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Vitrais: Estes Maravilhosos Pedacinhos de Vidro — ACC — 15/6/1997 — Domingo

Advertência:
1. Esta reunião não visa propor ao expositor que seja dada exatamente como
vem no texto, nem dar uma última palavra a respeito do assunto; serve de mera
sugestão.
2. Ela vem em linguagem semifalada para facilitar a exposição. Claro está
também que é preciso enriquecê-la com a criatividade de quem vai dar a reunião.

Razão do tema sugerido


Enaltecer a espírito de maravilhoso nas almas dos novatos.

Vou pôr uma espécie de charada para os senhores, mas é um problema que eu
também quero resolver... Vamos tentar resolver juntos.
Vamos imaginar que nós teremos que construir uma igreja grande, uma catedral.
Vem um homem muito rico, muito católico, e também quer construir uma catedral. Bom,
aí entre nós começamos a debater como vai ser a construção. Se construímos assim ou
assado, de tal estilo ou de tal outro.
Então como fazemos, quantas colunas tem que ter a catedral, qual o tamanho, etc.
Temos que fazer uma parede bem grossa para sustentar o enorme peso da igreja...
Começamos então a traçar num papel como deve ser a catedral, a fazer a planta... Até que,
de repente, surge um gênio entre os nossos que diz o seguinte:
— Fiquem tranqüilos, não é preciso de colunas, nem de paredes grossas. Eu tenho
um plano: vamos fazer uma catedral que tenha paredes bem mais finas, leves, e que seja
mais alta e mais bonita do que a catedral que vocês querem.
— Como?!!!
— Sim, eu conheço um estilo que dispensa colunas, dispensa paredes largas. Pelo
contrário, paredes leves e altura fenomenal. Vejam como vai ficar a nossa catedral.
[Mostra a planta da Igreja; depois projeta o slide de uma catedral gótica.]
Bom, mas aí surgiu um problema que nem o gênio sabia resolver. Como fazer para
entrar a luz do Sol na catedral? A catedral não podia ser iluminada só por velas, também
não podia ser só por luz elétrica... Tinha que penetrar a luz do Sol, para assim evitar
umidade, mofo. Já viram que horror no metrô, aquelas manchas brancas e escuras de
umidade, de vazamento de água? Não fica bem a casa de Deus ficar com aparência de
coisa suja, de viaduto com goteira, mal cuidado...
Também não podíamos ter umas paredes enormes, só feitas de pedra, sem nenhuma
abertura. Imaginem como a catedral ficaria carrancuda.
Agora vem a charada, vem o problema que eu queria pôr para vocês: Como nós
resolveríamos essa questão? Alguém dirá:

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— Olhe, coloque uns buracos na parede.
— Como assim? Buracos? Redondos, quadrados...
— Sim, pode ser vários (buracos) pequenos ou, então, uns tantos buracos grandes.
— Bom, mas se põe pequeno a parede vai parecer uma peneira, ou no mínimo
ralador de queijo... Se põe alguns maiores vai ficar uma coisa de assustar, vai parecer arte
moderna... Depois, no frio quem vai agüentar. Imagine!!!
Outro dirá:
— Para que tanta discussão? Põe logo uns janelões aí, mais ou menos como nos
mercados. Se está frio, fecha; se está calor, abre!
— Mas janelão?! Não fica bem. Precisa ter algo que acompanha a beleza da
arquitetura e é segundo a finalidade da construção, não vai... Supermercado não tem missa
e Catedral não é Shopping center.
Vocês sabem como os artistas no século X resolveram esta questão? [Projeta-se
aqui o slide de um vitral bem bonito. Os comentários que seguem são genéricos, seria
preciso aplicar para os vitrais que o expositor usará na reunião; só foram colocados aqui
para auxiliar o expositor e dar idéias.]
Vejam que coisa estupenda! Os homens daquela época, de dez séculos atrás, eles
em vez de fazerem simples janelas, eles pensaram no belo, mas do que no prático. Hoje se
faz uma obra qualquer, a primeira preocupação é resolver o problema prático. É o tal
homem do supermercado. Se deixar, põe um ar condicionado dentro da igreja. Então a
pessoa vai na igreja para rezar junto a uma imagem que ela tem devoção, junto ao altar do
Santíssimo Sacramento, etc., e vê, logo na entrada, um cartaz dizendo: “Entre! Ar
condicionado”.
Um horror! Não é? Mas nós vemos aqui, neste vitral, que ele atende a todos os
problemas práticos. Vejam que maneira magnífica de resolver a questão da luz! O Sol bate
nestas dezenas, centenas de vidrinhos e reflete-se depois no chão da catedral, nas pessoas,
na pedra das ogivas...
Bom, todos já adivinharam qual é o tema da reunião de hoje, não é? É sobre vitrais.
São estas centenas de vidrinhos coloridos que formam uma verdadeira obra de arte, de
uma beleza fenomenal.
Não são vidros pintados. Os genuínos vitrais são vidros fundidos com as cores que
vão ser utilizadas. Então dá nesse verde fenomenal, neste azul, neste vermelho profundo...
[Passar mais slides.] Estes vitrais, evidentemente, não são feitos hoje em dia, são dos
séculos X, XI, XII.
Notam os detalhes? Imaginem o trabalho que dá cortar vidrinho por vidrinho,
depois ir encaixando a todos. Os vidrinhos se encaixam um no outro por ligas de chumbo.
Estão vendo aqui? Então nós temos o vidro já da cor que se vai usar, depois a união do
vidro com ligas de chumbo. Depois, para ficar mais bonito ainda, em vez de ser liso, o
vitral é pintado.
Olhem, aqui temos pinturas interessantíssimas. São fatos da vida dos santos, são
fatos da Sagrada Escritura, são cenas simples, por exemplo, de pessoas trabalhando no
campo, nos trigais, etc.
Vejam este aqui, este mostra os principais reis de Israel. Então é David, Salomão,
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Roboão, etc. Outro apresenta a vida de São Bento, São Francisco de Assis...
O interessante também dos vitrais é o seguinte, é que as pessoas aprendiam história
dos Santos, aprendiam fatos da vida de Nosso Senhor, por exemplo, curando um cego, um
coxo; Nosso Senhor sendo crucificado, ressuscitando...
Estão notando como as cores são profundas? O verde é verde, o vermelho é
vermelho, o azul é azul, o amarelo é amarelo... Agora, por que isso? Porque não eram
cores artificiais, cores químicas como nós vemos hoje. As coisas hoje são tão artificiais
que, às vezes, a gente toma, por exemplo, uma vidro de geléia; digamos que seja geléia
de uva. Depois a gente vai ler o rótulo e vê: “Contém: aromatizante, corante, acidulante,
estabilizante, conservante e... sabor artificial de uva. Quer dizer, de uva só tem o nome...
Mas voltando aos vitrais; como os artistas daquela época davam esta tonalidade,
esta vida à cor? Eles, nada mais nada menos, pegavam uma pedra preciosa ou
semipreciosa e moíam para fundir a cor junto com o vidro. Para exemplificar — não
quero dizer que as pedras eram essas, pois tem pedra que não tem capacidade de tingir
nada — mas vamos supor que tomavam esmeraldas, por exemplo, e moíam, depois
misturavam o pó da esmeralda com a areia, etc., que dava no vidro verde. Para sair o
vermelho, por exemplo, moíam o rubi; o amarelo faziam moendo topázios; para dar um
vidro azul, moíam safiras!!! Já imaginaram que categoria?
Vejam a beleza de uma rosácea!!! Isto aqui se chama rosácea. É uma vidraçaria
circular, toda rendilhada, lindíssima! [Comentário de nosso Pai e Senhor:] “Tem tanta
ordem, tanta beleza! É apenas um conjunto de cacos de vidro, e o Sol, é o Sol. Mas,
quando eles se juntam, fazem pensar em algo superior ao vidro, superior ao Sol. Faz a
gente pensar em Deus, que nós não vemos, oculto aos nossos sentidos, mas que se mostra
através daquela coruscação de cores”.

Falta terminar...
* * * * *

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