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Sucessão → art. 222, LSA e art. 1.115, CC – a sociedade nova se torna sucessora de todas as obrigações e direitos da sociedade anteriores à transformação.
As relações com terceiros anteriores à transformação não são alteradas.
Sua personalidade jurídica permanece a mesma. A transformação “não incide sobre a identidade da sociedade, que permanece, mesmo depois da transformação,
a mesma sociedade de antes”.
A transformação não representa qualquer transferência de patrimônio para fins tributários, pois os bens continuam com a mesma pessoa jurídica.
A incorporação é a operação pela qual uma sociedade absorve outra, que desaparece.
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Esse instrumento não se aplica às sociedades despersonificadas, porquanto tais sociedades não são tipos societários autorizados por lei.
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Os efeitos da transformação sobre a condição jurídica dos sócios ou acionistas a tornam extremamente importante, exigindo-se para a mesma a deliberação unânime de todos os sócios,
inclusive os sem direito a voto, salvo se prevista no estatuto ou contrato social. No caso de previsão no ato constitutivo, já houve o consentimento unânime anteriormente manifestado, mas,
ainda assim, será necessária a deliberação da maioria dos sócios para aprovar a transformação. Neste caso, o sócio dissidente pode exercer o direito de retirada (art. 221 da Lei 6.404/76 e art.
1.114 do Código Civil de 2002).
A sociedade incorporada deixa de operar, sendo sucedida em todos os seus direitos e obrigações pela incorporadora, que tem um aumento no seu capital social.
Tal tipo de operação está ligado ao fenômeno da expansão empresarial, sendo pouco usada nos últimos tempos.
A+B
A Sociedade A Incorporadora
Sociedade B Incorporada
2.1. PROCEDIMENTO
Numa primeira fase da incorporação, atuam, como sujeitos mais importantes, os administradores das sociedades envolvidas.
Nos termos da Lei 6.404/76, para a efetivação da operação é necessária a elaboração de um protocolo, que é uma espécie de pré-contrato em relação à operação que
irá se realizar. É uma proposta de realização da incorporação.
Além do protocolo, impõe-se3, nos termos da Lei 6.404/76, a elaboração de uma justificação, isto é, de uma exposição de motivos para a realização da operação.
No âmbito do Código Civil, devem ser elaboradas as bases da operação e o projeto de reforma do ato constitutivo (art. 1.117, CC ), que, em última análise, traduzem a
mesma ideia. Vale dizer, é sempre necessária a aprovação de um projeto do que vai ocorrer com a operação de incorporação.
Mesmo na incorporadora é necessária a aprovação dos documentos relativos à operação, sendo diferenciado o quórum para cada tipo societário.
Nas sociedades limitadas, exige-se a aprovação de 75% do capital social (art. 1.076 c.c. art. 1.071 do Código Civil de 2002),
Nas sociedades anônimas, basta a aprovação da maioria simples do capital votante.
Em qualquer caso, a deliberação da incorporadora compreenderá a nomeação de peritos, para a avaliação do patrimônio da incorporada.
Na sociedade incorporada, também será necessária a aprovação dos documentos relativos à operação, pelo quórum peculiar ao tipo societário em análise.
Nas sociedades anônimas, o quórum é de pelo menos 50% do capital votante (art. 136 da Lei 6.404/76),
Nas sociedades limitadas o quórum é de 75% do capital social (art. 1.076 c.c. art. 1.071 do Código Civil de 2002)
Além dessas assembleias, é necessária ainda a aprovação pela incorporadora do laudo de avaliação do patrimônio da incorporada e do aumento de capital social.
Tal nova assembleia, embora não prevista explicitamente pelo Código Civil, decorre da necessidade, em qualquer sociedade, de uma deliberação para aprovar o aumento do
capital social e a avaliação dos bens entregues como forma de integralização.
Aprovada a incorporação, desse modo, extingue-se a incorporada, podendo ser tomadas todas as medidas necessárias junto ao registro competente.
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Ainda que não fosse uma imposição legal, na prática já se faria tal exposição para facilitar a aprovação da nova operação.
3) FUSÃO art. 228, LSA
união de 2 ou + sociedades (PJ) para formar uma sociedade nova extinguindo as que se uniram
a nova sociedade sucederá as demais em todos direitos
obrigações
Tal operação também está ligada ao processo de concentração empresarial, estando sujeita, praticamente, à mesma disciplina da incorporação no direito brasileiro.
Nesta operação, surge uma nova pessoa jurídica, e todas as envolvidas deixam de existir.
A+B
C
A B
Serão extintas
3.1. PROCEDIMENTO
Na fusão, em primeiro lugar, atuam como protagonistas os administradores, que devem elaborar um projeto do que ocorrerá com a fusão, definindo-se inclusive a
distribuição do capital social da nova companhia entre os sócios das sociedades fundidas.
Diante desse projeto, serão realizadas assembleias gerais em todas as sociedades envolvidas para aprovação da operação, e nomeação de peritos para avaliação do
patrimônio destas.
O quórum é diferenciado de acordo com o tipo de sociedade.
Nas sociedades anônimas o quórum é de pelo menos 50% do capital votante (art. 136 da Lei 6.404/76).
Nas limitadas, o quórum é de 75% do capital social. Aprovada a operação, serão nomeados os peritos para avaliação do patrimônio das sociedades envolvidas.
As avaliações resultantes de tal procedimento deverão ser aprovadas por uma assembleia conjunta, na qual o sócio está impedido de votar a avaliação do patrimônio da
sociedade da qual ele faz parte.
Para aprovar a avaliação, a assembleia é uma só, mas os sócios de cada sociedade só votam para aprovar a avaliação do patrimônio da outra.
Aprovada a avaliação, segue-se o procedimento normal de constituição da nova sociedade.
Se a operação envolver uma sociedade anônima que tenha emitido debêntures, a aprovação da fusão depende de aprovação de assembleia especial dos debenturistas.
Não se trata, em verdade, de uma aprovação da operação, mas tão somente da aceitação da novação subjetiva da obrigação, que ocorre com a fusão de uma companhia.
Não será necessária tal aprovação se for assegurado aos debenturistas o direito de resgate dos seus títulos no prazo mínimo de seis meses.
4) CISÃO
A cisão é o desmembramento total ou parcial da sociedade, que transfere seu patrimônio para uma ou várias sociedades já existentes ou constituídas para esse fim.
Se a versão do patrimônio for para uma sociedade nova, a absorção do patrimônio é feita pela assembleia de sua constituição.
De outro lado, se a sociedade que recebe o patrimônio já existe, a absorção do patrimônio obedece às regras da incorporação.
PARCIAL TOTAL
reorganização societária
AeB *Ás vezes necessário em razão reorganização de sócios
A C
TOTAL sociedade cindida dará origem a novas sociedades e a original deixa de existir
(contrário da fusão – inverteu o sentido das setas)
A B PARCIAL sociedade será dividida e dará origem a novas sociedades, mas a original continua existindo.
A B
A cisão é um negócio jurídico peculiar, podendo implicar a extinção de uma sociedade, a constituição de outras, ou apenas o aumento do capital social.
REFERÊNCIAS:
BECHO, Renato Lopes. Elementos de direito cooperativo. São Paulo: Dialética, 2002.
COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Comercial: Direito de Empresa – volume 1 – 17. ed. – São Paulo: Saraiva, 2013.
GONÇALVES NETO, Alfredo de Assis. Lições de direito societário. 2. ed. São Paulo: Juarez de Oliveira, 2004.
ROCHA FILHO. José Maria. Curso de Direito Comercial. vol. 1 - Parte Geral. Ed. Del Rey, Belo Horizonte, 1994.
TOMAZETTE, Marlon. Curso de direito empresarial: Teoria Geral e Direito Societário – volume 1 - 9.ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2018.