça. - Tudo bem.

Suki:
- Eu vou tentar poupar você e ela do estresse comigo e com o Mitsuo. Vai me custar
um pouquinho de sanidade, mas eu aguento. - brinca.

Maianne Ribeiro:
- ...como assim, um pouquinho de sanidade? - ele franze a testa.

qualquersuki:
Suki:
- Me agitar menos, me movimentar menos, diminuir a intensidade das atividades. -
ela ri de leve. - Você e a mamãe tão doidos comigo que eu sei.

Maianne Ribeiro:
- Estamos, bastante. - suspira.

Suki:
- É, ela falou. E me contou da última gravidez dela, também, e do medo que vocês
estão. - murmura. - Eu sei que não é a mesma coisa, mas... acho que alguns meses
mais quieta não vão me matar.

Maianne Ribeiro:
- Por favor. - ele pede. - Só durante esses meses, e a sua recuperação.

Suki:
- Podemos continuar nossos treinos, pelo menos? - pede, culpada. - Eu sei que eles
vão ter que ser cada vez mais leves, mas...

Maianne Ribeiro:
- Podemos sim. - Mitsuo assente com a cabeça.

Suki:
- Ufa. - ela leva uma das mãos ao peito, aliviada. - ...eu posso começar a gastar
dinheiro com coisas pro Mitsuo, e uns cursos pra mim? Acho que é um bom jeito de
gastar meu tempo livre.

"Até porque faculdade de medicina não é uma possibilidade pra mim."

Maianne Ribeiro:
- Não precisa nem pedir. - ele resmunga. - Eu já disse, seu cartão é pra gastar com
tudo aquilo que achar necessário.

Suki:
- Eu seeeeeeeei, pai.... - murmura, inflando as bochechas. - Mas móveis e enxoval
de bebê são coisas caras, e cursos também!

Maianne Ribeiro:
- E tudo isso é necessário. - resmunga.

Suki:
- Eu sei... Mas eu ainda me sinto mal de gastar seu dinheiro!

Maianne Ribeiro:
- Pois não devia. - ele suspira. - Eu me orgulho de poder prover para os meus
filhos.

Suki:
- ...porra, com você falando assim eu me sinto até mal, sabia? - ela ri de leve,
corando.

Maianne Ribeiro:
- Hmpf. Então use seu cartão direito. - resmunga. - Eu não quero que nada falte aos
meus filhos.

qualquersuki:
Suki:
- ....não resmunga assim que depois vai se arrepender, velho. - responde, as
bochechas mais vermelhas, imitando um resmungo dele.

Maianne Ribeiro:
- Eu não vou me arrepender. - sorri.

Suki:
- Jura pela carpa? - pergunta, erguendo o dedo mindinho com um sorriso de canto.

Maianne Ribeiro:
- Juro pela carpa. - sorri, entrelaçando o dedo ao dela.

Suki:
A garota ri baixinho, mais empolgada, beijando a mão e as bochechas de Mitsuo
carinhosamente.

- Posso continuar o treino agora~?


Maianne Ribeiro:
- Pode, pode sim, querida. - sorri, afagando os cabelos dela.

Suki:
Ela sorri, boba, fechando os olhos com o carinho antes de voltar para o próprio
lugar e voltar a treinar...

Maianne Ribeiro:
-=-

- Booooa noite, minha carpinha~ - Ichiro ri de leve, entrando no quarto à noite, já


alguns dias depois.

Suki:
- Lembrou que tem esposa~? - provoca, deitada na cama de pijama, mexendo no
celular.

O quarto, agora a junção dos de Ichiro e Leanne, aos poucos começava a receber
móveis e decorações novos para a chegada de Mitsuo...

Maianne Ribeiro:
- Ei! Eu só tava praticando um pouco, ora! - o rapaz ri, indo deitar ao lado dela.

Suki:
- Praticando o dia todo, de novo. - brinca, desviando o olhar do telefone para
beijá-lo, antes de voltar a se distrair com as redes sociais.

Nos antebraços, marcas de amarrações elaboradas, de cordas macias, porém


visivelmente firmes...

Maianne Ribeiro:
O rapaz hesita, franzindo a testa.
- Lea, que marca é essa?

Suki:
A garota ergue uma das sobrancelhas antes de olhar a marca, girar o braço de um
lado para o outro, e dar de ombros.

- Uma marca, ué. - responde, um sorriso vulpino no rosto.

Maianne Ribeiro:
- Uma marca de quê? - ele ergue uma sobrancelha.

Suki:
- De uma corda. - responde, rindo de leve.

Maianne Ribeiro:
- Como assim, "de uma corda", Leanne, o que você tava fazendo? - insiste.

qualquersuki:
Suki:
- Sendo amarrada. - e dá de ombros novamente, desligando a tela do celular e
deixando-o de lado antes de se virar para encarar Ichiro.

Maianne Ribeiro:
- ...sendo amarrada por quem? - ele sussurra, mais sério.

Suki:
- Por alguém. - responde, piscando algumas vezes. - Quer ver o resto das marcas
antes de dar piti, ou vai começar desde já?

Maianne Ribeiro:
- Dar pi-- Leanne, você tá sendo amarrada por alguém e quer que eu ache lindo?! -
ele exclama, incomodado.

Suki:
A garota comprime os lábios, claramente segurando o riso.

- Talvez~ Você não sabe pra que eu tô sendo amarrada, sabe? Nem _por quem_ ~

Maianne Ribeiro:
- Não, eu não sei, porque você não está me falando. - retruca.

Suki:
- Ué, e eu preciso falar? Você não confia em mim o suficiente pra precisar não
saber? - resmunga.

Maianne Ribeiro:
- Precisa, porque não tem motivo pra você ser amarrada por ninguém!

Suki:
- E se eu quiser? Se eu gostar? Se eu tiver sentido vontade de experimentar? Não
posso?!

Maianne Ribeiro:
- Aí você experimenta comigo, não com seja lá quem for! - exclama.

Suki:
- A sua vida não gira em torno da minha, gira? Pois nem o contrário!

Maianne Ribeiro:
- ...tá bom, então. Divirta-se sendo amarrada pelo seu amante. - ele retruca,
irritado, ficando de pé. - Eu vou dormir no quarto de hóspedes. - e se afasta.

Suki:
- Dorme mesmo, imaginando mil coisas que não aconteceram porque você é um babaca
ciumento! Quando voltar a ser gente você volta a dormir na nossa cama! - diz,
irritada, pegando o telefone e dando as costas para Ichiro.

Maianne Ribeiro:
- Se eu tô imaginando mil coisas é porque alguém tá de segredinho! - ele grita de
volta, se afastando a passos pesados.

qualquersuki:
Suki:
- PORQUE VOCÊ É UM BABACA! - grita, atirando um dos travesseiros na porta.

Maianne Ribeiro:
"Claro, a culpa agora é minha," e ri, sarcástico, se enfiando em um dos quartos de
hóspedes.

Suki:
Já era a manhã seguinte quando Leanne sai novamente do quarto, hesitando na porta
da sala de jantar ao ver Ichiro sentado, suspirando e balançando a cabeça
negativamente antes de se sentar do outro lado da mesa.

Maianne Ribeiro:
Mitsuo ergue uma sobrancelha, observando os dois.
- Aconteceu alguma coisa?

- Não, não, só eu recebendo facada pelas costas, nada de mais. - o rapaz solta um
risinho.

Suki:
- Seu filho sendo um pseudo macho alfa inseguro. - murmura. - Se eu tivesse te
colocando chifres, Ichiro, garanto que você já não passava mais da porta. - rosna.

Maianne Ribeiro:
- Pseudo macho alfa inseguro..! - ele ri, sarcástico. - Claro, desculpe, são apenas
marcas de corda inocentes na minha noiva, nada de mais. Eu que estou procurando
pelo em ovo.

Suki:
- Se você só pensa em cordas por razões safadas, já que só pensa com a cabeça de
baixo, aí não é problema meu. - retruca. - Pra que que você me pediu em casamento
se não confia em mim?!

Maianne Ribeiro:
- Não sou eu quem está fazendo segredinho. - ele retruca, ficando de pé e se
afastando. - Perdi a fome.

Suki:
- Sente-se e coma, Ichiro. - Setsuna quem diz.

Maianne Ribeiro:
O rapaz hesita, mas acaba por voltar a se sentar, irritado.

Suki:
- Em silêncio, vocês dois. Já basta. - a mulher diz, severa, antes de balançar a
cabeça negativamente. - Vamos comer.

Maianne Ribeiro:
- Sim, senhora. - ele sussurra, comendo em silêncio.

Suki:
E Leanne faz o mesmo, apesar de claramente a contragosto, se levantando sem comer
nem um terço da quantidade habitual.

- ...banheiro. - diz, antes de se afastar a passos rápidos, deixando parte da


comida ainda no prato.

Maianne Ribeiro:
- Eu já terminei. Vou pro dojo. - Ichiro sussurra, ficando de pé pouco depois.

qualquersuki:
Suki:
- Ensine bons modos ao nosso filho, por favor, que eu vou fazer o mesmo com a nossa
filha. - diz, severa.

Maianne Ribeiro:
- Deixe comigo. - Mitsuo assente com a cabeça, acompanhando Ichiro para o dojo,
sério.

Suki:
Quem entra no dojo já quase ao final do treino, para a surpresa do marido e dos
filhos, é Setsuna, com Leanne ao seu lado, a mais velha se sentando no próprio
lugar em silêncio.
Maianne Ribeiro:
Ichiro mal se aguentava de pé, as mãos segurando a shinai como podia enquanto o pai
atacava quase incansavelmente, sem dar brecha pra que o filho descansasse.
- Defesa aberta de novo! - o homem reclama, acertando as costelas do mais novo.

Suki:
Os olhos de Leanne se abrem em espanto com a cena, a garota buscando o próprio
bastão antes de se colocar entre Ichiro e o pai de imediato, impedindo que o mais
velho continuasse os ataques.

- ...já chega. - rosna, entre os dentes, encarando Mitsuo ferozmente.

Maianne Ribeiro:
A espada de Mitsuo para no meio do golpe, o homem travando ao ver a filha.
- ...foi o suficiente. - murmura, se afastando pra guardar a shinai, enquanto
Ichiro cai de joelhos, ofegante, tremendo...

Suki:
- ...ele te machucou muito? - pergunta, preocupada, se agachando ao lado do dragão
mais novo, a mão livre tocando-lhe o ombro para curá-lo e aliviar seu cansaço...

-=-

- Um pouco mais pesado do que eu aconselharia, mas parece ter funcionado. - a


mulher suspira.

Maianne Ribeiro:
- ...o suficiente... - Ichiro sussurra, balançando a cabeça. - Não... Não
precisa...

-=-

- Hmpf. Espero que ele tenha aprendido. - resmunga.

Suki:
- Você não merece, mas é bem visível que precisa. - e suspira, largando o bastão
para induzi-lo a se inclinar para trás, empurrando-o de leve e apoiando seu corpo
até o chão.

-=-

- Aprendeu, não tenho dúvidas. Nosso filho é um bom garoto.

Maianne Ribeiro:
- Se eu não mereço, então me larga aqui. - ele resmunga de dor, os dentes cerrados.

-=-

- É, é sim. Só jovem demais.

qualquersuki:
Suki:
- Solta o seu corpo e relaxa, e deixa eu te deitar. Vai ser melhor pra você. -
murmura, a voz suave enquanto a magia se espalhava pelo corpo dele, quentinha.

-=-

- Os dois são. - murmura, balançando a cabeça de leve.


Maianne Ribeiro:
"Só me larga..." pensa, frustrado, cobrindo o rosto com o braço.

-=-

- Mm. Mas vão crescer.

Suki:
- Isso, quietinho. - e suspira, as mãos passando pelo torso dele enquanto curavam
os ossos e os músculos, aliviando a dor e relaxando cada um deles...

-=-

- E vão ser terríveis, como nós dois. - brinca.

Maianne Ribeiro:
O rapaz solta um suspiro de alívio, sentindo a dor se esvair. Enfim, ele volta a se
sentar, incapaz de encarar Leanne.
- Obrigado. - sussurra.

-=-

- Ah, e como vão. - ri.

Suki:
- De nada. - e suspira, hesitando ao erguer a mão para tocar os cabelos dele, antes
de enfim pegar o próprio bastão e ficar de pé.

Maianne Ribeiro:
- Eu vou tomar um banho. - o rapaz murmura, se afastando.

Suki:
A garota faz menção de diz algo, mas se limita a balançar a cabeça negativamente, a
mão livre indo até o próprio estômago de novo.

- Leve a nossa filha ao banheiro. - diz, séria, vendo Leanne se encolher.

Maianne Ribeiro:
Mitsuo assente com a cabeça, indo acompanhar Leanne, preocupado.
- O que houve..?

Suki:
Ela balança a cabeça de novo, encolhendo os ombros enquanto estremecia, respirando
ruidosamente pelo nariz...

Maianne Ribeiro:
O homem apoia a filha com cuidado, adiantando o passo. "Nada bom. Nada bom..."

Suki:
Assim que a garota chega ao banheiro, ela praticamente se larga diante do vaso
sanitário, vomitando o pouco que restara em seu estômago com sons bastante
desagradáveis, o corpo inteiro tremendo...

Maianne Ribeiro:
Mitsuo suspira, segurando os cabelos de Leanne, carinhoso.
- Não devia ter curado o Ichiro. - sussurra.

qualquersuki:
Suki:
Uma das mãos de Leanne acerta a coxa de Mitsuo, repreendendo-o, sem que ela se mova
mais do que isso ou faça menção de responder verbalmente.

Maianne Ribeiro:
- Eu estou certo. - resmunga. - Você precisava conservar sua energia.

Suki:
E ela o acerta novamente, dessa vez com mais força, antes de estremecer e voltar a
vomitar, encolhendo os ombros.

Maianne Ribeiro:
- ...hmpf. - resmunga, apenas ficando ao lado da filha.

Suki:
Longos e longos minutos se passam até que a garota se sente sobre os próprios
calcanhares e jogue o corpo para trás, ofegando e suando frio, o rosto pálido...

Maianne Ribeiro:
- Vai passar. Com o tempo, vai passar. - ele murmura, gentil, a energia envolvendo
a garota carinhosamente.

Suki:
- N-não sei se eu aguento... - geme, nauseada, a cabeça balançando de um lado para
o outro.

Maianne Ribeiro:
- Aguenta sim. Você é mais forte do que pensa, Leanne. - sussurra.

qualquersuki:
Suki:
- Espero, pai... - ela sussurra, cansada, se apoiando na parede com os dois braços
para se levantar devagar.

Maianne Ribeiro:
O homem apoia Leanne com cuidado, ajudando-a a ficar de pé.
- Aguenta sim. - diz, gentil. - Agora vá descansar, por favor.

Suki:
- Mm. Pode deixar... - murmura. - Um banho e deitar... - ela suspira, cansada.

Maianne Ribeiro:
- Isso. - ele assente com a cabeça, levando Leanne até o quarto dela, cuidadoso.

Suki:
- Não precisava, pai... - murmura, sem recusar a ajuda.

Maianne Ribeiro:
- Claro que precisava. - ele murmura, sorrindo de leve.

Suki:
- Porque eu sou sua filha e é seu dever e um prazer cuidar de mim. Eu sei. -
responde, retribuindo o sorriso.

Maianne Ribeiro:
- Exatamente. - ele sorri, gentil.

Quando chegassem ao quarto, veriam Ichiro já deitado na cama, descansando, os


cabelos úmidos do banho.
- Oi, Le-- Pai? Aconteceu alguma coisa? - ele pergunta, franzindo a testa.

Suki:
Ela abre a boca para dizer algo, mas apenas nega com a cabeça, a expressão se
fechando.

- Nada. - murmura. - Achei que você tivesse trocado de quarto. - diz, sem conseguir
se segurar, o tom perceptivelmente magoado.

Maianne Ribeiro:
- Eu estou preocupado com você, e é assim que você me resp--

- Ichiro. - Mitsuo rosna, severo, guiando Leanne até a cama. - Cuide da sua noiva.

Suki:
- Não sei se ainda tem noivado, pelo jeito. - ri, sem força, praticamente
desmontando sobre um dos cantos da cama. - Eu sou grandinha, pai, pode deixar que
eu sei me cuidar.

- E eu estou aqui, se ela precisar de algo. - Salem diz, subindo para se aninhar
entre Leanne e Ichiro, observando o rapaz com um olhar bastante ameaçador, as
orelhas para trás. - Não se preocupe, Mitsuo.

Maianne Ribeiro:
- Hmpf. - o homem resmunga, se afastando.

- ...você cheia de segredos pra mim, e o errado sou eu. Ótimo. - o rapaz resmunga,
balançando a cabeça. - Então aconteceu alguma coisa, e você não quer dizer.

qualquersuki:
Suki:
- Se você não confia em mim pra algo simples, eu não vou confiar em você também. -
murmura. - Não afeta o seu filho, se é essa a sua preocupação.

Maianne Ribeiro:
- Desde quando minha noiva aparecer com marcas de corda é algo simples?!

Suki:
- Eu não vou discutir. - e suspira, a voz trêmula.

- Deixe-a descansar. Ao contrário de você, ela está fazendo o trabalho pesado de


ter um filho, que é formá-lo no próprio ventre as custas do próprio corpo. - Salem
rosna, ficando de pé.

Maianne Ribeiro:
- ...talvez seja melhor eu mudar de quarto, mesmo. - resmunga, ficando de pé e se
afastando.

Suki:
- Vá e não se aproxime de novo, garoto! - rosna.

Maianne Ribeiro:
"Ótimo. Era tudo que eu precisava," pensa, irritado, indo se isolar no quarto de
hóspedes.

Suki:
E Leanne passa o resto do dia na cama, dormindo - fosse pelo próprio cansaço, fosse
pela magia dos Arcanos -, de costas para a porta...
Maianne Ribeiro:
No dia seguinte, Ichiro não apareceria no café da manhã, tendo se enfiado no
estúdio pra desenhar, frustrado...

Suki:
A própria Leanne só apareceria bem depois do horário habitual, os passos lentos,
bastante cansada.

- Bom dia... - murmura, praticamente se soltando no próprio lugar, os olhos


entreabertos.

Maianne Ribeiro:
- Não parece um bom dia. - Mitsuo murmura, preocupado. - O que houve? Mais
problemas com o Ichiro?

Suki:
- Não. - murmura, se servindo devagar, a porção bem menor que antes.

Maianne Ribeiro:
- Você precisa comer mais. - suspira. "Foi sim. E o Ichiro vai merecer outra
surra."

qualquersuki:
Suki:
- Eu só tô muito enjoada desde ontem. - murmura, balançando a cabeça de leve.

- É normal, mas vai passar com os meses. - Setsuna explica, afagando as costas da
filha.

- Não parece...

Maianne Ribeiro:
- Vai, vai sim. Foi assim com a sua mãe. - murmura.

Suki:
- Ugh... Eu não aguento mais colocar tudo pra fora... - reclama.

- Eu vou preparar um chá para ajudar. Mitsuo, Chiaki, cuidem dela por um momento,
sim? - pede, antes de se afastar.

Maianne Ribeiro:
- Pode deixar, mãe. - Chiaki murmura, se aproximando pra afagar o braço da irmã,
preocupada.

Suki:
- Obrigada... - murmura, encostando a cabeça na da irmã e fechando os olhos.

Maianne Ribeiro:
- De nada, Lea. Vai passar. - ela murmura, carinhosa.

Suki:
- Obrigada, imouto... Mas eu não aguento mais, e mal começou. - ela ri de leve,
fraca.

Maianne Ribeiro:
- Nós estamos aqui pra te apoiar. - Mitsuo murmura, firme. - Vai passar.

Suki:
Ela abre a boca pra dizer algo, mas hesita.
- ...obrigada, pai. Passar por isso já tá sendo difícil o suficiente com o apoio de
vocês.

Maianne Ribeiro:
- De nada, querida. Nós vamos dar todo o apoio possível.

Suki:
- Eu sei que sim. Vocês nunca falharam comigo. - e sorri, estendendo a mão na
direção do pai, carinhosa.

Maianne Ribeiro:
- Nós te amamos, querida. Muito. - sorri, segurando a mão dela.

Suki:
- E eu também amo muito vocês todos. - diz, boba.

Maianne Ribeiro:
O homem sorri, gentil.
- Agora termine de comer e descanse, por favor. Treinos não vão te favorecer nesse
estado.

qualquersuki:
Suki:
- Tudo bem. Eu devo dormir o dia todo, de novo, então como nas horas que acordar
entre um cochilo e outro. - murmura assentindo com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Certo. Por favor, se alimente. - ele assente com a cabeça.

Suki:
- Pode deixar. O Salem vai pedir aos empregados para fazerem umas coisas diferentes
e deixarem a disposição pra mim. - ela sorri de leve. - Não quero mais preocupação
pra ninguém.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado. - ele assente com a cabeça, fazendo mais um afago na mão de Leanne.

Suki:
- Agora eu vou lá. Preciso muito dormir. - murmura, se alongando de leve antes de
ficar de pé. - Bom treino pra vocês. E nada de maltratar meus irmãos. - adiciona,
acenando de leve enquanto se afastava, ignorando o chá que Setsuna fora fazer.

Maianne Ribeiro:
- Bom descanso, querida. Até mais tarde. - suspira. "Não garanto nada."

Suki:
- ...oh. A Leanne já foi? - Setsuna pergunta, retornando à sala de jantar algum
tempo depois, a bandeja com o bule e a xícara nas mãos. - Ela passou mal de novo?

Maianne Ribeiro:
- Ela foi descansar. - suspira. - E eu vou precisar ensinar outra lição ao Ichiro,
claramente.

Suki:
- Querido... - ela suspira, preocupada. - Você realmente acha que isso vai ajudar
em alguma coisa? - pergunta, hesitante.

Maianne Ribeiro:
- Eu não sei, mas é o que eu posso fazer. - murmura.

Suki:
- Conversar sobre o dever de um homem com sua mulher grávida, ainda mais por
irresponsabilidade de ambos e com o mal-estar que ela vem sentido. Não é melhor? -
e esboça um sorriso, esperançosa.

Maianne Ribeiro:
- ...hmpf. Talvez. - resmunga, cruzando os braços.

Suki:
- Pode tentar isso primeiro, enquanto eu e a Chiaki cuidamos da Leanne? Se não
funcionar, eu prometo parar de reclamar da sua espada. - ela suspira.

Maianne Ribeiro:
- Tudo bem, tudo bem. - suspira. - Eu vou conversar com ele.

qualquersuki:
Suki:
- Obrigada, querido. - e sorri. - Chiaki, me acompanha até o quarto da sua irmã? -
pede, suave, indicando a porta com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Acompanho sim! - ela assente com a cabeça, seguindo a mãe.

Suki:
- Nós vamos fazer um dia de cuidados para a sua irmã, o que acha? Cabelo, pele,
unhas~

Maianne Ribeiro:
- Acho ótimo! A Lea merece! - ri, segurando na mão de Setsuna.

Suki:
- E nós também. - brinca.

Maianne Ribeiro:
- Merecemos sim! - ri.

Suki:
- Vai ser ótimo. - diz, dando alguns toques na porta do quarto de Leanne antes de
entrar. - Com licença, filha. - murmura, ao que a garota se apoia nos cotovelos
para encará-las, o rosto molhado de lágrimas.

- O que foi...? Aconteceu alguma coisa...? - pergunta, preocupada.

Maianne Ribeiro:
- Aconteceu que a gente veio te ver. - a menina resmunga, se aproximando pra
abraçar a irmã.

Suki:
- N-não precisava... - murmura, abraçando Chiaki de volta de imediato. - Mas é
sempre bom... - e ri baixinho, a voz logo quebrando enquanto ela voltava a chorar.

- Eu trouxe seu chá, minha menina. Vai ajudar com o enjoo e te ajudar a relaxar. -
diz, gentil, colocando a bandeja sobre a mesa antes de se aproximar para afagar os
cabelos das duas.

Maianne Ribeiro:
- Precisava sim. Você precisa da gente... - sussurra, apertando o abraço.
Suki:
- Eu s-sempre preciso de vocês, s-sua boba... - e ri baixinho.

- E nós precisamos de você. Do seu sorriso, da sua luz, do seu amor. E como você
não está em condição de brilhar, nós viemos te ajudar.

Maianne Ribeiro:
- Exatamente. Dar carinho pra Lea, e cuidado também!

qualquersuki:
Suki:
- Assim eu fico mimada... - diz, boba, parando de chorar aos poucos.

- Então se permita alguns mimos, querida. - ela sorri. - Vamos começar com um pouco
de chá e colo.

Maianne Ribeiro:
- Você merece mimo! - Chiaki ri de leve, secando o rosto da garota gentilmente.

Suki:
- Obrigada... - e suspira, aceitando a xícara de chá, cuidadosa.

- Pensei em um dia para cuidarmos dos cabelos, das unhas, da pele.

"E do coração, que é o que você mais precisa.", pensa, sem ousar verbalizar isso
para Leanne.

Maianne Ribeiro:
- Um dia de luxo e conforto! - ri, assentindo com a cabeça.

Suki:
- Um dia de spa, pelo jeito!

- ...olha, talvez seja uma boa ideia.

Maianne Ribeiro:
- É uma ótima ideia! - ela ri baixinho. - Vamos aproveitar!

Suki:
- Vou providenciar um carro para nós três, sendo assim. - Setsuna diz, empolgada.

Maianne Ribeiro:
- Ebaaaa~! - a garota sorri, animada. - Um dia só nosso!

Suki:
- Vai ser divertido. - Setsuna ri, ficando de pé. - Vão se banhar e colocar roupas
confortáveis. Eu vou providenciar tudo.

Maianne Ribeiro:
- Eu não demoro! - Chiaki sorri, se afastando, apressada.

Suki:
- A gente se encontra aqui! - Leanne diz, mais animada, se levantando.

- Não demorem. - a mulher pede, se afastando.

Maianne Ribeiro:
Chiaki não demoraria a retornar, já banhada e pronta pra sair, empolgada.
- Volteeei!

Suki:
E Leanne já a esperava, os cabelos ainda secos.

- Chinelos devem ser o suficiente, né...? - pergunta, insegura.

Maianne Ribeiro:
- Deve sim. - a menina ri de leve, indo segurar a mão da irmã.

Suki:
- Ufa. Não sei relaxar de sapato fechado. - ela ri também, afagando os cabelos de
Chiaki antes de segurar as mãos dela de volta.

Maianne Ribeiro:
- A gente provavelmente vai relaxar descalça, mesmo~

qualquersuki:
Suki:
- Espero. Admito que meus pés tão precisando de um carinho especial. - e ri, boba.

- O carro está nos esperando, meninas. - Setsuna avisa batendo na porta algumas
vezes.

Maianne Ribeiro:
- Vamos~! - Chiaki sorri, boba, puxando a irmã.

Suki:
- Não arrasta~ - brinca, se deixando levar.

- Ara, ara, meninas, tomem cuidado... - pede, acompanhando as duas.

Maianne Ribeiro:
- Tô tomando cuidado, mãe! - ri.

Suki:
- Boa menina!

Maianne Ribeiro:
- A melhor! - sorri, boba.

Suki:
- Não, essa sou eu~ - Leanne provoca.

Maianne Ribeiro:
- Nós duas!

Suki:
- OK ok, nós duas eu aceito!

- Não esqueçam do cinto, meninas. - pede, gentil, quando se aproximam do carro e um


empregado abre a porta.

Maianne Ribeiro:
- Cinto sempre! - ela assente com a cabeça, se ajeitando no banco de trás.

Suki:
- Sempre, mesmo pra distâncias pequenas.
- Você precisa lembrar o papai disso, mãe, não a gente. - Leanne ri.

Maianne Ribeiro:
- Pois é, eu sempre boto! - ela resmunga.

Suki:
- Ara, ara, sem resmungar, ou vão acabar como o pai de vocês.

Maianne Ribeiro:
- Não, eu não vou ser resmungona que nem o pai! - ri.

qualquersuki:
Suki:
- Nem eu! Que os céus me livrem! - e ri também, boba.

- Então comecem desde já a se policiarem. - diz, suave.

Maianne Ribeiro:
- Eu sou risonha, risonha! - ri, boba.

Suki:
- O nome disso é "boba", Chiaki~ - a irmã provoca.

Maianne Ribeiro:
- Sou boba, então! E você é bobona!

Suki:
- Você é bobinha, o I— - e se cala, a expressão risonha desaparecendo enquanto ela
desviava o olhar.

Maianne Ribeiro:
- ...ele é um bobo mesmo. Um bobo idiota. - a menina resmunga, cruzando os braços.
- Pode xingar ele!

Suki:
- Não quero. Eu não quero atacar ele que nem ele tem me atacado. - murmura.

- O que o seu irmão tem feito, querida?

A garota suspira.

- Ele tem achado que eu tô com um amante por causa de uma marca de corda no meu
braço.

Maianne Ribeiro:
- Marca de corda no braço..? - Chiaki franze a testa. - Mas ele é um bobo mesmo,
você nunca vai trair o Ichi!

Suki:
- Exatamente! Eu preparei uma surpresa linda pra ele, e ele tá me acusando de trair
ele. Com um filho nosso na barriga, ainda por cima!

"Agora eu entendo a razão do Mitsuo estar tão irritado...", Setsuna pensa, ouvindo
atentamente.

Maianne Ribeiro:
- E ele não tá acreditando? Bobo mesmo! - retruca. - Ai, ai!

qualquersuki:
Suki:
- Ele não é só bobo, ele é um idiota. - resmunga.

Maianne Ribeiro:
- É sim. Todo idiota! - resmunga.

Suki:
- Exatamente!

- Pensem menos no Ichiro e mais em vocês, meninas. O dia de hoje é para relaxarmos,
certo?

Maianne Ribeiro:
- Isso mesmo! Pra relaxar e descansar!

Suki:
- Exato.

- Tudo bem, tudo bem. - Leanne suspira. - Admito que tô precisando. Não sei quando
foi a última vez que eu sequer hidratei meu cabelo...

Maianne Ribeiro:
- Vai hidratar o cabelo, fazer máscara, receber massagem~

Suki:
- Olha, eu te ensinei direitinho! Mas faltou fazer as unhas~ - e pisca um dos
olhos.

Maianne Ribeiro:
- As uuuunhas! Eu quero! - a menina ri.

Suki:
- Vai pintar de que cor? - pergunta, encarando a irmã. - Pra gente não repetir!

Maianne Ribeiro:
- Hmm... Eu quero rosa! - ela ri baixinho.

Suki:
- Imaginei. Delicada como você ~

Maianne Ribeiro:
- Claro~ - a menina sorri, boba. - Bem fofa!

Suki:
- Bem, bem fofa!

Maianne Ribeiro:
- A mais fofa~!

Suki:
- Eu não sei qual cor colocar, mas talvez vermelho? Ou amarelo~?

Maianne Ribeiro:
- Amarelo fica lindo!

qualquersuki:
Suki:
- E combina com a cor da sua pele, de acordo com os desenhos do Ichiro. - comenta,
gentil.
- ...valeu, mãe. - e sorri.

Maianne Ribeiro:
- Decidido então! Mamãe vai pintar de que cor?

Suki:
- Quero ver se tem uma cor similar às escamas do seu pai. - diz, corando de leve.

Maianne Ribeiro:
- Que bonitiiiiiiiiinho~

Suki:
- Não me provoquem, meninas. - pede, tímida.

Maianne Ribeiro:
- Awww, desculpa, mãe. É que é bonito mesmo! - ri. - Você ama muito o papai, né?

Suki:
- Amo, amo sim. Mais do que qualquer coisa no mundo. - admite, o sorriso se abrindo
um pouco mais no rosto enquanto ela observava a paisagem pela janela do carro.

- Espero amar e ser amada assim algum dia. - diz, boba.

Maianne Ribeiro:
- Eu também. Encontrar alguém que nem a mamãe encontrou o papai!

Suki:
- Exatamente!

Maianne Ribeiro:
A menina faz menção de dizer algo, mas balança a cabeça. "Talvez pra Lea não seja o
Ichi, então..."

Suki:
- Um dia a gente vai ser amada assim, também! - Leanne diz, bagunçando os cabelos
da irmã.

Maianne Ribeiro:
- Vamos sim. - ela ri baixinho, boba. "Definitivamente não é o Ichi..."

Suki:
- Estamos chegando, mocinhas. - Setsuna avisa, o local surgindo diante do carro, a
aparência bastante rústica...

Maianne Ribeiro:
- Ebaaaa! Dia de spa~

Suki:
- Não vão ter problemas com as minhas tatuagens, mãe?

- Não, querida, não se preocupe. Eles são abertos à turistas, e as águas termais
são ótimas.

Maianne Ribeiro:
- Eu quero tatuagem também, mãe. - Chiaki murmura.

qualquersuki:
Suki:
- Nem tão cedo, querida. - Setsuna diz, rindo baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Aw... Só quando eu for grande que nem a Lea?

Suki:
- Você nunca vai ser grande que nem eu, Chiaki. - ela ri.

Maianne Ribeiro:
- ...você entendeu! - resmunga, corando.

Suki:
- Eu não entendi nada, você quem falou~ - provoca.

Maianne Ribeiro:
- Quando eu for mais veeeelha!

Suki:
- Ahhhh, agora você explicou direito~

- Leanne, deixe a sua irmã em paz.

Maianne Ribeiro:
- Bobona! - ela ri.

Suki:
- Eu sou. - ela ri também.

Maianne Ribeiro:
Chiaki apenas ri, puxando a mão dela de leve.
- Vamos, vamos entrar!

Suki:
Leanne ri baixinho mais uma vez, se deixando levar, enquanto Setsuna ia até o
balcão para acertar os pacotes...

Maianne Ribeiro:
As três passariam o dia inteiro juntas, aproveitando o spa e relaxando, num
descanso extremamente merecido. Já era noite quando o carro retorna à mansão,
Chiaki quase dormindo no banco de trás.
- Chegou..? - ela boceja.

Suki:
- Chegamos, soninho. - Leanne provoca. - Vem cá, deixa que eu te coloco pra dormir
no colo. - diz, ao sair do carro, abrindo os braços.

Maianne Ribeiro:
- Colo da Lea... - ela ri baixinho, indo se aninhar nos braços da irmã.

qualquersuki:
Suki:
- Veeem, sua manhosa. - e ri também, pegando a irmã nos braços com cuidado,
carinhosa. - Eu vou direto pra minha cama depois, também, mãe.

- Tudo bem, meninas. Descansem. - ela sorri, suave, depositando um beijo no rosto
de cada uma.

Maianne Ribeiro:
- Tchau, mamãe. Boa noite... - a menina murmura, bocejando de novo.
Suki:
- Boa noite, queridas. - e suspira, se afastando para procurar o marido em seguida.

Maianne Ribeiro:
O homem estaria no jardim, relaxando enquanto bebia um chá. Quando a mulher se
aproxima, ele ergue o rosto, os olhos se abrindo em surpresa.
- S... Setsuna..?

Suki:
- Boa noite, querido. - diz, suave. Os cabelos estavam bem cuidados e brilhantes,
um pouco menores do que o habitual.
O próprio rosto parecia brilhante e macio, bem cuidado, as sobrancelhas feitas. Até
os lábios pareciam com mais cor, sorrindo para Mitsuo...

Maianne Ribeiro:
- Boa... Boa noite... - ele sussurra, o queixo caindo de leve. - Você está linda...

Suki:
- Ora, não fale assim... - murmura, corando e desviando o olhar de leve, passando
alguns fios de cabelo para trás da orelha com as mãos de unhas pintadas...

Maianne Ribeiro:
- É a verdade. Eu perdi o ar. - sussurra.

Suki:
- A última vez que você perdeu o ar ao me ver foi quando a Chiaki nasceu e nós
saímos da sala de cirurgia. - responde baixinho, tímida.

Maianne Ribeiro:
- Eu perco o ar todo dia quando acordo ao seu lado, querida.

Suki:
Isso faz o rosto da mulher corar violentamente, quase escarlate, visivelmente
surpresa enquanto Setsuna parecia incapaz de encarar Mitsuo.

Maianne Ribeiro:
O homem fica de pé, se aproximando de Setsuna.
- ...um chá, talvez? Eu posso preparar. - sussurra.

Suki:
- Mm. É uma ótima ideia. - murmura, enfim se virando para ele, as bochechas ainda
vermelhas, a expressão indefesa sem a serenidade de sempre.

Maianne Ribeiro:
O homem sorri, beijando a testa dela antes de começar a guiá-la para a cozinha,
gentil.

qualquersuki:
Suki:
E a mulher se deixa levar sem oposições, eventualmente segurando a mão do marido
com as duas próprias, hesitante.

Maianne Ribeiro:
- Como foi o dia..? Tranquilo, eu imagino. - murmura, suave.

Suki:
- Bastante. - e assente de leve com a cabeça. - Fez muito bem para todas nós, e a
meninas nunca pareceram tão relaxadas.
Maianne Ribeiro:
- Ótimo. Vocês precisavam, especialmente a Leanne. - suspira.

Suki:
- Mm. Eles tinham massagens e cuidados especiais para grávidas, também.

Maianne Ribeiro:
- Mm. Isso é ótimo. - sorri.

Suki:
- Ela se sentiu querida e cuidada, como precisava.

Maianne Ribeiro:
- Mm... Foi uma ótima ideia, querida. Obrigado.

Suki:
- De nada. São nossos filhos, afinal, eu também tenho o dever de cuidar delas.

Maianne Ribeiro:
- Um papel que você desempenha brilhantemente. - sorri.

Suki:
- _Nós_ desempenhamos.

Maianne Ribeiro:
- Eu tento o meu melhor. - murmura.

Suki:
- E consegue. Não há um manual para a maternidade ou a paternidade.

Maianne Ribeiro:
- De fato. Se houvesse, seria bem mais fácil. - ri.

Suki:
- Incrível e terrivelmente. As surpresas do crescimento não seriam tão doces.

Maianne Ribeiro:
- Mm... Isso é verdade. - murmura, suspirando enquanto começava a preparar o chá.

qualquersuki:
Suki:
- Precisa de ajuda? - pergunta, encostando a testa nas costas dele, carinhosa.

Maianne Ribeiro:
- Só preciso da sua companhia. - sorri.

Suki:
- Mm. Posso ficar abraçada a você assim? - pede.

Maianne Ribeiro:
- Por favor. - ele ri de leve, aproveitando a proximidade da esposa.

Suki:
- Obrigada, querido. - e suspira baixinho, envolvendo-o com os braços, carinhosa,
afagando o peito dele por cima do kimono, cuidadosa, vez ou outra esbarrando na
pele, porém sem fazer menção de entrar pelo tecido.

Maianne Ribeiro:
O homem estremece de leve com o toque da esposa, fechando os olhos por um instante.
- ...eu te amo muito. - ele sussurra baixinho, afagando a mão dela de leve antes de
servir o chá, cuidadoso.

Suki:
Isso arranca um risinho baixo dos lábios de Setsuna, que suspira em seguida,
apertando o abraço por um instante.

- Eu também te amo muito, querido... - responde, suave.

Maianne Ribeiro:
- Mm... - sorri. - Chá..?

Suki:
- Por favor. No quarto, para nos aconchegarmos na cama? - pede, soltando Mitsuo e
recuando um passo.

Maianne Ribeiro:
- Mm. No quarto. - diz, arrumando uma bandeja pros dois.

Suki:
- Eu posso fazer isso, querido. - murmura, tocando o braço dele com as pontas dos
dedos.

Maianne Ribeiro:
- Não precisa, deixa que eu levo. - sorri.

Suki:
- Tudo bem. Não vou me opor ao gesto de cuidado. - diz, gentil.

Maianne Ribeiro:
O homem apenas sorri, guiando-a de volta para o quarto, a bandeja em mãos.

Suki:
E Setsuna prontamente abre a porta para ele, gentil, fechando-a depois que o marido
passa.

Maianne Ribeiro:
- Muito obrigado. - sorri, gentil, colocando a bandeja sobre uma mesa baixa antes
de se sentar.

qualquersuki:
Suki:
A mulher suspira, tocando o rosto de Mitsuo com as costas de uma das mãos,
carinhosa, antes de fazer o mesmo ao lado dele.

Maianne Ribeiro:
- O seu toque é sempre delicado... - sussurra, gentil.

Suki:
- Eu faço o meu melhor para a minha família. Especialmente para você. - diz,
levando uma das mãos dele até os próprios lábios.

Maianne Ribeiro:
- Afinal, você é uma mulher incrível. - sussurra, esboçando um sorriso.

Suki:
- Só porque tenho um homem incrível ao meu lado. - diz, o olhar encontrando o dele
antes que ela retribuisse o sorriso.
Maianne Ribeiro:
- Eu não seria metade do que sou sem você, querida. - ri.

Suki:
- Eu duvido. Você já era incrível antes de me conhecer. - diz, gentil, encostando
os lábios na bochecha dele.

Maianne Ribeiro:
- De modo algum. Eu sou quem eu sou por sua causa, querida. - sussurra, virando o
rosto pra beijá-la de leve.

Suki:
Isso faz com que Setsuna sorria com o beijo, suspirando de leve, apaixonada,
levando uma das mãos ao rosto de Mitsuo para afagá-lo com as pontas dos dedos.

- Eu quem devo dizer isso. Você me fez esposa, você me fez mãe, você me fez
completa.

Maianne Ribeiro:
- Eu posso dizer o mesmo. Você me fez esposo, pai, líder... tudo o que eu sou. Você
é a minha vida, Setsuna.

qualquersuki:
Suki:
- Não diga isso. Jamais repita isso. - pede, suave, encostando a testa na dele. -
Nós temos muito mais além do nosso amor.

Maianne Ribeiro:
- ...é verdade. Nós temos a família, a nossa família...

Suki:
- Nossos filhos, nosso legado, fruto do nosso mais profundo e sincero amor. - e
sorri, fechando os olhos.

Maianne Ribeiro:
O homem sorri, afagando o rosto dela, gentil.
- ...venha. O chá vai esfriar. - sussurra, carinhoso.

Suki:
- ...claro. Claro. - murmura, parecendo despertar, as bochechas coradas, antes de
se servir de uma das xícaras.

Maianne Ribeiro:
O homem pega a outra xícara pra si, tomando um gole pequeno e suspirando.
- Mm... Estava precisando disso...

Suki:
- Um tempo tranquilo para nós dois, apenas para aproveitarmos a presença um do
outro... - concorda, os ombros relaxando antes que ela encostasse a cabeça no ombro
dele. - E seus chás são sempre deliciosos. Você consegue acertar a temperatura só
de olhar, e eu gostaria muito de ter essa mesma habilidade...

Maianne Ribeiro:
- Mas você é muito melhor em escolher as ervas e fazer misturas incríveis. - ele
sorri, inclinando a cabeça na direção da dela, aproveitando o contato entre os
dois.

Suki:
- Por isso nós precisamos um do outro. Nos completamos até os mínimos detalhes. -
murmura, confortável.

Maianne Ribeiro:
Ele suspira, os ombros relaxando um pouco mais.
- ...um pouco de paz... é bom.

Suki:
- ...sim. Finalmente, um pouco de descanso para as nossas mentes e nossos corações.
- e ri, suave.

Maianne Ribeiro:
- Necessário. - ele sorri, envolvendo-a com um dos braços, gentil.

Suki:
- Eu odeio admitir, mas... Sim. - ela suspira, rindo baixinho novamente.

Maianne Ribeiro:
O homem sorri, terminando o próprio chá antes de puxar Setsuna mais pra perto,
aproveitando o momento com a esposa.

qualquersuki:
Suki:
E isso a faz suspirar novamente, estremecendo, se aconchegando melhor com Mitsuo,
os cabelos roçando de leve no pescoço dele.

Maianne Ribeiro:
- ...vamos... Aproveitar a noite..? - ele sussurra baixinho.

Suki:
- ...oh. - murmura, o rosto corando bastante, Setsuna se ajeitando ao lado de
Mitsuo, sem saber como reagir. - ...aproveitar como... quando éramos jovens...? -
pergunta, a mão buscando a dele, apertando-a de leve, tímida.

Maianne Ribeiro:
- ...como quando éramos jovens. Sim. - sussurra, as bochechas igualmente vermelhas.

Suki:
- ...eu... eu admito que sinto... sinto falta de ser vista como mulher. - admite,
os dedos se fechando com mais firmeza.

Maianne Ribeiro:
- Você é uma mulher. A minha mulher. - o homem sussurra, se virando pra ela. - A
mulher que eu amo, e sempre vou amar.

Suki:
Quando os olhos de Setsuna encontram os de Mitsuo, as palavras logo fazem com que
eles encham de lágrimas, as bochechas vermelhas enquanto ela sorria.

Um sorriso saudoso, apaixonado, tal qual quando o homem lhe prometera amor eterno
anos antes.

- E você é o homem que eu amo e sempre vou amar. - sussurra, aproximando os lábios
dos dele em um beijo trêmulo, emocionado, enquanto sentia o próprio coração batendo
como um tambor dentro do peito.

Maianne Ribeiro:
"Ah, esse sorriso que me quebra em pedaços e me reconstrói todo..." pensa,
retribuindo o beijo, carinhoso.
qualquersuki:
Suki:
- Eu... Eu sinto falta de estar assim com você. - admite, os lábios ainda próximos
do dele, sem que o rubor das bochechas amenize. - De sentir você assim...

Maianne Ribeiro:
- Eu vou fazer o meu melhor pra que não precise mais sentir falta. - ele sussurra
baixinho, entorpecido.

Suki:
- Promete...? - pede baixinho, sussurrando contra os lábios dele, a respiração um
pouco mais pesada. O olhar de Setsuna oscila entre os olhos de Mitsuo, até os
lábios e os ombros dele, antes de voltar para o início, sem conseguirem se focar em
um único ponto.

Maianne Ribeiro:
- Eu prometo, minha querida. Eu prometo... - sussurra, beijando-a outra vez, a mão
delicadamente afrouxando o obi de Setsuna.

Suki:
Isso arranca uma exclamação silenciosa de surpresa dos lábios da mulher, o rosto
ainda mais envergonhado, antes que Setsuna segure o rosto de Mitsuo com as duas
mãos para beijá-lo.

"Por favor, não me deixe com nada disso...", pensa, fechando os olhos com firmeza
para conter a vergonha.

Desde o nascimento de Chiaki as relações e momentos entre os dois haviam se tornado


mais e mais raras, até cessarem quase por completo...

Maianne Ribeiro:
O toque de Mitsuo era delicado, a mão entrando pelo kimono da mulher e roçando em
sua pele suavemente. "Eu também senti falta disso..."

qualquersuki:
Suki:
Esse mesmo toque a faz estremecer, arrepiando da cabeça aos pés, antes que Setsuna
encoste a testa em um dos ombros dele, envergonhada demais para encará-lo, a
respiração mais rápida.

"Meu coração vai explodir...", pensa, acariciando o peito de Mitsuo com as pontas
dos dedos pela parte aberta do kimono, sem ousar entrar sob o tecido, mas ao mesmo
tempo sedenta demais pelo calor de seu corpo...

Maianne Ribeiro:
O homem desfaz o próprio obi, abrindo o kimono e guiando a mão de Setsuna, gentil.
- Eu sou seu. - sussurra.

Suki:
- ...para sempre meu...? - pergunta, delicada, aproximando o rosto do peito dele, o
olhar buscando o de Mitsuo como se pedisse aprovação para tocá-lo. - Tão meu quanto
eu sou sua...?

Maianne Ribeiro:
- Pra sempre seu. Sempre. - sussurra, assentindo com a cabeça.

Suki:
E isso a faz sorrir, beijando os lábios dele novamente antes de afastar o kimono de
Mitsuo delicadamente com as duas mãos trêmulas antes de começar a beijar-lhe o
torso tatuado.

Maianne Ribeiro:
O homem solta um suspiro baixinho, as mãos afagando os cabelos de Setsuna, a pele
arrepiada...

Suki:
- Eu senti falta das suas mãos nos meus cabelos, me guiando e ensinando... -
admite, despindo o torso dele por completo antes de ajeitar o corpo para encará-lo,
admirá-lo, observá-lo nos mínimos detalhes...

Maianne Ribeiro:
- Não vai precisar mais sentir falta, eu prometo. - sussurra, sorrindo de leve.

qualquersuki:
Suki:
- Nem do seu gosto, do seu calor...? - pergunta, tocando o rosto dele com uma das
mãos e o peito com a outra.

Maianne Ribeiro:
- Nem do meu gosto, ou do meu calor. De nada. - sussurra, o rosto mais próximo do
dela, a mão indo à cintura de Setsuna.

Suki:
Isso a faz assentir com a cabeça, as mãos indo devagar até o próprio kimono para
tirá-lo, o olhar fixo no de Mitsuo como se perdê-lo de vista fosse o suficiente
para que ela se perdesse também...

Maianne Ribeiro:
Os olhos de Mitsuo percorrem o corpo da mulher, o sorriso se abrindo um pouco mais.
- Você é linda... incrivelmente linda.

Suki:
- Somente aos seus olhos, e eles são os únicos que importam... - diz, deixando as
mãos descerem suavemente ao lado do próprio corpo enquanto o rosto se aproximava do
dele.

Maianne Ribeiro:
O homem assente com a cabeça, dando um beijo suave nos lábios da esposa antes de
descer o rosto até o pescoço dela, beijando-lhe a pele enquanto as mãos a puxavam
mais pra perto.

Suki:
- A-ah—! - Setsuna estremece, se deixando levar, as mãos tocando os braços dele em
um aperto confortável, mantendo-o junto a si.

Maianne Ribeiro:
- Venha. Sente no meu colo. - ele sussurra baixinho, aproveitando o perfume de
Setsuna.

Suki:
A mulher assente com a cabeça em silêncio, aproximando mais o corpo de Mitsuo antes
de fazer como ele pedira, ajoelhada no chão, se sentando devagar sobre ele com as
pernas trêmulas.

Maianne Ribeiro:
O homem cola o corpo ao dela, os braços envolvendo-a com firmeza enquanto ele
suspirava. "Uma mulher incrível..." pensa, voltando a beijar a pele dela,
carinhoso.

qualquersuki:
Suki:
E Setsuna não dizia nada, se limitando a suspirar e suspirar baixinho, as mãos
passando pelo torso de Mitsuo até alcançarem suas costas, quando ela enfim passa a
puxá-lo para si.

- ...eu te amo... - sussurra, enfim, a voz baixa e trêmula embargada de prazer.

Maianne Ribeiro:
- Eu também te amo. Muito, mais que tudo nesse mundo. - o homem responde. Com um
gesto, a magia envolve os dois, levando-os até o futon onde Mitsuo gentilmente
deita Setsuna, delicado.

Suki:
Isso a faz estremecer, se agarrando no marido com firmeza, as pernas envolvendo-lhe
a cintura por reflexo, até enfim relaxarem quando sente as costas no futon,
descendo suavemente aos lados dele.

"Eu te amo tanto...", pensa, erguendo as mãos para tocar o rosto dele, apaixonada.

Maianne Ribeiro:
O homem dá mais alguns beijos suaves em Setsuna antes de se ajeitar entre as pernas
dela.
- Posso..? - sussurra baixinho.

Suki:
A mulher o encara do chão, o peito subindo e descendo pesadamente, a respiração
quente.

- Por favor. - pede, esboçando um sorriso.

Maianne Ribeiro:
Ele sorri de volta, encaixando o quadril no dela devagar.
- Se... Se precisar que eu pare, é... É só falar... - sussurra.

Suki:
- Nngh...! - ela estremece, fechando os olhos e contraindo o corpo, desacostumada à
sensação. - ...eu só... só preciso de você comigo... - diz, ofegante, os olhos
entreabertos observando-o como se pedissem mais, chorosos, vermelhos como o rosto.

Maianne Ribeiro:
- Eu estou com você. Sempre e... E pra sempre... - murmura, afagando o rosto dela
de leve.

Suki:
A mulher expira devagar com o toque de Mitsuo, fechando os olhos antes de colocar a
mão sobre a dele.

- ...para todo e todo o sempre...

Maianne Ribeiro:
- Para todo e todo o sempre... - ele repete baixinho, carinhoso, beijando-a.

qualquersuki:
Suki:
"Nós somos um só...", pensa, retribuindo o beijo delicadamente, o hálito quente.
Maianne Ribeiro:
"Eu me derreto quando estou com ela..." pensa, deixando que Setsuna se acostumasse
mais um pouco antes de começar a se mover devagar.

Suki:
O movimento por si só faz a mulher se contorcer novamente, encostando a testa em um
dos ombros dele, ofegando e gemendo bem baixinho, envergonhada, a voz presa na
garganta escapando tamanha a forma que o prazer a dominava.

Maianne Ribeiro:
- Ah, Setsuna... - ele murmura baixinho, começando a acelerar pouco a pouco,
aproveitando o momento com a esposa, entorpecido.

Suki:
Demora, mas Setsuna logo começa a gemer o nome dele, bem baixinho, os lábios
colados na pele de Mitsuo.

- Nnngh... Mitsuo, meu amor... - clama, submissa, as mãos envolvendo-o com firmeza,
tocando suas costas e puxando-o para si. - Nunca se afaste...

Maianne Ribeiro:
- Nunca... nunca, meu amor, nunca... - ele sussurra baixinho, ofegante, arrepiado.

Suki:
- Nunca, nunca, nunca... - pede, o corpo se arqueando para tocar no dele.

Maianne Ribeiro:
- Nunca..!

Mitsuo enterra o rosto no pescoço de Setsuna, soltando um gemido baixo de prazer ao


chegar ao orgasmo, mantendo os corpos dos dois firmemente colados...

Suki:
Isso faz com que Setsuna estremeça, resmungando baixinho com a força do puxão, mas
sem ousar reclamar do prazer que sentia em tê-lo consigo.

- ...eu senti tanta falta de te ouvir assim... - admite, bem baixinho, a testa
encostada no ombro dele.

Maianne Ribeiro:
- Me... me perdoe... por te privar por tanto t-tempo... - ele sussurra, recuperando
o fôlego devagar.

Suki:
- Nunca mais faça isso... - pede, os braços envolvendo-lhe o pescoço
carinhosamente.

Maianne Ribeiro:
- Nunca mais. Eu... eu prometo, Setsuna... - murmura baixinho.

qualquersuki:
Suki:
- Jure pelo nosso amor... - pede.

Maianne Ribeiro:
- Eu juro. Pelo nosso amor, pela nossa família, eu juro...

Suki:
- Mm. Mm, eu acredito... - e suspira, soltando-o devagar enquanto repousava o corpo
novamente na cama.

Maianne Ribeiro:
O homem a beija de leve antes de afastar o quadril do dela, indo deitar ao lado da
esposa.

Suki:
Setsuna estremece, encolhendo um pouco o corpo quando Mitsuo se afasta, observando
o teto antes de suspirar, imersa nos próprios pensamentos...

...completamente alheia ao sangue que escorria entre suas pernas.

Maianne Ribeiro:
Mitsuo pausa ao ver o sangue, a cor fugindo do rosto de imediato.
- ...eu te machuquei..? - sussurra, estremecendo.

Suki:
- Mm...? - pergunta, parecendo despertar. - Do que você está falando, querido...?

Maianne Ribeiro:
- Você está sangrando. - sussurra. "Eu feri a Setsuna..."

Suki:
- ...ah. Sim, sim, por vezes acontece. - explica, se apoiando nos braços para
erguer o tronco, encarando-o com a mesma suavidade de sempre no rosto. - Desde a
cirurgia eu comecei a sentir dor, e depois disso o sangue é normal.

Maianne Ribeiro:
- ...pelos deuses, Setsuna... - o homem estremece outra vez. - Me perdoe...

qualquersuki:
Suki:
- Não há do que se desculpar, querido. - diz, tocando o rosto dele suavemente com
uma das mãos, sorrindo gentilmente. - Eu amo me tornar uma só com você.

Maianne Ribeiro:
- Mesmo assim? Tem certeza..? - ele pergunta, preocupado, a mão pousando sobre a
dela.

Suki:
- Absoluta. Estar perto de você dessa forma vale qualquer dor. Te ter vulnerável
nos meus braços vale qualquer coisa. - insiste, afagando-lhe a pele.

Maianne Ribeiro:
- Se... se doer, quando doer, me fale. Eu... eu não quero te ferir, nunca.
Jamais...

Suki:
- Sempre dói. - diz, baixinho. - Mas eu não me importo, não por você, não se eu
puder te proporcionar prazer.

Maianne Ribeiro:
- ...sempre? Sempre, sempre? Pelos deuses, Setsuna... - ele engole em seco.

qualquersuki:
Suki:
- Desde a cirurgia. Sim. - diz, ainda na mesma suavidade de antes.

Maianne Ribeiro:
- Há algo que eu possa fazer, pra... pra aliviar, diminuir a dor? Qualquer coisa,
querida, qualquer coisa... - ele sussurra, usando a própria magia pra limpar o
sangue e curar Setsuna.

Suki:
- Não pense nisso, meu amor... - pede, gentil. - Me perdoe por sujar os lençóis. Eu
preciso me banhar.

Maianne Ribeiro:
- Você não precisa pedir perdão por nada. - sussurra, tomando a mulher nos braços
com cuidado. - Eu te levo até o banho.

Suki:
- Obrigada, querido. - diz, afagando o rosto dele com uma das mãos suavemente. Ali,
Mitsuo conseguia sentir o tremor as pernas da mulher...

Maianne Ribeiro:
"...que os deuses me perdoem pelo que eu fiz com ela..." pensa, engolindo em seco,
indo banhar a esposa.

Suki:
- Pode me colocar no banco, querido. Eu posso me lavar. - diz, gentil, afagando o
rosto dele com as pontas dos dedos.

Maianne Ribeiro:
- Eu faço isso por você. Por favor. - sussurra, sentando a mulher no banco com
cuidado.

Suki:
- Querido, não precisa. Eu posso me banhar. - murmura, segurando a mão dele de
leve.

Maianne Ribeiro:
Ele acaba por suspirar cedendo.
- Tudo bem, tudo bem...

Suki:
- Não se preocupe. - ela sorri, fazendo como falara.

Maianne Ribeiro:
- Difícil, querida. Bem difícil...

qualquersuki:
Suki:
- A dor já passou, não se preocupe. - insiste.

Maianne Ribeiro:
- Eu sei, mas... Eu me sinto culpado. - sussurra.

Suki:
- Não é sua culpa. Eu não tinha lhe dito.

Maianne Ribeiro:
- Eu ainda me sinto mal por te ferir, te causar dor...

Suki:
- Foi uma escolha minha esconder isso. O seu prazer é mais importante, e a nossa
intimidade também
Maianne Ribeiro:
- O seu bem estar vem acima de qualquer coisa, Setsuna!

Suki:
- Não pra mim, meu amor. - e nega de leve com a cabeça, penteando e lavando os fios
negros com as mãos.

Maianne Ribeiro:
- Mas pra mim, é. Eu preciso cuidar de você.

Suki:
- Você cuida de mim me dando amor, me dando a sua proximidade, se entregando para
mim sempre que chama meu nome. - ela sorri.

Maianne Ribeiro:
- Tem certeza? Só isso basta..?

Suki:
- É mais que o suficiente, querido.

Maianne Ribeiro:
- ...c... Certo. - sussurra, suspirando. "Eu sinto que não é..."

qualquersuki:
Suki:
- Não se preocupe. Nossos momentos de carinho e intimidade são o suficiente para o
meu coração.

Maianne Ribeiro:
- Tem certeza? É suficiente? - sussurra, afagando o rosto dela.

Suki:
- Poder te dar prazer é o suficiente. - insiste.

Maianne Ribeiro:
- ...tudo bem. - suspira, continuando o afago.

Suki:
- Já se banhou? - pergunta, delicada.

Maianne Ribeiro:
- Não, ainda não. Estava cuidando de você primeiro. - murmura, enfim indo se
banhar.

Suki:
- Obrigada pelo seu amor e seu cuidado. - diz, gentil, terminando de se enxaguar.

Maianne Ribeiro:
- Não precisa agradecer. É meu dever, e um prazer cuidar de você.

Suki:
- Eu devo dizer o mesmo sobre você e nossos filhos.

Maianne Ribeiro:
O homem esboça um sorriso, afagando o rosto de Setsuna gentilmente antes de voltar
ao banho.

qualquersuki:
Suki:
E a mulher não demora a se levantar para tocar a pele dele, suave, ajudando-o a se
limpar.

Maianne Ribeiro:
- ...ora, Setsuna, não precisava... - ele murmura baixinho.

Suki:
- Meu dever e meu prazer são cuidar de você e da nossa família. - diz, gentil

Maianne Ribeiro:
- Você precisa cuidar de você primeiro, querida. - sussurra.

Suki:
- Eu tenho me cuidado.

Maianne Ribeiro:
- Por favor. - sussurra, terminando de se banhar.

Suki:
- Não se preocupe. - insiste, suave, tentando acalmá-lo.

Maianne Ribeiro:
- Eu vou tentar. - suspira.

Suki:
- Já é mais que o suficiente. - diz, afagando o rosto de Mitsuo suavemente.

Maianne Ribeiro:
O homem suspira outra vez, inclinando o rosto na direção do toque dela. "Tão
bom..."

Suki:
- Venha. Nós precisamos dormir. - murmura, beijando os lábios dele devagar.

Maianne Ribeiro:
O homem assente com a cabeça, retribuindo o beijo antes de ir se secar.
- Eu te carrego pra cama.

Suki:
- Ora, querido, não tem necessidade disso...

Maianne Ribeiro:
- Tem sim. - diz, gentil. - Por favor.

qualquersuki:
Suki:
A mulher suspira, desistindo de argumentar antes de assentir com a cabeça.

- Obrigada.

Maianne Ribeiro:
- De nada, querida. - ele murmura, terminando de se secar antes de tomar a esposa
nos braços, carregando-a de volta.

Suki:
- É bom estar de volta ao meu lugar... - murmura, gentil.

Maianne Ribeiro:
- De onde nunca sairá. - sorri.
Suki:
- Eu acredito. - e beija o rosto dele, cuidadosa.

Maianne Ribeiro:
O homem sorri de leve, deitando a esposa no futon cuidadosamente antes de se
acomodar ao lado dela.
- Eu te amo, minha querida. Muito.

Suki:
- Eu também te amo muito, meu amor. - diz, se deitando de lado para afagar o rosto
dele.

Maianne Ribeiro:
Mitsuo beija os lábios de Setsuna gentilmente, carinhoso.
- Boa noite, querida...

Suki:
- Boa noite. - ela suspira, se ajeitando para dormir.

Maianne Ribeiro:
Enquanto isso, Ichiro iria ao quarto de Leanne, dando dois toques na porta.
- Lea. Posso entrar?

qualquersuki:
Suki:
A garota estava sentada na cama diante do computador, procurando roupas para quando
Mitsuo nascesse.

Ao ouvir a voz de Ichiro, ela hesita, fechando o laptop antes de responder.

- ...pode, Ichiro. - murmura, já desviando o olhar para o colchão.

"Lá vem."

Maianne Ribeiro:
O rapaz entra no quarto, suspirando...

Antes de se ajoelhar no chão.


- Eu vim pedir desculpas. - murmura, se curvando.

Suki:
- ...o que aconteceu...? - pergunta, hesitante, encolhendo os ombros com o gesto
dele, desviando o olhar. - O papai te bateu de novo, não foi...?

Maianne Ribeiro:
- Não. Mesmo eu merecendo. - responde.

Suki:
Ela suspira.

- Levanta.

Maianne Ribeiro:
O rapaz faz como ela mandara, encarando-a.

Suki:
- O que você quer? - murmura, ainda sem encará-lo, encolhida.
Maianne Ribeiro:
- Pedir perdão pelo jeito que agi. - murmura.

Suki:
- Tá. Já pediu. E agora? - insiste, a voz cansada.

Maianne Ribeiro:
- Agora eu vou parar de agir que nem um idiota. - murmura.

Suki:
- Tudo bem. - responde, descrente. - Vai dormir aqui essa noite? - pergunta, se
levantando com o laptop na mão, indo colocá-lo de volta na escrivaninha.

Maianne Ribeiro:
- Se eu puder... - suspira.

Suki:
- O quarto é nosso, e do nosso filho. - diz, indo até a cama para ajeitar os
travesseiros e cobertas.

Maianne Ribeiro:
- Eu não vou dormir do seu lado se você não me quiser do seu lado. - responde.

qualquersuki:
Suki:
- Eu não quero discutir, Ichiro. Eu não tô com força ou disposição pra discutir,
inclusive.

Maianne Ribeiro:
- ...tudo bem. - ele sussurra, indo se deitar. "Ela não perdoou nem vai perdoar."

Suki:
Leanne suspira, desligando as luzes antes de ocupar o próprio lugar na cama.

- Boa noite, Ichiro.

Maianne Ribeiro:
- Boa noite, Leanne. - sussurra, fechando os olhos.

Suki:
A garota suspira baixinho, ficando em silêncio, sem se mover.

Quando percebesse Ichiro adormecido, enrolaria o celular dele em um fio de lã


vermelha, a outra ponta prendendo um par de alianças com um laço pequeno.

"Espero que ele goste...", pensa, alterando os papéis de parede, e colocando um


atalho na tela, antes de voltar a se deitar.

Maianne Ribeiro:
Na manhã seguinte, Ichiro despertaria cedo, um suspiro escapando seus lábios ao
notar a ausência de Leanne. "Não vai dar certo," pensa, indo pegar o celular... E
estranhando ao notar o fio vermelho.
- O que..? - ele sussurra, pegando o aparelho.

Suki:
Assim que ele levanta o celular, as alianças tilintam de leve, sendo levadas na
direção dele juntamente com o aparelho.

As joias eram em ouro branco, simples, o meio com um fio rubro reluzente, imitando
a lã...

Maianne Ribeiro:
- ...Lea... - ele estremece, pegando as alianças com cuidado antes de notar a
diferença na tela do aparelho.

qualquersuki:
Suki:
Na tela de bloqueio, a foto com zoom na barriga de Leanne, uma amarração bastante
caprichada e decorada emoldurando as laterais. No centro, uma pequena carpa pintada
em sua pele, nas mesmas cores da tatuagem de Ichiro...

Maianne Ribeiro:
"...as... As marcas de corda..." ele estremece, os olhos se enchendo de lágrimas
enquanto desbloqueava a tela.

Suki:
E ali, uma cena que nem mesmo as mãos de Ichiro seriam capaz de pintar.

Um bosque verdejante, com um riacho cristalino refletindo o céu noturno, a lua


brilhante.

Sobre ele, amarrada com fios vermelhos por cima do kimono preto, estava Leanne. Em
uma pose etérea, a expressão tranquila, quase em transe, observando a câmera.

Em um de seus dedos, o fio vermelho de lã descendo suavemente até o riacho e se


estendendo por seu trajeto....

...até a borda da foto, como se saísse do aparelho para fora dele.

Maianne Ribeiro:
"Eu sou um idiota mesmo..." pensa, admirando a imagem na tela enquanto as lágrimas
escorriam pelo rosto. O rapaz fica de pé, indo ao banheiro pra se recompor antes de
ir procurar a garota.

Suki:
E ali, uma cena bem diferente da que estava em seu telefone.

Leanne estava sentada ao lado do vaso sanitário, a cabeça apoiada na parede


enquanto ela ofegava, os olhos fechados. O rosto, e o corpo, tremiam, molhados de
suor frio, repetindo o ritual de toda manhã...

Maianne Ribeiro:
- ...Lea? Lea, o que houve?! - ele pergunta, preocupado, agachando ao lado dela.

qualquersuki:
Suki:
- ...enjoo... - murmura, entreabrindo os olhos para encará-lo, o rosto pálido. -
Bom... Bom dia...

Maianne Ribeiro:
- Não tá muito bom pra você, claramente... - ele sussurra, afagando os cabelos
dela.

Suki:
- N-não tem sido... - responde, baixinho, quase sem voz.

Maianne Ribeiro:
- E eu não ajudei. - sussurra. - Eu... Eu vi as fotos. E as alianças.
Suki:
"Não, não mesmo.", pensa, fechando os olhos.

- Espero... Que... Que tenha gostado...

Maianne Ribeiro:
- Eu amei. - ele ri, sem jeito. - Me perdoe, Lea. Eu fui um babaca...

Suki:
- F-foi... Foi sim... - responde, a respiração pesada.

Maianne Ribeiro:
O rapaz suspira, usando a própria magia pra tentar aliviar o enjoo de Leanne.
- ...você não vai me perdoar. Eu já entendi. - sussurra.

Suki:
- Eu já perdoei. - sussurra, deixando um suspiro aliviado escapar quando o vento
fresco da magia de Ichiro a envolve.

Maianne Ribeiro:
- ...perdoou..? - ele murmura, erguendo uma sobrancelha.

Suki:
- ...eu não te odeio, Ichiro... - ela suspira de novo, entreabrindo os olhos para
encará-lo.

Maianne Ribeiro:
- Isso me surpreende, depois do que eu fiz. - sussurra.

Suki:
- ...me surpreendeu, também. - sussurra, voltando a fechar os olhos.

Maianne Ribeiro:
Ele suspira, afagando os cabelos dela.
- Eu não vou fazer isso de novo. Eu prometo.

qualquersuki:
Suki:
- Espero. Você... Você não sente ciúmes, lembra...? - provoca, esboçando um sorriso
de canto.

Maianne Ribeiro:
- Eu não estava com ciúmes... - ele resmunga, desviando o olhar.

Suki:
- Você... Você mente muito mal... - e ri de leve, fraca.

Maianne Ribeiro:
- Eu não estava com ciúmes. - insiste. - Mas eu achei que você estava me enganando.

Suki:
O sorriso da garota se torna mais fraco e triste. Doído.

- ...eu percebi.

Maianne Ribeiro:
- ...É. Eu fui um babaca, eu sei. - sussurra.
Suki:
- ...pode dar licença...? - pede, se apoiando na parede para ficar de pé, um pouco
tonta. - Eu... Eu preciso tomar banho. - murmura.

Maianne Ribeiro:
- Eu te ajudo com o banho. - diz, apoiando a garota de imediato.

Suki:
- N-não precisa... - murmura, a voz desafinando um pouco.

Maianne Ribeiro:
- Não precisa, mas eu quero te ajudar.

Suki:
Ela faz menção de dizer algo, mas se cala, o corpo inteiro estremecendo.

"Não chora e nem vomita, não chora e nem vomita..."

Maianne Ribeiro:
- ...eu te amo. Eu juro. - sussurra, usando mais magia pra tentar acalmar Leanne.

qualquersuki:
Suki:
"Eu não quero esse tipo de amor...", pensa, cerrando os dentes, as lágrimas
escorrendo pelo rosto.

Maianne Ribeiro:
O rapaz hesita, desviando o olhar.
- ...É melhor eu te deixar em paz, pelo jeito. - sussurra.

Suki:
- ...banho... - responde, a voz contida.

Maianne Ribeiro:
- ...banho. - sussurra, apoiando a garota enquanto a levava pra um dos bancos.

Suki:
Ela faz menção de dizer algo, mas apenas suspira, se deixando levar. Somente quando
ela se senta é que Leanne começa a se mover para tirar as próprias roupas, os
movimentos lentos e trêmulos...

Maianne Ribeiro:
- Deixa que eu faço isso. - sussurra, despindo-a gentilmente.

Suki:
- Obrigada, Ichiro... - murmura, suspirando aliviada com o toque dele.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - ele murmura baixinho, deixando as roupas de lado antes de começar a
banhar a garota.

Suki:
E ele pode perceber o corpo de Leanne mais uma vez perdendo peso, os músculos
cansados e tensos...

- Obrigada... - sussurra.

Maianne Ribeiro:
- Você precisa voltar a se alimentar melhor... E torcer pra não botar pra fora de
novo. - murmura.

Suki:
- É só... Só de manhã... - explica, fechando os olhos.

Maianne Ribeiro:
- Toda manhã..?

Suki:
- Tem sido... - e suspira, cansada.

Maianne Ribeiro:
"E eu sendo um pé no saco."

- Vai passar... Eu espero. - sussurra.

qualquersuki:
Suki:
- Mm. A... A mamãe disse que vai... Que é comum, mas... Mas passa.

Maianne Ribeiro:
- Então vai passar. - ele esboça um sorriso.

Suki:
- Eu... Eu espero... - e suspira.

Maianne Ribeiro:
- Vai sim. Se a mamãe disse que vai, então vai.

Suki:
- Ela entende mais do que a gente, sem dúvidas...

Maianne Ribeiro:
- Ela já passou por isso duas vezes. - e ri.

Suki:
- Uma já vai ser mais do que eu aguento, pelo jeito... - resmunga.

Maianne Ribeiro:
- A gente se cuida pra não acontecer de novo. - murmura.

qualquersuki:
Suki:
- Por favor... - murmura.

Maianne Ribeiro:
- Eu prometo. Sempre com proteção. - murmura.

Suki:
- Eu não planejo dar mole com os remédios de novo, também, quando puder voltar com
eles... - e suspira, enfim dando os primeiros sinais de alívio, os ombros relaxando
um pouco.

Maianne Ribeiro:
- É, é bom. Mas por enquanto, a gente foca em fazer você se sentir melhor, e no
Micchi. - o rapaz sorri.

Suki:
- Isso tá difícil.... - ela suspira de novo.
Maianne Ribeiro:
- Vai ficar mais fácil. Eu vou cuidar de você. - murmura.

Suki:
- De verdade, dessa vez...? - pergunta, hesitante.

Maianne Ribeiro:
- ...de verdade. - ele sussurra.

Suki:
Ela assente com a cabeça, apoiando os cotovelos nas coxas antes de suspirar,
cansada...

Maianne Ribeiro:
O rapaz suspira de leve, terminando de banhar Leanne.
- Vem. Vamos te secar, e ir pro café da manhã.

Suki:
- Você precisa tomar banho também... - murmura.

Maianne Ribeiro:
- Eu tomo meu banho rapidinho. - murmura.

qualquersuki:
Suki:
- Eu me visto, enquanto isso. - ela assente com a cabeça, ficando de pé devagar,
cansada. - Não precisa ter pressa.

Maianne Ribeiro:
- Eu não demoro. - insiste, indo se banhar.

Suki:
- Não precisa ter pressa. - insiste, se enrolando na toalha antes de caminhar para
o quarto. Ao sair do campo de visão de Ichiro, Leanne se senta na cama, sem se
importar em molhá-la, se secando devagar...

Maianne Ribeiro:
Apesar da insistência de Leanne, Ichiro não demoraria a sair do banheiro, já seco,
indo pegar uma muda de roupas pra si.

Suki:
E a garota ainda estava começando a se vestir, amarrando a calça com cuidado...

Maianne Ribeiro:
- Precisa de ajuda? - Ichiro pergunta, se aproximando.

Suki:
- Não, não. Obrigada, Ichiro. - murmura, cabisbaixa.

Maianne Ribeiro:
- ...tudo bem. - sussurra, indo se vestir.

Suki:
Leanne demora vários minutos até enfim terminar de se ajeitar, os fios soltos
bastante bagunçados apesar do brilho e da maciez causados pelo spa do dia
anterior...

Maianne Ribeiro:
- Seu cabelo tá lindo. - o rapaz murmura baixinho.

Suki:
- ...obrigada. A mamãe levou a gente num spa ontem. - murmura. - Disse que eu
precisava me cuidar mais.

Maianne Ribeiro:
- ...É, você precisa sim. - ele murmura, desviando o olhar.

qualquersuki:
Suki:
- Estar grávida não é razão nenhuma pra me cuidar mais. - murmura, balançando a
cabeça de leve antes de colocar o tarô no bolso da calça e caminhar para a porta. -
Se é razão pra algo, é pra ficar deitada o dia todo.

Maianne Ribeiro:
- É razão sim. Você merece e precisa.

Suki:
- Não, não é. Comer bem, ganhar peso, e descansar. É só isso. - ela suspira. - Eu
sou basicamente uma incubadora pelos próximos meses, e só.

Maianne Ribeiro:
- Isso é se cuidar melhor, também. - murmura.

Suki:
- O Mitsuo não vai sofrer, nem se desenvolver mal. Não se preocupe.

"Se é que você ainda se importa."

Maianne Ribeiro:
- Não é pelo Mitsuo, é por você. - murmura.

Suki:
Ela apenas nega com a cabeça.

- Desculpem o atraso. - murmura, ao entrar no salão de jantar, cumprimentando os


familiares como sempre, apesar de visivelmente desanimada, antes de se sentar.

- Nós entendemos, querida... - Setsuna diz, suave.

Maianne Ribeiro:
- Bom dia. - Ichiro sussurra, sentando à mesa, abatido.

- Bom dia. - Mitsuo responde, suspirando de leve. - Não se preocupem.

Suki:
- Obrigada, pai... - murmura, estremecendo ao se sentar sobre os calcanhares,
Ichiro podendo perceber a tentativa de Leanne de apoiar a maior parte do peso na
perna direita.

Maianne Ribeiro:
O rapaz hesita, notando a reação de Leanne, e então se ajeita, sentando com as
pernas cruzadas.
- Meu tornozelo tá doendo um pouco. - mente, começando a comer. "Eu espero que ela
entenda e se ajeite também..."

Suki:
A garota finge não entender, séria, comendo em silêncio...
- É melhor você não treinar por hoje, então, querido. - Setsuna quem diz,
preocupada. - Vá descansar depois do café. Suas irmãs podem manter o seu pai
entretido. - e esboça um sorriso.

Maianne Ribeiro:
Ele abre a boca pra questionar, mas acaba suspirando.
- Tudo bem. Eu fico no estúdio por hoje. - murmura. "Droga, Leanne..!"

qualquersuki:
Suki:
- Isso. Você precisa se cuidar também. - murmura, gentil.

Maianne Ribeiro:
- Eu preciso cuidar da Leanne, isso sim. - ele resmunga baixinho.

Suki:
- ...bom, isso também é verdade. - ela suspira. - Mas a sua irmã está se cuidando
melhor aos poucos.

- Eu não vou fazer nada que prejudique o Mitsuo. - murmura.

Maianne Ribeiro:
- Não é sobre o Mitsuo, é sobre você. - ele murmura.

Suki:
- É sobre os dois. - Setsuna diz, franzindo a testa de leve, ao que a bruxa apenas
balança a cabeça negativamente.

"O que deu nela...?", pensa, preocupada.

Maianne Ribeiro:
- ...É. Sobre os dois. - murmura, suspirando. - Eu já terminei de comer, mas vou
esperar pra acompanhar a Lea até o dojo.

Suki:
- Tem certeza, querido? Não é melhor você se esticar? - pergunta, preocupada.

Maianne Ribeiro:
- Tenho, tenho sim. Não é nada de mais. - murmura.

Suki:
- Eu não vou comer mais do que isso por agora. - Leanne murmura, se levantando
devagar. - Não quero vomitar e ser impedida de treinar de novo.

- Se você não está se sentindo bem, querida, então é melhor não treinar.

- O enjôo já passou, agora é só cansaço mesmo.

Maianne Ribeiro:
- Então pegue leve no treino. - pede, ajudando a garota a se levantar, cuidadoso.

qualquersuki:
Suki:
- O papai não tem me deixado passar dos limites, não se preocupa. - murmura, se
desvencilhando dele quando fica de pé.

Maianne Ribeiro:
- ...claro. - ele murmura, suspirando.
Suki:
- Eu vou pro dojo me alongar enquanto espero vocês. - diz, encarando Mitsuo e
Chiaki antes de se afastar.

- ...eu achei que a proximidade do Ichiro ia ajudar no humor dela, mas pelo jeito
me enganei. - Setsuna murmura, preocupada.

Maianne Ribeiro:
- É. Minha presença só tá atrapalhando. - ele ri, sem jeito, se afastando pro
estúdio.

- ...ai, ai... - Mitsuo suspira, massageando as têmporas antes de ficar de pé. - Eu


já estou indo também.

Suki:
- Boa sorte, querido. Mais tarde eu levo chá para você e para os nossos filhos.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado, querida. - murmura, se afastando.

- ...mãe... Por que tá todo mundo triste..? - Chiaki sussurra baixinho.

Suki:
- Eu não sei, meu amor. - diz, afagando os cabelos dela. - Mas nós vamos resolver,
eu prometo.

-=-

Leanne nem sequer fizera menção de se alongar, sentada no chão com a cabeça enfiada
nas mãos, as pernas esticadas...

Maianne Ribeiro:
- Eu quero ajudar... - sussurra.

-=-

- ...quer uma pausa por hoje? - Mitsuo murmura, se aproximando.

Suki:
- Eu também, mas eu não sei como... - admite.

-=-

A garota se larga para trás quando o homem se aproxima, encarando-o com a expressão
abatida.

- Acho que nós dois precisamos... - e suspira.

Maianne Ribeiro:
- A gente dá um jeito. Né?

-=-

- Nós dois..? - ele franze a testa.

qualquersuki:
Suki:
- Sim. Isso nós sempre conseguimos. - ela assente com a cabeça.
-=-

- Você mal olhou na nossa cara durante o café. - murmura, encarando-o.

Maianne Ribeiro:
- Aham. - ela sorri, indo dar um beijo no rosto da mãe. - Posso ir desenhar hoje?

-=-

- É só cansaço. Ontem foi um dia exaustivo. - ele nega com a cabeça.

Suki:
- Com o seu irmão~? - pergunta, sorrindo com o beijo.

-=-

- Não foi só isso, pai, você não me engana. - e suspira. - Você nem brigou comigo
ou com o Ichiro. Mal falou.

Maianne Ribeiro:
- Aham, com o meu irmão! - ri.

-=-

- Vocês estavam abatidos. Não quis piorar. - responde.

Suki:
- Então pode ir. Tenho certeza que o seu irmão está precisando da companhia. - e ri
baixinho.

-=-

- E você é outro que tá abatido. Com cara de enterro, inclusive.

Maianne Ribeiro:
- Até depois, mãe! - ela sorri, se afastando.

-=-

- Não é nada, Leanne. Não se preocupe.

Suki:
- Essa resposta significa que é alguma coisa sim. - insiste, se sentando. -
Desembucha, pai.

Maianne Ribeiro:
- Não é nada. - insiste, balançando a cabeça.

Suki:
- Você realmente vai mentir pra sua filha....? - pergunta, a expressão mais triste.

Maianne Ribeiro:
- ...Leanne, não é isso... - ele suspira. - É um problema meu, só isso.

Suki:
- E você não confia em mim pra me dizer o que é...? - insiste, desviando o olhar.

Maianne Ribeiro:
- Não é questão de confiança, Leanne, eu... Eu só não quero falar sobre isso.

Suki:
- Mas tá te fazendo mal... E quando te faz mal, afeta todo mundo...

Maianne Ribeiro:
- Eu vou resolver isso, e vai deixar de afetar todo mundo. - responde.

qualquersuki:
Suki:
- Você não confia em mim pra te ajudar... - e suspira, se virando de lado,
encolhida.

Maianne Ribeiro:
- Leanne, não é isso, pelos deuses..!

Suki:
- Então me deixa te ajudar...! - ela choraminga.

Maianne Ribeiro:
O homem suspira, passando a mão no rosto.
- ...eu... Eu feri a Setsuna. - sussurra.

Suki:
- ...você... você o que...? - pergunta, baixinho, congelando no lugar.

Maianne Ribeiro:
- Eu feri a Setsuna. - repete.

Suki:
- ...como...? - e estremece. - _Por quê...?_

Maianne Ribeiro:
- Eu não queria feri-la, é claro. - ele responde, o rosto corando de leve. - Eu...
Foi quando nos deitamos.

Suki:
Leanne hesita, se sentando devagar, ainda de costas para ele.

- ...você não força a mamãe.... né...? - pergunta, a voz estremecendo.

Maianne Ribeiro:
- Não, claro que não. Eu jamais faria algo assim. - ele nega com a cabeça de
imediato.

Suki:
- Pelo menos isso... - ela suspira, se virando para o pai. - ...senta aqui. Me
conta isso direito.

Maianne Ribeiro:
- ...eu não sei como contar. - ele murmura, tímido, sentando ao lado dela.

Suki:
- Quer que eu faça perguntas de sim ou não? - pergunta, rindo de leve antes de
encostar o ombro no dele.

Maianne Ribeiro:
- S... Sim, eu acho. - sussurra.
Suki:
- Tá, pera aí, então. - murmura, segurando os próprios pés, as pernas cruzadas.
- ...você foi muito afobado? Digo, acabou se exaltando com a força?

Maianne Ribeiro:
- N... Não. Nada do tipo. - sussurra. - Ela disse que... Que é por causa da
cirurgia. Que... Sempre dói.

qualquersuki:
Suki:
Ela ergue as sobrancelhas.

- Que... que cirurgia...? - pergunta, franzindo a testa em seguida.

Maianne Ribeiro:
- A cesárea da Chiaki. - sussurra.

Suki:
- ...oh. Ela tirou tudo, né...? - murmura. - Acho que lembro dela comentando
isso...

Maianne Ribeiro:
- Mm. Foi a melhor decisão, na época. - murmura.

Suki:
- Sem julgamentos. - e suspira, pensando por um instante, as bochechas vermelhas. -
...ela... ela fica molhada normalmente...? - pergunta, baixinho.

Maianne Ribeiro:
O homem cora violentamente.
- S... S-sim... Eu acho...

Suki:
- ...você... acha...? - pergunta, rindo baixinho. - Quando você coloca a mão lá pra
acariciar, seu dedo sai molhado...?

Maianne Ribeiro:
- L-Leanne..! - ele cora ainda mais, encarando o chão.

boredmai:
Suki:
- É-é sério, pai, não tem outro jeito de saber....! - responde, rindo novamente,
nervosa.

Mai:
- ... Eu... Eu não sei... - ele sussurra baixinho, cobrindo o rosto.

Suki:
- Você... Como assim você...? - e gagueja, entre os risos nervosos, o rosto ainda
mais vermelho.

Mai:
- Eu n-não sei. Nós... Nós não nos deitamos com frequência...

Suki:
- Ah. Ah. Certo, eu... Eu... Faz sentido. - murmura. - Mas... Mas quando se deitam,
ela.. Ela lubrifica...?

Mai:
- ...eu... Eu acho q-que sim, nós... Conseguimos... V-você sabe...

Suki:
- Mm. E-entendi. Ela... Ela também...? - pergunta. - Porque.... Porque deve ser
difícil sentir prazer com dor...

Mai:
- ...como assim? - ele franze a testa.

Suki:
- ...ué. Se ela... Mm... Se ela também _chega lá._

Mai:
- ...eu... Eu não sei...

Suki:
- ...como...como assim você não sabe? Pai, é.. É visível...!

Mai:
- É.. Visível..? - ele sussurra, desviando o olhar. - Eu... B-bem...

Suki:
A garota resmunga, cruzando os braços e ficando em silêncio um bom tempo.

- ...vocês... Vocês fazem alguma coisa além de penetração? - pergunta, enfim, quase
sem voz.

Mai:
- ...n... Não. - ele sussurra, balançando a cabeça. - Não tem mais o que fazer.

Suki:
Leanne engasga no ar.

- Como assim "não tem mais o que fazer"?! Pai, tem _muito_ o que fazer....!

Mai:
- C-c-claro que n-não..!

Suki:
- Claro que sim...! - responde, surpresa. - Vocês nunca fizeram nada além
disso...?! Não me surpreende a mamãe nunca ter - - -

Mai:
- ...nunca... - ele hesita. - Ela nunca... G-gostou?

Suki:
- ...eu... Eu acho... Que... Bom, gostar engloba muitas coisas, mas... Mas eu acho
que... Que não. Não _tanto_.

Mai:
- ...pelos deuses... - ele leva as mãos ao rosto.

Suki:
- Não... Não é sua culpa, você não sabia... - murmura, tocando o ombro dele de
leve, constrangida.

Mai:
- É claro que é minha culpa, ela é minha esposa... É meu dever!
Suki:
- B-bom, é, mas ela também... - e gagueja, negando com a cabeça.

boredmai:
Mai:
O homem suspira, passando a mão no rosto, frustrado.
- Eu sou um péssimo marido, eu sabia...

Suki:
- Pai, não... Não é bem por aí... - murmura, preocupada.

Mai:
- É sim. Eu machuco a Setsuna, eu a uso sem que ela goste... Eu sou horrível...

Suki:
- Ela... Bom, ela... Ela nunca reclamou, reclamou...? - pergunta, passando a mão
pelas costas dele.

Mai:
- Não... Não, nunca. Ela sempre... Ela diz que gosta...

Suki:
- Bom, então... Então deve ser prazeroso pra ela _de algum jeito_... - murmura.

Mai:
- ...eu... Eu espero que seja. - ele sussurra. - Pelos deuses...

Suki:
- ...quer... quer que eu te mande algumas coisas por escrito....? - pergunta, sem
jeito. - Acho que... que é menos constrangedor, né...?

Mai:
- A... A-acho que sim. - sussurra, ainda violentamente vermelho.

Suki:
- Mm. E vai querer que eu fique aqui enquanto você lê, ou... ou prefere ir pro seu
escritório?

Mai:
- P-pro escritório. - sussurra, ficando de pé. - Com licença. - e se afasta.

Suki:
"Imaginei.", e suspira para si, pesquisando várias imagens, vídeos e textos
educativos para o pai, variando desde a parte anatômica até dicas sexuais...

Mai:
"Eu não acredito que conversei sobre isso com a minha filha..!" ele pensa,
envergonhado, indo se esconder no escritório pra ver os materiais que ela passara.

Suki:
A garota suspira depois de um longo tempo, se deitando novamente no dojo para
observar o teto.

"Me pergunto se o Ichiro faria bom uso dessas coisas também..."

Mai:
Já era perto da hora do almoço quando Ichiro aparece no dojo, suspirando ao ver
Leanne.
- O treino foi muito pesado..? - pergunta, preocupado, se aproximando.
Suki:
E ela nem sequer se move, se limitando a abrir os olhos para encará-lo.

- ...não. A gente nem treinou. - e volta a olhar para o teto antes de fechar os
olhos novamente, largada no chão de qualquer jeito.

Mai:
- ...não treinaram? Aconteceu alguma coisa? - ele franze a testa, confuso.

Suki:
- Nenhum de nós tá bem. - diz, sucinta.

boredmai:
Mai:
- ...é. Isso é verdade. - ele sussurra, sentando ao lado dela. - Eu trouxe uma
coisa importante pra você. Pra gente.

Suki:
Leanne abre apenas um dos olhos para encará-lo antes de fechá-los e enfim abrir os
dois.

- Fala. - murmura, se sentando devagar, apoiada nos braços.

Mai:
O rapaz pega o celular, mostrando as alianças penduradas pelo fio vermelho.
- Isso aqui.

Suki:
- ...achei que você já teria tirado a essa altura. - responde, surpresa, as
sobrancelhas erguidas.

Mai:
- São duas alianças. Eu não ia tirar sem você. - murmura.

Suki:
- Por que você não quer ou....? - pergunta, suspirando e desviando o olhar.

Mai:
- Eu quero. - sussurra. - É claro que eu quero.

Suki:
- Não sei. Eu não sei mais. - murmura, balançando a cabeça de leve antes de
estender a mão na direção dele, puxando o laço para desfazê-lo lentamente.

Mai:
O rapaz segura as alianças, suspirando.
- ...não sabe se quer, ou se eu quero..?

Suki:
- Se você quer. Se eu não quisesse, já teria jogado isso fora, depois de tudo o que
você fez. - e suspira de leve, o olhar encontrando o dele.

Mai:
- Eu quero. Eu juro que eu quero. - sussurra, abaixando o olhar.

Suki:
- ...tudo bem. - ela assente com a cabeça, tocando a mão dele para pegar as
alianças, observando-as antes de colocar a própria. - ...me dá a sua mão.
Mai:
O rapaz dá a mão pra Leanne, suspirando de leve. "Eu tenho muito pra provar."

Suki:
- Fiquei com medo de não caber. - admite, quando a aliança se encaixa perfeitamente
no dedo de Ichiro. - Abre e fecha a mão com força pra ver se te machuca. - pede.

Mai:
Ele faz como ela pedira, sorrindo de leve.
- Não, ficou perfeita. - sussurra. - ...ei, era pra eu ter colocado a sua.

Suki:
Leanne dá de ombros.
- Não tem nenhuma cerimônia acontecendo, nenhum pedido, nada de mais. Tem? -
murmura, voltando a se deitar devagar.

boredmai:
Mai:
- ...não, mas você tá claramente me mantendo longe. - sussurra.

Suki:
- ...eu não quero que você quebre meu coração de novo enquanto eu não me recupero.
Só isso. - e suspira, fechando os olhos e cobrindo-os com um dos braços.

Mai:
- ...tudo bem. - ele sussurra, desviando o olhar.

Suki:
- Não parece nada bem, pela sua voz. - ela ri, sem força.

Mai:
- Eu me sinto péssimo. Eu fui péssimo.

Suki:
- Tudo isso por causa da bronca do papai, ou por causa da sessão de fotos? -
pergunta, descobrindo o rosto para encará-lo.

Mai:
- Por tudo. - murmura, balançando a cabeça.

Suki:
Ela suspira, tocando a mão dele suavemente.

- ...você... você gostou das fotos, pelo menos...? - pergunta, hesitante, olhando
para o outro lado.

Mai:
- É claro que gostei. - ele ri, sem jeito. - São incríveis...

Suki:
- Eu não queria nada muito sensual, mas... mas eu me senti tão bem suspensa e
amarrada que eu não consegui impedir a minha expressão. - murmura.

Mai:
- Eu vou ficar trocando as fotos do papel de parede de tempo em tempo. - o rapaz
sorri. - Eu... eu nem sei como agradecer. Você é... você é perfeita.

Suki:
- Nada mais que o melhor pro pai do meu filho... - murmura, esboçando um sorriso de
canto, triste, hesitante.

Mai:
- Eu quero ser mais que só o "pai do seu filho". Eu quero ser o seu marido. Uma
pessoa que te faz bem. - sussurra. - Eu sei que eu falhei feio.

Suki:
- Meu marido você vai ser um dia. A segunda parte eu... - e suspira, enfim
segurando a mão dele, hesitante, buscando algum conforto. - ...você... no meio
disso tudo, você achou que o Micchi não era seu filho...? - pergunta, bem baixinho,
ainda sem encará-lo.

Mai:
- ...quê? - ele murmura, confuso, encarando-a. - Não, não, claro que não!

Suki:
- Mm. Ao menos isso... - e suspira, aliviada, levando a mão livre ao peito, o rosto
ainda virado para o lado contrário ao de Ichiro.

boredmai:
Mai:
- Eu juro. - sussurra, afagando a mão dela. - Eu nunca pensei isso. Nunca.

Suki:
Ela assente com a cabeça.

- ...depois de você, eu nunca mais tive ninguém. - murmura.

Mai:
- Eu sei. Eu acredito nisso. - murmura. - Eu nunca duvidei.

Suki:
- Obrigada, Ichiro. - murmura.

Mai:
- De nada. - ele sussurra baixinho.

Suki:
Leanne enfim esboça um sorriso mais sincero, quase tranquilo, retribuindo o afago
na mão dele suavemente...

Mai:
- Eu te amo. Eu juro que te amo. - sussurra baixinho.

Suki:
- ...repete. - pede, virando o rosto para encará-lo, os olhos cor-de-mel sempre
cheios de energia agora observando Ichiro com tristeza e hesitação, carentes...

Mai:
- Eu te amo. - ele repete, encarando-a. - Eu te amo, eu te amo, eu te amo...

Suki:
Isso faz Leanne rir baixinho, cobrindo a boca dele com uma das mãos.

- Ichiro...!

Mai:
- Eu te amo, eu te amo~ - ele continua, bobo.
Suki:
- Não é pra exagerar, menos ainda daí...! - reclama.

Mai:
Ele ri,, balançando a cabeça.
- Parei~

Suki:
- Acho bom, ou meu pé ia acertar a sua boca. - provoca.

Mai:
- Por favor, não. - ele ri baixinho. - Gosto dos meus dentes no lugar.

boredmai:
Suki:
- Eu também, preciso admitir. Seu sorriso é lindo. - murmura.

Mai:
- O seu é mais lindo~

Suki:
- ...bom, isso é verdade. Não dá nem pra discutir~

Mai:
- Exatamente. Você é a melhor~

Suki:
- Eu não sou a melhor nem em ser a pior, Ichiro... - e suspira.

Mai:
- Pra mim, você é a melhor e ponto.

Suki:
- Quem dera. - e suspira, soltando a mão dele para se sentar novamente. - Bora que
já deve ser quase hora do almoço.

Mai:
- Pra mim, você é. Sem discussão. - diz, ficando de pé e estendendo a mão pra ela.

Suki:
- Vai ficar errado. - responde, hesitando antes de aceitar a ajuda, apoiando a
outra mão no joelho para se levantar.

Mai:
- Eu me acho certo. - ri, puxando-a pra si. - Eu te amo, lembra?

Suki:
Isso faz Leanne estremecer e xingar baixinho, encarando-o com as bochechas coradas.

- ...eu... eu também te amo.

Mai:
- Posso roubar um beijo~? - sorri.

Suki:
- Beijo roubado não se pede, ficou doido~? - provoca.

Mai:
- Então vou só roubar. - ri, beijando-a.

Suki:
Isso faz Leanne estremecer, rindo baixinho enquanto retribuía, segurando os braços
de Ichiro para mantê-lo junto a si.

Mai:
- Eu te amo. - sussurra. - Muito. Muito...

Suki:
- Agora sim você pode repetir, mas bem baixinho, assim, manhoso... - pede, os olhos
fechados.

boredmai:
Mai:
- Eu te amo... - sussurra, encostando o rosto na pele dela.

Suki:
- ...repete... - pede, afagando os cabelos dele.

Mai:
- Eu te amo, Leanne. Eu te amo...

Suki:
Isso faz a bruxa suspirar, puxando o rosto de Ichiro junto à própria pele, antes de
respirar fundo, soltá-lo, e recuar um passo.

- ...almoço.

Mai:
- ...droga. É melhor a gente ir, senão o papai vai matar a gente. - ri.

Suki:
- ...nem fala. - murmura, as bochechas corando, antes que ela saísse a passos
rápidos. - ...posso te mandar umas coisas depois? - pergunta, encarando-o por cima
do ombro.

Mai:
- Mandar..? Pode, claro que pode. - murmura.

Suki:
- Me lembra depois do almoço, então. - ela assente com a cabeça, voltando a olhar
para frente.

Mai:
- Lembro sim. - murmura. "Mandar o quê..?"

Suki:
"Espero que funcione, pelo meu bem e o da mamãe...", pensa, as bochechas bastante
vermelhas quando ela entra no salão de jantar.

Mai:
Mitsuo sequer encara a filha, estranhamente focado na própria refeição.

- ...uh... aconteceu alguma coisa? - Ichiro franze a testa.

- Não. Nada.

Suki:
- Desculpem a demora. - Leanne murmura, as bochechas vermelhas enquanto ela se
sentava no próprio lugar, sem encarar os pais.

- ...certo. Vamos comer, então. - Setsuna diz, franzindo a testa de leve.

"Aparentemente foi algo entre os dois..."

Mai:
"Aí tem," Ichiro pensa, resmungando baixinho enquanto começava a comer.

- Resmungão que nem o papai. - Chiaki provoca.

- E-ei..!

Suki:
- Você e a mamãe são as únicas que não resmungam, Chiaki. - Leanne murmura, sem
erguer o olhar.

boredmai:
Mai:
- Você também não resmunga... muito. - ri.

Suki:
- Ainda resmungo!

Mai:
- Eu também resmungo de vez em quando!

Suki:
- Então só a mamãe não resmunga!

Mai:
- Só a mamãe! - ri.

Suki:
- Não é a toa que ela é o nome da empresa~ - provoca.

Mai:
- Setsuna Express~! Choo choo~

Suki:
- Choo choo~ - Leanne imita, fazendo Setsuna corar e rir baixinho.

Mai:
- O melhor nome. - ela solta um risinho, boba.

Suki:
- O melhor de todos os nomes~

Mai:
- Aham. - ri. - A mamãe tá vermelha~

Suki:
- Parem com isso, crianças. - pede em voz baixa, com um risinho.

Mai:
- Tudo bem, parei, parei. - ela ri, boba.

Suki:
- Obrigada. - murmura, constrangida.

Mai:
- De nada. - ela ri baixinho, indo dar um beijo no rosto da mãe.

Suki:
- Obrigada, querida. - diz, gentil, retribuindo o gesto.

Mai:
- De nada~ - sorri, abraçando-a, carinhosa.

Suki:
- Já terminou de comer? Porque você precisa se alimentar direito se quiser cobrar o
mesmo da sua irmã. - diz, tocando a ponta do nariz dela.

boredmai:
Mai:
- Jáááá, já terminei! Eu comi direitinho!

Suki:
- Boa menina. Então vá arrumando as suas coisas, que eu já vou te ajudar com os
estudos.

Mai:
- Tá bom! - ela sorri, dando mais um beijo na mãe antes de se afastar, alegre.

Suki:
Isso faz Setsuna sorrir de leve, observando-a.

- O que vocês planejam fazer a tarde? - pergunta, encarando os filhos.

- Eu e o Ichiro temos que estudar algumas coisas. - murmura, tímida, as bochechas


vermelhas fazendo a mulher erguer uma das sobrancelhas.

Mai:
"...temos?"

- É-é, temos. - murmura.

- Mm. Eu tenho... negócios a resolver. - Mitsuo sussurra.

Suki:
- Ara, ara... Então seremos apenas eu e a Chiaki nesta tarde?

- Foi mal, mãe. - e sorri de leve, culpada.

Mai:
- Amanhã a gente passa a tarde junto. - Ichiro sorri, meio culpado.

Suki:
- Podemos sair nós quatro. Ou cinco, se o papai conseguir ficar livre!

- É uma ótima ideia. - diz, suave, se virando para o marido.

Mai:
- Mm. Eu dou um jeito de ter tempo amanhã. - o homem assente com a cabeça.

Suki:
- Eu posso pedir pras Arcanas cuidarem do treino do Ichiro e da Chiaki, de manhã,
assim você consegue adiantar o trabalho. - Leanne sorri.

Mai:
- ...mm, é uma boa ideia. - ele assente com a cabeça. - Agradeço.

Suki:
- Combinados, então. - e concorda, se levantando devagar. - Eu já terminei de
comer, também, então... Até depois. - ela acena de leve, se afastando em seguida.

Mai:
- Eu também já vou. Licença. - Ichiro murmura, ficando de pé e acompanhando Leanne.

Suki:
- Eu vou pro quarto continuar lendo e pesquisando, e recomendo que você vá pra
outro cômodo ler e estudar o que eu vou te passar. - murmura, quando os dois se
afastam o suficiente.

Mai:
- ...huh. Tudo bem, professora Leanne. - ele ri baixinho.

boredmai:
Suki:
Isso faz a garota revirar os olhos, mais vermelha, adiantando o passo enquanto
encaminhava as mensagens que mandara ao pai...

Mai:
"...mas o que..?" o rapaz cora de leve, olhando as mensagens que Leanne mandara,
indo se enfiar em um dos quartos de visitas.

Suki:
"Por favor que ele entenda sem eu precisar ser _ainda mais direta...!_", pensa, se
largando sobre a cama dos dois para cobrir o rosto com um travesseiro.

Mai:
O resto do dia seria tranquilo, a família se reunindo no dia seguinte pra um
piquenique no parque.
- Todos prontos? - pergunta Mitsuo, indo até a sala pra encontrar com os outros.

Suki:
- Prontíssimos. - Leanne assente com a cabeça, a calça leve e confortável no corpo
combinando com a camisetinha de botões, a gola alta escondendo as carpas em seu
peito.

Mai:
- Mais que prontos. - Ichiro sorri.

- Piquenique~ - Chiaki ri, boba.

- Mm. Então vamos. - o homem sorri de leve, guiando a família até o carro.

Suki:
- Mal posso esperar para ver os quitutes que prepararam para nós... - Setsuna
comenta, suave.

- Essa parte me interessou~ - Leanne admite, boba, segurando a mão de Ichiro


enquanto acompanhava o pai.

Mai:
- Eu também quero comida! - Chiaki sorri.
- Só pensam nisso, tsc tsc... - Ichiro ri.

Suki:
- Bom, a comida daqui é uma delícia, não dá pra ignorar. - a bruxa ri.

- Fico feliz de ouvir isso, porque você precisa se alimentar direito.

- Eu sei, mãe...!

Mai:
- Lea vai comer em dobro hoje! - a menina brinca.

Suki:
- Se tiver doces com chocolate, eu vou mesmo! - e ri também.

Mai:
- Tem. - Mitsuo sorri.

- EBA!

Suki:
- Sabia, o papai nunca ia me deixar sem chocolate~

- Sem exagerar, meninas!

boredmai:
Mai:
- Mãe, hoje é dia de exagerar! - a menina ri, entrando no carro e puxando Leanne
consigo.

Suki:
- Só hoje. E sem passar dos limites. - pede.

Mai:
- Eu vou tentar, mãe. - ri, boba.

- Pai, a gente vai ter que trazer a Chiaki pra casa rolando~ - Ichiro provoca, se
assentando no banco de trás com as duas.

Suki:
- E a Leanne também! - a própria adiciona, risonha.

- Nada disso, meninas.

Mai:
- Por favor, aproveitem com moderação. - Mitsuo murmura, suspirando de leve ao se
acomodar no banco do motorista, dando a partida quando todos se ajustam.

Suki:
- Ninguém vai passar mal, pai, prometo. - a mais velha ri. - É só brincadeira.

Mai:
- Por favor. - pede. - Vamos aproveitar a tarde em família.

Suki:
- Você não conseguiu uma tarde de folga pra gente estragar tudo, pode deixar!

Mai:
O homem solta um risinho.
- Vai ser divertido, eu espero.

Suki:
- Eu tenho certeza. Passar tempo com a minha família é sempre divertido. - Setsuna
diz, suave, repousando a mão na coxa de Mitsuo, carinhosa.

Mai:
O homem sorri, bobo.
- Mm. Sempre, sempre... - sussurra.

Suki:
- Eu digo o mesmo. - Leanne murmura, massageando os ombros do pai de leve, gentil.

Mai:
- Ora, eu estou recebendo mimos. - ri.

Suki:
- Nem vem, sempre que eu vou no banco de trás e você dirige eu faço isso!

Mai:
- Ainda são mimos. - ri.

Suki:
- Precisamos te mimar mais, se é assim!

Mai:
- Não, não precisam!

boredmai:
Suki:
- Já era~

Mai:
- Ora, Leanne..!

Suki:
- Já era~ - repete, brincalhona.

Mai:
- Pelos deuses... - ri.

Suki:
- É a sua família, não reclame~

Mai:
- Eu fico sem jeito, você sabe...

Suki:
- Eu sei, eu sei. Por isso eu te provoco. - e ri.

Mai:
- Ora, ora, é de propósito..!

Suki:
- Um pouquinho~ - diz, boba.

Mai:
- Completamente, pelo jeito!
Suki:
- Falando assim até me magoa, pai! - e ri.

Mai:
- Ora, Leanne..!

Suki:
- Parei, parei~ - e ri de novo, se ajeitando para trás no banco.

Mai:
O homem apenas ri, balançando a cabeça.
- Não vamos demorar pra chegar. É bem perto.

Suki:
- Eu espero, mesmo, porque a ideia de quitutes de chocolate me deixou ansiosa~

Mai:
- O Micchi quer chocolate também! - Chiaki adiciona, risonha.

Suki:
- O Micchi é novo demais pra querer chocolate. - Setsuna diz de imediato.

- Ele nem nasceu ainda!

Mai:
- Eu como por ele, não tem problema~

Suki:
- Nós duas~

Mai:
- Isso mesmo~! - ela ri, boba.

Suki:
- Já falamos sobre isso, não nos façam repetir. - Setsuna insiste.

Mai:
- A gente não exagera, mãe, prometo!

Suki:
- Ótimo, ótimo. Vou confiar em vocês. - ela sorri.

boredmai:
Mai:
- Pode deixar!

- Chegamos. - Mitsuo avisa, estacionando o carro perto da entrada do parque.

Suki:
- Eu acho que nunca tinha vindo aqui nesse horário... - Leanne comenta, sorridente,
ao sair do carro.

Mai:
- Esse horário é bem tranquilo, vai ser bom pra gente. - o homem sorri, pegando as
coisas no porta-malas junto com Ichiro.

- Tá bem vazio mesmo, dá pra aproveitar bem!


Suki:
- Não duvido que se estivesse cheio você teria dado meia volta com o carro. -
Leanne brinca, apoiando Setsuna.

Mai:
- Eu encontraria outro parque que estivesse mais vazio, sim. - ele assente com a
cabeça.

Suki:
- Imaginei. Você gosta de passar batido.

- Nós temos as nossas razões, querida.

- Não foi uma crítica!

Mai:
- Estar mais vazio também é mais tranquilo pra todos nós aproveitarmos. - sorri.

Suki:
- Mas o caos é a melhor parte~ - Leanne brinca.

Mai:
- Concordamos em discordar. - o homem suspira.

Suki:
- Aw, seu chato~ - provoca.

Mai:
- Não sou chato, apenas tranquilo. - sorri.

Suki:
- ....dá pra ser os dois!

Mai:
- Mas eu não sou. - ri.

Suki:
- Paaaai....! - ela gargalha.

- Já chega, Leanne. - Setsuna pede, gentil.

Mai:
- Venham, vamos sentar. - o homem balança a cabeça, guiando a família até uma das
áreas gramadas do parque, colocando as coisas no chão antes de estender a toalha.

Suki:
Assim que ele coloca a toalha, Leanne prontamente a ajeita, cuidadosa, antes de
ajudar a mãe a se sentar.

- Ah, tava precisando de ar fresco~

Mai:
- Todos nós. Especialmente o papai, que vive enfiado naquele escritório. - Ichiro
provoca.

- Hmpf.

boredmai:
Suki:
- Um pouco de sol não faz mal~ - Leanne ri.

- Ele sempre caminha pelos jardins durante a manhã, crianças.

Mai:
- Exatamente. Sol é importante pra saúde. - o homem assente com a cabeça.

Suki:
- Queria saber o que você faz que não é importante. - ela suspira.

Mai:
- ...mm. É uma boa pergunta... - ele murmura. - Eu tento focar nas coisas
importantes. Como a família.

Suki:
- Você se diverte de vez em quando, pelo menos?

Mai:
- ...bem... de vez em quando, sim. - murmura.

Suki:
- Tipo hoje? - pergunta, esboçando um sorriso.

Mai:
- Tipo hoje. - sorri. - Me divertindo com a minha família.

Suki:
- Que é o seu bem mais precioso~

Mai:
- O mais precioso de todos. - sorri, gentil, se servindo de um dos biscoitos.

Suki:
Leanne sorri de volta, boba, fazendo o mesmo.

Ou melhor, bem mais que o mesmo: a garota pega vários biscoitos para si,
amontoando-os em uma das mãos, antes de colocar a própria bolsa no chão e se deitar
usando ela como travesseiro.

- Ara, ara... - Setsuna balança a cabeça negativamente, claramente achando graça


pelo sorriso em seu rosto.

Mai:
- Deixa um pouco pra mim! - Chiaki ri, pegando alguns biscoitos pra si.

- Tem o suficiente pra todo mundo, boba. - Ichiro ri de leve, também pegando
biscoitos.

Suki:
- Eu só separei pra não ter que ficar levantando toda hora! - ela se defende.

- Nossa filha querendo ficar parada? - Setsuna brinca, suave.

- O Micchi colocou juízo na cabeça dela. - Salem quem diz, saindo da mochila de
Leanne, resmungando.

Mai:
- Ter filhos ajuda a criar juízo. - Mitsuo sorri. - Falo por experiência.
Suki:
- Você era sem juízo, pai? - Leanne provoca, debochada. - Nunca ia imaginar~

Mai:
- Pergunte à sua mãe. - sorri.

Suki:
- Eu precisei obrigá-lo a aceitar uma série de termos antes do nosso casamento. -
diz, suspirando e balançando a cabeça.

- Um contrato? Isso tá me dando ideias pra uma certo dragãozinho....

boredmai:
Mai:
- Mal de família. - o homem diz, sucinto, mordiscando o próprio biscoito.

- Ai, ai... - Ichiro suspira.

Suki:
- Se alguém da família puxou a sua falta de juízo, fui eu, pai! - ela ri.

- Eu sou obrigada a concordar, querida.

- Mãe...!

Mai:
- De fato. - Mitsuo sorri.

Suki:
- Eu melhorei muito, tá legal?!

Mai:
- Assim como eu. - sorri.

Suki:
- Espero chegar na sua idade bem resolvida que nem você ~

Mai:
- Eu não sou tão velho assim. - ele resmunga baixinho.

Suki:
- Eu sei que não! - ela ri, atrapalhada, as bochechas vermelhas. - Não foi isso que
eu quis dizer, pai!

Mai:
- Hmpf. - ele resmunga.

Suki:
- Relaxa, velhote~ - brinca.

Mai:
- V... Velhote..?! - exclama.

Suki:
A reação de Mitsuo faz Leanne gargalhar, se virando para encará-lo.

- Pai, é provocação...!

Mai:
- O-ora..! - resmunga, desviando o olhar.

Suki:
- Descuuuuulpa~ - diz, boba.

Mai:
- Hmpf. Eu sempre desculpo.

Suki:
- Eu sei. As vezes eu abuso um pouco, inclusive~

Mai:
- Hmpf, se aproveitando do seu pai, ora ora!

Suki:
- Eu só faço porque eu sei que você aguenta!

Mai:
- Hmpf. - ele resmunga outra vez, apesar de sorrir.

- Que bonitinho, ele te ama. - Ichiro brinca.

boredmai:
Suki:
- Ele ama todos nós. - corrige. - E você também ama, e eu também ~

- Tudo bem, querida, todos nós nos amamos muito. - Setsuna ri baixinho.

Mai:
- A gente sabe. - o rapaz sorri. - A gente sabe mesmo.

- Ainda bem, senão eu ia bater com a shinai na sua cabeça até você aprender.

- Pai..!

Suki:
- Na cabeça não, acerta só as costelas~ Vai que tira mais alguma coisa da cabeça
dele do lugar?!

- Leanne...!

Mai:
- Bom ponto. - sorri.

- Lea, você tem que ficar do meu lado!

Suki:
- Eu estou do seu lado: dor molda caráter!

Mai:
- Dor quebra o Ichiro, isso sim! - o rapaz resmunga.

Suki:
- Você é maleável demais pra ser quebrado assim!

Mai:
- Meus ossos discordam!

Suki:
- Eu vou ter que testar ~

Mai:
- Não, por favor não! - ri.

Suki:
- Que pena. Te vejo no dojo amanhã ~

Mai:
- Vai doer... - ele choraminga, dramático.

Suki:
- Que pena, que pena, coitado, coitado~

Mai:
- Coitado mesmo, vou precisar de muito cafuné depois!

Suki:
- Tá pedindo pra pessoa errada!

Mai:
- Você é a pessoa certa!

Suki:
- Nada disso. Cafuné agora só pro Micchi!

Mai:
- Mas o Micchi nem nasceu, nem pode receber cafuné ainda!

Suki:
- Vou guardar pra ele receber muitos quando nascer!

boredmai:
Mai:
- Nada disso, enquanto isso quem tem que ganhar cafuné sou eu!

Suki:
- Se alguém tem que ganhar cafuné, nesse casamento, sou eu!

Mai:
- Por que não os dois~?

Suki:
- Porque não ~

Mai:
- Maldaaaaade~

Suki:
- Eu sou má mesmo~

Mai:
- Tadinho de mim, tadinho de mim~

Suki:
- Tadinho de um dragão desse tamanho? Até parece~

Mai:
- Tadinho sim~
Suki:
- Já basta, vocês dois. - Setsuna suspira.

Mai:
- Tá bom, mãe, parei. - ele ri de leve.

Suki:
- Pode deixar, mãe. Era só provocação, mas pode deixar~

Mai:
- Melhor comer, é mais legal! - Chiaki assente com a cabeça.

- Vou ter que concordar. - Ichiro ri de leve.

Suki:
- Comer até rolar! - Leanne concorda.

Mai:
- Ora, crianças, já falamos sobre isso! - Mitsuo reclama.

Suki:
- Paaaai, não seja chato, é brincadeira!

Mai:
- Hmpf. - ele resmunga.

Suki:
"Resmungão.", pensa, boba.

Mai:
- Lea, Lea, eu trouxe corda pra pular! - Chiaki sorri, cutucando a irmã. - Quer
brincar depois?

Suki:
- ...quero, claro que quero! - ela assente com a cabeça. - Quem vai bater?

Mai:
- Tanto faz. - ela ri. - Quer começar?

Suki:
- Quero! - diz, se sentando de imediato.

- Depois eu quero participar. - quem diz, para a surpresa de todos, é Salem.

Mai:
- Você? - ela murmura, surpresa. - Você pula corda, Salem?

boredmai:
Suki:
Ele assente com a cabeça.

- Muito bem, inclusive. - Leanne adiciona.

Mai:
- Ah, isso eu quero ver! - ela ri.

Suki:
- Então vamos. Nós duas batemos, e ele pula. - Leanne diz, ficando de pé.
Mai:
- Certo! - a menina sorri, entregando uma das pontas da corda pra Leanne antes de
se afastar com a outra. - Um, dois, e já~!

Suki:
E assim que as duas começam, o gato prontamente se coloca a saltar, suave e
gracioso...

Mai:
- Uau..! Você pula super bem, Salem! - a menina ri, impressionada.

Suki:
- Obrigado. Eu sei fazer muitas coisas bem, ao contrário de algumas pessoas que não
sabem nem ao mesmo o básico. - responde, como se não fosse nada, encarando Ichiro.

Mai:
- Mmm, deu vontade de comer um churrasquinho de gato agora... - Ichiro rosna.

Suki:
- Você não ousaria, pirralho. - retruca, naturalmente, dando as costas para ele.

Mai:
- Se você não provocar. - retruca.

Suki:
- Fatos não são provocações.

Mai:
- Não vi nenhum fato nessas merdas que você falou!

Suki:
- Você sabe cozinhar direito? Pular corda? Trocar fraldas? Cuidar do cabelo da sua
esposa? Do corpo cansado dela? O que entende de alquimia e jardinagem? - pergunta,
girando suavemente, até que Leanne para de mover a corda.

- Salem, já chega.

- Ele não conseguiria cuidar de você sem a família ou os empregados, Leanne, isso é
um fato!

Mai:
- É claro que conseguiria. - ele rosna, irritado. - Mas eu não tenho que provar
nada pra você. Só pra Leanne.

Suki:
- Ichiro, pode pegar a outra ponta da corda, por favor? É a vez da Chiaki pular. -
diz, fuzilando o gato com os olhos.

- Contra fatos não há argumentos. - o gato resmunga, indo se deitar sobre a mochila
de Leanne.

Mai:
- Churrasco de gato tá parecendo cada vez mais apetitoso... - ele resmunga, indo
pegar a corda das mãos da irmã.

Suki:
- Nem ouse. - a bruxa resmunga.
Mai:
- Só porque você ficaria brava.

Suki:
- Não é o melhor motivo, mas serve.

boredmai:
Mai:
O rapaz apenas resmunga, começando a girar a corda pra Chiaki, a garota começando a
pular um tanto desanimada.

Suki:
- Se pular baixo assim eu vou te derrubar...! - ameaça, risonha, movendo a corda um
pouco mais rápido, cuidadosa em não exagerar.

Mai:
- E-ei, não, não me derruba..! - ela exclama, acelerando um pouco mais.

Suki:
- Então pula direito, pula direito! - provoca.

Mai:
- Tô pulando! - Chiaki ri.

Suki:
- Acha que consegue chegar em cem~?

Mai:
- É claro que consigo! Eu sou boa, tá?! - ri.

Suki:
- Então vamos começar!

Mai:
- Vamos! - ri, começando a contar enquanto pulava.

Suki:
E Leanne a acompanha em voz alta, vez ou outra repetindo os números de propósito,
provocando a irmã para mantê-la entretida...

Mai:
- Não, Lea, assim eu vou perder a conta..! - a garota gargalha.

Suki:
- Que pena, aí vai ter que começar do zero!

Mai:
- Não, maldade..! - ri. - Aí eu nunca vou chegar no cem!

Suki:
- Então volta a contar, que eu já me perdi! Um, dois, três!

Mai:
- ...droga..! - ela ri, corando, voltando a contar.

Suki:
E Leanne a acompanha, dessa vez sem trapacear.

- Cem! - e ri, parando a corda antes de bater palmas.


Mai:
- CEM! - ela gargalha, se jogando no chão, exausta. - Eu não sinto minhas
peeeeeeernas!

Suki:
- Deita e respira....! - Leanne gargalha boba, se sentando no chão devagar.

Mai:
- Tentando! - ri, o rosto bastante vermelho.

Suki:
- Respiiiiira! Não quero você desmaiando!

Mai:
- Não vou... desmaiar..! - ri, o peito arfando enquanto ela tentava recuperar o
fôlego.

Suki:
- Fala menos e respira mais! - e ri.

Mai:
A menina apenas ri, respirando com cuidado.

- Venham tomar um chá pra refrescar. - Mitsuo chama. - Está delicioso.

Suki:
- E geladinho?

- Toda bebida fica gelada nas mãos do pai de vocês, meninas. - Setsuna ri.

Mai:
O homem solta um risinho.
- Sim, está geladinho. Bem refrescante.

boredmai:
Suki:
- Então já tô aí. - Leanne ri, puxando a corda consigo antes de se aproximar.

Mai:
O homem sorri de leve, servindo o chá para a filha.
- Aqui.

- Também quero, pai! - Chiaki ri, se aproximando, ainda um tanto ofegante.

Suki:
- Obrigada, pai. - diz, gentil, segurando o chá com as duas mãos, educada, antes de
se sentar de volta no próprio lugar.

Mai:
- De nada, querida. - o homem responde, servindo chá também pra Ichiro e Chiaki.

Suki:
- Você sempre garante o melhor pra gente... - diz, boba.

Mai:
- Apenas o melhor para os meus filhos. - sorri.

Suki:
Leanne sorri de volta, boba, suspirando baixinho ao tomar mais um gole do chá,
confortável...

Mai:
A família aproveitaria longas horas de descanso no piquenique até enfim recolherem
tudo pra voltar pra casa no início da noite.
- Chegamos, crianças. - o homem sorri ao estacionar o carro.

Suki:
- Ah, que dia maravilhoso... - Setsuna sorri, confortável.

- Mas admito que nada melhor que a minha caminha ~

Mai:
- Quero. - Ichiro ri baixinho. - Banho e cama, pra relaxar!

Suki:
- Por favor. Ainda mais de barriga cheia de biscoito, nossa, eu vou dormir que nem
um bebê ~ - diz, boba.

Mai:
- Amanhã não tem treino, certo~?

- Treino no mesmo horário, Ichiro. Nada de dormir até tarde. - Mitsuo resmunga.

- ...droga. - ri.

Suki:
- Isso vale pra mim e pra Chiaki também~? - Leanne pergunta, manhosa.

- Se vale para o seu irmão, vale para vocês. - suspira.

Mai:
- Exatamente. Todos no horário certo. - o homem insiste.

Suki:
- Tudo bem, tudo bem. - ela suspira. - Prometo.

Mai:
- Agora vão descansar, vão. Todos nós precisamos.

- Pai, você ficou sentado comendo e tomando chá! - Chiaki resmunga.

- ...hmpf.

Suki:
- Chiaki, deixa ele, ele já trabalha todos os dias o dia todo. - Leanne resmunga. -
Um dia de descanso não alivia todo o cansaço de trabalhar desse jeito!

boredmai:
Mai:
- ...tá bom. Só por isso. - ela resmunga baixinho. - Eu vou descansar, que minhas
pernas tão cansadas de pular! Até amanhã!

Com um aceno, a garota logo se afasta, claramente ainda cheia de energia.

Suki:
- Ara, ara... - ela suspira, balançando a cabeça de leve, ainda sorrindo, ao ver a
filha se afastar. - Tenham uma boa noite, crianças.
- Pra vocês também. - Leanne sorri, fazendo uma mesura suave antes de beijar os
rostos de Mitsuo e Setsuna e se afastar em seguida.

Mai:
Ichiro logo acompanha Leanne, esticando o corpo.
- Cama~

Quando os dois se afastam, Mitsuo segura uma das mãos de Setsuna gentilmente,
guiando-a para o quarto dos dois.
- Mm, querida, eu queria lhe fazer um convite.

Suki:
- Bem confortável, os dois aninhadinhos ~

-=-

E a mulher suspira baixinho, se deixando levar com um sorriso.

- Claro, querido. Tudo o que você quiser.

Mai:
- Deitadinhos, relaxando, vendo uma série~

-=-

O homem sorri, afagando a mão dela.


- Um jantar, amanhã. Só nós dois.

Suki:
- Até dormir~

-=-

- ...Só... Só nós dois...? - pergunta, surpresa.

Mai:
- Até nanar~

-=-

- Mm. Só nós dois.

Suki:
- A mimir~

-=-

- Eu... Claro, seria um prazer, mas.... tem uma razão especial....? - pergunta,
curiosa.

Mai:
- A mimir~ - ele ri, bobo.

-=-

- A razão especial é você. - sorri.

Suki:
Isso pega Setsuna desavisada, o rosto corando violentamente enquanto ela desviava o
olhar, o sorriso tímido no rosto.

- ...ora...

boredmai:
Mai:
- Amanhã, então. - sorri, entrando no quarto com a mulher.

Suki:
- Algum traje especial...? - pergunta, se deixando levar, apertando a mão dele
suavemente.

Mai:
- Mm... Nada especial, só basta se arrumar, mesmo. - murmura.

Suki:
- Me... me arrumar quanto...? - pergunta, insegura. - Tem muito tempo que não
saímos apenas nós dois...

Mai:
- Não precisa se arrumar muito. Não é nada muito formal. - ele diz, gentil,
tentando tranquilizar a esposa.

Suki:
- Você me ajuda na hora? - pede, segurando a mão dele com as duas próprias,
encarando-o, insegura.

Mai:
- Claro, querida. Não se preocupe. - ele sorri, carinhoso, a mão livre afagando o
rosto dela.

Suki:
- Obrigada, meu amor. - murmura baixinho, antes de fechar os olhos, tal qual um
filhotinho...

Mai:
- De nada, meu amor. - ele responde, gentil, continuando o carinho.

Suki:
"Eu amo tanto você...", pensa, sem verbalizar nada, se limitando a suspirar
baixinho antes de beijar a mão dele.

- Banho...?

Mai:
- Mm. Banho. - ele sorri, carinhoso, guiando-a até o banheiro.

Suki:
- O dia foi divertido, mas bastante cansativo... - diz, baixinho.

Mai:
- De fato. - ele assente com a cabeça, suspirando. - Precisamos relaxar um pouco.

Suki:
- E precisamos de mais dias como esse, também. - murmura.

Mai:
- Mm, de fato. É bom passar mais tempo com a minha família. - sorri.
Suki:
- E é bom ter mais tempo com você. - sorri.

Mai:
O homem apenas sorri, gentil, começando a se despir.

Suki:
Isso faz com que ela suspire baixinho, admirando Mitsuo por alguns instantes até
fazer o mesmo.

Mai:
Os músculos do homem eram visiveis e bem cuidados, as tatuagens realçando e
delineando-os. Ao notar o olhar de Setsuna, o homem solta um risinho, flexionando
os músculos de leve, as bochechas corando.

Suki:
Isso a faz corar ainda mais, escondendo os lábios atrás de uma das mãos para dar um
risinho bobo, se aproximando para afagar a pele dele.

- Você é lindo de qualquer forma. - diz, beijando-lhe a pele suavemente, crinhosa.

boredmai:
Mai:
- Não mais que você, certamente. - ele sorri.

Suki:
- Ora... - Setsuna ri baixinho, desviando o olhar antes de terminar de se despir,
tímida.

O corpo dela, ao contrário do de Mitsuo, era pequeno e delicado, as curvas bastante


suaves, a pele bem cuidada sem cicatrizes além da que portava em seu ventre.
Desde o ritual que Leanne fizera, porém, Setsuna já ganhara peso e músculo, o corpo
muito além do aspecto definhado de antes.

Mai:
- E fica mais linda a cada dia. - murmura, gentil, fazendo um afago leve na pele da
mulher.

Suki:
- Como uma cerejeira, você dizia, que mal podia esperar para ver florescer... -
murmura, esboçando um sorriso.

Mai:
- Exatamente. - ele ri baixinho. - A cerejeira mais linda de todas.

Suki:
- Que deu frutos maravilhosos. - ela assente com a cabeça, tocando a cicatriz do
próprio ventre.

Mai:
- Mm. De fato. - ele sussurra, se aproximando pra dar um beijo gentil na esposa.

Suki:
E isso a faz suspirar, satisfeita, afagando o rosto dele.

- Vamos. Precisamos e merecemos o banho e o descanso.

Mai:
- Merecemos bastante. - ele sorri. - Eu vou te banhar hoje.

Suki:
- ...querido, não precisa. - murmura, tímida, erguendo as sobrancelhas. - O meu
dever é cuidar de você.

Mai:
- Meu dever também é cuidar de você, como seu esposo. - diz, beijando-lhe o rosto.

Suki:
- Você já cuida demais de mim e da nossa família. - murmura, sorrindo com o beijo.

Mai:
- E posso cuidar mais um pouco. - diz, satisfeito, começando a lavar o corpo da
esposa gentilmente, o toque delicado.

Suki:
Isso a faz suspirar baixinho, ajeitando a própria postura para permitir que Mitsuo
a limpasse, silenciosa.

Mai:
E Mitsuo o faz com todo o cuidado do mundo, lavando o corpo de Setsuna
meticulosamente, apesar de evitar as partes íntimas da mulher, ainda um tanto
tímido.
- Mm. Pronto. - ele sussurra baixinho, enfim começando a se lavar.

boredmai:
Suki:
Isso faz com que Setsuna suspire baixinho, os olhos cinzentos fechados enquanto
aproveitava cada segundo do cuidado, confortável...

- Deixe eu ajudar. - pede, se aproximando dele.

Mai:
- Não precisa, mas obrigado. - ele sorri de leve.

Suki:
- É um prazer. - insiste, gentil.

Mai:
- Obrigado. - ele repete, fechando os olhos enquanto aproveitava o toque da esposa.

Suki:
Setsuna, por sua vez, lava o corpo todo de Mitsuo cuidadosamente, o toque suave e
delicado sem malícia, apesar de vez ou outra a mulher hesitar e suspirar, as
bochechas corando antes de voltarem ao normal.

Mai:
O homem cora de leve, desviando o olhar, sem jeito. "Ela é mais corajosa do que
eu," pensa, quieto.

Suki:
Quando ela enfim termina, despejando a água sobre o corpo limpo dele, Setsuna recua
um passo para encará-lo, sorrindo carinhosamente.

- Espero que tenha conseguido relaxar. - diz, suave.

Mai:
- Mm. Consegui sim. - ele sorri. - Muito obrigado, Setsuna...
Suki:
- De nada, meu amor. - diz, gentil, envolvendo os ombros dele com a toalha.

Mai:
O homem sorri de leve, pegando a toalha e se secando cuidadosamente.
- Um final de dia perfeito para uma tarde ótima. - sussurra.

Suki:
- Devo dizer o mesmo. - ela sorri, começando a se secar com cuidado, um pouco
afastada dele.

Mai:
Mitsuo apenas a observa enquanto terminava de se secar, esperando pra guiar a
esposa de volta pro quarto.

Suki:
- Foi divertido, mas eu preciso me deitar e descansar um pouco. - comenta,
acompanhando-o de imediato.

Mai:
- Nós dois. - ele concorda, guiando-a de volta para o quarto.

Suki:
- Mm. Amanhã voltaremos a rotina de sempre... - murmura.

Mai:
- Mm... - ele murmura. - ...há algo na rotina que te desagrada?

Suki:
Isso faz a mulher parar de andar, encarando-o com a testa levemente franzida.

- Como assim, querido...?

boredmai:
Mai:
- Há algo na rotina que te desagrada? Algo que queria mudar?

Suki:
Ela hesita, ainda de testa franzida, observando-o em silêncio, até enfim negar com
a cabeça, voltando a olhar para frente e caminhar de volta ao quarto.

- Não, querido. Nada.

Mai:
- ...nada mesmo..? - ele pergunta, acompanhando-a.

Suki:
- Não se preocupe, querido.

Mai:
- Eu me preocupo. Eu te amo. - suspira.

Suki:
- Eu também te amo. - ela sorri.

Mai:
O homem sorri de volta, guiando-a até os armários para ambos se vestirem. "Que bom
que ela está feliz..."
Suki:
- ...eu pensei em cozinhar para as crianças um dia desses. - diz, já terminando de
colocar a própria roupa, sem encarar o marido. - Mas eu precisaria da sua ajuda
para isso. O que acha?

Mai:
- Ora, eu adoraria. - o homem sorri, gentil. - Seria um prazer.

Suki:
- Vou esperar ansiosamente você conseguir tempo livre novamente para fazermos isso.
- diz, sorrindo.

Mai:
- Imagino que consigo arranjar tempo daqui a uma ou duas semanas. - sorri. - Bem,
se for só cozinhar, talvez antes.

Suki:
- Apenas me ajudar a cozinhar, na verdade. Eu entendo que você é um homem ocupado.

Mai:
- Na próxima semana, então. - ele assente com a cabeça. - Qualquer dia.

Suki:
- Eu vou decidir o cardápio nos próximos dias, pedir que a cozinha providencie
tudo, e te aviso com antecedência. - ela diz, o sorriso mais aberto no rosto. -
Obrigada, querido.

Mai:
- De nada, minha querida. - sorri.

Suki:
- Agora vamos dormir. O dia foi cansativo.

Mai:
O homem sorri, afagando o rosto dela antes de ir se deitar, cansado. "Que dia..."

Suki:
"Queria que todos os nossos dias fossem assim...", pensa, boba.

Mai:
O dia seguinte seria tranquilo para a família, cada um focado em seus afazeres. No
início da noite, Mitsuo se aproxima de Setsuna, um pequeno sorriso no rosto.
- Vamos nos arrumar? - pergunta, gentil.

boredmai:
Suki:
- Claro, querido. Estava apenas esperando o seu chamado. - diz, suave, prontamente
segurando uma das mãos dele para beijá-la.

Mai:
O homem ri de leve, guiando-a até o quarto.
- Eu espero que goste.

Suki:
- Eu amo todo e qualquer momento com você, meu amor. - responde, sorrindo.

Mai:
- Ora... - ele ri, corando.
Suki:
- Eu te amo. - diz, boba.

Mai:
- Eu também te amo, minha querida. - Mitsuo sussurra, sorrindo gentilmente.

Suki:
- Admito que passei o dia pensando em como seria o nosso jantar... - diz, bem
baixinho.

Mai:
- Ficou tão ansiosa assim? - pergunta, abrindo o armário.

Suki:
- Quase como uma criança. - ela assente com a cabeça, corando de leve.

Mai:
- Espero superar suas expectativas. - ele ri de leve. - Qual roupa quer usar,
querida?

Suki:
- Eu tenho certeza que vai. - diz, gentil. - Eu pensei em um vestido, mas não sei
qual comprimento seria adequado..

Mai:
- Mm, ótima escolha. - ele sorri, indicando um dos vestidos. - Que tal esse?

Suki:
- Ele não é muito simples...? - pergunta, hesitante. - Como você vai se vestir?

Mai:
- Mm, não, não é. Mas se preferir, pode escolher um mais elaborado. - comenta. - Eu
vou botar aquela camisa cinza com listras finas, e uma calça.

Suki:
A mulher assente com a cabeça, claramente imaginando as roupas do marido.

- Eu tenho um vestido azul marinho que fica melhor, acredito. - murmura, mexendo
nas peças com cuidado. - Ele é abotoado até a cintura...

Mai:
- Vai ficar lindo, certamente. - sorri.

Suki:
- Eu sempre fico linda ao seu lado. Você me completa e me complementa.

Mai:
- ...ora... - ele ri de leve, corando. - Você é perfeita mesmo...

Suki:
- Nossos filhos são. Nós somos, juntos.

Mai:
- ...mm. Juntos. - sorri, carinhoso.

qualquersuki:
Suki:
- Juntos. - e assente com a cabeça, beijando-lhe as costas de leve.
Maianne Ribeiro:
O homem sorri, bobo, indo se trocar. "Ela é incrível mesmo..."

Suki:
E Setsuna faz o mesmo de costas para ele, vez ou outra lançando um olhar para o
marido, observando-o apaixonadamente.

Maianne Ribeiro:
O homem logo termina de se vestir, abotoando a camisa com cuidado.
- Mm, estou pronto. E você?

Suki:
- Eu também. Pode só me ajudar e ver que os botões estão alinhados? - pede,
alisando o tecido de leve, cuidadosa.

Maianne Ribeiro:
- Mm, claro. - ele sorri, indo ajudar Setsuna com os botões, delicado.

Suki:
Isso a faz sorrir, confortável, ajeitando os fios negros para fora da roupa
cuidadosamente enquanto ele fazia isso...

Maianne Ribeiro:
O homem sorri, beijando os cabelos da esposa antes de se afastar.
- Vamos colocar os sapatos e ir, então. O carro já está esperando.

Suki:
- Oh. Já? Estamos atrasados? - pergunta, preocupada, se adiantando em procurar os
sapatos, atrapalhada.

Maianne Ribeiro:
- Não, de maneira alguma. - ele sorri. - Eu pedi pra esperarem.

Suki:
- Obrigada... - diz, levando uma das mãos ao peito, o par de sapatos na mão livre.
- Meus documentos já estão com você, acredito?

Maianne Ribeiro:
- Mm, já estão sim. - ele assente com a cabeça. - Já peguei tudo.

Suki:
- Não esperava menos do homem que escolhi para ser o pai dos meus filhos. - admite,
sorridente.

Maianne Ribeiro:
O homem cora de leve, o sorriso mais aberto enquanto tomava a mão de Setsuna
gentilmente, guiando-a para a garagem.

qualquersuki:
Suki:
E os passos dela eram suaves, delicados, porém o som do sapato denunciava a firmeza
em suas pernas, ao contrário dos tremores e da insegurança de antes...

Maianne Ribeiro:
"É bom sentir essa segurança nela," o homem sorri, satisfeito. Ao chegarem no
carro, Mitsuo abre a porta pra Setsuna, cuidadoso, se assentando ao lado da mulher
antes de acenar com a cabeça para o motorista para que os levasse ao restaurante.
Suki:
- Obrigada, Mitsuo, querido. - diz, suave, apoiando a mão em uma das pernas dele,
carinhosa.

Maianne Ribeiro:
- De nada, minha querida. - ele murmura, gentil, a mão repousando sobre a dela.

Suki:
"Eu sinto tanta falta de tê-lo só pra mim assim...", pensa, sorrindo enquanto o
observava.

Maianne Ribeiro:
Não demora muito para que o carro estacione diante de um restaurante, a construção
bonita e elegante.
- Chegamos. - Mitsuo murmura, saindo do carro e estendendo a mão pra Setsuna,
gentil.

Suki:
- Obrigada, querido. - murmura, se segurando firmemente nele para sair. - Pode me
guiar de perto? - pede, baixinho. - Eu acho que nunca vim aqui.

Maianne Ribeiro:
- É claro, querida. - ele assente com a cabeça, guiando-a com cuidado, gentil.

Suki:
- Obrigada. - diz, suave, aproximando o corpo do dele como costumava fazer,
insegura.

"Eu não tinha pensado nisso..."

Maianne Ribeiro:
- Não se preocupe, querida. Você está segura comigo. - murmura, gentil.

Suki:
- Eu sei. Você me protege do que for necessário, onde for, como for. - diz,
baixinho, os ombros relaxando um pouco.

Maianne Ribeiro:
- Sempre. - o homem sorri, guiando-a até uma das mesas. Uma seção do restaurante
estava fechada para os dois, um garçom logo atendendo-os e trazendo o menu. -
Precisa de ajuda pra ler?

Suki:
- Por favor. - pede, se ajeitando ao lado dele ao invés de se sentar à sua frente.

Maianne Ribeiro:
O homem assente com a cabeça, lendo o menu pra Setsuna cuidadosamente, descrevendo
as imagens dos pratos.

qualquersuki:
Suki:
- Eu admito que tudo parece tentador. - diz baixinho, com um risinho no mesmo tom.
- Posso deixar a escolha nas suas mãos? - pergunta, segurando uma das mãos dele.

Maianne Ribeiro:
- Mm, sem problemas. - ele sorri, gentil. - Vou pedir uma boa variedade pra nós.

Suki:
- Não exagere, por favor. - pede, suave, acariciando-lhe a mão.
Maianne Ribeiro:
- Não vou, eu prometo. - ele sorri de leve.

Suki:
- Eu confio em você. - murmura, sorrindo.

Maianne Ribeiro:
O homem sorri, chamando o garçom e fazendo os pedidos.
- Quer algo para beber, querida?

Suki:
- A mesma coisa que você. - diz, suave.

Maianne Ribeiro:
- Mm. Sake para os dois, então. - ele murmura, completando o pedido.

Suki:
Isso a faz estremecer, apertando um pouco a mão dele.

"Sake..."

Maianne Ribeiro:
Ele hesita, encarando a mulher.
- Prefere outra coisa..?

Suki:
- ...não. Só... Só faz muito tempo desde que bebemos juntos assim. - murmura, _bem_
baixinho, as bochechas vermelhas.

Maianne Ribeiro:
- De fato. Acho que antes da Chiaki nascer. - o homem murmura, corando de leve.

qualquersuki:
Suki:
- Um... Um tanto antes, sim. - responde, desviando o olhar.

Maianne Ribeiro:
- ...ah. Foi aquela noite, não foi? - sussurra, corando.

Suki:
Ela assente com a cabeça, bastante tímida.

- Eu... Eu achei que não fosse lembrar no dia seguinte....

Maianne Ribeiro:
- F-foi... foi uma noite e tanto. - sussurra, sem jeito.

Suki:
- Mm. Sem... Sem dúvidas. - murmura, tímida, sem encará-lo.

Maianne Ribeiro:
- ...mm. - sussurra. "Pelos deuses..."

Suki:
- Mas... Mas eu aceito o sake, de qualquer forma.

Maianne Ribeiro:
- C-certo. - ele assente com a cabeça. - Só um pouco.
Suki:
- Mm. Não vamos exagerar.

Maianne Ribeiro:
- Mm, sim. Somos adultos responsáveis.

Suki:
- Exato. Exatamente. - concorda.

Maianne Ribeiro:
- Mm. - ele assente com a cabeça. Logo as bebidas chegam, o homem tomando um gole
levemente nervoso do próprio copo.

Suki:
Setsuna faz o mesmo, estremecendo antes de suspirar, torcendo que a bebida a
acalmasse...

Maianne Ribeiro:
- C-cuidado pra não beber muito rápido. - ele sussurra baixinho.

Suki:
- Mm... Pode deixar. Eu... Eu não quero que isso atrapalhe a refeição...

Maianne Ribeiro:
- Não vai. Não se preocupe. - sussurra.

Suki:
- Mm. Obrigada.

Maianne Ribeiro:
- De nada, querida. - sorri.

qualquersuki:
Maianne Ribeiro:
A janta seria agradável, a comida deliciosa agraciando o paladar dos dois...

...e o álcool também. Apesar de não terem exagerado, os dois estavam claramente
ébrios, Mitsuo ficando de pé com cuidado ao pagar a conta.
- Precisamos voltar pro carro. - ele ri de leve.

Suki:
- E eu preciso da sua ajuda, ainda mais que antes. - diz, baixinho, segurando a mão
dele assim que ele se levanta.

Maianne Ribeiro:
O homem assente com a cabeça, segurando a mão da mulher cuidadosamente, guiando-a
de volta. "Eu devia ter bebido menos..."

Suki:
E Setsuna o acompanha, bastante próxima a ele, os passos um pouco mais comedidos
que antes...

Maianne Ribeiro:
O homem a envolve com um dos braços enquanto a guia de volta ao carro, tomando
cuidado pra não cair. "Eu espero que não acabe esquecendo nada..." pensa, engolindo
em seco.

Suki:
Isso a faz tropeçar de leve, se agarrando em Mitsuo para ajeitar os próprios
passos, atrapalhada.

- D-desculpe...

Maianne Ribeiro:
Mitsuo a abraça com mais firmeza, preocupado.
- Tudo bem..?

Suki:
- Eu só... Só me atrapalhei um pouco. - murmura, erguendo o rosto para encará-lo.

Maianne Ribeiro:
- ...m... mm. - ele murmura, corando. "Ter ela tão perto de mim assim é... é..."

Suki:
"...sufocante.", pensa, piscando algumas vezes antes de se ajeitar.

- O carro.

Maianne Ribeiro:
- ...o... o carro. Claro. - sussurra, desviando o olhar antes de voltar a guiá-la.

qualquersuki:
Suki:
Setsuna apenas se deixa guiar, voltando a falar apenas quando os dois se ajeitam no
banco do carro.

- Obrigada pela noite... - diz, segurando as mãos dele carinhosamente. - Eu não


sabia o quanto estava sentindo falta destes momentos com você...

Maianne Ribeiro:
- Mm... Fez falta. Bastante falta. - ele sorri, afagando a mão dela de leve. -
Precisamos voltar a fazer isso com mais frequência.

Suki:
- Por favor. Eu amo os nossos filhos e a nossa família, mas eu também amo estar com
você...

Maianne Ribeiro:
O homem sorri, beijando os lábios de Setsuna, carinhoso.
- Eu também amo estar com você...

Suki:
- Vamos nos lembrar de ter mais momentos assim, então. - pede.

Maianne Ribeiro:
- Por favor. Mais e mais momentos... - ele sussurra.

Suki:
- Muitos mais... - pede.

Maianne Ribeiro:
- Muitos mais. - sorri, carinhoso, beijando-a novamente.

Suki:
Isso faz o corpo inteiro da mulher se derreter, os lábios formando um sorriso assim
que os de Mitsuo os tocam...
Maianne Ribeiro:
- Já estamos chegando. - ele sussurra algum tempo depois, ainda se mantendo perto
da esposa.

Suki:
- Desde que eu possa ficar nos seus braços, eu não me importo com distância
nenhuma... - murmura, apaixonada.

Maianne Ribeiro:
- Você vai ficar nos meus braços a noite toda. - ele sorri, bobo.

Suki:
- Por favor... - pede, sorrindo de volta.

Maianne Ribeiro:
- Com prazer. - ele sorri.

O carro para no estacionamento de um hotel, o homem saindo do veículo e estendendo


a mão pra Setsuna, sorrindo.
- A noite é nossa.

Suki:
- ...é... - ela hesita, sem entender, porém visivelmente surpresa, tocando a mão
dele com as pontas dos dedos, delicada. - ...é só me guiar...

Maianne Ribeiro:
- Deixa comigo. - ele sorri. O homem pausa pra pegar o cartão do quarto do hotel
com o motorista antes de guiar a mulher pra dentro, gentil.

qualquersuki:
Suki:
- ...você planejou isso nos mínimos detalhes, não foi...? - pergunta, envolvendo um
dos braços dele carinhosamente.

Maianne Ribeiro:
- Claro. - ele sorri, carinhoso, afagando a mão dela. - Eu queria a melhor noite
pra gente.

Suki:
- Você sempre me surpreende no quão cuidadoso e dedicado é... - comenta, afagando a
mão dele de volta suavemente.

Maianne Ribeiro:
- Apenas o melhor para a minha família, para a minha esposa.

Suki:
- E eu faço o meu melhor para merecer tudo isso, dia após dia. - responde, gentil.

Maianne Ribeiro:
- Você merece isso e muito mais. - sorri, carinhoso.

Os dois logo chegam ao andar correto, Mitsuo abrindo a porta do quarto pra Setsuna.
Era enorme, a decoração de ótimo gosto, a cama enorme e visivelmente confortável.

Suki:
- ...que cheiro agradável... - comenta, de imediato, antes de olhar ao redor,
visivelmente curiosa. - ...uma noite só nossa, longe das crianças...? - pergunta,
as bochechas corando.
Maianne Ribeiro:
- Mm. - ele sorri, os braços envolvendo-a, carinhoso. - Nossa noite. Só nossa.

Suki:
- ...eu vou amar ter você nos meus braços mais uma vez... - murmura, retribuindo o
abraço com firmeza antes de erguer o rosto para encará-lo.

Maianne Ribeiro:
- Vai ser a melhor noite de todas. Eu prometo. - sussurra.

Suki:
- Todas as noites são sempre melhores, querido. - e ri baixinho, uma das mãos
tocando o peito de Mitsuo.

Maianne Ribeiro:
- Essa vai ser melhor ainda. - ele sorri.

Suki:
- Ora, Mitsuo, meu amor, não me deixe curiosa assim... - resmunga, baixinho.

Maianne Ribeiro:
O homem ri de leve, beijando-a.
- Posso..? - o homem sussurra baixinho, indicando o vestido dela.

qualquersuki:
Suki:
"Imaginei.", pensa, rindo de leve antes de passar as mãos pelos braços, até o rosto
de Mitsuo, os dedos afagando-lhe a pele.

- Sempre que quiser.

Maianne Ribeiro:
- Sempre? - ele ri baixinho, desabotoando o vestido da mulher.

Suki:
- Sempre. - insiste, mantendo uma das mãos no rosto dele enquanto a outra descia
para ao lado do corpo.

Maianne Ribeiro:
- Sempre.. - ele sussurra baixinho, beijando a pele da esposa enquanto a despia,
carinhoso.

Suki:
Isso a faz suspirar, as mãos tocando os braços dele, apertando-os de leve como uma
carícia e um incentivo.

"Que todo o sempre seja assim..."

Maianne Ribeiro:
Os lábios de Mitsuo eventualmente chegam aos seios de Setsuna, os beijos
carinhosos, delicados. "Vai ser a noite dela. Toda dela."

Suki:
O aperto ao redor dos braços dele logo se intensifica, enquanto Mitsuo podia sentir
o corpo inteiro de Setsuna se arrepiar com as carícias. Além disso, a mulher
encolhe os ombros, desviando o olhar enquanto comprimia os lábios, as bochechas
vermelhas não apenas do álcool, mas também de vergonha....

Maianne Ribeiro:
- Você é a mulher mais linda do mundo. - ele sussurra, as mãos acariciando lhe o
corpo.

Suki:
- Somente aos seus olhos, e somente eles que importam... - murmura, fechando os
olhos, arrepiada.

Maianne Ribeiro:
- A mais linda do mundo. - ele repete, gentilmente guiando a mulher até a cama para
que se deitasse, uma das mãos indo entre as pernas dela.

qualquersuki:
Suki:
E a cada passo que Setsuna acompanhava, maior era o aperto nos braços de Mitsuo,
confiando plenamente o trajeto e a própria segurança nele, segurando-se no marido.

- ...prefere que eu tire...? - pergunta, mansa, as mãos indo até a barra da


calcinha enquanto ela fechava as pernas e as dobrava, pronta para terminar de se
despir...

Maianne Ribeiro:
- Eu tiro. - o homem sussurra, retirando a peça com delicadeza, os dedos roçando na
pele dela.

Suki:
- Ah, como eu amo o seu toque... - ela suspira, tocando as mãos dele com as pontas
dos dedos, delicada, sem fazer menção de impedi-lo.

Maianne Ribeiro:
"Espero que ame ainda mais," pensa, tocando a mulher delicadamente, começando a
estimulá-la.

Suki:
Os olhos de Setsuna se abrem em surpresa, as pernas estremecendo enquanto ela se
impedia de movê-las pelo reflexo, o rosto violentamente corado. Apesar disso, não
demoraria para fechá-los e virar o rosto, um gemido arrastado e manhoso escapando
de sua garganta sem que ela conseguisse contê-lo.

"O que...", pensa, sentindo a própria respiração mais quente e rápida, as mãos
agarrando os lençóis ao mesmo tempo.

Maianne Ribeiro:
"Eu espero que tenha aprendido direito..." pensa, continuando a carícia enquanto
observava as reações da mulher, atento.

qualquersuki:
Suki:
Ela logo joga a cabeça para trás, respirando pesadamente enquanto tentava se
conter. Uma das mãos vai até sua boca, cobrindo-a com as costas da mão num misto de
vergonha e submissão, sem que Setsuna voltasse a observar o marido.

- Mm... Mm, querido... - geme baixinho, incapaz de se controlar.

Maianne Ribeiro:
- A noite é... É sua... - ele sussurra, arrepiado com a voz da esposa. O homem
desce os lábios pelo corpo dela, deixando um rastro de beijos até chegar entre as
pernas da mulher, estimulando-a com a boca.

Suki:
Os beijos arrancam suspiros dos lábios dela, ainda doces, mas perceptivelmente
excitados, a pele arrepiada e quente.

Quando ele chega entre as pernas de Setsuna, ao primeiro toque elas se fecham, a
coluna dela se arqueando por reflexo com a nova sensação.

- A-ahn...!

Maianne Ribeiro:
"Eu... Eu acho que isso é bom. Eu espero," pensa, mantendo-a perto de si enquanto
continuava a carícia.

Suki:
- Mitsuo... A-ah, Mitsuo, meu amor, meu amor...! - clama, as pernas começando a se
abrir com dificuldade enquanto Setsuna erguia levemente o quadril contra os lábios
dele.

Maianne Ribeiro:
"Pelos deuses, assim eu vou enlouquecer..!" pensa, puxando os quadris dela mais pra
perto, intenso.

qualquersuki:
Suki:
Isso arranca outro gemido, agora mais alto, da garganta da mulher, que responde ao
puxão levando as mãos aos cabelos de Mitsuo para mantê-lo junto a si.

- Meu amor, por tudo que é mais sagrado, por todo o nosso amor, não se afaste, não
se afaste, não se afas----!! - a frase termina se arrastando, em uma espécie de
grito de prazer enquanto todo o corpo de Setsuna se contraia, os quadris saindo do
colchão com violência, as mãos mantendo o marido junto a si enlouquecidamente...

....e então, o corpo inteiro dela relaxa, a mulher desabando na cama enquanto o
soltava, os olhos fitando o teto enquanto ela tentava entender o que sentia e o que
fizera, ainda bastante ofegante...

Maianne Ribeiro:
"Nada nesse mundo seria capaz de me afastar de você..." ele pensa, o corpo inteiro
arrepiado diante do prazer que conseguira proporcionar à esposa. Quando ela enfim
relaxa, Mitsuo se afasta, sorrindo, secando os lábios com as costas das mãos.
- Você... Você gostou..?

Suki:
- Eu... Eu... - ela balbucia, os olhos cheios de lágrimas tentando encontrar o
rosto dele, o próprio bastante vermelho. - Eu te amo...

Maianne Ribeiro:
- Eu também te amo... - ele murmura, engolindo em seco ao ver as lágrimas.
- ...foi... Foi ruim..?

Suki:
Ela nega com a cabeça.

- Foi... Foi incrível.... Foi... Foi a melhor coisa que eu já senti... - admite,
ainda arfando. - ...mas ainda falta você comigo...

Maianne Ribeiro:
O homem sorri, aliviado, se aproximando pra beijá-la.
- Que bom que gostou. Valeu a pena. - ele sussurra baixinho, começando a se despir
enfim.
qualquersuki:
Suki:
O próprio beijo faz a mulher suspirar baixinho, arrepiada, resmungando quando ele
se afasta.

- Você é lindo... - diz, observando-o apaixonadamente.

Maianne Ribeiro:
- Ora... - ele cora bastante, hesitando antes de flexionar os músculos.

Suki:
Isso arranca um risinho da mulher, que joga a cabeça para trás antes de voltar a
observá-lo.

- Eu adoro quando você faz isso... - admite.

Maianne Ribeiro:
- Vou fazer mais vezes. - ele ri baixinho, exibindo as costas pra mulher.

qualquersuki:
Suki:
Setsuna ri baixinho, engatinhando na cama para se aproximar dele e encostar o corpo
no de Mitsuo, beijando-lhe a pele carinhosa e enlouquecidamente....

Maianne Ribeiro:
O homem estremece com os beijos, arrepiado.
- Ah, Setsuna...

qualquersuki:
Suki:
- Eu te amo, Mitsuo... Eu te amo, eu te amo... - murmura, entre os beijos.

Maianne Ribeiro:
- Eu também te amo, Setsuna... - ele sussurra baixinho, deixando que ela guiasse.

Suki:
A mulher o acaricia com os lábios e as mãos, antes de fazer Mitsuo se virar
devagar, ficando sobre os próprios joelhos para alcançar o rosto dele com as duas
mãos.

- Venha... - pede, o polegar roçando nos lábios dele de leve.

Maianne Ribeiro:
- Com todo o prazer... - ele sussurra, beijando os dedos dela enquanto colava o
corpo ao da esposa, o toque delicado, mas ainda firme.

Suki:
- Me coloque no seu colo... - pede, sedenta. - Me coloque no seu colo e me envolva
com os seus braços e nos faça um só... - implora.

Maianne Ribeiro:
O homem estremece, arrepiado com a iniciativa de Setsuna. Com um aceno de cabeça,
Mitsuo se senta na cama, puxando a mulher sobre si e encaixando o quadril no dela
com cuidado...

qualquersuki:
Suki:
Dessa vez não há reação nenhuma de desconforto, Setsuna envolvendo o pescoço dele
com os braços enquanto os lábios beijavam o rosto e o pescoço do marido, suspirando
e gemendo baixinho com a proximidade dos dois.

Maianne Ribeiro:
"Pelos deuses, é muito melhor..." ele pensa, aproveitando o momento com a esposa,
se entregando todo a ela.

Suki:
- Eu quero sentir aquilo de novo com você... - pede, se movendo devagar quando o
quadril dos dois se cola por completo, experimentando a sensação...

Maianne Ribeiro:
- A... Aquilo..? - ele sussurra. - A-ah, quando você..?

Suki:
- Mm... - responde, empurrando o marido de leve para que se deitasse na cama, os
lábios indo até o pescoço dele...

Maianne Ribeiro:
Mitsuo se deita na cama com cuidado, deixando que Setsuna tomasse completo
controle.
- Seria um prazer... te fazer sentir daquele jeito de novo...

Suki:
- Vai ser... Vai ser... - corrige, os lábios passando pelo pescoço dele, beijando-o
fervorosamente enquanto se movia devagar sobre o quadril de Mitsuo, enfim tendo
encontrado uma forma de sentir prazer com o marido...

Maianne Ribeiro:
"Pelos deuses..!" ele estremece, as mãos pousando nos quadris da esposa, apenas
acompanhando os movimentos dela.

Suki:
Ela ainda continua assim por algum tempo, até que parece não aguentar mais,
erguendo o corpo para se sentar sobre Mitsuo com um gemido longo e satisfeito.

- A-ah... Não... Não se mova, por favor... - pede, jogando a cabeça para trás, o
corpo inteiro trêmulo e molhado de suor...

Maianne Ribeiro:
O homem cerra os dentes, puxando o ar por entre eles, se segurando como podia. "Eu
cheguei no meu limite, mas ela pediu pra não me mover..!"

qualquersuki:
Suki:
Setsuna ainda fica parada ali por algum tempo, se habituando à sensação, antes de
enfim apoiar as mãos no peito de Mitsuo e voltar a se mover, dessa vez mais rápido,
encarando-o com o rosto vermelho e suado enquanto gemia...

Maianne Ribeiro:
"...pelos deuses..!"
O próprio Mitsuo não consegue conter um gemido de prazer, o orgasmo intenso
contraindo seus músculos e fazendo-o tremer, arrepiado.

Suki:
E mais uma vez Setsuna grita de prazer, as mãos apertando a carne do marido com
violência enquanto ela se contraía ao redor dele, antes de enfim desabar, sem
forças, arfando...
Maianne Ribeiro:
- S... Setsuna... - ele chama baixinho, rouco de prazer, os braços envolvendo-a
gentilmente.

Suki:
Ela ainda tenta responder, mas não consegue, resmungando baixinho enquanto se
aninhava no abraço dele, exausta...

Maianne Ribeiro:
- R-respire. - ele ri de leve, afagando os cabelos dela, carinhoso.

Suki:
"Tentando...", pensa, fechando os olhos com o toque, envolvendo o com os braços
devagar.

Maianne Ribeiro:
O homem a mantém perto de si, gentil, deixando que a mulher descansasse o quanto
fosse necessário...

Suki:
Longos e longos minutos se passam até que a respiração de Setsuna volte ao
normal...

...com ela adormecida.

Maianne Ribeiro:
"...acho que podemos nos banhar amanhã..." ele pensa, soltando um risinho enquanto
a aninhava nos braços pra adormecer.

qualquersuki:
Suki:
Setsuna ignora completamente o horário normal de despertar, exausta, estranhamente
tranquila durante toda a noite....

Maianne Ribeiro:
Mitsuo despertara, mas não ousara se mover, temendo atrapalhar o sono da esposa.
Ficaria ali, apenas afagando-lhe os cabelos, cuidando de Setsuna até que
despertasse, o sorriso no rosto.

Suki:
Um longo tempo se passa até que ela estremeça e entreabra os olhos, visivelmente
cansada, esboçando um sorriso ao conseguir entender onde estava.

- Bom dia, querido... - murmura, a voz rouca sem a suavidade de sempre

Maianne Ribeiro:
- Bom dia, minha querida. - ele sorri, afagando o rosto dela gentilmente. - Como se
sente?

Suki:
- Exausta, mas plena... - admite, fechando os olhos novamente.

Maianne Ribeiro:
- Me parece bom, então. - ri, beijando-lhe o rosto. - Quer que eu lhe dê um banho?

Suki:
- Por favor... - pede, corando. - Eu... As minhas pernas ainda estão fracas...

Maianne Ribeiro:
- Deixe comigo, meu amor. - ele sussurra, gentil, tomando a esposa nos braços e
carregando-a para o banheiro. - Eu vou te banhar e, enquanto você relaxa na
banheira, vou pedir pra trazerem o café da manhã.

Suki:
- Obrigada, querido... - e sorri, encostando a cabeça no ombro dele, carinhosa.

Maianne Ribeiro:
- De nada, Setsuna. - ele sorri de leve, sentando-a com cuidado antes de começar a
lavar seu corpo, dedicado.

Suki:
- Obrigada, querido... - murmura, aliviada com a água...

Maianne Ribeiro:
- De nada. - ele ri de leve. - Espero que tenha gostado da noite.

qualquersuki:
Suki:
- A... A noite... - ela cora um pouco mais, desviando o olhar. - Foi... Foi a
melhor noite da minha vida.

Maianne Ribeiro:
O homem ri, as bochechas vermelhas.
- Espero te dar muitas noites como essa, então.

Suki:
- Eu... Eu tenho certeza que teremos noites incríveis assim outras vezes... - diz,
baixinho, o rosto mais corado.

Maianne Ribeiro:
- Mm. Teremos sim, eu prometo. - ele sorri, afagando a pele dela gentilmente.

Suki:
- Obrigada, meu amor...

Maianne Ribeiro:
- De nada, minha querida. De nada. - sorri. - Eu não quero te ferir nunca mais...
Eu quero que você... Que você sinta tanto p-prazer quanto eu

Suki:
Isso faz Setsuna estremecer, afagando o rosto dele com as duas mãos.

- Não precisava se preocupar tanto com isso, querido...

Maianne Ribeiro:
- Preciso sim. Você é minha querida esposa, meu tesouro. - o homem sorri, o rosto
ainda corado.

Suki:
- Não precisava. - insiste, o sorriso se abrindo no rosto que corara ainda mais.
- ...mas eu agradeço.

Maianne Ribeiro:
- Tudo por você, meu amor. - ele sorri, bobo.

Suki:
- Eu digo o mesmo, e sempre farei o mesmo.
Maianne Ribeiro:
- Eu te amo. - ele sorri gentilmente, beijando-a, carinhoso, antes de voltar a
lavar a esposa.

Suki:
- Eu também te amo... - diz, suspirando baixinho com o beijo, os ombros relaxando.

Maianne Ribeiro:
Mitsuo sorri, carinhoso, terminando de lavar Setsuna algum tempo depois.
- Eu vou te colocar na banheira e depois pedir o café. - diz, gentil, carregando-a
outra vez.

qualquersuki:
Suki:
- Não esqueça de se banhar depois... - pede, afagando o rosto dele.

Maianne Ribeiro:
- Claro, claro. Assim que fizer o pedido, eu vou me banhar. - sorri.

Suki:
- Vou te esperar aqui, então. - ela assente com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
O homem assente com a cabeça, se afastando. Não demoraria a retornar, Mitsuo logo
começando a se lavar, soltando um suspiro relaxado.

Suki:
- Precisa de ajuda, querido...? - pergunta baixinho, bastante relaxada, quase tendo
adormecido novamente.

Maianne Ribeiro:
- Não, não. Não se preocupe. - ele sorri, gentil. - A banheira está boa?

Suki:
- Muito boa. - murmura, assentindo com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Ótimo. Já me juntarei a você. - ri.

Suki:
- Estou aguardando ansiosamente.

Maianne Ribeiro:
O homem sorri, bobo, se adiantando. Logo Mitsuo se junta a Setsuna, entrando na
banheira com cuidado.
- Pronto. - sorri.

Suki:
- Obrigada, querido. - diz, encostando a cabeça no ombro dele, carinhosa.

Maianne Ribeiro:
- De nada, meu amor. - ele sorri gentilmente, mantendo-a perto de si.

qualquersuki:
Suki:
Ela logo começa a cantarolar baixinho, apesar da voz rouca e arranhada,
perceptivelmente confortável...

Maianne Ribeiro:
"Ah, eu amo quando ela faz isso..." o homem solta um risinho, cantarolando junto
com Setsuna.

Suki:
Os minutos se arrastam, agradáveis, até que ela suspire.

- Vamos comer? Se continuarmos aqui, é capaz de não sairmos mais. - brinca.

Maianne Ribeiro:
- Melhor. - ele ri baixinho, dando um beijo suave na esposa antes de começar a se
levantar. - Precisa de ajuda?

Suki:
- Por favor. - pede, erguendo uma das mãos para pedir apoio.

Maianne Ribeiro:
O homem assente com a cabeça apoiando Setsuna com cuidado, ajudando-a a ficar de pé
e sair da banheira.

Suki:
E ele percebe as pernas dela ainda um tanto trêmulas, as mãos de Setsuna se
agarrando nele para ficar de pé...

Maianne Ribeiro:
- Está tudo bem, querida..? - ele pergunta, preocupado.

Suki:
- Está sim, meu amor. - murmura, sorrindo. - Só estou cansada e dolorida.

Maianne Ribeiro:
- Eu não te machuquei, certo..? - ele sussurra.

Suki:
- ...huh? Não, de forma alguma!

Maianne Ribeiro:
Mitsuo suspira, aliviado.
- Ainda bem...

Suki:
- Eu... eu não senti dor nenhuma. Foi ótimo. - diz, sorridente.

Maianne Ribeiro:
- Dor nenhuma? Nada, mesmo? - o homem sorri.

Suki:
Setsuna nega com a cabeça.

- Absolutamente nada.

Maianne Ribeiro:
- Isso é ótimo... - Mitsuo sorri, bobo, afagando o rosto dela. - Me perdoe pelas
vezes que te causei dor. Não vai mais acontecer.

qualquersuki:
Suki:
- Não peça perdão. Eu também não imaginava que havia uma forma de aliviar o que eu
sentia. - murmura, tocando a mão dele com uma das próprias antes de fechar os
olhos.
Maianne Ribeiro:
- Mm... - ele assente com a cabeça, beijando a testa da esposa. - Eu te amo. Muito.

Suki:
- Eu também te amo muito. - sussurra, gentil.

Maianne Ribeiro:
O homem a beija gentilmente, guiando a esposa de volta para o quarto.
- O café deve chegar a qualquer momento, então vamos nos vestir. - murmura.

Suki:
- Me surpreende que ainda não tenha chegado. Imagino que seja algo incrível. -
comenta, recolhendo as próprias roupas devagar.

Maianne Ribeiro:
- Eu pedi pra esperarem um pouco, pra dar tempo de tomar banho com calma. - sorri.

Suki:
- Isso explica. Você sempre pensa em tudo, foi tolice minha sequer cogitar o
contrário. - e ri baixinho.

Maianne Ribeiro:
O homem ri, corando de leve.
- Eu planejei com cuidado.

Suki:
- Você sempre planeja tudo com cuidado. - diz, carinhosa.

Maianne Ribeiro:
- Tudo por você. - sorri, gentil, terminando de colocar a camisa.

Suki:
- Por nós. - murmura, afagando o rosto dele.

Maianne Ribeiro:
- Por nós. - sussurra, beijando-a.

Suki:
"Eu amo tanto esse homem...", pensa, beijando-o de volta mais algumas vezes,
delicada.

Maianne Ribeiro:
Os dois são interrompidos pouco tempo depois pela campainha, Mitsuo soltando um
risinho.
- A comida. - sorri, ajudando Setsuna a sentar antes de ir receber o café da manhã.

qualquersuki:
Suki:
- O cheiro está delicioso... - comenta, se sentando com cuidado, ajeitando-se,
antes de fechar os olhos para apreciar o aroma da comida, sentindo o próprio
estômago roncar...

Maianne Ribeiro:
- Está mesmo. Abriu meu apetite. - ele ri baixinho, trazendo a bandeja até a mesa.

Suki:
- As cores parecem ótimas, também. - diz, sorrindo.
Maianne Ribeiro:
- Vamos aproveitar, então. - o homem sorri, começando a comer, tranquilo.

Suki:
E Setsuna faz o mesmo, delicada e cuidadosa, aproveitando a refeição e a presença
do marido...

Maianne Ribeiro:
Ao terminar de comer, o homem suspira, satisfeito.
- Pronta pra retornar, minha querida?

Suki:
- Sempre pronta para voltar ao nosso lar e à nossa família, meu amor. - diz,
gentil, a voz um pouco mais recuperada.

Maianne Ribeiro:
Ele solta um risinho, ficando de pé e estendendo a mão para a esposa.
- Venha, amor. O carro já deve estar nos esperando.

Suki:
- Para onde você quiser, querido. - diz, suave, aceitando a ajuda dele.

Maianne Ribeiro:
- Pra casa. - ele sorri gentil, guiando a esposa pra fora do quarto.

Suki:
- Eu mal posso esperar para colocar roupas limpas... - e suspira.

Maianne Ribeiro:
- Me perdoe. Eu devia ter trazido uma muda de roupas extra. - ele ri, sem jeito.

Suki:
- Eu não teria pensado nisso, também. - ela ri de leve. - Não se preocupe.

Maianne Ribeiro:
- Mm. Numa próxima vez, vou me atentar. - sorri

Suki:
- ...próxima vez, eh...? - comenta, as bochechas corando violentamente.

Maianne Ribeiro:
- Seria um prazer ter outra noite assim com você. - sorri, levemente vermelho.

qualquersuki:
Suki:
- ...eu... eu posso dizer o mesmo. Muitas outras, por favor. - pede, mais baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Muitas outras. Eu prometo. - sussurra, afagando a mão dela.

Suki:
- ...obrigada. - ela ri baixinho, tímida.

Maianne Ribeiro:
- De nada, minha querida. - ele sorri, indo até o carro com Setsuna, abrindo a
porta como de costume.

Suki:
- Obrigada, meu amor. - diz, afagando o rosto dele ao entrar.
Maianne Ribeiro:
O homem sorri, se acomodando no banco com Setsuna, o carro dando a partida logo
depois. "Estávamos precisando disso..."

Suki:
E ela prontamente se encosta dele, carinhosa, não demorando a adormecer...

Maianne Ribeiro:
"...ela é um anjo..." sorri, carinhoso, afagando o rosto dela. Ao chegarem,
tentaria carregar Setsuna pra dentro sem despertá-la, gentil...

Suki:
E ela continuaria adormecida, apenas se movendo para se aconchegar melhor em
Mitsuo, o sorriso suave no rosto denunciando o conforto e os bons sonhos...

Maianne Ribeiro:
O homem apenas sorri, levando-a para o quarto. "Amanhã eu trabalho mais," pensa,
deitando na cama com a mulher perto de si.

Suki:
- Ichiro? - Leanne chama, entrando no estúdio de desenho dias depois. - Pode me
ajudar a achar a Chiaki?

Maianne Ribeiro:
- Hmm? - ele ergue uma sobrancelha. - Posso, claro. Precisa falar com ela?

Suki:
- Com vocês dois, na verdade. - e assente com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Nós dois? - ele murmura, curioso, ficando de pé.

qualquersuki:
Suki:
- É. Eu soube que o aniversário do papai tá chegando, e preciso da ajuda de vocês
pra uma coisa. - diz, baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Ah, já entendi tudo. - ele ri baixinho. - A Chiaki deve estar no quarto dela,
aposto.

Suki:
- Se a mamãe estiver com ela, melhor ainda~ - e sorri, adiantando o passo.

Maianne Ribeiro:
- Altos planos~ - o rapaz ri, acompanhando-a.

Suki:
- Você nem imagina~

Maianne Ribeiro:
- Agora eu tô curioso! - ele ri.

Suki:
- Vocês vão ver, e tenho certeza que vão amar~!

Maianne Ribeiro:
- Quero só ver. - ele ri, chegando ao quarto da irmã. - Chiaki, tá aí?
- Tô! - a menina responde de dentro do quarto. - Pode entrar!

Suki:
- Licença~ - diz, boba, o sorriso se abrindo ao ver Setsuna. - Perfeito, precisava
reunir a gente sem o papai saber~

- Ara, ara... Não me parece boa coisa. - ela brinca.

Maianne Ribeiro:
- Planos malignos, mãe. Planos malignos~ - Ichiro brinca, fazendo a irmã gargalhar.

Suki:
- Ah, por favor, me poupem de suas artimanhas. - brinca.

- Não é nada ruim. É grandioso e ambicioso, mas nada ruim. - ela sorri, indo se
sentar ao lado da mãe e da irmã. - Vem cá, Ichi.

Maianne Ribeiro:
- Eu não sei de nada ainda, por sinal. - Ichiro ri de leve, sentando perto de
Leanne. - Vai, desembucha.

Suki:
- Então. O aniversário do papai tá chegando, certo? E se tem duas coisas que ele
ama, além da mamãe, - diz, ignorando o risinho de Setsuna, que corara. - são a
nossa família e as tradições. Certo~?

- Certo, querida. Continue.

Maianne Ribeiro:
- Novidade. - Ichiro provoca, risonho.

qualquersuki:
Suki:
- Nada de novo no front. - ela brinca. - ...mas eu pensei na gente fazer o desenho
de um kimono pra mandar fazer pra ele.

Maianne Ribeiro:
O rapaz ergue uma sobrancelha, sorrindo.
- Olha, é uma ideia interessante!

Suki:
- Não é? - pergunta, empolgada.

- Eu tenho os melhores contatos para isso. Mas não é algo fácil de se fazer, então
precisamos decidir isso logo.

Maianne Ribeiro:
- É, a gente precisa do design logo. - Ichiro murmura. - Responsabilidade nossa,
né?

Suki:
- Exato. - e assente com a cabeça. - Pensei na gente usar a tarde pra isso. Quebrar
a cabeça pensando no que vai ser, em quais cores, a estampa, e deixar a mamãe
cuidar do tecido e da produção.

Maianne Ribeiro:
- Eu topo. - sorri.
- E eu? O que eu faço? - Chiaki pergunta.

Suki:
- Você ajuda a gente nisso tudo, oras! - responde, como se fosse óbvio. - Eu e o
Ichi vamos desenhar, mas você vai ajudar com as ideias e as cores e onde vai cada
coisa.

Maianne Ribeiro:
- Eba! Eu ajudo! - ela sorri, empolgada.

Suki:
- Exato~ O primeiro passo é escolher a cor base!

Maianne Ribeiro:
- Que tal amarelo, como ouro? - o rapaz sugere.

Suki:
- Oh~ Não fica muito chamativo? O que você acha, Chiaki~?

Maianne Ribeiro:
- Eu acho bonito... Mas não sei se combina com o papai. - murmura, inclinando a
cabeça, pensativa.

Suki:
- É, eu pensei nisso também. - Leanne concorda. - Tinha pensado num fundo branco ou
preto.

Maianne Ribeiro:
- Hmm, talvez um pouco de cor. Que tal azul marinho? - Ichiro sugere.

Suki:
- Parece uma boa ideia. Mas as decorações não podem ser muito coloridas, né.

Maianne Ribeiro:
- É. Você tinha pensado em mais cores nas decorações?

Suki:
- Não exatamente. - ela balança a cabeça de um lado para o outro.

Maianne Ribeiro:
- Tinha algo em mente? - pergunta.

Suki:
- Preto com detalhes em dourado.

Maianne Ribeiro:
- Preto com dourado, eh? Fica bonito. - sorri.

qualquersuki:
Suki:
- Pensei na imagem de um imperador, por isso as cores.

Maianne Ribeiro:
- Ele vai amar. - o rapaz ri de leve, bobo. - A gente pode decorar com dragões e
carpas! Detalhes pequenos, delicados!

Suki:
- ...eu não tinha pensado nisso, só nas cores. O que vocês acham?
- A ideia me parece maravilhosa.

Maianne Ribeiro:
- A gente pensa junto num design bonito. - ri.

Suki:
- Nós três! - Leanne adiciona, puxando Chiaki junto a si.

- Eu cuido da produção e de refinar os detalhes, então. - Setsuna diz, suave.

Maianne Ribeiro:
- Eba! - Chiaki ri, se agarrando na irmã. - Vai ficar lindo!

Suki:
- Eu deixei o tablet no meu quarto, mas a gente pode começar a esboçar algumas
coisas nele antes de passar pro papel. O que acham?

Maianne Ribeiro:
- Acho uma ótima ideia. - Ichiro sorri. - Quer que eu pegue pra você?

Suki:
- Por favor. Enquanto isso a gente fofoca e fala mal de você ~ - brinca.

Maianne Ribeiro:
- Ei, maldade! - o rapaz ri, se afastando, apressado.

Suki:
- Não demore! - provoca.

Maianne Ribeiro:
- Não vou demorar! - ri

Suki:
"Ele é tão bobo...", pensa, sorridente.

Maianne Ribeiro:
- A gente vai fofoca mesmo? - Chiaki ri baixinho.

Suki:
- Eu não tenho mais nada a reclamar do seu irmão. - responde, rindo baixinho
também. - Ele tem se comportado.

- Fico feliz em saber disso...

Maianne Ribeiro:
- Aw, pelo menos finge que tá reclamando! - brinca.

qualquersuki:
Suki:
- OK, ok. - ela responde baixinho antes de pigarrear. - ...não aguento mais. É
difícil, é complicado, e eu me sinto tão sozinha! - diz, dramática, arrancando um
riso baixinho de Setsuna, apesar da mulher mover a cabeça negativamente.

Maianne Ribeiro:
- Nooooossa, que maldade! O Ichi é um malvado!

- Ei, ei, que história é essa?! Eu sou inocente! - o rapaz exclama, entrando no
quarto outra vez, já com o tablet de Leanne.
Suki:
- Ele é terri-- oi, amor~ - diz, risonha, estendendo a mão para pegar o aparelho.

Maianne Ribeiro:
- Eu não sou terrível! - resmunga, segurando o tablet.

Suki:
- Talvez seja~ - provoca. - Me dá, vai~

Maianne Ribeiro:
- Só se você me der um beijo~

Suki:
- Vem aqui pegar~

Maianne Ribeiro:
- Vou~ - ele ri, se aproximando pra beijar Leanne.

Suki:
- Bom garoto~ - provoca, beijando-o de leve.

Maianne Ribeiro:
O rapaz ri, entregando o tablet pra ela.
- Prontinho~

Suki:
- Agora dá a patinha, dá ~

Maianne Ribeiro:
- Sou dragão, não cachorro~

Suki:
- Dragão também tem pata, e você é bem adestrado. Dá a patinha, dá ~ - insiste,
sorrindo de canto, meio provocante e meio ameaçadora

Maianne Ribeiro:
- Eu? Adestrado? - ri. - De jeito nenhum!

- Dá a patinha~ - Chiaki ri, estendendo as mãozinhas pro irmão.

- ...maldade, aí eu não consigo negar. - ele ri, dando as mãos pra irmã.

Suki:
- Que absurdo, a nossa irmã caçula manda mais em você do que a sua noiva?!

- Acostume-se, querida, o Ichiro é bem mais rebelde que o pai.

Maianne Ribeiro:
- Eu não tenho como resistir a fofura da Chiaki, Lea! - o rapaz ri.

- Ehehehehehehehehehe~! - a menina gargalha, animada.

qualquersuki:
Suki:
- E eu não sou fofa?!

- Você é linda, querida, é diferente.

Maianne Ribeiro:
- Você é fofa E linda, mas a fofura da Chiaki é outro nível!

Suki:
- Vou me lembrar disso pra sempre~! - diz, dramática.

Maianne Ribeiro:
- Lea, eu te amo! - ele ri, bobo, sentando ao lado dela e abraçando-a.

Suki:
- Repete, vai~

Maianne Ribeiro:
- Eu te amo~ - sorri, beijando o rosto dela.

Suki:
- Eu também te amo. - murmura, enfim rindo de leve e abrindo o aplicativo de
desenho no tablet, a caneta em mãos.

Maianne Ribeiro:
- Vamos começar a planejar nosso plano maligno de surpreender o papai~

Suki:
- Com o melhor presente de todos os tempos~

Maianne Ribeiro:
O grupo passaria boas horas iterando sobre o design do kimono, entre ideias,
sugestões e - por que não? - brincadeiras entre si.

- Olha, eu acho que ficou ótimo. - Ichiro sorri, enfim, satisfeito com o desenho.

Suki:
- Eu também. - ela assente com a cabeça.

- Vai precisar de alguns ajustes na produção final, mas eu tenho certeza que vai
ficar lindo. - Setsuna diz, gentil.

Maianne Ribeiro:
- Com certeza. - sorri. - Agora é com você, mãe~

Suki:
- Eu garanto que vai ser o kimono mais lindo que vocês já viram. - diz, retribuindo
o sorriso

Maianne Ribeiro:
- Vai ser o mais lindo que o papai já vestiu! - ri, bobo.

Suki:
- Isso seria um feito e tanto, crianças: ele tem peças lindíssimas.

Maianne Ribeiro:
- Vai ser o mais lindo ainda assim! - ri.

Suki:
- Eu vou me esforçar para que seja, prometo. - diz, assentindo com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Eu confio que vai. - o rapaz sorri. - Agora, segredo total, hein? O papai não
pode saber!
- Pode deixar! - Chiaki ri.

qualquersuki:
Suki:
- Nem um pio!

Maianne Ribeiro:
- Nem um piozinho! Juro! - ri.

Suki:
- Ótimo! A ideia é que seja uma surpresa!

Maianne Ribeiro:
- E vai ser. A melhor de todas!

Suki:
- Nós podemos ajudar na cozinha, também. - Leanne adiciona. - Que tal?

Maianne Ribeiro:
- Eu topo! A gente prepara uma refeição bem gostosa!

Suki:
- E bem bonita~

Maianne Ribeiro:
- Bem bonita, bem gostosa! - ela assente com a cabeça, boba. - Vai ser ótimo!

Suki:
- Ele vai ficar todo bobo~

Maianne Ribeiro:
- Tomara. - ela sorri, empolgada. - O papai é um bobo!

Suki:
- E babão. - Leanne concorda.

Maianne Ribeiro:
- Babão sim! Muito babão!

Suki:
- Quando ele terminar de comer, a gente diz que vai pegar a sobremesa e leva o
presente. Que tal?

Maianne Ribeiro:
- Ótimo! - ela sorri, boba. - Ele nem vai desconfiar!

Suki:
- Vamos ter que praticar bastante pra enganar ele no jantar~

Maianne Ribeiro:
- Vamos! Mas vai dar tudo certo!

Suki:
- É claro que vai, somos nós fazendo~

Maianne Ribeiro:
- Isso mesmo. - ela ri. - Eu prometo, vou fingir direitinho!

Suki:
- Combinados, então. - Leanne assente com a cabeça, se levantando. - Agora é com
você, mãe.

- Não vou decepcioná-los, crianças, eu prometo.

Maianne Ribeiro:
- A gente confia, mãe. - Ichiro sorri.

qualquersuki:
Suki:
- Obrigada. Agora é melhor vocês se adiantarem: já é hora da refeição, e vai chamar
atenção se chegarmos todos juntos.

Maianne Ribeiro:
- Eu vou primeiro! - Chiaki assente com a cabeça, se afastando.

Suki:
- É melhor eu acompanhá-la. - Setsuna diz, indo atrás da filha.

Maianne Ribeiro:
- Vem, mãe! - a menina ri, esperando pra segurar a mão dela.

Suki:
- Já estou indo, querida. - e ri baixinho, segurando a mão de Chiaki antes de
acompanhá-la para fora.

Maianne Ribeiro:
- Vem mais rápido! - a menina brinca, apesar de manter o passo.

Suki:
- Sem correr, sem correr. - diz, suave.

Maianne Ribeiro:
- Não tô correndo, mãe. - ela ri, boba.

Suki:
- Por favor, continue assim. - e ri baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Eu não deixaria você pra trás, mãe. - a menina ri.

Suki:
- Eu sei, eu sei.

Maianne Ribeiro:
Chiaki apenas sorri, puxando a mãe de leve pra dentro da sala de jantar.

- Boa noite. - Mitsuo murmura, já sentado no próprio lugar.

Suki:
- Boa noite, querido. - diz, suave, indo se sentar ao lado dele.

Maianne Ribeiro:
Chiaki vai para o próprio lugar também, alegre. Mitsuo sorri, afagando a mão de
Setsuna enquanto observava as duas.
- Se divertiu bastante hoje, filha?

- Bastante! - a garota sorri, boba.


qualquersuki:
Suki:
- Hoje foi um bom dia. - diz, suave. - Espero que tenha sido para você também.

Maianne Ribeiro:
- Mm, foi. Consegui resolver bastante coisa. - sorri. - Onde estão Leanne e Ichiro?

Suki:
- Boa pergunta. Imagino que já estejam a caminho. Os dois não tem sido muito
pontuais recentemente. - e ri baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Hmpf. Precisam de puxões de orelha. - resmunga.

- Não sei quem é, mas espero que não seja eu! - Ichiro ri, enfim chegando pra
janta.

Suki:
- Por favor, você não faria isso com a sua filha grávida ~ - Leanne brinca,
acompanhando-o.

- É só os nossos queridos filhos pararem de se atrasar~

Maianne Ribeiro:
- A gente não tá atrasado, ainda tá no horário! - ri.

Suki:
- Só porque eles esperaram, né. - Leanne ri, indo cumprimentar os familiares um por
um.

Maianne Ribeiro:
- Nada disso, a gente chegou a tempo!

Suki:
- Já basta. - Setsuna quem diz. - Sentem-se e vamos comer.

Maianne Ribeiro:
- Já sentei, mãe. - o rapaz ri, indo pro próprio lugar e começando a comer.

Suki:
Leanne faz o mesmo, as pernas cruzadas sem dar mais explicações.

- Eu não sabia o quão faminta eu tava... - murmura.

Maianne Ribeiro:
- Come em dobro hoje. - Ichiro brinca, risonho.

Suki:
- Em dobro é demais, o Micchi ainda não tá desse tamanho!

Maianne Ribeiro:
- Uma vez e meia? - brinca.

Suki:
- Vendido~! - brinca de volta.

Maianne Ribeiro:
- Tá valendo. - ele ri baixinho, aproveitando a refeição.
Suki:
- O importante é nutrir bem o filhote!

Maianne Ribeiro:
- Exatamente. - o rapaz sorri, afagando a mão da garota.

qualquersuki:
Suki:
- Em breve vamos poder ver o rostinho dele~ - diz, boba.

- ...ver o rosto? Mesmo? - pergunta, erguendo as sobrancelhas.

Maianne Ribeiro:
- Mm. Quando ele crescer mais, vamos poder ver o rosto. - Mitsuo assente com a
cabeça.

Suki:
- Eu não sabia. Não era assim antes. - Setsuna comenta, corando de leve.

Maianne Ribeiro:
- A tecnologia evolui muito rápido. É impressionante. - o homem murmura.

"O rosto do meu filho..." Ichiro pensa, esboçando um sorriso.

Suki:
- Eu percebi pelos telefones. - e ri baixinho. - Eles são incríveis atualmente.

- Segura a baba, seu bobão~ - Leanne provoca, colocando a mão na coxa dele.

Maianne Ribeiro:
- De fato. É incrível o que dá pra fazer com eles hoje.

- Eu não tô babando! - ri.

Suki:
Ela assente com a cabeça.

- Tá sim, olha a baba ~ - Leanne provoca.

Maianne Ribeiro:
- Não tô não, nem vem!

Suki:
- Aqui, ó~ - insiste, passando a mão no rosto dele, claramente brincando.

Maianne Ribeiro:
- Não tem baba nenhuma~

Suki:
- Tem sim, ó~ - provoca, a mão molhada, pingando.

Maianne Ribeiro:
- Tem na-- Ei, de onde sua mão molhou?!

Suki:
- Na sua baba, oras!

Maianne Ribeiro:
- Não tinha baba nenhuma na minha cara!
Suki:
- Ué, e de onde a minha mão molhou~?

Maianne Ribeiro:
- Na minha cara que não foi!

Suki:
- Claro que foi, Ichiro! - responde, secando a mão na roupa dele.

Maianne Ribeiro:
- Não, não foi, nem vem!

Suki:
- Foi sim ~

- Já basta. - Setsuna pede.

Maianne Ribeiro:
- Você ouviu a mamãe. - o rapaz ri de leve, terminando a refeição.

qualquersuki:
Suki:
- Mas ainda foi da sua baba. - brinca, baixinho, antes de fazer o mesmo.

Maianne Ribeiro:
- Eu não vou nem responder. - ri.

Suki:
- Bom garoto, fica quietinho~

Maianne Ribeiro:
O rapaz apenas ri, balançando a cabeça.
- Eu vou desenhar que ganho mais~

Suki:
- E eu vou pro quarto descansar e cuidar do Micchi. - diz, se levantando devagar.

Maianne Ribeiro:
- Mais tarde eu chego lá. - Ichiro pisca um olho.

Suki:
- Eu me basto, não se preocupe~ - provoca, antes de se afastar.

Maianne Ribeiro:
- Ei..! - ele ri, corando de leve enquanto se afastava.

Suki:
- Vocês dois... - Setsuna ri baixinho, balançando a cabeça negativamente.

Maianne Ribeiro:
- Duas crianças. - Mitsuo solta um risinho.

Suki:
- Três com o nosso neto, que está na barriga dela.

Maianne Ribeiro:
- Quatro comigo! - Chiaki sorri, boba.
Suki:
- Exato. Quatro crianças na casa, que sonho~ - diz, boba.

Maianne Ribeiro:
- Melhor não fica! - a menina ri.

Suki:
- Não, não mesmo. - e ri.

Maianne Ribeiro:
- Mãe, eu vou deixar você aproveitar a noite com o papai. - a menina sorri, ficando
de pé. - Eu já te roubei muito hoje!

Suki:
Isso faz Setsuna corar.

- Mm. Tenha um bom descanso, querida.

Maianne Ribeiro:
- Pode deixar! Bom descanso, mamãe! - Chiaki sorri, boba, se afastando.

- ...aproveitar a noite, eh..? - Mitsuo sussurra.

qualquersuki:
Suki:
- ...mm. Ela... ela não quis dizer isso.

Maianne Ribeiro:
- E-eu sei que não. Claro. E-ela não sabe dessas coisas. - murmura, corando.

Suki:
- Ainda não. E que... que continue assim por bastante tempo. - pede, levando uma
das mãos ao peito.

Maianne Ribeiro:
- Por favor. Ela ainda é uma menina. - resmunga.

Suki:
- Bem pequena, inclusive.

Maianne Ribeiro:
- Bem, bem pequena. - resmunga. - Hmpf. Vamos descansar.

Suki:
- Vamos. Hoje foi um dia produtivo, mas igualmente cansativo. - diz, ficando de pé
devagar.

Maianne Ribeiro:
- Bastante. - ele suspira, se levantando pra apoiar e acompanhar a esposa.

Suki:
- Consigo ver isso no seu rosto. - diz, suave.

Maianne Ribeiro:
- Mm. Eu quero apenas descansar pelo resto da noite. - sorri.

Suki:
- Faço minhas as suas palavras. - ela assente com a cabeça.
Maianne Ribeiro:
As semanas se passam, até que enfim chegue o dia do aniversário de Mitsuo. O homem
acordaria como num dia qualquer, se trocando pra ir tomar café com a família...

Suki:
E, ao contrário do normal, os familiares vestiam peças mais leves e informais,
Leanne portando um boné e um par de óculos escuros na cabeça, enquanto Setsuna
usava uma calça de tecido e uma camisa de botão...

Maianne Ribeiro:
O homem ergue uma sobrancelha, curioso.
- Por que as roupas diferentes? - pergunta.

- Ué? Você não sabe? - Ichiro ri, ao que o homem apenas parece mais confuso.

Suki:
- Achei que fosse óbvio. - Leanne responde, rindo de leve e acotovelando o marido.

- Crianças... - Setsuna ri baixinho, balançando a cabeça negativamente.

Maianne Ribeiro:
- ...n-não, não é óbvio. O que está acontecendo? - murmura, confuso.

Suki:
- O que está acontecendo é que você está oficialmente de folga. - Leanne diz,
fazendo um floreio com as mãos. -...pelo menos por hoje.

Maianne Ribeiro:
- Eu... quê? - o homem a encara.

- De folga, ué. Folga. Conhece?

- Ichiro..!

qualquersuki:
Suki:
- Acho que tem tanto tempo desde a última folga dele que a cabeça esqueceu o
significado da palavra. - provoca. - Folga, pai. F. O. L. G. A.

Maianne Ribeiro:
- E-eu sei o significado da palavra, ora. Mas isso não explica porque vocês estão
vestidos com essas roupas!

Suki:
- Não? Você não lembra de nada especial hoje? - pergunta, esboçando um sorriso de
canto.

Maianne Ribeiro:
- ...não exatamente. É o meu aniversário, mas isso não é nada de mais. - murmura.

Suki:
- Isso é _muito_ de mais, pai! - Leanne reclama, se esticando sobre a mesa para
beliscá-lo.

- Leanne, a sua barriga--

Maianne Ribeiro:
O homem resmunga, sem jeito.
- É por isso que tá todo mundo vestido diferente, então?
- Sim, e você também devia ir se trocar!

Suki:
- Barcos e kimonos não combinam~ - Leanne provoca.

Maianne Ribeiro:
- ...barcos? Nós vamos pra um barco?

- Menos pergunta, vai se trocar, pai! - Chiaki ri.

- ...hmpf. - ele resmunga, corado, se afastando pra trocar de roupa.

Suki:
- Ele fica ainda mais lindo indefeso... - Setsuna diz baixinho, apaixonada, quando
o marido se afasta o suficiente.

- Ele fica fofo, mesmo~

Maianne Ribeiro:
- A mamãe realmente ama o papai. Ama muito. - a garota sorri, boba.

Suki:
- Espero um dia ser amada assim. - Leanne comenta inocentemente, boba, apoiando o
rosto em uma das mãos para observar a mãe.

Maianne Ribeiro:
- ...ai. - Ichiro sussurra, desviando o olhar.

Suki:
Setsuna entende a reação do filho de imediato, dando um sorriso compreensivo na
direção dele.

- Esse amor foi construído com muitos e muitos anos de conflitos e vitórias,
crianças. - diz, gentil, afagando os cabelos de Leanne. - O de vocês também vai ser
assim, se vocês continuarem cuidando dele.

Maianne Ribeiro:
"Assim espero," o rapaz pensa, quieto. "Porque pelo jeito, nada tem sido
suficiente."

qualquersuki:
Suki:
- Nós vamos, mãe. Eu prometo. - diz, colocando uma das mãos na coxa de Ichiro antes
de encará-lo com um sorriso.

Maianne Ribeiro:
O rapaz esboça um sorriso, colocando a mão sobre a dela.

- Pronto, voltei. - Mitsuo suspira, se aproximando da família outra vez, tendo


trocado de roupa pra uma calça e uma camisa leves, confortáveis.

Suki:
Ela ri baixinho, beijando o rosto de Ichiro de leve antes de se ajeitar, deixando a
mão onde estava.

- Eu já pedi para separarem o barco e a cabine para nós hoje. Voltaremos amanhã
cedo depois do café. - Setsuna diz, sorrindo com a visão do marido.
Maianne Ribeiro:
- O barco e a cabine, eh? O que vocês planejaram pra hoje? - ele pergunta, cruzando
os braços.

Suki:
- Um dia de pesca, com uma grelha novinha e uma lareira aquecida pra noite. - ela
diz, gentil.

Maianne Ribeiro:
- ...ora... faz muito tempo desde que eu não vou pescar... - o homem solta um
risinho. - Espero pegar alguma coisa.

Suki:
- Todos nós esperamos, dragão, ou vamos passar fome! - Leanne provoca, dramática.

Mai:
- Ora..! - ele ri. - Minha responsabilidade, então.

Suki:
- Total e completamente sua~ - ela insiste. - Eu nunca pesquei.

Mai:
- Eu te ensino. - o homem sorri. - Vamos, então?

Suki:
- Vai ter que ensinar mesmo. - diz, boba, ficando de pé devagar, se apoiando em
Ichiro. - Tô doida pra sentar na frente da lareira a noite~ - admite, empolgada. -
Saudades de uma lareira quentinha~

Mai:
- Não é difícil, basta ter paciência. - ele sorri, caminhando na direção da
garagem.

- Eu ajudo também. Já fui pescar com o papai antes. - Ichiro sorri, guiando Leanne.

Suki:
- Como dragão ou com a sua vara? - ela brinca, baixinho, fazendo Setsuna engasgar e
tossir de leve, tímida.

- Como humano, Leanne!

Mai:
- Ora, crianças..! - Mitsuo resmunga, corando, ao que Ichiro apenas ri.

Suki:
- Foi só uma piada, pai! - ela gargalha.

Mai:
- Hmpf!

- Eu não entendi... - Chiaki murmura, confusa.

- Coisa de adulto, Chiaki. - Ichiro ri.

- Mas você não é adulto!

qualquersuki:
Suki:
- Ele é mais adulto que você. Um dia você vai entender também, prometo.
- Leanne!

- Um dia, mãe, um dia, não hoje!

Maianne Ribeiro:
- Eu quero entendeeeeer! - ela reclama.

- Um dia, Chiaki! - Ichiro gargalha.

Suki:
- Anota no seu diário e me lembra daqui a dez anos!

Maianne Ribeiro:
- Vou anotar! - resmunga.

Suki:
- Pode cobrar!

Maianne Ribeiro:
- Vou cobrar mesmo!

- Por ora, pescar. - Mitsuo suspira, se assentando no carro.

Suki:
- Por ora, chegar até a cabine. - Leanne corrige, brincando.

Maianne Ribeiro:
- Chegar até a cabine, ok. - o homem ri. - Tem o endereço?

Suki:
- Você quem vai dirigindo~? - provoca, indicando o outro carro com a cabeça, já
preparado com as malas da família, o motorista em seu lugar.

Maianne Ribeiro:
O homem hesita, suspirando.
- B-bem... pelo jeito, não. - murmura, indo para o outro carro.

Suki:
- É seu aniversário, dragão, nada de trabalho pra você~! - Leanne diz, boba,
passando o braço pelos ombros dele e puxando-o consigo.

Maianne Ribeiro:
- Dirigir não é trabalho, ora. - ele resmunga de leve, apesar de se deixar levar.

Suki:
- Qualquer trabalho é trabalho, seu bobo~

Maianne Ribeiro:
- Hmpf. Tudo bem, não vou discutir.

qualquersuki:
Suki:
- Obrigada. Odiaria estragar seu dia forçando bom senso na sua cabeça. - ela
brinca, beijando o rosto dele antes de abrir a porta do carro.

Maianne Ribeiro:
O homem apenas ri, se acomodando no banco.
Suki:
Setsuna logo se acomoda ao lado dele, enquanto Leanne e os irmãos se ajeitam no
banco de frente para o casal.

- Cintos, crianças. - a mais velha diz, suave.

Maianne Ribeiro:
- Cintos! - Chiaki sorri, colocando o cinto, cuidadosa, Ichiro e Mitsuo fazendo o
mesmo.

Suki:
Setsuna prontamente os imita, se atrapalhando um pouco com o encaixe desconhecido,
um suspiro leve escapando entre seus lábios.

- Mitsuo, querido, pode me ajudar...?

Maianne Ribeiro:
- É claro, querida. - o homem sorri, afivelando o cinto da esposa.

Suki:
- Obrigada. - ela sorri, afagando o rosto dele, carinhosa.

Maianne Ribeiro:
- De nada, meu amor. - ele sussurra, gentil.

Suki:
- Eles são tão bonitos juntos... - Leanne murmura, baixinho, se encostando melhor
no banco.

Maianne Ribeiro:
- São. O casal perfeito. - Ichiro sussurra, sorrindo de leve.

Suki:
- É... O casal perfeito... - concorda, a mão se movendo como se fosse buscar a dele
antes de hesitar.

Maianne Ribeiro:
O rapaz nota o gesto, mas não diz nada, apenas suspirando. "Exatamente o que nós
não somos."

Suki:
E Leanne nota o silêncio dele, balançando a cabeça de leve antes de se virar para
observar a janela.

Maianne Ribeiro:
O caminho até a cabine seria tranquilo, para bem ou para mal. Enfim, Mitsuo é o
primeiro a sair do carro quando este estaciona, o homem inspirando e expirando
devagar.
- Ah, o ar das montanhas... - sorri.

Suki:
- Fresco e úmido como eu adoro... - Setsuna comenta, acompanhando o marido,
sorridente.

"E frio.", Leanne pensa, resmungando baixinho, os ombros encolhidos. "Na mansão já
fazia frio o suficiente, mas aqui...."

Maianne Ribeiro:
- Mm. É maravilhoso. Revigorante.
- Precisa de um casaco? - Ichiro pergunta.

qualquersuki:
Suki:
- Eu também sinto o mesmo. - e assente com a cabeça.

Ela nega, indicando o lado da perna ferida com a cabeça, mais uma vez coberta com
uma calça para que Mitsuo não visse a cicatriz.

Maianne Ribeiro:
- Vai ser um dia bom. Eu tenho certeza. - ele assente com a cabeça.

"...merda," pensa, engolindo em seco. "Espero que a perna dela não fique doendo
depois de hoje..."

Suki:
- Nós faremos ser. - ela sorri, depositando um beijo no rosto dele, carinhosa.

E Leanne não diz mais nada, apenas olhando ao redor. Depois do tempo que passara
fora, a garota sempre saía de casa com um coldre ajustado para o baralho, e um dos
bastões retráteis em um colar ao redor no pescoço.
Mas a paranoia não era a pior consequência de sua ausência.

Era a dor.

Conforme o inverno se aproximava, e as temperaturas quentes se tornavam mais


frescas, e agora geladas, era constante para Ichiro ver Leanne mancando ou
reclamando de dor quando acordava, o joelho bastante rígido e sofrido...

Maianne Ribeiro:
- Vamos para a cabine, então? - o homem sorri, afagando a mão de Setsuna.

Nenhuma das magia de Ichiro servia pra resolver a dor, apenas aliviar
ocasionalmente, por mais que o rapaz se esforçasse...

Suki:
- Vamos. Precisamos deixar as nossas coisas antes de nos aventurarmos. - diz,
suave, segurando-lhe a mão antes de guiar o caminho.

Maianne Ribeiro:
- Aventura, eh..? - ele murmura. - Tem muito tempo desde a última vez que eu me
aventurei...

Suki:
- Talvez seja um bom momento para tentar novamente. - diz, rindo baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Concordo. - ele sorri, assentindo com a cabeça. - Vamos, querida?

Suki:
- Para onde você quiser, meu amor. - responde, gentil.

Maianne Ribeiro:
- Ora... - ele ri, corando. - Vocês planejaram tudo, vocês precisam me guiar.

Suki:
- Primeiro para a cabine, então. - e ri também, baixinho, antes de começar a guiá-
lo.
Maianne Ribeiro:
- Para a cabine. - sorri, acompanhando-a, a mão segurando a de Setsuna gentilmente.

qualquersuki:
Suki:
O grupo caminha por poucos minutos até chegar na imensa cabine de madeira, bem
decorada com uma pequena varanda e algumas cadeiras, o interior bastante refinado
com algumas portas abertas revelando outros quartos, a cozinha dividida com a sala.

Maianne Ribeiro:
- ...vocês se superaram. - o homem murmura, um tanto impressionado.

- Claro que sim. É seu aniversário, pai. - Ichiro ri de leve.

Suki:
- É o mínimo pra você. - Leanne diz, boba. - Só o melhor do melhor!

Maianne Ribeiro:
- Ora... Obrigado. - ri.

Suki:
- De nada, pai~

Maianne Ribeiro:
O homem apenas ri de leve, ajudando a levar as bagagens pra dentro da cabine.
- Vai ser um dia relaxante...

Suki:
- Sim, isso nós podemos garantir que vai. - Setsuna diz, gentil.

Maianne Ribeiro:
- Mm. - sorri. - Temos varas pra todos pescarem?

Suki:
- Até para a Chiaki. - ela assente com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Ótimo. Eu vou ensinar as minhas meninas a pescarem. - sorri.

- Ebaaaaa!

Suki:
- Vamos ver se eu vou ter paciência pra isso. - Leanne brinca.

Maianne Ribeiro:
- Ora, Leanne. - ele ri de leve. - É relaxante.

Suki:
- Eu sou agitada demais, pai, você sabe. - ela ri.

Maianne Ribeiro:
- Um pouco de paciência faz bem, querida.

Suki:
- Eu sei, eu sei. Eu só não tenho~

Maianne Ribeiro:
- Hoje é o dia de aprender a ter. - sorri.
Suki:
- ...droga, não posso nem reclamar, é o seu dia. - brinca.

Maianne Ribeiro:
- Você consegue. - sorri.

qualquersuki:
Suki:
- Eu vou tentar. - diz, boba, abraçando Mitsuo e beijando seu rosto.

Maianne Ribeiro:
- É o bastante. - o homem sorri, retribuindo o abraço, carinhoso.

Suki:
- Obrigada, pai. - e ri baixinho, confortável.

Maianne Ribeiro:
- De nada, querida. - diz, gentil. - Todos prontos pra ir?

Suki:
Ela assente com a cabeça.

- E o barco também, com o motor checado e abastecido!

Maianne Ribeiro:
- Perfeito. Vamos pegar o equipamento e seguir pro barco, então. - o homem assente
com a cabeça.

Suki:
- Pode deixar que eu levo. - ela assente com a cabeça, indo buscar a bolsa com as
varas e a maleta.

Maianne Ribeiro:
- Ora, querida, eu posso levar... - ele murmura, sem jeito.

Suki:
- Seu aniversário, pai, nada disso! - ela ri.

Maianne Ribeiro:
- Não é nada de mais..!

Suki:
- É muita coisa! - retruca, ajeitando melhor as coisas. - Pronto. Podemos ir!

Maianne Ribeiro:
O homem suspira, assentindo com a cabeça.
- Vamos, vamos.

Suki:
E o barco era bem, bem maior que o esperado, apesar de não excessivo o suficiente
para atrapalhar a tranquilidade da pescaria....

- Todos a bordo~ - Leanne brinca, subindo devagar, perceptivelmente hesitante


apesar da expressão risonha e confiante.

Maianne Ribeiro:
- Você está segura, filha. - Mitsuo sussurra, gentil, ajudando a garota a subir.
qualquersuki:
Suki:
- Eu sei. Eu sei, eu só... Andei de barco poucas vezes. - explica, aceitando a
ajuda. - Obrigada, pai.

Maianne Ribeiro:
- Mm. Leva um tempo pra se acostumar. - murmura.

Suki:
- Obrigada. Vou manter isso em mente. - diz, indo se ajeitar em um dos bancos,
colocando os materiais embaixo do próprio lugar.

Maianne Ribeiro:
O barco logo se afasta da margem, Mitsuo começando a preparar as varas.
- É assim que se coloca a isca... - murmura, instruindo os filhos, cuidadoso.

Suki:
Leanne prontamente o imita, atenciosa, visivelmente curiosa e aplicada em fazer
tudo com perfeição....

Maianne Ribeiro:
- Mm. Assim mesmo. - o homem sorri, assentindo com a cabeça. - Com a isca bem
presa, é só jogar a linha na água... assim.

Mitsuo se vira na direção da água, lançando a linha ao lago, habilidoso.


- Segure a linha quando mover a vara pra trás, e só solte quando jogar pra frente.
Assim a linha não tem chance de balançar e enganchar em algo ou alguém. - explica.

Suki:
- Eu odiaria ter que arrancar um anzol de alguém aqui. - diz, levemente nervosa,
fazendo como ele falara, atrapalhada.

Maianne Ribeiro:
- Mm. É só tomar cuidado, eu sei que você consegue. - diz, gentil, tentando acalmar
a garota.

Suki:
- E agora.... É só esperar? - pergunta, baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Mm, só esperar. - sorri. - Nós podemos conversar e relaxar enquanto isso. Se você
sentir a linha puxar, pode ser um peixe.

Suki:
- E aí é só puxar...? - pergunta, curiosa.

Maianne Ribeiro:
O homem assente com a cabeça.
- Se o peixe for muito forte, você precisa tomar cuidado quando enrolar a linha,
pra que ela não acabe partindo. Mas para os peixes mais fracos, basta puxar.

Suki:
- Que não venha nenhum peixe muito forte, então. - e ri, boba. - Vou deixar eles
pra você e pro Ichi~

Maianne Ribeiro:
- Se vier, eu te ajudo a puxar. - ele ri de leve.

Suki:
- Promete? Não quero ficar sem almoço!

Maianne Ribeiro:
- Prometo, prometo. - sorri. - Não vamos ficar sem almoço.

qualquersuki:
Suki:
- Tudo bem, então! Vou confiar em você, pai!

Maianne Ribeiro:
- Pode confiar. - o homem sorri, se ajeitando na beirada do barco com a vara de
pescar.

Suki:
Leanne sorri, fazendo o mesmo, relaxando um pouco os ombros.

-=-

As horas seguintes são bastante agradáveis, o grupo pescando alguns peixes - o


suficiente para um farto almoço para a família -.

Pouco se passara desde a refeição quando Leanne se encosta em Ichiro, o rosto


pálido denunciando o enjoo que sentia...

Maianne Ribeiro:
- ...Lea? - ele franze a testa, apoiando a garota gentilmente, os braços
envolvendo-a. - O que foi? O que você tá sentindo?

Suki:
- Enjoo... - choraminga, encostando a testa no ombro dele, o rosto gelado.

Maianne Ribeiro:
- Precisa que eu te leve no banheiro? - sussurra, guiando a garota.

Suki:
Ela assente fracamente com a cabeça, ficando em silêncio até os dois chegarem no
banheiro, Leanne se recompondo um pouco.

- Eu... Eu realmente tô enjoada, mas não tanto... - admite, baixinho. - Mas eu


precisava fugir dos ouvidos do papai...

Maianne Ribeiro:
Ele franze a testa, encarando a garota.
- Fugir dos ouvidos dele? Por quê? - sussurra, confuso.

Suki:
- Porque eu tive a ideia de decorar a cabine toda antes de vocês voltarem, e
receber ele com o palco montado pra nossa apresentação. - ela esboça um sorriso,
estremecendo com o balançar do barco.

Maianne Ribeiro:
- ...ah. - ele solta um risinho, beijando a testa de Leanne. - Deixa comigo, eu
faço um drama e te levo de volta~

Suki:
- Eu agradeço, não vai demorar pro meu estômago virar do avesso se continuar
assim... - murmura, voltando a sorrir.

Maianne Ribeiro:
- Deixa comigo. - ele ri, fazendo um afago no rosto de Leanne antes de sair com ela
do banheiro, a expressão mais preocupada. - Pai, mãe, vamos precisar voltar mais
cedo. A Lea não tá passando bem.

- Aconteceu alguma coisa? - Mitsuo pergunta de imediato.

- Só enjôo da gravidez, junto com o balanço do barco. Nada sério, mas ela precisa
de terra firme. - ri, sem jeito.

qualquersuki:
Suki:
- Ara, ara... Eu devia ter pensado nisso... - Setsuna murmura, se aproximando. -
Ichiro, querido, acha que consegue levá-la sozinho como dragão...? Seria uma pena
acabar o passeio do seu pai tão cedo...

- Eu vou me sentir muito culpada se todo mundo voltar por minha causa...

Maianne Ribeiro:
- Não se preocupem, eu consigo levar ela de volta. Aproveitem pela gente. - o rapaz
sorri, assumindo a forma de dragão e segurando Leanne com cuidado.

- Até depois, Lea, Ichi! - Chiaki acena.

Suki:
A garota estremece, se agarrando nele de imediato.

- A-até. - murmura, esboçando um sorriso.

Maianne Ribeiro:
O dragão logo se afasta, carregando a garota, o toque gentil. "Agora é botar nosso
plano maléfico em ação~"

Suki:
Assim que ele coloca Leanne no chão e se afasta, porém, a garota recua alguns
passos para vomitar, o rosto bastante pálido...

"Eu sinto como se eu fosse desmaiar...", pensa, tateando o ar em busca de apoio.

Maianne Ribeiro:
- Ah, merda... - ele sussurra, indo apoiar a garota, usando a magia pra tentar
aliviar o estado dela.

Suki:
- Obrigada... - sussurra, estremecendo. - Só... Só uns minutos e eu... E a gente
organiza tudo...

Maianne Ribeiro:
- Relaxa. Deixa que eu organizo, você só vai guiando. - murmura.

Suki:
- Mm. Me ajude a sentar na varanda... - pede.

Maianne Ribeiro:
O rapaz faz como ela pedira, guiando Leanne até a varanda e puxando uma cadeira pra
que ela se sentasse.

Suki:
- Obrigada... - sussurra, praticamente desmontando sobre a cadeira.
Maianne Ribeiro:
- De nada, Lea. - ele murmura, carinhoso, afagando os cabelos dela.

Suki:
- Obrigada... - insiste, fechando os olhos.

Maianne Ribeiro:
- Relaxa. - ele ri de leve. - Eu vou começar a arrumar a cabine. Me chama se
precisar, tá?

Suki:
- Deixa eu te ajudar... - e suspira, se levantando devagar.

Maianne Ribeiro:
- Nada disso, você descansa. - ele ri de leve.

qualquersuki:
Suki:
- Eu tenho que pelo menos te guiar...

Maianne Ribeiro:
- Mas você continua sentadinha. - ri.

Suki:
- Ou eu posso montar as lanternas com magia.

Maianne Ribeiro:
- Ou você pode ficar bem quietinha~

Suki:
- Não é uma possibilidade, Ichiro.

Maianne Ribeiro:
- Deveria ser, você não tá bem.

Suki:
- Mas não é. - e suspira, se apoiando nos braços para ficar de pé. - Traz as
lanternas aqui pra fora, pra eu ir montando e pendurando tudo. - pede.

Maianne Ribeiro:
- ...Leanne, por favor. - ele insiste, parando na frente dela.

Suki:
- Se você não trouxer, eu vou buscar. - responde.

Maianne Ribeiro:
O rapaz resmunga, frustrado, se afastando. "Merda..!"

Suki:
Isso a faz suspirar, voltando a se sentar na cadeira antes de jogar a cabeça para
trás, cansada...

Maianne Ribeiro:
- Aqui. - ele sussurra, colocando as lanternas perto de Leanne.

Suki:
- Obrigada, Ichiro... - e suspira, se ajeitando na cadeira. - Acha que consegue
montar a moldura do teatro sozinho? - pergunta, ficando de pé devagar.
Maianne Ribeiro:
- Consigo. Não se preocupe. - murmura.

Suki:
- Obrigada. - murmura, a magia abrindo as lanternas antes de levá-las para as
árvores e postes...

Maianne Ribeiro:
- ...fica lindo. - ele sussurra baixinho, esboçando um sorriso enquanto ia montar a
própria parte.

Suki:
- A gente pode desligar as luzes da cabine e dos postes, quando tiver tudo pronto.
Que tal? - pergunta, caminhando devagar enquanto mexia as lanternas de um lado para
o outro, buscando alinhar elas melhor.

Maianne Ribeiro:
- Vai ficar ótimo. Ajuda a esconder a surpresa. - sorri.

Suki:
- E ao mesmo tempo chama atenção pras lanternas iluminando o caminho~

Maianne Ribeiro:
- Exatamente. - ele assente com a cabeça. - Ele vai adorar.

Suki:
- Isso eu não tenho dúvidas. - diz, boba.

Maianne Ribeiro:
Ichiro ri de leve, focando em arrumar a própria parte, cuidadoso com cada detalhe.

qualquersuki:
Suki:
- Não esquece de cobrir com as cortinas depois! - pede, adicionando pequenas luzes
mágicas aqui e ali, decorando o caminho com desenhos de carpas que se moviam por
conta própria...

Maianne Ribeiro:
- Deixa comigo! - ele responde, indo pegar as cortinas.

Suki:
- Acha que é uma boa ideia a gente ficar escondidos, quando ouvirmos eles chegando?
Ou recebermos ele lá embaixo já vestindo os kimonos? - pergunta, empolgada.

Maianne Ribeiro:
- Acho sim. - ele ri de leve. - Assim a gente surpreende eles mais.

Suki:
- Perfeito. A gente ilumina o palco quando eles chegarem!

Maianne Ribeiro:
- Resolvido! - sorri. - Quer ajuda pra se trocar?

Suki:
- Eu vou precisar. Nunca tentei colocar um kimono, quem dirá sozinha. - e ri,
tímida, as bochechas corando. - O das fotos colocaram pra mim.

Maianne Ribeiro:
- Deixa que eu te ajudo então. - ele sorri. - Vamos nos vestir.
Suki:
- Dá tempo de se _despir direito_, antes deles chegarem~?

Maianne Ribeiro:
- Leanne, você entendeu! - ele ri, balançando a cabeça.

Suki:
- Você que não entendeu~ - diz, desabotoando a camisa devagar enquanto caminhava na
direção da cabine.

Maianne Ribeiro:
O rapaz estremece, arrepiado.
- Leanne, Leanne... - ele ri, se aproximando da garota.

Suki:
- Aproveite enquanto pode~ - provoca, fechando a porta com o pé quando os dois
entram. - Em poucas semanas não vai poder mais nem chegar perto~

Maianne Ribeiro:
- Vamos aproveitar, então... - ele ri, beijando o pescoço dela enquanto a puxava
pra si.

Suki:
- O quanto você quiser... - ela suspira, arrepiada, movendo a cabeça para deixar
mais da própria pele à mostra.

Maianne Ribeiro:
- Não dá pra demorar demais, a gente tem que receber o papai~

Suki:
- Eles ainda vão levar um tempinho pescando~

Maianne Ribeiro:
- Ah, sim. Tempo o suficiente~ - ri, terminando de despir a garota.

qualquersuki:
Suki:
Ela gargalha, se equilibrando em uma perna só para tirar o sapato, antes de repetir
do outro lado, se livrando também das roupas restantes.

- Só vem~

Maianne Ribeiro:
- Indo~ - ele ri, arrancando as próprias roupas antes de se aproximar de Leanne
outra vez, acariciando o corpo dela.

Suki:
- Eu não me canso do seu toque... - murmura, as unhas entrando pelos cabelos dele,
roçando em sua cabeça enquanto puxava Ichiro para si.

Ali, nua, era fácil reparar na barriga que enfim aparecia, redonda e macia, bem
cuidada...

Maianne Ribeiro:
- Você é a mulher mais linda do mundo, sabia..? - ele sussurra, arrepiado.

Suki:
- É claro que eu sabia... - responde, beijando o rosto dele enquanto ronronava,
provocante. - Eu tenho o homem mais lindo do mundo do meu lado... - sussurra ao
ouvido dele, provocante, antes de morder lhe a orelha de leve.

Maianne Ribeiro:
- O mais lindo. - ele ri, estremecendo, a mão indo entre as pernas da garota pra
provocá-la.

Suki:
- Vai só provocar, que nem você sempre faz, ou aprendeu a me servir direito ~? -
sussurra, mordiscando a orelha dele.

Maianne Ribeiro:
- Te servir? Ora, ora... - ele ri, balançando a cabeça. - Mas eu aprendi, sim~

Suki:
- Bom garoto...

O casal aproveita a proximidade um do outro por algum tempo, antes de limparem tudo
- inclusive os próprios corpos - e se arrumarem.

Agora, se escondiam atrás do palco, tendo ouvido o barco se aproximando....

- Oh. Parece que os dois dormiram. - Setsuna comenta, ao ver tudo escuro.

Sabia do encantamento planejado por Leanne para que as lanternas e as carpas e


dragões só surgissem quando avançassem no caminho a partir de um certo ponto...

Maianne Ribeiro:
Mitsuo suspira de leve, observando a cabine.
- Mm, pelo jeito sim. A Leanne precisava de descanso. - murmura, caminhando à
frente do grupo.

qualquersuki:
Suki:
Assim que o homem avança alguns passos, todo o caminho se ilumina. No chão, carpas,
dragões e estrelas dançavam com um brilho tímido, suave, quase natural. A cada
passo, uma pequena nuvem se formava sob seus pés, como se andassem no céu.

E no céu propriamente dito, lanternas e bolas de luz dançavam, com desenhos


tradicionais, balançando com o vento em um trajeto fixo, sem nunca irem embora...

Maianne Ribeiro:
O homem para de imediato, o olhar passando pelas várias criaturas brilhantes, indo
para as lanternas no céu, embasbacado.
- O... o... o que...? - ele sussurra baixinho, os passos lentos, querendo
aproveitar o momento.

Suki:
- Incrível, não é...? - pergunta em voz baixa, acompanhando-o envolvendo um de seus
braços com os próprios, observando tudo.

Maianne Ribeiro:
- O que é tudo isso, Setsuna..? - ele balbucia, sem jeito, emocionado.

Suki:
- Parte do seu presente de aniversário. - diz, baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Do meu presente? Pelos deuses, Setsuna..!
Suki:
- Só uma pequena parte. - e ri, ainda no tom de antes.

Maianne Ribeiro:
- Uma... Tem mais?!

Suki:
A mulher assente com a cabeça, boba, empurrando Chiaki de leve para que se
adiantasse e se juntasse aos irmãos.

Maianne Ribeiro:
A garota ri, correndo pra ir pra perto de Ichiro e Leanne, enquanto Mitsuo
continuava a caminhar devagar, em silêncio.

Suki:
Quando o casal se aproxima um pouco mais, o som de tambores começa a se fazer
ouvir, potentes e ritmados, os outros instrumentos se adicionando conforme chegavam
mais e mais perto da cabine.

E então, o palco se ilumina, as cortinas ainda fechadas.

Maianne Ribeiro:
O homem para diante do palco, o queixo levemente caído, tremendo de emoção. "Ah,
minha família querida..."

qualquersuki:
Suki:
E não demora para que Setsuna comece a narrar a história das cinco grandes
famílias, perfeitamente representadas por Ichiro, Chiaki e Leanne, os kimonos
mudando de cor com magia, os efeitos sendo feitos da mesma forma, obedecendo o
ritmo da música...

Maianne Ribeiro:
As pernas de Mitsuo cedem, o homem caindo de joelhos no chão, as lágrimas
escorrendo pelo rosto. "Minha família..."

Suki:
Setsuna se agacha ao lado dele, sentando-se no chão enquanto afagava as costas
dele, continuando a narrativa, até que a história termine com uma dança complexa,
bem ensaiada...

Maianne Ribeiro:
Chiaki e Ichiro dançavam com afinco, segurando as lágrimas diante da reação intensa
do pai. Já Mitsuo não conseguia falar mais nada, soluçando de emoção enquanto
assistia a dança, um sorriso no rosto...

Suki:
Quando todos enfim acabam, Leanne ajoelhada no chão enquanto ofegava para recuperar
o próprio fôlego, as luzes ao redor do palco desaparecem, assim como as carpas e
dragões.

Enfim, uma das lanternas voa suavemente na direção da família, parando em frente à
Mitsuo com uma embalagem bastante bonita, decorada em preto e dourado, amarrada
nela como se fosse um balão...

Maianne Ribeiro:
Ichiro imediatamente se ajoelha ao lado de Leanne, apoiando a garota, carinhoso,
afagando-lhe os cabelos.
"Tem... Tem mais..?" o homem pensa, secando o rosto desajeitadamente antes de pegar
a embalagem, abrindo-a devagar... E então voltando a chorar ao ver o kimono.

qualquersuki:
Suki:
Ela prontamente se apoia em Ichiro, cansada, se apoiando nele para ficar em pé com
dificuldade, sorridente.

- Feliz aniversário. - Setsuna quem diz, carinhosa, abraçando o com firmeza.

Maianne Ribeiro:
- Respira. - ele ri baixinho, ajudando-a a levantar.

Mitsuo respira fundo algumas vezes antes de enfim falar, a voz rouca, trêmula.
- Eu amo vocês... - sussurra.

Suki:
- Nós também te amamos, querido... - Setsuna diz, as lágrimas escorrendo
silenciosamente pelo rosto.

- Me leva pra abraçar o papai... - Leanne choraminga, o rosto bastante vermelho, o


choro prestes a começar a cair.

Maianne Ribeiro:
O homem apoia o rosto no ombro da esposa, choroso, mantendo-a perto de si. Chiaki
logo se junta ao abraço, agarrada às roupas do pai.

- Calma, calma, já vou..! - ele ri, ajudando Leanne a descer do palco com cuidado,
guiando-a até Mitsuo.

qualquersuki:
Suki:
E Ichiro pode senti-la bastante cansada, boa parte do proprio peso sendo apoiado
nele...

- Feliz aniversário, pai... - murmura, envolvendo os três com os braços ao se


aproximar e se ajoelhar no chão.

Maianne Ribeiro:
- Ob-brigado... - ele sussurra baixinho, Ichiro também se juntando ao abraço. - Eu
amo v-vocês...

Suki:
- Nós também te amamos muito, pai... Muito, muito, muito... Você é... É o melhor
pai do mundo, o melhor pai que eu já tive... - Leanne choraminga, apertando o
abraço ao redor da família.

Maianne Ribeiro:
- Ora..! - ele resmunga, o choro mais intenso.

qualquersuki:
- É.... é verdade. - ela diz, encostando o rosto nos cabelos de Mitsuo. - Você...
você mudou o seu jeito de agir pra me confortar e cuidar de mim. Você me aceitou no
seu dojo, e aceitou a Chiaki, e me aguentou se metendo em confusões e brigas sem
nunca dizer que eu não era sua filha, ou... ou que você me mandaria embora.
Mesmo... mesmo quando eu engravidei do meu pseudo-irmão. - diz, rindo baixinho,
culpada.
- Você mudou parte das suas crenças e tradições e... e boa parte da rotina da casa
e da família por mim. Por _nós_. Você... você aprendeu coisas novas, se dedicou a
coisas novas, estudou coisas novas, tudo... tudo pra ser o melhor pai pra mim, e
pra Chiaki, e pro Ichi, e o melhor marido pra mamãe.

Leanne hesita, soluçando baixinho enquanto ria, o rosto vermelho de vergonha, as


lágrimas de emoção escorrendo pelo rosto.

- Você não é... não é só o melhor pai do mundo, ou o melhor marido pra mamãe, ou o
melhor líder. Você... você é um homem incrível, e... e de todos os futuros que eu
podia ter tido, esse... esse sem dúvidas é o melhor deles, e eu nunca trocaria você
e a nossa família por ninguém...

qualquersuki:
Maianne Ribeiro:
O homem fica em silêncio por um longo tempo, digerindo cuidadosamente as palavras
de Leanne.
- ...vocês são minha família. - Mitsuo sussurra, enfim, a voz ainda emocionada, mas
controlada. - Vocês são a melhor família de todas, e eu faria tudo e qualquer coisa
por vocês. Vocês são incríveis, e se eu sou quem eu sou também é graças a vocês.

Suki:
- Fazemos das suas palavras as nossas também. - diz, boba, esfregando o rosto no
dele carinhosamente, apertando o abraço de tal forma que podiam jurar que ela
queria quebrá-los ao meio.

- Leanne, querida, menos força...! - Setsuna ri, o próprio rosto vermelho de emoção
e molhado de choro...

Maianne Ribeiro:
- Ainda bem que eu abracei por último. - Ichiro brinca, risonho.

- Leaaaaaa! - Chiaki gargalha.

Suki:
- Apertar todo mundo pra virar um só~ Grawr~ - brinca, tentando diminuir as emoções
intensas que todos sentiam.

Maianne Ribeiro:
- Não, Leaaaa!

- Hmpf. - Mitsuo ri. - Vamos, vamos que ainda temos que limpar os peixes antes de
preparar tudo.

Suki:
- E o Ichiro precisa desmontar o palco. - Leanne ri, boba, fazendo um gesto de mão
para que a ilusão do caminho desaparecesse e as lanternas fossem até ela,
desmontando-se no caminho.

Maianne Ribeiro:
- A Chiaki desmonta. - o rapaz provoca, apesar de já começar a desmontar tudo.

- EI!

Suki:
- A Chiaki pode até _ajudar_, mas esse trabalho é seu! - retruca, também
provocando-o.

Maianne Ribeiro:
- Nada disso, é dela~

- É seu, Ichi, seu! - ri, indo dar um tapinha no irmão.

Suki:
- Aproveita que foi bater nele e ajuda, Chiaki! - e ri.

Maianne Ribeiro:
- Tá boooom, só porque você pediu! - ri, indo ajudar o irmão.

Suki:
- Boa menina~! - diz, boba, antes de se apoiar em Mitsuo para ficar de pé, Setsuna
a acompanhando de imediato.

Maianne Ribeiro:
- A melhor de todas!

- Eu te ajudo, querida. - o homem murmura, apoiando Leanne. - Você deve estar


cansada.

qualquersuki:
Suki:
- Não exatamente, pai, mas obrigada. - e suspira, aceitando a ajuda. - É mais
físico pela dança do que mágico.

- ...mesmo? - pergunta, surpresa. - Achei que seria o contrário.

- Nah. Eu gastei muito pouca magia.

Maianne Ribeiro:
- Pareceu bastante magia. - ele ergue uma sobrancelha, guiando-a até uma cadeira.

Suki:
- Não, não. Não precisa se preocupar. - ela ri de leve, indicando a cabine com a
cabeça. - Lá dentro, por favor, eu preciso me aquecer. - brinca.

Maianne Ribeiro:
- Lá dentro, então. - ele assente com a cabeça, levando a filha com cuidado.

Suki:
- Obrigada, pai. Só me colocar no tapete diante da lareira que eu mesma acendo o
fogo. - pede.

Maianne Ribeiro:
- Deixe que eu acendo, querida. - murmura.

Suki:
- Não precisa, pai, mesmo. Eu tô bem. - e ri baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Não precisa, mas eu quero. - murmura.

Suki:
- Que pena, hoje é seu dia de descanso, eu acendo~

Maianne Ribeiro:
- Leanne..! - ele ri. - Eu insisto, por favor!

Suki:
- Nada disso~ Você vai limpar o peixe e cozinhar com a mamãe. É o máximo de
trabalho que eu permito hoje~

Maianne Ribeiro:
- Teimosa... - o homem ri de leve, ajudando-a a sentar diante da lareira. - Tudo
bem, tudo bem.

Suki:
- Obrigada, pai. - ela sorri, boba, fazendo um floreio com a mão, ao que a lareira
prontamente se acende, o fogo intenso.

Maianne Ribeiro:
O homem afaga os cabelos dela, gentil, dando um beijo na testa da garota.
- Eu vou ajudar com os peixes agora. Até mais tarde, querida.

qualquersuki:
Suki:
- Até, pai, mãe. Divirtam-se. - brinca, boba, fechando os olhos antes de se aninhar
no tapete, deitada.

- Te acordamos para comer, então descanse. - pede, gentil.

- Pode deixar~

Maianne Ribeiro:
- Bom descanso, querida. - murmura, se afastando com a esposa.

Suki:
E Leanne de fato logo adormece, encolhendo as pernas para dentro do kimono, o
joelho ferido tremendo violentamente por baixo da roupa...

Maianne Ribeiro:
"...achei," Ichiro pensa ao ver a garota deitada, já depois de terminar de
desmontar o palco. O rapaz se deita ao lado dela, carinhoso, tentando dar algum
conforto à garota.

Suki:
E ele sentiria as pernas trêmulas de Leanne, a garota se aninhando junto ao corpo
dele em busca de calor e carinho...

Maianne Ribeiro:
"Eu sabia que ela tava exausta..." pensa, suspirando, mantendo-a perto de si.

Suki:
- ...consegue trocá-la...? - Salem pergunta, saindo de baixo do sofá para se
aproximar, mancando. - A calça deve manter o joelho aquecido melhor.

Maianne Ribeiro:
- Deixa comigo. - murmura, começando a trocar as roupas da garota com cuidado.

Suki:
E ele perceberia o joelho, mais que todo o resto, trêmulo e contraído, Leanne se
agarrando ao kimono para impedi-lo de despi-la...

Maianne Ribeiro:
- Lea, eu vou te vestir de volta. Confia em mim. - ele sussurra baixinho, tentando
acalmá-la.

Suki:
E ela choraminga baixinho, se encolhendo, os olhos fechados com força...

- Melhor se afastar, Ichiro, antes que ela te machuque. - o gato murmura, recuando
um pouco.

Maianne Ribeiro:
- ...tudo bem. - sussurra, arrumando a roupa de Leanne antes de se afastar.

Suki:
- Mm. - murmura, se aproximando de Leanne quando ela parece se acalmar, subindo na
lateral do corpo da garota para amassá-la, carinhoso, ronronando baixinho...

Maianne Ribeiro:
Ichiro suspira, voltando a deitar ao lado dela. "Merda..."

qualquersuki:
Suki:
Não demora para que Leanne desperte, incomodada, resmungando baixinho enquanto se
encolhia e afastava Salem com uma das mãos, delicada.

- Eu estava te confortando. - ele resmunga, ofendido.

Maianne Ribeiro:
- Isso é verdade. Vou ter que defender o gato uma vez na vida. - Ichiro ri de leve.

Suki:
- Não fala assim dele... - resmunga, se sentando devagar antes de puxar o familiar
para si, abraçando-o.

- Eu entendo que é só porque acabou de acordar, e que você me ama mais do que esse
dragão mirrado. - provoca.

- Mmhmm... - responde, distante.

Maianne Ribeiro:
- Ei, nada disso, ela me ama mais!

Suki:
- Eu amo os dois diferente. - retruca.

- E me ama mais. - provoca.

Maianne Ribeiro:
- Vai sonhando, gato!

Suki:
- Você realmente acha que ela ama mais você do que a própria alma? - responde,
desdenhando.

Maianne Ribeiro:
- Acho. - provoca.

Suki:
- Pois achou errado. - retruca.

Maianne Ribeiro:
- Nos seus sonhos. - ri.

Suki:
- Olha quem fala. Pfft.

Maianne Ribeiro:
- Um dragão lindo, gostoso e maravilhoso. Eu mesmo~

Suki:
- A única coisa boa em você foi o filho que você deu pra ela, garoto. - diz,
severo.

- Salem, já chega. - resmunga.

- Não é mentira alguma, mas como quiser. - e se afasta, irritado.

Maianne Ribeiro:
- Hah. Ele é um invejoso, só isso. - Ichiro ri, afagando os cabelos de Leanne.

qualquersuki:
Suki:
- Ele não tem inveja de você. - resmunga, voltando a se deitar.

Maianne Ribeiro:
- Devia ter então. - brinca.

Suki:
- Ichiro...! - reclama, acotovelando-o de leve.

Maianne Ribeiro:
- Ai, desculpa, parei. - ele ri.

Suki:
- Não me faça ter que escolher entre vocês dois. - resmunga.

Maianne Ribeiro:
- Não vou, não vou. Prometo. - ri.

Suki:
- Ótimo. Assim espero. - diz, ainda no mesmo tom.

Maianne Ribeiro:
- Promeeeto, Lea, prometo!

Suki:
- Ótimo. - insiste, fechando os olhos.

Maianne Ribeiro:
O rapaz ri de leve, abraçando-a, carinhoso.
- Eu tentei trocar sua roupa, você não deixou. - comenta.

Suki:
- ...ah. - ela estremece, a voz mais fria, séria. - Melhor não tentar isso de novo
se eu não estiver acordada, pro seu próprio bem.

Maianne Ribeiro:
- P... Pode deixar. - murmura, franzindo a testa. - Aconteceu alguma coisa?

qualquersuki:
Suki:
- Não. - responde, sucinta, a voz ainda sem o calor normal...
Maianne Ribeiro:
- ...aconteceu, e você não quer falar. Eu te conheço, Leanne.

Suki:
- Talvez sim, talvez não. Mas já faz tempo. - murmura.

Maianne Ribeiro:
- Se "faz tempo", então aconteceu. - suspira. - Mas tudo bem. Eu não vou insistir.

Suki:
- Odiaria ter que matar você também. - diz, ameaçadora, se levantando com alguma
dificuldade antes de ir para o quarto se trocar.

Maianne Ribeiro:
"Matar você também..?" ele franze a testa, observando a garota.

Suki:
E ela nem sequer olha para trás, os passos pesados e firmes, a postura mais tensa e
agressiva.

Maianne Ribeiro:
"Foi alguma coisa muito séria..." pensa, preocupado, esperando a garota voltar.

Suki:
E ela demora longos minutos até voltar, a calça de moletom de sempre no corpo, e um
casaco, girando os ombros de leve enquanto caminhava até a cozinha.

- Precisam de ajuda? - pergunta, curiosa.

Maianne Ribeiro:
- Não precisa, querida. - Mitsuo sorri, gentil. - Não vai descansar mais?

Suki:
- Não, pai, eu tô bem. - ela sorri, se aproximando mais.

Maianne Ribeiro:
- Tem certeza, querida? Você parecia muito cansada.

Suki:
- Foi só pela dança. - diz, suave.

Maianne Ribeiro:
- Mm. Então sente-se, podemos conversar enquanto preparamos a comida. - sorri,
gentil.

qualquersuki:
Suki:
- Eu posso ajudar no preparo, pai! Eu ajudei a fazer o café de hoje, já aprendi
muita coisa!

Maianne Ribeiro:
- Ora, não precisa, querida. Você já fez mais que o suficiente por hoje. - sorri.

Suki:
- ...certeza? - pergunta, o sorriso fraquejando um pouco.

Maianne Ribeiro:
- Certeza, querida. Algum problema..?
Suki:
- Não. Nada não. - e ri baixinho, voltando para a sala.

Maianne Ribeiro:
O homem suspira, deixando a faca de lado e limpando as mãos num pano.
- Eu já volto. - diz, seguindo Leanne.

Suki:
- Mi— - Setsuna suspira, os ombros caindo quando o homem se afasta.

Enquanto isso, Leanne apenas se senta novamente diante da lareira, jogando o corpo
para trás em seguida, cansada.

Maianne Ribeiro:
- Lea, tá tudo bem? - Ichiro pergunta, preocupado.

- Eu digo o mesmo. - Mitsuo suspira, tendo seguido a filha.

Suki:
- Não foi nada. - e suspira.

Maianne Ribeiro:
- É claro que foi, querida. Não somos tolos. - suspira.

Suki:
- Lembrei do que não devia. - e suspira de novo, o olhar buscando o de Mitsuo,
cansado. - Melhor~?

Maianne Ribeiro:
- Mm... Quer conversar..? - pergunta.

Suki:
- Hoje é seu dia de descanso, pai, não de cuidar de mim. - provoca, rindo.

Maianne Ribeiro:
- Sempre é dia de cuidar de você, querida. Sempre. - insiste.

Suki:
- Hoje é dia de cuidar de você ~

Maianne Ribeiro:
- Leanne. Por favor. - murmura, encarando-a.

Suki:
- São coisas do passado. - insiste. - Agora vai ajudar a mamãe na cozinha que eu tô
com fome~

Maianne Ribeiro:
- ...depois vamos conversar sobre isso. - diz, se afastando

qualquersuki:
Suki:
"Sonha, dragão.", pensa, voltando a se ajeitar na frente da lareira.

Maianne Ribeiro:
O homem retorna à cozinha, suspirando, preocupado. "Leanne, Leanne..."

Suki:
E ela apenas suspira, sem dizer mais nada, visivelmente perdida em pensamentos.
Maianne Ribeiro:
- ...e comigo, pode conversar? Não é meu aniversário. - Ichiro murmura, sorrindo de
leve.

Suki:
- Ora, ora, que ardiloso. - brinca, dando um risinho.

Maianne Ribeiro:
- Bastante. - ele ri, sentando atrás de Leanne e abraçando-a, carinhoso.

Suki:
- Serpente~ - provoca, se encostando e apoiando o corpo no dele.

Maianne Ribeiro:
- Com patas. Dragão. - ri.

Suki:
- Ardiloso como uma serpente ~

Maianne Ribeiro:
- Mas sou dragão~ - brinca, risonho.

Suki:
- Eu sei, eu sei. Você nunca cai nas minhas brincadeiras. - choraminga, dramática.

Maianne Ribeiro:
- Não, eu sou chato. - o rapaz ri, beijando o rosto dela. - Agora fala, vai.

Suki:
- Bota chato nisso. - e ri baixinho com o beijo, relaxando um pouco.

Maianne Ribeiro:
- Muito chato. Agora fala~

Suki:
- Não sei como aceitei casar com você...

Maianne Ribeiro:
- Porque eu sou incrível. Agora fala.

Suki:
- Incrível é o papai, Ichiro, você ainda tá caminhando~

Maianne Ribeiro:
- Ceeeerto, certo. Agora fala~?

Suki:
- Não ~

Maianne Ribeiro:
- Leanne, por favor. - ele suspira, menos risonho. - Dá pra ver que isso tá te
consumindo.

qualquersuki:
Suki:
- Não tá. Foi só... Só uma memória ruim, que trouxe outras memórias ruins. Só isso.
- e suspira, a expressão imitando a dele.
Maianne Ribeiro:
- Bota pra fora, Lea. Desabafa. - sussurra.

Suki:
- Não precisa. O Salem já me aguenta o dia todo desabafando. - e ri de leve.

Maianne Ribeiro:
- Eu vou ser seu marido, não vou? Eu faço parte da sua vida, Lea. - murmura. "Eu
acho."

Suki:
- Eu nunca disse o contrário. - e franze a testa.

Maianne Ribeiro:
- Então por que você não se abre comigo..? - sussurra.

Suki:
- Eu não preciso me abrir, Ichiro. Já passou. - e suspira.

Maianne Ribeiro:
- ...então você vai continuar me mantendo longe. - sussurra. - Entendi.

Suki:
- Te-- do que você está falando? - resmunga, cruzando os braços antes de se virar
para encará-lo.

Maianne Ribeiro:
- Exatamente o que eu falei. Você se fecha na sua armadura, e não deixa mais
ninguém chegar perto. - sussurra, sério.

Suki:
- Eu só não preciso falar sobre o que aconteceu...! Isso não quer dizer que eu
esteja me fechando! - responde, franzindo a testa.

Maianne Ribeiro:
O rapaz apenas balança a cabeça, ficando de pé.
- Deixa pra lá. - e se afasta.

Suki:
A magia de Leanne o impede de se afastar, prendendo Ichiro no lugar.

- Agora senta e explica. - diz, irritada.

Maianne Ribeiro:
- Não. - responde, sem se virar. - Se você não vai conversar comigo, eu também não
vou conversar com você.

Suki:
- Ichiro, do que você tá falando?! - insiste, nervosa.

Maianne Ribeiro:
- Hah. Quando sou eu que não quero falar, te incomoda, mas você pode ficar calada e
aguentar tudo sozinha que tá tudo bem, não é? - ele ri, balançando a cabeça.

qualquersuki:
Suki:
- Eu... Eu não tô entendendo nada...! Meu problema não é com você, com nenhum de
vocês, já foi, já foi resolvido, de onde isso tudo veio?!
Maianne Ribeiro:
- Então me responde por que você mandou eu não encostar em você enquanto você
dormia. - diz, sério, encarando-a. - Se já estivesse resolvido, não teria problema,
certo?

Suki:
Ela comprime os lábios, deixando os braços caírem ao lado do corpo.

- ...tá. - murmura, desviando o olhar, o corpo e a expressão bastante rígidas.


- ...eu e o Aaron terminamos porque ele tentou abusar de mim enquanto eu dormia.
Satisfeito agora? - pergunta, a magia que o prendia no chão desaparecendo com um
gesto de mão cansado.

Maianne Ribeiro:
- ...imaginei que fosse algo assim. - ele sussurra, cerrando os punhos. "O Aaron
sofreu foi pouco."

Suki:
- Satisfeito? - repete, desanimada, o olhar no chão.

Maianne Ribeiro:
- Por saber o motivo, sim. - sussurra. - Assim eu sei melhor como agir com você.

Suki:
- Certo. - desdenha, o ar escapando do nariz enquanto ela ria de leve. - Era só
isso. - e se afasta, indo para a varanda.

Maianne Ribeiro:
- ...você não confia em mim, é isso? - ele ri, balançando a cabeça. - Ótimo. Esse
relacionamento tá perfeito.

Suki:
- O QUE VOCÊ QUER DE MIM, ICHIRO?! - grita, encolhendo os ombros, ainda de costas
pra ele. - O QUE MAIS VOCÊ QUER DE MIM?!

Maianne Ribeiro:
- Que você acredite em mim quando eu digo que quero o seu bem e quero cuidar de
você, mas pelo jeito tudo o que eu faço tá errado! - ele grita de volta, frustrado.

qualquersuki:
Suki:
- EU ACREDITO, SENÃO VOCÊ NÃO SERIA O ÚNICO PRA QUEM EU CONTEI DO MEU JOELHO! -
responde, ainda mais alto. - Eu te contei do meu irmão, da minha mãe, do meu pai,
eu te apresentei aos meus amigos, eu te contei sobre o meu trabalho, sobre o meu
estupro, eu TÔ TE DANDO UM FILHO! O QUE MAIS VOCÊ QUER QUE EU FAÇA?!

Maianne:
- EU QUERO Q--

- QUIETOS, OS DOIS! - Mitsuo sibila, entrando na sala, sério. - Sentem. Se acalmem.


Eu não quero ouvir mais nenhum grito, ouviram bem?

Suki:
Leanne abre a boca para responder, mas congela no lugar com o grito do pai, todo o
sangue fugindo do rosto.

- Sim, senhor. - sussurra, encolhendo os ombros. - Eu vou dar uma volta pra me
acalmar. - e se afasta.
Maianne:
- Não se afaste demais. - retruca, voltando para a cozinha.

Suki:
- Sim, senhor. - repete, encolhida, indo se sentar nos degraus da varanda da
cabine, fechando a porta atrás de si ao sair.

"Eu devia pensar em voltar pra casa...", ela suspira, observando a montanha sem
energia alguma.

Maianne:
Um longo tempo se passa até que a garota sinta uma mão em seu ombro, Chiaki se
aproximando da irmã.
- Lea..? - ela sussurra baixinho. - Vem... vem comer...

Suki:
- Mm. Vamos. - murmura, secando o rosto com as costas das mãos antes de se
levantar.

Maianne:
A menina segura na mão dela, delicada, a expressão preocupada enquanto a guiava pra
dentro. Mitsuo e Ichiro já estavam à mesa, o rapaz amuado, encarando o prato em
silêncio.

Suki:
E Leanne também não diz nada ou cumprimenta os familiares, se sentando em silêncio,
cabisbaixa.

- Vamos comer. - Setsuna murmura, a expressão mista de tristeza e preocupação.

Maianne:
- Mm. - Mitsuo sussurra, começando a se servir, a expressão neutra.

"Eu nem tô mais com fome," Ichiro pensa, apesar de se servir também, ciente que
seria pior se não comesse.

Suki:
Leanne, por sua vez, mal toca na comida, sem ousar erguer o olhar por um instante
sequer.

Maianne:
- ...coma mais, querida. - o homem murmura. - Você precisa se alimentar direito.

qualquersuki:
Suki:
Ela faz menção de dizer algo, mas hesita.

- ...sim, senhor. - murmura, fazendo como Mitsuo pedira de imediato.

Maianne Ribeiro:
- ...obrigado. - sussurra. "Não esperava que o dia fosse acabar assim."

Suki:
- De nada. - sussurra de volta, comendo a quantidade normal, engolindo em seco cada
garfada...

Maianne Ribeiro:
O homem suspira, balançando a cabeça. Ele mesmo acabara por comer menos que de
costume, ficando de pé.
- Eu vou me retirar. Com licença. - sussurra, se afastando.

Suki:
- Guardem a comida e cuidem da louça. - Setsuna pede, se levantando em seguida para
acompanhar o marido.

Maianne Ribeiro:
- Sim, senhora. - Ichiro responde baixinho. Assim que os dois se afastam, ele
empurra o prato pra frente, frustrado, já começando a recolher a louça usada.

Suki:
Leanne prontamente se levanta, recolhendo tudo com um gesto de mão e magia, levando
tudo para a cozinha atrás de si.

Maianne Ribeiro:
- Deixa que eu lavo a louça. - murmura, indo para a pia.

Suki:
- Eu posso fazer isso com magia. Não precisa se cansar.

Maianne Ribeiro:
- Eu quero fazer. - insiste.

Suki:
- ...tudo bem. Quer que eu fique aqui pra te fazer companhia? - pergunta, baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Como preferir. - ele murmura, encarando a pia enquanto cuidava da louça.

Suki:
- ...sim, senhor. - sussurra, se encostando na parede antes de cruzar os braços.

Maianne Ribeiro:
- ...eu sou senhor desde quando?

Suki:
Ela não responde, se limitando a observar o chão, desanimada.

Maianne Ribeiro:
"...desde que você não presta pra ser marido dela," pensa, também ficando em
silêncio, focando na tarefa que executava.

qualquersuki:
Suki:
E Leanne permanece ali, também em silêncio, esperando que Ichiro terminasse o que
fazia enquanto a expressão em sua face denunciava os planos que arquitetava...

"Se eu parcelar a ida, e colocar uma runa lá, dá pra visitar quando o Mitsuo
nascer..."

Maianne Ribeiro:
O rapaz hesita ao notar o rosto de Leanne, cerrando os dentes enquanto abaixava o
olhar.
- ...me perdoe. - ele sussurra, a voz falhando. - Eu vou melhorar.

Suki:
- A culpa não é sua. - responde, imóvel. - Eu... Eu disse que não prestava pra ser
esposa, nem mãe. - sussurra.
Maianne Ribeiro:
- Sou eu que não presto pra ser marido. - ele sussurra. "Claramente." - Mas eu vou
melhorar.

Suki:
- Não precisa pensar nisso. Eu... Eu vou embora quando voltarmos pra mansão. - e
nega com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- ...quê? - ele engole em seco, enfim encarando-a de novo. - Não. Não, de jeito
nenhum.

Suki:
- É melhor. Eu visito quando o Mitsuo chegar, e faço uma runa entre Londres e a
casa, pra quando nós viermos.

Maianne Ribeiro:
- Não. Não, Lea, não, de jeito nenhum..! - ele exclama. - Eu não vou te deixar ir
embora sozinha e grávida, ainda mais pra outro país!

qualquersuki:
Suki:
- É melhor assim. Eu nunca devia ter saído de lá. - e ri, fraca. - Teria sido
melhor se... Se vocês tivessem me deixado lá pra morrer.

Maianne Ribeiro:
- Claro que não, Leanne! O que diabos você tá falando?! - o rapaz nega com a
cabeça. - Não, você não vai pra lugar nenhum. De jeito nenhum. Eu não vou deixar a
mulher que eu amo sozinha em outro país!

Suki:
- O Mitsuo fica com você quando nascer, então. Eu não ligo. Eu não me importo mais.
- e suspira, balançando a cabeça de leve, o olhar vazio e sem vida enfim
encontrando o dele.

Maianne Ribeiro:
- Não, Leanne. De jeito nenhum. - ele insiste, segurando os ombros dela, sério. -
Você vai ficar, e a gente vai criar o Mitsuo. Juntos.

Suki:
- Eu sou só uma incubadora pro seu filho, Ichiro. Eu já disse isso. - sussurra.

Maianne Ribeiro:
- Você não é. Você é a mulher que eu amo. - repete, encarando-a. - Deixa disso.

Suki:
- Então você me amaria mesmo que eu matasse o Mitsuo? - pergunta, ainda sem força
nenhuma na voz, encarando-o sem mudança alguma na expressão vazia. - Mesmo que eu
arrancasse essa criança de mim e deixasse ela pra trás?

Maianne Ribeiro:
O rapaz estremece violentamente com a pergunta, engolindo em seco, os olhos se
enchendo de lágrimas.
- ...amaria. - ele sussurra baixinho, a voz trêmula.

Suki:
Leanne expira, dando mais um passo na direção dele.

- Você me amaria mesmo que eu fosse pro exército? Mesmo que eu virasse um monstro?
- insiste.

Maianne Ribeiro:
- ...quê? Do que você tá falando, Lea..?!

qualquersuki:
Suki:
- Responde a minha pergunta. - insiste, dando mais um passo na direção dele. - Você
me amaria mesmo que eu me tornasse um monstro? Mesmo que eu matasse inocentes,
mesmo que eu matasse o nosso filho, mesmo que eu tentasse te matar?

Maianne Ribeiro:
- A... amaria. - ele sussurra, empalidecendo. "Do que diabos ela tá falando?!"

Suki:
- Tem certeza? Você hesitou. Eu entendo se não amar. Eu não me amaria. Eu não me
amo.

Maianne Ribeiro:
- Mas eu te amo, Lea! - ele exclama.

Suki:
- Não deveria. - e nega com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Foda-se, eu te amo, e nada vai mudar isso, entendeu?! Nada! - ele exclama.

Suki:
- Nada vai mudar porque você não se importa com nada disso ou porque você não vai
deixar nada disso acontecer?

Maianne Ribeiro:
- Eu não vou deixar isso acontecer. Nada disso. - insiste, sério. - Nunca.

Suki:
- Jura pela carpa...? - sussurra, encostando o rosto nos cabelos dele.

Maianne Ribeiro:
- Juro pela carpa. - responde. - Eu juro...

Suki:
- Mm. - e fecha os olhos, sem se mover mais do que isso, o corpo sem encostar no
dele.

Maianne Ribeiro:
- Eu te amo. Eu juro, Lea, eu te amo... - ele sussurra baixinho, a mão subindo até
o rosto dela, o toque delicado, hesitante até.

Suki:
- Não deveria. - sussurra, a voz enfim estremecendo, as lágrimas escorrendo pelos
cantos dos olhos cerrados.

Maianne Ribeiro:
- Deveria sim. Eu devo. Eu amo. - sussurra.

Suki:
- Ama porque é obrigado...? - pergunta, dando um riso fraquinho.

Maianne Ribeiro:
- Amo porque amo. Simples assim. - responde.

qualquersuki:
Suki:
- E acha que deveria? E gosta de amar? - pergunta, fraca.

Maianne Ribeiro:
- Acho. Gosto. - ele insiste. - Eu juro, Lea, eu juro...

"Acredita em mim, por favor..."

Suki:
- Mm. - responde, suspirando baixinho, enfim erguendo uma das mãos para tocar a
dele.

Maianne Ribeiro:
O rapaz suspira, aproveitando o toque da garota, quieto. Enfim, após um bom tempo,
ele quebra o silêncio.
- Vamos dormir..?

Suki:
- Mm. Você precisa descansar. - murmura, parecendo despertar, recuando um passo.

Maianne Ribeiro:
- Você também precisa. - diz, estendendo a mão pra ela. - Vem.

Suki:
- Mm. - responde, olhando da mão dele até o rosto de Ichiro, antes de enfim tocar-
lhe a mão.

Maianne Ribeiro:
O rapaz segura a mão dela gentilmente, guiando-a pra fora da cozinha e na direção
do quarto dos dois. "Eu tô exausto..."

Suki:
Leanne o acompanha em silêncio, o toque frio sem o carinho de sempre. Quando os
dois se deitam, ela prontamente dá as costas para ele, suspirando...

Maianne Ribeiro:
"Amanhã vai ser melhor. Amanhã eu vou ser melhor," pensa, se ajeitando na cama e
fechando os olhos pra dormir.

Suki:
Antes do amanhecer Leanne já estaria fora da cama, aproveitando a insônia para
tentar cozinhar o café para a família...

Maianne Ribeiro:
- Bom dia. - Ichiro murmura aparecendo na cozinha pouco depois. - Melhor..?

Suki:
- Bom dia, Ichiro. - responde, continuando o que fazia, sem responder a pergunta. -
Dormiu bem?

Maianne Ribeiro:
- Dormi. - mente. - E você? Como se sente?

Suki:
- Vazia. Inútil. - sussurra, os ombros caindo. - Me controlando pra não estragar
ainda mais o aniversário do seu pai.
Maianne Ribeiro:
- A culpa não é sua. - ele murmura, negando com a cabeça. - E você não é inútil.
Nem perto disso.

qualquersuki:
Suki:
- Eu não sei, e nem sei se me importo. - ela suspira.

Maianne Ribeiro:
- ...Lea... - ele engole em seco. "Olha o que eu fiz..."

- Bom dia. - Mitsuo murmura, entrando na cozinha pouco depois, um tanto sério.

Suki:
- Bom dia. - diz de imediato, colocando alguns dos pratos na mesa antes de voltar
ao que fazia antes. - ...eu estou fazendo o café.

Maianne Ribeiro:
- Mm. Obrigado, querida. - ele murmura, indo se sentar.

Suki:
- De nada. Espero que o senhor goste. - e esboça um sorriso um tanto vazio,
distante e triste.

Maianne Ribeiro:
- Tenho certeza que vou gostar, querida. - diz, gentil.

Suki:
- Obrigada. - murmura, sem se virar novamente, se concentrando em fazer a comida.

Maianne Ribeiro:
"Ah, Leanne, Ichiro..." o homem suspira, preocupado.

- ...eu vou chamar a Chiaki. - Ichiro murmura, se afastando.

Suki:
- A Setsuna ainda está dormindo? - pergunta, o mais neutra que consegue.

Maianne Ribeiro:
- A sua mãe já acordou, mas eu vim na frente. - murmura.

Suki:
- Entendi.

- Eu já estou aqui. - diz, suave, tocando os móveis para se guiar, sorridente como
costumeiramente.

Maianne Ribeiro:
- Mm. Sente-se comigo, querida. - chama, puxando a cadeira pra ela.

Suki:
- Com licença. Bom dia, filha.

- Bom dia, Setsuna. - responde, ao que a mulher franze a testa, congelando antes de
se sentar.

Maianne Ribeiro:
- Fale direito com a sua mãe. - murmura.
Suki:
Ela estremece, encolhendo os ombros.

- Sim, senhor. Bom dia, mãe. - murmura.

- O que está acontecendo....? - pergunta, preocupada, enfim se ajeitando no próprio


lugar.

Maianne Ribeiro:
- Reflexo da briga dos dois ontem, imagino. - murmura, preocupado.

qualquersuki:
Suki:
- Não. A briga foi consequência de como eu estou. Mas eu vou melhorar. - murmura,
servindo mais alguns pratos.

Maianne Ribeiro:
- Vai. Nós vamos te ajudar. - ele murmura, suspirando.

Suki:
- Não se preocupem. - diz. - Café ou chá?

Maianne Ribeiro:
- Você é nossa filha. É claro que nos preocupamos. - murmura. - Chá.

Suki:
- Só um minuto. - pede, preparando tudo, um floreio de mão fazendo com que as
flores surjam na boca do bule.

Maianne Ribeiro:
- Mm. Obrigado. - ele murmura, gentil.

Suki:
- De nada. - murmura, gentil, servindo as xícaras, cuidadosa.

Maianne Ribeiro:
- Venha. Sente conosco pra comer. - pede.

Suki:
- Eu ainda estou terminando de cozinhar. - diz, voltando ao que fazia antes.

Maianne Ribeiro:
- Então vamos esp--

- A Chiaki sumiu. - Ichiro murmura, pálido, aparecendo na porta da cozinha.

Suki:
Leanne congela no lugar, virando o rosto na direção de Ichiro devagar.

- A Chiaki _o que...?_ - pergunta, o sangue fugindo do rosto.

Maianne Ribeiro:
- Ela sumiu. Eu não tô achando ela em lugar nenhum, ela não tá no quarto dela! -
exclama.

- Acalme-se. - Mitsuo murmura, ficando de pé, apesar do rosto ter perdido um pouco
a cor. - Vamos procurá-la de novo.
qualquersuki:
Suki:
- Saiam para procurá-la mais distante e perto do lago. - Setsuna pede. - Eu e a
Leanne vamos procurar pela cabine e arredores. - diz, ficando de pé.

- Mãe, você não tem condição de sair andando sozinha por aí...!

Maianne Ribeiro:
- Dentro da cabine é seguro. Confie na sua mãe. - Mitsuo murmura, se afastando com
Ichiro.

Suki:
- Eu confio, mas ainda me preocupo. - murmura, observando os dois se afastarem
antes de fazer o mesmo.

Maianne Ribeiro:
A casa parecia silenciosa e deserta, exceto pelos passos de Leanne e Setsuna, sem
nenhum sinal da menina. Quando tudo parecia desesperador, Leanne enfim nota algo se
movendo sobre a cama de Chiaki, sob as cobertas...

Suki:
Ela franze a testa, prontamente se aproximando e arrancando as cobertas.

"Uma cobra?!"

Maianne Ribeiro:
Sob as cobertas, havia... Um dragão. O menor dragão que Leanne já tinha visto,
encolhido e enrolado em si mesmo, o focinho sob as patas...

Suki:
Leanne hesita, observando-a por longos segundos enquanto juntava as informações.

- Chiaki?!

Maianne Ribeiro:
Ela estremece, entreabrindo os olhos.
- L... Lea..?

Suki:
- 'Graças a Deus...' - resmunga, antes de pegar a irmã nos braços com cuidado. - O
que aconteceu com você...?

Maianne Ribeiro:
- E-eu..? N-nada... - ela sussurra, se aninhando nos braços de Leanne.

Suki:
- É bem claro que aconteceu alguma coisa. - murmura, preocupada.

Maianne Ribeiro:
- Não foi nada... - ela insiste, se escondendo sob as patas.

qualquersuki:
Suki:
- Conversa comigo. - pede, se sentando na cama devagar. - Dá pra ver que tem alguma
coisa te assustando e te machucando.

Maianne Ribeiro:
A dragão hesita, ainda escondida, sem jeito.
- ...n-não v-vai embora... - Chiaki sussurra baixinho, a voz chorosa.
Suki:
- ...ah. Você ouviu, ontem, não foi...? - pergunta, abraçando-a junto ao peito,
carinhosa, encostando o rosto nas escamas dela.

Maianne Ribeiro:
- Não v-vai embora... - ela pede de novo, se agarrando em Leanne. - O I-Ichi é um
b-b-bobo, mas... mas... p-por favor...

Suki:
- ...eu não vou. Eu prometo, eu não vou... - sussurra, rindo baixinho. - Eu falei
na hora da mágoa e da tristeza, mas eu jamais abandonaria vocês...

Maianne Ribeiro:
A menina se agarra mais em Leanne, aos poucos assumindo a forma humana novamente,
choramingando em seu ombro...

Suki:
- Pronto, pronto... - murmura, gentil, afagando os cabelos dela e mantendo-a junto
a si. - Eu prometo, eu prometo, eu jamais seria capaz de deixar a minha irmãzinha
pra trás pro bobo do Ichi brincar...

Maianne Ribeiro:
- P-promete? Promete m-mesmo..? - ela sussurra, soluçando.

Suki:
- Prometo. Juro, até, se você quiser. - diz, se balançando pra frente e pra trás
suavemente, tentando acalmar a irmã. - Quem vai pintar a sua unha e te ensinar
magia se eu for embora? - brinca.

Maianne Ribeiro:
Ela solta um risinho baixinho, boba.
- É... só v-você mesmo... - murmura, secando o rosto, desajeitada.

Suki:
- Deixa que eu seco. - diz, fazendo como falara, o polegar roçando no rosto dela em
um carinho suave. - ...eu só tô muito mal com tudo que eu tô passando por estar
grávida, tá? Mas vai passar.

Maianne Ribeiro:
- V-vai mesmo..? Jura? - ela sussurra, se inclinando na direção do toque. - Eu p-
posso brigar com o Ichi também...

qualquersuki:
Suki:
- Juro. Juro pela carpa e pelos dragões, e pelo Micci, e pelo Salem, e pelo meu
amor por chocolate, e pelo Setsuna Express, e-- - e continua citando várias e
várias coisas, sem retomar o próprio fôlego, a voz cada vez mais fina e sussurrada.

Maianne Ribeiro:
- C-chega, Lea, chega..! - ela gargalha, boba, as bochechas coradas. - Eu e-
entendi!

Suki:
- ...ufa. Fiquei sem fôlego. - ri, arfando de leve, o rosto vermelho. - ...o papai
e o Ichi saíram pra te procurar. Quer tentar uma magia nova pra falar com eles~?

Maianne Ribeiro:
- Uma magia nova? - Chiaki murmura, curiosa. - Quero, quero sim! Mas respira
primeiro!

Suki:
- Eu respiro enquanto você se prepara~ - diz, boba, colocando Chiaki sentada no
colchão ao seu lado. - Lembra como eu te ensinei a se concentrar na sua magia pra
imaginar o brotinho nascendo e crescendo pro chá?

Maianne Ribeiro:
- Lembro, lembro sim! - ela assente com a cabeça, sorrindo.

Suki:
- Agora você vai se concentrar na mesma coisa, mas agora em algum animal
pequenininho crescendo e crescendo~

Maianne Ribeiro:
A garota assente outra vez, fechando os olhos e usando a imaginação. Pouco a pouco,
o mensageiro começa a surgir, na forma de um gato gordinho...

Suki:
- Que bonitinho~ Acho que conviver com o Salem te influenciou! - provoca, afagando
as orelhas do mensageiro. - Agora fecha os olhos, e se concentra no Ichi e no
papai, repetindo pra você mesma o que você quer falar pra eles.

Maianne Ribeiro:
- Tá bom! - ela assente com a cabeça, sussurrando baixinho. - "Vem tomar café, tô
com fome..."

O mensageiro dá algumas voltas em si mesmo, e então se afasta, indo atrás de Ichiro


e Mitsuo...

qualquersuki:
Suki:
Isso faz Leanne rir baixinho, boba, esperando o gato se afastar antes de pegar a
irmã no colo e se levantar.

- Mãããe, achei a lagartixa~! - chama, risonha, saindo do quarto.

- Achou?! - pergunta, agitada, esbarrando em alguns móveis enquanto se adiantava


para se aproximar das duas. - Onde ela estava? Vocês estão bem?!

Maianne Ribeiro:
- Eu não sou lagartixa..! - a menina ri, hesitando ao ver a preocupação da mãe. -
E-eu tô bem, eu tava na cama..!

Suki:
- Ela tava de dragãozinho na cama, enrolada nas cobertas, por isso o Ichiro não
viu. - explica.

- Graças aos céus você está bem... - sussurra, indo abraçar as duas.

Maianne Ribeiro:
- Desculpa preocupar, mãe... - ela sussurra baixinho, abraçando a mãe de volta.

Suki:
- Ao menos você está bem... - ela suspira, puxando Chiaki junto a si. - Leanne, por
favor, avise ao seu pai e ao seu irmão que nós a encontramos.

Maianne Ribeiro:
- Eu já avisei. - ri.
- Está tudo bem? - Mitsuo pergunta, entrando na casa pouco depois, preocupado,
Ichiro logo atrás.

Suki:
- Tá sim. A Chiaki só perdeu o controle da própria forma e ficou presa como dragão.
- mente, encarando o pai e o noivo.

Maianne Ribeiro:
- Como dragão? Ela virou dragão? - o homem murmura, esboçando um sorriso, mais
aliviado.

- Virei sim, pai. Mas ainda tô aprendendo. - ela ri, sem jeito.

Suki:
- Por isso o Ichiro não encontrou ela: a lagartixinha dormiu embaixo das cobertas
como dragão, e não dava pra ver. - provoca, passando a bochecha na da irmã.

Maianne Ribeiro:
- Ei..! - ela ri, corando.

- Me deu um susto e tanto, sabia? - Ichiro resmunga, apesar de sorrir.

- Descuuuulpa!

qualquersuki:
Suki:
- O que importa é que ela está bem. Que estamos todos bem. - Setsuna diz, levando
uma das mãos ao peito.

Maianne Ribeiro:
- Mm. - Mitsuo sorri de leve. - Vamos tomar café, então?

Suki:
- Vamos, por favor. Não quero desperdiçar tudo que eu fiz mais cedo. - Leanne
suspira.

Maianne Ribeiro:
- Não vamos, não se preocupe. - o homem assente com a cabeça, guiando a família de
volta para a cozinha.

Suki:
- Ótimo. E a Chiaki vai me ajudar a fazer mais, se for necessário, como castigo~ -
provoca.

Maianne Ribeiro:
- Eu faço, eu faço, sem problema! - ri.

Suki:
- E mesmo que tivesse problema, você faria do mesmo jeito~

Maianne Ribeiro:
- Maldade, Lea! - ela ri, boba.

Suki:
- Eu sou má~ Nunca neguei~

Maianne Ribeiro:
- Mas não pode ser má comigo! - ri.
Suki:
- Já fui~

Maianne Ribeiro:
- Não poooode! - ri.

Suki:
- Já fuuuuuui~

Maianne Ribeiro:
- Não foi! - ri.

qualquersuki:
Suki:
- Então deixa eu tirar a mesa pra deixar você com fome pra você mudar de ideia... -
brinca.

Maianne Ribeiro:
- Não, não faz isso, Leaaaa!

Suki:
- Porque eu seria má se fizesse isso~?

Maianne Ribeiro:
- Isso, muito má!

Suki:
- Ahhhh, sim~ Imaginei~ - diz, satisfeita, ajeitando a mesa novamente.

Maianne Ribeiro:
- Ufa... - ela ri, boba, sentando à mesa. - Obrigada, Lea!

Suki:
- De nada, Chiaki. E família. - adiciona, piscando um dos olhos.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado. - Mitsuo ri de leve, começando a comer. - Venha, sente-se e coma
conosco.

Suki:
- Tem o suficiente pra todos nós? - pergunta, esquentando o chá.

- Mais que o suficiente, querida, obrigada.

Maianne Ribeiro:
- Obrigada, Lea! A comida tá ótima! - Chiaki sorri.

- Obrigado. - Ichiro sorri de leve.

Suki:
- De nada. - ela sorri, levando o chá para a mesa antes de se sentar.

Maianne Ribeiro:
Mitsuo serve o chá pra todos, cuidadoso, aproveitando a refeição.
- Vamos aproveitar o resto do dia aqui, ou vocês já querem voltar? - pergunta.

qualquersuki:
Suki:
- Você quem manda, pai. - Leanne diz, sorridente.

Maianne Ribeiro:
- ...o que acham de aproveitar a manhã num onsen, então?

- Onseeeen! - Chiaki ri, empolgada.

Suki:
- É uma ótima ideia. - Setsuna diz, gentil, mas visivelmente empolgada com a ideia.

- Estamos decididos, então!

Maianne Ribeiro:
- Saudades de ir num onsen. - Ichiro ri de leve. - Lea, você já foi?

Suki:
Ela nega com a cabeça.

- Eu só frequento confusão quando não tô com vocês~ - provoca.

Maianne Ribeiro:
- Confusão? Lea..! - ele ri, balançando a cabeça. - OK, ok, mas hoje não tem
confusão!

Suki:
- Aí não tem graça! - ela gargalha.

Maianne Ribeiro:
- Não, Lea, confusão não é bom! - o rapaz ri.

Suki:
- Eu adoro confusão, não sei do que você tá falando~ - brinca.

Maianne Ribeiro:
- Ouça seu irmão, tenha um pouco de juízo. - Mitsuo suspira, preocupado.

Suki:
- Eu sei, eu sei. Não vou colocar o Micchi em risco. Eu prometi, lembra? -
resmunga, o sorriso menor no rosto.

Maianne Ribeiro:
- Mm. Obrigado, querida. - suspira.

Suki:
- Eu prometi, pai. Relaxa. - e ri.

Maianne Ribeiro:
- Mm. Eu confio em você. - sorri.

Suki:
- Obrigada. Depois eu preciso conversar com você, por sinal, mas não é nada sério.
Só a filhota querendo colo~ - e ri, boba, as bochechas corando de leve.

Maianne Ribeiro:
- Todo o colo que precisar, querida. - sorri.

qualquersuki:
Suki:
- Não fala assim que eu vou sentar no seu colo agora e só saio quando o Micchi
nascer~!

Maianne Ribeiro:
- Ora..! - ele ri de leve. - Se for necessário...

Suki:
- É claro que não vai ser necessário, pai! Eu gosto de colo, mas nunca é
_necessário_!

Maianne Ribeiro:
- Às vezes, é. - sorri.

Suki:
- Vou usar isso contra você: prepare-se!

Maianne Ribeiro:
- Tudo bem. - ele ri de leve.

Suki:
- Todos ouviram, certo? - brinca, encarando os familiares.

Maianne Ribeiro:
- Em alto e bom som. - Ichiro ri.

Suki:
- Bom saber~ - diz, empolgada.

Maianne Ribeiro:
- À vontade. Não é uma ameaça pra mim. - Mitsuo ri.

Suki:
- Nada é uma ameaça pra você, pai!

Maianne Ribeiro:
- Ora... - ele ri de leve.

Suki:
- Não é mentira. - diz, boba.

Maianne Ribeiro:
- Não é bem assim, querida. - ri.

Suki:
- É, é sim. Nada nem ninguém é capaz de te enfrentar!

Maianne Ribeiro:
- Eu não sou um deus invencível, querida. - sorri.

qualquersuki:
Suki:
- É o mais perto disso que dá pra ser!

Maianne Ribeiro:
- De maneira alguma. Eu não sou tudo isso.

Suki:
- Pra mim é, e sempre vai ser~

Maianne Ribeiro:
- Eu sou apenas um homem, Leanne. Nada mais.

Suki:
- Um grande e in—

- Já basta. - Setsuna pede, rindo de leve.

Maianne Ribeiro:
- Sim, basta. - ele ri de leve. - Quer colo agora, ou depois do onsen?

- Então vamos nos arrumar. - o homem fica de pé. - Nos encontramos na sala.

Suki:
- Meia hora?

- O mais rápido possível, querida.

- Serve!

Maianne Ribeiro:
- Até daqui a pouco. - o homem sorri, se afastando.

Suki:
- Vamos, vamos~ - diz, boba, arrastando Ichiro consigo.

Maianne Ribeiro:
- Indo, indo, calma! - ele ri de leve, acompanhando-a.

Suki:
- Sem calma! Eu nunca fui em uma!

Maianne Ribeiro:
- Tudo bem, já entendi, empolgada. - ele ri baixinho.

qualquersuki:
Suki:
- Eu mereço relaxar um pouco, não me provoca!

Maianne Ribeiro:
- Merece mesmo. - ele sorri. - Merece bastante.

Suki:
Isso a faz sorrir de volta, sincera, as bochechas corando de leve.

- ...valeu, Ichi.

Maianne Ribeiro:
- De nada, Lea. - ele murmura, gentil. - Eu te amo.

Suki:
- ...eu... Eu também te amo. - sussurra, a voz mais baixinha, quase tímida.

Maianne Ribeiro:
- Que bom que ainda ama. - ele ri, sem jeito.

Suki:
Ela suspira, os ombros caindo um pouco.

- Eu nunca deixei de te amar...


Maianne Ribeiro:
Ele abre a boca pra falar algo, mas hesita, balançando a cabeça.
- Vamos nos trocar.

Suki:
- Fala comigo, Ichiro. - pede, se aproximando para abraçá-lo pelas costas.

Maianne Ribeiro:
- ...às vezes eu acho que você não devia me amar. Só isso. - sussurra.

Suki:
- Eu penso a mesma coisa sobre mim. - e ri de leve, culpada. - ....tantas mulheres
mais bonitas e sensatas, e você escolheu ter um filho logo comigo....?

Maianne Ribeiro:
- Mais sensata, ok... Mas mais bonita? Nah. - ri.

Suki:
- Ichiro...! - ela ri, beliscando a lateral do corpo dele.

Maianne Ribeiro:
- Ai, ai..! - ri.

Suki:
- Sem "ai" pra cima de mim! - responde, repetindo o que fizera.

Maianne Ribeiro:
- Mas doeu! - ri.

Suki:
- Não reclama, senão vou fazer doer ainda mais!

Maianne Ribeiro:
- Sem reclamar, já entendi~

qualquersuki:
Suki:
- Bom garoto~ Agora vem aqui beijar a sua noiva~

Maianne Ribeiro:
- Sim, senhora. - ele ri de leve, beijando-a, carinhoso.

Suki:
- Bom garoto~ - sussurra, provocante, antes de se afastar para se trocar.

Maianne Ribeiro:
- Não faz isso, a gente precisa sair... - ri.

Suki:
- Já fiz~ - e ri, observando-o por cima do ombro.

Maianne Ribeiro:
- Não faz de novo. - ri, indo se trocar.

Suki:
Ela o encara novamente por cima do ombro, passando a língua pelos lábios antes de
morder o inferior e rir baixinho, balançando os cabelos e só então terminando de se
vestir.
Maianne Ribeiro:
- ...Leanne, puta merda, assim a gente vai se atrasar... - ele estremece.

Suki:
- Controle-se melhor ~

Maianne Ribeiro:
- Eu tô tentando, mas você não tá deixando!

Suki:
- Sinal de que você ainda não se controla o suficiente ~

Maianne Ribeiro:
- Eu tô tentando, mas puta merda..!

Suki:
- Respira fundo e pensa em algo indefeso pra te acalmar, vai. - ela ri.

Maianne Ribeiro:
- Tô tentando. Juro. - sussurra, terminando de se vestir.

Suki:
- Respire fundo e acalme mais do que a sua cabeça de cima. - provoca, indicando a
virilha dele com um aceno de cabeça, antes de se abaixar para ajeitar as sandálias.

Maianne Ribeiro:
- Eu já disse, tô tentando! - ele cora, desviando o rosto.

qualquersuki:
Suki:
- Vai lavar o rosto. - ela ri, saindo do cômodo.

Maianne Ribeiro:
O rapaz se afasta, indo pro banheiro. "Ela não pode mexer comigo desse jeito..."
pensa, lavando o rosto antes de voltar pra sala.

Suki:
E a família já estava reunida, Leanne perguntando animadamente sobre o destino
deles, fingindo não reparar em Ichiro quando ele retorna.

Maianne Ribeiro:
- Desculpa a demora. - ele murmura, suspirando. - Todo mundo pronto?

- Mm, todos. - Mitsuo assente com a cabeça.

Suki:
- Podemos ir, então ~! - diz, boba, as malas sendo levadas para o carro.

Maianne Ribeiro:
- Pro onsen~ - Chiaki ri, boba.

- Sim, pro onsen. - Mitsuo ri de leve.

Suki:
- Eu devo saber alguma coisa antes da gente chegar lá? - pergunta, empolgada.

Maianne Ribeiro:
- Não, não tem nada de mais. - o homem murmura.
- Só que você vai relaxar! Obrigatório relaxar! - a menina brinca, cutucando a
irmã.

Suki:
- Ihhh, melhor eu nem ir, então! - provoca, bagunçando os cabelos de Chiaki.

Maianne Ribeiro:
- Vai sim! Precisa! - ri.

Suki:
- Que pena, vou ter que aprender a relaxar em cima da hora! - brinca, dramática.

Maianne Ribeiro:
- Mas vai aprender, ai ai ai!

Suki:
- Eu vou tentar, eu vou tentar!

Maianne Ribeiro:
- Vai conseguir! - ela ri, boba.

Suki:
- Tudo bem, lagartixa, agora entra no carro, vem~

Maianne Ribeiro:
- Eu não sou lagartixa! - ela ri, apesar de entrar no carro.

Suki:
- Não, você é uma lagartixinha!

Maianne Ribeiro:
- Não soooou! - ri.

qualquersuki:
Suki:
- É siiiim~ E o Ichiro é uma lagartixa, e o papai é um dragão ~

Maianne Ribeiro:
- Eu sou dragão! - Ichiro ri.

- Não tenho do que reclamar. - Mitsuo sorri de leve.

Suki:
- Eu disse o que eu disse e não aceito reclamações. - diz, pomposa, antes de
colocar o cinto.

- Igualzinha ao pai... - e ri baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Só podemos aceitar, Chiaki. - Ichiro ri.

- Não! - a menina gargalha, boba.

Suki:
- Cadê o Salem pra te morder nessas horas?!

Maianne Ribeiro:
- Não, sem mordida! - ela ri.
Suki:
- Então sem discussão!

Maianne Ribeiro:
- Tá boooom. - ri, se encostando na irmã.

Suki:
- Boa menina. - diz, boba, envolvendo Chiaki com um dos braços.

Maianne Ribeiro:
- A melhor de todas!

Suki:
- A melhor de todas, sim!

Maianne Ribeiro:
A menina apenas ri, se aninhando nos braços de Leanne. O caminho até o onsen demora
pouco mais de meia hora, o carro enfim estacionando ao lado da entrada.

- Chegamos. - Mitsuo sorri.

Suki:
- Isso parece tão aconchegante... - Leanne comenta, sorridente.

Maianne Ribeiro:
- Você vai gostar. - o homem sorri de leve, guiando o grupo pra dentro.

Suki:
- Eu tenho certeza que sim, mas quem tem que gostar é você!

Maianne Ribeiro:
- Todos nós temos que gostar. - ri.

qualquersuki:
Suki:
- Hoje ainda é parte da sua folga por causa do seu dia especial!

Maianne Ribeiro:
- Ora..! - ele ri de leve.

Suki:
- É verdade!

Maianne Ribeiro:
- Tudo bem, crianças, tudo bem. - ele ri de leve. - Agora vão se trocar, nós nos
encontramos na piscina de água quente.

Suki:
- Até daqui a pouco! - diz, boba, se afastando com a mãe e a irmã...

....e hesitando ao notar o curto tamanho do roupão, antes mesmo de se despir.

"Eu não tenho como me esconder com isso...!"

Maianne Ribeiro:
- Tá tudo bem, Lea? - Chiaki pergunta, notando a reação da garota.

Suki:
- Mm. Só achei pequeno, só isso. - murmura, esboçando um sorriso sem jeito. - Mas
eu devia ter pensado nisso antes.

Maianne Ribeiro:
- Você não vai entrar na água de roupão, vai? - ela murmura, confusa.

Suki:
- B-bom, não, mas... - murmura, atrapalhada. - Quer dizer, eu queria, mas...

Maianne Ribeiro:
- Boba, é pra entrar com roupa de banho! - ri. - Ou sem roupa!

Suki:
- E-eu sei, Chiaki...! - ela ri, as bochechas corando. - Eu só não me sinto a
vontade com nenhuma das opções!

- Logo você, querida, que sempre gostou de se exibir...? - pergunta, gentil.

- É-é. A gravidez me mudou...

Maianne Ribeiro:
- Vai ser só a gente, não se preocupa! - ela ri baixinho.

qualquersuki:
Suki:
- Eu ainda não me sinto a vontade. - e ri também, sem graça.

- Ora, querida, não se preocupe. Eu posso pedir para o seu pai e o seu irmão
fecharem os olhos quando você for entrar, e você se esconde atrás de nós no
caminho. O que acha?

- Obrigada, mãe...

Maianne Ribeiro:
- Dá pra gente mandar eles ficarem bem longe, também. - Chiaki ri.

Suki:
- Não, não precisa disso tudo... - ela ri, sem graça. - A ideia da mamãe é a
melhor.

Maianne Ribeiro:
- Tudo bem, então. - sorri. - Vem se trocar!

Suki:
- Indo, indo... - e suspira, acompanhando a irmã e a mãe, se trocando de costas
para elas, uma magia simples cuidando de esconder a cicatriz do joelho.

"Mas não vai dar pra disfarçar a mobilidade..."

Maianne Ribeiro:
Chiaki logo termina de se trocar, saltitando, empolgada. "Onsen~"

Suki:
Leanne, por sua vez, é a última a se trocar, cobrindo a parte da frente do corpo
com o roupão na horizontal, sem se importar com as costas.

- É um bom jeito de se esconder. - Setsuna brinca, quando Leanne encosta uma das
mãos no ombro dela, guiando-a para fora a passos lentos e cuidadosos.
Maianne Ribeiro:
- Eles já tão lá! - Chiaki diz, indicando a piscina onde Mitsuo e Ichiro já haviam
se acomodado, o mais novo acenando pra elas.

Suki:
- Pode ir na frente, querida, a sua irmã me guia. - Setsuna ri baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Tá bom! - ela ri, se adiantando pra entrar na piscina, empolgada.

Suki:
Leanne, por sua vez, só entra quando Setsuna faz o mesmo, se escondendo atrás da
mãe por todo o tempo, deixando o roupão na borda...

Maianne Ribeiro:
- Por que a vergonha, querida? - Mitsuo pergunta, gentil.

Suki:
- Eu não me sinto confortável com o meu corpo, ainda. - mente, afundando na água
para se esconder.

Maianne Ribeiro:
- Mm. Tudo bem, querida. - ele murmura, sem insistir.

Suki:
- Obrigada, pai. - murmura, esboçando um sorriso, as mãos repousando nos joelhos,
as pernas cruzadas.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - sorri. - A água está boa?

qualquersuki:
Suki:
- Uma delícia. - e assente com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Mm. Que bom que está gostando. - sorri, e então abaixa o tom de voz. - Me avise
se incomodar o seu joelho.

Suki:
Isso a faz estremecer, desviando o olhar.

- Não... Não está. Não se preocupe. - sussurra, tirando a mão da horrenda cicatriz
que há meses escondia dele...

Maianne Ribeiro:
O homem abaixa o olhar, observando a cicatriz, e então suspira.
- Te incomoda no dia a dia? - pergunta.

Suki:
- O tempo todo. - ela sorri, culpada. - Não tem hora nenhuma que pare de doer, e é
sempre horrível de mover quando eu acordo ou fico parada por muito tempo.

Maianne Ribeiro:
- Vou pedir pros médicos examinarem, e vermos o que pode ser feito. - suspira. "Ah,
Leanne..."

Suki:
- Não precisa se preocupar com isso, pai. Eu já acostumei. - murmura, culpada.
Maianne Ribeiro:
- É claro que preciso. Você é minha filha. - ele murmura. - Você não tem que se
acostumar com essas coisas.

qualquersuki:
Suki:
- É só por causa do ganho de peso da gravidez, dos treinos mais leves, e o frio. -
diz, se encolhendo um pouco. - Quando o Micchi nascer e o clima esquentar, eu
melhoro.

Maianne Ribeiro:
- Ainda assim, é bom que os médicos vejam a sua perna e digam o que pode ser feito.
- insiste.

Suki:
- Não precisa, pai. - ela suspira. - Os médicos do hospital já viram, e só
indicaram alguns exercícios e fisioterapia. Não tem como recuperar a articulação de
volta.

Maianne Ribeiro:
- ...então exercícios e fisioterapia. Tudo o que for necessário. - sussurra.

Suki:
- Eu já tenho feito, pai... - e nega com a cabeça. - Por isso que eu tô há meses
escondendo isso de vocês, eu sabia que você ia se preocupar a toa...

Maianne Ribeiro:
- Não é me preocupar à toa, ora..! - ele resmunga, cruzando os braços.

Suki:
- É a toa sim. Não tem o que fazer, não tem, e pronto - resmunga.

Maianne Ribeiro:
- Hmpf. Eu vou descobrir algo. - resmunga.

Suki:
- Não tem, pai. - ela suspira.

Maianne Ribeiro:
- Vai ter. - resmunga. - Eu vou descobrir.

Suki:
- Você já tem coisa demais pra se preocupar. Finge que não viu o meu joelho e vida
que segue. Não tinha feito diferença antes de você saber, tinha? Então continuemos
assim. - resmunga.

Maianne Ribeiro:
- Não. - ele retruca, sério. - Você é minha filha, e eu vou sempre me preocupar.
Você é importante.

Suki:
Ela revira os olhos.

- Corta essa, pai. Não tem nada pra se preocupar aqui.

Maianne Ribeiro:
- Sim, tem. - ele responde. - Você.
qualquersuki:
Suki:
- Não tem nada que dê pra fazer. Então não tem nada com o que se preocupar.

Maianne Ribeiro:
- Isso sou eu quem decido. - responde.

Suki:
- ...por isso que eu não te conto nada. E vou continuar assim. - retruca, se
encolhendo, a magia escondendo a cicatriz do joelho enquanto Leanne abraçava os
joelhos e desviava o olhar.

Maianne Ribeiro:
- Você não conta porque é uma garota teimosa que age como se estivesse sozinha no
mundo, quando não está. - o homem responde, sério, antes de ficar de pé e se
afastar.

Suki:
"Tô vendo que não.", pensa, estremecendo e sentindo os olhos se encherem de
lágrimas antes de esconder o rosto nos joelhos.

Maianne Ribeiro:
- ...Lea..? - Chiaki sussurra, se aproximando, a mão afagando os cabelos dela.

Suki:
- Mm. Fala. - sussurra, sem se mover, a voz chorosa.

Maianne Ribeiro:
- Tá tudo bem..? Você brigou com o papai..?

Suki:
- Vai lá ficar com ele, irmãzinha. Não se preocupa.

"Eu vou embora logo."

Maianne Ribeiro:
- Não. Eu quero ficar com você. - murmura.

Suki:
- Não precisa. - e ri, a voz quebrando.

Maianne Ribeiro:
- Precisa sim. - ela sussurra, abraçando a irmã, carinhosa.

Suki:
A menina apenas se encolhe, afundando o rosto na água para chorar escondida, sem
emitir som algum.

"Eu não quero ser mãe, eu não quero essa criança, eu não aguento mais....!"

Maianne Ribeiro:
"Lea..." ela engole em seco, apertando o abraço ao redor da irmã, carinhosa,
mantendo-a perto de si. A menina começa a cantar uma canção de ninar, baixinho,
tentando acalmar a outra...

Suki:
Isso faz com que o choro se acentue, apesar de Leanne não se mover um centímetro
sequer, os dentes cerrados sem emitir som algum.
Maianne Ribeiro:
- Vai... vai p-passar... - a menina sussurra baixinho. - Vai passar... vai m-
melhorar...

qualquersuki:
Suki:
- N-não vai... E-enquanto eu não for embora, n-não vai... - choraminga.

Maianne Ribeiro:
- V-v-vai sim... - ela sussurra, estremecendo. - Não v-vai e-e-embora...

Suki:
- Não vai... E-eu não aguento mais... - sussurra, fraca.

Maianne Ribeiro:
- Eu b-brigo com o p-p-papai... eu reclamo c-com ele... - sussurra. - Mas n-não
vai...

Suki:
- Só... Só vai ficar com eles, Chiaki. Vai... Vai lá. - e se encolhe ainda mais,
tentando fazer a menina soltá-la.

Maianne Ribeiro:
- Eu não q-quero... eu quero ficar c-com você..!

Suki:
- Shh. Shhh, vai ficar com os pais...

Maianne Ribeiro:
- Eu n-não quero..! - insiste, as lágrimas descendo pelo rosto.

Suki:
- Eu vou me trocar, e esperar vocês no carro. Então me solta. - pede.

Maianne Ribeiro:
A garota hesita, mas acaba se afastando, chorosa. Sem dizer mais nada, Chiaki
assume a forma de dragão, serpenteando pela água pra ir se enrolar no pulso da
mãe...

Suki:
- Chiaki...? - Setsuna pergunta, completamente alheia à Leanne que saía da água. -
Querida, o que aconteceu...? - pergunta, levando-a até o rosto, preocupada.

Maianne Ribeiro:
- A L-L-Lea b-brigou c-com o p-pai, ela v-vai emb-b-bora..! - a menina choraminga,
amedrontada.

Suki:
- Shh. Shhh, acalme-se, querida, eu não consigo te entender...! - diz, nervosa.

-=-

- As passagens pra Londres nem tão caras essa época... - murmura para si, voltando
para o carro mancando de dor pela diferença de temperatura, encolhida em si
mesma...

Maianne Ribeiro:
- Eu n-não q-q-quero que a L-Lea vá embora, m-mãe! - Chiaki chora.
-=-

Diferente do que ela esperava, o carro não estaria vazio. Mitsuo estava sentado
atrás do volante, as mãos agarrando os cabelos, os dentes cerrados com firmeza
enquanto as lágrimas escorriam pelo rosto...

qualquersuki:
Suki:
- Shh. Shhh. A sua irmã não vai embora, querida, de onde você tirou isso...?

-=-

- ...pai...? - sussurra, todo o sangue fugindo do rosto enquanto Leanne se


adiantava até ele, segurando as mãos de Mitsuo de imediato. - O que aconteceu?! O
que aconteceu?!

Maianne Ribeiro:
- E-ela d-d-disse q-que vai e-embora... vai p-pra Londres..!

-=-

O homem trava de imediato, secando o rosto apressadamente e se recompondo.


- Nada. Nada, querida. - ele sussurra baixinho, engolindo em seco.

Suki:
- Pra... Não, é claro que não...! Ela jamais faria isso, querida...

-=-

- Não mente pra mim...! - exclama, ainda segurando as mãos dele com firmeza,
impedindo-o de se soltar. - O que aconteceu, Mitsuo?!

Maianne Ribeiro:
- E-ela d-disse que vai! - a menina chora. - Ela v-vai embora!

-=-

Ele cerra os dentes, balançando a cabeça.


- Volte pra dentro. Aproveite o onsen.

Suki:
- Ichiro, por favor, me ajude a acalmar a sua irmã! - chama, nervosa.

-=-

- Eu não tenho nada pra aproveitar lá dentro. - retruca, ríspida. - Abre o bico,
dragão.

Maianne Ribeiro:
- Ela te falou que vai embora? - Ichiro pergunta, pegando Chiaki nas mãos.

- E-ela... ela d-disse... ontem...

-=-

- Isso não é jeito de falar com o seu pai. - ele retruca, encarando-a. - ...mas
talvez eu esteja merecendo, depois de cuidar tão mal da minha filha.

Suki:
- É óbvio que a Leanne não vai embora, o que deu em vocês dois?!

-=-

- Se é que você ainda tem filha, depois que descobriu do seu neto. - murmura,
soltando as mãos dele antes de recuar um passo.

Maianne Ribeiro:
- ...ela falou sobre ir embora ontem, quando a gente brigou. - Ichiro murmura,
engolindo em seco.

-=-

- ...do... do que você está falando, Leanne?

qualquersuki:
Suki:
- Ela... Ela falou sério, então? - pergunta, hesitante.

-=-

- De como tudo virou sobre o bem estar do Mitsuo, depois que a gente descobriu da
gravidez. Minha alimentação precisa ser melhor pelo Mitsuo, eu não posso treinar
pelo bem do Mitsuo, eu preciso dormir direito por causa do Mitsuo. Eu não existo
mais, se é que algum dia eu existi. - ela ri, frustrada, ferida, os olhos se
enchendo de lágrimas. - Eu só virei uma merda de uma incubadora pra essa merda
desse filho que eu nunca quis!

Maianne Ribeiro:
- Falou. Falou muito sério. - sussurra.

-=-

- ...quê? Lea, é... é claro que... - ele engole em seco, estremecendo. - Pelos
deuses, eu nunca quis que você se sentisse assim! Eu só... eu me preocupo com você
e com o Mitsuo, não... pelos deuses..!

Suki:
- Vá... Vá se trocar e vá atrás dela, Ichiro. - pede, agitada, se levantando. - Eu
demoro um pouco mais, então vá na frente...!

-=-

- E se eu não quiser o Mitsuo, você ainda vai se preocupar?! Porque se o importante


for ele, eu vou embora, e mando ele _por correio_ se vocês quiserem!

Maianne Ribeiro:
- Indo. - ele murmura, entregando Chiaki de volta pra mãe antes de se afastar.

-=-

- É claro que vou me importar, Leanne, pelos deuses..! Quando eu deixei de me


importar com você?

Suki:
- Quando o seu neto virou o foco da sua preocupação! Eu passei o verão inteiro de
calça e você nem sequer estranhou!

Maianne Ribeiro:
- É claro que estranhei, Leanne, eu te conheço!

Suki:
- Eu vi que estranhou, e eu vi que conhece! - diz, as lágrimas escorrendo pelo
rosto. - Eu me pergunto se algum dia eu fui sua filha de verdade, ou esse tempo
todo foi só teatro, também!

Maianne Ribeiro:
- ...Leanne..! - ele sussurra, a voz quebrando enquanto ele a encarava, os lábios
se movendo sem que nenhum som saísse. Enfim, o homem reúne forças pra falar de
novo. - ...me... me perdoe. Eu não mereço as homenagens que recebi. Eu errei com
você.

qualquersuki:
Suki:
Ela nega com a cabeça, o corpo inteiro tremendo, as lágrimas escorrendo
intensamente.

- ...eu vou embora. - sussurra. - Eu vou arrumar uma mala e... E ir embora.

Maianne Ribeiro:
- ...pra... pra onde..? - ele pergunta.

Suki:
- Pro exército. - ela nega com a cabeça. - O... O único lugar que eu tenho.

Maianne Ribeiro:
- ...não. Não, não pro exército, Leanne... - ele pede. - Por favor..!

Suki:
A garota morde o lábio inferior, mastigando-o enquanto cruzava os braços e virava o
rosto.

- Eu... Eu quero ficar, mas... Não assim... Não.. Não do jeito que as coisas
tão...!

Maianne Ribeiro:
- ...eu... eu não sei o que fazer. - o homem sussurra. - Eu achei que era um bom
pai, mas.... mas claramente não sou.

- Que merda que tá acontecendo?! - Ichiro exclama, enfim se aproximando dos dois,
apressado.

Suki:
- Eu e o seu pai decidimos que o melhor pra mim é voltar pra Londres, pro exército,
e eu mando o Mitsuo pra vocês quando ele nascer. - diz, entre os dentes, o corpo
inteiro tremendo.

Maianne Ribeiro:
- Quê?! Lea, não, você pirou?! O papai não vai deix--

- É a decisão dela. - Mitsuo murmura, os ombros caídos. - Deixe-a.

- ...pai!

Suki:
- É. Eu... Eu queria ficar, mas... Mas chegamos a decisão de que eu não tenho mais
lugar aqui. - e ri, fraca.
Maianne Ribeiro:
- É claro que tem, de onde você tirou isso, Lea?!

- A culpa é minha. E as consequências, também. - o homem diz. - Eu vou pegar nossas


malas na cabine. Volte pra dentro, pra ficar com sua mãe e sua irmã.

- A mamãe já tá vindo, e vai tirar essa ideia de merda da cabeça de vocês!

qualquersuki:
Suki:
- Eu destruí o seu pai, Ichiro. Eu destruí a sua família, como eu venho destruindo
desde o dia em que eu cheguei. - Leanne ri, fraca, a perna tremendo violentamente
antes que a garota soque o joelho com violência, um som desagradável se fazendo
ouvir enquanto Leanne caía no chão com um palavrão baixinho.

Maianne Ribeiro:
A energia de Mitsuo envolve a perna da garota de imediato, curando-a o máximo que
podia.
- Se precisa bater em alguém, bata em mim. - o homem responde.

Suki:
- Eu não vou bater no meu pai pra compensar o lixo de pessoa que eu virei! -
exclama, socando o joelho de novo e de novo e de novo...

- Pelos céus, Leanne...! ICHIRO, MITSUO, SEGUREM ELA! - Setsuna exclama, adiantando
o passo para perto do trio, atrapalhada.

Maianne Ribeiro:
Mitsuo se adianta, indo segurar os braços da garota com firmeza.
- Você não é um lixo de pessoa. Você é a minha filha. - ele sussurra, curando-a de
novo. - ...venha. Entre no carro. Nós vamos embora.

Suki:
- Sua filha morreu quando vocês descobriram essa criança no ventre dela...! - diz,
nervosa, tentando se soltar dele.

Maianne Ribeiro:
O homem não diz nada, apenas impedindo-a de se machucar mais, os dentes cerrados
com força. "Ah, Leanne..."

- ...pai. Você vai mesmo deixar ela ir embora..?

- ...vou. Vou sim. - sussurra.

Suki:
- É óbvio que ele vai, porra, qual parte do "eu sou só uma incubadora" você não
entendeu, Ichiro?! - grita, ainda tentando se soltar de Mitsuo. - Depois que eu
falei que mando a criança pra vocês, era óbvio que ele ia deixar!

Maianne Ribeiro:
- Não é pela criança. É por você. - ele responde. - Eu quero que você seja feliz.
Isso, e mais nada.

qualquersuki:
Suki:
- E se a minha felicidade não for sendo mãe?! Porque d--

- JÁ CHEGA! - Setsuna quem grita, o corpo inteiro tremendo enquanto as lágrimas


escorriam pelo rosto. - Se o preço pra ter a minha filha de volta, feliz e
saudável, é o meu neto, então que ele seja sacrificado! Mas JÁ BASTA!

Maianne Ribeiro:
Mitsuo estremece com o grito de Setsuna, o olhar fixo no chão.
- ...mm. S... se esse é o preço... que seja, então. - sussurra. - Eu não preciso de
um neto.

"Eu preciso da minha filha..!"

Suki:
- O... O que... Do que vocês... - Leanne gagueja, os olhos se enchendo de lágrimas
novamente enquanto ela olhava ao redor. - Do que... Do que vocês... Ichiro,
Setsuna, Mitsuo.... Chiaki... Chiaki..!

- Já basta. Já basta. - diz, severa. - Se eu soubesse que essa criança tiraria a


nossa paz e te faria tão mal, eu jamais teria permitido isso...! Eu não tinha como
saber, e que os deuses me perdoem, mas isso acaba aqui!

Maianne Ribeiro:
- Existem... existem clínicas pra... pra isso. Certo..? Não deve ser tarde demais
pra... pra... - o homem engole em seco. - ...vamos embora. Vamos pra casa.

Suki:
- Existem. Eu vou procurar saber, e preparar tudo. - Setsuna diz, secando o rosto
com cuidado, trêmula.

- Eu... Eu levo vocês pra casa... - Leanne murmura, ainda em choque. - Depois...
Depois alguém leva o carro e as malas.

Maianne Ribeiro:
- Eu dirijo. - Mitsuo murmura, enfim soltando Leanne, indo ajudá-la a levantar.

qualquersuki:
Suki:
- Não, eu... Eu levo todo mundo de runa. É... É melhor... - murmura, ainda
atrapalhada, a perna tremendo violentamente enquanto se levantava.

Maianne Ribeiro:
- ...como preferir. - sussurra, abatido.

Suki:
- Só... Só se aproximar e... E todo mundo encostar em mim. - pede, ainda fora de
si, atrapalhada.

- Mm. A Chiaki está comigo. - murmura, fazendo como Leanne pedira.

Maianne Ribeiro:
Ichiro assente com a cabeça, encostando na mão de Leanne. "Merda. Ela vai... ela
vai tirar o nosso filho, e vai embora..." pensa, trêmulo, a cabeça baixa.

Suki:
E ela prontamente segura a mão dele com força, apesar de trêmula, os dedos gelados.

- Avach Ehwaz. - sussurra, o grupo ressurgindo no laboratório de Leanne na mansão.

Maianne Ribeiro:
Sem mais nenhuma palavra, Mitsuo toma a filha nos braços, indo deitá-la na cama.
- ...descanse. - é tudo que ele fala, antes de se afastar.
Suki:
Leanne ainda faz menção de segurá-lo, mas assim que ele se afasta os dedos dela se
afrouxam, deixando o pai ir enquanto o braço caía ao lado do corpo.

- Eu vou cuidar de tudo. - Setsuna diz, gentil, afagando o rosto da filha. - Por
enquanto, descanse, se recupere, e acalme seu coração. - pede.

Maianne Ribeiro:
- Eu fico aqui com ela. - Ichiro murmura. - Se precisar de mim, me chama.

qualquersuki:
Suki:
- Pode deixar. Eu vou cuidar do seu pai e da sua irmã, por enquanto. - murmura.

Maianne Ribeiro:
- Valeu, mãe. - sussurra.

Suki:
- De nada, querido. Nos chame se precisar. - e se afasta, indo atrás de Mitsuo.

Maianne Ribeiro:
Setsuna encontraria Mitsuo no dojo, o homem mergulhando nos treinos pra esquecer a
própria dor...

Suki:
"Ele não vai parar mesmo que eu chame...", pensa, suspirando de leve antes de se
afastar.

Pediria aos empregados que buscassem as malas e os pertences de todos no onsen e na


cabine antes de levar Chiaki para o quarto dela e acomoda-la na cama, por fim
preparando uma bandeja de chá e retornando ao dojo no fim da manhã....

Maianne Ribeiro:
Ela encontraria Mitsuo ainda treinando, o ritmo intenso, o corpo encharcado de
suor...

qualquersuki:
Suki:
A mulher suspira baixinho, se sentando em um dos cantos do dojo em silêncio, a
bandeja ao seu lado, esperando o homem notar sua presença...

Maianne Ribeiro:
Longos minutos se passam até que ele pause, enfim notando a presença da esposa.
- ...Setsuna... - ele sussurra, embainhando a espada antes de se aproximar.

Suki:
- Pensei que não fosse parar até ver a lua. - diz, suave, batendo de leve no tatami
ao seu lado.

Maianne Ribeiro:
- Sua presença me fez parar. - sussurra, sentando ao lado dela.

Suki:
- Achei que nem isso seria suficiente.

Maianne Ribeiro:
- Você sempre é suficiente. Mais que suficiente.

Suki:
Ela nega com a cabeça.

- Eu deixei a nossa filha chegar a esse estado. Eu falhei em ver que a minha
felicidade com a ideia de ser mãe, e avó, não era compartilhada. - sussurra,
culpada.

Maianne Ribeiro:
- A culpa é minha. - o homem murmura, fechando os olhos. - Eu sou um péssimo pai.

boredmai:
Len:
A mulher suspira, servindo o chá para o marido antes de servir uma xícara para si.

- Nós dois estamos sendo péssimos pais para a Leanne. - murmura, tomando um gole
antes de voltar a observar o dojo, triste. - Nós... Nós projetamos a nossa
felicidade nela, e falhamos em ver o seu sofrimento.

Mai:
- Mm. - ele murmura, pegando a xícara de chá e tomando um gole pequeno. - Me dói
saber que ela prefere ir embora... Mas eu não vou impedi-la. Eu não tenho esse
direito.

Len:
- ...eu vou. - diz, depois de alguns segundos em silêncio. - Eu não vou deixar a
nossa filha se sacrificar em meio ao desespero da própria dor. - sussurra.

Mai:
- Setsuna... - ele suspira. - É a vontade dela.

Len:
- Não, não é. Ela deixou bem claro que só está dizendo isso porque acredita que não
tem mais um valor próprio, apenas o atrelado à gravidez. - sussurra, a voz mais
baixa. - A forma que ela se atrapalhou, e ficou sem reação quando... Quando eu
falei de sacrificarmos o pequeno... - e suspira. - Ah, Leanne, a nossa querida
filha, eu me lembrei dos primeiros dias quando a encontramos....

Mai:
- ...acha que... Acha que ela vai desistir dessa ideia, depois de... De..? -
pergunta, baixinho.

Len:
- Eu tenho certeza que sim. - diz, bebendo mais um gole do chá. - ...É... É
extremamente doloroso para mim cogitar sacrificar meu neto, mas... É mais doloroso
ainda saber que eu estive sacrificando a nossa filha por todos esses meses.

Mai:
- ...mm. - ele estremece, abaixando o olhar. - É... É a escolha certa.

Len:
- Eu não quero perder a minha filha. - admite, a voz estremecendo. - Nós já quase a
perdemos vezes demais durante todo esse tempo...

Mai:
- Eu também não quero perdê-la. - sussurra, cabisbaixo. "Mas eu sinto que já a
perdi."

Len:
- Nós não vamos. Chegamos muito perto, mas não vamos. - murmura.
Mai:
- Mm. - sussurra, terminando o chá. - Eu vou voltar a treinar.

Len:
- Não se esqueça de comer, por favor. - pede, afagando o rosto dele com as costas
de uma das mãos.

boredmai:
Mai:
- Eu vou participar das refeições. - murmura. - Não quero te dar mais preocupações.

Len:
- Obrigada. - ela esboça um sorriso. - Vou tentar reunir toda a família nos
horários certos. Espero conseguir.

Mai:
- Mm. Obrigado, querida. - sussurra, ficando de pé novamente, voltando a treinar.

Len:
- De nada, meu amor... - ela suspira, observando Mitsuo por um longo tempo antes
de recolher a bandeja e se afastar.

Mai:
Mitsuo só sairia do dojo na hora da janta, indo tomar um banho antes de ir até a
cozinha, ainda visivelmente abatido.

Len:
- Boa noite. - Setsuna murmura, erguendo o olhar ao vê-lo se aproximando. - Achei
que ninguém viria. - e esboça um sorriso.

Mai:
- Eu disse que viria. - ele murmura, suspirando. - E as crianças..?

Len:
Ela nega com a cabeça, ficando de pé devagar.

- Me acompanha para chamá-las?

Mai:
- Mm. É claro. - ele assente com a cabeça, ficando de pé novamente. - Vamos..?

Len:
- Vamos. - e se aproxima, envolvendo um dos braços dele com os próprios, cuidadosa.

Mai:
O homem afaga a mão dela, gentil.
- Primeiro a Chiaki, ou a Leanne e o Ichiro..?

Len:
- Leanne e Ichiro. A Chiaki vai ser mais fácil de convencer se os irmãos estiverem
junto.

Mai:
- Mm. Vamos, então. - ele assente com a cabeça, guiando a esposa até o quarto de
Leanne.

Len:
- ...pidez ir embora sabendo que a Caroline está caçando a sua cabeça, Leanne! -
eles podem ouvir Salem exclamar, um tanto nervoso, ao que Leanne apenas dá um riso
baixo, a voz um tanto fria.

- Essa era a intenção desde a primeira vez que eu falei em ir embora, Salem: morrer
sem incomodar ninguém.

boredmai:
Mai:
Mitsuo trava ao ouvir a voz da filha, empalidecendo como um fantasma. Sem sequer
pensar, ele entra no quarto, encarando a filha.
- ...você... Do que está falando..?

Len:
Setsuna o acompanha em seguida, confusa, sem ter entendido plenamente a conversa
entre a filha e o seu familiar.

- Você ouviu. - Leanne suspira, encarando-o com os olhos vazios, a postura


destruída como ele vira no primeiro dia que a encontrara. - ...desde a primeira vez
que eu falei sobre voltar pra Londres, já era pensando em morrer.

Mai:
- Não... Não, Lea, não... - ele nega com a cabeça, trêmulo. - Por favor, não..!

Len:
- Assim eu não incomodo ninguém. Assim eu só... Só deito do lado do cadáver do meu
pai e espero definhar e apodrecer que nem ele. - e ri, fraca.

Mai:
- Não. De jeito nenhum. - ele murmura, negando com a cabeça. - O que eu preciso
fazer pra você viver..?

Len:
- Do que.... Do que você tá falando...? Que tipo de pergunta é essa...?

Mai:
- A pergunta de um pai desesperado, que não quer ver a filha se sacrificar. -
sussurra. - O que eu posso fazer..?

Len:
- Eu... Eu não sei se tem o que fazer... - e suspira, fechando os olhos, trêmula. -
...eu só... Só queria que tudo voltasse a ser como era antes. A nossa família unida
e... Em paz.

Mai:
- Vai voltar. Eu faço voltar. - sussurra. - Eu vou dar um jeito.

Len:
- Forçar e fingir não é dar um jeito, pai... - ela ri, fraca. - ...se eu continuar
grávida, os cuidados vão... Vão ser todos pro Mitsuo, como eram antes. E se... Se
eu abrir mão disso, então... Então vocês vão me odiar pra sempre, e com razão.

Mai:
Ele nega com a cabeça.
- Nós não vamos te odiar. Nós vamos cuidar de você, independente da sua escolha.

Len:
- Corta essa, velho... - diz, frustrada. - É bem óbvio que vão.

Mai:
- Não vamos. Eu te amo, minha filha... Por mais que eu tenha falhado em demonstrar.
Len:
- Você... Você não falhou. - murmura. - Eu só... Só entendo que um neto de sangue
vale mais do que uma filha adotiva.

boredmai:
Mai:
- É claro que não, Leanne, pelos deuses! Ninguém vale mais que ninguém!

Len:
- Nós já deixamos bem claro que você é mais importante para nós do que a criança
que carrega na barriga, filha. O que mais você precisa ouvir?!

Mai:
- Você é importante pra nós, Leanne. Você. - ele insiste, o rosto molhado das
lágrimas que derramara. - Por favor...

Len:
- ...depois que... Que eu tirar o bebê. Depois que eu abortar nós conversamos de
novo. - sussurra, fechando os olhos para encerrar o assunto.

- Não vá embora, nem faça nada sem conversar conosco primeiro. Por favor,
querida... - sussurra, a voz mais fraca. - Por tudo que é mais sagrado, prometa
isso para nós....

Mai:
- Por favor. - ele insiste. - Nós conversamos de novo depois, então. Por ora...
Venha jantar conosco.

Len:
- Eu... Eu não quero comer. O Ichi pediu um sanduíche, mas... Mas eu não quero.

- Leanne, por favor, se destruir não vai ajudar em nada...!

Mai:
- Você precisa comer. Pro seu bem. - murmura.

Len:
- Pro meu bem ou do--

- Pro _seu_ bem!

Mai:
- Pro seu bem. - insiste. - Por favor.

- ...licença. - Ichiro murmura, entrando no quarto. - Eu trouxe os sanduíches.

Len:
- ...eu vou tentar. - ela suspira, enfim esboçando um sorriso mais sincero, mas
ainda visivelmente triste, doído. - Eu vou tentar.

Mai:
- Obrigado. - o homem sussurra, dando um passo pra trás. - Ichiro, cuide da sua
irmã. Por favor.

- Não precisa nem pedir, pai...

Len:
- Ainda assim. Por favor. - Setsuna repete, preocupada.
Mai:
- Deixa comigo. - ele assente com a cabeça.

Len:
- Obrigada, querido. - diz, beijando a testa de Leanne, depois a de Ichiro, e só
então se afastando.

boredmai:
Mai:
- De nada. - ele murmura, sentando ao lado da cama com um suspiro. - Vem, Lea.
Vamos comer.

-=-

- ...nossa filha, Setsuna... - ele engole em seco.

Len:
- Eu não tô com fome... - sussurra, se ajeitando na cama. - Então eu não vou comer
tudo agora, ok...?

-=-

- Não. Não fale nada. - pede, ainda visivelmente abalada, a voz trêmula.

Mai:
- Come só uma parte, então. Já vale. - sorri. - O resto fica pra depois.

-=-

Ele assente com a cabeça, fechando os olhos, enjoado. "Minha filha... O que eu
fiz..?"

Len:
- Pode... Pode deixar. - ela suspira, esboçando um sorriso de volta.

-=-

- Eu vou pedir para levarem o jantar para a Chiaki. - sussurra. - Nós... Nós
precisamos descansar.

Mai:
O rapaz sorri, afagando o rosto dela gentilmente antes de pegar um dos sanduíches,
entregando-o pra Leanne.
- Aqui. Ou quer que eu dê na boca~?

-=-

- Mm. Melhor. - sussurra baixinho.

Len:
- Eu ainda não tô morta, Ichiro... - e ri baixinho, pegando o lanche com as duas
mãos.

-=-

- Amanhã vai ser um dia melhor. Nós faremos ser um dia melhor.

Mai:
- Graças aos deuses que não. - ele murmura. - Mas eu podia te mimar~

-=-

- Mm. Claro. Nós faremos. - murmura. "Eu não sei se vamos conseguir..."

Len:
- Você já me mima sempre, Ichiro... -

-=-

- Por hoje, descanso. - sussurra

Mai:
- Sempre que posso. - ri.

-=-

- Por favor. - sussurra, puxando a esposa pra um abraço.

Len:
- Você sempre pode.

-=-

E isso faz a mulher estremecer, as mãos prontamente envolvendo Mitsuo de volta.

Mai:
- Então deixa eu te mimar. Me dá o sanduba, vai~

Len:
- Ah, mas aí eu vou precisar comer ele todo~

Mai:
- Então come todo, ué. - ele ri, bobo.

Len:
- Não, eu não quero...! - e ri.

Mai:
- Então deixa eu te dar metade~

Len:
- ...tudo bem. Metade eu aceito!

boredmai:
Mai:
- Metade então. - ele ri de leve, pegando o sanduíche e ajudando a garota a comer.

Len:
- Eu não _preciso_ que você me ajude, Ichi...!

Mai:
- Mas eu quero~

Len:
- Tudo bem, tudo bem...! - ela ri.

Mai:
O rapaz sorri, ajudando-a com o sanduíche, atencioso.

Len:
- Não precisava, mas obrigada.... - murmura, boba.

Mai:
- De nada. - ele murmura, carinhoso.

Len:
- E você, não vai comer...?

Mai:
- Eu como quando você terminar. - sorri.

Len:
- Não. Então come comigo. - pede, manhosa.

Mai:
- Tá bom. - ele ri de leve, pegando o segundo sanduíche.

Len:
- Tim tim. - brinca, encostando a embalagem de sanduíche na dele.

Mai:
- Boba~ - ele ri.

Len:
- Eu sou. Nunca escondi!

Mai:
- Só não é mais boba que eu. - brinca, tirando uma mordida do sanduíche.

Len:
- Você não é bobo, você é um idiota~

Mai:
- Também. - e pisca um olho.

Len:
- Por isso que você me ama~

Mai:
- Amo muito, sabia? - sorri.

Len:
Isso a faz corar e gaguejar.

- N-não, não sabia... - resmunga, desviando o olhar.

Mai:
- Pois saiba. - sorri.

Len:
- Ah, é? Então me beija~

Mai:
- Tá bom. - ele ri, beijando a garota, carinhoso.

Len:
E isso faz Leanne estremecer, puxando Ichiro para si com as duas mãos enquanto
retribuía, ávida...

Mai:
"Eu te amo..." pensa, carinhoso, afagando o rosto dela com a mão livre.

Len:
- Eu te amo.... - diz, baixinho, ao afastar o rosto do dele.

Mai:
- Eu também te amo. - sorri. - Muito.

Len:
- Muito. Muito muito muito muito. - e ri.

Mai:
- Isso aí, e muito mais. - ri.

Len:
- Mais? Jura? - pergunta, hesitante

Mai:
- Muito, mas muito mais!

Len:
- Ichiro... - ela ri de leve, balançando a cabeça. - É sério.

boredmai:
Mai:
- Eu pareço estar brincando? - ri.

Len:
- Parece, é claro que parece!

Mai:
- Pois saiba que eu não tô!

Len:
- Ichiro... - ela suspira, mais séria.

Mai:
- ...É sério. - ele responde, encarando-a.

Len:
Leanne cruza os braços, desviando o olhar, as bochechas levemente vermelhas.

Mai:
- ...É sério, ora. - ele ri.

Len:
- Se é tão sério assim, porque você não consegue dizer isso pra mim sem rir? -
resmunga.

Mai:
- Eu te amo. - diz, sério, encarando-a.

Len:
- ...com essa cara séria falsa quem quer rir sou eu...!
Mai:
- Não é cara falsa. - ele franze a testa.

Len:
- A seriedade é!

Mai:
- Não, não é. Eu te amo de verdade, Lea.

Len:
- Você não entendeu, e eu não tô sabendo explicar. - resmunga, cruzando os braços e
desviando o olhar.

Mai:
- Não, não entendi. Qual é a dúvida quando eu digo que te amo?

Len:
- Não é isso... - ela suspira, os ombros caindo.

Mai:
- E o que é? Me explica.

Len:
- Eu... Eu não sei. O nosso amor parece muito bom e muito bonito, mas só... Só nas
horas boas.

Mai:
- ...como assim, Lea? - ele franze a testa.

Len:
- Só... Só nas horas boas. Nas horas ruins, parece que.. Que ele não é o suficiente
pra manter a gente junto. - e desvia o olhar novamente.

Mai:
- A gente tá junto, não tá? - ele murmura. - Eu não tô do seu lado?

Len:
- É, mas... Olha o que precisou acontecer. - e ri, fraca.

Mai:
- Eu nunca saí do seu lado, Lea. - ele franze a testa.

Len:
- E a nossa briga aos gritos, esqueceu? - ela suspira.

Mai:
- Brigas são brigas. - ele nega com a cabeça. - Casais brigam.

Len:
- Eu não vejo os nossos pais brigando. - e ri, frustrada. - E não via os meus,
também.

Mai:
- Eu aposto que eles brigam, e já brigaram. - murmura, cruzando os braços.

Len:
- Eu duvido. Eles são o casal perfeito.

Mai:
- Brigar entre casais é normal, Lea. - ele suspira.

Len:
Ela apenas nega com a cabeça.

- Deixa pra lá. Desculpa ter estragado o momento feliz com a minha insegurança.

boredmai:
Mai:
O rapaz suspira.
- Não precisa pedir desculpas...

Len:
- Eu só.... Sinto que tá tudo uma merda desde que eu fui embora.

Mai:
- Tudo ficou uma merda quando você foi embora. - murmura. - Mas vai melhorar.

Len:
- Sua vida ficou triste assim, foi? - ela ri, sem força.

Mai:
- Muito. Muito triste. - suspira.

Len:
- Eu.... Eu entendo. A minha também. - sussurra. - Pareceu.... Vazia. Cinzenta.

Mai:
- Então agora é pra melhorar. Certo? - sorri.

Len:
- ...certo. Você tem um bom ponto. - esboça um sorriso.

Mai:
- Resolvido então. Vai melhorar. - ri.

Len:
- Nós vamos fazer melhorar. Certo...?

Mai:
- Vamos sim. - sorri, afagando a mão dela.

Len:
- Mm. Obrigada, Ichi... - diz, enfim sorrindo com mais firmeza.

Mai:
- De nada. - diz, beijando-a de leve. - Comer mais um pouco?

Len:
- Mm. Já deu tempo pra outra metade descer, eu acho.

Mai:
- Ótimo. - ele sorri, voltando a oferecer o sanduíche pra ela.

Len:
- ...eu ia reclamar, mas... Obrigada. - e ri, comendo.

Mai:
- Sem reclamar. - ele ri de leve.
Len:
- Pode deixar. Eu já aprendi~

Mai:
- Ótimo. - ele ri baixinho, bobo.

Len:
- Não dá pra discutir com um idiota que nem você. - provoca.

Mai:
- Eu não sou idiota. - ri

Len:
- É sim, idiota por mim~

Mai:
- ...É, isso eu sou. - ri

Len:
- Eu aprendi uma expressão muito boa no Instagram recentemente que te define bem:
'boiolinha de amor'~

Mai:
- Boio-- quê?! - ele ri, corando. - Leanne!

Len:
- Boiolinha de amor~ - provoca.

Mai:
- Eu não sou isso! - ri.

Len:
- É sim~

Mai:
- Eu não sei o que é, mas eu não sou. - ri.

Len:
- Ah, não? Poxa.... - brinca, fazendo bico. - É um jeito de dizer que você fica
todo fofo por amor, todo manhoso, todo bonitinho~

boredmai:
Mai:
Ele hesita, e então suspira.
- ...É só isso? Certeza?

Len:
- ...é. Só que a palavra significa viadinho por amor~ - provoca, antes de
gargalhar.

Mai:
- L-Lea..! - ele gargalha. - Não!

Len:
- Siiiiim~! - responde, atirando um travesseiro nele.

Mai:
- Não, nada disso! - ri, segurando o travesseiro.
Len:
- Ichiro, você faria qualquer coisa por mim, não faria? - pergunta, mais séria.

Mai:
- Faria, ora!

Len:
- Então vira essa bundinha~

Mai:
- Não, deixa minha bunda quieta!

Len:
- Vem ser 'boiolinha' por mim, vem~ - provoca, chamando-o com o indicador.

Mai:
- Não, isso não, Lea! - ri.

Len:
A garota gargalha, e gargalha, até enfim se largar para trás na cama, observando o
teto enquanto recuperava o fôlego, o coração aquecido...

"Talvez... talvez as coisas estejam boas como estão..."

Mai:
Na manhã seguinte, a família enfim se reuniria de novo para o café da manhã. Mitsuo
e Setsuna seriam os primeiros a chegar, Ichiro e Leanne logo depois, e só então
Chiaki se junta à família, abatida.

Len:
Leanne cumprimenta todos os familiares como fazia normalmente, um sorriso suave no
rosto antes que ela se sentasse no próprio lugar.

Para o olhar afiado de Mitsuo, agora ciente do joelho da filha, era fácil perceber
a breve hesitação quando ela se abaixava, e como Leanne apoiava o peso apenas sobre
a perna direita, coisas que vinha fazendo durante todos aqueles meses...

Mai:
"Esse tempo todo e eu não fiz nada..." o homem pensa, suspirando.
- Bom dia. - ele murmura, gentil.

- Bom dia... - Chiaki sussurra baixinho.

Len:
- Bom dia, família. - ela sorri, como se nada estivesse acontecendo. - Dormiram
bem?

- Foi melhor nas montanhas. - Setsuna admite com um risinho, os ombros relaxando
com o bom humor da filha.

Mai:
- Mm. O ar das montanhas é revigorante, mas é bom voltar pra casa também. - diz
Mitsuo. - Chiaki, querida, dormiu bem?

- ...dormi. - ela sussurra.

boredmai:
Len:
- Ele é frio e seco demais pra mim. Prefiro o ar quente e úmido da praia. - Leanne
murmura, roubando um pouco do prato da irmã com um sorrisinho de canto. - Até
porque aqui fico mais perto de vocês~

Mai:
- Faz sentido. Praia combina mais com você. - Mitsuo sorri.

- E-ei..! - a garota reclama baixinho.

Len:
- Eu sei. E fico melhor ainda bronzeada! - ela ri, roubando mais um pouco do prato
de Chiaki.

Mai:
- Fica mesmo. - Ichiro ri.

- Minha comida..!

Len:
- Sua comida só vai parar de sumir do seu prato magicamente quando você melhorar
essa carinha borocoxô~

Mai:
- Eu não tô com carinha borocoxô..!

Len:
- Ah, não~? E esse bicão aí é o que~?

Mai:
- Eu não tô de bico..! - ela resmunga.

Len:
- Ii ni ti di biqui~ - provoca, imitando a voz de Chiaki.

Mai:
A menina fecha mais a expressão, começando a comer mais rápido.

Len:
- ...Chiaki...? - pergunta, o sorriso morrendo, toda a postura se desfazendo.

Mai:
- Que foi? - ela resmunga, encarando Leanne.

Len:
- ...era só uma brincadeira. Desculpa. - murmura, murcha.

Mai:
- ...tudo bem. - ela murmura, os ombros caindo.

Len:
Leanne suspira, esboçando um sorriso triste, meio forçado, antes de dividir parte
da própria comida com a irmã.

- Aqui. Foi mal. - insiste.

Mai:
- Brigada... - ela sussurra baixinho, comendo mais devagar.

Len:
- Vou fazer biscoitos pra você de tarde, pra compensar. - e pisca um dos olhos, se
recompondo.

Mai:
- ...biscoitos, é..? - ela murmura, esboçando um sorriso.

Len:
- Com amoras. O que acha~?

Mai:
- Eu quero. - Chiaki sorri de leve.

Len:
- Perfeito, então. Vou chegar de surpresa enquanto você estiver estudando e vamos
devorar tudo juntas enquanto falamos mal do Ichi~

Mai:
- Eu quero falar mal do Ichi. - ri.

- Ei, o que eu fiz?! - o rapaz balança a cabeça, risonho.

boredmai:
Len:
- Você sempre faz alguma coisa, seu bobo~ - Leanne provoca, debochada.

Mai:
- Nada disso, eu sou inocente!

Len:
- Se tem uma coisa que você _não é_, Ichiro, é inocente!

Mai:
- Eu sou inocente sim, não fiz nada!

Len:
- Insisto na minha afirmação anterior!

Mai:
- E eu insisto na minha! - ri.

Len:
- Problema é seu, você está errado~ E se discutir, faço o papai te provar na
espada~

Mai:
- Ei, calma, a gente não precisa chegar em medidas extremas!

Len:
- Então admite que tá errado!

Mai:
- Só porque você ameaçou. - ri.

Len:
- Então admite~

Mai:
- Tudo bem, eu estou errado~
Len:
- Bom garoto. Agora, como você está errado, o papai pode te castigar na espada pra
você não errar mais~ - provoca.

Mai:
- Pera, que? Eu vou ser castigado de qualquer jeito?!

Len:
- Você disse que errou, não disse~?

Mai:
- Eu disse isso pra fugir do castigo!

Len:
- Que pena, que pena, coitado! - e ri, falsamente maléfica, esfregando as mãos.

Mai:
- Então não admito mais nada, pronto! - ri.

Len:
- Nem que me ama~? - pergunta, fazendo biquinho.

Mai:
- Isso eu admito. - ri.

Len:
- Bom garoto. Adestrei direitinho~

Mai:
- Leanne..! - ele ri, corando.

- O Ichi é um cachorrinho! - Chiaki ri, boba.

Len:
- Sim, ele é. Bem encoleirado, inclusive~ - provoca, fazendo Setsuna corar e
tossir.

Mai:
- Mas eu não tô vendo coleira... - ela inclina a cabeça pro lado, curiosa.

- É figurativo, Chiaki. - ele ri.

Len:
- É jeito de falar, irmãzinha. Significa que ele me obedece direitinho.

Mai:
- Aaaah, entendi. Isso ele obedece mesmo! - ri.

Len:
- Que nem o papai obedece a mamãe direitinho~

Mai:
- Exatamente. - ri.

- ...ora... - o homem resmunga, corando de leve.

Len:
- Não é vergonha nenhuma, pai, a gente sabe que a mamãe é mais sensata. - e ri.
boredmai:
Mai:
- ...hmpf. Isso é bem verdade...

Len:
- Querido, não é bem assim... - Setsuna ri baixinho, as bochechas coradas.

Mai:
- É, é sim. Você é mais sensata que eu.

Len:
- Não é—

- Mãe, nem discute. Não é difícil ser mais sensato que o papai. - provoca.

Mai:
- ...ora, eu sou bem sensato! - ele resmunga.

Len:
- Pai... - Leanne brinca, encarando-o com as mãos na cintura.

Mai:
- Ora, é claro que sou!

Len:
- O máximo que dá, né.

- Leanne, já chega. - a mulher ri.

Mai:
- Hmpf! - resmunga.

- Rabugento. - Chiaki ri de leve.

Len:
- Isso ele é, sem dúvidas. - Setsuna brinca.

Mai:
- Bastante, sempre! - ri.

Len:
- Já deu de avacalhar o papai. Só eu posso fazer isso~

Mai:
- Eu quero poder também! - Chiaki ri.

Len:
- Só quando você for mais velha!

Mai:
- Aw, não, eu quero agora!

Len:
- Chiaki, você ainda é muito nova pra querer qualquer coisa agora! - ela gargalha.

Mai:
- Sou nada!

Len:
- Sim, é sim. E aproveite enquanto pode!

Mai:
- Eu quero ser adulta logo! - resmunga.

Len:
- Você vai se arrepender disso... - brinca.

Mai:
- Não vou! - resmunga.

Len:
- E quando você tiver que trabalhar o dia todo que nem o papai, não vai? - insiste,
sorrindo de canto.

Mai:
- ...eu não vou precisar trabalhar o dia todo que nem ele!

Len:
- Vai ter fil-- - e hesita, o sorriso morrendo enquanto o olhar perdia o foco, a
mão instintivamente indo até a própria barriga.

Mai:
- ...Lea..? - ela franze a testa.

Len:
- ...huh? Nada. Nada não, meu amor. - e ri de leve, balançando a cabeça como se
nada tivesse acontecido. - Me perdi nos meus pensamentos~

Mai:
- Nada mesmo..? - ela pergunta, preocupada, se aproximando de Leanne.

Len:
- Nada, irmãzinha, eu juro. - diz, afagando os cabelos dela.

Mai:
- Jura mesmo? Jura? - ela insiste, abraçando Leanne.

Len:
- Juro juro juro~ - diz, boba, retribuindo o abraço.

boredmai:
Mai:
- Tá boom. - ela sorri.

Len:
- Pode confiar em mim~ - diz, boba.

Mai:
- Eu confio. - sorri.

Len:
- Obrigada, irmãzinha. Não esqueci dos seus biscoitos!

Mai:
- Biscoitos mais tarde. Vou cobrar! - ri.

Len:
- Não precisa cobrar, antes que você lembre eu já vou ter levado eles!
Mai:
- Quero só ver! - ri, boba, beijando o rosto da irmã.

Len:
- Vão ser os melhores biscoitos que você já comeu! - diz, dando um olhar de canto
para a mãe, como se pedisse ajuda.

Mai:
- Vão, vão sim!

- Agora deixa a sua irmã quieta, termina de comer e vai estudar. - Ichiro ri de
leve.

- Tá boooom!

Len:
- E nós vamos pro treino de destreza do dia, que de força eu não vou aguentar~

Mai:
- Bom treino, Lea. - Chiaki sorri, beijando o rosto dela antes de voltar pra
terminar a refeição, deixando a sala de jantar pouco depois.

Len:
E Setsuna suspira baixinho, beijando Mitsuo suavemente antes de ir atrás da filha..

Len:
-=-

Era o dia seguinte quando Leanne não aparece no café da manhã sem avisar a
ninguém...

...ou a quase ninguém.


Setsuna estava visivelmente nervosa, o rosto pálido, a mão esfregando o polegar e o
indicador enquanto ela repetia mentalmente o encantamento que a filha lhe
ensinara...

"Por favor, que nada dê errado..."

Mai:
- Querida? - Mitsuo pergunta, preocupado. - O que houve? Onde está a Leanne?

Len:
- Ela foi ao médico. - murmura, torcendo que o homem a entendesse, incapaz de
encará-lo.

Mai:
- Ao...

O homem engole em seco, abaixando o olhar, o rosto perdendo a cor. "Pelos


deuses..."

Len:
- Mm. Ela deve voltar ao fim do dia. Talvez amanhã cedo. - diz, nervosa.

Mai:
- Mm. Mm. Ela... Ela vai ficar bem. Certo..?

Len:
- Eu... Eu espero que sim. Eu espero que sim. - e estremece.

Mai:
O homem suspira, abraçando a esposa, carinhoso.
- Vai... Vai dar certo...

- Que caras são essas? - Ichiro murmura ao entrar na sala, a testa franzida.

boredmai:
Len:
- Eu espero que sim... - sussurra, passando a mão pelos cantos dos olhos, se
recompondo antes de encarar o filho. - Bom dia, Ichiro.

Mai:
- Bom dia. Aconteceu alguma coisa? Você tava chorando, mãe? - ele pergunta,
preocupado.

Len:
- Sua... Sua irmã foi ao médico para.. Para ver sobre o bebê. - diz, a voz
fraquejando apesar do sorriso que Setsuna tentava manter. - Eu estava falando para
o seu pai que talvez ela só volte amanhã cedo.

Mai:
- Ela..! E p-por que ninguém me avisou? Eu podia ir com ela..! - exclama.

Len:
A mulher suspira, balançando a cabeça de leve.

- Ela disse que não queria testemunhas para... Para... - e comprime os lábios.
- ...eu sei que é para o bem dela, mas ainda dói...!

Mai:
Ele engole em seco, passando a mão nos cabelos antes de sentar pra comer,
frustrado. "Lea..!"

Len:
- Ela vai voltar amanhã cedo. Vai dar tudo certo. - murmura, sem firmeza alguma.

Mai:
- Vai. Vai sim. - ele murmura, hesitante. "Merda. Eu preciso ir atrás dela, mas eu
nem sei onde ela tá..!"

Len:
- Mm. Vamos... Vamos comer. - murmura, visivelmente afetada.

Mai:
- Mm, vamos. - Mitsuo murmura, guiando a esposa pra se sentar com ele.

Len:
A mulher assente com a cabeça, fazendo como Mitsuo a guiava, comendo um tanto menos
que o seu habitual, o olhar distante...

Mai:
- Pai. Posso ficar desenhando hoje..? - Ichiro sussurra.

- Mm. Eu posso treinar só com a Chiaki. - murmura.

Len:
- Eu posso te fazer companhia, se quiser, filho. - diz, com um suspiro baixinho.
Mai:
- Aceito, mãe. Obrigado. - murmura.

Len:
- De nada, querido. Vai ser um prazer.

Mai:
O rapaz sorri de leve, assentindo com a cabeça.
- Sempre um prazer.

Len:
- Digo o mesmo, querido. - ela sorri. - Eu amo ver a sua arte.

Mai:
- Eu vou te desenhar hoje, então. - ri.

Len:
- Ara ara~ Vai ser um prazer. - diz, as bochechas corando de leve.

Mai:
- O prazer é todo meu, mãe. - ele sorri, carinhoso.

boredmai:
Len:
Isso faz com que Setsuna enfim sorria de forma sincera, esticando o braço por cima
da mesa para afagar o rosto dele carinhosamente.

Mai:
O rapaz sorri, bobo, a mão pousando sobre a dela. "Vai ficar tudo bem..."

Len:
- Vamos comer. Eu vou pedir para a Chiaki fazer o chá de flores para nós dois,
antes do treino. - diz, encarando a filha mais nova.

Mai:
- Eu faço. - a menina sorri de leve. - Pode deixar.

Len:
- Obrigada, querida. Eu adoro esse chá, e é uma pena que ele seja segredo entre
vocês duas. - e ri baixinho.

Mai:
- É nosso segredo especial, mesmo. - ri, boba.

Len:
- Eu perdoo. - brinca.

Mai:
- Vocês ainda podem tomar o chá, pelo menos~ - ri.

Len:
- E como vocês são boazinhas, podemos tomar sempre que quisermos!

Mai:
- Sempre, sempre! - a menina sorri. - Posso fazer todo dia!

Len:
- Eu adoraria!
Mai:
- Todo dia, então! - ri, boba.

Len:
- Ótimo! Prometo não espiar como fazer!

Mai:
- Eu não ia deixar, mesmo! - ri.

Len:
- Ara ara~

Mai:
- Não ia mesmo. - ela sorri. - É segredo!

Len:
- Eu adoraria aprender, mas admiro o seu cuidado em respeitar o pedido da sua irmã.
- diz boba, afagando os cabelos de Chiaki. - É bom ver que estamos te criando bem.

Mai:
- Claro que sim. É você e o papai, e vocês são incríveis! - ri.

Len:
Isso a faz rir baixinho.

- Obrigada, querida.

Mai:
- De nada, mãe. - sorri, se levantando. - Eu vou fazer o chá! - e se afasta.

Len:
- Eu não vou espiar, prometo! - brinca, rindo baixinho.

Mai:
- Sem espiar! - ela gargalha, se afastando.

Len:
- Nossos filhos são incríveis... - diz, boba, afagando uma das coxas de Mitsuo.

boredmai:
Mai:
- Mm, são. - o homem sorri de leve. - Os três.

- Obrigado. - Ichiro ri de leve. - Eu já terminei, então estou indo pro estúdio.

Len:
- Eu te encontro lá em breve, querido.

Mai:
- Até depois. - sorri, se afastando.

Len:
Assim que Ichiro sai do seu campo de visão, Setsuna murcha, os ombros caindo.

"Que eu não tenha feito a escolha errada em ajudá-la..."

Mai:
O homem suspira, beijando o rosto de Setsuna.
- Vai dar tudo certo.

Len:
- Assim eu espero, Mitsuo. Assim eu espero. - e suspira.

Mai:
- Vai sim. - murmura, gentil. - Vá aproveitar com nosso filho, e tire sua mente
disso.

Len:
- Eu vou tentar. - ela sussurra. - Prometo.

Mai:
- Confie na nossa filha. - murmura, afagando o rosto dela.

Len:
- Eu confio. Mas sei que isso é muito além de confiança...

Mai:
- ...mm. - ele suspira. - Muito, muito além...

Len:
Ela nega com a cabeça, se levantando devagar.

- Eu vou pegar o chá com a Chiaki e seguir para o estúdio. Não quero deixar o
Ichiro sozinho.

Mai:
- Mm. Eu vou para o dojo. - murmura, ficando de pé. - Até mais tarde, querida.

Len:
- Até. Nos vemos no almoço. - e sorri, se afastando em seguida.

Mai:
O homem suspira, se afastando para o dojo, a mente em turbilhão...

Len:
E Setsuna logo se afastaria para o estúdio com a bandeja de chá em mãos, procurando
o filho...

- Com licença... - murmura, abrindo a porta com uma das mãos.

Mai:
- Pode entrar, mãe. - ele esboça um sorriso, já mergulhado em esboços.

Len:
- Licença, querido. - diz, sorrindo, antes de colocar a bandeja ao lado dele e se
sentar.

Mai:
- À vontade. - ele sorri de leve, pegando uma das xícaras pra si.

Len:
- O que está desenhando para se aquecer? - pergunta, curiosa, fazendo o mesmo.

Mai:
- Só uns treinos de anatomia, nada de mais. - o rapaz sorri.

Len:
- E quando você faz esses treinos, pensa em algum modelo específico, ou só no
esqueleto?

boredmai:
Mai:
- ...geralmente em vocês, ou na Lea. - ele ri, sem jeito.

Len:
Isso pega Setsuna de surpresa, fazendo-a corar e rir.

- Eu não esperava essa resposta...

Mai:
- Ué, não? O que esperava? - ri.

Len:
- Que você imaginasse figuras anatômicas sem modelos específicos. - admite.

Mai:
- Às vezes, sim. - ri. - Mas às vezes não.

Len:
- Entendo. Eu era muito ligada às artes quando criança, mas me afastei quando
comecei a ajudar no restaurante dos seus avós. - explica, afagando o cabelo dele
suavemente.

Mai:
- Por que não tenta desenhar comigo hoje, então? - sorri.

Len:
- ...desenhar? Mesmo? - pergunta, erguendo as sobrancelhas, pega de surpresa com o
convite.

Mai:
- Sim, ora. Por que não? - ri.

Len:
- Eu... Eu posso tentar. - murmura, esboçando um sorriso.

Mai:
- Basta tentar. - Ichiro sorri de leve, estendendo papel e lápis pra Setsuna.

Len:
Ela ri baixinho, aceitando a oferta de Ichiro com um agradecimento baixinho.

- Não ria de mim. - pede, tímida, começando a rabiscar, os traços suaves e simples.

Mai:
- É claro que não vou rir. - o rapaz balança a cabeça. - Eu vou é te ajudar, se
você precisar de alguma coisa.

Len:
- Eu não sei se tenho alguma ambição, para precisar de ajuda. - brinca, entretida
com os próprios traços que na sua maioria não se encostavam. - Eu perdi boa parte
da minha visão, não tem como esperar muito. - ela ri.

Mai:
- Você ainda pode brincar com o desenho, ora. - ele ri de leve. - Fazer a sua arte,
do seu jeito.
Len:
- Eu sei. E é pensando nisso que eu estou tentando. - diz, suave.

Mai:
O rapaz apenas sorri, dando um beijo no rosto da mãe antes de voltar a desenhar,
mais tranquilo.

boredmai:
Len:
Setsuna relaxa com o carinho, voltando a desenhar sem nenhuma pressão ou ambição,
apenas aproveitando o momento entre os dois...

-=-

- Tadaima! - Leanne avisa, pouco depois da família ter se sentado para almoçar,
enquanto tirava os sapatos no hall de entrada. Em uma das mãos, várias sacolas de
papel de lojas variadas...

Mai:
- Lea!

Ichiro logo fica de pé, correndo até a garota, a expressão preocupada logo se
tornando espando ao ver as sacolas.
- ...o que..? - murmura, confuso.

Len:
Ela hesita, compreendendo a confusão de Ichiro, dando um sorriso gentil muito
parecido ao de Setsuna.

- Vem. Eu quero mostrar uma coisa pra vocês. - chama, pegando as sacolas com uma
das mãos e Ichiro com a outra, puxando-o consigo para o salão de jantar.

Mai:
- ...mostrar uma coisa..? - ele murmura, sem entender, se deixando levar.

Len:
- Sim, eu tenho uma coisa pra mostrar pra vocês. - repete, ao entrar no cômodo. -
Senta. - pede.

- Leanne, querida, mas o que...

- Calma. Eu vou explicar. - ela ri, boba.

Mai:
O rapaz se senta, sem entender.
- Explica, então.

Len:
- É algo bom, eu juro. - diz, parando diante da família antes de remexer as
sacolas. Tirar uma embalagem. Abri-la.

E mostrar um kigurumi de dragão, do tamanho perfeito para ela.

- Calma. - pede, erguendo uma das mãos antes que pudessem falar qualquer coisa,
colocando o kigurumi dobrado em um de seus braços antes de repetir as etapas, e
mostrar uma nova roupa de dragão.

Ou melhor, roupinha.
Uma roupinha de bebê de dragão.

Mai:
A confusão logo se transforma em surpresa e emoção, o queixo de Ichiro caindo
devagar. "Ela..?!"

- Roupinha igual pro Micchi! - Chiaki ri, boba, erguendo os braços. - Que lindo,
Lea!

boredmai:
Len:
- Exatamente! - diz, boba, olhando para os pais e para Ichiro em seguida. - Com uma
abertura de velcro pra poder amamentar e tudo~

Mai:
- ...é... é uma roupa linda... - Mitsuo sussurra, a voz emocionada.

- P-pro Micchi... - Ichiro estremece, os olhos cheios de lágrimas.

Len:
A garota ri baixinho, deixando as roupas de lado antes de cumprimentar os
familiares com os beijos de sempre e se sentar no próprio lugar.

- Pro nosso Micchi. - diz, segurando uma das mãos de Ichiro, carinhosa e
satisfeita, antes de olhar para os pais novamente.

Mai:
- Pro n-nosso Micchi... - o rapaz ri de leve, afagando a mão dela de volta.

Mitsuo apenas respira fundo, abaixando o rosto pra focar na comida, disfarçando a
emoção.

Len:
- Mm. E eu tenho outra coisa do Micchi pra mostrar. Quem vai ver primeiro~? -
pergunta, rindo baixinho, claramente provocando os familiares.

- Leanne, por favor...! - ela choraminga.

- Tudo bem, tudo bem, pera aí! - pede, mexendo no celular antes que todos os
aparelhos apitassem ao mesmo tempo, notificando uma nova mensagem.

"Melhor família do mundo 💜"

E uma foto de uma reprodução 3D de um rostinho de bebê.

Mai:
Era mais do que Ichiro podia aguentar. O rapaz começa a chorar, escondendo o rosto
em uma das mãos enquanto puxava Leanne mais pra perto com a outra, trêmulo. Mitsuo
também chorava, aliviado, o sorriso no rosto.

- É o Micchi! - Chiaki ri, boba.

- É... é o M-Micchi... - Ichiro sorri, emocionado.

Len:
A garota ri baixinho, abraçando o noivo com os dois braços, carinhosa, afundando o
rosto nos cabelos dele.
- Ele é a cara do Ichi, mãe...! - choraminga, falsamente dramática.

- É um fardo das mulheres da nossa família, querida... - ela ri, boba, chorando
baixinho.

Mai:
- Q-qual o problema d-de ser a minha cara..?! - ele ri.

- É a sua cara feia, Ichi! - Chiaki provoca.

Len:
- Exatamente, é a sua cara feia! - ela gargalha.

Mai:
- Minha cara não é feia! - ri.

boredmai:
Len:
- Bom, no nosso filho ficou horrível~ - Leanne provoca,.

Mai:
- Não ficou nada, ora! - ele ri, secando o rosto.

Len:
- Eu insisto que a minha cara ficaria melhor.

- Você é a flor mais linda desse mundo, querida, é óbvio que ficaria. - Setsuna
diz, boba, afagando o rosto da filha. - E a Chiaki será mais uma dessa flor, quando
crescer e florescer.

Mai:
- Eu vou ser tão linda quanto a Lea e a mamãe! - Chiaki ri.

- Um dia, um dia. - Ichiro ri.

Len:
- Vai sim, querida. Muito mais que nós duas. - Setsuna diz, carinhosa.

- E o Micchi vai ser mais bonito que o pai dele~ Não que seja difícil~

Mai:
- Não que-- Lea! - ele ri, sem graça.

Len:
Isso faz Leanne gargalhar e jogar a cabeça para trás, satisfeita, segurando o rosto
de Ichiro com as duas mãos antes de beijá-lo exageradamente.

- Agora eu preciso comer~! - diz, boba, se virando para a mesa, as pernas ainda
cruzadas, sem o cuidado de sempre com etiqueta.

Mai:
- Sim, precisa sim, pra se manter saudável. - ele ri, voltando a comer.

Len:
- E pra poder sair da sala de parto chutando a sua cara com o Micchi nos meus
braços~ - provoca, se servindo.

Mai:
- Chutando-- Ei, eu não mereço isso! - ri.
Len:
- Mas eu vou querer chutar alguém, e a única opção viável nessa mesa é você!

Mai:
- Não precisa chutar ninguém! - ri.

Len:
- Mas eu vou querer! Nem tudo é sobre precisar, sabia? Eu, por exemplo, não
_precisava_ casar com você, mas casei!

Mai:
- Logo eu?!

Len:
- Pois é, não foi falta de opção, foi de bom gosto~ - provoca.

Mai:
- Lea! - ele ri.

Len:
- Eu tô brincando, Ichi, você sabe! - diz, beijando o rosto e o pescoço e o ombro
dele, boba, antes de voltar a se servir, faminta.

Mai:
- Tá machucando meu coraçãozinho, isso sim! - ri.

Len:
- Pobrezinho, pobrezinho! - diz, dramática.

Mai:
- Pobrezinho mesmo! - ri.

Len:
- Eu posso passar a tarde cuidando desse pobre coraçãozinho, então~?

Mai:
- Não só pode como deve. - sorri.

boredmai:
Len:
- Perfeito, então. Mas você quem vai massagear meus pés, que eu passei a manhã
inteira em pé. - ela ri.

Mai:
- ...ok, eu aceito. - ri.

Len:
- Yess~! - comemora, risonha.

Mai:
- Você e seu charme. - ir.

Len:
- Eu sei, eu sei, obrigada~

Mai:
- De nada. - ele ri de leve.
Len:
Ela pisca um dos olhos, sorridente, antes de voltar a comer.

Mai:
O rapaz apenas ri, bobo, mais aliviado. "Nosso Micchi..."

Len:
- Eu tava precisando me encher assim~ - Leanne diz, boba, ao apoiar o corpo nas
mãos, terminando de comer.

- Cuidado para não passar mal.

- Eu sei, mãe, eu seeeei~

Mai:
- Agora é hora de massagem no pézinho. - Ichiro provoca, ficando de pé.

Len:
- Nem tão inho assim, na verdade. - brinca, imitando-o.

qualquersuki:
Maianne Ribeiro:
- Deixa eu ser gentil, vai. - ri.

Suki:
- Tudo bem, tudo bem. Quando você me pede assim, eu faço qualquer coisa~

Maianne Ribeiro:
- Até me amar? - brinca.

Suki:
- Ah, isso eu já faço sem você pedir. - e mostra a língua.

Maianne Ribeiro:
- Ótimo, facilita pra mim. - ele ri, bobo.

Suki:
- Pra um Shogun, você é todo manhoso, sabia~?

Maianne Ribeiro:
- Eu sei a hora de ser manhoso e de ser firme~

Suki:
- Eu sei bem~

Maianne Ribeiro:
- Aí, viu? Um Shogun perfeito. - e pisca um olho.

Suki:
- Eu vou ficar quieta, que o que eu quero falar vai te deixar atiçado. - responde,
escondendo o riso atrás de uma das mãos.

Maianne Ribeiro:
- Depois, Lea. Depois. - ri, puxando-a pra fora.

- Eu vou aproveitar e ir estudar. - Chiaki ri de leve, ficando de pé. - Até depois,


pai, mãe!

Suki:
- Juízo, crianças! - Setsuna pede, dando um riso baixinho ao ver os filhos se
afastarem.

Maianne Ribeiro:
- Nós temos, mãe! - ele ri, saindo com Leanne.

Assim que as crianças se afastam, os ombros de Mitsuo caem, o homem escondendo o


rosto atrás das mãos...

qualquersuki:
Suki:
- Eu imaginei que você estava muito calado... - diz, compreensiva, envolvendo o
marido com os braços.

Maianne Ribeiro:
- Ah, Setsuna... - ele chora, se agarrando na esposa. - Nossa menina...

Suki:
- Nossa querida e amada filha... Sim, sim...

Maianne Ribeiro:
- Ela e-está bem... E n-nosso neto...

Suki:
- Os dois estão bem... os dois estão bem... - repete, como se só então percebesse.

Maianne Ribeiro:
- Os dois estão bem... - ele sussurra, a voz fraca.

Suki:
- Mm. Nossa filha amada, e nosso neto... Ah, como eu queria conseguir ver melhor o
rosto dele...! - diz, emocionada.

Maianne Ribeiro:
- Vai ver quando ele nascer. - sorri. - Vai tocar, e carregar nos braços...

Suki:
- Eu mal posso esperar... - diz, encostando a cabeça no ombro dele, carinhosa.

Maianne Ribeiro:
- Em breve... - ele ri, secando o rosto. - Em breve...

Suki:
- Precisamos ver se a Leanne vai querer dar a luz em casa ou no hospital, e
preparar tudo para quando a hora chegar... - comenta.

Maianne Ribeiro:
- Mm... Ainda temos tempo pra essa decisão, mas é bom perguntar. - ele assente com
a cabeça.

Suki:
- Se ele for tão afobado quanto a mãe, temos menos tempo do que achamos. - brinca,
dando um risinho.

Maianne Ribeiro:
- Ora... Isso é bem verdade. - ri.

Suki:
- Mal posso esperar para sentir as mãozinhas dele... - diz, boba.
Maianne Ribeiro:
- ...ah, Setsuna, eu vou chorar de novo... - ele resmunga.

qualquersuki:
Suki:
- Não, por favor, eu não tenho mais lágrimas para chorar...! - pede, rindo sem
muita força.

Maianne Ribeiro:
- Nem eu. - ele suspira, passando a mão nos cabelos.

Suki:
- Vamos, então. Temos nossos afazeres para fazer. - diz, suave.

Maianne Ribeiro:
- Mm, vamos. - ele sorri, ficando de pé devagar com a esposa.

Suki:
Ela assente com a cabeça, guiando Mitsuo consigo.

qualquersuki:
Os dias seguintes seriam muito melhores do que qualquer um deles poderia imaginar.
Conforme a gravidez avançava, e a família acompanhava cada passo dela juntamente
com Leanne, o humor da garota melhorava cada vez mais. Mesmo quando o joelho começa
a ceder diante do aumento de peso e do frio, exigindo o uso constante de uma
joelheira de suporte, Mitsuo e Setsuna prontamente adaptam o salão de jantar para
mesas e cadeiras, poupando que ela precisasse se abaixar para se sentar no chão ou
que precisasse apoiar o corpo na articulação.

Aos poucos os treinos vão deixando de acontecer, e ela começa a se focar em magia e
no trabalho gráfico da Setsuna Express, sem que isso afete seu humor: manter-se
trabalhando, mesmo que carregando o laptop para cima e para baixo para poder fazê-
lo juntamente à família, era o suficiente para afastar os pensamentos ruins.

Não apenas isso; os passeios eram mais frequentes, e os móveis e utensílios


infantis que chegavam mantinham sempre o assunto vivo e divertido, como uma
novidade constante, a alegria e a expectativa de todos aumentando com o avanço da
gravidez.

Leanne optara por um parto natural em casa, para o medo e a preocupação dos pais,
fazendo com que todo o suporte médico - e possivelmente hospitalar - fosse
garantido conforme o dia se aproximava.

- Eu não aguento mais... - ela choraminga no abraço da mãe, suando frio e gemendo
de dor há algumas horas conforme as contrações pioravam em intensidade e
frequência. Mesmo com a presença técnica, com massagens e banhos e compressas, a
bruxa sofria enormemente com a dor e a tonteira, sem que Mitsuo desse sinais de
nascer apesar dos vários estímulos. - ...tira esse garoto de mim na força, por
favor... - pede, já rouca, quase sem voz.

- Calma, querida. Calma. - pede, afagando os cabelos dela, compreensiva, segurando-


os e prendendo-os em um coque para aliviar o incômodo do suor. - Tente respirar
junto com as contrações, não contra elas...

qualquersuki:
Maianne Ribeiro:
No dia do parto, Mitsuo optara por ficar do lado de fora com Chiaki, um distraindo
o outro enquanto tentavam ignorar a ansiedade. Já Ichiro ficara ao lado de Leanne,
a mão segurando a dela com firmeza.
- Ele é teimoso que nem você. - brinca, tentando aliviar a situação. - Mas ele já
tá vindo...

Suki:
- E-eu não aguento mais, Ichi... - insiste, a mão gelada molhada de suor sem forças
para segurar a mão dele.

- Jovem Shogun, vamos tentar um novo banho quente para aliviar as dores dela. - a
médica pede, se aproximando.

Maianne Ribeiro:
- C-certo... - ele murmura, ajudando a banhar Leanne, cuidadoso. "Tá demorando
demais..."

Suki:
A garota o acompanha, arqueada para frente, as mãos na barriga, o caminhar fazendo
com que sua respiração se tornasse mais dolorosa e irregular.

- Banheira... - pede, baixinho.

- Claro. Caso a criança comece a nascer, podemos movê-la para onde for melhor.

Maianne Ribeiro:
- Vem, eu te levo. - o rapaz murmura, guiando-a cuidadosamente.

Suki:
Ela assente fracamente com a cabeça, acompanhando-o a passos lentos e desajeitados,
entrando na banheira e se ajeitando dentro dela com dificuldade.

Maianne Ribeiro:
- Já vai passar. Eu prometo. - murmura, afagando o rosto dela.

qualquersuki:
Suki:
- Mm... - choraminga baixinho, fechando os olhos e inclinando o rosto na direção da
mão dele.

Maianne Ribeiro:
- Daqui a pouco você vai tar fazendo carinho no Micchi, vai ficar tudo bem. - ri,
continuando o carinho.

Suki:
- E-eu aguento... - diz, tentando esboçar um sorriso.

Maianne Ribeiro:
- Aguenta sim. Você é forte, e eu tô aqui pra te apoiar. - sorri.

Suki:
- Mm. Eu... eu aguento. Eu aguento... - repete, mais para si do que para ele.

Maianne Ribeiro:
- Aguenta. Mostra pro Micchi que você é mais forte que ele. - brinca.

Suki:
Ela assente com a cabeça várias vezes seguidas, a respiração mais rápida e dolorosa
antes que ela comece a gritar de dor, trincando os dentes quando tenta respirar.

- Ele está nascendo. - a médica avisa, após examinar Leanne, prontamente esvaziando
a banheira. - Jovem Shogun, ajude a sua esposa a se sentar na borda da banheira,
vamos precisar de espaço.

Maianne Ribeiro:
- Ele..! C-certo..! - o rapaz exclama, se apressando em ajudar Leanne, trêmulo.
"Lea..!"

qualquersuki:
Suki:
A garota se ajeita na borda da banheira, colocando os pés e o corpo como a médica
instruía, boa parte do próprio peso sendo apoiado no tronco de Ichiro que a apoiava
em pé atrás dela.

Pela primeira vez, o rapaz presenciava Leanne gritando a plenos pulmões, chorando e
arfando enquanto fazia força, tentando dar a luz ao filho dos dois...

Maianne Ribeiro:
"Pelos deuses, isso é sofrimento demais pra ela..!" ele estremece, mantendo a
garota perto de si, tentando lhe passar algum conforto...

Suki:
De repente tudo parece parar, o corpo de Leanne amolecendo e relaxando para trás
enquanto ofegava, os olhos fechados enquanto a cabeça pendia para o lado.

E então, o choro parece despertá-la da própria exaustão, entreabrindo os olhos para


ver o filho que estava nos braços da médica.

- É um menino lindo. - diz, gentil, entregando-o ainda sujo de sangue e com o


cordão umbilical nos braços de Leanne, que prontamente o envolve junto ao peito
carinhosamente.

Maianne Ribeiro:
Os olhos do rapaz se abrem de surpresa, os lábios formando um pequeno sorriso.
- É... é o Micchi... - ele sussurra baixinho, emocionado. - Tão pequeno...

Suki:
- V-vai... vai ficar imenso que nem a mãe... - diz enquanto encostava o rosto na
cabeça dele, boba, a voz fraca e rouca. - O nosso Micchi...

Maianne Ribeiro:
- V-vai.... vai sim... - ele ri, ignorando as lágrimas que escorriam pelo rosto. -
Grande e forte...

Suki:
- E-eu não tenho dúvidas... - responde, passando a mão pelos cabelos do filho para
limpar o sangue.

- Vamos encher um pouco a banheira para isso. - a médica orienta, gentil, fazendo
como falara.

Maianne Ribeiro:
- O p-primeiro banho dele... - ri, bobo.

qualquersuki:
Suki:
- Vê se... se aprende também... - Leanne pede, banhando o filho cuidadosamente,
seguindo as instruções da médica.

- Agora, eu acredito que precisamos de uma lâmina afiada que não seja meu bisturi.
- a mulher diz, encarando Ichiro.

Maianne Ribeiro:
- Eu tô aprend-- huh? Uma... uma lâmina..? - ele murmura, confuso.

Suki:
A médica assente com a cabeça.

- Cortar o cortão umbilical costuma ser um evento importante para o pai. - explica.

Maianne Ribeiro:
O rapaz hesita, e então assente com a cabeça.
- C-certo, claro! Consegue apoiá-la enquanto eu busco a lâmina?

Suki:
Ela assente com a cabeça, ajudando Leanne a entrar na banheira, cuidadosa.

- Uma bem bonita... - a bruxa resmunga.

Maianne Ribeiro:
- Claro. - ele ri, se afastando. O rapaz voltaria pouco depois com uma adaga
belíssima, a bainha reluzente lembrando as escamas de Mitsuo. - Nem precisei
insistir pra pegar essa aqui. - brinca, se aproximando.

Suki:
- Ele não quis vir junto...? - brinca, rindo baixinho, os olhos se abrindo em
surpresa com a beleza da adaga.

- Aqui. - murmura, colocando os dedos marcando exatamente onde Ichiro deveria


cortar.

Maianne Ribeiro:
- Ele tá segurando a Chiaki, que tá doida pra vir agarrar o sobrinho. - ri,
desembainhando a adaga. Com cuidado, o rapaz corta o cordão onde a mulher indicara,
a lâmina afiada.

Suki:
A médica sorri, cuidadosa, examinando Leanne mais uma vez antes de puxar a placenta
cuidadosamente, fazendo-a resmungar e se remexer.

- Eu vou carimbar como você me pediu, e levar o resto para congelar. - diz,
encarando Leanne. - Parabéns, mamãe.

Maianne Ribeiro:
- Carimbar e... congelar..? - ele murmura, sem entender, limpando a adaga antes de
guardá-la.

qualquersuki:
Suki:
- Mm. A gente... a gente fica com a imagem da placenta, como se fosse a árvore da
vida. - Leanne explica, se aconchegando melhor na água morna da banheira. - ...e
congelar é... é pra caso o Mitsuo tenha alguma doença rara, no futuro.

Maianne Ribeiro:
- Entendi... - murmura, sorrindo de leve, a mão afagando os cabelos dela.

Suki:
- Eu... eu pesquisei muito... - admite, cansada, fechando os olhos.
Maianne Ribeiro:
- Você é incrível. - sorri. - Agora descansa, vai. Você precisa.

Suki:
- Mm. Me leva pra cama e me seca...? - pede, exausta.

Maianne Ribeiro:
- Levo, levo sim. - diz, estendendo a toalha na cama antes de toma a garota nos
braços, cuidadoso, carregando-a.

Suki:
Ela resmunga baixinho quando Ichiro ergue seu corpo, mas não reclama de nada, se
deixando levar. Quando Leanne enfim sente o colchão sob seu corpo, ela suspira
aliviada.

- ...só me acorda se o Micchi chorar... - pede, colocando o filho no berço anexo à


cama, antes de se ajeitar ao lado dele.

Maianne Ribeiro:
- Eu aposto que ele te acorda antes de eu conseguir te acordar. - brinca, afagando
o rosto dela. - Eu vou ficar do seu lado, tá?

Suki:
- Mm...

- Normalmente eu peço que a cinta seja colocada de imediato, mas... podemos deixar
isso para quando ela acordar. - a médica diz, fechando uma caixa térmica.

Maianne Ribeiro:
- Quando ela acordar, então. Provavelmente só semana que vem. - brinca.

Suki:
- Talvez nunca. - Leanne choraminga.

Maianne Ribeiro:
- Precisa acordar pra ver o sorriso fofo do Micchi~

qualquersuki:
Suki:
- Ele ainda não sorri, Ichi... - resmunga.

Maianne Ribeiro:
- Sorri sim, ora!

Suki:
- Ichi...ro... - resmunga, adormecendo.

Maianne Ribeiro:
O rapaz sorri, continuando o carinho, um suspiro aliviado. "Vai ficar tudo bem..."

Suki:
Do lado de fora, Setsuna acalmava Mitsuo e Chiaki, insistindo que estava tudo bem
diante do silêncio quase completo do lado de dentro...

Maianne Ribeiro:
Depois de algum tempo, Ichiro deixa o quarto, sorrindo de leve.
- Nasceu, e é um fofinho~

- Eu quero veeeeeeeeeer! - Chiaki choraminga.


Suki:
- A sua irmã precisa de descanso, querida. - Setsuna diz, gentil, afagando os
cabelos da menina.

Maianne Ribeiro:
- Mas... mas...! E o Micchi?!

- O Micchi também. Nascer é difícil. - Ichiro ri. - Relaxa. Você vai ser a primeira
a ver eles depois, ok?

- ...tá... - resmunga.

Suki:
- Você pode trazer o café da manhã pra sua irmã amanhã. O que acha? - pergunta,
suave.

Maianne Ribeiro:
- Eu quero! - ela assente com a cabeça, sorrindo.

Suki:
- Perfeito. Ficamos combinados assim, então.

Maianne Ribeiro:
- Combinado. - ela ri, abraçando a mãe.

Suki:
- Pronto. Acalme seu coração. - pede.

Maianne Ribeiro:
- Tentando, mãe, tentando. - ela ri de leve. - Eu consigo esperar até amanhã!

Suki:
- Boa menina. - diz, afagando os cabelos dela.

Maianne Ribeiro:
- A melhor de todas. - brinca.

Suki:
- A melhor de todas. - concorda.

Maianne Ribeiro:
Chiaki ri, apertando o abraço, boba.

- Eu vou voltar pra ficar com a Lea. Mais tarde eu saio pra comer alguma coisa. -
Ichiro sorri.

qualquersuki:
Suki:
- Cuide bem da sua irmã. - Setsuna pede, gentil.

Maianne Ribeiro:
- Não se preocupe, mãe. Eu cuido direitinho dela. - ele sorri de leve, voltando pra
dentro do quarto.

Suki:
- Assim espero... - Setsuna comenta, baixinho.

Maianne Ribeiro:
Mitsuo suspira, passando a mão nos cabelos.
- Vamos descansar também. Nós precisamos.

Suki:
- Todos nós. Essas últimas horas foram uma tortura. - e suspira.

Maianne Ribeiro:
- Eu não tô cansada. - Chiaki resmunga.

- ...você diz isso, mas vai apagar assim que deitar na cama. - o homem suspira.

Suki:
- Acredito que todos nós, querido. - e ri baixinho.

Maianne Ribeiro:
- A mais pura verdade. - o homem suspira outra vez.

Suki:
- Vamos, vamos. Os dias serão agitados a partir de hoje.

Maianne Ribeiro:
- Bastante. Um bebê sempre muda tudo. - sorri.

Suki:
- Mal posso esperar... - Setsuna admite, empolgada.

Maianne Ribeiro:
- Mm. Nosso primeiro neto... - sorri, bobo.

Suki:
- Nosso primeiro neto... - repete, o sorriso espelhando o dele.

Maianne Ribeiro:
O homem afaga a mão de Setsuna enquanto acompanhava Chiaki até o quarto. Como
esperado, a garota logo cai no sono, o casal se retirando pros próprios aposentos.

Suki:
Já era quase de manhã quando o choro de Mitsuo ecoa pelo quarto, fazendo Leanne
resmungar baixinho e se sentar na cama, ainda desorientada.

Maianne Ribeiro:
- Bom dia. - Ichiro resmunga, esfregando os olhos. - Alguém acordou feliz...

qualquersuki:
Suki:
- Nnnrgh... - reclama, puxando o filho para si para amamentar, os olhos ainda quase
totalmente fechados.

Maianne Ribeiro:
- Eu te ajudaria, se pudesse. - ele ri, sem jeito, puxando a garota pra si,
apoiando-a, cuidadoso.

Suki:
- Não tem como ainda... - murmura, ajeitando o bebê em seu colo que prontamente
começa a mamar.

Maianne Ribeiro:
- No futuro, no futuro. - ele ri de leve.
Suki:
- Depois a gente vê isso. - resmunga, apoiada em Ichiro.

Maianne Ribeiro:
- Sim, depois. - ele ri de leve, mantendo-a perto de si.

Suki:
- Eu não imaginei que fosse incomodar tanto ter uma boca no meu peito... -
reclama.

Maianne Ribeiro:
- ...desculpa? - ele ri, sem jeito.

Suki:
- Vai ser o nosso único filho. - avisa.

Maianne Ribeiro:
- O único, sem problema. - ri.

Suki:
- Pode cortar aí o que tem que cortar. - brinca, sem muita força.

Maianne Ribeiro:
- Eu vejo isso, prometo. - ri.

Suki:
- Obrigada. - e ri também.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - sorri, beijando o rosto dela.

Suki:
- Faz de novo... - pede, manhosa.

Maianne Ribeiro:
- Quantas vezes quiser. - ele sorri, beijando-a de novo.

Suki:
- Obrigada.... - murmura baixinho.

Maianne Ribeiro:
- De nada, amor. - sorri, carinhoso.

Suki:
- ....repete. - pede baixinho.

Maianne Ribeiro:
- De nada, amor~

qualquersuki:
Suki:
Isso faz Leanne rir baixinho, boba, se aconchegando melhor com ele.

Maianne Ribeiro:
O rapaz sorri, apertando o abraço de leve.
- Ele é uma fofurinha...

Suki:
- Mm... Tão pequeno e frágil e bochechudo...
Maianne Ribeiro:
- Bochechudo mesmo. - ri, bobo. - Dá vontade de apertar...

Suki:
- A Chiaki vai precisar se segurar. - e dá um risinho.

Maianne Ribeiro:
- Vai mesmo, senão ela vai querer ficar agarrando ele o dia todo!

Suki:
- Oh, céus... - brinca.

Maianne Ribeiro:
- Mas aposto que ela não vai querer trocar uma fralda. - provoca.

Suki:
- Eu já falei pra ela que vai ter que ajudar, senão não vai poder ficar de mimo~

Maianne Ribeiro:
- Isso mesmo. - ele ri de leve. - Tem que ajudar!

Suki:
- O papai e a mamãe que não podem saber disso. - brinca.

Maianne Ribeiro:
- Por que não? - ri.

Suki:
- Porque vai parecer que estamos nos aproveitando dela. - explica, ajeitando Mitsuo
nos braços para balançá-lo, dando leves tapas em suas costas. - Pega a bolsa de
fralda dele pra mim, por favor, falando nisso?

Maianne Ribeiro:
- Ah, a gente não tá se aproveitando dela, eles sabem. - o rapaz ri de leve, indo
pegar a bolsa como Leanne pedira.

Suki:
- Não tá se aproveitando ainda. - brinca.

Maianne Ribeiro:
- ...só um pouquinho talvez~

Suki:
- Só um pouquinho. - brinca, colocando a manta de Mitsuo sobre a cama antes de
ajeitá-lo cuidadosamente, colocando a fralda com um pouco de dificuldade, ainda
cansada...

Maianne Ribeiro:
- Quer que eu segure ele um pouco..? - murmura.

qualquersuki:
Suki:
- Vou precisar que sim, enquanto eu coloco a cinta... - murmura, enrolando o filho
na manta com cuidado antes de entregá-lo para Ichiro. - Lembra de apoiar a cabeça
dele, que ele é novo demais pra sustentar.

Maianne Ribeiro:
- Deixa comigo. - ele sorri, bobo, pegando o bebê com cuidado, o toque delicado.
"Ele é tão pequenininho..."

Suki:
- Tenta fazer ele dormir. - pede, se levantando para se vestir.

Maianne Ribeiro:
- Fazer ele dormir? C-certo, vou tentar..! - ele assente com a cabeça, ninando o
menino, cuidadoso.

Suki:
O bebê resmunga baixinho, mas aos poucos vai se silenciando, adormecendo devagar...

- Espero que ele continue bonzinho assim... - Leanne murmura, baixinho, ao se


aproximar novamente da cama usando a cinta e um vestido.

Maianne Ribeiro:
- Tomara. - ele sorri, derretido, mantendo o menino perto de si.

Suki:
- Mm. Eu vou dormir mais um pouco, você se importa...? - pergunta baixinho,
beijando a cabeça de Mitsuo delicadamente. - Eu ainda me sinto mole.

Maianne Ribeiro:
- Descanse o quanto precisar. Eu fico com o Micchi enquanto isso. - sorri, gentil.

Suki:
- Obrigada. Não esquece de colocar ele de volta no bercinho daqui a pouco. - pede,
bocejando de leve antes de se ajeitar na cama novamente, encolhida.

Maianne Ribeiro:
- Daqui a pouco. Eu quero ficar com ele assim mais um pouco. - ri, bobo.

Suki:
- Aproveitar que ele finalmente saiu de mim, né. - brinca.

Maianne Ribeiro:
- Só um pouquinho. - ri.

Suki:
- Vamos ter muitos anos com ele fora de mim. - diz, baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Muitos e muitos anos. - ele sorri, derretido.

Suki:
- Mal posso esperar...

Maianne Ribeiro:
- Vai ser incrível. - sorri. - Mas por ora, descansa.

qualquersuki:
Suki:
- Pode deixar. Depois coloca ele no berço. - pede, puxando o travesseiro de Ichiro
para abraçar.

Maianne Ribeiro:
- Coloco sim, relaxa. - sorri.

Suki:
- Mmm. Boa noite, Ichi e Micchi~

Maianne Ribeiro:
- Boa noite. - ri, bobo, mantendo o filho perto de si.

Suki:
Isso faz Leanne rir baixinho, se aconchegando, antes de cair no sono pouco depois,
encolhida e exausta...

Maianne Ribeiro:
O rapaz ficaria mais algum tempo com o filho antes de deitá-lo no berço, cuidadoso.
"Meus amores..."

Na manhã seguinte, Chiaki acordaria cedo, preparando o café da manhã pra toda a
família - mas especialmente pra Ichiro e Leanne, a garota levando a bandeja até o
quarto dos dois.
- Bom diiiia!

Suki:
- ...nnnngh... Não fala alto... - Leanne resmunga, atrapalhada, se encolhendo um
pouco mais.

Maianne Ribeiro:
- D-desculpa! - ela sussurra, corando.

Suki:
Ela resmunga mais um pouco, apertando o abraço ao redor do travesseiro de Ichiro
antes de colocar um dos braços para trás para acordá-lo, balançando-o de leve.

Maianne Ribeiro:
O rapaz resmunga baixinho, esfregando os olhos.
- Bom dia... - sussurra.

Suki:
- Chiaki trouxe comida... - murmura, ainda balançando Ichiro.

Maianne Ribeiro:
- Comida, é? Quero. - ele ri de leve, se sentando.

- Trouxe sim. - sorri, boba. - Cadê o Micchi?

Suki:
- Aqui no berço, enrolado na mantinha dele. - explica. - Mas fala baixinho, tá? -
pede.

Maianne Ribeiro:
- Bem baixinho, bem baixinho! - ela ri de leve, assentindo com a cabeça. A garota
coloca a bandeja sobre a mesa antes de ir até o berço, boba, observando o sobrinho.

Suki:
O bebê dormia pesadamente, confortável, alheio à presença de Chiaki ou ao cheiro de
comida...

- Você quem fez? - pergunta baixinho. - Tá uma delícia~

Maianne Ribeiro:
- Fiz sim. - ela assente com a cabeça. - Aw, ele é tão pequenininho..!

- Menor que você, um milagre. - Ichiro provoca, indo sentar à mesa.


qualquersuki:
Suki:
- Que bom que é pequeno, porque já foi doloroso o suficiente pra sair, imagina se
fosse maior. - Leanne dá um risinho nervoso.

Maianne Ribeiro:
- Oh. Verdade. - a menina estremece.

Suki:
- Não quero nem lembrar. - sussurra.

Maianne Ribeiro:
- M-mas já foi. Certo? Não vai ter mais!

Suki:
- Não, não mesmo. Filho nenhum, nunca mais. - ela nega com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Um tá bom. - ela ri, sem jeito.

- Já comeu, ou vai comer com a gente? - Ichiro pergunta.

- Vou comer com vocês. - a menina sorri, boba.

Suki:
- Então vem, antes que eu devore tudo. - brinca.

Maianne Ribeiro:
- E-ei, não, tudo não! - ela reclama, correndo pra sentar à mesa.

Suki:
- Então come enquanto tem~

Maianne Ribeiro:
- Comendo, comendo! - ela ri de leve, começando a comer.

Suki:
- Boa garota. Eu não vou ter como cuidar tanto de você, agora, então não me dê
preocupação~ - provoca.

Maianne Ribeiro:
- Eu me comporto, prometo. - ri, boba.

Suki:
- Boa menina. - diz, afagando os cabelos dela.

Maianne Ribeiro:
- A melhor de todas!

Suki:
- A melhor de todas. Sim. - e ri baixinho.

Maianne Ribeiro:
Ela sorri, boba, terminando de comer.
- Deixa que eu levo a bandeja de volta. - diz. - Cuida do Micchi!

Suki:
- Obrigada, Chiaki. Eu vou voltar a descansar enquanto isso. - diz, boba.
Maianne Ribeiro:
- Tudo bem. - a menina sorri, indo dar um beijo no rosto da irmã. - Bom descanso!

qualquersuki:
Suki:
- Obrigada, irmãzinha. Bom treino pra você!

Maianne Ribeiro:
- Obrigada! - ela ri, boba, indo até o berço. - Tchau, Micchi! - a menina sussurra
baixinho, antes de se afastar.

Suki:
Isso faz Leanne rir baixinho.

- É quase uma competição de fofura.

Maianne Ribeiro:
- É fofura demais, mesmo. - Ichiro ri de leve.

Suki:
- Nossos corações que aguentem~

Maianne Ribeiro:
- A gente sobrevive... eu acho. - ri.

Suki:
- Sobrevivemos sim. Eu sobrevivi ao parto~

Maianne Ribeiro:
- Verdade. - ele ri baixinho. - Ainda bem.

Suki:
- Nem me fale. - e ri baixinho, acompanhando o noivo.

Maianne Ribeiro:
- Mais descanso? - sorri, guiando-a de volta pra cama.

Suki:
- Por favor. Não vai demorar pra esse dragãozinho voltar a chorar e a querer peito.
- brinca.

Maianne Ribeiro:
- Dragãozinho carente. - brinca, afagando os cabelos dela.

Suki:
- E vai continuar sendo por alguns bons anos. - diz, baixinho, aproveitando o
carinho.

Maianne Ribeiro:
- Vai, vai sim. E nós dois vamos cuidar dele. - sorri.

Suki:
- Nós cinco. - e pisca um dos olhos.

Maianne Ribeiro:
- Nós cinco, claro. - ele ri baixinho.

qualquersuki:
Suki:
- A melhor família do mundo... - diz, boba.

Maianne Ribeiro:
- A melhor mesmo. - sorri, bobo, beijando-a de leve.

Suki:
- Mm. Fica melhor ainda quando você me beija assim. - admite, baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Posso beijar mais vezes. - ri.

Suki:
- ...gostei dessa parte~

Maianne Ribeiro:
- Beijo mais vezes então. - ri, beijando-a de novo.

Suki:
- Ah, como eu te amo... - ela suspira, apaixonada.

Maianne Ribeiro:
- Eu também te amo. Muito. - sorri, carinhoso, abraçando-a.

Suki:
- Fica assim comigo... - pede, manhosa.

Maianne Ribeiro:
- O tempo que quiser. - sorri.

Suki:
- Por toda a eternidade...? - sussurra.

Maianne Ribeiro:
- Adoraria, mas o Micchi vai chorar daqui a pouco, aposto. - ri.

Suki:
- Ah, não, Ichiro, nem brinca... - reclama.

Maianne Ribeiro:
- Desculpa, desculpa. - ri, afagando os cabelos dela.

Suki:
- Ele mal nasceu e eu já cansei... - brinca.

Maianne Ribeiro:
- Você cansou com o parto, afinal. - ri.

Suki:
- Nunca mais. Nunca mais. - e ri.

Maianne Ribeiro:
- Nunca mais, prometo. - ele ri baixinho.

Suki:
Ela assente com a cabeça, suspirando baixinho antes de tentar voltar a dormir...

Maianne Ribeiro:
O rapaz apenas continua afagando os cabelos da garota, descansando ao lado dela...
qualquersuki:
Suki:
Os dias seguintes seriam muito parecidos, entre cuidados e carinhos entre si... E
com o bebê recém nascido, claro.

Por mais difícil que fosse amamentar, com as horas de sono constantemente
interrompidas pelo choro do bebê, Leanne estava sempre risonha e bem humorada, não
demorando a carregar Mitsuo consigo para cima e para baixo - fosse em um sling,
fosse no carrinho de bebê.

...até ele começar a andar, claro. E a tirar tudo do lugar, bagunçando cômodos e
mais cômodos, os brinquedos jogados de um lado para o outro, mas sempre de uma
maneira que Leanne e Ichiro contornavam, mantendo a leveza da infância para o filho
que criavam.

Assim que possível, Leanne voltaria aos treinos e aos cuidados com Setsuna Express,
ocupada demais entre as próprias funções para se preocupar com os confrontos
externos ou com o avanço silencioso da Inquisição...

Maianne Ribeiro:
A família logo se adapta à nova rotina com o pequeno Micchi, Chiaki frequentemente
brincando com o menino, adorando os deveres de tia, enquanto Ichiro se mantinha um
pai presente e ativo. Mitsuo, apesar de ocupado, sempre tirava um tempo pra passar
com o neto, o sorriso sempre tranquilo no rosto enquanto brincava com ele.

O clima de paz ajudava a abafar os acontecimentos externos. A Inquisição se fazia


cada vez mais presente, e apesar de não ter tanto poder ou influência, começava a
se espalhar e dominar território, o que causava mais e mais problemas pra Mitsuo.
Era frequente vê-lo retornar com marcas de batalha, apesar do homem sempre dizer
que estava tudo bem, tentando não preocupar a família.

Porém, num certo dia, Mitsuo não retornaria a tempo do jantar. Uma, duas, várias
horas se passam, até que o homem enfim apareça na entrada da casa, praticamente se
arrastando pra dentro. Estava encharcado de sangue, a respiração entrecortada,
fraca. "Eu preciso... Aguentar..."

qualquersuki:
Suki:
Setsuna mantinha-se em silêncio, tendo conseguido tirar alguns fragmentos de
informação do marido, sem ousar verbalizar qualquer coisa para os filhos, mesmo
suspeitando que Ichiro já soubesse dos acontecimentos e - assim como os pais -
estivesse tentando escondê-los de Leanne e Micchi.

- MITSUO! - ela grita, correndo de imediato na direção dele, apavorada. - CHAMEM A


LEANNE E O ICHIRO AGORA!

Maianne Ribeiro:
- S... Setsuna... - ele sussurra, esboçando um sorriso fraco. - Minha... Q-
querida...

Suki:
- Poupe suas forças. Poupe sua energia! - pede, amedrontada, as mãos trêmulas
tentando apoiá-lo, estancar os ferimentos.... Mantê-lo vivo.

Maianne Ribeiro:
Ele balança a cabeça, fraco.
- Não... Não deixe a L-Leanne ouvir... - sussurra.
Suki:
- Não--- Meu amor, não...! Nós precisamos dela aqui, nós precisamos da cura dela,
das Arcanas dela...! - responde, comprimindo um dos ferimentos dele, o rosto pálido
ao perceber que o sangramento não diminuía.

"Não, meu amor, não me deixe....!"

Maianne Ribeiro:
- Não... Eu v-vou poupá-la d-dessa dor...

-=-

- Ichiro-Sama, Leanne-Sama! O líder Mitsuo voltou! - um rapaz avisa, a voz agitada.

- Voltou?! - Ichiro sorri, aliviado, se levantando de imediato. - Fica com o


Micchi, eu volto já! - e se afasta.

Suki:
- Não demora...! - Leanne pede, levando uma das mãos ao peito, aliviada.

"Tem alguma coisa errada..."

-=-

- Não, meu amor, por favor...! Nós não podemos te perder, _por favor!_

Maianne Ribeiro:
- ...ah, querida... - ele sorri, segurando a mão dela. - Nós sabíamos que... Que
esse d-dia ia chegar...

Suki:
- Não... Não assim, não ainda...! - implora, as lágrimas escorrendo pelo rosto em
abundância enquanto segurava a mão dele de volta, a outra mão ainda tentando conter
o sangramento.

Maianne Ribeiro:
- ...me perdoe, querida...

- ...pai..? - Ichiro sussurra, empalidecendo ao ver o estado do homem, travando na


porta. "Não, não, não..!"

qualquersuki:
Suki:
- Ichiro...! Onde está a sua irmã?! - pergunta, encarando-o. - EU MANDEI CHAMAREM A
LEANNE! - vocifera, a voz desafinando.

Maianne Ribeiro:
- E-ela... Ela tá com o Micchi... - sussurra.

- ...não... - Mitsuo insiste, balançando a cabeça. - ...a... A Caroline... Está na


cidade. Protejam a L-Leanne...

Suki:
- A--! Foi ela, não foi?! Essa mulher quase nos tirou a nossa filha, eu não vou
permitir que ela nos tire você também...!

Maianne Ribeiro:
- Foi. Ela... Ela é poderosa d-demais, Setsuna... Ela n-não pode... Não pode s-
saber da... Da Leanne... Protejam...
O homem estremece, os lábios formando um sorriso.
- Eu... Eu a-amo vocês... - sussurra, os olhos se fechando.

Suki:
O grito de Setsuna corta a noite, cheio de dor e desespero quando o marido se vai,
o choro igualmente alto e doloroso...

-=-

"Me perdoem.", Leanne pensava, arrumando as próprias coisas e as do filho com magia
enquanto escrevia uma carta se despedindo da família, explicando que iria se
esconder com o filho para a proteção dos dois...

....e de todos os outros. No final, pedia desculpas pelo sacrifício do patriarca,


dizendo o quanto amava a família, antes de se despedir.

"...espero poder revê-los em breve."

- Avach Ehwaz. - e desaparece, levando Mitsuo e as coisas de ambos consigo.

Maianne Ribeiro:
A perda de Mitsuo somada com o desaparecimento de Leanne e Micchi deixariam marcas
profundas em Ichiro. A responsabilidade da família caíra em seus ombros, o rapaz se
desdobrando pra fazer o trabalho do pai, e apenas as cartas ocasionais que Salem
trazia eram capazes de dar alguma leveza ao coração do rapaz, dando a certeza de
que ao menos a garota e o filho estavam bem...

qualquersuki:
Suki:
No início, as cartas eram muito pouco frequentes. Conforme o tempo - e a dor -
passavam, porém, os envelopes se tornam mais e mais frequentes. Mais coloridos. Em
maior quantidade, para Chiaki e Setsuna também, com presentes e quitutes, e até
mesmo com rabiscos de Mitsuo enquanto Leanne tentava reduzir a distância entre ela,
o filho, e o resto da família.

Até que um dia uma nova caligrafia surge, em inglês, enquanto Bartolomeu se
apresentava para Ichiro.

Bartolomeu Rodgers, pai de Leanne, ressuscitado por magia, explicando que a garota
tentara trazer o patriarca Yuuji de volta, sem sucesso, e o quanto isso a havia
deprimido.

"Vou cuidar dela da melhor forma possível, mas achei importante me apresentar e
justificar a ausência da Leanne nos próximos dias.

Espero poder te conhecer pessoalmente em breve."

Maianne Ribeiro:
- O... O pai dela..? - Ichiro sussurra, incrédulo, encarando a carta, sem saber
como reagir. Bartolomeu estava morto, então... Como? Ressuscitado? Isso era
impossível...

...não era..?

Suki:
As dúvidas de Ichiro seriam sanadas nas cartas seguintes, sempre respondidas por
Bartolomeu e entregues por Salem.
O familiar, mesmo quando questionado, se recusava a dizer a localização da família,
insistindo que Leanne estava "em boas mãos" apesar da ausência da garota que se
arrastava há vários e vários dias.

E então, em um dos dias combinados, nem mesmo Salem aparece.

Maianne Ribeiro:
"Tem algo errado. Tem algo muito errado..." Ichiro pensa, ajeitando a jaqueta no
corpo enquanto saía da mansão. Mesmo sem pistas, ele precisava dar um jeito de
encontrar Leanne...

qualquersuki:
Suki:
E antes que ele sequer conseguisse sair, um dos guardas se aproximaria, afobado.

- Shogun-sama. - diz, respeitoso, fazendo uma mesura. - Tem um estrangeiro exigindo


falar com o senhor nos portões. Ele está com uma criança que diz ser Mitsuo, seu
filho.

Maianne Ribeiro:
Os olhos de Ichiro se abrem em surpresa, o rapaz logo se recompondo, assentindo com
a cabeça.
- Estou indo de imediato. - diz, caminhando até o portão. "Que seja o
Bartolomeu..."

Suki:
O estrangeiro carregava Mitsuo nos braços carinhosamente, o garoto encolhido e
agarrado em suas roupas. Assim que ele vê Ichiro, porém, se debate até ser colocado
no chão, correndo para agarrar sua perna.

- Papai...!

Maianne Ribeiro:
- Filho..! - ele sorri, agachando pra afagar os cabelos do menino, os olhos se
enchendo de lágrimas. "É ele..!"

Suki:
- Pai...! Papai...! - ele chora e grita, se agarrando no mais velho. - Pegaram a
mamãe...!

Maianne Ribeiro:
- ...quê? - sussurra, estremecendo. - Quem pegou a sua mãe..?

Suki:
- Os soldados! Uma mulher alta e um homem careca!

Maianne Ribeiro:
Ele estremece, engolindo em seco. "Merda."
- Nós vamos trazer a sua mãe de volta. - sussurra, tomando o filho nos braços e
ficando de pé antes de encarar o estrangeiro. - Bartolomeu, eu presumo.

Suki:
- 'Eu ouvi meu nome.' - murmura, assentindo com a cabeça e estendendo a mão para
ele. - 'O Micchi teleportou para casa chorando, e quando a Leanne e o Salem não
apareceram, eu achei melhor te procurar.'

Maianne Ribeiro:
- 'Teleportou?' - o rapaz franze a testa. - 'Me conte tudo o que sabe, por favor.'
qualquersuki:
Suki:
O homem assente com a cabeça.

- 'O pequeno Micchi carregava um colar com uma runa de segurança. Imagino que a
Leanne tenha ativado a magia quando percebeu que eles estavam em perigo.' -
explica, passando a mão pelos cabelos, visivelmente inquieto. - 'E só tem uma coisa
que seria perigo para a minha filha, e é a mãe dela.'

Maianne Ribeiro:
- '...É o que eu temia.' - ele engole em seco. - 'Entre. Nós precisamos discutir o
que fazer daqui pra frente.'

Suki:
- 'Eu não conheço muito da cidade, então não me arrisquei a investigar sozinho. Meu
objetivo era trazer o Mitsuo para você, antes de qualquer coisa, para garantir a
segurança dele.'

Maianne Ribeiro:
- 'Ele vai estar seguro aqui, isso eu garanto.'

Suki:
- 'Eu tenho certeza que sim. O Salem me contou sobre os reforços na segurança.'

Maianne Ribeiro:
Ichiro assente com a cabeça, guiando Bartolomeu pra dentro. Ao chegarem na sala,
ele coloca Mitsuo no chão, cuidadoso.
- Ainds lembra onde ficam os quartos? Vá procurar sua avó ou a Chiaki. - ele
murmura, gentil. - O papai precisa conversar mais com o Bartolomeu.

Suki:
- Eu... Eu não quero ir... - choraminga, se agarrando em Ichiro de imediato, ainda
amedrontado.

Maianne Ribeiro:
- ...tudo bem. Fica com o papai então. - ele sussurra, beijando os cabelos do filho
e tomando-o no colo outra vez antes de voltar a guiar Bartolomeu, indo até uma das
salas de reunião.

Suki:
- 'Aqui é bem diferente do que eu imaginava.' - comenta, acompanhando-o enquanto
observava tudo ao redor, curioso. - 'A parte interna da construção parece
visualmente frágil. Agora eu entendo a preocupação da Leanne.'

Maianne Ribeiro:
- 'Frágil?' - ele franze a testa. - 'Como assim?'

Suki:
- 'O material parece frágil.' - explica. - 'Eu sei que é só uma impressão tola, mas
ainda é surpreendente.'

Maianne Ribeiro:
- 'Mm. Eu garanto que a construção é bem firme.' - ele assente com a cabeça.

qualquersuki:
Suki:
- 'Eu acredito que sim.'

"Mas não tão firme quanto as paredes do quartel, eu tenho certeza."


Maianne Ribeiro:
O rapaz suspira, entrando na sala de reunião e sentando em uma das cadeiras, uma
das mãos afagando os cabelos de Mitsuo.
- 'Pode se sentar. Fique à vontade.'

Suki:
O garoto continuava agarrado nas vestes dele, choroso e trêmulo, o medo e a saudade
impedindo-o de pensar ou falar qualquer coisa...

- 'Obrigado.' - ele suspira, se ajeitando em uma das cadeiras, cuidadoso com os


próprios joelhos.

Maianne Ribeiro:
- 'Há quanto tempo a Leanne desapareceu?' - Ichiro pergunta. - 'Sabe pra onde ela
foi levada?'

Suki:
- 'Alguns dias. Dois, talvez três.' - responde, balançando a cabeça negativamente.
- '...mas imagino que tenha sido levada para ser exorcisada.'

Maianne Ribeiro:
- 'É o que eu temia.' - ele sussurra, abraçando o filho com um pouco mais de
firmeza. - 'Eu não sei se temos tempo antes do exorcismo, ou se já...'

Suki:
- 'Eu também não sei. Mas a essa altura, imagino que já tenha acontecido. A
Caroline gosta de ser eficiente.'

Maianne Ribeiro:
- 'E exorcismos não são reversiveis.' - ele engole em seco.

Suki:
- '...mm. Não que eu saiba, não são.' - murmura, massageando a ponte do nariz,
preocupado.

Maianne Ribeiro:
"Merda..!"
- 'Eu vou pedir pra arrumarem um dos quartos de hóspedes pra você. Minha intenção é
continuar procurando pela Leanne, enquanto tento encontrar uma solução pro
exorcismo.'

Suki:
- 'Eu posso pesquisar sobre o exorcismo. Ela disse que boa parte dos meus livros
estão aqui, não estão?'

Maianne Ribeiro:
- 'Sim, estão. A Leanne trouxe com ela.'

Suki:
- 'Ótimo. Eu vou começar a estudar de imediato.' - ele assente com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- 'Obrigado, Bartolomeu.' - ele suspira, ficando de pé. - 'Eu vou pedir pra te
levarem pro laboratório da Leanne. Vai lhe ser útil.'

qualquersuki:
Suki:
- 'Não tenho dúvidas.' - diz, ficando de pé. - 'Eu não sei quanto tempo vou demorar
até encontrar uma cura, mas... Eu sei que consigo.'

Maianne Ribeiro:
- 'Por favor. Nós precisamos dessa cura.' - murmura.

Suki:
- 'Não se preocupe.'

Maianne Ribeiro:
Ichiro suspira, chamando um dos empregados no corredor.
- 'Acompanhe o Bartolomeu até o laboratório da Leanne.' - pede.

Suki:
- Sim, senhor. De imediato. - diz, fazendo uma mesura, antes de repetir o gesto com
Bartolomeu. - 'Me siga, por favor.' - pede, guiando o caminho.

- O vô vai embora também...?! - pergunta baixinho, amedrontado.

Maianne Ribeiro:
- Não, não vai. Ele vai estudar, só isso. - o rapaz sorri, afagando os cabelos de
Mitsuo. - E nós vamos passar o resto do dia juntinhos.

Suki:
- M-mesmo...? E-eu tô com saudades, mas... Mas... - ele choraminga, os olhos se
enchendo de lágrimas.

Maianne Ribeiro:
- Mas..? - ele pergunta, continuando o carinho.

Suki:
- M-mas é perigoso... - diz, baixinho. - E a gente precisa achar a mamãe...

Maianne Ribeiro:
- Não é perigoso aqui dentro. - diz. - Nós vamos procurar a mamãe, eu prometo.

Suki:
- Jura...? Jura pela carpa...? - pede, erguendo o mindinho, a mão trêmula.

Maianne Ribeiro:
- Pela... - ele solta um risinho emocionado, selando a promessa com o filho. - Juro
pela carpa, sim...

Suki:
- Mm. Mamãe disse que não pode mentir nisso. Você não tá mentindo, né?

Maianne Ribeiro:
- Não, não tô. Eu jamais mentiria assim. - sorri.

Suki:
- Mm. Eu confio. Mamãe confia. Vovô também!

Maianne Ribeiro:
- Ótimo. Bom menino. - ele sorri, gentil. - Vamos ver a vovó e a tia Chiaki? Elas
vão ficar felizes em te ver de novo.

Suki:
- Vovó...! Nee-san! - diz, bobo.

Maianne Ribeiro:
- Isso mesmo. - ele ri de leve, indo procurar Setsuna.

qualquersuki:
Suki:
A mulher estava no escritório, balançando-se de leve na cadeira. Desde o
acontecimento de dois anos atrás, insistira para ajudar o filho com as empresas,
deixando os trabalhos da família apenas para ele...

Maianne Ribeiro:
- Com licença, mãe. - o rapaz sorri, entrando no escritório. - Trouxe uma pessoa
muito importante pra te ver.

Suki:
- Uma--

- VOVÓ! VOVÓ! - o garoto grita, chorando, se debatendo para ir para o chão.

O queixo de Setsuna cai de imediato antes que a mulher se levante e corra até os
dois, abraçando-os desajeitadamente.

- Micchi...! Ah, meu querido, meu querido e amado Mitsuo, eu não acredito...! -
chora, praticamente desabando, a voz desafinando ao falar o nome do neto e do
falecido marido. - Eu mal consigo acreditar que vocês voltaram...!

Maianne Ribeiro:
- É o Micchi... - ele sorri, abraçando a mãe gentilmente, apoiando-a. - Ele voltou,
mãe...

Suki:
- Eu não acredito, depois de anos, finalmente...! - ela chora, agarrada neles. - Eu
senti tanta falta de você e da sua mãe, meu pequeno, tanta, tanta falta...!

- Eu também, vovó, eu também...! - ele chora, os bracinhos afagando o rosto dela.

Maianne Ribeiro:
"Quando ela souber da Leanne..." pensa, disfarçando a preocupação.
- Ele vai voltar a morar com a gente. - murmura. - Nós vamos cuidar dele.

Suki:
- Mesmo?! Pelos céus, finalmente...! - ela ri, boba, abraçando o neto com mais
força.

Maianne Ribeiro:
- Mesmo. - sorri. - Vai poder fazer cafuné nele todo dia.

Suki:
- Cafuné! - comemora, bobo.

- Muito cafuné, pra você e pra sua mãe! - diz, boba, recuando um passo para olhar
ao redor. - ...onde ela está, inclusive? Mal posso esperar para puxar aquela
orelha!

Maianne Ribeiro:
Ichiro suspira, desviando o olhar.
- Ela foi levada pelo exército.

Suki:
Todo o sangue foge do rosto de Setsuna, a mulher tremendo como se fosse desmaiar.
- ...a minha filha foi _o quê_? - pergunta, um mero fio de voz escapando.

Maianne Ribeiro:
- Nós vamos tirá-la de lá. Eu prometo, mãe. - murmura.

qualquersuki:
Suki:
A mulher dá um riso fraco, triste e apavorado.

- Ninguém... Ninguém sai do exército, Ichiro...

Maianne Ribeiro:
- Ela vai sair. A gente vai dar um jeito.

Suki:
Ela nega com a cabeça, fraca, se apoiando na mesa para não desabar.

- Eu... Eu preciso voltar ao trabalho. - diz, os olhos cheios de lágrimas. "Meu


Mitsuo, e agora a minha filha...!" - Peça um chá para mim, por favor.

Maianne Ribeiro:
- Claro, mãe. - ele sussurra, beijando a testa dela. - Nós te amamos.

Suki:
- I wovi iu, baa-san! - Mitsuo diz, manhoso.

Maianne Ribeiro:
- Aí, viu? Ele também te ama. - Ichiro ri de leve.

Suki:
Isso arranca um risinho sincero de Setsuna, que seca o rosto delicadamente antes de
se sentar.

- I love you too, Micchi~

Maianne Ribeiro:
- Eu vou levar ele pra ver a Chiaki. O Bartolomeu está no laboratório da Leanne,
estudando como trazê-la de volta.

Suki:
- Mm. Vou pedir que levem chá e comida para ele, sendo assim. Ele também vai ficar
conosco?

Maianne Ribeiro:
- Vai, vai sim. - ele assente com a cabeça. - Obrigado, mãe.

Suki:
- De nada. Preciso providenciar roupas para os dois? - pergunta, hesitando por um
momento

Maianne Ribeiro:
- Eles não trouxeram malas, então sim, por favor. - ele pede.

qualquersuki:
Suki:
Ela assente com a cabeça.

- O Bartolomeu é da altura da Leanne, imagino? - pergunta, hesitante.


Maianne Ribeiro:
- Mais alto, e bem forte também. - suspira. - É uma boa ideia mandar alguém lá pra
tirar medidas.

Suki:
- Oh. Tudo bem. - ela assente com a cabeça. - Vai ser difícil conseguir roupas para
ele, sendo assim.

Maianne Ribeiro:
- Vai, vai sim. - suspira.

Suki:
- Não é melhor trazer as roupas deles da casa onde estavam? - pergunta.

Maianne Ribeiro:
- É, talvez seja melhor. Eu vou perguntar o endereço, ou pedir que ele traga.

Suki:
Ela assente com a cabeça.

- Podemos providenciar mais peças caso seja necessário.

Maianne Ribeiro:
- Mm. Obrigado, mãe. - ele sorri.

Suki:
- De nada, querido. Agora vão, a Chiaki deve estar louca para ver o sobrinho.

Maianne Ribeiro:
- Indo. Com licença. - sorri, se afastando.

Suki:
"Que bom que você não precisou vê-la ir embora, meu amor...", pensa, suspirando de
leve. "Mas que pena que não esteja vendo o nosso neto crescer."

Maianne Ribeiro:
- Chiaki? Posso entrar? - o rapaz pergunta, batendo na porta do quarto da irmã.
Ichiro coloca o filho no chão, rindo de leve enquanto sussurrava pra ele. - Você
entra e fala com ela.

- Pode, Ichi, pode sim! - responde.

Suki:
O pequeno Mitsuo ri baixinho, colocando o indicador sobre os lábios em um sinal de
silêncio.

Quando Chiaki responde, o rapaz prontamente abre a porta, correndo na direção da


tia e se jogando sobre ela.

- Supaisi!

Maianne Ribeiro:
- ...M-Micchi?! - ela exclama, abraçando o menino num misto de riso e lágrimas. -
MICCHI! Micchi, é você..!

Suki:
- Nee-san! - diz, bobo, se agarrando nela, choroso. - Nee-san...!

Maianne Ribeiro:
- Micchi... - ela choraminga, mantendo o garoto perto de si com firmeza. - Eu senti
tanta saudade..!

Suki:
- Eu também, eu também senti! De você, do papai, da vovó, do vovô...!

Maianne Ribeiro:
"Do vovô..." ela engole em seco.
- Eu sinto falta dele também... - sussurra, afagando os cabelos.

qualquersuki:
Suki:
- Mm... Mas agora eu tenho outro vovô, também. Eu posso dividir com você!

Maianne Ribeiro:
- Outro... O B-Bartolomeu, né..? - murmura, lembrando da carta.

Suki:
- Isso! Eu divido com você, nee-san!

Maianne Ribeiro:
- Certo. - ela ri baixinho. - E a sua mãe? Onde ela tá?

Suki:
- A... A mamãe...? - pergunta, desviando o olhar pra baixo. - Os... Os soldados
pegaram ela... - murmura, sem força. - Ela... Ela não tem como voltar, o papai
disse, mas ele também disse que vai lá buscar ela...

Maianne Ribeiro:
- ...os... Os soldados..? - ela empalidecendo.

- É. Mas a gente vai tirar ela de lá. - Ichiro murmura, enfim entrando no quarto.

- ...eu vou junto.

- Mas de jeito nenhum. Eu preciso de você aqui como apoio, Chiaki.

- Mas..!

Suki:
- Eu quero ir junto também! - diz, de imediato. - Eu ajudo!

Maianne Ribeiro:
- Não, Micchi, pode ser perigoso. - suspira. - Você ainda é muito novo.

Suki:
- Mas é a mamãe...! Se a nee-san pode ir, eu também posso!

Maianne Ribeiro:
- Ela não vai. - suspira. - Vocês dois vão ficar aqui.

- Ichi!

- Sem discussão.

Suki:
- Hunf! - o garoto resmunga, se agarrando em Chiaki, como se também se opusesse a
Ichiro.
Maianne Ribeiro:
- Sem discussão. - o rapaz insiste, suspirando. - Micchi, você quer ficar com a
Chiaki, ou quer vir com o papai enquanto ele trabalha?

qualquersuki:
Suki:
O pequeno hesita, olhando de um para o outro, até enfim soltar Chiaki e erguer as
mãos para Ichiro, manhoso.

Maianne Ribeiro:
O rapaz ri de leve, tomando o filho nos braços.
- Mais tarde você fica com a Chiaki mais um pouco, então. - diz.

- Até depois, Micchi. - a menina sorri.

Suki:
- Até depois, nee-san! Te empresto o vovô depois! - diz, bobo, acenando para
Chiaki.

Maianne Ribeiro:
- Tá bom! - ri, acenando de volta.

Suki:
Micchi ri baixinho, antes de se agarrar no pai, manhoso, apoiando-se em Ichiro.

Maianne Ribeiro:
"Quanta saudade do meu menino..." pensava, indo pro escritório. Precisava traçar um
plano de como arrancar Leanne do exército...

Suki:
-=-

- Nnnrgh... - a mulher resmunga, levando uma das mãos ao rosto para cobrir os olhos
antes de se apoiar na mão livre e se sentar.

Se lembrava de uma sala cheia, com cânticos em um língua estranha, o som de água
e...

....e o que mesmo?

- Leanne? - Caroline chama, sentada em uma cadeira de metal ao lado da cama da


filha, o rosto já normalmente sério agora portando uma feia cicatriz do lado
esquerdo causada pelas garras de Mitsuo. - Como se sente?

Maianne Ribeiro:
- A Lea acordou?

Lucca se aproxima da cama, esperançoso, esboçando um sorriso. "Finalmente..."

qualquersuki:
Suki:
A garota não responde de imediato, tentando juntar os fragmentos de memória e de
informação que ainda tinha na própria mente.

- ...Tigre...? - pergunta baixinho, tirando a mão dos olhos para encará-lo, ainda
sem enxergar direito.

- E Caroline. Sim. - a marechal suspira, aliviada.


Maianne Ribeiro:
O rapaz solta um risinho, os olhos se enchendo de lágrimas.
- Oi, Leoa... - sussurra, bobo.

Suki:
- Você... Você sempre foi grande assim...? - pergunta, confusa.

- Não. Vocês dois cresceram muito desde a última vez que se viram.

Maianne Ribeiro:
- Você tá enorme... - ele ri, se aproximando pra afagar os cabelos dela. - Eu senti
sua falta...

Suki:
- Eu nunca fui pequena... - murmura, fechando os olhos novamente antes de esboçar
um sorriso. - Senti falta desse carinho...

Maianne Ribeiro:
- Menor que eu é pequena. - provoca, rindo de leve. - Bem vinda de volta, leoa.

Suki:
- Bem... Bem vinda de volta...? - pergunta, confusa.

- Você... Você foi sequestrada depois de ser dada como morta. - Caroline explica,
audivelmente frustrada. - Tem anos que eu e o seu irmão estamos tentando te
encontrar.

Maianne Ribeiro:
- É. A gente não deixou de te procurar nem um instante... Viemos até o Japão
seguindo seu rastro, e finalmente te encontramos.

Suki:
- Japão...? Mesmo...? - ela franze a testa. - Como... Como eu vim parar aqui...?

- A Yakuza te sequestrou.

- ...quê?!

Maianne Ribeiro:
- Isso mesmo. Por isso que foi tão difícil te encontrar, e te resgatar... -
suspira.

qualquersuki:
Suki:
- Eu... Eu nem sei se consigo acreditar. - murmura, piscando várias vezes, confusa.
- Minha cabeça parece um borrão.

- É esperado. Eles fizeram uma lavagem cerebral muito pesada em você. - explica com
um suspiro, se encostando melhor na cadeira antes de cruzar os braços. - Foi
difícil conseguir te trazer de volta para quem você era antes disso tudo.

Maianne Ribeiro:
- Você não precisa lembrar de nada daquilo que passou. - ele murmura, balançando a
cabeça. - A gente já lidou com o responsável por isso.

Suki:
- Mais ninguém vai te machucar. - Caroline é quem diz, se inclinando para frente
para tocar o rosto de Leanne com as pontas dos dedos calejados. - Eu prometo.
- ...obrigada, mãe... - murmura, esboçando um sorriso.

Maianne Ribeiro:
- Bem vinda de volta. - o rapaz sorri, afagando os cabelos dela. - Quando você se
recuperar, a gente vai poder patrulhar juntos~

Suki:
- ...patrulhar...?

- Nós montamos uma base aqui no Japão, aumentando nossas operações para tentar te
encontrar. - explica. - Foi o caminho natural.

- ....entendi...

Maianne Ribeiro:
- Já que já estamos aqui, vamos continuar agindo. - ele dá de ombros. - Tem muito a
ser purificado aqui.

Suki:
- Purificado...? - murmura, confusa, olhando para o irmão.

Maianne Ribeiro:
- ...É. Exorcizado, de preferência. - murmura.

Suki:
- Como... Como assim...? - pergunta, hesitante.

- A magia tem dado frutos muito poderosos e muito cruéis. - explica. - ...frutos
como o seu pai era: um monstro inescrupuloso que queria se aproveitar de vocês para
os próprios fins e a sede de poder.

Maianne Ribeiro:
- Eu mal acreditei no que ele tentou fazer. - o rapaz estremece. - Foi tudo culpa
dele...

Suki:
- ...o... O papai...? - pergunta, confusa, olhando de um para o outro.

Maianne Ribeiro:
- É. Ele tentou te matar, Lea.

Suki:
- Me... Me matar?! - pergunta, o rosto mais pálido. - Como.. Como assim?! Como
assim, o papai....!

Maianne Ribeiro:
- Difícil de acreditar, eu sei. - ele sussurra. - Mas a mamãe viu tudo.

qualquersuki:
Suki:
- Eu achei que ele tivesse conseguido, quando te vi caída no chão. - murmura,
balançando a cabeça negativamente. - Eu devia ter te examinado melhor, eu devia ter
me mantido mais calma, mas... Mas eu não consegui. Perder você e ele foi mais do
que eu aguentei. - sussurra, o rosto enrijecendo.

Maianne Ribeiro:
- Mas agora a Lea está com a gente de novo. - o rapaz sorri, colocando uma mão no
ombro da mãe. - Certo?
Suki:
- ...certo. Você tem razão, Tigre. - a mulher suspira, relaxando um pouco os ombros
antes de ficar de pé. - Eu imagino que a sua irmã está com fome, então faça
companhia a ela enquanto eu vou buscar a comida.

Maianne Ribeiro:
- Fome de leoa. - brinca. - Eu fico com ela sim.

Suki:
- Eu não demoro. - e se afasta.

- Eu nem como tanto assim, Lucca... - resmunga.

Maianne Ribeiro:
- Desse tamanho? Aposto que come. - provoca.

Suki:
- Eu não sou tão grande! - reclama.

Maianne Ribeiro:
- Eu sei, mas eu sou chato. - e pisca um olho.

Suki:
- Isso você sempre foi, mesmo! - provoca.

Maianne Ribeiro:
- E vou continuar sendo!

Suki:
- Assim espero. Não quero lembrar de um Lucca que não existe mais!

Maianne Ribeiro:
- Eu vou estar do seu lado te enchendo o saco, não tem como~

Suki:
- Jura~? Jura pela carpa ~?

Maianne Ribeiro:
- ...carpa? - ele franze a testa. - Que carpa?

Suki:
- ...não... Não era nosso juramento...? - pergunta, confusa.

Maianne Ribeiro:
- Não. Nunca foi. - murmura, confuso. - De onde você tirou isso?

Suki:
- Eu... Eu não sei...? - ela franze a testa. - Eu lembro de... De falar com o meu
irmão assim.

Maianne Ribeiro:
- Tá lembrando errado. Bem errado. - ele murmura, cruzando os braços. - Hmpf. Deve
ter sido alguma merda que os yakuza botaram na sua cabeça. Já não bastavam as
tatuagens...

qualquersuki:
Suki:
- As... Tatuagens...? - murmura, franzindo ainda mais a testa, observando os
próprios braços.

Maianne Ribeiro:
- Tem uma no seu dedo. - diz, indicando o mindinho da garota. - A mamãe disse que
tem mais pelo corpo, também.

Suki:
- M-mesmo...? - pergunta, confusa, olhando para o mindinho antes de afastar as
cobertas, curiosa.

Maianne Ribeiro:
- Mesmo. - resmunga. - Um absurdo...

Suki:
- Cacete, quanta tatuagem...! - comenta, surpresa, passando os dedos pelos
desenhos. - E todas lindas...! - ela ri, boba.

Maianne Ribeiro:
- Hmpf. Não vejo nada de lindo nisso. - resmunga.

Suki:
- Azar o seu, porque são lindas do mesmo jeito! - ela resmunga, mostrando a língua.

Maianne Ribeiro:
- Sua pele era mais bonita sem elas. - resmunga.

Suki:
- Eu sou linda de qualquer jeito, tenho certeza~

Maianne Ribeiro:
- Isso você é. - o rapaz ri. - Mas eu sou mais lindo.

Suki:
- Com essa cabeça de lustre~? Duvido!

Maianne Ribeiro:
- Deixa minha cabeça de lustre! - ri.

Suki:
- Você ficava mais bonito com cabelo!

Maianne Ribeiro:
- Ossos do ofício. O exército exige cabelo curto, eu preferi raspar logo. - e dá de
ombros.

Suki:
- Eu vou precisar cortar o meu também...? - choraminga.

Maianne Ribeiro:
- Nah, a regra é só pra homens. - suspira. - Meio idiota, eu sei.

qualquersuki:
Suki:
- Só meio? - ela ri.

- Não somos nós quem fazemos as regras. - Caroline suspira, trazendo uma bandeja em
cada mão.

Maianne Ribeiro:
- Exatamente. Nós só seguimos. - responde, indo pegar uma das bandejas pra ajudar.

Suki:
- Apenas mantenha o seu cabelo preso. - orienta à filha, colocando uma das bandejas
sobre as pernas dela. - E coma direito.

Maianne Ribeiro:
O rapaz senta ao lado da cama, apoiando a bandeja nas pernas antes de começar a
comer.
- Eles vão pegar leve nos treinos de início, enquanto você se acostuma. - murmura.
- Falaram da sua perna, também.

Suki:
- ...da minha perna...? - pergunta, hesitante, antes de começar a comer,
estranhando o sabor com uma careta.

- Parece que o seu joelho esquerdo é bastante ferido. Não queriam autorizar que
você treinasse, até.

Maianne Ribeiro:
- É. Coisa dos yakuza, aposto. - resmunga.

Suki:
- Mas... Não é perigoso lutar com a perna assim...?

- Não. Você vai se habituar a lutar aos poucos, e nós vamos cuidar dela até isso
acontecer.

Maianne Ribeiro:
- É só ir com calma. - ele sorri. - Vai dar certo.

Suki:
- Tudo bem, tudo bem. Eu vou confiar em vocês. - ela suspira.

Maianne Ribeiro:
- Confia no Tigre que vai dar tudo certo. - ri.

Suki:
- Eu sempre confio em você.

Maianne Ribeiro:
- Tá tudo resolvido então. - ri.

Suki:
- Tudo bem, tudo beeeeeeem. - ela ri de leve, deixando a bandeja de lado ainda
quase completa.

Maianne Ribeiro:
- ...ué, não vai comer mais? - ele ergue uma sobrancelha.

Suki:
Leanne nega com a cabeça.

- O gosto tá horrível. - resmunga. - Cheio de sal.

- Mesmo...? - Caroline pergunta, preocupada. - Pra mim parece normal.

Maianne Ribeiro:
- Que estranho. - ele franze a testa, pegando um pedaço da comida de Leanne pra
experimentar. - Parece normal pra mim também...

qualquersuki:
Suki:
- Isso é o normal daqui....? - pergunta, hesitante.

- É, é sim. - e suspira. - O que será que estavam te obrigando a comer...?

Maianne Ribeiro:
- Provavelmente alguma coisa sem gosto. - ele resmunga, incomodado. - Hmpf.

Suki:
- Ao menos você está bem nutrida, mas eu ainda me preocupo.

- Não devia ser tão ruim assim, então, devia...? - pergunta, hesitante.

Maianne Ribeiro:
- Aposto que era horrível. - resmunga.

Suki:
- Bom, _isso_ parece horrível. - e dá de ombros.

Maianne Ribeiro:
- Horrível? É delicioso!

Suki:
Leanne faz uma careta, negando com a cabeça.

- Eu tenho certeza que vou acabar vomitando se me forçar a comer.

Maianne Ribeiro:
Ele suspira, balançando a cabeça.
- Vou pedir pra temperarem menos a sua comida...

Suki:
- Sem sal, por favor. - pede.

- Quem diria que você ficaria fresca assim pra comer... - brinca.

Maianne Ribeiro:
- Sem sal é você. - provoca.

Suki:
- Olha quem fala, você nem cabelo tem, Lucca!

Maianne Ribeiro:
- E sou lindo e gostoso. - diz, piscando um olho.

Suki:
- Você é bruto demais pro meu gosto. - e mostra a língua.

Maianne Ribeiro:
- Não vai dizer que prefere os menininhos delicados daqui!

Suki:
- Lucca! Larga de ser babaca!

- De fato, as pessoas são mais delicadas aqui. - Caroline suspira. - Nós chamamos
muita atenção.
Maianne Ribeiro:
- Eu não sou babaca, sou realista!

qualquersuki:
Suki:
- Você tá bancando muito o macho alfa pra quem se diz seguro de si!

Maianne Ribeiro:
- Eu sou seguro de mim, ora!

Suki:
- Então tá se comparando com os locais por quê?!

Maianne Ribeiro:
- Porque sim, ora!

Suki:
- Porque você é um idiota. - ela suspira. - Um idiota que vai me levar pra dar uma
volta, inclusive.

- Melhor ainda não. Até a sua memória assentar, não podemos arriscar que algum
gatilho mexa com ela.

Maianne Ribeiro:
- Ah, só um passeio, pelo menos pelo quartel. Não vai dar nenhum problema, vai?

Suki:
- Dentro do quartel. - a mulher diz, severa, encarando o filho mais velho.

- Promessa, mãe. - ela suspira.

Maianne Ribeiro:
- Prometo, não vamos sair! - ri.

Suki:
- Então providencie um uniforme para a sua irmã, enquanto eu recolho as bandejas. -
ela suspira.

Maianne Ribeiro:
- Sim, senhora. - ele sorri, ficando de pé. - Eu já volto!

Suki:
- Não demoooooora~ - Leanne pede. - Eu não quero ficar sozinha!

- Só alguns minutos. - e suspira.

Maianne Ribeiro:
- Não demoro, juro! - ri, se afastando. O rapaz retornaria alguns minutos depois,
trazendo consigo o uniforme pra Leanne. - Ta-da~

Suki:
- Tem certeza que minha bunda cabe nessa calça apertada? - provoca.

Maianne Ribeiro:
- Se não couber, vai sair sem calça. - provoca, risonho.

Suki:
- O que é bonito é pra se mostrar~
Maianne Ribeiro:
- ...ei, não, pera aí..!

Suki:
- Nem vou experimentar a calça ~

Maianne Ribeiro:
- Precisa experimentar sim!

Suki:
- Mas é bem melhor ir sem calça nenhuma!

Maianne Ribeiro:
- Não, não, nada disso!

qualquersuki:
Suki:
- Ahhh, Lucca...! - reclama.

Maianne Ribeiro:
- Nada disso! - insiste, resmungando.

Suki:
- Tudo bem, tudo bem, eu vou experimentar a calça!

Maianne Ribeiro:
- Ótimo, obrigado. - resmunga.

Suki:
- Me dá isso aí logo, então. - pede, ainda risonha.

Maianne Ribeiro:
- Toma, vai se vestir. - o rapaz solta um risinho, entregando as roupas pra Leanne.

Suki:
- Pode deixar. Sem desfilar nua na frente dos seus subordinados~ - brinca, dando as
costas para Lucca para se vestir, o leão tatuado em suas costas observando-o
ameaçadoramente.

Maianne Ribeiro:
- Por favor. - resmunga. - ...tem um leão nas suas costas, sabia?

Suki:
- ...um leão? Mesmo? - pergunta, curiosa.

Maianne Ribeiro:
- É, um leão com cara de mau.

Suki:
- Se fosse um tigre, seria você. - ela ri.

Maianne Ribeiro:
- Exatamente. - ele ri. - Estou ofendido que não é um tigre!

Suki:
- Às vezes eu não lembrava de você... - murmura.

Maianne Ribeiro:
- ...eu não sei. Você travou quando a gente te encontrou. - murmura.

Suki:
- Eu... Travei? - pergunta, confusa. - Como assim...?

Maianne Ribeiro:
- Travou. - murmura. - Tinha uma criança com você, mas ele sumiu logo depois.

qualquersuki:
Suki:
Leanne suspira, massageando as têmporas de leve.

- Eu sinto que eu devia lembrar...

Maianne Ribeiro:
Ele suspira, cruzando os braços.
- O exorcismo atrapalha as memórias. É normal. - murmura. - ...você chorou quando a
gente te segurou. Eu não sei o que os yakuzas colocaram na sua cabeça, mas eles vão
pagar.

Suki:
- A ideia do exorcismo era essa...? - pergunta, estremecendo. - Eu sinto... Eu não
sinto raiva, nem medo, quando vejo as tatuagens ou quando você fala deles...

Maianne Ribeiro:
- O exorcismo também serve pra bloquear a magia. A gente não pode depender de
heresia. - murmura. - ...você não sente nada sobre eles?

Suki:
- Heresia...? Mas... Mas é quem a gente é, não é...? - pergunta, baixinho. - E o
nosso chá...? O chá do papai...?

Maianne Ribeiro:
- É heresia. - insiste. - Magia é perigosa, Lea.

Suki:
- Eu sei, mas é por isso que a mamãe e o papai treinavam a gente...!

Maianne Ribeiro:
- A mamãe é parte do exército, e o papai tentou te matar. Acho que dá pra ver bem
claramente onde mora o problema.

Suki:
- ...ele...ele... - Leanne hesita, mordendo o lábio inferior antes de encolher os
ombros.

Maianne Ribeiro:
- ...o passeio vai te fazer bem. - sussurra.

Suki:
- ...mm. - diz, encolhida, terminando de ajeitar a farda.

Maianne Ribeiro:
- ...ei. Sem ficar borocoxô. - murmura.

Suki:
- Já fiquei. - resmunga.

Maianne Ribeiro:
- Vai se animar no passeio, então!

Suki:
- Só quero ver.

Maianne Ribeiro:
- Vai ver. - sorri.

qualquersuki:
Suki:
- Ótimo. - diz, terminando de fechar os coturnis e ficando em pé em seguida. - Só
me guiar.

Maianne Ribeiro:
- Vem comigo. Não tem muita diversão aqui, mas ei, ao menos é uma mudança de ares.
- ri.

Suki:
- Tendo alguém bonitinho, eu arrumo diversão fácil~ - brinca.

Maianne Ribeiro:
- E-ei, que história é essa..?! - ele exclama.

Suki:
- Ué, é verdade! Vai dizer que não é o mesmo pra você~?

Maianne Ribeiro:
- ...bem... Não exatamente... - ele murmura, sem jeito.

Suki:
- Não exatamente por quê? - pergunta, cruzando os braços para encará-lo.

Maianne Ribeiro:
- ...É complicado. - ri, coçando a nuca.

Suki:
- ...ih~ Tem mulher na jogada, é~?

Maianne Ribeiro:
- É complicado. - ele repete, oferecendo o braço pra Leanne.

Suki:
- Isso é um sim. - e ri, aceitando o braço dele e envolvendo o com firmeza.

Maianne Ribeiro:
- Isso é um "é complicado". - ri, guiando-a pra fora.

Suki:
- Nada disso, é um sim!

Maianne Ribeiro:
- Tá, talvez seja! - ri.

Suki:
- Talvez~ Sei, tô vendo pela sua cara de bobo~

Maianne Ribeiro:
- Não tem nada sério, ora!
Suki:
- Ahhh, então não é complicado! É um lance~

Maianne Ribeiro:
- É, é um lance. - ri. - Por aí.

Suki:
- Bom saber. Vou precisar arrumar um desses pra mim~

Maianne Ribeiro:
- Vai nada, nada disso! - resmunga.

qualquersuki:
Suki:
- Larga de ser ciumento, Tigre~

Maianne Ribeiro:
- Largo nada, você é minha irmã, tenho que garantir que ninguém vai te fazer mal!

Suki:
- E desde quando pegação é fazer mal?!

Maianne Ribeiro:
- Os caras podem te fazer mal, ora!

Suki:
- Eu sei me defender, Lucca! - ela ri.

Maianne Ribeiro:
- E-eu sei, mas..!

Suki:
- Mas nada! Me apresenta seus amigos~!

Maianne Ribeiro:
- Tá bom, tá bom, vamos lá. - ele suspira, guiando a irmã até o salão de treinos,
onde os outros soldados estavam reunidos.

Suki:
- Olha, até que tem uns charmosinhos~ - diz, boba.

- Tenente...! - um dos rapazes avisa, os outros prontamente prestando continência


para Leanne e Lucca, antes de se aproximar. - É a recruta nova?

Maianne Ribeiro:
- É, é sim. Minha irmã, Leanne. - ele sorri.

Suki:
- ...sua irmã? - ele franze a testa de leve, olhando a garota dos pés à cabeça.
- ...sei~

Maianne Ribeiro:
- É, ué, é minha irmã! Que cara é essa?

Suki:
- Nenhuma, nenhuma! Sua irmã é muito bonita, só isso, Tenente. - diz, ajeitando a
postura com um risinho.

Maianne Ribeiro:
Ele resmunga.
- Minha irmã. Lembre disso antes de se engraçar com ela.

Suki:
- Claro, claro, Tenente. - e ri de novo. - Eu só fiz um elogio pra "sua irmã".

Maianne Ribeiro:
O rapaz franze a testa.
- O que está insinuando, recruta?

qualquersuki:
Suki:
- Eu? - ele estremece, ajeitando a postura mais uma vez. - Nada, senhor. Só
estranhei.

Maianne Ribeiro:
- Pois não estranhe, ela é minha irmã. - rosna. - Pro chão. Vinte flexões, agora.

Suki:
- S-sim, senhor, Tenente...! - diz, atrapalhado, fazendo como ele falara.

- Lucca, não precisa disso... - resmunga, acotovelando o irmão.

Maianne Ribeiro:
- Precisa sim, pra ele aprender a respeitar as patentes superiores. - resmunga,
incomodado.

Suki:
- Ele te respeitou, oras...!

Maianne Ribeiro:
- Não, não respeitou. Ele ficou insinuando que você não era minha irmã.

Suki:
- Lucca... - ela suspira. - Ele não sabia.

Maianne Ribeiro:
- Eu falei, ora. - resmunga.

Suki:
- Deixa o garoto em paz. - e suspira de novo.

Maianne Ribeiro:
- Hmpf. Tudo bem. - resmunga.

Suki:
- Levanta do chão. Você já fez bem mais que vinte flexões. - Leanne resmunga.

- ...permissão, Tenente. - pede, parando enquanto sustentava o corpo nos braços.

Maianne Ribeiro:
- Permissão concedida. - responde, encarando-o.

qualquersuki:
Suki:
- S-sim, senhor. Obrigado, senhor. - murmura, se levantando devagar antes de
ajeitar a farda e prestar continência.

- Vem. Me mostra como o treinamento funciona. - pede, puxando Lucca consigo.


Maianne Ribeiro:
- Vamos, vamos. - ele suspira, guiando a irmã enquanto explicava o treinamento,
atencioso.

Suki:
- ...eu acho que consigo tentar um pouco. O que você acha? - pergunta, esboçando um
sorriso. - Tem um tempinho pra me ensinar?

Maianne Ribeiro:
- Tem certeza que tá bem pra isso? - ele pergunta.

Suki:
- Absoluta. - ela assente com a cabeça, empolgada.

Maianne Ribeiro:
- Tá bom então. - ele ri de leve. - Vamos ver o quanto você aguenta~

Suki:
- Ora, ora, isso é um desafio, Tigre~? - provoca, sorrindo de canto.

Maianne Ribeiro:
- Nah, eu sei que vou ganhar. - provoca.

Suki:
- Então vamos ver. - brinca, soltando o braço dele e se afastando um pouco. -
Pronto?

Maianne Ribeiro:
- Só vem. - brinca.

Suki:
Leanne ergue uma sobrancelha, girando os ombros de leve.

- Como quiser. - e avança, o punho direito acertando o peito de Lucca com


violência, o corpo todo girando, assim como a mão, para maximizar o impacto.

Maianne Ribeiro:
O rapaz claramente não esperava tanta força, recuando vários passos, encarando a
irmã em choque.
- Desde quando..?!

qualquersuki:
Suki:
Silêncio. Todos os recrutas param o que faziam, surpresos com o recuar de Lucca,
tão desejado por muitos, mas nunca presenciado antes.

- ...desde quando o quê? - pergunta, franzindo a testa de leve, a cabeça inclinada


de leve para o lado enquanto ela balançava a mão de leve.

Maianne Ribeiro:
- Desde quando você é forte assim?!

Suki:
- ...eu não sei...? Desde sempre? - insiste, confusa.

Maianne Ribeiro:
- Não, eu não lembro de você forte assim!
Suki:
- Lucca, eu nem soquei forte! Eu não sou louca de te socar com toda a minha força!

Maianne Ribeiro:
- ...isso não foi forte?! - ele exclama, o queixo caindo.

Suki:
- Não, é claro que não! - responde, franzindo a testa. - Eu já disse, eu não sou
louca de te socar com toda a minha força!

Maianne Ribeiro:
- ...ok, eu vou falar com a marechal pra fazer alguns testes e subir seu cargo.
Você não pode ser só uma recruta, senão você vai moer todo mundo. - murmura.

Suki:
- ...quê? - pergunta, o sangue fugindo do rosto. - Como... como assim? Mas eu mal
cheguei, não é assim que funciona...!

Maianne Ribeiro:
- Você não pode pegar nenhum cargo de comando ainda, mas não dá pra te deixar como
recruta. - suspira.

qualquersuki:
Suki:
- ...tá, eu... eu acho. - murmura, ainda atrapalhada. - Seria um cargo só pra
treinar, então, certo?

Maianne Ribeiro:
- É, mais ou menos isso. - murmura, assentindo com a cabeça.

Suki:
- Tudo bem, então. - murmura, coçando a nuca de leve, sem graça.

Maianne Ribeiro:
- ...bom, agora que eu tô preparado, pode vir de novo. Vamos treinar um pouco mais
sério. - murmura, ajeitando a postura.

Suki:
- ...é pra ir com a força toda? - pergunta, hesitante, abrindo e fechando a mão
antes de girar os pulsos.

Maianne Ribeiro:
- ...toda não. - pede, cauteloso. - Mas pode vir.

Suki:
- Tudo bem. Eu vou na mesma força, e aí vou tentar me controlar. - murmura,
assentindo com a cabeça antes de avançar, dessa vez ameaçando socá-lo antes de
girar para trás de Lucca e tentar atingi-lo com uma rasteira.

Maianne Ribeiro:
O rapaz é atingido pela rasteira, mas consegue se recuperar a tempo antes de cair,
recuando alguns passos. "Ela é boa..!" pensa, avançando com um soco, cauteloso.

Suki:
Leanne recebe o soco sem parecer se afetar, girando o corpo na direção do soco para
minimizar o impacto antes de seguir o movimento e erguer a perna para se aproveitar
da inércia para golpear o irmão.

Maianne Ribeiro:
"Muito boa," pensa, aparando o chute como podia antes de revidar, atento, trocando
golpes com a irmã.

Suki:
E Leanne quase sempre os recebia sem sinais de dor ou do impacto, e muitas outras
se esquivava habilmente, contra-atacando se aproveitando das brechas do irmão ou do
final de seus movimentos, raramente utilizando apenas força bruta.

Maianne Ribeiro:
Eventualmente o rapaz recua, erguendo as mãos.
- Acho que basta por ora. - murmura, impressionado. - Quando você aprendeu a lutar
assim..?!

qualquersuki:
Suki:
- ...assim como...? - pergunta, franzindo a testa, ignorando a multidão que
assistia os dois boquiaberta.

Maianne Ribeiro:
- Assim, isso tudo! Você luta muito bem, e de um jeito diferente do nosso!

Suki:
- Huh. Não sei. - comenta, erguendo as sobrancelhas. - A fluidez parece natural,
pra mim. A variação e o controle de força também.

Maianne Ribeiro:
- Eu nunca vi nada assim... - murmura, visivelmente surpreso.

Suki:
- Eh? - pergunta, movendo a cabeça para o lado de leve. - Em que sentido? Fluído?
Controlado? Eu... eu não tô entendendo a surpresa. - comenta.

Maianne Ribeiro:
- É, a fluidez, a potência, é bem diferente do que a gente treina aqui. - murmura.
- Eu vou querer treinar com você mais vezes pra aprender.

Suki:
- ...bom, eu posso treinar contigo sempre que você quiser. - murmura, coçando a
nuca de leve com o indicador, sem graça, a outra mão na cintura.

- Eu também quero aprender! - o recruta de antes pede, empolgado.

Maianne Ribeiro:
- A gente faz umas sessões de treino. - sorri. - Vai ser bom pra todo mundo.

Suki:
- Mmm. - ela cruza os braços, pensativa, batendo o pé de leve. - Talvez seja bom,
mesmo...

- Por favor, Tenente, eu quero participar!

Maianne Ribeiro:
- Vai participar, recruta. - ele ri. - Mas outro dia a gente combina isso
direitinho. Precisamos continuar o passeio.

qualquersuki:
Suki:
- Sim, senhor. Senhores! - se corrige, prestando continência, visivelmente
empolgado.
- Corta essa. - ela suspira, desmerecendo o gesto com um aceno de mão.

Maianne Ribeiro:
- São as regras de convivência. Ele tem que mostrar respeito. - diz Lucca,
oferecendo o braço pra irmã. - Vamos?

Suki:
- Respeito e hierarquia não são a mesma coisa. - resmunga, acompanhando Lucca.

Maianne Ribeiro:
- Ele tem que respeitar a hierarquia. - ri.

Suki:
- Desnecessário. - insiste, contrariada.

Maianne Ribeiro:
- É necessário, no exército. - responde. - Melhor se acostumar.

Suki:
- Eu não vou me acostumar com isso. - retruca, séria.

Maianne Ribeiro:
- Vai ter que se acostumar. - insiste.

Suki:
- Eu já disse que não vou.

Maianne Ribeiro:
- Não tem escolha, Lea. Você é parte do exército agora.

Suki:
- E o que vocês vão fazer? Me obrigar? - resmunga.

Maianne Ribeiro:
- ...É. - responde.

Suki:
- ...ah, mas eu quero ver você tentar. Só tenta.

Maianne Ribeiro:
- Leanne, por favor, não nade contra a maré... - pede.

qualquersuki:
Suki:
- A maré que não é louca de me levar. Só quero ver tentar. - repete.

Maianne Ribeiro:
- Leanne. Por favor. - ele estremece.

Suki:
- Eu falei o que falei e minha decisão já tá tomada. Hierarquia desnecessária não
vai rolar pra mim.

Maianne Ribeiro:
- Leanne, por favor. - ele insiste. - Eu tô te pedindo, como teu irmão, pro teu
bem. Insubordinação é punida severamente...

Suki:
- Meu lombo aguenta. - resmunga.

Maianne Ribeiro:
- Não, não aguenta, Lea, puta merda, me escuta..!

Suki:
- Ai, Lucca, que saco, já deu! - reclama, cruzando os braços.

Maianne Ribeiro:
Ele passa a mão no rosto, nervoso. "Na primeira punição ela muda de ideia..."

Suki:
- Termina de me mostrar isso aqui, anda. - pede.

Maianne Ribeiro:
- Tá, tá. - sussurra. - Vamos no refeitório.

Suki:
- ...se a comida daqui é _aquilo_, prefiro ficar sem saber onde é. - brinca.

Maianne Ribeiro:
- Ei, a comida daqui é ótima!

Suki:
- Pfft. Me poupa, Lucca.

Maianne Ribeiro:
- É deliciosa sim! Você que tem mau gosto!

Suki:
- ...quê?! É claro que não tenho!

Maianne Ribeiro:
- Tem sim. - insiste. - Ou fizeram lavagem cerebral contigo, porque você amava
essas comidas!

Suki:
- Como que dá pra amar um troço que é sal puro?! Lucca, isso faz até mal!

Maianne Ribeiro:
- Faz mal? Nada disso, a comida daqui é super saudável!

Suki:
- Com esse tanto de sal?! Impossível!

Maianne Ribeiro:
- Tem nutricionistas por trás das refeições do exército, é claro que é saudável!
Todo mundo precisa estar em boa forma!

qualquersuki:
Suki:
Ela revira os olhos.

- Já entendi, Tigre, tudo aqui é incrível e perfeito e intocável.

Maianne Ribeiro:
- Não foi isso que eu disse. - resmunga.

Suki:
- Mas parece. - retruca.

Maianne Ribeiro:
- Você acabou de chegar. Ainda precisa entender como tudo funciona.

Suki:
- Hunf. Só quero ver.

Maianne Ribeiro:
- Ou você se adapta, ou vai sofrer as consequências. Tô dizendo isso pro teu bem.

Suki:
- Ou eu vou embora. - e dá de ombros. - Se os Yakuza me sequestraram, eu devo valer
alguma coisa.

Maianne Ribeiro:
- Vai embora pra onde? Ficou louca?!

Suki:
Ela dá de ombros novamente.

- Sei lá. Pra onde der na telha.

Maianne Ribeiro:
- ...eu não sei o que os yakuza fizeram com você, só sei que te fez mal. Muito mal.

Suki:
- Bom, se aqui a gente é fisicamente punido quando não respeita hierarquia e a
comida é essa merda, me pergunto se não é o exército que vai me fazer mal. -
responde, debochada.

Maianne Ribeiro:
- Daqui a pouco você vai dizer que quer voltar a usar magia. - ele revira os olhos.

Suki:
- É _claro_ que eu quero! Como eu vou viver sem o Salem?!

Maianne Ribeiro:
- O Salem pode ficar com os outros, em casa. E só.

qualquersuki:
Suki:
- ...como assim 'e só'?! Eu quero ver ele!

Maianne Ribeiro:
- Não. Ele não pode entrar aqui, é proibido.

Suki:
- Então eu vou lá falar com ele!

Maianne Ribeiro:
- Não, você não vai! - diz, segurando o pulso dela. - Aqui não tem magia, Leanne! A
partir de agora, não tem mais magia! Esquece isso!

Suki:
- POIS EU QUERO VER VOCÊ ME IMPEDIR, LUCCA! - grita, puxando o pulso de volta com
violência. - Eu mato todo mundo aqui, mas eu quero ver quem vai me impedir!

Maianne Ribeiro:
- Você ficou louca?! Vai matar o exército todo, o seu irmão, por um gato de merda?!
- grita, irritado.

Suki:
- NÃO FALA ASSIM DO SALEM! - responde, erguendo a mão e atirando Lucca contra a
parede mais próxima, muito mais para afastá-lo de si do que para feri-lo.
- ....escuta aqui, Lucca. - diz, se aproximando dele com a mão ainda erguida,
mantendo-o contra a parede. - ...eu não sei o que vocês fizeram, ou o que os yakuza
fizeram, mas eu sou eu. E nada, _nada_, e nem _ninguém_ vai me impedir de ser
assim. _Entendeu?_

Maianne Ribeiro:
O rapaz solta uma exclamação de dor com o impacto, encarando a irmã de volta,
pálido.
- ...você foi exorcizada. Como conseguiu usar magia..? - sussurra, estremecendo.
"Vão matar a Lea..!"

qualquersuki:
Suki:
Ela recua um passo, abaixando a mão devagar.

- Eu já falei. Eu sou eu, e nada nem ninguém vai me impedir de ser assim.

Maianne Ribeiro:
Ele nega com a cabeça.
- Não faz isso de novo. Por favor. - pede. - Eu não quero ter que te caçar...

Suki:
- ...me caçar? - pergunta, franzindo a testa.

Maianne Ribeiro:
- É. O exército caça quem usa magia, Lea. - ele engole em seco.

Suki:
- Qualquer um? Mesmo que não faça nada contra ninguém?! - pergunta, mais alarmada.

Maianne Ribeiro:
- É. Pra coibir a magia. - sussurra. - Fala baixo, ou vão te ouvir..!

Suki:
- Tá bom, tá bom...! - resmunga baixinho, concordando. - ...coibir a magia pra que?

Maianne Ribeiro:
- Pra evitar que ela seja abusada. - sussurra, abaixando o olhar. - Usuários de
magia se tornam arrogantes, e vão atrás de mais e mais poder, até serem corrompidos
por ele.

Suki:
- ...eu tava corrompida, quando vocês me encontraram? - pergunta, hesitante. - Com
algum sinal disso?

Maianne Ribeiro:
- Tava. Você tentou fugir da gente, Lea... - murmura, afagando o rosto dela.

qualquersuki:
Suki:
Ela suspira, fechando os olhos com o toque dele.

- Eu realmente não posso visitar o Salem...? - pergunta, baixinho


Maianne Ribeiro:
- Não, não pode. Tem anos que eu não vejo os nossos familiares... - sussurra.

Suki:
- ...eu não quero ficar anos sem ver o Salem... - murmura, choramingando

Maianne Ribeiro:
- Não tem escolha, Lea. É isso, ou ser caçada. - diz, fazendo mais um afago na
irmã.

Suki:
- Mas... É só uma visita... - insiste, estremecendo.

Maianne Ribeiro:
- É contato com magia. Quanto mais contato, mais corrupção.

Suki:
- Nem de longe...? Só... Só um oi... - insiste.

Maianne Ribeiro:
- Nem de longe. É pro seu bem, Lea. É melhor cortar todo o contato, porque senão o
exército pode considerar que é traição, e aí é bem pior.

Suki:
- O Salem vai ficar sozinho lá...? - choraminga.

Maianne Ribeiro:
- Se ele for pra nossa casa, vai poder ficar com a Mali e os outros. - murmura. -
Não é sozinho.

Suki:
- A Banana e o Luci tão lá com eles...? - pergunta, hesitante.

Maianne Ribeiro:
- Sim, estão. - ele ri, sem jeito. - Todos juntos.

qualquersuki:
Suki:
- Mm... Pelo menos... Pelo menos isso... - murmura, desanimada.

Maianne Ribeiro:
- É. Eles cuidam uns dos outros. - murmura, afagando os cabelos dela.

Suki:
- Que nem você e a mamãe cuidam de mim, né...? - murmura, sem erguer o olhar.

Maianne Ribeiro:
- Exatamente. Com todo o carinho.

Suki:
- Heh. Valeu, Tigre...

"Todo o carinho, mas só por metade de mim..."

Maianne Ribeiro:
- De nada, leoa. - murmura, carinhoso. - Quer continuar o passeio..?

Suki:
- Eu... Eu acho que preciso descansar. - mente, desanimada.

Maianne Ribeiro:
- Então eu te levo de volta pro quarto. - murmura, suspirando.

Suki:
- Valeu. - murmura.

Maianne Ribeiro:
- De nada, leoa. - ele murmura, gentil, guiando a garota de volta. "Eu entendo essa
dor, mas é necessário..."

Suki:
E ela se encolhe de tal forma que mal permite o toque de Lucca, amuada, a expressão
bastante abatida...

Maianne Ribeiro:
- ...vai passar. - ele sussurra baixinho.

Suki:
- Cala a boca. - diz, com um riso fraco, magoado.

Maianne Ribeiro:
"...vai passar," pensa, se calando pelo resto do caminho.

qualquersuki:
Suki:
E Leanne não diz mais nada também, esfregando o indicador e o polegar para pedir
proteção, apesar dos lábios não se moverem enquanto ela recitava mentalmente o
encantamento.

Maianne Ribeiro:
- Eu volto com a janta. - murmura, quando enfim chegam ao quarto de novo.

Suki:
- Eu não vou comer. - murmura, se largando sobre a cama de qualquer jeito e
cobrindo os olhos com um dos braços.

Maianne Ribeiro:
- ...como assim, não vai comer?

Suki:
- Eu não vou comer essa merda. Eu não quero comer essa merda.

qualquersuki:
Maianne Ribeiro:
- Você precisa comer, Lea!

Suki:
- Mas eu não quero comer isso que vocês chamam de comida, Lucca, e eu não vou!

Maianne Ribeiro:
- ...eu arranjo uma comida diferente. Eu dou um jeito.

Suki:
- Aham. Vai lá, Lucca. Eu vou dormir.

Maianne Ribeiro:
- Eu dou um jeito. - e se afasta.
qualquersuki:
Suki:
"Aham. Só quero ver.", pensa, se virando na cama ainda com os coturnos, irritada.

Maianne Ribeiro:
"Eu preciso falar com a mamãe..." pensa, indo procurar a marechal.

Suki:
A mulher estava na própria sala, erguendo o rosto de imediato ao ver o filho
entrar.

- O que aconteceu? - pergunta de imediato

Maianne Ribeiro:
- A Lea ainda tem magia. Quer continuar vendo o Salem. Se recusa a respeitar
hierarquia, e a comer a comida daqui...

Suki:
Caroline ergue uma das mãos, surpresa com as várias informações.

- Calma. Senta e me explica isso tudo direito.

Maianne Ribeiro:
O rapaz suspira, preocupado, sentando antes de começar a explicar o que acontecera
pra Caroline...

Suki:
A Marechal suspira quando ele termina de falar, se encostando melhor na cadeira.

- Eu vou mandar exorcizarem a sua irmã de novo. - diz, enfim.

Maianne Ribeiro:
- D... De novo?! Mãe, e se não der certo?! - exclama.

Suki:
- É um risco que vamos precisar correr. A sua irmã nesse estado é um perigo para
todos nós. - diz, séria.

Maianne Ribeiro:
- Não tem outro jeito? A... A gente pode conversar mais com ela, convencê-la..!

Suki:
- Não. A magia já corrompeu a Leanne. - murmura. - Nós vamos sacrificar o que for
necessário para impedir a magia de proliferar.

Maianne Ribeiro:
- Não. Não, mãe, não, é a leoa, é a minha irmã..! - ele exclama.

Suki:
- E a minha filha. - diz, estreitando os olhos.

Maianne Ribeiro:
- E você vai sacrificar ela?!

Suki:
- Apenas se o segundo exorcismo não funcionar.

Maianne Ribeiro:
- Você vai arriscar isso?!

qualquersuki:
Suki:
- Eu vou arriscar o que for necessário. - insiste.

Maianne Ribeiro:
- Mãe... Mãe, por favor, tem que ter outro jeito..!

Suki:
Ela suspira, cruzando os dedos das mãos antes de se inclinar para frente para
encará-lo.

- Você tem uma semana para adestrar bem a nossa leoa. - murmura. - Nem um dia a
mais.

Maianne Ribeiro:
- Uma semana. Eu consigo. - murmura.

Suki:
- Ótimo. - murmura, se encostando melhor na cadeira. - Dispensado, Tenente.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado, marechal. - murmura, se afastando, apressado. "Eu preciso convencer a
Lea..!"

Suki:
"...eu não posso arriscar perder a minha filha praquele monstro...", pensa,
mordendo o lábio inferior, apoiando as mãos nas coxas para esconder o tremor. "Se
perder ela pra si mesma é o risco que eu preciso correr, ainda é melhor do que cair
nas mãos do Alexander."

Maianne Ribeiro:
O rapaz voltaria à rotina, retornando ao quarto de Leanne na hora do jantar com
bandejas de comida para os dois, a comida da irmã diferente da dele. "Talvez comida
local seja melhor pra ela..."

Suki:
E a garota apenas observava o teto, secando o rosto rapidamente quando Lucca entra,
se sentando em seguida.

- ...boa noite, Tenente. - murmura, amarga.

Maianne Ribeiro:
- Boa noite, leoa. - ele sussurra, se aproximando. - Trouxe sua janta.

Suki:
- Min-- - ela hesita, erguendo as sobrancelhas ao ver a bandeja com a comida local.
- ...isso parece ótimo....

Maianne Ribeiro:
- Eu disse que ia trazer algo diferente. - ele ri de leve, entregando a bandeja pra
ela.

qualquersuki:
Suki:
- ...disse, disse sim... - murmura, esboçando um sorriso ao pegar a bandeja. -
Valeu, Tigre.
Maianne Ribeiro:
- De nada, leoa. - sorri. - ...mas ainda prefiro a minha comida~

Suki:
- Come essa merda sozinho, se é assim~ - provoca, acotovelando-o de leve.

Maianne Ribeiro:
- Como com prazer. - ri.

Suki:
- A comida e o seu lance, né~?

Maianne Ribeiro:
- Lea..! - ele ri, corando. - Deixa a Becca em paz!

Suki:
- ...opa, o nome dela é Becca~? Bom saber~ - provoca, sorrindo de canto,
satisfeita.

Maianne Ribeiro:
- ...É, é sim. Rebecca. - ele murmura, sem jeito.

Suki:
- Fala mais sobre ela, vai. - pede, mais mansa, o sorriso mais gentil no rosto.

Maianne Ribeiro:
- Ela é linda, forte, carismática, alegre... Me pega de jeito, sabe? - o rapaz ri,
encabulado. - Cê vai conhecer ela.

Suki:
- Ahhh, já sei a razão de ter se apaixonado~ - provoca. - Sou eu, mas sem ser
família~

Maianne Ribeiro:
- Ei, não é bem assim! - ele ri, corando de novo.

Suki:
- Ela é mais bonita~? Cuidado com a resposta!

Maianne Ribeiro:
- Claro que é. É linda!

Suki:
- Ela é mais bonita que eu?! - pergunta, falsamente chocada, dramática.

Maianne Ribeiro:
- Não sou capaz de opinar. - e pisca um olho.

qualquersuki:
Suki:
- Maldade, Tigre! - e gargalha.

Maianne Ribeiro:
- Maldade nada, é sobrevivência!

Suki:
- Lucca! - diz, boba. - Vai, me conta mais dela!

Maianne Ribeiro:
- Ela entrou no exército alguns anos depois de mim, a gente se conheceu num treino.
- explica. - Daí começou pegação, sem compromisso, mas... Eu acho que hoje a gente
só se pega, sem mais ninguém envolvido.

Suki:
- ...então só falta um pedido. É isso? - provoca, se ajeitando na cama, a postura
interessada.

Maianne Ribeiro:
- É, basicamente isso. - comenta. - Eu tô tomando coragem.

Suki:
- Quer que eu sirva de pombo correio~? Posso levar um buquê, chocolates, e uma
carta para um encontro com o admirador secreto dela. - brinca.

Maianne Ribeiro:
- Olha, não é má ideia. - ri. - Vou pensar direitinho~

Suki:
- Pensa com carinho, eu sou ótima com flores~ - diz, boba.

Maianne Ribeiro:
- Sem magia. - pede, estremecendo. - Por favor. Pro seu bem.

Suki:
- ...eu tava falando sobre escolher flores... - murmura, murchando de imediato.

Maianne Ribeiro:
- ...c-certo. Certo - sussurra. - ...olha, eu... Eu preciso conversar contigo. É
sério.

qualquersuki:
Suki:
- ...não gostei. - diz, estremecendo e ajeitando a postura. - Fala.

Maianne Ribeiro:
- A mamãe me deu uma semana pra você se adaptar ao exército. Senão... Você vai ser
exorcizada de novo.

Suki:
- ...quê? De... de novo?! Mas e as minhas memórias?! Eu já... Não...! - gagueja,
atrapalhada, o rosto perdendo toda a cor.

Maianne Ribeiro:
- É pior. Todo mundo que foi exorcizado pela segunda vez acabou enlouquecendo. -
ele estremece, abaixando o olhar. - Eu não quero te perder, Lea, eu acabei de te
encontrar de novo..!

Suki:
A garota hesita, deixando a bandeja vazia de lado antes de abraçar Lucca com
firmeza, ainda visivelmente abalada.

- ...eu... eu vou me comportar até dar um jeito de ir embora. Prometo. - murmura,


baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Ir... Ir embora? Você ficou louca..?! - ele sussurra, em choque, encarando-a. -
Isso é deserção!
Suki:
- Eu vou dar um jeito de ir embora pra longe, em silêncio, escondida. Mas não
agora. - sussurra. - Depois que eu puder patrulhar com você, e conseguir um
celular, eu começo a pesquisar trabalho e casa.

Maianne Ribeiro:
- Lea, é perigoso... - ele estremece. - Se te acharem, vão te matar!

Suki:
- Não vão me achar. E eu sempre posso pedir abrigo pra família que me adotou antes,
também. - murmura.

Maianne Ribeiro:
- Pra família-- pra Yakuza?! Você ficou louca mesmo, só pode!

Suki:
- Se eles me aceitarem sem me ameaçar assim, eu prefiro. Se não for assim, eu... eu
só fujo.

Maianne Ribeiro:
- É claro que vão te ameaçar, é a yakuza! Sem contar que eles usam magia, Lea!

Suki:
- Lucca, fala baixo. - resmunga, dando um tapa no braço dele. - ...eu vou pensar em
um jeito de sair disso sem me meter em confusão. Prometo.

Maianne Ribeiro:
- Ai, ai, Lea... Isso não vai dar certo...

Suki:
- Calma. Vai ser bem pensado e bem planejado. Vou passar todas as ideias por você,
também, prometo. - ela esboça um sorriso, segurando as mãos dele.

Maianne:
- Por favor. Eu não quero te perder de novo... - sussurra, segurando as mãos dela.

qualquersuki:
Suki:
- Não vai. Mesmo que eu vá embora, eu vou dar um jeito de continuar em contato com
você sem ninguém saber, com magia ou sem magia, com yakuza ou sem yakuza, com
exército ou sem exército. - diz, encostando a testa na dele, carinhosa. - Juro pela
carpa.

Maianne Ribeiro:
- ...que história é essa de carpa, hein..? - ele murmura, confuso, apesar de afagar
os cabelos dela.

Suki:
- ...ah, droga... Eu esqueci que não foi com você, né...? - e suspira, levando a
mão à testa.

Maianne Ribeiro:
- Não, não foi. Eu nunca ouvi isso antes. - murmura.

Suki:
- Merda... - resmunga baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Tem cara de coisa da yakuza. Deve ser algum juramento sério deles. - murmura.
Suki:
- ...será? - pergunta, estremecendo. - ...por isso as carpas no peito, talvez?!

Maianne Ribeiro:
- É o que eu acho. - diz. - Um juramento pela própria vida, sei lá.

Suki:
- Pela própria vida...? Grave assim...? - ela engole em seco.

Maianne Ribeiro:
- Eu não sei, eu chuto que é isso. - e da de ombros.

Suki:
- ...iiirk. - e estremece, movendo os ombros de leve. - Eu vou pensar direitinho.

Maianne Ribeiro:
- É, é melhor evitar isso. - murmura.

qualquersuki:
Suki:
- É. Eu vou tomar cuidado, prometo.

Maianne Ribeiro:
- Por favor. - suspira, afagando os cabelos dela.

Suki:
- Prometo. - murmura, fechando os olhos com o carinho.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado, leoa. - sorri.

Suki:
- De nada, Tigre~

Maianne Ribeiro:
Ele ri de leve, fazendo mais um afago nela antes de terminar de comer.
- É bom te ter de volta, depois desse tempo todo...

Suki:
- Parece que foi ontem que eu te vi, mas também parece que faz uma vida... - ela
suspira, boba.

Maianne Ribeiro:
- Foram longos, longos anos sem você. - ele sussurra. - Foi difícil, bem difícil...

Suki:
- Eu nem consigo imaginar. - murmura. - Vocês passaram anos me procurando, né...?

Maianne Ribeiro:
- É. A gente veio de Londres pra cá seguindo as pistas que a gente achava... Foi
bem difícil, mas valeu a pena, ao menos. - sorri. - Nós te achamos.

qualquersuki:
Suki:
- Isso que importa no final. Certo? - diz, boba.

Maianne Ribeiro:
- Exatamente. E nada vai separar a gente de novo. - ri.
Suki:
- Promessa~ - diz, boba.

Maianne Ribeiro:
- Até pela tal carpa, se precisar. - brinca, piscando um olho.

Suki:
- Olha, aí eu gostei~

Maianne Ribeiro:
- Resolvido. - ele ri baixinho, balançando a cabeça. - Vai descansar mais?

Suki:
- Acho que sim. É muita coisa pra minha cabeça. - ela suspira.

Maianne Ribeiro:
- Então descansa. - ele diz, ficando de pé. - Amanhã eu venho te buscar pra gente
começar tua rotina de soldado.

Suki:
- Mas não de recruta. Certo? - pergunta, esboçando um sorriso.

Maianne Ribeiro:
- Não de recruta. - ele ri baixinho.

Suki:
- Ótimo. - ela assente com a cabeça

Maianne Ribeiro:
- Você é forte demais pra ser recruta. - ri.

Suki:
- Eu não sei se concordo, mas aceito.

Maianne Ribeiro:
- Pois devia concordar. - ri. - Vai ver quando começar a treinar.

qualquersuki:
Suki:
- Mal posso esperar, se é assim~

Maianne Ribeiro:
- Vai ser divertido. E cansativo. - ri.

Suki:
- Eu aguento, se for divertido mesmo!

Maianne Ribeiro:
- Vai ser, você vai ver! - ri.

Suki:
- Acho bom!

Maianne Ribeiro:
Ele ri, afagando os cabelos dela.
- Bom descanso, mana.

Suki:
- ...sem cafune até eu dormir...? - choraminga, falsamente dramática.

Maianne Ribeiro:
- Falando assim eu não tenho como negar, né? - ele ri de leve, sentando na beirada
da cama.

Suki:
- A ideia foi essa, mesmo~ - ela ri, tirando os coturnos, mais animada

Maianne Ribeiro:
- Maligna. - brinca, risonho, afagando os cabelos dela.

Suki:
- Eu sou. Ardilosa como uma serpente~ - e ri baixinho, satisfeita, antes de se
ajeitar.

Maianne Ribeiro:
- Leoa serpente. - brinca.

Suki:
- Uma quimera~?

Maianne Ribeiro:
- Bem por aí. - brinca, risonho, continuando o carinho.

Suki:
- Mm~ - e ronrona baixinho, confortável, se aninhando para dormir.

Maianne Ribeiro:
O rapaz sorri, fazendo carinho até que a irmã adormecesse, cuidadoso...

qualquersuki:
Suki:
E o sono de Leanne é bastante conturbado, as memórias conflitantes, vários e vários
pesadelos durante toda a noite, de tal forma que ela acaba por desistir de voltar a
dormir...

Maianne Ribeiro:
Lucca acabara por ficar a noite toda ao lado da irmã, preocupado com os pesadelos e
a inquietação dela. Apenas sussurrava palavras carinhosas, tentando acalmá-la...
- ...hora de levantar e ir comer. - ele murmura, bem ao amanhecer

Suki:
- ...É. - diz, rouca, sentando-se para apoiar o rosto nas mãos. - Bom... Bom dia...

Maianne Ribeiro:
- Bom dia, leoa. - murmura, suspirando. - Nem vou perguntar como você dormiu,
porque... É.

Suki:
- Se foi ruim pra mim, imagino pra quem você que tava do lado. - ela suspira.

Maianne Ribeiro:
- Pra você com certeza foi pior. - ele ri, sem jeito.

Suki:
- Não vou discutir. - e suspira de novo. - Banho e café...?

Maianne Ribeiro:
- Banho e café. - ele assente com a cabeça.

Suki:
- Mm. - ela se levanta devagar, sonolenta.

Maianne Ribeiro:
- Vai, ânimo, soldado. - ele ri, tentando incentivar a irmã.

qualquersuki:
Suki:
- Lucca... - resmunga baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Ah, vai, tô tentando te animar! - ri.

Suki:
- Tudo bem, tudo bem, valeu a tentativa!

Maianne Ribeiro:
- Valeu, valeu. - ele ri de leve, puxando a irmã pra se levantar.

Suki:
- Não me arrasta...! - pede, apesar de se deixar levar.

Maianne Ribeiro:
- É só um puxão delicado~

Suki:
- Delicado, sei. Você não tem nada de delicado, Lucca! - responde, risonha.

Maianne Ribeiro:
- Eu sei. - e ri, bobo.

Suki:
- A Becca também sabe~? - provoca.

Maianne Ribeiro:
- ...ei! - ele ri, corando. - Não bota a Becca no meio!

Suki:
- OK, ok, não faço mais. Mas ganhei a provocação~

Maianne Ribeiro:
- Talvez. - brinca, balançando a cabeça. - Vai lá, banho. Eu te espero aqui.

Suki:
- Vou tentar não demorar, mas eu preciso relaxar um pouco. - diz, boba.

Maianne Ribeiro:
- Pode demorar um pouquinho, só não exagera. - pede.

qualquersuki:
Suki:
"Nem isso eu posso...", pensa, assentindo com a cabeça antes de se afastar,
apressada.

Maianne Ribeiro:
O rapaz suspira, se encostando na parede pra esperar a irmã. "Uns minutos de atraso
não vão matar a gente. Eu contorno."
Suki:
Apesar disso, Leanne logo sairia do banho, prendendo os fios úmidos em uma trança
embutida, o corpo ainda seminu.

- Preciso correr pra me vestir, ou tamos no horário? - pergunta, baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Estamos no horário, relaxa. - ele ri, e então hesita ao ver o joelho dela. - O...
O que diabos fizeram com você..?

Suki:
- Eu não sei. - murmura, passando a mão pelo rosto e pelos cabelos. - Essa é a
perna machucada.

Maianne Ribeiro:
- Eu vou fazer eles pagarem por tudo isso. Eu prometo. - sussurra, sério.

Suki:
- Lucca, não pensa nisso. - pede, o rosto mais pálido.

Maianne Ribeiro:
- Não dá pra não pensar no que eles fizeram com a minha irmãzinha. - ele sussurra,
cerrando os punhos.

Suki:
- Calma. - insiste, indo tocar as mãos dele. - A gente não sabe o que aconteceu.

Maianne Ribeiro:
- Você tá cheia de marca, cicatriz e tatuagem, coisa boa que não foi!

qualquersuki:
Suki:
- Lucca, fica calmo...! - pede, mais séria. - Se fosse tão ruim assim, eu teria
fugido!

Maianne Ribeiro:
Ele resmunga, balançando a cabeça.
- Talvez você não conseguisse fugir. Talvez eles tivessem te prendido com magia!

Suki:
- Você disse que me encontrou na rua com uma criança, não disse? Então pronto!
Calma! Chega!

Maianne Ribeiro:
- Disse. - resmunga. - Filho de algum yakuza que te botaram pra criar, aposto.

Suki:
- Lucca...! - reclama, dando um tapa no braço dele. - Já chega! Para de falar assim
deles!

Maianne Ribeiro:
- Ai..! Por que você tá se ofendendo?!

Suki:
- Porque você só tá falando besteira!

Maianne Ribeiro:
- Como você sabe que eu tô falando besteira?!
qualquersuki:
Suki:
- E-eu... Eu só sei! - reclama, dando outro tapa nele.

Maianne Ribeiro:
O rapaz resmunga, cruzando os braços.
- Vem, vamos comer.

Suki:
- Vamos, vamos. - resmunga de volta, se agachando para fechar os coturnos antes de
ajeitar a própria postura. - Podemos ir.

"Que inferno de roupa pesada...!"

Maianne Ribeiro:
- Eu deixei avisado pra fazerem o seu prato diferente. - murmura.

Suki:
- ...valeu, Lucca... - ela suspira, esboçando um sorriso aliviado. - Pelo menos
isso...

Maianne Ribeiro:
- Eu não vou deixar minha irmãzinha sofrer, mesmo ela estando errada. - provoca.

Suki:
- Você pode ser meu superior, mas a gente já viu que eu consigo arrancar todos os
seus dentes se eu quiser. Cuidado. - retruca, também de provocação.

Maianne Ribeiro:
- Faz isso não, eu fico triste. - ri.

Suki:
- E a sua digníssima também vai ficar~

Maianne Ribeiro:
- Lea..! - ele ri, corando.

Suki:
- Tudo bem, tudo bem, parei. - ela ri, entrelaçando o braço ao do irmão.

Maianne Ribeiro:
- Boba. - ele ri de leve, entrando no refeitório com Leanne.

Suki:
- Eu sou. - ela ri, beijando o ombro do irmão, carinhosa.

Maianne Ribeiro:
- Sei bem, te conheço. - sorri, retribuindo com um beijo na testa.

qualquersuki:
Suki:
- Mm. Me conhece como ninguém~

Maianne Ribeiro:
Ele apenas ri, começando a montar a própria bandeja de comida.
- Nate, traz a comida especial que eu pedi! - ele avisa ao soldado responsável pelo
refeitório.
Suki:
- Sim, senhor, Tenente! Bom dia, Tenente! Bom dia, recruta! - diz, em alto e bom
tom, claramente sorridente, antes de se afastar para buscar a comida de Leanne.

- Bom... Bom dia. - diz, rindo de leve, simpática.

Maianne Ribeiro:
- O pessoal aqui é legal, você vai ver. - sorri.

Suki:
- Tô percebendo. Você que é o chato. - provoca.

- Ela entendeu rápido. - brinca, servindo a comida de Leanne. - Bom apetite,


recruta.

- Obrigada~!

Maianne Ribeiro:
- Ei, eu não sou chato! - ele ri, carregando a própria bandeja pra uma das mesas.

Suki:
- Bom apetite, Tenente! - desconversa, risonho.

- Deu pra ver que você é uma piada pros subordinados~ - brinca, acompanhando-o.

Maianne Ribeiro:
- Ninguém me respeita... - brinca, dramático.

Suki:
- Você tem o que merece, bobo~

Maianne Ribeiro:
- Eu mereço respeito! - ri.

Suki:
- Merece desrespeito, isso mesmo, concordo!

Maianne Ribeiro:
- Nada disso, respeito! - ri, começando a comer.

Suki:
- Sei~ - provoca, resmungando algo baixinho antes de começar a comer.

Maianne Ribeiro:
- Ei, o que foi isso? - ri.

Suki:
- Agradecendo pela comida. - murmura, hesitando. - Por quê?

Maianne Ribeiro:
- ...agradecendo... Pela comida..?

Suki:
- ...É...? - ela franze a testa.

Maianne Ribeiro:
- Que estranho. - ele franze a testa. - Só o povo daqui que faz isso.

qualquersuki:
Suki:
- Bom, eu... Eu vivi aqui muitos anos, né...? - pergunta, hesitante.

Maianne Ribeiro:
- ...É. Devem ter enfiado isso na sua cabeça.

Suki:
- Lucca, você já parou pra pensar que eu podia _gostar_ de viver com eles? -
resmunga.

Maianne Ribeiro:
- Não. - resmunga.

Suki:
- Pois é. Então é uma boa hora pra começar a pensar.

Maianne Ribeiro:
- Não faz sentido. - ele retruca.

Suki:
- Não faz sentido é - - - e nega com a cabeça, se calando.

Maianne Ribeiro:
- Não faz sentido o quê?

Suki:
- Nada não, Lucca.

"Estar aqui. Estar aqui que não faz sentido."

Maianne Ribeiro:
Ele apenas balança a cabeça, terminando de comer.
- Quando você terminar, eu te levo ao centro de treinamento.

Suki:
- A gente vai treinar juntos de novo? - pergunta, erguendo uma das sobrancelhas.

Maianne Ribeiro:
- Não, hoje não. Voce vai treinar com os recrutas por hoje, porque você precisa
aprender o básico de como as coisas funcionam. - explica.

qualquersuki:
Suki:
Ela revira os olhos.

- Prometo me conter.

Maianne Ribeiro:
- Por favor. - ri.

Suki:
- Pode deixar. Vou ser uma boa cachorrinha e obedecer os adestradores. - diz,
sarcástica.

Maianne Ribeiro:
- Lea..! - ele resmunga. - Não fale assim!

Suki:
- Já falei. - e dá de ombros.
Maianne Ribeiro:
- Pois não repita. - retruca.

Suki:
Ela faz uma careta, imitando Lucca em silêncio, antes de balançar a cabeça
negativamente.

- Quando vai ser a nossa primeira patrulha?

Maianne Ribeiro:
- Se tudo der certo, em alguns dias. - murmura. - Você tem os protocolos pra
aprender.

Suki:
- Não dá pra ter um intensivão e adiantar isso? - ela suspira.

Maianne Ribeiro:
- ...posso ver se consigo mexer uns pauzinhos pra você ir comigo hoje. - ri.

Suki:
- ...em troca, eu me comporto no treinamento. Que tal? - pergunta, esboçando um
sorriso.

Maianne Ribeiro:
- Resolvido. - ri.

Suki:
- Assim eu até me animo. - diz, boba. - Rola um sorvete na hora de voltar pra
casa~?

Maianne Ribeiro:
- Vou pensar no seu caso. - provoca.

Suki:
- Droga, vou ter que me comportar!

Maianne Ribeiro:
- Vai, vai sim. - ri.

Suki:
- Eu mesma me coloquei nessa armadilha, e eu mesma não consegui fugir dela. - ri,
baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Exatamente. A culpa é toda sua. - brinca, risonho.

qualquersuki:
Suki:
- Eu sei, eu sei. Obrigada, de nada, de nada~

Maianne Ribeiro:
Ele ri outra vez, ficando de pé.
- Pronta pra ir?

Suki:
- Prontissima, Tenente! - diz, prestando continência com uma risadinha, ignorando a
ruiva que fuzilava os dois com o olhar.
Maianne Ribeiro:
- Ótimo, re... - ele pausa ao notar a ruiva, o sorriso hesitando. - B... Becca? Que
cara é essa?

Suki:
- Bom dia, Tenente. - murmura, prestando continência para o homem, séria. - Cara
nenhuma, senhor. Só vindo conhecer a nova recruta favorita do senhor. - e se
afasta, irritada, sem dizer mais nada.

- ...isso foi ciúme...? - pergunta, confusa.

Maianne Ribeiro:
- ...foi. Eu já volto. - diz, se afastando atrás da outra. - Becca! Rebecca,
espera!

Suki:
- Eu estou indo para o meu treinamento, Tenente! - responde, sem se virar.

Maianne Ribeiro:
- Rebecca, a Leanne é minha irmã! - exclama.

Suki:
- Ah, não. Não não não, você não OUSE mentir assim pra mim! - diz, girando nos
próprios calcanhares para encará-lo, o indicador acertando o peito dele.

Maianne Ribeiro:
- Eu não estou mentindo, ela é minha irmã! - exclama, erguendo os braços em sinal
de inocência. - Pode perguntar pra marechal!

Suki:
- Mais clara do que eu, de cabelo liso e loirinha, e é sua irmã?! Vá a merda,
Lucca. - rosna, empurrando-o com violência antes de voltar a se afastar, o rosto
vermelho de raiva.

Maianne Ribeiro:
- Mais... Quê?! - ele murmura, sem entender. - A Lea e eu temos a mesma cor de
pele, e o cabelo dela é crespo como o meu era! Do que diabos você tá falando?!

Suki:
Rebecca nem sequer responde, os passos bastante pesados e irritados a levando para
longe de Lucca, furiosa e incrédula...

Maianne Ribeiro:
- ...do que diabos..?! - ele sussurra, voltando pra perto de Leanne sem entender.

qualquersuki:
Suki:
A garota estava no mesmo lugar de antes, em pé, esperando o irmão...

- O que deu nela?

Maianne Ribeiro:
- Eu não faço ideia, ela disse que você era loira e branca..!

Suki:
Ela franze ainda mais a testa.

- Ew. Que nojo, ser chamada de palmito assim.


Maianne Ribeiro:
- Pois é! Eu não sei de onde ela tirou isso! - exclama.

Suki:
- Acho que ela só ficou enciumada e quis me atacar...? - murmura, confusa.

Maianne Ribeiro:
- Só pode ser, porque não faz sentido. - murmura, balançando a cabeça. - Vem, vamos
pros treinos.

Suki:
- Depois você fala com ela. - e suspira, afagando de leve o ombro dele.

Maianne Ribeiro:
- Vou tentar sim, quando ela tiver mais calma. - suspira.

Suki:
- Ela parece bem esquentada. - murmura.

Maianne Ribeiro:
- Ela é. Mas é meio charmoso. - ri.

Suki:
- ...n-não é c-como se eu gostasse de você, t-tenente idiota~ - provoca em uma voz
falsamente aguda.

Maianne Ribeiro:
- Puta merda, Lea..! - ele gargalha, corando. - Igualzinho!

qualquersuki:
Suki:
- P-pera, quê?! - ela hesita, corando também enquanto o encarava. - S-sério?!

Maianne Ribeiro:
- Sério, ela é bem assim!

Suki:
- E você se apaixonou por esse tipo de comportamento?! Lucca...!

Maianne Ribeiro:
- Eu sou um idiota, eu sei. Mas ela é linda e incrível. - ri.

Suki:
- E dramática. - adiciona, risonha.

Maianne Ribeiro:
- E dramática!

Suki:
- Justo. Eu aceito uma cunhada assim. - brinca.

Maianne Ribeiro:
- Ela não é sua cunhada... Ainda.

Suki:
- Ainda~

Maianne Ribeiro:
- Ainda! - ri, bobo, parando na frente do centro de treinamento. - Vai lá. Eu vou
tentar te encontrar pro almoço.

Suki:
- Boa sorte pra mim. - brinca, abraçando o irmão com firmeza antes de se afastar.

Maianne Ribeiro:
- Boa sorte, até! - e se afasta.

qualquersuki:
Suki:
Já era o almoço quando Rebecca enfim sai do próprio treinamento, ainda bastante
irritadiça, soltando os fios ruivos para refazer o coque enquanto resmungava em
inglês...

Maianne Ribeiro:
- Ei. Ei, Becca. Tem um tempinho? - Lucca murmura, se aproximando dela.

Suki:
- ...'o que você quer?!' - reclama, irritada.

Maianne Ribeiro:
- 'Eu quero conversar com você. Entender o que deu pra você ficar com ciúme da
minha irmã.' - murmura.

Suki:
- '...sua irmã. A irmã que a base inteira tá comentando como não tem nada a ver com
você, e que repentinamente surgiu e tá pendurada no seu braço? Essa mesma 'irmã'?!'

Maianne Ribeiro:
- 'Como assim, não tem nada a ver comigo?! Ela é igualzinha a mim!' - ele exclama,
sem entender. - 'De onde você tirou que ela é branca?!'

Suki:
- 'Lucca, todo mundo tá falando a mesma coisa!' - retruca, irritada. - 'De como
você passou anos falando que tava atrás da tua irmã quando na verdade era da tua
namorada!'

Maianne Ribeiro:
- 'Ela não é minha namorada, pelos céus! Eu não sei de onde tiraram isso, ela é
minha irmã, filha da minha mãe e do meu pai, nós crescemos e nos criamos juntos!'

Suki:
- 'Lucca, é ÓBVIO QUE ELA NÃO É A SUA IRMÃ!' - grita, irritada, sobressaltando
alguns soldados próximos.

Maianne Ribeiro:
- 'Mas ela É minha irmã, pelos céus! Eu preciso pedir pra marechal confirmar
isso?!'

qualquersuki:
Suki:
- 'Eu vou precisar pedir pr—' - ela respira fundo. - Você. Akira. - chama com um
aceno de mão. - Sabe a recruta nova, que supostamente é a irmã do Tenente? Qual é a
cor dela?

Maianne Ribeiro:
- ...huh? A recruta nova? - ele murmura, confuso. - A... Cor? Uh, bronzeada..?

Suki:
- Bronzeada tipo o Tenente ou bronzeada como uma pessoa branca que queimou? -
pergunta, franzindo a testa.

Maianne Ribeiro:
- Tipo uma branca que queimou. - murmura, sem jeito. - Até o cabelo dela é meio
queimado de sol, loiro nas pontas.

Suki:
- EU DISSE! - exclama, encarando Lucca. - Branca e loira!

Maianne Ribeiro:
- Ela não é branca e loira, a Lea é da minha cor..! - exclama, sem entender. -
Vocês precisam ir no médico examinar seus olhos, os dois.

- B-bem, ela é morena, mas não tão escura quanto o senhor, tenente... - Akira
sussurra, sem jeito.

Suki:
- Como assim morena?! - Rebecca franze a testa. - A garota é mais branca que eu,
Akira!

Maianne Ribeiro:
- Ela..? Não, não, de jeito nenhum, ela é queimada de sol!

- Ela... Quê? - Lucca murmura, passando a mão na testa. - Que maluquice é essa?!

Suki:
A mulher cruza os braços, olhando de um para o outro.

- A gente tá interpretando a cor dela diferente. Bora pra uma coisa mais objetiva,
então. Olhos azuis.

Maianne Ribeiro:
- Castanhos, bem escuros. - Akira murmura.

- São cor de mel! - Lucca nega com a cabeça.

qualquersuki:
Suki:
- ...tudo bem, tem alguma coisa _muito_ errada...!

Maianne Ribeiro:
- Isso não faz sentido algum! - exclama. - ...os yakuza. Isso só pode ser obra dos
yakuza!

Suki:
- Os-- do que você tá falando?!

Maianne Ribeiro:
- A minha irmã ficou anos nas mãos dos yakuza, eu aposto que eles lançaram alguns
maldição nela!

Suki:
- Não é assim que funciona, é?! E se fosse uma maldição, mesmo, por que você seria
imune?!

Maianne Ribeiro:
- Eu não sei, mas tem que ter alguma explicação, e eu aposto que é culpa deles!
Suki:
A mulher revira os olhos.

- Então ela é sua irmã, mesmo...? - pergunta, cruzando os braços.

Maianne Ribeiro:
- É o que eu tô dizendo desde o início, a Leanne é minha irmã!

Suki:
- Ninguém tinha como saber, com essa diferença de aparência física! - retruca, as
bochechas corando.

Maianne Ribeiro:
- Mas eu falei que era! - ele resmunga.

Suki:
- Mas ela é completamente diferente de você, nos meus olhos!

Maianne Ribeiro:
- Nos meus olhos não é. E se ela fosse adotiva, ia ser diferente de verdade!

Suki:
- Tá, mas aí você teria avisado que é sua irmã adotiva, não de verdade!

Maianne Ribeiro:
- E você não podia só acreditar quando eu disse que era minha irmã?!

qualquersuki:
Suki:
- Como que eu ia saber vendo ela tão diferente de você?!

Maianne Ribeiro:
- Acreditando em mim. - resmunga. - ...esquece. Eu vou procurar a Lea, a gente vai
patrulhar hoje.

Suki:
- Eu vou junto, Tenente? - pergunta, mais formal, ajeitando a postura.

Maianne Ribeiro:
- ...se quiser. - resmunga.

Suki:
- Você quem é o superior. - responde

Maianne Ribeiro:
- Se quiser, Rebecca. Já disse.

Suki:
- Sim, senhor. Estarei pronta. - diz, prestando continência.

Maianne Ribeiro:
- Ótimo. - murmura, se afastando. "Eu preciso avisar a minha mãe sobre seja lá o
que for isso com a Lea..."

Suki:
A mulher estava em uma das mesas do refeitório, afastada de todas as outras, apenas
Leanne lhe fazendo companhia, ambas em silêncio...

Maianne Ribeiro:
- Com licença. - ele murmura. - Eu preciso conversar com vocês.

Suki:
- O que aconteceu...? - Leanne pergunta baixinho, preocupada. - Você parece tenso.

Maianne Ribeiro:
- Tem algo estranho acontecendo. - ele sussurra. - A Rebecca realmente te vê de
outro jeito. O Akira, um dos recrutas, te vê de outro jeito diferente. Tem alguma
magia nisso.

Suki:
- Como... Como assim?

- Cada pessoa te vê de uma forma diferente, e ninguém como você é de verdade. -


Caroline suspira, sem se alterar. - É uma maldição.

Maianne Ribeiro:
- ...ninguém? Nem eu..?! - Lucca exclama.

Suki:
- Não sei dizer. Eu sei que eu a vejo como ela é, mas não posso dizer o mesmo por
você.

- P-pera, como assim?! Que maldição é essa?!

Maianne Ribeiro:
- Eu sei que eu vejo a Lea do jeito que ela é. Não tenho dúvidas!

qualquersuki:
Suki:
- Não dá pra dizer. - ela suspira. - Mas o Bartolomeu fez isso antes de morrer. Por
isso foi tão difícil conseguir pistas.

Maianne Ribeiro:
- ...o... O papai? - ele estremece. "Não foi a yakuza..."

Suki:
- É. Imagino que para que ninguém pudesse encontrá-la e protegê-lo do Alexander. -
suspira.

Maianne Ribeiro:
- Pelos céus... - ele estremece. - E pra quebrar essa maldição, só com magia...

Suki:
- Não. Não importa o quão grave isso seja, não vamos remediar magia com mais magia.
- Caroline diz, severa.

Maianne Ribeiro:
- E-eu sei, mãe. Eu sei. - sussurra.

qualquersuki:
Suki:
- Assunto encerrado, então.

- Mm... C-certo. Mãe. M-marechal, d-desculpe... Eu... Eu só... Queria saber se....
- ela gagueja, atrapalhada, olhando do irmão para Caroline.

Maianne Ribeiro:
- Sim, senhora. - murmura. - Posso levar a Leanne pra patrulha? A Rebecca deve ir
também.

Suki:
A mulher suspira, assentindo com a cabeça.

- Ele... Ele pode me levar pra tomar um sorvete depois...? - pede, bem baixinho,
fazendo Caroline engasgar de leve...

...e rir.

Não, não apenas rir.

Gargalhar. Uma gargalhada gostosa, alta, que chamaria a atenção de todo o


refeitório enquanto a mulher erguia a mão para bagunçar os cabelos da filha,
carinhosa, a expressão mais suave bastante contrastante com o estado do próprio
corpo.

- ...pode sim, querida. Aproveitem.

Maianne Ribeiro:
- Sorvete~ - ele ri baixinho, fazendo mais um afago nos cabelos da irmã. - Eu pago.
Você não recebeu seu primeiro salário ainda~

Suki:
- Tragam algo para mim. - pede, gentil, enquanto Leanne encolhia os ombros e
aproveitava o carinho, as bochechas vermelhas de vergonha.

- Vocês tão me fazendo passar vergonha...!

- Não é vergonha nenhuma pra nós ter a minha filha de volta depois de todos esses
anos em busca de você.

Maianne Ribeiro:
- Exatamente. Deixa a gente ser feliz um pouco com você aqui. - ri.

Suki:
- Tudo bem, tudo bem...! Mas sem chamar atenção de todo mundo de novo!

- Claro, claro. - ela ri.

Maianne Ribeiro:
- Assim não tem graça. - ele brinca. - Vamos, soldado!

Suki:
- Sim, senhor, Tenente! - ela ri, empolgada.

Maianne Ribeiro:
Ele ri de leve, guiando a irmã pra fora.
- Conversei com a Becca, eu acho que ela finalmente aceitou que você é minha irmã.
Ficou toda mansinha depois que percebeu a merda que tinha feito.

Suki:
- Ah, foi assim que você percebeu a diferença de aparência? - pergunta, erguendo as
sobrancelhas. - Que péssimo jeito!

Maianne Ribeiro:
- Foi, foi sim. Ela puxou um recruta pra concordar com ela, e cada um falou uma
coisa diferente!
qualquersuki:
Suki:
- Depois me diz quem é o recruta, quero fingir tirar satisfação como se ele tivesse
me chamado de feia~

Maianne Ribeiro:
- Foi o Akira, não sei se sabe quem é. - ri.

Suki:
Ela nega com a cabeça.

- Mas eu descubro!

Maianne Ribeiro:
- Boa sorte. - ele ri de leve.

Suki:
- Eu sou boa em conseguir o que eu quero, Tigre~

Maianne Ribeiro:
- ...ei, o que você tá pensando?! - ele resmunga.

qualquersuki:
Suki:
- Em conseguir um bom cobertor pra aquecer meu joelho~

Maianne Ribeiro:
- Um-- Lea, pelos céus!

Suki:
- O que foi?! Minhas coxas são grossas, elas sentem muito frio!

Maianne Ribeiro:
- Eu não quero saber da minha irmã se pegando com ninguém!

Suki:
- Você não precisa saber, não se preocupa~

Maianne Ribeiro:
- Ótimo, eu realmente não quero saber!

Suki:
- Pode deixar, Tenente Tigre~

Maianne Ribeiro:
- Ai, ai... Se cuida, por favor. - suspira.

Suki:
- Eu não vou te dar sobrinhos, se é esse o seu medo, pode deixar!

Maianne Ribeiro:
- Por favor, sem sobrinhos!

Suki:
- Pode deixar, pode deixar!

Maianne Ribeiro:
- Mas já aviso, eu não garanto nada. - e pisca um olho. - Quero um time de futebol.
Suki:
- Coitada da Rebecca. Acho que é melhor ela sair correndo, se é assim ~

Maianne Ribeiro:
- Nada disso! - ri. - Ela vai é ficar feliz, aposto!

Suki:
- Duvido! Parir é horrível! - e faz uma careta.

Maianne Ribeiro:
- Como se você soubesse. - ri.

Suki:
- Talvez eu-- - ela cruza os braços, hesitando.

"Será que eu teria esquecido até isso...?", pensa, mais pálida.

Maianne Ribeiro:
- Talvez o que? Tenha parido? - ele ergue uma sobrancelha.

qualquersuki:
Suki:
- ...deixa esse papo pra lá. - sussurra, sem muita força, um nó na garganta
impedindo a própria voz de sair direito.

Maianne Ribeiro:
- ...ei. Ei, Lea, o que...?

"Não. Não. Aquela criança não pode ser dela... Pode..?"

Suki:
- Bora. Patrulha. - sussurra, a expressão bastante tensa, sofrida.

Maianne Ribeiro:
- ...patrulha. - murmura. - Vamos encontrar com a Becca e seguir.

Suki:
- Sim, senhor, Tenente. - sussurra, cabisbaixa.

Maianne Ribeiro:
Ele suspira, afagando os cabelos dela, gentil, indo procurar Rebecca.

Suki:
A soldado estava saindo de um dos dormitórios, ajeitando as próprias armas no
uniforme, cuidadosa.

- Boa tarde, Tenente. - murmura, séria, prestando continência.

"Impossível que ela não seja assim...", pensa, observando Leanne de canto de olho.
"É tão real..."

Maianne Ribeiro:
- Boa tarde, soldado. - ele assente com a cabeça, sorrindo. - Pronta pra ir?

Suki:
- Prontissima, senhor. - diz, assentindo com a cabeça antes de sorrir de volta em
um pedido de desculpas silencioso.

Maianne Ribeiro:
- Então vamos. É bom que vocês aproveitam e se conhecem um pouco. - ele ri de leve,
guiando as duas.

Suki:
- Você vai tomar sorvete com a gente no fim da patrulha, Becca? - pergunta,
tentando ser simpática.

- Ah, vocês planejaram isso? A Marechal autorizou?

Maianne Ribeiro:
- Sim, e sim. - ele sorri. - Sorvetinho~

Suki:
- Bom, sendo assim... Eu adoraria ~

- O Tenente paga! - Leanne diz, boba.

Maianne Ribeiro:
- Sim, sim, eu pago. Mas só hoje!

Suki:
- Só hoje nada! - a mais nova ri.

Maianne Ribeiro:
- Só hoje sim! - ri.

Suki:
- Pelo menos esse mês, Tigre, eu preciso receber salário antes!

Maianne Ribeiro:
- Só esse mês, então. Mais nada!

Suki:
- Tudo bem, tudo bem, eu aceito!

Maianne Ribeiro:
- Resolvido. - ri, guiando as duas pela rota da patrulha.

qualquersuki:
Suki:
- E onde é o posto?

- Ali na frente. - explica, indicando uma praça que começava a encher pelos
transeuntes em horário de almoço.

- ...ahh, que linda~

Maianne Ribeiro:
- Eh... Ainda sinto falta de Londres. - suspira. - Ronda?

Suki:
- Eu também... - Rebecca suspira, enquanto Leanne olhava ao redor, boba. - 'Agora
que encontramos a sua irmã, devíamos pensar em ir embora...'

Maianne Ribeiro:
- 'Olha, é uma boa ideia.' - ele assente com a cabeça. - 'Voltar pra casa...'

Suki:
- 'Não tem mais razão pra continuar aqui, tem? Qualquer outra pessoa pode cuidar
dessa base.'

- 'A gente pode decidir isso depois que eu tiver visto pelo menos _um pouco_ do
lugar?' - Leanne pede.

Maianne Ribeiro:
- 'Tudo bem, tudo bem!' - ele ri, balançando a cabeça.

A alguns metros dali, um rapaz observava o trio disfarçadamente, a mão levemente


trêmula escondida em um dos bolsos, os cabelos ajudando a esconder seu olhar. Usava
uma espécie de kimono modernizado, elegante, calças bem alinhadas e sapato social,
em tons neutros. "É ela..!"

Suki:
- 'Quem vai me levar pra dar a primeira volta~?' - pede, estremecendo e se virando
para olhar ao redor, confusa.

"Onde...?"

Maianne Ribeiro:
- 'Eu vou.' - murmura. - 'Algum problema..?'

Suki:
Ela nega com a cabeça.

- 'Achei que tivesse sentido alguém me encarando.' - murmura. - 'Bora. Me ensina a


rota.' - pede.

Maianne Ribeiro:
- 'Te encarando, é? Não gostei disso.' - resmunga, guiando a irmã.

Suki:
- 'Tigre...!' - ela ri. - 'É impressão, só, tem muito tempo que eu não saio!'

Maianne Ribeiro:
- 'Hmpf. Se alguém arranjar problema com você, me fala!'

Suki:
- 'Eu sei me defender sozinha, Lucca!'

Maianne Ribeiro:
- 'E eu sou seu irmão, eu me preocupo!'

qualquersuki:
Suki:
- 'Tudo bem, tudo bem, mas você já me viu lutando, esqueceu?!'

Maianne Ribeiro:
- 'Já, já vi. Você limpa o chão com a cara de qualquer um.' - ri.

Suki:
- 'Então pronto. Pode ficar calminho~'

Maianne Ribeiro:
- 'Eu tô caminho!'

Suki:
- 'Continue assim, então~' - ela ri, hesitando quando uma mulher se aproxima para
pedir a ajuda de Lucca, falando sobre a filha que desaparecera no meio da multidão,
amedrontada...

Maianne Ribeiro:
O rapaz pausa, indo ajudar a mulher, cuidadoso, pegando as informações e descrições
necessárias.

Suki:
E isso faz Leanne olhar e olhar ao redor, até perceber o rapaz que os observava, se
aproximando dele a passos firmes, a postura rígida e um tanto séria.

Maianne Ribeiro:
"...ela..!"

Ichiro finge não notar até que a garota se aproxime o suficiente, enfim erguendo o
olhar
- Boa tarde. - murmura, o olhar neutro.

Suki:
- Boa tarde. - diz, séria. - ...eu sinto muito, senhor, mas vou precisar do seu
nome completo e do seu telefone. - e se aproxima mais da orelha dele, suave. - ...é
um crime você, lindo desse jeito, ficar me olhando e não ter como me levar pra
jantar depois~

Maianne Ribeiro:
O rapaz solta um risinho, balançando a cabeça.
- Ora, eu não sabia que você tinha notado... - sorri, enigmático, puxando um cartão
e entregando-o pra Leanne. Havia apenas um nome, Shogun, e um telefone. - Eu posso
te levar pra jantar, então?

Suki:
- Meus sentidos são bem aguçados, por mais que eu pareça ser desajeitada. - brinca,
roçando os dedos nos dele ao pegar o cartão, afastando o rosto. - ...pode,
_Shogun_, pode sim. Mas eu ainda não tenho um telefone meu, isso é um problema~?

Maianne Ribeiro:
- Problema algum. Eu te dou um de presente quando sairmos pra jantar. - ri, os
olhos se estreitando. - Me liga, então?

qualquersuki:
Suki:
- ...isso é um presente generoso _demais_ pra alguém que você não conhece. - ela
sorri, satisfeita, a expressão imitando a dele. - Ou talvez você me conheça, e eu
tenha me esquecido, mm~?

Maianne Ribeiro:
- Talvez. Talvez sim, talvez não. Talvez eu apenas seja uma pessoa bondosa, que
quer um jeito fácil de se comunicar com você~

Suki:
A garota ri baixinho, aproximando os lábios da orelha dele novamente.

- Ou talvez você seja alguém que quer mais informações sobre o exército, e isso é
razão o suficiente para eu te levar para ser interrogado, sabia~? - diz,
ameaçadora.

Maianne Ribeiro:
- Oh, não. Isso não me parece um bom jantar... - ele ri. - A comida do exército
deve ser péssima.
Suki:
- ...mm. Isso com certeza ela é. Meu gosto é bem melhor. - sussurra, o hálito
quente esbarrando na orelha dele. - Às sete aqui. - diz, rasgando o cartão dele no
meio e jogando os pedaços para os lados antes de se afastar, dar uma piscadinha
para Ichiro, ajeitar o uniforme e voltar para perto de Lucca.

"...ele me conhece, e é bem claro que ele tá me procurando.", pensa, olhando por
cima do ombro para o rapaz e mordendo o lábio inferior. "Agora _de onde_?"

Maianne Ribeiro:
"Às sete aqui," ele pensa, se afastando também, a mente em turbilhão enquanto se
afastava. "Pelos deuses..!"

- Que cara é essa? - Lucca pergunta, ao ver a irmã se aproximar novamente.

Suki:
Ela nega com a cabeça.

- Encontrou a menina?

Maianne Ribeiro:
- Encontrei. Que cara é essa? - insiste.

Suki:
- Consegui um encontro. - e dá de ombros.

Maianne Ribeiro:
- ...conseguiu o quê?!

qualquersuki:
Suki:
- Um encontro. - repete, encarando-o com seriedade, piscando lentamente.

Maianne Ribeiro:
- Um encontro com quem? Que história é essa..?

Suki:
- Um encontro com um rapaz, Lucca, o que mais você quer saber? - e cruza os braços.

Maianne Ribeiro:
- Quero saber quem é esse rapaz, onde, como vai ser isso. - resmunga.

Suki:
- Não te interessa. - ela suspira. - É alguém que eu conheço, é tudo o que você
precisa saber.

Maianne Ribeiro:
- Alguém que você conhece? De onde?

Suki:
Ela ergue as mãos.

- Eu não sou suspeita pra ser interrogada desse jeito. - responde.

Maianne Ribeiro:
- Lea, é pro seu bem!

Suki:
- Lucca, eu _sei_ o que é pro meu bem.
Maianne Ribeiro:
Ele balança a cabeça, preocupado.
- Eu não sei...

Suki:
- Confia em mim. - pede. - Se qualquer coisa der errado, eu dou um jeito de te
avisar.

Maianne Ribeiro:
- Por favor. - sussurra, preocupado. - Eu não quero que aconteça alguma coisa com
você...

Suki:
- Não vai. Eu prometo. - ela sorri de leve, segurando as mãos dele. - Eu sei me
defender.

Maianne Ribeiro:
- Por favor. - insiste. - ...vem. Vamos continuar a ronda.

Suki:
- E sem falar sobre isso pra Rebecca. - pede.

Maianne Ribeiro:
- ...por quê?

qualquersuki:
Suki:
- Porque quanto menos gente souber, melhor. - resmunga.

Maianne Ribeiro:
- Tá bom, tá bom... - sussurra. - Eu vou ficar quieto.

Suki:
- Ótimo. E nem _sonha_ em comentar isso com a mamãe. - murmura.

Maianne Ribeiro:
- Tá, tá, eu não vou falar. Já disse.

Suki:
- Ótimo. Agora me ensina direito o esquema da patrulha!

Maianne Ribeiro:
- Deixa comigo. - ele assente com a cabeça, explicando tudo pra irmã, cuidadoso.

qualquersuki:
Suki:
Leanne passaria o resto do dia se dedicando com afinco às tarefas de soldado. Sabia
que o irmão não gostara da notícia do encontro, e só não se opusera mais porque
ambos sabiam que, além da sua grande capacidade em combate, a garota ainda mantinha
sua magia intacta.

Era noite, e Leanne convencera Lucca a acobertá-la, induzindo o irmão a levar


Rebecca para dormir fora aproveitando a noite livre que tinha conseguido com a
Marechal.

....mas com um custo, é claro. Já se passara bastante das sete quando Leanne enfim
consegue despistar todos os envolvidos, se aproximando a passos desajeitados do
local onde encontrara o rapaz. Roubara uma calça da mãe, e uma camiseta de Rebecca,
os coturnos por dentro dos jeans para tentar disfarçar um pouco a brutalidade das
peças de uniforme...

"Ótima ideia, chegar sozinha, desalinhada, de noite, alerta, pra um encontro com um
yakuza que não tem nome. Genial, Leanne...!", pensa, olhando ao redor.

Maianne Ribeiro:
O dia de Shogun seria igualmente atarefado, por mais que o rapaz mal conseguisse se
concentrar nos afazeres, distraído demais com o que acontecera mais cedo.
Encontrara Leanne, enfim... E ela não parecia se lembrar dele, como esperado.

Ainda assim, ela se aproximara, e ele tinha uma chance - chance essa que ele não
estava disposto a perder. O rapaz chegaria pontualmente, cinco minutos antes do
horário marcado, a jaqueta vermelha dando um toque de cor ao traje cinza e preto,
composto de uma camisa de botão, calça e botas leves.

E então, os minutos se passam, e a preocupação se apossa de Ichiro. E se fosse uma


armadilha? E se tivessem feito algo com ela? E se? E se..?

"Finalmente..!" pensa, aliviado, ao ver a garota se aproximando, disfarçando a


preocupação com um sorrisinho.
- Chegou na hora certa. - provoca.

qualquersuki:
Suki:
- Na hora certa pra ir embora, eu sei. - ela ri de leve, apoiando as mãos nos
joelhos para retomar o próprio folego, as bochechas corando com a provocação dele,
e ficando ainda mais vermelhas quando ela ergue o rosto para encará-lo.

"...ele é tão lindo...!"

Maianne Ribeiro:
Ele sorri de canto, indicando com a cabeça pra que ela o seguisse.
- Vem comigo. Eu vou te levar num lugar legal.

Suki:
- ...pera. Tem... tem uma coisa que eu preciso fazer antes. - murmura, ajeitando a
própria postura. - Posso te revistar?

Maianne Ribeiro:
Ele solta um risinho, olhando por cima do ombro.
- Eu não tenho nenhuma arma comigo, se é essa a sua preocupação. Mas tudo bem, à
vontade. - e ergue os braços.

Suki:
- Dá pra ver que você _não precisa_ de uma arma. - responde, como se fosse óbvio,
um turbilhão de vento dançando pelas peças de Ichiro antes que ela suspirasse.
- ...pronto.

Maianne Ribeiro:
- ...magia..? - ele ergue uma sobrancelha, surpreso.

Suki:
- Você me conheceu com ela, não foi? Por que essa expressão? - provoca, sorrindo de
canto, ameaçadora.

Maianne Ribeiro:
- Porque eu achei que ninguém do exército conseguisse usar magia. - responde, se
virando pra ela novamente.
Suki:
"Significa que você me conheceu com ela, e pelo seu jeitão, foi na yakuza.", pensa,
dando de ombros, falsamente inocente, ainda observando-o com a expressão afiada.

Maianne Ribeiro:
- ...mais alguma coisa antes de irmos jantar? - pergunta, neutro.

qualquersuki:
Suki:
- Não sei. Eu que te pergunto. - ela coloca as mãos nos bolsos.

Maianne Ribeiro:
- Eu? Por mim, nós vamos comer. Aposto que os dois estão famintos. - sorri.

Suki:
- Tudo bem, por mim. - ela assente com a cabeça, relaxando os ombros. -
Infelizmente eu não tô tão bem vestida quanto você, mas... espero que seja o
suficiente.

Maianne Ribeiro:
- Não se preocupe, você continua linda. - ele ri de leve, começando a guiar a
garota.

Suki:
- Continuo, eh? - provoca, vitoriosa, acompanhando-o pouco atrás.

Maianne Ribeiro:
- Sim, continua. - sorri, as mãos nos bolsos.

Suki:
- Você não vai me falar nada, porque não sabe até onde eu sei e até onde eu não
lembro, acertei~?

Maianne Ribeiro:
- Eu posso falar mais, mas não em público. - diz.

Suki:
Ela franze a testa.

- Não tem ninguém comigo, se é esse o seu medo. - murmura, mais séria, segurando o
braço dele e obrigando-o a parar de andar. - ...eu não fiz isso pra jantar, e eu
tenho certeza que você também não. Desembucha.

Maianne Ribeiro:
Shogun suspira, sem se virar.
- Eu estava te procurando, Leanne. Eu te procurei por anos. - responde. - Até
descobrir que o exército tinha te levado poucos dias atrás.

Suki:
- ...anos...? - e franze a testa. - Como assim _anos_?!

Maianne Ribeiro:
- Anos. Você desapareceu da família quando o exército começou a se aproximar.
Quando a Caroline matou meu pai.

qualquersuki:
Suki:
O coração de Leanne acelera de forma dolorida ao ouvir a última frase, de tal forma
que ela se encolhe e leva uma das mãos ao peito, a cabeça em turbilhão logo
fazendo-a recuar e vomitar.

Lembrava-se de sangue, de um grito feminino cortando a noite fria, de um choro de


bebê e... e....!

Maianne Ribeiro:
"Merda."
O rapaz se aproxima de Leanne, apoiando-a como podia, usando magia pra limpar seus
lábios.
- Respira. - sussurra. - Inspira pelo nariz, solta pela boca.

Suki:
Assim que ele faz menção de tocá-la, porém, é violentamente jogado para trás, a
garota recuando mais e mais passos até cair sentada no chão, ofegando ruidosamente,
a mão esquerda erguida como um aviso para que ele não se aproximasse novamente...

"Por quê.... por quê....?", pensava, repetindo os pensamentos de anos atrás,


confusa, as lágrimas surgindo e escorrendo pelo rosto.

Maianne Ribeiro:
O rapaz vai ao chão, puxando o ar por entre os dentes. "Péssima ideia..." pensa, se
levantando devagar.
- Respira. - pede outra vez. - Deixa eu te ajudar.

Suki:
- N-não... n-não chega perto... n-não chega perto... - balbucia, se empurrando para
trás debilmente, ainda incapaz de ficar de pé. - N-não chega perto...!

Maianne Ribeiro:
- Não vou chegar perto. - diz, erguendo as mãos. - Não vou.

Suki:
Longos minutos se arrastam entre os dois, onde tudo que Leanne fazia era chorar e
soluçar, até que ela enfim se apóia no joelho esquerdo para se levantar com um
grunhido baixinho de dor, trêmula.

- ...um... um lenço e... e água... - pede, secando o rosto com as mãos,


atrapalhada.

Maianne Ribeiro:
- Um lenço eu tenho. - diz, usando magia pra levar o lenço até ela. - A água eu
posso comprar.

qualquersuki:
Suki:
- N-não demora. - é tudo que ela diz, pegando o lenço e colocando-o junto ao peito
em busca de algum conforto, apesar de tentar manter-se ameaçadora...

Maianne Ribeiro:
O rapaz assente com a cabeça, se afastando. Retornaria poucos minutos depois,
usando magia outra vez pra flutuar a garrafa até Leanne.

Suki:
- ...mm. Obrigada... - sussurra, já um pouco mais recomposta, bebendo alguns goles
da água antes de molhar a mão e passá-la no rosto e nos cabelos algumas vezes,
normalizando a respiração aos poucos.

Maianne Ribeiro:
- De nada, Lea. - sussurra, suspirando.

Suki:
- Eu.. e-eu vou voltar pro quartel... - sussurra, a voz um pouco mais firme.

Maianne Ribeiro:
- Mm. Se precisar de mim, eu vou estar aqui. Toda noite. - murmura.

Suki:
- V-você é louco...? - ela ri, fraca. - Vão te pegar rapidinho...

Maianne Ribeiro:
- Nah. - ele ri de leve. - Eu tenho meus métodos.

Suki:
- Mm. C-certo, então, g-grande Shogun... - provoca, ainda sem muita força.

Maianne Ribeiro:
- Bom retorno, Leanne. Espero te ver de novo em breve.

Suki:
- Mm. Valeu... - sussurra, se afastando sem olhar novamente para ele, os passos
trôpegos e sem rumo...

Maianne Ribeiro:
"Esse não é o caminho pro quartel..." pensa, seguindo a garota de longe,
preocupado.

qualquersuki:
Suki:
E ela andaria sem rumo por várias horas, até enfim se largar em um banco qualquer
mais afastado do centro, as ruas vazias e mal iluminadas bastante perigosas àquela
hora...

"Pra onde eu quero ir...? E por que eu não lembro como chegar lá...?", pensa,
afundando o rosto nas mãos e deixando escapar um soluço bastante alto enquanto ela
voltava a chorar.

Maianne Ribeiro:
Algum tempo depois, ela ouviria alguém se sentando ao seu lado, Shogun suspirando
de leve.
- Desabafa.

Suki:
A garota nega com a cabeça, cerrando os dentes enquanto tentava controlar o próprio
choro e a própria dor, inutilmente...

Maianne Ribeiro:
- Desabafa. - ele insiste, suspirando outra vez. - Manter isso abafado dentro de
você só vai ser pior.

Suki:
- Eu n-não sei se eu posso confiar em você... - ela chora, dando um riso fraco,
destruído...

Maianne Ribeiro:
- Eu confio em você. - responde.

Suki:
- N-não devia... V-você confia em alguém q-que não existe mais... - ela nega com a
cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Existe sim. Em algum lugar, aí dentro, a Leanne que eu conheço ainda existe.

"A Leanne que eu amo."

Suki:
- E-eu não sei se ainda tem a-alguma coisa de mim aqui... - choraminga. - M-meu
irmão diz que... q-que vocês me fizeram coisas horríveis. Q-que... que as minhas
tatuagens foram forçadas, e... e e-e que vocês me maltrataram, mas... m-mas eu não
sinto isso, eu não concordo com ele...!

Maianne Ribeiro:
- O seu irmão está errado. Nós nunca te forçamos a nada. - Shogun sussurra, negando
com a cabeça. - Eu juro, Leanne. Juro pela carpa.

qualquersuki:
Suki:
O juramento a faz erguer a cabeça de imediato, encarando-o como se não acreditasse.

- ...você... você é o meu irmão. - sussurra, o queixo tremendo. - É... é daí que eu
tenho essa lembrança....!

Maianne Ribeiro:
- Sou. - ele sorri, triste. - Foi você quem criou esse juramento...

Suki:
- ...é... é b-bobo que... que nem eu... - ela ri, fraca, levando uma das mãos ao
peito. - ...por... por isso as carpas...?

Maianne Ribeiro:
- Mm. Eu tenho uma tatuada, também. - responde. - Porque você é a nossa carpa.

Suki:
- Era, né... - murmura, o sorriso murchando, se tornando mais triste. - ...posso
ver a sua...? - pede, o olhar buscando o dele.

Maianne Ribeiro:
- Ainda é. Sempre vai ser. - diz, ficando de pé e erguendo a perna da calça pra
mostrar a tatuagem.

Suki:
Isso faz Leanne se agachar, os dedos tocando a tatuagem com delicadeza.

- ...eu quem... quem escolhi as cores, não foi...? - sussurra, esboçando um sorriso
saudoso, como se saboreasse a sensação que a memória lhe trazia...

Maianne Ribeiro:
- Foi, foi sim. Eu tatuei a carpa usando as suas mãos. - sorri, fechando os olhos
com o toque.

Suki:
- Isso tinha tudo pra dar errado. - e ri baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Tinha. Mas deu certo. - ri.
Suki:
- E ficou linda. - diz, se levantando devagar.

Maianne Ribeiro:
- Ficou mesmo. - ele responde, se virando pra ela. - ...o quanto você lembra..?

qualquersuki:
Suki:
Os ombros de Leanne caem, enquanto ela balança a cabeça negativamente.

- Até... até a separação dos meus pais. - murmura, desviando o olhar. - Depois,
é... é uma mistura de sensações e fragmentos estranhos. Nenhum bom, até... até
agora.

Maianne Ribeiro:
- Tem muita coisa boa. Muita coisa ruim, também, mas... Tem coisa boa. - ele
responde, suspirando. - Mas eu não quero te fazer passar mal de novo.

Suki:
- Eu... eu achei que fosse enlouquecer. - sussurra, estremecendo. - Ainda... ainda
sinto que eu vou.

Maianne Ribeiro:
- Então é melhor não forçar. Ao menos não por agora.

Suki:
- Tem... tem dois dias que eu acordei. Eu não quero enlouquecer tão rápido assim.
Esperava durar pelo menos uma semana. - brinca, sem muita força, a cabeça girando
devagar, tonta.

Maianne Ribeiro:
- Você não vai enlouquecer. Você é mais forte do que pensa. - sorri. - ...se
sentindo melhor?

qualquersuki:
Suki:
- Não sei. Eu me sinto fraca e... e sonolenta... e com frio, e com dor. - admite,
balançando a cabeça negativamente.

Maianne Ribeiro:
- A gente também não jantou. - murmura. - Eu vou comprar alguma coisa pra você.

Suki:
- Mm. Obrigada, Shogun. - murmura, voltando a se largar no banco e afundar o rosto
nas mãos.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - diz, se afastando.

O rapaz levaria algum tempo pra retornar, o cheiro de ramen instantâneo se


espalhando pelo ar enquanto ele se aproximava com a comida, uma sacolinha pendurada
no braço.
- Trouxe ramen quentinho, e algumas bebidas pra você escolher. - diz, entregando um
dos copos de ramen pra ela.

Suki:
- Obrigada. - sussurra, parecendo um pouco mais calma, o sorriso sincero quando ela
o encara e pega a comida. - Vai ajudar a me manter quentinha. - ela brinca.
Maianne Ribeiro:
- Importante. - ele ri de leve, estendendo a sacolinha pra ela. - Pega uma bebida
também.

Suki:
- Como eu não lembro de nada, posso escolher pela cor? - pergunta, pegando uma lata
roxa, de suco de uva com a fruta. - ...isso parece gostoso~

Maianne Ribeiro:
- Pode, pode sim. - ele ri de leve. - Aproveite.

Suki:
- Obrigada, Shogun. - ela sorri, agradecendo em voz baixa antes de começar a
comer...

Maianne Ribeiro:
- De nada, Lea. - sorri, aproveitando o próprio ramen também. "Não chore, Shogun.
Não deixe-a preocupada..."

Suki:
O silêncio entre os dois é estranhamente agradável para Leanne, confortável e
familiar de tal forma que ela se encosta em Shogun ao terminar de comer, a cabeça
se aconchegando junto a dele.

Maianne Ribeiro:
"...ah, os deuses gostam de aprontar..." pensa, se encostando nela, carinhoso.
"Como eu senti falta disso..."

qualquersuki:
Suki:
- Ii ne... - sussurra, a voz baixinha, mansa.

Maianne Ribeiro:
- Mm... - ele sussurra de volta, fechando os olhos.

Suki:
"Eu quero ficar assim pra sempre...", pensa, boba, deixando o copo vazio de lado
antes de se aconchegar melhor junto a ele e fechar os próprios olhos também.

Maianne Ribeiro:
O rapaz a envolve com um dos braços, carinhoso, mantendo-a perto de si.
- A lua está linda hoje...

Suki:
- Mm...? - pergunta, entreabrindo os olhos para observar o céu. - Ara ara~ As
estrelas também... - comenta baixinho, antes de fechar os olhos novamente e
encostar o nariz na bochecha dele. - Uma noite linda.

Maianne Ribeiro:
- Mm... - ele sussurra, virando o rosto na direção do dela, apesar de não colar os
lábios dos dois.

Suki:
Silêncio enquanto as respirações se tornavam uma só, sincronizadas, quentes...
Saudosas.

- Você... Você não era só meu irmão, né...? - pergunta, abrindo os olhos para
encará-lo.
Maianne Ribeiro:
- ...não. - sussurra. - Eu era seu marido.

Suki:
- Eu... Eu imaginei. - ela ri baixinho, as bochechas corando enquanto Leanne tocava
o rosto dele com uma das mãos. - Desde que eu te vi mais cedo eu só conseguia
pensar em me jogar nos seus braços e te beijar.

Maianne Ribeiro:
- Tem uma ótima oportunidade pra fazer isso agora. - ele sorri.

Suki:
- Me pega nos seus braços, então. - pede, os lábios roçando nos dele, provocantes.

Maianne Ribeiro:
O rapaz a envolve com os dois braços, puxando Leanne pra si enquanto a beijava,
intenso, a saudade apertada...

Suki:
E isso a faz estremecer, puxando Shogun para si pela jaqueta, intensa. Buscava o
gosto dele, o ar que ele respirava, buscava senti-lo e amá-lo como o peito dizia
que devia fazer, que há muito não fazia, tentando quebrar a barreira que se formara
entre os dois...

Maianne Ribeiro:
"Eu esperei tanto tempo por isso..." pensa, emocionado, ignorando as lágrimas que
escorriam pelo rosto enquanto a mantinha perto de si. "Eu não quero te deixar ir
embora de novo..."

qualquersuki:
Suki:
E a própria Leanne tremia, emocionada, afastando o rosto apenas para se sentar
sobre o quadril dele e voltar a beijá-lo sem se importar com o próprio rosto
molhado de choro, os lábios trêmulos incapazes de se afastarem dos de Shogun por
mais do que um breve instante.

"Me faz inteira de novo... Me faz lembrar sem dor, me dá uma casa e uma vida e um
propósito mais uma vez... Por favor... _Por favor_...!"

Maianne Ribeiro:
- Lea... - ele sussurra baixinho entre os beijos, as mãos entrando sob a roupa
dela, buscando a sensação da pele de Leanne mais uma vez.

Suki:
- Me ama como sempre fez... - pede, a boca beijando os lábios e o rosto dele. - Me
deixa te amar como se... Como se a gente nunca tivesse ido embora...

Maianne Ribeiro:
- Com prazer... - sussurra, usando uma magia pra esconder os dois antes de arrancar
a blusa de Leanne, arrepiado.

Suki:
Isso arranca uma exclamação de surpresa da garota, que se encolhe com o gesto.

- Shogun...! - sussurra, olhando ao redor. - A-assim não...!

Maianne Ribeiro:
- Ninguém vai ver. - ele ri de leve. - Mas se quiser, eu paro...
Suki:
Ela morde o lábio inferior, hesitando, antes de segurar o rosto dele com as duas
mãos.

- Eu confio em você. - e volta a beijá-lo, as mãos acariciando-lhe o pescoço e os


ombros enquanto afastavam a jaqueta dele.

Maianne Ribeiro:
"É tão bom sentir o peso dela sobre mim de novo..." pensa, tirando a jaqueta e a
camisa, deixando que Leanne o explorasse como quisesse.

Suki:
"Eu senti falta dessa sensação...", pensa, acariciando o torso e as costas dele com
brutalidade, não demorando a colar as peles dos dois e passar a apertar e arranhar
as costas dele.

- Você é só meu... - murmura, os lábios beijando e mordendo-lhe o pescoço com


violência, sedentos, buscando marcá-lo...

Maianne Ribeiro:
- Todo seu. - ele responde, estremecendo com o toque intenso de Leanne. - Todo,
todo seu...

qualquersuki:
Suki:
- E eu sou sua... Eu nunca deixei de ser sua... - diz, rebolando em cima de Ichiro
enquanto passava a marcar o outro lado do pescoço dele. - Mesmo nas noites mais
solitárias e saudosas, era em você que eu pensava enquanto me satisfazia... -
admite, roçando os dentes na orelha dele.

Maianne Ribeiro:
O rapaz puxa o ar por entre os dentes, a cabeça jogada pra trás.
- Não fala assim que eu enlouqueço, Lea... - sussurra.

Suki:
- Falar o que...? - pergunta passando os dedos pela língua dele. - Em como eu só
pensava em ter você me fazendo outro filho...? Em como eu só queria dormir do seu
lado, aquecida por dentro e por fora depois de você me fazer gritar por horas~? -
provoca, abrindo a própria calça com a mão livre, atrapalhada.

Maianne Ribeiro:
- Exatamente isso. - ele ri, ajudando-a com a calça, e depois com a própria peça. -
Ah, Lea, eu pensava em você dia e noite... Eu penso em você dia e noite...

Suki:
- Agora você pode voltar a sentir, e não só a pensar... - sussurra, se ajeitando
sobre ele e encaixando o quadril ao de Shogun com um gemido baixo, mas sincero,
enquanto ela rebolava devagar e contraía o corpo ao redor dele...

Maianne Ribeiro:
- P-por favor... - ele pede, movendo o quadril junto com ela, as mãos acariciando
os seios de Leanne enquanto ele beijava a pele da garota.

qualquersuki:
Suki:
- Pede de novo... - sussurra, agarrando os cabelos dele com as duas mãos,
resmungando e gemendo baixinho quando enfim cola os quadris dos dois, guiando os
lábios de Ichiro até os próprios seios. - Me pede mais...
Maianne Ribeiro:
- Por favor... - ele repete, mordiscando-lhe os seios, arrepiado. - Se entrega pra
mim...

Suki:
- Mais... Pede mais... - provoca, claramente excitada, guiando as mãos dele até os
próprios quadris, apesar de ainda não se mover.

Maianne Ribeiro:
- Por favor... Por favor, Lea..! - ele geme baixinho, os quadris se movendo com
mais vigor.

Suki:
- É tão bonitinho você chorando assim... - provoca, uma das mãos descendo para
arranhar suas costas, o corpo contraído para não acompanhar Shogun. - Canta mais um
pouquinho, vai~

Maianne Ribeiro:
O rapaz resmunga, segurando Leanne pelos quadris antes de ficar de pé, erguendo a
garota consigo e levando-a até encostar na parede do prédio atrás dos dois.
- Você sabe que eu não aguento me segurar muito... - sussurra, voltando a se mover,
intenso, o corpo pressionando o dela.

qualquersuki:
Suki:
- A-ah...! Assim-- A-assim eu-- - ela morde o lábio inferior, estremecendo
violentamente, mas não consegue se conter, puxando Shogun para si com as pernas. -
Mm... Mm, Ichi.. Me fode, Ichi...! - pede, entregue à intensidade e ao desejo... -
Só para quando me fizer um filho...! Me marca inteira, me faz sua até eu lembrar de
tudo...! - implora, a voz derretendo enquanto Leanne se perdia no prazer, a
expressão dela se anuviando...

Maianne Ribeiro:
E Ichiro obedece com prazer, as mãos, os lábios e os dentes explorando a pele de
Leanne enquanto os quadris se moviam intensamente, tentando matar a saudade dos
anos que tinham se passado.
- Você é minha... Toda minha..!

Suki:
- E-eu sou toda... Toda... Toda sua...! - geme, sem se importar com a dor ou a
brutalidade ou as marcas. Ali, cada novo toque e cada nova sensação só a afundava
ainda mais no momento e no prazer, o desespero de anos longe mais doloroso do que
qualquer outra coisa.
- Não... Não para... Não... Não importa, não sei como, mas não para.. Não para,
Ichiro, por favor, por favor, por favor, não para...!

Maianne Ribeiro:
O rapaz continuaria por longos minutos até enfim chegar ao próprio limite, o
orgasmo intenso como nunca, um gemido de prazer escapando por entre seus lábios
enquanto ele colava o corpo ao dela, arrepiado.
- Lea..!

Suki:
E Leanne já se perdera no próprio prazer várias e várias vezes, balbuciando coisas
sem sentido entre os gemidos e os pedidos que ele continuasse, os lábios
entreabertos clamando por ar e por mais...

- Mm.. Ichi... Ichi...! - geme, ainda rebolando contra ele um pouco mais antes de
alcançar o orgasmo novamente, o corpo inteiro tremendo e amolecendo nos braços
dele.

Ali, Leanne não via mais nada, os olhos revirados nas órbitas enquanto ela sorria,
plena, perdida no prazer enlouquecedor que haviam dividido...

Maianne Ribeiro:
Ichiro ofega, encostando a testa na dela enquanto ria baixinho, cansado, mas
satisfeito.
- Eu te amo... - sussurra.

qualquersuki:
Suki:
- Eu... Eu também te amo... - sussurra, desorientada. - Eu te amo, eu te amo, eu te
amo...

Maianne Ribeiro:
- Vem... Vem pra casa comigo. - pede. - Vem comigo, pro seu lar...

Suki:
- Pra... Pra casa...? - pergunta, ainda tentando se reencontrar, se recompor em
meio aos pensamentos e sentimentos que explodiam diante de si e dentro de seu
peito. - Mas... O... O Lucca, e...e o Salem... - murmura, confusa.

Maianne Ribeiro:
- Lucca..? - ele franze a testa. - É o seu irmão?

Suki:
- É-é. O... O careca. - murmura, descendo as pernas devagar para ficar em pé, ainda
trêmula e fraca. - Ele.. Ele não pode continuar lá sozinho..

Maianne Ribeiro:
O rapaz hesita, passando a mão nos cabelos.
- ...eu entendo. - sussurra. "Não, não entendo." - Nós podemos nos encontrar de
novo amanhã, ou... Ou outro dia.

Suki:
- Mm. É... É melhor. É melhor... - murmura, franzindo a testa e levando uma das
mãos ao rosto antes de recuar um passo e se apoiar novamente na parede.

"Não, não é, mas eu não posso deixar o Lucca...! E o Salem, e a minha mãe...! Eu
não sei quem é você, eu não sei quem é ninguém...!"

Maianne Ribeiro:
- Ei. Calma. Respira. - ele pede, apoiando a garota.

qualquersuki:
Suki:
Ela afasta a mão dele com violência, desajeitada, tentando mantê-lo longe de si.

- Lucca... Lucca... - choraminga, confusa, se agachando e se encolhendo no chão


enquanto a mão livre agarrava os próprios cabelos. - Tigre.. Cadê... Cadê...
Salem... Mali... Mali...!

Maianne Ribeiro:
"Merda."

- Lea. Lea, olha pra mim. Tá tudo bem. - murmura, pegando as roupas dos dois e
começando a se vestir antes de vestir a garota.
Suki:
- N-não... Não... Não, pai... Não... - choraminga, a expressão vazia perdida em
confusão sem que o corpo voltasse a responder, rígido e trêmulo. - Lucca... Me...
Lucca, me ajuda..! Me ajuda, o papai... Ele vai...!

Maianne Ribeiro:
"Merda..!"
- Eu vou te levar pra casa. - diz, tentando tomá-la nos braços.

Suki:
- ME SOLTA, PAI...! - grita, se debatendo inutilmente, presa em um pesadelo - ou
memória - confuso e amedrontador...

Maianne Ribeiro:
- Lea, não--

- O que diabos está acontecendo ali?! - um soldado exclama, se aproximando.

"Merda em dobro," Ichiro pensa, assumindo a forma de dragão e fugindo, apressado...

Suki:
A garota estava encolhida na mesma posição que antes, chorando enquanto gritava que
não encostassem nela, pedindo pelo irmão...

-=-

- Lucca. Lucca...! - Rebecca chama, batendo na porta do banheiro do hotel. - Tão


chamando você no rádio...!

Maianne Ribeiro:
- Quê..? - ele franze a testa, indo pegar o rádio de imediato. - Tenente na escuta,
o que houve?!

qualquersuki:
Suki:
- Tenente Everbleed, encontraram a sua irmã durante uma ronda noturna! - o rapaz
explica, nervoso. - Levaram ela pro hospital, mas parece que foi algum caso de
violência...!

Maianne Ribeiro:
- Um..!

O rosto de Lucca se avermelha de imediato, a fúria quase incontida.


- Onde? - sibila. - Qual hospital?

Suki:
- Hospital Shigure Hariyama, senhor. Os soldados não viram quem estava com ela,
porque a pessoa fugiu, mas existem sinais de abuso.

Maianne Ribeiro:
- Pode deixar que eu vou achar esse filho da puta e fazer ele pagar bem direitinho.
- rosna, guardando o rádio. - Minha irmã está no hospital. Eu vou ver ela.

Suki:
- No... - ela ergue as sobrancelhas, empalidecendo. - Vamos. A Marechal vai matar
os envolvidos quando souber, eu tenho certeza...!

Maianne Ribeiro:
- Quem vai matar sou eu. - sibila. - Esse filho da puta abusou da minha irmã.
Suki:
- Ele a--! - diz, o rosto enrubescendo de raiva. - ...primeiro você cuida dela.
Depois a gente leva esse desgraçado até você. - sussurra.

Maianne Ribeiro:
- É. Primeiro a Lea, depois a caça. - sibila, furioso, entrando no carro.

Suki:
- Quer que eu dirija? - pergunta, tocando a mão dele.

Maianne Ribeiro:
- ...por favor. - diz, trocando pro banco do carona.

qualquersuki:
Suki:
- Imaginei. - ela sorri, compreensiva, assumindo o lugar do motorista. - Tenta
respirar fundo. O importante agora é a sua irmã.

Maianne Ribeiro:
- Tentando, Becca. Tentando mesmo... - sussurra, passando a mão no rosto, nervoso.

Suki:
- Você sabe com quem ela tava, ou pra onde ela foi? - pergunta, dirigindo.

Maianne Ribeiro:
- Não, não sei. Ela não me deu detalhes. - sussurra, negando com a cabeça. - Mas eu
vou descobrir.

Suki:
- Calma. A gente vai precisar que ela testemunhe, antes de qualquer coisa.

Maianne Ribeiro:
- Só ela que sabe quem foi o desgraçado que fez isso. - responde.

Suki:
- Exatamente. Então calma. - insiste. - Se realmente foi um caso de abuso, um homem
enfurecido é a única coisa que ela não precisa agora.

Maianne Ribeiro:
- ...você tá certa. - ele sussurra, murchando um pouco. - Se ela me ver assim, vai
ser pior.

Suki:
- Exatamente. - murmura. - A sua irmã passou por um exorcismo anteontem, também,
não dá pra saber o que aconteceu.

Maianne Ribeiro:
- Você acha que não é nada sério? - resmunga.

Suki:
- Eu não sei, só sei que eu levei semanas até colocar a minha cabeça no lugar
depois que eu fui exorcizada. - e suspira.

Maianne Ribeiro:
Ele resmunga, passando a mão no rosto, preocupado. "Merda..."

Suki:
- Um problema de cada vez. Primeiro a gente vê como ela está, e depois pensamos no
resto. - ela diz, compreensiva, estacionando o carro. - Bora.

Maianne Ribeiro:
- Bora, bora. - sussurra, saindo do carro pra entrar no hospital com Rebecca.

qualquersuki:
Suki:
- Tenente! - um dos soldados o esperava na recepção, prontamente prestando
continência. - Ela já foi levada para um quarto, senhor.

Maianne Ribeiro:
- Qual quarto? Como ela está? - pergunta.

Suki:
- Em silêncio, depois dos calmantes. Quarto 307.

Maianne Ribeiro:
- Certo. Já estou indo lá. - murmura, indo atrás da irmã.

Suki:
- Com licença. - Rebecca murmura, acompanhando o Tenente de imediato.

Do lado de fora do quarto, um soldado estava de guarda, prontamente prestando


continência quando Lucca se aproxima, abrindo a porta para que ele passasse.

- 'T-Tigre...? É-é você...?' - ela choraminga em inglês, encolhida sobre a cama,


abrindo uma fresta para procurá-lo com os olhos.

Maianne Ribeiro:
- 'Oi, Leoa.' - ele sussurra, se aproximando pra sentar ao lado dela, estendendo-
lhe a mão. - O que houve..?

Suki:
- 'O... O papai...' - balbucia, segurando a mão dele com as duas próprias antes de
encostar a testa nela. - 'Ele me agarrou...! A mamãe... A mamãe atirou nele, mas
ele tava me...!' - e soluça, a expressão quebrando enquanto ela voltava a chorar.

Maianne Ribeiro:
- 'O papai..?' - ele estremece, engolindo em seco. - 'Lea, o... o papai não tá mais
aqui...'

qualquersuki:
Suki:
- 'Eu juro, Lucca...! A mamãe atirou nele, ele caiu em cima de mim, mas...! Mas...!
Ele ainda tá vivo, ele tá vivo, ele vai vir atrás de mim, Tigre...! Eu juro...!'

Maianne Ribeiro:
- 'Ele não tá, Lea. Ele já morreu, ele não vai voltar nunca mais...' - diz,
apaziguador.

Suki:
- 'EU VI, TIGRE! EU JURO!' - grita, a voz quebrando enquanto ela se encolhia. - 'Eu
juro... Eu juro...'

-=-

- Shogun-sama. - um dos empregados chama, batendo de leve na porta do cômodo. -


Notícias do hospital, senhor.
Maianne Ribeiro:
- 'Tudo bem. Se acalma, vai ficar tudo bem...' - ele sussurra, carinhoso, afagando
a mão dela. - 'Ele não vai fazer nada...'

-=-

- ...que notícias? - ele sussurra, abrindo a porta.

Suki:
- 'Promete...? Promete, Tigre, por favor...!'

-=-

- Leanne Yuuji foi admitida no hospital Shigure. - diz, com uma mesura.

Maianne Ribeiro:
- 'Prometo. Nada de mal vai acontecer com você, eu prometo...'

-=-

- ...obrigado. - sussurra, suspirando. - Não deixe mais ninguém saber disso.

Suki:
- 'Eu não quero mais ver ele, Lucca...!'

-=-

- Sim, senhor. - responde de imediato. - Nos alertaram sobre a presença do exército


também, senhor.

Maianne Ribeiro:
- 'Não vai. Nunca mais, eu prometo...'

-=-

- Obrigado. - sussurra, fechando a porta, preocupado. "Merda..."

Suki:
- 'Por favor... P-por favor...' - choraminga

Maianne Ribeiro:
- 'Eu prometo.' - sussurra. - 'Agora descansa...'

Suki:
- 'Você vai ficar aqui comigo, né...?'

Maianne Ribeiro:
- 'Vou, vou sim. Eu tô do seu lado.'

qualquersuki:
Suki:
- 'Mm... Obrigada...' - murmura, agradecendo mais algumas vezes antes de se aninhar
novamente sob as cobertas, encolhida.

Maianne Ribeiro:
- 'De nada, leoa. De nada...' - sussurra, afagando os cabelos dela.

Suki:
E isso faz com que ela adormeça aos poucos, ainda amedrontada...
Maianne Ribeiro:
"Eu vou matar esse desgraçado, seja ele quem for..." pensa, irritado, continuando o
carinho. Eventualmente acabaria caindo no sono, cansado e preocupado...

Suki:
Já Rebecca ficaria acordada durante a noite toda, vigiando os irmãos e os soldados
no corredor, contando os minutos até que a Marechal descobrisse e fosse até lá...

Maianne Ribeiro:
O rapaz acordaria cedo, preocupado com o estado da irmã.
- Bom dia... - ele sussurra baixinho pra Rebecca.

Suki:
- Bom dia, Tigre. - ela murmura, acenando de leve para ele com um sorriso
compreensivo. - Conseguiu descansar alguma coisa?

Maianne Ribeiro:
- Bem pouco. - suspira, passando a mão no rosto. - E você?

Suki:
Ela nega com a cabeça.

- Fiquei acordada pra me certificar de que ninguém fosse tentar nada, do exército
ou não. - explica, dando um sorriso culpado.

Maianne Ribeiro:
- ...obrigado. - ele sussurra, sorrindo de leve. - Posso pedir um favor..?

Suki:
- Até dois. - diz, assentindo com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Dois beijos, então. - e pisca um olho.

Suki:
- Que manhoso. - ela ri baixinho, se aproximando para beijá-lo, carinhosa e
delicada. - Agora que você acordou, quer que eu providencie comida pra vocês dois
enquanto você fala com a Marechal?

Maianne Ribeiro:
- Aceito. - sorri. - Traz comida local pra Lea, ela tá reclamando que a nossa
comida é muito salgada.

qualquersuki:
Suki:
- Pode deixar. Vou pedir pro pessoal do hospital.

Maianne Ribeiro:
- Valeu, Becca. - sorri. - Pega alguma coisa pra você também.

Suki:
- Depois que eu trouxer a comida de vocês eu vejo isso. - ela pisca um dos olhos,
pegando a própria arma antes de sair.

Maianne Ribeiro:
- Teimosa. - ele ri baixinho, afagando os cabelos da irmã enquanto esperava.

Suki:
Longos minutos se passam até que Rebecca abra a porta do quarto com as costas, as
bandejas para Lucca e Leanne equilibradas em suas mãos.

- Prontinho, comida!

Maianne Ribeiro:
- Valeu, Becca. Agora pega a sua comida também, vai. - ele sorri, indo ajudar com
as bandejas.

Suki:
- Fica alerta até eu voltar. Ouvi o nome da Marechal no corredor. - pede, se
afastando novamente.

Maianne Ribeiro:
"...uh-oh," pensa, engolindo em seco. "A mamãe vai entrar como um furacão."

Suki:
E tal qual Lucca esperava, ele logo ouve a voz da mãe distribuindo ordens e ameaças
pelo corredor, a porta do quarto se abrindo silenciosamente apesar da força que a
mulher usara.

- _Quem_? - ela rosna, encarando Lucca com os olhos faiscando, os cabelos e pelos
arrepiados com estática.

Maianne Ribeiro:
- Eu não sei ainda, mas vou descobrir. - responde. - A Leanne estava em choque,
falando que tinha sido o papai.

qualquersuki:
Suki:
Ela trinca os dentes com violência.

- Abusar da minha filha uma vez foi o suficiente pra mandar ele pro inferno. -
sibila. - Mas eu devia imaginar que o Bartolomeu, tal qual o irmão dele, não ia se
contentar em morrer uma única vez.

Maianne Ribeiro:
- ...não pode ter sido ele, mãe. - o rapaz sussurra. - Ele morreu, lembra?

Suki:
- O Alexander também tinha morrido, e cá estamos nós tentando impedi-lo de retomar
um corpo. - sussurra, entre os dentes, furiosa.

Maianne Ribeiro:
Ele engole em seco.
- Você... você acha que ele voltou, mesmo..?

Suki:
- Eu não sei. E não me importa se foi uma memória que ela lembrou como atual ou
algo atual que trouxe de volta essa memória: alguém vai sofrer as consequências por
esse sofrimento.

Maianne Ribeiro:
- Isso com certeza. - ele murmura. - Eu vou mandar verem se tem alguma câmera de
segurança naquela área, e pegar o responsável por isso.

Suki:
- ...do que.. Do que vocês estão falando...? - pergunta, baixinho, entreabrindo os
olhos e se apoiando nos cotovelos para erguer o corpo.
Maianne Ribeiro:
- Do filho da puta que ousou encostar em você ontem. - rosna.

Suki:
- ...do... De quem vocês tão falando...? - pergunta, ainda confusa, passando uma
das mãos no rosto. - Eu saí com ele pra isso, o que houve...?

Maianne Ribeiro:
- Você... como assim, Lea? Você não lembra do que ele fez?

qualquersuki:
Suki:
- N-não, eu... Eu lembro de estar no colo dele, e a gente começar a transar, mas...
- ela hesita, empalidecendo ao notar o olhar assassino de Caroline sobre os dois, a
mulher visivelmente prestes a explodir.

"Ela vai me matar...!"

Maianne Ribeiro:
- ...a Lea saiu pra um encontro. Eu sabia. - Lucca sussurra, engolindo em seco. -
Os médicos disseram que houve abuso.

Suki:
- Leanne. O que. Aconteceu. - sibila.

- Eu... Eu não lembro mais do que isso. - sussurra. - Depois... Depois disso, eu...
É um borrão. Eu... Eu lembro de tiros, sangue, e... E gritos. Eu lembro da sua voz,
e da voz do papai, e... - ela estremece, empalidecendo e cobrindo a boca com as
duas mãos, o olhar perdendo o foco.

Maianne Ribeiro:
- Parecem memórias do passado, que voltaram. - sussurra. "Eu não devia ter deixado
ela ir sozinha..."

Suki:
- Eu disse que não era uma boa ideia ela sair do quartel por alguns dias... - a
mulher suspira, levando uma das mãos ao rosto antes de se aproximar para abraçar a
filha. - ...já passou, querida. Ele está morto, e ele nunca mais vai encostar em
você. Ninguém vai, não daquele jeito...

Maianne Ribeiro:
- ...me perdoe, mãe. - ele sussurra, desviando o olhar. - A culpa é minha.

Suki:
- Ele é o único culpado. - sussurra, abraçando melhor a filha e afagando-lhe os
cabelos.

Maianne Ribeiro:
Ele suspira, passando a mão no rosto.
- Quando a Lea estiver melhor, a gente pega uma descrição do cara que fez isso com
ela.

qualquersuki:
Suki:
- Deixa ela se acalmar, primeiro, e depois pensamos nisso. - sussurra, cobrindo os
ouvidos da filha. - Se ela deixou, ou pediu, não tem crime. - diz, sinalizando
apenas com a boca, para que Leanne não entendesse.
Maianne Ribeiro:
Ele resmunga, cruzando os braços.
- Os médicos disseram que teve.

Suki:
- Violência nem sempre é abuso. - e revira os olhos.

Maianne Ribeiro:
- ...hmpf. Eu só acredito se a Lea disser com todas as letras que não teve nada.

Suki:
- Quando ela melhorar. - e suspira. - Até lá, melhor mantermos ela aqui para caso
aconteça uma nova crise.

Maianne Ribeiro:
- Certo. - murmura. - Posso ficar com ela, ou preciso ir pras rondas?

Suki:
- Vá para as rondas e tire esses soldados daqui. Os únicos autorizados a manter
proximidade somos nós dois e a sua namoradinha. - murmura. - Não quero nenhum homem
perto dela.

Maianne Ribeiro:
O rapaz cora de leve, limpando a garganta e ficando de pé.
- S-sim, senhora, marechal. - murmura, levando a bandeja de comida consigo enquanto
saía.

Suki:
- Volte nas suas pausas. - ordena, antes que ele se afastasse por completo.

Maianne Ribeiro:
- Pode deixar. - ele assente com a cabeça, comendo apressadamente pra poder seguir
com o trabalho.

Suki:
E Caroline fica ali, apenas fazendo carinho na filha, tentando confortar Leanne que
comia em silêncio, cabisbaixa.

Maianne Ribeiro:
Eventualmente, Leanne se acalmaria, e Caroline deixaria a filha pra se concentrar
nos próprios afazeres como marechal. É durante esse período sem companhia que
Leanne ouviria algumas batidas na porta.
- Sou eu. Posso entrar? - diz a voz de Shogun do outro lado.

qualquersuki:
Suki:
Os olhos da garota se arregalam ao ouvir a voz, Leanne prontamente se sentando
melhor na maca.

- Pode, pode sim! - diz, esboçando um sorriso.

Maianne Ribeiro:
O rapaz entra no quarto, sorrindo de leve, duas canecas de chocolate quente nas
mãos.
- Oi. Como se sente? - pergunta, se aproximando.

Suki:
- Confusa. Mas melhor agora. - admite, erguendo uma das mãos para tocar o rosto
dele com as pontas dos dedos, propositalmente procurando as marcas que deixara
nele.

Maianne Ribeiro:
Ele inclina o rosto na direção do toque da garota, suspirando de leve.
- Já é um progresso. Você estava bem mal ontem à noite. - sussurra. - Eu ia te
levar pra casa, mas tinham soldados por perto. Não podia arriscar.

Suki:
- Você fez o certo. Seria um caos se meu irmão chegasse no quartel de manhã sem
mim. - e suspira. - Ele ia ser castigado, também, e eu não quero isso.

Maianne Ribeiro:
- Faz sentido. - ele murmura, dando um beijo na testa dela. - Aqui. Trouxe
chocolate quente pra você.

Suki:
- Só na testa...? - pede, manhosa, antes de pegar a caneca com as duas mãos,
cuidadosa.

Maianne Ribeiro:
Ele solta um risinho, beijando os lábios dela gentilmente.
- Melhor~?

Suki:
- ...bem melhor... - e suspira, o sorriso mais sincero no rosto.

Maianne Ribeiro:
O rapaz ri baixinho, dando mais um beijo antes de afastar o rosto.
- Vim te fazer companhia um pouco. Conversar também, se quiser.

Suki:
- Por favor. - diz, chegando um pouco para o lado na maca antes de bater no
colchão. - Seu espaço sempre vai estar aqui.

Maianne Ribeiro:
- ...sempre, eh? - ele ri de leve, sentando ao lado dela. "A Lea ainda está aí
dentro..."

Suki:
- Sempre. Eu jurei perante a família toda, lembra? - diz, encostando a cabeça na
dele. - Com o kimono mais difícil de colocar da minha vida... - e ri baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Lembro, lembro sim. - ele sussurra. - Eu jamais seria capaz de esquecer...

qualquersuki:
Suki:
- Achei que você fosse desmaiar. Achei que _eu_ fosse desmaiar. - adiciona, com um
sorriso apaixonado, acariciando o rosto dele.

Maianne Ribeiro:
- Eu quase desmaiei, mesmo. - ri. - Foi por muito pouco.

Suki:
- Você teria perdido todo o respeito que conquistou. - provoca.

Maianne Ribeiro:
- Eu sei, foi por isso que eu aguentei firme. - ri.
Suki:
- E hoje... Shogun, eh... - ela ri baixinho.

Maianne Ribeiro:
- ...é. Shogun. - ele assente com a cabeça. - O nome pegou.

Suki:
- Combina com quem você se tornou. Forte, independente, respeitável. - murmura,
bebendo um gole do chocolate antes de voltar a afagar o rosto dele.

Maianne Ribeiro:
- Eu fiz o meu melhor com o que eu tinha. - Shogun sussurra, fechando os olhos. -
Deu certo, até agora.

Suki:
- E eu tenho certeza que vai dar certo por muitos anos, ainda. - diz, com um
suspiro baixinho, a voz mais triste. - ...o seu pai estaria orgulhoso de você.

Maianne Ribeiro:
- ...eu espero que sim. - sussurra, estremecendo.

Suki:
Ela suspira mais uma vez, afastando a mão do rosto dele e voltando a segurar a
caneca.

- ...eu sinto muito pelo que a minha presença na sua família causou. - murmura.

Maianne Ribeiro:
- Você não tem que se desculpar por nada. - ele responde, negando com a cabeça. -
Minha vida não seria a mesma sem você.

qualquersuki:
Suki:
- Talvez tivesse sido melhor. Teria sido mais leve, pelo menos, certamente. -
sussurra, as mãos apertando a cerâmica. - ...eu... Eu passei meses tentando reviver
o papai. E treinando mais, e invocando mais criaturas, e estudando mais, pra
fortalecer a minha magia o suficiente pra conseguir trazer ele de volta. - ela
suspira, a voz estremecendo enquanto Leanne secava algumas lágrimas teimosas que
escorriam por seu rosto, todo o peso daqueles meses cuidando de Mitsuo e do próprio
desenvolvimento enfim encontrando saída entre seus lábios. - Até que... Que eu
descobri que ele... Ele não queria voltar. Ele não tinha mais conexão com esse
plano, então... Então não dava pra trazer ele de volta...!

Maianne Ribeiro:
O rapaz envolve Leanne com um dos braços, mantendo-a perto de si, tentando passar
algum conforto para a garota.
- Eu... eu não sabia que você tinha sofrido tanto assim, sozinha. - sussurra. - Eu
queria ter estado ao seu lado, pra te apoiar.

qualquersuki:
Suki:
- Eu... Eu sentia que só podia voltar pra casa se corrigisse a morte dele...! E-eu
achava que... Que vocês iam me odiar se eu voltasse depois dele ter morrido por
minha causa...! - exclama, se entregando ao choro, escondendo o rosto em uma das
mãos. - Se... Se eu fiz isso, então eu tinha que desfazer...!

Maianne Ribeiro:
- Você não causou a morte dele. - sussurra, apertando o abraço. - Foi a Caroline.
Nós nunca te culpamos, Lea, nunca...
Suki:
- Foi pra... Pra me proteger. Pra me proteger da minha mãe, que nem tinha feito
nada de errado...! - e ri, fraca, soltando a caneca sem se importar com o líquido
quente caindo sobre suas pernas, apenas se agarrando aos próprios cabelos e se
encolhendo.

Maianne Ribeiro:
- ...como assim, não tinha feito nada de errado..? - ele franze a testa, confuso,
usando a própria magia pra limpar o chocolate, tentando evitar que Leanne se
ferisse.

Suki:
Ela cerra os dentes, negando com a cabeça violentamente, os dedos afundando na
própria carne.

Maianne Ribeiro:
- Lea. Fala comigo. - pede, segurando as mãos dela.

Suki:
- Água... - pede, sem voz, as próprias mãos ainda enfiadas nos cabelos.

Maianne Ribeiro:
- Água. Já pego. - diz, se afastando, apressado, voltando pouco depois com um copo
d'água para a garota.

Suki:
- Obrigada... - murmura, aceitando o copo com as mãos trêmulas, fechando os olhos
devagar.

Maianne Ribeiro:
- De nada, Lea. - sussurra, carinhoso.

qualquersuki:
Suki:
Ela bebe a água toda em silêncio, observando o fundo do copo ao terminar, trêmula,
visivelmente perdida em pensamentos e memórias...

Maianne Ribeiro:
- Mais calma..? - ele sussurra baixinho, gentil.

Suki:
- Mm hmm. - ela assente com a cabeça, fechando os olhos com um suspiro trêmulo
antes de encostar a cabeça no ombro de Shogun.

Maianne Ribeiro:
- Mm. Se quiser, eu pego mais água. - sussurra, gentil. - Por ora, descanse.

Suki:
- Por favor... - pede, rouca.

Maianne Ribeiro:
- Já pego, então. - sorri, beijando a testa dela antes de se afastar.

Suki:
- Não demora... - pede baixinho, manhosa.

Maianne Ribeiro:
- Não vou demorar, juro. - responde. Dessa vez, Ichiro demoraria um pouco a mais,
mas traria não apenas um copo, e sim uma garrafa d'água, além de mais um copo pra
si. - Prontinho.

Suki:
- ...eu... Eu acho que não sabia como tava com sede. - comenta, esboçando um
sorrisinho.

Maianne Ribeiro:
- Aproveita pra matar a sede toda. - ele sorri, enchendo o copo de Leanne outra
vez. - Importante se manter hidratada.

Suki:
- Eu não tenho me hidratado muito bem, ou... ou comido, ou me cuidado, desde que
acordei. - admite, esvaziando o copo com um suspiro aliviado.

Maianne Ribeiro:
- Coisa feia. - ele provoca, com um sorriso de canto. - Hora de começar a se
cuidar.

Suki:
- Coisa feia é essa sua cara me provocando longe da minha. - resmunga, as bochechas
corando.

Maianne Ribeiro:
- Prefere assim..? - ele sussurra, aproximando o rosto do dela, os lábios quase
colados.

qualquersuki:
Suki:
- ...prefiro. Sempre assim, se possível, por favor... - pede, beijando-o devagar,
carinhosa.

Maianne Ribeiro:
- Sempre assim. - ele sussurra, retribuindo o beijo, carinhoso.

Suki:
- ...e as marcas que eu te deixei, por sinal...? - pergunta, baixinho, sem se
afastar demais. - Onde foram parar~?

Maianne Ribeiro:
- Continuam aqui. - ele ri. - Mas a maioria tá debaixo da roupa...

Suki:
- Veio com alguma classe, disfarçando o pescoço e os ombros~? - pergunta, dando um
risinho sem vergonha.

Maianne Ribeiro:
- Não ia deixar tudo à mostra, ia? - ri.

Suki:
- Não sei, depende do quanto você se importa em mostrar que tem dona~

Maianne Ribeiro:
- Melhor ser discreto, ao menos por ora. - ri.

Suki:
- Tudo bem. Eu te perdôo, mas só dessa vez. - brinca.

Maianne Ribeiro:
- Já vale alguma coisa. - brinca.

Suki:
- Mas eventualmente você vai precisar desfilar com as minhas marcas em você. - ela
avisa, erguendo as mãos em sinal de inocência.

Maianne Ribeiro:
- Quando esse dia chegar, a gente pensa nisso. - ri.

Suki:
- Ouch. Você está dando a entender que não vai ceder aos caprichos da sua bela
esposa~?

Maianne Ribeiro:
- Estou dando a entender que vou pensar nisso. - e pisca um olho.

Suki:
- Ouch~ Eu devia ter imaginado que você não ia mais me obedecer~ - brinca,
dramática.

Maianne Ribeiro:
- As pessoas mudam, Lea. - ele pisca um olho.

qualquersuki:
Suki:
- ...é... Eu... Eu sei disso. - murmura, o sorriso mais triste.

Maianne Ribeiro:
- ...ei. Eu ainda sou o mesmo Ichiro. - murmura, carinhoso. - Só... Um pouco
diferente.

Suki:
- Você não é mais o Ichiro. Você é só o Shogun, agora. - ela sorri, compreensiva,
desviando o olhar.

Maianne Ribeiro:
- Eu ainda sou o homem que você amou. - sussurra. - ...eu não posso ficar mais
muito tempo. Eu tenho que cuidar da família.

Suki:
Isso tudo faz Leanne estremecer, encolhendo os ombros e engolindo em seco...

...até rir de leve, encarando-o como se nada tivesse acontecido.

- Eu entendo. Não precisa se justificar.

Maianne Ribeiro:
- Eu só estava explicando. - ele ri de leve, afagando os cabelos dela. - Eu volto
amanhã.

Suki:
- Não precisa se preocupar. Eu devo voltar pro quartel ainda hoje. - ela sorri de
leve, culpada. - A gente se vê quando der.

Maianne Ribeiro:
- Hoje..? Os médicos disseram que você ia ficar mais tempo. - ele franze a testa.

Suki:
- É, eu.... eu preciso voltar pro quartel. - murmura, sem encará-lo.
Maianne Ribeiro:
- Tem certeza? Você pode ir pra casa comigo.

Suki:
Ela deixa escapar um risinho sarcástico, apenas negando com a cabeça.

- É melhor você ir logo, antes que a minha mãe volte. - diz, enfim.

Maianne Ribeiro:
O rapaz suspira, assentindo com a cabeça.
- Até a próxima, Leanne. - sussurra, se afastando.

Suki:
"Casa. Claro, _Shogun_, pra _sua_ casa.", pensa, negando com a cabeça quando ele
sai, afundando o rosto no travesseiro para chorar e gritar, frustrada, ferida,
confusa...

Maianne Ribeiro:
"Merda..!" ele estremece, cerrando os dentes, segurando as lágrimas enquanto se
afastava, frustrado, preocupado...

qualquersuki:
Suki:
E Leanne apenas se larga na cama, olhando para o teto em silêncio, seu único
conforto sendo o vazio que aquilo trazia para sua mente e seu peito, o choro
eventualmente secando e restando apenas o nada...

"...eu só tenho ele, agora..."

Maianne Ribeiro:
Já era fim de tarde quando Lucca volta para o hospital, dando dois toques na porta
do quarto de Leanne.
- Leoa, posso entrar? - pede.

Suki:
E ela demora um longo tempo até responder com um gesto fraco dos dedos, a porta se
entreabrindo, sem que ela consiga verbalizar nada...

Maianne Ribeiro:
Ele franze a testa, entrando no quarto.
- Lea..? Tá tudo bem..?

Suki:
- ...mm. Veio me levar de volta...? - murmura, sem se mover.

Maianne Ribeiro:
- Eu vim te ver. O que houve..?

Suki:
- Nada. Já vamos embora? - sussurra, sem mover o olhar.

Maianne Ribeiro:
- ...não. Voce não tá em condição de voltar. - sussurra, se aproximando pra afagar
os cabelos dela. - O que houve..?

Suki:
- ...fecha a porta... - pede, fechando os olhos.
Maianne Ribeiro:
O rapaz faz como ela pedira, fechando a porta antes de sentar ao lado dela.
- O que houve?

Suki:
- ...jura não ir atrás dele nem contar pra mamãe? - sussurra, entreabrindo os olhos
cheios de lágrimas para encarar o irmão.

Maianne Ribeiro:
"...lá vem."

- Depende do que você me contar.

Suki:
- Então eu não vou contar nada.

Maianne Ribeiro:
- Leanne..!

Suki:
- Trato é trato.

Maianne Ribeiro:
Ele resmunga, passando a mão no rosto.
- Tá. Tá bom. Eu não conto.

Suki:
A garota suspira, se ajeitando para colocar a cabeça na coxa do irmão.

- ...meu marido teve aqui. - sussurra.

Maianne Ribeiro:
- Seu _o quê?_ - ele sussurra, o rosto se avermelhando.

qualquersuki:
Suki:
- Meu marido. - ela murmura, se encolhendo. - ...eu.... eu casei com meu irmão
adotivo, e a gente tem um filho. - sussurra, a voz quebrando enquanto Leanne
voltava a chorar.

Maianne Ribeiro:
- Um filho... Aquele menino?! - ele exclama. - Eles te forçaram até a isso?!

Suki:
- NÃO FOI FORÇADO, LUCCA! - grita, dando um tapa na coxa dele, frustrada. - EU AMO
O SHOGUN E EU AMO O MITSUO!

Maianne Ribeiro:
Ele estremece com a reação da irmã, surpreso.
- ...quê? Que história é essa, Lea?!

Suki:
- ...é, Lucca, é essa a história...! - chora, escondendo o rosto nas mãos. - Eu
tinha um marido, e um filho, e uma família que eu amava, e ele já me deixou pra
trás por causa da merda que _você e a mamãe fizeram me exorcizando_!

Maianne Ribeiro:
- Como... Como assim? A... A yakuza tava te usando, eles te roubaram depois do que
houve com o papai, não foi..?
"Não é possível..!"

Suki:
- E-eu não sei, Lucca, eu não sei como eu fui parar com eles, mas eles não me
fizeram mal, eles nunca me fizeram mal, e eu perdi tudo...!

Maianne Ribeiro:
Ele engole em seco, estremecendo.
- ...Lea... Lea, a mamãe precisa saber disso...

Suki:
Ela nega com a cabeça, afundando o rosto nas mãos.

- N-não faz mais diferença, Lucca... - ela chora. - Ele já cresceu sem mim, e virou
outra pessoa, e é _óbvio_ que ele não dá mais _a mínima pra mim_...! Mas eu amo
o... - e engasga.

"Eu te amo, Ichi..."

Maianne Ribeiro:
- ...É o cara do encontro..? - sussurra.

Suki:
- ...é-é... - choraminga. - E-eu me apaixonei por ele de novo, sem saber, e... e
agora é tarde demais...!

Maianne Ribeiro:
"Puta merda..."
- Se ele não te ama mais, é problema dele que tá perdendo um mulherão como você. -
resmunga, abraçando a irmã. - Você merece alguém melhor.

qualquersuki:
Suki:
- É... É problema meu que perdi meu... Meu m-marido e meu filho... - choraminga, se
encolhendo no abraço dele. - E-eu não acredito que eu não valho mais nada pra
ele...!

Maianne Ribeiro:
- Ele disse isso pra você?! - resmunga. - Seu filho a gente recupera, isso eu
garanto. Aposto que tá nas garras dele!

Suki:
- Eu vou pegar meu filho pra criar onde, Lucca?! _Onde_?! No quartel?! No exército,
no meio de uma guerra?! - grita, frustrada e ferida. - Eu não tenho mais nada,
Lucca! MAIS NADA, SÓ VOCÊ!

Maianne Ribeiro:
O rapaz aperta o abraço, carinhoso, mantendo a irmã perto de si.
- Você nunca vai me perder. Nunca. - sussurra.

Suki:
- Jura...? - pede, se encolhendo nos braços dele. - Dentro do exército, fora do
exército, com ou sem magia...? - choraminga.

Maianne Ribeiro:
- Juro, por tudo que é mais sagrado. Em qualquer lugar, de qualquer jeito.

Suki:
- Por favor... Por favor... - implora, agarrada em Lucca. - Eu não aguento perder
mais nada...! Eu já perdi o Ichi, o Micchi, o Salem, eu não aguento mais... EU NÃO
AGUENTO MAIS, LUCCA...!

Maianne Ribeiro:
- Você não vai perder mais nada. Não vai me perder. Eu juro. - sussurra, mantendo-a
perto de si. - Nunca, nunca, nunca, por nada nesse mundo.

Suki:
- Por favor... Por favor, jura pra mim... jura por... - ela hesita, os lábios
tremendo, antes que ela voltasse a chorar e a gritar.

"Não adianta jurar pela merda da carpa...!"

Maianne Ribeiro:
- Eu juro por qualquer coisa. - ele diz, carinhoso, tentando acalmar a irmã. "Eu
juro que mato esse Ichiro se eu ver..!"

qualquersuki:
Suki:
Leanne chora e chora, aos poucos parando de gritar. Mas não porque se acalmava, e
apenas porque perdia a consciência, exausta demais pra continuar pensando ou
sentindo qualquer coisa...

Maianne Ribeiro:
Lucca continuaria ao lado da irmã, preocupado, mantendo-a perto de si.
Eventualmente, o rapaz a deitaria na cama com cuidado, saindo pra pegar uma
refeição...

...e aguardar.

Quando Shogun entra no hospital, Lucca o segue de perto, parando o homem antes que
ele pudesse entrar no quarto de Leanne.
- Eu tava te esperando ansiosamente. - rosna, socando o rosto do dragão com
violência.

Suki:
Alguns minutos se passam até que ela desperte, confusa com os sons e as vozes que
vinham do lado de fora.

"O que...? Briga...?", pensa, caminhando desajeitadamente até a porta, tateando os


móveis para se localizar, o rosto inchado e a cabeça com uma enxaqueca excruciante,
ambos consequências das horas chorando...

Maianne Ribeiro:
E do lado de fora, ela veria Ichiro de pé, enquanto Lucca o golpeava com violência,
furioso.
- ...ez com a minha irmã, seu merda! Você destruiu ela, usou a Leanne como quis, e
agora jogou ela no lixo! Eu devia te mandar pras salas de tortura! - berrava.

qualquersuki:
Suki:
Os olhos da garota se abrem de imediato, Leanne prontamente agarrando a cintura do
irmão para obrigá-lo a recuar.

- ...Lucca...! Pára com isso...! - pede, sem força, os pés descalços escorregando
no chão enquanto ela tentava puxar o tenente consigo.

Maianne Ribeiro:
- Volta pra cama, Lea, deixa eu acabar com a raça desse merda! - rosna, irritado,
apesar de não se debater pra não machucar a irmã.

Suki:
- Não, Lucca, pára com isso...! É o meu— - ela engole a palavra, apertando a
cintura do irmão com mais força para se conter, forçando-o para trás. - Já
chega...!

Maianne Ribeiro:
- Ele não merece sua proteção, Lea, esse merda nem te ama!

- Não sei de onde tirou isso. - Shogun sussurra, secando o sangue dos lábios com as
costas das mãos antes de ajeitar os cabelos. - Eu amo a Leanne. Sempre vou amar.

Suki:
- Já chega, Lucca...! - insiste, alheia as palavras de Shogun. - Não importa, eu
ainda— - e cerra os dentes, perdendo a paciência, jogando o irmão para trás de si,
violenta. - Chega, tá legal?! _CHEGA!_ - rosna, encarando-o com os olhos cheios de
lágrimas.

Maianne Ribeiro:
O rapaz se desequilibra, recuando vários passos, desajeitado.
- T-tá, tá, eu já parei! - rosna, irritado.

Shogun suspira, balançando a cabeça antes de se aproximar.


- Você está bem..?

- É claro que ela não tá bem, seu babaca! Por sua culpa!

- Eu perguntei pra ela. - responde, sem tirar os olhos de Leanne.

qualquersuki:
Suki:
- ...você devia estar cuidando da sua família. - é tudo que ela diz, gentil, sem se
virar para encará-lo, ainda vigiando os movimentos do irmão enquanto as lágrimas
escorriam pelo rosto. - A Marechal não pode sonhar em saber que você esteve aqui.

Maianne Ribeiro:
- Eu estou cuidando da minha família. - diz, afagando o rosto dela. - Você é parte
dela.

Suki:
E ele sente o rastro molhado na pele de Leanne, que ela prontamente tenta disfarçar
com as costas das mãos, desviando o olhar para que Shogun não a visse chorando.

- ...é melhor você ir embora. - murmura, observando a parede, incapaz de encarar


qualquer um dos dois.

Maianne Ribeiro:
- Já? Eu acabei de chegar. - o homem ri baixinho.

Suki:
Ela ri, um riso fraco, mas que Leanne não consegue conter, as bochechas corando.

- Não é horário de visita, Shogun, por mais que esse hospital seja seu e isso não
importe...

Maianne Ribeiro:
- Eles não vão ligar. - e pisca um olho. - É por uma boa causa.
Suki:
- Não, não é. - e ri de novo, passando as costas da mão pelo nariz, tentando se
conter.

Maianne Ribeiro:
- Mm. É uma ótima causa. - murmura, dando de ombro.

qualquersuki:
Suki:
- O que você quer, Ich— - e morde os lábios com um resmungo baixo, violenta,
cerrando os punhos e encolhendo os ombros.

Maianne Ribeiro:
- Cuidar da minha esposa. Não posso..?

Suki:
- Achei que você tivesse uma família pra cuidar. - diz, a voz tremendo.

"Não, porra, chega de chorar, chega de se humilhar pra ele...!"

Maianne Ribeiro:
- Eu tenho. E você é parte dela. - repete, continuando o carinho.

Suki:
- ...o que você quer, Shogun...? - sussurra, enfim encontrando os olhos dele com os
próprios, a postura encolhida e indefesa fazendo-a parecer menor que o dragão.

Maianne Ribeiro:
- Eu já disse. Cuidar da minha esposa. - insiste, o olhar tranquilo. - Cuidar da
mulher que eu amo.

Suki:
- Eu... eu não sei se você ainda pode cuidar dela. - e nega com a cabeça, recuando
um passo.

"Ela morreu."

Maianne Ribeiro:
- É só você deixar eu cuidar de você. - ele murmura baixinho. - Só isso.

Suki:
Leanne faz menção de responder, mas se limita a apoiar a cabeça em uma das mãos,
cansada.

- ...tudo bem. - sussurra, voltando para dentro do quarto.

Maianne Ribeiro:
Shogun suspira, enfim encarando Lucca novamente, indicando o lado de dentro com a
cabeça antes de entrar. "...babaca," o soldado pensa, irritado, seguindo-o pra
dentro.

qualquersuki:
Suki:
E ela apenas se larga na cama novamente, observando o teto como quando Lucca a
encontrara horas antes.

"Eu não quero pensar, eu não quero sentir...", repetia para si, a respiração lenta,
controlada.
Maianne Ribeiro:
Ichiro faz menção de sentar ao lado da cama, mas Lucca é mais rápido, sentando ao
lado da irmã e afagando-lhe os cabelos.
- Eu cuido da minha irmã. - resmunga.

- ...como quiser. - suspira. - Eu estou satisfeito em ficar aqui.

Suki:
- ...sem brigas... - pede, rouca, sem desviar o olhar do nada, piscando lentamente.

Maianne Ribeiro:
- ...sem brigas. - Lucca resmunga.

Suki:
- ...valeu, Tigre. - murmura, suspirando baixinho antes de fechar os olhos.
- ...mm. Lucca, esse... esse é o Shogun, o... o... - ela hesita, várias descrições
passando na ponta de sua língua, e todas elas parecendo igualmente erradas, antes
que Leanne desista, suspirando de novo. - ...e esse é o Tigre, tenente do exército
e meu irmão, Shogun.

Maianne Ribeiro:
- É um prazer, Lucca. - Shogun sorri.

- ...hmpf. Prazer.

- Eu trouxe chocolate, se quiser. Daqueles que você ama, Lea.

qualquersuki:
Suki:
- Mm. Obrigada... Shogun. - murmura, fechando os olhos por alguns segundos antes de
reabri-los e só então se sentar. - Eu... eu te pago quando começar a receber. Ou...
Ou quando puder voltar a trabalhar pra você. Se puder. - ela suspira, massageando
as têmporas, expirando devagar. - ...deixa. Obrigada.

Maianne Ribeiro:
- Você não precisa me pagar nada. É um presente pra minha esposa. - ele sorri,
estendendo a barra de chocolate pra ela.

Suki:
- ...mm. Obrigada, Shogun. - murmura, pegando a barra com as duas mãos, formal,
antes de se inclinar como agradecimento.

Maianne Ribeiro:
- Não precisa de nada disso, Lea. É só um presente. - sussurra. - ...você pode me
chamar pelo meu nome, também.

Suki:
- ...eu... eu sei que não devo. - e engole em seco, colocando o chocolate de lado,
sem encarar Shogun. - Menos ainda na frente do Tenente. - ela ri, fraca, doída,
cobrindo o rosto com as mãos. - 'Meu Deus, o que eu tô fazendo?!' - e ri de novo,
levemente desesperada.

Maianne Ribeiro:
- 'Sendo boba, porque você pode me chamar pelo nome na frente de qualquer um.' -
ele ri, afagando os cabelos dela.

Suki:
- Não, eu... eu não posso... - murmura, fechando os olhos com o carinho e
encolhendo os ombros. - O... O Lucca já sabe informações demais sobre você, é... é
perigoso...

Maianne Ribeiro:
- É só por isso? - sussurra, continuando o carinho.

- Eu consigo descobrir o que eu quiser sobre ele. - Lucca sussurra.

qualquersuki:
Suki:
- Você é o Shogun, o... o líder da família. Já é exposição o suficiente estar com a
filha da Marechal no mesmo quarto de hospital que o filho mais velho dela, e
Tenente do exército. - diz, afundando o rosto nas duas mãos. - ...merda, eu não
quero ter que escolher...

Maianne Ribeiro:
- Entre a família e o exército..? - murmura, suspirando. - Você não precisa
escolher.

Lucca abre a boca pra retrucar, mas hesita. "...ela tem que ficar com o exército,
mas..."

Suki:
- É claro que eu preciso, Shogun... - e ri, fraca, erguendo o rosto. - Do que você
tá falando...? Como a gente vai ficar junto assim...?!

Maianne Ribeiro:
- Nós damos um jeito. - ele dá de ombros. - Se eu e o seu irmão estamos no mesmo
quarto sem matar um ao outro, é porque tem um jeito.

Suki:
- F-foi por pouco, pelo jeito... - ela estremece, dando um risinho sem muita força.

Maianne Ribeiro:
- Por pouco? Hah. Seu irmão bate bem fraquinho. - provoca.

- Precisa que eu te mostre o que é bater forte de verdade? - Lucca rosna.

- Sem brigas, Lucca. A Leanne pediu. - e sorri de canto.

Suki:
- ...não vai dar certo. - sussurra, o sorriso desaparecendo. - Você é um dos mais
procurados da lista do exército. E o Lucca com certeza é um alvo grande pra vocês
também. - ela nega com a cabeça. - É questão de tempo até isso tudo dar errado e
mais alguém morrer por minha causa.

Maianne Ribeiro:
- Nós vamos fazer dar certo. - Shogun murmura, continuando o carinho. - Ninguém vai
morrer, por mais que o seu irmão queira torcer o meu pescoço agora.

qualquersuki:
Suki:
- E ele quer muito, não tenha dúvidas... - Leanne ri, de forma um pouco mais
sincera, balançando a cabeça de leve enquanto buscava o olhar do irmão, preocupada.

Maianne Ribeiro:
- Quero. - Lucca resmunga, cruzando os braços. - Ele não só é um usuário de magia,
como ele te feriu... mas fazer isso só vai fazer você piorar.
Suki:
- ...eu... eu também sou, esqueceu...? - murmura, desviando o olhar. - E... e a
mamãe também, não lembra como ela chegou carregada de estática aqui mais cedo?

Maianne Ribeiro:
- ...isso é diferente. Vocês são diferentes. - sussurra.

Suki:
- A gente é diferente porque você confia na gente pra não abusar pra ferir ninguém.
- diz, cruzando os braços.

Maianne Ribeiro:
- Vocês são diferentes porque são minha família.

- Eu sou seu cunhado, não conto? - Shogun ri.

Suki:
- ...você não vai me fazer passar por um segundo exorcismo, vai...? - pergunta,
incapaz de conter um risinho com a provocação do marido.

Maianne Ribeiro:
- Claro que não! Eu não vou deixar isso acontecer! - Lucca resmunga.

Suki:
- Então o problema não é a magia em si...!

Maianne Ribeiro:
- ...eu já disse, você é diferente..!

Suki:
- Não existe isso, Lucca...!

Maianne Ribeiro:
- Pra mim existe. - resmunga. - Eu não quero te perder de novo e pronto.

qualquersuki:
Suki:
Ela morde o lábio inferior.

- Eu também não quero te perder, mas...

Maianne Ribeiro:
- ...mas..? - ele franze a testa.

Suki:
- ...mas eu quero o meu filho e a minha família de volta, também...

Maianne Ribeiro:
Lucca hesita, engolindo em seco.
- Lea, é a yakuza. São usuários de magia, mafiosos..!

- Nós estamos operando dentro da lei, se é essa a sua preocupação. - Shogun


responde. "...na maior parte."

Suki:
- E ainda assim eu não posso participar dessas operações, porque isso seria ser
caçada só por... por ser quem eu sou. - murmura, o olhar indo pro chão.

Maianne Ribeiro:
- Magia é um problema, Lea. O exército existe por um motivo!

- Magia só é um problema se for abusada, Lucca. - Shogun nega com a cabeça. - Assim
como qualquer tipo de poder.

Suki:
- Eu... eu concordo com o Shogun nisso, mas... mas eu não quero ter que escolher
entre vocês... - murmura, se encolhendo um pouco. - Eu... mesmo podendo usar magia,
eu não usei ela pra nada de mais...

Maianne Ribeiro:
- ...bem, tem um jeito bem fácil. - Shogun dá de ombros.

- Ah, é? Que jeito milagroso é esse?

- Você sair do exército junto com a Leanne. - responde, ao que Lucca começa a rir.

- Você ficou louco?!

Suki:
- Sho— Lucca, não, pera aí, vocês dois...! - reclama, olhando de um para o outro,
sem saber com quem concordar.

Maianne Ribeiro:
- É uma solução fácil.

- Fácil? Desde quando sair do exército é fácil?! E pra começo de conversa, quem
disse que eu quero?!

- Pela sua irmã, você não faria isso? - ele ergue uma sobrancelha, ao que o outro
hesita.

qualquersuki:
Suki:
- E-eu não quero ninguém se sacrificando por mim! - interpõe, ficando de pé entre
os dois e erguendo as mãos, olhando de um para o outro. - Menos ainda porque isso
significa que ele vai ser perseguido por deserção, e... e tem a namorada dele, e a
mamãe, e—!

Maianne Ribeiro:
- É só tirar as duas do exército também. - ele dá de ombros. - Além disso, eu
duvido que isso importe mais pro Lucca do que a sua felicidade.

- ...não é tão simples. Exorcismo não pode ser desfeito, pra começo de conversa.

- Isso nós damos um jeito.

Suki:
- ...é, mas... mas nem todo exorcismo funciona igual. - Leanne quem diz. - Eu... eu
que o diga.

Maianne Ribeiro:
- Ainda vamos dar um jeito. Eu não sei como, mas vamos. - insiste. - Você lembra de
coisas que não deveria, por exemplo.

Suki:
- ...é. Isso é verdade. - concorda, acenando com a cabeça na direção do marido
antes de se virar para encarar o irmão. - E os nossos familiares ainda estão vivos,
também.
Maianne Ribeiro:
- Lea, você... você não tá caindo na lábia dele, tá?! Sair do exército é loucura! A
mamãe e a Rebecca jamais sairiam, eu aposto!

Suki:
- N-não, eu não concordei com ninguém, ainda...! É-é uma ideia arriscada, e eu sei
que elas não aceitariam, e— e—! - diz, atrapalhada, recuando um passo.

Maianne Ribeiro:
- É arriscado, é insano!

- É o único jeito. - Shogun dá de ombros. - É o melhor dos dois mundos.

Suki:
- Não, calma, tem que ter outro jeito...! - gagueja, atrapalhada, olhando para o
marido novamente. - A gente precisa pensar, mas pra pensar todo mundo tem que
_querer_, o que não é o caso ainda!

Maianne Ribeiro:
- Claro. Eu não vou forçar ninguém. - Ichiro ri de leve, assentindo com a cabeça. -
Mas pensem no que eu falei. Pensem com carinho.

qualquersuki:
Suki:
- Eu vou. O... O Lucca também. Nós vamos. Prometo. - diz, atrapalhada, passando uma
das mãos no rosto antes de se virar para o irmão, o olhar exigindo que ele
concordasse.

Maianne Ribeiro:
- ...tá. Eu vou pensar. - murmura. "Nem fodendo..!"

- Ótimo. - sorri. - Por ora, é melhor você comer seu chocolate, e voltar a dormir.
Eu vou deixar vocês descansarem.

Suki:
- ...é. Você... você precisa trabalhar e descansar, também. - murmura, balançando a
cabeça negativamente. - ...o... o Micchi. Como ele tá...? - pergunta, enfim, se
virando novamente para Shogun.

Maianne Ribeiro:
- Ele está bem. - sorri. - Adora passar a tarde brincando com a Chiaki. Ele cresceu
bastante...

Suki:
- Cresceu, cresceu sim. E ele já sabe virar dragão, ele te mostrou isso~? -
pergunta, dando um risinho.

Maianne Ribeiro:
- Já, já mostrou. Uma linda lagartixinha. - ri.

- ...ele vira dragão? - Lucca murmura.

Suki:
- ...vira. O seu sobrinho vira um lindo dragãozinho dourado. - e assente com a
cabeça. - O familiar dele ainda não tinha aparecido ainda, porém! Eu quero saber se
vai ser _mais um felino_, só isso!

Maianne Ribeiro:
- Mais um, é? - Shogun ergue uma sobrancelha.

- É de família. Todos nós temos felinos como familiares. - Lucca resmunga.


"Mali..."

Suki:
- A mamãe tem um leão _e_ uma tigresa, inclusive. Dois familiares, tamanho é o
poder dela. - explica, assentindo com a cabeça. - ...eu queria ser forte que nem
ela, um dia. - e suspira, cruzando os braços. - Quem sabe o Micchi não herde essa
força!

Maianne Ribeiro:
- Ele já é bem fortinho. - Shogun ri. - A Chiaki está ensinando ele a lutar com
espadas. De bambu. - adiciona, ao ver a expressão de choque de Lucca.

qualquersuki:
Suki:
- O papai ficaria orgulhoso. - murmura, esboçando um sorriso saudoso. - Quem diria
que as mulheres que não podiam entrar no dojo dele agora estão ensinando o neto!

Maianne Ribeiro:
- Exatamente. Aposto que ele estaria resmungando, mas feliz ao mesmo tempo. - ri.

Suki:
- Aquele velho resmungava o tempo todo. É claro que estaria! - e ri também, enfim
plenamente sincera. - 'Mulheres são mais delicadas' o cacete, olha agora, velhote!
- provoca, imitando a voz dele.

Maianne Ribeiro:
- Exatamente! - Ichiro ri, confortável. - A Chiaki é uma ótima professora,
inclusive!

Suki:
- Bom, isso é inegável: ela quem me ensinou a cozinhar, e eu tô viva até hoje! E o
Micchi também!

Maianne Ribeiro:
- Tudo graças a ela. - ele ri baixinho. - Nossa irmãzinha.

qualquersuki:
Suki:
- ...é... Nossa irmãzinha. - e ri também, boba, segurando as mãos dele. - ...agora
é melhor você ir, antes que fique perigoso. - murmura, os ombros caindo de leve. -
O Lucca vai aproveitar e providenciar um sanduíche pra mim, que eu não jantei,
enquanto isso. Certo~? - diz, olhando o irmão por cima do ombro.

"Você vai ser gentil com ele, seu arrombado, ou eu vou te matar....!", pensava,
tentando fazer Lucca entender o sentimento com a própria expressão facial.

Maianne Ribeiro:
- ...certo. - Lucca murmura, se encolhendo sob o olhar da irmã.

- Eu já vou, então. - diz, beijando a testa de Leanne, e então os lábios dela. -


Até amanhã..?

Suki:
- ...por favor. - pede, relaxando com o beijo antes de abraçá-lo com firmeza,
carinhosa, e colar os lábios dos dois novamente. - ...agora vai. Antes que eu te
faça ficar, inclusive. - ela ri baixinho, as bochechas vermelhas.
Maianne Ribeiro:
- Indo. - ele ri, se afastando. Lucca apenas resmunga baixinho, deixando o quarto
junto com Ichiro.

Do lado de fora, o dragão pede para o soldado parar, escrevendo algo num pedaço de
papel e entregando-o pra Lucca.
- Pra você pensar. - diz, se afastando.

"O que..?" pensa, observando o papel. Era um nome de usuário de uma rede social...

qualquersuki:
Suki:
E quando Lucca pesquisasse, veria uma faceta da irmã que nem em suas memórias mais
antigas conseguiria encontrar: o perfil ainda era harmonioso, com cores e postagens
bem pensadas e equilibradas, com publicidades e fotos e vídeos, em uma vida online
invejável.

Mas não era apenas a família de Leanne que chamaria atenção, ou os treinos de
combate, dança e culinária que ela havia registrado com eles.

Era o sorriso. Radiante, sincero, magnífico, e constante em cada foto, vídeo, e


postagem. Fosse nos vídeos mais banais, fosse nos mais complexos, era visível o
quanto a magia fazia parte de sua essência, constante em cada momento das menores
até as maiores coisas, o perfil visivelmente uma referência em magia cotidiana.

E a família. A família que Lucca tanto desejara recuperar era a mesma que Leanne
tinha perdido. Nas várias postagens até mesmo Mitsuo aparecia, quase sempre com
pompa ou sendo pego de surpresa, recebendo mil beijos e abraços da filha.

...não que Leanne os poupasse, é claro, sempre cheia de afagos e afetos, os anos
guardados ali dividindo sua rotina, sua gravidez e seu crescimento com o mundo
agora como um monumento à magia, uma prova viva irrefutável do quão essencial ela
era.

Maianne Ribeiro:
O rapaz demoraria um bom tempo até se recompor, secando as lágrimas com as mãos
trêmulas. Aquilo... aquilo era felicidade. Felicidade real, algo que há muito o
próprio Lucca não sentia, a alegria da leveza de viver em paz com as pessoas
amadas. Quando ele enfim retorna ao quarto de Leanne, estaria mais amuado, quieto,
estendendo o sanduíche para a irmã sem dizer mais nada.

qualquersuki:
Suki:
- ...valeu, Tigre... - murmura, terminando de secar o cabelo. - ...o que houve? O
que o Shogun te falou?

Maianne Ribeiro:
- O importante não foi o que ele falou. - sussurra. - Foi o que ele mostrou.

Suki:
Ela franze a testa, se aproximando.

- E o que foi importante assim, pra te deixar nesse estado?

Maianne Ribeiro:
- ...ele me mostrou o seu instagram. - suspira.

Suki:
- O meu...? - e franze ainda mais a testa, confusa. - Qual? Deixa eu ver...!

Maianne Ribeiro:
O rapaz suspira outra vez, entregando o celular pra Leanne, o aplicativo já aberto.

Suki:
Leanne pega o celular, confusa, arregalando os olhos ao ver o perfil, mas sem ousar
dizer nada. A garota ainda tenta organizar os próprios pensamentos, mas não
consegue, consumindo cada foto, cada legenda, cada vídeo e comentário com a mesma
expressão de choque, sem perceber quando o nariz começa a escorrer sangue e a
pingar na tela do telefone, sem que Leanne se mova ou reaja.

Maianne Ribeiro:
- L-Lea..! - ele exclama, tirando o celular das mãos dela e secando o nariz da
garota, preocupado. - Lea, fala comigo..!

qualquersuki:
Suki:
E a garota não se move, a cabeça pendendo um pouco mais para frente com o movimento
dele, sem que o sangramento cessasse, os músculos enrijecidos violentamente sendo a
única coisa que a mantinha de pé...

Maianne Ribeiro:
- Merda, merda, merda, eu preciso dos médicos aqui! - exclama, apertando a
campainha enquanto tentava estancar o sangramento.

Suki:
Os minutos até os médicos chegarem parece uma eternidade, sem que Leanne sequer
pisque ou respire, o sangue gotejando e gotejando na mão de Lucca.

- Tenente, por favor, licença...! - o médico diz, afastando-o da irmã enquanto os


enfermeiros a colocavam sobre a maca. - Espere lá fora, nós precisamos de espaço!

Maianne Ribeiro:
O rapaz se afasta, trêmulo, o rosto pálido. "Minha irmã..! O que eu fiz..?!"

Suki:
O tenente logo é levado para a sala de espera, as horas se passando sem notícias...

- Lucca...! - Rebecca quem chama, correndo na direção dele ao chegar, assustada. -


A Marechal me mandou vir pra cá, o que aconteceu?! O que aconteceu?! Você tá bem?!

Maianne Ribeiro:
- Tô. - ele sussurra, rouco. - A Lea que não tá...

Suki:
- O que houve?! - pergunta, segurando o rosto dele com as duas mãos, preocupada.

Maianne Ribeiro:
- Eu quebrei a Lea. A culpa é minha, Becca..!

Suki:
- Como... como assim, do que você— Cadê os médicos, eu quero informações...! -
grita, olhando ao redor.

Maianne Ribeiro:
Um dos médicos se aproxima, suspirando.
- É sobre a Leanne, certo? - murmura. - Eu já disse, nós estamos fazendo o nosso
melhor, mas não sabemos se é possível reverter o choque.
qualquersuki:
Suki:
Rebecca mostra os dentes para ele, claramente ameaçando-o, antes de abraçar Lucca
novamente, tentando confortá-lo.

- Vai... vai dar certo. Vai ficar tudo bem. - sussurra.

Maianne Ribeiro:
O homem apenas revira os olhos, se afastando.

- Eu não sei, Becca, eu não sei... Eu matei a minha irmã, Becca..! - o rapaz
choraminga, enfim quebrando.

Suki:
- A Leanne tá viva...! - responde, sacudindo Lucca pelos ombros. - É... é uma
reação horrível, mas acontece em algumas pessoas depois do exorcismo...!

Maianne Ribeiro:
- E se ela não voltar, Becca? Por minha causa? - ele sussurra, trêmulo.

Suki:
- Ela VAI voltar! E você não tem culpa nisso!

Maianne Ribeiro:
- Eu tenho, fui eu quem inventou de mostrar a merda do perfil pra ela! - exclama.

Suki:
- Que— que perfil, Lucca? Perfil de quê?!

Maianne Ribeiro:
O rapaz apenas balança a cabeça, frustrado, enterrando o rosto nas mãos.

Suki:
Rebecca suspira, voltando a abraçar o tenente com firmeza, encostando a cabeça dele
em um dos próprios ombros.

- ...calma. Vai dar tudo certo.

Maianne Ribeiro:
- E se não der..? E se eu perder a minha irmã de novo..? - sussurra, fraco.

Suki:
- Não vai. A Leanne é forte, ela sobreviveu até hoje, ela vai sobreviver a isso
também!

Maianne Ribeiro:
- Eu não sei... Eu espero que sim, mas..!

qualquersuki:
Suki:
- Mas nada. Ela vai, tá legal?! Ela é sua irmã, ela não vai morrer antes de ver a
sua cara de otário me pedindo em namoro!

-=-

- Shogun-sama. Notícias do hospital. - um dos empregados diz, pouco depois do rapaz


fechar a porta do cômodo atrás de si, dando alguns toques na porta.
Maianne Ribeiro:
O rapaz solta um risinho fraco.
- G-golpe baixo...

-=-

"Por que eu tenho a sensação de que é algo ruim..?" ele pensa, indo abrir a porta,
preocupado.
- Pode falar.

Suki:
- Eu jogo sujo, você sabe. - e esboça um sorriso, afagando o rosto dele.

-=-

- As notícias são de que Leanne-sama está em choque há algumas horas, e os médicos


não estão conseguindo reverter. Vão declarar morte cerebral em breve. - murmura, a
postura rígida.

Maianne Ribeiro:
- J-joga mesmo... - ele sussurra, se agarrando nela.

-=-

- ...quê..? N-não, não é possível, ela estava bem quando eu saí..! - ele exclama,
incapaz de se manter sob controle. - Como assim, morte cerebral?!

Suki:
- E eu vou jogar sujo, se precisar, pra ajudar a sua irmã também.

-=-

O empregado inclina o corpo novamente.

- São as notícias que eu recebi, senhor. Os curandeiros acreditam que é reversível,


mas os médicos estão prestes a desistirem.

Maianne Ribeiro:
- Eu... Eu f-faço qualquer coisa por ela. Qualquer coisa...

-=-

- Reversível como? O que precisamos fazer? - pergunta de imediato.

qualquersuki:
Suki:
- A gente vai fazer o que for preciso. - ela assente com a cabeça.

-=-

- Eu não sei detalhes, senhor, não me informaram mais nada. Devo alertar o hospital
para lhe esperar?

Maianne Ribeiro:
- É. Q-qualquer coisa. - repete.

-=-

- De imediato. Eu estou a caminho. - diz, se afastando. "Ela não pode morrer..!"


Suki:
- Qualquer coisa...

-=-

Quem recebe Shogun na porta do hospital é um dos curandeiros, explicando o quadro


de Leanne, citando a relação com o exorcismo recente, explicando os possíveis
gatilhos.

- ...mas nós ainda não descobrimos qual foi a causa. Parece ter sido um colapso
mental, talvez pelo excesso de estímulos conflitantes.

Maianne Ribeiro:
- Eu não me importo com a causa. - ele nega com a cabeça. "Não agora, pelo menos."
- Como podemos reverter isso?

Suki:
- Eu acredito que se a causa for realmente consequência do exorcismo, a proximidade
com o familiar pode ajudar. O ideal seria trazê-lo para descansar com ela, e com
sorte o laço entre os dois será o suficiente para estabilizar o quadro.

Maianne Ribeiro:
- A proximidade com o familiar. - ele murmura, passando a mão no rosto. - Certo. Eu
vou dar um jeito, mantenham-a o mais estável que puderem.

Suki:
- Sim, senhor. Os médicos estão proibindo visitas enquanto trabalham, e o Tenente
está na sala de espera com uma jovem soldado. Achei importante informar o senhor.

Maianne Ribeiro:
- Eu vou falar com ele. - murmura, indo na direção da sala de espera, entrando sem
cerimônias.

- ...você..! O q--

- Onde está o Salem? - Ichiro interrompe Lucca sem cerimônias.

qualquersuki:
Suki:
O curandeiro ainda hesita, tentando dizer algo, mas se limita a suspirar e observá-
lo antes de se afastar.

- Salem...? - pergunta, franzindo a testa. - Esse não é o familiar da Leanne...? -


e se levanta, ficando entre os dois, o rifle em suas mãos. - Quem é você, e como
você sabe disso?

Maianne Ribeiro:
- O marido dela. - responde, sem se abalar com o rifle.

- É-é verdade. - Lucca sussurra, erguendo o olhar. - C-como assim, o Salem? O que
tem ele..?

- Ele é a chave pra reverter o quadro da Leanne.

Suki:
- Como um gato vai reverter essa situação? - pergunta, franzindo ainda mais a
testa, as mãos segurando a arma com mais firmeza.
"Não gostei dele."

Maianne Ribeiro:
- Ele é o familiar da Leanne. É uma das âncoras da Leanne com esse mundo. -
explica. - É o que pode trazer ela de volta.

Suki:
- Ela não foi pra lugar nenhum. Foi um colapso causado pelo exorcismo, só isso. É
comum, e vai passar. - murmura, seca.

Maianne Ribeiro:
- Não, não vai passar. Os médicos estão prontos pra decretar morte cerebral. -
responde.

- Morte..?! - Lucca empalidece. - Não..!

Suki:
- Mo-- C-como assim?! Isso não faz sentido, ela... Ela tava bem, não tava, Tigre?!

Maianne Ribeiro:
- T-tava! Ela tava bem, mas..! - ele estremece. - O... O Salem. Trazer ele vai
resolver isso..?

- ...eu não sei. - ele sussurra, desviando o olhar. - Mas é uma chance.

Suki:
- ...se é a única chance que a gente tem, é... É o que a gente precisa fazer. - ela
cruza os braços, se virando para o tenente. - Onde ele tá?

Maianne Ribeiro:
- Ele tá na... Na residência. - sussurra. - Eu tenho o endereço.

- Então vamos. Meu carro está do lado de fora. - diz Shogun, se afastando.

Suki:
- ...a gente realmente vai com ele? - pergunta, encarando Lucca, incrédula. - Ver
os familiares de vocês não é proibido...?

Maianne Ribeiro:
- É. Mas... Mas é a minha irmã. Eu não posso deixar ela morrer, ainda mais... - ele
estremece. "Ainda mais por culpa minha..!"

qualquersuki:
Suki:
- Não começa esse papo de novo, você não fez nada de mais. - resmunga, colocando a
arma para trás antes de puxar Lucca pelo braço. - Bora. Se é o que a gente precisa
fazer, então vamos logo.

Maianne Ribeiro:
Ele assente com a cabeça, seguindo Shogun pra fora. O rapaz já estava dentro do
carro, a porta aberta aguardando os dois.

Suki:
- Obrigada. - murmura, empurrando Lucca para dentro antes acompanhá-lo em seguida.

Maianne Ribeiro:
Lucca logo passa o endereço pra Shogun, o homem acionando o GPS antes de começar a
dirigir, preocupado. "Que isso dê certo..."
Suki:
- Você consegue entrar na residência, Lucca...? - pergunta, baixinho. - Você nunca
falou muito daqui.

Maianne Ribeiro:
- Consigo. - murmura. - Só eu e a minha mãe conseguimos entrar. A gente não podia
deixar os familiares em Londres, então... então trouxemos eles.

Suki:
- Faz sentido. Ficar longe demais fisicamente deve ser doloroso. - murmura.

"E bastante doloroso, se nem a Marechal quis aguentar essa dor."

Maianne Ribeiro:
- É. Eles são parte da nossa alma, não tem como ficar longe demais. - suspira,
passando a mão no rosto.

Suki:
- Entendi. Por isso que levar ele até a Leanne talvez ajude, se for um problema na
alma dela. É isso...?

Maianne Ribeiro:
- É... Ela pode se reconectar com ela mesma. - murmura.

Suki:
- Mm... É a nossa melhor chance, então, se isso for um conflito existencial por
causa do exorcismo... - murmura, assentindo com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- É. Vai ter que dar certo... - ele sussurra, preocupado. "Precisa dar certo..!"

Suki:
- Vai dar certo. Já deu certo. - diz, segurando uma das mãos dele.

Maianne Ribeiro:
- Tomara, Becca. Tomara...

- Vai dar certo. - Shogun insiste.

Algum tempo depois, o carro estaciona na frente da residência. Era uma casa
pequena, simples, bem cuidada apesar de não ter muitos sinais de uso...

qualquersuki:
Suki:
- Nós não temos como te acompanhar a partir daqui, então... Boa sorte, Lucca. -
Rebecca murmura, parada ao lado do portão. - Tente não demorar. - pede.

Maianne Ribeiro:
- Eu vou o mais rápido que puder. - ele responde, entrando na casa, apressado.

Suki:
E assim que ele entra, escuta rugidos baixos, vários móveis quebrados ou
danificados, marcados pelas garras dos familiares.

Na sala, no imenso colchão macio e confortável em que dormiam, Luci lambia os pelos
de Salem quase incessantemente, o gato preto diminuto e raquítico parecendo apenas
um cadáver...

- LUCCA! - uma voz mais aguda e feminina se faz ouvir, um peso prontamente se
jogando sobre ele e agarrando-se as roupas quando o soldado se aproxima o
suficiente.

Maianne Ribeiro:
O choque do estado de Salem é quebrado quando o rapaz sente a própria familiar se
jogando sobre ele, os braços instintivamente envolvendo-a.
- M-Mali..! - ele exclama, os olhos se enchendo de lágrimas. "É a Mali..!"

Suki:
- Lucca...! Você cresceu ainda mais, e não deixou o cabelo crescer, você parece
ótimo, cada vez mais forte, eu senti sua falta, o Salem adoeceu de repente, a mamãe
não conseguiu sair pra pedir ajuda, ah, Lucca...! - ela praticamente vomita as
informações, emendando uma na outra enquanto cabeceava o queixo dele de leve, se
esfregando na pele do soldado...

Maianne Ribeiro:
Ele aperta o abraço, fechando os olhos enquanto aproveitava o toque da gata,
confortável. "...não. Você não pode..!" pensa, cerrando os dentes, se forçando a
agir.
- Foi... foi pelo Salem que a gente veio. Eu preciso levar ele até a Lea.

Suki:
- O que aconteceu com ela? - o leão quem pergunta, erguendo o focinho.

- Foi bem grave, pelo jeito, bem grave... - ronrona, subindo para os ombros de
Lucca e se acomodando em um deles, ainda esfregando o focinho no rosto do soldado.

Maianne Ribeiro:
- Foi. E a culpa é minha. - ele ri, fraco.

- Vocês exorcizaram ela, não foi? - a tigresa rosna. "Ainda com essas crenças..!"

qualquersuki:
Suki:
- Anandi, acalme-se. - o leão pede, voltando a cuidar de Salem em seguida. -
Aproximar a Leanne e o Salem é uma ótima ideia.

Maianne Ribeiro:
- É. Então eu vim buscar ele, e levar pro hospital. - diz, se aproximando do gato.
- Posso..?

- ...hmpf. - Anandi resmunga, dando as costas.

Suki:
- Tome cuidado, por favor. Ele está com muita dificuldade para respirar. - Luci
avisa, dando espaço para Lucca.

- Eu cuido dele! - Mali diz, se equilibrando no ombro do soldado.

Maianne Ribeiro:
- ...você não pode vir junto, Mali. - ele sussurra, pegando Salem no colo com
cuidado.

Suki:
- ...quê?! Eu vou junto, eu não vou deixar vocês dois sozinhos...! - reclama. -
Alguém precisa estabilizar o Salem, Lucca, é meu irmão...!

Maianne Ribeiro:
- Você não pode, Mali. Eu não podia nem ter vindo aqui. - ri, triste. - É a minha
irmã também.

Suki:
Ela estremece, miando baixinho, fraca.

- Não, Lucca, não me deixa aqui de novo sem você, por favor...!

Maianne Ribeiro:
- Eu não posso, Mali, eu não posso te levar comigo!

Suki:
- Lucca, POR FAVOR...! - ela berra, agarrada nele. - Eu não quero mais ficar sem
você, eu não aguento mais ficar longe, por favor, só hoje, só hoje...!

Maianne Ribeiro:
- VOCÊ ACHA QUE É FÁCIL PRA MIM?! - ele grita, frustrado. - ...eu preciso levar o
Salem. Me solta, Mali.

Suki:
A gata chia baixinho, pulando para o chão antes de se esconder embaixo de um móvel,
miando e chorando...

- Vá embora, garoto. - Luci pede, indicando a saída com o focinho.

Maianne Ribeiro:
Ele assente com a cabeça, abraçando Salem com cuidado antes de se afastar, os
passos fracos, lentos.

qualquersuki:
Suki:
- Aconteceu alguma merda, não foi...? - pergunta, preocupada, apoiando Lucca para
dentro do carro assim que ele se aproxima o suficiente.

Maianne Ribeiro:
- Eu vi a Mali. Ela... Ela se agarrou em mim, queria ir embora comigo... - ele
estremece, a voz fraca.

- A sua familiar, imagino. Devia ter trazido ela junto. - Shogun suspira, começando
a dirigir de volta pro hospital.

- Eu não posso..!

Suki:
- Bom, a sua mãe vai matar nós dois quando souber do que a gente acabou de fazer. -
murmura, balançando a cabeça negativamente. - Era melhor ter trazido ela e ser
punido uma vez só.

Maianne Ribeiro:
- ...É. Talvez...

- ...ainda dá tempo. - Shogun murmura, parando o carro.

Suki:
- ...vai. Traz ela, mas vai rápido, que a gente precisa ajudar a sua irmã, também.
- diz, pegando Salem dos braços de Lucca delicadamente

Maianne Ribeiro:
Ele assente com a cabeça, voltando pra dentro da casa, apressado...
Suki:
A gata tinha acabado de sair do móvel, mas prontamente se esconde novamente quando
Lucca chega, encolhida...

- O que houve dessa vez? - o leão ruge, ficando de pé.

Maianne Ribeiro:
- ...eu vim buscar a Mali. - sussurra, abaixando o olhar.

Suki:
- ...de vez...? - pergunta, colocando a cabeça para fora do móvel.

Maianne Ribeiro:
- ...eu... Eu não sei. Mas... Eu quero que você venha comigo. - sussurra.

Suki:
Ela hesita, mas acaba por correr na direção dele, escalando seu uniforme e se
aninhando nos braços dele.

- Eu vou. - ronrona, antes de Luci possa se pronunciar.

Maianne Ribeiro:
- Hmpf. - Anandi apenas resmunga em protesto.

- Vem. Você vai conhecer a minha quase namorada. - ele sorri, carregando a gata pra
fora.

qualquersuki:
Suki:
- Tchau, pai, tchau, mãe ~ - diz, boba, balançando o rabo animadamente. - Quase
namorada, eh~? Ela é bonita?

Maianne Ribeiro:
- É. É linda. - ri, afagando os pelos da gata. "Quanta saudade..."

Suki:
E isso faz a gata ronronar mais alto, se esfregando nos dedos e no rosto dele,
boba.

Maianne Ribeiro:
O rapaz logo entra no carro com a gata, mais leve.
- Vamos. - murmura. Ichiro apenas sorri, dando a partida e voltando a dirigir.

Suki:
- Oi. Mali, né? - Rebecca murmura, afagando os pelos de Salem com uma das mãos, a
respiração do gato um pouco mais estável. - Eu achei que você fosse ser maior, pra
combinar com ele... - brinca, boba, afastando a mão quando a gata responde.

- Eu normalmente sou muito maior, moça bonita!

- ELA FALA?!

Maianne Ribeiro:
- Todos os familiares falam. - Lucca ri baixinho. - Mali, essa é a Rebecca. Quem
está dirigindo é o Shogun, o marido da Lea.

Suki:
- Prazer, Rebecca! Prazer, Shogun! - diz, empolgada, a cauda balançando suavemente
atrás de si.
- P-prazer... - diz, ainda atrapalhada.

Maianne Ribeiro:
- Prazer, Mali. - o rapaz responde.

- Se você reagiu assim, imagino quando conhecer o Luci e a Anandi. Um leão e uma
tigresa. - ri

qualquersuki:
Suki:
- Sério?! Dois, em tamanho real?!

- Não, a Anandi é muito maior que uma tigresa, e o Luci muito maior que um leão!

- _Maiores_?!

Maianne Ribeiro:
- Bem maiores. - ri, assentindo com a cabeça.

Suki:
- O Lucca dormia em cima do Luci!

- Eu... E-eu nem consigo imaginar. - diz, boquiaberta.

Maianne Ribeiro:
- Um dia você vai ver. - ele sorri. - A Anandi é rabugenta, mas o Luci é um amor.

Suki:
- Os dois andam bravos e cansados de tanto tempo trancados, mas no fundo eles não
mudaram nada~

Maianne Ribeiro:
- É... - ele sorri, nostálgico. "Saudades do Luci e da Banana..."

Suki:
- Um dia.. Um dia... - ela ronrona, lambendo o rosto de Lucca, carinhosa.

Maianne Ribeiro:
- ...é. Um dia. - sussurra. "Eu não sei..."

- Chegamos. - Shogun avisa, estacionando o carro na frente do hospital. - Vão


entrando, eu estaciono e já encontro vocês.

Suki:
- Bora, Lucca. A sua irmã precisa do Salem pra ontem. - diz, assentindo com a
cabeça antes de sair do carro.

Maianne Ribeiro:
Ele assente com a cabeça, seguindo Rebecca pra dentro, apressado, procurando os
médicos.
- Nós precisamos ir ver a Leanne, agora!

qualquersuki:
Suki:
- É o familiar dela?!

- É, e ele também não parece nada bem!


- Ninguém pode entrar no quarto, deixem ele conosco!

Maianne Ribeiro:
Ele hesita, mordendo o lábio inferior.
- ...tá. Tá. Levem o Salem. - sussurra, indicando pra que Rebecca entregasse o gato
para o médico.

Suki:
A soldado hesita, mas acaba por fazer como Lucca pedira, o enfermeiro pegando o
gato com bastante delicadeza, se afastando com ele a passos rápidos em seguida.

- O cheiro deles é bom. - Mali murmura, enfiada dentro da farda de Lucca.

Maianne Ribeiro:
- ...dos... dos médicos..? - ele franze a testa.

Suki:
- É. Eu confiaria neles. - ela assente com a cabeça.

- Dizem que animais sentem essas coisas, né. - Rebecca comenta.

Maianne Ribeiro:
- Nós só podemos confiar neles. Não tem muita escolha... - sussurra, se encostando
na parede.

Suki:
- Vai dar certo. - a gata ronrona, tentando confortar o soldado.

- A sua irmã é forte. - Rebecca murmura.

Maianne Ribeiro:
- É-é. Ela é muito forte... - sussurra, afagando os pelos da gata, trêmulo. - É a
minha irmã...

Suki:
- Isso mesmo~ Você sempre ficava preocupado quando ela caía ou se machucava, e ela
sempre levantava rindo e se gabando, lembra?

Maianne Ribeiro:
- Lembro. - ele sorri. - A leoa corajosa...

qualquersuki:
Suki:
- Ela continua uma leoa e continua corajosa! - Mali diz, empolgada, se aninhando
melhor dentro da roupa dele.

- Acho que ela é melhor em te acalmar do que eu. Que bom que veio, Mali! - Rebecca
diz, rindo baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Você também me acalma super bem, nem inventa. - Lucca ri de leve, se encostando
em Rebecca.

Suki:
- Só falta a Leanne aqui, então. - ela ri baixinho, se encostando nele e envolvendo
sua cintura com os braços.

Maianne Ribeiro:
- É. Daqui a pouco ela... ela vai ficar melhor. Daqui a pouco...
Shogun enfim aparece, se encostando na parede a uma certa distância dos dois, sem
querer se intrometer.

Suki:
- Isso. Daqui a pouco ela vai sair daquela sala rindo e xingando que nem você
sempre faz quando vai pra enfermaria ~

Maianne Ribeiro:
- ...é, eu sempre saio assim. - ele ri baixinho. - E a Leanne é que nem eu.

Suki:
- Dois turrões. - brinca.

Maianne Ribeiro:
- É mal de família. - brinca.

Suki:
- Bem de família! - Mali corrige.

Maianne Ribeiro:
- Bem de família então, pronto. - ri.

Suki:
- Pronto, pronto! - diz, boba.

- E que família... - Rebecca ri baixinho.

Maianne Ribeiro:
- A melhor do mundo. - sussurra, fechando os olhos. "Que tudo fique bem..."

Suki:
A soldado suspira, se aconchegando junto a Lucca e Mali, cantarolando baixinho, a
voz estranhamente doce e reconfortante até mesmo aos ouvidos de Shogun...

Maianne Ribeiro:
"...a voz dela é bem bonita..." Ichiro ergue uma sobrancelha, observando os dois em
silêncio.

qualquersuki:
Suki:
E os minutos se arrastam, formando horas, em que médicos e funcionários passavam de
um lado para o outro, sempre sem mais notícias.

- Ela estabilizou. - enfim um deles avisa, se aproximando de Shogun. - Ainda não


despertou, mas já está respirando sem o tubo.

Maianne Ribeiro:
O sorriso se abre no rosto de Lucca, as lágrimas transbordando sem que ele sequer
percebesse.
- Ela... a-ainda bem... - o rapaz sussurra, um peso saindo de seus ombros.

Suki:
- Eu disse que ela não ia morrer...! - a soldado ri, aliviada, abraçando Lucca com
mais firmeza.

- N-não me esmaga...!

Maianne Ribeiro:
- D-disse, disse sim..! - ele ri, retribuindo o abraço.

"Graças aos deuses..." Ichiro abre um sorrisinho, secando uma lágrima teimosa que
escorrera pelo rosto.

Suki:
- ...eu vi alguém emocionado apesar da pose~ - a soldado provoca, indicando o
dragão com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- É a minha esposa. É claro que estou emocionado. - ele sussurra.

Suki:
- ...difícil acreditar que ela casou com alguém engomado assim. - comenta,
claramente provocando.

Maianne Ribeiro:
- Eu não sou engomado, sou elegante. - ri.

Suki:
- Tal qual um pavão. E é isso que te falta, por sinal: um leque. - provoca.

Maianne Ribeiro:
- ...por que não? - ele ri baixinho.

Suki:
- Mal posso esperar para ver a Leanne arrumada que nem você. Talvez eu devesse
arrumar o Lucca, também, no mesmo estilo~

Maianne Ribeiro:
- Isso pode ser arranjado. - Shogun sorri.

- Eu, no estilo dele? Não combina comigo!

qualquersuki:
Suki:
- Eu ainda quero ver. - ela ri baixinho.

- ...eu acho que fica bom, Lucca! - Mali diz, colocando a cabeça para fora da roupa
do rapaz para observar melhor os trajes de Shogun.

Maianne Ribeiro:
- ...acha mesmo? - Lucca franze a testa. - ...sei lá. Talvez eu tente um dia...

Suki:
- Acho não, tenho certeza! - a gata ri, voltando a se esconder dentro da farda dele
ao ouvir passos.

Maianne Ribeiro:
- Um dia. - ele ri, sem jeito. "Mais notícias da Lea..?"

Suki:
E a pior possibilidade se materializa, virando no corredor.

Caroline.

Fardada, levemente ensanguentada, ferida e furiosa, os passos pesados e afobados


levando-a diretamente até Lucca.
- Cadê a sua irmã? - rosna, os lábios trêmulos, o rosto pálido, as mãos segurando
ele perda farda com violência.

Maianne Ribeiro:
O rapaz empalidece de imediato, trêmulo.
- N... no... no q-quarto. - ele sussurra, a voz falhando de medo. - Ela v-vai ficar
bem...

Suki:
- O que aconteceu? Ela estava bem quando eu estive aqui pela última vez, e agora
estão cogitando _morte cerebral_?! - rosna.

Maianne Ribeiro:
- ...eu... eu f-falei alguma coisa que... que f-fez ela entrar em choque. -
sussurra. - M-mas já... ela já t-tá melhorando, ela v-vai ficar bem, mãe, eu
juro..!

qualquersuki:
Suki:
- ...você fez o que, Lucca? - sibila. - O que diabos você falou pra sua irmã
_recém-exorcizada_ que foi _hospitalizada por uma crise traumática após um abuso
sexual_?!

- M-Marechal, por favor, acalme-se...! - Rebecca pede, sem saber como intervir. -
Nós já resolvemos o problema, a Leanne está bem, os médicos disseram que ela deve
despertar em breve...!

Maianne Ribeiro:
- A g-gente tava f-falando sobre a y-yakuza..! - mente. "Se a mamãe souber a
verdade, morro eu, a Leanne, a Rebecca e o Shogun."

Suki:
- Sobre a yakuza. - diz, estreitando os olhos antes de soltar o filho e recuar um
passo. - ...por isso o cheiro de magia. Esses desgraçados estão atrás da sua irmã
de novo...!

Maianne Ribeiro:
- ...é-é. D-deve ser isso. - ele sussurra, abaixando o olhar. "Alguém precisa tirar
o Salem do quarto da Lea antes que a mamãe veja..!"

Suki:
- Ótimo. Ótimo. - rosna, nervosa, se virando na direção de Rebecca. - Quais foram
as últimas notícias, soldado?

- As visitas ainda estão proibidas, Marechal, mas a recruta já está respirando sem
auxílio de equipamentos. - diz, prontamente prestando continência, impassível. Por
dentro, o coração batia enlouquecidamente...

"Não vá no quarto. _Vá embora...!_"

Maianne Ribeiro:
- E-eu vou ficar cuidando dela, mãe. Eu juro, eu não vou fazer nada que agrave a
situação...

Suki:
- Assim espero, tenente. Assim espero. - rosna, olhando entre os dois. - Eu vou
voltar para o quartel que preciso terminar de interrogar um dragãozinho que peguei.
- avisa, ajeitando a própria farda. Eu _exijo_ ser avisada assim que a sua irmã
despertar. Entenderam?
- Sim, senhora, marechal!

Maianne Ribeiro:
- S-sim, senhora. Assim que ela acordar. - sussurra, o olhar ainda baixo.

qualquersuki:
Suki:
- Ótimo. Dispensados. - e se afasta, os passos irritados, a arma em suas costas
suja de sangue, a faca de combate encaixada de qualquer jeito no coturno igualmente
manchado.

Maianne Ribeiro:
O rapaz só solta a respiração quando a mulher enfim se afasta, se apoiando na
parede pra não cair. "Puta merda..!"

-=-

"Que esteja tudo bem..." Shogun pensa ao correr de volta pra casa, preocupado com
as palavras da marechal...

Suki:
- Calma. Respira. - pede, baixinho, apoiando Lucca como podia, numa tentativa de
acalmar ele, Mali - e a si mesma, também -.

Maianne Ribeiro:
- T-tô tentando. - ele ri, fraco.

-=-

O homem logo conversa com os empregados, perguntando sobre a família - e


estranhando ao ouvir que Mitsuo estava brincando sozinho no quarto. "Cadê a
Chiaki..?" pensa, preocupado, indo procurar a irmã.

Suki:
- Ela já foi. Já foi. - sussurra.

-=-

Bartolomeu estava no laboratório da filha, enfurnado entre livros e poções e


misturas. Estranhamente, rabiscava esquemas e desenhos mágicos em um quadro,
ensinando-os em inglês para Chiaki...

Maianne Ribeiro:
- Já... - sussurra. - E não viu o Salem nem a Mali, ainda bem...

-=-

- ...Chiaki..?

- Oi, Ichi. - ela sorri, acenando pro irmão antes de voltar a prestar atenção na
aula. - Mais tarde a gente conversa, o Bartolomeu tá me ensinando!

Suki:
- Ainda bem. Eu nem quero imaginar o que ela faria se visse... - e estremece.

-=-

- 'Boa tarde, Ichiro.' - diz, acenando de leve para o rapaz antes de voltar aos
ensinamentos, simpático.

Maianne Ribeiro:
- Ela ia matar a gente, aposto. Nós dois, a Mali, o Salem, e a Leanne. E o Shogun,
se soubesse.

-=-

- 'Boa... boa tarde.' - ele murmura. - 'Eu achei que a Chiaki ia estar com o
Micchi...'

- 'Eu brinquei com ele mais cedo um pouco, aí vim ter aula. Ele é um ótimo
professor!' - ri.

"...a Chiaki, preferindo ter aula a brincar com o Mitsuo..?!"

qualquersuki:
Suki:
- Ela ia matar o hospital inteiro, isso sim. - e estremece.

-=-

- 'A sua irmã é uma ótima menina. Me lembra muito a Leanne mais nova, com o
interesse em magia.' - diz, gentil.

Maianne Ribeiro:
- ...é. Ia. - e estremece. - Ao menos a gente conseguiu contornar...

-=-

- '...é. Ela é ótima.' - sussurra. - 'Bem, eu vou deixar vocês com a aula. Com
licença.' - e se afasta.

"Tem algo muito errado. Ela estava mais desconfiada do que eu..!"

Suki:
- Isso que importa... - e leva uma das mãos ao peito.

-=-

- 'Até depois.' - diz, sem entender.

Maianne Ribeiro:
- Agora é só esperar pra ver a Lea, e torcer pra realmente estar tudo bem...

Suki:
- Se não estiver, vai ficar. E é isso que importa. - ela sorri.

Maianne Ribeiro:
- Tomara que fique mesmo. - sussurra, preocupado. - ...cadê a Mali?

Suki:
- ...aqui. - sussurra, escalando pelas costas dele, colocando apenas o focinho de
fora. - Ela já foi...?

- Já, já sim. Ainda bem. - e ri, nervosa.

Maianne Ribeiro:
- Tá tudo bem..? - ele sussurra, afagando os pelos da gata.
qualquersuki:
Suki:
- Medo... - murmura, encolhida.

Maianne Ribeiro:
- ...é. Eu também. - sussurra, engolindo em seco. - Mas já passou.

Suki:
- Mm. Isso que importa... - ela assente com a cabeça, miando baixinho em seguida
antes de se aconchegar junto ao peito dele novamente.

Maianne Ribeiro:
Quando os médicos enfim permitissem, Lucca iria para o quarto de Leanne e de Salem,
cuidando da irmã como podia, preocupado. "Por favor, acorde logo..."

Suki:
Algumas horas se passam até que Leanne enfim dê sinais de despertar, já sem os
tubos e os curativos, restando apenas os monitores cardíacos e a medicação em sua
veia.

- ...onde...? - resmunga, tentando levantar a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Lea..! - Lucca sorri, bobo, aliviado. - Você acordou!

Suki:
- Lucca...? - resmunga, confusa, colocando a mão sobre o rosto para afastar a luz e
tentar entender os vultos ao seu redor.

- E Rebecca. Sim. - murmura, se aproximando para apoiar a garota, preocupada.

Maianne Ribeiro:
- Isso. Você acordou, finalmente... - o rapaz sorri, choroso, afagando o rosto
dela.

Suki:
- O que... o que aconteceu...? - pergunta baixinho, manhosa.

- Não importa. O importante é que você vai ficar bem.

Maianne Ribeiro:
- É. Exatamente. - sussurra. - O que importa é te ver bem...

qualquersuki:
Suki:
- Eu me sinto como quando meu ex quebrou a minha cabeça... - murmura, fechando os
olhos com um grunhido baixinho.

- É normal, é normal. Você vai precisar de alguns dias de repouso até melhorar.

Maianne Ribeiro:
"O ex quebrou a cabeça dela..?!"

- Sem patrulha por enquanto. - ele ri, sem jeito.

Suki:
- Uuugh... Eu vou ter que ficar no hospital até lá...? - reclama, baixinho.
- Vai, vai sim. Você precisa se poupar de fortes emoções e estímulos por uns
tempos.

Maianne Ribeiro:
- É. Momentos de paz e tranquilidade, apenas. - sussurra. "Sem seu irmão estragar
tudo."

Suki:
- P-por favor... - pede, sem muita força, a cabeça pendendo para frente.

- Deita. Você ainda não tá bem o suficiente pra se sustentar sozinha.

Maianne Ribeiro:
O rapaz ajuda Leanne a deitar de novo, cuidadoso.
- Eu não vou sair do seu lado, tá? Nem eu, nem o Salem, nem a Mali.

qualquersuki:
Suki:
- Salem e Mali...? - pergunta, tentando arregalar os olhos, sem muito sucesso, a
expressão surpresa, porém ainda desorientada.

- Oi, leoa~ - a familiar diz, aparecendo pela gola da camisa de Lucca, se


inclinando para esfregar o focinho nela.

- ...o-oi, Malizinha... - diz, emocionada, erguendo a mão trêmula para afagar os


pelos dela, tentando encontrar Salem ao olhar ao redor.

Maianne Ribeiro:
- O Salem tá ali, tá sendo cuidado. - diz, indicando o berço ao lado da cama.

Suki:
- Sendo cuidado? Mesmo? - pergunta.

- Tá enrolado que nem um bebê, com remédio na veia que nem a dona. - Rebecca diz,
rindo de leve. - Vocês tão iguaizinhos.

Maianne Ribeiro:
- Mesmo, mesmo. Ele vai ficar bem. - murmura. - E você também.

Suki:
- Finalmente juntos de novo... - ela esboça um sorriso mais tranquilo, rindo
baixinho...

Maianne Ribeiro:
- É... - ele sorri. "Eu e a Mali também..."

Suki:
- Quando... quando der, precisamos ir pescar juntos... - diz, baixinho.

- E-eu não subo em barco nenhum! - ela reclama, se afundando na roupa de Lucca
novamente.

Maianne Ribeiro:
- Por que não? - Lucca ri, balançando a cabeça. - Você não vai cair na água!

qualquersuki:
Suki:
- E-eu não confio!
- Existem barcos grandes, Mali, fica calma! - Rebecca quem diz, rindo baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Pois é, a gente não vai num botezinho pequeno, nem cabe!

- Exatamente, eu sou enorme. - ele ri. - Barco grande, juro!

Suki:
- Bem grande?

- Bem grande! - Becca ri.

Maianne Ribeiro:
- Bem grande, juro. Você não vai cair na água!

qualquersuki:
Suki:
- Eu não sei nadar! Não posso cair mesmo!

Maianne Ribeiro:
- Não vai, juro. Eu ainda te prendo a mim com uma cordinha, por garantia!

Suki:
- Cordinha?! E-eu não, você vai afundar e ser uma âncora pra mim!

- Ele nada bem, Mali, não se preocupe!

Maianne Ribeiro:
- Isso, não se preocupe. - ele ri, bobo, afagando os pelos da gata.

Suki:
- E-eu também nado muito bem... - Leanne murmura, erguendo a mão de leve, sem
muitas forças.

- Então precisamos definitivamente marcar essa pescaria!

Maianne Ribeiro:
- Resolvido, a gente vai marcar. - ri, bobo.

Suki:
- A Lea só precisa melhorar antes!

- O Salem também~ - Mali diz, boba.

Maianne Ribeiro:
- Quando um melhorar, o outro também melhora. - ri.

Suki:
- Não necessariamente, mas... É! - Mali ri, assentindo com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Vai, vai sim. Aposto. - sorri.

Suki:
- E a gente vai cuidar bem deles, até lá. - Rebecca sorri.

Maianne Ribeiro:
- Vamos, vamos sim. Todo o cuidado do mundo. - ele assente com a cabeça.
Suki:
- Mm. Obrigada, vocês dois...

- Leoa!

- Três, três... - ela ri baixinho com o protesto de Mali.

Maianne Ribeiro:
- Quatro. O Shogun também ajudou, ele deu carona pra gente. - suspira.

qualquersuki:
Suki:
- Ele... Ele é um bom marido... - diz, baixinho.

Maianne Ribeiro:
- ...hmpf. Ele parece ser decente.

Suki:
- O Lucca simpatizou com o rapaz. Aceitou até um makeover, acredita?!

Maianne Ribeiro:
- Ei, eu não aceitei nada—!

Suki:
- Você... Você vai ficar lindo com as roupas dele... - diz, boba.

Maianne Ribeiro:
- ...hmpf. Vou pensar no seu caso.

Suki:
- Valeu, Tigre...

Maianne Ribeiro:
- De nada. - murmura, sorrindo de leve, afagando os cabelos da irmã. - Agora
descansa.

Suki:
- ...posso voltar a dormir, sem riscos, certo...? - murmura, baixinho, fechando os
olhos novamente.

Maianne Ribeiro:
- Sem riscos. A gente cuida de você. - sorri.

Suki:
Isso faz Leanne sorrir com mais sinceridade, se ajeitando na cama com cuidado.

- ...obrigada, Tigre. Eu amo vocês...

Maianne Ribeiro:
- A gente também te ama, leoa. - ri. - Dorme, vai, dorme...

qualquersuki:
Suki:
Ela ri baixinho, se aconchegando e não demorando a perder a consciência novamente,
mas agora muito mais tranquila...

Maianne Ribeiro:
O rapaz suspira, se recostando na parede.
- Ela vai ficar bem... - sussurra.
Suki:
- Vai, vai sim. Só precisa de mais uns dias aqui, descansando, antes de voltar
pro... - ela hesita.

Maianne Ribeiro:
- ...pro exército. - estremece.

Suki:
- ...é. Sem o Salem, e você sem a Mali.

- ...não...! De novo não, por favor...! - pede.

Maianne Ribeiro:
O rapaz abraça a Mali, mantendo-a perto do peito. "...eu não quero perder a Mali de
novo..."

Suki:
- Lucca, _por favor...!_ - pede, se agarrando nele.

Maianne Ribeiro:
- ...eu... eu não sei... Eu preciso voltar, mas..!

Suki:
- Não...! Não volta, por favor, não volta...! Eu não quero ficar longe de novo,
dói....!

Maianne Ribeiro:
- ...eu também não quero... - sussurra, trêmulo.

Suki:
- Dói, Lucca, dói muito, doeu muito...!

Maianne Ribeiro:
- Eu sei. Eu sei, doeu pra mim também, mas...!

Suki:
- Então não volta!

Maianne Ribeiro:
- Se eu não voltar, eu vou ser caçado..!

Suki:
- Tem que ter um jeito... - choraminga.

Maianne Ribeiro:
- Eu não sei. Eu não sei, Mali... - sussurra.

qualquersuki:
Suki:
- Tem que ter... - insiste, baixinho, amuada

Maianne Ribeiro:
- A minha mãe vai me matar se eu sair do exército. - ri, nervoso.

Suki:
- É, mas... Mas...!

Maianne Ribeiro:
- Eu sei. Mas eu não tenho como ficar no exército sem você...

- Eu posso resolver isso. - diz Shogun, entrando no quarto sem cerimônias.

Suki:
- Elegante e sorrateiro como uma raposa, o maldito! - Rebecca exclama, abaixando o
rifle que tinha levantado enquanto levava a mão livre ao peito.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado. - o homem ri de leve. - Sem mortes, por favor.

- Você entra desse jeito e quer que a gente não reaja? Hmpf...

Suki:
- Você teve sorte de eu me controlar, porque eu sempre atirei antes de perguntar! -
diz, ainda nervosa.

Maianne Ribeiro:
- Mesmo dentro de um hospital? - ri.

Suki:
- Podia ser dentro do meu caixão! - retruca.

Maianne Ribeiro:
- Bem, ninguém morreu, então estamos bem. - sorri.

qualquersuki:
Suki:
Ela resmunga, ainda mantendo a mão no peito.

- Conseguiu fugir sem a Caroline te ver, mais cedo?

Maianne Ribeiro:
- Eu reconheci o cheiro dela. - sussurra, o sorriso desaparecendo. - Não arrisquei
ficar por perto.

Suki:
- Foi a melhor coisa que você fez. - e estremece. - Ela chegou pingando sangue e
ódio.

Maianne Ribeiro:
- Nada fora do esperado. - sussurra. - ...como eu ia falando, eu posso ajudar com a
situação do Lucca.

- Ah, é? Como?

- Eu posso te abrigar em uma das residências secundárias da minha família. A Leanne


e o Salem também. Até a Rebecca, se ela quiser.

Suki:
- ...pera, como assim? - pergunta, franzindo a testa. - O que isso vai custar? E
por quanto tempo? - ela cruza os braços, encarando Shogun com seriedade.

Maianne Ribeiro:
- Não vai custar nada. Pelo tempo que for necessário. - responde.

Suki:
- ...você tá disposto a abrigar dois soldados numa casa, lidando com todos os
custos, sem pedir nada em troca. É isso?
Maianne Ribeiro:
- É, é isso. - responde, encarando-a. - Pra ser sincero, eu peço uma coisa: que não
saiam caçando mais ninguém por usar magia.

qualquersuki:
Suki:
Rebecca suspira, passando a mão pelo cabelo enquanto encarava Lucca.

- Eu acho que a gente nem tem esse direito, depois de tudo que tem acontecido. -
murmura, culpada.

Maianne Ribeiro:
- ...foi... Foi o Salem que ajudou a Lea, depois de eu ter estragado tudo. - Lucca
sussurra. - Eu não posso negar isso.

Suki:
- Você não estragou nada, Lucca, eu já disse isso. - ela revira os olhos.

Maianne Ribeiro:
- Eu estraguei. Eu não devia ter mostrado o inst--

- Você mostrou o Instagram pra Leanne? - Shogun sibila, o olhar afiado. - Você
ficou maluco?! Ela acabou de ser exorcizada!

Suki:
- Ei, não fala assim com o Lucca! - diz, franzindo a testa.

Maianne Ribeiro:
- Eu te mostrei quando saí do quarto exatamente pra evitar que a Leanne visse. -
ele rosna, ao que Lucca se encolhe. - Eu estou fazendo tudo o que posso pra evitar
mexer mais com as memórias dela, e você faz isso?!

qualquersuki:
Suki:
- Ele não fez por maldade, Shogun, não tem necessidade disso. A Leanne está bem,
não tá?!

Maianne Ribeiro:
- Bem? Você chama isso de bem?! Ela quase morreu!

- EU SEI, PORRA, EU SEI QUE FIZ MERDA! - Lucca grita, frustrado.

Suki:
- Ela já acordou e falou com a gente e tudo! Só porque você não tava aqui pra ver a
esposa que diz amar tanto assim, não significa que ela não esteja bem!

Maianne Ribeiro:
- Se eu não amasse a Leanne, já teria matado vocês dois e jogado os restos na porta
do escritório da marechal. - ele sibila, a voz áspera.

Suki:
- Ah, mas eu quero ver você tentar. - rosna. - A Marechal te faz de petisco
rapidinho, que nem fez com o teu pai.

Maianne Ribeiro:
Num piscar de olhos, Shogun já tinha assumido a forma de dragão, a pata
pressionando Rebecca contra a parede.
- Não teste minha paciência, soldado! - ele rosna.
- S-solta a Rebecca! - Lucca exclama, ficando de pé num salto, as mãos puxando a
pistola de imediato.

qualquersuki:
Suki:
- ...já... Já chega... - Leanne quem pede, se forçando a levantar usando as poucas
forças que tinha, os braços tremendo violentamente enquanto ela se empurrava para a
beirada do colchão, o rosto pálido. - ...não... Não foi por mal... Sem... Sem
mortes, lembra...?

- L-Lucca, abaixa a arma você também...! - Mali pede, se enfiando novamente na


farda dele.

Rebecca, por sua vez, apenas se concentrava em tentar empurrar a pata de volta para
que não sufocasse, pega de surpresa...

Maianne Ribeiro:
Shogun rosna mais uma vez antes de voltar à forma humana, ajeitando a gola da
camisa.
- Sem mortes. - sussurra. "Por mais que eu queira."

- ...certo. - Lucca concorda, guardando a arma antes de ir apoiar Rebecca,


preocupado.

qualquersuki:
Suki:
- Mm. Obrigada, Shogun... - sussurra, esboçando um sorriso fraco, trêmulo, as
pernas visivelmente incapazes de mantê-la de pé mesmo que Leanne tentasse, tamanha
sua fraqueza.

- ...eu... Eu passei dos limites. - a soldado diz baixinho, ofegante, passando a


mão pelo peito.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - ele murmura, ajudando Leanne a se deitar novamente. - Você não pode se
esforçar.

- Você está bem..?

Suki:
- E-eu já... Eu aguento... - ela suspira, se limitando a se encostar nele, o corpo
apoiado no de Shogun.

- Só... Só um pouco assustada. - sussurra. - Eu... Eu nunca vi nada assim...

Maianne Ribeiro:
- Não precisa aguentar. - ele responde, envolvendo-a com um dos braços.

- Nem... Nem eu. - ele estremece.

qualquersuki:
Suki:
"Eu sinto que eu preciso, porque eu tô segurando meu último fio de sanidade com
todas as minhas forças...", pensa, estremecendo, sem dizer mais nada.

- Ela vai enlouquecer. - Salem quem diz, repentinamente, sem se mover, ainda de
olhos fechados.
- Eu não sabia que-- - e se cala, erguendo o corpo rapidamente.

Maianne Ribeiro:
- Lea. Lea, olha pra mim. Fala comigo. - Ichiro pede. "Por favor, não..!"

- Não... - Lucca estremece.

Suki:
- É só... Só jeito de falar. - murmura, sem muita força, sem erguer o olhar. -
Eu... Eu só tô muito cansada. Só... Só isso.

- Foi... Foi muita coisa pra pouco tempo, mesmo. - Rebecca ri de leve, nervosa,
olhando de Lucca para Shogun.

Maianne Ribeiro:
- Mm. Lucca, pode buscar um chá pra ela? - pede.

- P... Posso. Posso, claro. Eu já volto. - e se afasta.

qualquersuki:
Suki:
- Eu... Eu vou ver com os médicos se ela pode comer, também, e providenciar alguma
coisa. - Rebecca diz, seguindo o Tenente de perto.

-=-

- Não... Não precisava colocar... O meu... O... O Tenente... Lucca pra fora... - a
bruxa murmura, encostando a cabeça no peito de Ichiro.

Maianne Ribeiro:
- ...eu não sei se dá pra confiar nele. - Lucca sussurra. - Mas eu não sei se a
gente tem outra opção.

-=-

- Eu só pedi um favor pra ele, mais nada. - diz, afagando os cabelos dela.

Suki:
- A Leanne coloca ele na coleira fácil, dá pra perceber. - murmura, nervosa.
- ...mas... É.

-=-

- Mm. Até... Até parece, Shogun. Você... Você coleciona favores, não... Não pede.

Maianne Ribeiro:
- Ele é perigoso, e ardiloso...

-=-

- Foi só um favor pro seu irmão. - ri.

Suki:
- É... Muito, e os dois, e muda de personalidade muito rápido também...

-=-

- Até... Até parece... - insiste.


Maianne Ribeiro:
- É. Ao menos ele parece querer o bem da Leanne...

-=-

- O que acha que foi, então?

qualquersuki:
Suki:
- ...É. Acho que... Acho que sim, pelo menos.

-=-

- Você mandando ele pra longe. - e ri de leve.

Maianne Ribeiro:
- Acho que nisso dá pra confiar. - murmura.

-=-

- ...um pouquinho. - ri.

Suki:
- É. E ele tava bem simpático até eu abrir a boca...

-=-

- Raiva? Mágoa?

Maianne Ribeiro:
- ...ele tava era muito puto comigo. - sussurra.

-=-

- Mm. Mas vai passar.

Suki:
- ...É, também. - ela suspira, cruzando os braços. - Mas que ideia merda, hein...

-=-

- Você... Você não precisa mais lidar com ele se não quiser. - sussurra, os ombros
caindo, o assunto já bastante cansativo e conflitante em sua mente e seu coração. -
Eu... Eu me viro...

Maianne Ribeiro:
- Eu não pensei. Só... Só quando era tarde demais.

-=-

Ele nega com a cabeça.


- Ele é seu irmão. Vai passar.

qualquersuki:
Suki:
- ...eu sei. Mas o que importa é que ela vai ficar bem, certo...?

-=-
- Não... Não precisa... Não precisa passar... - murmura, a voz parecendo se
distanciar conforme Leanne começava a tremer.

Maianne Ribeiro:
- É. Eu vou cuidar dela, e vai ficar tudo bem.

-=-

- Lea. - ele murmura, virando o rosto dela pra que ela o encarasse. - Eu te amo. Eu
vou ficar do seu lado sempre.

Suki:
- Nós vamos. Inclusive ele. - e esboça um sorriso.

-=-

Leanne o encara, mas parece não vê-lo, o olhar nublado cheio de lágrimas, o nariz
voltando a escorrer sangue.

- ...e-eu... e-eu não aguento mais... - choraminga, uma das mãos trêmulas se
erguendo para segurar a roupa dele.

Maianne Ribeiro:
- ...é. Eu vou ter que aceitar o Shogun. - resmunga.

-=-

- Vai ficar tudo bem. - ele sussurra, secando o nariz dela delicadamente, apoiando
a garota em seu peito. - Eu vou cuidar de você...

Suki:
- Ele que vai ter que aceitar a gente, pelo jeito, né...

-=-

E a garota choraminga, praticamente ganindo nos braços dele, o corpo inteiro


trêmulo e rígido.

Maianne Ribeiro:
- ...é. - sussurra, engolindo em seco.

-=-

- Vai ficar tudo bem. - ele repete, afagando os cabelos dela. - Dorme, Lea. Dorme e
descansa...

qualquersuki:
Suki:
- ...acho que.. Nos decidimos, então. - e suspira. - Devo ir no quartel tentar
pegar nossas coisas na surdina...?

-=-

- Não vai embora... Não manda o Tigre embora... - pede, as lágrimas escorrendo pelo
rosto e se misturando ao sangue, apesar dos músculos menos tensos conforme ele
continuava o afago. - E-eu vou... E-eu vou, mas não vocês...

Maianne Ribeiro:
- É melhor. Se eu aparecer lá, a minha mãe vai me matar...
-=-

- Eu não vou embora. Eu também não vou mandar ele embora. Vai ficar tudo bem, eu
juro.

Suki:
- Providencia o chá e a comida pra sua irmã, então, enquanto eu faço isso. - ela
assente com a cabeça, se esticando nas pontas dos pés para beijar o queixo dele
antes de se afastar.

-=-

- Por favor... por favor... - pede, adormecendo aos poucos.

- Obrigado. - Salem quem diz, ainda imóvel no berço ao lado da cama. - Ela
realmente estava prestes a se perder de novo.

Maianne Ribeiro:
- Deixa comigo. - ele murmura, se afastando.

-=-

- ...foi por pouco. - ele sussurra, aliviado, fechando os olhos.

qualquersuki:
Suki:
- Mm. Ela precisa ficar longe de qualquer estímulo por uns tempos. A Leanne já está
começando a confundir as próprias memórias de quem ela é.

Maianne Ribeiro:
Ele assente com a cabeça.
- Deixa comigo. - sussurra.

- Com licença. - Lucca murmura, enfim retornando com o chá e a comida. - Ela
dormiu..?

- ...mm. Ainda está exausta.

Suki:
- E vai ficar assim por algum tempo. Mas eu posso comer e beber o chá para ajudá-
la, se for o caso.

- Eu te ajudo, Salem! Você ainda não tá bem!

- ...é a minha irmãzinha que eu escuto? - pergunta, as orelhas se agitando.

Maianne Ribeiro:
- É, é a Mali. - Lucca sorri, se aproximando. - E ela é sua irmãzona~

Suki:
- Irmãzinha. - resmunga, fechando os olhos quando a gata pula para a beirada do
berço e depois para se ajeitar ao lado dele e lamber seu pelo, carinhosa.

- Eu não ligo de ser a caçula~ - brinca.

Maianne Ribeiro:
- Heh. É bom ver vocês dois juntos de novo. - ele sorri de leve, hesitando antes de
se virar pra Shogun. - ...nós vamos aceitar a oferta.
- Ah. Bom ouvir isso. - Shogun suspira, assentindo com a cabeça. - Eu vou preparar
tudo, e pedir pra alguém levá-los até a residência secundária. Quando a Leanne for
liberada, eu levo ela também.

qualquersuki:
Suki:
- É bom estar junto com essa pestinha de novo. - o gato ronrona, se deixando
envolver pela irmã que insistia em lamber-lhe os pelos.

- A Rebecca foi pegar as coisas dos dois no quartel, também. - Mali diz, erguendo o
focinho na direção de Shogun. - E ela reconhece que passou dos limites com a
provocação, se te acalma. - adiciona, movendo os bigodes antes de miar baixinho.

Maianne Ribeiro:
- ...acalma sim. - ele suspira, os ombros menos tensos. - Eu também perdi a cabeça.

Suki:
- Deixemos as desculpas formais para quando as coisas estiverem mais calmas. -
Salem murmura.

Maianne Ribeiro:
- Mm, claro. Por ora, vamos focar em cuidar da Lea.

Suki:
- Exato.

- Por enquanto, então, você pode focar em comer. - Mali reclama.

Maianne Ribeiro:
- A Mali está certa. - Shogun ri de leve. - Coma e descanse, Salem.

Suki:
- ...se vocês não se matarem, quem sabe. - resmunga, começando a comer, mastigando
bastante devagar, quase sem erguer a própria cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Não vamos. Sem mortes. - murmura.

Suki:
- E sem mais brigas. - pede. - A Leanne não vai aguentar intermediar mais nenhum
conflito.

Maianne Ribeiro:
- Sem mais brigas. Eu prometo. - ele assente com a cabeça.

Suki:
- Lucca, você também! - Mali reclama.

Maianne Ribeiro:
- Eu prometo, eu prometo! - Lucca exclama.

Suki:
- Ótimo. Algum dia vou ver um abraço entre vocês~ - a gata provoca.

Maianne Ribeiro:
- Um dia, quem sabe. - Shogun solta um risinho.

qualquersuki:
Suki:
- A atualização do guarda-roupas se mantem, pelo menos~? - pede.

Maianne Ribeiro:
- Eu não tenho muita opção, preciso de alguma coisa diferente dos uniformes do
exército. - Lucca dá de ombros.

Suki:
- Eu vou poder opinar~?! - pede, empolgada.

Maianne Ribeiro:
- Vai, vai sim, Malizinha. Como quiser. - ri.

Suki:
- Shogun~? - pede, encarando-o, os olhos brilhantes.

Maianne Ribeiro:
- À vontade. - o homem sorri.

Suki:
- Eu mal posso esperar~ - diz, boba, amassando Salem várias e várias vezes,
empolgada.

Maianne Ribeiro:
- Não vai precisar esperar muito. - ele ri de leve.

Suki:
- Compras~ - diz, empolgada. - Lucca engomadinho~

Maianne Ribeiro:
- Engomadinho não, vai com calma! - Lucca ri, corando.

Suki:
- Engomadinho siiim~! Sua irmã vai amar te dar um banho de loja!

Maianne Ribeiro:
- Eu não preciso ficar engomadinho, ora!

Suki:
- Mas eu quero que você fique!

Maianne Ribeiro:
- ...tá, tá, só um pouco!

qualquersuki:
Suki:
- Oba~ - diz, boba.

Maianne Ribeiro:
- Só um pouco. - repete, risonho, afagando os pelos dela.

Suki:
- Já vai ser o suficiente pra me deixar feliz~ - e ronrona.

Maianne Ribeiro:
- Boba. - Lucca ri baixinho, continuando o carinho.

Suki:
- Eu sou. Mais boba que você~
- Isso é bastante coisa, levando em consideração de quem estamos falando. - Salem
resmunga, lambendo os beiços quando termina de comer.

Maianne Ribeiro:
- Eu não sou bobo, ora. - Lucca resmunga.

Suki:
- Não _era_, mas agora já voltou a ser~ - diz, boba.

Maianne Ribeiro:
- Não, não voltei nada, nem vem! - ri.

Suki:
- Luuuuuuuucca~

Maianne Ribeiro:
- Não voltei! - ele ri, carregando a gata e beijando o focinho dela.

Suki:
- Miau miau miau~ - canta, boba, esfregando o focinho no rosto dele antes de
lambê-lo.

Maianne Ribeiro:
O rapaz ri, bobo, se sentando com a gata nas mãos.
- Eu senti tanto a sua falta...

Suki:
- Eu também senti a sua... - ronrona, se esfregando nele várias e várias vezes,
girando o corpo. - Mas a gente nunca mais vai ficar longe!

Maianne Ribeiro:
- Nunca mais. Nunca mais, eu juro. - sussurra, aproveitando o carinho.

qualquersuki:
Suki:
- Jura~? Jura~? Jura~? - pergunta, repetindo a cada nova volta, claramente
provocando-o.

Maianne Ribeiro:
- Juro, juro, juro! Chega! - ri.

Suki:
- Chega nãããão~! - ela gargalha, boba.

Maianne Ribeiro:
- Chega sim, sua bobona!

Suki:
- Então coça minhas orelhas~

Maianne Ribeiro:
- Tá bom, sua chata. - ri, coçando as orelhas dela.

Suki:
E a familiar ronrona e ronrona, confortável...

Maianne Ribeiro:
- Quando a Rebecca chegar, eu vou pedir pra um carro vir nos buscar, e então levar
vocês para a residência secundária. - Shogun explica. - O ideal é vocês ficarem
isolados lá por algum tempo, ao menos até a poeira baixar.

- Certo... - sussurra. - E a Lea..?

- Assim que ela for liberada, eu levo ela pra lá também.

Suki:
- E como você vai lidar se a Caroline vier atrás dela enquanto isso...? - Salem
pergunta, hesitante.

Maianne Ribeiro:
- Os enfermeiros vão dizer que o Lucca saiu, e não sabem pra onde ele foi. - e dá
de ombros. - Se ela tentar levar a Lea pra algum lugar, eles dão um jeito de
enrolar ela tempo o suficiente pra nós resgatarmos ela.

Suki:
- Eu só espero que dê certo. - o familiar suspira.

- Vai dar! A Leanne não vai demorar pra receber alta!

Maianne Ribeiro:
- Mm. - ele assente com a cabeça. "Assim espero, se tudo der certo..."

- É. A Lea vai ficar bem em breve. - Lucca sorri, afagando os cabelos dela.

qualquersuki:
Suki:
- E em breve vamos estar todos juntos em casa~ - Mali comemora, boba.

Maianne Ribeiro:
- Se tudo der certo, eu consigo transferir vocês para a casa principal
eventualmente. - sorri.

Suki:
- Mas só quando a Leanne se recuperar. - Salem diz, de imediato, as orelhas de pé.

Maianne Ribeiro:
- Sim, claro. Tudo a seu tempo. - ele assente com a cabeça. - Eu não vou arriscar.

Suki:
- Por favor. Até o Micchi pode ser mais do que ela aguenta. - murmura.

Maianne Ribeiro:
- Não se preocupe. Eu não vou forçar nada.

Suki:
- Obrigado, Shogun. - ele suspira, voltando a ajeitar a cabeça sobre as patas.

- Relaxa, Salem, tá tudo sob controle~

- Não, Mali, não tem _nada_ sob controle, e esse é o problema. - resmunga.

Maianne Ribeiro:
- A partir de agora, está sob controle. E nós vamos manter assim. - responde.

Suki:
O gato resmunga, voltando a se aninhar em silêncio.
Maianne Ribeiro:
"Por favor, confie em mim, Salem..." pensa, suspirando de leve.

qualquersuki:
Suki:
Os minutos se passam até que Rebecca entre no quarto em silêncio, encostando a
porta atrás de si ao passar. Carregava uma mochila bastante grande, mas nem de
longe enorme; era o suficiente para suas posses e as de Lucca, com alguma folga
para uma farda extra para cada um.

- Foi mal a demora. - murmura, abaixando o olhar de imediato ao perceber que Shogun
ainda estava ali. - ...o quartel tá um caos.

Maianne Ribeiro:
- Não se preocupe. Você levou o tempo que precisava. - diz Shogun, pegando o
celular pra chamar um dos membros da família.

- Deixa que eu carrego. - Lucca murmura, se aproximando pra pegar a mochila.

Suki:
- ...eu fui e voltei o mais rápido que deu. - ela suspira, entregando a mochila
para Lucca sem questionar, o próprio rifle ainda pendurado no corpo.

Maianne Ribeiro:
- Não se preocupe. - Shogun insiste.

Suki:
- ...mm. Obrigada, Shogun. - murmura, ainda sem graça, sem encará-lo. - ...eu sinto
muito pelo que falei sobre o seu pai. Só... só saiu.

Maianne Ribeiro:
- ...desculpas aceitas. - sussurra, apesar de respirar fundo. - Eu também passei
dos limites. Me perdoe.

Suki:
- Já foi. - murmura, esfregando a nuca de leve, desconfortável.

Maianne Ribeiro:
O rapaz não diz mais nada, apenas aguardando em silêncio. Pouco depois, uma batida
na porta chama a atenção do grupo.
- Com licença, Shogun. Eu trouxe o que pediu. - diz uma garota, se curvando ao
entrar na sala antes de entregar algo para o homem e sair logo em seguida.

- Obrigado. - ele agradece, observando as duas pequenas pedras antes de estendê-las


pra Rebecca e Lucca. - Aqui. É o seu transporte para a residência secundária.

qualquersuki:
Suki:
- ...o nosso transporte...? - pergunta, franzindo a testa, visivelmente confusa,
olhando da pedra para ele e de volta para a pedra. - Magia, eu imagino, mas...

Maianne Ribeiro:
- Mm. Segure a pedra, e diga "nome pede passagem", com o seu nome, claro. Vocês vão
aparecer no saguão da residência, onde alguém já está aguardando os dois.

- Só... Só isso? Teleporte? Assim, tão fácil?

- Mm. Criação da Lea.


Suki:
- ...sem custo nenhum...? N-não vai machucar ou alterar nada? - pergunta,
hesitante, olhando para Lucca. - Magia é perigoso, você sabe, as coisas sempre tem
um custo...

Maianne Ribeiro:
- Sem custo, não machuca, não altera. Eu já usei essas pedras várias vezes. -
suspira.

Suki:
Ela ergue as sobrancelhas.

- ...mesmo? Isso... isso pode mudar a vida de muita gente, se é verdade...!

Maianne Ribeiro:
- É verdade. Se espalhou bastante pelo país, mas o avanço do exército tem
atrapalhado bastante. - resmunga.

Suki:
- ...uau. Eu... eu nem consigo acreditar. - comenta, estremecendo com a menção do
exército.

Maianne Ribeiro:
- Basta usar pra acreditar. - sorri.

- C-certo. - Lucca murmura. - Vamos..?

qualquersuki:
Suki:
- ...vamos. - ela assente com a cabeça, segurando a pedra com cuidado, hesitante,
dando um olhar para Lucca antes de engolir em seco. - ....Rebecca pede passagem.

Maianne Ribeiro:
- Lucca pede passagem. - o rapaz diz logo depois.

Os dois sentem o mundo desaparecer ao seu redor, e então ressurgir completamente


diferente. Estavam no saguão de entrada de uma residência, uma mulher de kimono
aguardando os dois ao lado da porta.
- Sejam bem vindos. - ela diz, se curvando educadamente. - Lucca e Rebecca, certo?
Meu nome é Setsuna. É um prazer conhecê-los.

Suki:
O queixo de Rebecca cai de imediato, a soldado olhando ao redor, girando várias
vezes, visivelmente embasbacada e confusa.

- M-mas... mas o que... como... - balbucia, olhando para as próprias mãos.

Maianne Ribeiro:
- A gente... Teleportou..? Funcionou mesmo..? - Lucca sussurra, em choque.

- Ah. É uma reação natural. - ela diz, com um risinho.

Suki:
- M-mesmo? E... e realmente não tem nenhuma consequência? Nenhuma... nenhuma marca?
- pergunta, olhando de Lucca para a mulher.

Maianne Ribeiro:
- Nenhuma. - ela diz, balançando a cabeça. De fato, os dois pareciam normais, como
se apenas tivessem caminhado até ali.
Suki:
- ...isso... isso é _incrível!_ - exclama, esboçando um sorriso.

Maianne Ribeiro:
- Que bom que gostaram. - a mulher sorri. - Agora me acompanhem. Vou levá-los aos
seus aposentos.

Suki:
- ...h-huh. C-claro. Claro. Obrigada. - diz, fazendo uma mesura atrapalhada.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - ela diz, serena, começando a guiar os dois.

- Esse nome me é familiar. Setsuna... - Lucca sussurra baixinho, pensativo.

Suki:
- ...é...é a matriarca, não é? - responde, no mesmo tom, prestando atenção nos
corredores e caminhos, a mão instintivamente indo até a arma.

Maianne Ribeiro:
Ele engole em seco.
- É. É sim.

- Algum problema? - ela murmura, pausando por um instante.

qualquersuki:
Suki:
- Não. Problema algum. - responde de imediato, a mão ao redor da arma se apertando.

Maianne Ribeiro:
Ela olha por cima dos ombros, sorrindo de leve antes de continuar a caminhar, sem
se abalar. Logo, ela pausa diante de um par de portas de correr.
- Podem usar esse quarto. - diz, indicando as portas.

Suki:
- ...obrigada. - murmura, recuando um passo e fazendo uma mesura.

Maianne Ribeiro:
A mulher retribui a mesura, abrindo as portas. O quarto era simples e neutro, mas
visualmente confortável, com uma cama de casal pros dois.

Suki:
- ...uma... uma cama de casal, é? - sussurra, as bochechas corando de leve.

Maianne Ribeiro:
- Ara ara... O Shogun não me avisou pra preparar dois quartos. - ela murmura,
levando uma das mãos aos lábios, pensativa.

- N-não precisa. Não se preocupe. - Lucca sussurra.

Suki:
- Não mesmo. A gente se entende. - murmura, desviando o olhar. - Huh. Obrigada,
Setsuna.

Maianne Ribeiro:
- De nada, crianças. Podem se assentar como preferirem. Se precisarem de mim,
estarei na cozinha tomando um chá. - diz, se afastando.
Suki:
- ...isso significa que a gente tem passe livre pela casa...? - pergunta, esperando
a mulher sair para falar com Lucca.

Maianne Ribeiro:
- Eu... Eu acho que sim..?

Suki:
- ...huh. Eu... eu realmente achei que eles iam manter a gente mais como
prisioneiros. - murmura, surpresa.

Maianne Ribeiro:
- É... Eu achei que... Que ia ser pior. - murmura. - Especialmente quando ela olhou
pra gente e sorriu...

Suki:
- ...nem me fale. - ela estremece.

Maianne Ribeiro:
- Bem... Eles podem só estar esperando a hora certa pra executar a gente, também. -
ele ri, nervoso.

qualquersuki:
Suki:
- ...não. Não, não, o Salem sabe da gente. Ele não deixaria. _Deixaria_?!

- Não, de jeito nenhum...! - Mali exclama, pulando para o colchão. - Nem a Leoa!

Maianne Ribeiro:
- É. O Salem teria protestado, certo..? Ele... Ele não teria deixado a gente vir...
- sussurra. "Eu espero..."

Suki:
- Ele confia no Shogun. Vocês deviam confiar também. - a gata reclama.

Maianne Ribeiro:
- ...você tá certa. - suspira, passando a mão no rosto. - E confiar nele é confiar
na matriarca, também.

Suki:
Rebecca cruza os braços.

- ...no tal instagram da tua irmã não tem ela, não? - pergunta, curiosa.

Maianne Ribeiro:
- Eu acho que tem, sim. - murmura, pegando o celular. - ...tem. Mas a Lea chama ela
de "mãe".

Suki:
- ...bom, se ela é mãe adotiva da Leanne, eu acho que isso é bom... - ela suspira,
deixando a arma encostada na parede antes de girar os ombros, tentando relaxá-los.

Maianne Ribeiro:
- Eu acho que sim. - suspira, hesitando. - ...acho que somos um casal, agora.

Suki:
Isso faz Rebecca corar quase da mesma cor que os cabelos, cruzando os braços de
imediato.
- Só vale quando a sua irmã puder ver você me pedindo em namoro. - brinca.

Maianne Ribeiro:
- Tudo bem. - ele ri. - Mas vem cá, vem~

Suki:
- Vem cá você, manhoso~ - brinca, apesar de se aproximar como ele pedira.

Maianne Ribeiro:
- Tuuudo bem. - ele ri, se aproximando da garota e envolvendo-a com os braços.

qualquersuki:
Suki:
- ...mm. O que foi, Tigre~? - pergunta, abraçando-o de volta com um risinho.

Maianne Ribeiro:
- Vim pegar um beijinho com a minha quase namorada~

Suki:
- Quase namorada, é~?

Maianne Ribeiro:
- Posso te chamar de namorada, se preferir~

Suki:
- Vou pensar com carinho~

Maianne Ribeiro:
- Enquanto me dá carinho~?

Suki:
- ...talvez~

Maianne Ribeiro:
- Aw, só talvez?

Suki:
- Talvez. - e ri, caminhando devagar, ainda abraçada com Lucca, em direção ao
banheiro.

Maianne Ribeiro:
- Maldade, Becca... - ele ri, acompanhando-a.

Suki:
- Eu sou má. - brinca, parando ao chegar. - ...uma banheira~!

Maianne Ribeiro:
- Ah, saudades de uma banheira! - ele ri, bobo. - ...o chuveiro é do lado de fora?

Suki:
- ...olha, verdade. - e franze a testa. - Eu não tinha reparado nisso.

Maianne Ribeiro:
- Que... Diferente. Como diabos a gente toma banho, então? Do lado de fora?

qualquersuki:
Suki:
- ...bom, tem ralos aqui, então... Acho que sim. - murmura.
Maianne Ribeiro:
- Então a gente toma banho do lado de fora, e depois vai pra banheira? - ele franze
a testa. - Os chuveiros são baixos, também... Acho que é pra tomar banho sentado
nos banquinhos. - diz, indicando um par de bancos encostados na parede.

Suki:
- ....olha, mesmo sentado no banquinho esse chuveiro ainda tá baixo pra você. -
comenta, com um risinho.

Maianne Ribeiro:
- Nem me fale. Tudo nesse país é pra gente pequena!

Suki:
- Vocês são muito altos em qualquer lugar do mundo, Lucca! - e ri.

Maianne Ribeiro:
- Ah, vai, eu nem sou tão alto assim!

Suki:
- Lucca, você tem _dois metros_!

Maianne Ribeiro:
- Um metro e noventa e sete! - exclama.

Suki:
- _Lucca!_ - e gargalha.

Maianne Ribeiro:
- É menos de dois metros, infelizmente! - ri.

Suki:
- Infelizmente?! Você ainda queria ser mais alto?!

Maianne Ribeiro:
- Eu queria ter dois metros, não "quase" dois!

Suki:
- _Pra quê?!_ - pergunta, incrédula. - O que você ia fazer com tanta altura?!

Maianne Ribeiro:
- É só pra ser um número melhor, ora! - ri.

Suki:
- Lucca, são três centímetros! Você pode muito bem falar que tem dois metros!

Maianne Ribeiro:
- Não, não posso, ora!

Suki:
- Pode sim! Lucca! - e gargalha.

Maianne Ribeiro:
- Claro que não posso! - ri.

qualquersuki:
Suki:
- Se a gente te alongar e conseguir tirar toda a tensão das suas costas, com
certeza você ganha bem mais do que três centímetros!
Maianne Ribeiro:
- Eu duvido, mas adoraria. - ri, bobo. - Bem, eu vou tomar um banho. Tô precisando.

Suki:
- Eu ia fazer isso, mas... Você na frente. - e sai, com um risinho sem graça.

Maianne Ribeiro:
- Você pode tomar banho comigo. - e pisca um olho.

Suki:
- Com a Mali do lado de fora ouvindo tudo? Não, obrigada! - e fecha a porta atrás
de si.

Maianne Ribeiro:
- Eu falei "tomar banho", ora..! - ele ri, corando, começando a se despir.

Suki:
- A gente não consegue ficar sem roupa juntos, Lucca! - responde, do lado de fora.

Maianne Ribeiro:
- Bom ponto. - ele ri, bobo.

Suki:
- Então pronto. Bom ponto, bom banho! - e ri.

Maianne Ribeiro:
- Tá bom, eu não demoro! - ri, bobo, indo se banhar.

Suki:
- Pode demorar, eu espero quietinha!

Maianne Ribeiro:
Ele sorri, bobo, se banhando com cuidado antes de ir relaxar na banheira por alguns
minutos. Enfim, Lucca sai do banheiro, enrolado numa toalha, visivelmente mais
calmo.
- Deixei a banheira cheia pra você. - sorri.

qualquersuki:
Suki:
- Cheia de sujeira, ew~ - provoca, beijando o peito dele ao passar.

Maianne Ribeiro:
- Ei! Nada disso, eu me lavei antes de entrar na banheira! - ri.

Suki:
- Vou descobrir quando entrar~

Maianne Ribeiro:
- Vai, vai ver que a água tá ótima! - ri, indo se vestir.

Suki:
- Espero, mesmo!

Maianne Ribeiro:
- Vai logo, antes que a água esfrie! - ri.

Suki:
- Não me apressa, Lucca! - ela ri de dentro do banheiro, se despindo.
Maianne Ribeiro:
- Apresso sim! - brinca, risonho, ajeitando as calças.

Suki:
Rebecca nem se dá ao trabalho de responder, mexendo em tudo e aproveitando a água
quente...

Maianne Ribeiro:
O rapaz apenas sorri, deitando na cama pra esperar a garota. Acabaria por cair num
sono leve, cansado...

Suki:
Quando Rebecca retornasse, teria que usar todo o próprio autocontrole para não
fazer o mesmo, se sentando para vigiar a porta com a arma nas mãos.

Maianne Ribeiro:
- ...tomou banho..? - ele murmura, entreabrindo os olhos com a movimentação.

Suki:
- Tomei sim. - diz, esboçando um sorriso ao se aproximar. - Dormiu tem muito tempo?

Maianne Ribeiro:
- Um pouquinho, eu acho. - ele ri de leve, se erguendo da cama. - Quer deitar aqui
comigo?

qualquersuki:
Suki:
- Eu tô morta de cansaço, mas não é muito inteligente os dois dormirem sem ninguém
de guarda. - murmura, culpada.

Maianne Ribeiro:
- Então dorme você primeiro, que eu já cochilei. - diz, se levantando.

Suki:
- Tem certeza? - pergunta, hesitante, deixando a arma de lado.

Maianne Ribeiro:
- Tenho, tenho sim. Deixa comigo.

Suki:
- Qualquer coisa me acorda...? - pede, se sentando ao lado dele na cama.

Maianne Ribeiro:
- Acordo sim, prometo. - sorri, afagando o rosto dela antes de pegar a arma, indo
ficar de guarda ao lado da porta.

Suki:
- Não precisa ficar em pé... - resmunga, se deitando devagar e deixando escapar um
risinho. - ...que colchão macio~

Maianne Ribeiro:
- A cama é ótima, né? - ele ri de leve. - Não foi a toa que eu cai no sono.

Suki:
- Eu nunca deitei numa cama tão macia antes... - comenta, boba.

Maianne Ribeiro:
- Nem eu, eu acho... - murmura. - É maravilhosa...
Suki:
- Parece uma nuvem ~

Maianne Ribeiro:
- Bem adequado, já que você é um anjo~

Suki:
- Lucca...! - ela cora, gargalhando antes de se apoiar nos cotovelos para encará-
lo.

Maianne Ribeiro:
- É a verdade~

Suki:
- É a sua verdade~

Maianne Ribeiro:
- É a única verdade que importa~

qualquersuki:
Suki:
- Ei, não fala assim!

Maianne Ribeiro:
- Por que não? - ri.

Suki:
- Porque parece que você não liga pra mais ninguém!

Maianne Ribeiro:
- Ei, não foi isso que eu quis dizer!

Suki:
- Mas pareceu~

Maianne Ribeiro:
- Mas não foi, ora! - ri.

Suki:
- Eu sei, Lucca, mas a gente não tá mais só entre pessoas conhecidas, esqueceu?!

Maianne Ribeiro:
- Ah, mas aqui dentro só tem nós dois!

Suki:
- E nos corredores, você sabe quem tem?

Maianne Ribeiro:
- ...não. Voce venceu. - suspira.

Suki:
- Eu sempre venço, Tigre. - ela ri de leve, piscando um dos olhos antes de se
ajeitar melhor na cama. - ...não me deixa dormir muito, ok?

Maianne Ribeiro:
- Não vou, relaxa. Só umas horinhas.

Suki:
- Poucas horinhas. - insiste.
Maianne Ribeiro:
- Poucas horinhas, relaxa!

Suki:
- Tudo bem. Obrigada. - ela sorri, fechando os olhos.

Maianne Ribeiro:
- De nada, Becca. Bom sono. - sorri.

Suki:
- Valeu. Em breve vai ser você, prometo. - e ri baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Valeu. - ele ri, bobo. "To precisando..."

qualquersuki:
Suki:
Já era noite novamente quando Leanne abre os olhos, estremecendo quando os médicos
retiram os acessos e os eletrodos, incomodada com a sensação.

Maianne Ribeiro:
- Boa noite. - Ichiro sorri de leve, afagando o rosto dela. - Como se sente?

Suki:
Ela suspira, fechando os olhos novamente, mais tranquila sabendo da presença dele.

- Cansada, mas... Melhor. - sussurra

Maianne Ribeiro:
- Bom ouvir isso. - ele sussurra, gentil. - Mais um pouco e eu consigo convencer os
médicos a te liberarem.
"Não vai ser tão rápido, aposto."

Suki:
- Mesmo...? - pergunta, erguendo o olhar para encontrar o dele. - Eu... Eu vou ter
que voltar pro quartel, então...?

Maianne Ribeiro:
- Não. Eu vou te levar pra uma casa, onde o seu irmão e a Rebecca já estão.

Suki:
- ...mas a minha mãe, Shogun...! - ela hesita, estremecendo.

Maianne Ribeiro:
- Ela não vai te achar. - murmura. - ...ou não é esse o problema..?

Suki:
- É, e... E não é. Eu não posso abandonar ela...!

Maianne Ribeiro:
Ele suspira.
- Lea, ela não vai aceitar a sua magia, ou a minha.

qualquersuki:
Suki:
- Eu sei, mas... Mas é a minha mãe...! Ela passou anos me procurando com o Lucca,
viajando o mundo todo... - choraminga.
Maianne Ribeiro:
O homem suspira, afagando os cabelos dela.
- A sua mãe é boa com você..?

Suki:
- ...É, é sim... - murmura baixinho, tal qual um filhote perdido.

Maianne Ribeiro:
- Mm. Então a gente vai pensar num jeito.
"Eu ainda não estou convencido, mas não é hora de forçar."

Suki:
- ...obrigada, Shogun... - murmura, esboçando um sorriso aliviado.

Maianne Ribeiro:
- De nada, Lea. - ele sorri, gentil. - Com fome?

Suki:
- ...olha, eu não tinha pensado nisso... - e ergue as sobrancelhas, sentindo o
estômago roncar. - Mas admito que um pouquinho, sim~

Maianne Ribeiro:
- Um pouquinho? Parece uma fome de leoa. - brinca. - Eu vou providenciar comida e
já volto, então.

Suki:
- Eu _sou_ uma leoa! - brinca, balançando a cabeça e os cabelos de leve.

Maianne Ribeiro:
- Uma leoa com uma juba linda. - e pisca um olho, se afastando.

Suki:
- Ela nem tá bem cuidada, seu bobo! - ri, sorridente, se encostando novamente na
cama quando ele sai do quarto.

"Ele é incrível..."

Maianne Ribeiro:
O rapaz retorna algum tempo depois com uma bandeja de comida, colocando-a diante de
Leanne.
- Aqui. Não precisa se forçar, mas coma o quanto precisar.

qualquersuki:
Suki:
- O quanto eu preciso não é o problema, o problema é quanto eu aguento. - e
estremece, apesar de se ajeitar para comer, esboçando um sorriso.

Maianne Ribeiro:
- Exatamente. Não precisa forçar. - ele diz, compreensivo.

Suki:
- Eu sinto uma fome de leoa, mas também sinto como se meu estômago tivesse o
tamanho de um punho.

Maianne Ribeiro:
- Então vai com calma. - ele ri, continuando o carinho.

Suki:
- Pode deixar. Com você comigo eu sempre consigo ficar calma~
Maianne Ribeiro:
- Que bom. - ele ri baixinho, gentil, roubando um pedaço da comida pra si.

Suki:
- Senta aqui comigo e come. - chama, chegando um pouco para o lado para abrir
espaço para ele.

Maianne Ribeiro:
- Eu como o que sobrar. - ele sorri, se ajeitando ao lado dela.

Suki:
- Eu não quero que você coma as sobras, eu quero que você coma comigo. - resmunga.

Maianne Ribeiro:
- Tudo bem, tudo bem. - ele ri, começando a comer.

Suki:
Isso faz Leanne sorrir, confortável, comendo devagar e vez ou outra parando para
observá-lo...

Maianne Ribeiro:
O rapaz comia bem devagar, dando tempo pra que Leanne se alimentasse bem o
suficiente, cuidadoso.

Suki:
E ela come a maior parte da porção antes de suspirar baixinho, satisfeita.

- ...eu precisava comer... - admite, boba.

Maianne Ribeiro:
- Precisava mesmo. - ele sorri, afagando os cabelos dela. - Mais tarde você come
mais um pouco, quando der fome de novo.

qualquersuki:
Suki:
- E com certeza vai dar. - murmura, aproveitando a carícia.

Maianne Ribeiro:
- Vai, vai sim. - ele ri de leve. - Que tal descansar mais um pouco?

Suki:
- ...eu sei que você precisa ir cuidar da família, Shogun. - murmura, o sorriso
mais fraco. - Pode ir e me deixar acordada, não se preocupa.

Maianne Ribeiro:
- Você é parte da minha família. - diz, beijando a testa dela.

Suki:
Ela suspira, rindo de leve em seguida.

- Você entendeu...

Maianne Ribeiro:
- Entendi, mas a resposta é a mesma. - sorri.

Suki:
- Você tem outras coisas pra cuidar, outros assuntos a tratar. - murmura. - Não
pode ficar aqui pra sempre.
Maianne Ribeiro:
- Eu sei. - suspira. - Mas eu quero ficar mais um pouco...

Suki:
- Então não me mande voltar a descansar, e vamos só aproveitar um ao outro. -
murmura, encostando a cabeça no ombro dele.

Maianne Ribeiro:
- Mm. Melhor assim. - sussurra, envolvendo-a com os braços, carinhoso.

Suki:
- Bem melhor... - admite, retribuindo o abraço com um riso baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Preciso concordar. - ele ri de leve.

Suki:
- A gente sempre fica melhor juntos...

Maianne Ribeiro:
- Você me faz melhor. É por isso. - sorri.

qualquersuki:
Suki:
- Eu diria o mesmo, mas não sei se "melhor" é a palavra no meu caso. - ela ri
baixinho. - ...mas você me faz eu. Me faz completa. Como mulher, como esposa, como
bruxa, como artista.

Maianne Ribeiro:
O rapaz sorri, bobo, beijando-a de leve.
- Eu te amo tanto...

Suki:
- Eu também te amo... Mas mais que você~ - provoca baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Mais que-- Ora! - ri.

Suki:
- Ganhei~ - e ri baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Não é uma disputa, Lea! - ri.

Suki:
- Que pena, eu ganhei do mesmo jeito~!

Maianne Ribeiro:
O homem apenas balança a cabeça, bobo.
- Você não mudou nada...

Suki:
- Isso é um elogio ou uma reclamação? - pergunta, hesitante.

Maianne Ribeiro:
- Um elogio. - ri.

Suki:
- Ufa. - e leva uma das mãos ao peito. - Odiaria te perder porque você seguiu a sua
vida e eu tô presa no passado. - admite, sem jeito.

Maianne Ribeiro:
- Você me tem pra sempre, Leanne. Não precisa ter medo disso. - sorri.

qualquersuki:
Suki:
- Mas eu quero _você_. Que eu conheci, que eu cresci junto, por quem eu me
apaixonei. E... - ela suspira. - ...eu às vezes olho pra você e não te vejo.

Maianne Ribeiro:
Ele suspira, afagando o rosto dela.
- Eu precisei mudar. Depois que o papai morreu, e você foi embora, eu... Eu tive
que crescer, e amadurecer. Assumir responsabilidades que antes não eram minhas. Eu
ainda sou eu mesmo, só... Um pouco diferente.

Suki:
- E eu, tendo que começar a vida e as finanças do zero, sem estudo, com uma
criança? - ela ri baixinho, frustrada. - ...eu só... te sinto longe. Distante,
frio, indiferente.

Maianne Ribeiro:
- ...me perdoe. Eu... Não é minha intenção, eu juro. - sussurra. - Eu ainda te amo,
e me importo com você. Eu só estou com medo.

Suki:
Leanne suspira, balançando a cabeça de leve antes de agarrar a cintura de Shogun e
esconder o rosto em seu peito.

- ...eu não vou te machucar... - choraminga.

Maianne Ribeiro:
- Não é esse o meu medo. - ele ri, triste. - Eu não quero te machucar.

Suki:
"Agir assim já tem me machucado."

- Eu confio em você... - sussurra.

Maianne Ribeiro:
- Eu não quero arriscar falar demais, agir demais, e trazer memórias demais à tona.
Você ainda está frágil, Lea...

Suki:
Ela suspira, apertando o abraço.

- ...me deixa ficar assim um pouco... - pede, chorosa, fechando os olhos para
aproveitar o som do coração dele.

Maianne Ribeiro:
- O tempo que quiser... - sussurra, apertando o abraço.

Suki:
- Pra sempre é tempo demais... - responde, baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Mm. De fato. - ele ri de leve. - Mas vamos ficar um bom tempo...
Suki:
- Promete...? - pede, erguendo o rosto para encará-lo.

Maianne Ribeiro:
- Prometo. - sorri, beijando-a de leve.

qualquersuki:
Suki:
Isso faz Leanne sorrir, confortável, voltando a se aconchegar junto ao peito
dele...

Maianne Ribeiro:
O rapaz se encosta na parede, mantendo Leanne perto de si. "Um passo de cada
vez..."

Suki:
- ...assim eu vou acabar dormindo, Ichi... - resmunga baixinho, relaxada.

Maianne Ribeiro:
- Não tem problema. - ri. - Dorme comigo...

Suki:
- Eu vou acordar e você vai ter sumido, eu não quero dormir...

Maianne Ribeiro:
- E se eu prometer que volto..?

Suki:
- Promete deixar um sinal de que vai voltar, também, pra eu não achar que foi só um
sonho...? - pede, baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Prometo. - sorri. - Não é um sonho.

Suki:
- Eu vou acreditar em você, então... por favor, não me decepcione. - sussurra,
beijando-o suavemente antes de se ajeitar novamente em seu peito, confortável.

Maianne Ribeiro:
- Eu não vou. Eu prometo, Lea. Eu juro, pela carpa...

Suki:
- ...saudades de te ouvir jurando isso... - admite, baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Vai ouvir muitas vezes, ainda. - ri.

qualquersuki:
Suki:
- Eu espero... Eu realmente espero... - diz, boba.

Maianne Ribeiro:
- Não se preocupe. Vai dar tudo certo...

Suki:
- Eu confio em você.... - responde, audivelmente mais relaxada.

Maianne Ribeiro:
- Pode confiar. - sussurra, continuando o carinho até que a garota adormecesse.
Suki:
E isso não demora a acontecer: era visível o quão cansada Leanne estava, o corpo
vez ou outra apresentando um espasmo discreto...

- Peça para tirarem o berço daqui, e colocarem uma almofada embaixo da cama,
escondida, para mim. - Salem diz. - Se a Caroline vier e me encontrar aqui, a
Leanne vai ser exorcizada de novo.

Maianne Ribeiro:
- Pode deixar. - ele assente com a cabeça, se levantando com cuidado pra não
acordar a garota. - Cuide da Leanne por mim.

Suki:
- Eu vou. Eu sempre cuido dela. - resmunga.

Maianne Ribeiro:
- Eu sei. - ele ri, afagando os pelos do gato. - Até mais tarde, Salem.

Suki:
- Até, Shogun. Espero te ver em breve. - ronrona.

Maianne Ribeiro:
- Em breve. Eu prometo. - responde, se afastando. O rapaz ainda voltaria pouco
depois, amarrando discretamente um fio de lã vermelho no mindinho da garota antes
de ir embora de fato...

-=-

- Com licença. - diz a voz de Setsuna do lado de fora do quarto. - Eu trouxe chá.
Podem abrir a porta?

- ...chá..? - Lucca hesita, se virando pra Rebecca.

qualquersuki:
Suki:
Ela franze a testa, saindo da cama apressadamente para abrir a porta.

- C-claro. Obrigada. - murmura, fazendo como Setsuna pedira.

Maianne Ribeiro:
- Com licença. - ela sorri, entrando no quarto e colocando a bandeja sobre a mesa
antes de servir três xícaras. - Tem biscoitos, também.

Suki:
- ...chá e biscoitos? - ela ergue as sobrancelhas, visivelmente surpresa. - ...ora,
não... não precisava...

Maianne Ribeiro:
- Claro que precisava. Vocês são convidados da família. - ela ri de leve.

Suki:
Rebecca lança um olhar esperançoso para Lucca, esboçando um sorriso.

- ...obrigada...

Maianne Ribeiro:
- De nada, querida. - sorri, servindo o chá pra Rebecca, e então pra Lucca.
- Obrigado. - o rapaz sorri, deixando a arma de lado pra pegar a xícara, tomando um
gole. "Que gostoso..!"

Suki:
- ...eu nunca bebi nada assim... - comenta, encantada, esboçando um sorriso.

Maianne Ribeiro:
- Nem eu!

- Ara ara... É uma receita tradicional da família. - ela ri de leve. - Que bom que
gostaram.

Suki:
- Eu espero poder provar isso mais vezes... - diz, tomando mais um gole.

Maianne Ribeiro:
- É claro que vai, querida. Posso te ensinar a fazer, um dia. - sorri.

Suki:
- Seria um prazer... - murmura.

Maianne Ribeiro:
- Então eu ensino, quando os tempos estiverem mais tranquilos. - sorri, gentil. -
Conseguiram descansar?

Suki:
- Um pouco. - murmura. - A falta de trancas nas portas e nas janelas atrapalhou um
pouco.

Maianne Ribeiro:
- Ah, perdão. Não é costume nosso, mas imagino que vão se acostumar. - sorri.

Suki:
- Eu espero que sim. - ela esboça um sorriso. - É estranho dormir em um lugar
tão... aberto.

"Vulnerável."

Maianne Ribeiro:
- Vocês se acostumam com o tempo. - sorri. - Não estamos em guerra aqui dentro.

qualquersuki:
Suki:
- E-eu sei. Não foi isso que eu quis dizer. - murmura, empalidecendo.

Maianne Ribeiro:
- Não se preocupe, querida. - ela ri baixinho, cobrindo os lábios com a mão.

Suki:
- É... É difícil. Nós somos ensinados a ter preocupação com tudo, o tempo todo.

Maianne Ribeiro:
- É claro. O exército está em guerra com o mundo... Quando se está em guerra, não
se pode parar. - ela suspira. - Eu sei bem.

Suki:
- ...eu consigo imaginar que saiba. - sussurra, desviando o olhar.

Maianne Ribeiro:
Ela assente com a cabeça.
- Mas aqui dentro, temos paz.

Suki:
- Eu não sei por quanto tempo, mas... - ela suspira. - Espero que sim.

Maianne Ribeiro:
- Espero que por muito tempo. - sorri.

Suki:
- Se possível, de vez. - murmura, apesar de estremecer.

Maianne Ribeiro:
- Nós estamos dispostos a acolher vocês. - ela assente com a cabeça. - Quanto a
isso, não se preocupe.

Suki:
- ...eu... eu não estava pensando nisso. Mas agradeço. - e concorda com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- A sua preocupação é com o exército, certo?

Suki:
- Contra vocês. Sim.

Maianne Ribeiro:
- Eles não vão chegar aqui. - diz, negando com a cabeça.

Suki:
- Espero que não cheguem a lugar nenhum, mais. - murmura.

Maianne Ribeiro:
- Assim espero. - a mulher suspira. - Já houveram mortes demais. Dores demais.

Suki:
- ...é. - ela hesita, encolhendo os ombros e desviando o olhar.

Maianne Ribeiro:
- ...eu não culpo vocês. - ela sussurra. - O indivíduo não foi quem matou meu
marido. Foi o exército como instituição.

qualquersuki:
Suki:
- ...nós ainda fizemos parte disso. - murmura, balançando a cabeça negativamente.

Maianne Ribeiro:
- Deixe-me fazer uma pergunta, então. - diz, encarando os dois. - Por que vocês
entraram no exército?

Suki:
Rebecca hesita, olhando para Lucca antes de desviar o olhar para baixo.

- ...eu não sei. O exorcismo tirou todas as minhas memórias. - murmura.

Maianne Ribeiro:
- O exército roubou o seu passado. Roubou quem você é. - a mulher responde, o olhar
compreensivo. - Você estava no exército porque era o único caminho.

- Eu entrei no exército pra impedir o domínio da magia. A corrupção que ela traz. -
Lucca murmura, sério.

- Corrupção..? - a mulher franze a testa. - A magia é parte de nossas almas. É


parte de nós. Não é ela que corrompe o homem.

Suki:
Rebecca suspira, negando com a cabeça.

- Ter acesso à magia dá acesso a um poder maior do que qualquer moral consegue
suportar. - ela diz baixinho, como se tivesse repetido isso vezes o suficiente para
decorar. - Não tem como qualquer boa ideologia ou qualquer bondade sobreviver a
tanto poder nas mãos.

Maianne Ribeiro:
- E ainda assim, tem sobrevivido por eras, não só na nossa família, como em várias
outras. Apenas o exército não vê.

Suki:
- Tem sobrevivido a que custo pros outros? A que custo pro mundo?

Maianne Ribeiro:
- Me responda, então: qual o mal que estamos causando?

qualquersuki:
Suki:
Ela hesita, abrindo a boca antes de fechá-la novamente, o olhar indo até Lucca como
se pedisse auxílio.

Maianne Ribeiro:
- Talvez você não saiba, mas existem ameaças que apenas a magia proporciona. -
Lucca murmura.

- E o exército não é corrupto? - ela responde, neutra. - O exército não mata


inocentes? Não destrói pessoas em prol de mais soldados?

Suki:
- Estamos falando de perigo real, não de... De corrupção. - murmura, atrapalhada. -
Eu... Nós fazemos o máximo pra não ferir nenhum inocente...

Maianne Ribeiro:
- O exército é um perigo real, pra nós. É uma ameaça de morte. - responde,
balançando a cabeça. - Pensem bem. Pensem com cuidado. Há tempo pra isso.

Suki:
- ...nós... nós vamos. Obrigada. - murmura, bastante sem jeito.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - a mulher sorri, ficando de pé. - Com licença. - e se afasta.

Suki:
Rebecca apenas observa a mulher sair, o olhar preso na porta por um longo tempo
depois que ela se afasta.

- ...eu sou a única bastante confusa...? - pergunta, baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Não, não é a única. - resmunga. - Ela não fala nada diretamente.

Suki:
- Já sei de onde veio o jeito do Shogun... - ela suspira.

Maianne Ribeiro:
- É mal de família, pelo jeito. - ri.

Suki:
- Nem me fale. Não sei se quero conhecer o resto.

Maianne Ribeiro:
- ...eu quero. - murmura. - Porque aparentemente eu tenho um sobrinho.

qualquersuki:
Suki:
- ...um sobrinho. - murmura, erguendo as sobrancelhas. - Qual a idade dele?!

Maianne Ribeiro:
- Pelo que eu vi, ele é novinho, deve ter uns cinco, seis anos. - sorri.

Suki:
- Acha que ele vai gostar de você...? - pergunta, hesitante.

Maianne Ribeiro:
- ...eu não sei. - ele sussurra. - Eu espero que sim...

Suki:
- ...você tá doido pra conhecer ele, né?

Maianne Ribeiro:
- Tô. É meu sobrinho, ora! - ele ri, corando.

Suki:
- É, mas seu sobrinho também tem magia. - murmura, hesitante.

Maianne Ribeiro:
O rapaz hesita.
- ...É, mas... Mas ainda é meu sobrinho. Eu quero conhecer ele. - sussurra.
"...ele... Vai ter que ser exorcizado..?"

Suki:
- É, mas... Ele não vai te conhecer depois do exorcismo, de qualquer forma.

Maianne Ribeiro:
- ...É só eu me apresentar de novo. - estremece.

Suki:
- ...é. Mais fácil deixar pra se apresentar uma vez só. - murmura.

Maianne Ribeiro:
- É. Faz sentido. - sussurra. "Uma criança... No exorcismo..?"

qualquersuki:
Suki:
- ....melhor mudar de assunto. - ela suspira, voltando ao chá.

Maianne Ribeiro:
- ...É. Melhor. - sussurra, terminando o chá. - Eu vou descansar um pouco.

Suki:
- Tudo bem. Eu vou ficar de guarda, enquanto isso. - ela assente com a cabeça.
Maianne Ribeiro:
- Não vai deitar nem um pouquinho comigo? - ri.

Suki:
- Se eu deitar, de duas uma: ou eu vou acabar dormindo, ou você vai é se cansar
mais, Tigre~

Maianne Ribeiro:
- As duas possibilidades parecem ótimas~

Suki:
- Nenhuma delas é sequer boa, Lucca. - ela ri também.

Maianne Ribeiro:
- Discordo. - ri, bobo.

Suki:
- Lucca...! - reclama, corando de leve.

Maianne Ribeiro:
- O que foi? - ri. - São ótimas ideias sim!

Suki:
A soldado ri, revirando os olhos antes de caminhar na direção da cama.

- E qual delas a gente vai fazer primeiro~?

Maianne Ribeiro:
- A gente pode se cansar primeiro, antes de descansar~ - sorri, malicioso.

Suki:
- Eu nem sei pra que ainda perguntei. - provoca, apoiando um dos joelhos no colchão
enquanto desabotoava a camisa

Maianne Ribeiro:
- Você me conhece, amor~ - ele ri baixinho, tirando a própria camisa.

Suki:
- E conheço muito bem, dos pés à cabeça ~

Maianne Ribeiro:
- Cada pedacinho do corpo~ - ri.

Suki:
- Não tem nenhum pedacinho aí, Lucca, você é todo 'ão'~ - ela ri, despindo o
próprio torso antes de se aproximar dele.

Maianne Ribeiro:
Ele pisca um olho, risonho.
- Sim, todo ão. E você ama~

qualquersuki:
Suki:
- Amar é uma palavra forte demais pra um ficante, Tigre~ - provoca, beijando o
torso dele.

Maianne Ribeiro:
- É só a gente ser mais que só ficante~ - ri, puxando-a pra si.
Suki:
- Um passo de cada vez~ - provoca, se deixando levar antes de colar os lábios aos
dele.

Maianne Ribeiro:
"Tudo bem, tudo bem," pensa, risonho, retribuindo o beijo enquanto recuava pra
encostar na parede.

Suki:
- Saudades de mim, Tigre ~? - provoca, mordiscando o lábio dele antes de descer
para o pescoço.

Maianne Ribeiro:
- Sempre... - sussurra, arrepiado. - Sempre, toda hora~

Suki:
- Você não vale nada, sabia~?

Maianne Ribeiro:
- Eu sei. - ri, bobo. - E você ama, que eu sei~

Suki:
- Sabe, é ~? Agora você lê mentes~?

Maianne Ribeiro:
- Não, mas eu leio você. Cada milímetro do seu corpo~

Suki:
Isso faz Rebecca arrepiar, mordendo o lábio inferior.

- Assim eu não aguento...

Maianne Ribeiro:
- Então não aguenta. - ele ri, se virando pra pressionar a garota contra a parede,
os lábios buscando os seios dela enquanto as mãos arrancavam a calça de Rebecca...

Suki:
Isso faz com que ela ria baixinho, mordendo o próprio lábio com mais força.

- Isso, Lucca...! - provoca, as mãos puxando ele pela nuca. - Não me faz esperar,
você sabe que eu sou ansiosa~

Maianne Ribeiro:
- Quanta pressa... A gente pode aproveitar, ora. - ele provoca, risonho.

qualquersuki:
Suki:
- Eu me acostumei a ter um tempo curto contigo, nem sei se aguento ir devagar
demais assim. - ela ri.

Maianne Ribeiro:
- Então vamos rápido, que a gente gosta assim. - ri, terminando de afastar as
calças dela antes de descer, estimulando Rebecca com a língua.

Suki:
Ele pode sentir Rebecca se tensionando de imediato, segurando um gemido como
costumava fazer no quartel.
- Porra, Lucca, assim eu... Eu não aguento... - resmunga, apoiando uma das mãos na
cabeça dele, mantendo-o junto a si.

Maianne Ribeiro:
"Então não aguenta..." pensa, continuando a provocá-la, as mãos agarrando lhe os
quadris.

Suki:
- Nnngh... Você tá... Tá pegando pesado... - reclama, o corpo se movendo sem que
ela conseguisse se controlar. - Vem... Vem logo...!

Maianne Ribeiro:
- Diz que me ama~ - ele provoca, afastando o rosto.

Suki:
- ...quê?! - ela hesita, corando violentamente ao encará-lo, piscando algumas
vezes. - Do que... LUCCA...!

Maianne Ribeiro:
- Não é tão difícil. - ri. - Diz que me ama~!

Suki:
- Eu não vou fazer isso, não... Não assim, não agora..! - ela ri, nervosa. - O que
deu em você?!

Maianne Ribeiro:
- Nada. Só te provocando. - ri, bobo, ficando de pé e se livrando das próprias
calças. - Vem~

Suki:
- Eu vou enfiar meu joelho na sua cara na próxima provocação. - resmunga, desviando
o olhar.

Maianne Ribeiro:
- Enfia outra coisa na minha cara, vai~

Suki:
- LUCCA! - reclama, empurrando o peito dele, constrangida.

Maianne Ribeiro:
O rapaz cai deitado na cama, risonho.
- Vem~

qualquersuki:
Suki:
- Não me provoca assim... - resmunga, engatinhando por cima dele antes de se sentar
sobre seu quadril, provocando o Tenente sem colar os dois corpos.

Maianne Ribeiro:
- Só uma provocação de leve~ - brinca, estremecendo.

Suki:
- Não pode, não vale, não deve~ - ela responde, rebolando sobre ele devagar.

Maianne Ribeiro:
O rapaz ri, arrepiado.
- Faz isso de novo~

Suki:
- Faz ou fala~? - provoca, continuando a rebolar.

Maianne Ribeiro:
- Os dois~? - ri.

Suki:
- Não pode... - começa, aumentando a intensidade do rebolado. - Não vale... Não
deve...

Maianne Ribeiro:
- P-por que não..? - provoca, se movendo com ela. - Eu só quero te aproveitar...

Suki:
Ela geme baixinho, controlada.

- Me vira de cabeça pra baixo, então, Tigre, me aproveita inteira~

Maianne Ribeiro:
- Inteirinha... - ele sussurra, as mãos explorando o corpo dela, arrepiado. - Vai,
senta em mim, Becca... Me devora~

Suki:
- Como você quiser, _tenente_ ~ - provoca com um risinho satisfeito, encaixando o
corpo ao dele.

Maianne Ribeiro:
O rapaz puxa o ar por entre os dentes, arrepiado.
- Me chama de tenente de novo, vai~

Suki:
- Sim, senhor, tenente ~ - provoca, aproximando o rosto do dele, mordiscando sua
mandíbula.

Maianne Ribeiro:
- Isso, soldado... sem descanso... - ele sussurra, arranhando as costas dela.

qualquersuki:
Suki:
- Puta que pariu, Lucca...~ - sussurra, arrepiada, a voz se arrastando com o
arranhão. - N-não faz assim... - pede baixinho, apoiando as mãos no peito dele para
cavalgá-lo.

Maianne Ribeiro:
- Não reclama que você gosta... - ele ri, jogando a cabeça pra trás.

Suki:
- Olha quem fala, fica todo manhoso quando eu sento do jeitinho que você gosta~

Maianne Ribeiro:
- Fico mesmo... - ele ri baixinho, ofegando de leve. - Eu derreto todo...

Suki:
- Acho que eu devia fazer você derreter mais vezes, então, mm... - provoca,
voltando a aumentar a velocidade do movimento.

Maianne Ribeiro:
- P-por... por favor... - ele estremece, fechando os olhos com firmeza. - Continua,
Becca, continua..!
Suki:
- Isso, Lucca, chama meu nome...! - exclama, intensificando o que fazia, sedenta e
enlouquecida...

Maianne Ribeiro:
- S-sempre, Becca..! Becca! - ele geme, o corpo se tensionando quando o orgasmo
chega, intenso, a respiração de Lucca travando.

Suki:
A ruiva prende o pescoço dele de leve quando sente Lucca se tensionar, indo cada
vez mais rápido, até se contrair de uma só vez, ainda rebolando devagar enquanto
aproveitava a sensação.

Maianne Ribeiro:
E só quando ela para de se mover que ele faz o mesmo, se largando na cama,
ofegante.
- ...tava... tava com... s-saudade disso... - ele ri, fraco.

qualquersuki:
Suki:
- Nem... Nem fala... - resmunga, se largando do lado dele.

Maianne Ribeiro:
Ele ri baixinho, se virando pra beijar o rosto dela.
- Agora a... A gente não tem mais que ir treinar... Nem fazer ronda... - provoca.

Suki:
- ...e ainda... Ainda tem uma banheira imensa pros dois... - ela ri baixinho, boba,
as bochechas vermelhas.

Maianne Ribeiro:
- Exatamente~ - ri, bobo.

Suki:
- Então vamos descansar aqui um pouquinho, e depois a gente toma banho...

Maianne Ribeiro:
- E depois, soninho. - sorri, bobo.

Suki:
- Só um pouco~

Maianne Ribeiro:
- Um tantinho~

Suki:
- Não muito, Lucca!

Maianne Ribeiro:
- tá bom, tá bom. - ri. - Só um pouco!

Suki:
- Ótimo. - resmunga, se levantando e começando a recolher as próprias roupas,
atirando as dele em Lucca.

Maianne Ribeiro:
- Ei, maldade! - ele ri, bobo, ficando de pé.

Suki:
- Anda logo, tenente! - provoca.

Maianne Ribeiro:
- Indo, soldado, indo! - ele ri, acompanhando-a até o banheiro.

Suki:
- Ótimo roleplay mais cedo com isso~ - provoca.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado~ - ele ri baixinho, beijando o rosto dela.

qualquersuki:
Suki:
- De nada, tenente~

Maianne Ribeiro:
Ele solta um risinho, indo se banhar, bobo. "Paz, eh..?"

Suki:
"Hoje foi um ótimo dia, apesar de tudo...", pensa, boba.

Maianne Ribeiro:
"Espero que ela já esteja acordada..." Shogun pensa, na manhã seguinte. O rapaz
caminhava para o quarto de Leanne, ansioso pra ver a esposa novamente...

Suki:
E ele sentiria o cheiro de Caroline antes mesmo de ouvir sua voz, a mulher no
quarto com Leanne...

- ...deve estar com a namoradinha dele por aí, de novo. - ela suspira,
estranhamente mansa. - Ele não cresce.

- Ele já é alto o suficiente, mãe, mais um pouco e não vai passar em porta nenhuma.
- Leanne brinca, rindo, confortável.

- Nós já precisamos nos abaixar na grande maioria delas, aqui, querida. - e ri de


leve, o ar saindo pelo nariz.

Maianne Ribeiro:
O homem hesita parando perto da porta, engolindo em seco. "Caroline... Se eu
entrar, eu morro."

Suki:
As duas ainda conversam amenidades por algum tempo, Caroline sempre mansa e Leanne
sempre risonha, até que ele possa ouvir a cadeira arrastando.

- Eu vou atrás do seu irmão. Já passou da hora de nós quatro voltarmos pro quartel.
- ela suspira, bagunçando os cabelos da filha de leve antes de se afastar.

Maianne Ribeiro:
"Agora é a hora de me esconder," pensa, usando magia pra disfarçar a própria
presença, se afastando pra não arriscar.

Suki:
Não demora para que Caroline passe por ele, lançando um olhar na direção aproximada
que Shogun estava, antes de continuar o próprio caminho a passos rápidos.

Maianne Ribeiro:
"...ela sabe que eu estou aqui..?" pensa, estremecendo. Ainda esperaria alguns
minutos pra se certificar se que nada aconteceria antes de enfim rumar para o
quarto de Leanne outra vez. "Eu preciso tirar ela daqui logo..!"

Suki:
E a bruxa estava deitada novamente, observando o teto com um olhar tristonho apesar
do sorriso discreto em seu rosto.

"Desculpa, mãe..."

Maianne Ribeiro:
- Com licença. - ele sorri, entrando no quarto. - Bom dia.

qualquersuki:
Suki:
Ela se senta de imediato, erguendo as sobrancelhas ao vê-lo.

- ...vai embora...! Minha mãe tá aqui...! - sussurra.

Maianne Ribeiro:
- Ela foi embora. - diz, negando com a cabeça. - Eu ouvi vocês conversando.

Suki:
- Ela não foi embora, ela foi procurar o Lucca pelo hospital, é diferente! A
qualquer momento ela pode aparecer!

Maianne Ribeiro:
- Se ela voltar, eu me escondo. Não se preocupe. - diz, afagando os cabelos dela. -
...mas eu preciso te tirar daqui.

Suki:
- ...me tirar daqui...? - pergunta, baixinho, observando-o tal qual um filhote
abandonado e carente. - Os médicos deixaram...?

Maianne Ribeiro:
- Eu não perguntei ainda, mas... É perigoso. É bem perigoso te deixar aqui.

Suki:
- Perigoso por causa da minha mãe...?

Maianne Ribeiro:
- É. Se ela te levar de volta... - suspira. - Sem contar o seu irmão tendo vindo
conosco.

Suki:
- O Lucca já foi, né... - murmura, coçando a própria bochecha de leve, visivelmente
hesitante.

Maianne Ribeiro:
- Já, já foi. Ele está na mansão secundária. - explica.

Suki:
- Ao menos ele tá em segurança dos castigos da mamãe, se ela descobrir...

Maianne Ribeiro:
- Ela não vai descobrir. - sussurra. - Vocês estão seguros.

Suki:
- Vai. Se ela rodar o hospital e não achar o Lucca, vai. Ela já suspeitou do Salem,
que tá escondido dentro do móvel, dizendo que sentia magia aqui. - murmura, os
olhos se enchendo de lágrimas. - Eu não quero ter que escolher, eu não quero ficar
longe de ninguém...!

Maianne Ribeiro:
- Então vem comigo. - diz, afagando o rosto dela. - Vem comigo, e a gente pensa num
plano.

qualquersuki:
Suki:
Ela comprime os lábios, hesitante, até enfim assentir com a cabeça e fechar os
olhos, deixando as lágrimas caírem.

"Desculpa, mãe..."

Maianne Ribeiro:
- Eu te amo. Vai dar tudo certo. - sussurra, beijando a testa de Leanne.

Suki:
- Não vai... - ela ri baixinho, fraca. - Mas... M-mas eu escolho você e... E o
Lucca...

Maianne Ribeiro:
- ...você realmente ama a sua mãe, não é..? - sussurra.

Suki:
- ...amo. Amo muito... - responde com outro risinho, chorosa. - Ela passou anos me
procurando pelo mundo...!

Maianne Ribeiro:
- Mm... Nós vamos dar um jeito. - sussurra, afagando o rosto dela. - Eu vou pegar
uma pedra de teleporte, e uma muda de roupas pra você. Eu não demoro.

Suki:
- Cuidado pra não encontrar com ela no corredor. - pede baixinho enquanto secava o
rosto, fungando.

Maianne Ribeiro:
- Não se preocupe. Vai dar certo. - sorri, se afastando.

Suki:
"Não, não vai. No final, eu vou sair perdendo _mais_ uma parte de mim de qualquer
jeito.", pensa, observando-o se afastar. "Só vai mudar o tamanho."

Maianne Ribeiro:
O rapaz retorna algum tempo depois, trazendo consigo um kimono nos braços.
- É meio grande, mas vai servir por ora. - ele ri de leve. - Depois nós pegamos as
suas roupas mesmo.

qualquersuki:
Suki:
- Não existe nada "muito grande" pra mim, Shogun. - ela suspira, esboçando um
sorrisinho ao se ajeitar na beirada da cama, as pernas mais firmes que antes, mas
ainda trêmulas. - Pode me apoiar...?

Maianne Ribeiro:
- ...de fato. - ele ri de leve, envolvendo-a com o kimono antes de tomá-la nos
braços. - Melhor que apoiar, certo?

Suki:
Isso faz Leanne rir baixinho, confortável, encostando a cabeça na dele enquanto uma
das mãos afagava o pelo de Salem, o gato tendo pulado em seu colo.

- Bem, bem melhor... - murmura.

Maianne Ribeiro:
- Ótimo. - ele ri de leve, beijando a testa dela. - Ichiro pede passagem. - diz,
desaparecendo junto com Leanne.

Suki:
E ela suspira, se agarrando nele com firmeza, estranhando a sensação da magia
fluindo ao seu redorm

Maianne Ribeiro:
- Chegamos. - ele sorri, gentil. - Estamos em casa... bem, na nossa segunda casa. -
e ri.

qualquersuki:
Suki:
- Entendi. - murmura, encolhida. - Eu... Eu não lembro muito, então... Pode ser a
nova primeira...

Maianne Ribeiro:
- A nova primeira, então. Ao menos por enquanto. - sorri, caminhando com a garota
nos braços.

Suki:
- Eu... Eu posso andar, Shogun... - murmura, olhando ao redor, curiosa.

Maianne Ribeiro:
- Eu sei que pode. Não duvido disso. - ri.

Suki:
- ...entendi. Mas eu quis dizer que... Que não precisa me carregar...

Maianne Ribeiro:
- Mas você não quer? - pergunta, parando.

Suki:
- Não é isso... - resmunga, se agarrando nele. - ...você tem mais o que fazer.

Maianne Ribeiro:
- Cuidar de você, ora. - ri. - Minhas outras tarefas estão em dia.

Suki:
- ...jura...? - pergunta, baixinho, encolhendo os ombros.

Maianne Ribeiro:
- Juro. Eu não estou negligenciando nada. - diz, gentil.

qualquersuki:
Suki:
- ...mm. Eu não quero ser um problema pra você, Shogun.

Maianne Ribeiro:
- Não é, nem nunca vai ser. - sorri, entrando em um dos quartos vagos. - Confie em
mim.

qualquersuki:
Suki:
- Eu confio. - ela assente com a cabeça, olhando ao redor para observar o quarto. -
...parece... Frio.

Maianne Ribeiro:
- É temporário. - explica, colocando-a na cama gentilmente. - Nós vamos decorar
esse quarto ainda, e eventualmente você vai poder voltar pro nosso quarto na mansão
principal.

Suki:
- Eu sei, eu sei. Mas parece estranho, só isso. Não foi uma reclamação. Não precisa
gastar seu cartão com isso. - murmura, levando uma das mãos à cabeça.

Maianne Ribeiro:
- É claro que preciso. - ele ri baixinho. - Eu quero que essa casa seja um lar.

Suki:
- Não, não... Não precisa. Não precisa gastar dinheiro com isso. É... É
temporário... - sussurra, a própria expressão mais fechada, a voz tremendo.

Maianne Ribeiro:
- ...depois nós conversamos sobre isso. - sussurra, gentil, afagando os cabelos
dela. - Que tal um chá?

qualquersuki:
Suki:
- ...mm. - murmura, fechando os olhos com o carinho, a mão que afagava o pelo de
Salem passando a segurar o gato com força, tremendo.

Maianne Ribeiro:
- Ótimo. Eu já volto com o chá. - diz, beijando a testa dela de leve antes de se
afastar.

Suki:
- Tá tudo bem. Tá tudo bem. - sussurra baixinho para si, trêmula. - Tá tudo bem...

Maianne Ribeiro:
Setsuna hesita, fechando os olhos e suspirando. Tinha vindo até o quarto de Leanne
para ver a garota, mas... "É melhor não. Hoje não," pensa, o coração apertado
enquanto se afastava.

Eventualmente, Ichiro retorna com a bandeja de chá, um sorriso leve no rosto.


- Aqui. Um cházinho delicioso pra te acalmar e relaxar.

Suki:
E ela só para de falar quando Shogun se pronuncia, apesar de ainda estar
visivelmente tensa.

- ...mm. Obrigada, Shogun. - sussurra, esboçando um sorriso discretamente forçado.

Maianne Ribeiro:
- De nada, Lea. - ele sussurra, gentil, sentando ao lado dela e apoiando a bandeja
nas pernas antes de servir o chá delicadamente.

Suki:
- Cuidado pra não se queimar... - pede baixinho, observando cada movimento dele,
interessada.

Maianne Ribeiro:
- Não se preocupe. - ele ri de leve. - Cuidado pra você não se queimar quando
tomar.

Suki:
- Eu não sou nenhuma criança, sabia? - ela ri, as bochechas corando, falsamente
ofendida.

Maianne Ribeiro:
- Ora, ora, desculpe. - e ri. - À vontade, então.

qualquersuki:
Suki:
- Eu... - ela hesita, os lábios entreabertos, antes de rir baixinho e balançar a
cabeça, pegando uma xícara para si. - ...obrigada, Shogun. O cheiro está ótimo.

Maianne Ribeiro:
- De nada, Lea. - sorri, servindo uma xícara pra si e tomando um gole, suspirando.
"A mamãe é incrível mesmo..."

Suki:
- Tem... Tem gostinho de casa. - diz, enfim.

Maianne Ribeiro:
- De fato. - ele ri de leve. - É delicioso...

Suki:
- Nem fala... - Leanne suspira. - Aquece a alma...

Maianne Ribeiro:
- Ótima descrição. - ri.

Suki:
- É, né? Parece perfeito. - ela sorri.

Maianne Ribeiro:
Ele ri de leve, se encostando na garota, carinhoso.
- Com você, fica ainda melhor...

Suki:
Isso faz Leanne corar de leve e rir baixinho.

- Não exagere, Shogun...

Maianne Ribeiro:
- Não é. - ri.

Suki:
- Eu sei que é. Você tem coisas muito melhores e muito mais importantes para fazer,
sendo o patriarca. - ela suspira. - Me surpreende não ter casado de novo.

Maianne Ribeiro:
- Eu não conseguiria casar de novo. - ele sussurra, fechando os olhos. - Eu nunca
vou amar alguém como eu te amo.

Suki:
- Nunca é muito tempo, Shogun. - ela suspira, tocando a coxa dele com uma das mãos.
- ...mas obrigada por me escolher.

Maianne Ribeiro:
- Eu estou certo do que eu falo. - sorri, afagando a mão dela gentilmente.

Suki:
- Você está sempre certo. - brinca, baixinho, encostando a cabeça na dele.

Maianne Ribeiro:
- Quase sempre. - e pisca um olho.

qualquersuki:
Suki:
- Pra mim vai ser sempre. Você é o patriarca, o homem que eu escolhi amar e servir.

Maianne Ribeiro:
- Não precisa me servir. - ele ri de leve. - Mas me amar... eu aceito com prazer.

Suki:
- É claro que eu preciso. - e suspira, segurando a mão dele carinhosamente,
levando-a aos lábios.

Maianne Ribeiro:
- Não, não precisa. De verdade. - diz, gentil.

Suki:
- E se eu quiser? E se eu sentir que preciso? - ela suspira, ainda beijando a pele
dele suavemente.

Maianne Ribeiro:
- ...então não vou negar. - diz, gentil.

Suki:
- ...obrigada, Shogun. Meu querido e amado Shogun... - sussurra, mantendo a mão
dele junto aos próprios lábios, fechando os olhos.

Maianne Ribeiro:
"...Ichiro..." pensa, dando um beijo suave na garota.

Suki:
Isso faz Leanne estremecer, esboçando um sorriso com o beijo, os ombros relaxando.

Maianne Ribeiro:
- Eu te amo. - ele sussurra baixinho, carinhoso. - Muito, muito, muito...

Suki:
- ...Shogun... - reclama, rindo baixinho. - Eu também te amo muito, muito,
muito....

Maianne Ribeiro:
- Que bom. - ele ri, bobo. - Sinta-se à vontade pra passear pela casa. Também é
sua, afinal. Seu irmão está num quarto no final do corredor.

Suki:
- Eu vou tentar me lembrar disso, quando conseguir voltar a andar sozinha. - e
suspira, antes de assentir com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Enquanto isso, descanse. Eu vou avisar o seu irmão da sua chegada, também.

qualquersuki:
Suki:
- Não precisa incomodar o Lucca com isso. - ela ri, sem jeito.

Maianne Ribeiro:
- Incomodar? - ele ergue uma sobrancelha.

Suki:
- Ele deve estar ocupado com a namorada dele. - murmura.

Maianne Ribeiro:
- Não quer dizer que ele não queira ver a irmã dele.

Suki:
- Ele me viu ontem. - e suspira.

Maianne Ribeiro:
- Ele pode querer te ver de novo. - ri. - Não é incômodo.

Suki:
Ela suspira, sem graça.

- ...tudo bem. Mas sem colocar pressão nele, por favor.

Maianne Ribeiro:
- Como se eu precisasse. - ri. - Mas sim, prometo.

Suki:
- Obrigada, Shogun. - ela suspira novamente, mais aliviada.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - sorri. - Eu vou avisar o Lucca, então.

Suki:
- Obrigada, Shogun. - diz, baixinho.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - ele sorri, dando mais um beijo na garota antes de se afastar, indo até
o quarto de Lucca e Rebecca.

Suki:
"....e tchau.", ela suspira, se largando de lado na cama e abraçando o travesseiro.

Maianne Ribeiro:
O rapaz dá dois toques na porta do quarto, suspirando.
- Lucca. Rebecca. A Lea chegou.

- A minha irmã chegou?! - o rapaz praticamente salta da cama, correndo pra abrir a
porta.

Suki:
- Lucca, calma...! - pede, assustada, se sobressaltando e se sentando, assustada.

Maianne Ribeiro:
- F-foi mal. - ele ri, sem jeito. - Te assustei muito?

Suki:
- É claro que sim! - reclama, saindo da cama devagar e alongando o corpo.

Maianne Ribeiro:
- Desculpa, desculpa. - ele ri, sem jeito, abrindo a porta do quarto. - Oi, Shogun.
- Oi. - ele ri. - A Lea está no terceiro quarto a direita, se precisar ver ela.

qualquersuki:
Suki:
- ...precisar? - ela franze a testa, estranhando o uso da palavra.

Maianne Ribeiro:
- Mm... Caso queira, eu quis dizer.

- É claro que eu quero ver a minha irmã! - exclama.

qualquersuki:
Suki:
- O que...? - resmunga, confusa, franzindo ainda mais a testa. - Que... que porra é
essa?!

Maianne Ribeiro:
- Nada de mais. - ele dá de ombros, se afastando.

- ...eu tô indo ver a Lea. - Lucca murmura, saindo do quarto apressadamente.

Suki:
Rebecca hesita, mas acaba por pegar o rifle e seguir o ex-tenente, alerta.

"Tem alguma coisa errada....!"

Maianne Ribeiro:
- Lea! Posso entrar?! - ele pergunta, um tanto alarmado.

Suki:
- Lucca...? - pergunta baixinho, se apoiando nos cotovelos para olhar para a porta
por cima do ombro. - ...pode, Tigre! Aconteceu alguma coisa?!

Maianne Ribeiro:
- Eu que pergunto! - exclama, entrando no quarto. - Tá tudo bem?!

Suki:
- T-tá... Por... Por quê? O que houve...?

- Seu marido, falando todo estranho!

- Aconteceu alguma coisa com o Shogun?! - pergunta, alerta, tentando se levantar de


imediato e vacilando, tendo que se apoiar na parede para não perder o equilíbrio.

Maianne Ribeiro:
- Ei, calma, você não tá em condição de se levantar! - exclama, indo apoiar a irmã.
- Ele parece bem, mas falou uma besteira sobre "se eu precisasse te ver" ou alguma
merda do tipo, eu não entendi nada!

qualquersuki:
Suki:
- C-como assim?! - pergunta, olhando de um para o outro, confusa. - Como assim?!

- Ele parece bem, Leoa, calma! - diz, tentando acalmá-la. - O seu marido só falou
como se o Lucca não quisesse te ver, só isso.

Maianne Ribeiro:
- Pois é, eu não sei de onde ele tirou essa maluquice. - resmunga.
Suki:
- Eu... Eu disse que ele não precisava pressionar você pra vir me ver. - e suspira,
balançando a cabeça negativamente.

Maianne Ribeiro:
- Eu não preciso ser pressionado pra vir te ver. - ele franze a testa, confuso.

Suki:
- Você tava ocupado com a sua namorada... - diz, amuada.

Maianne Ribeiro:
- Não quer dizer que eu não queira vir te ver, Lea!

Suki:
- Você me viu ontem. - resmunga, voltando para a cama. - Eu só... Achei que não
tinha pressa.

Maianne Ribeiro:
- ...Lea, do que você tá falando? Eu sou seu irmão, eu tô preocupado com você!

Suki:
- Não... não tem o que se preocupar. Eu estou bem.

Maianne Ribeiro:
- É claro que tem, Lea..! - exclama.

qualquersuki:
Suki:
- Ela está insegura e confusa sobre quem é. - Salem quem diz, deitado em um dos
travesseiros enrolado em si próprio, o que faz Leanne empalidecer e desviar o
olhar.

- ...eu entendo a sensação - Rebecca murmura, engolindo em seco.

Maianne Ribeiro:
- Pois não precisa ficar insegura ou confusa. Você é minha irmã que eu amo e ponto.
- resmunga.

Suki:
- E... E se eu não for mais eu? Se eu não for mais a irmã que você lembra...? -
pergunta, hesitante.

Maianne Ribeiro:
- Não importa. Você é minha irmã do mesmo jeito. - insiste.

qualquersuki:
Suki:
- Eu não sou nem eu, mais, Lucca. - e ri, frustrada.

Maianne Ribeiro:
- Ainda é minha irmã, seja quem for. Sempre vai ser.

Suki:
Ela ri de novo, mas dessa vez de forma mais sincera.

- Você fala como o Shogun.

Maianne Ribeiro:
- Ew, não, não me compara com ele! - resmunga, fazendo uma careta.

Suki:
- Ele era meu marido, Lucca...! - reclama. - Não seja tão implicante!

Maianne Ribeiro:
- Eu implico sim. - resmunga. - Ninguém mandou ele casar contigo!

Suki:
- Lucca...! Eu posso ter mandado, sabia?!

Maianne Ribeiro:
- É, considerando como você é mandona~ - provoca.

Suki:
- ...eu vou socar sua boca, não provoca. - ameaça, claramente brincando.

Maianne Ribeiro:
- Provoco sim, eu sou mau! - ri, afagando os cabelos dela.

Suki:
- Você é inofensivo, Tigre~

Maianne Ribeiro:
- Sou nada, sou mau! Raaaawr!

Suki:
- Nem você acredita nisso, Lucca. - Rebecca quem provoca.

Maianne Ribeiro:
- Ah, vai, deixa eu fingir um pouco! - ri.

Suki:
- Não, guarda seu fingimento pra quando for lidar com o seu _cunhado_. - ela
provoca.

- Que bom que as minhas cunhadas são boazinhas~ - e ri, fazendo Rebecca corar.

Maianne Ribeiro:
- É, a Becca é um amor~ - e pisca um olho. - Beeeeecca, namora comigo?

qualquersuki:
Suki:
Ela revira os olhos, as bochechas mais vermelhas.

- Namoro, Lucca. - e cruza os braços, desviando o olhar.

Maianne Ribeiro:
- Eba~ - ele ri, bobo. - Agora sim!

Suki:
- Quanta maldade. - Leanne provoca. - Mas parabéns pro casal! - ela ri, batendo
palmas.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado, obrigado~

Suki:
- Casal... - Rebecca resmunga baixinho.
Maianne Ribeiro:
- Casal, ué. É o que nós somos. - sorri, bobo.

qualquersuki:
Suki:
- E você parece uma criança feliz com os presentes de Natal. - resmunga de novo.

Maianne Ribeiro:
- Claro, ué. Tô namorando, tenho a melhor irmã do mundo... - ri.

Suki:
- E cadê toda a maldade que você disse que tinha? - Leanne provoca.

Maianne Ribeiro:
- É só na frente do Shogun. - e pisca um olho.

Suki:
- Eu vi quando ele virou dragão. - Rebecca provoca.

Maianne Ribeiro:
- ...ei! - ele ri. - É um dragão, eu não tenho muito o que fazer!

Suki:
- Ainda assim, esperava mais coragem e maldade. - ela ri de canto

Maianne Ribeiro:
- Eu tentei, tá legal?! - ri.

Suki:
- Tentou não desmaiar, só se foi~

Maianne Ribeiro:
- Tentei, ué~

Suki:
- E conseguiu. - Leanne adiciona.

Maianne Ribeiro:
- Aí, viu? Sucesso! - ri.

Suki:
- Tudo bem, tudo bem. Vocês venceram. - Rebecca ri, boba.

Maianne Ribeiro:
- Eu sempre venço. Ou quase sempre! - e ri, bobo.

Suki:
- Vence porque a gente deixa. - Leanne quem diz.

Maianne Ribeiro:
- Tá valendo, ora. - ele ri, afagando os cabelos dela.

Suki:
- Não vale não, foi uma vitória concedida, não conquistada ~

Maianne Ribeiro:
- Ainda é uma vitória~
Suki:
- Vitória concedida, não conquistada! - insiste.

Maianne Ribeiro:
- Ainda é vitória. - ri. - Tá com fome? Quer que eu pegue alguma coisa pra você?

qualquersuki:
Suki:
- Mm. Eu aceito voltar pra cama, também. - e assente com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Volta pra cama enquanto eu arranjo comida então. - ele ri de leve, ajudando a
irmã a deitar.

Suki:
- ...brigada, Lucca. - diz, esboçando um sorriso.

- Eu cuido dela enquanto isso. - Rebecca se prontifica, indo se sentar ao lado de


Leanne e deixando a arma ao lado da cama.

Maianne Ribeiro:
- Valeu, Becca. - ele sorri, beijando a garota antes de se afastar.

Suki:
- De nada. - ela acena de leve, se virando para Leanne em seguida. - ...vem.
Conversa comigo sobre essa experiência doida de não saber quem você é.

- ...Becca, n-não---

- Eu sei que precisa. Eu até hoje sinto que precisa, e fui exorcizada há bem mais
tempo que você. - e ri de leve, sem jeito.

Maianne Ribeiro:
Lucca volta algum tempo depois com uma bandeja de comida, sorrindo.
- Olha o que eu trouxe~

Suki:
E ele pode perceber que as duas param de falar assim que ele se aproxima pelo
corredor, Leanne fungando bastante, o nariz e os olhos vermelhos de choro.

- B-brigada, Tigre...

Maianne Ribeiro:
- De nada. - ele murmura, franzindo a testa. - O que houve?

Suki:
- N-nada. - murmura, negando com a cabeça.

- Conversas difíceis, só isso. - diz, suave.

Maianne Ribeiro:
- Só isso mesmo..? - pergunta, preocupado.

Suki:
- S-só... - Leanne murmura, ainda secando o próprio rosto.

Maianne Ribeiro:
- Tá bom. - suspira, colocando a bandeja na cama antes de afagar os cabelos da
irmã.
Suki:
- ...brigada, Tigre. - murmura baixinho, visivelmente fragilizada.

Maianne Ribeiro:
- De nada, leoa. - sussurra, carinhoso.

Suki:
- Mas não faz muito carinho que eu durmo... - brinca.

Maianne Ribeiro:
- Só um pouco, enquanto você come. - ri.

qualquersuki:
Suki:
- Tudo bem, tudo bem. - e ri baixinho.

Maianne Ribeiro:
Ele sorri, indicando a bandeja.
- Então come~

Suki:
- Mas o cafuné tá boooom~

Maianne Ribeiro:
- Tá, mas você tem que comeeeer~

Suki:
- Tudo bem, tudo bem! - repete, risonha, começando a se servir.

Maianne Ribeiro:
- Ótimo, boa leoa! - brinca.

Suki:
- Eu sou a única leoa que você conhece, Lucca~

Maianne Ribeiro:
- E é boa, ué! - ri.

Suki:
- Tudo bem, então, eu aceito, eu aceito, obrigada. - e ri.

Maianne Ribeiro:
- De nada, de nada! - ele ri, beijando a testa dela.

Suki:
- Vocês já comeram? - pergunta, encarando os dois.

Maianne Ribeiro:
- ...olha, agora que você falou... Não, ainda não. - murmura.

Suki:
- ...eu acho que não tem o suficiente pra nós três aqui...

- Não, de jeito nenhum.

Maianne Ribeiro:
- Mas não tem mesmo. - resmunga. - Eu vou e pego mais.
Suki:
- Vão vocês dois lá. Eu levo a bandeja de volta depois.

- Leanne, tem certeza...?

Maianne Ribeiro:
- Eu vou e trago a bandeja, ué. - ele franze a testa.

Suki:
- É muita comida pra uma bandeja só.

- Nah, a gente não comia tanto assim no quartel. - ela ri, sem jeito.

Maianne Ribeiro:
- Você viu o tanto que eu como, dá pra trazer. - ele ri, ficando de pé. - Não
demoro, beleza?

qualquersuki:
Suki:
- Comam à mesa, e comam o quanto quiserem. A comida é boa, merece ser saboreada. -
ela suspira.

Maianne Ribeiro:
- Mas eu quero comer com você! - ele choraminga. - Não me manda embooooora...

Suki:
- Você volta depois que comeeeeer~

Maianne Ribeiro:
- Maldaaaade, leoaaaa!

Suki:
- Então eu sou máááá~

Maianne Ribeiro:
- Malvada! - ri. - Mas eu não vou te deixar comer sozinha, então escolhe: ou você
vem com a gente, ou eu trago as bandejas!

Suki:
Ela revira os olhos, erguendo os braços.

- Me coloca nas suas costas, então.

Maianne Ribeiro:
- Pode deixar! - ele ri, se aproximando. - Becca, leva a bandeja!

Suki:
- Sim, senhor, tenente! - ela ri, fazendo como Lucca pedira.

Maianne Ribeiro:
Ele ri, ajudando a irmã a subir nas próprias costas antes de carregá-la pra fora.
- Weeee~

Suki:
- Lucca, sem balançar...! - reclama, corando.

Maianne Ribeiro:
- Sem balançar, prometo! - ri, bobo.
Suki:
- Por favor, eu fico enjoada fácil!

Maianne Ribeiro:
- Relaxa, eu não vou balançar. Juro. - ri.

Suki:
- Ótimo.

- Ele é obediente, Leoa, não se preocupe. - Rebecca provoca.

Maianne Ribeiro:
- Ei..! - ele ri.

Suki:
- Não é mentira. - e dá de ombros.

- Eu, por outro lado, sou uma peste~

Maianne Ribeiro:
- Eu não sou obediente, só tenho amor ao meu pescoço!

Suki:
- É a mesma coisa, só muda a razão, Tenente. - ela ri.

Maianne Ribeiro:
- Isso muda tudo, ora~

qualquersuki:
Suki:
- Não, não muda.

- Eu sou obrigada a concordar com ela, Lucca. - Leanne ri baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Droga, duas contra um?! - ri.

Suki:
- Sempre vamos ser, Tigre~

Maianne Ribeiro:
- Não, isso é maldade! - ri.

Suki:
- Tarde demais~

- Já somos más. - Becca ri.

Maianne Ribeiro:
- Droga... Eu só posso aceitar, senão perco a cabeça~

Suki:
- Exatamente. Bom garoto. - Rebecca brinca, acariciando de leve um dos braços dele.

Maianne Ribeiro:
Ele apenas ri, entrando na sala de jantar.
- Ta-da, chegamos!

Suki:
- Obrigada~ Agora me coloca no chão bem devagar, que eu não quero ir direto não!

Maianne Ribeiro:
- Pode deixar. - ele ri, bobo, ajudando a irmã a descer.

Suki:
E Leanne desce, ficando de pé com cuidado, mas ainda se apoiando nele até conseguir
se sentar sobre os próprios calcanhares desajeitadamente.

- Valeu, Tigre.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - murmura. - ...tem que sentar assim pra comer? Não sei se consigo...

Suki:
- ...bom, é... é hábito aqui. Ao menos pra mim. - comenta.

- Tem, Lucca, por deus. - Rebecca provoca, revirando os olhos ao se sentar do outro
lado da mesa. - Você ao menos saiu do quartel, esses anos todos?

Maianne Ribeiro:
- N-não muito. - murmura, sem jeito.

Suki:
- Percebi. - a soldado ri.

- Você pode sentar de pernas cruzadas, também, Tigre. - Leanne murmura, tentando
confortá-lo. - É... meio sem educação, mas...

Maianne Ribeiro:
- ...eu vou tentar sentar do jeito certo. - resmunga, se ajeitando ao lado da irmã.

Suki:
- Boa sorte, quanto maior a gente é, maior o peso nas pernas~

Maianne Ribeiro:
- Se eu não conseguir levantar depois, vocês vão ter que me carregar. - ri.

Suki:
- Do jeito que você é pesado? Vai ficar largado no chão~

- Rebecca...!

Maianne Ribeiro:
- Você abandonaria seu namorado assim?!

qualquersuki:
Suki:
- Sem olhar pra trás. - brinca, assentindo com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Que maldade..! - exclama, fingindo estar horrorizado.

Suki:
- Não me arrependo~

Maianne Ribeiro:
- Quebrou meu coração!
Suki:
- Não, não diga isso, tenente! - Rebecca pede, dando a volta na mesa para abraçá-
lo.

- Vocês são um casal lindo. - diz, suspirando de leve.

Maianne Ribeiro:
- Digo sim! - ri, bobo. - E obrigado, Lea~

Suki:
- De nada.

- Um dia você e o Shogun vão ser um casal lindo assim também~ - Rebecca provoca.

Maianne Ribeiro:
- Tão lindo quanto a gente é impossível~

Suki:
- Eles podem chegar perto~

Maianne Ribeiro:
- Ah, perto chegam. - ri.

Suki:
- Não muito. - e pisca um dos olhos.

Maianne Ribeiro:
- Claro~ - ri. - Que nem a gente, só a gente!

Suki:
- Exatamente. Nem cópias seriam boas assim~

Maianne Ribeiro:
- Claro, só os originais que valem!

Suki:
- Vocês são ridículos. - Leanne diz, revirando os olhos.

Maianne Ribeiro:
- Ridiculamente fofos!

Suki:
Ela hesita, mas acaba por rir, negando com a cabeça. Quando os empregados aparecem
servindo a comida, porém, Leanne fica prontamente mais séria, agradecendo em voz
baixa.

Maianne Ribeiro:
O rapaz imita a irmã, mantendo a seriedade e agradecendo.
- ...a comida daqui é tão diferente... - sussurra.

Suki:
- É muito melhor. - ela suspira.

- Eh. Mais saudável, sim, mas falta gordura e sal. - Rebecca dá de ombros.

Maianne Ribeiro:
- Preciso concordar. Não é ruim, claro, mas... - ri.

Suki:
- Mas vocês precisam aprender a comer comidas verdadeiramente boas, e não
artificialmente boas. - Leanne resmunga.

Maianne Ribeiro:
- Por que não as duas? - ri.

qualquersuki:
Suki:
- Porque não tem essa opção aqui, no momento. - provoca.

Maianne Ribeiro:
- Droga! - ele ri, começando a comer.

Suki:
- Aproveite e agradeça o que tem. - Leanne diz, falsamente pomposa.

Maianne Ribeiro:
- Não vou reclamar mesmo, tá gostoso. - ri.

Suki:
- Assim espero. - brinca.

Maianne Ribeiro:
- Ei, eu não sou ingrato, tá?

Suki:
- Isso eu sei, e não foi o que eu quis dizer!

Maianne Ribeiro:
- Ufa. - ele ri.

Suki:
- Eu só quis dizer que você devia focar mais em aproveitar a comida daqui ao invés
de pensar nas inglesas.

Maianne Ribeiro:
- Tudo bem, tudo bem, eu aceito. - ri.

Suki:
- Então come. - brinca.

Maianne Ribeiro:
- Tô comendo, ora! - ri.

Suki:
- Come direito, que esse pratinho aí não enche nem o espaço da sua unha, Lucca!

Maianne Ribeiro:
- Eu sei, por isso que vou repetir. - ri.

Suki:
- Ele vai repetir umas dez vezes. Pode ficar tranquila que, podendo comer, o Lucca
vai fundo. - Rebecca tranquiliza.

Maianne Ribeiro:
- Não sei se repito dez não, mas... - ri.

Suki:
- Uns dois já são o suficiente.
Maianne Ribeiro:
- Uns três, vai? Posso? - ri.

Suki:
- Quantos você quiser, Lucca! - ela ri também.

Maianne Ribeiro:
- Eba, feliz~

Suki:
- Em breve feliz e de barriga cheia~

Maianne Ribeiro:
- A melhor coisa~

qualquersuki:
Suki:
- A melhor eu não sei, mas é muito boa. - ela ri.

Maianne Ribeiro:
- Ah vai, o que é melhor que estar feliz e de barriga cheia?! - ri.

Suki:
- Estar com quem a gente ama, feliz e de barriga cheia!

Maianne Ribeiro:
- ...você tem um ponto. - ri.

Suki:
Ela pisca um dos olhos, charmosa.

- Eu sei que tenho ~

Maianne Ribeiro:
- Você tá sempre certa, afinal~

Suki:
- Aprendeu bem!

Maianne Ribeiro:
- Sou esperto, ora. - ri.

Suki:
- Isso você é, mesmo. Nós dois somos.

Maianne Ribeiro:
- Claro que sim, irmã minha tem que ser esperta. - ri.

Suki:
- Aprendi com você~

Maianne Ribeiro:
- De nada~

Suki:
- Obrigada, Tigre~

Maianne Ribeiro:
Ele ri, bobo, terminando mais um prato.
- Família feliz~

Suki:
- ...é... - murmura, o sorriso diminuindo até desaparecer do rosto.

Maianne Ribeiro:
- ...o que foi? - ele franze a testa.

Suki:
- ...lembrando da mamãe. E... e do Mitsuo.

Maianne Ribeiro:
- Quem é Mitsuo..? - pergunta.

Suki:
- ...era... era meu pai. E é o nome do meu filho.

Maianne Ribeiro:
- Seu... Pai? - ele hesita. - Pera, o líder da yakuza?!

Suki:
Ela assente com a cabeça, empalidecendo.

- ..a...a m-mamãe matou ele.

Maianne Ribeiro:
Ele engole em seco.
- Você via ele como pai..? Mas ele não era pai do Shogun?

Suki:
- A...a gente começou como.... como irmão, mas... - Leanne ri baixinho, fraca.
- ...não durou muito. E... e o papai aceitou, e... e continuou me tratando igual
filha...

Maianne Ribeiro:
- ...e o seu filho. Mitsuo, é..? - sussurra.

"Até um yakuza é melhor que aquele monstro do Bartolomeu..."

qualquersuki:
Suki:
- É-é. - murmura, secando o rosto, atrapalhada. - O... o mesmo nome do papai...

Maianne Ribeiro:
- ...me fala dele. Me fala do Mitsuo. O teu filho.

Suki:
- É a criança m-mais linda do mundo... - ela ri, trêmula.

Maianne Ribeiro:
- É... - ele sussurra, afagando a mão dele. - Eu quero conhecer meu sobrinho um
dia.

Suki:
- P-pra... pra levar ele pro exorcismo que nem fez comigo? - diz, puxando a mão de
volta. - D-de jeito nenhum...

Maianne Ribeiro:
Ele engole em seco, desviando o olhar.
- ...eu... Eu não faria isso...

Suki:
- M-mas fez comigo... - e ri, fraca, tentando se levantar, apoiando o corpo nos
braços.

Maianne Ribeiro:
- ...É. Fiz. - sussurra, se levantando pra apoiar a irmã. - Mas eu acho que foi a
escolha errada.

Suki:
- E-eu p-preciso descansar... - é tudo que Leanne diz, cabisbaixa.

Maianne Ribeiro:
- Eu te levo pro quarto. - sussurra, pegando a irmã no colo.

Suki:
- Mm. Obrigada, Lucca... - diz, quase sem voz.

Maianne Ribeiro:
- De nada, leoa. - sussurra, carinhoso, apertando o abraço ao redor dela enquanto a
levava de volta. "Que ela não piore..!"

Suki:
Leanne se mantem silenciosa durante todo o tempo, piscando devagar enquanto chorava
em silêncio, perdida em lembranças.

Maianne Ribeiro:
O rapaz enfim entra no quarto com ela, deitando a irmã gentilmente antes de secar
suas lágrimas.
- Ei. Eu te amo, tá?

Suki:
- Mm. Eu também... - sussurra, fechando os olhos com o toque dele.

Maianne Ribeiro:
- Descansa. - sussurra. - Quer que eu fique aqui..?

Suki:
- N-não precisa. A... a Rebecca ficou sozinha..

Maianne Ribeiro:
- Tá. Mas de manhã a gente come junto de novo, tá bom?

Suki:
- T-tudo bem. - murmura. - Até... até amanhã, Tigre...

Maianne Ribeiro:
- Até, Lea. Boa noite. - murmura, se afastando.

qualquersuki:
Suki:
"Boa noite... Até parece...", pensa, frustrada.

Maianne Ribeiro:
E no meio da madrugada, uma companhia inesperada: Ichiro entra no quarto de Leanne
silenciosamente, assumindo a forma de dragão pra dormir ao lado dela...
Suki:
Em algum momento ela desperta, confusa e desorientada, e encontra o dragão ao seu
lado. Com isso, a mulher hesita, mas acaba por rir baixinho, se ajeitando para
envolvê-lo com os braços carinhosamente...

- ...eu te amo... - sussurra.

Maianne Ribeiro:
Apesar de não responder, adormecido, o rapaz se aninha mais nos braços dela,
confortável...

Suki:
Isso é o suficiente para que Leanne ria baixinho novamente, relaxada e confortável,
não demorando a voltar a adormecer.

Maianne Ribeiro:
Quando ela acordasse, o dragão ainda estaria ali, confortável demais pra despertar
cedo...

Suki:
"Porra, Shogun, assim eu nunca vou querer sair daqui...", pensa, boba, se limitando
a afagar-lhe as escamas em silêncio, aproveitando o momento dos dois e esperando
ele despertar.

Maianne Ribeiro:
O rapaz acordaria quase no meio da manhã, bocejando de leve.
- Bom dia... - sussurra baixinho.

Suki:
- Bom dia... - responde, carinhosa, beijando a cabeça dele.

Maianne Ribeiro:
- Mm... Começando o dia bem. - sorri. - Como se sente?

Suki:
- Descansada como há muito não ficava. - responde, passando o nariz pelas escamas
dele como costumava fazer por seu rosto. - E você? Pela hora em que acordou, acho
que do mesmo jeito.

Maianne Ribeiro:
- Exatamente. - ele ri baixinho. - Com fome? Eu posso trazer o café.

Suki:
- Eu prometi pro Lucca que comeríamos todos juntos na mesa. - murmura. - ...mas a
essa hora ele já deve ter comido com a Rebecca. - e ri.

Maianne Ribeiro:
- Se o seu irmão for que nem você, ele só beliscou alguma coisa, no máximo. - ri.

Suki:
- Você acha? - murmura, hesitante. - É melhor eu ir atrás dele pra perguntar...

Maianne Ribeiro:
- Eu posso te levar até o quarto dele, se quiser.

qualquersuki:
Suki:
- ...não é incômodo? Você tem trabalho, Shogun, e eu sou pesada... - ela suspira.
Maianne Ribeiro:
- Se fosse incômodo, eu não teria oferecido. - ri.

Suki:
- Pra mim? Teria sim. - responde, esboçando um sorriso de canto.

Maianne Ribeiro:
- Não, não teria, porque nunca é incômodo. - e pisca um olho.

Suki:
Isso faz Leanne corar e rir baixinho, balançando a cabeça.

- ...vira gente e me dá um beijo de bom dia, vai~

Maianne Ribeiro:
O rapaz logo surge diante de Leanne, beijando-a de leve.
- Bom dia de novo...

Suki:
- ...bom dia, meu amor... - diz, baixinho, uma das mãos indo afagar o rosto dele.

Maianne Ribeiro:
- ...dá vontade de nem sair daqui, mas a fome tá apertando. - ri.

Suki:
- Droga. - ela ri também. - É melhor a gente ir.

Maianne Ribeiro:
- Melhor mesmo. - sorri, tomando a garota nos braços.

Suki:
- Shogun...! Eu posso ir andando, não precisa disso!

Maianne Ribeiro:
- Tem certeza que consegue? - pergunta.

Suki:
Ela assente com a cabeça.

- Mas vou precisar do seu apoio. Tem problema irmos mais devagar?

Maianne Ribeiro:
- Claro que não. - sorri, colocando-a no chão com cuidado. - Vamos no seu ritmo.

qualquersuki:
Suki:
E ele percebe o corpo de Leanne se tensionando, a mulher hesitando antes de
estabilizar o próprio equilíbrio.

- Acho que dá. - murmura, passando o braço pelos ombros dele para se apoiar e
mantê-lo perto de si.

Maianne Ribeiro:
- Se precisar que eu te carregue, é só falar. - murmura.

Suki:
- Aguentar apoiar o meu peso é o suficiente. - ela assente com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Tudo bem, então. - sorri, guiando-a pra fora.

Suki:
- Obrigada, Shogun. - murmura, os passos desequilibrados, hesitantes.

Maianne Ribeiro:
- De nada, Lea. - murmura, gentil. "É difícil ver ela assim..."

Suki:
- Mm. Se importa se comermos um pouco mais hoje? - pergunta, baixinho. - Eu tô me
sentindo raquítica...

Maianne Ribeiro:
- O quanto quiser. - ri. - Não se preocupe.

Suki:
- Eu me preocupo. - e suspira. - Eu sei que pra você não é nada, mas eu sei o
quanto cada garfada custa.

Maianne Ribeiro:
- Você realmente não precisa se preocupar. - diz, gentil. - Uma das maiores fontes
de renda da família foi ideia sua, inclusive.

Suki:
- Mesmo....? - pergunta, baixinho. - ...bom, se... se é assim, eu... eu me sinto
mais a vontade de estarmos aqui com o Lucca, a Becca e a Mali...

Maianne Ribeiro:
- Mesmo. - ele ri de leve. - Se não fosse por você, as coisas seriam bem
diferentes.

Suki:
- Piores...? - pergunta, hesitante.

Maianne Ribeiro:
- Com certeza. No mínimo, mais incertas e perigosas.

Suki:
- ...chega de dúvidas e perigos pra minha vida, por favor... - ela suspira,
estremecendo.

Maianne Ribeiro:
- Por favor. - repete, suspirando.

Suki:
- Você sempre se tensiona nessas horas. - murmura, preocupada.

Maianne Ribeiro:
- Mm... Eu me preocupo. Com você, com a família toda.

qualquersuki:
Suki:
- Nós estamos bem desse lado. E tenho certeza que no seu também está tudo sob
controle. - diz, gentil.

Maianne Ribeiro:
- Assim espero. - ele ri baixinho, parando diante da porta de Lucca e Rebecca.

Suki:
Leanne ri baixinho também, erguendo um dos pés para bater de leve na porta, se
desequilibrando e apoiando mais o próprio peso em Shogun.

- Tigre, Rebecca, bom dia!

Maianne Ribeiro:
- Lea! - o rapaz logo abre a porta, sorrindo abertamente. - Leeeea, eu tava te
esperando!

Suki:
- Eu dormi demais, desculpa. - murmura, corando de leve.

Maianne Ribeiro:
- Só desculpo se a gente for tomar um café reforçado. - ri.

Suki:
- Mais que reforçado, eu prometo. Até porque eu tô precisando recuperar peso.

- Eu e o Lucca podemos te vigiar pra isso! - Rebecca diz, sorridente, aparecendo na


porta. - Bom dia, Shogun.

Maianne Ribeiro:
- Deixa que a gente monta uma dieta de engorda! E bom dia pra você também, Shogun.

- Bom dia, Lucca, Rebecca. - sorri.

Suki:
- Eu preciso recuperar massa, não só engordar. - ela suspira.

- A gente também pode cuidar disso!

Maianne Ribeiro:
- Exatamente, basta a gente puxar uns treinos! - sorri. - Shogun, tem algum lugar
aqui que dê pra fazer exercício?

- Sim, tem um dojo. Vai servir. - ele assente com a cabeça.

Suki:
- Lucca, eu preciso de exercícios _leves_ de início. Como fisioterapia.

- Leanne, você não vai fugir da gente, não adianta!

Maianne Ribeiro:
- Um passo de cada vez. - Shogun ri. - Fisioterapia primeiro, treino depois, quando
ela estiver melhor.

qualquersuki:
Suki:
- O Lucca já quebrou uma perna, uma vez. A gente vai saber cuidar dela do começo
até o final, prometo.

- Difícil imaginar ele de gesso. - Leanne brinca.

Maianne Ribeiro:
- Foi uma tortura. - ele resmunga. - Eu queria voltar a me mexer!

Suki:
- Eu entendo a sensação, já tive que usar gesso uma vez. - ela responde, fazendo
uma careta. - O Shogun tinha que me levar pra cima e pra baixo!
- Ele parece uma boa muleta, mesmo~

Maianne Ribeiro:
- Pra isso eu sirvo, ao menos. - brinca, piscando um olho, um sorriso de canto no
rosto.

Suki:
- Pra alguma coisa tem que servir~ - responde, claramente brincando, rindo de leve.

- Ele serve pra muito, tá legal? - a maior resmunga. - Não é que nem o Lucca~

Maianne Ribeiro:
- Ei, assim ofende! - Lucca gargalha. - Maldade!

Suki:
- Eu posso, eu sou irmã!

Maianne Ribeiro:
- Só pode por isso. - ri. - Agora vamos, vamos comer!

Suki:
- Vamos, mas sem pressa, por favor! Eu ainda estou me reacostumando a andar.

- Não tem pressa nenhuma, Leoa, não se preocupa.

Maianne Ribeiro:
- Relaxa, a gente vai devagarinho. Você precisa se reacostumar ainda. - sorri.

Suki:
- Obrigada, vocês três são muito compreensivos.

Maianne Ribeiro:
- É muito amor. - Lucca ri.

- Nem me fale... - Shogun solta um risinho.

Suki:
- É, é muito amor sim. - ela ri.

Maianne Ribeiro:
O rapaz sorri, afagando os cabelos da irmã de leve.
- Leoazinha~

Suki:
- Rawr~

Maianne Ribeiro:
- Rugido mais fofo do mundo!

qualquersuki:
Maianne Ribeiro:
Ele ri, bobo, fazendo outro afago em Leanne.

- Chegamos, pra acalmar os rugidos dos estômagos. - Shogun brinca, entrando na sala
de jantar e indo ajudar Leanne a se sentar.

Suki:
- Obrigada, Shogun. - murmura baixinho, se sentando sobre os calcanhares com alguma
dificuldade. - Meu estômago já ia começar a reclamar, mesmo.

Maianne Ribeiro:
- O de todos nós, aposto. - ele ri de leve, sentando ao lado dela.

Suki:
- Provável, provável. - diz, afagando a coxa dele.

Maianne Ribeiro:
O rapaz sorri, afagando a mão dela. A comida logo é servida para os quatro, as
porções fartas.

Suki:
- Obrigada por ter pedido para capricharem. - Leanne diz, gentil, beijando o rosto
de Shogun.

- Nós estávamos precisando de um reforço, mesmo.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - ele sorri, gentil. - Comam o quanto precisarem. Tem mais, se precisar.

- Eu acho que vai ser suficiente, senão eu vou virar uma bolinha. - Lucca ri.

Suki:
- Bom, tem espaço o suficiente pra vocês dois voltarem a se exercitar, se quiserem.
E podemos providenciar o que mais quiserem, também, certo? - diz, encarando o
marido.

Maianne Ribeiro:
- Sim, é claro. - ele assente com a cabeça. - Podem usar a mansão como precisarem.

Suki:
- Obrigada. - murmura, encostando a testa no ombro dele, gentil.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - ele sussurra baixinho, afagando o rosto dela. - A família da minha
esposa também é minha família.

Suki:
- Tem certeza disso...? - pergunta baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Tenho. - ele assente com a cabeça.

qualquersuki:
Suki:
- ...obrigada. Você é incrível. - murmura, baixinho.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - ele sorri, gentil, continuando o carinho.

Suki:
- Assim eu vou querer ficar aqui, não comer... - brinca, manhosa.

Maianne Ribeiro:
- Pode ficar aqui e comer, ora. - ri.

Suki:
- Assim? Eu vou sujar sua roupa toda. - brinca.
Maianne Ribeiro:
- Depois eu troco. - ri.

Suki:
Ela suspira.

- Não tem como discutir com você mesmo. - brinca.

Maianne Ribeiro:
- Não, não tem. - ele pisca um olho.

Suki:
- Que ousadia. - brinca, beijando o rosto e o pescoço dele várias vezes,
brincalhona.

boredmai:
Mai:
Ele ri baixinho com o carinho. "Isso é tão bom..."

Len:
- Agora eu vou voltar a usar a minha boca pra comer, se você não se importar~ -
diz, boba, voltando a prestar atenção na refeição.

Mai:
- À vontade. - ele ri de leve, voltando a comer também.

Len:
- Vocês são um casal lindo. - Rebecca diz, gentil. - Parecem feitos um pro outro.

Mai:
- Obrigado. - ele sorri.

- Mas nós ainda somos um casal mais bonito! - Lucca resmunga, provocando.

Len:
- Você quieto já tá errado, Tigre, shiu~ - Leanne responde, também provocando.

Mai:
- Eeeei, maldade!

Len:
- Então eu sou má. - e dá de ombros, rindo de leve.

- Definitivamente, feitos um para o outro~

Mai:
- É malvada mesmo, muito malvada! - brinca, risonho.

Len:
- Você não viu nada ainda ~ - e mostra a língua.

- Nem quer ver!

Mai:
- Não quero mesmo, assim tá bom já. - ri.

Len:
- Ahhh, droga. Vai sobrar pra você, mesmo, Shogun~
Mai:
- Eu aguento. - o homem ri de leve.

Len:
- Tem certeza?

- Olha a cara dele, Leoa. Ele aguenta qualquer coisa por você.

"Ou assim eu espero, senão o Lucca vai ficar puto."

Mai:
- Com toda a certeza do mundo. - Shogun sorri.

Len:
- Não exagere. Eu nem mereço tanto assim. - resmunga, acotovelando o marido de
leve.

Mai:
- Merece isso e muito mais. - ri.

Len:
- Ah, é ~? Quero um colar de pérolas de sereias, então ~ - brinca.

Mai:
- Pode deixar. - ele ri.

boredmai:
Len:
- ...Shogun, você tem ideia do quão difícil é fazer sereias aceitarem uma pessoa de
fora? - pergunta, ainda rindo. - Ainda mais se você for atrás das pérolas favoritas
delas?!

Mai:
- Tenho. Mas eu dou um jeito. - e pisca um olho.

Len:
- Ichi-- - ela faz menção de reclamar, mas hesita, o rosto mais pálido antes de
desviar o olhar.

- ...vocês... Vocês tão falando de sereias de verdade...? - Rebecca pergunta,


surpresa. - Meio peixe, lindas, que vivem no mar e encantam pescadores e barcos?

- Sereias são vegetarianas, elas só encantam barcos pra desviar as rotas do


território delas!

Mai:
- Sim, estamos. - murmura, franzindo a testa. - Tá tudo bem, Lea..?

Len:
- Tudo sim, Shogun. Eu só me distraí por um segundo. - responde com um riso sem
jeito.

- Ichi...? - Rebecca pergunta baixinho para Lucca.

Mai:
- ...você pode me chamar pelo meu nome. - ele sussurra baixinho pra ela.

Lucca dá de ombros. "Não faço ideia.


Len:
Isso faz Leanne estremecer, comprimir os lábios e negar com a cabeça, mais pálida.

"Uma estranha não pode chamar o patriarca pelo nome, menos ainda na frente de
outras pessoas."

Isso faz a soldado cruzar os braços, fuzilando Shogun com o olhar.

"Deixa ela em paz."

Mai:
Shogun apenas suspira, afagando os cabelos dela.
- Tudo bem. Tá tudo bem. - sussurra.

Len:
- Eu sei. Eu sei. Desculpe te preocupar, Shogun. - murmura, rindo de leve antes de
balançar a cabeça negativamente.

- Me fala mais sobre as sereias. - pede.

- Ah, eu era amiga de várias! Eu e o Lucca vivíamos na praia!

Mai:
- É... Era divertido, elas eram legais. - Lucca sorri de leve.

Len:
- Eu ti... - ela hesita. E então devolve a comida para o prato, o rosto mais pálido
enquanto ela estremecia.

- Leanne...? - pergunta, preocupada.

Mai:
- ...Lea? O que foi? - Lucca engole em seco.

boredmai:
Len:
- ...eu tinha brincos de pérolas que elas me deram. - sussurra. - Ficaram...
Ficaram no apartamento do... Do... - e engole em seco, as mãos se cerrando no
próprio colo enquanto Leanne tensionava os ombros.

- Calma. O seu marido vai conseguir novos, dessa vez com um colar também. Ele pode
ir lá falar com as suas amigas, até, se você quiser. - diz, sorrindo suavemente. -
Tenho certeza que elas sentem saudades. - adiciona, arrancando um risinho fraco da
bruxa.

Mai:
- Exatamente. Deixa comigo. - Shogun sussurra baixinho, afagando os cabelos dela. -
Você vai ficar ainda mais linda com pérolas...

Len:
- E-eu não tô linda tem tempo, Shogun... - murmura, desviando o olhar. - E-eu tô
ossuda, toda áspera, e meu cabelo parece que vai cair... - e ri, agora mais triste.

- Eu e o Lucca vamos cuidar disso, pode deixar.

Mai:
- Nós todos vamos. - diz baixinho. - E você é linda de qualquer jeito.
Len:
- O amor deixa a gente burro e cego. - brinca.

Mai:
- Eu não estou burro nem cego, isso eu garanto. - ele ri de leve.

Len:
- Por mim, está sim. Não tenho dúvidas. - responde, balançando a cabeça
negativamente.

Mai:
- Eu te amo, ora. - ri.

Len:
- Por isso eu disse o que disse.

Mai:
- Concordamos em discordar, então. - sorri.

Len:
- Você tá errado, mesmo. - e dá de ombros.

Mai:
- Concordamos em discordar. - repete, beijando o rosto dela.

Len:
- Segue errado~ - e ri baixinho.

- Shogun, quando a sua mulher diz que você está errado, só tem uma resposta certa,
e ela é 'sim, senhora'. - Rebecca provoca.

Mai:
O rapaz ri, balançando a cabeça.
- Sim, senhora...

Len:
Isso faz Leanne rir mais, mais alto e mais solta, passando o nariz pelos cabelos de
Shogun antes de encher o rosto dele de beijos.

- Bom garoto~

Mai:
- O melhor de todos. - e pisca um olho.

Len:
- O melhor dos melhores. - diz, apaixonada.

- Você fica toda derretida com ele. Nem parece irmã do Lucca. - provoca

Mai:
- Ele também fica derretido com você, então acho que parece sim. - Shogun provoca.

boredmai:
Len:
- Counter~ - Leanne brinca.

- Ei, maldade!

Mai:
- Deve ser de família, então. - Lucca ri. "Apesar de que a mamãe nunca foi babona
com o papai... nem vice-versa, mas isso já era esperado."

Len:
- Provavelmente. A gente é igualzinho. - Leanne ri. - Só o gosto por cabelo que é
diferente, né, o meu é melhor~

- Até porque qualquer coisa é melhor que zero. - responde, passando a mão sobre a
cabeça de Lucca como se a lustrasse.

Mai:
- Ei, deixa meu estilo! - ele ri, bobo.

Len:
- Sua falta de estilo, né, Tigre. Estiloso aqui só o meu marido~

Mai:
- Ei, nada disso, eu sou estiloso! - ri. - Só não tenho oportunidade de mostrar!

- Então nós vamos resolver isso. - Shogun sorri de canto. - Você só precisa de
oportunidade, certo?

Len:
- Eu não vou ajudar em nada, se é assim. - Leanne ergue as mãos.

- Nem eu. Ele vai escolher tudo sozinho. - resmunga, cruzando os braços.

Mai:
- Quero só ver. - ele ri.

- P-pois vai ver! - Lucca resmunga. "Puta merda, tem anos que eu só me visto de
uniforme..!"

Len:
- Sem ajuda de ninguém. Nem da Mali! - adiciona.

- Maldade, Leoa~

Mai:
- Vai ver! Eu vou ficar mais estiloso que o Shogun!

Len:
- Vou pagar pra ver. - provoca, sorrindo de canto.

Mai:
- Paga, é? Vai fazer o que quando eu ficar bonitão~?

Len:
- Te levar pra um dia de spa~

Mai:
- Combinado! - ri. - Já vou me preparar~

Len:
- Boa sorte, Tigre~

Mai:
- Não vou precisar~
"VOU SIM!"

Len:
- Só quero ver conseguir ser mais estiloso que o Shogun. - e pisca um dos olhos. -
Isso porque você nem viu ele arrumado pra me levar pra sair, ainda!

- Uau, essa versão dele é o pavão de penas fechadas, ainda~?

boredmai:
Mai:
- Mas é claro. Eu não fico me exibindo por aí. - ele pisca um olho.

Len:
- Imagina se se exibisse! - Rebecca provoca.

Mai:
- Um dia vocês verão. - ri.

Len:
- Não, não verão. A gente não tem como casar de novo. - Leanne brinca.

Mai:
- De fato. Mas um dia, numa festa, quem sabe. - ri.

Len:
- Quando formos comemorar dez anos de casados, talvez? - pergunta, encantadora.

Mai:
- Será uma ótima oportunidade. - sorri.

Len:
- Eu só quero ver o que você vai fazer, quando chegar. - ela ri.

Mai:
- Quando chegar, você vai ver. - e pisca um olho.

Len:
- Pela sua expressão, já vai começar a planejar desde já. - Rebecca provoca.

- Eu não duvido!

Mai:
- Claro. - ele ri, piscando um olho.

Len:
- São muitos anos até lá, Shogun. - Leanne nega com a cabeça.

Mai:
- Tempo o suficiente pra planejar.

Len:
- Tempo o suficiente até pra replanejar!

Mai:
- Ótimo, melhor assim. - ri.

Len:
- Ara ara~ - diz, pela primeira vez desde o exorcismo. - Só quero ver, Shogun~
Mai:
- Vai ver. - e pisca um olho. - Só precisa esperar alguns anos.

Len:
- É muito tempo~

Mai:
- Que pena. Vai precisar esperar do mesmo jeito~

Len:
Ela infla as bochechas, mas acaba por rir baixinho, boba.

- Eu sei, eu sei. Mas é que te ver arrumado é sempre um evento. - admite.

Mai:
- Eu posso me arrumar quando você quiser. É só pedir~

Len:
- Sem putaria na mesa, por favor, vocês dois! - Rebecca pede, dando um tapinha na
mesa.

Mai:
- Desculpe, desculpe. - ele ri.

Len:
- Shogun...! Não era putaria! - Leanne responde, corando.

Mai:
- Eu sei, eu sei, mas achei melhor parar. - ri.

Len:
Ela cruza os braços, corando um pouco mais e desviando o olhar.

- Come, vai, Leoa, que você falou demais e mastigou de menos~

boredmai:
Mai:
- De fato. Você precisa recuperar suas forças. - ri.

Len:
- Tudo bem, tudo bem. - ela ergue as mãos em sinal de inocência. - Eu comi o
suficiente, mas vou tentar colocar um pouco mais pra dentro.

Mai:
- Não precisa forçar, mas se aguentar mais um pouco, melhor. - sorri, gentil.

Len:
Ela assente com a cabeça.

- Sem passar mal, prometo. Não quero dar trabalho.

Mai:
- O trabalho não é o problema, é você passar mal mesmo. - suspira.

Len:
- São dois problemas.

Mai:
- Trabalho não é problema, já disse.
Len:
- Eu sei, eu sei. - ela suspira, passando a mão pelos cabelos. - ...mas eu me sinto
uma estranha, e é difícil me sentir a vontade assim. - admite, baixinho.

Mai:
- Você não é uma estranha. É minha esposa, lembra?

Len:
- Eu sei. Mas não sei. - murmura.

- ...é... normal, depois do exorcismo. - Rebecca explica, esticando a mão para


alcançar Leanne, tentando confortá-la. - Confusão sobre quem se é, o que se é, pra
que se está.

Mai:
- Você vai se encontrar de novo. Eu tenho certeza.

Len:
- ...eu sei. - ela assente com a cabeça, colocando um pouco de comida na boca e
visivelmente encerrando o assunto.

Mai:
Ele suspira, afagando os cabelos dela, gentil. "Ah, Lea..."

Len:
- ...obrigada, Shogun. - murmura, colocando a mão em uma das coxas dele.
- ...aguente só mais um pouco, por favor.

Mai:
- O tempo que precisar. - diz, gentil.

Len:
- ...jura? - pede, baixinho.

Mai:
- Eu juro. - sorri, gentil.

Len:
Isso faz Leanne sorrir de volta, beijando o rosto dele carinhosamente.

- Obrigada, Shogun.

Mai:
- De nada, Lea. - sorri, carinhoso.

Len:
"Assim é difícil ficar me sentindo mal...", pensa, boba.

Mai:
Enfim, o rapaz termina de comer, suspirando.
- Eu preciso ir resolver algumas coisas, mas volto assim que puder. Tudo bem?

boredmai:
Len:
Leanne assente com a cabeça.

- Não precisa ter pressa. O Lucca pode me apoiar de volta pro quarto.
Mai:
- Tudo bem. Até mais tarde, Lea. - sorri, gentil.

Len:
- Até, Shogun. Tenha um bom dia. - ela acena de leve.

Mai:
- Pra vocês também. - sorri, se afastando.

Len:
E assim que ele se afasta, o sorriso de Leanne se torna mais triste, a garota
empurrando o prato de comida pra frente.

- É melhor eu voltar a dormir.

- Você não pode ficar mais um dia largada na cama, Leoa!

Mai:
- Isso, chega de cama. - Lucca resmunga. - A gente vai explorar a casa!

Len:
- Não, Lucca, eu vou ficar deitada.

- Então a gente vai ficar com você. - ela dá de ombros.

Mai:
- Resolvido, então. Vou ficar enchendo teu saco o dia todo!

Len:
- Eu vou dormir de qualquer jeito. - resmunga.

- Isso é um desafio?!

Mai:
- Olha que a gente te mantém acordada~

Len:
- Vocês não tem nada melhor pra fazer, não?!

Mai:
- Não. - ri.

Len:
- Lucca...!

- É verdade, ora!

Mai:
- É a mais pura verdade. - ri.

Len:
- Tudo bem, então, me carreguem pra cima e pra baixo!

Mai:
- Pode deixar, a gente carrega. - ri.

Len:
- Não é literalmente. - resmunga.
- Mas se precisar a gente faz também!

Mai:
- Exatamente. Até porque você ainda tá se recuperando. - sorri.

Len:
- Eu consegui andar até aqui. Com apoio, mas consegui!

Mai:
- Então a gente te apoia por aí!

Len:
- Tudo bem, tudo bem. - ela ri de leve.

boredmai:
Mai:
- A gente pode ver o tal dojo. - comenta.

Len:
- Não esperem nenhuma academia equipada. - suspira. - Os dojos são bem simples.

Mai:
- Eh, se dá pra treinar, tá ótimo!

Len:
- Eu posso pedir pra providenciarem o que vocês quiserem.

- Uns pesos, talvez, mas acho que é só.

Mai:
- É o suficiente, sim. - sorri.

Len:
- A gente vê. - e assente com a cabeça.

Mai:
- Vai começar a puxar peso com a gente~ - provoca.

Len:
- Eu nunca fui de puxar peso, Lucca!

Mai:
- Vai começar~

Len:
- Eu não vou começar nada!

Mai:
- Vai sim~

Len:
- Lucca!

- Tudo bem, então você vai começar a puxar elástico!

Mai:
- Tá valendo. - ele ri baixinho.

Len:
- Tudo bem, tudo bem. - ela ri baixinho.

Mai:
- Ótimo. - ele ri, afagando os cabelos dela. - Vamos passear!

Len:
- Então me apoia pra eu ficar em pé. - diz, estendendo os braços.

Mai:
- Xa comigo. - ele ri baixinho, ajudando a irmã a se levantar.

Len:
Leanne resmunga, mas quando enfim se estabiliza de pé e consegue apoio no irmão,
ela sorri aliviada.

- Vamos.

Mai:
O rapaz sorri, guiando-a pra fora.
- Suas memórias tão voltando mais, não é? - murmura.

Len:
- Aos poucos... - ela concorda. - Não tem sido doloroso lembrar, na maioria das
vezes...

Mai:
- Isso é bom. É progresso, eu acho. - sorri.

Len:
- É, é sim. - e sorri de volta. - Eu gosto da vida que tive.

Mai:
- A vida que você teve, eh..? - murmura, suspirando. - Então, se você era filha do
patriarca... Você conheceu a matriarca também, né?

Len:
- A Setsuna, né? - ela assente com a cabeça. - A melhor mãe do mundo, que a mamãe
não me escute. - e ri baixinho, boba.

Mai:
- Ah, isso é impossivel. - ri. - Ela parecia gentil, ao menos.

Len:
- Muito gentil! Eu só vi ela brava uma vez, em todos esses anos!

Mai:
- Uma vez só? Uau. - ri. - É um anjo, então.

Len:
- Nem fala. E olha que eu aprontei, hein!

Mai:
- Aprontou, é? Me conta. - ri.

boredmai:
Len:
- Nem sei por onde começo. - brinca, começando a falar sobre as peripécias que
fizera durante sua adolescência, algumas inclusive usando o filho como desculpa...
Mai:
- ...ok, você aprontou muito, mas muito mesmo. - ele ri, balançando a cabeça. - Não
esperava tanto!

Len:
- E ela nunca se irritou! A maior parte do tempo ela só ficava preocupada, mesmo. -
diz, rindo. - O papai que era mais resmungão e severo, mas era por amor...

Mai:
- Pelo jeito, era uma vida legal mesmo. - ele ri, sem jeito. "E a gente chegou
estragando tudo, eh..?"

Len:
- Era incrível... - diz, mais triste, baixinho. - ...a melhor de todas...

Mai:
- ...mas a gente tá reconstruindo nossa família. Certo?

Len:
- ...é. É, eu só... eu só precisei perder tudo pra isso. - e ri, fraca, o rosto
mais pálido.

Mai:
- Ei, você não perdeu tudo. - ele ri, sem jeito. - Tem eu, tem o Shogun...

Len:
- ...não é a mesma coisa. - sussurra, negando com a cabeça.

Mai:
- Nunca vai ser, mas... a gente faz o que dá. - sussurra.

Len:
"É fácil falar isso quando você destruiu a minha vida, e não o contrário."

- ...é. É o que sobrou pra fazer.

Mai:
- ...'bora. Continuar passeando. - sussurra, a cabeça baixa.

Len:
- ...vamos. Vocês precisam conhecer o dojo. - murmura, sem ânimo.

Mai:
- É. Preciso conhecer muita coisa ainda. - sussurra, acompanhando-a.

Len:
- É. As casas da família são gigantescas...

Mai:
- ...são quantas casas, afinal? - murmura.

Len:
- No país todo ou só em Tóquio? - pergunta, hesitando.

- ...tem mais?!

Mai:
- Tem casas pelo país inteiro?! - exclama.
Len:
- Acho que em outros países, também, mas nunca fui em uma delas. - comenta,
pensativa.

Mai:
- Em-- caralho, o quão poderosa é essa família..?!

Len:
- A mais poderosa do Japão. - murmura.

- Cacete, e você vivia no meio disso?!

- Não fala assim. - resmunga, baixinho

Mai:
- Não é de um jeito negativo, só que... uau. É muito poder... - sussurra.

boredmai:
Len:
- Eu não cheguei a mexer com as finanças das empresas, ou da família, mas... eu
nunca recebi um "não" quando queria comprar algo. - comenta, rindo de leve,
envergonhada. - Acho que isso já diz muito.

Mai:
- Diz, diz mesmo. Você tinha tudo. - ele ri baixinho.

Len:
- Eu nunca abusei, pelo menos não pra mim~ - diz, boba. - E assim que pude comecei
a ajudar!

Mai:
- Eu abusaria. - brinca, risonho.

Len:
- Eu sei que não. - responde, rindo.

Mai:
- Abusaria sim~

Len:
- Lucca! Eu sei que não, larga de ser bobo!

Mai:
- Nunca. - ri, bobo. - É parte do meu ser!

Len:
- Isso aí eu já sei que é mesmo ~

Mai:
- Então pronto~

Len:
- Tudo bem, Tigre, tudo bem~

Mai:
Ele ri de leve, afagando os cabelos de Leanne.
- Acho que o dojo é ali. - diz, indicando uma das salas.

Len:
- Pelo estilo das portas, é sim!

Mai:
- Faz sentido, parece um lugar especial. - ele ri de leve, abrindo as portas.
- ...é um salão enorme..!

Len:
Ela assente com a cabeça, o sorriso se abrindo no rosto, confortável.

- ...eu senti tanta falta disso... - murmura baixinho, encantada.

Mai:
- Você costumava treinar, é? Explica onde você aprendeu a lutar daquele jeito...

Len:
- Todos os dias, sem exceção! Só parei nos últimos meses da gravidez, e nos
primeiros meses do Micchi~

Mai:
- Todo dia? Isso que é dedicação. - ri.

Len:
- O papai não deixava a gente faltar sem um bom motivo. Dizia que disciplina era
importante, e era assim pra tudo. - ela ri também. - ...saudades dele.

Mai:
- ...no exército não podia faltar, mesmo. Senão levava punição. - ele ri, sem
jeito.

Len:
Isso faz Leanne parar de andar, estremecendo perceptivelmente.

- Mas a gente não tá mais lá, isso que importa. - Rebecca adiciona, fuzilando Lucca
com o olhar. - Agora vamos poder treinar juntos pra desenvolver disciplina, mesmo,
e por vontade própria~

Mai:
- ...é-é. Assim é melhor. - ele engole em seco. - Você vai poder ensinar pra gente
essas técnicas diferentes que aprendeu.

boredmai:
Len:
- ...o Shogun é melhor nisso do que eu, eu acho. - ela suspira.

- Duvido. E mesmo que seja, ele não parece ter muito tempo livre.

Mai:
- Eu quero aprender com a minha irmã, não com o Shogun. - ele resmunga.

Len:
Leanne ri baixinho.

- Tudo bem, tudo bem. Mas vai levar algum tempo até eu conseguir voltar a lutar.

Mai:
- Não tem problema, você vai só mandando enquanto isso. - ri.

Len:
- ...tem certeza disso? Eu sou uma professora bem severa. - avisa.
Mai:
- Eu tô acostumado. - ri.

Len:
Ela ergue a sobrancelha.

- Tudo bem, então. Eu acho que consigo ensinar alguma coisa de longe.

Mai:
- Tá valendo. - ri.

Len:
- Como querem começar? - pergunta, esboçando um sorriso.

Mai:
- Eu não sei. Do começo? - ri. - Acho que a gente precisa se aquecer, primeiro.

Len:
- OK. Me coloca sentadinha ali no canto, nas almofadas, que eu guio vocês.

- Já não gostei. - brinca.

Mai:
- A gente nem começou, Becca! - ri, indo ajudar a irmã a sentar.

Len:
- Eu sei, por isso mesmo~ - provoca.

Mai:
- Pff, vai ser tranquilo, relaxa!

Len:
Rebecca apenas revira os olhos.

- Bom, comecem se aquecendo e se alongando do jeito de vocês, primeiro, que eu


posso ir corrigindo e ajudando. Que tal? - Leanne pergunta, suave.

Mai:
- Beleza. - ele sorri, começando a se aquecer.

Len:
E não demora para que Lucca e Rebecca comecem a receber críticas e recomendações,
uma Leanne bastante severa - mas ainda gentil - corrigindo-os constantemente...

Mai:
O rapaz ergue uma sobrancelha, mas obedece cada um dos comandos de Leanne, atento.
"Não conhecia esse lado dela..."

Len:
- Chega, por favor....! - Rebecca pede, quase uma hora depois, exausta, fazendo
Leanne suspirar.

- Lucca, pode pedir pra um dos empregados trazer água, por favor?

Mai:
- P... Posso s-sim... - murmura, cansado, quase se arrastando até a porta. - Você
treinava a-assim..?!
boredmai:
Len:
- ...era só o aquecimento. - comenta, erguendo uma das sobrancelhas.

Mai:
- ...como assim, isso é só o aquecimento?!

Len:
- ...é só o aquecimento, oras.

Mai:
- Lea, eu já tô quebrado aqui, ainda tem mais?!

Len:
- Claro que tem, Lucca, a gente nem começou!

- Piedade, piedade, eu não aguento....!

Mai:
- Eu não sei se aguento também não... - estremece.

Len:
- ...querem parar por hoje? - pergunta, hesitante.

Mai:
- ...me dá meia hora. - murmura.

Len:
- Uma hora. - a bruxa suspira.

Mai:
- Uma hora. - murmura, assentindo com a cabeça. "Caralho..!"

Len:
- Deita aqui comigo. - Rebecca pede, se largando sobre o tatami.

Mai:
- A caminho. - murmura, indo deitar ao lado dela, ofegante.

Len:
- Acha que a gente sobrevive se continuar assim? - brinca, baixinho.

Mai:
- Não. - ri, sem jeito.

Len:
- Pensei o mesmo. - diz, nervosa.

Mai:
- Boa sorte pra gente. - ri.

Len:
- Bota sorte nisso. - sussurra.

Mai:
- A gente dá um jeito. No início do exército era bem assim. - ri.

Len:
- Não tão ruim, com certeza. - brinca.
Mai:
- Era quase tão ruim assim!

Len:
- Não, de jeito nenhum!

Mai:
- Ok, talvez um pouco menos, mas era ruim!

Len:
- Não tão, Lucca!

- Já entendemos, vocês dois. - Leanne ri.

boredmai:
Mai:
- Entenderam nada, deixa a gente encher o saco! - ri.

Len:
- Não, por favor, minhas orelhas vão cair!

Mai:
- Caem nada, relaxa~

Len:
- Lucca, você nãop pode falar por mim!

Mai:
- Droga. - ri, bobo.

Len:
- Sem droga, mocinho!

Mai:
- Não posso nem reclamar, ora..!

Len:
- Não, não pode~

Mai:
- Maldaaaade!

Len:
- Eu sou má ~ Meu dojo, minhas regras!

Mai:
- Ih, vou ter que me acostumar. - ri.

Len:
- Sua irmã caçula agora é quem manda!

Mai:
- Sim, senhora! - ri.

Len:
- ....olha só, tô gostando disso. - brinca.

Mai:
- Devo fica com medo? - ri.

Len:
- Medo da sua irmãzinha?! Que absurdo! - provoca dramática

Mai:
- Ah vai, faz sentido! - ri.

Len:
- Eu nem fiz nada ainda!

Mai:
- Exatamente! - ri.

Len:
- Lucca..! - ela gargalha, boba.

Mai:
- Meu nome!

Len:
- Já se recuperaram o suficiente? - pergunta, terminando mais um copo d'água.

Mai:
- Já, já sim. Aguento mais cinco minutos de aquecimento. - brinca.

Len:
- Mais dez, vai. - e ri, enquanto Rebecca se levantava.

Mai:
- Talvez. - ele ri, bobo se levantando.

Len:
- A gente consegue. - a soldado ri.

Mai:
- Dá-se um jeito!

Len:
- Exatamente!

Mai:
Ele ri, se esticando.
- Vamos lá, treino!

Len:
- Então vamos continuar! - Leanne diz, empolgada, voltando às instruções

boredmai:
Mai:
O rapaz se esforçava pra aguentar o treino o máximo que podia, mas eventualmente se
larga no chão, exausto.
- O-ok, já d-deu..!

Len:
E Rebecca nem diz nada, apenas se larga ao lado dele com um som seco, ofegando.

- Tudo bem, tudo bem, mas respirem vocês dois...!


Mai:
- R-respirando! Ou t-tentando!

Len:
- Deitem e se concentrem em respirar, por favor. - Leanne pede, preocupada

Mai:
- O-obrigado... - ri, bobo.

Len:
- De nada. Bebam água quando acharem que não vão engasgar. - provoca.

Mai:
- D-daqui a pouco... - ele ri baixinho.

Len:
- Imaginei~ - ela ri também.

Mai:
- Você... Você treinava assim t-todo dia..?

Len:
- Todo santo dia. - Leanne assente com a cabeça.

Mai:
- Como você aguentava?!

Len:
- ...olha, boa pergunta. Acho que sendo uma adolescente hiperativa. - e ri.

Mai:
- Adolescente hiperativa é pouco. - ri.

Len:
- E eu ainda desenhava e treinava magia. E depois, virei mãe e comecei a cuidar da
parte gráfica da empresa!

- Cacete, Leoa, quanta coisa...!

Mai:
- Você é incrível, na boa. - ri.

Len:
- Eu só tinha muito tempo livre, Lucca...! - ela ri, corando.

Mai:
- Continua sendo incrível!

Len:
- Para com isso! - reclama, mais vermelha.

Mai:
- Não paro! - ri.

Len:
- Lucca, eu vou te disciplinar na porrada!

Mai:
- Não, não, não bate! - ri.
Len:
- Então já chega de me provocar!

Mai:
- Parei~

Len:
- Ótimo. - resmunga.

- Bom garoto~ - Rebecca provoca, coçando o queixo dele.

Mai:
- Faz mais~ - ele ri, bobo.

Len:
- Que gatinho manhoso~ - brinca, continuando a carícia.

Mai:
- Tigre~

Len:
- Gatinho~

Mai:
- Tigrão~

Len:
- Tigrão é horrível, Lucca. - Leanne quem diz, rindo.

boredmai:
Mai:
- Então Tigre~

Len:
- Tudo bem, tudo bem! Tigre!

Mai:
- Obrigadinho~

Len:
- Tigre, Leoa e Becca~

- O mais perto de um animal que eu sou é uma cavala. - a soldado brinca, dando dois
tapinhas em uma das coxas.

Mai:
- Não vou opinar~ - o rapaz gargalha.

Len:
- LUCCA! - as duas exclamam em uníssono, envergonhadas.

Mai:
- Eu falei que não vou opinar! - ri.

Len:
- Continue assim, eu não tenho interesse na vida sexual de vocês!

- Não foi nesse sentido, Leanne, foi no de coices! Coices! - responde,


violentamente vermelha.

Mai:
- Já disse, não vou opinar~ - o rapaz gargalha, se sentando no chão.

Len:
- Continue sem opinar, mesmo. - Rebecca resmunga.

Mai:
- Pode deixar. - ri. - Vamos comer, então? Todo esse treino abriu meu apetite!

Len:
- De novo? - Leanne provoca.

Mai:
- De novo, ora! Preciso alimentar meus músculos!

Len:
- Tudo bem, tudo bem, me ajuda aqui e vamos!

Mai:
O rapaz se levanta devagar, resmungando de dor.
- Amanhã vou tar um caco... - murmura, indo ajudar a irmã.

Len:
- Boa sorte. - brinca, ficando de pé devagar.

Mai:
- Vou precisar. - ri. - Amanhã não tem treino, né~?

Len:
- ...Lucca, treino é uma tarefa diária. - Leanne responde, severa. - ...mas prometo
ser mais leve.

Mai:
- Pelo menos isso. - e ri, sem jeito.

Len:
- Eu não quero moer vocês ainda mais. - diz, rindo de leve.

Mai:
- Só de levinho, amaciando a carne!

Len:
- Isso, isso~ Transformando uma pedra em wagyu~

Mai:
- De pedra pra wagyu?! É uma transformação e tanto!

Len:
- Eu consigo, eu tenho certeza!

Mai:
- Boa sorte pra nós. - ri.

Len:
- Bota sorte nisso. - Rebecca estremece.

Mai:
- A gente aprende a aguentar. - ri.

Len:
- Aos poucos. Bem aos poucos. - pede.

Mai:
- Um passinho de cada vez!

Len:
- Beeem inho!

- Eu já entendi! - ela ri, abrindo a porta da cozinha devagar.

boredmai:
Mai:
A cozinha não estaria vazia naquele momento: Setsuna estava cozinhando o jantar,
pausando ao ouvir a porta se abrindo.
- Ah... Boa tarde. - ela sorri de leve. "Leanne..!"

Len:
Isso faz a bruxa congelar no mesmo lugar, os olhos se arregalando e se enchendo de
lágrimas.

- ...mãe...? - sussurra, estendendo uma das mãos na direção dela, os passos puxando
Lucca para que a levasse até a mulher.

Mai:
O rapaz a guia pra perto, Setsuna se virando para a garota.
- Olá, querida. - ela sussurra baixinho, a voz emocionada. - Eu senti saudades...

Len:
- ...e-eu também, e-eu... e-eu sinto muito, e-eu fui embora, eu deixei você depois
que o papai... - ela choraminga, tocando uma das mãos de Setsuna com cuidado,
delicada.

Mai:
- Não precisa se desculpar, querida. - ela sorri de leve, erguendo a mão livre pra
afagar o rosto de Leanne. - Pode me dar um abraço..?

Len:
Leanne comprime os lábios, assentindo com a cabeça em silêncio, chorosa, antes de
envolver Setsuna com um dos braços, delicada como sempre fora.

Mai:
A mulher a abraça de volta, soluçando baixinho.
- Ah, minha querida... Minha menina...

Len:
- ...e-eu voltei... - chora, escondendo o rosto nos cabelos da mãe enquanto deixava
as lágrimas escorrerem, o corpo todo tremendo. - E-eu voltei, mãe...

Mai:
- Voltou... Finalmente... - ela ri baixinho, apertando o abraço. - Eu te amo, minha
menina...

Len:
- Eu também te amo, mãe... - murmura, se encolhendo nos braços de Setsuna.

Mai:
- Venha, querida. Sente-se. - sussurra, gentil. - Eu já estou terminando a comida.
O Shogun vai chegar em alguns minutos.

Len:
- ...vocês tem comido sozinhos? - pergunta, afagando o rosto de Setsuna com
delicadeza.

Mai:
- Mm, sim. O Shogun me disse que você precisava de espaço.

Len:
- ...não é bem espaço a palavra certa. - murmura, secando as próprias lágrimas
devagar, sem jeito.

Mai:
- Eu sei, querida. Sua cabeça ainda está em turbilhão com tudo que aconteceu.

boredmai:
Len:
Leanne suspira, desviando o olhar.

- ...é. Isso tá, mesmo. Eu me sinto... eu me sinto a beira de enlouquecer o tempo


todo.

Mai:
- Nós podemos conversar depois da janta, se quiser. - sorri. - Se for te ajudar.

Len:
- Eu não sei se vai. - ela ri de leve, culpada. - Esse é o problema.

Mai:
- Podemos tentar, de qualquer forma. - diz, afagando a mão dela.

Len:
- Talvez seja uma boa ideia. - murmura, baixinho, retribuindo o afago.

Mai:
- Depois da janta, então. - sorri, carinhosa.

Len:
- Obrigada, mãe. - murmura, beijando a mão e as bochechas de Setsuna

Mai:
- De nada, minha querida. - ela sorri, gentil. - Podem ir sentar, a comida sai em
breve.

Len:
- Obrigada. - repete, fazendo como a mãe pedira, cuidadosa.

Mai:
Lucca guia Leanne até a mesa de jantar, suspirando de leve.
- Eu sei que você falou, mas eu não esperava que ela fosse tão... Doce. - ele
sussurra baixinho.

Len:
- Ela é a melhor mãe do mundo. - diz, no mesmo tom, bastante boba.

Mai:
- Melhor que a mamãe?
Len:
- ...Lucca... - murmura, o sorriso desaparecendo do rosto enquanto ela desviava o
olhar.

Mai:
- ...desculpa. - ele suspira, coçando a nuca.

Len:
- Mm. Tudo bem. - responde baixinho, cabisbaixa, enquanto Rebecca o fuzilava com o
olhar, visivelmente furiosa.

Mai:
"Falei merda..." pensa, lançando um olhar de desculpas para a namorada.

- Com licença. - Shogun murmura ao entrar na sala de jantar. - Me perdoem por não
voltar antes, tive alguns problemas inesperados. - suspira.

Len:
- Aconteceu alguma coisa...? - Leanne pergunta baixinho, encolhida.

- Não deve ter sido nada de mais, Leoa.

Mai:
- Não foi nada de mais, só consumiu meu tempo. - ele sorri, sentando ao lado dela.
- Como foi o dia?

boredmai:
Len:
- Foi bom. - murmura, sem erguer o olhar. - E o seu...?

Mai:
- Atarefado. - diz, afagando os cabelos dela. - O que fizeram durante o dia?

Len:
E a carícia faz Leanne se encolher um pouco mais.

- Eu.. Eu comecei a treinar o Lucca e a Rebecca no dojo. Espero que... Que não se
importe.

- Ele não liga, eu tenho certeza.

Mai:
- Claro que não me importo. É bom pra vocês. - sorri.

Len:
- A Leanne moeu a gente com o treino que, diz ela, fazia todos os dias.

- Eu e o Shogun. Sim. - e suspira, ainda desanimada.

Mai:
- Ah, sim. Todo dia. - ele ri baixinho, afagando a mão de Leanne.

- Sério?!

Len:
- Finais de semana inclusos. A única exceção era quando a gente viajava de manhã ou
ia passear cedo. Mesmo nos aniversários a gente treinava se não pedisse folga com
antecedência. - brinca, tocando a mão de Shogun com as pontas dos dedos, delicada.
- Eu nem consigo acreditar... - comenta, estremecendo.

Mai:
- Acredite. Só assim pra gente aprender de verdade. - ele ri de leve.

Len:
- Não precisava disso tudo, mas hoje eu agradeço por saber lutar tão bem. Com e sem
armas. - ela sorri de leve, puxando Shogun suavemente para mais perto.

Mai:
- Aos poucos, você vai poder voltar a treinar também. - sorri, continuando o
carinho.

Len:
- Assim eu espero. - murmura, puxando-o de leve mais para perto novamente,
insistindo até que pudesse se encostar nele. - Espero poder ver o Micchi e a Chiaki
em breve também...

- Você vai. E o Lucca vai conhecer o sobrinho, que tá todo bobo com a ideia~

Mai:
O rapaz a envolve com um dos braços, carinhoso, mantendo-a perto de si.

- Tô bobo mesmo, me deixa! - ri.

Len:
- Quando conhecer ele, vai ficar mais bobo ainda. - Leanne diz, mais sorridente,
relaxando visivelmente com a proximidade do marido. - É um menino lindo e forte e
esperto. E hiperativo como a mãe!

Mai:
- Um menino incrível. - Shogun sorri, bobo.

- Não fala assim, eu quero conhecer ele mais!

boredmai:
Len:
- Com os melhores pais do mundo, e o nome do homem mais incrível do mundo, era
óbvio que ia ser incrível também. - Leanne diz, beijando o rosto do marido.

Mai:
O homem ri de leve, beijando o rosto dela de volta.
- Mm. A melhor família...

Len:
- A melhor de todas. - ela assente com a cabeça

Mai:
- Melhor ainda comigo. - Lucca provoca.

Len:
- Isso é verdade. - e ri.

Mai:
Ele ri, bobo.
- Claro, eu sou incrível~

- Com licença. - Setsuna sorri, entrando na sala de jantar acompanhada de alguns


empregados, trazendo a janta para todos.

Len:
- O melhor irmão, que a melhor irmã é a Chiaki~ - provoca, erguendo o olhar quando
escuta a voz da mãe. - Precisam de ajuda? - pergunta, de imediato.

Mai:
- Não precisa, querida. - sorri, indo se sentar.

- Chiaki? Quem é essa? - Lucca pergunta.

- Minha irmã mais nova. - Shogun murmura. "Chiaki..."

Len:
- Nossa irmã mais nova. - corrige. - Outra que tinha a mesma rotina de treino
depois que fez dez anos. - e ri também.

Mai:
- Quê?! Ah não, cê tá de sacanagem. Uma guria de dez anos treinava assim todo dia?!

Len:
- Sim, treinava. - ela ri. - Ah, vai, Lucca, nem é tão pesado assim!

Mai:
- Claro que é, ficou doida?! Uma criança não devia aguentar esse tipo de treino!

- Talvez a Chiaki seja mais forte que vocês, então. - provoca.

Len:
- Shogun...! - ela reclama, acotovelando o marido de leve, risonha, as bochechas
vermelhas.

- Ah, vai, é verdade! Se ela treina desse jeito todo dia, nossa única vantagem deve
ser a experiência. E o tamanho, no caso do Lucca!

Mai:
- Ah, eu não quero perder pra uma criança! - Lucca resmunga.

- Se te consola, ela já é adolescente. - ri.

Len:
- Ela tá com quantos anos, mesmo? Catorze? Quinze? Já fizeram a festa de
quinceanera que eu disse que ia fazer?! - pergunta, se agitando com a última frase,
mais pálida, quase chorosa.

- Se tiverem feito, a gente faz outra!

Mai:
- Ela ainda não fez quinze, então não se preocupe. - ele sorri, apaziguador. - É em
alguns meses.

boredmai:
Len:
- Ufa... - Leanne leva uma das mãos ao peito, visivelmente aliviada. - Eu preciso
de um computador pra começar a planejar tudo, então...! Lucca, seu celular vai
ficar comigo!

- Pode usar o meu, Leoa, é mais novo que o dele. - Rebecca sorri. - ...mas eu vou
querer aprender a organizar uma festa, também ~ - diz, olhando de canto de olho
para Lucca.

Mai:
- Divirtam-se. - o rapaz ri de leve.

- Vai ser uma festa e tanto, tenho certeza. - Shogun sorri.

Len:
- A maior festa que a cidade já viu! - diz, empolgada.

Mai:
- Isso tudo?! - Lucca ri.

Len:
- O país! - corrige.

Mai:
- Boa sorte, então. - ele ri de leve. - Quero ver essa festança toda!

Len:
- Você vai ver e vai participar. E se bobear ainda te coloco pra dançar!

Mai:
- Eu não sei dançar! - ri.

Len:
- O Shogun também não sabia e eu ensinei. Vai aprender na marra!

Mai:
- Ai, ai, lá vem... - ele ri. - Treino pesado que nem o do dojo?

Len:
- Ah, não, de jeito nenhum. Minhas aulas de dança são bem gostosas, e todas
práticas ~

Mai:
- Ufa. - ri. - Vai ser divertido então!

Len:
- Vai, vai sim. E você já tem par, isso ajuda.

- Eu adoro dançar~ - Rebecca diz, boba.

Mai:
- Ótimo, tem duas pra me ensinar. - ri.

Len:
- Eu disse que adoro, não que danço bem. - ela ri, corando de leve. - Vão ser dois
pra aprender!

Mai:
- Mas dança melhor que eu, aposto!

Len:
- Qualquer um dança melhor que você, Lucca. - Leanne provoca.

- Duvido que o seu marido dance!

- Pois se enganou: o Shogun dança _muito_ bem!


Mai:
- Muito bem mesmo. Aprendi com a melhor. - e indica Leanne com a cabeça.

- Droga, tem alguma coisa que ele não sabe fazer?!

Len:
- Acho que não. Ele é incrível em todos os aspectos. - Leanne diz, boba, encostando
a cabeça no ombro de Shogun.

- Canta? Desenha? Programa?

- Ele é afinado, tatuador, um artista e tanto em todos os meios que pode usar. -
diz, orgulhosa e apaixonada.

boredmai:
Mai:
- Mas não programa!

- Não, não programo. - ri.

- ...nem eu. - Lucca ri junto.

Len:
- Eu ganho em _alguma coisa_, ao menos. - a soldado ri, corando de leve.

Mai:
- Você programa? - Shogun ergue uma sobrancelha.

Len:
Ela assente com a cabeça.

- Eu fiz o sistema de segurança todo do quartel. - diz, coçando a nuca de leve.

Mai:
- ...uau. Isso é incrível. - murmura, impressionado.

Len:
- Não é bem grande coisa. A maioria dos sistemas é bem básico, eu só aprimorei. -
murmura, corando de leve. - Mas valeu.

Mai:
- É mais do que eu saberia fazer, com certeza. - ri. - Quem sabe você não possa
ajudar com os sistemas da família...

Len:
- Vai ser um prazer. - Rebecca diz de imediato, esboçando um sorriso. - Se for um
jeito de pagar a ajuda que você deu pra gente, eu não tenho nem o direito de negar.

Mai:
- Não precisam pagar nada, não se preocupe. - ele nega com a cabeça. - Mas eu
entendo que o ócio é difícil, e que ter um trabalho ou tarefa pra te ocupar vai ser
melhor.

Len:
- Eu faço questão de retribuir. - diz, mais séria. - Não é a mesma coisa, em valor
ou custo, mas eu prometo dar o meu melhor.

- Rebecca...
- Eu faço questão. - insiste.

Mai:
- Tudo bem. - ele sorri. - Vou ver a partir de amanhã o que podemos fazer.

Len:
Ela assente com a cabeça.

- O Lucca não vai se importar de cuidar da Leanne por mim também. - brinca.

Mai:
- Não tenho problemas. - ele ri, piscando um olho.

- Resolvido então. - Shogun sorri.

Len:
- Eu tento ser uma boa companhia. - Leanne murmura.

- Você é. Mas o trabalho também costuma ser. - e ri.

Mai:
- Você é uma excelente companhia. - Lucca ri de leve.

Len:
- Você não conta, Tigre. - ela resmunga.

- Eu conto!

Mai:
- Conto sim!

Len:
- Não, não conta!

Mai:
- Claro que conto!

Len:
- Lucca...!

- Já chega vocês dois. - Rebecca pede.

Mai:
- Ok, parei, juro. - ri.

qualquersuki:
Suki:
- Ótimo. - diz, falsamente mandona.

Maianne Ribeiro:
O rapaz apenas ri, dando um beijo em Rebecca.
- Caaalma~

Suki:
- Eu tô calma~

Maianne Ribeiro:
- Ótimo assim! - ri.
Suki:
- Continuemos todos assim, então~

Maianne Ribeiro:
O rapaz se estica, suspirando.
- Acho que vou tomar um banho e descansar, então. Até mais tarde?

Suki:
- Até, Lucca. Bom descanso. - Leanne sorri, acenando de leve.

- Eu vou com ele, então. Se importam~?

Maianne Ribeiro:
- À vontade, Rebecca. - Shogun sorri.

- Querido, pode ir cuidar do jardim um pouco? As plantas precisam de você. -


Setsuna diz ao filho, gentil.

Suki:
- Até depois. Com licença. - a soldado sorri, se levantando e saindo em seguida.

Maianne Ribeiro:
Shogun assente com a cabeça, beijando o rosto de Leanne.
- Até depois. - e se afasta.

- Agora somos só nós duas. - Setsuna murmura enfim, quando todos se retiram.

Suki:
- ...você fez isso de propósito, não fez? - pergunta com um risinho, o rosto
levemente corado.

Maianne Ribeiro:
- Ara, ara... - ela apenas ri, tomando um gole do próprio chá.

Suki:
- ...fez, fez sim. - e ri de novo, boba.

Maianne Ribeiro:
A mulher sorri, indo sentar ao lado dela.
- Fale comigo, querida.

qualquersuki:
Suki:
Isso faz Leanne suspirar, balançando a cabeça de leve antes de encostar-se em
Setsuna.

- ...eu não tenho nada pra falar, mãe.

Maianne Ribeiro:
- Nada? Absolutamente nada?

Suki:
- Não, eu.... eu acho que não. - murmura, fechando os olhos. - As minhas memórias
estão confusas, e o Shogun disse que não quer arriscar que nada mexa comigo porque
eu ainda estou frágil. - ela suspira. - ...tem duas semanas, só, que eu fui
exorcizada.

Maianne Ribeiro:
- O Ichiro comentou sobre o exorcismo. - ela suspira, levando uma mão ao peito. -
Me dói saber que você teve que passar por isso.

Suki:
- Eu... Eu não lembro da dor, ou do processo, se te conforta. - murmura, dando um
risinho sem jeito.

Maianne Ribeiro:
- Conforta um pouco, sim... Mas você ainda tem que viver com as consequências. -
suspira.

Suki:
- ...É. Infelizmente, ainda tenho que viver com as consequências. - e estremece,
engolindo em seco.

Maianne Ribeiro:
A mulher suspira, abraçando Leanne carinhosamente.
- Nós estamos pesquisando um jeito de reverter o exorcismo. - sussurra. - Eu e o
Ichiro.

Suki:
- Obrigada, mãe. Mas eu não sei se quero arriscar outra experiência traumática
dessas. - ela ri de leve, sem graça.

Maianne Ribeiro:
- A... A reversão, você diz? - ela franze a testa.

Suki:
- É. Eu... Nós não temos como ter certeza de que vai dar certo, ou.. Ou de que não
vai trazer mais consequências ruins, temos? - ela suspira.

Maianne Ribeiro:
- Não, ainda não... Mas nós não encontramos uma solução, ainda.

qualquersuki:
Suki:
Leanne nega com a cabeça de leve.

- Eu... Eu prefiro me afogar em insanidade do que... Do que sentir tudo isso de


novo.

Maianne Ribeiro:
- Eu entendo, querida. - ela suspira, afagando a mão dela. "Mas eu vou continuar
procurando."

Suki:
- Eu me sinto exausta e sedenta a beira de uma cratera com o lago mais cristalino e
fresco que eu já vi. - murmura, o olhar desfocando um pouco enquanto Leanne
observava a parede oposta, a voz bem baixinha e bastante séria. - É tentador beber
e mergulhar, e esquecer as dores e fazer elas pararem. Mas é... É um lago sem
volta. Eu não tenho como subir de volta.

Ela fecha os olhos, escondendo o rosto nas mãos.

- E... E é por isso que... Que eu tô tentando aguentar essa dor, e... E não
desistir.

Maianne Ribeiro:
A mulher afaga os cabelos de Leanne, carinhosa, beijando-lhe a testa.
- Você é forte, querida, e nós estamos aqui pra te apoiar. Não precisa aguentar
essa dor sozinha...

Suki:
- Mm... O-obrigada, mãe... - murmura, se encolhendo com o carinho antes de secar o
rosto devagar.

Maianne Ribeiro:
- De nada, minha querida. De nada. - sussurra, carinhosa. - Sempre que precisar, eu
estou ao seu lado. O Ichiro também.

qualquersuki:
Suki:
- Eu sei que você e o Shogun tem mais afazeres com a família, mãe. - ela suspira. -
Eu... Eu aguento.

Maianne Ribeiro:
- Não seja tola. - ela suspira, negando com a cabeça. - Nós te amamos.

Suki:
- Eu sei. - e ri de leve, as bochechas corando. - Eu também amo vocês. Eu só... Só
quis dizer que vocês tem muitas coisas pra fazer.

Maianne Ribeiro:
- Não quer dizer que não possamos cuidar de você também. - sorri.

Suki:
- Não, não quer. Mas quer dizer que "sempre que eu precisar" é demais. - brinca.

Maianne Ribeiro:
- Não, não é. - sorri.

Suki:
- É sim, mãe, e não precisa se preocupar com isso. - ela ri.

Maianne Ribeiro:
- Eu me preocupo, querida. Você é minha filha.

Suki:
- Eu sei. Mas é exatamente porque eu sou sua filha que eu também me preocupo com o
resto da família e dos afazeres de vocês dois. O Shogun já está ocupado demais sem
que eu o incomode, e você também.

Maianne Ribeiro:
- E desde quando é incômodo cuidar da minha filha? - ela ergue uma sobrancelha. -
Deixe de bobagem, querida.

Suki:
Ela suspira.

- Tudo bem, tudo bem... - murmura. - ...posso deitar no seu colo, então? - pede.

Maianne Ribeiro:
- É claro que pode. - sorri, dando espaço para a garota.

qualquersuki:
Suki:
- Obrigada, mãe. - murmura, beijando as mãos de Setsuna antes de se ajeitar e
apoiar a cabeça no colo dela, cuidadosa.
Maianne Ribeiro:
- De nada, minha querida... - sorri, afagando os cabelos dela carinhosamente.

Suki:
- Assim eu vou dormir... - diz, manhosa.

Maianne Ribeiro:
- Durma, então. Descanse seu corpo e sua mente...

Suki:
- Mm... Me acorda daqui a pouco... - pede, se aninhando como costumava fazer. - Não
quero te prender aqui...

Maianne Ribeiro:
A mulher apenas sorri, continuando o carinho. "O que eu mais quero é ficar aqui,
querida..."

Suki:
Leanne não demora a adormecer de fato, estranhamente confortável e sorridente, vez
ou outra se movendo para se ajeitar melhor no colo da mãe..

Maianne Ribeiro:
Já Setsuna mal se move, apenas deixando que a menina dormisse o quanto fosse
necessário. Eventualmente, ela mesma cairia no sono ali, sentada, um sorriso no
rosto...

Suki:
- Ichiro. - Salem chama, quando enfim consegue chegar até ele, os passos cansados e
arrastados de tal forma que o gato se esparrama na grama ao parar. - Sua mãe e a
Leanne adormeceram. É melhor levá-las pra cama.

Maianne Ribeiro:
- ...ah. - o rapaz sorri, assentindo com a cabeça antes de pegar o gato no colo. -
Obrigado pelo aviso, Salem.

Suki:
- De nada... - murmura, deixando escapar um miado baixinho, aliviado. - Não esqueça
de ajudar a Leanne a se banhar, antes de dormirem, mais tarde.

Maianne Ribeiro:
- Claro, não se preocupe. - ele sorri, levando o gato pro quarto primeiro.

qualquersuki:
Suki:
- Eu sempre me preocupo. - ele suspira. - Ainda mais com as coisas como estão.

Maianne Ribeiro:
- Eu entendo. - Ichiro suspira de leve, deitando o gato na cama. - Eu já trago a
Leanne.

Suki:
- Obrigado. Não esqueça de cuidar da Setsuna também.

Maianne Ribeiro:
- Claro. - sorri. - Eu vou trazer a Lea, levar a minha mãe, e depois venho banhar a
Lea e dormir.

Suki:
Ele mia baixinho em sinal de aprovação, indo se ajeitar no travesseiro de sempre,
cansado.

Maianne Ribeiro:
"Se o Salem tá assim, a Lea também tá..." pensa, indo pegar a garota pra trazer
para o quarto, cuidadoso.

- ...ara ara... achou que eu não acordaria..? - Setsuna sorri de leve.

- Me perdoe, mãe. - ele ri, sem jeito. - Eu já te levo até o quarto.

- Não se preocupe. - ela murmura, ficando de pé devagar. - Eu posso ir sozinha.

Suki:
- Eu também posso.... - resmunga baixinho, erguendo uma das mãos sem muita força,
ainda claramente cansada e parcialmente adormecida. - Dá pra todo mundo ir de
trem...

Maianne Ribeiro:
- ..de trem pro quarto? - Ichiro ri de leve, pegando Leanne no colo. - Nada disso,
vai de dragão.

Suki:
A cabeça dela balança de um lado para o outro, até enfim aconchegar o rosto contra
a pele de Ichiro.

- Eu sou grande demais pra ir nas suas costas, Ichi... - resmunga, baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Vai nos meus braços, então. - sorri.

qualquersuki:
Suki:
- Mm. Pra sempre...? - pede baixinho, manhosa.

Maianne Ribeiro:
- Pra sempre e sempre. - sussurra, beijando a testa dela, carinhoso.

Suki:
- Então eu caso. - brinca, rindo baixinho com o beijo antes de envolver o pescoço
dele com os braços.

Maianne Ribeiro:
- Nós já casamos, Lea. - ele sorri, bobo, os olhos se enchendo de lágrimas.

Suki:
- Eu lembro. Mas a gente casa de novo, não tem problema. - diz, beijando o pescoço
dele de leve, carinhosa.

Maianne Ribeiro:
- Tudo bem. - ele ri de leve. - Um segundo casamento...

Suki:
- Bem bonito, que nem você... - murmura, boba.

Maianne Ribeiro:
- Tão lindo quanto você... - sussurra, entrando no quarto com a garota nos braços.

Suki:
- Esse já foi o nosso primeiro casamento, seu bobo. A gente precisa de um mais
bonito, agora, pra chegar aos seus pés... - e ri, confortável.

Maianne Ribeiro:
- Ora..! - ele ri, corando. - Você é muito mais linda do que eu jamais poderia
sonhar em ser...

Suki:
- Nananinanão. De jeito nenhum. Você é o homem mais lindo do mundo, da família mais
linda do mundo, do país mais lindo do mundo, com a mansão mais linda do mundo, que
me deu o filho mais lindo do mundo. - e mostra a língua. - Eu não tenho como
competir com isso!

Maianne Ribeiro:
O homem apenas ri baixinho, e então engasga, se entregando às lágrimas enquanto a
mantinha perto de si...

qualquersuki:
Suki:
- ...eu senti sua falta... - sussurra, a voz trêmula, antes que ela o envolvesse
com os braços desajeitadamente, encostando a testa na bochecha de Ichiro. - Eu
senti tanto a sua falta, Ichi...

Maianne Ribeiro:
- Eu t-também... eu s-senti tanta s-s-saudade..! - ele sussurra, trêmulo, se
apoiando na parede pra não cair.

Suki:
- Senta no chão antes que você derrube nós dois... - brinca, ela mesma chorosa.

Maianne Ribeiro:
- M-melhor... - ele ri, fraco, sentando como ela pedira.

Suki:
E de imediato Leanne se ajeita no colo dele para abraçá-lo e apoiar a cabeça no
ombro do marido, carinhosa.

- Eu finalmente achei você... - sussurra, baixinho, passando o polegar pelo rosto


de Ichiro para secar sua pele. - ...o meu Ichiro, o meu Ichi, e não só o Shogun que
você virou...

Maianne Ribeiro:
- O s-seu Ichi... sempre s-seu, pra sempre... - ele sussurra baixinho, a voz
quebrando.

Suki:
- Pra... Pra sempre meu... - ela ri baixinho, comprimindo os lábios antes de
encostar os próprios nos dele em um beijo carinhoso, hesitante, mas apaixonado...

Maianne Ribeiro:
"Pra sempre seu..." pensa, retribuindo o beijo, se entregando a Leanne de corpo e
alma.

Suki:
- Senti... Eu senti tanta falta de te sentir assim... - murmura, carinhosa, entre
os beijos. - De te ter assim...

Maianne Ribeiro:
- Eu t-também... O seu toque, seu gosto, sua presença, tudo seu... - ele sussurra,
o pranto escorrendo pelo rosto.

Suki:
- Sua voz, o seu cheiro, o seu corpo junto do meu ao dormir e acordar... -
concorda, antes de encostar a testa nos lábios dele, gentil.

Maianne Ribeiro:
- Não precisa mais sentir falta de mim... De nada disso. - ele responde, beijando a
pele de Leanne. - Eu estou do seu lado novamente. Nós estamos um com o outro,
juntos novamente, inseparáveis...

qualquersuki:
Suki:
- Inseparáveis... - repete, os olhos fechados. - De verdade, dessa vez...

Maianne Ribeiro:
- Pra sempre e sempre. - sussurra, beijando-a novamente.

Suki:
- Todo e eterno sempre... - sussurra.

Maianne Ribeiro:
Ele sorri, bobo.
- Vem. Vamos tomar banho e dormir. Juntos.

Suki:
- Sempre juntos a partir de agora...? - pede, baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Sempre, e para sempre. - sorri, ficando de pé devagar com a garota nos braços.

Suki:
- Só vai faltar o nosso Micchi... - diz, boba.

Maianne Ribeiro:
- Em breve. Em breve, eu prometo. - sorri, indo para o banheiro com Leanne.

Suki:
- Eu sei... - ela suspira baixinho, confortável.

Maianne Ribeiro:
O rapaz a coloca sentada em um dos bancos, começando a despi-la delicadamente.
- Ele está bem, isso eu garanto. - murmura. "Com muita saudade, é claro..."

Suki:
- Eu sei que sim. Você jamais deixaria o nosso filho desamparado... - responde,
ajudando-o a tirar a própria roupa devagar.

Maianne Ribeiro:
- Nunca. Ele é um dos meus tesouros. - sorri.

Suki:
- Nossos. - corrige, beijando-o de leve.

Maianne Ribeiro:
- Nossos. - ele ri de leve, retribuindo o beijo. - Posso lavar seu corpo?

Suki:
- Não precisa, Ichiro, mas... Eu adoraria. - ela diz, suave.
Maianne Ribeiro:
- Então eu farei. - ele sorri, beijando-a de leve antes de começar a lavar a
esposa, delicado.

qualquersuki:
Suki:
E isso arranca um suspiro confortável de Leanne, que fecha os olhos e sorri,
afagando a pele de Ichiro sempre que conseguia...

Maianne Ribeiro:
O rapaz termina de enxaguar a garota, deixando um rastro de beijos enquanto a
limpava, cuidadoso.
- Eu comprei alguns óleos de banho, cremes e outras coisas mais. - sorri. - Tudo
pra você.

Suki:
E cada novo gesto de carinho era retribuído com outro, Leanne relaxada como Ichiro
jamais vira enquanto o observava apaixonadamente, sempre sorrindo.

- Pra... Pra mim...? - pergunta, hesitando antes de corar e rir baixinho. - Não
precisava, meu amor...

Maianne Ribeiro:
- É claro que precisava. - ele sussurra. - Pra cuidar de você.

Suki:
- Não é necessário. Esses cuidados são supérfluos. - murmura.

Maianne Ribeiro:
- São importantes. Você vai se sentir melhor aos poucos.

Suki:
- Eu mesma podia providenciar, quando estivesse melhor. - ela nega de leve com a
cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Mas eu quis providenciar. - ri. - Pra cuidar da minha amada esposa.

Suki:
- Ichiro... - ela resmunga baixinho, as bochechas vermelhas enquanto Leanne erguia
uma das mãos para tocar-lhe o rosto.

Maianne Ribeiro:
- Senti saudade de ouvir você chamar meu nome... - ele ri, bobo.

qualquersuki:
Suki:
- Eu... eu não sentia que podia. Ainda sinto que não posso, mas... ele escapa
naturalmente da minha boca. - diz, dando um risinho.

Maianne Ribeiro:
- Pode. Por favor, pode. - ele ri de leve. - Eu amo quando você diz meu nome...

Suki:
- Não fala assim... - reclama, as bochechas mais vermelhas enquanto ela ria
baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Por que não? Não gosta? - ele ri

Suki:
- Gosto, mas... mas me deixa mais confortável e mais arrepiada do que eu deveria
poder ficar...

Maianne Ribeiro:
- Ok, então eu falo em outro momento. - ri.

Suki:
Leanne resmunga novamente.

- ...eu não posso criar o hábito de te chamar pelo seu nome fora dessas paredes.

Maianne Ribeiro:
- Pode, pode sim. Ao menos entre família.

Suki:
- Eu não sei mais quem considerar família. - admite, o semblante mais triste.

Maianne Ribeiro:
- Eu, a mamãe, a Chiaki, o Micchi, seu irmão e a Rebecca. - responde. - Fora
isso... Só o futuro dirá.

Suki:
- ...mesmo o Lucca e a Rebecca? - pergunta, encarando-o com surpresa.

Maianne Ribeiro:
- Ele é seu irmão, não é? - sorri.

qualquersuki:
Suki:
- É, m-mas...

Maianne Ribeiro:
- Mas..?

Suki:
- ...mas ele é da Inquisição.

Maianne Ribeiro:
- É. - suspira. - Mas é seu irmão. Eu acho que ele não vai querer voltar.

Suki:
- ...acho que a Mali vai fazer com que ele não queira. - e ri.

Maianne Ribeiro:
- Provavelmente. - ele ri baixinho.

Suki:
- Espero que sim, ao menos. - murmura.

Maianne Ribeiro:
- Isso só o tempo dirá de verdade. - diz, afagando o rosto dela.

Suki:
- ...meu medo é te colocar em risco, até isso acontecer. - diz, baixinho, fechando
os olhos com o toque.
Maianne Ribeiro:
- Então, se preferir, continue me chamando de Shogun na frente dele. Por garantia.
- diz, gentil.

Suki:
- Obrigada por entender... - ela sorri, aliviada.

Maianne Ribeiro:
- É claro que entendo. - ele ri de leve, afagando o rosto dela. - ...mas me chama
de Ichiro de novo, vai...

qualquersuki:
Suki:
- Ichiro... - ela resmunga, corando de leve.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado. - ele ri baixinho.

Suki:
- De nada, meu amor~

Maianne Ribeiro:
O rapaz sorri, bobo, beijando-a de leve antes de enfim começar a se banhar.

Suki:
E Leanne permanece ali, vez ou outra ajudando-o, cantarolando baixinho o tempo
todo...

Maianne Ribeiro:
"Tanta saudade disso..." pensa, confortável, os ombros relaxando.

Suki:
- Sua pele ficou tão áspera... Não estava se cuidando como eu ensinei, não é....? -
ela suspira baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Admito que não. - ele suspira, sem jeito. - Preciso voltar a me cuidar melhor.

Suki:
- Eu cuido. - diz, de imediato. - Eu vou amar voltar a cuidar de você como fazia
antes...

Maianne Ribeiro:
- E eu vou cuidar de você. - ele sorri, gentil.

Suki:
- Como o casal perfeito que somos~

Maianne Ribeiro:
- O mais perfeito de todos. - sorri, beijando-a.

qualquersuki:
Suki:
"O mais perfeito de todos...", concorda, boba, retribuindo o beijo.

Maianne Ribeiro:
O rapaz afaga o rosto dela, gentil, antes de fechar a água.
- Pronta pra dormir?
Suki:
- Depois disso tudo? - pergunta, rindo baixinho. - Pronta pro melhor sono da minha
vida~

Maianne Ribeiro:
Ele ri de leve, fazendo mais um afago em Leanne.
- Vamos, então. - diz, indo pegar a toalha.

Suki:
- Eu vou precisar do seu apoio, ainda. Minhas pernas estão melhores, mas não plenas

Maianne Ribeiro:
- Não se preocupe. Vou te apoiar como necessário. - sorri.

Suki:
- Obrigada, Ichiro... - diz, boba.

Maianne Ribeiro:
- De nada, minha carpa. - ele ri baixinho, beijando-a de leve antes de tomá-la nos
braços.

Suki:
- Sua carpa~ - murmura, boba, envolvendo seu pescoço com os braços.

Maianne Ribeiro:
- Minha carpa perfeita. - ele ri, bobo, carregando-a para a cama.

Suki:
- Meu dragão perfeito ~ Porque meu dragãozinho só o Micchi~

Maianne Ribeiro:
- O Micchi é o dragãozinho perfeito. - ri. "Ele e a Chiaki..."

Suki:
- E bota 'inho' nisso!

Maianne Ribeiro:
- Bem inho... Mas tá crescendo. - ri.

Suki:
- Mal posso esperar pra ver nosso filho de novo...

Maianne Ribeiro:
- Em breve. Eu prometo. - sussurra.

qualquersuki:
Suki:
- Eu confio em você. E entendo que essa espera é necessária, porque vão ser emoções
demais pra uma mente recém-exorcizada. - ela sorri, compreensiva.

Maianne Ribeiro:
- Mm. Quando sua mente estiver mais estável, eu trago o Micchi.

Suki:
- Obrigada. - murmura, beijando o rosto dele. - Mas lembre de dizer o quanto eu o
amo todos os dias.

Maianne Ribeiro:
- Pode deixar. - ele sorri, gentil.
Suki:
- Talvez eu devesse escrever cartas para ele, como fazia para vocês. - comenta,
animada. - Só vou precisar ir ao centro em uma papelaria.

Maianne Ribeiro:
- Ele adoraria, tenho certeza. - sorri, bobo.

"E isso significa que eu preciso me livrar do Bartolomeu logo..."

Suki:
- Ele adorava participar das cartas... - comenta, esboçando um sorriso bobo.

Maianne Ribeiro:
- Adorava, é? - sorri. - Me conta mais.

qualquersuki:
Suki:
- Sempre que eu imprimia qualquer coisa, ou desenhava qualquer coisa, ele vinha em
cima perguntando se era pro "papa". - ela ri. - Várias vezes eu imprimia o modelo e
ele coloria. E saiu igualzinho à você, por sinal: pintava várias vezes até gostar e
me deixar escrever!

Mai:
- Que fofo. - ele ri, bobo. - O Micchi vai ser um artista e tanto...

Suki:
- Já é! Pede pra ele desenhar um dragão com pincel pra você! Fica muito bonitinho ~

Mai:
- Vou pedir sim, pode deixar. - ri.

Suki:
- Vai ficar encantado! Ainda mais quando tiver acesso às minhas tintas~

Mai:
- Isso é permissão pra ele mexer nas suas coisas? - ri.

Suki:
- É o nosso filho, ele sempre tem permissão pra mexer nas minhas coisas, Ichiro! -
e gargalha.

Mai:
- Pode deixar. - ele ri baixinho. - O Micchi vai ficar feliz.

Suki:
- Eu não tenho dúvidas, ele ama mexer nas minhas coisas. Inclusive nas roupas,
cuidado com as suas~

Mai:
- Vou emprestar alguns kimonos pra ele. - ri.

Suki:
- Tire muitas fotos, por favor. - pede, boba ao imaginar a cena.

Mai:
- Pode deixar. - ri, bobo. - Vai ficar uma gracinha.

qualquersuki:
Suki:
- Vai, vai sim. Mal posso esperar~

Mai:
O rapaz sorri, beijando-a de leve enquanto se ajeitava na cama com a esposa.
- Mas por ora, dormir.

Suki:
- Dormir com o amor da minha vida, agarradinha nele. - diz, boba.

Mai:
- A noite todinha. - ele ri baixinho, mantendo-a perto de si.

Suki:
- Jura? Não vou acordar e você já vai ter ido embora como um sonho febril....? -
pergunta, baixinho.

Mai:
- Juro. Você vai acordar, e eu vou estar aqui do seu ladinho. - sorri.

Suki:
- Jura pela carpa...? - pede, se aconchegando junto a ele.

Mai:
- Juro pela carpa. - murmura, carinhoso.

Suki:
- ...eu acredito, então. - sussurra, beijando os cabelos de Ichiro antes de
envolvê-lo, se ajeitando com o marido como costumavam dormir anos antes...

Mai:
O rapaz suspira, confortável, fechando os olhos pra dormir. "Tão bom..."

Suki:
Leanne acorda no dia seguinte com os primeiros raios de sol, bocejando de leve
antes de se espreguiçar, um dos braços puxando Ichiro mais para si por reflexo...

Mai:
Ele resmunga baixinho, entreabrindo os olhos.
- ...bom... bom dia... - sussurra.

Suki:
- Bom dia... - murmura, ainda sonolenta.

Mai:
- Dormiu bem? - sorri, encostando o nariz no rosto dela.

Suki:
- Com você? Sempre... - e ri baixinho.

boredmai:
Mai:
- Que bom. - ele ri baixinho, afagando os cabelos dela. - Com fome?

Suki:
- Faminta. - ela assente com a cabeça.

Mai:
- Vamos comer, então. - ele ri baixinho. - Mas primeiro, roupas.
Suki:
- ...É verdade. - ela pisca algumas vezes, corando de leve. - Eu esqueci que a
gente não tinha se vestido.

Mai:
Ele ri, beijando a garota.
- Não acho uma boa ideia ir assim, mas se quiser...

Suki:
- Não, Ichiro, pelos céus...! - ela ri, empurrando-o de leve.

Mai:
- Então roupas. - ele ri de leve, ficando de pé.

Suki:
- Eu não aguento mais vestidos e kimonos. - resmunga.

Mai:
- O que quer usar, então? - pergunta.

Suki:
- Eu sinto falta de shorts e camisetas. - admite, ficando de pé devagar, o corpo
estranhamente mais bem recuperado.

Mai:
- Eu posso trazer algumas roupas da mansão mais tarde. - sorri.

Suki:
- Se elas ainda couberem em mim... - e suspira.

Mai:
- Vão caber, tenho certeza. - ri.

Suki:
- Espero... - ela suspira de novo.

Mai:
- Não se preocupe. - sorri, afagando os cabelos dela. - Mas por ora, kimono.

Suki:
- É o que tem. - brinca.

Mai:
- Exatamente. - ele ri baixinho, indo pegar as roupas.

Suki:
- Obrigada, Ichiro... - diz, boba, observando-o carinhosamente.

Mai:
- De nada, amor. - ele sorri, ajudando-a a se vestir.

Suki:
- Não precisa disso tudo... - murmura, boba, afagando os braços dele
carinhosamente.

Mai:
- Não precisa, mas eu quero. - ele ri baixinho. - Eu te amo.
Suki:
- Eu também te amo.... - murmura, derretida.

Mai:
Ele ri de leve, afagando os cabelos dela.
- Pronto. Agora eu vou me vestir, e a gente vai. - diz, indo pegar as próprias
roupas.

Suki:
- Deixa eu te ajudar também... - pede, se adiantando.

Mai:
- Obrigado. - ele sorri, deixando que ela o ajudasse.

Suki:
- De nada, Ichiro... - sussurra, passando o nariz pelos cabelos dele
carinhosamente.

boredmai:
Mai:
Ele sorri, bobo, afagando o rosto dela gentilmente.
- Vamos? Consegue andar normalmente?

Suki:
- Consigo. Mas ainda quero me apoiar em você só pra te ter juntinho de mim~

Mai:
- Como quiser. - ele ri de leve, oferecendo o braço pra ela.

Suki:
- Assim não... - reclama, passando o braço por cima dos ombros dele, puxando
Ichiro bem para perto de si.

Mai:
Ele ri, corando.
- Assim, então. - diz, envolvendo-a pela cintura.

Suki:
- Exatamente assim. - diz baixinho, boba, passando o nariz pelos cabelos dele.

Mai:
O rapaz sorri, guiando-a para a sala de jantar, carinhoso.

Suki:
- Acha que o Lucca e a Rebecca já acordaram?

Mai:
- Provavelmente. Eles tem acordado cedo todo dia, pelo que ouvi falar. - comenta.
- Quer ir até o quarto deles?

Suki:
- Eles sempre acordam cedo. Hábitos do quartel, eu acho. - e ri de leve.

Mai:
- Provavelmente. Dizem que o exército é bem rígido. - suspira.

Suki:
Ela suspira, estremecendo.
- Bota rígido nisso...

Mai:
- Você chegou a viver alguns dias lá dentro, não foi? - murmura.

Suki:
- Foi sim. Pouco tempo, mas horrível de qualquer forma. - resmunga.

Mai:
- Nem consigo imaginar. - suspira.

Suki:
- Continue assim, então.

Mai:
- Pode deixar. - ri, parando na frente do quarto de Lucca e Rebecca.

Suki:
- Lucca! Becca! - Leanne chama, batendo de leve na porta. - Vamos comer!

Mai:
- Indo, indo! - o rapaz responde, bocejando de leve enquanto ia abrir a porta.

Suki:
- Já vou... - a soldado resmunga, ainda deitada, bastante sonolenta.

boredmai:
Mai:
- Perdendo o ritmo? - Ichiro ri de leve.

- Não sacaneia, ô lagartixa. - ri.

Suki:
- A sua esposa moeu a gente ontem...! Não é justo! - reclama, passando a mão pelo
rosto e pelos cabelos enquanto se levantava, dolorida.

Mai:
- Moeu? Foi só um treino leve~ - provoca.

- Você nem sabe como foi!

Suki:
- Ele me conhece. E foi leve, mesmo!

- Nem quero ver o treino de verdade de vocês... - Rebecca choraminga, se


aproximando.

Mai:
- Pode ver mais tarde, se quiser. - ele ri baixinho.

Suki:
- Eu não sei se aguento, ainda, mas... Eu adoraria tentar. - Leanne comenta,
esboçando um sorriso.

Mai:
- A gente pega um pouco leve pra você poder ir no seu ritmo. - Ichiro murmura,
gentil.

Suki:
- Obrigada, Shogun. - Leanne sorri.

Mai:
- De nada. - sorri, beijando o rosto dela.

- Vamos, vamos comer, pra ver se meu corpo acorda. - Lucca resmunga.

Suki:
- Um pouco de chá forte vai te ajudar.

- Chá? Eu preciso de café, bem amargo!

Mai:
- Café, por favor! - ele ri.

Suki:
- Tudo bem, tudo bem. Eu faço café pra vocês. - Leanne ri de leve. - Os daqui são
bem mais fracos que os ingleses.

- E os cafés ingleses já são fracos. - Rebecca provoca.

Mai:
- Faz extra forte, por favor. - pede, risonho.

Suki:
- Vai ser amargo de doer na alma. Prometo. - ela pisca um dos olhos

Mai:
- Obrigado, leoa. - ele ri baixinho.

Suki:
- De nada, Tigre~ - diz, boba.

Mai:
Ele sorri, afagando os cabelos dela.
- E aí, tá melhor?

boredmai:
Suki:
- Bem melhor. Tô apoiada no Shogun só por chamego, inclusive~!

Mai:
- Quanto amor~ - provoca.

Suki:
- Você perderia uma chance de ficar assim com a Becca~?

- Ahhh, foi por isso que ele quebrou a perna, então?!

Mai:
- Olha, não foi, mas que fiz muita manha eu fiz~

Suki:
- Isso eu sei, ficou bem claro!

- Nem consigo imaginar. - Leanne brinca.

Mai:
Ele ri, bobo.
- Eu sou manhoso mesmo~

Suki:
- Todo manhoso. - concorda.

- Sempre foi. - a bruxa ri. - Só quando acontecia alguma coisa comigo, aí ele
ficava sério na hora.

Mai:
- Claro, eu me importo com quem amo. - sorri.

- Tigre feroz. - Shogun provoca.

Suki:
- Olha quem fala, dragão. - Rebecca provoca.

- Ah, não, ele consegue manter a pose mesmo me defendendo~

Mai:
- Mas é claro. - Shogun pisca um olho.

Suki:
- Eu lembro vagamente da sua briga com o Aaron. Beeeem vagamente.

Mai:
- Aquela noite foi... Terrível. - ele sussurra, balançando a cabeça.

Suki:
- ...nós tivemos outras noites terríveis, também, e você sempre manteve a pose. -
murmura, culpada.

Mai:
- Algo me diz que eu não quero saber o que aconteceu nessa noite. - Lucca murmura.

- Não, não quer. Mas se te consola, o responsável já sofreu as consequências.

Suki:
- Foi o ex que quebrou a minha cabeça, meio que literalmente. - Leanne suspira. -
O Shogun teve que salvar a minha vida com magia.

Mai:
- ...sofreu bem as consequências? - Lucca sussurra.

- Sofreu bem. Eu garanto.

- Ótimo.

boredmai:
Suki:
- ...vocês dois se merecem. - Leanne resmunga, estremecendo com a conversa entre
os dois.

Mai:
- Ah, vai, o cara quebrou sua cabeça!

- Bem, é melhor mudarmos o assunto. Não é agradável. - Ichiro suspira, entrando na


sala de jantar.

Suki:
- Vocês dois se merecem. - insiste, indo se sentar.

Mai:
O soldado suspira, indo se sentar. "O cara mereceu, tenho certeza. Seja lá o que
aconteceu com ele."

Suki:
- O café...! - Leanne se lembra repentinamente, ficando de pé e se afastando para
a cozinha.

- Melhorem os bicos. - resmunga.

Mai:
- Eu não tô de bico!

- Nem eu. - Shogun suspira.

Suki:
- Desnecessariamente sérios. Tanto faz. Melhorem.

Mai:
- Memórias ruins, só isso. - Shogun murmura, balançando a cabeça. - Já foi.

Suki:
- Ótimo. - ela suspira. - Quais são os planos de vocês pra hoje?

Mai:
- Eu não sei. Treinar mais até morrer no tatami? - Lucca ri.

- Eu vou treinar um pouco com vocês, mas depois vou precisar sair pra resolver
algumas coisas. - Shogun suspira. - Mas consigo voltar depois do almoço.

Suki:
- Melhor adiantar o trabalho de uma vez, não? - pergunta, coçando o queixo de
leve. - E voltar e tentar ficar mais umas horas, dessa vez.

Mai:
- Eu vou voltar e ficar o resto do dia. - sorri.

Suki:
- A Leanne vai adorar saber disso. - ela assente com a cabeça, retribuindo o
sorriso.

Mai:
- Assim espero. - ele ri de leve.

Suki:
- Ela só fica sorridente quando você tá por perto.

Mai:
- ...coincidência. - ele sorri. "Eu também só sorrio de verdade quando ela tá
perto."

Suki:
- Vocês são um casal bonito~

Mai:
- Obrigado. - Ichiro ri de leve. - Vocês dois também.
boredmai:
Suki:
- A gente tenta. - provoca.

Mai:
- Eu sei. - ele ri, assentindo com a cabeça. - Infelizmente, não tem como ser um
casal mais bonito que eu e a Lea.

Suki:
- Opa, pera aí, não é assim também...! - reclama.

Mai:
- É assim sim. - ele sorri de canto.

Suki:
- Pera, o que eu posso atirar na sua cara que tá ao alcance da mão? - brinca,
olhando ao redor.

Mai:
- Nada. - ele ri, balançando a cabeça. - Apenas aceitem a verdade.

Suki:
- Não sei qual é a verdade, mas duvido que eles vão aceitar se saiu da sua boca. -
Leanne diz, vindo da cozinha com o café e os empregados trazendo o restante.

Mai:
- A verdade é que nós somos o casal mais bonito do mundo. - ele ri. - Obrigado,
Lea.

Suki:
- Ah. Isso nós somos mesmo. - ela ri, boba, colocando o café na mesa antes de
abrir espaço para os outros empregados.

- Obrigada. - Rebecca murmura, tanto para ela quanto para os empregados.

Mai:
- Ainda vou discordar. - Lucca ri, agradecendo antes de começar a comer.

Suki:
- Discorda quietinho, então, que você tá errado. - Leanne provoca, beijando o
rosto de Shogun ao se sentar.

Mai:
- Ei..! - ele ri, balançando a cabeça. - Maldade!

Suki:
- Shiu~ Quietinho~ - provoca.

Mai:
- Leoa! - ri.

- Melhor obedecer sua irmã~

Suki:
- O Shogun não pode te ameaçar, mas eu posso!

- Leanne, calma aí, não é assim...!

- Eu vou moer vocês ainda mais hoje, só de maldade, mwahahaha~


Mai:
- Não, não, calma..! - ele exclama.

Suki:
- Eu tô brincando, Tigre. - ela ri de leve. - Eu prometi que ia pegar mais leve
hoje, não prometi?

- Ufa...!

Mai:
- Ainda bem, senão a gente ia morrer. - ri.

- Se importam de deixar o treino pra tarde? Assim eu consigo participar. - Shogun


propõe.

Suki:
- A tarde...? - Leanne pergunta, hesitante. - Bom, acho que sim. Mas um pouco mais
pro fim do dia, porque treinar depois do almoço é horrível.

boredmai:
Mai:
- Ótimo. - ele sorri. - Eu tenho algumas coisas pra resolver durante a manhã, mas
vou ficar aqui o resto do dia.

Suki:
- Mesmo...? - ela sorri, boba, visivelmente empolgada com a ideia.

Mai:
- Mesmo. Prometo. - sorri, gentil.

Suki:
- Obrigada, Shogun. - diz, sorridente e radiante, antes de beijar o rosto dele.

Mai:
- De nada, meu amor. - ele sorri, carinhoso, afagando o rosto dela.

Suki:
- Eu poderia ficar aqui pra sempre... - diz baixinho.

Mai:
- Infelizmente, pra sempre não dá. - ele ri, beijando-a de leve.

Suki:
- Pena...

- Vocês são tão grudentos que chega a ser chato. - provoca.

Mai:
- Que pena. - e pisca um olho.

Suki:
- E vocês dois são tão chatos que chega a ser nojento. - Leanne responde, mostrando
a língua.

Mai:
- Nós, chatos?! Mas jamais~ - Lucca ri.

Suki:
- Sempre!

- Ah, não começa, Leanne!

Mai:
- Só termina, por favor. - Lucca ri. - E falando em terminar, acabei o café.

- Eu também. - Ichiro assente com a cabeça, ficando de pé. - Eu volto pro almoço,
prometo.

Suki:
- Até mais tarde, Shogun. Tenha um bom dia. - Leanne acena de leve.

- Até, Shogun. - Rebecca também acena. - Lembra de ver meu emprego, por favor~

Mai:
- Vou pensar no seu caso. - provoca, se afastando.

Suki:
- Shogun....! - ela gargalha, observando o patriarca se afastar.

Mai:
- Eu vou precisar arranjar um emprego também. - Lucca suspira. - Só não sei no que
eu consigo ajudar...

Suki:
- Nenhum de vocês precisa arrumar nada. - Leanne diz, suave, mas firme. - As coisas
ainda estão se ajeitando.

Mai:
- ...é, mas... sei lá. Eu não quero ficar só me apoiando. - murmura. - E eu não vou
conseguir ficar muito tempo ocioso...

Suki:
- Não é se apoiar, Lucca. Você é meu irmão, você é parte da nossa família. Eu
posso... - ela hesita, empalidecendo e se calando.

Mai:
- ...o que foi? - ele franze a testa.

boredmai:
Suki:
- ...eu ia falar em te ensinar magia.

Mai:
- ...não ia dar certo, por causa do exorcismo. - ele ri, sem jeito.

Suki:
- Não é assim que funciona. - murmura.

Mai:
- Claro que é. - murmura.

Suki:
- Eu fui exorcizada e não perdi minha magia, esqueceu?

Mai:
- Mas eu perdi a minha. - suspira.
Suki:
- A gente pode tentar trazer ela de volta. - diz, estendendo a mão sobre a mesa
para alcançar o irmão.

Mai:
- ...eu não sei se é uma boa ideia, Lea... - ele suspira.

Suki:
- Você perdeu alguma memória no exorcismo....? - pergunta, hesitando.

Mai:
- Não que eu saiba. - murmura.

Suki:
- Então não deve ter muito risco. - diz, esboçando um sorriso esperançoso.

Mai:
Ele passa a mão no rosto.
- Tem certeza..?

Suki:
- Tenho quase que certeza. - brinca.

Mai:
- Bem, a... A gente pode tentar. Eu acho.

Suki:
- Não vai causar nada de ruim.

Mai:
- Certo... - murmura. "A mamãe vai me matar. Isso se a Rebecca não acabar matando
antes."

Suki:
- Acha que pode funcionar pra mim, também...? - pergunta, hesitante.

- ...olha, acho que depende da fonte da sua magia. Mas a gente pode tentar!

Mai:
"...isso eu não esperava."

- Vamos tentar, os dois, então - sorri.

Suki:
- Vai ser divertido moer vocês em treinos mentais também!

Mai:
- ...puta merda, sabia que tinham outros motivos! - ri.

Suki:
- Eu sempre tenho outros motivos~

Mai:
- Ardilosa! - ri.

Suki:
- Eu sou mesmo, não nego! - e ri, boba.

Mai:
O rapaz ri, balançando a cabeça.
- Tô quebrado de qualquer jeito!

Suki:
- Vai valer a pena no final, prometo~

boredmai:
Mai:
- Tomara. - ele ri baixinho.

Suki:
- Vai sim. Magia é incrível...

Mai:
- ...é. Eu tenho que admitir que é.

Suki:
- Você vai amar quando começar a redescobrir a sua. Prometo.

Mai:
- Quero só ver. - ri.

Suki:
- Vai ver e sentir em breve!

Mai:
- Falando assim, eu até acredito que vou conseguir. - ri.

Suki:
- E você vai. Por bem ou por mal~

Mai:
- Por— Lea! - ele ri, balançando a cabeça.

Suki:
- OK, ok, eu paro! - ela ri também.

Mai:
- Como você vai me ensinar magia, afinal? - ri.

Suki:
- Começar te ajudando a recuperar o feeling. - explica, gentil.

Mai:
- O... feeling? Como assim? - e franze a testa.

Suki:
- Magia vem de dentro. Você precisa reaprender a sentir ela dentro de você.

Mai:
- ...sentir ela, eh..? E como eu vou aprender isso?

Suki:
- Eu vou te ensinar, e dar uma ajudinha com a minha magia pra você relembrar a
sensação. - ela sorri.

Mai:
- Vou tentar. - ele ri.
Suki:
- Tentar é o começo de tudo! - Leanne assente com a cabeça, empolgada.

Mai:
- Então já temos o primeiro passo. - ri.

Suki:
- Agora, se todos nós já comemos, vamos pro jardim. É mais fácil entrar em contato
com magia na natureza.

- Por mim, perfeito. Adoro o cheiro de grama~

Mai:
- Vamos, vamos. Precisa de ajuda? - Lucca murmura, oferecendo a mão para a irmã.

Suki:
- Não, obrigada, mas aceito a sua. - ela ri, se levantando devagar, usando o irmão
apenas para não se apoiar demais no joelho esquerdo.

Mai:
- Só pra ficar perto do irmãozão~

Suki:
- É sempre uma boa razão pra qualquer coisa~

boredmai:
Mai:
- Exatamente. - ele ri, mantendo a irmã perto de si enquanto a guiava, puxando
Rebecca pra perto também.

Suki:
- Se exibindo com as duas mulheres da sua vida? - a soldado provoca.

Mai:
- Exatamente~

Suki:
- E você chama o meu marido de pavão, né. - Leanne retruca.

Mai:
- Um pavão reconhece o outro! - e gargalha.

Suki:
Isso arranca uma gargalhada um tanto surpresa de Leanne, cujas bochechas coram
bastante.

- Gênio! - Rebecca diz, também rindo.

Mai:
- Obrigado, obrigado~ - ele ri, bobo.

Suki:
- Parabéns pela piada do ano~ - provoca.

Mai:
- De nada, leoa~

Suki:
- Vou ter que contar isso pro Shogun!
Mai:
- Pode contar! - ele ri baixinho.

Suki:
- Se ele concordar, vocês dois estarão perdidos~

Mai:
- Perdidos por quê? - ele ri.

Suki:
- Porque vocês vão concordar que são iguaizinhos~

Mai:
- E qual o problema? - ri.

Suki:
- ...pera, você tá admitindo que é igualzinho a ele~? - pergunta, parando de andar.
- Ah, droga, eu não tenho um telefone pra gravar isso!

- Sem problemas, cunhada, o Lucca só precisa repetir. - Rebecca diz, a câmera já


apontada para o namorado.

Mai:
- Eu sou completamente diferente do Shogun~ - e pisca um olho.

Suki:
- Ah, você não vale nada! - a bruxa gargalha.

Mai:
- Nem um centavo furado! - e gargalha junto.

Suki:
- Tô percebendo! E olha que as moedas aqui já são furadas!

Mai:
- Verdade. - ele ri baixinho.

Suki:
- Não vale nada mesmo. Nem uma moeda de chocolate de gordura~

Mai:
- Valho uma gotinha de chocolate. - ri.

Suki:
- E olhe lá. - ela pisca um dos olhos.

Mai:
- Pelo menos isso!

Suki:
- Tudo bem, tudo bem, mas uma gotinha só, ok? Não é um pacote!

boredmai:
Mai:
- Uma gotinha, sim, sim! - ri.

Suki:
- Concordamos, então! - Leanne ri, se sentando na grama com cuidado.
Mai:
O rapaz senta ao lado dela, as pernas esticadas pra frente.
- E aí, o que eu faço?

Suki:
- Fica em uma posição confortável, primeiro, e depois me dá as suas mãos. - pede.

Mai:
- Beleza. - murmura, se ajeitando antes de estender as mãos pra Leanne.

Suki:
Ela assente com a cabeça, tomando as mãos de Lucca entre as próprias gentilmente.

- Não se assusta. - pede, passando um pouco de magia para as mãos dele.

Mai:
Ele estremece, fechando os olhos. "Magia..."

Suki:
- Como é a sensação pra você...? - pergunta, baixinho.

Mai:
- Eu... Eu não sei descrever. Dá um pouco de medo, mas... Parece familiar...

Suki:
- Vamos continuar assim um pouco mais, então, até você se acostumar. - ela ri de
leve.

Mai:
- Certo... - ele sussurra, assentindo com a cabeça. "É tão diferente..."

Suki:
- Me avise quando o medo tiver diminuído. - pede, afagando a pele dele suavemente.

Mai:
- Tentando, Lea. Tentando... - sussurra.

Suki:
- Pode levar o tempo que precisar. Tá tudo bem. - ela sorri.

Mai:
Ele assente com a cabeça, respirando devagar. Após algum tempo, o rapaz enfim se
pronuncia outra vez.
- Acho que... Que tô mais calmo agora.

Suki:
- Já ajuda. - diz, suave. - Consegue memorizar essa sensação?

Mai:
- Memorizar..? Eu acho que sim. - murmura.

Suki:
- Eu vou soltar sua mão devagarzinho, então se concentra em manter a magia ativa. -
pede. - Se concentra na sensação.

Mai:
- C... Certo. - ele sussurra, engolindo em seco, se concentrando.
Suki:
Quando Leanne afasta plenamente os dedos dos de Lucca, a sensação se mantem por um
breve instante, mas logo depois desaparece, deixando um estranho vazio...

- Foi um bom começo não ter sumido na mesma hora. - diz, sorridente.

boredmai:
Mai:
- É algum progresso. - ele ri, sem jeito. "A sensação era tão boa..."

Suki:
- É um começo. - concorda.

Mai:
Ele suspira, passando a mão no rosto.
- Tentar de novo?

Suki:
- Pronto? - pergunta, estendendo as mãos para ele novamente.

Mai:
- Pronto. - murmura, assentindo com a cabeça.

Suki:
Leanne conta até três baixinho antes de voltar ao que fizera antes...

Mai:
- Vamos lá... - ele sussurra, segurando as mãos dela com cuidado.

Suki:
- Tenta fechar os olhos, agora, e se concentrar na sensação. - pede, suave.

Mai:
- Concentrar na sensação. Pode deixar. - sussurra. Era impressão de Leanne, ou ela
sentira um leve choque nas pontas dos dedos..?

Suki:
"Isso é promissor.", pensa, sorridente.

- Eu vou afastar a minha mão mais devagar, dessa vez. - sussurra, deixando que
Lucca se acostumasse com a sensação cada vez que afastava um pouco mais a mão da
dele.

Mai:
Ele assente com a cabeça, a testa franzida em concentração. Quando a mão de Leanne
se afasta, ela pode ver pequenos raios se formando entre as pontas dos dedos dos
dois, e eventualmente entre as mãos de Lucca...

Suki:
"Bastante promissor!"

Leanne sorri, tocando as mãos dele por fora delicadamente.

- Abre os olhos devagar. - pede, suave, tentando não quebrar a concentração do


irmão.

Mai:
O rapaz faz como ela pedira, o queixo caindo enquanto tentava manter a
concentração.
- O que é isso..?!

Suki:
- Magia. A sua magia, da forma mais natural. - diz, ainda no mesmo tom.

Mai:
- A... A minha magia..? Eu fiz isso?

Suki:
Ela assente com a cabeça.

- Eu disse que o exorcismo não ia impedir. - diz, sorridente.

Mai:
Ele esboça um sorriso, animado.
- Eu fiz..! Eu usei magia!

boredmai:
Suki:
- Sim! E na sua forma natural, ainda por cima, nem foi mantendo a minha!

Mai:
- Minha... Forma natural? Como assim?

Suki:
- Cada um de nós tem uma forma natural como a magia flui e se apresenta. - explica.
- A do Shogun é com vento, por exemplo. E a sua... parece ser a mesma da mamãe.
Estática.

Mai:
- A da mamãe era assim, é..? - ele murmura, engolindo em seco, a magia
desaparecendo. "Mãe..."

Suki:
- ...É. É assim, sim. - murmura, o próprio sorriso desaparecendo também. - ...você
tá com medo e com saudade, né...?

Mai:
- ...É. Bastante. - sussurra. - Ela vai me matar se descobrir...

Suki:
- Nos. - Rebecca corrige.

- Nós três. Mas ela não vai descobrir. - murmura. - E mesmo que descubra: aqui é
seguro.

Mai:
- Eu não sei, Lea. O exército é poderoso, a gente sabe.

Suki:
- Eu sei. Mas eles não sabem que a gente tá aqui. - murmura.

Mai:
- Ainda bem. - ele ri, sem jeito.

Suki:
- E vamos continuar assim. - ela assente com a cabeça.

- ...minha vez de tentar aprender um pouco de magia? - Rebecca pede, sem jeito,
tentando mudar o assunto.

Mai:
- Sua vez, sim. Vem cá, Becca. - ele ri de leve, puxando-a pra perto.

Suki:
- Não me arrasta. - pede, risonha.

Mai:
- Arrasto sim!

Suki:
- Não, não começa!

Mai:
- Tá bom, parei. - ri.

Suki:
- Ótimo. E não começa de novo!

Mai:
- Não começo, relaxa, parei! - ele gargalha.

Suki:
- Ótimo. - resmunga.

- Perde menos tempo discutindo com ele, Rebecca, e mais tempo vindo aprender magia.
Vem com a sua cunhadinha~

Mai:
- Vai lá, eu fico assistindo. - ri.

Suki:
- Não me julga só porque você conseguiu rápido. - pede, sem graça.

- Sem julgamentos aqui, Becca, eu prometo.

Mai:
- Sem julgamentos, mesmo, juro.

Suki:
- Por favor. - pede, ainda sem jeito.

boredmai:
Mai:
- Não se preocupa. - ele sorri, beijando o rosto dela.

Suki:
- Eu sou preocupada. - brinca, sorrindo com o beijo e deixando que Leanne tomasse
suas mãos entre as próprias.

Mai:
O rapaz apenas sorri, se ajeitando na grama perto das duas.

Suki:
- Tente ficar quieto. - Leanne pede, encarando o irmão. - Não vamos atrapalhar a
Rebecca, tudo bem?

Mai:
- Claro, claro. Silêncio total!

Suki:
- Obrigada, Lucca. - a soldado sorri.

- Vem, Becca. Eu vou fazer a mesma coisa com você, tudo bem? Então me avise quando
tiver relaxada com a sensação. - pede, suave.

Mai:
"Você consegue, Becca." pensa, sorrindo para a garota.

Suki:
Ela assente de leve com a cabeça, controlando a própria respiração enquanto se
concentrava na sensação que a magia de Leanne lhe causava.

Porém, ao contrário de Lucca, assim que a bruxa se afasta, a magia cessa. E de


novo. E de novo.

- Eu... Eu acho que não tenho magia, mesmo. - ela ri de leve, sem graça.

Mai:
- Você tem, com certeza. - murmura, afagando os cabelos dela. - Só... Tá demorando
um pouco mais pra aflorar.

Suki:
- Talvez... Talvez. - murmura, frustrada. - Mas acho que já chega de treino pra
mim, hoje. - e se levanta. - Eu vou tirar um cochilo. - e se afasta.

- Vai com ela. A frustração é compreensível. - Leanne sorri, gentil.

Mai:
Ele assente com a cabeça, acompanhando Rebecca.
- Vem, vamos descansar.

Suki:
- É. Eu preciso. - murmura, baixinho.

Mai:
- Nós dois. - ele sorri. "Usar magia cansa!"

Suki:
- Banho e cochilo, então?

Mai:
- Banho e cochilo. - sorri. - Agarradinho~

Suki:
- Agarradinho, é~?

Mai:
- Agarradinho grudadinho~

boredmai:
Suki:
- Assim a gente não vai dormir, Tigre~

Mai:
- Olha, a gente pode se cansar antes de dormir~
Suki:
- De novo~?

Mai:
- Por que não? - ri.

Suki:
- Eu não sou louca de negar fogo. - e pisca um dos olhos.

Mai:
- Sei lá, você podia não estar no clima~

Suki:
- Com um homem desses comigo~? Impossível ~

Mai:
- Ui, massageia meu ego mais um pouco~

Suki:
- Posso massagear tudo o que você quiser~

Mai:
- Não fala assim que eu vou acabar te agarrando aqui mesmo... - sussurra,
apressando o passo.

Suki:
- Aqui não, alguém pode ver. - e ri baixinho, passando correndo por ele

Mai:
- E-ei, me espera! - ri, correndo atrás da garota.

Suki:
- Se apressa!

Mai:
- Indo, indo! - ri, bobo. "Eu amo essa mulher~"

Suki:
Rebecca entra no quarto de uma vez, prontamente se largando de barriga para cima no
colchão

Mai:
O rapaz ri, fechando a porta ao entrar, e então indo se deitar em cima de Rebecca.
- Onde foi que a gente parou mesmo~?

Suki:
- No começo, beeeem no começo ~

Mai:
- No começo aqui..? - pergunta, beijando-a.

Suki:
- Exatamente aí... - sussurra, antes de voltar a beijá-lo.

Mai:
Ele sorri de leve, as mãos já começando a despir Rebecca enquanto ele pressionava o
corpo contra o dela.

Suki:
- Adoro... Adoro sentir seu peso em cima de mim... - admite baixinho, risonha.

Mai:
- Coincidência, eu adoro sentir você embaixo de mim... - sussurra, mordiscando os
lábios dela.

Suki:
- É melhor ainda quando você tá no meio das minhas pernas, sabia~? - e ri,
suspirando de leve.

Mai:
- Beeeem melhor... - ele ri, arrepiado. - É o melhor lugar do mundo.

boredmai:
Suki:
- O melhor de todos, é ~?

Mai:
- Com toda a certeza!

Suki:
- Então se adianta pra ele, vem...

Mai:
O rapaz assente com a cabeça, se ajeitando entre as pernas de Rebecca.
- Eu te amo tanto... - sussurra, arrancando a própria camisa.

Suki:
- Puta que pariu, com você assim comigo, arrancando a blusa, dizendo que me ama...
- diz, mordendo o lábio inferior. - Meu útero até treme ~

Mai:
- Tá querendo ter filho comigo, é~? - provoca.

Suki:
- ...depende, você vai pedir mansinho~? - responde, mordendo o lábio inferior.

Mai:
- Posso pedir sim... - sussurra, arrepiado.

Suki:
- Então pede, vai... Me pede um filho, Lucca~

Mai:
- Me dá um filho, Rebecca... - ele sussurra, mordiscando o pescoço dela, o quadril
roçando no da namorada. - Se entrega pra mim por inteiro...

Suki:
- E-eu já sou toda sua, Lucca... - ela suspira, segurando os braços dele com força.

Mai:
- Então me dá um filho. - ri. - Só isso que falta...

Suki:
- Só isso~? Só um....? - provoca.

Mai:
- Quantos você quer? - ele ri, mordendo o lábio inferior.
Suki:
- Dois~? Ou três~? O que você prefere? - ela ri de canto, maliciosa, encarando-o
com o rosto vermelho.

Mai:
- Três. - ri. - Vamos ter três!

Suki:
- Então me faz o primeiro dos nossos três filhos, Lucca~ - provoca. - Ou tenta ir
fundo o suficiente pra ver se consegue me dar os três de uma vez~

Mai:
Ele gargalha, o rosto corando.
- Deixa comigo, Becca~ - ri, terminando de despir os dois antes de encaixar o
quadril no dela, arrepiado.

Suki:
Isso arranca um gemido dos lábios da soldado, que aperta as costas de Lucca com
força, as unhas marcando-lhe a pele.

Mai:
- Isso..! - ele geme baixinho, se movendo avidamente, as mãos agarrando as coxas
dela.

boredmai:
Suki:
- Lu-Lucca, isso, me quebra no meio....! - pede, mordendo o corpo dele como
alcançava, a força das mãos falhando sempre que os quadris se encontravam...

Mai:
- C-com todo o prazer..! - ele responde, sedento, faminto, se entregando a Rebecca.

Suki:
E isso arranca mais e mais gemidos, a força de Rebecca falhando conforme se
aproximava do ápice, cedendo diante da intensidade de Lucca.

Mai:
O rapaz ainda tenta resistir o máximo que podia, até eventualmente chegar ao
orgasmo, intenso, um gemido alto de prazer escapando por seus lábios.
- Rebecca..!

Suki:
- T-tigre...! - ela geme, quase rasgando as costas dele tamanha força que usava,
ofegando.

Mai:
O rapaz se apoia na cama, tentando recuperar o fôlego, risonho.
- B... Banho..? - ri.

Suki:
- Mm hmm, por favor... - pede, ofegante, a voz irregular.

Mai:
- ...eu... Eu te carrego... Assim que r-recuperar o fôlego... - ri.

Suki:
- Você... Você tá pior que eu... - provoca, ainda ofegando.

Mai:
- T-tô nada... - ri.

Suki:
- Tá... Acabado...

Mai:
- Um... Um pouco, só~

Suki:
- Tô.... Tô vendo... - ela ri.

Mai:
- Só um p-pouco!

Suki:
- Respira, vai... Deita um pouco... - ela ri, chegando pro lado na cama.

Mai:
- Respirando. - ele ri, se largando na cama ao lado dela.

Suki:
- Você... Você falou sério sobre... Sobre o filho...? - pergunta, ainda ofegante,
olhando o teto.

Mai:
- ...falei. Falei sim. - sussurra, esboçando um sorriso.

Suki:
Ela cora, ainda sem desviar o olhar.

- Devo parar com o remédio, então...? - sussurra baixinho, envergonhada.

Mai:
Ele hesita.
- ...por mais que eu queira, ainda não. Deixa pelo menos a gente conseguir se virar
melhor. - sussurra.

Suki:
- ...certo. Melhor eu... Eu ir tomar ele logo, então. - e se levanta, indo até a
própria mochila.

boredmai:
Mai:
- É-é, melhor. - sussurra, corando. - Uh, foi mal.

Suki:
- Deixa pra lá. - responde, negando com a cabeça, de costas pra ele enquanto
engolia o comprimido.

Mai:
"Parabéns, Lucca," pensa, passando a mão no rosto.
- Vem, vamos tomar banho. - sussurra.

Suki:
- Vamos. Os dois tão exaustos. - e suspira, passando a mão pelos cabelos antes de
se aproximar.

Mai:
- Bastante. E de tarde ainda tem treino. - suspira.
Suki:
- ...com o Shogun, ainda por cima. - e estremece.

Mai:
- Éééééé. É. Vai ser pesado...

Suki:
- Nem fala... - resmunga, desanimada.

Mai:
- Eu me sinto um recruta de novo. - sussurra. - Quem diria que eu ia achar o treino
do exército leve...

Suki:
- Pfft. Me pergunto como a gente sobreviveu tantos anos lutando tão mal... - e
suspira.

Mai:
- Nem me fala. Eu nem sei se quero ver os dois lutando a sério!
"E a mamãe venceu o pai do Shogun, então eu nem consigo imaginar o quão poderosa
ela é..."

Suki:
- Eu também não, pelo bem da integridade física desse lugar. - e estremece.

Mai:
- ...é. Eu duvido que a mansão fosse sobreviver...

Suki:
- Não sobreviveria ninguém, provavelmente... - sussurra.

Mai:
- Ia ser uma catástrofe de proporções absurdas. - murmura. - Sem exagero nenhum.

Suki:
- Vamos continuar sem descobrir isso. - sussurra. - Por favor.

Mai:
- Por favor. - concorda, guiando Rebecca até o banheiro.

Suki:
- Banho bem quentinho e depois derreter na banheira até dormir~?

Mai:
- Por favor. - ele ri baixinho

Suki:
- Então vamos. A gente merece. - brinca

Mai:
Ele assente com a cabeça, indo começar a se banhar, estremecendo quando a água bat
em suas costas.
- Você arranhou pra valer hoje... - ri.

Suki:
- Você quase me quebrou no meio, não reclama. - resmunga, corando.

Mai:
- Você pediu~ - ri, bobo. - E eu não tô reclamando.

Suki:
- Então pronto. - resmunga, cruzando os braços

Mai:
Ele ri, bobo, se esticando pra beijar o rosto dela antes de continuar a se lavar.

boredmai:
Suki:
E o beijo faz com que ela pareça se acalmar, suspirando de leve enquanto fazia o
mesmo...

Mai:
O rapaz sorri, cantarolando enquanto se banhava.
- ...eu acho que vou pedir um favor pra Lea. - sussurra. - Um favor mágico.

Suki:
- ...um favor mágico? Você? - pergunta, surpresa.

Mai:
- É. - ri. - Uma poção pro meu cabelo.

Suki:
Isso faz a soldado rir baixinho.

- Decidiu deixar ele crescer?

Mai:
- Ach oque vai ficar legal. - ele ri de leve. - O que acha?

Suki:
- Eu não consigo te imaginar com cabelo, mas acho que vale a tentativa. - ela
assente com a cabeça.

Mai:
- Eu ia falar que meu cabelo é tipo o da Lea, mas você não vê ela como eu. -
suspira.

Suki:
- ...É. - ela também suspira. - Mas eu acho que consigo imaginar. Acho.

Mai:
- Não vai precisar imaginar por muito tempo~

Suki:
- Assim você espera, ao menos~

Mai:
- Vai ver, vai ver! - ri.

Suki:
- Cuidado, podem crescer flores no lugar de cabelo. Quem sabe até cobras~

Mai:
- Eu não vou virar uma medusa! - ri.

Suki:
- Cuidado, você não tem como saber~
Mai:
- A Lea não faria isso comigo! - ri.

Suki:
- Pode ser um acidente, oras~

Mai:
- Nada disso! - ri.

Suki:
- Você ficaria bem com um jardim na cabeça. - provoca.

Mai:
- Não, obrigado, muito obrigado! - o rapaz gargalha, indo entrar na banheira.

Suki:
- Tudo bem, eu te aceito e te amo do jeito que for. Mesmo que você fique feio. -
brinca, acompanhando Lucca.

Mai:
- Eu, feio? Absolutamente impossível! - ri.

Suki:
- Olha, pior que eu tenho que concordar. - e ri também.

Mai:
- Aí, viu? - ele ri, piscando um olho.

Suki:
- Bom ponto ~

boredmai:
Mai:
Ele ri baixinho, se acomodando na banheira.
- Ah, água quentinha, deliciosa~

Suki:
- Que saudades de ter um luxo desses...

Mai:
- Vamos aproveitar enquanto dá. - ri. - Veeeem~

Suki:
- Iiiiindo~ - ela ri, se acomodando junto a ele.

Mai:
O rapaz a envolve com os braços, carinhoso, suspirando de leve.
- Eu te amo~

Suki:
- ...eu também te amo, Lucca. Amei por todos esses anos. - admite, corando.

Mai:
- E nunca falou, hein? Que dor... - provoca.

Suki:
- Você tava focado demais em encontrar a sua irmã. Não tinha espaço pra mim. - e
suspira.
Mai:
- Tinha sim. - ele murmura. - ...bom, o que importa é que agora a gente tá junto.

Suki:
- ....É. Isso é verdade. - ela suspira de novo.

Mai:
Ele suspira, afagando os cabelos de Rebecca.
- Fora do exército... eu não esperava isso. - murmura.

Suki:
- Nem fala... - responde no mesmo tom, afundando um pouco mais na água para tentar
relaxar.

Mai:
- Ao menos você vai conseguir um emprego novo. - ri, sem jeito.

Suki:
- Mais ou menos, né. Vai ser uma troca pra agradecer o que ele tem dado pra gente.

Mai:
- Ainda é um emprego. - ele ri de leve. - Tá valendo.

Suki:
- Não é bem um emprego. - e dá de ombros. - Mas vale.

Mai:
- É um emprego, ora. - ele murmura. - Por que não seria?

Suki:
- Porque provavelmente não vai ter salário. É só... Uma dívida que nunca vai se
pagar. - murmura. - Enquanto estivermos aqui, eu vou continuar trabalhando pra
isso, mas é só.

Mai:
- ...é, tem isso. - suspira.

Suki:
- Então não é bem um emprego. - murmura, balançando a cabeça negativamente.

Mai:
- Entendi, entendi. - suspira. - Pelo menos vai dar pra você se divertir um
pouquinho. - e ri.

Suki:
- ...bom, isso é verdade. - ela ri de leve, esticando as pernas antes de dobrá-las
novamente em seguida. - Vai ser melhor do que ficar parada.

Mai:
- O que é ótimo. - ele ri baixinho. - E aí, terminar o banho e ir pra caminha?

Suki:
- Melhor. Nós dois precisamos descansar. - murmura.

Mai:
- E nada melhor que descansar ao seu lado~

boredmai:
Suki:
- Mentira, transar comigo é melhor do que descansar do meu lado~

Mai:
- ...ok, isso é verdade. - ele ri, corando.

Suki:
- Então vamos pra segunda melhor opção. - brinca.

Mai:
O rapaz apenas ri, dando um beijo em Rebecca antes de se ajeitar pra sair da
banheira.

Suki:
E ela faz o mesmo logo em seguida, sacudindo as pernas ao ficar em pé antes de se
enrolar na toalha.

Mai:
Ele sorri, bobo, observando Rebecca.
- Linda... - sussurra, pegando a própria toalha.

Suki:
- Você é muito apaixonado, mesmo... - resmunga.

Mai:
- Admito, completamente~

Suki:
- Dormir, Lucca. Foco!

Mai:
- Dormir, dormir. - ele ri, corando de leve, terminando de se secar.

Suki:
E Rebecca ri baixinho, boba, fazendo o mesmo e prontamente indo se vestir.

Mai:
O rapaz coloca uma camiseta e uma cueca apenas, se esticando antes de se largar na
cama.
- Cansadinho...

Suki:
Já a soldado se veste por completo, antes de se deitar ao lado dele.

- Nem fala, meu corpo todo dói...

Mai:
- Vai doer mais depois do treino. - ri.

Suki:
- Eu já tinha esquecido disso... - e estremece.

Mai:
- Bom lembrar pra se preparar psicologicamente. - ri.

Suki:
- Nem fala... - e ri também.

Mai:
- Mas por ora, vem dormir, vem. - ri.

Suki:
- Isso é um convite pra deitar no seu peito~? - provoca, aproximando o corpo do
dele.

Mai:
- Sempre é. - ri.

Suki:
- Com você me convidando assim eu teria que ser louca pra recusar. - brinca,
risonha, fazendo como falara.

Mai:
O rapaz ri, bobo, abraçando-a carinhosamente.
- Boa noite, Becca~

Suki:
- Bom descanso, Lucca. - corrige, risonha.

Mai:
- Bleh, você entendeu. - ri.

Suki:
- Eu entendi, só estou provocando.

Mai:
- Chata~ - brinca.

Suki:
- Chata, mas sua namorada~

Mai:
- E eu te amo desse jeitinho mesmo~

boredmai:
Suki:
- Que coincidência, porque eu também te amo desse jeitinho insuportável também ~

Mai:
- Eu sou bem suportável~

Suki:
- Eu discordo~

Mai:
- Pois pode concordar~

Suki:
- A única coisa que concordaremos é em discordar ~

Mai:
- Maldaaaade~

Suki:
- Que pena~

Mai:
- Todo mundo é mau comigo! - ri.
Suki:
- Você faz por merecer, de vez em quando. - brinca.

Mai:
- Eu?! Nunca, nunquinha!

Suki:
- Você sim~

Mai:
- Nunca, jamais!

Suki:
- Já chega, Lucca, vamos dormir!

Mai:
- Ok, ok, parei. - ri, bobo. - Bom descanso~

Suki:
- Bom descanso, Tigre~

Mai:
O rapaz sorri, fechando os olhos pra descansar. Não demoraria a cair no sono,
confortável...

Suki:
E Rebecca, da mesma forma, também não demora adormecer.

Assim, os dois dormiam confortavelmente na cama... e Leanne, confortavelmente na


grama, à sombra de uma das árvores, roncando baixinho como costumava fazer...

Mai:
"...linda..." Ichiro pensa ao encontrar a esposa, o sorriso se abrindo no rosto.
Com um gesto, ele invoca um caderno e lápis, esboçando a cena com cuidado,
capturando os detalhes atentamente...

Suki:
Alguns minutos se passam até que Leanne entreabra os olhos, confusa e preguiçosa,
sorrindo ao identificá-lo.

- Ara ara... Certos hábitos nunca mudam, pelo jeito.... - brinca, baixinho.

Mai:
- Nunca vão mudar. - ele sorri, se aproximando. - O cochilo foi bom?

Suki:
- Delicioso. - diz, se apoiando nos braços para se esticar e beijá-lo. - Como foi o
seu dia?

Mai:
- Atarefado. - ele ri baixinho, retribuindo o beijo antes de mostrar o desenho a
Leanne. - E aí? Ficou bom?

Suki:
- ...uau. Seus desenhos ficaram ainda mais incríveis. - sussurra, boquiaberta.

Mai:
- Ora, obrigado. - ele ri, corando de leve.
Suki:
- Você todo ficou ainda mais incrível. Mais estiloso, mais fluido, mais bonito. -
admite.

Mai:
- Não tão incrível quanto você. - e pisca um olho.

Suki:
- Eu nem lembro quem eu sou, Shogun. - ela suspira, as bochechas corando de leve. -
Mas obrigada.

Mai:
- É a minha esposa. - diz, gentil.

boredmai:
Suki:
- ...É simples assim pra você? Nada mais importa? - pergunta, rindo baixinho antes
de estender a mão para que ele a ajudasse a ficar de pé.

Mai:
- É, é simples assim. - sorri, ajudando Leanne a se levantar.

Suki:
- Você é bem parecido com o papai, mesmo. - ela sorri, se levantando devagar antes
de puxar Ichiro para si de uma vez, encostando o corpo no dele, provocante. - Mas
você é mais bonito. - e o beija.

Mai:
O rapaz estremece com o beijo, retribuindo, carinhoso.
- Assim eu derreto, Lea... - sussurra.

Suki:
- Não, não derrete não. Eu não conseguiria te manter sem escorrer pelos meus dedos,
e perder qualquer gota sua me deixaria muito triste... - murmura, apaixonada.

Mai:
- Ora... - ele ri, corando. - Nem tenho palavras pra responder a altura...

Suki:
- Então só me beija, mm~?

Mai:
- Sim, senhora. - sussurra, beijando-a carinhosamente.

Suki:
"Como eu amo esse homem...", pensa, derretida, afagando os cabelos dele.

Mai:
O homem a puxa mais pra perto, mantendo-a colada em si. "Desse jeito eu não vou
querer fazer mais nada..."

Suki:
- ...já almoçou...? - sussurra, sem afastar demais os lábios.

Mai:
- ...não... ainda não. Esperei pra comer com vocês. - sussurra.

Suki:
- Mm. Podemos chamar o Lucca e a Rebecca, então, se quiser ir comer. - responde,
baixinho.

Mai:
- Querer, eu quero ficar mais tempo aqui com você... - ele ri baixinho. - Mas a
gente precisa comer.

Suki:
- Então deita aqui na grama comigo uns minutinhos. - pede, já se sentando e
trazendo Ichiro consigo.

Mai:
- Tudo bem. - ele ri baixinho, se deixando levar.

Suki:
- Você deita no meu peito ou eu deito no seu? - pergunta, baixinho.

Mai:
- Deita no meu. - diz, se deitando na grama. "Se eu deitar no seu peito, vou pensar
besteira, e não é hora."

Suki:
- Com prazer. - diz, boba, se ajeitando com a cabeça no peito dele antes de abraçá-
lo carinhosamente.

Mai:
O rapaz suspira, afagando os cabelos dela gentilmente.
- Eu te amo... - sussurra.

boredmai:
Suki:
- Eu também te amo, Ichi... E como te amo... - ela responde, baixinho.

Mai:
- ...Ichi... - ele ri, bobo.

Suki:
- ...sentiu falta de me ouvir te chamando assim, foi~?

Mai:
- Muita. - admite, corando.

Suki:
- ...fala que sentiu falta disso, vai~ - pede.

Mai:
- Eu senti falta de te ouvir chamar meu nome. Eu senti falta de você por completo.

Suki:
Ele pode sentir Leanne estremecendo, arrepiada, enquanto ela ria baixinho e erguia
o rosto para beijar o dele.

- Eu também senti sua falta por completo...

Mai:
Ele suspira, confortável.
- Mas agora você está aqui. Graças aos deuses...

Suki:
- E nunca mais vou embora, eu prometo. - diz, baixinho.

Mai:
- Por favor... - ele pede, apertando o abraço.

Suki:
- Eu prometo. - repete, estremecendo.

Mai:
- Minha carpa... - ele sussurra baixinho, carinhoso.

Suki:
- Meu dragão... Meu lindo e imenso dragão... - sussurra, afagando o rosto dele.

Mai:
- Pra sempre seu, todo seu. - sorri.

Suki:
- Por todo e eterno sempre. - murmura.

Mai:
Ele suspira, beijando os cabelos de Leanne.
- Só mais uns minutos...

Suki:
- Só um pouquinho~ - brinca.

Mai:
- Um pouquinho, sim. - ri.

Suki:
- Podia ser o tempo todo, e eu ainda assim não ficaria satisfeita. - brinca.

Mai:
- Vamos ter que nos satisfazer com pouco. - ri.

Suki:
- Um dia de cada vez~

Mai:
- Um dia de cada vez. - sorri. - Vamos comer?

Suki:
- Vamos. Lucca e Rebecca devem estar morrendo de fome depois da manhã praticando
magia. - e ri de leve.

Mai:
- Como foi a manhã? - ele pergunta, ficando de pé com Leanne.

Suki:
- Preguiçosa, mas produtiva. - brinca. - Passei algumas horas ensinando magia aos
dois, depois me exercitando, e por fim acabei dormindo. - diz, sorrindo.

Mai:
- Parece uma manhã maravilhosa. - ri.

boredmai:
Suki:
- E foi mesmo. - ela ri de leve. - E a sua, como foi~?
Mai:
- Atarefada. - ri. - Chata. Mas está tudo resolvido, ao menos.

Suki:
- Em breve eu espero poder te ajudar com isso. - ela suspira. - Você merece mais
tempo livre.

Mai:
- Em breve nós nos organizamos pra você me ajudar. - sorri.

Suki:
- Eu só preciso melhorar um pouco mais. - e assente com a cabeça.

Mai:
- Questão de dias, sim. - sorri.

Suki:
- Assim eu espero. - diz, empolgada.

Mai:
Ele ri de leve, afagando a mão dela.
- Então é importante se alimentar direito.

Suki:
- Eu tenho comido bem, Ichi... - resmunga, corando de leve. - E eu não tô mais
grávida, esqueceu? Não precisa mais ficar vigiando meu peso!

Mai:
- Eu sei, eu sei. Desculpe. - ri.

Suki:
Ela suspira.

- ...eu sei que você repara nos mínimos detalhes, e se está falando isso é porque
eu ainda não voltei ao meu peso normal. - murmura. - Mas depois que eu fui embora,
eu nunca mais voltei ao meu peso.

Mai:
- O que é preocupante. - suspira, afagando os cabelos dela

Suki:
- Não exatamente. - murmura. - Eu só tô... menos gostosa, acho. - e ri de leve.

Mai:
- Impossível. - ele ri.

Suki:
- Ichiro...! - e ri também, corando.

Mai:
- É a verdade. - ri.

Suki:
- É a sua verdade!

Mai:
- É suficiente. - ri.
Suki:
- Você não mudou nadinha... - provoca. - O título é só pose.

Mai:
- Pura pose. - ele ri baixinho. - Eu ainda sou o mesmo Ichiro.

Suki:
- Percebi. E isso me acalma imensamente. - diz, se encostando nele antes de dar
dois chutinhos na porta do quarto do irmão.

Mai:
- Tô iiiindo! - Lucca responde, sonolento. "Já..?"

Suki:
- Venham comer!

- Já vamos, já vamos...! - responde, balançando a cabeça antes de se levantar de


uma só vez.

Mai:
- Já tô indo... - ele resmunga, indo até a porta e abrindo-a.

- ...assim você não vai não. - Shogun ergue uma sobrancelha.

Suki:
- Belas coxas, Tigre. A cueca que não favorece em nada você. - Leanne provoca,
dando um sorrisinho de canto.

boredmai:
Mai:
- ...puta merda..! - ele exclama, fechando a porta e indo se vestir, corado.

Suki:
Isso arranca um risinho baixo de Leanne, que cobre os lábios com uma das mãos.

- Pfft...!

Mai:
O rapaz logo retorna, ainda vermelho, mas enfim vestido.
- P-pronto. - sussurra.

Suki:
- Bem melhor assim.

- E bem mais adequado, também. - Rebecca suspira, esfregando os olhos enquanto se


aproximava, a farda do exército no corpo.

Mai:
- As roupas daqui não te agradam? - Shogun pergunta.

Suki:
- ...elas são pra nós? - pergunta, franzindo a testa de leve. - Achei que fossem de
alguém.

Mai:
- É claro que são. - murmura, erguendo uma sobrancelha. - É o mínimo que podemos
fazer.

Suki:
- ...eu não quis abusar da sua hospitalidade. - ela suspira, cruzando os braços e
desviando o olhar.

- Se troquem, vocês dois. A gente espera. - Leanne pede, gentil.

Mai:
- Não é abusar, de maneira alguma. - murmura.

- Beleza, a gente não demora. - Lucca murmura, indo se trocar.

Suki:
- Eles vão se acostumar. - murmura, baixinho.

Mai:
- Com o tempo, sim. - suspira.

Suki:
- Eu era assim no começo, também. Lembra? - ela sorri.

Mai:
- Lembro sim. Igualzinha. - ri.

Suki:
- Um pouco pior, até, porque eu era uma criança, não tinha opção. - e ri de leve.

Mai:
- Exatamente. - ri. - Mas já foi.

Suki:
- E vai passar com eles também. - e assente com a cabeça.

Mai:
- Vai, vai sim. - sorri.

- Prontinho. - diz Lucca, abrindo a porta, já rendo vestido um dos kimonos. - Ainda
não tô acostumado, mas...

Suki:
O queixo de Leanne cai.

- Você ficou incrível. - diz, boba.

- Eu nem sei se isso tá certo... - Rebecca comenta, ao se aproximar logo depois


dele.

- Um pouco torto, mas também linda!

boredmai:
Mai:
- Estão ótimos. - Shogun ri de leve. - Vamos?

Suki:
- Vamos. - ela assente com a cabeça, entrelaçando o braço ao do marido.

Mai:
O homem sorri, guiando o grupo para a sala de jantar.

- Até que é confortável... - Lucca murmura.


Suki:
- Todo mundo que veste um pela primeira vez diz isso. - Leanne comenta, boba.

Mai:
- Entendo o motivo. - ri, bobo.

Suki:
- É confortável pra caramba. - diz.

- Melhor que a maioria dos vestidos. - comenta. - É um alívio sentir minhas pernas
livres.

- Eu prefiro um short bem curtinho! - Leanne ri.

Mai:
- Sabia. - Ichiro ri, balançando a cabeça.

Suki:
- Inclusive, cadê as minhas roupas que eu pedi pra você trazer~?

Mai:
- Estão no seu quarto. - e pisca um olho.

Suki:
- No nosso quarto~ - corrige, retribuindo a piscadinha.

Mai:
- Sim, nosso quarto. - ri, bobo. - Desculpe.

Suki:
- Eu desculpo dessa vez. - murmura, beijando-o de leve.

- Awww~ O pavão perdeu a pose~

Mai:
- Perdi mesmo. - ri, corando de leve com o beijo.

Suki:
- Igualzinho ao Lucca. - Rebecca diz, boba.

- Ele inclusive admitiu que vocês são iguais, Ichi—- - e engasga, empalidecendo.
"Merda....!"

Mai:
- ...Ichi? - Lucca ergue uma sobrancelha.

- Ichiro. Meu nome. - Shogun murmura, sem se abater.

Suki:
- ...huh. Parece inofensivo, não combina muito. - Rebecca comenta, alheia à Leanne
que praticamente permanecera congelada.

Mai:
- Pois é. Geralmente me chamam de Shogun mesmo. - ele ri de leve, fazendo um afago
em Leanne. "Tá tudo bem..."

Suki:
- Combina mais, na minha opinião. - murmura, rindo de leve.
- E-eu... eu gosto do nome dele... - balbucia, atrapalhada.

Mai:
- Pode chamar como preferir, então. - ri.

Suki:
- Shogun, então! - Rebecca sorri.

Mai:
- Resolvido. - ele ri de leve, indo se sentar à mesa.

Suki:
Leanne logo o acompanha, ainda levemente desorientada, mas visivelmente mais calma.

Mai:
- Prontos pro treino a tarde? - Shogun ri.

- Não~

boredmai:
Suki:
- Mas a gente aguenta!

- Assim espero. Não quero que desistam no primeiro golpe que levarem. - ela ri.

Mai:
- No segundo pode? - brinca.

Suki:
- Depende. Se for técnico, não. Se for pra defesa e força, aí sim, porque são
golpes mais violentos. - e ri.

- Como assim?!

Mai:
- Agora já tô com medo. - ri

Suki:
- Não, nem é hora pra isso!

Mai:
- Tarde demais! - ri, nervoso.

Suki:
- Lucca, calma...!

Mai:
- Tá bom, tá bom. - ri. - Eu acredito que não vou morrer.

Suki:
- Eu jamais te deixaria morrer!

Mai:
- Ótimo - ri.

Suki:
- Pode confiar em mim. No Ichiro não muito, ele gosta de pegar pesado, mas em mim
pode!
Mai:
- Eu não vou matar o seu irmão. - Shogun ri.

Suki:
- Vai só quebrar uns ossos~

Mai:
- Só alguns!

- E-ei..! - Lucca estremece.

Suki:
- Isso molda caráter, não se preocupa, Tigre. - Leanne provoca.

Mai:
- Molda caráter?! Tá doida?!

- Molda sim, moldou os nossos~

Suki:
- Nosso caráter e nossos esqueletos, mas moldou! - e gargalha.

Mai:
- Eu gosto do meu esqueleto do jeitinho que ele está!

Suki:
- Ele precisa de mais flexibilidade~

Mai:
- Esqueletos são feitos pra serem duros!

Suki:
- Articulações não!

Mai:
- Lea! - ele ri. - Me mantem inteiro, por favor!

Suki:
- Eu vou tentar, mas depende da sua resistência...

Mai:
- Eu achava que era boa, mas pelo jeito...

Suki:
- Vamos ver. Se for ruim, a gente aumenta!

Mai:
- Sem me quebrar, por favor!

Suki:
- Eu vou tentar, e o Ichiro também. Melhor assim~?

Mai:
- Bem melhor. - ele ri de leve.

Suki:
- Pronto, assim o neném fica mais calmo. - Rebecca provoca.

Mai:
- Neném?! Eu?! - ri.

boredmai:
Suki:
- Do jeito que tava chorando, pareceu~

- Ouch. - Leanne ri baixinho.

Mai:
- Eu não tava chorando, ora! - ri. - Eu tava sendo cauteloso!

Suki:
- Chorando~

Mai:
- Nada disso! - ri, balançando a cabeça.

Suki:
- Tudo bem, tudo bem, já foi. Vamos deixar para chorar no tatami ao fim do treino,
sim? - Leanne ri de leve.

Mai:
- Nada de choro, eu aguento! - ri.

- Famosas últimas palavras...

Suki:
- Bem famosas. - ela concorda, rindo de leve.

Mai:
- Eu vou sobreviver, vão ver só!

Suki:
- Assim espero. - ela pisca um dos olhos.

Mai:
- Eu vou, ora. - ele ri de leve. "Não sei como, mas vou."

Suki:
- Meia hora de descanso, agora que comemos, e depois treino~?

Mai:
- Resolvido. - ele assente com a cabeça.

Suki:
- Perfeito. - e assente com a cabeca.

Mai:
O rapaz suspira, se esticando.
- A comida tava ótima~

Suki:
- A comida daqui é ótima. - Leanne diz, assentindo com a cabeça.

Mai:
- É mesmo, admito. - Lucca ri.

Suki:
- Olha só, cada vez mais parecido com o cunhado. - Rebecca provoca.
Mai:
- Eu?! Nem um pouco!

Suki:
Ela ri.

- Não vamos começar com isso de novo. - Leanne pede, também rindo.

Mai:
- Tá bom, sem drama. - ri.

Suki:
- Ótimo. Poupem minhas orelhas. - pede

Mai:
- Aw, mas encher seu saco é tão legal~

Suki:
- Lucca...! - e gargalha.

Mai:
- Meu belo nome! - ri.

Suki:
- Um belo nome prum armário ~

Mai:
- Bem, eu sou alto, largo...

Suki:
- Exatamente por isso~

Mai:
- Perfeito, então. - ri.

Suki:
- E Leanne também combina perfeitamente com você, Leoa~

- Obrigada, Becca!

Mai:
Lucca ri, se esticando.
- Vamos pro dojo, então?

boredmai:
Suki:
- Vamos. - ela assente com a cabeça, se levantando. - Tô doida pra voltar a usar um
bastão ~

Mai:
- Contanto que não seja usar na minha cabeça...

Suki:
- Depende se você vai ser rápido o suficiente pra defender essa cabeça. - e pisca
um dos olhos.

Mai:
- Não ameaça, Lea..! - ri.
Suki:
- Já ameacei, e não retiro o que eu disse!

Mai:
- Tô fodido... - ele ri, nervoso.

Suki:
- Você consegue. E o impacto é leve, eu juro: a ideia é ensinar, não castigar.

Mai:
- ...ufa. Então não vai me quebrar, certo?

Suki:
- Não, eu não. Até porque eu vou treinar a Rebecca. - e pisca o olho novamente,
sorrindo de canto.

Mai:
- ...não vai me quebrar, certo..? - ele sussurra, encarando Shogun.

- Não faço promessas que não sei se vou cumprir~

Suki:
- Aprendeu bem. - diz, boba, beijando o rosto do marido.

Mai:
- Obrigado. - ele pisca um oilho.

Suki:
- Quebra, mas não mata, por favor. Eu amo o meu irmão. - ela ri baixinho.

Mai:
- Pode deixar. - sorri.

Suki:
- Obrigada, Ichi. - e beija o rosto dele novamente, visivelmente mais tranquila.

Mai:
- De nada, koibito. - e pisca um olho.

Suki:
Isso arranca uma risada um tanto alta de Leanne, as bochechas vermelhas.

- Tem anos que você não me chama assim...!

Mai:
- Eu sei. - ri, bobo. - Mas é sempre bom voltar.

Suki:
- É, é sim. Ainda mais se for pros meus braços. - diz, boba, parando de andar para
abraçar Ichiro e mantê-lo junto a si.

Mai:
- Assim eu não vou querer sair nunca mais. - ele ri baixinho, encostando o nariz no
rosto dela.

Suki:
- Nem pra bater no Lucca...? - brinca, baixinho.
Mai:
- ...mm, tentador...

Suki:
- Eu sei que é ~

Mai:
- Bastante. - ele ri baixinho. - Mas vamos, vamos treinar.

Suki:
- Vamos, vamos. - e o solta, resmungando baixinho.

Mai:
- Mais tarde a gente fica agarradinho a noite toda. - sorri.

Suki:
- Vou cobrar, se é assim. - diz, boba.

boredmai:
Mai:
- Pode cobrar. - ele ri.

Suki:
Ela ri baixinho, empolgada, abrindo as portas do dojo com um floreio desnecessário.

- Todos prontos~?

Mai:
- Não. - Lucca brinca. - Mas vamos treinar mesmo assim.

Suki:
- Vamos começar, então. - ela assente com a cabeça. - Rebecca, vem comigo. Lucca,
boa sorte. - e ri.

Mai:
- Vou precisar. - ri, se afastando pro outro lado do dojo com Shogun.

Suki:
"Melhor eu ficar de olho, mesmo que só um pouco...", pensa, começando a ensinar
Rebecca, atenciosa.

Mai:
O treino dos rapazes seria pesado, Shogun forçando os limites de Lucca, mas sem
passar do ponto, estimulando-o a se aprimorar...

Suki:
- Achei que ele fosse quebrar o Lucca no meio. - Rebecca comenta.

- Eu também. - ela assente com a cabeça. - ...mas agora que eu posso ficar
tranquila com isso, hora de pegar pesado no seu treino.

Mai:
Eventualmente, Lucca se larga no chão, exausto, enquanto Shogun apenas suspira.
- Você ainda precisa melhorar muito sua resistência...

Suki:
Rebecca, por sua vez, tinha acabado de fazer o mesmo, ofegante.

- Os dois precisam. - Leanne murmura, cruzando os braços.


Mai:
- É questão de tempo. Em um ou dois meses os dois já vão estar bem melhores. -
sorri.

- S-se... Se você diz... - Lucca ofega.

Suki:
- Se aguentarem, claro.

- E-espero... - balbucia.

Mai:
- Eu t-tenho minhas dúvidas... - ele ri, sem jeito.

Suki:
- Nós vamos fazer vocês aguentarem, pouco a pouco. Não se preocupem.

Mai:
- Pouco a pouco. Por favor. - ri.

Suki:
- Pouco a pouco. Promessa. - e ri também, o olhar afiado buscando o de Ichiro.

Mai:
- Promessa. - Ichiro murmura, erguendo uma sobrancelha.

Suki:
- Ótimo. Agora se recomponham, que precisamos começar a desenvolver as fraquezas de
vocês dois.

boredmai:
Mai:
- ...ainda tem mais?!

- Claro. Não achou que tinha acabado, achou?

Suki:
- Desenvolver resistência envolve treinar além do que se normalmente aguenta.

Mai:
- ...puta merda... - ele estremece. - Tá, tá, eu vou tentar...

Suki:
- Mais alguns minutos de descanso, até você conseguir se levantar.

Mai:
Ele assente com a cabeça, se sentando devagar, exausto.
- Becca, tá viva?

Suki:
- N-não muito... - responde, ainda de olhos fechados, largada no chão.

Mai:
- Somos dois. - ri, fraco.

Suki:
- Você... Você ainda aguenta mais que eu...
Mai:
- Só um pouco, quase nada!

Suki:
- Tô... Tô vendo... - sussurra.

Mai:
- Um mês. Um mês e a gente vai aguentar!

Suki:
- E-eu espero...

- Eu aguentei nove meses de gravidez, vocês aguentam isso!

Mai:
- Não sei não! - ri.

Suki:
- Bom, eu estou dizendo que aguentam!

Mai:
- Vamos tentar, isso eu garanto. - ri.

Suki:
- Já é o suficiente. - e pisca um dos olhos.

Mai:
- Espero que seja. - ele ri baixinho. - Continuar, então?

Suki:
- Vamos. Mais leve, dessa vez.

Mai:
- Por favor. - ri, se levantando devagar.

Suki:
Ela assente com a cabeça, esperando Rebecca fazer o mesmo antes de voltar ao
treinamento.

Mai:
Apesar da motivação, logo Lucca estaria estatelado no chão novamente, incapaz de se
levantar.
- C-chega..!

Suki:
Leanne coloca uma das mãos na cintura, visivelmente preocupada.

- Tudo bem, tudo bem, por hoje chega... - e suspira. - Precisam de uma cura aí?

Mai:
- P-preciso de... De cinco anos e-em cima de uma cama... - ele resmunga.

Suki:
- Isso é um sim ou um não pra cura? - ela ri.

Mai:
- É um "por favor". - ri.

Suki:
- Certo, certo. - e ri de novo, se aproximando do irmão para curá-lo, a magia
quentinha e confortável recuperando suas forças.

Mai:
Ele solta um suspiro baixinho, fechando os olhos.
- Eu vou dormir aqui mesmo. Me enterra logo...

boredmai:
Suki:
- Lucca, não fala assim... - reclama, beliscando o braço dele.

Mai:
- Ai, ai..! - ri.

Suki:
- Acha que consegue levantar, ou precisa de mais cura? - pergunta, afastando as
mãos.

Mai:
- Consigo... Eu acho. - murmura, se levantando vagarosamente.

Suki:
- Eu vou cuidar da Rebecca, enquanto isso, então. - responde, se afastando.

Mai:
- Valeu... - ele sussurra, se encostando na parede. "Eu não sei como eles
aguentam..!"

Suki:
Rebecca, por sua vez, nem falava nada, incapaz de respirar devagar o suficiente
para isso, aliviando apenas com alguns minutos de cura...

Mai:
- Tá viva..? - Lucca ri baixinho.

Suki:
- Por... por pouco... - sussurra.

Mai:
- Somos dois... - ri.

Suki:
- Eu te apoio até o quarto. - Leanne suspira, ajudando Rebecca a ficar de pé, ela
mesma estremecendo pelo esforço.

Mai:
- Deixa que eu faço isso, Lea. - diz Shogun, impedindo a garota. - Eu levo a
Rebecca, e depois o Lucca.

Suki:
- Eu aguento. - murmura, negando com a cabeça. - Leva o Lucca.

Mai:
Ele suspira.
- Tudo bem. Mas não se force. - murmura, indo guiar o rapaz.

Suki:
- Um pouco é necessário para que eu volte a ter a minha resistência. - e suspira.
Mai:
- Com cuidado, por favor. - pede.

Suki:
- Todo cuidado do mundo. - ela assente com a cabeça.

Mai:
Ele sorri de leve, guiando Lucca de volta pra o quarto, cuidadoso.

Suki:
- Prontinho. Deitem e durmam. - Leanne diz, ajudando Rebecca a se deitar na cama,
ciente que a soldado não aguentaria muito mais tempo desperta. - Nós acordamos
vocês pro jantar.

- O... Obrigada...

Mai:
- Nem acorda... - Lucca sussurra, fechando os olhos.

Suki:
- Vocês precisam comer. - ela suspira.

Mai:
- Eu preciso dormir por três dias seguidos. - ri.

boredmai:
Suki:
Leanne revira os olhos.

- Nós vamos chamar vocês pro jantar. Até lá, descansem. - e sai.

Mai:
- Vai lá. - ele sussurra, caindo no sono pouco depois.

Suki:
- Eu não acredito que a minha mãe enfiou o Lucca nessa maluquice toda com tão pouco
preparo... - Leanne comenta, quando ela e Shogun se afastam o suficiente.

Mai:
- Muito pouco mesmo. Até a Chiaki é mais resistente que ele. - suspira, balançando
a cabeça.

Suki:
- E a Rebecca, então?! O Lucca era tenente, mas ela?! Coitada!

Mai:
- Pois é. Isso explica porque é tão fácil lutar contra a massa do exército, e só
alguns poucos oficiais dão trabalho. - suspira.

Suki:
- Exatamente. - murmura, balançando a cabeça negativamente. - Eu só consigo sentir
pena dos vários que morrem a toa, sem sequer conseguirem fugir, por causa dessa
negligência.

Mai:
- De fato. E dos tantos que estão presos lá por causa dessa ideologia maluca...

Suki:
- Ou do exorcismo, como é o caso da Rebecca. Ela não sabe nada sobre si antes do
exorcismo. - murmura.

Mai:
- Nada? Absolutamente nada? - ele franze a testa.

Suki:
Ela nega com a cabeça.

- Nem o próprio nome.

Mai:
- Mais um motivo pra descobrir um jeito de reverter o exorcismo. - sussurra.

Suki:
- Nem mesmo com o estímulo da minha magia ela teve alguma reação...

Mai:
- Algum jeito de reverter tem que existir. - murmura.

Suki:
- Eu espero que sim. Pro bem dela, eu espero que sim...

Mai:
- Não só dela, mas de vários soldados. - suspira.

Suki:
- Passar um helicóptero pulverizando o antídoto. - brinca.

Mai:
- Seria ótimo. - ri.

Suki:
- Meios a gente tem. - brinca

Mai:
- Com certeza. Basta descobrir a solução. - responde.

boredmai:
Suki:
- Eu vou começar a estudar sobre isso...

Mai:
- Obrigado. A mamãe também tá pesquisando, então se vocês duas se juntarem, vai
ajudar.

Suki:
- Eu não sei se me sinto plenamente segura pra... - ela para de andar, o rosto
perdendo a cor, os olhos desfocando.

Mai:
- ...pra..? - ele hesita, segurando os ombros dela. - Lea? Lea, o que houve?

Suki:
- ...mexer...nos... Nos livros... - sussurra, a voz distante, os olhos se enchendo
de lágrimas enquanto o nariz começava a sangrar em profusão.

Mai:
"...os livros do Bartolomeu..!" pensa, pegando-a no colo.
- Calma. Calma, tá tudo bem. Você está segura aqui...
Suki:
E Ichiro sente o corpo de Leanne se tensionando nos braços dele, o olhar perdido,
sem foco.

- O... O Micchi... O Micchi, ele vai... Ele vai abusar do Micchi, ele vai machucar
o Micchi, que nem fez comigo...!

Mai:
- Não, não vai. O Micchi está seguro. - sussurra, carinhoso. - Eu prometo.

Suki:
A mulher se perde nas próprias memórias, afundando no medo e no desespero de
lembrar do pai e do que ele fizera...

Mai:
- Calma. Calma... - sussurra, gentil, apoiando o rosto de Leanne em seu peito.

Suki:
- E-eu... E-ele vai querer o meu filho pra ele... - balbucia, ainda em choque. -
Ele... Ele tentou me fazer um, mas.. Mas a mamãe impediu, e agora... E agora...!

Mai:
Ichiro trava de imediato, empalidecendo.
- Ele... Ele fez o quê..?!
"A Chiaki..!"

Suki:
- Por... P-por favor... Por favor, protege o Micchi, protege o Micchi, ele...! -
ela engasga com o sangue, a respiração pesada e dolorosa..

Mai:
- Eu vou. Eu vou proteger nosso filho. - murmura, apertando o abraço antes de
correr pro quarto de Setsuna. - Mãe!

- ...Ichiro? Leanne, o que houve?! - a mulher exclama, abrindo a porta, assustada.

Suki:
- Mãe... Mãe, cadê o Micchi?! O Micchi, mãe, ele vai machucar o meu filho...!

boredmai:
Mai:
- Quem..?

- Não, ele não vai. Eu não vou deixar. - diz, deitando Leanne na cama de Setsuna. -
Cuida dela. Eu tenho que resolver algo importante.

- ...tuso bem, querido. - suspira, preocupada, indo afagar os cabelos da filha. -


Eu fico com a Leanne.

Suki:
- Cuida do Micchi...! - geme, o sangue ainda escorrendo pelo rosto dela, sem que
Leanne se mova.

Mai:
"Merda. Merda, merda, merda..!" Ichiro pensa, pálido como um fantasma enquanto
teleportava de volta para a mansão, correndo pelos corredores em busca de
Bartolomeu...
Suki:
E ele encontraria o homem na cama sobre Chiaki, sussurrando elogios e encantamentos
para a garota em seus braços...

Mai:
- CHIAKI!

Ichiro berra, se lançando sobre Bartolomeu em fúria, assumindo a forma de dragão de


imediato. "MERDA!"

Suki:
O homem cai para o lado com o impacto, deixando a garota sobre a cama com uma
exclamação de dor.

- NÃO SE META, GAROTO! - rosna, atirando Ichiro para longe com a própria magia,
violento, antes de encará-lo com um sorriso de canto. - ...fique com ela, então. Eu
tenho mais o que fazer. AVACH LEANNE!

Mai:
- NÃO! - ele grita, as garras segurando o vazio onde antes estava Bartolomeu.

- I... Ichi..! - a garota choraminga, trêmula, se sentando na cama devagar, puxando


as roupas pra cobrir o corpo novamente. - Ele... O que eu..?

- Aguenta firme. - ele pede, apoiando uma das patas no ombro da irmã. - Eu preciso
ir atrás dele, mas eu já volto. Eu prometo.

Suki:
- Não imaginei que encontraria duas vítimas juntas. - o mago ri, cruel, ao
ressurgir ao lado de Leanne. - Talvez eu devesse usar as duas pro que eu quero... -
diz, caminhando na direção de Setsuna.

Mai:
A mulher fica de pé entre Bartolomeu e Leanne, o olhar firme.
- Não ouse dar mais um passo.

boredmai:
Suki:
- O que você vai fazer se eu der, huh? - provoca, continuando a caminhar. - Gritar
por ajuda? - e ri de novo, erguendo o olhar para Leanne, que se escondia atrás da
mãe, amedrontada.

Mai:
A mulher leva a mão ao kimono, sacando uma faca que tinha escondida antes de
avançar sobre Bartolomeu.
- LEANNE, FUJA! - ela grita.

Suki:
E o homem nem sequer se abala, atirando a mesa contra Setsuna com um gesto de mão,
o desprezo visível em sua face.

- Se coloque no seu lugar, mulher.

Mai:
Setsuna solta um grito de dor com o impacto, caindo ao chão.
- Eu não vou deixar você encostar na minha filha!

Suki:
- Ainda falando? - ele ri, erguendo outro móvel para atingi-la, antes que Leanne o
derrubasse no chão, saltando sobre Bartolomeu.

- NÃO ENCOSTA A MÃO NA MINHA MÃE, SEU MONSTRO!

Mai:
"Leanne..!" ela estremece, fraca demais pra reagir. "Não, Leanne, fuja!"

- BARTOLOMEU! - Shogun grita, voando pelo corredor na direção do quarto.

Suki:
- EU VOU TE MATAR, EU VOU TE MATAR, EU VOU TE MATAR! - berra, socando o rosto do
homem com violência seguidas vezes, sem que ele se importe, até enfim inverter a
posição dos dois e abrir as pernas da garota, que arregala os olhos e empalidece.

- Não se eu te matar primeiro. - ele ri, as mãos indo ao pescoço de Leanne.

Mai:
- NÃO OUSE! - Shogun urra, se lançando sobre o homem, furioso.

Suki:
Ele cai para o lado com uma risada cruel, o rosto ainda sangrando dos socos de
Leanne.

- O que foi, Ichiro? Com raiva do seu sogro porque ele foi o primeiro da sua esposa
e da sua irmã ~?

Mai:
- SEU DESGRAÇADO! - grita, as garras tentando atingir Bartolomeu.

Suki:
E ele logo ressurge ao lado de Leanne, prendendo a garota em um mata-leão, tirando-
a do chão.

- Vamos, vamos, você não quer que eu quebre esse pescocinho que você ama encher de
beijos, quer?

boredmai:
Mai:
- Todo o mal que você fez à Leanne eu vou retribuir mil vezes pior! - o dragão
sibila. - Solte-a!

Suki:
- Você não é idiota pra pensar que eu realmente vou soltá-la só porque você pediu,
é? - e ri. - De volta à humanidade, dragão. - diz, apertando o golpe ao redor de
Leanne, cujo rosto começava a ficar vermelho.

- Es... Espada... - pede, movendo apenas os lábios, uma das mãos pedindo a arma
discretamente.

Mai:
- Devia, se tem alguma esperança de sair vivo! - grita. "A espada..." pensa, usando
a própria magia pra levar a arma até Leanne o mais discretamente que podia.

Suki:
- Eu posso até sair morto, mas não vou ser o único. - provoca, mordendo o rosto de
Leanne com violência, fazendo-a gritar de dor...

Mai:
- MALDITO! - ele exclama, avançando novamente, tentando arrancar Leanne das mãos do
homem.

Suki:
E ele recua e recua e recua, os pés de Leanne começando a se contorcer pela falta
de ar, a mão gesticulando nervosamente.

"Anda... Anda, Ichiro...!"

Mai:
"Merda..!" ele estremece, rugindo, continuando a atacar, usando isso como distração
pra entregar a espada a Leanne...

Suki:
E assim que ela pega a arma da forma invertida, basta um movimento para que a
garota atravessasse o próprio ventre até o fim da lâmina, tentando atingir
Bartolomeu na região mais sensível.

- SUA PUTINHA INSOLENTE! - ele urra de dor, recuando para fugir da dor enquanto
soltava Leanne e ela caia no chão tossindo e tentando respirar em meio a dor...

Mai:
"LEANNE, PUTA MERDA!" pensa, curando-a como podia enquanto avançava em Bartolomeu,
tentando rasgá-lo com as garras.

Suki:
Ele recebe o primeiro golpe, mas mais uma vez usa a própria magia para jogar Ichiro
para trás.

- Já... Já chega. Avach Ehwaz. - e desaparece.

Mai:
O dragão ofega, soltando um rugido de frustração antes de voltar à forma humana,
indo apoiar Leanne.
- Merda, Lea..!

boredmai:
Suki:
- Eu... Eu sobrevivo... - sussurra, a própria mão sobre a entrada do ferimento,
cicatrizando-o devagar... - Cuida.. Mamãe...

Mai:
Ele assente com a cabeça, curando a garota mais um pouco antes de ir ver como
Setsuna estava.

- Eu... Eu estou bem... Crianças... - a mulher sussurra. Tinha um corte na


sobrancelha, o rosto lavado de sangue, mas nenhum ferimento parecia muito severo,
Setsuna se levantando quando Ichiro tira a mesa de cima dela.

Suki:
- Cuida dela... - insiste, atordoada, deitada no chão, a cicatriz bastante feia...

Mai:
- Eu estou bem. - ela repete, balançando a cabeça enquanto secava o rosto com a
manga, tentando estancar o sangue.

- Tem certeza, mãe?

- Tenho. Cuide da Leanne. - ela assente com a cabeça.


Suki:
- Vem... Vem aqui... Eu... Eu curo... Eu cuido... Eu... Eu protejo... - balbucia, o
rosto agora marcado pela violência de Bartolomeu...

Mai:
- Não. Eu cuido, hoje. - Ichiro murmura, se aproximando pra tomar a garota nos
braços.

Suki:
- Eu... Eu cuido... Eu protejo... Eu cuido... Eu protejo... - repete, trêmula.

Mai:
- Já cuidou, e já protegeu. - sussurra, levando-a para o quarto.

Suki:
E Leanne segue repetindo as mesmas coisas, o nariz voltando a sangrar devagar....

Sobre a cama da menina, Salem estava desacordado, emagrecido e com os pelos falhos.

.....exatamente como quando Leanne tivera a última crise.

Mai:
"Ah, merda...!" pensa, indo deitar a garota na cama, cuidadoso, colocando Salem em
seu colo.

boredmai:
Suki:
E da forma que ela é colocada, seu corpo fica, repetindo as mesmas palavras até se
silenciar, observando o teto, a respiração quase imperceptível...

Mai:
O rapaz se senta ao seu lado, afagando os cabelos da esposa, carinhoso. Ainda
mandaria um mensageiro para a mãe, pedindo que cuidasse de Chiaki, mas... "Eu não
tenho como sair daqui..."

Suki:
Aos poucos, com o carinho dele, Leanne parece adormecer, um sono pesado e rígido,
sem o ronco ou os movimentos de sempre, e se não fosse o peito subindo e descendo e
o nariz que ainda escorria sangue, poderia considerá-la morta...

Mai:
"Ah, Lea, me perdoe..." pensa, frustrado, continuando a cuidar da mulher, gentil...

Suki:
- Que horas são...? - Rebecca resmunga, despertando devagar, o corpo ainda bastante
pesado.

Mai:
- Não faço ideia... - ele sussurra, passando a mão no rosto, ainda exausto.

Suki:
- Parece noite... - diz, se sentando com um grunhido de dor.

Mai:
- ...noite, já..? A gente dormiu um dia inteiro? - murmura, praticamente se
arrastando pra fora da cama.

Suki:
- Pelo jeito sim... E pelo jeito nem a Leanne tirou a gente da cama...
Mai:
- O sono foi pesado mesmo. - ele ri baixinho. - Vamos pegar alguma coisa pra comer.

Suki:
- Melhor. A gente precisa, depois de hoje. - ela suspira, ficando de pé devagar.

Mai:
- Precisamos mesmo. - murmura, se levantando devagar e indo até a porta.

Suki:
- Tá tudo quieto. Será que já é madrugada...? - pergunta, olhando ao redor

Mai:
- Boa pergunta. - ele murmura, franzindo a testa. "Tem algo errado..." pensa,
caminhando pelo corredor devagar.

Suki:
- Você também tá sentindo o clima pesado? - sussurra, hesitante, os passos mais
comedidos.

Mai:
- Tô. Muito. - sussurra, alerta, espiando por um dos corredores, notando o rastro
de destruição que a luta entre Bartolomeu e Shogun deixara. - Merda..!

Suki:
- E bota merda nisso. - ela estremece. - Devo voltar e pegar as armas...?

boredmai:
Mai:
- Não precisa. - quem avisa é Setsuna, a mulher aparecendo no corredor. - O perigo
já passou.

Suki:
- O pe-- o que aconteceu? Quem te machucou?! - pergunta, se aproximando dela a
passos rápidos.

Mai:
- O Bartolomeu. - murmura.

- O... Quê?! Meu pai tá morto, ele não tem como--

- Ele está vivo. - responde, balançando a cabeça.

Suki:
- Como um homem morto volta a vida?! - pergunta, hesitante e levemente assustada. -
Isso... Isso é possível? Magia pode fazer isso...?

Mai:
- Pode. - ela assente com a cabeça.

- Merda. Merda, merda..! E a Leanne, como ela tá?!

- Se recuperando. Descansando com o Ichiro. - a mulher suspira.

Suki:
- Se recuperando? O que aconteceu?! Quem mais se feriu?! - pergunta, mastigando o
lábio inferior, preocupada.
Mai:
- Ele atacou a Leanne, e ela entrou em colapso. - a mulher murmura, preocupada. "E
a Chiaki, também..." - O corpo dela está bem, mas a mente...

- Merda... Merda, ele não..!

Suki:
- Outro colapso não... - murmura. - Um já foi difícil de reverter, mas dois... Eu
nunca ouvi falar de alguém que aguentou um segundo...!

Mai:
- A Leanne é mais forte que todos nós. - Setsuna diz, apaziguadora. - Ela vai
superar isso.
"Assim espero..."

Suki:
- ...É. Isso a gente percebeu hoje. - e ri de leve, sem jeito. - Bem mais forte.

Mai:
- Vocês estavam indo jantar? - pergunta.

Suki:
Rebecca assente com a cabeça.

- Você já comeu? Quer nos acompanhar?

Mai:
- Vão na frente. Eu já encontro vocês. - sorri.

Suki:
- ...tem certeza? Nós podemos te acompanhar. - murmura, olhando para Lucca antes de
olhar novamente para Setsuna.

Mai:
- Só esperem aqui, então. - ela assente com a cabeça, voltando a entrar no quarto.
- ...Chiaki. Micchi. Vamos jantar?

- ...eu não quero ir, mãe. - a menina sussurra, abatida.

- Mas precisa, querida. Os dois precisam.

boredmai:
Suki:
- Comer, nee-san, precisa comer... - Micchi murmura, puxando Chiaki pela mão,
preocupado. - Você quem fala que ficar sem comer faz mal e não cresce!

Mai:
Ela suspira, segurando na mão de Mitsuo gentilmente.
- ...mas... - ela hesita. - Tá. Eu vou...

- O irmão da Leanne e a namorada dele vão conosco. Tudo bem, querida? - Setsuna
pergunta, afagando o rosto dela.

- ...t... T-tudo bem. - sussurra.

Suki:
- Tio Tigre...! - exclama, bobo. - Você vai adorar ele! Ele é bobo e divertido que
nem a mamãe, ela dizia!
Mai:
- Tigre, é..? - murmura. - Você vai conhecer o seu tio...

Suki:
- E você vai conhecer seu tio irmão! - diz, bobo, erguendo os braços.

Mai:
- Ele não é meu tio, Micchi. - ela ri de leve. - Vamos..?

- Vamos, queridos. - Setsuna sorri, guiando os dois pra fora.

Suki:
- Ele pode ser seu tio também! Eu empresto! - diz, risonho, puxando Chiaki pela
mão...

...e parando ao bater de cara na perna de Lucca, olhando para cima, confuso e
inocente.

Mai:
O rapaz olha pra baixo, surpreso.
- ...É... É o Mitsuo? - ele murmura, esboçando um sorriso.

- É sim. E a Chiaki, minha filha. - Setsuna sorri, apresentando a menina.

- ...prazer... - ela murmura, tímida.

Suki:
- Tio Tigre! TAIGA! GRAWR! - ele ri, bobo, esticando as mãozinhas para cima. - E
essa é a Chiaki nee-san! E essa é a baa-san! - diz, orgulhoso de si de lembrar
todos os nomes.

- Prazer. - Rebecca murmura, acenando de leve, também sem jeito. - A gente tá meio
que sobrando dos dois, né. - e ri.

Mai:
- Grawr! - ele ri, pegando o menino no colo. - Meu sobriiiinho!

- É. Um pouco... - ela murmura. - Você é namorada do Tigre, não é?

boredmai:
Suki:
- Tio Tigre...! - ele ri, bobo, se debatendo energicamente para abraçá-lo pelo
pescoço.

- Rebecca. Prazer. - ela assente com a cabeça, estendendo a mão para Chiaki. - E
você é a irmã do Shogun e da Leoa, né?

Mai:
- Sobrinho leãozinho! - ri.

- Sou, sou sim. - murmura, apertando a mão de Rebecca.

Suki:
- Leão não! Eu sou um dragão!

- Prazer. - repete. - É a primeira vez que vamos comer todos juntos, se eu me


lembro bem.

Mai:
- Dragão, é? Dragãozinho! - ri.

- Sem a Lea. - ela sussurra. - E o Ichi.

Suki:
- Dragãozinho! - e se transforma em um pequeno dragão dourado, serpenteando no ar
antes de se enrolar no pescoço de Lucca, quentinho e confortável.

- ...oh. Eu.. Eu não pensei nisso. Me desculpe. - e suspira, colocando a mão no


ombro dela. - Mas é só uma questão de tempo até acontecer.

Mai:
- Que fofiiiinho! - ele ri, bobo.

- ...É. Ela vai ficar bem, né..? - sussurra.

Suki:
- Grawwwwr! - brinca, a voz levemente mais grave.

- Vai sim. A Leoa é mais forte que todo mundo aqui junto. - diz, gentil. - E nós
vamos cuidar dela.

"Se ela não tiver enlouquecido de vez nessa..."

Mai:
- Que fofiiiinho! - repete, afagando as escamas do menino. - Raaaawr!

- É sim. - ela esboça um sorriso. - Ela é incrível.

Suki:
- Eu ainda não aprendi a soltar fogo, mas a mamãe diz que não vai demorar!

- E você também, se aguenta o treinamento dela com o seu irmão. Porque eu e o Lucca
fizemos uma hora e caímos duros!

Mai:
- Quero ver quando aprender!

- ...só... Uma hora? - Chiaki franze a testa.

Suki:
- Prometo que te mostro, Tio Tigre!

- Só. - e ri, culpada. - Depois fizemos mais uma, mas só.

boredmai:
Mai:
- Quero ver mesmo!

- ...É, vocês precisam de mais treino mesmo... - murmura.

Suki:
- Nem fala. - ela ri, sem graça. - Mas se a Leanne é mais forte que você, e você é
mais forte que a gente, ela vai melhorar sem problemas!

Mai:
- Ela é bem mais forte que eu. - sorri. - Bem mais...

Suki:
- Então vai ser moleza pra Leoa. - e pisca um dos olhos.

Mai:
- Tomara. - suspira, indo se sentar à mesa.

Suki:
- Vai sim. Eu tenho certeza. - diz, confiante.

Mai:
- Tomara. - ela repete, apesar de sorrir.

- Falando da Lea? - Lucca sorri.

Suki:
- A mamãe tá descansando, né? Ela tava doente, deve tar cansada, precisa dormir
mesmo! - diz, bobo.

Mai:
- Isso mesmo, ela precisa descansar bastante. - o rapaz sorri. "Graças ao
Bartolomeu, aquele desgraçado..."

Suki:
- Ela adora dormir~ - e ri.

Mai:
- Dormir é importante. - Lucca sorri.

Suki:
- Mas a mamãe quase não dorme. Só gosta muito~

Mai:
- Ah, é? Vou dar uma bronca nela, ela precisa dormir mais!

Suki:
- Ela tá dormindo agora pra descansar por tudo que não dormiu, né~?

Mai:
- Exatamente. Então não pode atrapalhar ela, certo?

Suki:
- Táááá, tio Tigre! Vou deixar ela 'a mimir'!

Mai:
- A mimir! - ri, bobo, afagando as escamas do dragão.

Suki:
- Agora eu vou comer, tio, licença ~ - diz, bobo, indo para o chão para se ajeitar
à mesa.

Mai:
- Também é importante! - ele assente com a cabeça.

Suki:
- Itadakimaaaaaaaaasu!

Mai:
O rapaz apenas ri, bobo, começando a comer. "Que criança fofa..."

boredmai:
Suki:
Apesar do ânimo, Leanne não acordaria pelos próximos dias, a primeira semana se
passando e levando consigo todo o otimismo dos moradores da casa. Mitsuo
constantemente ficava brincando ou estudando no mesmo quarto que ela, tristonho
mesmo quando Ichiro o tira do cômodo apesar de claramente tentar animar o resto da
família...

Mai:
- Ah, mãe... - Ichiro sussurra, se abraçando em Setsuna, frustrado. - E se ela não
acordar..?

- É a Leanne. Ela vai despertar, querido. - a mulher murmura, afagando os cabelos


dele. - Mas talvez ela precise de um estímulo. Um estímulo materno.

- Um... - ele hesita. - Não. Não, mãe, isso é loucura!

- É de loucura que precisamos, querido. - suspira. - Se nós não sabemos o que


fazer, nós precisamos de alguém que saiba.

O rapaz hesita, cerrando os dentes. Se fosse necessário...

Suki:
A carta que Setsuna envia para Caroline é extremamente mal recebida, com grunhidos
e ofensas e impropérios enquanto a lia, apesar da preocupação que sentia ao saber
do estado de Leanne - e do ataque de Bartolomeu -.

"Eu sabia que eles não iam proteger ela direito...!", pensava, furiosa.

Apesar disso, aceitaria o convite, deixando os detalhes para a outra mulher.

"Me diga onde e quando.", é tudo que ela responderia.

Mai:
O local seria numa área mais neutra da cidade, naquela mesma noite. Apesar da
insistência de Ichiro, Setsuna recusara qualquer companhia ou escolta, apenas
aguardando sob a luz da lua...

Suki:
- ...não achei que você fosse tão tola e inocente ao ponto de vir sozinha,
matriarca. - Caroline diz, se aproximando dela algum tempo depois. Tinha chegado
bem mais cedo, ficando de tocaia até se certificar que não tinha mais ninguém. Nas
costas, a escopeta de sempre, e os coldres cheios, o uniforme do exército no
corpo...

Mai:
A mulher suspira, sem se virar na direção dela.
- Por que diz isso, marechal? Por acaso sua intenção é me matar?

boredmai:
Suki:
- Talvez fosse. - responde, franzindo a testa. - Não pensou nisso?

Mai:
- A tola seria você, então. - diz, sucinta.

Suki:
- ...heh. Não esperava menos coragem da mulher daquele homem. - diz, tirando as
mãos das armas. - O que você quer em troca da minha filha, afinal?
Mai:
- Eu não vim usar a minha filha como moeda de troca. - responde, negando com a
cabeça. - Eu vim pedir a sua ajuda pra trazê-la de volta.

Suki:
- ...trazê-la de volta do que vocês deixaram acontecer com ela, como eu sabia que
deixariam. - e ri, balançando a cabeça negativamente. - Eu sabia que vocês não
cuidariam direito dela, depois do que aconteceu no hospital.

Mai:
- A Leanne sempre pintou você como ameaça, e o Bartolomeu como um pai amoroso. Foi
ela mesma quem o trouxe de volta. - responde. - Quando ela surgiu invertendo a
história, a primeira suspeita foi de que o exorcismo tinha feito algo ruim com ela,
não que tinha revelado a verdade.

Suki:
Ela nega com a cabeça.

- Eu deixei a Leanne para trás porque a magia dela se apagou pra mim quando eu
matei o Bartolomeu. - explica, a voz mais séria, perceptivelmente ferida apesar da
raiva que carregava. - Porque eu vi o meu marido em cima da minha filha, abusando
dela, querendo usar a minha menina como arma em uma guerra que não é dela. Que
nunca foi dela.

Mai:
- Ele também tentou abusar da minha outra filha. - sussurra, a voz mais áspera. -
Meu filho o impediu, graças aos deuses.

Suki:
- Que bom, porque eu não consegui fazer o mesmo. - ela nega com a cabeça, a voz
mais baixa, frustrada, envergonhada, carregando uma década de culpa que não ousara
verbalizar a ninguém. - ...eu preciso matar o Bartolomeu de novo.

boredmai:
Mai:
- Eu estou disposta a te ajudar como necessário, mas primeiro nós precisamos da
Leanne de volta.

Suki:
Ela nega com a cabeça.

- Eu não posso fazer nada sem examiná-la antes. - murmura.

Mai:
A mulher leva a mão ao kimono, tirando duas pequenas pedras de dentro.
- Aqui. Isso vai nos levar até ela.

Suki:
Isso faz Caroline franzir a testa.

- E o que seria isso? - pergunta, hesitante.

Mai:
- Pedras de teleporte. Basta dizer "Caroline pede passagem", e você vai surgir no
lugar correto. - diz, entregando uma das pedras para Caroline. - Setsuna pede
passagem. - e desaparece.

Suki:
"Isso pode ser uma armadilha. Ela quem escolheu a pedra, e não me deu nem sequer a
escolha de entrar pela porta da frente.", pensa, incomodada. Mas...

- Caroline pede passagem.

Mai:
A mulher surge num salão vazio, Setsuna ao seu lado.
- Venha comigo. - diz, guiando-a pelos corredores.

Suki:
Assim que ela aparece e identifica onde estava, Caroline saca a escopeta,
apontando-a para as costas de Setsuna enquanto a acompanhava com passos comedidos e
silenciosos.

Mai:
A mulher apenas olha de relance sobre o ombro ao ouvir o barulho da arma,
suspirando, sem atrasar o passo. Enfim, ela abre a porta de um quarto, onde Leanne
e Ichiro estavam, a expressão do rapaz endurecendo ao ver Caroline.

Suki:
- Sem gracinhas. - avisa de imediato, a arma em punho. - Ela ainda tá no alcance
dos primeiros tiros, sem contar os estilhaços.

Mai:
- A Leanne também está. - Setsuna avisa, sentando ao lado da cama. - Nenhum de nós
vai arriscá-la.

boredmai:
Suki:
Caroline resmunga, guardando a arma visivelmente a contragosto.

- O que aconteceu com ela? Preciso dos detalhes, antes de tudo. - diz, o canto do
lábio superior tremendo.

Mai:
- Ela lembrou do Bartolomeu, e começou a passar mal. Eu fui atrás dele, mas ele
teleportou pra cá e atacou a Leanne e a minha mãe. - Shogun explica. - Ela reagiu,
mas quando ele foi embora... Ficou assim.

Suki:
- Reagiu com magia? Houve contato direto entre eles? Sangue, magia, qualquer coisa?

Mai:
- Ele tentou enforcar ela, e... E ela usou uma espada pra atravessar os dois.

Suki:
- ...atravessar os dois. - ela nega com a cabeça, mais pálida. - Ah, Leoa... - e
suspira, se aproximando para arrumar os cabelos dela e tirá-los do rosto da filha.

Mai:
- É. Os dois. - suspira. - O corpo dela já foi curado, mas...

Suki:
- Mas magia não se recupera assim. - explica. - Almas não se recuperam assim. - e
se senta ao lado da filha, tocando-lhe o rosto suavemente enquanto a magia, quente
e suave como a de Leanne, se espalhava pelo corpo da mais nova e pelo quarto.

Mai:
- ...ara, ara... Não sabia que a marechal do exército usava magia. - Setsuna
murmura.
Suki:
- Eu não teria como lutar de igual contra um dragão sem isso. - retruca, ríspida.

Mai:
- Não foi de igual pra igual. Se fosse, ele ainda estaria aqui. - sussurra.

Suki:
- Isso só diz que eu sou mais forte. Mais apta a proteger a minha prole, inclusive.

Mai:
- É isso, então? Você me tirou o meu marido, e agora vai tirar a minha filha? -
diz, neutra.

Suki:
- A Leanne não é sua filha. Nunca foi, nunca vai ser. - retruca, de imediato.

Mai:
- Pergunte a ela, quando ela despertar. - responde, negando com a cabeça. - Ela não
vai voltar pro exército, Caroline. Não é o que ela quer.

boredmai:
Suki:
- Ela vai voltar pra onde eu estiver, mulher insolente, onde ela pode ficar em
segurança pra que ela nunca mais precise passar por uma violência que nem a de
hoje!

Mai:
- Se ela não está em segurança, é por causa do seu exército. - retruca, sem encará-
la. - Foi a morte do meu marido que fez ela se isolar e reviver o Bartolomeu, e foi
o seu exorcismo que destruiu a mente dela.

Suki:
- Meu exército luta para impedir que mais pessoas como o Bartolomeu surjam. Se ela
tivesse ficado exorcizada comigo no exército, a mente dela estaria intacta!

Mai:
- É impossível ter a mente intacta sendo exorcizada, Caroline. - responde, negando
com a cabeça.

Suki:
- Ela estava bem antes de encontrar o seu filho de novo!

Mai:
- Estava? Estava mesmo? - pergunta, encarando-a enfim.

Suki:
- Eu conheço a minha criança, matriarca, não ouse insinuar diferente!

Mai:
- Você ficou anos longe dela, marechal. Você não a conhece tanto quanto acha.

Suki:
- VOCÊS ME TIRARAM A MINHA FILHA, MULHER! - grita, furiosa

Mai:
- Nós salvamos a sua filha, que estava morrendo de inanição. - ela sibila, o olhar
afiado.
Suki:
- Vocês deviam te-- - e se cala ao ouvir a porta se abrindo, prontamente se virando
com a arma em punho.

- Baa-san tá brigando com alguém...? - o pequeno Mitsuo pergunta, confuso, alheio


ao perigo que a arma de Caroline significava. - A mamãe tá dormindo, não pode
gritar perto dela...!

Mai:
- Micchi! - Shogun exclama, imediatamente se colocando entre o menino e a arma,
abraçando-o. - Micchi, o que você tá fazendo aqui?! Você devia estar dormindo!

Suki:
- E-eu não consegui dormir, e vim atrás de você e da mamãe, mas eu ouvi gritos...!

- "Da mamãe"...? - pergunta, franzindo a testa, hesitante.

boredmai:
Mai:
- Não é nada de mais, Micchi. Só um desentendimento. - murmura, afagando os cabelos
dele.

- Ah, você não o conheceu. - Setsuna sorri, a expressão imediatamente mais serena
enquanto fazia um gesto pra que Caroline guardasse a arma.

Suki:
A mulher hesita, mas acaba por guardar a escopeta nas costas, ainda observando
Shogun e Mitsuo atentamente.

- Não... Não parece só isso. É... É uma briga, não é...?

Mai:
- É só um desentendimento, querido. - diz Setsuna, tocando o ombro de Shogun, que
prontamente se afasta, dando espaço. - Micchi, querido, essa é a sua vó Caroline, a
mãe da Leanne. Caroline, esse é o Mitsuo, o filho da Leanne com o Ichiro.

Suki:
- O filho da...

- Eu tenho duas vós?! - pergunta, o sorriso se abrindo no rosto, um tanto bobo e


empolgado, as mãos se mexendo agitadamente junto com os pés que batiam no chão. -
Eu achei que você fosse a mamãe do papai e da mamãe!

Mai:
- Eu sou, mas a Leanne tem duas mamães. - a mulher ri de leve. - Então sim, você
tem duas vós.

Suki:
- DUAS MAMÃES?! - exclama, embasbacado. - Eu também quero duas mamães, e dois
papais, vó!

- Isso... Isso não é uma coisa que se escolhe, pequeno. - Caroline quem diz,
ajoelhando no chão para falar com o pequeno.

Mai:
- Exatamente. E você já tem a melhor mamãe e o melhor papai do mundo, não precisa
de outros, certo?

Suki:
- Ceeeeerto! - e ri, bobo, se virando para a marechal. - Vovó Caroline! - ele sorri
se aproximando para abraçá-la inocentemente, ao que ela hesita, visivelmente
surpresa.

"Vó. Eu... Eu sou avó. E eu não sabia...!", pensa, os olhos se enchendo de lágrimas
antes que a mulher o envolvesse com os braços firmemente.

Mai:
A mulher suspira, o sorriso leve no rosto. "Isso deve acalmá-la..." pensa.
- Foi a Leanne quem escolheu o nome dele, em homenagem ao papai. - Shogun sussurra.

boredmai:
Suki:
- Ao... - ela estremece. - ...eu... Eu não consigo acreditar...

- Por quê? Eu tenho o nome do vovô porque eu vou ser incrível que nem ele! Mamãe
quem diz!

Mai:
- Vai, vai sim, querido. - Setsuna sorri. - Você já é incrível.

Suki:
- Hehehehehe~~ - ele ri, bobo, aproveitando o carinho de Caroline. - Suas mãos são
quentinhas, vó ~

Mai:
- E o coração deve estar quentinho também, depois de te conhecer. - a mulher
sussurra.

Suki:
- Mesmo?! - pergunta, bobo, encarando a Marechal.

- M-mesmo, Mitsuo. Mesmo.

Mai:
Ela assente com a cabeça.
- Agora, Ichiro, querido, pode levar o Mitsuo pra dormir? Já está tarde.

- Mas... - ele hesita. - S... Sim, senhora. Vamos, Micchi?

Suki:
- Mas jáááá? Eu queria ficar aqui, pai...! - ele choraminga.

Mai:
- Mas você precisa dormir, filhote. Tá tarde, já passou da hora.

Suki:
- Mas... mas mas mas a vovó tá aqui...! Eu nunca vejo a vovó!

Mai:
- Vai ter outras oportunidades de vê-la, querido. - diz Setsuna. - Certo?

Suki:
- ...vai, vai sim. - diz, claramente a contragosto. - Não se preocupe.

- Tááá... - diz, numa vozinha triste e resignada.

Mai:
- Vem, pequeno. Eu vou te levar pra cama. - murmura, carregando o menino pra fora.
Suki:
- Tá, pai... Tchau, vó! Tchau, vó! - ele ri, bobo, acenando com as duas mãozinhas
enquanto era levado.

- Descanse. - Caroline diz, estranhamente suave, acenando de volta.

Mai:
Setsuna aguarda que os dois se afastem antes de voltar a encarar Caroline.
- Vamos cuidar da Leanne, então? Juntas?

Suki:
- ...vamos. Eu preciso examiná-la, antes de qualquer coisa. - murmura, séria, mas
ainda mais comedida, assentindo com a cabeça.

Mai:
- À vontade. - diz, indicando a garota desacordada.

Suki:
Ela concorda novamente, antes de se ajoelhar ao lado da cama de Leanne para tocar
seu rosto, a magia mais uma vez se espalhando pelo quarto, quente e suave...

boredmai:
Mai:
- Se eu puder ajudar de alguma maneira, é só falar. - murmura, dando espaço para a
mulher.

Suki:
- ...o baralho. Onde está? - pergunta, algum tempo depois, a magia desaparecendo
aos poucos.

Mai:
- O... Ah. Está em outra residência. - responde. - Devo trazê-lo até aqui?

Suki:
- De imediato. - concorda. - A Leanne é uma Arcana. Ela não pode usar muita magia
longe do baralho, ou isso acaba drenando suas forças.

Mai:
A mulher assente com a cabeça.
- Me dê alguns minutos. - diz, se afastando.

Suki:
"Quantos precisar, desde que o tarô volte inteiro depois.", pensa, ainda na mesma
posição, afagando a pele de Leanne.

Mai:
Os minutos se arrastam, até que a porta se abra de novo, Setsuna pousando o baralho
sobre o peito de Leanne.
- Aqui.

Suki:
- Obrigada. - ela assente com a cabeça. - passando as mãos pelo saco de veludo para
sentir as cartas.

Mai:
- De nada. - responde. - Isso vai ajudar a Leanne, imagino.

Suki:
- Vai, vai sim. Nas próximas horas ela deve dar os primeiros sinais de despertar.

Mai:
- Isso me tranquiliza. - a mulher sorri, aliviada. - Gostaria de passar a noite
aqui?

Suki:
- Eu vou. - murmura. - Cuidar da Leanne até ela despertar.

Mai:
- À vontade. Quer ficar nesse quarto mesmo, ou no do lado?

Suki:
- Eu fico aqui. - diz, mais séria.

Mai:
- Como preferir. Eu vou trazer um futon, cobertor e travesseiro pra você. - diz, se
afastando.

Suki:
- Eu não preciso de nada disso. - resmunga.

Mai:
- Ora, é o mínimo que eu faço como anfitriã.

Suki:
- Eu não preciso de nada disso. - repete

Mai:
- Vai dormir no chão?

Suki:
- Não vou dormir.

Mai:
- ...a sua filha não gostaria de te ver nesse estado, Caroline.

Suki:
- A minha filha vai me ver no estado que eu precisar ficar para garantir a
segurança dela. - murmura.

boredmai:
Mai:
- Ela está segura aqui. E você também. - suspira, balançando a cabeça.

Suki:
"Eu vi.", pensa, se limitando a cruzar os braços.

Mai:
A mulher suspira, se afastando. Apesar disso, acabaria por retornar algum tempo
depois com uma bandeja de comida e chá.
- Pra nós. - responde, começando a servir a bebida.

Suki:
Caroline franze a testa.

- Não é o Bule do Assassino, é? - sibila.

Mai:
- Você conhece a história? - ela ri. - Não, não é. Posso beber de ambas as xícaras,
se quiser.

Suki:
- É claro que eu conheço. - murmura. - Mas não precisa beber de ambas as xícaras.
Eu quero dar um voto de confiança a vocês.

Mai:
- Muito obrigada. - ela assente com a cabeça, tomando um gole do chá.

Suki:
- ...descobrir que eu tenho um neto que já está habituado a vocês e que eu nunca
tinha ouvido falar me fez repensar algumas crenças. - ela sussurra, se servindo de
um gole da própria xícara.

Mai:
- O Mitsuo é um amor de menino. - sorri. - Você terá bastante tempo pra conhecê-lo
bem.

Suki:
- ...eu espero que sim. Mas com o Bartolomeu vivo, sei que não vou ter muito tempo
entre as caçadas.

Mai:
- Não será a única caçando-o. - responde.

Suki:
- Foquem em se proteger e cuidar dos seus. - ela suspira. - A Leanne e o Mitsuo
serão os maiores alvos dele, eu tenho certeza.

Mai:
- A família é grande. Nós podemos atacar e proteger. - responde, assentindo com a
cabeça.

Suki:
- Espero que consigam, mesmo. Não quero que a minha filha sofra ainda mais. -
murmura, terminando a própria xícara de chá.

Mai:
- Não vai. Eu vou me assegurar disso. - murmura, suspirando.

boredmai:
Suki:
- Obrigada, Setsuna. - ela suspira, se servindo de um pouco mais de chá.

Mai:
- De nada, Caroline. - ela sorri. - É pelo bem da nossa filha.

Suki:
- ...eu odeio ter que ouvir você falando assim dela. - sussurra. - Mas sim. É pro
bem da Leanne.

Mai:
- Eu não roubei a Leanne de você, Caroline. Nunca foi minha intenção. - suspira.

Suki:
- Eu entendo. Mas quando se encontra uma criança perdida, você a leva até a
delegacia. E se tivessem feito isso, ela estaria comigo até hoje. - e nega com a
cabeça.
Mai:
- A Leanne nos disse que a mãe dela tinha tentado matá-la. - murmura. - Nós a
trouxemos pra casa para protegê-la.

Suki:
Ela nega com a cabeça.

- Eu quero acreditar nisso e entender vocês. Mas é difícil.

Mai:
A mulher suspira, observando a filha.
- ...ela salvou minha vida, sabia?

Suki:
Isso faz Caroline erguer as sobrancelhas.

- ...literalmente?

Mai:
- Literalmente. - ela assente com a cabeça. - A minha segunda gravidez teve
complicações severas, e um demônio se aproveitou dos nossos medos pra se apoderar
da minha alma. A Leanne conseguiu quebrar esse contrato... A um custo.

Suki:
- ...o joelho dela. - murmura, os olhos se abrindo com a conclusão. - Contratos com
demônios só se quebram com sacrifícios em sangue. Ela foi louca de fazer isso.

Mai:
- Completamente louca. Nós não sabíamos que era algo tão perigoso assim, e quando
descobrimos, ela já estava executando o ritual.

Suki:
Caroline nega com a cabeça.

- Se desenvolver com tanta magia sem alguém mais experiente para guiá-la era
perigoso demais. Agradeço que a minha filha conseguiu ser responsável o suficiente
para não se matar no processo.

boredmai:
Mai:
- Eu agradeço aos deuses todos os dias por ela estar viva. - suspira. - A Leanne...
Não foi fácil.

Suki:
- Eu consigo imaginar. Ela já não era, antes, e mesmo no exército o Lucca causou
sua cota de problemas. - e ri de leve, triste, balançando a cabeça negativamente.

Mai:
- Meus filhos sempre foram muito tranquilos, então criar a Leanne foi um desafio. -
ri. - Mas ela mudou nossa vida pra melhor.

Suki:
- Eu nem consigo pensar em filhos tranquilos. - ela suspira. - Os dois sempre foram
crianças hiperativas, destruindo as coisas, caindo e aprontando muito.

Mai:
- Eu dei sorte. - a mulher ri de leve. - Eles puxaram a mim, e não ao Mitsuo...
Suki:
- O seu marido era muito ativo? - pergunta, erguendo uma das sobrancelhas.

Mai:
- Muito. Ele aprendeu a se acalmar comigo. - sorri, triste.

Suki:
- Eu quem me acalmei com o Bartolomeu. - e suspira, encostando o queixo nas costas
de uma das mãos.

Mai:
- Você não parece calma. Sem ofensas. - ri.

Suki:
- Não me ofendeu. - diz, fazendo um sinal com a mão. - Ah, não, hoje eu sou bem
mais contida. No início da minha vida como militar eu recebia constantes
advertências por uso excessivo e inadequado de força. - murmura, sem graça.

Mai:
- Parecida com o Mitsuo, sim... - sussurra.

Suki:
- Ele chegou a líder de uma das maiores famílias mafiosas do mundo. Tranquilo e
letal, imagino.

Mai:
- Mm. - murmura. - Mas desde que nos casamos, ele tem tentado limpar a máfia. O
Ichiro está continuando o trabalho dele.

Suki:
- ...limpar a máfia? - ela ri, balançando a cabeça negativamente. - Isso é
impossível. É como tentar limpar o exército: não tem fim.

Mai:
- Não tem fim, mas tem progresso. - sorri. - Já teve muito progresso.

Suki:
- Eu queria acreditar nisso. - e deixa o ar escapar pelo nariz.

Mai:
- É a verdade, quer você acredite ou não.

boredmai:
Suki:
- A verdade nem sempre é a que pensamos ser.

Mai:
- Eu sei do que estou falando, Caroline. - ela suspira.

Suki:
- Não existe saber supremo, matriarca. Aceite que nem tudo nos cabe controlar.

Mai:
- Eu aceito. Mas também aceito que houve progresso. - responde.

Suki:
- Assim espero. - e se silencia.

Mai:
A mulher suspira, balançando a cabeça.
- Você precisa dormir, Caroline.

Suki:
- Eu preciso da minha filha bem, matriarca. Depois eu descanso.

Mai:
- Você estar acordada ou não vai fazer alguma diferença?

Suki:
- Vai. Se algo acontecer, eu vou estar pronta para defendê-la. - diz, mais séria.

Mai:
- Então eu vou ficar aqui com você. - murmura.

Suki:
- ...durante a noite toda? Você ficou louca? - ela suspira.

Mai:
- Não tanto quanto você. - e sorri de canto.

Suki:
- ...não me desrespeite. Eu sei bem o que estou fazendo. - diz, mais séria,
ajeitando a postura e a farda.

Mai:
"Não parece," pensa, se calando.

Suki:
Ela suspira, se ajeitando encostada na parede ao lado da cama de Leanne, a arma em
seu colo.

Mai:
Como prometido, Setsuna ficaria ao lado de Caroline a noite toda, sem sequer
esboçar cansaço, visivelmente acostumada...

Suki:
Durante a noite toda ela perceberia a marechal se movendo e se remexendo,
visivelmente exausta, da mesma forma que Leanne ficava quando se dedicava demais ao
trabalho e passava várias noites em claro...

Mai:
"Tal mãe, tal filha..." pensa, suspirando de leve. Quando enfim amanhece, Setsuna
se vira pra Caroline.
- Café da manhã? - convida, gentil.

Suki:
- Eu posso ficar sem comer mais algumas horas. - murmura, ainda na mesma posição.

Mai:
- Mas não deveria. - suspira. - Eu posso cuidar da Leanne por ora, Caroline.

boredmai:
Suki:
A mulher suspira também, se levantando devagar antes de encantar a arma, que fica
encostada na parede em seu lugar.

- Vamos as duas, então.


Mai:
- Vamos. - ela sorri, satisfeita, ficando de pé com cuidado. - Eu te levo até a
cozinha.

Suki:
- Obrigada. - murmura, oferecendo o braço para auxiliá-la. - Pode se apoiar em mim.

Mai:
- Ara ara, obrigada. - a mulher sorri, se apoiando em Caroline.

Suki:
- De nada. - murmura, a postura bastante firme e correta, olhando tudo ao redor.

Mai:
- Por aqui. - diz, guiando a mulher.

Quando as duas viram em um corredor, Caroline pode ouvir um gritinho, uma garota
jovem encarando-a em pânico antes de sair correndo...

- ...ara, ara, Chiaki... - ela suspira.

Suki:
- ...sua filha, presumo. - e suspira, balançando a cabeça de leve.

-=-

- Chiaki?! - Rebecca exclama, quando vê a menina vindo no corredor. - O que


aconteceu?!

Mai:
- Sim, minha filha. A mais nova. - murmura.

-=-

- A-a Marechal..! - ela sussurra, amedrontada, se agarrando em Rebecca.

- QUÊ?! - Lucca exclama, empalidecendo como um fantasma.

Suki:
- Oh. Imagino o medo que sentiu ao me ver.

-=-

- ...a... a Marechal? Tem certeza? - sussurra, o olhar buscando o de Lucca,


apavorado.

Mai:
- Bastante. Ela não sabe que eu a convidei. - suspira.

-=-

- T-tenho, ela tava com a mamãe!

- ...merda..! - Lucca sussurra, espiando pelo corredor.

Suki:
- Talvez pense que você está como minha refém? - e suspira.

-=-
- Merda mesmo. A gente precisa ir atrás delas, chamar o Shogun, alguma coisa! Ela
com certeza veio atrás da Leanne e da gente!

boredmai:
Mai:
- Acho que sim. - suspira. - Ara, ara... Crianças, está tudo bem! - avisa em voz
alta.

-=-

- É, a gente... Huh? - Lucca hesita ao ouvir o aviso da mulher.

Suki:
- Eu não estou aqui como inimiga. - avisa, séria, a voz grave ecoando pelo
corredor.

-=-

- ...tudo bem...? - e franze a testa. - A marechal, aqui?!

Mai:
- Ela veio a meu convite. - Setsuna responde.

- ...ao... Ao seu convite..? - Chiaki sussurra, espiando pelo corredor,


amedrontada.

- Sim, querida. - sorri, gentil.

Suki:
- Eu estou aqui pela Leanne. - ela suspira, virando o rosto na direção da voz.

Mai:
- ...ela melhorou..? - Lucca pergunta, hesitante, aparecendo no corredor. "Por
favor, não me mata..."

Suki:
- A magia dela está mais estável. - murmura, franzindo a testa ao ver como o rapaz
estava vestido. - ...resolveu deixar o cabelo crescer como quando era criança?

Mai:
- ...É-é. Desculpe, marechal. - sussurra, encarando o chão.

Suki:
- ...mm. Eu não estou aqui como marechal. Eu estou aqui como mãe de vocês.

Mai:
"Você está aqui como mãe da Leanne," pensa, suspirando.
- Desculpe. É o costume.

Suki:
- Não tem problema. - murmura. - Vamos comer? A matriarca me chamou para o café, e
eu a estou apoiando até lá.

- C-claro, ma-- Caroline. Caroline.

- Podem descansar. Não sou superior aqui. - insiste.

Mai:
- Vamos. - ele murmura, assentindo com a cabeça.

- Eu apoio ela. - Chiaki sussurra, desconfiada.

Suki:
- Como quiser, menina. - diz, dando espaço para Chiaki se aproximar.

Mai:
A garota se aproxima, apoiando a mãe e logo se afastando, apressada.
- Ara, ara, não precisa isso tudo... - Setsuna suspira, apesar de acompanhar a
filha.

Suki:
Caroline cruza os braços, esperando Lucca e Rebecca se aproximarem para acompanhá-
los.

- Como eles tem tratado vocês dois? - pergunta, para a surpresa da soldado.

boredmai:
Mai:
- Muito bem, ma-- mãe. - ele murmura. - A gente passa os dias treinando, por opção
própria, e eles nos dão tudo que é necessário.

Suki:
- Tudo que é necessário? Liberdade, também? - pergunta, em voz baixa. - Tratam
vocês diferente? Estão obrigando vocês a usarem essas roupas?

- N-não, senhora. Somos tratados como da família, aqui.

Mai:
- Nós só não saímos da mansão, mas é por segurança, não por falta de permissão. -
responde.

Suki:
- Entendo. É melhor continuar assim por algum tempo, mesmo. - ela assente com a
cabeça.

Mai:
- É. O exército deve estar querendo nossas cabeças. - ele ri, nervoso. - Eu tô
surpreso que você não arrancou a minha ainda.

Suki:
A mulher para de andar, e então suspira.

- No começo eu fiquei furiosa. De como você me abandonou e deixou a sua irmã ser
levada para os braços de quem a feriu.

Mai:
Ele hesita, suspirando.
- ...tem algo que você precisa ver. - murmura, pegando o celular.

Suki:
Caroline franze a testa.

- Que tipo de coisa?

Mai:
- É sobre a Leanne. - diz, abrindo o Instagram da irmã e entregando o aparelho pra
mãe.
Suki:
Ela franze ainda mais a testa, passando entre fotos e vídeos, o rosto cada vez mais
e mais pálido...

Mai:
- Eles nunca feriram a Lea. - sussurra. - Eu não tinha como negar, depois de ver
isso.

Suki:
- E-eu... Eu mal consigo acreditar. - sussurra, a voz trêmula. - ...ela... Pelos
céus...!

Mai:
- É. Ela... Ela tinha uma vida. Uma família. - sussurra. "Dá uma certa inveja..."

Suki:
- ...eu preciso me desculpar com a matriarca, sendo assim. - murmura. - Eles...
Eles deram a ela muito mais do que eu seria capaz de dar.

Mai:
- Depois do café, talvez. - ele ri, sem jeito, indicando a sala de jantar com a
cabeça.

boredmai:
Suki:
- ...melhor. Obrigada. - murmura, acompanhando o casal.

Mai:
Setsuna e Chiaki já tinham se assentado nos próprios lugares, a comida sendo
servida na mesa.
- Pode se servir à vontade. - a mulher diz com um gesto suave. - Tem mais comida,
se necessário.

Suki:
- Obrigada. - murmura, se ajeitando em um dos lugares vagos. - Não quero abusar da
hospitalidade.

Mai:
- Não se preocupe. - ela ri de leve. - Aqui há fartura.

Suki:
- Isso me tranquiliza muito. - e assente com a cabeça.

Mai:
- Que bom. - ela ri de leve, se servindo.

Suki:
E Caroline espera que todos tenham se servido antes de fazer o mesmo, comedida, a
postura bastante correta, apesar de bem menos tensa que antes...

- Vó! Tio Tigre! - Mitsuo ri, se soltando de Ichiro para correr até Lucca e a
Marechal. - Bom dia!

Mai:
- Bom dia, Ichi, Micchi. - Chiaki murmura, ainda um tanto desconfiada.

- Bom dia. - o rapaz sorri, indo se sentar. - Desculpem o atraso, o Mitsuo não
queria vestir nenhuma das roupas.
Suki:
- Eu gosto de ficar sem roupa, pai, tá caloooor!

- Mas não pode andar nu na frente dos outros, pequeno Mitsuo. - Caroline quem diz,
séria, apesar de mansa. - Só na frente do seu pai e da sua mãe.

Mai:
- Exatamente, ouça a sua avó. - suspira.

Suki:
- Baww! - reclama, emburrado.

- Venha aqui. Você precisa comer. - ela suspira.

Mai:
- Eu deixo você brincar na grama sem camisa, mais tarde, mas só se você se
comportar.

Suki:
- E descalço! - pede, se ajeitando no colo de Caroline, manhoso.

Mai:
- E descalço. - sorri.

Suki:
- Ebaaaaa! - e ri, vitorioso.

- Sem gritar. - diz, ao que ele ri de novo, mas mais baixinho.

- ....eeebaaa ~ - sussurra.

Mai:
- Bom menino. - Ichiro ri de leve, preparando o prato do filho.

boredmai:
Suki:
- Pode deixar que eu o ajudo a comer, dragão.

- Eu como quase sozinho, vó!

Mai:
- Ele é bem independente já. - diz, esticando a mão pra fazer um afago nos cabelos
do menino.

Suki:
E o garoto ri, orgulhoso de si, um tanto bobo.

- Quase ainda não é plenamente sozinho. - ela suspira, servindo o prato de Mitsuo.

Mai:
- Sim, é claro, mas nós tentamos estimular que ele consiga fazer sozinho.

Suki:
- Crianças também precisam de mimos e carinho. - murmura com um sorriso triste.

Mai:
- ...de fato. - ele suspira, sorrindo.
Suki:
- Mas ele parece estar sendo bem cuidado, como a Leanne foi nas mãos dessa família.
- murmura.

Mai:
- Sempre. É o meu querido filho, e a minha querida esposa. - Ichiro murmura. "Ela
vai ficar bem..."

Suki:
- ...eu acredito que sim. - e suspira.

Mai:
"Isso é progresso," pensa, assentindo com a cabeça.
- Obrigado.

Suki:
- De nada. - ela assente com a cabeça.

Mai:
- A comida está do seu agrado? - Setsuna pergunta, gentil.

Suki:
- Certamente. - Caroline diz, educada. - Eu prefiro comidas bem temperadas, mas
admito que a suavidade dos sabores locais também me encanta.

Mai:
- Ara, ara... não sabia que gostava tanto assim. - ela ri de leve.

Suki:
- Ainda prefiro a minha comida, se me permite dizer. Eu sinto falta de sabores mais
apimentados.

Mai:
- Claro. Cada um tem suas preferências. - ela assente com a cabeça.

Suki:
- Eu adoraria cozinhar para vocês, algum dia. Tenho certeza que o Lucca e a Leanne
ainda sabem me ajudar. - diz, lançando um olhar para o filho.

Mai:
- ...olha, eu topo. - ele ri, meio sem jeito. - A gente só tem que aliviar no
tempero um pouco.

boredmai:
Suki:
- Podemos fazer porções divididas, se for o caso. Dá mais trabalho, mas acredito
que é o mínimo diante de tudo que eles têm feito pelos meus filhos.

Mai:
"...quem é você e o que você fez com a minha mãe?" pensa, esboçando um sorriso.
- Tá resolvido, então.

Suki:
- Perfeito. Eu vou providenciar tudo para uma próxima folga. - e assente com a
cabeça.

Mai:
"...folga," pensa, o sorriso murchando.
- Você vai voltar pro exército..?
Suki:
A mulher hesita ao notar a mudança na expressão do filho.

- ...você sabe que eu preciso estar lá para evitar algo pior, Lucca. - murmura.

Mai:
- ...é. É verdade. - ele sorri, triste. "Se ela souber que eu voltei a usar
magia..."

Suki:
- Minha presença lá é o custo da sua liberdade e a da sua irmã. E eu vou fazer tudo
o que puder para continuar pagando esse preço sozinha, e deixar vocês longe de lá.
- ela suspira.

Mai:
- Mãe... - ele suspira, preocupado.

- ...acho que devíamos conversar melhor, depois. - Setsuna murmura. "Tem algo aí
que nós não sabemos."

Suki:
- Eu aguento esse peso sozinha. - insiste, encerrando o assunto.

Mai:
- ...tudo bem. - ele sussurra, desviando o olhar para a comida.

Suki:
Ela sorri, triste, observando o filho antes de fazer o mesmo.

- ...vocês tão tristes...? O que aconteceu...? - Mitsuo pergunta, fazendo bico.

- Não é nada, Micchi. - Rebecca quem diz, afagando os cabelos dele. - Adultos sendo
adultos.

- Mamãe diz que ser adulto é muito ruim!

Mai:
- É bem difícil mesmo. - Lucca ri baixinho, afagando os cabelos do menino.

Suki:
- Eu não quero virar adulto nunca!

Mai:
- Se eu tivesse a escolha, também ficaria criança pra sempre. - Lucca ri.

- Ser adulto tem vantagens também. - Ichiro solta um risinho.

Suki:
- Não tem não! - Rebecca quem diz. - Eu adoraria ter a idade do Micchi~

Mai:
- Sim, tem. - Ichiro ri. - Eu gosto de ser quem eu sou, obrigado.

boredmai:
Suki:
- Eu gosto de quem eu sou antes, mas ser criança sem preocupações e cheio de mimos
e cuidados deve ser ainda melhor!
Mai:
- Justo, justo. - ele ri baixinho, balançando a cabeça. - Seria interessante, de
fato.

Suki:
- Apesar de que, segundo a matriarca, vocês não foram exatamente mimados. -
Caroline comenta. - Ela disse que você e sua irmã eram bastante tranquilos quando
mais novos.

- O papai?!

Mai:
- Num geral, sim. Nós sempre fomos muito tranquilos. - Ichiro sorri.

Suki:
- A Leanne quem veio para agitar as coisas, como fazia em casa. - Caroline ri.

Mai:
- Agitou bastante mesmo. - o rapaz ri, assentindo com a cabeça.

Suki:
- Fez vocês aprontarem, também, ou só fazia a confusão sozinha?

Mai:
- ...um pouco de cada. - é Chiaki quem responde, com um risinho tímido.

Suki:
- Mesmo? - pergunta, erguendo as sobrancelhas. - Pode me contar mais?

Mai:
A garota olha de relance para a mãe, desviando o olhar em seguida.

- ...ara, ara, é alguma coisa que eu não sei? - Setsuna ri.

- M-mais ou menos...

Suki:
- Mais ou menos? Segredos adolescentes são sempre interessantes. - provoca, com um
sorriso de canto.

Mai:
- ...a Lea me levava pra alguns passeios escondidos, de vez em quando. - murmura,
corando. - Só isso.

Suki:
- Puxou esse hábito do irmão. - Caroline diz, encarando Lucca sem inibição alguma.

Mai:
- Eu não sei de nada. - o rapaz desvia o olhar, fingindo inocência.

- Ele também fazia isso..? - Chiaki murmura, curiosa.

Suki:
- Claro que fazia. Várias vezes cheguei em casa do trabalho e eles claramente não
tinham ido para a escola.

- Eu nunca fui pra escola. - Mitsuo diz, curioso. - É legal?

Mai:
- É chato. - Chiaki torce o nariz. - Você fica o dia todo tendo aula!

- Como se estudar em casa fosse muito diferente. - Ichiro provoca.

- ...e-eu sei, Ichi, mas..!

boredmai:
Suki:
- Mas pelo menos é em casa. - Caroline suspira. - E você não precisa lidar com
outras pessoas.

- Mas pessoas são legais!

Mai:
- Algumas são. Outras, nem tanto. - Ichiro suspira.

Suki:
- Pessoas são legais! - insiste.

Mai:
- Tudo bem, pessoas são legais. - ele ri de leve.

Suki:
- Isso!

- Não sei do que vocês tão falando, mas espero que ainda tenha comida pra mim... -
uma voz familiar resmunga, sonolenta, entrando na sala.

- MAMA! - Mitsuo grita, saindo do colo de Caroline para correr até Leanne e se
agarrar em sua perna.

Mai:
- Lea..! - Ichiro sussurra, os olhos se enchendo de lágrimas ao ver a garota.

- LEOA! - Lucca exclama, se levantando de imediato.

"Graças aos deuses..!" Setsuna sorri, emocionada.

Suki:
- Oi, oi, oi...! - ela exclama, atrapalhada, se abaixando para tomar o filho nos
braços. - Quanta emoção!

Mai:
- É bom te ver desperta de novo. - o homem sorri, bobo.

Suki:
- Eu só tirei um cochilo. - resmunga.

- Leanne, você está há dias desacordada. - Caroline quem diz, ficando de pé.

- Não exagera, mã-- - e hesita, franzindo bastante a testa ao entender a reunião


que acontecia ali, antes de olhar para Ichiro como se pedisse respostas.

Mai:
- Ela veio a nosso convite, pra nos ajudar. - murmura. - E deu certo, pelo jeito.

Suki:
- ....vocês pediram ajuda pra ela. - murmura, incrédula.
- Eu sei que sou um monstro, mas não precisa colocar dessa forma. - e suspira.

Mai:
- Pedir ajuda pra você, a marechal do exército, foi colocar nossa existência em
risco. - diz Setsuna. - Você entende isso, eu espero.

Suki:
- Vocês dizerem isso é diferente da minha filha dizer isso. - responde, balançando
a cabeça negativamente.

- ...mãe, não é assim...

boredmai:
Mai:
- Ela entende isso tanto quanto nós. É apenas por isso que ela ficou surpresa. Não
é, querida?

Suki:
- C-claro. - e concorda. - Eu não esperava ver vocês todos juntos assim, por mais
feliz que isso me deixe. - e ri.

Mai:
- Uma família toda reunida. - Ichiro sorri. "Uma família bem estranha, diga-se de
passagem."

Suki:
- Nossa família enfim toda reunida. - ela assente com a cabeça, sorrindo de volta.

Mai:
- Então vem e senta pra comer com a gente. - ele ri baixinho.

Suki:
- Nem fala em comer. Eu vou roer até as mesas. - brinca, indo se ajeitar ao lado de
Ichiro com Mitsuo ainda em seus braços.

Mai:
- Por favor não, nós precisamos das mesas. - ele ri de leve, encostando a testa na
dela.

Suki:
- Que pena, comprem mesas de mármore. - brinca baixinho, passando o nariz pelo
rosto dele, boba.

Mai:
- Vamos comprar, então. - brinca.

Suki:
- Boa sorte conseguindo uma placa de mármore desse comprimento.

- É só juntar mais de uma. - Caroline suspira

Mai:
- Aí, viu? Resolvido. - ri.

Suki:
- Então vou me permitir roer essa. - e o beija de leve, carinhosa, começando a se
servir.

- Beso, mãe...! - pede, arrancando um risinho da bruxa.


- Ara, ara, ficou algumas semanas com o pai e já ficou manhoso igual~? - provoca,
beijando os cabelos de Mitsuo.

Mai:
- Fazer o que, ele puxou a mim. - Ichiro brinca, risonho, afagando o rosto dela.

Suki:
- O pior de nós dois. - brinca, inclinando a cabeça na direção do carinho.

Mai:
- Faz parte. - brinca.

Suki:
- Eu consigo aguentar. - e ri.

Mai:
- Nós dois. Juntos. - diz, carinhoso.

Suki:
- Sempre juntos. - concorda, baixinho.

Mai:
- Pra sempre. - sussurra, apaixonado.

- Você tá babando na comida, Ichi. - Chiaki provoca.

- Shh, cala a boca. - ri.

boredmai:
Suki:
- Deixa ele babar um pouquinho, não é todo mundo que tem uma mulher dessas como
esposa. - Leanne ri, piscando um dos olhos.

- Você e o Lucca são ótimos partidos pra qualquer pessoa. - a Marechal diz.

Mai:
- Não, não deixo. - ri.

- Aí, viu, Becca? Eu sou um ótimo partido~ - o rapaz provoca.

Suki:
- Eu nunca neguei isso. - resmunga, corando e desviando o olhar em seguida.

Mai:
- Eu sei, mas é bom pra eu me vangloriar~

Suki:
- Vai ficar um partido ainda melhor quando o cabelo estiver como o da sua irmã. -
diz, suave, esboçando um sorriso gentil.

- ...nisso eu concordo com a mamãe, um cabelo igual ao meu deixa qualquer um lindo~

- Não foi isso que eu falei, Leanne.

Mai:
- Mas eu concordo com a Lea. - ri. - Inclusive, eu ia te pedir uma poção pra ajudar
meu cabelo a... Crescer... - ele murmura, hesitando ao olhar para a mãe.
Suki:
A mulher suspira.

- Eu tenho uma boa receita pra isso. Usava quando queria sair aos finais de semana,
quando entrei pro exército, antes de cortar de novo no domingo.

Mai:
- ...v... Você tem uma receita? - murmura, surpreso.

Suki:
- ...Lucca, a linhagem de bruxos da família vem de mim. - responde, quase ofendida.

Mai:
- E-eu sei, mas..! - ele cora, sem jeito. - V-você é a marechal, e...

Suki:
- Eu não fui Marechal a vida toda, Lucca. - ela suspira.

Mai:
- ...eu achei que não fosse aprovar o uso de magia. - murmura.

Suki:
- Eu tenho as minhas razões pra acreditar no que acredito, e você sabe quais são.
Mas eu confio em você e sei que aqui ele não vai te encontrar.

Mai:
O rapaz sorri, bobo.
- Obrigado, mãe...

Suki:
- De nada, filho. - diz, um sorriso mais gentil no rosto. - Mas faça por merecer
toda essa hospitalidade. Não quero que pensem que eu os eduquei mal.

- Pode deixar, sogrinha, eu e o Lucca já estamos procurando formas de ajudar aqui.

- Não precisa, vocês são família. - Leanne suspira. - Meu dinheiro é de vocês,
minha casa também.

boredmai:
Mai:
- Não é justo a gente ficar só sugando, mana. - murmura.

- São irmãos mesmo. - Ichiro ri.

Suki:
- Cala a boca, Ichiro. - ela ri, acotovelando-o antes de pigarrear, imitando uma
voz grave, claramente do falecido pai. - Eu me orgulho de poder prover para a minha
família. - diz, enchendo o peito, pomposa.

Mai:
- É-é, mas... Mas a gente quer ajudar!

- Podem ajudar o quanto quiserem, mas vocês não são obrigados a nada disso. Por
favor, lembrem disso. - Ichiro suspira.

Suki:
- Não tem dívida nenhuma a ser paga. - Leanne insiste. - Familia se protege e se
cuida.
Mai:
- Eu sei, eu sei... - murmura. - ...mas eu também não quero só ficar ocioso.

Suki:
- Você vai apanhar todos os dias de manhã no dojo e todos os dias a tarde nos
jardins. Não é ficar ocioso. - provoca.

Mai:
- Você entendeu! - ele cora. - Inclusive, vergonha de ser menos resistente que uma
adolescente.

Suki:
- Em sua defesa, a Chiaki não é uma adolescente qualquer. - ela ri.

Mai:
- Ainda assim, ora! - ri.

Suki:
- Vai precisar apanhar ainda mais pra couraça engrossar mais rápido, se é assim!

Mai:
- Não, não, vai com calma..! - ele exclama.

Suki:
- Tarde demais ~

Mai:
- Não exagera, por favor!

Suki:
- Eu nunca exagero. - e pisca um dos olhos.

Mai:
- Só na hora de me dar porrada! - ri.

Suki:
- Nem isso, Lucca! Até porque quem te bateu foi o Ichiro!

Mai:
- Foi bem divertido. - sorri.

- ...ces querem me ver sofrer mesmo!

Suki:
- Ah, não diga isso. Ele nem usou força direito!

Mai:
- Se aquilo foi sem usar força, tenho é medo de quando usar!

Suki:
- Ele não faria isso com você. - e ri.

boredmai:
Mai:
- Tenho minhas dúvidas!

Suki:
- Eu não deixaria. - diz, boba.
Mai:
- Ufa. Pelo menos isso!

Suki:
- O papai é mais forte que o tio Tigre?!

- Muito mais, Micchi. - Leanne ri.

- Não parece!

Mai:
- Um dragão esperto esconde as garras. - e pisca um olho.

Suki:
- Eu devia esconder as minhas, também?!

- Não, filho, eu corto as suas unhas exatamente pra você não precisar. - Leanne ri.

- Como se cortam as unhas de um dragão? - Caroline pergunta, curiosa.

Mai:
- Na forma humana, é normal. - Ichiro ri. - Na forma de dragão...

Suki:
- Bom, como dragão eu ainda lixo as pontas, porque o Micchi é desastrado, mas adora
dormir no meu pescoço.

"E o único dragão que me marca é você, Ichiro."

- Adoro mesmo~ Hehehehe~

Mai:
- Ah, boa ideia. Eu não tava fazendo isso. - Ichiro ri de leve

- Eu estava. Fiz a mesma coisa quando vocês eram mais novos. - Setsuna ri.

Suki:
- Você quem me ensinou, inclusive. - Leanne diz, piscando um dos olhos.

- Eu também preciso te ensinar algumas coisas para cuidar do meu neto. - ela
suspira. - Dá pra perceber que ele herdou a nossa energia.

Mai:
- Ara, ara. Obrigada, Caroline. - Setsuna sorri, gentil.

Suki:
- De nada. É meu neto, também. - ela suspira.

Mai:
A mulher assente com a cabeça.
- Antes de você partir, eu vou deixar outra pedra de teleporte. Assim, você vai
poder visitar quando tiver tempo.

Suki:
- Eu agradeço por isso. - diz, assentindo com a cabeça. - Vou tentar avisar sempre
que vier.

Mai:
- Será bem vinda sempre. - sorri, gentil.
Suki:
- Obrigada, matriarca. - ela responde, enfim sorrindo para a mulher, a expressão
até mesmo estranha no rosto sempre tenso e sério.

Mai:
- De nada, Caroline. Pode me chamar de Setsuna. - sorri.

boredmai:
Suki:
- ...Setsuna, então. Obrigada.

Mai:
- De nada. - ri.

- Lea, você não vai treinar hoje, certo? - Ichiro ergue uma sobrancelha.

Suki:
Ela nega com a cabeça.

- Meu corpo tá mais pesado do que quando o Micchi nasceu. - e suspira. - Mas as
Arca--

- De jeito nenhum. Você precisa economizar a sua magia ao menos por alguns dias. -
Caroline diz, severa. - Nenhum de nós quer te ver de cama novamente.

Mai:
- Ouça suas mães. - Setsuna suspira, encarando a filha. - Descanse, querida. O
Ichiro pode cuidar do treino deles.

- Eu também. Eu preciso me distrair. - Chiaki sussurra.

Suki:
- Tudo bem, tudo bem. - ela resmunga. - Eu fico com o Micchi, então~

- Aproveite enquanto ele é pequeno. Filhos crescem rápido.

Mai:
- Depende, o Ichiro não cresceu muito. - Lucca provoca.

- Você que é um poste. - o rapaz cutuca de volta, sorrindo.

Suki:
- A família toda é imensa. - Caroline ri.

- Isso é um problema e tanto na minha vida: é impossível achar roupas do meu


tamanho aqui!

Mai:
- Nós mandamos fazer a maior parte das roupas da Lea. - Setsuna ri de leve.

Suki:
- Em qualquer lugar do mundo teria sido assim, querida. - e ri.

Ri.

Mai:
"...a mamãe riu..?" Lucca pensa, impressionado.
- De fato, de fato. - Setsuna sorri, sem se abalar. "A marechal está se abrindo
mais..."

Suki:
- Nós somos grandes para qualquer padrão.

boredmai:
Mai:
- Somos mesmo. Uma família enorme. - ele ri, bobo.

Suki:
- Em altura e tamanho! - Leanne ri, boba, indicando a mesa cheia com um floreio.

- Em altura e tamanho, de fato. - Caroline assente com a cabeça.

Mai:
- O Micchi e a Chiaki ainda são pequenos~ - Ichiro brinca.

- E-eu ainda vou crescer..! - a menina cora.

Suki:
- Na sua idade? Desiste. - Leanne provoca.

Mai:
- Eu ainda tenho esperanças! - resmunga.

Suki:
- Boa sorte~

Mai:
- Vai precisar.

- Ichi..!

Suki:
- Maldade, maldade!

Mai:
- Sou um dragão mau. Rawr. - provoca.

Suki:
- Não é não! Você é bonzinho, Papa!

Mai:
- ...eu sei. - ele ri baixinho. - É só marra.

Suki:
os dois só tem marra!

Mai:
- Nada disso, eu não sou só marrento! - Lucca ri.

- É sim. - Ichiro provoca.

Suki:
- Os dois são.

Mai:
- Somos sim. - ri.
- Não me bota nesse bolo, Shogun!

Suki:
- Vocês são iguaizinhos.

- Um você adestrou, Leanne, agora falta o outro.

- E quem é quem, mãe~?

Mai:
- Eu sou o adestrado. - Shogun ri.

- Eu não sou~

Suki:
- Em breve será. Deixa só eu voltar a treinar~ - e pisca um dos olhos.

- A mamãe vai me treinar também?!

Mai:
- Vai, vai sim. - Ichiro sorri. - Assim que ela se recuperar.

Suki:
- Até lá, só brincar.

- Eu também gosto de brincar com a mamãe!

Mai:
- Brincar também é importante. - ele ri.

Suki:
- Essencial. - Caroline corrige.

Mai:
- Concordo, essencial. - sorri. - Chiaki, você vai treinar hoje?

- Vou, vou sim. - murmura.

Suki:
- Eu vou ser sua parceira, então. - Rebecca diz de imediato. - Não quero nem
chegar perto do seu irmão. - ela ri.

Mai:
- Tudo bem. - ela ri baixinho. - Eu te ensino.

Suki:
- Muito obrigada, Chiaki. - ela suspira aliviada, levando uma das mãos ao peito

Mai:
- Eu pego leve, prometo.

Suki:
- Se for mais leve que a Leanne, eu aguento!

Mai:
- Eu não sei se é. - ri.

Suki:
- É claro que é, eu ajudei a te ensinar, irmãzinha. - a própria Leanne ri.

boredmai:
Mai:
- Você me ensinou, mas eu não sei o quão leve você tá pegando com eles. - ela
resmunga.

Suki:
- Não muito. - brinca.

Mai:
- Ah, ok. - ela ri. - Deixa comigo.

Suki:
- Sempre comece do mais leve pro mais pesado, lembra?

Mai:
- Lembro, lembro sim. Você me ensinou bem. - sorri.

Suki:
- Fico tranquila de te ouvir falando isso. - ela sorri, boba.

Mai:
A garota apenas ri, boba. "Você é uma irmã incrível, Lea..."

Suki:
- Aah~ Eu tô cheia até o talo ~ - ela diz, boba, se largando para trás, Mitsuo
fazendo o mesmo ao seu lado.

- Até o talo! - ele repete.

Mai:
- Vocês vão aguentar brincar a manhã inteira depois de comer tanto? - Ichiro ri.

Suki:
- Em vinte minutos eu aguento até limpar o chão com a tua cara, Ichiro~

Mai:
- Eu provocaria, mas eu realmente quero que você descanse hoje, então não. - ri.

Suki:
- Bom garoto. - ela ri.

- Ei!

- Você também, filho, você também!

Mai:
- Você é o melhor de todos, Micchi. - Ichiro ri.

Suki:
- O melhor dos melhores. - Leanne concorda.

Mai:
- Nosso filhotinho lindo. - sorri, bobo.

Suki:
- Nem tão inho, mais!
Mai:
- Ainda é inho no meu coração. - ri.

Suki:
- Ele vai ser eternamente um bebê pra vocês dois. - Caroline suspira.

Mai:
- Vai. Do mesmo jeito que as minhas crianças serão sempre meus bebês. - Setsuna
sorri, carinhosa.

Suki:
- Olha vocês duas deixando a gente constrangido! - ela reclama.

Mai:
- É dever de mãe, querida. - ri.

Suki:
- Toda mãe faz isso com os filhos. E eu vou continuar fazendo, mesmo quando vocês
estiverem com os cabelos brancos.

Mai:
- Exatamente. - a mulher sorri.

- Assim eu fico vermelha, mãe... - Chiaki resmunga, corada.

boredmai:
Suki:
- Não é a única. - Leanne resmunga.

Mai:
- Vocês ficam lindas vermelhas.

- Mãe..!

Suki:
- Ah, porra, isso é golpe baixo...!

Mai:
- Ara, ara... - a mulher ri, boba.

Suki:
- Vocês duas são iguaizinhas. - resmunga.

- Mães são todas iguais.

Mai:
- Só muda o endereço. - ri.

Suki:
- Às vezes nem isso. - e suspira

Mai:
- De fato. - ela ri de leve.

- Bom, acho que todos já comemos, então meia hora de descanso antes do treino. -
Ichiro sorri.

- Ai, ai... - Lucca suspira.


Suki:
- Boa sorte, Tigre. - Leanne ri.

- Eu preciso voltar ao trabalho, sendo assim. - Caroline suspira. - Já me demorei


demais.

Mai:
- Eu te guio, então. - Setsuna sorri, ficando de pé. - Ainda preciso te entregar a
pedra de teleporte.

Suki:
- Obrigada, Setsuna. - diz, se levantando e prontamente indo apoiá-la.

Mai:
- De nada, querida. - diz, gentil, se apoiando na marechal.

Suki:
"Querida.", pensa, surpresa, erguendo as sobrancelhas.

Mai:
- Prefere sair pela porta, oh por teleporte? - pergunta, guiando-a.

Suki:
- Teleporte. Não posso arriscar que alguém me veja saindo daqui.

Mai:
- Mm, é melhor, de fato. - ela assente com a cabeça. - Temos algumas pedras que
levam para lugares neutros.

Suki:
- Eu aceito. Meu sumiço, por si só, já é suspeito o suficiente.

Mai:
- Será assim, então. - ela sorri, indo até uma sala. De uma gaveta, a mulher tira
algumas pedras, entregando-as pra Caroline. - A verde vai te levar pra perto da
praça. As azuis te trazem até aqui.

Suki:
- Perfeito. Isso vai me ajudar bastante. - ela suspira, pegando as pedras com
delicadeza apesar das mãos calejadas. - Quando posso voltar para visitar?

boredmai:
Mai:
- Quando quiser, querida. - sorri. - Os empregados estão avisados.

Suki:
- Obrigada. Eu vou precisar de alguns dias antes de poder voltar, mas vou manter
contato com o Lucca.

Mai:
- Claro, claro. Estaremos aguardando. - sorri.

Suki:
- Obrigada pela hospitalidade, Setsuna. - a mulher assente com a cabeça.

Mai:
- De nada, Caroline. - sorri. - Até a próxima.

Suki:
- Até. - ela sorri de volta, levando uma das pedras aos lábios. - Caroline pede
passagem. - e desaparece.

Mai:
"Isso deu mais certo do que eu esperava," ela suspira, aliviada, se retirando pros
próprios aposentos.

qualquersuki:
- Bom. - Leanne diz, se levantando. - Enquanto vocês se divertem batendo no Lucca e
na Rebecca, eu vou pintar e descansar com o Micchi, se importam?

- De jeito nenhum, Leoa. Você precisa se recuperar.

boredmai:
- Bom descanso, Lea. - Ichiro sorri. - Vamos treinar, então?

- Pega leeeeeve... - Lucca pede.

qualquersuki:
- Não matem nós dois, por favor, a Leanne ia ficar triste sem irmão e sem uma
cunhada. - Rebecca pede, dramática.

boredmai:
- Não vamos, eu prometo. - ele ri baixinho, balançando a cabeça.

qualquersuki:
- Obrigada, piedoso Shogun~

boredmai:
- E piedosa Chiaki! - Lucca adiciona, ao que a menina apenas ri, balançando a
cabeça.

qualquersuki:
- Eu ainda não sei se ela vai ser piedosa, calma aí!

boredmai:
- Vai... certo?

- Vou, vou. Eu juro. - ela ri.

qualquersuki:
- Então obrigada, piedosa Chiaki! - e gargalha.

boredmai:
- De nada. - a menina ri, caminhando com o grupo até o dojo.

qualquersuki:
- Começamos com o alongamento, de novo? - pede.

boredmai:
- Sim, alongamento.

- Pega leve com a Rebecca, Chiaki.

- Eu vou pegar leve. - a garota franze a testa.

- ...leve *mesmo.*

qualquersuki:
- Leve de verdade, por favor, que o leve do seu irmão já foi pesado demais. - ela
ri, nervosa.

boredmai:
- ...bem leve mesmo. - ela ri, sem jeito. - Tudo bem.

qualquersuki:
- Obrigada. - e leva uma das mãos ao peito, aliviada.

boredmai:
- Eu vou pegar bem, bem levinho, e aí a gente vai ajustando. Pode ser?

qualquersuki:
- ...pode. Obrigada, Chiaki. - ela sorri, aliviada.

boredmai:
- De nada, Rebecca. - sorri.

qualquersuki:
Isso faz o sorriso da soldado aumentar, antes que ela assentasse com a cabeça e
começasse a se aquecer.

boredmai:
Apesar das promessas de Ichiro e Chiaki, o treino ainda seria bem puxado, se
estendendo por toda a manhã. Enfim, Lucca se larga no chão no fim do treino,
exausto, incapaz de falar uma palavra sequer...

qualquersuki:
A própria Rebecca estaria em uma condição similar, tendo desistido pouco antes do
namorado, exausta, a respiração errante.

boredmai:
- Respirem, respirem. - Ichiro suspira, passando um pouco de energia pros dois.
"Estão melhorando, ao menos..."

qualquersuki:
- E-eu... e-eu n-não... aguento... o-outra... - ofega, observando o teto, sem
conseguir definir as formas dos dois irmãos.

boredmai:
- Tudo bem, o treino acabou por ora. - Chiaki murmura. - Só se concentre em se
recuperar o suficiente pro almoço.

qualquersuki:
- O-o... obrigada... e-eu... e-eu vou... - e suspira, fechando os olhos devagar e
cobrindo-os com um dos braços.

boredmai:
Ela suspira, se agachando ao lado de Rebecca.
- Inspire... e expire. Devagar...

qualquersuki:
A ruiva eventualmente começa a acompanhar a voz de Chiaki, a respiração
normalizando pouco a pouco...

boredmai:
- Isso. Devagar, aos poucos... - sussurra, a energia tentando ajudar a soldado a se
recuperar.
qualquersuki:
- Obrigada, Chiaki... - murmura, enfim. - Eu achei que nunca mais ia encher os
pulmões...

boredmai:
- Claro que ia. - ri.

qualquersuki:
- No desespero, achei que não. - ela também ri, mas mais fraca, sem graça.

boredmai:
- Não se preocupe, melhora com o tempo. - ri.

qualquersuki:
- Eu... Eu realmente espero que sim... - ela se senta, passando a mão pelo rosto.

boredmai:
- Melhora sim. - ela assente com a cabeça. - Quer um chá?

qualquersuki:
- Por favor. - diz, ficando de pé devagar, resmungando baixinho de dor.

boredmai:
- Vem, vem. - a menina ri, ajudando Rebecca a levantar.

qualquersuki:
- Você é muito parecida com a Leoa, sabia? - ela ri de leve, aceitando a ajuda.

boredmai:
- Influência dela. - sorri, corando de leve. - Obrigada.

qualquersuki:
- De nada. Vocês são muito parecidas mesmo. Mais que ela e o Lucca.

boredmai:
- Mesmo? Você acha? - murmura, curiosa.

qualquersuki:
- Não tenho dúvidas.

boredmai:
- Obrigada. - ela ri baixinho.

qualquersuki:
- De nada, Leoazinha. - provoca.

boredmai:
A menina cora, risonha.
- Ei..!

qualquersuki:
- Pena que seu cabelo não arma que nem uma juba. - brinca.

boredmai:
- É... - ela murmura, hesitando. - ...você... Vê a Leanne? Como ela é, digo.

qualquersuki:
- ...não. Infelizmente não. - e suspira. - Parece que o Lucca e a Caroline
conseguem, mas eu não.
boredmai:
- É. Nem eu. - ela sorri, triste.

qualquersuki:
- ...É. Imagino como é difícil pra você, sendo a irmãzinha dela...

boredmai:
- Muito. - sussurra. - Eu me sinto até culpada por isso...

qualquersuki:
- Não é sua culpa, de jeito nenhum. Eu tenho certeza que se dependesse de você,
isso já teria sido resolvido.

boredmai:
- Às vezes eu acho que é. - sussurra, desapontada.

qualquersuki:
- De jeito nenhum. - resmunga, cruzando os braços. - Por que seria?!

boredmai:
- Eu não sei. Será que eu não amo a Lea o suficiente? - ri, sem jeito.

qualquersuki:
- Não deve ser sobre amor. Não faz sentido. - murmura, franzindo a testa. - Magia
não funciona assim, funciona...?

boredmai:
- Eu não sei... É uma magia muito diferente da minha. - murmura.

qualquersuki:
- Eu não entendo nada de magia, então não sei ajudar...

boredmai:
- Não se preocupe. - ela sorri. - Um dia eu vou ver a Leanne de verdade.

qualquersuki:
- Eu tenho certeza que sim. Com a Caroline ajudando, podemos pensar em desfazer
essa maldição.

boredmai:
- É verdade... Ela pode conseguir fazer algo sobre isso.

qualquersuki:
- Seria um alívio imenso pra vocês e pra Leanne, imagino.

boredmai:
- Com certeza. Eu sei que isso incomoda bastante ela...

qualquersuki:
- E dá pra ver que te incomoda também. - murmura.

boredmai:
- Muito. - suspira.

qualquersuki:
- Não tem como ver uma foto? Uma pintura?

boredmai:
- O Ichi já fez várias pinturas dela, sim. - sorri.

qualquersuki:
- E são boas o suficiente pra conseguir ver como ela é? - pergunta, curiosa.

boredmai:
- São. O Ichi é um artista e tanto. - sorri.

qualquersuki:
- Preciso ver isso depois. Arte me atrai.

boredmai:
- Quer ver o estúdio do Ichi? - pergunta.

qualquersuki:
- ...eu adoraria!

boredmai:
- Eu te levo lá. - ela ri de leve. - Vem comigo!

qualquersuki:
- Só mostrar o caminho. - diz, acompanhando Chiaki de perto.

boredmai:
A garota guia Rebecca pelos corredores, até enfim chegar no estúdio de Ichiro.
- Se prepara, é muita coisa. - ela ri baixinho, abrindo a porta.

qualquersuki:
- Muita coisa em que sentido?! - pergunta, mais alerta, ajeitando a postura.

boredmai:
- Muita pintura, muita arte. - murmura, confusa. - O que mais seria?

qualquersuki:
- Não sei. O jeito que você falou me assustou. - e ri de leve.

boredmai:
- Calma. - ela ri, sem jeito. - Desculpa.

qualquersuki:
Rebecca balança a cabeça negativamente.

- Tudo bem, não importa. Podemos entrar~?

boredmai:
- Podemos sim. - sorri, guiando a garota pra dentro. De fato, as paredes estavam
cobertas de pinturas e rascunhos de vários tipos...

qualquersuki:
- Uau... - murmura, embasbacada, olhando ao redor com atenção. - É como entrar no
coração dele...

boredmai:
- É. É aqui que o Ichi se encontra. - sorri.

qualquersuki:
- Mais do que aqui, só com a Leoa. - e ri.

boredmai:
- Com certeza. - ri. - Ele ama muito a Leanne... E o Micchi também.

qualquersuki:
- Dá pra ver. É ela nas pinturas, não é? - pergunta, se aproximando de uma das
maiores telas.

boredmai:
- É, é sim. - diz, assentindo com a cabeça. - É a Lea, do jeito que ela realmente
é.

qualquersuki:
- ...ela é bem mais corpuda do que eu vejo. - comenta, surpresa. - E igualzinha ao
Lucca, como ele sempre disse que ela era.

boredmai:
- Os dois são bem parecidos, mesmo. - ela sorri. - E o Micchi é bem mistura da Lea
e do Ichi.

qualquersuki:
- Não tem como confundir quem são os pais de jeito nenhum. - e ri. - Nem precisa de
DNA!

boredmai:
- Exatamente. - ela ri baixinho. - Ele é um menino tão fofo...

qualquersuki:
- E agitado como a mãe. - concorda.

boredmai:
- Bastante. - ri. - Ele é cheio de energia...

qualquersuki:
- Eu invejo essa vitalidade. Meus irmãos são iguaizinhos! - e hesita, parando de se
mover e empalidecendo.

boredmai:
- ...Rebecca..? - ela franze a testa, preocupada. - Tá tudo bem?

qualquersuki:
- ...eu... Eu não sabia que tinha irmãos. - diz, ainda surpresa.

boredmai:
- Não... Não sabia? Como assim não sabia?

qualquersuki:
- Eu fui exorcizada. Eu... Eu não lembro de nada de antes do exército.

boredmai:
- Q... Que horror... - ela empalidece. - Nada, nada mesmo?!

qualquersuki:
Ela nega com a cabeça.

- Eu... Eu sequer sei o meu nome.

boredmai:
- ...Rebecca não é seu nome..?

qualquersuki:
A soldado repete o movimento.

- É o nome que me deram. Rebecca Winters, por causa da época em que eu fui
exorcizada. Os nomes no Exército seguem esse padrão.

boredmai:
- Eu não sabia... - Chiaki sussurra, horrorizada.

qualquersuki:
- ...É. O exorcismo da Leanne foi diferente, a Marechal só... Só apagou uma parte
de quem ela era.

boredmai:
- E já foi horrível... Um exorcismo completo é... é... eu nem sei descrever...

qualquersuki:
- ...É. Eu.. Eu e a Leanne conversamos muito sobre isso e como ela se sentia,
exatamente porque eu já passei por isso.

boredmai:
- E... e não tem como desfazer, não é..? - sussurra. - Eu sei que o Ichi e a mamãe
estão pesquisando mais sobre o assunto, mas...

qualquersuki:
- Não, não tem. - ela responde no mesmo tom.

boredmai:
- ...eu espero que eles encontrem alguma coisa...

qualquersuki:
- ...eu também. Mais pela Leanne do que por mim, até. - e suspira.

boredmai:
- Por vocês três. - murmura.

qualquersuki:
- ...nós três...? - pergunta, hesitante.

boredmai:
- Você, o Lucca e a Lea.

qualquersuki:
- Ah. Ele parece lembrar de tudo, e já está recuperando a própria magia. - ela
sorri. - Ao menos isso.

boredmai:
- Ao menos isso, sim... - suspira.

qualquersuki:
- Dos males, o menor. Só eu não lembro de nada. - e ri.

boredmai:
- Eu espero que consiga lembrar um dia. - sorri.

qualquersuki:
- Talvez não seja bom. - ela dá de ombros.

boredmai:
- Por que não?
qualquersuki:
- Eu não sei. E se a minha vida era uma merda? E se eu não tiver família, ou pra
onde voltar? E se eu for alguma criatura aberrante?

boredmai:
- Ainda é parte de quem você é, não é? Ou... de quem você era.

qualquersuki:
- Talvez ser outra pessoa seja melhor. - murmura.

boredmai:
- Mas ainda é você. Você pode ser diferente, sendo completa.

qualquersuki:
- Eu não lembrar não significa que eu estou incompleta, significa...? - pergunta,
pensativa.

boredmai:
- De certa forma... Sim. É uma parte sua que foi perdida, não é?

qualquersuki:
- ...eu não sei. - e suspira.

boredmai:
- Eu acho que é. - murmura. - Eu seria muito diferente se eu não tivesse a minha
parte dragão.

qualquersuki:
- Mas você sente falta dela porque sabe que ela existe. É diferente.

boredmai:
- Sua alma sabe. - Chiaki murmura.

qualquersuki:
- ...você realmente acha isso?

boredmai:
- Acho. - murmura. - A alma sabe. Sempre.

qualquersuki:
- Talvez você esteja certa... - e suspira.

boredmai:
- Um dia você vai lembrar, e vai ser bom. Aposto. - sorri.

qualquersuki:
- Eu espero que sim. - ela sorri de volta, os ombros relaxando.

boredmai:
- Vai sim. - ela ri baixinho. - Almoçar?

qualquersuki:
- Melhor. - e assente com a cabeça.

boredmai:
- Você precisa repor as energias. - sorri.

qualquersuki:
- ...nem fala, eu usei todas...!

boredmai:
- Peguei pesado? - ela ri, sem jeito.

qualquersuki:
- Pegou, pra caramba, mas eu sei que é necessário. - e dá um risinho culpado. - A
gente é muito fraco, ainda.

boredmai:
- Eu vou tentar pegar um pouco mais leve amanhã. - murmura, corando de leve.

qualquersuki:
- Só um pouquinho. - pede, bagunçando os cabelos dela de leve.

boredmai:
- Só um pouquinho. - ri. - Meus cabelos!

qualquersuki:
- Ele é fácil de arrumar!

boredmai:
- Eu sei, mas..! - ri.

qualquersuki:
- Eu arrumo, então, com um cafuné e uma trança. O que acha? - ela ri.

boredmai:
- Aceito. - ela sorri, corando de leve.

qualquersuki:
- Depois do almoço, então. - e assente com a cabeça.

boredmai:
- Tudo bem. - sorri. - Vamos?

qualquersuki:
- Vamos. Só me guiar, que ainda não gravei os caminhos. - diz, sem graça.

boredmai:
- Leva um tempo mesmo. - ela ri de leve. - Vocês acabaram de vir pra cá.

qualquersuki:
- Eu costumava ser boa com caminhos.

boredmai:
- É só a primeira semana. - ri.

qualquersuki:
- Eu sei, eu sei. - e ri também, sem jeito.

boredmai:
Ela sorri, entrando na sala de jantar com Rebecca.
- Desculpa a demora!

- Relaxa, a gente não começou a comer ainda. - Ichiro sorri.

qualquersuki:
- Obrigada por terem esperado. - Rebecca sorri, indo se sentar no próprio lugar.
- Refeições são melhores quando a família inteira está reunida. - Leanne sorri.

boredmai:
- Com certeza. - Lucca ri de leve, dando um beijinho na bochecha de Rebecca. - Ah,
eu poderia comer um boi inteiro!

- Vai com calma, Lucca. - Ichiro ri.

qualquersuki:
- Você não aguentaria nem uma coxa de boi inteira, Lucca. - Leanne provoca.

boredmai:
- Aguentaria sim!

- Peixe morre pela boca, Lucca... - o dragão ergue uma sobrancelha.

qualquersuki:
- Bom, então vamos precisar caçar um boi pra testar isso. - ela ergue uma das
sobrancelhas também, imitando o marido.

boredmai:
- ...não, não precisa. - Lucca recua, sem jeito.

- Ah. Imaginei. - provoca.

qualquersuki:
- Nem tão faminto assim. - e ri.

boredmai:
- Nem tanto, nem tanto. - ri.

qualquersuki:
- Percebi~

- Tenente Garganta, Leoa. - Rebecca provoca.

boredmai:
- Ei, ei, também não é assim! - ri.

qualquersuki:
- É bem assim, sim, Lucca. - ela gargalha.

boredmai:
- Nada disso, nada disso!

qualquersuki:
- Tudo bem, eu vou deixar essa passar. Mas na próxima eu vou mandar trazerem o boi~

boredmai:
- Posso nem brincar, ai ai! - ele ri, bobo.

qualquersuki:
- Não, não pode mesmo~

boredmai:
- Maldade!

qualquersuki:
- Eu sou toda má, irmãozão~

boredmai:
- Não gostei disso! - ri.

qualquersuki:
- Que pena, que pena~

boredmai:
- Maldade... Mas isso você já sabe. - ri, começando a comer.

qualquersuki:
Leanne ri também, agradecendo a refeição antes de fazer o mesmo.

boredmai:
- Ah, Ichi, eu levei a Rebecca no seu estúdio. Ela adorou as pinturas. - Chiaki
sorri.

- Ah, é? Que bom que gostou. - ele ri. - Eu quem fiz as tatuagens da Leanne,
também.

qualquersuki:
- Mesmo?! - pergunta, boquiaberta. - Elas parecem vivas, e brilhantes como se
fossem recentes.

- A cicatrização foi com magia pra garantir a vividez delas. - Leanne explica. - E
as pinturas... bom, não tenho o que dizer. O Ichiro é incrível.

- Eu percebi. E percebi também que você é linda! - diz, boba, fazendo a garota rir
e corar de leve.

boredmai:
- A mais linda de todas. - Ichiro sorri. - Bem, se vocês quiserem tatuagens um dia,
seria um prazer.

- Nah, não é meu estilo. - Lucca nega com a cabeça.

qualquersuki:
- Mas eu adoraria. - Rebecca quem diz, empolgada.

boredmai:
- Quando quiser, então. Só decidir o tema. - ri.

qualquersuki:
- Um cervo. - diz, de imediato. - Sempre falei que era meu animal espiritual.

boredmai:
- Um cervo, então. Perna, braço, costas?

qualquersuki:
- Quadril. Parecido com o dragão da Leoa!

- Uau, primeira tatuagem e já vai ser grande assim? - ela ri.

boredmai:
- Tem gente que gosta de ir com tudo na primeira vez. - ele ri. - Podemos fazer
amanhã, se quiser.

qualquersuki:
- ...já?!

- Já. - Leanne ri. - ...eu tive uma ideia. Chiaki, você tem desenhado também?

boredmai:
- Tenho, tenho sim. - ela assente com a cabeça. - Por quê?

qualquersuki:
- Que tal se cada um de nós fizer um desenho diferente pra tatuagem dela?

- Eu quero desenhar também, mama!

boredmai:
- Todo mundo desenha, então. - Ichiro ri de leve. - E aí a Rebecca pode escolher
qual desenho quer usar.

qualquersuki:
- Poxa, e se eu ficar indecisa?

- Tatua um em cada coxa!

- E o terceiro?

- Nas costas!

boredmai:
- Resolvido. - Ichiro ri.

qualquersuki:
- Tudo bem, tudo bem. Mas eu vou escolher um só!

- Se precisar, o Ichi refaz o desenho adaptando tudo o que você gostar em cada um.

boredmai:
- Melhor ainda. - Ichiro ri. - O que acham de uma sessão de desenho pela tarde?

qualquersuki:
- Eu vou adorar. Minhas tintas ainda estão no laboratório?

- Não, mama, eu tô usando!

boredmai:
- Ele já tomou posse de tudo. - o homem ri de leve.

qualquersuki:
- Eu vou pegar tudo de volta, filhote!

- Nãããããooooo! - reclama, birrento.

- ...ei. Ei. Sem isso. - diz, mais séria, franzindo a testa, ao que Mitsuo cruza os
braços, emburrado.

boredmai:
- São as coisas da sua mãe, Mitsuo. - Ichiro murmura. - Nós sabemos que você ama
usar, mas são dela. Você vai poder continuar usando, contanto que ela deixe.

qualquersuki:
- Você precisa se comportar pra isso. - Leanne adiciona. - E eu preciso ver se você
cuidou de tudo direitinho, pra saber se eu posso continuar te emprestando as minhas
coisas. - ela suspira.

- Tá tudo no lugar! Eu não misturei cor nenhuma, que nem você me ensinou!

boredmai:
- Então não precisa se preocupar, é só compartilhar. - sorri.

qualquersuki:
- Eu faço mais tintas pra você, se você tiver cuidado de tudo. - diz, afagando os
cabelos dela.

- Das cores que eu quiser?!

- De todas as cores que você quiser.

boredmai:
- Aí, viu? É só continuar se comportando. - sorri, bobo.

qualquersuki:
- ...tááá... - murmura, baixinho, assentindo com a cabeça.

boredmai:
- Bom menino. - ele murmura, afagando os cabelos de Mitsuo, gentil.

qualquersuki:
- Eu sou o melhor menino! - diz, bobo, erguendo os braços

boredmai:
- O melhor de todos, sim!

qualquersuki:
- Hehehehe~ - ele ri, orgulhoso de si, voltando a comer de imediato, mais
empolgado.

boredmai:
"O melhor filhote..." Ichiro sorri, bobo, observando o garoto.

qualquersuki:
Leanne nota a reação do marido, e acaba por observá-lo com um olhar similar,
carinhoso e confortável...

boredmai:
O rapaz nota o olhar de Leanne, sorrindo pra ela gentilmente antes de voltar a
focar na comida.

qualquersuki:
"Meu coração não aguenta esse homem...", pensa, boba, fazendo o mesmo.

boredmai:
- Bem, vamos desenhar, então? - Ichiro sorri, ao terminar de comer.

qualquersuki:
- Vamos. Eu só preciso saber onde estão as minhas coisas antes. - e sorri, ficando
de pé devagar com Mitsuo em seus braços.

boredmai:
- No lugar onde deveriam estar, ora. No seu quarto. - sorri.

qualquersuki:
- No nosso quarto ou no meu laboratório? - e ergue uma das sobrancelhas.

boredmai:
- No laboratório, que é seu. O nosso quarto é *nosso*. - ri.

qualquersuki:
- Não sei, oras. Eu percebi que parte das suas coisas não estão mais lá. - e pisca
um dos olhos.

- Papa tava dormindo comigo!

boredmai:
- Exatamente. - ele ri. "Eu não conseguia dormir sozinho naquele quarto..."

qualquersuki:
- Faz sentido. Ele não sabe mais dormir sozinho desde que eu cheguei. - Leanne
brinca, oferecendo uma das mãos para Ichiro se levantar.

boredmai:
- Ele é muito apegado, grudento. - Ichiro provoca.

qualquersuki:
- Eu tava falando de você, bobinho~

boredmai:
- ...eu?! - o rapaz ri, corando de leve.

qualquersuki:
- Você. Ou vai dizer que é mentira?

- O Grande Shogun nas mãos da Leoa, como uma presa fácil, ora, ora~

boredmai:
- ...é a mais pura verdade. - admite, risonho.

qualquersuki:
- Qual das partes?

- As duas, visivelmente!

boredmai:
- Exatamente. - ele assente com a cabeça, sorrindo.

qualquersuki:
- Bom garoto. - Leanne brinca.

boredmai:
- O melhor. - e pisca um olho.

qualquersuki:
- Eu sou o melhor! - Mitsuo exclama.

- O segundo melhor, então!

boredmai:
- Verdade, você é o melhor, meu menino. - Ichiro ri, bobo.

qualquersuki:
- Hehehehehe~
- Mal posso esperar pra ver o que vocês quatro vão fazer pra mim. E mal posso
esperar pra ver o Shogun se matando pra juntar tudo, também.

- Rebecca...! - e gargalha.

boredmai:
- Eu me viro. - Shogun ri baixinho. - Vai dar certo.

qualquersuki:
- Eu posso fazer no tablet, também, se for o caso. - Leanne sorri. - ...as minhas
coisas foram trazidas pra cá, certo?

boredmai:
- Foram, foram sim. Tá tudo aqui, não se preocupe.

qualquersuki:
- Ufa. - ela leva uma das mãos ao peito. - Significa que eu vou poder voltar a
trabalhar em breve, então...

boredmai:
- Trabalhar? - ele ergue uma sobrancelha.

qualquersuki:
- ...É. - ela franze a testa. - Eu te-- Ah, claro que você não sabe. - e passa a
mão pelo rosto. - ...eu trabalhei como designer no tempo que passei fora.

boredmai:
- ...oh? Que interessante. - ele murmura, sorrindo. - Sim, vai poder continuar
normalmente.

qualquersuki:
- E voltar a assumir as redes sociais do Setsuna Express também!

boredmai:
- Só se quiser, mesmo. - ri. - Não se sobrecarregue, por favor.

qualquersuki:
- Eu amo redes sociais e amo desenhar e arte. Se eu puder conciliar isso com a
minha família, que é o que eu mais amo no mundo, eu vou ficar muito feliz.

boredmai:
- Como quiser, então. - ele ri de leve, se aproximando pra beijar a testa dela. -
Agora vamos, desenhar.

qualquersuki:
- Só me guiar, _Shogun_~ - provoca.

boredmai:
- Sim, senhora. - ele ri baixinho, guiando o grupo até o estúdio.

qualquersuki:
"Amo quando ele é manso assim...", pensa, boba, acompanhando-o.

boredmai:
O rapaz entra no estúdio com os outros, indicando as mesas.
- Que comecem os trabalhos. - ele ri.

- Bobo. - Chiaki ri, indo pegar lápis e papel.


qualquersuki:
- Eu vou deixar o Micchi aqui, rapidinho, e vou no meu laboratório pegar algumas
coisas. Vocês aguentam? - brinca.

- Eu e o Lucca ficamos aqui cuidando dele, enquanto os mais velhos trabalham. -


Rebecca diz, boba.

boredmai:
- Nem gosto de cuidar do Micchi, imagina. - Lucca brinca, bagunçando os cabelos do
menino.

qualquersuki:
- Eu também adoro o tio Tigre! - ele ri, bobo.

boredmai:
- Que bom, pequeno! - ri. - E aí, do que quer brincar?

qualquersuki:
- Eu gosto de brincar de pegar, mas a mamãe sempre ganha!

boredmai:
- Eu vou ganhar também~ eu te pego! - ri, começando a correr atrás do menino.

qualquersuki:
Isso faz Mitsuo dar um gritinho, começando a gargarlhar antes de sair correndo
pelos corredores.

boredmai:
- Raaaawr, vou te mordeeeer!

qualquersuki:
- Nããão, seus dentes são afiados!

boredmai:
- Vou siiiiiim!

qualquersuki:
- Nããão! Mamãe, socorro! - brinca.

boredmai:
- Ela não vai te salvar, mwahahahaha!

qualquersuki:
- Vai siiiim! Sem morder!!

boredmai:
- Raaaawr! - ele ri, adiantando o passo e agarrando o garoto, tirando-o do chão.

qualquersuki:
Isso faz Mitsuo gargalhar e se debater, bobo, as mãos agarrando os braços de Lucca.

- Nããão, sem morder!

boredmai:
- Raaaawr! - ele ri, enchendo o menino de beijos.

qualquersuki:
- Tio Tigre, n-não...! - e gargalha mais, bobo, balançando as pernas.
boredmai:
- Tio Tigre, siiiiiim! - ri, bobo.

qualquersuki:
- N-não...! - ele ri também, e se transforma em um diminuto dragão dourado, fugindo
dos braços de Lucca.

boredmai:
- E-ei! Mitsuo! - ele ri, bobo. - Volta aqui!

qualquersuki:
- Você não me pega, tio Tigre!

boredmai:
- Vou pegar sim! - ri, tentando segurar o dragão.

qualquersuki:
Ele voa na frente, bem mais rápido do que correndo, apesar de se manter numa altura
em que Lucca não precisaria pular caso o alcançasse...

boredmai:
- Volta aqui, Micchi! - ri, perseguindo-o.

qualquersuki:
- Vai ter que correr mais rápido do que isso!

boredmai:
- Eu vou te pegaaaaar!

qualquersuki:
- Nanananana, não me pega!

boredmai:
- Vou pegaaaaar, rawr! - ri, bobo.

qualquersuki:
Isso faz o dragão rir, girando no ar enquanto se enfiava em corredores, até Lucca
encontrar a irmã com várias coisas nos braços, Mitsuo se enrolando em seu pescoço.

- Ei, ei, ei, cuidado!

boredmai:
- Cuidado com a sua mãe, Micchi. - ele ri de leve, se aproximando. - Precisa de
ajuda?

qualquersuki:
- Não, obrigada. - ela nega com a cabeça. - Só falei pra tomarem cuidado quando
forem brincar de correr por aí.

boredmai:
- Tudo bem, foi mal. - ri.

qualquersuki:
- Não é bem sua culpa. - ela ri também.

boredmai:
- É um pouquinho, eu que comecei a correr atrás dele. - ri.
qualquersuki:
- Lucca... - ela balança a cabeça negativamente, rindo também. - Façam isso nos
jardins, da próxima vez.

boredmai:
- Tudo bem, tudo bem. - ele ri baixinho. - Sem correr pelos corredores.

qualquersuki:
- Obrigada. Agora é melhor esse dragãozinho parar de trapacear e ir brincar na
grama com você. - ela ri.

boredmai:
- Ouviu, Micchi? Pra grama, vamos, vamos! - ele ri, bobo.

qualquersuki:
- Rolar sem camisa na grama, ebaa! - e sai voando na frente.

- Esse garoto... - ela ri.

boredmai:
- Sem camisa, é? Conta comigo! - o rapaz ri, correndo atrás dele.

qualquersuki:
- LUCCA...! - Leanne gargalha, observando os dois se afastarem antes de fazer o
mesmo, voltando para o estúdio com uma bolsa cheia de materiais e o Tablet embaixo
do braço.

boredmai:
- Estão se divertindo? - Ichiro ri ao ver a garota entrar no estúdio.

qualquersuki:
- Quase me derrubaram, correndo pelos corredores. O Mitsuo está trapaceando e
voando como dragão. - explica, rindo. - Mandei irem brincar na grama sem camisa, e
pelo jeito o Lucca amou a ideia.

boredmai:
- Pressinto que vão chegar os dois cobertos de grama pra jantar... - ri.

qualquersuki:
- Vão, vão sim. E o Lucca quem vai dar banho no sobrinho!

boredmai:
- Ótimo. - ele ri baixinho.

qualquersuki:
- Eu posso ajudar. - Rebecca diz, prontamente se oferecendo.

- Conseguimos duas babás, Ichi, olha isso~

boredmai:
- Nah, não ajuda, deixa ele se virar. - brinca.

qualquersuki:
- Shogun...! - Rebecca gargalha.

boredmai:
- O que foi? - ri.

qualquersuki:
- Ele vai precisar de ajuda!

boredmai:
- Nah, ele se vira. - ri.

qualquersuki:
- Eu prefiro que a Rebecca ajude. O Lucca é infantil, não vai saber colocar limites
no Mitsuo e é capaz dos dois acabarem sem banho. - Leanne ri.

boredmai:
- ...faz sentido. - ele ri baixinho. - A Rebecca ajuda, então.

qualquersuki:
- Obrigada, meu coração de mãe fica mais aliviado assim. - e ri.

boredmai:
- De nada, Lea. - ele ri baixinho, dando um beijo leve na garota.

qualquersuki:
- Agora... Arte. E fiquem a vontade com as minhas tintas. - ela adiciona, começando
a colocar tudo sobre a bancada.

- ...essas cores nem parecem de verdade. - comenta, encantada.

boredmai:
- São lindas, não são? - ele ri de leve, bobo. - A Lea quem fez...

qualquersuki:
- São incríveis!

- Espera até ver as que mudam de cor. - diz, boba.

boredmai:
- São incríveis. As pinturas parecem de outro mundo.

qualquersuki:
- E são, de certa forma. - brinca.

boredmai:
- De fato. São as suas pinturas. - sorri.

qualquersuki:
- Ichiro, nem tanto. - ela ri. - As suas são muito mais incríveis: é como se você
transportasse quem vê direto para dentro do seu peito.

boredmai:
- Ainda prefiro as suas. - ele ri de leve. - Mas obrigado.

qualquersuki:
- Que pena, sua preferência é errônea.

boredmai:
- Ainda é minha preferência. - ele ri, bobo. - Não vai mudar.

qualquersuki:
- Continua errada!

boredmai:
- Que pena. - ri.
qualquersuki:
- Shogun, já ensinei pra você que não é assim que se fala com a sua esposa! -
Rebecca reclama.

boredmai:
- Ora, Rebecca..! - ele ri, balançando a cabeça. - Eu posso ter minhas
preferências!

qualquersuki:
- Você pode ter o que quiser, mas não se discute com a esposa. A resposta é sempre
"sim, senhora" e por dentro você que pense o que quiser! - ela gargalha.

- Não é pra tanto, oras!

boredmai:
- Já entendi que o Lucca fica na rédea curta. - ri.

qualquersuki:
- Como todo homem tem que ficar. - provoca.

- Eu gosto do meu homem livre, mesmo que seja só porque a coleira é longa e ele
acha que não existe ~

boredmai:
- Eu gosto da minha liberdade, mesmo que seja a coleira longa. - ri.

qualquersuki:
- E é. Não se iluda. - Leanne pisca um dos olhos.

boredmai:
- Nem um pouco. - ri.

qualquersuki:
- Bom garoto. - brinca.

boredmai:
O rapaz ri de leve, balançando a cabeça.
- Desenhar, desenhar.

qualquersuki:
- Desenhar, senão minha tatuagem não vai sair nunca!

boredmai:
- Vai sair, prometo. - ele ri baixinho, se assentando pra trabalhar.

qualquersuki:
- Silêncio e concentração, agora. - Leanne brinca.

- Eu vou atrás do Lucca e do Mitsuo, então, se não se importam.

boredmai:
- Pede pra eles limparem a grama antes de entrarem no estúdio, por favor. - ri.

qualquersuki:
- Antes de entrarem em casa. - Leanne adiciona.

- Pode deixar, eu cuido dos porquinhos. - brinca, acenando antes de se afastar.


boredmai:
- Obrigado. - ele ri, voltando a desenhar.

qualquersuki:
- Até depois, Becca. - Leanne acena.

-=-

- Eu devia ter esperado que vocês estariam imundos e suados. - Rebecca provoca, ao
enfim encontrar Lucca e Mitsuo.

boredmai:
- Só um pouquinho. - Lucca ri, bobo. Estava largado na grama com Mitsuo, os dois
cheios de grama...

qualquersuki:
- A gente nem pulou no lago, tia boba!

- _Becca_. - corrige, corando.

boredmai:
- Tia boba..! - Lucca gargalha, corando.

qualquersuki:
- Tia boba! - ele repete, rindo.

- Lucca, não incentiva...!

boredmai:
- Desculpa, desculpa. - ele ri, afagando os cabelos de Mitsuo. - Usa o nome certo
da sua tia, vai.

qualquersuki:
- Becca!

- Isso. Ufa. - ela ri, levando uma das mãos ao peito, aliviada.

boredmai:
- Isso, certinho. - ri. - E aí, Becca, qual foi?

qualquersuki:
- Vim ficar com você, ué, não posso~? - resmunga.

boredmai:
- Claro que pode, ué. - ele ri baixinho. - Só achei que tinha vindo chamar a gente,
algo assim.

qualquersuki:
- Não, não. Só vim vigiar as duas crianças pra garantir que não vão destruir nada,
nem se quebrarem. - provoca.

boredmai:
- Eeeeei! Eu sou bem grandinho, sei me cuidar! - ri.

qualquersuki:
- Você eu sei, não sei é se sabe cuidar do Mitsuo!

- Eu sei me cuidar, tia boba!


boredmai:
- Eu sei sim! - ri, se virando pro menino. - Tia Becca, Micchi. Tia Becca.

qualquersuki:
- Boba!

- Mitsuo, seus pais vão brigar com você se ouvirem isso. - ela suspira, cruzando os
braços.

- ...táaaaa, desculpa, tia Becca.

boredmai:
- Isso, bom menino. - diz, afagando os cabelos dele.

qualquersuki:
- Eu sou o melhor deles!

boredmai:
- O melhor de todos. - ri, bobo.

qualquersuki:
- Ebaaa~

boredmai:
Ele ri baixinho, afagando os cabelos do garoto.
- Melhor sobrinho~

qualquersuki:
- Eu sou o único, hehehehe~

boredmai:
- Ainda é o melhor. - ri.

qualquersuki:
- Eu sei~

boredmai:
Ele ri, bobo.
- E aí, brincar mais?

qualquersuki:
- Vamoooos! - ele ri, prontamente ficando de pé.

- Eu vou ficar aqui só vigiando os dois, então. - ela suspira, se sentando na


varanda.

boredmai:
- Não quer brincar com a gente? - ri.

qualquersuki:
- Brincar de que?

- De pegar!

boredmai:
- Você quem pega! - o rapaz ri, começando a fugir.

qualquersuki:
Mitsuo gargalha, fazendo o mesmo, ao que Rebecca balança a cabeça negativamente
antes de ficar de pé.

- Vocês podem correr, mas não podem se esconder ~! - diz, boba, começando a ir
atrás dos dois.

boredmai:
- Não me pega, lalalala~ - Lucca gargalha.

qualquersuki:
- Lucca, você é grande e forte, não rápido! - provoca.

boredmai:
- Sou mais rápido que você! - ri. "Mas nem fodendo."

qualquersuki:
- Vamos ver, então! - diz, mais séria, apressando o passo.

- Vai, tia boba, pega o tigre!

boredmai:
- Não, não pega, não pega! - ele gargalha, correndo o máximo que podia.

qualquersuki:
E Rebecca logo se lança sobre ele, saltando nas costas de Lucca com violência, sem
se importar se os dois iriam ao chão...

Ao mesmo tempo, sequer percebera as pernas alongadas, os pés deixando os sapatos


para trás enquanto se tornavam cascos, a calça de tecido outrora larga agora
bastante justa nos quadris e coxas fortes e largos.

boredmai:
- WOAH-- - ele exclama, caindo pra frente com o impacto, indo ao chão. - Vai com
calma, Becca! - ri.

qualquersuki:
- Ninguém mandou tentar fugir! - ela gargalha, ainda agarrada nele.

boredmai:
- Eu precisava fugir! - ri, levando as mãos às coxas de Rebecca pra segurá-la.
- ...ué, sua calça tava justa assim?

qualquersuki:
- ...justa...? - pergunta, olhando para baixo antes de se soltar dele, ficando de
pé e recuando alguns passos, atrapalhada e desequilibrada.

boredmai:
- O que foi? - ele franze a testa, se virando e sentando na grama. - ...Becca, suas
pernas..!

qualquersuki:
- Minhas... Minhas pernas não, meus pés...! - exclama, apavorada, usando as duas
mãos para puxar uma das pernas para perto de si e observar os cascos, atrapalhada.

boredmai:
- Seus... Você tem cascos?! - ele exclama, surpreso.

qualquersuki:
- Pelo jeito eu tenho! Que porra é essa?! O que tá acontecendo comigo, Lucca?!
boredmai:
- Eu não sei, eu também não tô entendendo nada! - exclama. - ...Micchi, chama sua
mãe aqui!

qualquersuki:
- Mama? Certeza?

- Sim, Mitsuo, vai, vai, vai! - pede, ao que o garoto estremece e assume a forma de
dragão, chamando por Leanne.

boredmai:
- Calma. Calma, eu... Isso tem que ter alguma explicação. - sussurra.

qualquersuki:
- NÃO TEM EXPLICAÇÃO PRA CASCOS, LUCCA!

- Na verdade, tem sim. - quem diz, para a surpresa dos dois, é Caroline. A mulher
tinha um curativo na lateral da cabeça, o cabelo raspado naquela região, do mesmo
lado da cicatriz das garras de Mitsuo. Apesar disso, não estava de farda, as roupas
casuais bastante banais, todas de tecido, visivelmente surradas.

-=-

- MAMA! TIA BOBA PRECISA DE AJUDA!

- O que aconteceu?! - pergunta de imediato, praticamente saltando do próprio lugar.

boredmai:
- Viu, tem explica-- mãe, o que houve?! - ele exclama, surpreso.

-=-

- Calma, Mitsuo. Respira, e explica o que houve. - Ichiro pede.

qualquersuki:
- Problemas com seu tio. - ela suspira.

-=-

- Eles falaram sobre cascos, e sobre as pernas dela, e- e--!

- ...já entendi. - e se afasta, deixando os irmãos e o filho para trás.

boredmai:
Ele estremece.
- Ele fez isso com você..?

-=-

- ...vem, Micchi. Vem desenhar comigo enquanto isso. - murmura.

qualquersuki:
- Eu esperava pior. - ela suspira.

- De quem vocês estão falando...? - Rebecca murmura, preocupada.

-=-

- ...não é perigoso pra mamãe...? - pergunta, hesitante.


boredmai:
- Meu tio. Um monstro. - sussurra.

-=-

- Não, não é. Não se preocupe. - sorri.

qualquersuki:
- Você tem um tio?!

- ...pera, de quem vocês tão falando? - Leanne pergunta, se aproximando.

- Do seu tio. - e suspira.

boredmai:
- Preferia não ter. - murmura, negando com a cabeça.

qualquersuki:
- A gente tem um tio? Desde quando?!

- Desde antes do seu pai nascer. - e suspira.

boredmai:
- Ele é o motivo do exército existir, basicamente. - murmura.

qualquersuki:
- Pera. Pera, eu não tô entendendo nada. Me explica isso direito!

- É uma conversa que a matriarca e seu marido vão precisar estar presentes, sendo
assim. Odiaria ter que repeti-la depois.

boredmai:
- Eu vou chamar o Ichiro e a matriarca, então. - Lucca murmura, se afastando.

qualquersuki:
- ...isso não vai ser bonito, vai?

- Nem um pouco.

boredmai:
Leva algum tempo pra que Lucca retorne, Ichiro e Setsuna ao seu lado.
- Pronto, todos reunidos. - murmura.

qualquersuki:
- É melhor se sentarem. A história não é boa.

- ...certo. - Leanne murmura, se sentando na varanda, agitada, os pés descalços


roçando na grama

boredmai:
Ichiro senta com a garota, Setsuna ao seu lado, enquanto Lucca vai pra perto de
Rebecca, preocupado.

qualquersuki:
Caroline, por sua vez, se senta ao lado da filha, apoiando o cotovelo em um dos
joelhos e a cabeça na mão.

- ...vocês conhecem as lendas sobre o fundador da Inquisição? Von Humboldt?


boredmai:
- Von Humboldt... o nome me é familiar. - Setsuna murmura. - Mas é um nome distante
daqui. Não sabemos muito.

qualquersuki:
- Que bom que não sabem. - ela ri, ácida. - ...ele era um mago extremamente
poderoso, centenas e centenas de anos atrás. Tão poderoso que se tornou imortal.

boredmai:
- Imortal? Isso é possível?! - Ichiro sussurra, surpreso.

qualquersuki:
- ...não sem um custo muito alto. Mas ele não se importou com isso. - e suspira. -
Primeiro, ele virou vampiro. Se casou com a rainha dos vampiros, e foi
transformado, mas não foi o suficiente. Ser só imortal pela idade não era o
suficiente: ele queria ser absoluto e invencível. Impossível de morrer ou de ser
morto.

boredmai:
- ...ele conseguiu? - o rapaz estremece. "Não é possível..."

qualquersuki:
- ...conseguiu, vendendo a alma para o inferno. - murmura. - Os demônios devoraram
o corpo dele, pedaço a pedaço, com ele ainda vivo, e sentindo tudo. E ele continuou
vivo, e sentindo tudo, mesmo quando terminaram e só sobrou um amontoado de ossos. -
explica, olhando para Leanne, ao que ela empalidece e desvia o olhar, uma das mãos
apertando o joelho esquerdo.

"Eu consigo imaginar a dor..."

boredmai:
- E esse homem é o fundador do exército? Um homem que usou magia até o limite?

qualquersuki:
Caroline suspira, passando a mão pelo lado da cabeça que não estava ferido.

- É. Porque ele perdeu o corpo material dele, e precisa de sacrifícios de sangue e


magia para conseguir tentar recuperá-lo por completo. - diz, enfim.

boredmai:
- De... quê? Ele está usando o exército pra sacrifícios?!

qualquersuki:
- Está. - murmura. - ...por isso temos tentado exorcizar tantas pessoas. Uma pessoa
exorcizada deixa de ser um bom sacrifício para ele. - e estremece.

"E por isso metade das minhas costelas estão quebradas."

boredmai:
- É pra *isso* que servem os exorcismos? Pra impedir que ele tenha mais
sacrifícios? - Lucca sussurra, empalidecendo.

- Mas se ele fundou o exército, por que o exército está agindo contra ele, caçando
pessoas com magia e exorcizando-as? - Setsuna franze a testa.

qualquersuki:
- Porque eu tomei o comando do exército. - diz, séria. - Porque eu descobri sobre o
plano dele, e em troca de matar o principal adversário, eu consegui esse cargo.
- ....o princi--

- Bartolomeu Von Humboldt. - explica, a expressão desaparecendo de seu rosto,


restando apenas ódio.

boredmai:
- ...Bartolomeu Von Humboldt. O pai da Leanne. - Setsuna estremece. "Pelos
deuses..."

qualquersuki:
- ...exatamente. - murmura. - Naquele dia eu fui confrontá-lo sobre isso tudo,
quando vi o que vi e fiz o que fiz. Por isso pensei que a Leanne estivesse morta ao
não sentir a magia dela; eu pensei que ele tinha sacrificado a nossa filha como o
Alexander estava fazendo para si.

Leanne, por sua vez, nem sequer se movia, congelada no mesmo lugar, o olhar
perdido, tremendo violentamente, o rosto tão pálido que talvez o próprio coração
tivesse parado...

boredmai:
- ...Lea... - Ichiro estremece, abraçando a garota firmemente. - Tá tudo bem. A
gente tá aqui com você...

- Pelos deuses... - Setsuna suspira, preocupada.

qualquersuki:
E ela se encolhe de imediato com o toque de Ichiro, as lágrimas se acumulando em
seus olhos antes de começarem a escorrer, Leanne afundando o rosto em um dos ombros
do marido.

Isso tudo faz Caroline suspirar, cansada.

- ...mas o Alexander descobriu do que eu estava fazendo. E eu tive sorte que ele
ainda não tem uma forma física bem definida ou controlada.

boredmai:
O rapaz não diz nada, apenas afagando os cabelos dela.

- E o que nós podemos fazer? Há algum jeito de impedir que o Alexander volte, e
parar o Bartolomeu?

qualquersuki:
- Eu não sei. Destruir o corpo físico dele é um bom jeito de retardar seu avanço,
mas não é garantia de nada. E o Bartolomeu é mortal, apesar de poderoso. - murmura.

boredmai:
- É algo. - Setsuna suspira. - Ara ara... Vamos precisar nos organizar pra isso.

qualquersuki:
- Vamos. Até porque eu vou perder meu posto em breve, pelo jeito. - murmura,
girando os ombros de leve, visivelmente tensa.

boredmai:
- Ara ara... Bem, ao menos você tem um lugar seguro aqui.

qualquersuki:
"Não sei se considero aqui seguro."
- Obrigada, Setsuna, mas eu vou tentar ganhar tempo.

boredmai:
- Nós vamos ajudar como possível. - ela assente com a cabeça.

qualquersuki:
Ela assente com a cabeça.

- Se os meus familiares pudessem vir para cá já me ajudaria muito. Não quero pensar
na possibilidade deles serem atacados enquanto eu estou no quartel.

boredmai:
- Podem, é claro. Não se preocupe. - sorri.

qualquersuki:
- Perfeito. Vou providenciar a transferência deles ainda hoje, se puder me
conseguir mais runas.

boredmai:
- Posso, é claro. Eu não demoro. - diz, se afastando.

qualquersuki:
- Obrigada, Setsuna. - ela esboça um sorriso.

boredmai:
- De nada, Caroline. - sorri, indo pegar as pedras.

qualquersuki:
"Ela é muito mais gentil do que eu esperava.", pensa, suspirando enquanto observava
a mulher se afastar antes de voltar o olhar para Leanne, que aos poucos parecia se
recompor.

boredmai:
- Melhor..? - Ichiro sussurra, carinhoso, afagando os cabelos dela.

qualquersuki:
- Mm... - responde baixinho, manhosa, ainda encolhida nos braços dele de olhos
fechados.

boredmai:
O homem assente com a cabeça, continuando o carinho.
- Quer ir pro quarto descansar?

qualquersuki:
Ela nega com a cabeça.

- Eu.. Eu não quero lugar nenhum fechado.

boredmai:
- Então a gente continua aqui no jardim. - ele assente com a cabeça.

qualquersuki:
- Obrigada. Obrigada.. - murmura, ainda encolhida.

boredmai:
- De nada, amor. - ele sussurra baixinho, carinhoso.

qualquersuki:
Isso faz Leanne suspirar, beijando-o de leve, os lábios ainda trêmulos.
boredmai:
- Eu te amo, tá? - sussurra, gentil.

qualquersuki:
- Eu.. Eu também... - sussurra, suspirando de leve em seguida.

boredmai:
Ele sorri, afagando o rosto dela, carinhoso.

- Aqui. - diz Setsuna ao retornar, entregando as pedras de teleporte pra Caroline.

qualquersuki:
- Obrigada, Setsuna. - ela assente com a cabeça, ficando de pé. - Eu vou
providenciar isso de imediato, sendo assim. Algum problema nisso?

boredmai:
- Não, problema algum. Quantas pessoas devemos esperar? Assim podemos ir arrumando
os quartos.

qualquersuki:
- Um leão e uma tigresa, ambos bastante grandes. - explica.

boredmai:
- ...um... - ela pausa, pega de surpresa. - Oh. Seus familiares, presumo?

qualquersuki:
- Exatamente. Os dois dormem sempre juntos, então a maior cama possível seria o
ideal.

boredmai:
- A maior cama possível, então. - ela assente com a cabeça. - Vou pedir pra
prepararem um quarto. Deve levar algum tempo, mas até a noite certamente estará
pronto.

qualquersuki:
- Perfeito. Vou trazê-los para cá de imediato, até porque acredito que Lucca e
Leanne querem matar as saudades.

- ...eu quero... Tem muitos anos que não vejo a Banana e o Luci... - murmura
baixinho.

boredmai:
- Eu vi os dois recentemente quando fui buscar o Salem e a Mali, mas... foi bem
rapidinho. - Lucca murmura, esboçando um sorriso.

qualquersuki:
- Não foi o suficiente, tenho certeza.

- ...unh. Marechal. - Rebecca chama, atrapalhada. - ...e...e sobre os cascos? -


pergunta, indicando as próprias pernas felpudas.

boredmai:
- ...é. Parte importante da conversa que a gente acabou se passando. - o rapaz
cora, sem jeito.

qualquersuki:
- Ah. Isso. - a mulher suspira. - ...você é uma fauna. Faunos tem a parte de baixo
do corpo assim. - diz, naturalmente, ao que o queixo de Rebecca cai.
boredmai:
- ...uma fauna? A Becca é uma... mas ela nunca teve as pernas assim antes!

qualquersuki:
- O exorcismo mantinha a forma dela sob controle. Até mesmo porque faunos são
extremamente raros e perseguidos. - diz, ao que a mulher estremece e empalidece.

boredmai:
- ...a gente não vai deixar nada acontecer com você. - Lucca murmura, segurando a
mão de Rebecca. - Nada.

qualquersuki:
- ...obrigada, Lucca. - diz, rindo nervosamente, apertando a mão dele de volta.

- Se as pernas já voltaram ao normal, imagino que seja uma questão de tempo até
toda a sua forma voltar a ser a natural. Não deve ser doloroso, mas é comum se
atrapalhar nos primeiros dias.

boredmai:
- A gente ajuda como der. Se equilibrar nos casquinhos deve ser difícil. - o rapaz
ri.

qualquersuki:
- Um bocado. - ela diz, nervosa.

- É só praticar. Eu tinha dificuldade com tudo quando cheguei aqui. - murmura.

boredmai:
- A gente ajuda. - ele repete. - Daqui a pouco você vai estar até dançando!

qualquersuki:
- Eu espero, porque eu adoro dançar... - diz, tristonha.

- Eu te ensino a dançar de novo, não se preocupa. - Leanne pisca um dos olhos.

boredmai:
- Aí, viu? Com a nossa ajuda, num instante vai saltitar! - ri, bobo, beijando o
rosto dela.

qualquersuki:
- Nem tanto, Lucca. - e ri baixinho, corando de leve.

boredmai:
- Tanto sim, bem mais! - ri.

qualquersuki:
Isso faz Leanne rir baixinho, balançando a cabeça de leve.

- Continua bobo...

boredmai:
- Sempre bobo. - ele pisca um olho, risonho.

qualquersuki:
- E o Mitsuo _me_ chama de tia boba! - Rebecca reclama, ofendida.

boredmai:
- Problemas do seu nome. - ri, piscando um olho.
qualquersuki:
- ...Lucca!

- ...nossa, é verdade. Eu não tinha pensado nisso. - Leanne comenta, erguendo as


sobrancelhas antes de rir de leve.

boredmai:
- O Mitsuo pensou. - ri.

qualquersuki:
- Ele é incrível, mesmo. - a bruxa sorri.

boredmai:
- De fato. - Ichiro sorri, orgulhoso.

qualquersuki:
- Nosso querido e amado e incrível filho. - diz, boba.

boredmai:
- Espero não estar mimando ele... - ri, corando de leve.

qualquersuki:
- Você está, eu não tenho dúvidas. - provoca.

boredmai:
- Ora..! - ele ri, corando.

qualquersuki:
- Você não tem pulso firme. - e ri.

boredmai:
- Eu tenho... Um pouco.

qualquersuki:
- Bem pouco. - brinca.

boredmai:
- O suficiente? - ri.

qualquersuki:
- Quando eu estou perto para corrigir, sim~

boredmai:
- Ei, eu ensino ele direitinho. - ri.

qualquersuki:
- Prum pai babão. - provoca.

boredmai:
- Babão, mas responsável. - ri.

qualquersuki:
- Há controvérsias~

boredmai:
- Eu juro, juro! - ri.

qualquersuki:
- Jura pela carpa~?

boredmai:
- Juro, pela carpa. - sorri.

qualquersuki:
- ...tudo bem, então. - e ri baixinho.

boredmai:
Ele sorri, beijando-a, carinhoso.
- Eu te amo.

qualquersuki:
- ...eu também te amo... - sussurra, derretida.

- Lucca, também quero~

boredmai:
Lucca ri, bobo, beijando Rebecca.
- Te amo~

qualquersuki:
- ...mesmo com os cascos e os pelos?

- Se ele falar que não, esfaqueio ele aqui e agora! - Leanne avisa.

boredmai:
- Amo do jeito que você é. - ri.

qualquersuki:
- ...mesmo com isso tudo? Mesmo mudando quem eu sou...? - pergunta, hesitante.

boredmai:
- Ainda é você. - sorri, afagando o rosto dela.

qualquersuki:
- ...obrigada, Tigre... - murmura baixinho, beijando-o suavemente.

boredmai:
- De nada. - sussurra, beijando-a.

qualquersuki:
"Fico tranquila que meu irmão não é um completo babaca.", Leanne pensa, observando
os dois com um sorriso discreto.

boredmai:
"Tem alguém chegando."

Anandi entreabre os olhos, se esticando antes de encostar a pata em Luci.


- Acorde. Temos companhia.

qualquersuki:
- Nnngh. - ele resmunga, se levantando antes de balançar a juba, incomodado,
farejando o ar. - ...cheiro de sangue.

boredmai:
A tigresa faz o mesmo, o pelo ouriçado.
- É... É o cheiro da Caroline..?!
qualquersuki:
- E o cheiro do sangue dela. Sim....! - diz, alarmado, se preparando para atacar.

- Anandi..? Luci...? - Caroline chama em voz baixa, entreabrindo a porta da


residência devagar, o ferimento da cabeça tendo voltado a sangrar na trocar de
curativo, as vestes agora limpas ainda bastante surradas.

boredmai:
- Caroline! - Anandi exclama, correndo até ela, protetora. - O que houve?! Tem
alguém atrás de você?!

qualquersuki:
A mulher nega com a cabeça, se ajoelhando no chão enquanto puxava os dois para si,
carinhosa e saudosa.

- Eu preciso que vocês saiam daqui. - diz, ainda agarrada nos dois. - Eu consegui
um lugar seguro, onde a Leanne e o Lucca estão, inclusive com a Mali e o Salem.

- Por isso eles não voltaram... - o leão ronrona, confortável, apoiando uma das
patas no ombro dela, carinhoso.

boredmai:
- Um lugar seguro? Mais seguro que aqui? - pergunta, preocupada, lambendo o rosto
dela.

qualquersuki:
- Eu acredito que sim. - murmura.

"Eu espero que sim."

boredmai:
- ...acho difícil, mas eu confio em você. - resmunga. - E as crianças? Como estão?

qualquersuki:
- Bem. A Leanne foi atacada pelo Bartolomeu, mas está se recuperando bem com a
família dela. - e suspira.

- Nós somos a família dela.

- A família onde ela cresceu, Luci.

boredmai:
- Nós somos a família dela. - resmunga, incomodada.

qualquersuki:
- Não vamos discutir isso agora, por favor. - pede, suspirando de leve. - Já faz
quase dez anos que ela está com eles. Não nos cabe discutir.

boredmai:
- ...hmpf. Vamos logo, então, você precisa de cuidados.

qualquersuki:
- Eu já fui lá, não tem nada a ser feito para mim, não se preocupem. - e suspira,
mexendo no bolso da farda para estender colocar duas pedras no chão. - Só precisam
colocar a pata em cima de uma delas, e dizer que "Seu nome pede passagem". -
explica.

- Como "Caroline pede passagem"?


- Isso. Só que com os nomes de vocês. Depois eu encontro vocês lá.

boredmai:
- Teleporte, é? Bem elaborado. - diz, encostando a pata na pedra. - Anandi pede
passagem.

qualquersuki:
Luci, por sua vez, espera que a tigresa tenha desaparecido antes de lamber o rosto
de Caroline, ronronar, e fazer o mesmo.

- Luci pede passagem.

boredmai:
Os dois surgem no saguão da mansão, a tigresa farejando o ar.
- Hmpf. Não gosto do cheiro daqui. - resmunga.

qualquersuki:
- Ele é um tanto diferente, mesmo. - murmura, fazendo o mesmo antes de se balançar.
- Vamos procurar alguém.

boredmai:
- ...hmpf. Vamos procurar as crianças. - diz, caminhando.

qualquersuki:
- São muitos cheiros aqui. Vai ser um pouco difícil. - ele suspira, seguindo-a logo
atrás.

boredmai:
- Vai. Bastante. - resmunga, incomodada.

qualquersuki:
- Acredito que encontrar _alguém_ já vai ser um começo. - murmura. - E então vamos
poder pedir informação. A Caroline disse que era seguro, não foi?

boredmai:
- Disse. Eu confio nela, mas... hmpf. Não sei.

Os dois viram por um dos corredores, e então podem escutar uma exclamação de
surpresa. "A-ah, devem ser os familiares que a mamãe falou..." Chiaki pensa,
encarando-os. "Mas que susto!"

qualquersuki:
- Eu também não. - e hesita, as orelhas se movendo antes que ele se vire para a
garota.

- ...nee-san, eles são de verdade...? - Mitsuo pergunta, baixinho, se escondendo


atrás de Chiaki.

boredmai:
- ...s... são, são sim. - a menina murmura, afagando os cabelos de Mitsuo. - São os
familiares da sua avó Caroline.

- ...duas crianças..? - Anandi franze a testa.

qualquersuki:
- Familiares? Que nem o Salem e a Mali ou que nem você e o tio Lucca? - pergunta,
curioso.

- Como o Salem e a Mali. Nós somos os pais deles. - o leão murmura, balançando a
cabeça de leve antes de farejar o ar.

"Esse cheiro é familiar, mas também estranho..."

boredmai:
- Os pais deles..? - Chiaki murmura. "E por que eles são tão pequenininhos, então?"

Anandi franze a testa, olhando de relance pra Luci. "...parece o cheiro da


Leanne..."

qualquersuki:
- Mm. Não diretamente, é claro, mas somos o mais perto disso que é possível.

- O tio Lucca e a mamãe falaram de vocês! Luci e Banana! - o garoto diz,


sorridente, observando os familiares.

- Sua mamãe, é? - pergunta, ronronando.

"Vó Caroline e tio Lucca significam que a nossa menina teve um filho."

boredmai:
- ...hmpf. Sempre esse apelido. - a tigresa resmunga. "Ele... é filho da
Leanne..?!"

qualquersuki:
- Não é seu nome?! - pergunta, surpreso.

- Não, garoto. O nome dela é Anandi.

"Pelo jeito sim. Mas com quem, e quando?!"

boredmai:
- Onde a sua mãe está? - Anandi pergunta. - Ou o seu tio.

"Não gostei disso."

qualquersuki:
- ...a mamãe tá no estúdio com o papai. O tio Tigre eu não sei. - murmura.

- Seu pai, eh? Nos leve até lá, pequeno.

boredmai:
- Por aqui. - Chiaki assente com a cabeça, guiando os familiares.

qualquersuki:
- ...nee-san, a gente fez alguma coisa...? - pergunta, cabisbaixo.

boredmai:
- ...não. Eu acho que não, ao menos... - ela murmura baixinho.

- Não fizeram nada, crianças. - Anandi murmura, um pouco mais mansa.

qualquersuki:
- ...m-mesmo? A mamãe e o papai também não...?

- Se o seu pai não tiver feito mal algum à nossa menina, também não. - e balança a
cabeça.

boredmai:
- Exatamente. - responde. "Assim espero."

- O meu irmão jamais faria mal à Lea. - Chiaki murmura.

qualquersuki:
- Nós não o conhecemos, menina. Espero que entenda a hesitação. - diz, suave.

- O papai e a mamãe só ficam bem juntos!

boredmai:
- Isso nós vamos ver. - Anandi resmunga.

Chiaki apenas suspira, dando dois toques na porta do estúdio.


- Trouxemos visita.

qualquersuki:
- Visita? - Leanne pergunta, franzindo a testa antes de ir até a porta para abri-
las...
...e congelar.

- ...Nana e Luci....? - sussurra, toda a cor sumindo do rosto enquanto ela


observava os familiares, surpresa.

boredmai:
A tigresa franze a testa.
- ...oi, Leoa. - murmura. "Por que ela parece estar com *medo*?"

qualquersuki:
"...eu não sei. Mas não é bom.", pensa, recuando um passo, as orelhas caídas.

- ...eu...a Caroline falou, mas... - gagueja, atrapalhada, levando uma das mãos ao
rosto, trêmula.

boredmai:
"'A Caroline'. Não 'a minha mãe'. O que diabos fizeram com ela aqui?!" pensa,
incomodada.

- Vamos, Luci. - diz, dando as costas pra se afastar.

qualquersuki:
- N-não! Pera! - pede, quando os dois se viram. - E-eu... e-eu senti saudades... -
murmura, meio sem voz.

- ...nós também, Leoa. Nós também. - diz.

"Ou o que fizeram com ela _no exército_."

boredmai:
"...aposto que foi aqui."

- Muita saudade. - ela diz, parando.

qualquersuki:
"Vamos descobrir aos poucos."

Ela hesita, mas acaba por abrir os braços, sem ousar se agachar para não forçar o
joelho ferido.

- Só não me derrubem no chão... - pede, chorosa.


boredmai:
- Não vamos. - diz, se aproximando e ficando de pé pra abraçar Leanne, cuidadosa
pra não colocar muito peso na garota.

qualquersuki:
- Obrigada. Eu... Eu deveria abaixar, mas...

- Não precisa. Você cresceu, mas continua sendo a nossa pequena criança. - Luci ri,
fazendo o mesmo do outro lado.

boredmai:
- Pra sempre nossa menina... - ela sussurra baixinho, ronronando.

qualquersuki:
- E s-sempre vou ser... - ela ri baixinho, abraçando os dois com firmeza,
carinhosa.

boredmai:
- Sempre e sempre... - murmura, emocionada.

qualquersuki:
- S-sempre e... a-ah, droga... - ela choraminga.

boredmai:
- ...não chora... - ela resmunga.

qualquersuki:
- T-tarde demais... - e ri, boba.

boredmai:
- Hmpf... - ela resmunga, escondendo as próprias lágrimas.

qualquersuki:
- F-finalmente juntos de novo...

boredmai:
- Finalmente... - sussurra, lambendo o rosto dela.

qualquersuki:
Isso faz Leanne rir baixinho, boba, apertando o braço nos dois antes de soltá-los e
recuar um passo.

- Acho que... Eu preciso apresentar vocês, né.

boredmai:
- ...precisa, eu acho. Nós conhecemos o seu filho.

qualquersuki:
- O Micchi?

- O-Oi. - ele murmura, ainda atrás de Chiaki. - Eles são bonzinhos, né...?

boredmai:
- Micchi, o nome dele? - pergunta, se virando na direção do menino.

qualquersuki:
- Mitsuo. O nome do meu pai de criação. - explica. - Eles são bonzinhos, meu amor,
eu prometo. A Anandi só tem o jeito de brava, e os dois só tem tamanho.
- A-ah. Que nem a vovó?!

Leanne ri, boba, assentindo com a cabeça.

- Que nem a sua vovó, sim. - diz, ao que o garoto se solta de Chiaki para andar na
direção dos familiares, ainda hesitante.

boredmai:
"Melhor que o Bartolomeu, certamente," pensa.

- Mm. Nós somos bonzinhos com a nossa família, e você é família, menino.

qualquersuki:
- Brigado, tia Banana! - diz, mais empolgado, correndo na direção da tigresa para
abraçá-la.

- Já percebi que ele tem preferências iguais às da mãe.

- Luci, eu amo vocês dois igual!

boredmai:
- Tia Banana... - ela suspira, mas acaba por abraçar o menino de volta, encostando
o focinho nele.

qualquersuki:
- Você é grande e quentinha! - diz, bobo, as mãozinhas afagando os pelos dela.

boredmai:
- Bem quentinha. São os pelos. - ela ronrona.

qualquersuki:
- Você faz motorzinho que nem o Salem e a Mali! - ele ri, encostando o ouvido nela
para aproveitar melhor.

boredmai:
- ...motorzinho... - ela ri. "Que menino fofo..."

qualquersuki:
- Motorziiinho! Ronronronron~

boredmai:
Ela apenas ri, ronronando mais um pouco.

- ...que fofinha... - Chiaki ri de leve, boba.

qualquersuki:
- Ela é. Só tem o jeito de brava, eu disse. - Leanne ri, soltando uma exclamação
baixa de protesto quando Luci se aproxima para cabecear sua mão.

boredmai:
- Deu pra perceber. - ri, estendendo a mão. - Posso..?

- ...pode. Pode sim. - diz Anandi, continuando a ronronar quando Chiaki lhe afaga
os pelos.

qualquersuki:
- Ela adora carinho. E adora crianças. - o leão quem diz.
- Nee-san não é mais criança!

boredmai:
- Eu sou adolescente!

-Hmpf. Sempre crianças pra mim...

qualquersuki:
- Todos nós somos crianças pra você, Anandi. - Leanne ri.

boredmai:
- Exatamente. - ela sorri.

qualquersuki:
- Até eu, as vezes. - o leão brinca, balançando a cabeça e a imensa juba.

boredmai:
- Você é sempre uma criança. - Anandi provoca.

qualquersuki:
- Eu sou a parte divertida da nossa alma. - brinca.

boredmai:
- Hmpf. Eu sou mais responsável.

qualquersuki:
- E rabugenta. - Leanne adiciona.

boredmai:
- Hmpf.

- Rabugenta mesmo. - Ichiro ri.

- ...e você, quem é? - ela resmunga.

qualquersuki:
- Meu marido. - Leanne diz, chamando-o para perto com um sinal da cabeça.

- ...seu... Marido.

- É.

boredmai:
Ichiro se aproxima, fazendo uma mesura.
- Boa tarde. Eu sou Ichiro, o esposo da Leanne.

- ...hmpf. - Anandi resmunga, encarando o rapaz de cima a baixo. "Não gostei dele."

qualquersuki:
- E pai do nosso pequeno Micchi. - diz, boba.

"Não seja rabugenta, Anandi.", o leão responde, balançando a cabeça de leve.

- Prazer em conhecê-lo, Ichiro.

boredmai:
- Prazer, Ichiro. - ela resmunga. "Hmpf. É só um moleque."

qualquersuki:
"Ora, Anandi, ele deve ter a mesma idade que a Leanne. O que você esperava, um
marido vinte anos mais velho?", ele ri.

boredmai:
"Claro que não! Mas a Leanne merece melhor!"

qualquersuki:
"Melhor como o que?"

- Já vi que os dois tão tendo uma DR. - Leanne suspira.

boredmai:
"Eu não sei, ora!"

- Só se encarando? - Ichiro ergue uma sobrancelha.

qualquersuki:
- Eles dividem a alma com a minha mãe. Os três conseguem se comunicar só com os
pensamentos. - explica.

boredmai:
- Ah, isso explica. - ele ri de leve.

qualquersuki:
- Funciona da mesma forma que a minha comunicação com o Salem, ou do Lucca com a
Mali.

boredmai:
- Sim, faz sentido. - sorri. - É bem prático.

qualquersuki:
Ela assente com a cabeça.

- É importante que familiares e seus bruxos tenham comunicação constante.

boredmai:
- Isso explica como o Salem sempre sabe todas as fofocas sobre mim. - Ichiro
brinca.

qualquersuki:
- Até mais que todas~ - provoca.

boredmai:
- Ara, ara... - ele ri, balançando a cabeça.

qualquersuki:
- Você tem sido bonzinho. Sem fofocas. - e ri também.

boredmai:
- Muito obrigado. - ele ri de leve.

- ...hmpf. Ele é bom com você, mesmo? - Anandi pergunta.

qualquersuki:
- É, é sim. O Ichiro é o homem da minha vida. - diz, passando o braço pelos ombros
do marido para puxá-lo mais para perto. - Ninguém jamais seria capaz de me fazer
feliz e plena como ele faz.

boredmai:
A leoa resmunga, resignada.
- Hmpf. Ao menos isso.

qualquersuki:
- Ele me faz tão bem quanto o Luci te faz. - provoca.

- Então é bem pouco. - o leão ri.

boredmai:
A tigresa dá uma patada de leve em Luci, resmungando.
- Idiota.

qualquersuki:
Isso faz ele se jogar no chão de barriga para cima, choramingando baixinho como se
estivesse ferido.

- Tadinho! - Mitsuo quem diz, correndo para abraçar o leão, cuidadoso.

boredmai:
- Luci! - ela exclama. - Eu mal encostei em você!

qualquersuki:
- Sua pata é pesada!

- Pede desculpas, Anana!

boredmai:
- Minha pata não é pesada!

qualquersuki:
- Tem certeza? Porque me derrubou e tudo!

boredmai:
- Tenho, tenho certeza sim! - resmunga.

qualquersuki:
- Desculpas, Anana! - Mitsuo insiste.

boredmai:
A tigresa resmunga, balançando a cabeça.
- ...hmpf. Me desculpe.

qualquersuki:
- Prooonto! - o pequeno ri, bobo.

- Consigo sentir a dor passando. - o leão diz, se levantando devagar. - Pedir


desculpas faz mágica~

boredmai:
- Não tinha dor nenhuma. - ela resmunga.

qualquersuki:
- Ela parecia bem real pra mim. - diz, se esfregando na tigresa, ronronando.

boredmai:
"Depois eu me resolvo com você..." pensa, resmungando, se esfregando de volta no
leão.

qualquersuki:
"Ah, não faça isso, não me dê razões para chorar.", brinca, lambendo-lhe os pelos,
carinhoso.

boredmai:
"Vou dar razão de sobra!"

qualquersuki:
"Você não quer o nosso neto chorando, quer?"

boredmai:
"......................................chantagista."

qualquersuki:
"Obrigado, de nada~"

boredmai:
"Idiota..."

qualquersuki:
"Um tanto.", e ri.

boredmai:
"Muito. Até demais."

qualquersuki:
"Você me ama do jeito que eu sou. Nós nos amamos."

boredmai:
"...hmpf. Amo, e daí?"

qualquersuki:
"Nada, só gosto de te ouvir dizendo isso."

boredmai:
"...é um idiota mesmo..." pensa, encostando o focinho no dele.

qualquersuki:
- Vocês são lindos juntos. - Leanne diz, boba. - Dois pombinhos~

boredmai:
- Hmpf. Sou muito grande pra ser um pombo.

qualquersuki:
- Uma águia? Que cuida dos filhotes com garras e dentes?

- Combinaria. - Luci concorda.

boredmai:
- Prefiro continuar sendo tigresa, obrigada.

qualquersuki:
- Eu também prefiro você assim. Pelos são mais macios que penas~ - Leanne diz,
boba.

boredmai:
- Hmpf... - ela resmunga baixinho, encostando o focinho em Leanne. - Bom te ver de
novo, pequena...

qualquersuki:
- ...nem fala... - murmura, afagando as orelhas dela.

boredmai:
- Muitas saudades. - sussurra. - Você cresceu tanto...

qualquersuki:
- E você continua do mesmo jeitinho, imensa e macia. - ela ri.

boredmai:
- Hmpf. Eu não mudo mais. - sorri.

qualquersuki:
- E nós te amamos desse jeitinho. - diz, boba.

boredmai:
- Eu também amo você, criança. - sorri. - Seu irmão está aqui também?

qualquersuki:
- Tá sim. Quer que eu leve vocês no quarto dele?

- Por favor.

boredmai:
- Nós o vimos há menos tempo, mas ainda assim. - Anandi suspira.

qualquersuki:
- Quando ele foi buscar o Salem, né? Eu tô sabendo.

- Ele mal falou conosco. - resmunga. - Brigou com a Mali e saiu.

boredmai:
- E depois voltou pra pegar a Mali de novo. - ela resmunga.

qualquersuki:
- E não nos deu mais notícias! Um absurdo!

boredmai:
- Exatamente. Eu vou morder a orelha dele. - resmunga.

qualquersuki:
- Morde e puxa! - Leanne gargalha.

boredmai:
- Vou arrancar!

qualquersuki:
- Não, nem tanto, Anandi!

boredmai:
- Hmpf. Ele merece!

qualquersuki:
- Ninguém merece ter a orelha arrancada na mordida!

boredmai:
- Ele merece!

qualquersuki:
- Não, Anandi, mantenha suas presas longe das orelhas do Lucca! - ela ri, batendo
algumas vezes na porta do quarto do irmão.

boredmai:
- Tô indo, tô indo! - Lucca ri, abrindo a porta. - Di--

Anandi mal dá tempo do rapaz dizer alguma coisa antes de saltar sobre ele, usando
todo o peso pra derrubá-lo no chão.
- Oi, criança. - e sorri de canto.

- Banana?!

qualquersuki:
- E Luci. - o leão adiciona, se deitando sobre os dois.

- O-Oi. - Rebecca murmura, pálida e embasbacada, tendo recuado para longe.

boredmai:
- Quando vocês chegaram?! - ele ri, agarrando a tigresa.

qualquersuki:
- Agora há pouco. - ele ri, bobo.

boredmai:
- Bem vindos! - ele ri, bobo, afagando os pelos de Anandi. - Bananaaaaa!

- Hmpf.

qualquersuki:
- Bananandi! - Leanne gargalha.

- Não vai falar comigo? - Luci reclama, forçando o próprio peso sobre Anandi e
Lucca.

boredmai:
- AGH, Luci, não, os dois eu não aguento..! - Lucca exclama.

qualquersuki:
- Força nesse corpo, Tigre! - provoca.

boredmai:
- Eu tenho força, mas nem tanto!

qualquersuki:
- Sinal de que precisa pegar mais peso!

boredmai:
- São dois felinos enormes! - exclama.

qualquersuki:
- Pode começar seu treinamento nos levantando, então! - Luci insiste.

boredmai:
- Luci, nãããão! - ele ri, tentando erguer os dois.

qualquersuki:
O leão sai de cima de Anandi e Lucca de imediato, risonho.

boredmai:
Anandi faz o mesmo, rindo.
- Puta merda, eu achei que ia morrer..! - Lucca ri, indo abraçar Luci.

qualquersuki:
- Não exagere, garoto! - ele ri, apoiando as patas nos ombros dele antes de ficar
de pé

boredmai:
- Não é exagero, seu leão bobo. - ri.

qualquersuki:
- É, é sim! Nós te criamos para ser mais forte que isso.

boredmai:
- Isso é verdade. - ri.

qualquersuki:
-Então não reclame. - diz, bobo.

boredmai:
- Reclamo sim, aprendi com a Banana!

- Hmpf!

qualquersuki:
- Se aprendeu com ela, então não sabe fazer outra coisa!

boredmai:
- Exatamente! - ri.

- Falando mal de mim, eh? - Anandi resmunga.

qualquersuki:
- Elogiando suas habilidades de resmungar. - brinca.

boredmai:
- Hmpf. Isso não me parece um elogio.

qualquersuki:
- É o meu jeito de te elogiar~

boredmai:
- Hmpf. Prefiro carinho. - resmunga, indo se esfregar em Leanne. - ...e aquela
garota, quem é? - pergunta, indicando Rebecca.

qualquersuki:
- A namorada do Lucca. O nome dela é Rebecca. - diz, afagando as orelhas da
tigresa.

- O-Oi. - murmura, acenando de leve, ainda impressionada.

boredmai:
- Namorada, é? - murmura, encarando Rebecca. "Do meu menino? Hmpf."

qualquersuki:
- É-é. A gente... A gente se conheceu no quartel, eu era subordinada do Tenente. -
murmura, engolindo em seco.

"Anandi, não faça isso...", pensa, rindo de leve.


- E ela cuida bem de você, Lucca?

boredmai:
"Hmpf."

- Espero que cuide. - resmunga.

- É claro que cuida, a Becca é a melhor! - ri. - Caaaalma, Banana!

qualquersuki:
- E você tem cuidado bem dela, também?

- Tem, tem sim. - murmura.


"Ela é brava...!", pensa, os cascos batendo de leve no chão, agitados.

boredmai:
- Claro que cuido. Eu tenho juízo! - ele ri, indo abraçar a garota. - Relaxa,
Becca, a Banana só tem cara de braba!

- Hmpf.

qualquersuki:
- Ela parece _bem_ brava. - murmura baixinho.

- Só parece, mesmo, a gente garante. - Leanne ri.

boredmai:
- Isso, é bananinha! É bobona!

qualquersuki:
- Lucca, também não exagera! - Leanne gargalha. - Tá pedindo uma patada!

boredmai:
- Tô nada, a Banana é bobona! - ele ri, indo brincar com as patas da tigresa.

qualquersuki:
- Eu acho que patada é pouco, você merece uma mordida. - provoca.

boredmai:
- Nada disso!

- Hmpf. - Anandi resmunga, abrindo a boca e fingindo morder a cabeça de Lucca.

qualquersuki:
- A-a-ah... - Rebecca estremece, empalidecendo.
"A cabeça dele CABE na boca dela!"

boredmai:
- Oh, não, eu estou sendo mordiiiiido! - o rapaz gargalha, visivelmente tranquilo.

qualquersuki:
Ela hesita, olhando para Leanne, que apenas balança a cabeça e ri.

- Já chega, vocês dois: estão assustando a menina. - Luci pede, a voz suave.

boredmai:
- Hmpf. - Anandi resmunga, afastando a boca. - Tudo bem.
qualquersuki:
- Obrigada... - a fauna murmura, levando uma das mãos ao peito.

boredmai:
- Hmpf. De nada. - resmunga, se aproximando pra farejar a garota.

qualquersuki:
Isso a faz estremecer, tentando se manter imóvel, mas falhando: mesmo sem perceber,
a mão vai até as orelhas de Anandi em um toque suave e carinhoso, quente e
delicado...

boredmai:
- ....rrrnnn... - a tigresa fecha os olhos, ronronando de leve.

- Aí, viu? Banana!

qualquersuki:
- É um ronronar tão diferente, tão grave, mas tão gostoso... - comenta, boba.

boredmai:
- É, não é? - Lucca ri de leve. - é gostoso de ouvir~

qualquersuki:
- Muito gostoso. Isso deve ajudar a dormir...

- Você não imagina como. - Leanne ri. - Quando éramos crianças, dormíamos os quatro
agarrados.

boredmai:
- Era uma delícia. - ele ri baixinho. - Podemos fazer de novo!

qualquersuki:
- Não sei se tem uma cama grande o suficiente pra isso, mas a grama fica quentinha
e confortável no sol!

boredmai:
- Dá pra fazer um montinho na grama, sim!

qualquersuki:
- O Ichiro não sei se vai querer, mas o Mitsuo e a Rebecca com certeza sim~

boredmai:
- A gente convence ele. Ou arrasta. - Lucca provoca.

qualquersuki:
- O Ichiro? Boa sorte. - provoca.

- Você convence ele fácil, Leoa.

boredmai:
- Precisa nem se esforçar. - ri.

qualquersuki:
- Tudo bem, tudo bem. Seremos nós sete, então! - ela ri. - O Micchi escolhe em cima
de quem vai deitar!

boredmai:
- Aposto que ele vai se esparramar todo e conseguir deitar em cima de todo mundo. -
brinca.
qualquersuki:
- Ele não é grande o suficiente pra isso nem como dragão, Lucca!

boredmai:
- Ele dá um jeito. - brinca, risonho.

qualquersuki:
- Não inventa de esticar meu filho antes da hora!

boredmai:
- Não vou, não vou, relaxa! - ri.

qualquersuki:
- Ótimo. Ele já vai ficar enorme sozinho, se puxar a mãe!

boredmai:
- Aposto que vai ficar maior que você, ainda!

qualquersuki:
- Não diga isso, quero o meu bebê no meu colo pra sempre!

boredmai:
- Hmpf. Impossível. - diz Anandi.

qualquersuki:
- Ah, não, Anandi, não destrua meus sonhos assim... - choraminga, dramática

boredmai:
- Tarde demais. - ela ri de leve.

qualquersuki:
- Droga! - diz, dramática. - e gargalha.

boredmai:
A tigresa ri, continuando a se jogar sobre Rebecca, ronronando baixinho.

qualquersuki:
- ...eu posso me acostumar mal com isso~ - ela ri baixinho, boba, se agarrando nele
enquanto pateava o chão com os cascos.

boredmai:
- Hmpf. Não é sempre. - murmura, resmungando baixinho.

qualquersuki:
- Tudo bem, tudo bem. Mas o carinho vai ser sempre. - diz, boba, as mãos afagando
as orelhas de Anandi enquanto a tigresa sentia um estranho bem-estar, uma leveza um
tanto atípica...

boredmai:
- ...mm. O carinho é bom... - ela sussurra, mais relaxada.

qualquersuki:
- Mesmo? Todo mundo adora meu carinho. - diz, boba.

boredmai:
- É... relaxante. - sussurra, os olhos se fechando.

qualquersuki:
- Bom saber. - e ri baixinho, boba.

boredmai:
A tigresa apenas continua ronronando, subindo na cama pra se aproximar mais.

- ...uau. A Anandi realmente gostou de você. - Lucca ri.

qualquersuki:
- Eu nunca vi ela tão mansa assim com alguém de fora. - Luci comenta, surpreso.

boredmai:
- ...hmpf... - ela resmunga baixinho, confortável.

qualquersuki:
- Uau. Essa menina é de outro mundo, pelo jeito. - comenta.

boredmai:
- Ela é incrível, né? - Lucca ri, bobo.

qualquersuki:
- É, é sim. Combina com você, meu garoto. - o leão diz, bobo, balançando a cabeça.

boredmai:
Lucca apenas ri, se jogando sobre o leão.
- Siiiiiim~

qualquersuki:
- Lucca...! - ele ri.

boredmai:
- Que foi, Lucinho? - ri, bobo.

qualquersuki:
- Você é pesado, garoto! - brinca.

boredmai:
- Você aguenta, é forte~!

qualquersuki:
- Sou, e aguento, mas não se jogue assim que meus velhos ossos podem acabar
rachando!

boredmai:
- Racham nada, são fortes que nem pedra!

qualquersuki:
- Pedras são mais fracas, garoto! - ele ri, ficando de pé subitamente, jogando
Lucca para o alto.

boredmai:
- WOAH! - o rapaz exclama, se agarrando no leão como podia.

qualquersuki:
- Não é pra se segurar, Lucca! - ele reclama, se balançando para atirá-lo no chão.

boredmai:
- Ei, não, vai com calma..! - ele exclama, continuando a se agarrar com certa
dificuldade.
qualquersuki:
- Lucca, solta e aceita que vai cair. - Leanne diz, revirando os olhos, rindo de
leve.

boredmai:
- Não, não sol-- WOAH--

O rapaz eventualmente acaba soltando, indo ao chão com um baque seco, resmungando
baixinho.

qualquersuki:
- Pronto. Uma pulga a menos. - o leão brinca, se balançando todo antes de se deitar
no chão novamente.

- Luci...! - ela gargalha, indo oferecer ajuda para o irmão se levantar.

boredmai:
- Eu não sou uma pulga! - ele resmunga, ficando de pé. - Sou um tigre!

- ...claro, claro... - Anandi boceja.

qualquersuki:
- Nós não somos nada perto desses dois, Lucca. - diz, culpada.

boredmai:
- Isso é verdade. - ri. - Eles são incríveis.

qualquersuki:
- Vocês também são, cada um a sua maneira. - o leão murmura.

boredmai:
- Só um pouquinho. - e pisca um olho.

qualquersuki:
- Tudo bem, tudo bem. - ele ri.

boredmai:
O rapaz ri de leve, indo afagar as orelhas do leão.

qualquersuki:
- Devo guiar a família até a grama quentinha sob a melhor árvore do jardim? -
Leanne sorri.

boredmai:
- Por favor. - ele ri de leve, bobo.

qualquersuki:
- Então vamos. - ela indica o corredor com a cabeça, se desencostando do batente da
porta.

- Mas vocês quem vão carregar a poça que a Banana virou. - Luci provoca.

boredmai:
- Eu consigo andar. - Anandi resmunga, apesar de ainda não se afastar de Rebecca.

qualquersuki:
- Então vamos. - a fauna chama, boba, interrompendo o carinho para ficar de pé.

boredmai:
Anandi resmunga de leve, se levantando também.
- Vamos. - murmura.

qualquersuki:
- Eu te dou mais carinho quando nos ajeitarmos nos jardins. - diz, sem jeito.

boredmai:
- Hmpf. Tudo bem. - resmunga.

qualquersuki:
Isso faz Leanne rir baixinho, logo levando o grupo até os jardins e seu local
favorito deles...

boredmai:
- A grama parece deliciosa... - a tigresa murmura, indo se deitar espaçosa.

qualquersuki:
- Deitar em cima de você também. - Leanne provoca, enquanto Luci se aconchegava com
a tigresa.

boredmai:
- Hmpf. Eu sou uma boa cama. - ela murmura.

qualquersuki:
- Vocês dois são. - ela ri. - Agora eu vou buscar o Ichiro e o Micchi enquanto
vocês se ajeitam~ - e acena, se afastando em seguida.

boredmai:
- Não demora, senão vai ficar sem! - Lucca ri.

qualquersuki:
- Eu arranjo espaço nem que seja no soco! - provoca.

boredmai:
- Quero só ver~

qualquersuki:
Leanne não responde, indo até o estúdio para buscar Ichiro, Mitsuo - e com sorte,
Chiaki -.

- Voltei~ - diz, ao abrir as portas devagar.

boredmai:
- Bem vinda de volta. - Ichiro ri de leve. - Como foi com os dois gatões?

qualquersuki:
- Tão bem que eu vim chamar vocês três pra virem deitar neles no jardim com a
gente.

- Deitar neles?! - Mitsuo pergunta, prontamente se levantando, encantado.

boredmai:
- Depende, são bons travesseiros? - ri.

qualquersuki:
- Você só vai saber se vier experimentar. - ela pisca um dos olhos, charmosa, antes
de pegar Mitsuo no colo. - Chiaki, isso vale pra você também, claro.

boredmai:
- Eu também? - a menina murmura.

- Claro. Por que não? - Ichiro ri.

qualquersuki:
- Você não quer deitar em cima daqueles dois? - pergunta. - Eles são bem macios, eu
garanto!

boredmai:
- ...eu quero sim. - ela ri, corando de leve. - Eles parecem pelúcias enormes...

qualquersuki:
- E eles são, do tipo que resmungam uma frase sempre que você aperta~

boredmai:
- ...pode apertar? - ela ri, boba.

qualquersuki:
- De levinho. - e pisca um dos olhos.

- De leviiiiinho!

boredmai:
- De levinho, juro. - ri.

qualquersuki:
- Tudo bem, então. Vamos~?

boredmai:
- Vamos! - a menina sorri, empolgada.

qualquersuki:
Ela assente com a cabeça, ajeitando o filho melhor nos braços antes de se afastar,
guiando o caminho.

boredmai:
Quando o grupo chegasse ao jardim, já veria os outros embolados sobre a grama,
Lucca fingindo dormir e roncar, esparramado...

qualquersuki:
- Abre espaço que os Yuuji chegaram! - Leanne anuncia, colocando Mitsuo no chão, ao
que o garoto prontamente corre e salta sobre o grupo. - Micchi, n---!

boredmai:
- Vai com calma! - Lucca ri, aparando a queda do menino, cuidadoso.

qualquersuki:
- Tigre, tio Tigre! Eu ia te acordar! - ele gargalha, se balançando, bobo.

boredmai:
- Eu sempre acordo antes do perigo! - ele ri, bobo.

qualquersuki:
- Eu sou o perigo ~! Grawr! - e gargalha, bobo.

- Já vi que ele vai dormir em cima de você. - Leanne ri, puxando Chiaki e Ichiro
pelas mãos.

boredmai:
- Não que isso seja um problema. - ri.

qualquersuki:
- Acho bom não ser, mesmo! - e ri. - Chiaki, pode deitar em cima do Luci se quiser.
Aproveita que ele tá vago. - brinca.

boredmai:
- Ok! - ela ri, indo se acomodar sobre o leão.

- E eu, o que faço? - Ichiro ri.

qualquersuki:
- Você deita aqui comigo bem no meio, embolado com todo mundo. - ela ri, puxando-o
pela mão consigo.

- A juba costuma ser um bom travesseiro. - o familiar avisa à Chiaki

boredmai:
- Tudo bem, tudo bem. - ri.

- Obrigada... Luci, não é? - a garota sorri.

qualquersuki:
- Sem essa pose toda, _Shogun_, guarde isso pros subordinados. - provoca, antes de
se largar na grama, ainda segurando a mão de Ichiro para puxá-lo consigo.

- Isso. - e ronrona. - E você é a irmã mais nova da nossa menina, não é?

boredmai:
- Ora..! - ele ri, indo deitar ao lado dela.

- Sou, sou sim. - ela sorri. - Meu nome é Chiaki.

qualquersuki:
Leanne gargalha, envolvendo Ichiro com os braços carinhosamente, apoiando-o no
próprio peito para afagar seus cabelos enquanto ela mesma se encostava em Luci.

- Prazer, Chiaki. Obrigada por ter cuidado bem dela. - diz, gentil.

boredmai:
O rapaz sorri, fechando os olhos, confortável.

- Ela quem cuidou da gente. - ri.

qualquersuki:
- Mesmo? Ela é bastante responsável, a Leoa, sempre foi, mas também uma peste. -
brinca.

boredmai:
- Ela sempre foi incrível com a gente. - sorri.

qualquersuki:
- Bom saber. Me deixa tranquilo de que vocês são incríveis, também. - e ronrona.

boredmai:
- N-nós? Bem, o Ichi é mesmo... - murmura. - E a mamãe.

qualquersuki:
- E por que você não? - pergunta, curioso.
boredmai:
- Eu ainda não sou nada de mais. - ri, sem jeito.

qualquersuki:
- Quantos anos você tem, menina? - pergunta, suave.

boredmai:
- Catorze. - responde.

qualquersuki:
O leão ri baixinho, balançando a cabeça de leve.

- Ninguém é incrível aos catorze anos, pequena.

boredmai:
- Exatamente. - ri. - Por isso que eles são incríveis e eu não.

qualquersuki:
- Mas isso não diminui seu potencial. Você é uma pequena incrível, pra idade que
tem, e eu tenho certeza que seus irmãos sentem o mesmo de você.

boredmai:
A menina cora, sorrindo de leve.
- Obrigada...

qualquersuki:
- De nada, pequena. Sonhe alto, pense grande, realize ainda maior.

boredmai:
- Realizar ainda maior, eh..? - sussurra, pensativa.

qualquersuki:
- É sempre o caminho dos incríveis. - e ri.

boredmai:
- Um dia eu vou ser incrível. Eu acho. - ri.

qualquersuki:
- Vai ser. - ele ronrona.

boredmai:
- Vou. Vou sim. - ri.

qualquersuki:
Ele ronrona, voltando a se ajeitar, confortável.

boredmai:
"Tão fofinho..." pensa, se aninhando na juba de Luci.

qualquersuki:
Já era noite, a família toda tendo se recolhido para dormir, quando Leanne entra no
próprio quarto com um copo de limonada nas mãos, o kimono levemente frouxo no
corpo.

- Desculpa a demora, eu acabei passando na cozinha. - murmura, se sentando na


beirada da cama com um suspiro.

boredmai:
- Não se preocupe. - o rapaz sorri, envolvendo-a com um dos braços. - Posso tomar
um gole?

qualquersuki:
- Trouxe especialmente pra você. Errei a mão na hora de fazer, e acabei fazendo a
mais. A minha eu já bebi. - ela pisca um dos olhos, entregando o copo para ele.

boredmai:
- Pra mim? Ora, obrigado. - ele ri de leve, beijando-a antes de pegar o copo de
limonada, tomando um gole.

qualquersuki:
- De nada. - e ri baixinho.

O gosto era suave, convidativo, como uma brisa fresca em uma noite quente de
verão...

boredmai:
- ...delicioso... - ele sussurra baixinho.

qualquersuki:
- Mesmo? - pergunta, suave. - Pode beber tudo, então. É pra você.

boredmai:
- Não quer dividir? Mesmo? - ri.

qualquersuki:
- Eu já bebi uma jarra quase toda, Ichiro...! - ela ri também. - Já disse que errei
a mão!

boredmai:
- Tudo bem, tudo bem. - ele ri, continuando a beber a limonada.

qualquersuki:
E somente quando ele termina é que Leanne tira o copo das mãos dele, depositando um
beijo em seus lábios antes de se afastar para colocar o copo na mesa.

E aqueles passos são o suficiente para o mundo de Ichiro parecer desaparecer,


restando apenas Leanne e mais nada.

O ar parecia sufocante, como se a única coisa que lhe desse fôlego fosse o cheiro e
o calor de sua esposa, a boca seca sedenta pelo gosto de sua pele e de seus lábios,
o próprio corpo fervendo em uma intensidade desconhecida até então...

boredmai:
O rapaz estremece violentamente, o olhar seguindo cada movimento de Leanne
avidamente.
- O... O que tinha nessa limonada..? - sussurra, a voz rouca.

qualquersuki:
- Uma dose extra de mim~ - brinca, descendo o kimono pelos ombros devagar antes que
ela o encarasse por cima de um dos ombros.

boredmai:
- Sempre bem vinda. - ele sussurra, sem fôlego, se levantando pra ir abraçar
Leanne, beijando-lhe a pele.

qualquersuki:
- Que saudades disso... - sussurra, arrepiada, deixando a peça cair no chão para
revelar o corpo completamente nu sob ela.

boredmai:
- Não vai precisar sentir saudade de novo... - ri, mordiscando Leanne enquanto as
mãos exploravam o corpo da mulher.

qualquersuki:
- Jura...? - pede, um suspiro satisfeito escapando entre seus lábios. - ...pela
carpa...?

boredmai:
- Pela carpa. Juro...

qualquersuki:
Isso a faz puxar o ar entre os dentes, rindo baixinho.

- Então mata toda a sua vontade e toda a sua saudade, toda a nossa vontade e a
nossa saudade... - pede, se virando devagar para segurar o rosto dele com as duas
mãos e beijá-lo, intensa.

boredmai:
"Se eu for fazer isso, a gente não sai do quarto pelo resto da semana... Ou do mês,
até," pensa, empurrando-a contra a parede e retribuindo o beijo.

qualquersuki:
- Mm! - ela ri, afastando o rosto brevemente antes de descer os lábios para o
pescoço dele. - Dessa vez você vai esconder as marcas sem magia. - avisa, antes de
começar a beijar e morder a pele de Ichiro, ávida.

boredmai:
- C-certo. - ele ri, arrepiado. - Sem magia... Só em lugares escondidos.

qualquersuki:
- Você que lute usando maquiagem ou roupas mais cobertas. - provoca, a língua
quente passando por onde o ferira.

boredmai:
- Eu dou um jeito... - sussurra.

qualquersuki:
- Acho bom dar, mesmo. Porque eu vou te marcar inteiro, inteiro... - responde, as
unhas se arrastando nas costas dele.

boredmai:
- Pode marcar o quanto quiser... - sussurra.

qualquersuki:
E isso arranca outro riso satisfeito de Leanne, que ajeita o corpo antes de
enroscar as mãos nos cabelos de Ichiro, empurrando-o para baixo.

- Eu vou, mas a gente tem bastante tempo antes desse seu fogo diminuir... -
provoca.

boredmai:
- Nós vamos aproveitar bem esse tempo. - ele ri, beijando a pele de Leanne antes de
levar o rosto entre as pernas dela.

qualquersuki:
- Assim espero, _Shogun_, não quero ficar decepcionada... - sussurra, estremecendo.
boredmai:
- Jamais, koibito, jamais... - sussurra, estimulando-a com a língua.

qualquersuki:
"Pelos céus, que saudades disso...!", pensa, gemendo baixinho, mantendo-o junto a
si.

boredmai:
"Ah, esse sabor..." pensa, intenso, as mãos agarrando as coxas de Leanne.

qualquersuki:
- I-Ichi, assim eu derreto... - ela geme, ofegando para tentar conter a própria
voz, o corpo começando a se inclinar na direção dele.

boredmai:
"Então derrete..." pensa, continuando a estimular a garota.

qualquersuki:
- E-eu vou te fazer beber tudo se continuar assim...! - ameaça, comprimindo os
lábios enquanto os sons escapavam de sua garganta sem que ela conseguisse se
controlar.

boredmai:
Ele apenas solta um risinho, continuando, sem hesitar ou descansar...

qualquersuki:
Não demora para que ele sinta Leanne se contorcendo, chamando o nome dele baixinho,
os olhos cerrados.

- N-não para, Ichiro, não... Não para... Eu... Eu vou... Eu tô quase-- Nnngh...! -
ela grunhe baixinho, dobrando o tronco para frente conforme sentia o orgasmo se
espalhando e escorrendo pelas pernas, intenso e satisfatório...

boredmai:
E o rapaz beberia cada gota, empolgado, sedento, apoiando Leanne como podia.
- Agora sim eu comecei a matar minha sede... - sussurra. - Mas só comecei.

qualquersuki:
- Então continua, e me bebe inteira... - sussurra, ainda recuperando o fôlego,
observando-o de cima para baixo. - Me faz derreter em você cada vez mais, até um se
misturar no outro e não sobrar mais nada... - pede, mordendo o lábio inferior,
sedutora, uma das mãos enrolando os cabelos dele enquanto as unhas roçavam em sua
cabeça.

boredmai:
- Com todo o prazer... - sussurra, se levantando, puxando-a com firmeza para um
beijo intenso, sedento, guiando-a até a cama.

qualquersuki:
- Me levanta pelas coxas e me carrega que nem a mulher da sua vida... - sussurra,
mordiscando os lábios dele.

boredmai:
Ele ri, fazendo como ela mandara antes de derrubá-la na cama, o corpo sobre o dela.

qualquersuki:
- Eu amo quando você faz isso... - ela gargalha, puxando-o para si antes de começar
a arrancar a roupa dele.
boredmai:
- Vou fazer quantas vezes quiser... - ele ri, se livrando das roupas de qualquer
jeito.

qualquersuki:
- Toda noite...? - pede, aproximando o rosto do dele para mordiscar seu lábio
inferior.

boredmai:
- Toda, toda noite... - sussurra, arrepiado.

qualquersuki:
- Então vem~ - sussurra, provocante, erguendo as pernas antes de abri-las devagar,
o olhar fixo em Ichiro.

boredmai:
- Com todo o prazer... - sussurra, encaixando o quadril no dela com cuidado,
provocando-a.

qualquersuki:
- Quanta delicadeza... - provoca, se apoiando nos cotovelos para encará-lo antes de
esticar uma das mãos para agarrar seus cabelos.

boredmai:
- Prefere que eu não seja delicado? - ri.

qualquersuki:
- Eu prefiro você sendo você. Sem protocolos, sem amarras, sem hesitação. - admite,
mais firme, antes de dar uma risadinha. - Mas acho que não caprichei o suficiente
na limonada~

boredmai:
- Caprichou, eu só não quero te ferir. - ri, se debruçando sobre ela.

qualquersuki:
- Me ferir...? _Me ferir_? - ela ri também, balançando a cabeça. - Me quebra no
meio de tanta vontade, Ichiro. É isso que _eu_ quero.

boredmai:
- ...deixa comigo. - diz, começando a se mover, ávido, sem piedade...

qualquersuki:
Isso faz o riso de Leanne desaparecer quase de imediato conforme ela se contorcia e
ofegava, as mãos agarrando os lençóis.

- Isso, isso, continua...! - pede, cerrando os olhos.

boredmai:
- Não precisa nem pedir... - sussurra, arranhando a pele de Leanne.

qualquersuki:
- Me marca inteira... Mostra pro mundo todo que eu sou sua... - pede, arfando, as
mãos agarrando a pele de Ichiro sem dó, as unhas afundando.

boredmai:
- Com prazer. - ri, continuando a marcar a esposa por completo.

qualquersuki:
Isso arranca risos e suspiros de Leanne, os gemidos não demorando a sobrepujar todo
o resto conforme ela se entregava ao prazer e à dor, um orgasmo logo virando
outro...

boredmai:
E eventualmente, o próprio Ichiro sucumbiria ao próprio orgasmo, gemendo alto de
prazer, o corpo debruçado sobre o dela.
- Lea..!

qualquersuki:
Isso faz o corpo dela desabar conforme relaxava, ainda tentando recuperar o próprio
fôlego, ofegando e rindo...

boredmai:
- Eu... Eu te amo... - ele sussurra, sorrindo, satisfeito. - Eu te amo tanto...

qualquersuki:
- Eu também... Eu também te amo tanto... - e ri.

boredmai:
O homem ri de leve, beijando-a.
- Eu te daria outro filho, se você quisesse.

qualquersuki:
Isso faz Leanne hesitar, o sorriso desaparecendo do rosto.

- Eu... Eu quero. Eu só.... Não tenho como. - murmura, desviando o olhar.

boredmai:
- ...não tem como? - ele franze a testa. - Como assim?

qualquersuki:
- ...eu... Eu sacrifiquei a minha fertilidade pra ressuscitar o Bartolomeu. - e
estremece.

boredmai:
Ichiro suspira, beijando a testa dela gentilmente.
- Nós temos o Micchi. - sussurra.

qualquersuki:
- Eu sei. E ele vale por mil. - murmura, fechando os olhos.

boredmai:
- E como vale. - ri, afagando o rosto dela, carinhoso.

qualquersuki:
- Nem me diga... - murmura, enfim esboçando um sorriso.

boredmai:
Ele sorri, dando um beijo suave em Leanne.
- Tem energia pra continuar..? - ri.

qualquersuki:
- ...que pergunta é essa? - ela ri também, as bochechas vermelhas. - Achei que
_você_ não tinha, e por isso tinha parado.

boredmai:
- Eu só precisei recuperar o fôlego um pouco. - ri. - Eu ainda tenho bastante
energia...
qualquersuki:
- Então vamos continuar. Quero ver você se dedicando como se fosse me fazer mais
vários filhos~ - provoca.

boredmai:
- Com todo o prazer. - ele sorri, malicioso, o beijo mais intenso...

qualquersuki:
"O prazer é todo meu, bobinho...", pensa, se entregando a ele mais uma vez, e mais
uma vez, até a exaustão completa dos dois...

boredmai:
Eventualmente, os dois cairiam no sono, juntos, Ichiro incapaz de se mover até o
meio da manhã. "...eu não quero acordar..." pensa, resmungando de leve.

qualquersuki:
Leanne, por sua vez, ainda dormia, encolhida e abraçada ao próprio ventre, o sono
bastante pesado ao contrário da leveza habitual...

boredmai:
"...será que eu exagerei..?" pensa, afagando os cabelos dela delicadamente. O rapaz
ainda ficaria ali alguns minutos antes de enfim se levantar, indo buscar o café da
manhã dos dois...

qualquersuki:
Quando ele retornasse, Leanne enfim daria os primeiros sinais de acordar,
resmungando baixinho...

boredmai:
- Bom dia. - ele sorri de leve, sentando na cama ao lado dela com a bandeja.

qualquersuki:
- B-bom dia... - murmura, entreabrindo os olhos antes de resmungar de novo e se
sentar com um grunhido de dor e incômodo.

boredmai:
- Da próxima vez a gente pega mais leve. - ele ri, sem jeito.

qualquersuki:
- Eu pedi e eu gostei. - resmunga baixinho, se esticando para beijar o ombro dele.

boredmai:
- ...tudo bem. - ele ri de leve, encostando o rosto no dela, carinhoso. - Comer?

qualquersuki:
- Por favor. Você deve estar cheio de tudo que devorou, mas eu estou faminta. -
provoca.

boredmai:
- Eu estou igualmente faminto. - ri, começando a se servir.

qualquersuki:
- Por favor, não me coma de novo, guarde o apetite pra noite~ - ela ri, boba.

boredmai:
- Agora o apetite é de alimentos, Lea. - ri.

qualquersuki:
- Certos leites são ricos em proteínas, Shogun~

boredmai:
- Ora... - ele ri, corando de leve. - Você entendeu, Lea.

qualquersuki:
- Entendi sim, mas te ver fora da pose e atrapalhado sempre me diverte. - admite,
boba, beijando-lhe os lábios carinhosamente.

boredmai:
O rapaz sorri, bobo, retribuindo o beijo.
- Só você, mesmo...

qualquersuki:
- Eu sou o outro lado da balança. Você se tornou sério e sem graça, precisa de mim
pra sua vida voltar a ser leve. - diz, envolvendo a cintura dele com os braços
antes de apoiar a cabeça em um de seus ombros.

boredmai:
- Preciso mesmo. - ele sorri, puxando Leanne mais pra perto antes de lhe oferecer
um onigiri.

qualquersuki:
- Aaaah~ - provoca, mordendo um pedaço. - ...mmm~

boredmai:
O homem ri de leve, mantendo-a perto de si enquanto dava a comida pra Leanne,
cuidadoso.

qualquersuki:
E ela comeria bem mais que nos dias anteriores, voltando ao volume costumeiro de
anos antes, sempre entre carinhos e afagos e brincadeiras.

boredmai:
Ele deixa a bandeja de lado ao terminar, suspirando de leve antes de puxar Leanne
pro colo.
- Eu te amo muito...

qualquersuki:
- Eu também te amo muito, meu amor... - diz, boba, se deixando levar antes de
envolvê-lo com os braços e suspirar. - ...eu... eu tenho um pedido a te fazer.
Alguns, na verdade.

boredmai:
- Pode pedir, à vontade. - diz. - O que é?

qualquersuki:
- ...eu quero voltar a ficar responsável pelas mídias do Setsuna Express. E quero
voltar a publicar coisas no meu Instagram, também. - ela suspira, sem encará-lo,
confortável.

boredmai:
- Você não precisa me pedir permissão pra isso. - ele ri de leve.

qualquersuki:
- É claro que eu preciso. Eu fiquei anos fora, eu não sei mais como nada funciona.
- e suspira. - ...mas não é só isso.

boredmai:
- O que mais, então? - pergunta.

qualquersuki:
- ...eu quero assumir a família com você. - diz, mais séria, encarando-o.

boredmai:
O rapaz ergue uma sobrancelha, sorrindo.
- Mesmo? Tem certeza?

qualquersuki:
- ...eu esperava mais seriedade, ou desgosto. - comenta, visivelmente surpresa. -
Mas... sim, eu tenho.

boredmai:
- Desgosto? De maneira alguma. - ele ri de leve, beijando-a. - Seria um prazer ter
você ao meu lado na liderança...

qualquersuki:
- ...uma mulher estrangeira, mãe do seu filho, na máfia~? - provoca, rindo baixinho
com o beijo.

boredmai:
- A mulher da minha vida, sim. - sorri, afagando o rosto de Leanne, carinhoso.

qualquersuki:
- Não vai te causar problemas....? - pergunta, baixinho, fechando os olhos para
aproveitar o carinho. - Eu não me importo de esfregar a cara de quem reclamar no
asfalto, mas eu não quero te causar problemas...

boredmai:
- Mesmo que cause, eu não me importo. É você, ao meu lado. Isso que importa.

qualquersuki:
- Você não mudou nada... - ela ri baixinho. - ...lembra como você falava isso
quando eu questionava se os empregados da casa iam me aceitar...?

boredmai:
- Lembro sim. - sorri. - E todo mundo te ama.

qualquersuki:
- Amar é muito forte. Mas eu faço o que posso para aliviar o trabalho deles. - diz,
boba, as bochechas vermelhas.

boredmai:
- Te amam. Isso eu tenho certeza. - sorri.

qualquersuki:
- Não exagere. - e ri, mais envergonhada.

boredmai:
- Não é exagero. - ri.

qualquersuki:
- É, é sim. Principalmente pra vocês, japoneses. - resmunga, cruzando os braços.

boredmai:
- Nós só não externalizamos tanto. - ri.

qualquersuki:
- Não externalizam nada. - corrige, provocando-o.

boredmai:
- ...bem. De certa forma, sim. - ri.

qualquersuki:
- De certa forma. Sei. Eu ensinei vocês a darem _abraços_, Ichiro!

boredmai:
- Nós sabíamos dar abraços! - ri.

qualquersuki:
- Só não davam!

boredmai:
- Dávamos sim, só era raro!

qualquersuki:
- Cometa-Halley-raro, né. - provoca.

boredmai:
- Nem tanto. - ri.

qualquersuki:
- Nem tanto o cacete, Ichiro!

boredmai:
- Nem tanto, a gente se abraçava de vez em quando!

qualquersuki:
- Ichiro.... - ela cruza os braços, encarando-o com seriedade, ainda deitada no
colo dele.

boredmai:
- ...era raro, mas acontecia. - ri.

qualquersuki:
- Não vou discutir. Você era o mais carinhoso da família, então deve ser enviesado.
- resmunga.

boredmai:
- Tudo bem, tudo bem, eu desisto. - ri.

qualquersuki:
- Sabia. Você nunca aguenta discutir comigo até o fim. - provoca com um risinho.

boredmai:
- Não aguento mesmo. - ri.

qualquersuki:
- Eu sei. - diz, orgulhosa.

boredmai:
Ele ri, bobo.
- O que quer fazer hoje, Lea?

qualquersuki:
- Terminar o design da tatuagem da Becca, e me colocar em dia sobre o trabalho e
atualizar as redes sociais. - comenta, sorrindo. - ....e quem sabe levar o Micchi
pra um sorvete.

boredmai:
- Ótima ideia. - ele ri de leve. - Eu tenho algumas coisas pra resolver, mas posso
te encontrar mais tarde.

qualquersuki:
- E a partir de amanhã eu me organizo pra começar a te ajudar com a família.

boredmai:
- Será um prazer te ensinar tudo. - sorri.

qualquersuki:
- Eu vou me esforçar pra conseguir aprender tudo. E mais ainda pra me vestir de
acordo. - ela ri.

boredmai:
- Eu tenho certeza que vai aprender bem rapidinho. - ri

qualquersuki:
- Eu também. A vestimenta que vai ser o problema~

boredmai:
- Pode se vestir como quiser. - ri. - Não se preocupe.

qualquersuki:
- De shortinho e top? - ela ergue uma das sobrancelhas.

boredmai:
- Por que não? - ri.

qualquersuki:
- O papai te mataria se pudesse ouvir.

boredmai:
- Mataria. - ri. - Mas a família agora é nossa~

qualquersuki:
- Espero dar orgulho praquele velho.

boredmai:
- Já dá, tenho certeza. - sorri, carinhoso

qualquersuki:
Isso faz Leanne corar bastante, dando um risinho encabulado.

- ...obrigada, Ichi.

boredmai:
- De nada. Você merece. - sorri, beijando-a de leve.

qualquersuki:
- Com você falando assim, eu acredito em qualquer coisa... - diz, boba.

boredmai:
- É pra acreditar mesmo. - ele ri de leve.

qualquersuki:
Isso arranca outro risinho de Leanne, que enfim se solta dos braços do marido para
se esticar e ficar de pé.

- Acho que chega de chamego.

boredmai:
- Infelizmente sim. Temos coisas a fazer. - ri.

qualquersuki:
- Te encontro ao fim do dia pra um sorvete com o nosso filho~?

boredmai:
- Com toda a certeza. - sorri

qualquersuki:
- Eu vou pular o almoço, então vou confiar em você pra se garantir que ele vai
comer direito e se comportar.

boredmai:
- Deixa comigo. - ele ri de leve. - Eu cuido do nosso menino.

qualquersuki:
- Obrigada, Ichi. Quero me afundar no trabalho hoje. - e ri.

boredmai:
- Só cuidado pra não afundar demais. - ri.

qualquersuki:
- Mais do que você me afundou essa noite é impossível~

boredmai:
- Lea..! - ri, corando.

qualquersuki:
- Contra fatos não há argumentos~

boredmai:
- Sim, sim, mas..! - ri, sem jeito.

qualquersuki:
- Mas o que~? Envergonhado porque por uma noite não foi mete fofo~?

boredmai:
- Leanne! - ele gargalha. - Ora..!

qualquersuki:
- Gotcha~ - e gargalha também.

boredmai:
O rapaz apenas ri, beijando.
- Trabalho, trabalho. Vamos.

qualquersuki:
- Vamos. Banho juntinhos primeiro~?

boredmai:
- Por favor. - ele ri, assentindo com a cabeça.

qualquersuki:
- Me carrega, então~ - pede, manhosa.
boredmai:
- Pode deixar. - ele ri de leve, tomando a esposa nos braços.

qualquersuki:
- Amo quando você faz isso~ - admite, boba.

boredmai:
- E eu amo fazer. - ri, bobo.

qualquersuki:
- Nós funcionamos bem, então~

boredmai:
- Do melhor jeito. - sorri, levando-a para o banheiro.

qualquersuki:
- A gente devia casar~

boredmai:
- Nós já somos casados, Lea. - ri.

qualquersuki:
- Mesmo? Não acredito!

boredmai:
O rapaz ri, beijando-a.
- Boba...

qualquersuki:
E isso a faz rir, confortável, ficando de pé devagar ao chegarem no banheiro.

- Prontinho.

boredmai:
O homem sorri, afagando o rosto dela.
- Vamos. Banho, água quentinha.

qualquersuki:
- Por favor. E sem demorar muito, que você precisa trabalhar.

boredmai:
- Sem demorar, prometo. - ri, guiando-a pro banho.

qualquersuki:
- Bom garoto~ - brinca.

boredmai:
- O melhor de todos. - e pisca um olho, começando a se lavar.

qualquersuki:
- O Micchi é o melhor de todos. - corrige, piscando um olho de volta.

boredmai:
- ...verdade. - ele ri, bobo. - Segundo melhor, então.

qualquersuki:
- Terceiro, vai. Tem o Salem~
boredmai:
- Eu sou melhor que o Salem. - provoca.

qualquersuki:
- ...de novo isso não!

boredmai:
- Sempre isso~

qualquersuki:
- Vocês dois e essa disputa infantil. - resmunga.

boredmai:
- É uma disputa saudável. - ri.

qualquersuki:
- Não exatamente~

boredmai:
- É sim~

qualquersuki:
Leanne revira os olhos, indo se secar sem dizer mais nada.

boredmai:
O homem apenas ri, fazendo o mesmo.
- Agora sim, trabalhar. - sorri.

qualquersuki:
- Quem está cuidando das redes e do marketing do Setsuna Express? Preciso pegar as
informações e senhas. - murmura, começando a se vestir.

boredmai:
- É a Kiyoko, eu vou deixar avisado que você vai voltar a assumir tudo.

qualquersuki:
- Ela não vai ficar sem função por isso, vai? - pergunta, hesitante. - ...apesar de
que, assumindo a família, vou precisar de uma assistente.

boredmai:
- Resolvido. - ri.

qualquersuki:
- Boa ideia, Leanne. - brinca.

boredmai:
- Excelente ideia, Leanne. - ele ri, bobo, beijando-a de leve.

qualquersuki:
- Obrigada, obrigada... - diz baixinho, retribuindo o beijo antes de se afastar.

boredmai:
"Ela é incrível demais..." pensa, bobo, indo pro próprio escritório.

qualquersuki:
Não demora para que Ichiro sinta o próprio telefone começar a vibrar com inúmeras
notificações de rede social, Leanne tendo postado uma foto dos dois com Mitsuo no
antigo perfil com um breve texto falando de forma inespecífica sobre família, magia
e amor.
boredmai:
O rapaz sorri, bobo, apreciando a foto. "Finalmente as coisas estão voltando ao
normal..."

qualquersuki:
E, ao contrário do que falara, Leanne seria a primeira a chegar na mesa na hora do
almoço, esperando a família enquanto cantarolava e mexia no telefone.

boredmai:
- Ara, ara. Mais cedo que eu? - Setsuna ri de leve ao entrar na sala de jantar.

qualquersuki:
- Oi, mãe. - ela ri, boba, indo cumprimentar a mulher com um beijo e um abraço. -
Achei melhor vir logo, senão ia afundar no trabalho.

boredmai:
- Melhor mesmo. - ela sorri, beijando o rosto de Leanne carinhosamente.

qualquersuki:
- Como foi seu dia, mãe?

boredmai:
- Foi tranquilo, querida. E o seu, voltando à ativa? - sorri.

qualquersuki:
- Finalmente! - ela assente com a cabeça, empolgada.

boredmai:
- Que bom, que bom. - ri, boba. - Está gostando, então.

qualquersuki:
- Sem dúvidas. Eu amo o que eu faço, eu amo vocês, não tem trabalho melhor!

boredmai:
- Ara, ara... - ela ri. - Está perfeito, então.

qualquersuki:
- Mais que perfeito ~

boredmai:
- Ótimo. - ri.

- Não comeram antes da gente, né? - Lucca ri de leve ao entrar.

qualquersuki:
- Não, não se preocupa. Eu e a mamãe estávamos só conversando. - ela sorri. - Como
foi o dia?

- Foi divertido! Eu tô ensinando magia pro Tigre e pra Boba!

- Mitsuo! - Rebecca ri.

boredmai:
- Não chame sua tia de Boba, já disse. - Ichiro ri de leve, chegando também.

qualquersuki:
- Tia Becca! - diz, estufando o peito e ajeitando a postura ao ouvir o pai.
boredmai:
- Isso, bom menino. - o homem sorri, afagando os cabelos de Mitsuo.

qualquersuki:
- O melhor menino! - diz, bobo, erguendo os braços.

- Vem pro colo da segunda melhor mãe, então~ - Leanne diz, boba, batendo de leve na
própria coxa.

boredmai:
- Segunda melhor..?

- A melhor é você, mãe. - Ichiro ri de leve, indo sentar ao lado de Leanne.

qualquersuki:
- Exatamente. - ela concorda com a cabeça, beijando Ichiro suavemente antes de
ajeitar Mitsuo em suas pernas.

boredmai:
- Ara, ara... - Setsuna ri, corando de leve.

qualquersuki:
- O que foi? É verdade, mãe, a empresa tem seu nome e tudo!

boredmai:
- Ara, porque foi ideia sua! - ri.

qualquersuki:
- Foi ideia do papai, a minha ideia foi Shiryu Express!

boredmai:
- Ara, ara... o Mitsuo sempre foi bobo por mim. É claro que ele escolheria meu
nome.

qualquersuki:
- Ele era bobo por você por uma razão~

boredmai:
- Ara, ara..! - ela cora, sem jeito.

qualquersuki:
A garota ri baixinho, satisfeita, começando a se servir.

"Espero que o Micchi me veja assim um dia...", pensa, boba. "...e que o Ichi
também..."

boredmai:
A família aproveitaria o resto do dia com tranquilidade, Leanne e Ichiro focando em
voltar ao trabalho enquanto Lucca e Becca tentavam estudar mais magia junto com
Mitsuo...

qualquersuki:
Já era madrugada quando um grito corta o ar, Caroline caindo na grama do jardim com
um baque seco, o abdome rasgado de um lado ao outro ameaçando eviscerar. Pelo
estado, tinha fugido de uma batalha bastante violenta, incapaz sequer de se
proteger adequadamente...

boredmai:
O primeiro a chegar aos jardins é Ichiro, tendo sido acordado pelo grito. "Pelos
deuses..!" ele pensa, preocupado, começando a curar Caroline como podia.
- Você está a salvo aqui. - sussurra.

qualquersuki:
A mulher engasga no próprio sangue ao tentar falar, o líquido rubro escorrendo
entre seus lábios.

- Shogun, o que--- MÃE?! - Leanne grita, saltando os degraus e as pedras de


qualquer jeito antes de se aproximar para se juntar ao esforço de curá-la.

boredmai:
- Ela já chegou assim. - sussurra, preocupado. - Vamos precisar de poções...

qualquersuki:
- Vai buscar! - ordena de imediato, as mãos comprimindo os ferimentos enquanto a
cura de Leanne se espalhava pelo corpo de Caroline. - VAI, ICHIRO, VAI!

"Você também não....!"

boredmai:
- Indo. - diz, se apressando em ir buscar as poções. O rapaz retorna o mais rápido
que podia, trazendo os frascos consigo...

qualquersuki:
- Ajuda ela a beber! - ordena, séria, o suor frio escorrendo por seu rosto enquanto
ela enfim conseguia fechar o abdômen da mãe.

boredmai:
- Mm. - ele assente com a cabeça, fazendo como Leanne mandara, cuidadoso. "Pelos
céus..."

qualquersuki:
E vários dos frascos de esvaziam até que Caroline enfim consiga se apoiar em um dos
braços para se sentar, afastando a filha.

- Se... pou...pe.. - pede, a voz ainda fraca e pesada, o corpo inteiro tremendo.

boredmai:
- Você também precisa se poupar. - diz, dando mais um frasco pra Caroline. - Lea,
peça pra prepararem um dos quartos. Eu já levo a sua mãe.

qualquersuki:
A mulher apenas aceita a poção sem hesitar, as mãos tremendo violentamente.

- Vai você. Eu consigo estabilizar ela melhor, se precisar. - a bruxa insiste.

boredmai:
- Ela já tá estável. - insiste. - Vai, Lea.

qualquersuki:
- VAI VOCÊ, ICHIRO, QUE MERDA! - retruca, se adiantando para apoiar Caroline.

boredmai:
"Melhor não discutir," pensa, apenas assentindo com a cabeça e se afastando,
apressado.

qualquersuki:
- Eu vou cuidar de você. - diz, baixinho. - Eu vou cuidar de você, você não vai
morrer, ninguém mais vai morrer....!
- Acalme-se...

boredmai:
- Ninguém vai morrer. - Ichiro murmura, firme, guiando Leanne até o quarto de
hóspedes.

qualquersuki:
A bruxa assente com a cabeça, prontamente passando um dos braços por trás dos
joelhos de Caroline para tirá-la do chão, os passos acompanhando os do marido de
imediato.

boredmai:
Os três não demoram a chegar no quarto, já arrumado pra Caroline, Ichiro abrindo a
porta para as duas.
- Descanse, por favor. - pede. - Você precisa.

qualquersuki:
A mulher se limita a assentir fracamente com a cabeça, resmungando de dor quando
Leanne deita seu corpo sobre o colchão.

- Eu vou providenciar roupas limpas. - e se afasta.

boredmai:
O rapaz suspira, observando-a se afastar.
- Quando você melhorar, você explica o que houve. - murmura.

qualquersuki:
- Cuide... Meus filhos... - pede, a respiração enfim começando a se tranquilizar.

boredmai:
- Eu vou cuidar deles. E você também vai. - ele assente com a cabeça.

qualquersuki:
A mulher concorda, expirando de forma cada vez mais suave até enfim parecer ter
perdido a consciência.

Ali, a mulher que matara o grande dragão da morte, caía exausta e viva por apenas
um triz...

boredmai:
"O que diabos aconteceu? Quem foi capaz de ferir a Caroline desse jeito..?!" pensa,
preocupado.

qualquersuki:
- Ela dormiu? - Leanne pergunta em voz baixa, hesitante, ao voltar para o quarto
com várias coisas nas mãos.

boredmai:
- Dormiu. - murmura. - Ela está exausta demais.

qualquersuki:
- Eu.... Eu nem consigo imaginar... - murmura, preocupada, deixando as peças sobre
a mesinha antes de se aproximar para cobrir o corpo da mãe.

boredmai:
Ele suspira, afagando os cabelos de Leanne.
- Quer ficar aqui por essa noite..?
qualquersuki:
- Por favor. - murmura, assentindo com a cabeça. - Cuida do Micchi

boredmai:
- Cuido, não se preocupe. - diz, beijando os cabelos dela.

qualquersuki:
- Obrigada, Shogun. - murmura, baixinho.

boredmai:
- De nada, Lea. - ele murmura, carinhoso. - Descanse, por favor. Você gastou
bastante energia.

qualquersuki:
- Eu ainda tenho bastante. Mas pode deixar. - e suspira.

boredmai:
- Ainda assim, não se desgaste demais. - pede.

qualquersuki:
- Não se preocupe.

boredmai:
- Impossível. - ele ri de leve, fazendo mais um afago em Leanne antes de se
afastar.

qualquersuki:
"Você que lute, então.", pensa balançando a cabeça negativamente.

boredmai:
Ichiro acabaria por ter um sono um tanto inquieto pelo resto da noite. Aproveitaria
pra acordar cedo, levando comida pra Leanne e Caroline...

qualquersuki:
Leanne, por sua vez, visivelmente não teria descansado. Ainda estava acordada na
mesma posição, afagando o rosto de Caroline, erguendo o olhar de imediato quando
ele se aproxima.

boredmai:
- Eu pedi pra você descansar... - suspira, preocupado.

qualquersuki:
- Eu tentei. - ela responde, balançando a cabeça negativamente. - Você quem parece
que mal dormiu.

boredmai:
- Eu também tentei. - ele ri, sem jeito, sentando ao lado dela. - Aqui, trouxe
comida pra gente.

qualquersuki:
- Nós três ou nós duas? - pergunta, erguendo uma das sobrancelhas.

boredmai:
- ...vocês duas. Eu não sabia se a Caroline ia estar acordada ou não, então só
trouxe duas porções. Se precisar, eu pego mais uma.

qualquersuki:
- Não--
- Meu estômago ainda está cheio de sangue. - a mulher diz, ainda deitada, a voz
fraca, mas estável. - Comam vocês dois.

boredmai:
- Tem certeza? - Ichiro pergunta. - Você precisa comer pra se recuperar.

qualquersuki:
- E eu vou. Só não nesse momento. - e suspira, esticando uma das mãos para tocar os
cabelos da filha.

boredmai:
O rapaz suspira.
- Tudo bem. Eu como, então.

qualquersuki:
- Mm.

- Obrigada, Ichi. - Leanne assente com a cabeça, os olhos fechados.

boredmai:
- De nada, Lea. - diz, gentil.

qualquersuki:
- Comam. - Caroline sussurra.

- Pode deixar...

boredmai:
- Não se preocupe. Concentre em se recuperar. - o rapaz sorri.

qualquersuki:
- Ela é preocupada. É do jeito dela. - murmura, se servindo devagar, desanimada.

boredmai:
- Eu entendo bem - ri, assentindo com a cabeça.

qualquersuki:
- Você é mais calmo. - e suspira.

boredmai:
- Sou, mas ainda assim - ri.

qualquersuki:
- Vocês precisam ser menos preocupados. - ela suspira.

boredmai:
- Já disse, impossível. - ri.

qualquersuki:
Ela revira os olhos, balançando a cabeça de leve enquanto ria.

boredmai:
- Também te amo, Lea. - sorri.

qualquersuki:
Isso faz ela corar, resmungando baixinho enquanto comia.

boredmai:
O rapaz apenas ri, afagando os cabelos dela.
- E você, como se sente? - pergunta, se virando pra Caroline.

qualquersuki:
- A dor está passando devagar. - murmura, observando o casal em silêncio.

boredmai:
- Que bom. - sorri. - Descanso deve resolver, daqui pra frente.

qualquersuki:
- Eu acredito que sim. - murmura.

- Se Luci e Anandi descansarem também, já deve ajudar. - Leanne completa.

boredmai:
- Verdade, ter os familiares descansando ajuda no processo. - murmura.

qualquersuki:
- Eu tentei poupá-los da dor...

- Mas isso tornou ela bem pior pra você. - e estremece.

boredmai:
- A dor triplicada, imagino...

qualquersuki:
- No caso dela, sim. No mínimo.

- Não exagerem, crianças.

boredmai:
- Duvido que seja exagero. - suspira.

qualquersuki:
Caroline nega de leve com a cabeça, suspirando baixinho.

boredmai:
- Bom, o que importa é que você está bem. - suspira.

qualquersuki:
- Vou ficar.

boredmai:
- Vai, vai sim. Com certeza vai. - sorri.

qualquersuki:
"Eu não teria tanta certeza, garoto..."

boredmai:
- Bom, certeza que não vai comer nada? Eu posso buscar mais.

qualquersuki:
Ela assente com a cabeça.

- É melhor deixar algumas frutas por perto, de qualquer forma. - Leanne pede.

boredmai:
- Boa ideia. Vou pedir pra trazerem. - sorri.

qualquersuki:
- Obrigada, Ichiro. - a bruxa sorri.

boredmai:
- De nada. - sorri. - Temos que cuidar da nossa família, não temos?

qualquersuki:
- ...temos. Temos sim. - ela sorri de volta, tocando uma das mãos dele.

boredmai:
O rapaz sorri, beijando o rosto de Leanne carinhosamente.
- Eu vou trabalhar, mas se precisar de mim, chame, por favor.

qualquersuki:
- Pode deixar. Eu vou ficar aqui cuidando dela, se não se importar.

boredmai:
- Foi o que imaginei. - sorri, ficando de pé com a bandeja. - Descanse, por favor.

qualquersuki:
- Nós vamos. - e assente com a cabeça. - Me chame se precisar de ajuda no trabalho.

boredmai:
- Pode deixar. - sorri, fazendo mais um afago em Leanne antes de se afastar.

qualquersuki:
- Que marido bonzinho o seu...

- Ele é. O melhor de todos. - diz, boba.

boredmai:
Ichiro passaria o dia atarefado, apesar de ocasionalmente visitar Leanne e
Caroline, além de passar um tempo com Mitsuo. Já era noite quando o rapaz volta ao
quarto, trazendo consigo uma bandeja farta de jantar pros três.
- Cheguei. - sorri.

qualquersuki:
Leanne e Caroline já tinham se banhado e se trocado quando ele chega, conversando
em voz baixa.

- Não precisava, Ichi.... - a mais nova murmura, sorrindo ao ver o marido.

boredmai:
- Precisava sim, ora. - ele ri de leve. - Espero que estejam com fome.

qualquersuki:
- Preciso admitir que sim. - Caroline murmura, se ajeitando na cama para se sentar,
cuidadosa. - Obrigada, Ichiro.

boredmai:
- De nada, Caroline. - sorri, puxando uma cadeira e sentando ao lado da cama com a
bandeja.

qualquersuki:
- Eu ajudo a minha mãe a comer. - murmura, separando uma das porções.

- Eu consigo fazer isso sozinha, Leanne.

- ...tem certeza...?
- Absoluta. Não se preocupe.

boredmai:
- Como preferir. - ele sorri, começando a se servir.

qualquersuki:
Leanne faz o mesmo, o tempo todo perguntando se a mãe precisava de ajuda apesar das
negativas da mulher...

boredmai:
- Se sentindo melhor, Caroline? - o rapaz pergunta depois de algum tempo.

qualquersuki:
- Bem melhor. - murmura, assentindo com a cabeça. - Ainda é difícil ficar de pé,
mas já me sinto melhor.

- Difícil foi convencer o Luci e a Anandi a ficarem descansando. Você ficar em pé


sozinha ainda é impossível.

boredmai:
- Eles parecem teimosos como a dona. - Ichiro provoca.

qualquersuki:
- Eles são piores. - Leanne garante.

boredmai:
- Piores? Isso é surpreendente. - ri.

qualquersuki:
- Piores que eu, inclusive!

- Não exagere, criança. - ela suspira.

boredmai:
- Isso eu duvido. - provoca.

qualquersuki:
- E-ei...! - ela cora, risonha.

boredmai:
- O que foi? - ri.

qualquersuki:
- Eu não sou *tão* teimosa!

boredmai:
- É sim, Lea. Acredite. - ri.

qualquersuki:
Ela cruza os braços, emburrada, apesar de claramente brincando.

- Não vai adiantar discutir. - Caroline suspira.

boredmai:
- Sei bem disso. - brinca.

qualquersuki:
- Então não discutam! - Leanne reclama.
boredmai:
- Sim, senhora. - ri.

qualquersuki:
- Bom ver que você conseguiu um bom marido, Leanne. - murmura, com um sorriso
triste. - Isso me deixa mais tranquila.

boredmai:
- ...você não parece feliz, porém. - murmura.

qualquersuki:
- A dor é pelas minhas escolhas erradas. - e suspira.

boredmai:
- Todos nós fazemos escolhas erradas em algum ponto. - murmura. - É a vida.

qualquersuki:
- Eu que o diga. - Leanne murmura, estremecendo.

boredmai:
- O importante é continuar seguindo em frente. - murmura, afagando a mão de Leanne.

qualquersuki:
"Eu sei. E enquanto eu não matar o meu pai, eu vou me obrigar a fazer isso.",
pensa, se limitando a assentir com a cabeça.

boredmai:
O rapaz a beija de leve, carinhoso.
- Depois de jantar, eu queria conversar com vocês duas. - diz.

qualquersuki:
- Como quiser. - Caroline murmura, tranquila, enquanto Leanne franzia a testa para
o marido.

boredmai:
O rapaz apenas sorri, voltando a se concentrar na comida.

qualquersuki:
"Não é boa coisa...", Caroline pensa, neutra, continuando a refeição em silêncio.

boredmai:
Quando enfim terminam de comer, o rapaz deixa a bandeja vazia de lado, suspirando.
- ...o que houve com você, Caroline? Quem te atacou?

"Quem foi capaz disso?"

qualquersuki:
Ela suspira, levando uma das mãos ao a dome enquanto encarava Ichiro com seriedade.

- Alexander. E se não fosse pela runa que sua mãe me deu, eu não teria sobrevivido.

- ...ele é mais forte que você e o Bartolomeu, então...? - pergunta, pálida. -


Mas... Eu achei que ele não tivesse conseguido o corpo dele de volta...!

- Magia não exige um corpo, Leanne, apenas um representante físico.

boredmai:
O rapaz cerra os dentes, balançando a cabeça.
- Nós não podemos deixar ele conseguir mais poder. Nós precisamos pará-lo de algum
jeito...

qualquersuki:
- Eu não tenho mais poder algum no exército depois de hoje. - murmura, passando a
mão pelo cabelo.

- A gente vai ter que dar um jeito de agir sem a sua ajuda, então.

boredmai:
- O exército é parte do poder do Alexander. Se não temos você lá dentro... vamos
ter que agir.

qualquersuki:
- Só existe um jeito de impedir que ele ganhe mais poder, e é impedindo sacrifícios
em nome dele. Ou exorcizando os alvos, ou eliminando.

- Não, assim não!

boredmai:
- Tem um terceiro jeito. - murmura, encarando Caroline. - Salvando-os e armando-os
*contra* Alexander.

qualquersuki:
- Você assume que todos vão querer fazer parte disso, e a verdade é que não vão. -
ela nega com a cabeça. - E ainda assim, mesmo salvos e armados, nada garante que
não vão ser executados da mesma forma, ou que não vão morrer em combate.

boredmai:
- Os que não quiserem fazer parte disso, serão protegidos. Quem quiser lutar, irá
lutar ao nosso lado. Será um exército contra o exército.

qualquersuki:
A mulher suspira.

- Não acho uma boa ideia, mas é a melhor que temos.

boredmai:
- É a melhor que temos, de fato. - suspira. - A família tem estrutura pra acolher
bastante gente, além de suprimentos e armamentos. - explica. - Com a sua ajuda,
imagino que conseguimos melhorar ainda mais.

qualquersuki:
- Eu consigo encantar armas com facilidade, e acredito que com a ajuda da Leanne e
do Lucca também consiga produzir largas áreas de plantações ou meios financeiros
para conseguir mais suprimentos.

boredmai:
- Ótimo. Vai ajudar bastante, com certeza. - ele assente com a cabeça. - Podemos
nos preparar pra uma primeira investida daqui a alguns dias, com intuito de
reconhecimento.

qualquersuki:
- O Salem pode testar algumas rotas. A Mali também. O tamanho deles é uma vantagem
nesses casos. - Caroline explica. - Com um mapa da cidade eu consigo traçar as
rotas de cada posto de vigilância, também, e os horários.

boredmai:
- Posso pedir pra trazerem um mapa pra você agora, ou amanhã de manhã, como
preferir.
qualquersuki:
- Vários mapas, por favor, e no maior tamanho possível. São muitas informações.

boredmai:
- Vários, no maior tamanho possível. Pode deixar. - ele assente com a cabeça. -
Consegue trabalhar numa plataforma digital, ou prefere papel e caneta?

qualquersuki:
- Consigo sim. - ela concorda. - Eu usava um tablet conectado a um painel
eletrônico para dar ordens.

boredmai:
- Ótimo. Assim vai ser mais fácil. - sorri.

qualquersuki:
- Tudo bem. - e concorda.

- Só providenciar uma tela grande o bastante e pronto.

boredmai:
- Não se preocupe, isso nós providenciamos. - ele assente com a cabeça.

qualquersuki:
- Acho que é uma boa ideia montarmos uma sala para essas operações. - Leanne
suspira. - Deixar poções, armamentos, e o que mais formos usar em um lugar só.

boredmai:
- Concordo. - ele assente com a cabeça. - Um quartel general.

qualquersuki:
- Exatamente.

- Existem magias que impedem que qualquer pessoa entre, e outras que fazem
estranhos esquecerem da porta quando tocam nela. - Caroline quem diz.

boredmai:
- Ótimo. Podemos colocar essas proteções extras no local. - ele assente com a
cabeça.

qualquersuki:
- Eu ajudo. Eu sei algumas dessas. - Leanne murmura, levantando uma das mãos. - A
minha mãe ainda precisa descansar antes de começar a encantar qualquer coisa.

boredmai:
- Com certeza. Nós podemos cuidar de reforçar a sala ao longo dos próximos dias, e
quando a Caroline melhorar, ela incrementa as proteções.

qualquersuki:
- Perfeito. - a mais nova concorda. - Quando estiver tudo pronto, e ela estiver
melhor, ela ajuda.

boredmai:
- Ótimo. - sorri. - Eu vou começar a organizar tudo então, pra começarmos a botar
em prática amanhã.

qualquersuki:
- Você também precisa descansar, Ichiro. Eu posso te ajudar com isso amanhã. -
Leanne murmura.
boredmai:
- Eu estou bem, não se preocupe. - ri.

qualquersuki:
- Ichiro. - diz, mais séria, encarando-o.

boredmai:
- ...eu estou bem. De verdade.

qualquersuki:
Ela apenas mantém o olhar, cruzando os braços em seguida.

boredmai:
Ele suspira, balançando a cabeça.
- Teimosia...

qualquersuki:
- Nós vamos descansar por hoje e amanhã faremos isso. - decide.

boredmai:
- Tudo bem, tudo bem. - suspira.

qualquersuki:
- Ótimo. - resmunga, ficando de pé devagar. - Mãe, acha que consegue dormir sozinha
essa noite, ou pode precisar de mim?

- Vá descansar com o seu marido, Leanne.

boredmai:
- Boa noite, Caroline. Descanse bem. - murmura.

qualquersuki:
- Vocês dois também.

- Nós vamos. Obrigada. - ela sorri.

boredmai:
- Até amanhã. - o rapaz sorri, guiando Leanne pra fora.

qualquersuki:
Assim que os dois se afastam, os ombros de Leanne caem, um suspiro escapando por
seus lábios.

- Pelos céus...

boredmai:
- Não vai ser fácil. - sussurra.

qualquersuki:
- Nem fala.... - responde, balançando a cabeça negativamente.

boredmai:
- Mas nós vamos conseguir. Isso eu tenho certeza.

qualquersuki:
- Derrubar a Inquisição? Eu acho difícil. - e ri, fraca.

boredmai:
- Difícil, sim, mas não impossível.

qualquersuki:
Ela nega com a cabeça.

- O meu pai surrou nós dois, Ichiro. A Caroline matou o papai e saiu viva e ilesa.
E o Alexander é ainda muito mais forte...!

boredmai:
- Nós vamos dar um jeito. Com números, nós vamos conseguir superar ele.

qualquersuki:
- Espero. Eu realmente espero. - ela passa a mão pelos cabelos. - A gente vai
precisar dividir o trabalho da família agora mais do que nunca, e vamos precisar
nos revezar pra cuidar do Mitch e de tudo isso.

boredmai:
- Vamos sim. - suspira. - Vai ser difícil, como eu disse. Mas... Não impossível.

qualquersuki:
- Primeiro vamos nos organizar, e depois começamos isso. A minha mãe vai precisar
de algum tempo até se recuperar, também. - ela suspira.

boredmai:
- Com certeza. E com um bom plano, nossas chances de sucesso aumentam.

qualquersuki:
- Eu só espero que isso dê certo... - ela suspira de novo. - E que o Lucca e a
mamãe não enlouqueçam com a ideia.

boredmai:
- A mamãe vai aceitar, imagino. - murmura. - O Lucca... Não sei.

qualquersuki:
- Não sei se ela vai só aceitar ou concordar. - murmura, passando a mão pelo rosto.

boredmai:
- ...é. Isso eu também não faço ideia. - suspira.

qualquersuki:
- Só espero que não surjam mais problemas... - choraminga.

boredmai:
- Também espero. - murmura, afagando a mão dela. "Mas tenho certeza que vão..."

qualquersuki:
"Por favor, que eu tenha um diazinho de paz...", pensa, mordendo o lábio inferior.

boredmai:
- Vem. Vamos descansar. - sussurra, gentil.

qualquersuki:
- Vamos. Nós precisamos. - e suspira.

boredmai:
- Precisamos muito. - ele ri de leve.

qualquersuki:
- Queria conseguir falar isso rindo que nem você.
boredmai:
- Um dia você aprende comigo. - brinca.

qualquersuki:
- A ser mentiroso~? - provoca.

boredmai:
- Eu não sou mentiroso, ora. - ri.

qualquersuki:
- Ah, desculpe, você é só _blasé_~

boredmai:
- Exatamente. - e pisca um olho.

qualquersuki:
- Me pergunto se algum dia vou ver quem você é de verdade... - ela suspira.

boredmai:
- ...como assim? - ele franze a testa.

qualquersuki:
- Assim. - responde, sem encará-lo, continuando a caminhar. - Se algum dia eu vou
voltar a ver quem você é, e o que você sente, sem toda essa pose. Se algum dia eu
vou recuperar o que perdi, junto com o papai, quando decidi ir embora.

boredmai:
- ...Lea, você... você vê quem eu sou. - sussurra. - Eu não me escondo de você.

qualquersuki:
- Você se esconde até de você, _Shogun_. - e ri, balançando a cabeça de leve antes
de entrar no quarto dos dois.

boredmai:
- Lea..! - ele exclama, entrando no quarto. - É claro que não!

qualquersuki:
- Então você vai me dizer que está realmente tranquilo e risonho sobre isso tudo? -
provoca, sem muita força.

boredmai:
- É claro que não. - sussurra, negando com a cabeça. - Eu estou nervoso,
preocupado, com medo. Mas de que adianta ficar me torturando com isso?

qualquersuki:
- Adianta a partir do momento que ser sincero comigo faz com que eu não me sinta
fraca e sozinha por sentir tudo isso! - exclama, deixando os braços caírem ao lado
do corpo. - ...esquece. Você é igualzinho ao papai. - e se afasta para o banheiro.

boredmai:
O rapaz estremece, as pernas enfraquecendo, fazendo-o se apoiar na parede. "Eu...
Eu só... Eu estou tentando ajudar..."

qualquersuki:
E Leanne nem sequer percebe, se fechando no banheiro para se banhar - e chorar,
claro, o primeiro sendo apenas uma desculpa para esconder as lágrimas e abafar os
soluços...
boredmai:
Ichiro acaba por sentar no chão, frustrado, o rosto enterrado nas mãos. Levaria um
bom tempo até se arrastar para a cama, fingindo dormir pra não atrapalhar Leanne...

qualquersuki:
E ela mesma demoraria até sair do banheiro, observando-o por um longo tempo em
silêncio.

Por fim, Leanne suspira, se vestindo antes de sair do quarto, indo para os jardins
como fazia anos antes.

boredmai:
"...ela não quis nem ficar aqui, Ichiro..." pensa, frustrado, se encolhendo.
Acabaria por passar a noite em claro, incapaz de se acalmar...

qualquersuki:
Já ela se enfurnaria no próprio mundo, mexendo no telefone e no tarô até sentir os
primeiros raios de sol em seu rosto.

"Merda... Eu não consegui pegar no sono...", e suspira, frustrada, liberando a


Arcana com quem conversava antes de ficar de pé.

boredmai:
E ao amanhecer, ele se aproxima de Leanne, a bandeja de café da manhã nas mãos, um
tanto hesitante.
- Com fome..? - sussurra.

qualquersuki:
- ...depende. Você vai comer comigo? - pergunta antes de suspirar e passar a mão
pelos cabelos, cansada.

boredmai:
- Se você quiser. - ele ri, sem jeito.

qualquersuki:
- Por favor, então. - pede, indicando a grama antes de se sentar.

boredmai:
O rapaz senta ao lado dela, suspirando.
- Descansou..?

qualquersuki:
Ela nega com a cabeça.

- E você? Espero que tenha dormido melhor com a cama toda pra você...

boredmai:
- De maneira alguma. A cama vazia é... Vazia. - sussurra. - Vazia demais...

qualquersuki:
Leanne ergue as sobrancelhas, e então cora e ri baixinho.

- Sentiu falta do meu calor te envolvendo e se remexendo a noite toda? - brinca,


baixinho.

boredmai:
- Todas as noites. - ele ri, triste, desviando o olhar.

qualquersuki:
- ...não tem vergonha nenhuma nisso, você sabe. - murmura.

boredmai:
- Eu sei, eu sei. Não é vergonha. - murmura.

qualquersuki:
- Não precisa virar o rosto, então. - diz, gentil.

boredmai:
- ...desculpe. - ele suspira. - Por isso, e por ter te machucado com minhas ações
esse tempo todo.

qualquersuki:
As desculpas de Ichiro fazem com que toda a expressão de Leanne se desmanche, a
mulher pega de surpresa com as palavras dele de tal forma que ela cora bastante, os
olhos se enchendo de lágrimas, antes que ela concorde com a cabeça, escondendo o
rosto nas mãos.

boredmai:
O rapaz estende a mão na direção dela, afagando os cabelos de Leanne.
- Eu nunca quis te ferir. Eu queria ser sua força, seu porto seguro...

qualquersuki:
- Eu não preciso de um porto seguro, eu nunca precisei de um porto seguro, eu
preciso de _você_! A família precisa do Shogun, os empregados precisam do Shogun,
mas _eu não!_

boredmai:
- Eu estou aqui. Eu juro, Lea, eu juro...

qualquersuki:
- Eu sei que sim, mas me pergunto quão fundo e quão bem escondido você está,
também...!

boredmai:
- Eu não estou escondido. Eu não me escondo de você, eu juro...

qualquersuki:
- Eu perdi coisas demais naquele dia... Eu perdi o nosso pai, eu perdi minha
liberdade, eu perdi minha segurança, eu perdi tudo...! Eu não quero ter perdido
você também!

boredmai:
- Você não me perdeu. Eu juro, Lea, eu juro. - ele insiste.

qualquersuki:
- Por favor... - choraminga, soluçando baixinho, enfim tirando as mãos do rosto.

boredmai:
- Eu juro, Lea. Eu te amo, você nunca vai me perder...

qualquersuki:
Ela morde o lábio inferior antes de assentir fracamente com a cabeça.

- Nem nessa guerra, por favor...! A gente já perdeu o papai...!

boredmai:
- Nem nessa guerra. - murmura, puxando-a mais pra perto. - Você não vai me perder.
qualquersuki:
- Custe o que custar...? - insiste, se deixando levar sem resistência, encostando-
se nele.

boredmai:
- Custe o que custar. - ele assente com a cabeça. - Eu juro pela carpa.

qualquersuki:
Isso a faz expirar baixinho, tentando se acalmar.

- Tudo... Tudo bem. Tudo bem, eu... Eu acredito em você... - sussurra, trêmula,
secando o rosto com as costas das mãos

boredmai:
- Obrigado - ele sorri de leve, apertando o abraço.

qualquersuki:
Leanne fica ali no abraço dele, confortável, por longos minutos enquanto se
acalmava, até enfim suspirar.

- Vamos comer...?

boredmai:
- Vamos. Precisamos de energia. - sorri, carinhoso.

qualquersuki:
- Ainda mais que hoje eu começo a te ajudar com a família... Vou precisar de muito
café, também. - diz, rindo de leve enquanto terminava de secar os olhos.

boredmai:
- Vou pedir pra prepararem um litro. - ele ri.

qualquersuki:
- Bem docinho, por favor... - choraminga.

boredmai:
- Bem docinho pra você. Eu prefiro sem açúcar. - ri.

qualquersuki:
- Você já é amargo o suficiente pra mim, obrigada. - brinca.

boredmai:
- Eu? Amargo?! - ri.

qualquersuki:
- Não? Preciso provar de novo, então, porque acho que faz tanto tempo que esqueci o
seu gosto~ - brinca.

boredmai:
- Me dá um beijo, então? - ri.

qualquersuki:
- Um só ~? - pergunta baixinho, aproximando o rosto do dele.

boredmai:
- Vários. - sorri, bobo.

qualquersuki:
- Então vários. - responde, beijando os lábios e o rosto dele várias vezes,
carinhosa e delicada...

boredmai:
O rapaz derrete com os beijos, bobo, suspirando de leve.
- Eu te amo...

qualquersuki:
- Eu também te amo... - murmura, bem baixinho.

boredmai:
- Fala de novo. - pede, carinhoso.

qualquersuki:
Isso faz ela rir.

- Eu te amo... - sussurra, os lábios próximos aos dele enquanto Leanne segurava-lhe


o rosto com as duas mãos.

boredmai:
- Eu também te amo. Muito... - sussurra.

qualquersuki:
- Muito, muito mesmo....

boredmai:
- Muito, muito mesmo. - sorri.

qualquersuki:
- Agora vamos comer, nos trocar, e ir trabalhar. - diz, beijando-o mais uma vez.

boredmai:
- Vamos, vamos. - ele ri de leve, começando a comer.

qualquersuki:
- Acha uma boa ideia levar uma mesa e algumas coisas do Micchi pra nossa futura
sala? - pergunta, pensativa. - Não é justo que ele fique o dia todo sem um de
nós...

boredmai:
- É uma boa ideia. - ele assente com a cabeça. - Ele ao menos vai poder passar um
tempo conosco.

qualquersuki:
- Exatamente. Eu não quero ficar ausente da vida dele, menos ainda depois desses
anos passando o dia grudados... - murmura.

boredmai:
- Nós vamos dar um jeito. - sorri.

qualquersuki:
Ela sorri de leve.

- Obrigada, Ichi. - murmura.

boredmai:
- De nada, Lea. - sorri, carinhoso.

qualquersuki:
- Você chegou a tomar banho? - pergunta, afagando os cabelos dele.
boredmai:
- Não. - ele murmura, sem jeito. - É melhor eu tomar um agora.

qualquersuki:
- Quer que eu te acompanhe pra te lavar? - pergunta, suave.

boredmai:
- Não precisa. - ele ri. - Mesmo. Vai te dar trabalho.

qualquersuki:
- Não é trabalho cuidar do meu marido, Ichiro.

boredmai:
- ...então não vou recusar. - ele sorri.

qualquersuki:
- Então vamos. Eu vou aproveitar e lavar meu cabelo, que não fiz isso ontem a
noite. - diz, guiando-o suavemente pela mão.

boredmai:
- Tudo bem. - ele sorri, se deixando levar.

qualquersuki:
- Ou você pode lavar~ - provoca, encarando-o por cima do ombro.

boredmai:
- Por que não? - ri.

qualquersuki:
- Você pode estar cansado demais, oras.

boredmai:
- Cansado demais pra cuidar da minha esposa? Nunca. - sorri.

qualquersuki:
- Cuidado com o que fala, Ichiro~ Eu exijo muitos cuidados~ - provoca, maliciosa.

boredmai:
- E eu estou disposto a dar todos eles. - ele pisca um olho.

qualquersuki:
- Talvez seja uma boa uma mordaça, então, porque todos estão acordados, e eu não
quero passar vergonha~

boredmai:
- Isso eu resolvo com uma magia simples. - ri.

qualquersuki:
- Você não está cansado demais pra me agradar _e_ fazer isso~?

boredmai:
- Jamais. - ri.

qualquersuki:
- Então eu mal posso esperar pra te ter aos meus pés, e embaixo de mim, e dentro de
mim~ - provoca baixinho, mordendo o lábio inferior.

boredmai:
- Deixa pra falar essas coisas quando a gente já tiver no quarto. - murmura,
arrepiado.

qualquersuki:
- Por quê~? Não se segura~? - e ri, sensual.

boredmai:
- Não, não me seguro. - ri.

qualquersuki:
- Que nem não se segura na hora que eu chamo seu nome e peço mais~? - provoca.

boredmai:
- Exatamente. - ele ri, arrepiado.

qualquersuki:
- Acho que eu preciso te provocar um pouco mais, então. Você tem sido muito
contido...

boredmai:
- Por favor, não. Eu vou acabar perdendo o controle...

qualquersuki:
- Ah, vai~? - ela ri baixinho, a voz mais aguda, gemida. - Então perde o controle,
Ichi~~

boredmai:
O rapaz estremece violentamente, puxando Leanne pra si.
- Lea, não faz isso... A gente não tá no quarto ainda... - sussurra.

qualquersuki:
- ..ah, não~ - geme baixinho, arrepiada, agarrando as mãos de Ichiro e colocando-as
sobre as próprias coxas. - Não, Ichi, alguém pode ver se não formos cuidadosos...

boredmai:
"Eu sei..!" pensa, puxando-a mais pra perto, o corpo pressionando o dela contra a
parede.

qualquersuki:
- Ah, ah, Ichi~ - provoca, mordiscando o lábio inferior dele. - Eu amo quando você
me pega assim~

boredmai:
- Eu amo te pegar assim... - sussurra, fazendo menção de abaixar o short de Leanne.

qualquersuki:
- Grosso, selvagem, sem freios~? Mm~ - ela ri, abrindo o short devagar, roçando o
quadril no dele. - Saudades de ter você que nem naquele dia na rua...

boredmai:
- Podemos fazer mais vezes. - ele ri, abrindo o kimono pra encaixar o quadril no
dela.

qualquersuki:
- S-sempre, então....! - pede, a voz derretendo enquanto ela se entregava nos
braços dele, segurando-lhe os cabelos para beijá-lo intensamente e conter os sons
dos dois...

boredmai:
"Sempre..!" pensa, se movendo, intenso, o perigo do momento tornando tudo mais
incrivel...

qualquersuki:
- ...porra, isso, isso...! - exclama, arfando, incapaz de conter a própria fala
cheia de excitação. - Isso, Ichi, não pára enquanto você ainda tiver forças, se
esvazia inteiro em mim...! - implora, chorosa, quase ganindo.

boredmai:
- Lea, pelos deuses, assim eu vou ficar louco..! - o rapaz sussurra, arrepiado.

qualquersuki:
- En... enlouquece, então... - pede, o rosto vermelho, os lábios entreabertos
enquanto a saliva escorria, o corpo de Leanne quente e contraído, apertando e
puxando Ichiro com todas as forças que tinha. - ...enlouquece... surta... pira,
Ichiro, mas... mas não para... não para enquanto eu ainda conseguir andar...!

boredmai:
- C-como quiser... - ele sussurra, pegando a garota no colo e deitando-a na grama
do jardim antes de voltar a se mover, em frenesi...

qualquersuki:
As horas seguintes dos dois seriam enlouquecedoras, se entregando um ao outro
intensa e violentamente, sem qualquer vestígio de vergonha, bom senso ou auto-
controle.

Assim, é de se esperar que Leanne chegue um tanto envergonhada na hora do almoço,


os cabelos ainda úmidos, enquanto ela evitava o olhar dos familiares e se sentava
no próprio lugar em silêncio...

boredmai:
- Boa tarde. - Setsuna murmura, gentil. - Eu levei o Mitsuo pra passear mais cedo.

- Mm. Obrigado, mãe. - Ichiro murmura, um tanto quieto, sem jeito.

qualquersuki:
- Obrigada, mãe. - murmura também. - E como foi o passeio, filho?

- Foi ótimo! - ele diz, manhoso, abraçando-a pela cintura. - Mas eu fiquei
preocupado, você tava gritando com a massagem do papai... - resmunga baixinho,
fazendo-a corar ainda mais e encarar Setsuna como se pedisse respostas.

boredmai:
- A sua mãe estava com os músculos muito tensos, tenho certeza. - Setsuna sorri,
sem se abalar. - Era só isso.

qualquersuki:
- Mesmo...?

- M-mesmo, filho. Era só cansaço acumulado. - diz, dando um risinho meio engasgado.
- Mas agora eu estou melhor, só sonolenta.

boredmai:
- Viu? Eu disse que não precisava se preocupar. - a mulher sorri.

"Aquilo não foi massagem mas de jeito nenhum..." Lucca pensa, resmungando.

qualquersuki:
- Obrigada, baa-san! - diz, boba.
Rebecca, por sua vez, acotovela Lucca de leve, pigarreando.

boredmai:
- De nada, meu pequeno. - sorri.

"Ai..!" pensa, resmungando de novo, encarando Rebecca.

qualquersuki:
E ela o fuzila com o olhar, acotovelando-o novamente.

boredmai:
- O que foi? - ele resmunga baixinho.

qualquersuki:
- Se toca. Sua irmã já _é mãe_. - sussurra.

boredmai:
- Ela não precisa fazer escândalo, ora... - resmunga.

qualquersuki:
- Como se _você_ fosse muito discreto.

boredmai:
- Mais discreto que eles!

qualquersuki:
- Quando você quer, sabe bem fazer barulho. - resmunga.

boredmai:
- É diferente, Becca!

qualquersuki:
- Não é não, Lucca! Eles são jovens, casados, com um filho!

- O que tem a gente? - Leanne pergunta, franzindo a testa.

boredmai:
- Nada. Nada de mais. - resmunga.

qualquersuki:
- Pera, alguma coisa foi. - insiste.

boredmai:
- Não, não foi. Esquece isso.

qualquersuki:
Ela balança a cabeça negativamente.

- Olha lá, hein...

boredmai:
Ele apenas balança a cabeça. "Vai transar com o seu marido e acordar todo mundo,"
pensa.

qualquersuki:
"Tem alguma coisa aí...", pensa, incomodada, cruzando os braços.

- Mãe...? Tio Tigre...? Tá tudo bem...?


boredmai:
- Tá. Tá sim, Micchi. - ele murmura.

qualquersuki:
- Não é nada. - e sorri, descruzando os braços pra abraçar o filho. - Não se
preocupa. - diz, suave.

boredmai:
- Eu vou treinar. - Lucca murmura, terminando de comer antes de ficar de pé, se
afastando.

qualquersuki:
- Cuidado pra não exagerar de estômago cheio! - Leanne pede, ainda um tanto
confusa.

boredmai:
- Não vou, relaxa. - murmura. "Eu preciso esquecer isso..."

qualquersuki:
Rebecca revira os olhos, se levantando pouco depois para acompanhá-lo com um pedido
de licença.

- Eu não acredito que o Lucca tá assim por causa do que houve... - Leanne murmura,
constrangida, escondendo o rosto nas mãos

boredmai:
- Deixa ele. - Ichiro suspira, afagando os cabelos dela. - É tolice dele.

qualquersuki:
- É, é sim. Super protetor e ciumento, do jeitinho que eu lembro. - resmunga.

boredmai:
- Exatamente. - ri. - É pura tolice

qualquersuki:
- Tigre tolo. - e balança a cabeça negativamente.

boredmai:
- Muito tolo. - ele assente com a cabeça. - Depois ele se acalma.

qualquersuki:
- Ou por bem, ou na porrada.

- Mãããe, não pode bater!

- No seu tio eu posso. - resmunga.

boredmai:
- Ele merece. - Ichiro brinca.

qualquersuki:
- Não pode! Não pode bater!

boredmai:
- Tudo bem, Micchi, desculpe. - ri

qualquersuki:
- Quero deixar bem claro que não fui eu quem ensinei isso pra ele. - Leanne diz,
erguendo as mãos em sinal de inocência. - Sempre disse que ele podia bater em quem
quisesse com um bom motivo.

boredmai:
- Eu ensinei. - ri, assentindo com a cabeça.

qualquersuki:
- Ichiro...! Não estraga a educação que eu dei! - reclama, beliscando a bochecha
dele.

boredmai:
- Ai, ai, não machuca! - ri.

qualquersuki:
- Então pare de estragar nosso filho!

boredmai:
- Eu não estraguei ele! - ri.

qualquersuki:
- Está estragando!

- Eu não tô estragado! - reclama, inflando as bochechas, ao que Leanne ri.

boredmai:
- Aí, viu? Ele ainda é um ótimo menino. - Ichiro ri, afagando os cabelos do filho.

qualquersuki:
- Vai ser ainda melhor usando a espada pra bater em gente chata. - provoca.

boredmai:
- Isso a gente ensina. - ri.

qualquersuki:
- Eu estava ensinando, e a Chiaki tinha assumido as aulas. Certo~? - pergunta,
enfim encarando a irmã.

boredmai:
A garota assente com a cabeça.
- O Micchi tá aprendendo super bem, inclusive. - sorri.

qualquersuki:
- Bom saber! Me deixa mais tranquila saber que a minha irmãzinha e o meu filhote
conseguem se defender em caso de perigo~

boredmai:
- Mas é claro. - ri. - Tradição Yuuji!

qualquersuki:
- Boa garota! - e ri, boba.

boredmai:
A garota apenas ri, boba.
- Falando nisso, melhor a gente ir treinar. Vamos, Micchi?

qualquersuki:
- Vamoooos! - diz, empolgado, prontamente se levantando.

- Eu e seu pai vamos trabalhar, e nos próximos dias vamos organizar uma
escrivaninha pra você na nossa sala. - diz, ao que os olhos do pequeno brilham.

boredmai:
- Olha só, vai ter uma mesa junto do papai e da mamãe! - a menina ri.

qualquersuki:
- Eu vou poder passar o dia com vocês?!

- O dia quase todo, mas vai sim~ - Leanne ri, abraçando-o.

boredmai:
- O papai e a mamãe ainda vai estar trabalhando, mas pelo menos a gente vai tar
pertinho. - Ichiro sorri.

qualquersuki:
- Eu respeito o trabalho, a mamãe sabe!

- Sei mesmo. Nós sempre dividimos a mesa, e ele nunca me atrapalhou. No máximo pra
tirar dúvidas dos estudos ou pedir alguma coisa pra comer ou beber. - ela assente
com a cabeça.

boredmai:
- Ótimo. Você é um ótimo garoto, Mitsuo. - sorri.

qualquersuki:
- Foi muito bem educado, também. - diz, boba, bagunçando os cabelos dele.

- Mãe, meus cachinhos não....!

boredmai:
- Seus cachinhos sim! - ri.

qualquersuki:
- Vai desmontar...!

- Eu arrumo depois do banho depois do treino, filhote, pode deixar. - ri.

boredmai:
- A sua mãe vai escovar seu cabelo direitinho, não se preocupe. - sorri.

qualquersuki:
- E finalizar com os cachinhos beeeem encaracolados.

- Eba!

boredmai:
- Os cachinhos mais lindos. - sorri, fazendo mais um afago nos cabelos do filho.

qualquersuki:
- Depois são os meus. - Leanne ri.

boredmai:
- Exatamente. - ele ri baixinho.

qualquersuki:
- Agora vai, meu amor. Vai treinar com a sua tia. - diz, boba, beijando o rosto do
filho quando ele se abaixa antes de sair correndo.

boredmai:
Chiaki apenas ri, segurando na mão de Mitsuo e guiando-o pra fora.

qualquersuki:
- ...esses dois... - diz baixinho, boba, observando-os se afastarem.

boredmai:
- Eles se dão muito bem. - Ichiro ri.

qualquersuki:
- Difícil alguém não se dar bem com a Chiaki. - ri.

boredmai:
- Pois é. Ela é uma ótima garota. - sorri.

qualquersuki:
- Também, né: é nossa irmã~

boredmai:
- Exatamente. - o rapaz ri de leve. - Ao trabalho, então?

qualquersuki:
- Vamos. - ela assente com a cabeça, ficando de pé em seguida. - Até mais tarde,
mãe. - diz, indo abraçar Setsuna e beijar seus cabelos.

boredmai:
- Até, querida. Se cuidem. - sorri. - E por favor, sem mais barulhos por hoje,
certo?

qualquersuki:
Isso faz Leanne corar violentamente, engasgando de leve.

- P-pode deixar, mãe.

boredmai:
- Obrigada. - a mulher sorri, dando um afago no rosto de Leanne antes de se
afastar.

qualquersuki:
- ...que papelão... - murmura para Ichiro, envergonhada.

boredmai:
- Da próxima vez, a gente vai pro quarto antes. - ele ri, sem jeito.

qualquersuki:
- Eu exagerei nas provocações... - resmunga.

boredmai:
- E eu fui junto. - ri.

qualquersuki:
Ela assente com a cabeça, colocando as mãos nos bolsos, hesitante.

- Mas valeu a pena. - admite baixinho.

boredmai:
- ...valeu. E como valeu. - ele ri, bobo, as bochechas corando.

qualquersuki:
- Ao menos isso. - e ri também, corando.
boredmai:
- Mais tarde a gente continua. - e pisca um olho.

qualquersuki:
- Você não aguenta, então nem provoca. - responde, retribuindo a piscada.

boredmai:
- Quem disse que não aguento? - ri.

qualquersuki:
- Eu estou dizendo~

boredmai:
- Eu digo o contrário!

qualquersuki:
- Vamos ver a noite, então~

boredmai:
- Vamos, vamos sim. - e pisca um olho.

qualquersuki:
- Se piscar de novo, eu furo os dois. - provoca.

boredmai:
- Parei, parei~

qualquersuki:
- Ótimo. - resmunga. - Agora vamos trabalhar, que precisamos ajeitar o escritório
todo pra caber nós dois e o nosso filho.

boredmai:
- Uma mesinha do tamanho dele. - ri.

qualquersuki:
- Podemos comprar uma que ajuste a altura, pra não precisar trocar todo ano. - ela
ri.

boredmai:
- Ótima ideia. - ele ri baixinho.

qualquersuki:
- Eu sou feita de ótimas ideias~

boredmai:
- Com toda a certeza. - ri.

qualquersuki:
- Então vamos. Eu vou pegar meu laptop e te encontro no escritório. - e o beija,
gentil, antes de se afastar apressadamente.

boredmai:
O homem sorri, observando-a se afastar antes de suspirar, bobo, se afastando pro
escritório.

qualquersuki:
Leanne demora algum tempo até retornar com uma bolsa carteiro preta um tanto cheia.
- Rola de abrir espaço pra mim~? Preciso pedir a minha mesa e a do Micchi~

boredmai:
- Claro que sim. - ele ri de leve, já tendo começado a abrir espaço no escritório
pros dois, inclusive juntando com o cômodo ao lado.

qualquersuki:
- Uau. Isso vai ficar imenso. - diz, boba. - Bom que vai ter espaço pra professora
do Micchi colocar o que quiser, eventualmente. - diz, indo beijá-lo antes de se
ajeitar na mesa.

boredmai:
- Exatamente. Vamos precisar desse espaço todo. - sorri.

qualquersuki:
- Vamos, vamos sim. Nosso filho principalmente. - ela assente com a cabeça, abrindo
o laptop e vários periféricos.

boredmai:
- Com certeza. Ele vai ter espaço pra brincar. - sorri.

qualquersuki:
- Vamos precisar de um sofá-cama, então, pra nós três deitarmos depois que ele
cansar. - provoca.

boredmai:
- Mais uma ótima ideia. - sorri.

qualquersuki:
- Daqui a pouco isso vira um quarto. - provoca.

boredmai:
- Um segundo quarto, sim. - ri.

qualquersuki:
- Oh, céus. Quantos quartos um casal com um filho precisa?

boredmai:
- Cinco. - provoca.

qualquersuki:
- O seu antigo conta? E o atual dele?

boredmai:
- Conta. - ri.

qualquersuki:
- Então já temos cinco, bobinho. Nossos dois antigos quartos que viraram o nosso
atual, esses dois cômodos que viraram o escritório, e o quarto atual do Micchi. - e
ri.

boredmai:
- Dois cômodos que viraram um só contam como um~

qualquersuki:
- Ichiro...! - ela gargalha, boba, empurrando-o de leve.

boredmai:
- É a verdade. - ri
qualquersuki:
- A única verdade aqui é que você não tem vergonha na cara. - provoca. - Eu vou
atualizar as redes do Setsuna Express e fico livre pra te ajudar com o trabalho da
família, ok?

boredmai:
- Não, não tenho. - brinca. - Tudo bem. Vou te esperar aqui.

qualquersuki:
- Eu vou fazer isso tudo daqui. - e pisca um dos olhos.

boredmai:
- Ah. - ele ri, sem jeito. - Ótimo, então.

qualquersuki:
- Não gostou? Eu posso ir embora~

boredmai:
- Claro que gostei, ora. - ri.

qualquersuki:
- Então eu fico. - diz, se esticando para beijá-lo antes de se concentrar no
trabalho.

boredmai:
O rapaz sorri, bobo, indo se sentar pra trabalhar.

qualquersuki:
E Leanne faz o mesmo, não demorando a se aproximar dele, sorridente.

- Prontinho~

boredmai:
- Posso ganhar um beijo antes de te afundar no trabalho comigo? - ri.

qualquersuki:
- Até dois. - brinca, fazendo como ele pedira.

boredmai:
- Três é pedir demais? - brinca.

qualquersuki:
- Pedindo com jeitinho eu faço o que você quiser. - e pisca um dos olhos.

boredmai:
- Isso só mais tarde. - ri.

qualquersuki:
- Ichiro...!

boredmai:
- O que foi? - ri.

qualquersuki:
- Você sendo sem vergonha!

boredmai:
- Só um pouco. - sorri.
qualquersuki:
- Sei. Um pouco do meu tamanho!

boredmai:
O rapaz ri, bobo.
- Três beijinhos. Por favor?

qualquersuki:
- Tudo bem, tudo bem. - e ri também, beijando cada uma das bochechas dele antes de
beijar seus lábios. - ...prontinho.

boredmai:
- Obrigado. - ele sorri, bobo.

qualquersuki:
- Agora vem mais perto e me ensina como essa burocracia toda funciona. - pede.

boredmai:
- Pode deixar. - ele sorri, chamando a garota pra sentar ao seu lado antes de
começar a explicar tudo...

qualquersuki:
E Leanne anotava tudo que ele explicava, fazendo perguntas aqui e ali na tentativa
de esclarecer dúvidas e otimizar processos...

boredmai:
Eventualmente os dois se envolvem no trabalho, até eventualmente chegar a hora da
janta... Ou um pouco depois, na verdade.
- Ah, merda, a gente vai se atrasar..! - Ichiro resmunga baixinho.

qualquersuki:
- Olha a hora...! - exclama, surpresa, fechando o laptop de uma só vez enquanto se
levantava. - Já devem estar esperando a gente!

boredmai:
- Provavelmente. - suspira, acompanhando a esposa, apressado.

qualquersuki:
- Precisamos colocar um despertador a partir de amanhã. - resmunga, adiantando o
passo em direção ao salão de jantar.

boredmai:
- Melhor mesmo, assim a gente não perde a hora. - murmura.

qualquersuki:
- Não é aceitável que os líderes da família não honrem seus compromissos. - diz,
falsamente pomposa.

boredmai:
- Não é aceitável deixar a mamãe esperando, isso sim. - ri.

qualquersuki:
- De jeito nenhum!

boredmai:
- Exatamente. - ele ri, adiantando o passo.

qualquersuki:
- Licença, licença, desculpem o atraso...! - Leanne diz, abrindo as portas do salão
de jantar

boredmai:
- Isso é hora, mocinho e mocinha? - Lucca brinca, risonho.

qualquersuki:
- A gente se distraiu com o trabalho. - ela ri, sem graça.

boredmai:
- Ara, ara... Cuidado pra não trabalharem demais. - Setsuna suspira.

qualquersuki:
- Já combinamos de colocar um despertador a partir de amanhã, pode deixar.

boredmai:
- Por favor. - ela murmura, suspirando de novo. - Agora comam, vocês precisam
recuperar as energias.

qualquersuki:
- Pode deixar, mãe. - e assente com a cabeça.

boredmai:
- Por favor. - ela insiste, servindo mais comida nos pratos dos dois.

qualquersuki:
Isso faz Leanne hesitar, mas ela acaba por rir de leve, se limitando a assentir com
a cabeça.

- Pode deixar.

boredmai:
A mulher sorri, afagando os cabelos da filha antes de se assentar no próprio lugar
novamente.

qualquersuki:
- Me pergunto o quanto você não tem mimado o seu neto, com isso~

boredmai:
- ...ara, ara... - ela ri. - Avós são feitos pra mimar, certo?

qualquersuki:
- Não sei de nada. - ela pisca um dos olhos.

- São siiim! - Mitsuo ri.

boredmai:
- Estou fazendo meu papel apenas. - a mulher ri de leve.

qualquersuki:
- Falando assim, nem dá pra discutir. - ela ri.

boredmai:
- Essa é a intenção, querida. - ri.

qualquersuki:
- Percebi~

boredmai:
A mulher ri de leve.
- Bem, quando terminarem de comer, eu vou levar a comida da Caroline.

qualquersuki:
- ...ah. Obrigada, mãe. - ela esboça um sorriso. - Eu quero ficar com o Micchi
agora a noite.

boredmai:
- De nada, querida. Aproveitem. - sorri.

qualquersuki:
- Ele tem passado tempo demais longe de mim. - diz, dramática.

boredmai:
- Aproveite esse tempo com ele, então. - sorri.

qualquersuki:
- Eu vou encher essas bochechas de beijo~

- Mãããe....! - ele ri.

boredmai:
- Enche mesmo. - Ichiro ri, bobo. - Depois é minha vez!

qualquersuki:
- Assim minhas bochechas vão doer!

- Ara ara~

- MÃE! - reclama, cruzando os braços.

boredmai:
- Vão nada, são bem fofinhas. - ri.

qualquersuki:
- Deixa eu testar, vem cá ~ - provoca, esticando os braços na direção de Mitsuo

boredmai:
Ichiro ri, pegando o garoto e entregando-o pra Leanne.

qualquersuki:
- Pai, não...! - reclama, enquanto Leanne envolve o filho com os braços, enchendo
os cabelos de Mitsuo de beijos.

boredmai:
- Aceite os beijos da sua mãe, Micchi. - ele ri de leve.

qualquersuki:
- Pai, você também não...! - reclama, corado, apesar de claramente se aconchegar no
abraço da mãe.

boredmai:
- Não reclama que tá bom. - ri.

qualquersuki:
- Um pouquinho só. - resmunga.

boredmai:
- Só um pouco? Mesmo?
qualquersuki:
O menino cora, enfiando o rosto no ombro da mãe, fazendo Leanne rir.

boredmai:
O rapaz ri, bobo, afagando os cabelos de Mitsuo.
- Vá tomar banho, vá. Eu e sua mãe precisamos conversar com seus tios, e depois a
gente se junta pra passar o tempo.

qualquersuki:
Isso faz Rebecca franzir a testa de leve.

- Tá! Passa no meu quarto! - pede, ao que Leanne bagunça os cabelos dele.

- Pode deixar. Vai lá, filhote.

boredmai:
- Até mais tarde, pequeno!

- ...falar com a gente? - Lucca murmura, confuso.

qualquersuki:
Leanne ergue uma das mãos, pedindo que ele esperasse, dando alguns minutos até que
os passos de Mitsuo tivessem desaparecido pelo corredor.

boredmai:
- ...É coisa séria, pelo jeito.

- É. Bem séria. - Ichiro suspira.

qualquersuki:
- Bastante. - Leanne concorda. - ...acho que ele já foi.

boredmai:
- Já, já foi. - Ichiro murmura. - ...nós vamos começar a lutar contra o exército.

qualquersuki:
- ...quê?!

- Depois que a Caroline foi atacada, nós três conversamos e decidimos que vamos
contra-atacar, tentando resgatar soldados para o nosso lado e desfazer o exorcismo
dos outros.

boredmai:
- Desfazer o-- isso nem é possível! - exclama.

- Nós vamos descobrir um jeito. - Ichiro suspira.

qualquersuki:
- Eu comecei a pesquisar algumas coisas. - murmura. - Minhas memórias voltaram
todas, deve ter algum jeito de fazer isso com outras pessoas.

- Eu me ofereço de cobaia. - Rebecca diz de imediato, erguendo uma das mãos.

boredmai:
- Becca..!

- Nós não vamos fazer nada de ruim com ela, Lucca, você sabe. - Ichiro murmura.
- E-eu sei, eu sei, claro, mas..!

qualquersuki:
- Mas ele ainda tem medo, e eu entendo, mas eu vou fazer a minha parte no meio
disso tudo. - ela diz. - Eu não consigo esconder as minhas pernas, então não é
seguro pra ir lutar na rua, mas...

boredmai:
- Mas você pode nos dar apoio daqui, com o seu conhecimento em tecnologia e
comunicação. - Ichiro sorri.

qualquersuki:
- ...é. Talvez com uma câmera e um chip de GPS eu possa servir a distância. -
comenta, esboçando um sorriso. - ...a cidade tem um sistema de segurança com
câmeras? - pergunta, hesitando por um instante.

boredmai:
- Eu acho que tem sim. - Ichiro murmura, pensativo. - No que está pensando?

qualquersuki:
- Em invadir o sistema deles e usar as câmeras a nosso favor.

- ....pera, você _consegue_ fazer isso?!

boredmai:
- Se conseguir, vai ser incrível. - ele ergue uma sobrancelha.

qualquersuki:
- Eu acredito que sim. - murmura. - Precisaria de uma máquina bastante potente, e
uma conexão veloz e estável, mas... vale a tentativa.

boredmai:
- Isso nós podemos providenciar. - Ichiro assente com a cabeça.

qualquersuki:
- Assim que tiver tudo pronto eu começo os testes, então.

- Pode deixar, vou ver o melhor setup possível. Depois me passa algumas
configurações mínimas pra eu procurar. - Leanne pede.

boredmai:
- Dito isso... Lucca, você pode nos ajudar também?

- É claro que posso. - murmura. - Vai ser difícil, mas...

qualquersuki:
- Você não precisa lutar diretamente, se não quiser. - a bruxa diz, compreensiva. -
Mas se você _quiser_ ajudar ainda assim, a gente encontra outra coisa.

boredmai:
- Eu posso lutar. - ele assente com a cabeça. - Eu não vou deixar vocês sozinhos lá
fora.

qualquersuki:
- Então vamos ter que intensificar nossos treinos a partir de amanhã. - ela
concorda. - Acham que aguentam?

- A gente dá um jeito.
boredmai:
- Vou morrer, mas paciência. - ri.

- Você tem se adaptado bem aos treinos, Lucca, que drama. - Ichiro ri.

qualquersuki:
- Pois é. Nem parece que no primeiro dia só aguentou dez minutos.

- Leanne!

- Ok, ok, quinze. - e ri de canto.

boredmai:
- Pelo menos dezenove. - brinca.

qualquersuki:
- Tudo bem, tudo bem. Vinte e dois e trinta e sete. - a bruxa gargalha.

boredmai:
- Aí, viu? Não foi tão ruim. - ri.

qualquersuki:
- Tem melhorado, é isso que importa.

boredmai:
- Exatamente. - ri, bobo.

qualquersuki:
- Em breve você vai poder ir pra rua com a gente, então. - e assente com a cabeça.

- ...e...e os soldados que resistirem? - Rebecca hesita. - Vão ser mortos?

- Depende de quanto resistirem. Mas acredito que alguns vão sim.

boredmai:
- A intenção não é matar, é converter. Mas... Não vai ser tão fácil. - Ichiro
suspira.

qualquersuki:
- Mortes vão ser inevitáveis, eu tenho certeza.

- ...eu não sei se tenho coragem de ferir um antigo colega... - ela estremece.

boredmai:
- Melhor você focar em suporte, mesmo. - o dragão murmura.

qualquersuki:
- ...é. Eu concordo com o Ichiro.

- Pode deixar. Eu também concordo. - e ri de leve, meio nervosa.

boredmai:
- Resolvido, então. - ele ri de leve. - A partir de amanhã podemos começar a
trabalhar em estratégias e inteligência.

qualquersuki:
- OK. Eu vou pesquisar um pouco sobre setups antes de passar tudo pra Leanne
providenciar.
boredmai:
- E eu vou comer o Lucca na porrada. - sorri, maligno.

- Ei..!

qualquersuki:
- Eu nem vou chegar perto, só vou ajudar ele a se recompor. - Leanne avisa. -
Enquanto isso, eu treino com as Arcanas.

boredmai:
- Resolvido. - sorri. - Depois, podemos botar ele pra treinar com as Arcanas.

qualquersuki:
- Daqui a uns dez anos. - provoca

boredmai:
- Pelo menos. - ri.

- Me dá uma semana!

qualquersuki:
- Só quero ver. - ela ergue uma das sobrancelhas.

boredmai:
- Uma semana!

qualquersuki:
- Só quero ver!

boredmai:
- Vai ver só!

qualquersuki:
Ela cruza os braços, encarando-o com um sorrisinho de canto.

- Amanhã cedo no dojo, depois do café. Prepare-se.

boredmai:
- Já nasci preparado. - e pisca um olho.

qualquersuki:
- Bom saber~

boredmai:
- Vai ver só. - ri.

qualquersuki:
- Aham~ - provoca, descrente.

boredmai:
- Vai sim!

qualquersuki:
- Tudo bem, Lucca. Amanhã nós veremos. - e sorri.

boredmai:
- Veremos sim. - ri.

- Eu preparo o caixão. - Ichiro provoca.


qualquersuki:
- Um bem bonito, por favor. E um menor pra Mali ir junto, pobre coitada.

boredmai:
- Pode deixar. - ri.

- Eu não vou morrer!

qualquersuki:
- Já chega desse papo, por favor. - Rebecca pede, incomodada.

- Tudo bem, tudo bem. - ela ri, ficando de pé devagar. - Eu preciso ir cuidar do
Mitsuo e descansar, também.

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