Hipnose Pangrisiana e Reprogramaçao Mental Pela Compreenssão

Você tem um tesouro em Esses princípios, já conhecidos
mãos. Assim pode ser apresen- PEDRO A. Grisa, o escritor de linguagem através de outros livros do autor,
HIPNOSE HUMANO-PANGRISIANA
tado este material. O livro, de simples e agradável, faz-se presente com MAIS são confirmados e aprofundados
autoria do Dr. Pedro Antônio ao longo desta obra, Hipnose
esta obra prima, ampliando conhecimentos,
Grisa, está para aqueles que Humano Pangrisiana & a Repro-
desejam melhorar, harmonizar sempre coerentes e surpreendentes, em relação gramação Mental pela
suas existências, estando em à sua paixão maior, o Ser Humano. Compreensão.
sintonia com o projeto original Portanto, é com grande
da criação. Este foco de observação, estudos, Pesquisa e satisfação que sublinhamos a
Disse Jesus: “Vocês farão Análise resultou em várias obras, que fazem do importância da presente obra,
coisas maiores” (Jo 14,12). autor o escritor catarinense mais vendido, no que se dedica a aprofundar os
Acreditar na força destas Brasil, nos últimos 25-vinte e cinco anos. conhecimentos relativos a
palavras é realizar e construir Hipnose Humana e abre
uma vida de qualidade com perspectivas para a evolução da
relações equilibradas; vivencia Outras Obras do Autor: espécie humana contribuindo
sadia. É contemplar a vida com para a chegada do novo homem
olhar divino e ver que tudo é . LIBERTE SEU PODER EXTRA, aqui denominado de Homopan-
verdadeiramente bom (Gn 1,10). . A CURA PELA IMPOSIÇÃO DAS MÃOS, em co-autoria com Frei Hugolino Back, Dr. Pedro Antônio Grisa grisianensis. Convido você, caro
Com profundidade e seriedade . PARANORMALIDADE - UM POTECIAL MENTAL, leitor, a uma viagem pelo interior
HIPNOSE
em suas pesquisas, amor inves- . O JOGO E A ESTRUTURA DAS PERSONALIDADES, do ser humano, através dos doze
tido ao ser humano, Dr. Pedro . O PODER DA FÉ & A PARANORMALIDADE, capítulos que o livro apresenta.
Grisa faz chegar em nossas mãos . COMPREENDENDO A HOMOSSEXUALIDADE, Assim, você estará participando
uma riqueza impar. Expondo, de . SOU PARANORMAL?...!! e outras, inclusive de poemas e cronicontos. de um processo divino-humano
maneira simples, clara e direta, de transformação positiva da
os princípios da Parapsicologia Grisa afirma: "Em toda minha vida, como filho da roça e de família pobre, sempre humanidade, e vivendo a vida
Científica do Sistema Grisa, e me interessei em buscar formas e fórmulas para dar minha contribuição para ajudar com satisfação e gratidão. Boa
HUMAMO-PANGRISIANA
com riqueza de exemplos, os menos favorecidos econômicamente e em escolaridade, o meu povo "SIMPLES", viagem!
oferece, ao leitor e sócio da RICO EM TALENTOS E RESERVAS MORAIS. Portanto, é com grande
parapsicologia, a oportunidade satisfação que sublinhamos a
de celebrar uma verdade: que a Desde criança ME APARECEM duas possibilidades: ser padre e escritor; depois, & A REPROGRAMAÇÃO MENTAL PELA COMPREENSÃO importância da presente obra,
existência é uma completa descubro os horizontes de outros conhecimentos, religiosos, filosóficos e científicos... que se dedica ao aprofunda-
vitória. Cada ser que nasce está Finalmente descubro a Parapsicologia e a Fenomenologia Paranormal, abrindo mento dos conhecimentos sobre
chamado a dançar o baile da perspectivas insondáveis de um Novo Tempo, podendo os seres humanos conquista- a hipnose e à abertura de novas
vida. Vislumbrar a grande rem uma (XXXX) qualidade de vida, por vezes apenas sonhada. perspectivas para a evolução da
sinfonia que é a criação, perfeita espécie humana, acelerando a
em sua origem, pois é gerada no Surge, finalmente, a possibilidade de contribuir para o despertar do Novo Ser chegada do novo homem, aqui
útero divino. Humano, como autêntico filho do Criador do Universo HIPNOSE HUMANO- denominado de Homopangrisia-
A manutenção da saúde se PANGRISIANA & A REPROGRAMAÇÃO MENTAL PELA COMPREENSÇÃO apresenta nensis.
processa em três níveis: mental, NOVOS passos do Ser Humano, no abrir fronterias de um Novo Tempo. Convido você, caro leitor, a
emocional e orgânico. uma viagem pelo interior do ser
humano, através dos doze
Dr. Pedro A. Grisa

Harmonizá-las, eis o caminho.
Para tanto, os princípios estabe- www.lipappi.com.br capítulos que o livro apresenta.
lecidos pela Parapsicologia do Assim, você estará participando
Sistema Grisa estão ao alcance de um processo divino-humano
de todos. de transformação positiva da
E estes princípios são confir- humanidade, e vivendo a vida
mados e por vezes aprofunda- com satisfação e gratidão. Boa
dos, ao longo desta obra, viagem!
Hipnose Humano Pangriasina
& a Reprogramação Mental
pela Compreensão.
ISBN - 978-85-85919-16-0
Hipnose Humano-Pangrisiana
pela Compreensão
Dr. Pedro A. Grisa
Hipnose Humano-Pangrisiana
pela Compreensão
Florianópolis, 2013
EDIPAPPI/LIPAPPI
5
ISBN:
Copyright-2013-PEDRO A. GRISA
Direitos exclusivos do autor
Direitos desta edição – EDIPAPPI/LIPAPPI Ltda ME
CAPA:
Douglas de Melo Ferreira e César Antônio Grisa
DIAGRAMAÇÃO:
Douglas de Melo Ferreira
REVISÃO:
Prof. Marco Rossoni Filho
GRISA, Pedro A.
Hipnose Humano-Pangrisiana & a Reprogramação Mental pela
Compreensão, 1ª. Ed. Florianópolis, EDIPAPPI, 2013 – 2??
Páginas 344
1. Parapsicologia 2. Hipnose 3. Educação e Orientação
Parapsicológica 4. Educação Mental 5. Paranormalidade
e Potencial Mental 6. Parapsicologia Independente.
EDIPAPPI, de propriedade da LIPAPPI – Livraria de Parapsicologia,

Autoconhecimento e Autoajuda Ltda. ME.
Rua Felipe Schmidt, 303 – Ed. Dias Velho – 15º. Andar Sala 1502- B –
Centro - Florianópolis /SC – Fone/Fax: (48) 3222.1819
www.sistemagrisa.com.br
6
AGRADECIMENTOS
Minha eterna gratidão a todos os que me auxiliam a

pensar, especialmente a todos os que me proporcionaram mais
oportunidades para refletir sobre transe, hipnose e regressão.
Destes, merecem destaque especial: Émile Coué, Peter

Blythe, Frei Albino Aresi, Fauze Kfouri, Edgar Schitz, os médicos
Elieser Mendes (espírita), Ary Guilherme Ferreira
(otorrinolaringologista) e Marcus Tannous (ginecologista), os
parapsicólogos clínicos Paulo Hentz, César Antônio Grisa e Pe.
Antonio Carlos Ferreira.
Minha eterna gratidão a Jesus de Nazaré, mestre dos

mestres...
Minha calorosa gratidão a meus pais e irmãos, avós e

antepassados.
Minha apaixonada gratidão à minha esposa Adelaide

Therezinha Pozza Grisa, permanente companheira e sócia,
comungando comigo todas as horas.
Gratidão similar a nossos filhos Rosangela Pozza Grisa

(arquiteta) e César A. Grisa (parapsicólogo clínico), nossa nora
Alnice Cristina de Lima Grisa (parapsicóloga clínica) e nossos
netos Pedro César e Gustavo Robert.
Gratidão ímpar a meu revisor Prof. Marco Rossoni Filho.

Minha especial gratidão às minhas auxiliares visuais e
revisoras de digitação e de redação, Angelita Queiroz e Ana Paula
Rodrigues Klaar.
7
Fraterna gratidão aos diretores, coordenadores,
administradores e professores das diferentes unidades do IPAPPI
do Brasil.
Um abraço de gratidão a meus leitores, especialmente a

você, que ora lê este livro, e a todos os meus telespectadores de
“Grisa Te Vê - Um Olhar Pangrisiano”.
Pedro Antônio Grisa
8
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO.......................................................................................... 13
PREFÁCIO...................................................................................................... 17
ANÚNCIO DA OBRA – AQUI, AGORA E SEMPRE
Hipnose Humano-Pangrisiana & a Reprogramação Mental pela
Compreensão................................................................................................... 21
Ó.1 Manifestação da Plenitude Humana........................................................... 23
Ó.2 Superando Limitações Humanas................................................................ 23
Ó.3 Parceiros Meus........................................................................................... 25
Ó.4 IPAPPI - Instituição de Pesquisa, Ensino e Terapia.................................. 27
CAPÍTULO I – HIPNOSE HUMANOPANGRISIANA – HISTÓRICO.. 31

A Descoberta da Hipnose............................................................................... 32
1.1 Hipnose de Palco..................................................................................... 32
1.2 Hipnose e Repetição................................................................................. 33
1.3 Questões Fundamentais............................................................................ 35
1.4 Hipnose e Imaginação.............................................................................. 36
1.5 Novas Experiências de Hipnose............................................................... 42
1.6 A Hipnose e a Compreensão.................................................................... 44
1.7 Hipnose: da Antiguidade à Ericksoniana................................................ 51
1.8 Considerações Finais............................................................................... 58
CAPÍTULO II – O SUBCONSCIENTE & O SISTEMA GRISA............. 61

2 O Encontro com a Ciência Cristã Americana....................................... 61
2.1 As Duas Funções Mentais........................................................................ 61
2.2 As Duas Funções Mentais Básicas........................................................... 63
9
2.3 Comparações........................................................................................... 65
2.4 Reprogramação do Subconsciente pela Compreensão............................ 73
CAPÍTULO III – TABELAS FAMILIARES E DEPRESSÃO................ 79

3 Análise Parapsicológica do Sistema Grisa............................................. 79
3.1 Programações Hereditárias.................................................................... 79
3.2 Análise de Tabelas Familiares................................................................ 88
3.3 Depressão e Talentos.............................................................................. 102
CAPÍTULO IV – A HIPNOSE E A CONCEPÇÃO

DO SISTEMA GRISA.................................................................................. 109
4 Terminologia e Semântica...................................................................... 109
4.1 A Comparação e a Compreensão do Invisível....................................... 111
4.2 Subconsciente Comparado a Robô......................................................... 111
4.3 Fobia de Barata...................................................................................... 113
4.4 Considerações Finais............................................................................. 117
CAPÍTULO V – HIPNOSE E COMPREENSÃO - Reprodução e Análise

do CD nº 17.................................................................................................... 119
I Parte - Orientações Preliminares.............................................................. 119
5 CD HIPNOSE E COMPREENSÃO...................................................... 119
5.1 Orientações para o Exercício de Hipnose.............................................. 119
II Parte - Exercício de Hipnose – Indução Hipnótica................................ 131
III Parte - Processo de Indução Hipnótica.................................................. 134
IV Parte - Processo para lembrar as Causas.............................................. 138
5.2 Considerações Finais - O desmontar de fantasmas................................ 139
10
CAPÍTULO VI – TREINO DA ARGUMENTAÇÃO PARA A
REPROGRAMAÇÃO 1............................................................................... 141
6 Introdução................................................................................................ 141
6.1 Caso Aparecida Linhares....................................................................... 144
6.2 Caso Ana Barbosa.................................................................................. 156
CAPÍTULO VII – TREINO DA ARGUMENTAÇÃO PARA A

REPROGRAMAÇÃO 2.............................................................................. 177
7 Casos Ivo Calos e João Alberto............................................................. 177
7.1 Caso Ivo Carlos..................................................................................... 178
7.2 Caso João Alberto.................................................................................. 206
7.3 Conclusão do Capítulo........................................................................... 220
CAPÍTULO VIII – TREINO DA ARGUMENTAÇÃO PARA A

REPROGRAMAÇÃO 3............................................................................. 221
8 Casos Carla Caroline e Marlene Maria............................................... 221
8.1 Caso Carla Caroline............................................................................. 222

8.2 Caso Marlene Maria............................................................................. 237
8.3 Orientações Finais................................................................................ 247
CAPÍTULO IX – AUTO-HIPNOSE E SISTEMA GRISA..................... 251

9 Preâmbulo............................................................................................... 251
9.1 Auto-hipnose.......................................................................................... 251
9.2 Técnicas Complementares..................................................................... 258
9.3 Como Sair do Estado Hipnótico............................................................ 272
CAPÍTULO X – REGRESSÃO E VIDAS PASSADAS........................... 275

10 Reencarnação-Regressão e Vidas Passadas........................................ 275
11
10.1 Diferentes Pontos de Vista.................................................................... 277
10.2 Experiências Pessoais.......................................................................... 279
10.3 Análises do Sistema Grisa..................................................................... 281
10.4 Hipnose, Compreensão e Reprogramação........................................... 283
10.5 Caso Terapêutico: Barco sobre o Nilo.................................................. 288
CAPÍTULO XI – O SER HUMANO E SUA RELAÇÃO COM O TEMPO

E O CRIADOR............................................................................................. 301
11 Preâmbulo.............................................................................................. 301
11.1 O Tempo e a Mente Humana................................................................. 301
11.2 O Criador do Universo........................................................................ 310
CAPÍTULO XII – O SER HUMANO SOB NOVAS ÓTICAS............... 317

12 Novas Possibilidades de Análise Pessoal e Reprogramação............. 317
12.1 Recém-Nascido - Semente Humana..................................................... 317
12.2 Ser Humano e as Sensações Agradáveis de Prazer, Satisfação e
Felicidade...................................................................................................... 324
Considerações Finais................................................................................... 333

Referências Bibliográficas.......................................................................... 337
Livros, CD´s e DVD´s do Sistema Grisa.................................................... 342
12
Hipnose Humano-Pangrisiana 13
APRESENTAÇÃO
Para o Sistema Grisa, a hipnose nunca se constituiu num
fim em si mesmo, mas em recurso para otimizar o processo
terapêutico. Tanto é assim que todos os Parapsicólogos Clínicos
formados sob os auspícios do Instituto de Parapsicologia e
Potencial Psíquico – IPAPPI, em suas diferentes unidades
espalhadas pelo Brasil, usam a denominação profissional de
Parapsicólogos Clínicos, não de hipnólogos ou hipnoterapeutas,
ainda que a hipnose faça parte do corpo de seus conhecimentos
teórico-práticos e seja utilizada em muitas das terapias por eles
conduzidas.
Como recurso, a técnica de hipnose não é utilizada em
cada processo terapêutico e nunca como primeira atividade. É
utilizada somente a critério do Parapsicólogo Clínico, quando se
põe como indicação que pode abreviar o tempo em que o cliente
precisa permanecer em terapia ou como necessidade para
prospectar informações que, por outras vias, não se tornam
suficientemente evidentes para determinar com clareza a causa de
seus desconfortos e os padrões mentais subconscientes a serem
reprogramados. E é utilizada somente após o Parapsicólogo
Clínico ter à sua disposição informações suficientes para conduzir
a técnica de hipnose com o foco nos objetivos a serem alcançados
no processo terapêutico.
A hipnose pangrisiana, ou a hipnose ensinada e praticada
no contexto do Sistema Grisa, apresenta um diferencial em
relação às práticas preexistentes dessa técnica, embora se utilize
de elementos dessas técnicas. Trata-se de uma técnica abrangente,
cuja finalidade supera o ato de hipnotizar alguém; supera o
processo de regressão de memória; supera a prospecção de
memórias relacionadas a fatos traumáticos.
É isso tudo e vai além: induz os clientes em terapia ao
transe hipnótico, cuidando para que o mesmo alcance um nível de
14 Dr. Pedro A. Grisa
profundidade tal que os registros de memória subconsciente

possam aflorar livremente, ao mesmo tempo em que a função
consciente permanece ativa, para possibilitar a compreensão do
fato traumático sob outra ótica. Realiza regressão de memória,
inclusive à vida intrauterina. Prospecta memórias traumáticas e
conduz o cliente em terapia a compreender os fatos traumáticos
trazidos à tona sob uma ótica tal que a mesma não tenha mais
poder no presente, a menos que se lhe continue concedendo esse
poder. Dessa forma, reprograma o padrão mental subconsciente
causador de desconforto.
Este livro, colocado à disposição do público pelo criador
da hipnose pangrisiana, traz uma abordagem dessa modalidade de
hipnose, contextualizada no âmbito da história da constituição da
hipnose nas sociedades humanas. Apresenta as diferentes
modalidades e técnicas de hipnose praticadas, as diferentes
escolas que se tornaram relevantes na pesquisa e na divulgação
dessa técnica. Situa a hipnose no contexto do Sistema Grisa como
recurso terapêutico e detalha, passo a passo, o processo da hipnose
praticada pelo autor e pelos profissionais formados a partir da
escola e do sistema científico e terapêutico por ele criado.
Escrito em linguagem clara e simples, bem ao gosto do
autor, coerente com o estilo já consagrado em suas outras obras,
constitui-se em uma obra teórica e prática. Teórica, uma vez que
apresenta os fundamentos conceituais e os resultados de pesquisas
que norteiam a hipnose pangrisiana; prática, posto que descreve
detalhadamente os passos da técnica. Traz, ainda, relato de casos
de aplicação desta modalidade de hipnose pelo autor, que ilustram
claramente as dimensões teórica e prática que caracterizam o
contexto da obra.
Naturalmente, não é um manual que habilita, por si só, o
leitor para a prática da hipnose. Para os estudantes de
Parapsicologia, é uma ferramenta necessária no seu processo
formativo; para os terapeutas em atividade, uma oportunidade de
atualização e aprofundamento acerca de sua atividade; para os

leigos, uma possibilidade de conhecer e de desmistificar a
hipnose.
Como palavras finais, é importante lembrar um
pensamento do próprio autor, de que a hipnose, embora seja uma
técnica, só funciona realmente se utilizada como arte, num
contexto em que todos os seus fundamentos sejam de pleno
domínio de quem a utiliza.
Paulo Hentz
Professor e Parapsicólogo Clínico
PREFÁCIO
O ano é 2013, e tenho a honra de escrever algumas linhas
sobre o Autor desta obra.
Dr. Pedro Antonio Grisa sempre insistiu teimosamente em
que a nova Ciência, conhecida como Parapsicologia, não era
apenas um campo de pesquisa para provar ou estudar os
Fenômenos Paranormais, e sim, uma Ciência possível de ser
aplicada em benefício do Ser Humano. Uma vez que se constata
que os fenômenos paranormais são resultados do Poder de nossa
Mente Subconsciente (Inconsciente em outras escolas), conclui-se
que são um fenômeno humano, passível de ser canalizado de
forma construtiva e eficaz. Hoje, as neurociências reconhecem a
força e a grandiosidade da Mente, evidenciando a importância de
se compreender os “mecanismos inconscientes” que comandam
nossa vida, e provam que somos influenciados por eles todo o
tempo, colocando de lado teses que defendiam que o ser humano é
um ser totalmente livre.
Feita essa introdução, escrevo agora sobre o Autor, o qual
sempre me hipnotizou com suas ideias e sonhos otimistas de um
mundo melhor. Um homem que apesar de sua limitação visual,
consegue enxergar o interior humano como poucos.
Dr. Grisa nunca se deixou vencer por nada. Superou uma
gagueira de infância, foi para o seminário, apaixonou-se, passou
por várias profissões, tornou-se marido, pai e avô. Estudou e leu
muitas centenas de livros (enquanto os olhos permitiram) e hoje,
com a ajuda tecnológica, está escrevendo e publicando seu
primeiro livro com a contribuição de um computador e
sintetizador de voz, que reproduz em voz audível tudo o que está
escrito e que escreve tudo o que o doutor digita.
Seria necessário escrever uma “enciclopédia” para
descrever esse grande homem que, como todo ser humano, é
passível de erros, mas com um diferencial: o que Dr. Grisa fez e

escreveu é uma revolução nos paradigmas atuais. Suas
descobertas sobre a Mente, Personalidade e Paranormalidade
servem de inspiração para muitos estudos em todo o planeta. Com
certeza, sua maior contribuição não vem do tempo de escritor de
crônicas e poemas, tampouco dos tempos de teatro, e sim do
momento em que se adentrou nos estudos de Parapsicologia ainda
na década de 60, para tornar-se um dos maiores cientistas da
Mente Humana. Algumas de suas descobertas e criações didáticas
influenciam e irão influenciar muitas áreas do conhecimento.
A Psicologia e a Medicina, através de alguns profissionais,
curvam-se às descobertas da Mente atuando sobre a saúde e a
doença, assim como a constatação de que é o subconsciente da
mulher que define o sexo do futuro ser ainda no processo de
concepção. Grisa aplicou a nomenclatura “Pragmático” e
“Idealista” (assim como Jung definiu os termos Extrovertido e
Introvertido) para definir os dois tipos básicos de Personalidade e
provou que existe uma comunicação telepática especial entre o
primeiro filho e a mãe e a primeira filha e o pai, semelhante à
estrutura psicanalítica freudiana e o complexo de Édipo.
Grisa foi também o descobridor de que a ordem de
nascimento dos filhos e os desejos e expectativas da mãe durante a
gravidez influenciam diretamente a personalidade dos mesmos e
criou expressões como “Mulher esperada menino” e “Homem
esperado menina”, além de mostrar, como cada tipo de parto
influencia na construção de nossos comportamentos.
Essas contribuições e descobertas permitiram a Grisa
desenvolver um sistema de análise matemático das Árvores
Genealógicas, que ele prefere chamar de Tabelas Familiares,
permitindo conhecer a Personalidade de cada membro da família
com precisão matemática e obedecendo a leis e princípios naturais
e universais.
Concluindo, poderemos, através da leitura e estudo desses

novos ensinamentos sobre Hipnose, compreender melhor o
caminho que levou Grisa a mais esta obra sobre a Mente Humana.
A obra trata da importância do processo de compreensão, para
mudar e transformar programações negativas em programações
positivas e benéficas. Na minha experiência profissional, costumo
chamar esse processo de Hipnoalquimia, por sua relação com a
incansável jornada alquímica para transformar “chumbo” em
“ouro”.
Neste momento em que este livro está prestes a ser
publicado, com um título que fala de Hipnose e estados alterados
de consciência, estamos vivendo um período em que é fácil
perceber os transes coletivos e pessoais. Nunca as pessoas ficaram
tão hipnotizadas como neste período da história. Estamos
hipnotizados pelo excesso de estímulos, pelas drogas, televisão,
internet, redes sociais, games, música eletrônica, imagens que
exploram a sexualidade de forma vulgar, “igrejas”, “pastores”,
enfim, por uma série de coisas que prendem e sequestram nossa
atenção de forma covarde. Nosso mundo emocional está
bagunçado e, cada vez mais, somos vítimas de exageros e
desequilíbrios. Os maus usos que fazemos das coisas, que
poderiam ser benéficas e saudáveis, fazem com que elas sejam
maléficas e insalubres. Tudo porque nunca foi tão fácil hipnotizar
as pessoas.
São Grandes ideias, teorias e descobertas que, sem dúvida,
estão mudando a forma de entender e compreender o Ser Humano,
e que colocam Grisa na justa condição de ser reconhecido como o
“Pai” da Parapsicologia Clínica. Como todo grande homem, Grisa
e seus trabalhos serão apreciados com muito mais valor com o
passar do tempo, mas sabemos que grandes pensadores
permanecem eternos!
Sendo assim, essas contribuições inovadoras têm, como
principal objetivo, conduzir o Ser Humano pelo caminho da
individuação (autoconhecimento), da evolução e da maturidade

emocional.
Termino estas linhas em um profundo agradecimento ao
Autor:
- OBRIGADO, PAI!
César A. Grisa
Filho e discípulo.
ANÚNCIO DA OBRA
AQUI, AGORA E SEMPRE!
Hipnose Humano-Pangrisiana & a

Reprogramação Mental pela Compreensão
Preâmbulo
Inicialmente, convém informar que a presente obra é mais
um resultado do meu gigantesco laboratório humano, denominado
Instituto de Parapsicologia e Potencial Psíquico-IPAPPI.
O IPAPPI foi criado em 1984, a fim de suprir as
necessidades de Pesquisa, Ensino e Terapia.
A denominação HIPNOSE HUMANO-PANGRISIANA &
A REPROGRAMAÇÃO MENTAL PELA COMPREENSÃO foi
adotada por mim, tendo em mente alguns objetivos:
 Estabelecer um nome próprio, distinto dos títulos das
demais obras que se ocupam da mesma temática;
 Informar o conteúdo próprio deste livro.
Hipnose - considero esse termo, observadas as alterações
semânticas e evolução histórica da temática abrangida, mais
adequado para definir o conteúdo essencial da presente obra.
Humano - é termo escolhido, a fim de especificar de que
Hipnose iremos tratar neste livro: Hipnose relacionada aos seres
humanos. É excluída, a Hipnose relacionada aos demais seres
vivos do Planeta.
Pangrisiana - é neologismo criado por mim,
fundamentado em meu próprio nome: Pedro ANtonio Grisa. O
prefixo PAN, constituído pelas letras "P" de Pedro e "AN" de
Antônio, antecedendo o sobrenome Grisa, também se refere ao
prefixo presente em termos como PANteísmo, PANaceia,
PANtheon.
“PAN” é prefixo grego que significa todos, totalidade,
inteiridade, segundo o dicionário Houaiss.
O prefixo PAN utilizado por mim na expressão “Hipnose

Humana PANgrisiana”, inclui o significado explicitado pelo
dicionário Houaiss e visa enfatizar que este livro foi elaborado,
especificamente, sob a ótica de minhas pesquisas e experiências
cientificas, sempre tendo em mira buscar a qualidade de vida de
todas as pessoas, particularmente os meus sócios em terapia.
& - é utilizado indicando a estreita e funcional relação

existente entre Hipnose e a Reprogramação Mental pela
Compreensão.
Reprogramação Mental - refere-se à profunda mudança
que se processa na Mente da pessoa, no momento em que
desaparece a percepção fantásmica do Subconsciente para
prevalecer a Percepção Natural e Livre da Realidade Objetiva pelo
Consciente.
Desaparece o Fantasma perturbador, para que se constate a
verdade tranquilizadora e específica, referente ao elemento
percebido.
A Reprogramação pela Compreensão, considero-a uma
mudança de percepção muito mais clara e profunda do que apenas
o resignificar da percepção de um fato.
Nos capítulos VI, VII e VIII, serão apresentados inúmeros
e diversificados argumentos, para conduzir o hipnotizado a viver
esse processo de Reprogramação Mental, no desmontar dos
fantasmas, para que seja iluminada a verdade que eles ofuscavam
ou ocultavam, em relação ao fato ou situação em foco.
O fato de que "cada caso é um caso", exige essa
diversidade de exemplos, para habilitar o Parapsicólogo Clínico a
conduzir o Sócio em Qualidade de Vida no processo de
Reprogramação Mental, estimulando e orientando para que a
criatividade seja exercitada, tanto para apresentar, ao sócio,
análises surpreendentes e evidentes, quanto para facilitar-lhe a
percepção da verdade que as emoções negativas e os sofrimentos
ocultam.
Ó.1 - Manifestação da Plenitude Humana 1

A Hipnose Humano-Pangrisiana é um dos Recursos
utilizados pelo Sistema Grisa para despertar o Novo Homem, o
Novo Ser Humano, anunciado por grandes doutrinas místicas e
religiosas.
Ó.2 Superando Limitações Humanas

A Hipnose Humano-Pangrisiana também visa superar
diferentes limitações em relação ao Conhecimento do Ser
Humano
Ó.2.1 - Engano Milenar e Planetário

A Hipnose Humano-Pangrisiana constitui-se num dos
recursos significativos no processo de Superar o Engano Milenar e
Planetário, que apresenta o homossapiens como ser
completamente livre e dotado de Livre Arbítrio. Os seres humanos
seriam dotados de capacidade total de escolha. Mais ainda: a
pessoa, que escolhesse de forma errada, seria responsável e
culpada por suas decisões inadequadas... Discordamos dessas
colocações e provaremos neste livro.
Ó.2.2 - Os Sete Fantasmas Milenares e Planetários
A Hipnose Humano Pangrisiana é também recurso
indispensável, no processo de libertação dos seres humanos dos
Sete Fantasmas Milenares e Planetários – empecilhos gigantescos
à manifestação da liberdade e da plenitude humana.
1
"Ó" - busca representar também o caminho de resposta à pergunta Universal:
De onde viemos e para onde vamos?
Viemos do TODO;
Somos o SEMPRE;
Estamos no TUDO.
Fantasma é tudo aquilo que parece ser real e verdadeiro,

porém não existe. São eles:
1º - O Medroso, que se apavora diante do Desconhecido, e que

semeia confusões mil...!
2º - O Culpado, o qual é vítima de horríveis sofrimentos, como:
autopunição e autodestruição, processos masoquistas, o azar,
inúmeras doenças e outros sofrimentos.
3º - O Bobo, que sofre de sentimentos de inferioridade, julgando-
se sempre inferior e menos capaz que outras pessoas; sempre com
baixa autoestima e pouca autovalorização.
4º - O Inimigo, que desperta desconfianças e inúmeros perigos
imaginários, promovendo lutas, batalhas e guerras.
5º - O Maluco, que desperta preocupações e confusões, mas que
sempre goza de uma aura de ingenuidade e inocência, ou ameaça
os outros com violência, podendo atingir a violência
esquizofrênica.
6º - O Doente, que faz as pessoas viverem a perene tortura,
diante da constante ameaça de morte.
7º - A Morte, terreno fértil no qual se ergue a floresta de pontos
de interrogação, despertando amargor e angústia, nos corações dos
seres humanos.
Ó.2.3 - Três Baús de Talentos

A Hipnose Humano-Pangrisiana também pode contribuir
sobremaneira para facilitar às pessoas tomarem consciência dos
Tesouros de Talentos, presentes nos baús do Depressivo, do
Paranormal e do Superdotado, e nos quais se ocultam as três
Gemas mais Preciosas, conhecidas pela Espécie Humana:
a gema do Amor, no baú do Depressivo;
a gema da Fé, no baú do Paranormal;
e a gema da Felicidade, no baú do Superdotado.
Ó.3 - Parceiros Meus

Seria longo, e enfadonho para o leitor, relacionar aqui
dezenas de pessoas que prestaram sua colaboração para a criação
e organização do Sistema Grisa e a própria elaboração deste livro.
Apresento apenas alguns, que tiveram a coragem de se manifestar
publicamente, em relação às considerações ora expostas.
Ó.3.1 - Laboratório de Pesquisa do Sistema Grisa

Afirma um dos pensadores do Sistema Grisa, o filósofo,
teólogo e especialista em Psicologia Transpessoal, Professor
Henrique Dalló Pagnoncelli:
"O Laboratório de Pesquisa da Parapsicologia
Independente do Sistema Grisa é a própria pessoa do Terapeuta e
dos seus sócios em Orientação Parapsicológica, tanto em seu
gabinete de Terapia, quanto em seus cursos de Orientação
Parapsicológica Social e Institucional, sempre tendo na Hipnose e
no Processo de Regressão de Memória, um de seus instrumentos
mais precisos."
Ó.3.2 - Do Candomblé ao Poder da Mente

Cabe também enfatizar que - para a evolução de meus
conhecimentos e para a confirmação de diferentes conclusões, já
alcançadas por mim - o astrólogo e especialista em Ritos Afros,
Dr. Jaime Lopes Dalmau, contribuiu generosamente.
Destaque-se sua contribuição por suas aulas
demonstrativas e depoimentos sobre Candomblé e Pai de Santo.
Dalmau afirma: "Entreguei-me, de corpo e alma, a todas as
exigências do Candomblé, para a minha formação como Pai de
Santo."
E Dalmau declara ainda: "Pude constatar que tudo o que se
passa nos terreiros de Candomblé é muito valorizado pelos Pais e
Mães de Santo. São pessoas que vivem intensamente suas
convicções e crenças.”
"Contudo, observei também que, em última análise, que os

resultados, obtidos pelo Candomblé, são manifestações do Poder
da Mente Humana."
Ó.3.3 - Integrantes do Sistema Grisa

Outro grande pensador do Sistema Grisa, o médico
Otorrinolaringologista, Ary Guilherme Ferreira, especialista e
professor de Neurobiologia, em suas aulas e conferências, tem por
hábito afirmar:
"Nós, do Sistema Grisa, não pretendemos mudar o mundo;
nós já o estamos mudando."
Também enfatiza, referindo-se à Física Quântica:
"Houve um tempo em que só existiam partículas
subatômicas; súbito ocorre um salto quântico e surgem os
átomos...
"Ocorrem, no decurso dos tempos, sucessivos saltos
quânticos e surgem as moléculas, as células: as plantas, os peixes,
os répteis, as aves, os mamíferos, os hominídios, "o
homoerectus”... Finalmente ocorre a reflexão, no evoluir do
cérebro, e surge o Homossapiens, que-não-deu-certo. Para se
saber que não deu certo, basta olhar o que ocorre atualmente em
nosso Planeta."
"Todavia, agora estão sendo desenvolvidas condições para
a ocorrência de um novo salto quântico, para o surgimento do
Homogrisianensis, o Novo Ser Humano!"
- Lunático! - já exclamou alguém.
Observe - alerto eu - as páginas da História Humana:
"Somente os Lunáticos conhecem a Lua que ilumina os caminhos
do Porvir!”
No Processo de Evolução das Espécies, ocorre um novo
Salto Quântico toda vez que se transforma profundamente as
relações entre os indivíduos da mesma espécie e desses com seu
meio ambiente.
E conclui o Dr. Ary: "Todos nós que convivemos,

orientados e integrados pelos princípios do Sistema Grisa,
podemos perceber, nas reações e atitudes de cada um, essa
transformação que tem, no sorriso e na alegria, a marca registrada
de uma nova convivência, que promove a responsabilidade, a
dedicação e a competência."
Ó.3.4 - Do Homossapiens ao Novo Homem

Essa transformação do homossapiens para o Novo
Homem tem, na Hipnose Pangrisiana e no Processo de
Compreensão, recurso dos mais eficientes e importantes na
consecução desse resultado.
Ó.4 - IPAPPI - Instituição de Pesquisa, Ensino e

Terapia
O Instituto de Parapsicologia e Potencial Psíquico -
IPAPPI Sistema Grisa, como Instituição de Pesquisa, Ensino e
Terapia, vem ampliando mais e mais seu raio de ação e
comprometimento. Faz-se presente em cinco unidades da
federação: IPAPPI/SC, IPAPPI/RJ, IPAPPI/ES, IPAPPI/MG e
IPAPPI/PR, este último agora desdobra-se em duas unidades:
Curitiba e Londrina.
Ó.4.1 - Caminho para o Autoconhecimento

O Sistema Grisa é reconhecido e valorizado como
maravilhoso instrumental de auto e eteroconhecimento por três
razões principais:
1. Pela confirmação das duas funções mentais básicas,
Consciente e Subconsciente, que constituem o portal que se abre
para inúmeros caminhos que conduzem ao entendimento
funcional e prático da vida humana em geral e das próprias
pessoas, em suas características individuais.
2. Pela constatação da relação existente entre os

fenômenos paranormais, o Poder da Fé, o Poder da Mente
Humana e O POTENCIAL Paranormal, manifestação do Poder
Criador de Deus, presente no Subconsciente das pessoas.
3. E, principalmente, pela identificação da relação
existente entre a Fenomenologia Paranormal, a Sobrevivência e a
Estrutura das Personalidades.
O curso de Formação do Parapsicólogo do Sistema Grisa é
excelente processo de qualificação das relações humanas, essência
na formação de Recursos Humanos.
Esse reconhecimento é manifestado por pessoas de
diferentes áreas de conhecimento e por profissionais de
diversificadas especialidades.
O curso de Formação do Parapsicólogo do Sistema Grisa é
excelente processo de qualificação das relações humanas, essência
na formação de Recursos Humanos.
Esse reconhecimento é manifestado por pessoas de
diferentes áreas de conhecimento e por profissionais de
diversificadas especialidades.
Ó.4.2 - Especialista em Orientação Parapsicológica

Em 1995, o IPAPPI implanta o Curso de Aperfeiçoamento
em Orientação Parapsicológica-CAOP, estruturado em três anos,
com uma carga horária dividida em 540-quinhentas e quarenta
horas de aulas presenciais e mais 450-quatrocentas e cinquenta
horas de atividades extraclasse, entre elas, análises bibliográficas,
pesquisas de campo, Estágios Didático e Terapêutico-Clínico,
totalizando 990-novecentas e noventa horas. Após dez anos de
existência, o curso coroa suas atividades didático-pedagógicas,
com a aprovação de seu projeto de Pós-graduação, latu sensu,
como Curso de Especialização em Orientação Parapsicológica
Social e Institucional-CEOP, junto à Universidade do Vale do

Itajaí – UNIVALI.
Desde então, o IPAPPI vem celebrando convênios com
diferentes instituições de Ensino Superior - Universidades e
Centros Universitários. Isto é prova do reconhecimento da
importância das atividades de formação do Parapsicólogo,
Terapeuta do Sistema Grisa.
Ó.4.3 - Gratidão e Convite

Agradeço-lhe, caro leitor, por ter iniciado a leitura de mais
uma obra de meus sonhos, sempre dedicado na busca de dar
minha contribuição para tornar a Espécie Humana mais feliz e
para construir um mundo melhor!
Ao ler e estudar a presente obra, tenho certeza, você
realizará uma grande aventura, em seu processo de
autoconhecimento, desenvolvimento pessoal e qualificação
profissional.
Venha refletir comigo, para evoluirmos juntos!
O Autor
CAPÍTULO I
HIPNOSE HUMANOPANGRISIANA
HISTÓRICO
Preâmbulo
Ao cursar Psicologia, ainda na década de 1960, meus
professores insistiam para que eu fizesse Psicologia Clínica;
contudo, minha posição era simples, clara e direta.
“Meu principal objetivo ao cursar Psicologia
estava bem definido: adquirir conhecimentos para
elaborar romances de cunho psicológico que
pretendia escrever, para contribuir na melhora da
vida das pessoas em sua relação com o mundo, com
os demais seres humanos e consigo mesmas.
Desejava superar os romances psicológicos de
Machado de Assis. Jamais pretenderia superar o
mestre, no campo das letras, no que ele é imbatível.
Pois, os romances de Machado, classificados
como romances psicológicos, apresentam almas
humanas tristes e sofridas que deprimem e são
omissos em motivação e exemplos que elevem o
espírito e despertem desejos de vitória e conquista de
melhor qualidade de vida; para vencer e ser feliz.”
Meu ideal era publicar romances que as pessoas não

letradas pudessem ler e buscar um maior autoconhecimento e
ampliar sua integração no mundo sociopolítico e econômico-
cultural. Para tanto, pretendia dar a minha contribuição com meus
poemas e particularmente por meus romances.
Vamos em frente. É tempo de evoluir, vencer e ser melhor
e mais feliz!
Informado de que uma psicoterapia poderia estender-se ao
longo de um, dois e até cinco ou dez anos, retrucava: "Jamais
suportaria a lentidão desse processo, no ritmo tartaruga com uma
ou duas sessões semanais. Sou da Era Tecnológica e não da Era

Medieval. Quero andar, no mínimo, na velocidade do Fusca; e, se
possível, no impulso do avião a jato, rompendo horizontes!”
Assim foi que concluí pela Licenciatura em Psicologia,
considerando-a suficiente para meu ideal.
1 - A Descoberta da Hipnose
Na busca de encontrar um processo mais ágil e mais
simples para ajudar as pessoas a superarem suas dificuldades,
acabo me encontrando com a hipnose.
1.1 - Hipnose de Palco

Em 1972, sou professor de Psicologia e Literatura
Brasileira no Colégio Ivo Silveira, em Herval d’Oeste-SC, Curso
Normal, quando a Direção permite que o Professor Fauze Kfouri
ministre uma palestra gratuita para os normalistas, sobre hipnose,
visando divulgar o curso que estaria ministrando no Clube 10 de
Maio, em Joaçaba/SC, na semana seguinte.
Assisto à palestra e participo do curso. E a hipnose começa
a fazer parte de minha vida. As demonstrações do poder da
hipnose, apresentadas por Kfouri, tanto no Colégio, quanto no
clube, instigaram minha curiosidade.
Dos ensinamentos e demonstrações de Kfouri três assuntos
se destacaram para mim:
1º - O pensamento, repetido inúmeras vezes: "Valorizem-
se, seres humanos!" O parapsicólogo enfatiza o Poder da Mente e
as potencialidades humanas em geral.
2º - As experiências de regressão de memória à vida
intrauterina realizadas com pessoas durante as demonstrações de
hipnose levantam diferentes questões para mim.
3º - A facilidade em buscar a causa de determinados
traumas, bloqueios, fobias das pessoas submetidas à técnica de
hipnose.
Como afirmo frequentemente: "Se me dão meia pista,
levanto voo." Após as experiências de Fauze Kfouri,
fundamentado nos conhecimentos que já possuía sobre o Ser

Humano, de natureza psicológica, sociológica e filosófica, fui à
busca de livros de Hipnose.
Qual não foi minha surpresa, ao constatar que eram
extremamente repetitivos, variando apenas, de um autor para
outro, as técnicas de indução hipnótica e os casos relatados como
ilustração.
A essência das informações sobre hipnose, sua
conceituação, processo de indução hipnótica e estado hipnótico,
Kfouri havia ensinado e ilustrado, suficientemente, em seu curso.
Passo então a realizar minhas experiências com alunos que
tinham bloqueios na aprendizagem, obtendo resultados
animadores. A década de 70 foi marcada por uma contínua busca
de novos conhecimentos na área da hipnose, especialmente em
livros e em experiências oportunizadas.
1.2 - Hipnose e Repetição

Uma das leis básicas, no processo de Programação do
Subconsciente, preconizadas pelo Sistema Grisa, é a Lei da
Repetição.
O Subconsciente é programado pela repetição de
movimentos, desenvolvendo hábitos e habilidades; e, pela
repetição de palavras, pensamentos, imagens e cenas ou
metáforas, estabelecendo crenças prejudiciais ou benéficas, no
Subconsciente das pessoas.
1.2.1- Repetição e Indução Hipnótica

Praticamente em todas as técnicas de indução hipnótica,
faz-se presente a Lei da Repetição:
- repetição contínua de sons monótonos e rítmicos;
- repetição dos movimentos de pêndulos, do tremular da
chama de vela e do vibrar de todo objeto luminoso, refletindo o
ritmo da vibração da luz.
Entretanto, fundamentado na mesma Lei, um dos recursos

mais utilizados, no processo de indução hipnótica, é a repetição de
palavras, organizadas em sequências lógicas ou naturais, como:
● sequência de cores, da mais quente a mais fria (do
vermelho ao azul);
● a sequência natural das partes de uma planta: sementes,
frutos, flores, folhas, ramos, caule, raízes...
● a sequência lógica das partes de uma casa ou prédio, da
mais alta à mais baixa: telhado, vigas, paredes, janelas, portas,
assoalho, alicerces, terreno...
● diferentes sequências numéricas, ascendentes ou
descendentes, servindo-se exclusivamente de números ímpares ou
pares, múltiplos de três...
Contudo a sequência numérica mais utilizada, por ser a
mais lógica e corresponder a inúmeras programações culturais, é
a contagem numérica descendente, a partir de um número mais
ou menos elevado: 3-três, 5-cinco, 10-dez ou mais alto...
Habitualmente, entre a maioria dos autores, aparece a
sequência de 10-dez a 0-zero.
1.2.2 – A Lei da Repetição apenas programa

Convém lembrar que, pela Lei da Repetição, se programa,
porém não se reprograma o Subconsciente!
Exemplo: pessoa que possui o hábito de andar de bicicleta,
adquire automóvel e durante muito tempo apenas dirige seu carro;
porém, nem por isso, perde a habilidade de ciclista.
É pelo mesmo motivo que as pessoas que têm o hábito do
tabagismo ou são vítimas de alcoolismo ou sofrem compulsões de
obesidade, tendem facilmente a retornar aos velhos hábitos; ainda
que desenvolvam ingentes esforços para conquistar hábitos
saudáveis, tais como: atividades desportivas e artísticas...
Pelo mesmo motivo, as pessoas que cultivam Pensamento
Positivo, se por ventura deixarem de praticar esse novo hábito,
tendem a retornar ao velho costume de repetir palavras,
expressões, pensamentos e atitudes negativistas, especialmente se
tiverem sido muito pessimistas e, consequentemente, sua vida

repete os resultados anteriores, quando não se agravam.
Da mesma forma pode-se afirmar que é legítima a
constatação: "Pensamento Positivo ajuda muito; entretanto, não
resolve coisa alguma, de forma definitiva."
Observe que, enquanto você "com o auxílio do
Pensamento ou Imaginação Positivos focaliza sua atenção em
elementos, cenas ou realidades positivas, você marginaliza as
programações negativas e, simultaneamente, aciona programações
benéficas e construtivas, já registradas em seu Subconsciente.
Marginaliza as programações negativistas, não as
reprograma."
No momento em que deixar de focalizar mentalmente o
positivo, os inúmeros estímulos negativistas que rotineiramente
cercam você - rapidamente - reativam as Programações
Negativistas e marginalizam as Programações Positivas e poderá
sofrer frustrações inesperadas.
Não alimente, pois, falsas ilusões. Por mais intensas que
sejam as sugestões programadas em seu Subconsciente, imagens,
ideias, pensamentos ou sentimentos, durante um exercício de
hipnose ou auto-hipnose, não reprograma seu Subconsciente, e
seu efeito benéfico será sempre relativo, podendo vir a ser
decepcionante, para os apressados crentes de resultados mágicos.
1.2.3 – Polêmica: o valor das Sugestões Pós-Hipnóticas

Uma das maiores polêmicas, senão a maior de todas, em
relação à eficácia da Hipnoterapia, sempre foi, e é conhecida por
todos os estudiosos da Hipnose: Qual é a efetiva eficácia das
Sugestões Pós-Hipnóticas?
Uma das grandes constatações do Sistema Grisa é
precisamente esta: "As sugestões Pós-Hipnóticas - quando
aplicadas com os devidos cuidados - podem contribuir para a
programação benéfica e construtiva do Subconsciente. Todavia,
não resolvem coisa alguma de forma efetiva e definitiva no que
tange a Reprogramação."
Pois, como já foi dito, essas práticas não reprogramam o

Subconsciente, não eliminam as programações negativistas,
prejudiciais e perturbadoras.
As Programações Positivas, registradas no Subconsciente
por Formulações Criativas Construtivas ou por Sugestões Pós-
Hipnóticas, justapõem-se ou tornam-se registros paralelos às
antigas programações, sem alterá-las em sua essência.
Portanto, sem Compreensão Ampla e Específica, não há
Reprogramação efetiva e definitiva do Subconsciente!
1.2.4 - E a Terapia da Fé?

Sem ousar muito, poder-se-ia concluir que o mesmo se
pode afirmar em relação às práticas religiosas de preces, orações,
salmos, novenas e, inclusive, em relação a práticas de meditação e
outras.
Exemplo: quando, no Cristianismo foram substituídos os
cristãos convertidos e convictos (os reprogramados) por cristãos
praticantes (os tão somente programados); foi substituído o
Cristianismo da Igreja Primitiva e Santa, pela Igreja Romano-
paganizada, cujos membros praticantes passam a ser facilmente
induzidos e seduzidos por interesses materiais, políticos e
econômicos... E a essência da Mensagem Transformadora de
Jesus de Nazaré passa a ser minimizada e mesmo marginalizada!
1.3 - Questões Fundamentais

Para meu espírito analítico, inquiridor, sempre em busca
das mais lógicas explicações naturais, algumas questões
chegavam a indignar-me. Por exemplo:
1ª. - Em nenhum autor encontrava uma definição de
hipnose, afirmando claramente:
Hipnose é isso. Todos os autores se detinham em genéricas
e longas explicações ou apresentavam vagos conceitos como:
"Hipnose assemelha-se a um estado sonambúlico, em que
o indivíduo reage a determinados comandos dados pelo
hipnotizador."
"Hipnose é sono que não é sono, pois a pessoa reage como

se estivesse desperta."
Nenhum autor apresentava a chave da questão: definição
clara do que é Hipnose. Os autores pareciam temer posteriores
questionamentos ou cometerem graves disparates científicos.
2ª. - O que não faltava nos livros de hipnose eram Técnicas
de Indução Hipnótica, fundamentadas especialmente nos sentidos
da visão e da audição: Objetos brilhantes ou em movimento e os
mais diversificados sons repetitivos.
Observando uma realidade bem brasileira - que parece
estar retornando - exclamava eu:
"Tudo o que é inflacionado, perde valor!"
E, refletia: "E por que tantas técnicas? É porque nenhuma
delas é efetivamente eficiente? Ou, em sua essência, todas são
iguais? Diferindo apenas nas aparências?"
3ª. - Os autores também se detinham muito na descrição do
que entendiam por “estados hipnóticos”; e, apresentavam
inúmeros casos para ilustrar a infinita gama de possibilidades.
Mais uma vez, a quantidade de informações parecia
sufocar a qualidade dos conhecimentos.
4ª. - Também se falava muito dos cuidados que o
hipnotizador precisa ter na prática da Hipnose. Cobrem-se, aqui,
os poucos ensinamentos objetivos com a capa do mistério, da
responsabilidade profissional. Em muitos textos, ficam evidentes
duas questões:
- Se, de um lado, é inconteste a importância da
responsabilidade profissional, os cuidados e o respeito que é
preciso ter com relação aos seres humanos submetidos a um
processo hipnótico;
- De outro lado, a disputa pelo poder corporativista
também fica evidenciada: "Hipnose só pode ser praticada, pois,
por essa ou aquela categoria profissional...”
5ª. - Porém, uma questão me deixava indignado: era
quando os autores falavam de Hipnose Leve, Média ou Profunda.
E outros, mais detalhistas e entusiasmados, falam em sete ou doze

graus de Hipnose.
Para não rasgar o livro, freado pelas programações da
Civilização da Carência, ria sozinho, satirizando: "Quer receber
diploma de ignorante, seu sabido?" Era como se o autor estivesse
diante de mim. E, apontando o dedo em riste, perguntava-lhe: "Se
você não sabe o que é uma garrafa, como é que você pode me
dizer se ela está cheia, pela metade ou vazia? Se você não sabe o
que é Hipnose, como é que pode falar em Hipnose leve, média ou
profunda?"
Essa pergunta permanece válida.
1.4 - Hipnose e Imaginação

A Imaginação vem diretamente associada à Hipnose, sob
diferentes formas e manifestações.
A Lei da Imaginação também é uma das leis mentais
basilares, preconizadas pelo Sistema Grisa.
1.4.1 - Excepcional Constatação
Talvez a mais importante e mais extraordinária constatação
do Sistema Grisa, em relação à Imaginação seja:
"O Subconsciente não distingue a realidade objetiva e
prática da realidade subjetiva e imaginária."
Dito de outra forma: "O Subconsciente não distingue o
real do imaginário e do onírico."
Ou seja, "Para o Subconsciente, não existe diferença entre
a realidade objetiva, percebida pelos sentidos, e a realidade
subjetiva, criada pela Imaginação ou pelo Sonho, nas diferentes
manifestações oníricas das pessoas."
Ainda na década de 1980, com base em resultados práticos
de terapia parapsicológica do Sistema Grisa e em pesquisas do
IPAPPI, ao constatar e confirmar essa descoberta, fiquei
deslumbrado, quase extasiado. E um brado ecoou pelos arcanos
interiores de meu ser:
“Essa nova constatação desencadeará uma autêntica
revolução; mais do que isso: uma transformação em relação a
inúmeros princípios doutrinários e verdades consideradas

definitivas, sob a ótica científica!”
É o “abrir das fronteiras de um Novo Tempo!” E o vibrar
dos ecos, pelos infinitos do Além Espaço e Tempo, de minha
mente, fez-se Luz e Paz, Harmonia e Felicidade.
1.4.2 - E a Neurologia Confirma.

Estupenda foi a constatação, realizada pela Neurologia,
confirmando o supraproclamado.
A importância da Lei da Imaginação foi constatada pela
Neurologia, na década de 1990, quando comprova que, "para o
cérebro humano, não há diferença entre um objeto percebido pelos
sentidos, da imagem do mesmo objeto, subjetivamente criada pela
imaginação".
A Revista Superinteressante, de maio de 1998, trás
excelente reportagem sobre hipnose, na qual vem descrita
experiência realizada por cientistas americanos, pela qual se
demonstra que, para uma pessoa em estado hipnótico ou em
profunda concentração, uma imagem, percebida pela visão,
desencadeia reações cerebrais, percebidas mediante sinais
coloridos; a imagem do mesmo objeto, reproduzida pela
imaginação, imaginado da mesma forma, produz reações idênticas
às da visão.
E surge um resultado, totalmente inesperado: "a mesma
área do cérebro que percebe o objeto visualizado, é a mesma que é
ativada pela imagem criada pela Imaginação!"
1.4.3 - Folclore e Imaginação

O que a Neurologia acaba de comprovar não é nenhuma
novidade para os estudiosos de crendices populares e estórias
folclóricas de diferentes culturas; e muito menos para nós,
pesquisadores e analistas de fenômenos paranormais.
Quantas pessoas juram que viram o Saci-Pererê ou o
Lobisomem, sentindo, inclusive, o cheiro deste último.
Os estudos parapsicológicos também conhecem inúmeras

visões fantásticas e extraordinárias manifestações, as quais são
meras criações de paranormais, pessoas de grande poder
imaginativo, intensificado pela Sugestionabilidade e pelo poder
das crenças da própria pessoa.
1.4.4 - Vontade e Imaginação

Diversos autores, palestrantes e estudiosos do Poder da
Mente, de Programação Neurolinguística, de Controle Mental e
Emocional, insistem e enfatizam que:
“A Imaginação é mais poderosa que a Vontade”.
“Entre a Vontade e a Imaginação, a Imaginação sempre
prevalece, no comando das reações emocionais e
comportamentais da mesma pessoa”.
1.4.5 - As Pessoas não são Livres

Essa constatação comprova que "o Ser Humano, segundo
afirma o Sistema Grisa, não é livre", ou seja, as reações
automáticas do Subconsciente - dentre as quais situam-se as da
imaginação - prevalecem sobre a vontade e a liberdade, tão
relativas na vida das pessoas.
Dessas constatações também se deduz a fantástica
importância da Imaginação em relação a todas as atividades
mentais relacionadas com os Processos de Hipnose e Auto-
hipnose.
E pode-se afirmar, com toda coerência lógico-científica,
que as crenças fundamentam-se essencialmente na Imaginação,
desencadeando os mais diversificados processos de hipnose
individual, coletiva ou social.
Pode-se apresentar como exemplos de Hipnose Coletiva, o
Poder da Moda, costumes e hábitos coletivos aos fanatismos,
políticos e desportivos...
1.4.6 – Hipnose: Imaginação e Telepatia

Como Parapsicólogo - Especialista em Orientação
Parapsicológica do Sistema Grisa - não poderia furtar-me de
ressaltar a relação poderosa existente entre Hipnose, Imaginação e
Telepatia, observando os perigos e os benefícios que podem advir
dessa inter-relação.
Exemplo: Buscando avaliar, ao final de um exercício de
Hipnose, se meu sócio em terapia havia se libertado de
determinada fobia, sugeria que imaginasse uma cena em que o
elemento que causava medo se fizesse presente.
A pessoa tivera fobia de cachorro. No momento do teste de
imaginação, sugeria que ela visse um cachorro andando por uma
rua...
Qual não foi minha surpresa ao constatar que a pessoa
descrevia a cena, cachorro e dono, com todos os detalhes que eu
mesmo imaginava.
Portanto, é de suma importância ter o cuidado, para não
induzir o hipnotizado a imaginar o que o próprio hipnotizador
imagina ou acredita.
No ter o cuidado para evitar influenciar o hipnotizado,
inclusive por suas convicções pessoais e emocionalmente
significativas - no momento da hipnose e regressão de memória -
é que se revela o verdadeiro e excelente Parapsicólogo do Sistema
Grisa, ou de outro profissional que faça uso da hipnose no
processo terapêutico.
Cuidado, muito cuidado! Pois, fantasias imaginário-
telepáticas têm-se manifestado ineficientes em sua pretensão
terapêutica.
Também, mais uma vez, convém lembrar: A Imaginação
pode programar o Subconsciente; no entanto, por ela mesma, não
o reprograma.
Por isso, convém insistir que as sugestões Pós-Hipnóticas,
por mais valiosas e interessantes que possam ser, têm valor muito
relativo, pois elas não reprogramam o Subconsciente.
Somente a compreensão - ao focalizar o fato

perturbador específico, inserido em seus 4-Quatro Níveis e em
uma de suas diferentes Dimensões essenciais - reprograma o
Subconsciente.
A essência da presente obra está em demonstrar a
paradoxal complexidade e simplicidade do Processo de
Reprogramação Mental do Subconsciente.
1.5 - Novas Experiências de Hipnose

Em 1982, associando-me ao parapsicólogo catarinense
Edgar Schitz, iniciamos uma turnê, ministrando cursos pelo Rio
Grande do Sul e outros Estados do Território Nacional.
Ele fazia demonstrações de palco, eu ministrava cursos de
Treinamento e Controle Mental e fazia orientações
parapsicológicas, utilizando a Hipnose para eliminar bloqueios,
traumas e fobias.
Lá no palco, a fim de demonstrar que a pessoa estava
hipnotizada, Edgar costumava introduzir uma agulha, na mão da
pessoa hipnotizada, no músculo situado entre o indicador e o
polegar, sem ter a mínima preocupação em desinfetá-la.
Imitando o grande hipnotizador de palco, quando realizava
uma experiência de hipnose, em atendimento individual, a fim de
determinar o famoso grau de hipnose, aprendi a beliscar a pele da
mão ou do braço da pessoa hipnotizada, visando verificar a
intensidade do transe.
Normalmente gastava um tempo significativo para obter
um resultado razoável. Por vezes, sentia-me frustrado, chegando
às raias do desânimo.
Todavia, não me sentia no direito de frustrar as pessoas
que vinham procurar minha ajuda, e cuja expectativa havia sido
elevada com as demonstrações de Edgar.
Mesmo quando as pessoas pareciam não estar
hipnotizadas, estimulava-as a entrarem no processo de regressão
de memória, buscando recordar fatos relacionados com seu
objetivo.
E qual não era a minha surpresa, quando observava que as

pessoas aceitavam facilmente a sugestão e algumas chegavam a
declarar estarem recordando fatos da vida intrauterina,
descrevendo detalhes surpreendentes, posteriormente
confirmados, muitos deles, pela própria mãe do hipnotizado.
Outra surpresa: constatava que as pessoas que pareciam
não estar em significativo estado hipnótico, obtinham resultados
mais rápidos e definitivos em relação à libertação de fobias e
bloqueios.
Entusiasmado com os resultados, declarei a meu
companheiro:
- Edgar, descobri que existe hipnose consciente.
- Grisa, você não sabe fazer hipnose. Por isso, vem com
essas desculpas! - proclama Schitz, sem esperar qualquer
explicação.
Fiquei constrangido e gritei, em meu mundo interior:
Ainda vou elucidar essa questão, cedo ou tarde!
Seis meses depois, lendo o livro Hipnotismo de Peter
Blythe, a questão era esclarecida: "A Hipnose Consciente é uma
realidade."
Novas experiências, inúmeras e diversificadas
observações, análises e mais análises dos textos principais dos
diferentes autores, e finalmente surge a resposta automática,
apresentada por meu Subconsciente, após seu fantástico processo
de comparação e simplificação, de padronização e generalização,
conduzido sob a percepção do todo:
"Hipnose é a fixação da mente em um elemento."
É a definição simples, objetiva e essencial, como todas as
imortais definições.
Apresentada a definição de Hipnose, pelo automatismo
mecânico do Subconsciente, cabe agora sua análise e explicação,
sob a luz da razão, própria do Consciente.
Observe, pois, que eu disse: "Fixar a Mente!" Não disse:
"Fixar a atenção."
Sim, pois "Fixar a Mente" pode ser:
1 - "Fixar o Subconsciente", uma vez que ele pode

funcionar sozinho, por seu automatismo, sem a participação do
Consciente.
2 - "Fixar o Consciente mais o Subconsciente", uma vez
que o Consciente só funciona com a participação do
Subconsciente.
Fica evidente a conclusão de que, em toda atividade
mental, na qual se faz presente o estado hipnótico, faz-se
igualmente presente a participação do Subconsciente.
Hipnose e Subconsciente andam, pois, sempre de braço
dado!
1.6 - A Hipnose e a Compreensão

Para reprogramar o Subconsciente para fixar as mais
profundas e novas convicções, não basta entender, é preciso
compreender, realizando uma ampla, profunda e específica
Compreensão.
1.6.1 - Entender e Compreender

Entender refere-se à parte; Compreender refere-se ao todo.
Terapia Holística não é uma salada de diferentes técnicas
ou amontoado de teorias, métodos ou conhecimentos. A isso
costumo denominar de Confusão Holística.
Terapia Holística também não está relacionada com o
caldeirão das infinitas possibilidades do caos, percebidas pelos
infinitos pontos de vista das aparências subjetivas ou das infinitas
manifestações da contínua mutação e do perene vir-a-ser.
1.6.2 - Harmonização Holística

A Harmonização Holística, preconizada pelo Sistema
Grisa, fundamenta-se na compreensão do Todo Cósmico, dentro
da Estrutura Funcional do micro ao macrocosmo, tanto na
compreensão das suas amplas e diferentes dimensões, quanto nos
diferentes Níveis de Compreensão das funções mentais.
E alicerça-se também nas diferentes dimensões do

Subconsciente, correspondentes às suas múltiplas programações:
 Leis Cósmicas;
 Leis e Princípios Naturais de Sobrevivência;
 Programações Culturais Milenares, oriundas das
Civilizações da Carência e da Abundância, e sob a influência da
Era dos Músculos e da Era Tecnológica;
 Programações do Contexto Familiar - sempre se fazendo
presente a Comunicação Telepática Subconsciente – originadas na
Vida Intrauterina, no Processo de Nascimento, na Infância, na
Adolescência e nas experiências ao longo de toda a vida das
pessoas;
 Estrutura das personalidades pragmática e idealista e os
diferentes papéis, que podem ser assumidos e desenvolvidos pelas
pessoas, no contexto familiar e outros; também sempre marcados
pela Comunicação Telepática Subconsciente entre as pessoas de
determinado contexto e mesmo entre diferentes contextos étnicos,
culturais...
1.6.3 - Níveis de Compreensão

Os Níveis de Compreensão, decorrentes da estrutura
funcional da mente humana, são:
a) Entender que o Ser Humano é UM, contudo, funciona
como DOIS, regido pelas duas Funções Básicas da Mente
Humana - Consciente e Subconsciente.
b) Entender e compreender como funciona cada um deles:
o Consciente - a Função Racional - e o Subconsciente - a Função
Mecânica, automática e autônoma.
c) Entender e compreender como o Subconsciente
funciona, regido por diversas Leis e Princípios, e como é
programado, pelos vários registros decorrentes de suas diferentes
Dimensões.
d) Perceber o fato perturbador, prejudicial ou traumático
sob outro ponto de vista que não o da perturbação, do prejuízo ou
do trauma. É a Compreensão específica, promovendo a
reprogramação mais funcional e prática. Substituir a percepção do

Fantasma pela percepção da Verdade Objetiva, em seu foco
Específico.
Somente aqui, no Quarto Nível de Compreensão, é que a
técnica de hipnose pode contribuir para a efetiva e definitiva
reprogramação do Subconsciente, nas causas específicas,
funcionais e práticas de bloqueios, traumas e conflitos.
1.6.4 - Limites da Hipnose e da Auto-Hipnose

A Hipnose e a Auto-hipnose não resolvem coisa alguma,
por si mesmas. Todavia, podem contribuir significativamente para
acelerar o processo de compreensão e consequente
reprogramação mental.
O Sistema Grisa preconiza uma nova terapia holística, na
qual a hipnose e a auto-hipnose são técnicas que contribuem para
acelerar o processo de compreensão, visando reorganizar e
aperfeiçoar a atividade mental das pessoas, mediante a
Programação e Reprogramação do Subconsciente.
Somente pela Compreensão, em seu significado mais
amplo e, por mais paradoxal que pareça, em seu significado mais
específico, a pessoa estabelece ou modifica convicções e crenças
que regem o acionamento da Lei da Criação. Pode, assim,
contribuir para aperfeiçoar o mundo em que cada ser humano se
move como Ser Único e Ser Social.
1.6.5 - Deshipnotizar - Maxwell Maltz

Acabara de formular a minha definição quando, ao ler o
capítulo sobre Auto-Hipnose, no livro Liberte Sua Personalidade,
de Maxwell Maltz, encontro a incisiva afirmação:
"Mais importante que hipnotizar as pessoas, é
deshipnotizá-las."
Vibrante e sonora exclamação ecoa pelas paragens
interiores de meu ser:
"Perfeito! Perfeitíssimo! Eu tenho razão!..."
- Do que eu tinha razão?
Há algum tempo, eu vinha afirmando, categoricamente:

Nenhum ser humano tem medo de sapo, avião, barata, elevador,
ambiente fechado!
Argumentava eu:
Se alguma pessoa vier dizer-me que tem medo de sapo ou
elevador, ela não pode ser classificada como "gente"! Pois é
muita estupidez para ser gente!
Medo de Fantasma
Poderia exclamar, como Arquimedes, matemático e físico
grego: "Eureca! Eureca!"
- Descobri!... Descobri que realmente ser humano algum
tem medo de sapo, barata, elevador, avião...
As pessoas não têm medo de barata ou avião, elas têm
medo ou pavor da ideia falsa desses e outros elementos, pelos
quais estão hipnotizadas. Estão, sim, hipnotizadas pela ideia falsa
de que todo ambiente fechado é perigoso, pois representa - para
elas, vítimas de programação inadequada de seu Subconsciente -
ameaça de morte.
As pessoas, em tais casos, têm medo do fantasma, da
fantasia de onça com a qual revestiu o sapo. Têm pavor do
fantasma, de guilhotina ou de caixão de defunto, que projetam no
elevador.
Não temem o sapo ou o elevador em si; o que os apavora
ou perturba é o fantasma correspondente.
Deshipnotizar significa, pois, libertar as mesmas pessoas
do fantasma correspondente, da ideia fixa e falsa. E, quando isso
acontece, a pessoa descobre que o sapo, com seu jeitinho
desajeitado, é simpático; descobre que o elevador é um trenzinho
vertical, gostoso para se viajar nele. E a fobia jamais voltará.
Palavras de Jesus de Nazaré

Essa constatação me fez lembrar de duas afirmações de
Jesus de Nazaré:
1ª - "É preciso tirar a trave de seus olhos". "Não vejas a

palha nos olhos dos outros, percebe a trave que está em teus
próprios olhos."
2ª - "Só a verdade vos libertará."
O que assusta é o perigo imaginário, não a realidade
objetiva. É tranquila a percepção livre e racional do Consciente,
em relação ao elemento percebido objetivamente.
Libertar-se dos “pré-conceitos” e dos fantasmas, é abrir o
caminho efetivo para a Liberdade Interior da pessoa, como Ser
Humano, racional e livre.
1.6.6 - Fixar a Mente em um Elemento

A essência da Hipnose está em Fixar a Mente em um
elemento.
Quais são os fatores - de forma metódica ou técnica - que
induzem o Ser Humano a fixar a mente num elemento, num ponto,
numa imagem, numa situação?
Pode-se afirmar que são, essencialmente, duas as formas
de induzir a fixação da Mente num determinado elemento:
1ª - Orientando racionalmente a atenção, que pode ser
intensificada pela Lei da Repetição, servindo-se das mais
diversificadas sequências lógicas ou naturais: numérica, de cores,
das etapas de um processo natural...
Exemplo de processo natural são as partes de uma árvore:
raiz, caule, ramos, folhas, flores, frutas, sementes.
Essa sequência pode ser apresentada de forma ascendente
ou descendente, segundo o objetivo pretendido: induzir a hipnose
ou afastar a atenção do elemento fixado.
2ª – Espontaneamente, pode-se fixar a Mente em algo que
desperte a Emoção ou a curiosidade, por ser novidade ou algo
surpreendente.
Exemplos: linda flor, um olhar, um gesto significativo...
● O Transe
O apogeu da Fixação Mental ocorre no Transe, momento

mais ou menos demorado, quando ocorre:
1 - A vivência de intensa emoção, ou seja, o apogeu da
reação automática do Subconsciente;
2 - a profunda convicção, ou seja, o apogeu da Função
Racional, do Consciente.
A Emoção Intensa pode ser resultado ou fruto de forte e
profunda insegurança diante de perigo ameaçador; ou do
entusiasmo, diante da constatação de estar livre do perigo,
superado o obstáculo, alcançada a vitória!
A Convicção pode ser resultado do fanatismo alienante ou
da libertadora percepção objetiva e racional do consciente da clara
e lógica Compreensão da verdade: "É isso! É assim!" ou "Não é!"
A Certeza, alcançada pela Compreensão, desperta a
Confiança e faz brilhar a Fé!".
Conduz do fantasma perturbador à tranquilidade do "saber
onde pisa".
No mais amplo significado da palavra, pode-se afirmar que
os seres humanos vivem continuamente hipnotizados.
Hipnotizados por um ideal ou pela depressão, pela ameaça
ou pelo entusiasmo, pelo hábito ou pela rotina, pela moda ou pelo
desleixo...
O que o Parapsicólogo Clínico do Sistema Grisa buscará
efetuar, mediante a Orientação Parapsicológica, será, pois:
- Deshipnotizar-se ou deshipnotizar alguém das ideias
falsas e outros fantasmas prejudiciais e destrutivos; para
hipnotizar-se ou hipnotizar pessoas por ideias e objetivos e por
imagens subjetivas agradáveis, benéficas e construtivas.
Conclusão:
Definição Pangrisiana de Hipnose:
Hipnose é fixar a Mente em um elemento.
A Hipnose Terapêutica sempre ocorre em processo
consciente.
Todo ser humano está sempre hipnotizado: ora por

inseguranças de diferentes intensidades, e que se manifestam em
diferentes circunstâncias; ora por entusiasmo, que vai da
motivação mais simples ao Grande Ideal.
Terapeuticamente falando, a orientação parapsicológica
visa deshipnotizar as pessoas dos inúmeros fantasmas, fanatismos
e falsas crenças e de todos os seus correlatos.
Pode-se identificar autênticas "incubadoras e viveiros de
fantasmas", como: preconceitos, atitudes precipitadas, achar que
já sabe tudo ou que pode remeter para baixo do tapete tudo o que
desconhece, não lhe interessa ou discorda...
Os fantasmas e as falsas crenças podem ser classificados
em duas grandes categorias:
1ª - desagradáveis, assustadores, perturbadores, nojentos e
repulsivos;
2ª - agradáveis, atraentes, sedutores ilusórios e alienantes...
Fantasma é tudo o que parece real e verdadeiro, porém,
não existe.
Fantasma, não importa se é agradável ou desagradável,
sempre é prejudicial.
Um dos objetivos primordiais da Orientação
Parapsicológica do Sistema Grisa é oportunizar e induzir as
pessoas a hipnotizarem-se por pensamentos benéficos e
construtivos, bem como, por objetivos, projetos e ideais, que
integram as pessoas, em si mesmas, entre elas e com as estruturas
sociais... integrando-as, por conseguinte ao processo dinâmico e
harmonioso da Evolução Cósmica, comungando com o Criador do
Universo, vivenciando, mais e mais, a Paz Interior e a Felicidade.
O estado mental mais significativo, para tanto, é o Estado
de Transe.
Pode-se afirmar que o ser humano atinge o Estado
Hipnótico mais pleno, quando atinge o Transe subconsciente ou
consciente, e o Subconsciente aflora e manifesta-se de maneira
extremamente intensa, trazendo à tona informações que pareciam
ignoradas ou apagadas.
O Transe pode manifestar-se e ser vivenciado pela pessoa

de forma descontrolada, ou pode ser Transe Induzido e
Conduzido, sob o comando racional do Consciente; tanto por
Auto-Hipnose, quanto por Hipnose orientada por Terapeuta.
1.7 - Hipnose: da Antiguidade à Ericksoniana

Ao longo da história da Humanidade, sempre a Hipnose se
fez presente.
Desenvolveram-se, pois, inúmeras práticas, das quais se
originam técnicas diversificadas, segundo o nível de
conhecimentos e o entendimento de cada estudioso ou prático da
Hipnose.
O Sistema Grisa também desenvolve sua técnica
fundamental, apresentando outras variações.
1.7.1 - Um Histórico da Hipnose

Apresento, a seguir, um histórico da Hipnose, mediante o
qual, você poderá ter acesso a orientações para facilitar a indução
hipnótica e conhecer algumas técnicas que podem ser úteis para a
atividade profissional na indução do transe.
Servindo-se dos dados históricos apresentados a seguir, o
leitor, estudante, estudioso ou terapeuta, quando quiser, poderá -
via internet - acessar informações complementares que fogem aos
objetivos da presente obra.
Observe-se que a Hipnose sempre existiu ao longo da
história da humanidade, ainda que não sob esse nome. Os
fenômenos hipnóticos fazem parte da vida cotidiana de todos os
seres humanos de todos os tempos e espaços culturais.
Ela se faz presente nas mais diversas culturas por meio de
danças, rituais, expressões corporais e orais, segundo a cultura de
cada povo, todas procurando um estado especial de consciência: o
transe.
 Século XXX a.C. - três mil anos antes da Era Cristã.

Mediante a análise de papiros, no Egito, constata-se que os

sacerdotes, sempre a serviço do Faraó, induziam o povo a um
certo tipo de estado de hipnose ou transe. Não se tem informações
suficientemente claras sobre qual ou quais seriam os objetivos a
serem alcançados com esse estado mental.
Atrevo-me a apresentar a hipótese de que teriam sido
técnicas de psicocinesia, porém mais desenvolvidas, que teriam
sido empregadas na construção das "inexplicáveis pirâmides de
Gizé”.
O Parapsicólogo César Antônio Grisa, Professor do
IPAPPI/SC - como exemplo - faz demonstrações de "Levitação" e
de "barra de aço", técnicas essas que manifestam serem as pessoas
muito mais capazes do que se poderia imaginar, também no
campo da Física.
 Século XVIII a.C.- mil e oitocentos anos antes de Cristo.

Na China, buscava-se a aproximação entre os pacientes e
seus antepassados, mediante certo tipo de transe hipnótico.
Os estados vivenciados pelos pacientes e os resultados são
semelhantes aos obtidos por incorporações e diferentes
experiências, realizadas por hipnotizadores de palco e outros. 2
 Século XVI d.C. - anos de mil e seiscentos da Era Cristã.

Paracelsus (1493-1541), pai da medicina hermética,
acreditava na influência magnética das estrelas na cura de pessoas
doentes e confeccionava talismãs com inscrições planetárias e
zodiacais.
O Sistema Grisa, nos estudos da Fenomenologia
Paranormal constata e confirma que o Poder das Crenças, uma
forma de transe hipnótico subconsciente, desencadeia o Poder da
Mente correspondente ao que se estabelece na mente da pessoa
pela Imaginação, fortalece pela Sugestionabilidade e define pela
Concentração.
2
As explicações em itálico são observações do autor.
Pode-se dizer que esses talismãs são poderosos códigos

mentais, que - quando acionados - desencadeiam resultados
correspondentes às crenças do terapeuta somadas às dos
pacientes.
Quanto mais bonitos, misteriosos e chiques, maior é poder
correspondente.
 Século XVIII
Frans Anton Mesmer (1734-1815) é considerado o
terapeuta que inaugurou a fase científica da Hipnose. Utilizando
magnetos, curava dores e doenças. Naquela época, acreditava que
a cura se dava pelo equilíbrio provocado pelos magnetos sobre a
concentração inadequada de um fluído magnético invisível, que
achava existir no organismo humano.
Fez sucesso extraordinário, curando pessoas de doenças
consideradas incuráveis. Tão grande foi sua fama, que despertou
suspeita de academias científicas e dos poderes constituídos.
Foi submetido a investigação por uma comissão de
personalidades conceituadas da época, Benjamim Franklin,
Lavoisier, Guillotin e Bailly, que, substituindo os magnetos por
madeira, obtiveram os mesmos resultados, e consideraram
Mesmer um charlatão, e o mesmerismo foi proibido. “Jogaram
fora a água e a criança”.
Mesmer não foi o primeiro a usar certas técnicas
hipnóticas como essas.
Entre inúmeros hipnotizadores, podemos citar o marquês
de Puységur (1751-1825), que descobre o Sonambulismo
Artificial. Induzia à hipnose, tocando harpa como uma forma de
produzir magnetismo.
Sua harpa assemelha-se às varetas que fazem vibrar os
tambores em tantos centros de Umbanda, Candomblé e outros
cerimoniais religiosos ou mágicos.
 Século XIX
James Braid (1795-1860) cunhou o termo Hipnotismo. Do
grego hypnos, sono; mais tarde quis substituir por "monoideísmo".
Todavia, o termo Hipnose já havia sido aceito e difundido.
Braid induzia ao transe, orientando a pessoa a fixar o olhar
num ponto acima da linha dos olhos.
Observe-se quantas imagens de santos apresentam os
olhos voltados para cima. Acionar a pineal é forma de induzir à
hipnose e à auto-hipnose.
James Esdaile (1808-1859), médico inglês, também se
utilizou das técnicas de Mesmer, para realizar grandes cirurgias,
sem anestesia, durante a guerra na Índia.
Na hora do apuro, quando a ameaça de morte se faz
presente, é identificado pelo Sistema Grisa, como o momento mais
propício para que eventos paranormais extraordinários ocorram.
Nessas condições de guerra, para o ferido, a palavra do
Médico é inconteste e hipnótica. Possui o valor de poderosa
crença e também possui poder anestésico.
1.7.2 - Escolas de Hipnose

A escola de Nancy, na França, com Liébault (1823-
1904) e Bernheim (1843-1917), considerava que o estado de
transe era um estado normal e não patológico.
Propunha-se que a mudança acontecia de uma forma não-
consciente, porém com a intervenção da vontade, ao menos como
consentimento.
É essa e outras observações e análises que irão perceber e
definir que, por mais que a Hipnose se pareça com o sono, é um
estado mental, durante o qual o Consciente tende a fazer-se
sempre presente, ainda que aparentemente de forma muito
limitada; contudo sempre alerta e pronto para desencadear
reações de proteção ou "de defesa".
 Jean Martin Charcot (1825-1893), no Hospital de
Salpêtrière, (Freud estudou nesse Hospital, sob sua direção),
considerava o estado de transe como algo que só acontecia como
estado patológico; particularmente por pessoas que sofriam de

histeria.
É dessa "crença científica" que se desenvolve um dos
mitos mais restritivos e limitadores, em relação à prática e
utilidade da Hipnose, que se faz preconceito, ampliando seu raio
de ação, promovendo inclusive a marginalização, por longo
tempo, da validade da Hipnose como atividade mental normal,
natural e benéfica, junto a profissionais menos informados e à
população em geral.
1.7.3 - Outros Estudiosos

Ambroise-Auguste Liébault (1823-1904) comparava o
transe ao sono. Sendo que o transe resultava de sugestões diretas.
As quais também poderiam ser direcionadas, segundo o objetivo
proposto.
Hippolyte Bernhein (1843-1917), colega e seguidor de
Liébault, desenvolveu a ideia de transe como um estado de intensa
sugestionabilidade. Ela seria causada por sugestões fortalecidas,
por exemplo, pela repetição e outras atividades mentais, como a
imaginação...
 Século XX
Ivan Pavlov (1849-1936) – Médico russo que definiu o
transe como um “sono incompleto” causado por sugestões
hipnóticas. Estas sugestões provocariam uma excitação em
algumas partes do córtex cerebral e inibição em outras. Criador da
indução reflexológica.
Surge a distinção entre Reflexos Incondicionados ou
naturais e Reflexos Condicionados ou programados por
treinamento ou educação formal e informal.
É decorrente dos Reflexos Condicionados que surge a
Hipnose Condicionativa, a qual, em consequência, pode realizar
programações mentais, tornando-se praticamente inviável a
reprogramação.
Pierre Janet (1859-1947) – francês que descreveu o transe

como uma dissociação. Introduziu o termo subconsciente para
diferenciá-lo do inconsciente.
A Hipnose Dissociativa foi amplamente praticada, no
IPAPPI, pelo Dr. Wagner Dias de Moraes, mediante a qual
induzia ao transe profundo, obtendo inclusive o fenômeno de
Levitação do próprio corpo da pessoa em transe.
Sigmund Freud (1856-1939), nesta época, fez seus estudos
junto aos casos de histeria de Charcot e acabou por abandonar a
hipnose, depois de muitos estudos com Josef Breuer. Freud
abandona a hipnose e passa a usar a livre associação de ideias.
Há momentos, durante a própria hipnose, em que o uso da
Associação Livre de Ideias é extremamente útil para se identificar
a causa do distúrbio que se visa superar e resolver.
Como hipnotizador, tenho utilizado a Associação Livre de
Ideias, durante exercícios de Hipnose, com resultados
significativos, tanto para ativar o processo de Regressão de
Memória, quanto para obter a reprogramação pela compreensão.
Josef Breuer (1842-1925), médico e fisiologista austríaco,
aprendeu a aproveitar o transe menos profundo, e então veio a
fama e a inimizade com Freud.
Como explicito, em capítulo subsequente, foi o uso do
transe menos profundo ou leve que me permitiu ampliar as
possibilidades terapêuticas, obtendo resultados expressivos
associando hipnose e reprogramação pela compreensão.
Contudo, Freud, já em 1918, no Congresso Psicanalítico
de Budapeste, frisava a importância de aliar à psicanálise a
hipnose.
No final da sua vida, em 1938, falou da “legitimidade de
certos fenômenos hipnóticos” no esboço de psicanálise.
1.7.4 - Segunda Grande Guerra

Após a Segunda Grande Guerra, a hipnose começou a
retomar força no tratamento dos traumas de pós-guerra.
Hoje, que vivemos a Guerra do Trânsito e dos assaltos, a

Hipnose praticada pelos Parapsicólogos do Sistema Grisa
contribui, de forma ímpar, na superação de inúmeros traumas,
por seu processo de Reprogramação pela Compreensão.
Dentre as muitas teorias que surgiram após a Segunda
Grande Guerra, destacamos a de Milton H. Erickson.
Milton H. Erickson (1901-1980) – Observador nato
percebeu a natureza multidimensional do transe, que se modifica
experiencialmente de pessoa para pessoa.
São palavras de Milton H. Erickson:
Deve-se reconhecer que uma descrição, não importa quão

precisa ou completa seja, não irá substituir uma experiência real,
nem tampouco poderá ser aplicável a todos os pacientes.
Erickson iniciou sua jornada, utilizando-se da hipnose de

uma forma muito pessoal. Nenhuma indução clássica, mas sim
uma indução especial e única para cada paciente; fazendo com
que o paciente se tornasse seu próprio indutor, dentro de uma
técnica bastante naturalista.
Erickson serve-se frequentemente de metáforas, para
realizar essa indução natural e específica para cada um de seus
pacientes.
Qual teria sido a influência da Gestalt Terapia?
1.8 - Considerações Finais

Pode-se, pois, afirmar que:
● A Lei da Repetição programa o Subconsciente; todavia,
não o reprograma.
Como exemplo, pode-se observar os inúmeros casos de
pessoas, que lêem 10-dez ou mais livros de Pensamento Positivo e
de Autoajuda; como consequência, vivem um período
relativamente longo de uma vida melhor, marcada por saúde,
sucesso e prosperidade...
Entretanto, no momento em que deixam de repetir as

técnicas de treinamento mental, tendem a retornar ao antigo ritmo
de vida. E, não raro, nesse retorno, a pessoa mergulha num tempo
de frustrações e decepções, como se todo o esforço e dedicação
tivessem sido inúteis.
 Pensamento Positivo, pois, ajuda e muito; contudo, por
si só, não proporciona resultado duradouro e definitivo algum.
● A Lei da Imaginação, com suas diferentes técnicas de

Meditação, controle mental e visualização, também Programa o
Subconsciente; todavia, não o Reprograma.
Conheci pessoas que praticavam meditação profunda, Raja
Yoga; porém, sofriam de "Crise Existencial", denominação mais
elegante dada à Depressão Doentia.
Também não é suficiente "ressignificar o fato", utilizando-
se inclusive da Técnica de Hipnose. Pois é preciso compreendê-lo
em seu contexto Cósmico, Social, Familiar, Pessoal e
especificamente em relação à perturbação, ao prejuízo ou ao
trauma desencadeados.
Existem inúmeras formas de autoajuda e de apoio à
manutenção e recuperação da saúde e da autoestima. Tudo isso
pode contribuir de forma significativa, para aliviar e superar os
sintomas. Porém, sem reprogramar a causa mental, pouco ou
quase nada se resolve de forma efetiva e definitiva.
● Repetição e Imaginação produzem resultados que

equivalem aos do Remédio.
Remédio, que - analisando o próprio termo e seu
significado - já diz o que é:"remedeia"; porém, não soluciona,
definitivamente.
Só a Compreensão realiza a efetiva e definitiva
Reprogramação Mental, harmonizando o emocional, equilibrando
o endócrino e fortalecendo o imunológico.
Só pela Compreensão Plena e Holística se reprograma o
Subconsciente, eliminando, definitivamente, a causa dos
distúrbios e demais sintomas, reintegrando a pessoa na vibrante

harmonia evolutiva do Universo.
CAPÍTULO II
O SUBCONSCIENTE &
O SISTEMA GRISA
2 – O Encontro com a Ciência Cristã Americana
Em 1979, tendo tomado conhecimento da Ciência Cristã
Americana e seus diferentes autores, um título me chama a
atenção: O Poder do Subconsciente, de Joseph Murphy.
2.1 – As Duas Funções Mentais

Lendo essa obra e outras, de autoria dos Teólogos da
Ciência Cristã, constato que eles sempre se referem a Duas
Funções Mentais:
O Consciente e o Subconsciente.
Eram conceitos diferentes dos que aprendera, no estudo da
Psicologia e Psicanálise.
Freud, em sua Psicanálise, refere-se a Consciente, Pré-
consciente e Inconsciente. A Psicologia apresenta os termos:
Consciente, Subconsciente e Inconsciente.
Observo, como filósofo, que os conceitos da Psicanálise e
da Psicologia se referem a níveis de Consciência - ótica filosófica.
Constato, ainda, que Funções Mentais possuem um cunho
mais científico e prático, não filosófico.
2.1.1 - Observação da Natureza

Eu, como filho da roça, afeito à observação da Natureza, já
concluíra que tudo, à minha volta, funciona, e cada elemento do
seu jeito, do seu modo próprio.
● Já constatara que:
- Toda água e toda pedra sempre rolam, espontaneamente,
ladeira abaixo. Jamais encontrei um rio sequer que subisse ladeira
ou montanha, afim de encurtar caminho, para seu encontro com o

mar.
- Todas as árvores, e seus semelhantes, projetam a sombra
no chão, segundo a posição do sol.
- Todas as plantas crescem de ramos para cima e raízes
para baixo; os galhos se estendem para o céu, e as raízes
mergulham na terra. É assim que funcionam!
● Percebera igualmente que:

- Os bebês nascem da barriga das mulheres, os porquinhos
da barriga das porcas, os pintainhos dos ovos das galinhas...
- Dos grãos de milho, sempre nascem pés de milho. E,
assim, de cada semente nasce planta, correspondente à sua própria
espécie...
Percebendo como cada elemento funciona, infindáveis
foram as minhas constatações.
2.1.2 - Método Próprio de Pesquisa

E, fundamentado nessas e em outras tantas observações,
análises e comparações, formulei o princípio basilar de meu
Método de Pesquisa, sempre em busca de mais e mais
conhecimentos:
► A pergunta que orienta todo processo de Pesquisa, de forma
latente ou explícita, é:
"COMO FUNCIONA?"
Observe-se que o método, normalmente utilizado por mim,

é o Método Qualitativo de Pesquisa.
Simultaneamente, constatava que a verdadeira descoberta
científica "sempre corresponde a uma realidade imutável!"
Assim: "Jamais se colhe limão de laranjeira!”
"Se, de uma árvore, eu colhi uma goiaba, com certeza
absoluta, aquela árvore é goiabeira!"
Dou-me conta, então, que: As Leis e Princípios da Física,
da Química, como os da Biologia e da Comunicação - científica e
funcionalmente comprovados - "comportam-se, essencialmente,

sempre da mesma maneira!"
Assim, a Lei da Gravidade e o Princípio da Alavanca,
antes e depois de explicitada sua formulação, sempre
funcionaram, funcionam e funcionarão, do mesmo jeito, da
mesma maneira.
2.1.3 - Leis e Princípios Imutáveis

A partir desses fundamentos e da minha convicção de que
o Criador do Universo e da Vida, como origem de Tudo, também
deu origem ao Ser Humano e à Mente Humana, formulo a
hipótese:
“O Ser Humano e a Mente Humana também devem ser
regidos por Leis e Princípios imutáveis.”
E seus resultados também teriam a regularidade
matemática das sementes das plantas e das genitoras dos bichos:
Semente de laranja só pode gerar laranjeira; da barriga
das gatas somente nascem gatinhos!
Sempre, em meus ensinamentos, afirmo, tanto a
estudantes, quanto aos terapeutas em Parapsicologia do Sistema
Grisa:
- A pergunta fundamental, quase mágica, no momento de
analisar e avaliar um fenômeno, situação ou resultado, sempre é:
"COMO FUNCIONA?"
2.2 - As Duas Funções Mentais Básicas

Cabe explicitar como funcionam as duas funções mentais
básicas: o Consciente e o Subconsciente.
A constatação de "como funcionam o Consciente e o
Subconsciente", alicerça todos os conhecimentos identificados e
organizados pelo Sistema Grisa: da Fenomenologia Paranormal e
o Poder da Mente ao estudo, análise e harmonização dos seres
humanos, em seus elementos constitutivos e estruturais, "com a
precisão matemática da engenharia".
Durante séculos e milênios, nos estudos mais significativos

em relação ao Ser Humano; as pessoas são apresentadas como se
fossem marcadas por uma dualidade interior: o Racional e o
Emocional; a razão e os instintos; o carnal e o espiritual; a busca
do bem e a tendência ao mal...
A confirmação das leis e princípios que regem o
funcionamento do Consciente e do Subconsciente clareia a
História da Espécie Humana, no Passado e no Presente; e
iluminará a trajetória de seu Futuro!
2.2.1 - O Consciente é a Função Racional.

O Consciente sempre e somente funciona sob o foco da
atenção.
Portanto, o Consciente não funciona:
- quando a pessoa está distraída, no "mundo da lua", em
devaneio;
- quando está dormindo, mesmo quando sonâmbula;
- a participação do Consciente é muito limitada, quase
nula, quando uma pessoa está tomada por fortes emoções: raiva,
pavor, paixão...
Conclui-se que o Consciente funciona por muito pouco
tempo, no dia-a-dia das pessoas.
- Afinal - poderia questionar você - o Consciente funciona
para quê?
- O Consciente - respondo-lhe - funciona para o Ser
Humano pensar, analisar, avaliar, comparar, raciocinar, escolher,
decidir...
2.2.2 - O Subconsciente é a Função Mecânica.

Para alcançar a compreensão, pela qual se reprograma o
Subconsciente - também pela técnica da Hipnose e pela utilização
do processo de Regressão de Memória - indispensável é entender
como o próprio Subconsciente funciona.
Em todas as minhas obras, abordo a temática relativa às
duas funções mentais básicas: o Consciente e o Subconsciente.
Alguns leitores e analistas apressados, pouco afeitos à

precisão vocabular e à clareza conceitual, têm me classificado
como repetitivo.
Contudo, a abordagem das Funções Mentais, e
especialmente do Subconsciente, são, em cada obra, apresentadas
com dois objetivos planejados:
1º - para que cada uma possa ser lida de forma autônoma,
sendo um corpo inteiro, integral e integrado, de conhecimentos,
sem necessidade de consultas a outros manuais;
2º - sempre há características especiais, em relação ao
funcionamento do Subconsciente, referentes ao conteúdo
específico de cada obra.
Apresento, a seguir, leis e princípios que regem o
funcionamento do Subconsciente, indispensáveis para que se
possa realizar a Compreensão que possibilita a Reprogramação
Mental.
2.3 – Comparações
Só existe uma forma para se compreender como funciona
tudo o que é invisível ou imperceptível aos sentidos: mediante o
uso de comparações ou metáforas.
2.3.1 - O Subconsciente Comparado a Máquina

O Subconsciente - graças à comparação de seu
funcionamento ao de uma máquina - constata-se que ele funciona
de forma Mecânica, Automática e Autônoma.
 Mecânica - significa que ele funciona sem avaliar
consequência alguma de seus movimentos, internos ou externos,
como qualquer máquina;
 Automática - significa que seus movimentos, acionadas
as leis ou princípios que regem seu funcionamento, produzem
resultados sempre coerentes com os mesmos, também sem avaliar
consequência alguma;
 Autônoma - significa que funciona sem ajuda de ou sem
estar conectado a outro sistema, dispositivo ou máquina,
independentemente de quaisquer influências ou interferências

externas, inclusive do Consciente, a Função Racional.
● O Subconsciente, como Função Mecânica, Automática e

Autônoma da Mente Humana, é o único e grande Executivo; pois,
ele é o Poder Criador de Deus - como Criador do Universo -
presente no Ser Humano.
Ele é a própria Lei da Criação, ou seja, a Lei da Atração.
● Em decorrência dessas leis, o leitor perceberá, ao longo
desta obra, que este tema será retomado muitas vezes.
Desde já, perceba que a Parapsicologia do Sistema Grisa
jamais utiliza, emprega ou faz a pergunta:
__ Por que fizeram isso comigo?
Questionará sempre:
__ Que existe, em mim, que permite que façam isso
comigo?
Ou ainda:
__ Que programações existem, em meu Subconsciente,
que atrai tal resultado?
Por outro lado, você também poderá programar o

Subconsciente, para atrair o resultado que desejar obter; contudo,
cabe lembrar que o Subconsciente deverá estar livre de
programações contrárias ao objetivo proposto.
Em decorrência dessa exigência, destaca-se a importância
da Reprogramação do Subconsciente, pela Compreensão.
2.3.2 - Três Comparações Fundamentais: Terreno

Mental, Besta Interior e Robô Invisível.
A comparação do Subconsciente a esses três elementos,
permite uma análise mais detalhada das diferentes variáveis
intervenientes em cada caso a ser estudado.
 Terreno Mental, que os seres humanos precisam

aprender a cultivar de forma adequada.
Jesus de Nazaré afirma:

"O coração humano é semelhante a um campo!"
E alerta que, no Terreno Mental, que é o próprio
Subconsciente, crescem espinhos e trigo.
Espinhos são ideias, imagens e pensamentos negativistas,
perturbadores e prejudiciais. São as sementes das ervas daninhas
que podem infestar o Terreno.
Trigo são ideias, imagens, pensamentos positivos,
benéficos e construtivos. São as sementes boas, segundo os frutos
que as pessoas desejam colher.
A comparação do Subconsciente a Terreno Mental alicerça
toda a temática, popularmente conhecida como Pensamento
Positivo.
E todos os estudos e teorias correspondentes.
A Ciência Cristã utiliza a expressão Prece Científica.
Maxwell Maltz, em sua Psicocibernética, refere-se a
Formulações Criativas Construtivas.
Semear boas sementes e cuidar das plantas
correspondentes, que irão desenvolver-se, é fundamental para
preparar as condições adequadas para se obter os resultados
desejados pelas diferentes pessoas.
 Besta Interior, que as pessoas precisam aprender a

domesticar convenientemente, isto é, desenvolver hábitos de bom
relacionamento humano; hábitos de trabalho e dedicação; hábitos
de atitudes e comportamentos éticos e morais...
A comparação do Subconsciente à Besta Interior
fundamenta todo sistema educacional.
Essa expressão "Besta Interior" refere-se também ao que o
filósofo grego Platão identifica com "animal", ao definir o homem
como "animal racional".
Tenho por hábito afirmar que há pessoas que reagem e
agem de forma pior que as bestas. Por isso dizer que determinada
pessoa cometeu uma "besteira", é rebaixar os bichos.
Costumo afirmar, alicerçado nesse princípio:
O filhote humano precisa ser domesticado (não significa

que precise ser “domado”)! Sim, pois, se o Filhote Humano não
for domesticado, aprendendo hábitos de disciplina, organização,
trabalho e dedicação, consequentemente não desenvolverá
competência para a conquista de bens necessários à
Sobrevivência!...
Portanto, sem o desenvolvimento de tais hábitos:
* não haverá criança, para ser educada;
* não haverá adolescente, para ser orientado;
* não existirão adultos honestos e de caráter, com os quais
se poderia contar, para se construir um mundo melhor e tornar a
espécie humana mais feliz.
No processo de Orientação Parapsicológica, o terapeuta do

Sistema Grisa sempre estará preparado para orientar seus sócios
em Qualidade de Vida, diante de reações inadequadas de pessoas
em seus relacionamentos.
E o sócio estará sempre pronto para analisar e explicar a
situação de conflito, utilizando argumentos como no exemplo a
seguir.
Quando seu marido ficar nervoso, diga-lhe:
__ Primeiro, acalme sua Besta Interior, depois venha
conversar comigo. Sim, eu não falo com a besta desembestada de
seu Subconsciente; somente dialogo com meu amado marido,
orientado e sob o comando do Consciente, a função racional. Pois,
é sob a orientação racional do consciente que meu amado age e
reage como pessoa humana, efetivamente como gente.
E retire-se, tranquilamente. Algum tempo depois, vocês
estarão vivendo um colóquio agradável.
A mesma atitude e o mesmo comportamento pode-se ter
na relação marido e esposa, filho e mãe, pai e filha, professor e
aluno...
Essa comparação do Subconsciente à Besta Interior facilita
extremamente o Processo de Compreensão, conduzindo à
Reprogramação do Subconsciente.
 Robô Invisível, porém muito real, que os seres humanos

precisam aprender a comandar. É preciso ter cuidado para que o
Subconsciente, especialmente como Robô Invisível, esteja a serviço, e
não comandando as pessoas.
É a comparação do Subconsciente a Robô Invisível que irá

permitir os grandes avanços no processo terapêutico e a
maravilhosa utilização da Hipnose, para Programar e,
particularmente, Reprogramar o próprio Subconsciente.
Observe-se que o Subconsciente, como Robô Invisível,
tem como atividade automática simplesmente executar: acionadas
as programações nele existentes, ele faz e não questiona,
desencadeando os resultados segundo o que nele estiver
programado; não importa se é resultado benéfico ou prejudicial,
destrutivo ou construtivo, doença ou saúde...O papel dele é
executar!
Portanto, é fácil concluir que, para se obter sucesso na

Reprogramação Mental que liberta as pessoas dos mais
diversificados fantasmas e as conduz à percepção clara da
verdade que liberta, é indispensável muita dedicação e esmero no
estudo e no treinamento desse complexo processo que eleva a
Qualidade de Vida.
Como sempre afirmo: Sacrifício pelo sacrifício é legítima
bobagem. Contudo, dedicação, empenho, esforço e sacrifício
também que conduzem a resultados altamente benéficos e
construtivos, valem a pena. Muito mais ainda quando a pessoa se
habilita na utilização de um processo que proporciona a inúmeras
pessoas a conquista de elevada Qualidade de Vida.
Nos capítulos VI, VII e VIII, apresentados a seguir, nos
quais é abordada a temática relativa ao Treinamento da
Argumentação para a Reprogramação Mental, será ampla e
profundamente exemplificado o processo de Reprogramação
Mental pela Compreensão.
Essa diversidade de exemplos é fundamental para habilitar
significativamente os profissionais que pretendam fazer uso
qualificado desse Processo Terapêutico, sabendo-se que "cada

caso é um caso".
2.3.3 - O Subconsciente e os Três Sistemas Essenciais

As pesquisas desenvolvidas no IPAPPI, sob minha
orientação, comprovam que o Subconsciente executa tudo o que
ocorre na vida dos seres humanos. Ou seja, rege os três sistemas
fundamentais, responsáveis por tudo o que se passa e acontece na
vida dos indivíduos da Espécie Humana: o Sistema Orgânico, o
Sistema Emocional e o Sistema Factual.
 O Sistema Orgânico - regido pelo Subconsciente – faz
uso de programações inatas e adquiridas, genéticas e congênitas,
herdadas e treinadas, para fazer funcionar as células, os órgãos, os
sistemas, os membros, o corpo e o organismo como um todo.
Compreender a relação do Subconsciente com o
funcionamento do organismo humano é abrir o caminho para se
fazerem novas e surpreendentes constatações em relação à saúde
das pessoas.
É a mesma constatação, observadas leis e princípios
correspondentes, que define características de personalidade,
oriundas da Vida Intrauterina.
A constatação de que o Subconsciente rege o Sistema
Orgânico é fundamental para se verificar a relação entre
Hipnoterapia e a manutenção e recuperação da saúde. Fundamenta
também a Terapia Instantânea.
São insondáveis as possibilidades terapêuticas, mediante a
adequada Organização Mental; pela Programação e a
Reprogramação do Subconsciente.
 O Sistema Emocional - sob a regência do Subconsciente

- desencadeia as reações emocionais e comportamentais dos seres
humanos.
Esse sistema fundamenta tanto as leis e princípios que
desencadeiam reações emocionais, quanto as atitudes
comportamentais das pessoas.
O Sistema Emocional relaciona-se, de forma direta, tanto

com aspectos sócio-comportamentais, quanto com o
funcionamento do organismo, nos aspectos endócrino e
imunológico.
O Sistema Emocional está, pois, diretamente relacionado
com as atitudes e comportamentos que interferem tanto nas
relações humanas, quanto nos aspectos de saúde e vitalidade ou
debilidade e doenças do organismo humano.
Constata-se que há uma hierarquia entre os diferentes
sistemas, que integram o organismo humano, na conquista da
saúde.
Para qualificar o Sistema Imunológico, é necessário
equilibrar o Sistema Endócrino. Para equilibrar o Sistema
Endócrino, faz-se mister harmonizar o Sistema Emocional. E, para
harmonizar o Sistema Emocional, é indispensável que a pessoa se
sinta segura, em suas relações sócio-familiares e humano-
profissionais...
Em outras palavras, pode-se dizer que o processo
terapêutico e a manutenção da saúde se processam em três níveis
distintos e integrados: o Mental, o Emocional e o Orgânico.
Pela Reprogramação Mental, realizada pela
Reprogramação do Subconsciente, mediante a Compreensão,
automaticamente ocorre a harmonização mental, emocional e
orgânica; consequentemente, ocorre a recuperação natural da
saúde e o despertar da vitalidade orgânica.
 O Sistema Factual desencadeia os fatos e

acontecimentos na vida dos seres humanos.
A identificação e comprovação do Sistema Factual é uma
das grandes contribuições próprias da Parapsicologia
Independente do Sistema Grisa. Este Sistema está diretamente
relacionado com a PES 3 e a Psicocinesia 4 , no sentido do
3
PES, em Parapsicologia, é Percepção Extrassensorial, e refere-se à capacidade da
mente humana perceber além dos limites dos sentidos da visão, da audição, do tato, do
olfato e do paladar.
desvendar de inúmeros mistérios e fatos considerados

inexplicáveis, e que se manifestam na vida das pessoas.
Os conhecimentos desenvolvidos pelos estudos e pesquisas
do IPAPPI, em relação ao Sistema Factual, contribuem, de
maneira extremamente significativa, para a análise dos
acontecimentos na vida das pessoas.
Torna-se ampla e profundamente clara a afirmação:
Nada acontece por acaso!
Também contribui maravilhosamente na realização e
qualificação do Processo de Reprogramação pela Compreensão.
Justifica, outrossim, a formulação criativa construtiva:
Afirmo conscientemente, com toda convicção e intensa
emoção, que a prosperidade e a riqueza estão sempre presentes,
em minha e em nossas vidas,
em jardins, pomares e searas de abundância!
em carretas e aviões, trens e navios de fartura!
em bens móveis e imóveis, urbanos e rurais!
em rios, cascatas e avalanches de dinheiro.
E elas, a prosperidade e a riqueza, se transformam para
mim e para nós;
nós, filhos de Deus e herdeiros do universo,
em alegria e bem-estar, saúde e prosperidade, liquidez
financeira e
solidez econômica, amor e paz, sabedoria e felicidade!
irradiando benefícios para inúmeras pessoas em todos os
recantos da cidade,
do Estado, do País e do Planeta!
4
Psicocinesia, refere-se à capacidade que a mente humana possui para atuar sobre a
matéria: sobre o próprio corpo da pessoa e sobre elementos bioquímicos e físicos à sua
volta.
2.4 - Reprogramação do Subconsciente pela

Compreensão
A Reprogramação do Subconsciente sempre acontece de
forma automática e instantânea, a partir do momento em que
ocorre uma autêntica compreensão ampla e específica do fato
traumático, perturbador ou prejudicial, realizada pela atividade da
Função Racional, o Consciente.
Para esclarecer o significado de Compreensão, cabe
distinguir o significado dos verbos Entender e Compreender.
Entender refere-se a uma unidade ou a uma parte.
Compreender refere-se ao um conjunto de partes
constituindo um todo.
Exemplo: uma pessoa pode "entender" como funciona o
volante de um carro. Porém, esse entendimento isolado não o
habilitará ao exercício da profissão de motorista.
Para poder conquistar a habilitação de motorista, precisa
compreender como funciona a relação das diferentes alavancas
que o condutor de automóvel precisa, para comandar o veículo,
sua correlação e sua interdependência.
Mais ainda, somente depois de realizar diversas e
diversificadas experiências, ao volante de um carro, a pessoa irá
ampliar e aprofundar o entendimento de cada alavanca e a
compreender da correlação existente entre elas.
Somando conhecimento – entendimento e compreensão – mais a
experiência prática no seu uso, habilita a pessoa como profissional
do volante.
É suficiente entender como a Lei da Gravidade funciona;
Contudo faz-se necessário compreender como funciona o
Princípio da Alavanca.
No estudo dos Capítulos VI, VII e VIII, esses termos e
conceitos ficarão ampla e profundamente entendidos e
compreendidos. Também outras expressões, leis e princípios serão
definitivamente assimilados e incorporados pelos parapsicólogos
do Sistema Grisa e por outros hipnoterapeutas.
2.4.1 - Fundamentação Terapêutica da Hipnose

Pangrisiana.
A Hipnose Pangrisiana, fundamenta-se, em seu processo
terapêutico, no Método de Programação e Reprogramação do
Subconsciente.
Esse Método alicerça-se nas leis e nos princípios da
Repetição, Imaginação e Compreensão.
Tanto a Repetição quanto a Imaginação ou a Compreensão
programam o Subconsciente. No entanto, cabe enfatizar que o
papel fundamental da Compreensão é reprogramar o
Subconsciente.
A verdadeira Reprogramação Mental somente ocorre
mediante uma compreensão ampla e específica.
2.4.2 - Hipnose e Regressão

A técnica de Hipnose e o Processo de Regressão de
Memória (ou o resgate do passado) e a Análise das
correspondentes programações do Subconsciente, ocupam lugar
de destaque na estrutura de conhecimentos do Sistema Grisa.
Essa técnica e esse processo contribuem de forma
significativa para o autoconhecimento e desenvolvimento pessoal
e social.
►Conceitos Básicos
A fim de ampliar e aprofundar essa importante temática,
convém observar atentamente os conceitos básicos
correspondentes:
 Hipnose é “fixar a Mente num elemento”.

Após haver formulado essa definição de hipnose, encontrei
em obra de Émile Coué (1857-1926) uma definição semelhante.
Contudo seu conceito fundamenta-se particularmente no processo
de autossugestão, intensificado ao fixar a mente num objetivo
determinado.
O Dicionário Aurélio conceitua hipnose como sendo:

“Sono causado por meios artificiais”.
Fixar a mente num elemento é a pessoa concentrar tanto a
atenção do Consciente quanto o automatismo do Subconsciente
num só foco, ignorando tudo o que possa estar a sua volta. Esta é
a essência do transe hipnótico.
Hipnose é uma técnica que visa acessar informações
registradas no Subconsciente, acionado o processo de regressão de
memória.
Pela Hipnose, pode-se fixar mais facilmente programações
e convicções significativas no Subconsciente. Esses resultados
podem ser fortalecidos, servindo-se das leis da Repetição e da
Imaginação.
- A Hipnose facilita reorganizar e reprogramar o
Subconsciente, nos aspectos em que esteja mal programado,
perturbando ou prejudicando a pessoa ou o grupo social.
- A Hipnose também pode acelerar e aperfeiçoar o
processo de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal e
social.
 Regressão de Memória não é técnica terapêutica, é
simplesmente o Processo Mental ou de Pesquisa, que visa resgatar
o passado da pessoa ou do grupo social.
 Regressão Espontânea é aquele lembrar-se do passado

que ocorre sempre que as pessoas recordam o que aconteceu
ontem, no mês passado, ao longo da vida, relembrando ou
contando "casos dos velhos tempos"...
 Regressão Sistemática ocorre sempre que se visa

lembrar fatos específicos, buscando identificar causas ou
reconhecer processos, vivenciados em diferentes situações.
A Hipnose, facilitando o processo de Regressão de
Memória, pode contribuir de forma significativa para recordar
fatos específicos relacionados com traumas, bloqueios e conflitos,
isto é, identificar a origem de programações negativistas,

perturbadoras e prejudiciais; e, assim poder reprogramá-las.
Esse processo de Reprogramação Mental faz parte da
Terapia Parapsicológica do Sistema Grisa.
Regressão de Idade é expressão inadequada. Ainda que

algumas pessoas possam vivenciar fatos do passado, com tal
intensidade emocional, como se os estivessem vivendo no
presente - durante o processo de regressão de memória induzido -
contudo, essas vivências são apenas lembranças do passado.
A Regressão será sempre de Memória, isto é, lembrança de
algo vivido no passado da pessoa ou relacionado
significativamente com ela.
O fato de algumas pessoas, ao lembrarem-se de um fato do
passado, recordá-lo com a mesma intensidade emocional como se
o estivesse revivendo, confirma apenas um dos princípios
preconizados pelo Sistema Grisa: O Subconsciente não distingue
a realidade objetiva da realidade imaginária ou onírica.
Não distingue, pois, o real do imaginário nem do onírico.
Uma lembrança viva e vívida do passado aciona as
programações correspondentes, registradas no Subconsciente. Por
isso, as reações emocionais revestem-se de tal realismo que a
pessoa tem a nítida impressão de estar vivendo naquela época e
naquele lugar.
Todavia, tudo não passa de Reação Emocional, já vivida,
suportada e vencida.
Tais experiências, às quais se associam recordação e
emoção intensas, também correspondem ao princípio:
O Subconsciente não distingue Passado, Presente e
Futuro.
Para o Subconsciente, pois, Tudo e Sempre É!
Dessa percepção do Subconsciente tem-se:
Javé, ou seja, "Deus é!" "EU SOU!"
Portanto, quando uma pessoa se lembra de um fato, em

transe ou estado emocional acentuado ou hipnótico, tende a
vivenciar o mesmo como se estivesse presente naquele momento e
lugar. E, por conseguinte, as reações são tão vívidas e vividas
como se a pessoa estivesse participando do fato naquele instante.
Cabe ao hipnotizador aproveitar esse momento, em que o
hipnotizado está com o Subconsciente amplamente aflorado, para,
despertando nele a Função Racional, conduzi-lo a distinguir o
fantasma – que, por mais que pareça real e verdadeiro, todavia é
inexistente – e a perceber a verdade em relação à situação
recordada.
Se a pessoa estiver vivendo um transe muito profundo,
dando a impressão de que poderá sofrer alguma forma de colapso,
é importante manter a calma, por dois motivos:
1º - No transe, faz-se presente uma proteção plena -
oriunda da sintonia automática com as Leis Cósmicas, ou seja, o
ParaPsi, a Mente Criadora. Em transe, essa sintonia não permite
que pessoa alguma sofra algum prejuízo.
A mesma constatação já verificada, em outros estudos, em
relação ao médium ou pai-de-santo "incorporados"...
2º - Por mais que a pessoa pareça estar fora da realidade,
sempre terá a consciência do que ocorre, como o ator que
incorporou plenamente um personagem; e, nada lembra a pessoa
do ator em estado normal e natural. Sempre mantendo a calma
natural, o Parapsicólogo do Sistema Grisa, em tom de voz firme,
tranquila e amorosa, irá enfatizar que o que o hipnotizado está
vivenciando é, tão somente, uma forte lembrança de situação do
passado, a qual já foi vencida e superada por ele na ocasião.
Que ele já venceu e nada de grave aconteceu. Agora, ele vence o
fantasma que ficou daquela experiência.
Tanto é verdade que venceu, pois está aqui e agora, vivo e
sadio, ainda que um tanto emocionado e até mesmo assustado.
Mesmo sendo lembrança de experiência de vida passada,
nada disso tem importância na vida atual...
O hipnotizador experiente, habilitado em Orientação

Parapsicológica Pessoal, sempre saberá encontrar as palavras
certas e os argumentos adequados para, simultaneamente, ajudar a
pessoa a realizar a compreensão libertadora e renovadora,
despertando autoconfiança e autovalorização, conduzindo a
pessoa para sair do transe de forma natural. Ela não precisará
mais fazer cena, seja para atrair compaixão, piedade ou cuidados
especiais; seja para apresentar show, no qual brilhe seu vedetismo.
A paz e a liberdade, a vitalidade e o entusiasmo farão
brilhar o sorriso da vibrante harmonia evolutiva!
CAPÍTULO III
TABELAS FAMILIARES E
DEPRESSÃO
3 - Análise Parapsicológica do Sistema Grisa
Segundo os conhecimentos desenvolvidos pelo Sistema
Grisa, em relação ao ser humano, existe uma relação direta, lógica
e natural entre Programações Hereditárias, Tabelas Familiares e
Depressão.
A Depressão deve ser analisada tanto sob os aspectos
negativos das perturbações mentais e sintomas destrutivos, quanto
dos resultados positivos dos talentos e potencialidades que ela
origina.
3.1 - Programações Hereditárias

Para se entender melhor, mais rápido e profundamente os
conhecimentos apresentados neste capítulo, é cabível destacar
alguns temas fundamentais no estudo do ser humano ao longo dos
tempos.
3.1.1 - Essência e Aparência

Na busca de justificar os próprios atos, alguns filósofos e
cientistas elevam a aparência ao nível de essência, o subjetivo ao
nível de realidade objetiva. Por vezes, consideram a realidade
subjetiva como a única realidade, ignorando a existência da
realidade objetiva.
Essas discrepâncias têm, no mundo ocidental, uma origem
muito clara: o dogmatismo das igrejas cristãs, tido como
estagnante e paralisante. Para combatê-lo, considera-se tudo
válido e tudo permitido, usando de expressões como: “Porque eu
gosto”; “Porque eu quero”, considerando essas afirmações como
legítimas manifestações da liberdade humana.
É a busca da consagração cientifica do Individualismo e do

Relativismo, vistos como realidades dinâmicas, reagindo à
imobilidade dogmática.
• Poderosa Argumentação
Querendo demonstrar a realidade subjetiva, sob a ótica de cada
pessoa, um professor toma em suas mãos uma folha de papel e
pergunta a seus alunos:
- Esta folha é branca ou é escrita?
- Branca! – respondem os alunos.
- Não! – retruca o professor – esta folha é escrita.
Após uma cena teatral, repetindo: Branca! Escrita!, o
professor vira para os alunos a pagina que estava voltada para ele
e que estava escrita, e questiona: “Quem estava certo? Tanto
vocês quanto eu, pois essa era a realidade de cada um: Para vocês,
a realidade era folha branca. Contudo, para mim, a realidade era
folha escrita.”
Convém esclarecer que, mesmo tendo um lado em branco, na
essência, a folha é escrita.
• Verdade Subjetiva e Verdade Objetiva

Entende-se como Verdade Subjetiva o ponto de vista do
orientando como fruto de suas experiências pessoais. Para o
Orientador em Parapsicologia do Sistema Grisa, convém lembrar
que a Verdade Subjetiva é muito importante como ponto de
partida de orientação, todavia jamais como ponto de chegada.
Para compreender a pessoa a ser orientada, o
Parapsicólogo Clínico precisa colocar-se no ponto de vista do
Sócio em Qualidade de Vida, entender a realidade subjetiva do
orientando. Pois, só a partir dessa percepção, a Orientação
Parapsicológica passará a ser aceita por ele.
Porém, cabe lembrar: abraçar-se àquele que está perdido
no mar, sem saber para onde conduzi-lo, poderá ser fatal para
ambos.
É preciso possuir pontos de referência objetivos e seguros.

É fundamental saber para onde dirigir-se, a fim de salvar o
naufragado.
Observe-se, como exemplo, o tempo objetivo, mensurado
pelo relógio do Sistema Solar. Agora, consultando meu relógio,
percebo que são 15h:35min. Esse horário é definido pelo
movimento do Planeta Terra, integrando o Sistema Solar.
Quando o mesmo relógio comunicar que já são 18h,
nossos funcionários e de outras tantas instituições estarão
levantando e agradecendo mais um dia de atividade profissional.
Esses horários são objetivamente definidos,
independentemente do palpite de qualquer pessoa e do mais
conceituado cientista ou reverenciado sábio.
Contudo, o tempo do Sistema Emocional tem duração
diferente de pessoa para pessoa. O dia de hoje, para uns, terá
passado rapidamente. Para outros: Ufa! Finalmente chegou o fim
do expediente!... Já diz o adágio popular: “O tempo é relativo,
dependendo de que lado da porta do banheiro você está”.
3.1.2 - Cientista ou Catequista

Jamais me cansarei de enfatizar: "O Sistema Grisa estuda o
Ser Humano, sob a ótica exclusivamente objetiva, natural e
científica”.
E, por isso, sabe que as Leis Mentais funcionam sempre da
mesma forma, como, aliás, funcionam as demais Leis que regem o
funcionamento do Universo. Isto leva à constatação de que a
Parapsicologia do Sistema Grisa estuda o Ser Humano com a
precisão matemática da Engenharia.
Duas afirmações são por mim repetidas, no decurso da
Orientação Parapsicológica:
- Não sou vidente nem adivinho; sou matemático.
- Eu não sou catequista; sou cientista.
Observe-se, pois: Não quero nem desejo convencer pessoa
alguma, em relação às Leis e Princípios apresentados pelo Sistema
Grisa. Objetivo, sim, oferecer informações, conhecimentos e
parâmetros, que permitam às pessoas perceberem como é e como

funciona a realidade Objetiva. Elas mesmas precisam convencer-
se, criando suas próprias convicções, fundamentadas nas
constatações objetivas.
Para o cientista, não interessa a opinião de pessoa alguma,
muito menos a sua própria. Interessa unicamente perceber como
funciona o Universo, a Vida, o Ser Humano e a Mente Humana.
Interessa, pois, identificar as Leis e Princípios que regem o
funcionamento do universo físico e mental.
3.1.3 - O Enganoso tudo muda

Afirmar “Tudo muda, pois o que é verdade hoje, poderá
não ser mais verdade amanhã”, é mais um estratagema sutil, para
os liberalistas morais e libertinos comportamentais justificarem
seus atos de dúbia conduta.
E essa mutável verdade é ilustrada com exemplos
aparentemente irrefutáveis.
Observe-se: ontem, a menor partícula da matéria era a
molécula, logo depois já era o átomo, ontem era o quark e esse
também já era, pois o neutrino é considerado, agora, a menor
fração da matéria do Cosmos.
Convém salientar que a molécula não perdeu sua essência
molecular, porque perdeu o status de menor partícula da matéria.
Uma constatação é inevitável: a descoberta de uma Lei da
natureza, tanto do Universo Físico, quanto do Universo Mental,
não mudará jamais.
Pois a Ciência e outras formas de observação natural não
inventam nem criam Leis que regem o Funcionamento do
Universo e de seus elementos constitutivos. Apenas as descobrem.
Por isso, afirmo, sem medo de errar: As Leis da natureza
funcionam sempre da mesma forma. Cabe apenas, pois, conhecê-
las e respeitá-las. Aqui não há democracia. Quem quiser violá-
las, arque com as consequências!
Exemplos: Lei da Gravidade, da Temperatura, da
Dinâmica e do Atrito.
São Leis da Natureza que, ao serem violadas,

desencadeiam efeitos rápidos e altamente destrutivos. Por isto,
aprende-se a respeitá-las, obrigatória e rapidamente.
Contudo, aquelas leis, cujos efeitos são menos violentos e
menos imediatos, muitas pessoas dão-se ao capricho de violá-las.
Todavia, as consequências não deixarão de se manifestar.
- O que aqui se faz, aqui se paga! - proclama a Ciência Popular.
- A Lei do Retorno é inexorável! - vaticina o Principio Esotérico.
3.1.4 - Programações Hereditárias - Experiências de

Hipnose
Em 1972, Fauze Kfouri, parapsicólogo paulista, lançava
seu livro Raio X da Mente Humana e ministrava um curso de
Parapsicologia, no Clube 10 de Maio, em Joaçaba – SC.
Realizava demonstrações de Hipnose e Regressão de Memória
com participantes do curso, levando-os a relembrarem fatos e
experiências vivenciadas em seu período de gestação.
Era a primeira vez que eu presenciava experiências dessa
natureza. A partir de então, comecei a interrogar-me se havia
alguma influência da Vida Intrauterina na formação da
personalidade e no comportamento posterior dos seres humanos.
Kfouri, em suas demonstrações, sempre escolhia, como
“cobaias”, adolescentes, cuja mãe estivesse presente, a fim de
“comprovar a veracidade das lembranças”, como ele justificava.
Porém, eu me questionava se as lembranças do hipnotizado não
seriam, na realidade, comunicações telepáticas enviadas pela mãe,
presente na plateia, ao filho hipnotizado lá no palco. Levantava
essa hipótese porque se estabelecia um clima de concentração e
emoção, o que favorece a comunicação telepática mãe-filho.
Logo depois, eu mesmo fazia minhas experiências de
Regressão de Memória ao período de gestação, sem a mãe estar
presente. Conferindo a veracidade dos fatos lembrados, sempre
que possível, verificava que a grande maioria das lembranças de
Vida Intrauterina eram confirmadas pela genitora.
3.1.5 - Novas Experiências de Hipnose

De 1982 a 1984, em cursos de parapsicologia e hipnose
pelo Brasil, o parapsicólogo e professor Edgar Schitz, e eu,
levamos a surpreendentes resultados as experiências de regressão
até o período de gestação. Edgar tinha como objetivo demonstrar
como Representações Mentais desencadeavam reações
emocionais e comportamentais nas pessoas. Meu objetivo era
libertar seres humanos de traumas e bloqueios.
Em nossas experiências, confirmamos as constatações
referidas no item anterior, ao mesmo tempo em que identificamos
novos aspectos relativos à importância das programações de vida
intrauterina e do processo de nascimento. Confirmamos
igualmente que tudo o que a gestante pensa, sente e vive
influenciam nas emoções e comportamentos dos filhos, desde
bebês, na infância e nas diferentes fases da existência.
Em 1992, publico o livro O Jogo e a Estrutura das
Personalidades, no qual apresento características padronizadas de
Personalidade, resultantes das programações de Vida Intrauterina.
Nos anos subsequentes, as pesquisas prosseguem e
comprovam que as programações de Vida Intrauterina são
fundamentais na programação de imagens positivas ou negativas
de homem e de mulher, de pai e de mãe, de casamento e de
família, de filho e da vida em geral.
Constatamos, ainda, que a imagem muito negativa de
filho, decorrente de intensa e/ou prolongada rejeição à gravidez,
pode levar o Subconsciente a proteger o indivíduo, gerado em tais
condições, do perigo de ter filhos. Filhos passam a ser percebidos
pelo Subconsciente dessas pessoas como fantasma-que-faz-sofrer.
O Subconsciente, em decorrência de tal percepção, pode
proteger a pessoa do perigo de ter filhos e sofrer, servindo-se de
três estratégias fundamentais:
• Faz a pessoa permanecer solteira, evitando o
casamento e filhos;
• Leva à esterilidade ou causa sucessivos abortos
espontâneos;
• Ou faz manifestar-se a homossexualidade masculina ou

feminina.
3.1.6 - Constatações Transformadoras de

Conhecimentos
Constatamos também que, em todos os casos analisados, a
Depressão e a Síndrome do Pânico sempre têm origem em
Programações de Vida Intra-Uterina e no Processo de
Nascimento, bem como em Programações Hereditárias.
No entanto, a constatação mais importante, sem dúvida, é a
de que essas programações de Vida Intrauterina só atingem um
poder maior, quando são repetidas e fortalecidas, no decurso de
sucessivas gerações.
A Depressão sempre é decorrente de Programações de
Rejeição intensificadas no decorrer de três ou mais gerações
sucessivas, sendo que, ao menos numa geração, essa Rejeição de
Vida Intrauterina, direta ou indiretamente, é vivenciada de forma
muito intensa pelo ser em gestação.
Em todos os casos de Síndrome do Pânico por nós
analisados, o indivíduo vivenciou uma grave ameaça ou
experiência de morte, em seu período de gestação, ou no processo
de nascimento.
Em todos os casos de Homossexualidade analisados, fica
evidenciada profunda rejeição à gravidez, ao processo de
nascimento, ao parto ou a filho, somando-se a outras
programações correlatas, como:
• esperado ou desejado de sexo oposto ao que nasceu;
• muito medo da pobreza ou de outras formas de sofrimento;
• relações perturbadas e agressivas entre genitores e progenitores;
• abandono ou superproteção...
• abandono funcional, afetivo emocional e, acima de tudo, o
abandono mental.
Mais grave do que o abandono supracitado, e mais nefasta,
é a superproteção: quanto mais intensa, mais prejudicial,
impedindo o filho de sair do casulo protetor e impossibilitando-o

de evoluir.
Enfatizando tais consequências, tenho por hábito afirmar:
"A superproteção fabrica aleijados de corpo inteiro!"
Outra constatação importantíssima é a de imagem negativa
de Homem ou de Mulher transmitida de geração em geração, o
que pode ser observado pelo maior ou menor número de homens
ou de mulheres nas proles de diferentes gerações.
Essa constatação tornou-se mais lógica e evidente após a
descoberta de que é o Subconsciente da mulher que, segundo suas
programações, define o sexo do filho gerado.
Por exemplo, a imagem negativa de homem pode ser
confirmada quando prevalece a morte prematura dos filhos do
sexo masculino e há ausência de mortes de filhos do sexo
feminino. Também quando prevalece o nascimento de filhos do
sexo feminino.
E, outrossim, o inverso é verdadeiro. Quando prevalece o
nascimento de filhos do sexo masculino fica evidenciada a
imagem negativa de mulher, de mulher sofrida.
Pode-se afirmar que o Subconsciente raciocina da
seguinte forma: é melhor conceber filhos homens, pois eles gozam
de maior liberdade e sofrem menos que nós mulheres.
Entretanto, sem dúvida, a mais curiosa observação de
como se comportam as programações hereditárias, está no fato de,
muitas vezes, elas permanecerem latentes em uma ou duas
gerações, voltando a manifestar-se na geração posterior, numa
espécie de atavismo psíquico.
Dois exemplos que ilustram esse caráter latente de
Programações Hereditárias:
1° - Os avós vivem um péssimo casamento. A mãe
promete a si mesma que “jamais faria um casamento como o de
seus pais”, atrai um bom marido e vive um ótimo casamento.
Porém, seus filhos realizam casamentos fracassados ou
permanecem solteiros.
2° - A avó sentia-se violentada pelo avô, em suas relações

sexuais. A mãe vive vida sexual normal. Pois, desde a infância,
prometia a si mesma que jamais casaria com homem igual ao pai.
Mais ainda, rezava muito, pedindo a Deus que lhe concedesse a
graça de casar com um homem carinhoso, compreensivo e
bondoso.
Contudo, como sua filha não percebe seu pai agredir a
mãe, ignora a história do avô e a programação herdada, mediante
o registro existente no Subconsciente da mãe. E por não tomar
atitude de prevenção alguma, poderá vir a sofrer violência sexual.
Lembre-se sempre: é infinita a variedade de Programações
de Vida Intrauterina e também de Programações Hereditárias. E
muitas delas são aparentemente contraditórias entre si. Por
exemplo: Um filho pode herdar do mesmo pai, segundo as
experiências vivenciadas pela mãe em convívio com o marido,
programações positivas do pai enquanto pai; programações
péssimas do pai enquanto marido; e programações razoáveis do
pai enquanto provedor.
Todavia, a regra geral das programações de Vida
Intrauterina será sempre a mesma: como a gestante vive suas
experiências segundo suas emoções, assim o feto será
programado, dando origem a reações orgânicas, emocionais e
comportamentais, bem como a acontecimentos que vão marcar a
vida do indivíduo.
Esses resultados são lógicos e normais, observando-se o
que vem detalhado no capítulo IV, Programações de Vida
Intrauterina, do livro O Jogo e a Estrutura das Personalidades.
Essa temática sobre Depressão, suas causas, suas formas
de manifestação e consequências, vem detalhada no CD-SV 2 -
Libertando-se da Depressão.
Esse assunto será ilustrado e aprofundado em outros
capítulos deste livro, especialmente em exemplos de análise
parapsicológica e reprogramação mental.
3.2 - Análise de Tabelas Familiares

Desenvolver habilidade significativa, na Análise de
Tabelas Familiares, é indispensável pra a efetiva qualificação do
Parapsicólogo Terapeuta do Sistema Grisa - Parapsicólogo
Clínico.
Somente esta habilidade permitirá ao Terapeuta que se
sirva da hipnose e regressão de memória, desenvolva a
argumentação que efetiva a Compreensão dos fatos e situações
apresentadas pelo hipnotizado, Sócio em Qualidade de Vida, para
promover a autêntica Reprogramação Mental.
3.2.1 - Fundamentação das Tabelas Familiares

A análise das proles, sob a ótica de Tabelas Familiares,
somente tornou-se possível pela constatação do fundamento
teórico-científico de capital importância. Segundo o Sistema
Grisa, o Subconsciente funciona regido por Leis matematicamente
exatas, como as Leis da Física, da Química, da Biologia e da
Comunicação. Leis e princípios imutáveis, enquanto o planeta
Terra permanece o mesmo, no contexto do sistema solar e do
cosmos.
Observe-se ainda que a análise das pessoas e das famílias,
sob a ótica mencionada, torna-se viável e valiosa somente após a
constatação de que “o Subconsciente, como Função Mecânica,
Automática e Autônoma, é o poderoso executivo presente na vida
dos seres humanos”.
Adicione-se ainda a constatação de que as pessoas não são
efetivamente livres, pois agem e reagem essencialmente
comandadas pelo Subconsciente, mais do que pelo Consciente, a
Função Racional.
O estudo e a apresentação das tabelas familiares
fundamentam-se nas leis e princípios, relativos ao ser humano, à
mente humana e às características de personalidade, detalhadas
em O Jogo e a Estrutura das Personalidades.
Também precede e introduz o presente tema as referências
acima em relação às Programações Hereditárias.
As Tabelas Familiares do Sistema Grisa não são uma

exclusividade teórica. Em seu livro Árvore Familiar (Editora
Ground), o psicólogo americano, Denny Johnson, ao abordar o
tema sobre os doze avós e os aspectos hereditários, também faz
referência a sequências dos membros de diferentes proles, numa
abordagem semelhante à das Tabelas Familiares.
3.2.2 - Leis e Princípios Fundamentais

O jogo das Tabelas Familiares permite a análise e a
compreensão de consideráveis características de personalidade,
tais como inseguranças, bloqueios, conflitos, traumas, mas
também o desabrochar de talentos, potencialidades, capacidades e
habilidades presentes nas pessoas que integram a mesma família
ou mesmo clã.
O conhecimento de algumas leis e princípios, são
fundamentais para se entender o funcionamento desse jogo
fantástico.
O Sistema Grisa parte do principio de que as Leis e
Princípios que regem o funcionamento da Fenomenologia
Paranormal e, consequentemente, da Mente Humana e do próprio
Ser Humano, funcionam sempre da mesma forma, e são
matematicamente exatas como as Leis e Princípios da Física,
Química, Biologia e Comunicação.
E que o Subconsciente, desencadeando a Energia PSI,
dirige todas as ações, reações e acontecimentos na vida das
pessoas nos três Sistema Basilares: o Orgânico-Corporal, o
Emocional e Comportamental e o Factual...
A liberdade humana, sob a égide do Consciente - como
função racional da mente humana - e do Livre Arbítrio, ainda é
simples quimera. A capacidade atual dos seres humanos de
decidirem e escolherem livremente, de fato, dificilmente atinge o
percentual de 5%-cinco por cento das atitudes assumidas e
iniciativas tomadas.
3.2.3 - Leis e Princípios Específicos

Algumas leis e princípios, especificamente relacionados às
Tabelas Familiares, têm a ver com a Lei Natural de
Sobrevivência do Ser Único, a qual desencadeia a reação natural
e automática do Subconsciente, induzindo a pessoa a buscar “ser
diferente do outro”. Por isso, dentro da família, um irmão é
diferente do outro, e os filhos pragmáticos, procuram ser, agir e
reagir, diferentemente dos pais:
• a primeira filha faz o oposto da mãe;
• o primeiro filho faz o oposto do pai.
Diferentes Variáveis Intervenientes

Em alguns casos, esta lei pode parecer sem importância e
até mesmo inexistir, pela interferência de outras variáveis, como:
• Quando a mãe é muita apaixonada pelo pai e gera o primeiro
filho homem. Este, na infância e na adolescência, tenderá a imitar
o pai, mais do que se opor a ele;
• Quando a mãe for idealista e, com tranquilidade e firmeza,
estimular sua pequena pragmática a participar com ela nas
atividades cotidianas. Estimulada de forma adequada e carinhosa,
a pequena descobre ser muito capaz e vive a alegria das
realizações, passando assim a ser colaboradora da mãe, imitando-
a, ao invés de competir com ela ou contrariá-la.
A busca de ser diferente do outro concretiza-se também
com a contribuição de outras duas leis:
• Ser diferente de outra pessoa do mesmo sexo, reconhecida
como a pessoa mais próxima funcionalmente.
Exemplos: O primeiro filho tem a tendência de ser
diferente e fazer o oposto do pai. A primeira filha tende a ser
diferente e fazer o oposto da mãe.
• Proximidade Etária - A pessoa busca ser diferente do
irmão que identifica como mais próximo em idade,
independentemente do sexo de cada um.
Exemplos: O segundo filho de uma prole tende a competir
e concorrer com o primeiro, independente de sexo.
Na prole constituída somente por João e Maria, na

primeira e segunda infâncias, Maria terá a tendência de fazer o
oposto de João. Essa tendência pode prolongar-se por mais tempo.
Se João gosta de brincar muito e estudar pouco, Maria procura
fazer o contrário: ser mais responsável e estudiosa, a fim de
agradar aos pais e não fazê-los sofrer, como o irmão malandro.
Se o pai for muito trabalhador, João procurará ensiná-lo a
tirar férias. Maria, por sua vez, fazendo o oposto do irmão, tenderá
a ser dedicada e trabalhadeira, imitando o pai.
Seguem-se mais algumas leis e princípios que regem as
relações matemáticas presentes nas tabelas familiares:
• É o Subconsciente da mulher que seleciona o sexo da
criança a ser gerada.
• A imagem negativa de homem, registrada de forma
significativa no Subconsciente da mulher, enquanto
genitora, determina o nascimento de meninas.
• O contrário ocorre quando o registro é de imagem negativa
ou sofrida de Mulher.
• Número mínimo de filhos, três ou menos; grande diferença
de idade de um filho para outro, três anos ou mais; abortos
e natimortos: todos são indicadores e indicativos de que o
casal - não somente a mulher - possui um registro
intensamente negativo de filho.
• Sempre que as mortes prematuras ocorrem com filhos do
mesmo sexo, o que ocorre com mais frequência com filhos
do sexo masculino, significa que o casal, especialmente a
mulher, possui uma péssima imagem de pessoas daquele
sexo, associada à imagem negativa de filho.
3.2.4 - Determinação do Sexo dos Filhos

A Lei que estabelece a estrutura das proles e das Tabelas
Familiares, determina a alternância de sexos, na sequência dos
seus membros, iniciando sempre com o herdeiro do trono, ainda
que este seja de palha. Uma prole naturalmente equilibrada,
seguindo as programações da Era dos Músculos, da Tradição de
Homem Provedor e Protetor, fortalecida pelo processo machista, é

a seguinte: H-M-H-M-H-M...
No entanto, essa lei da alternância é mudada em função
das programações do Subconsciente, principalmente da genitora.
Porque é o Subconsciente da mulher que seleciona o
espermatozoide que irá definir o sexo do filho, no momento da
fecundação. É quando Subconsciente, em seu raciocínio
mecânico, decide: "Convém conceber filho deste ou daquele sexo,
pois isso será mais adequado para o próprio filho e para os demais
membros da família”.
Esta lei, que define o sexo dos filhos, foi identificada por
mim ainda nos anos de 1980, e está presente na primeira edição do
livro O Jogo e a Estrutura das Personalidades, de 1992.
As mudanças nessa lei ocorrem principalmente em duas
situações:
1ª. Quando existe uma imagem muito negativa de homem,
registrada significativamente no Subconsciente da genitora, esta
tende a conceber e gerar filhos do sexo oposto, isto é, meninas.
É como se seu Subconsciente proclamasse: "Chega de
homens em minha vida! Eles não prestam, e só fazem sofrer!”
Quando prevalece o número de filhas sobre o de filhos
homens, isto significa que a genitora, no período em que concebeu
e gerou os filhos, possuía uma imagem de homem como
incompetente em seus papeis principais de Provedor e de Protetor.
2ª. Quando a genitora possui imagem negativa de mulher,
como sofredora ou prisioneira do lar, tende a gerar filhos homens.
Neste caso, é como se Subconsciente dissesse: “Os
homens sofrem menos que as mulheres, têm mais liberdade.”
Como variante das duas situações acima, há a seguinte lei:
Sempre que, numa prole, ocorre uma sequência de filhos do
mesmo sexo, significa que, naquele período, a gestante ou
genitora vivenciava forte experiência negativa em relação ao sexo
ausente entre os filhos gerados.
Um exemplo é o fato de uma mulher gerar
consecutivamente filhas, impedindo e excluindo rebentos do sexo
masculino. Isto significa que, no período dessas gestações, ela

vivenciava péssima imagem de homem, especialmente como
sócio para criar filhos.
Outro exemplo é o da genitora que gera apenas filhos
homens. Significa que, nesse período, possuía ou vivenciava uma
péssima imagem feminina, como mulher sofredora, prisioneira do
lar e limitada profissional e socialmente, tendo como registro
significativo: “Homem sofre menos e goza de maiores benefícios
e facilidades”.
A quarta variante da Lei que rege a sequência das Tabelas
Familiares, e que se estende por um período mais longo,
estabelece: “Sempre que, por duas ou mais gerações consecutivas,
prevalece o número de pessoas de um mesmo sexo, significa que a
imagem negativa do sexo ausente se mantém, ao longo dessas
gerações, fortalecendo as mesmas programações nas últimas.” Até
tornar-se insuportável e inviável, ocorrendo a tendência de buscar
o extremo oposto.
Exemplo: na prole gerada pela bisavó, eram quatro
homens e seis mulheres. Na prole da avó, já eram cinco mulheres
e apenas dois homens. A mãe gerou apenas três mulheres. As
filhas, especialmente a segunda e a terceira, poderão permanecer
solteiras, ou uma delas, particularmente a caçula, poderá vir a ser
mãe-solteira, sendo sua prole uma neta.
A Tabela Familiar, constituída por uma prole na qual
sempre se alternam grupos de um sexo com um grupo de outro,
regularmente significa que, em cada grupo, a imagem negativa do
sexo ausente se intensifica sempre mais.
Como exemplo, apresento: o casal Antônia e José tiveram,
inicialmente, dois filhos homens, a seguir geraram três filhas
mulheres, posteriormente mais dois filhos homens e finalmente
mais duas filhas mulheres. Temos H.H.M.M.M.H.H.M.M.
Neste caso, o que ocorre no Subconsciente de Antônia é:
1º Casa-se com imagem negativa de mulher, mulher
sofrida e prisioneira do lar. Por isso, concebe dois filhos do gênero
masculino: H e H.
2º Concebe e gera a seguir três filhas: M. M e M. Esta

sequencia não significa que melhorou significativamente a
imagem de mulher em seu Subconsciente. Pelo contrário, piorou
significativamente a imagem negativa de homem. Seu
Subconsciente considera que ter rebentos femininos será mais
adequado e benéfico para ela e toda família.
3º Volta a conceber e gerar dois filhos do gênero
masculino: H e H. Isto significa que é mantida a imagem negativa
de mulher, sofrida e prisioneira, agora agravada pelas experiências
de mãe sobrecarregada com filhos, e com pouca ou nula
colaboração do marido nos afazeres domésticos, inclusive à noite.
4º Finalmente, Antônia encerra sua prole, concebendo e
gerando mais duas filhas. Isso significa que deve ter dado um soco
na mesa, pensando, talvez exclamando:
__ Preciso definitivamente assumir o comando desta
família pois, do contrário, o barco afunda ou a carroça vai para o
brejo!...
3.2.5 - Tipos de Tabelas Familiares

Esse fantástico jogo de análise das Tabelas Familiares
pode ser realizado desde a análise de uma prole única – Tabela
Simples, até um grande conjunto de tabelas, constituído por
inúmeras proles.
Tabelas Simples – são as tabelas analisadas isoladamente,
uma prole apenas. Exemplo é a prole constituída apenas por dois
filhos, Maria e José, ou por dez ou mais membros.
Os conjuntos de tabelas poderão ser analisados em
estruturas horizontais, verticais e paralelas.
Estrutura Horizontal é constituída por proles oriundas de
um mesmo grupo de irmãos.
Exemplo: Se eu ampliar a análise familiar, observando não
só a prole constituída por meus filhos, mas também analisar as
famílias constituídas por meus irmãos, com suas respectivas
proles, esta é uma análise de estrutura horizontal de tabelas
horizontais.
Essas tabelas familiares horizontais poderão revelar como

minha mãe viveu e se sentiu, durante o período em que gerou cada
um de nós, conforme a presença maior ou menor de filhos homens
ou filhas mulheres, presença ou não de abortos e natimortos,
diferença de idade entre um filho e outro, nas proles geradas por
cada um de nós.
Estrutura Vertical é constituída por proles de gerações
sucessivas, dos antepassados aos descendentes.
Exemplo: Se eu realizo a análise das famílias constituídas
por meus avós, por meus pais, seguida pela análise da minha
família e/ou das dos meus irmãos, estou realizando a análise de
uma Estrutura Vertical de tabelas familiares.
Nessa análise, pode-se a observar quais as programações
herdadas que foram qualificadas ou agravadas de uma geração a
outra, nos diferentes aspectos acima citados e consequentes
características de personalidades desenvolvidas, bem como a
presença mais ou menos intensa de resultados práticos, como os
denominados de sorte e azar, saúde e prosperidade, e tantos
outros.
Estruturas Paralelas são constituídas por duas ou mais
Tabelas Familiares – famílias e respectivas proles, cuja
observação e análise permitem comparar conjuntos de proles
inter-relacionadas por diferentes interesses.
Como exemplo, e lembrando que os semelhantes se
atraem, posso fazer um estudo analítico comparativo entre a prole
constituída por mim e meus irmãos e a constituída por minha
esposa e seus irmãos.
A análise de estruturas paralelas poderá ampliar-se
mediante a análise, tanto da Estrutura Horizontal, quanto da
Estrutura Vertical, próprias de cada uma das proles ou Tabelas
Simples.
3.2.6 - Exemplos de Análises Familiares

Tomando a letra “H” como símbolo de homem, e a letra
“M” como símbolo de mulher, podemos analisar mais facilmente
as proles abaixo relacionadas, as quais também podem ser

analisadas e avaliadas como Tabelas Familiares.
São Tabelas Familiares porque revelam muito da
organização e formação da família pelos dados contidos na
sequência de filhos deste ou daquele sexo, no intervalo em anos
de uma gestação para outra, no número de filhos, na ocorrência de
abortos e natimortos... Tudo pode ser percebido e analisado, com
a precisão matemática da engenharia.
Prole A – Constituída por: H-M-M-M-M.

Neste exemplo de prole, analisada como tabela familiar,
fica evidente que a mãe desses filhos se decepciona
profundamente com o marido logo no início do casamento.
É como se seu Subconsciente, como seu guardião,
percebendo os homens como causadores de perturbações,
complicações e sofrimentos, proclamasse: "Chega de homens em
minha vida!"...
Tal programação é consolidada durante a gestação do
primeiro filho, o qual é homem. Por isso, o Subconsciente dessa
mulher evita a concepção e a gestação de outros filhos homens,
concebendo e gerando consecutivamente, 4-quatro filhas.
Com certeza, uma característica comum às 4-quatro
filhas será a de buscarem autonomia de sobrevivência,
permanecendo solteiras ou buscando prover a família criada como
se o marido estivesse ausente.
Esta mulher, como mãe e esposa, manifestará tendências
de comando, autoridade e até mesmo de autoritarismo,
demonstrando autoconfiança, competência e até mesmo de
autossuficiência.
As 4-quatro filhas, cada uma do seu jeito – lembrando
sempre da atuação do Princípio Natural de Sobrevivência do Ser
Único – tendem a serem autoritárias, mandonas... Porém, também
tendem a serem competentes, determinadas e teimosas ou
persistentes...
Também pelo fato da esposa haver se decepcionado com o

marido, desde o inicio do casamento, pois concebeu apenas o
primeiro filho como homem, conclui-se que a mãe dessas meninas
sempre poderá ter enfatizado, dentro de casa e para suas filhas,
que ela precisa trabalhar muito, porque o pai não cumpria os seus
deveres de provedor e protetor.
Em relação ao único filho homem, ele também tenderá a
colaborar com a mãe, especialmente por ter a tendência natural de
fazer o oposto do pai.
Em consequência, ele poderá reduzir significativamente a
influencia das programações negativas de homem herdadas da
mãe e fortalecidas pela decepção da mãe em relação ao pai,
particularmente se isso ocorreu na gestação do filho.
Como consequência, as meninas também são convidadas
pela mãe, quando não exigidas, para colaborarem com ela em
todas as providencias necessárias para o bom funcionamento da
casa e a sobrevivência da família. Particularmente quando a mãe
pertence de etnias, oriunda da civilização da carência.
Estas serão consequências evidentes e inevitáveis – sempre
que não ocorrer uma reprogramação significativa da imagem
negativa de homem – além de uma infinita gama de programações
correlatas, que podem atuar como variáveis intervenientes. Cito
dois exemplos:
• Mãe ou pai que, na infância e adolescência, integrou
família mais abastarda ou mais pobre, com maior ou
menor nível de escolaridade...
• Ambos os genitores foram educados na mesma religião e
na mesma igreja ou cada qual em religião ou igreja
distinta. Quando há desencontro de programações
religiosas, facilmente manifestam-se os resultados
decorrentes de programações de culpa e suas
consequências...
Esteja sempre atento, analista do Sistema Grisa!
. Prole B – Constituída por: M-M-H-M-M-H

Neste exemplo, fica evidente que a mãe desses filhos, ao

se casar, traz consigo uma imagem muito negativa de homem. Sua
mãe, e talvez também a avó e bisavó, com certeza, declamava
uma arenga mais ou menos assim: “Homem é um incompetente e
mandrião. A mulher precisa aprender a garantir sua sobrevivência,
pois não se pode contar com a incompetência desses homens que,
muitas vezes, mais atrapalham do que ajudam, e não são bons
sócios para criar filhos. Sim, porque homem, só presta para fazê-
los!”
Por isso, essa mulher concebe primeiramente duas filhas.
A terceira gestação é do sexo masculino. Isto ocorreu não porque
melhorou a imagem de homem, mas porque se agravou a imagem
de mulher sofrida.
É como se o Subconsciente raciocinasse: “É melhor
conceber filho homem, que goza de maior liberdade e sofre menos
do que nós, pobres mulheres”.
Porém, logo a seguir, essa mulher concebe e dá à luz mais
duas filhas. Essas filhas não nascem mulheres porque melhorou a
imagem de mulher e sim, porque piorou ainda mais a imagem de
homem.
É como se o Subconsciente dessa mulher raciocinasse:
“Não tem jeito. Preciso segurar a rédeas dos cavalos para que a
diligencia não vá para o barranco nem despenque em precipício,
assumir o leme do barco, do contrário ele afunda, pois não posso
contar com o marido como companheiro, sócio na criação dos
filhos.”
O caçula somente nasce homem porque piorou ainda mais
a imagem de mulher. Ele é efetivamente um filho de mulher
sofrida, talvez sofredora, e seu comportamento alternar-se-á entre
dois sentidos: a sensibilidade emotiva do homem que não gosta de
ver mulher sofrer, e a teimosia de caçula, que precisa defender a
sua posição diante dos marmanjos e do batalhão de mulheres.
No entanto, convém lembrar que é filho de mulher forte.
Portanto, herdará, também, significativas programações
correspondentes.
Observando esta sequência de filhos, fica evidente que a

mãe dessa prole é quem de fato assume o comando da família. É
mandona, por necessidade herdada segundo a arenga proclamada
por sua mãe, sua avó, sua bisavó ou ainda por todas elas e
companhia. Com certeza, ela foi esperada menino e atraiu para
seu casamento um homem esperado menina. É igualmente
evidente que todas essas filhas serão também mandonas, e os
maridos com quem elas casarem que se cuidem. Pode ser ainda
que uma ou outra permaneça solteira, com filhos ou não.
Os dois filhos homens herdam da mãe uma imagem muito
negativa de homem, tendo em vista a decepção dela com o pai
deles. Somando-se ainda o fato de terem sido muito esperados do
sexo masculino, é grande a possibilidade de se tornarem homens
muito inseguros, egoístas, incompetentes e projetos de fracasso.
Isso só não ocorrerá se a mãe for firme, enérgica, forte, e
orientá-los para o trabalho, o estudo e uma efetiva colaboração
com as irmãs e mãe na organização e desenvolvimento familiar,
também visando a prosperidade.
Dois outros fatores também são significativos: a evidente
super proteção decorrente do fato de terem muitas “mães”; e o
fato se considerarem sempre com muitos direitos e poucos
deveres, pois cumpriram sua grande missão de nascerem machos,
homens, herdeiros do trono familiar, ainda que seja de palha.
Prole C – Constituída por - M-M-M-H

Neste caso, também fica evidente que a mãe dessa prole
herdou de sua mãe, avó, bisavó e, talvez, de sua tataravó, a
imagem muito negativa de homem, ouvindo da boca dessas
mulheres a famosa arenga, supracitada, vaticinada de geração em
geração.
Especialmente ao tratar-se de descendentes de povos
oriundos da Civilização da Carência 5.
5
"Ver livro O JOGO E A ESTRUTURA DAS PERSONALIDADES, Capítulo III
- PROGRAMAÇÕES CULTURAIS MILENARES.
Suas filhas terão características típicas: mulheres decididas

e determinadas, buscando vivenciar autonomia de sobrevivência.
Essas mulheres também herdam e desenvolvem
características semelhantes às da Prole B.
O caçula foi muitíssimo esperado homem e tem com as
características correspondentes. É caçula com as características de
teimosia e outras, como já foi descrito em O Jogo e a Estrutura
das Personalidades.
Todavia, por ser filho de mulher sofrida, não gosta de ver
mulher sofrer. Diante de uma mulher que sofre, ele poderá ter
diferentes reações, por vezes contraditórias. Um exemplo: se a
esposa ficar doente, poderá ausentar-se de casa, ou correr a fim de
buscar socorro, ou simplesmente ficar a lamentar-se. O mesmo
poderá ocorrer com os homens da Prole B.
Como consequência tanto das programações herdadas,
quanto das programações adquiridas na vida Intrauterina e no
processo de nascimento, bem como reforçadas pela educação
familiar, esse caçula nasce num esquema familiar que evidencia
todas as possibilidades de ser super protegido e,
consequentemente, vir a ser um estrondoso fracasso.
Contudo, se esse caçula for filho de uma mãe muito-boa-
de-reza, e for educado num contexto de família organizada e bem
estruturada, tem a possibilidade - ainda que aparentemente remota
- de vir a ser um grande vencedor. Nesse caso, ainda poderá vir a
ser a mula-de-carga de toda família...
Prole D - Constituída por: H-H-M-M-M-H-H-H-M

Fica evidente que a mãe dessa prole foi esperada menino
durante sua gestação. Como consequência das programações
herdadas, observa-se:
• Provavelmente casa com marido muito esperado menina;
• Ela concebe inicialmente dois filhos homens;
• Ela é filha de mulher forte e, reagindo diante da incompetência

do marido, concebe, consecutivamente, três filhas;
• Os três homens gerados, posterior e consecutivamente,
demonstram quanto essa mulher, no período que os gera, sente-se
frustrada como mulher e sente o peso de ser mãe, escrava-da-
casa...
• Todavia, a presença da filha caçula comprova, claramente,
que a mãe dessa prole reage, assumindo definitivamente o
comando da família.
Em tais casos, normalmente o homem se ausenta ou
simplesmente se acomoda, indo de carona no processo. Raramente
o marido dessa mulher seria um revoltado autoritário.
Aqui existe a possibilidade, como na Prole A, do homem
tornar-se alcoólatra, viver doente ou morrer muito cedo, sentindo-
se inútil e marginalizado no processo familiar.
Pode-se ainda destacar um elemento importante desta
família: o segundo filho e segundo homem. Ele é o primeiro
idealista, prensado entre os dois pragmáticos. Portanto, ele ocupa
o pior lugar da família.
Ele só terá duas alternativas:
• ser o revoltado, a "ovelha-negra" da família...
• ser o bonzinho e colaborador, o maior vencedor da família,
também podendo assumir o papel de "mula-de-carga".
A segunda alternativa parece ser a mais viável, pois ele
teria sido esperado menina para fazer companhia para a mãe,
registrando em seu Subconsciente o compromisso de colaborar
com a mãe de forma especial, por não ter nascido a menina
esperada por ela.
Como já foi apresentado no item anterior (3.2.5), as
Tabelas Familiares podem ser analisadas em outros aspectos, bem
como na relação entre elas, tanto em ordem horizontal, quanto em
ordem vertical.
Tudo isto demonstra que o estudo do Ser Humano deixou
de ser um mistério. Todavia, permanece um ser constituído por
uma vasta gama de fatores ou variáveis intervenientes. Isso faz

com que cada pessoa seja um ser bastante complexo.
3.3 - Depressão e Talentos

Posso enfatizar: A Depressão é um dos temas que
pessoalmente mais estudei, pois precisava libertar-me dela para
sobreviver.
Durante muitos anos, vivenciei ansiedade e angustia, sem
saber que são dois sintomas correlatos e essenciais na
manifestação da Depressão. Como adolescente e seminarista
católico, supunha que a angústia e sensações semelhantes fossem
remorsos decorrentes de pecados mal confessados.
Quando a Depressão e Cia. me assaltavam, ora sentia-me
anestesiado, ora a raiva e o ódio me dominavam, e sentia o desejo
de mandar tudo para os quintos dos infernos. Chutar a bola do
Mundo para o negro abismo do Nada.
Sentia-me dominado por uma legião de demônios...
Meus músculos sentiam o peso do cansaço, a fraqueza se
apossava de meus membros e tudo, Tudo era muito, muito
difícil!...
A noite fria da Angústia envolvia meu coração. O colorido
das flores desbotava... Tudo, tudo mesmo, parecia sem graça,
perdia o sabor. A fome e o desejo de alimentar-me eram
anulados...
Voltava o desejo de acertar um chute firme e forte na bola
do Mundo e mandar tudo, Tudo para os quintos. Desapareciam os
pontos cardeais! e eu estava sem rumo, sem norte, mergulhado no
Vazio...
E o véu negro da Noite Eterna tornava-me absolutamente
impotente diante do Vazio sem fim...
Na mesma época, leio os versos, do poeta indianista

Antonio Gonçalves Dias, no poema Canção do Tamoio:
"A Vida é combate,/ que os fracos abate!/
"Que aos fortes, os bravos,/ só pode exaltar!"
É fácil imaginar que o Pedrinho, magricela, tímido, com

limitação visual e gago, desejava intensamente incluir-se entre os
fortes e os bravos.
Passo, pois, sempre que a tristeza e outros sintomas
ameaçavam assaltar-me, a repetir, com firmeza e voz forte, os
versos do Tamoio, índio corajoso e destemido. A imagem do
Tamoio devolve a meu mundo as cores, os sabores, renasce a
alegria em meu coração e com ela, a vontade de viver e de vencer!
Descobria a magia dos versos e o poder das palavras.
Em 1963, no Noviciado dos Missionários do Sagrado
Coração de Jesus, em Itapetininga/SP, eu padecia de terrível
prisão de ventre, que um ano e meio de tratamento médico não
tinha resolvido.
O único alívio ocorria após o uso de supositório de
glicerina, de uma a três vezes por semana. Logo após a evacuação,
seguia-se terrível encefaleia! A enxaqueca, atingindo seu ápice,
anunciava igualmente que, em breve, estaria se esvaindo...
Queixando-me ao mestre de noviços, Padre Adriano, ele
me sugere a prática da Hatha Yoga e empresta-me o livro Yoga
para Cristãos.
Com um mês de prática dos Ásanas - posturas corporais -,
somadas ao treino da respiração e à concentração mental,
desaparecem os sintomas...
Ao constatar o maravilhoso benefício resultante da prática
da Hatha Yoga, percebi que se abriam novos horizontes, no
mundo das ideias e do conhecimento. E, parodiando Castro Alves,
podia exclamar:
- Vai, Pedrinho, abre a cortina da Eterna Oficina e tira um
Novo Mundo de lá!
Mais tarde, identifico a relação existente entre prisão de
ventre, ansiedade, enxaqueca e depressão. Tudo ocorre em função
de fatos perturbadores e traumáticos, como experiências de vida
intrauterina e do processo de nascimento.
Posteriormente, no desenvolvimento das pesquisas
realizadas no IPAPPI, constato que uma das causas mais
significativas da prisão de ventre, senão a principal, decorre do

fato da pessoa haver sofrido ameaça de aborto, durante a gestação.
Observe-se como funciona tal relação: Os músculos do baixo
ventre que a parturiente utiliza para dar à luz, são os mesmos que
todas as pessoas utilizam para evacuar. Consequentemente, se a
gestante for aconselhada a não fazer esforço, para evitar parto
prematuro, automaticamente seu Subconsciente buscará contrair
os músculos do baixo ventre, estreitando a passagem do túnel-da-
vida, protegendo a continuidade da gestação. O Subconsciente do
futuro cidadão registra a programação, importantíssima para ele:
Contrair os músculos do baixo ventre, evitando que o bebê saia
antes do tempo, é o mesmo que salvar-lhe a vida.
E as fezes são retidas por este ser humano, com o mesmo
cuidado de quem preserva a vida. "Soltar os músculos e evacuar",
para o Subconsciente deste ser humano, é o mesmo que perder a
própria vida.
Tanto o bebê, quanto o futuro cidadão, sofrerão de prisão
de ventre e queixar-se-ão de enxaqueca, que muitas vezes será
considerada "de causa desconhecida". Porém, nós, do Sistema
Grisa, sabemos que sua origem está na prisão-de-ventre. E esta,
por sua vez, origina-se da ameaça de aborto.
No meu caso, com a prática da Yoga, a Depressão e a
Ansiedade são controladas; porém, não totalmente superadas.
Em 1966, em conversa com o professor de Psicologia e
orientador espiritual, dou-me conta de que, nos dois ou três anos
anteriores, só conseguia almoçar após tomar um copo de água
com açúcar. Esta prática revela o índice da ansiedade vivida por
mim, ainda que parcialmente controlada. É neste período que
escrevo poemas que vão integrar o livro Interrogação Vital.
Um dos poemas que considero como uma boa definição de
depressão, intitulado Vazio:
"Vago vagando,/ dentro da vaga noite,/
vaga-lume em seu vai-e-vem,/ dentro da noite vazia..."
A maioria dos poemas reflete momentos de angustia,

ansiedade, depressão e desespero.
Contudo, sou influenciado pelos poemas, extremamente
positivos e otimistas, do padre Michel Quoist, líder do movimento
da juventude católica da França, particularmente de seu livro
Poemas para Rezar.
Por isso, também os meus poemas tendem a transformar as
trevas da depressão em raios de luz e respingos de água
vivificante.
Na luta contra o fantasma da depressão, faz-se um
continuo alternar entre trevas e luz, desânimo e entusiasmo,
tristeza e alegria, angustia e júbilo, longas horas de sono e
persistente dedicação, na conquista de objetivos e de sonhos...
3.3.1 - Depressão e Vida Intrauterina

Na década de 1980, constato que uma Vida Intrauterina
tumultuada por conflitos e rejeição e um Processo de Nascimento
vivenciado sob ameaça de morte, são as causas principais, quando
não únicas, da Depressão, Ansiedade, Angústia e sintomas
correlatos.
3.3.2 - Depressão, Biológica ou Psicológica?

No mundo acadêmico, há um grande debate entre os
defensores de cada uma das duas hipóteses:
1ª) A depressão é de origem psicológica;
2ª) A depressão tem origem biológica.
Nos estudos e pesquisas desenvolvidos pelos profissionais
do IPAPPI, sob minha orientação e coordenação, torna-se cada
vez mais evidente que a depressão tem origem mental, tendo
como fonte principal as programações de rejeição vivenciadas no
período de gestação e as de ameaças de morte no processo de
nascimento.
No início da década de 1990, constata-se que a Depressão
origina-se de uma série de programações de rejeição ocorridas no
período mínimo de três a cinco gerações consecutivas.
Contudo, observe-se que nenhuma gestante, como mãe,

rejeita filho; pode sim rejeitar as dificuldades vivenciadas, durante
a gravidez. E o filho em gestação, consequentemente, se sente
rejeitado e registra tais programações de rejeição em seu próprio
Subconsciente.
Atente, ainda, que toda rejeição de Vida Intrauterina é
vivenciada pelo feto como ameaça de morte, pois, fora do útero
materno, não teria chances de sobreviver.
Em 2001, estas pesquisas do Sistema Grisa conduzem a
uma nova constatação: Da Placenta do Sofrimento, nascem
trigêmeos univitelinos, o Depressivo, o Paranormal e o
Superdotado.
Em setembro de 2002, uma nova constatação é
identificada: A depressão é talento! ou conjunto de talentos.
Explico: Comparo a Depressão a uma grande pedra
preciosa jogada numa lagoa de água lamacenta: muitas pessoas
morrem afogadas antes de encontrar a gema preciosa.
Contudo, o Sistema Grisa já traçou o mapa do tesouro.
A primeira linha que traça esse mapa estabelece: Quanto
mais a pessoa sofre, mais desenvolve a capacidade para colocar-
se no lugar do outro ser-que-sofre.
É esse tesouro de talentos que dá origem aos santos de
todas as religiões e aos heróis de todas as pátrias. E, por mais
paradoxal que pareça, é também a mesma depressão que gera
todos os bandidos, oriundos dos inconformismos radicais.
3.3.3 - Da Depressão ao Sistema Grisa

Na segunda edição de livro de poemas Interrogação Vital,
como Parapsicólogo, analiso o Poeta Depressivo e, de forma
simplificada, apresento o caminho que me conduziu da Depressão
ao Sistema Grisa.
A constatação mais importante, que me auxiliou a sair das
trevas da depressão, foi a de que, apesar de todas as dores e de
todos os sofrimentos vividos por minha mãe e eu, no período de
minha gestação e no processo de meu nascimento, uma só era a

verdade a ser percebida:
Tanto minha mãe, quanto eu, vencemos todos os perigos e
ameaças de morte. Nós vencemos! E temos muito mais a
agradecer e louvar do que a chorar e lamentar.
Nós dois fomos e somos dois vencedores. Podemos erguer
a cabeça, que brilha coroada pelos louros das inúmeras vitórias!...
E tudo foi complementado, no processo de Compreensão,
ao constatar que nem eu nem minha mãe tivemos culpa alguma,
em relação aos sofrimentos padecidos. E surge a primeira
absolvição geral:
"Não se trata de culpar pessoa alguma! Trata-se de
entender a situação, e porque isso ou aquilo ocorreu, a fim de,
doravante, poder aperfeiçoar o processo da existência, para
construir uma vida melhor e ser mais feliz!...
Outra Absolvição Geral

Costumo explicar a meus sócios em Qualidade de Vida
que, por muitos anos, estudei para padre. Porém, não fui ordenado
sacerdote. Portanto, não conquistei o direito de ministrar
absolvição sacerdotal.
Todavia, com o somar dos conhecimentos, aprendi a
ministrar quatro absolvições gerais como conhecedor de como a
vida funciona.
E um desses "poderosos antibióticos mentais", é:
"Em relação à hora de minha concepção, ao período de
minha gestação, ao processo de meu nascimento, e também em
relação ao sexo com o qual nasci, sou absolutamente inocente!
Sim, pois, não fui eu que escolhi tais condições e situações.
Portanto, em relação a esses fatos, situações, acontecimentos e
circunstâncias, e resultados decorrentes, sou absolutamente
inocente! Por isso, desfruto agora da alegria de viver com saúde,
bem-estar, harmonia e felicidade! Sou livre, sou capaz e sou feliz!
Venço Sempre! Sempre venço!"
Uma terceira absolvição, assim pode ser proclamada:
"No meu passado, da hora de minha concepção até o

momento presente, em relação a tudo o que eu fiz ou deixei de
fazer, sempre e somente realizei o melhor. Se não fiz melhor, é
porque não sabia fazê-lo ou não podia fazê-lo. E não podia fazê-lo
por circunstâncias e fatores externos ou por condições internas,
que nós identificamos como Programações Mentais e
características de personalidade.” 6
Jamais cansarei de enfatizar:

Sempre que lhe parece que Deus, o Criador do Universo,
está lhe subtraindo algo importante, preste muita atenção! Em
troca, Ele estará lhe oferecendo outras duas, dez ou centenas de
preciosidades ou milhares de oportunidades, em substituição à
aparente perda!
6
Veja no Portal do IPAPPI, www.sistemagrisa.com.br no Blog do Dr. Pedro A. Grisa,
o artigo ‘Um tesouro em três baús’.
CAPÍTULO IV
A HIPNOSE E A CONCEPÇÃO DO
SISTEMA GRISA
4 – Terminologia e Semântica
A Parapsicologia Científica e Independente do Sistema
Grisa constituí-se numa nova organização e estrutura de
conhecimentos, podendo ser classificada como uma nova ciência
relativa ao Ser Humano.
O Instituto de Parapsicologia e Potencial Psíquico,
IPAPPI, em estado permanente de pesquisa, é a principal fonte
geradora desses novos conhecimentos. Na medida em que são
novos e se consolidam como importantes fontes de benefícios para
os seres humanos, é normal e natural que necessitem de
terminologia própria, com significados específicos, ou então que
palavras já existentes adquiram novos significados e novas
conotações.
Surge, pois, uma terminologia própria, e as alterações
semânticas se processam de forma significativa e natural.
Como exemplo, cito o primeiro contato pessoal e
ambiental, de importância fundamental no Processo Terapêutico.
Por isso, fundamentado em conhecimentos específicos da
Parapsicologia e do Sistema Grisa, sempre busquei encontrar uma
terminologia própria para esse ambiente e esse momento.
Desde a penúltima década do século XX, afirmo:
– Os parapsicólogos do Sistema Grisa não são videntes
nem médicos. Por isso, convém que evitem termos como
consultório, consulta, paciente, assim como o uso de roupa
branca. Inúmeras vezes, observei que essas palavras e essa cor de
vestimenta vêm associados a memórias aterradoras que, na
Parapsicologia do Sistema Grisa, podem ser classificadas como
fantasmas assustadores e perturbadores.
Atualmente, em meu Gabinete de Orientação

Parapsicológica, quando recebo uma nova pessoa para ser
atendida, afirmo:
– Seja bem-vindo, meu Sócio em Qualidade de Vida!
Desde já lhe comunico que eu não tenho paciência para ter
paciente. Somente aceito ter Sócio em Qualidade de Vida. Se eu
quisesse ter paciente, seria dentista, médico, psicanalista ou outro
especialista, em semelhante lista. Porém, sou Parapsicólogo do
Sistema Grisa. Por isso, como tal, não tenho paciente.
Houve um tempo em que aceitava ter cliente. E justificava
o termo, explicando que "Cliente não se torna dependente de
pessoa ou lugar. Ele busca produto quando quer, ou quando
precisa."
Contudo, posteriormente constato que são as lojas que têm
clientes. Então, resolvi substituir cliente por parceiro.
Todavia, aos poucos, dei-me conta de que as empresas
possuem outras empresas como PARCEIRAS.
Também já tive Sócios em Terapia. Observei que terapia
também possui conotação negativista ou fantásmica: "Quem faz
terapia é porque não está bem. Estaria doente ou ficando
maluco?"
Por isso, decidi que, em meu Gabinete de Orientação
Parapsicológica, recebo somente pessoa que aceita ser minha
Sócia em Qualidade de Vida.
Observe-se que, ao desenvolver-se o processo de criação,
socialização ou regulamentação de uma nova profissão, também é
preciso que essa nova atividade se distinga das demais por
terminologia e linguagem próprias.
Neste capítulo e neste livro, as palavras Reprogramação e
Compreensão adquirem significados específicos e novas
conotações.
Em leitura atenta, você poderá observar que vários são os
termos e expressões próprios da presente obra.
Os leitores mais atentos das obras do Sistema Grisa já
observaram, com certeza, que esse processo, em busca de
linguagem própria, vem se desenvolvendo, na medida em que

novas obras são publicadas.
Já pensei em revisar todas as minhas obras, buscando
unificar essa linguagem. Porém, considero que seria apagar
marcos importantes do processo da evolução histórica da
Parapsicologia e do Sistema Grisa.
4.1 - A Comparação e a Compreensão do Invisível

Tudo o que é invisível ou imperceptível para os sentidos,
só pode ser entendido e ter seu funcionamento explicado mediante
comparações.
4.2 - Subconsciente Comparado a Robô

Assim, quando constatei que o Subconsciente poderia ser
comparado - em seu funcionamento - a um Robô Invisível,
percebi que era possível dar um Salto Quântico, na busca da
compreensão objetiva e no processo de Reprogramação do
Subconsciente, proporcionando autêntica transformação no
Sistema Emocional das pessoas, em especial nos aspectos mal
programados.
E a Hipnose aparece como técnica extremamente
facilitadora, no processo de Reprogramação Mental.
4.2.1 - Inédita Hipótese

Surge nova e importantíssima hipótese: Mudar as
programações indesejadas e prejudiciais, registradas no
Subconsciente, seria, consequentemente, tão simples quanto
mudar ou alterar registros de um computador.
E é a Hipnose que permite a realização de experiências que
possam confirmar ou não a veracidade desta hipótese. Realizo
experiências, a partir das fobias mais simples, como medo de
sapo, barata e outros insetos ou bichos.
Verifico que - tendo conhecimento razoável das Duas
Funções Mentais Básicas - com exercícios de Hipnose, de 30-
trinta a 40-quarenta minutos de duração, a pessoa que tinha pavor
de sapo ou barata, descobre que o batráquio - apesar do seu

jeitinho desajeitado - é muito simpático; e que a barata, apesar de
seu traje desengonçado, é um inseto inofensivo, fujão e
engraçado.
Observo mais ainda: A Mudança de Percepção não ocorre
num processo gradativo que perdura de 30-trinta a 40-quarenta
minutos, para se instalar na Placa-mãe do Robô Invisível, o
Subconsciente.
Ocorre sim, numa fração de segundo, no exato momento
em que a pessoa, racionalmente, constata a verdade objetiva que o
elemento assustador - sapo, barata ou qualquer outro elemento -
não é aquilo que ela imaginava ou percebia de forma distorcida e
enganosa. Não é o fantasma percebido por seu Subconsciente. É,
sim, uma realidade objetiva e simples, sobre a qual a pessoa pode
exercer pleno controle e observar natural e tranquilamente, sob o
comando do Consciente.
E a hipótese se confirma, transformando-se em
revolucionária e fantástica constatação.
4.2.2 - Fantástica Constatação

O Ser Humano pode libertar-se de uma fobia, com a
mesma facilidade que altera um dado ou programa em seu
computador.
A antiga sabedoria, que parecia ser inconteste, começa a
tornar-se obsoleta. Perdem seu valor, considerado lógico e natural,
tido como absoluto, dois princípios que se tornaram provérbios ou
ditos populares:
É de pequenino que se torce o pepino.
Pau que cresce torto, morre torto.
Também se reduz extremamente a validade da expressão

consagrada, entre inúmeros terapeutas:
"É preciso trabalhar muito", para superar esse bloqueio ou
qualquer outra perturbação.
Surge, assim, um novo princípio basilar do Sistema Grisa,

relacionado com o Processo de Reprogramação do Subconsciente:
Reprogramar o Subconsciente é tão fácil e simples quanto
alterar dados e outras informações, em seu computador!
É preciso estar sempre alerta, Parapsicólogo do Sistema
Grisa, para evitar que velhas crenças, vestidas com capa de
sabedoria ou toga de saber científico, solapem ou reduzam a
velocidade do Processo de Compreensão e Reprogramação
Mental!
4.3 – Fobia de Barata

Estou em Copacabana, na cidade do Rio de Janeiro. É
outubro de 1996. Uma senhora elegante ingressa em meu
Gabinete de Orientação Parapsicológica e exclama:
– O senhor é minha última esperança!
– O que lhe parece tão difícil? - retruco.
– Parece, não! É terrivelmente difícil! E parece-me
insolúvel!...
Após explicações específicas, a senhora se tranquiliza e
relata que tem pavor de baratas.
Desde os 15-quinze anos, esse seu pavor havia sido
classificado como fobia.
Desde então, inúmeras foram as tentativas para libertar-se
desse pavor. Contudo, nenhum resultado efetivo...
– Participei de dois cursos que o senhor ministrou aqui no
Rio. Foi durante suas explicações - claras e divertidas - que fui
percebendo algo novo e diferente, aumentando minha esperança
de haver encontrado o caminho para sair desse túnel escuro e
horrendo! Sim, pois essas malditas baratas vivem me perseguindo!
- exclama, estremecendo em arrepios.
– Quero – digo-lhe – ter a oportunidade de ainda rir com
você.
– O pior é - prossegue em sua indignação - que essas
malditas baratas me perseguem, por onde quer que eu vá! No ano
passado, estava, com meu marido, em Los Angeles, num hotel

maravilhoso, quando uma dessas terríveis e nojentas apareceu
dentro da mala que abri!... Foi um horror! Até o gerente do hotel
esteve em nosso quarto, tal foi minha gritaria.
Faz uma pausa. Suas reações emocionais demonstram
sofrer de angústia e sensação de impotência... Geme, esfregando
as mãos uma na outra.
– Isso não foi nada. Quando chego em casa, sozinha...
Meu marido permaneceu nos Estados Unidos, para concluir
alguns negócios de nossa empresa. Ao entrar em nosso
apartamento, as paredes da sala e de nosso quarto estão forradas
por enormes baratas!
4.3.1 - Telepatia e Psicocinesia

– Se, até agora, elas sempre a perturbaram, saiba que, –
intervenho, com voz natural e firme – graças à Parapsicologia, a
senhora irá descobrir que elas são portadoras de ensinamentos
maravilhosos, que irão lhe trazer muitos benefícios.
– O senhor está querendo gozar de minha cara? -
interroga-me, com olhar que manifesta surpresa e angústia.
Minhas palavras pareciam ter criado mais confusão em seu
mundo interior.
Confesso: fiquei apreensivo. Parece que ela pode sofrer
um colapso.
Respiro profundamente e intervenho, com firmeza, voz
forte e clara:
– Calma, minha senhora, nada de tão grave aconteceu! A
senhora está aqui e está viva! A senhora é muito forte, e as baratas
não são tão poderosas quanto lhe parece!
Ela suspira, e eu insisto:
– É o poder de sua mente que atrai as baratas! Tanto pela
Telepatia, quanto pela Psicocinesia. Lembra-se do que expliquei,
durante os cursos?
Seu olhar de surpresa, gradativamente, semeia alegria em

suas faces e um sorriso amarelo aflora em seus lábios.
Reduzido seu sofrimento, ela retoma o relato. Deixo-a
concluir e, tranquilamente, olho em seus olhos e declaro:
– Parabéns a você! Pois, como você atrai as baratas, você -
se quiser - poderá atrair dinheiro e outros benefícios.
Como ela está realizando o terceiro curso comigo, já
possui as informações básicas indispensáveis sobre as Funções
Mentais e sua relação com alguns fenômenos paranormais e o
Poder da Mente.
Coleto informações sobre sua história de vida e tabela
familiar.
4.3.2 - Análise do Sistema Grisa

Constato que ela é a primeira filha. Somente quatro anos
depois, nasce seu único irmão.
Com base no Sistema Grisa e observando sua minúscula
Tabela Familiar, à primeira vista, dois dados apresentam-se como
de fundamental importância:
1º - O fato de ela ser a primeira a nascer e ser mulher;
2º - Só quatro anos depois, ter nascido seu irmão.
O pavor que a senhora vivencia é característico, segundo
as pesquisas do IPAPPI. É de pessoa que sofreu "experiência de
ameaça de morte", no período de gestação ou no processo de
nascimento.
Sim, pois, diante das baratas, vivencia reações típicas de
pessoas que sofreram autêntica ameaça de morte, emocionalmente
falando.
Portanto, minha primeira suspeita, desde o início de seu
relato, foi de que devia ter registrado, em seu Subconsciente, uma
ameaça de morte, no período mais importante na vida de todos os
seres humanos. Esse período fundamental vai da concepção à
interrupção do funcionamento do cordão umbilical, momento em
que se conclui o processo de nascimento.
As pesquisas do Sistema Grisa demonstram, como regra

geral, que, quando o primeiro nascimento é de mulher, o parto é
difícil.
Questionada sobre seu caso, informa-me que seu
nascimento foi a fórceps.
– Fui tirada a ferro! Por isso, muitas vezes minha mãe me
deu na cara.
Explico-lhe que ela venceu a morte, já ao nascer! Que ela e
sua mãe sofreram, por ocasião de seu nascimento. Todavia, uma
só é a verdade, em seu caso: ela e a mãe foram mais fortes que a
dor, o sofrimento, a falta de ar e outras sensações de mal-estar.
– Vocês duas são campeãs! A vitória foi maior que
qualquer perigo. E, por mais graves que tenham sido os perigos, a
grande verdade é que “a proteção foi mais importante, que
qualquer perigo!"
Ela já está mais tranquila. No caso, considero que duas
variáveis colaboraram, para tranquilizá-la:
1ª - Mudou o foco de sua atenção, abordando temas bem
diferentes do que o das assustadoras baratas;
2ª - A constatação de que é vencedora e de que o perigo
não foi tão ameaçador.
4.3.3 - Exercício de Hipnose

Realizo, com sua esperançosa anuência, exercício de
hipnose.
Sua primeira lembrança a faz estremecer, enquanto
sussurra:
– Mamãe... mamãe!...
Em resumo, ela conta que, quando tinha três anos de idade,
presenciou a seguinte cena: sua mãe, ao abrir uma gaveta da
cozinha, sai correndo e sobe numa cadeira, enquanto, apavorada,
grita para a empregada, que se aproxima, correndo:
– Barata! Barata! Ali, na gaveta! Horrível!
Explico-lhe que foi normal ela ficar assustada diante da

cena dramática que sua mãe viveu, naquela ocasião. E que, se sua
mãe, grande e poderosa, se apavorava daquela maneira, por causa
da barata, esta devia ser um bicho horrível e muito perigoso para
você, uma menina ainda indefesa. Por isso, foi normal que esse
registro mental, que essa programação, se instalasse em seu
Subconsciente, de forma que a barata aparece como terrivelmente
ameaçadora...
Ocorre uma pausa. Depois, enfatizo:
– Foi normal você, uma menina inexperiente, de poucos
conhecimentos, insegura e assustada, ficar apavorada, diante da
reação dramática da sua mãe. Contudo, uma só é a verdade: O
medo mais intenso foi resultado do que você imaginou, e outras
pessoas fortaleceram sua imaginação. Imaginou ainda o que
poderia estar acontecendo, o que poderia vir a acontecer e,
posteriormente, o que poderia ter acontecido! Seria também
normal que, nas noites que se seguiram, você tivesse sonhado com
a “terrível barata”! Tivesse sofrido de pesadelos!
Continuo a explicação e enfatizo:
– Porém, uma só é a verdade: Nada de grave aconteceu!
Você não morreu! Também, nenhuma pessoa ficou aleijada! Ou
retardada mental. Ou aconteceu isso com alguém?
A resposta é rápida e negativa. Prossigo, com voz calma e
firme:
– Você está aqui, viva e sadia. Apenas, estava um tanto
assustada. Mais nada! Logo depois, tudo foi voltando ao normal.
E a vida segue seu ritmo cotidiano e seu rumo natural!
4.4 - Considerações Finais

Após o exercício, comentamos o ocorrido. Ela está
tranquila e animada.
Aproveito o clima e explico-lhe:
– Convém sempre lembrar que se tem todos os poderes da
Imaginação. Por isso, aproveite essas imagens fortes vividas por
você: Imagine que as asas das baratas se transformam em notas de

dólares ou reais...
Ela achou a ideia interessante e divertida.
Em encontro posterior, deu-me a notícia de que, numa
brincadeira entre amigas, jogara na loteria, obtendo prêmio
bastante bom, suficiente para complementar as compras do
enxoval para a filha, que estava para casar. E exclama:
– Foi uma farra, ao dar a notícia, no chá da tarde!
E eu complementei:
– Lembre-se sempre: quando parece que Deus está
tirando algo de alguém, na verdade, Ele está oferecendo
oportunidades que correspondem, no mínimo, ao dobro do que
parecia estar tirando, ou ainda dez ou cem vezes mais! Deus
jamais foi um sádico, como por vezes lhe é imputado...
CAPÍTULO V
HIPNOSE E COMPREENSÃO
Reprodução e Análise do CD nº 17
I Parte - Orientações Preliminares
5 – CD HIPNOSE E COMPREENSÃO
Esse CD apresenta uma síntese da Técnica de Hipnose
como estratégia para acelerar o Processo de Compreensão, para se
obter efetiva Reprogramação Mental, incluindo a Regressão de
Memória, detalhando, de forma especial, a Técnica de Indução
Hipnótica como é praticada por mim.
O presente Capítulo visa explicitar e justificar o texto do
CD referido e sua aplicação funcional. O texto do áudio está
transcrito em itálico.
O comentário está impresso em letra normal.
Para facilitar a organização didática, as citações do CD
estão numeradas.
5.1 - Orientações para o Exercício de Hipnose
1 - Quando inicio um exercício de hipnose com um Sócio em

Qualidade de Vida, sempre costumo afirmar:
– Durante o exercício que iremos fazer agora, a melhor
atitude a assumir é ficar tranquilo e não fazer coisa alguma. Nem
mesmo perguntar-se: "Será que é assim mesmo?"
– É assim mesmo, afirmo-lhe. E deixe para o comandante
conduzir o barco desse Processo!
Essa explicação inicial, que cada hipnoterapeuta poderá
fazer a seu modo, é indispensável. E, inúmeras vezes, é necessário
desenvolvê-la com maior riqueza de detalhes.
Sim, pois, as pessoas geralmente procuram um

Parapsicólogo ou hipnotizador, com diferentes ideias falsas de
hipnose e de regressão, buscando resultados mágicos.
Alimentam, ainda, fantasias e expectativas que, quando
não desmistificadas, poderão frustrar todo o processo. E graves
serão as consequências.
2 - Durante o exercício, você vai estar Consciente. Vai perceber

tudo. Vai acompanhar tudo. E, depois, lembrar-se-á de tudo.
Nesse momento, algumas pessoas costumam retrucar:
Então, o Sr. não faz regressão? Eu pensava que ia ficar
inconsciente, e que não ia lembrar de coisa alguma e, quando
acordasse, estaria tudo resolvido.
– Pessoa - explico-lhe - que afirma realizar regressão
inconsciente, com certeza é charlatão, hipnologista improvisado
ou pouco conhecimento possui sobre a Hipnose.
– Os hipnotizadores de palco - prossigo - normalmente
sugestionam o hipnotizado, direta ou indiretamente, para que a
pessoa hipnotizada, não se lembre do que aconteceu no palco.
Fazem isso a fim de evitar que ela se sinta constrangida e poder
contar sempre com essa e outras “cobaias", em seus espetáculos.
Durante a experiência de hipnose de palco, a pessoa estava
consciente; porém, sua memória era bloqueada, direta ou
indiretamente.
Se necessário, segundo o grau de conhecimentos do Sócio
em Qualidade de Vida, ou outros motivos e dúvidas, convém
esclarecer que é essencial estar consciente, durante o exercício, a
fim de possibilitar a Compreensão - atividade específica do
Consciente, como Função Racional - e possibilitar a
Reprogramação instantânea, impossível de ocorrer se só o
Subconsciente estiver atuando.
Em estado de inconsciência, só o Subconsciente estaria em
atividade. Em tal caso, somente seria possível dar ordens diretas
ao Subconsciente. São as denominadas sugestões pós-hipnóticas.
Em tais condições, poder-se-ia mudar a reação, sem

eliminar a causa correspondente. Por exemplo: A pessoa está
habituada a fumar. O hipnotizador dá a sugestão:
"De ora em diante, o cheiro do cigarro e sua fumaça vão
lhe causar desconforto e nojo. Cigarro é nojento..."
A pessoa, mediante tais sugestões, poderá deixar de fumar.
Contudo, não eliminará a causa que a habituara a fumar. O cigarro
poderia estar funcionando como código de segurança e
autoafirmação.
Privado do cigarro, poderá ir buscar apoio na bebida
alcoólica e tornar-se alcoolista.
– Bom resultado?
Somente a constatação de que a hipnose não anula a
função racional do Consciente é que irá consagrar a hipnose como
importante técnica terapêutica de orientação e organização mental.
3 - Em tais casos costumo informar: "Eu também gostaria de ser

mágico mental. Pois assim, já seria milionário, não seria apenas
meio rico."
– Afinal o que é Hipnose? – poderia você perguntar-me.
– Boa pergunta. Durante treze anos, também me
perguntei: "O que é hipnose?"
E, lendo livros que tratavam do tema, nenhum me dizia o
que era Hipnose. Davam apenas uma conceituação geral. Não
davam uma definição específica. Havia até alguns convencidos
que, mesmo não sabendo o que é Hipnose, davam-se ao luxo de
classificá-la hipnose Leve, Média e Profunda, quando não,
apresentando até dez graus ou níveis distintos de Hipnose.
Nesse momento, ficava indignado com os autores dos
livros: “Como alguém pode falar, afirmar que uma garrafa está
cheia, pela metade ou vazia, se não sabe o que é garrafa?!”
Especialistas em Qualidade de Vida do Sistema Grisa,
alerto: jamais se deixem levar pela ilusão da hipnose inconsciente
ou profunda, pois, acumularão fracassos! Mantenham-se firmes e
tranquilos, por mais petulante que seja o Sócio em Qualidade de
Vida. Ainda que o transe hipnótico possa ser vivenciado em

intensidade maior ou menor - graus leve, médio e profundo -, ele é
dispensável para que ocorra a regressão de memória, visando
obter a compreensão que reprograma o subconsciente.
Todavia, observe-se que o transe hipnótico, quanto mais
profundo, mais facilita o registro das Sugestões Pós-Hipnóticas -
SPH. Segundo o grau de transe, também as lembranças poderão
ser mais vivas, e as emoções vivenciadas com maior intensidade.
Tais experiências contribuem para intensificar a confiança
e a percepção dos hipnotizados, em relação a todo o processo.
Contudo, minha longa experiência deixa evidente que a
Reprogramação Mental não está diretamente relacionada com o
grau de transe hipnótico, nem mesmo com a intensidade das
emoções vividas, mas sim, com a clareza lógica da compreensão.
E, sem dúvida, somando-se transe e compreensão, a experiência
possui um melhor sabor.
Como ilustração, coloco aqui o relato de uma terapia
realizada pelo Dr. A. J. F. de Andrade, médico da equipe do
IPAPPI, ainda na década de 1990. Trata-se do atendimento de um
engenheiro pragmático, que tinha pavor de sapo. Ele mesmo, em
conversa natural, narra como havia registrado em si o pavor de
sapo.
– Eu tinha cinco anos e era um menino destemido. Não
tinha medo de nada! Porém, em dia de chuva, matei um sapo, lá
no quintal. E enterrei o bicho. Qual não foi minha surpresa
quando, no dia seguinte, encontro o safado no degrau da escada da
cozinha, que dava para o quintal.
Demonstrando nervosismo, o engenheiro prossegue:
– Matei o desgraçado novamente, e o enterrei no fundo da
valeta da rua. Tinha certeza de que o matara para sempre! Por
isso, fiquei apavorado quando, no dia seguinte, encontrei o danado
de novo perto da escada da cozinha. Para ter certeza de que era ele
mesmo, fui à valeta da rua e, de fato, ele tinha saído de lá
também! Foi então que tive a certeza que ele não era um sapo,
mas o diabo disfarçado de batráquio! Também tomei consciência
de que minha avó tinha razão, quando afirmava: “Quem judia de

bichinho, um dia o diabo lhe aparece!...”
Andrade relata que lhe explicou que fora normal ele, como
menino, ter chegado a tais conclusões. Porém, seria normal
também que ele, como engenheiro, se desse conta de que, para um
menino de cinco anos, não era tão simples matar um sapo. Por
duas vezes, enterrou o sapo vivo. E, por duas vezes, a água da
chuva amoleceu a terra e salvou o sapo.
Diante de tal conclusão, os dois riram e festejaram o
desaparecimento da fobia de sapo.
Fica evidente que foi a compreensão dos episódios do sapo
pelo engenheiro que desfez o fantasma de fobia de sapo.
– Considero fantástica – intervém outro profissional do
IPAPPI - essa experiência do Dr. Andrade, que é pragmático, com
o engenheiro pragmático, pois, ao acontecer a compreensão sem
hipnose alguma, ocorreu automaticamente a harmonização
mental, despertando até o senso de humor.
– Contudo – intervinha eu – a regressão de memória
ocorreu, a partir da lembrança que remontou aos cinco anos.
E a alegria dos profissionais do IPAPPI presentes foi quase
eufórica,
Era a confirmação de uma hipótese, a maior vitória de todo
cientista.
Cabe sempre lembrar que existem inúmeras formas de
Regressão de Memória.
Como no caso do médico Andrade e seu engenheiro, sempre que
se está relatando episódios do passado, fatos interessantes da
infância, dificuldades e vitórias da adolescência, em todos esses
casos se está realizando Regressão de Memória.
Portanto, para realizar regressão, a pessoa não precisa estar
em hipnose, muito menos sob o domínio de algum mágico
profissional mágico poderoso.
Outro exemplo de regressão: quando se arquiteta um
projeto, relembra-se tudo o que foi aprendido no passado, tudo o
que se viu e que pode auxiliar no desenvolvimento do projeto.
Enfim, são infinitas as formas de Regressão de Memória

que as pessoas vivenciam cotidianamente.
Portanto a Regressão é fato natural e simples...
São hipnotizadores de palco e pessoas que se apresenta em
programa de televisão, que semeiam falsos conceitos em relação à
Regressão e à Hipnose, visando preservar sua aura de poder e
mistério, particularmente seu mercado rentável.
4 - Em 1985, concluo que Hipnose é fixar a Mente num

elemento.
Afirmei Fixar a Mente. Não declarei: "Fixar a Atenção".
A pessoa pode fixar somente o Subconsciente, uma vez que
essa Função Mental funciona de forma autônoma.
Todavia, ao fixar o Consciente, automaticamente é
acionado igualmente o Subconsciente, uma vez que o Consciente
só funciona com a participação do Subconsciente.
Essa definição de Hipnose, formulada por mim, é simples,
direta e abrangente, além de não fazer nenhuma referência a níveis
de concentração da atenção ou graus de relaxamento ou relaxação
muscular e orgânica.
Para estar hipnotizado, não precisa estar relaxado, ainda
que, de forma geral, isso tenha suas vantagens, para facilitar o
Processo de Compreensão.
A pessoa que está apavorada, diante de um inseto que o
amedronta, não está hipnotizada pela imagem que aciona o
pavor? E está relaxado?
Assim, se o Sócio em Qualidade de Vida afirma que não
consegue relaxar, dê-lhe os parabéns e diga-lhe que ele já está
hipnotizado. Por isso, é só continuar, pois o exercício de Hipnose
já começou.
Aproveite esse estado do sócio e provoque uma
Associação Livre de Ideias a partir da emoção ou sentimento
perturbador que ele está vivenciando. Identificar as emoções ou os
sentimentos mais intensos ou comuns vivenciados pelo Sócio em
Orientação Parapsicológica - OP, é uma tática eficaz para facilitar
a lembrança de fatos do passado que são causas desencadeadoras

das inseguranças associadas a esses sentimentos e emoções.
5 - Nessa época, lendo o livro “Liberte Sua Personalidade”, de

Maxwell Maltz, a professora Maria Emely Koneski - minha
colaboradora em Pesquisa Bibliográfica - alertava-me que o
autor, no capítulo que trata de Auto-Hipnose, afirma o seguinte:
"Mais importante que Hipnotizar as pessoas, é ajudá-las a Des-
hipnotizar-se".
Essa afirmação de Maltz correspondia às minhas
observações. Mais ainda, confirmava uma convicção minha -
resultado dos últimos estudos, pesquisas e análises: "Pessoa
alguma tem medo de sapo, avião ou elevador..." Seria estupidez
humana ter medo de sapo, barata, elevador...
Nos acalorados debates realizados no IPAPPI, afirmava
eu: "Se uma pessoa vier dizer-me que tem medo de sapo, barata e
semelhantes, ela não pode ser classificada como gente! É muita
estúpida para ser gente!"
Dei-me conta, então, de que a pessoa estava hipnotizada
por ideias ou imagens falsas dessas realidades. Se conseguisse
des-hipnotizar a pessoa dessa ideia ou imagem falsa, ou seja,
libertá-la do fantasma que se projeta sobre tais elementos, ela
estaria livre do medo, do bloqueio ou do conflito.
Dizer ao Sócio em Qualidade de Vida que já está
hipnotizado, pela tensão ou pelo medo, provocados pelas falsas
ideias ou "fantasmas", que só falta des-hipnotizá-lo, é motivo de
alívio para ele e de confiança no terapeuta e no processo proposto.
6 - Isto confirmava outra questão: na verdade, a pessoa não

precisa ficar com medo de uma realidade que é tão simples. É
preciso que a pessoa se dê conta de que - ao descobrir o sapo
verdadeiro, ou outra realidade objetiva, o medo se esvai. Isso me
lembrava dois ensinamentos de Jesus de Nazaré:
Primeiro: "Por que reparas no cisco que está no olho do
teu irmão, se não percebes a trave que está no teu? Ou como
poderás dizer ao teu irmão: "Deixa-me tirar o cisco do teu olho”,

se tu mesmo tens uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a
trave do teu olho, e então verás bem para tirar o cisco do olho do
teu irmão.” (Mateus 7:3-5)
Segundo: "Só a verdade vos libertará."
Quando a pessoa perceber o que é, de fato, o "sapo de
verdade", visão racional e objetiva, acaba o medo.
Des-hipnotizar a pessoa da ideia falsa de sapo ou de
elevador, e libertá-la do fantasma de monstro que projetava no
sapo, ou do fantasma de caixão de defunto ou de guilhotina que
projetava no elevador, faz com que ela descubra que o batráquio,
de verdade, em seu jeito desajeitado, até que é simpático, e que o
elevador é um trenzinho vertical gostoso para se viajar nele.
Nenhuma pessoa tem medo de sapo ou elevador. Tem,
sim, a crença falsa sobre esses elementos, que é a causadora da
perturbação ou do medo.
Após a pessoa ter um conhecimento claro e objetivo de
como a Mente Humana funciona, e num exercício de hipnose de
15 a 20 minutos, constata-se que é possível levar a pessoa a
perceber o fato traumatizante sob outro ponto de vista que não o
do trauma. Com a Compreensão Funcional e objetiva do fato, ela
se livra instantaneamente do "fantasma", da insegurança, do
medo, do trauma ou de qualquer outra perturbação.
Se é possível libertar uma pessoa de um pavor,
transformando-o em percepção normal e agradável, então, com
certeza, é possível libertar os indivíduos de outras emoções e
sentimentos negativos: angústia, tristeza, depressão e outras
reações perturbadoras e comportamentos inadequados.
Os medos, fobias e outras inseguranças que as pessoas
vivenciam são resultados de programações mentais - oriundas da
Vida Intrauterina, do Processo de Nascimento e de experiências
Pós-Nascimento.
Mudando-se a programação, muda-se a reação ou
comportamento correspondente. É o mesmo que des-hipnotizar as
pessoas.
Normalmente, não será necessário deter-se nessas

explicações, especialmente quando são pessoas mais simples ou
que já conhecem as obras do Sistema Grisa. Porém, o Orientador
em Parapsicologia deverá estar com estes argumentos na “ponta
da língua”, podendo acessá-los facilmente, assim que se fizer
necessário.
Esse conhecimento, bem assimilado, também emprestará
maior segurança ao Hipnotizador.
7 - Retornando às explicações indispensáveis, antes de iniciar o

primeiro exercício de Hipnose, confirme:
“Durante o exercício que iremos realizar, quando eu
disser pra você se lembrar de algum fato, fale o que lhe vier à
mente. Poderá lembrar-se de um fato de que sempre se recorda.
Se um fato é sempre lembrado, significa que ainda não foi
resolvido. Como o sonho que se repete, é porque ainda não foi
compreendido e muito menos solucionado. Poderá ainda lembrar-
se de um episódio que há muito tempo não recordava. Também
poderá vir à mente um fato que ‘nem sabia que sabia’. Ou
alguma realidade que parece sem importância. Nesse momento do
exercício, tudo que vier à mente tem importância. Portanto, se
algo vier à mente, é porque é importante, dentro do objetivo
proposto para o presente exercício.
Se você imaginar um sapato, quando lhe pergunto:
‘Vivenciava angústia?’, você irá falar do sapato. Sim, pois essa
imagem pode trazer à tona um evento muito significativo. Por
isso, sua atitude, durante o exercício, será sempre de falar o que
vier à mente. Pois, a questão mais importante não é recordar
alguma coisa muito antiga ou esquecida, um fato inusitado ou
extraordinário. O fundamental é selecionar as lembranças ou
figuras imaginárias que ainda estão associadas a programações
que produzem reações ou sintomas atualmente. Um fato que,
neste momento, parece não ter valor algum. Se vier à tona, é
porque de fato ele não foi resolvido. Estava apenas recalcado ou
reprimido. Por isso, é preciso revê-lo, a fim de fazer um novo

entendimento ou complementar a compreensão.
Estimular o parceiro em terapia a falar o que vier à mente,
sem nenhuma restrição, é fundamental para que o Hipnotizador
obtenha sucesso com os sócios em terapia. Especialmente os que
mais precisam, que são os mais retraídos, os desconfiados, os
questionadores, os pouco sugestionáveis ou os muito
sugestionáveis - que utilizam a sugestionabilidade, para não serem
sugestionados - e por tantos outros motivos que levam a pessoa a
fechar-se em seu casulo protetor, por medo ou dúvida.
É inconveniente e arriscado realizar um exercício de
hipnose, sem o terapeuta conhecer bem os dados fundamentais da
pessoa - contexto familiar e cultural, período de gestação e
processo de nascimento, infância e adolescência. Se o hipnotizado
se lembrar de "sapato", o hipnotizador deve estar pronto para
perguntar, por exemplo: "Por que a imagem de sapato o angustia?
Lembra pobreza? Pés descalços? Recorda caminhar com
desconforto? Diferença social? Por que angústia e sapato?". O
hábil Parapsicólogo do Sistema Grisa "tira leite de vaca morta".
Sempre convém lembrar que as pessoas podem ser
classificadas em três grupos distintos, segundo o enfoque principal
de como percebem o mundo à sua volta, sistema de percepção e
de comunicação:
1º - Pessoas Visuais - lembram os fatos como cenas de
filmes ou novelas, imagens claras, nítidas e coloridas.
2º - Pessoas Auditivas - iniciam a lembrança, ouvindo
frases, aclamadas no passado: “A mãe disse, a avó falou”.
3º - Pessoas Sinestésicas - vivenciam sensações táteis,
olfativas ou gustativas e podem afirmar que não se lembram de
coisa alguma.
Muitas pessoas, em hipnose, enfatizam a descrição de fatos
como se fossem cenas de filmes ou novelas – cenas e imagens
visuais ou auditivas.
Se o hipnotizado não recorda fatos visuais nem parece
ouvir falas, ou perceber imagens, pode vivenciar sentimentos ou
sensações inesperadas. O sócio em OP poderá dizer: "Estou

sentindo as mãos ou pernas pesadas”.
O Parapsicólogo do Sistema Grisa está sempre atento,
visando decifrar a linguagem codificada do Subconsciente e
comentará, sem titubear - visando sempre fortalecer os aspectos
positivos e reduzir ao máximo o valor negativo daquilo que o
Sócio em Qualidade de Vida vivencia:
– Parabéns, pois essa sensação demonstra que você obteve
um ótimo estado hipnótico.
E enfatiza:
– Eu ajudo você. Conto, de 3-três a 0-zero e, se você se
sentiu preso ou amarrado, por algum motivo, em algum momento
de sua existência, você recorda o que ocorreu, e percebe que tudo,
de alguma forma, se resolveu, ou essa sensação de peso
transforma-se em poderosa sensação de força benéfica, em
agradável sensação de leveza.
O hipnotizado, lembrando-se de alguma coisa ou alterando
a sensação, terá ganho confiança em você, e o processo será
extremamente facilitado. O Hipnotizador do Sistema Grisa sabe
que "toda imagem ou sensação espontânea é reação automática do
Subconsciente e sempre possui um significado, é linguagem
simbólica". Cabe a você decifrar-lhe o significado.
8 - Se vier à mente mais de um fato por vez – explicará o

terapeuta - para mim interessa um fato só por vez. E, de
preferência, o mais antigo. Se não souber qual é o mais antigo,
escolha aquele que, neste momento, mais o emociona ou que
percebe com maior clareza. E deixe os outros de lado. Se eles
forem importantes, retornarão posteriormente.
Essa orientação preliminar é muitíssimo importante, a fim
de evitar que o hipnotizado se disperse, relatando lembranças,
uma atrás da outra, não dando tempo ao hipnotizador para fazer a
análise do fato e mudar a ótica de percepção.
Lembre-se sempre: "Só lembrar episódios da vida e relatá-
los, normalmente, não reprograma o Subconsciente. Se assim
fosse, qualquer conversa de comadres seria excelente sessão

terapêutica.”
Organização e disciplina são indispensáveis para qualquer
atividade ser bem sucedida.
Lembre-se de que Parapsicólogo Clínico não pode ser
confundido com "muro de lamentações", especialmente durante
um exercício de hipnose.
9 – Durante o exercício, quando eu lhe perguntar: "Aceita o que

lhe falei?", você só irá dizer "sim", se for "sim" de verdade. Se
tiver alguma dúvida, ou não concordar com minha explicação,
você fala o que for preciso, em busca do entendimento.
O hipnotizador poderá acrescentar ainda: "Se, no
decorrer ou no final de explicação, você tiver algo mais a dizer,
tem toda a liberdade para complementar a informação. Porém,
sempre e somente se for em relação ao fato em análise no
momento presente".
Saber, antes de iniciar o exercício, que o Sócio em
Qualidade de Vida terá liberdade para se manifestar, diminui
resistências e desperta a confiança.
10 – Quando lhe perguntar: “Como você se sente agora?”, não

estarei perguntando: Como você se sente, de forma geral, nem
como irá sentir-se daqui a algumas horas ou ao longo da vida. O
que me interessa saber é como você se sente agora, no instante
presente, lembrando, imaginando ou pensando no fato que foi
analisado. Responda se você se sente bem, melhor, mais aliviado
ou a mesma coisa. Não precisa alongar-se ou filosofar. Quem
analisa sou eu. Você simplesmente diz como se sente.
Observação: o contínuo uso explícito dos pronomes
“você” e “eu” tem, nessa hora, importância capital, a fim de
enfatizar o estreito elo entre o Hipnotizado e o Hipnotizador.
Também a explicação de que o hipnotizado deve se limitar
a falar sobre o “agora”, reveste-se de dupla importância:
1ª - Evita dispersar-se, afastando dúvidas como: "Será que

amanhã?... Será que estou melhorando mesmo?"
2ª - Serve, para o Parapsicólogo Clínico, como avaliação
segura para saber como está andando sua análise e orientação na
quebra de paradigmas, na mudança de crenças e no
desenvolvimento do processo de Compreensão. Convém sempre
lembrar que, para o Subconsciente, não há diferença entre o real e
o imaginário,
II Parte - Exercício de Hipnose

Indução Hipnótica
Segue exemplo de Indução Hipnótica, que também consta
no CD Nº 17. A sistemática de reprodução e análise do áudio
continua a mesma.
11 – Finalmente, chegou a hora do exercício de hipnose! –

Anuncia o terapeuta.
Inicialmente, convém realizar um pequeno teste.
Neste momento de transição entre as explicações
preliminares e o primeiro exercício de hipnose, é importantíssimo
que o Hipnotizador, demonstre a maior naturalidade possível.
Nada de pose, esnobismo, atitude doutoral. Se você, condutor do
processo, sentir-se um tanto tenso, procure quebrar o gelo com
um dito jocoso ou frase poética.
– Vamos continuar a viagem pelo caminho do nosso
autoconhecimento.
O pronome nosso, nesse momento, possui valor especial.
12 –Agora, você fica de pé, aqui, de lado pra mim, enquanto olha
pra frente, de forma natural (fazer gesto apontando para frente).
Agora, sem mexer a cabeça, volte os olhos, somente os olhos,
para cima. E minha mão, agora às suas costas, torna-se um ímã
muito forte que, quando eu afastar a mão das suas costas, irá
puxar você fortemente para trás! Contudo, você permaneça

tranquilo.
No momento em que seu corpo encostar novamente em
minha mão, você fica de pé, vivenciando segurança e paz.
É importante realizar sempre este teste, ou outro que você
prefira, sem maiores expectativas. O essencial é ir induzindo a
pessoa a "cair em suas mãos". Não importa muito se a pessoa
reage favoravelmente à sugestão de ir para trás ou não. O
importante é você saber que estará lendo códigos do
Subconsciente, que irão orientá-lo, no decurso do processo
hipnótico. Poderá ter que usar argumentos mais lógicos e
racionais, ou sugestões de ordem emocional, a fim de conduzir à
Compreensão ou reforçar a reprogramação realizada. Quando a
pessoa não vai para trás, por ser mais racional ou desconfiada, a
sua argumentação, na hora de analisar os fatos e fazer a
reprogramação do Subconsciente, precisa ser mais lógica e
objetiva.
13 –Ótimo! Esse é um teste para avaliar seu grau de teimosia.

Obrigado!
Quando a pessoa vai para trás com muita facilidade,
costumo afirmar:
– Não aconselho você a praticar pensamentos positivos.
Você tem a obrigação de cultivar Formulações Criativas
Construtivas, pois é altamente sugestionável.
Houve um tempo em que se considerava a pessoa
sugestionável, uma pessoa fraca, "Maria que vai com as outras".
Porém, no decurso das pesquisas parapsicológicas do
IPAPPI, constatou-se que a Sugestionabilidade é uma capacidade
emocio-mental. É a capacidade de programar o subconsciente
com maior facilidade. E essa é uma "faca de dois gumes" porque
o subconsciente, obediente e indiferente, pode ser programado
tanto para construir quanto para destruir. Daí a importância de
cultivar ideias positivas e imagens bonitas e benéficas, e traçar
objetivos claros para a vida. Do contrário, as outras pessoas e o
mundo levarão você para onde eles estiverem indo. Por isso,
amigo, é fundamental que você cultive sua mente e trace seus
objetivos. Cultive, pois, o que você quer ser, ter, fazer, realizar e
vivenciar!
Isso, dito com naturalidade e firmeza, abre mais
perspectivas e fortalece a confiança no processo.
14 - A seguir, oriente a pessoa a sentar-se em uma poltrona,

deitar-se numa cama, segundo as possibilidades do ambiente.
Esse momento é extremamente importante, especialmente
quando tiver que improvisar a forma de acomodar-se. O
importante é sempre deixar o Sócio em Qualidade de Vida à
vontade.
Acima de tudo, é fundamental a atitude mental do
hipnotizador, conduzida pela naturalidade, confiança e férrea
vontade de buscar somente o beneficio do sócio.
A princípio, é interessante usar um agradável fundo
musical. Agradável para o sócio em Qualidade de Vida. Só ele
interessa. Teste o fundo musical com ele.
Pessoalmente, não uso mais fundo musical, pois minha voz
(sonoridade, ritmo e entonação) dispensa a música e evita
interpretações inesperadas por parte da pessoa em atendimento.
Como afirmam discípulos meus: “A voz do Dr. Grisa já é
hipnótica por si mesma.”
 Pessoas questionam-me o que é Voz Hipnótica.
 Todo tipo de voz pode ser treinada, desde que a pessoa se
proponha a isto e perceba que a voz é seu instrumento
musical indispensável para o sucesso como Hipnotizador.
Aspectos fundamentais da voz a serem explorados durante
o exercício de Hipnose são:
 1º - Volume – médio, sempre perfeitamente audível.
 2º - Tonalidade – monocórdia, jamais estridente ou grave
demais.
 3º - Dicção – todas as sílabas e letras pronunciadas com
nitidez, bem “mastigadas”.
4º - Impostação – levemente nasal, jamais gutural ou nasal

em demasia.
5º - Ritmo – mais acelerado, quando pretendo que o
hipnotizado não tenha tempo para raciocinar, absorvendo a
mensagem diretamente pelo Subconsciente. Todavia,
normalmente, deve ser firme e monótono, pausado, “ritardando”
em alguns momentos adequados.
6º - Firmeza – deve ser uma constante na pronúncia de todas
as palavras, mas jamais deverá gritar, mesmo que o hipnotizando
se desespere e berre a plenos pulmões.
7º - Respiração – exercitá-la permanentemente. São fatores
essenciais o amplo volume de ar e o harmonioso controle em sua
emissão, para que as demais características possam fazer-se
presentes com bom desempenho.
III Parte - Processo de Indução Hipnótica

Prosseguindo na transcrição e comentário do CD Nº 17,
temos:
15 - E agora (deitado ou sentado), olhe para cima, como se

você estivesse de pé, olhando para cima. É estímulo ao
relaxamento. Fixe um ponto e fique olhando firmemente para essa
direção. Se piscar, volte a olhar na mesma direção. Quando não
conseguir mais manter o olhar firme nessa direção, feche os
olhos; ou feche os olhos quando eu contar 7-sete, na contagem
regressiva de 10-dez a 0-zero.
Esse procedimento visa fixar a atenção, assumindo o
domínio da imaginação, desligando o indivíduo das preocupações
e dos interesses imediatos e excitantes.
16 - Ao contarmos 7-sete, os olhos já estão fechados, ou

você os fecha imediatamente, no instante em que eu contar 7-sete.
E, ao contarmos 0-zero, você está preguiçosamente solto sobre a
poltrona. Calmo, seguro e confiante.
Convém observar que o verbo na primeira pessoa do plural,

induz o hipnotizado a sentir-se partícipe do processo e não
obrigado a, simplesmente, executar as ordens do Hipnotizador.
Essa “participação” é particularmente importante no caso dos
pragmáticos e das pessoas desconfiadas.
Também o verbo no Presente do Indicativo como: “Você
está preguiçosamente solto sobre a poltrona”, faz o indivíduo
vivenciar isso como já acontecendo, facilitando os passos
seguintes da indução hipnótica.
●Contagem regressiva de 10-dez a 0-zero

17 - A contagem regressiva de 10-Dez a 0-Zero não é
adotada por todos os hipnotizadores, pois cada um possui sua
técnica e tem suas próprias convicções. A contagem regressiva
também é, normalmente, mais rápida do que a adotada por mim.
Contudo, nos meus longos anos de prática de Hipnose, fui
constatando a necessidade de ir preparando o indivíduo, da forma
mais adequada, no decorrer de toda a contagem regressiva,
visando fundamentalmente:
a) vivenciar pensamentos e imagens agradáveis e
construtivas;
b) evitar, ao máximo, reações de resistência ou reações
inesperadas, como o vivenciar de violentas emoções.
Observe as siglas utilizadas abaixo:

Sugestão Hipnótica - SH.
Sugestão Pós-Hipnótica – SPH
Dez, SH – Respire fundo e, ao soltar o ar devagar, sinta

que seu corpo vai se soltando. Calma, segura e confiante.
Respiração profunda e lenta... E seus olhos vão começar a ficar
cansados, úmidos, e as pálpebras pesadas. E eles vão querer
fechar. E, de olhos fechados, durante todo o exercício, você,
Maria José 7 , sente-se muito bem. Calma, segura e confiante,

(SPH) na certeza absoluta de vencer e construir uma vida cada
vez melhor e mais feliz, para o seu bem, para sua felicidade e
para o bem e felicidade das pessoas com quem convive, e passar a
conviver ao longo de sua vida, Maria José. Calma, segura e
confiante.
Nove, SH - Respiração profunda e lenta, e sente-se cada vez

melhor. E os olhos estão cansados, úmidos... pálpebras pesadas...
querendo fechar. E, de olhos fechados, durante todo o exercício,
Maria José, você se sente muito bem. Calma, segura e confiante.
(SH e SPH) Certeza absoluta de vencer e libertar-se,
definitivamente, das inseguranças e perturbações de qualquer
natureza, especialmente de tudo aquilo que fazia você, Maria
José, sentir medo de avião, angústia e outras perturbações (aqui
especificar sempre o objetivo proposto para cada exercício).
Aliviada e livre, solta, aliviada e livre.
A contínua repetição do nome do hipnotizando e de alguns
refrãos, visa manter o indivíduo inserido no processo, vivenciando
a sensação efetiva de estar participando e sentindo-se mais e mais
em estado de tranquilidade e confiança.
Oito, SH - Respire profunda e lentamente e você se sente

bem. E os olhos estão cansados, úmidos, pálpebras pesadas.
Querem fechar e fecham imediatamente. Calma, segura e
confiante. Daqui a pouco, Maria José, ao terminarmos o
exercício, eu contarei de 1-um a 3-três. E, ao contarmos de 1-um
a 3-três, você volta a abrir os olhos, naturalmente (SPH) e
sentindo-se mais aliviada e livre. Mais segura e mais confiante.
Cheia de vida, vitalidade e vigor, livre, capaz e feliz, na certeza
absoluta de construir uma vida cada vez melhor e mais feliz. Até
sentir-se, Maria José, sempre maravilhosamente bem. (SH) E os
7
Nome fictício adotado como exemplo. Utilizar sempre o nome, seja de uma ou
duas palavras, jamais o apelido, nem mesmo Joãozinho, Beto, Cida, etc.
olhos, agora, estão cansados, úmidos, pálpebras pesadas. E, se

ainda não estiverem fechados, fecham agora 8.
Sete, SH - Feche os olhos e, de ora em diante, deixe tudo

acontecer naturalmente. Deste momento em diante, você, Maria
José, preste atenção, única e exclusivamente, no que estou
falando agora, no instante presente. E no que disser ou falar, a
cada instante, até o final do exercício. Qualquer ruído ou voz,
dentro ou fora da sala, prédio, são agora absolutamente
indiferentes a você, até o final do exercício.
Respire fundo. E, toda vez que soltar o ar, não importa se de
dia ou de noite, se você percebe ou não, sempre na medida em
que o ar sai dos seus pulmões, vai embora pelas narinas ou pela
boca, assim vai embora tudo o que possa ter perturbado ou
prejudicado, ou que ainda poderia, de alguma forma, perturbar
ou prejudicar você, Maria José. E você sente-se cada vez mais
aliviada e livre, solta, aliviada e livre.
Observe que a velocidade da voz, por vezes, é muito rápida,
mas agradável, mantendo uma sonoridade monocórdia.
E a contagem regressiva prossegue. Observe atentamente as
sugestões que vão se sucedendo, sempre visando despertar mais e
mais confiança e tranquilidade.
Seis, SH – Memória e imaginação mais e mais livres. E você

é capaz de lembrar, perceber e imaginar tudo o que for
necessário (SH e SPH) para libertar-se – definitivamente – de
tudo o que perturbava ou prejudicava você. Especialmente (citar
o objeto principal e correlato do encontro e do exercício de
Hipnose).
Cinco, SH – Ao contarmos 0-zero, você, Maria José, está

solta sobre a poltrona. E você é capaz de lembrar fatos
8
Utilizo essa expressão porque nem sempre vejo se os olhos das pessoas estão
efetivamente fechados.
importantes, segundo for necessário – ocorridos ao longo de sua

existência.
Quatro, SH - Ao contarmos 0-zero, você está completamente
solta... SPH – e você é capaz de fazer desaparecer de sua mente e
de sua vida, as causas, os sintomas e as consequências de suas
inseguranças e perturbações de qualquer natureza. E você, Maria
José, se sente cada vez mais aliviada e livre, até sentir-se
absolutamente bem.
Três, SH e SPH – Tudo o que agora, Maria José, passa por

sua mente de bom, bonito, positivo e construtivo, agradável e
benéfico, grava-se profunda e definitivamente em você, em seu
Subconsciente. E ajuda você, Maria José, a construir uma vida
cada vez melhor e mais feliz e lhe ajuda a superar dificuldades e
obstáculos que, por ventura, possam surgir em sua vida. Calma,
segura e confiante.
Dois, SH – Memória e Imaginação cada vez mais e mais

livres, segundo for necessário.
Um, SH e SPH – Agora, Maria José, uma sensação

profunda e agradável toma conta de todo o seu ser!...
Zero, Reforço de SH – Agora, Maria José, você é capaz de

lembrar tudo o que for preciso. Agora você é capaz de fazer
desaparecer de sua mente e de sua vida, as causas, os sintomas e
as consequências de inseguranças e perturbações de qualquer
natureza, sentindo-se cada vez mais aliviada e livre... aliviada e
livre...
IV Parte - Processo para lembrar as Causas

“Agora, eu conto de 3-três a 0-zero. E, ao contar 0-ZERO,
você é capaz de lembrar quando, um dia, Maria José se sentiu
muito perturbada diante de uma situação difícil...”
Observe como neste processo para estimular a lembrança de

fatos causadores dos traumas, a frase “em qualquer época de sua
existência”, abre caminho para lembranças consideradas de “vidas
passadas”.
Especialmente se o indivíduo for de doutrina espiritualista e
reencarnacionista, é fundamental respeitar sua verdade subjetiva.
Em atividade de Orientação Parapsicológica, o profissional,
Parapsicólogo do Sistema Grisa, jamais estará defendendo
Verdades Objetivas ou Tese, por maiores que sejam as provas
científicas ou por mais patente que seja a evidência. Estará
orientando pessoas, cada uma com sua história subjetiva e
convicções próprias, que sempre serão respeitadas.
“(...) de preferência, o fato mais antigo que Maria José é
capaz de lembrar agora”.
A crença de que a causa está na raiz, faz com que sempre
seja importante a busca do fato mais antigo, não,
obrigatoriamente, o primeiro. Sempre despertará mais confiança
no processo e no Orientador, a lembrança de fatos muito antigo,
embora saibamos que, pelo processo de Padronização e
Generalização, facilitando a organização mental, não seja de
capital importância recordar o fato mais antigo, objetivamente
falando.
5.2 - Considerações Finais - O desmontar de fantasmas

O grande benefício que as Ciências têm prestado à
Humanidade pode ser sintetizado numa frase: Transformar o
desconhecido assustador em conhecido funcional e benéfico.
O processo que conduz a esse resultado pode ser
apresentado em 3-três grandes etapas:
a) Perceber que a origem do fenômeno não é sobrenatural,
do desconhecido, do mundo do além. Tem, sim, origem em
realidade palpável e passível de controle.
b) Identificar as Leis ou Princípios que regem a relação
causa/efeito.
c) Desenvolver técnicas que permitam colocar o Ser

Humano em harmonia com as Leis e Princípios, que são
imutáveis, situação que só lhe traz benefícios.
Observe que essas 3-três etapas se aplicam no caso
específico do Sistema Grisa.
E a Hipnose Humano-Pangresiana, especialmente nos
exemplos apresentados nos capítulos VI, VII e VIII, também
contribui funcionalmente para a efetivação dessas etapas.
CAPÍTULO VI
TREINO DA ARGUMENTAÇÃO
PARA A REPROGRAMAÇÃO 1
6 - Introdução
A atividade, aqui proposta, visa apresentar exemplos de
Análise Parapsicológica a partir de tabelas familiares, e ilustrar a
argumentação para obter a Compreensão de fatos lembrados,
durante exercício de hipnose, depois de desencadeado o Processo
de Regressão de Memória.
Visa, ainda, treinar a capacidade de análise e raciocínio,
mediante uma série de explicações e argumentos, pelos quais se
propõe a obter a compreensão dos fatos perturbadores,
prejudiciais ou traumáticos, no processo de reprogramação
mental.
Objetiva, pois, eliminar os fantasmas e identificar a
verdade. Verdade ou conjunto de verdades objetivas e funcionais,
presentes em cada fato ou ocorrência.
Cabe sempre lembrar que a compreensão que clareia a
ótica do Subconsciente é a verdade, somente a verdade, em
relação ao fato lembrado.
Essa verdade será explicitada pelos argumentos
apresentados pelo Hipnoterapeuta à pessoa hipnotizada, como no
exemplo em que o hipnotizado recorda que, aos cinco anos,
desejava matar o pai, que agredia a mãe.
__ Você não quer matar o pai! - argumenta o Terapeuta. -
Você quer salvar a mãe, ameaçada de morte pela agressão do
bêbado. O bêbado que bate na mãe não é o pai de verdade!
Portanto, você não quer matar o pai, você deseja destruir o bêbado
que só traz confusão e perigos.
E, mediante esse argumento, complementado, sempre que
necessário, a pessoa sente-se livre da culpa, assim como substitui
sua própria imagem de projeto de assassino pela imagem do herói
que salva.
Isso é transformar o fantasma de possível assassino e

culpado pela imagem do herói que salva e beneficia! Esta é a
autêntica ótica da verdade, em tal situação.
Também é importante perceber que a verdade não precisa
ser ensinada. Basta oportunizar à pessoa as condições adequadas
para percebê-la.
Volto a frisar o valor a ser dado aos diferentes e
diversificados argumentos utilizado na Reprogramação Mental,
em cada um dos casos terapêuticos apresentados nestes três
capítulos dedicados ao Treino da Argumentação.
Sugiro ainda que o estudioso profissional desta temática,
busque identificar dois tipos de argumentos:
1. Argumentos gerais e válidos, de forma genérica,
para todas as pessoas em análise ou em fase de
terapia;
2. Argumentos específicos, muito próprios para cada
pessoa e para cada fato ou situação recordados
durante o exercício de hipnose.
Frisamos que os nomes utilizados nos relatos são fictícios,
para manter a privacidade das pessoas que servem como
ilustração. Entretanto, os fatos relatados e os procedimentos e
orientações são verdadeiros.
São seis os casos narrados, o que torna o capítulo muito
extenso. Por isso, para facilitar a leitura, foram divididos em três
blocos, mantendo-se o nome do capítulo, pela singularidade dos
assuntos tratados.
Nesse capítulo V serão apresentados os casos terapêuticos
de Aparecida Linhares e Ana Barbosa.
Para facilitar o entendimento de cada caso, serão
explicitados os objetivos próprios de cada Sócio em Qualidade de
Vida, quando veio buscar ajuda.
• No caso de Aparecida Linhares, o objetivo
principal foi definido por ela: vencer a timidez. Como ele mesma
disse:
– Ser mais corajosa, a fim de ter confiança e firmeza para

escolher um homem decente como companheiro de vida.
Assim, Aparecida considera que, libertando-se da timidez,
terá competência para atingir o objetivo proposto.
Ao longo dos muitos anos atuando como Parapsicólogo
Clínico e fazendo uso da hipnose e regressão, inúmeras pessoas
vieram a mim, com a esperança de que, com uma ou mais hipnose
ou regressão, poderiam alcançar o objetivo mais importante de sua
vida.
Contudo, como observaremos ao longo do processo
terapêutico de Aparecida Linhares, seu caso, como outros, é bem
mais complexo do que ela supunha.
• O Caso Ana Barbosa é semelhante ao da maioria

das pessoas que se encorajavam, nos idos do século XX,
procurando auxílio, em suas problemáticas pessoais ou familiares,
junto a um parapsicólogo.
PROCURAVAM-NO SOMENTE quando estavam
cansadas de buscar outros processos terapêuticos e pareciam ter-se
esgotado as estações da longa Via Sacra, de consultório em
consultório ou de um centro terapêutico a outro.
Os inúmeros e significativos resultados obtidos pelos
Parapsicólogos Clínicos do Sistema Grisa, no decurso das últimas
duas décadas, mais e mais abrem as fronteiras de um Novo
Tempo, permitindo que, com mais naturalidade e liberdade, as
pessoas procurem o auxílio desses profissionais, especialmente
pela sua longa experiência no uso da Hipnose e Regressão de
Memória no processo terapêutico.
Mais ainda a partir da primeira década deste século,
quando passam a fazer uso do novíssimo Endoscópio Mental de
análise da Personalidade e do Contexto Familiar, a denominada
Tabela Familiar.
Os dois casos, que integram esse capítulo, possuem
estrutura relativamente semelhante de Tabela Familiar,
especialmente em número de filhos. Porém, algumas variáveis
intervenientes em cada caso específico, diversificam

profundamente tanto as características da personalidade de cada
um dos membros da respectiva família, quanto se alteram o
contexto familiar e as Relações Humano-Sociais entre as pessoas
de cada grupo.
6.1 - Caso Aparecida Linhares

Aparecida Linhares é mulher de 32-trinta e dois anos,
solteira.
Sua Tabela Familiar Básica vem assim estruturada:
Marlene de 37 anos, Lúcia (36), um aborto de três meses
de gestação, ela, Aparecida, (32), Leandro (29) e Jorge (26).
É muito fechada, tímida e se acha horrível.
Objetivo principal, pelo qual busca ajuda: Vencer a
timidez e, como explicita ela:
– Ser mais corajosa, a fim de ter confiança e firmeza para
escolher um homem decente como companheiro de vida.
Nos primeiros encontros, Aparecida foi informada sobre os
temas básicos da Parapsicologia Independente do Sistema Grisa, e
orientada a realizar investimentos, na condição de sócia em
Qualidade de Vida, na prática de leituras e na audição de CDs de
Treinamento Mental. Ficou definido também que posteriormente
iniciaria a fase de encontros, durante os quais seriam realizados
exercícios de hipnose.
Após Aparecida expor sua problemática e definir seus
objetivos, realizo a Análise Parapsicológica, fundamentado nos
conhecimentos definidos e organizados pelo Sistema Grisa,
relacionados a seu caso.
6.1.1 – Análise Parapsicológica e Tabela Familiar

Principio observando que, segundo a tabela familiar, a
primeira conclusão a ser destacada é a evidente imagem negativa
de homem, presente no Subconsciente de sua mãe, quando se
casou.
Essa constatação salta aos olhos ao se observar a sequência

dos irmãos de Aparecida. Veja-se:
 Primeiro, nascem Marlene e Lúcia, com apenas um ano
de diferença entre uma e outra. Logo a seguir, vem um aborto,
com certeza de um menino.
Isso evidencia que a mãe de Aparecida conjugava duas
programações significativas:
1ª - Imagem negativa de homem, razão porque,
inicialmente, concebe, gera e dá à luz a duas meninas: Marlene e
Lúcia;
2ª - O espaçamento de apenas um ano entre ambas,
evidencia que a mãe de Aparecida também possui, em seu
Subconsciente, imagem negativa de filho.
Pois, como o povo também sabe, o “Medo atrai”.
– Eis o que ocorre - dirijo-me a Aparecida e prossigo na
explicação - sua mãe, como "marinheira de primeira viagem",
ainda ocupada e preocupada com os cuidados a serem dispensados
à bebê Marlene, é surpreendida com nova gravidez: mais um
filho!
E, após uma pausa, prossigo:
– Assoberbada com os cuidados a serem dispensados às
bebês Marlene e Lúcia, sua mãe aciona, em seu Subconsciente,
mais uma vez, a imagem de que filho dá trabalho e faz-sofrer.
Resultado? Engravida, inesperadamente, outra vez.
Aparecida parece estar surpresa com minha explicação e
olha-me com olhar interrogativo, como quem pergunta: "Que quer
com tudo isso?"
– Sua mãe – concluo - estressada e assustada, não sustenta
a gravidez e ocorre o aborto, após três meses de gestação. Tudo
faz crer que era um menino. Sim, pois o Subconsciente de sua
mãe, em seu automatismo mecânico, raciocinaria: "É melhor
conceber filho homem; pois os homens sofrem menos do que nós,
pobres mulheres, sem termos um momento de descanso.” Porém,
a imagem negativa de homem, existente no Subconsciente de sua
mãe, também contribui para que seu irmãozinho não tenha

coragem de se apresentar na festa da vida.
– O senhor tem razão. Minha mãe era estressada e não
descansava um momento. Meu pai também trabalhava muito e,
seguidamente, ficava fora de casa até uma semana inteira. Minha
mãe tinha que dar conta de tudo! Pelo menos, é o que eu me
lembro, de minha infância e adolescência.
– Assim mesmo, você poderia perguntar-me: "Por que o
aborto acontece?" Para tanto, concorrem três programações
principais, registradas no Subconsciente de sua mãe:
 Imagem Negativa de Homem, o qual não é bom sócio
da mulher, na criação e educação dos filhos;
 Imagem de Mulher Sofrida, sentindo-se abandonada
diante das ingentes tarefas domésticas e demais responsabilidades
familiares;
 Imagem de Filho-que-faz-Sofrer, exigindo muitas
tarefas e cuidados.
Pelo fato de já ter duas criancinhas para cuidar, sua mãe se
sente frágil e fraca, diante de tantos compromissos. O organismo
da gestante não suporta as exigências de mais uma gravidez,
diante do fantasma das dificuldades futuras.
Aparecida ouve minha explicação com atenção plena,
enquanto uma nuvem de tristeza pesa sobre seu olhar.
– Sua mãe não abortou um filho, libertou-se de um
fantasma assustador, feito de dolorosos sofrimentos. Portanto, sua
mãe não foi responsável, muito menos culpada, pelo ocorrido.
Digo-lhe que seria muito importante ela realizar uma
terapia eletrônica com Dr. Grisa. E explico-lhe que houve um
tempo em que dedicava cinco horas de Orientação
Parapsicológica para detalhar os conteúdos. Até que, um dia,
raciocinando comigo mesmo, avaliei: "Por que fico ocupando
tanto tempo, ensinando sempre e praticamente a mesma coisa e,
ao mesmo tempo, exigindo tanto investimento de meus sócios,
remunerando horas de Orientação Parapsicológica?” Decidi, pois,
gravar fitas cassetes, agora transformadas em CDs, contendo os
referidos conteúdos. O sócio teria mais benefícios pois, levando o

áudio para casa, poderia ouvi-lo quando e quantas vezes quisesse.
Oriento Aparecida como realizar a Terapia Eletrônica, com
os cinco CDs da Coletânea O Sentido da Vida:
 CD-SV1 - Introdução à Parapsicologia Independente do
Sistema Grisa.
 CD-SV2 - Libertando-se da Depressão.
 CD-SV3 - Livre da Culpa, Sou Mais Feliz!
 CD-SV4 - A Vida no Reino Invisível.
 CD-SV5 - Aborto é Filho que vive Feliz!
Explico-lhe que é muito importante seguir estas
orientações:
- Ouvir os cinco CDs, rigorosamente, na ordem
apresentada.
- Ouvir, no máximo, dois CDs por semana.
- Ouvir o primeiro CD, ao menos três vezes, antes de
iniciar a audição do segundo.
- Proceder da mesma forma com os demais CDs.
– Os títulos dos seus CDs - declara-me ela - são muito
instigantes! Por mim, tentaria ouvi-los todos no mesmo dia.
– Lembre-se - observo – que eles não são feitos como
curiosas estórias infantis nem como sedutoras narrativas
românticas, para passar o tempo. Eles são importantes
instrumentos terapêuticos, gravados em uma linguagem nada
habitual, ainda que feita de termos e vocábulos de fácil
entendimento.
Complemento afirmando:
– A pressa é inimiga da perfeição, também da rapidez e da
eficiência!
Aparecida demonstra estar animada com a proposta
apresentada, em relação à Terapia Eletrônica.
6.1.2 – Encontro com Exercício de Hipnose

Nesse segundo exercício de hipnose, e correspondente
processo de regressão de memória, lembra-se de que, aos seis
anos de idade, entrou para a escola. Nesse dia, ela chorava muito e
tinha medo de ficar sozinha. Lembra também que os coleguinhas
da turma riam dela.
– Fica evidente - explico-lhe -, pela análise da Tabela
Familiar, que foi normal e natural sua mãe ter ficado insegura, ao
dar-se conta de que estava novamente grávida. Pois seria lógico
imaginar que essa gestação, que era a de Aparecida, também
poderia ser interrompida antes de chegar a termo.
E argumento:
– Observe, Aparecida, que, quando você ainda viajava na
nave espacial, chamada útero materno, foi normal e natural que
você tenha sentido medo, junto com a mãe, de que pudesse ser
abortada, como seu irmãozinho, que deixou o corpo físico muito
antes de completar a gestação. Para seu Subconsciente, isso
significa: afastar-se da mãe é perigo de morte. Ou longe da mãe é
sofrer, como ocorreu quando sua mãe, na gestação de você,
imaginava quanto iria sofrer, se mais essa gestação fosse
interrompida. Mais ainda se viesse a perceber que mais um
filhinho seu não pode ser recebido em seus braços, nem participar
das alegrias infantis de suas meninas embalando esse novo bebê...
Aparecida se acalma e reduz o choro. Eu aproveito e
enfatizo:
– Contudo, Aparecida, apesar de todos os possíveis
perigos e das preocupações e angústias vividas por sua mãe e
compartilhadas por você; uma só é a verdade: Você e a mamãe
venceram! Você nasceu viva, normal perfeita e sadia! E a mamãe
pode receber você em seus braços. E, mais e mais, à medida que
Aparecida ia crescendo, foi semeando alegria na casa de seus pais
e irmãos...
– É mesmo... - balbucia Aparecida e, mais solta,
complementa - Mamãe sempre diz que eu era muito sapeca e fazia
todos rirem com minhas traquinagens.
– Cabe também observar que foi normal e natural seus
pais esperarem, e até mesmo desejarem que, finalmente, dessa
nova gravidez, viesse ao mundo um menino. E é por ter sido

programado o seu Subconsciente com características masculinas
que você se torna uma menina sapeca e até peralta...
Aparecida sorri com alegria e faz uma careta de moleque
divertido...
– Pois agora, Aparecida, pense comigo. Você ter se
assustado e chorado, lá na escola, aos seis anos, foi absolutamente
normal. Isso já aconteceu com muitas outras crianças, meninas e
meninos. Porém, no seu caso, isso é mais lógico e natural, por
aquilo que você já compreendeu, em relação à sua gestação,
segundo as explicações que lhe dei.
– Mas eles riam de mim, e um menino disse que eu era
chorona.
– Mais do que rir de você, eles riam da situação, como se
fosse uma cena de novela ou de teatro, na qual eles mesmos já
haviam vivido o personagem que agora você representava... Pois,
a maioria deles se lembrava do choro deles próprios, não só nos
primeiros dias de escola, como em outras tantas ocasiões. Mais
ainda: alguns sorriam para você, tentando ajudá-la, com seu
sorriso de apoio e solidariedade. Contudo, como você estava
assustada e envergonhada, parecia-lhe que todos zombavam e
debochavam de você. E agora, Aparecida, imaginando a situação
de longe, é também normal e natural você perceber tudo com mais
clareza, e achar a situação até engraçada. Mais ainda, Aparecida,
preste bem atenção: tenho quase certeza de que o menino que
disse "chorona", estaria gostando de você. Desejava ver você
parar de chorar e sofrer, para se aproximar de você.
Um largo sorriso aflora aos lábios de Aparecida. E eu
pergunto:
– Do que você acha graça?
– É engraçado mesmo! - exclama ela - Eu lembro que
ajudei aquele menino, que chorava depois de uma briga. Mas eu
sempre fui tímida, e só coloquei minha mão no ombro dele.
Quando ele olhou para mim, eu tirei a mão rapidamente e me senti

envergonhada.
– Essa garota, que tem um bom coração, e que pôs a mão
no ombro do menino, é Aparecida de verdade! Respire fundo e
perceba, enquanto o ar vai embora, entre os lábios, que a menina
envergonhada vai embora, e a Aparecida vencedora que, com sua
mãe, venceu a própria morte e outras tantas dificuldades, está em
pé, ao lado do menino!...
Ela respira profundamente e, depois de uma pausa,
complementa:
– Depois de um ou dois meses de escola, eu me soltei e
ajudei muitos coleguinhas, meninas e meninos, quando choravam,
porque queriam voltar para casa. Convidava-os para brincar
comigo e pronto, paravam de chorar.
– Parabéns, Aparecida! Essa é a vencedora de verdade!
Como você disse, em sua casa, você era o centro das atenções e
fazia sucesso com suas traquinagens. Porém, no primeiro
momento, a escola era um mundo estranho e até assustador. Em
segundo lugar, porque as programações de seu Subconsciente,
transformadas em autênticos fantasmas, pareciam gritar dentro de
seu coraçãozinho: "Ficar longe da mãe é perigoso! Longe da mãe
você pode morrer!..." Todavia, Aparecida não morreu, nem antes
nem depois do nascimento! Aparecida e a mãe são duas
vencedoras, pois superaram todos os possíveis perigos! E uma só
é a verdade: Por maiores que tenham sido as preocupações, as
angústias e os perigos, mais imaginários que reais, uma só é a
verdade: a proteção sempre foi maior do que o mais grave
perigo! Proteção com a qual Aparecida sempre poderá contar!
Ao término do encontro, ela afirma:
– Sinto-me contente e mais livre. Que bom!.
6.1.3 - Novo Encontro com Hipnose

Em novo Encontro de Orientação Parapsicológica,
Aparecida relata os progressos obtidos. Demonstra estar muito
mais à vontade, faz perguntas e se expressa com naturalidade

quase perfeita.
Porém a sensação de desconforto permanece,
especialmente quando se sente observada, o que desencadeia
sentimentos de raiva e tristeza que por vezes se alternam...
Explico-lhe que a leitura do livro Liberte Seu Poder Extra
já lhe proporcionou a capacidade de, em muitos momentos, poder
reagir – e a cada nova situação, fazê-lo com mais presteza e
confiança. Explico-lhe também que, com a leitura do livro O Jogo
e a Estrutura das Personalidades, tudo ficará mais claro e natural,
e que ela irá conquistando maior liberdade e autoconfiança, na
medida em que a Cortina da Compreensão - que reprograma - for
se abrindo mais e mais.
Retomando seu caso específico, explico-lhe:
– Observando sua Tabela Familiar, fica evidente que você
teria sido muito esperada menino, durante sua gestação. Por isso,
quanto mais se aproximava o dia de seu nascimento, mais se
intensificava a ansiedade de sua mãe, como genitora, desejosa de
que, dessa vez, finalmente nascesse um menino, a fim de alegrar o
marido! Este - como costumo afirmar, em tais casos - com certeza,
muito desejava ser contemplado com o diploma de macho, para
poder apresentar seu filho homem para os amigos e a parentela.
Ela também, por sua vez, também desejava que nascesse um
menino, pois, cumprida sua obrigação, talvez pudesse finalmente
encerrar a vida de mulher grávida.
Porém, qual é a verdade maior? Que você foi aceita e
proporcionou muitas alegrias a seus pais e familiares. Você foi a
mimada pelo pai e também a maior companheira da mãe.
Aparecida afirma que irá concluir a leitura de O Jogo e a
Estrutura das Personalidades; bem como ouvir o CD-Nº 5 -
Relacionamento Humano, e desenvolver a pesquisa das
qualidades dos Seis Homens e Seis Mulheres, nele explicada.
O sorriso e o entusiasmo de minha Sócia em Qualidade de
Vida me garantem que estamos trilhando o bom caminho.
Explico-lhe ainda que ela nasceu com dois conjuntos de

programações mentais que a conduziam a desenvolver mania da
perfeição, acentuando suas atitudes e comportamentos
indesejáveis.
1º - Pelo fato de haver incomodado a mãe durante a
gestação, pelas preocupações vivenciadas por ela, é como se o
Subconsciente, assumindo o papel de entidade mental,
proclamasse: "Vê se, depois que nasce, cara Aparecida, não
incomoda mais, pois já está incomodando muito antes de nascer!"
2º - Pelo fato de ser esperada menino, o Subconsciente, em
seu papel de entidade invisível e robótica, alerta: "Vê se, depois
que nascer, menina, não torna a decepcionar. Já vai decepcionar
muito ao nascer, pois estão esperando um menino e você é
menina!"
Para não incomodar, precisa agradar, ser atenciosa e
caprichosa e fazer tudo direitinho!
Para não mais decepcionar, precisa ser dedicada,
vencedora e competente.
Essas exigências interiores conduzem automaticamente à
mania da perfeição. E trazem como consequência a dificuldade
para dizer "não" e facilidade para ser a mula de carga, sem
perceber suas qualidades e competências, limitando muito sua
autovalorização e autoconfiança.
Aparecida me olha com ar interrogativo. Eu complemento:
– "Observe que, se a mania da perfeição possui aspectos
inconvenientes, também tem seus pontos positivos. Enquanto você
se empenha e se dedica, para fazer tudo direitinho, também treina
e desenvolve diversas habilidades e competências que a estão
preparando para assumir muitas funções profissionais e
domésticas, nas quais poderá obter ótimos resultados, bastando
apenas aprender a valorizar-se e a assumir atitudes e posturas
adequadas.
Concluímos o Encontro Terapêutico, realizando uma
síntese dos fantasmas que já haviam habitado seu Subconsciente e
das verdades identificadas que eles ocultavam.
6.1.4 - Terceiro Encontro com Hipnose

Decorridas três semanas, Aparecida retorna para mais um
Encontro em Orientação Parapsicológica. Ela está muito contente
com os progressos alcançados com as leituras, treinamentos
mentais e pesquisas, atividades realizadas em casa. Contudo
afirma que uma insegurança estranha permanece dentro dela,
especialmente quando se percebe ou se imagina sendo observada.
Realizamos novo Exercício de Hipnose, durante o qual ela
recorda que, aos 17-dezessete anos, ficou menstruada pela
primeira vez. Aparecida estremece, entre os braços da poltrona, e
exclama:
"Que nojeira! Sinto-me suja e fedida, com esse sangue
encharcando o modess, borrando minha calcinha e escorrendo
pelas pernas. Que vergonha! Todos percebem que estou nessa
situação nojenta!"
Ela se encolhe, cruzando os braços e inclinado a cabeça.
Encolhe os ombros e comprime as pernas uma na outra.
Percebendo-a tão constrangida, intervenho:
– Compreendo você, Aparecida. Na ocasião, foi realmente
muito chato o que você sentiu e viveu. Contudo, agora também é
normal você dar-se conta de que a primeira menstruação, como já
expliquei a outras tantas mocinhas, moças e mulheres, é um
verdadeiro e importante atestado de saúde. Ela comprova que seu
organismo funciona perfeitamente bem. Mais ainda, representa
seu diploma de maioridade. Você deixou de ser menina para ser
mulher! Parabéns! e seja bem-vinda no mundo dos adultos!
Lembrei-lhe os conhecimentos obtidos ao ler o livro O
Jogo e a Estrutura das Personalidades, particularmente no estudo
relativo à Era dos Músculos em choque com a Era Tecnológica.
Acima de tudo, recordo-lhe o capítulo que aborda a Vida
Intrauterina, de forma especial o tema relativo às pessoas
desejadas de sexo oposto ao nascido. Aparecida, súbito, reage e
exclama:
– Sujo é você, seu porco, que vai dormir sem tomar
banho!...
Ela lembra quando o irmão Leandro levantou-lhe a saia,

querendo ver se sua calcinha estava suja do sangue da
menstruação.
– Em primeiro lugar, Aparecida, parabéns a você, por ficar
indignada com o irmão Leandro, pelo gesto estúpido de
adolescente curioso e atrevido. Foi normal você ter ficado com
raiva naquele momento pois, além do gesto atrapalhado do irmão,
você foi pega de surpresa e de forma absolutamente inesperada.
"Como vem, também vai!" afirma o dito popular.
– Ele sempre foi um chato, aquele bobalhão!
– Concordo com você, Aparecida, Leandro sempre
implicava com você, por dois motivos. Primeiro, porque ele foi
muito esperado homem e não se conformava que você e suas
irmãs fossem mais capazes que ele, o homem. E, em segundo, por
você ser a mais nova das três, era a única com a qual ele poderia
ter alguma chance de competir ou disputar, com certa igualdade.
Contudo, se avaliarmos as atitudes de Leandro, sob outro ponto de
vista, pode-se também perceber que Leandro ocupa o pior lugar,
no contexto da Tabela Familiar pois, antes dele, estão você e suas
irmãs mais velhas. E, especialmente com relação à Marlene e à
Lúcia, ou ele obedece e se comporta, ou apanha. E, se algo ocorrer
com Jorge que o faça chorar, logo a cobrança recai sobre Leandro:
"Que fez para ele? Por que não cuidou dele?..." Por isso, Leandro
mexia com você, Aparecida, tentando fazer de você sua
companheira e amiga. Todavia, a forma dele agir e de você reagir,
como crianças e adolescentes inexperientes e de poucos
conhecimentos, mais os afastava do que os aproximava. Agora,
analisando e compreendendo todos esses fatores intervenientes,
vocês terão todas as possibilidades de serem ótimos irmãos e
amigos.
– É verdade. Nos últimos anos, é com ele que mais e
melhor me relaciono. E a mulher dele é uma gracinha...
– Lembre-se, Aparecida, das duas programações de vida
intrauterina principais, em seu caso:
• Em relação ao aborto ocorrido com sua mãe, antes

de você ser concebida. Nessa ocasião, o sangue passa a ter
conotação fortemente negativa e até assustadora, como ameaça de
morte. Assim também foi registrado em seu Subconsciente
quando a mãe, grávida de você, se lembrava do aborto.
• O fato de ter sido tão esperada menino. Em
consequência dessa programação, era normal você detestar o
próprio fato de menstruar, reconhecido universalmente como
coisa chata e desagradável na vida das mulheres.
E ao final desse encontro também Aparecida despediu-se
animada e determinada a dedicar-se às tarefas de casa, realizando
seus investimentos, como Sócia em Qualidade de Vida.
6.1.5 - Diante do Espelho

– Espelho, Espelho Meu! Quando você me mostrará que
eu não sou tão feia, quanto me vejo refletida em seu cristal?! –
exclama Aparecida, ao tomar assento à minha mesa, no Gabinete
de Orientação Parapsicológica, rindo divertidamente.
– Que acontece, cara sócia Aparecida? - pergunto-lhe - E
qual é seu objetivo estabelecido para o nosso encontro de hoje?
– Sou eu ou é meu espelho? Apesar de todos os progressos
já alcançados com sua ajuda, continuo me sentindo horrível.
__ Mas já é capaz de encarar-se, mais tranquilamente,
diante do espelho?
Responde-me que "sim", mas que o desconforto ainda
permanece bem chato.
Olhando para Aparecida, desejo imensamente vê-la feliz. E
uma luz brilha, como relâmpago que rasga o céu de meu mundo
interior: Para todas as emoções fortes e incontroláveis vividas por
adultos, sempre encontrei a causa no período mais frágil da vida
da pessoa, no período de gestação, quando o bebê é um ser só
com a gestante...
– Saquei! Eureca, Aparecida! - exclamo - Seu espelho me
mostrou algo importante, talvez importantíssimo! Topa realizar
um breve exercício de Terapia Instantânea? Respire fundo e feche

os olhos.
– Para limpar o cristal de meu espelho, topo tudo. Já estou
me vendo dentro do espelho.
– Olhe-se bem, aí no espelho. O que você percebe e vê de
mais feio ou chato em você?
– As maçãs vermelhas de meu rosto! É horrível! Ouço
ainda soar em meus ouvidos a voz daquele moleque desgraçado,
perguntando quanto custava um tomate e uma maçã vermelha.
– Vermelho também era o sangue que sua mãe viu, por
ocasião do aborto de seu irmãozinho. Era normal que a mãe
temesse que o mesmo pudesse ocorrer com você, logo que
descobriu estar grávida mais uma vez.
Retomei algumas explicações e concluí:
– Seu irmãozinho não morreu! Apenas mudou o modo de
viver. Sempre está com você e a protege o tempo todo. Nem ele
nem você têm algo a ver com o que ocorreu com sua mãe há tanto
tempo. Seu irmãozinho sempre a achou bonita e querida, como o
chato do Leandro. Agora, tudo é festa, beleza e alegria!
Aparecida abriu os olhos, sem comando algum. E vendo
um vidro que refletia imagens, aproximou-se dele e, para
agradável espanto meu, exclama:
– Minhas maçãs são bonitas!
Aparecida volta a sentar à mesa e demonstra calmamente
sua alegria pelos resultados obtidos. Conclui afirmando:
– Ainda vou ser Parapsicóloga! Tudo foi muito lindo, e
quero aprender muito mais!
6.2 - Caso Ana Barbosa

Ana Barbosa, com 40-quarenta anos, casada há 22, vem
buscar ajuda junto a um Parapsicólogo, explica ela, pois já
procurou de tudo, e a sua vida piora cada vez mais. Sente-se muito
infeliz. Seus filhos não lhe obedecem, e o marido é alcoólatra.
Após ouvir as considerações iniciais e as informações

fundamentais em relação ao processo terapêutico, proposto pelo
Sistema Grisa, ela me apresenta sua tabela familiar, que é assim
constituída: Caio, 46 anos, José (44), Ana (40), dois abortos,
Pedro (36) e Paulo (30).
6.2.1 – Análise da Tabela Familiar

Realizo breve análise de sua tabela familiar e explico-lhe:
– Ana, a sequência de nascimentos de você e seus irmãos
revela, segundo a análise matemática do Sistema Grisa, que sua
mãe, ao casar, possuía uma imagem muito negativa de mulher,
registrada em seu Subconsciente, isto é, ela é mulher sofrida.
– Porque o senhor diz que minha mãe é mulher sofrida –
interroga Ana.
– Sofrida – explico-lhe - não significa sofredora.
Sofredora é a pessoa que sofre agora. Sofrida é a pessoa que
sofreu no passado, em algum momento importante de sua vida,
especialmente no período de gestação ou processo de nascimento.
Prosseguindo na explicação, afirmo:
– É por isso que ela concebe e dá à luz dois meninos, Caio
e José, como frutos das duas primeiras gestações.
– Mas, depois venho eu - intervém Ana.
– É verdade. Contudo, observe o restante da tabela: Você é
a única filha sobrevivente. Por acaso, soube-se o sexo dos
abortos?
– Pouco antes de falecer, ouvi mamãe comentar com sua
irmã que o primeiro aborto havia sido bem no início da gravidez, e
que o segundo ocorreu no sexto mês de gestação, e era um
menino.
– A sequência natural dos filhos, em relação ao sexo,
segundo conclusão de minhas pesquisas, é: homem, mulher,
homem, mulher... e assim sucessivamente. Contudo, observe: das
sete gestações de sua mãe, ela concebe e gera cinco meninos e
somente você como menina que sobrevive. Segundo meu

entendimento, o primeiro aborto também teria sido uma menina.
Ana se põe a lacrimejar e contrai os lábios, para não
soluçar.
Olho para ela que, baixando os olhos, em soluços, declara:
– Sempre tive certeza de que o primeiro aborto foi de uma
irmãzinha pois, mesmo antes de saber dessas duas gravidezes de
minha mãe, eu via uma menina brincando comigo.
– Essa menina, que você via brincando com você, existem
duas maneiras de explicar sua presença:
Primeira: De acordo com convicções de espiritualistas,
espíritas e doutrinas reencarnacionistas, seria a manifestação do
espírito de sua irmãzinha, que ainda não havia conquistado a
liberdade para se encaminhar em direção à Luz, ao encontro da
Divindade, do Ser Supremo.
Segunda: Pelos conhecimentos obtidos por diferentes
estudiosos e pesquisadores da Escola Independente de
Parapsicologia, especialmente do IPAPPI Sistema Grisa, é
manifestação resultante da Energia Psi ou Informação Psi, atuando
simultaneamente como desencadeadora de P.E.S. e de
Psicocinesia.
– Como eu poderia ver aquela menina sempre brincando
comigo e sempre a mesma?
– Por duas fontes desencadeadoras da Informação Psi:
Primeira: a mente de sua mãe, ao se lembrar do aborto e
supor ou intuir que seria uma menina, imaginava que, se a
gestação tivesse chegado a termo, sua segunda menina teria
aproximadamente tal idade e seria uma menina linda e
engraçadinha, querida e atenciosa.
– O senhor está descrevendo a menina que brincava
comigo.
– Durante minha gestação, fui desejado menina por minha
mãe, e posteriormente fui babá de meus irmãos mais novos. Por
isso, acompanhei muitas vezes as conversas de minha mãe com as
vizinhas e comadres, e, em várias ocasiões, ouvi aquelas senhoras

afirmarem: "Se meu bebê tivesse vingado ou estivesse vivo, teria
tal idade e seria assim...”
– Isso é muito bonito e interessante. Para mim, parece que
o senhor é vidente e está lendo o mundo de minha infância, no que
tinha de mais bonito...
– Ana, como eu sempre afirmo: “Eu não sou vidente, eu
sou matemático.” Existe ainda a segunda fonte de informação,
criadora da imagem da menina que brincava com você: você
mesma.
– Como assim? Explique mais, agora me deixou muito
curiosa!...
– É mais comum do que parece. Crianças, que vivem
muito sozinhas, criam seu amiguinho imaginário, como explico
em O Jogo e a Estrutura das Personalidades, ao descrever as
características do Filho Único.
Ela suspira e afirma:
– Os momentos de paz, que eu vivia com minha
amiguinha, eram apenas retalhos de felicidade...
Informa-me que seu pai bebia, brigava e batia na mãe e,
mais ainda, nos filhos.
A mãe morreu quando Ana tinha quinze anos. Após tornar-
se órfã, Ana era constantemente agredida pelo pai. Essa situação
fez apressar o casamento, “para sair daquele mundo cão.” E,
conclui ela:
– Posso dizer que "saí do purgatório, para mergulhar no
inferno!”
Após o casamento, percebeu que seu marido bebia demais.
Passa a viver brigando com ele.
Recém casada, engravida e tem uma sequência de filhos,
constituindo atualmente a seguinte Tabela Familiar:
O primogênito Caio, com 21anos, Luiz (19) e Juliana (17).
Demonstrando inquietude, informa que agora é ela que
vive brigando com seus filhos, como seu pai fazia. Porém de uma
forma bem diferente, pois ela não tem coragem de bater em

nenhum deles. Sempre ansiosa e nervosa, vive gritando e batendo
boca com o marido e com os filhos.
Depois de ouvi-la atentamente, explico-lhe as Funções
Mentais Básicas, detalhando algumas reações automáticas do seu
Subconsciente e afirmando que ela não é tão boba, incapaz e
quase maluca, como se considera.
Enfatizo:
– Você jamais se tornará maluca. Todo esquizofrênico tem
certeza absoluta de que ele é perfeito e de que malucos são os
outros. A pessoa que acha que já é ou está ficando maluca, jamais
o será. Parabéns a você, Ana! Você tem muitos problemas e vive
muitos dramas e dificuldades. Todavia, você pode superar todos
eles. Basta que conheça seus talentos e potencialidades e aprenda
a utilizá-los. Tenho certeza absoluta: você jamais será maluca!
Pois, além do mais, é filha de mãe muito boa de reza e, agora, ela
é sua assessora no Reino Invisível!
– O senhor é muito gentil! - exclama Ana, com certo ar de
tristeza e ironia.
– Estou sendo verdadeiro. E para que você constate que é
melhor do que sabia, e muitíssimo melhor do que seu pai, seu
marido e também os filhos lhe permitiram que você se desse
conta, você vai fazer o seguinte: até nosso próximo encontro, vai
ler ao menos até o final do quarto capítulo do livro Liberte Seu
Poder Extra, de minha autoria. E também vai ouvir, uma vez ao
dia, o CD-15 - Pense Bem e Viva Melhor.
– O CD também é do senhor? – interroga, com tom de voz
de poucos amigos.
–Sim, senhora - respondo-lhe, tranquila e firmemente.
– É assim – interroga, mudando o tom de voz - que eu irei
investir em nossa sociedade, como já explicou?
– É isso mesmo. E tenho certeza de que você será ótima
sócia.
Após mais alguns esclarecimentos, Ana despede-se,

demonstrando confiança e determinação, concluindo:
– Estou esperançosa, pois o senhor é muito franco, e seu
modo de tratar com a gente é muito diferente de tantos outros
lugares que já estive, chorando minhas mágoas.
6.2.2 - Primeiro Exercício de Hipnose.

Vivenciando o processo de Regressão de Memória, Ana
lembra-se de que, ao dar à luz Caio, seu primeiro filho, teve
hemorragia e quase morreu.
Por ocasião dessa lembrança, ela revive momentos de
torturante angústia. Geme e balbucia uma prece, invocando
proteção, pois não pode morrer e deixar Caio sozinho no mundo,
apenas acompanhado por um pai bêbado e irresponsável...
Explico-lhe que foi absolutamente normal, naquela
ocasião, sentir-se angustiada e desesperada, diante de tudo o que
imaginava que poderia vir a acontecer, e enfatizo:
–Ana, preste atenção e observe que sua prece foi ouvida e
que você pode constatar que nada de tão trágico ocorreu. Sim,
pois você não morreu, e nada de grave aconteceu com seu filho
Caio! Por maiores que tenham sido os perigos, uma só é a
verdade: a proteção foi superior e mais importante que todos eles.
Tanto é verdade que você está aqui, viva e sadia, ainda que um
tanto confusa, quando não preocupada. Caio permaneceu sob seus
cuidados. Luiz também foi bem atendido e educado por você.
Depois, ainda teve saúde e competência para gerar e criar sua filha
Juliana, e conduzí-la na estrada da vida...
–Sim, eu lutei e sofri muito. Por que hoje eles são tão
desobedientes e ingratos? Por que não colaboram comigo?
–Você, Ana, sempre fez o melhor que sabia e o melhor
que podia fazer. Contudo, observe: você, imaginando que eles
poderiam ficar abandonados ou até mesmo morrer, toda vez que
um filho seu chorava, você atendia seus desejos atenciosa e
apressadamente...
Ana permanece imóvel e silenciosa por alguns momentos.

Respeito seu silêncio, pois percebo que ela está revendo e
analisando momentos de sua vida, em relação à educação de seus
filhos.
–Mamãe Ana - intervenho - você percebe que muitas
vezes foi precipitada, buscando atender os desejos de seus
filhinhos, sem avaliar a real necessidade deles?
–Por que eu reagia assim? - questiona ela.
–Por que você, apavorada pelos fantasmas do abandono e
da morte de seus filhos, suas maiores riquezas e fontes das mais
profundas alegrias, ficava apavorada e não dispunha de tempo
para pensar, analisar e avaliar a situação vivida. Compelida pela
ansiedade, quando se dava conta, já havia atendido o desejo de um
ou mais filhos seus, por mais mirabolante que fosse seu desejo e,
inúmeras vezes, estivesse acima de suas reais possibilidades
financeiras...
–E eu estava errada ao atender meus filhos? - interroga,
irritada e confusa.
–Seu coração de mãe dedicada e comprometida a impelia a
dar-lhes atenção e a evitar seu sofrimento. Todavia, seus filhos,
por sua vez, hipnotizados pelo desejo imediato de conseguir o
que, naquele momento, lhes parecia a fonte da felicidade, eram
incapazes de perceber o esforço e os compromissos assumidos por
sua dedicada e carinhosa mãe. Tanto se habituaram, desde
pequeninos, com tais comportamentos e atenção de mãe, que -
com o passar dos anos - tinham a certeza de que Ana nada mais
fazia que sua obrigação de mãe, mais Babá Escrava do que mãe
amorosa. E, assim, eles também não tinham condições de perceber
e valorizar a dedicação, o esforço e os sofrimentos de Ana para
atender seus desejos.
Ana desaba com os braços soltos sobre a mesa e, entre
soluços, exclama:
–Por que eu fui tão burra!?
–Ana Barbosa! – intervenho com firmeza e tranquilidade -

você não foi burra nem boba! Como já lhe disse, naqueles
momentos, você fez o melhor que sabia e podia fazer!
Ela interrompe seu espasmo de irritação e me olha, com ar
interrogativo e surpreso.
–Ana, caríssima mamãe dedicada e comprometida, você se
comportou exatamente como outras tantas mães reagiram e
agiram, em circunstâncias semelhantes!
E enfatizo:
– Observe que você reagia e agia, impulsionada pelo
Subconsciente, guiado pelo Fantasma da Morte. Você sempre
tinha a impressão de que, a qualquer momento, um filho seu
poderia cair ou aparecer morto. Contudo, observe: Isso tudo era
apenas fruto de suas programações, de seus sentimentos e de sua
imaginação criadora. Efetivamente, nada disso ocorreu até hoje. E
Ana continua, por vezes, sofrendo dos mesmos sobressaltos e
arrepios. Perceba que nada disso foi resultado de sua Vontade
Livre. Perceba-se, pois, livre de culpas e processos masoquistas.
Pense e avalie o que se pode fazer agora.
–E tem ainda o que se possa fazer!? Se até minha Juliana,
que sempre sonhei ser minha grande amiga e companheira... - Ana
soluça desesperançada, nitidamente em transe - Minha filhinha!
Eu não queria que você tivesse crescido! Como era bom quando
seus irmãos iam à escola e eu passeava com você, no colo, ou ria
brincando pela casa... Ai!... Por que o tempo correu e fez de
minha filha essa chata e ingrata de agora?!...
–Calma, Ana! - insisto - vamos pensar e avaliar o que se
pode fazer agora! Parabéns, mamãe Ana! Veja: seus filhos estão
vivos, fortes e sadios, apenas lhe parecem ingratos e
desobedientes.
–E por acaso eles não são ingratos e desobedientes?
– Não, Ana, eles não são desobedientes e muito menos
ingratos. O que acontece, de fato e em realidade, é que você,
como já lhe disse, impulsionada pelos ímpetos de ansiedade -
sempre com medo que eles pudessem morrer, vítimas dos

menores sofrimentos - você se apressava em fazer tudo o que eles
desejavam. Eles, por sua vez, impulsionados pelo Subconsciente
deles, segundo as programações deles, também buscavam e
buscam satisfazer os desejos e alcançar os objetivos imediatos
deles. E você, Ana, não possuía nem a paz, nem a tranquilidade
para ensiná-los a fazer tarefas domésticas. Você mesma, Ana, não
os treinou para serem obedientes.
Ana permanece em transe e está a me olhar, tão surpresa,
que manifesta face e olhar de criança Down...
–Sim, Ana! foi isso que ocorreu. Contudo! - exclamo -
preste muita atenção: você, Ana, não foi responsável, e muito
menos culpada, pela ansiedade vivida por você! Muito menos
responsável e culpada por suas atitudes precipitadas e exageradas.
Orientei-a a ouvir o CD-5 Relacionamento Humano, e
despedimo-nos.
6.2.3 - Segundo Encontro com Hipnose

Decorridos quinze dias, Ana está de volta ao meu Gabinete
de Orientação Parapsicológica. Ela demonstra estar mais tranquila
e confiante. Após os cumprimentos iniciais, pergunto-lhe:
– Como decorreram esses quinze dias? Foi boa Sócia em
Qualidade de Vida, realizando seus investimentos com afinco e
dedicação?
– Tenho me comportado como boa sócia. Ouvi o CD-15
todos os dias. Nos finais de semana, ouvi duas vezes ao dia. Mais
ainda: já li o livro até o final do capítulo IX. Aproveitei tudo
muito bem. Porém, o que mais me chamou para a realidade foi a
leitura do capítulo VII, que aborda o tema dos Três Venenos
Psíquicos. Já consegui me relacionar melhor com meus filhos.
Contudo, não suporto aquele bêbado, que ainda se apresenta em
casa como meu marido.
– Serenidade, paz e amor, Ana, faz bem a todas as
pessoas.
– Por mais que pareça um sonho, já vivi momentos de paz

e tranquilidade em minha casa. Veja só - exclama ela - meu filho
Luiz se pôs a ler o seu livro, e por iniciativa própria.
– Ana, estou muito contente com sua dedicação, como
sócia. Todavia, pergunto-lhe: qual é seu objetivo ao vir aqui, hoje?
– Uma tristeza, que se faz angústia, de repente me assalta,
quando menos espero. Tem como me libertar disso?
– Podemos realizar um novo Exercício de Hipnose e ver o
que aparece, em relação a essa angústia.
Desenvolvidas as atividades preparatórias e de indução
hipnótica, ao ser orientada a lembrar de fato que despertara muita
tristeza e angústia, Ana sofre um sobressalto e geme, entre
lágrimas e soluços:
– Não... não levem minha mãe! Ela pode acordar. Eu
quero minha mãe! Eu preciso de minha mãe aqui!
– O que você está vivendo, Ana? Do que você se
lembra?...
– Não! - exclama Ana, em evidente estado de transe -
Não, sua burra! Isso não é vontade de Deus! Deus não pode fazer
isso comigo! O que vou fazer, sem minha mãezinha? E com um
pai que mais atrapalha do que ajuda?
Ana está solta, entre os braços da poltrona de relax. Suas
faces estão ruborizadas de indignação e raiva. Seus punhos estão
cerrados, e sua boca espuma... Aguardo uns momentos, em
silêncio, na certeza de que a tempestade que assaltou sua alma e
seu coração, aos poucos, irá se amainar. Finalmente, intervenho:
– Ana Barbosa, o que você está vivendo e sentindo, neste
momento, é apenas o reviver de uma angústia que já passou e
você já venceu!
Após momentos de silenciosa expectativa, Ana esfrega os
olhos com as costas das mãos e murmura, entre gemidos de
indignação e raiva:
– Bem feito. Você morreu de cirrose, seu bêbado, pinguço
imprestável!
– Ana, observe: são lembranças de momentos difíceis.

Mas eles já são acontecimentos e momentos que se foram, levados
pelo barco do tempo. Preste atenção e pense: sua mãezinha não
morreu. Nenhuma pessoa morre! Apenas muda o modo de viver!
Sua mãe está apenas livre do corpo físico, livre de necessidades,
dificuldades e sofrimentos. Ela está livre dos limites de espaço e
tempo.
Ana se acomoda na poltrona e suas feições assumem um ar
de certa naturalidade. Percebo que minhas palavras estão
chegando a seus ouvidos e atingindo seu coração. E prossigo:
– Sua mãe, agora livre do corpo físico, está integrada à
perfeita Harmonia do Universo, integrada ao infinito Poder do
Criador 9 . Ela pode ajudar você. Mais ainda, ela quer ajudá-la.
Todavia, ela respeita você, como o Criador respeita sua liberdade.
Ela só poderá ajudá-la, se você aceitar, permitir e, melhor ainda,
se você pedir.
Ana manifesta serenidade inundando suas faces. Prossigo:

– Ana, mantenha seus olhos fechados e fale comigo.
Aceita o que lhe falei?
– Sim, eu sei que minha mãe sempre me ajuda. Se não
fosse sua ajuda, eu já teria morrido. Quando me lembro dela,
trabalhando e dando conta de todos nós, conseguindo comida e
roupa, sinto renascer em mim uma energia que me renova! Minha
mãe sempre foi uma santa e uma heroína!
– Com certeza, Ana, muitas vezes você foi a companheira
e sócia dessa heroína e santa, cuidando da casa e de seus irmãos,
enquanto ela precisava ir ao trabalho. Ana, em paz e tranquilidade,
diga-me: qual foi a causa da morte do corpo de sua mãe? Pois, o
9
Utilizo a palavra Criador e não o termo Deus, pelo fato de Ana haver
utilizado o termo "Deus", em momentos de indignação e raiva. Sempre é
fundamental observar e respeitar as palavras utilizadas pela pessoa em suas
lembranças; acima de tudo, se estiver em transe: tanto para repeti-las, quanto
para evitá-las, segundo as condições em que foram utilizadas.
que morreu e foi sepultado foi tão somente o corpo dela. A pessoa
de sua mãe está viva! E agora, está aqui.
Ana está tranquila e, com voz sufocada, explica:
– Minha mãe pegou uma chuvarada, no mês de junho. E,
sem ter roupa boa para se proteger, contraiu uma pneumonia dupla
e não resistiu.
Ana tem suas faces novamente ruborizadas e morde os
lábios, buscando controlar-se. Contudo, manifesta-se, em voz
indignada e chorosa:
– Se aquele vadio de meu pai tivesse sido mais marido e
pai, minha mãe não precisaria se expor ao mau tempo daquele
jeito. E não teria morrido de forma tão estúpida...
Após breve silêncio, Ana busca se recompor e declara:
– O senhor deve me achar a sócia mais chata que já
encontrou por esse Brasil.
– Compreendo você, Ana, e sei como foi tumultuada essa
sua viagem, por esse mar de lágrimas. Contudo, observe: pouco
resolve ficarmos a protestar ou a questionar o que se passou em
nossas vidas. Vamos buscar entender porque seu pai comportou-se
dessa ou daquela maneira.
– E tem como entender o comportamento daquele fraco?
– Você, que diz ter ouvido tantas vezes o CD-15, uma
autêntica cascata de Formulações Criativas Construtivas, e que já
leu o livro Liberte Seu Poder Extra até o capítulo IX, diga-me: em
relação a seu pai, ainda não “sacou” nada?
– Hoje, caminhando para cá, pensava: "Se meu marido e
meu pai tivessem tido a oportunidade de ler um livro - como meu
filho Luiz está tendo - será que eles não poderiam ter sido
melhores do que foram?”
– Gostei de sua observação, minha sócia. E é por aí que
podemos começar, para ajudá-la.
– É isso que eu quero, pois não pretendo ver meus filhos
repetirem a história de meu marido e muito menos a de meu pai. E
eu não quero morrer sufocada, prensada embaixo de uma
montanha de dificuldades e sofrimentos, como aconteceu com

minha mãe querida.
Concluímos o exercício de hipnose. Ao final, Ana teve
ainda a iniciativa de desabafar:
– Ninguém, até hoje, havia me dado tanta atenção como
encontrei aqui. Também pude desabafar. Joguei para fora muita
coisa que estava engasgada na garganta e apertava o coração...
Ana aceitou concluir a leitura iniciada e ouvir o CD-5
Relacionamento Humano. Também concordou em começar a pôr
em prática o Diário da Felicidade, como vem explicado no IV
capítulo do livro. Ao mesmo tempo, vai iniciar a pesquisa e a
técnica relativa à Qualificação dos Seis Homens e Seis Mulheres,
apresentada no CD-5.
Marcamos novo encontro para dali a 15 dias.
6.2.4 - Terceiro Exercício de Hipnose

Decorrido o prazo combinado, Ana Barbosa está
novamente em meu Gabinete de Orientação Parapsicológica. Um
sorriso aflora em seus lábios e manifesta sua alegria, ao declarar:
– Dr. Grisa, com um mês de vigência de nossa sociedade
em Terapia, obtive muito mais resultados do que em todos os anos
de busca, visando melhorar minha vida e a de minha família.
Relata-me os progressos obtidos: Luiz já terminou de ler o
livro Liberte Seu Poder Extra e já ouviu ao menos três vezes o
CD-15 e duas vezes, com ela, o CD-5. E tornou-se seu melhor
sócio-familiar em terapia. Ao falar-me de Luiz, Ana exclama:
– Luiz está um doce, amigo e companheiro. Não parece
mais o mesmo filho. Porém, o mais surpreendente é que Juliana,
falando comigo em tom de segredo, disse-me que ouviu, algumas
vezes, partes do CD-15, quando eu estava ouvindo-o. Contudo,
há três dias, ao descobrir que Luiz está ouvindo o mesmo CD, em
seu quarto, ela ficou indignada, questionando: "Por que só ele?"
Ana emite sonora gargalhada e, com certa euforia,
proclama:
– Não sabia que milagres também podem acontecer no

inferno. Minha casa, muitas vezes, parecia um inferno.
Antes que Ana entrasse em transe espontâneo, focando
seus sofrimentos do passado, intervenho 10:
– Contudo, minha cara senhora, nesse aparente inferno,
sempre houve muitos momentos normais e naturalmente bons.
Também muitas vitórias foram obtidas e conquistas alcançadas.
Diga-me que novas e boas informações você tem a me transmitir?
– É verdade, como o senhor já me disse: meus filhos estão
vivos, cresceram, estudaram...
Faz uma pausa, o olhar perdido ao longe, como quem
acompanha importante filme, no qual desfilam lembranças
significativas.
Após aproximar mais a cadeira, Ana apoia os cotovelos na
mesa. Olhando-me, olhos úmidos e brilhantes, fala, nitidamente
emocionada:
– Ontem, à noite, tive coragem para reunir meus filhos,
numa reunião familiar.
Voltando a olhar ao longe, fala, em tom de voz de pessoa
que está a meditar:
– Lemos o capítulo VII do livro Liberte Seu Poder Extra .
– Quando afirma: "lemos"; por que usa o verbo no plural?
– Como já lhe disse, Luiz e Juliana passaram a participar
comigo das leituras e da audição dos CDs. O Caio demorou um
pouco mais para entrar na onda. Só depois de conversar com
Juliana e Luiz, Caio passou a surfar a onda gigante do Sistema
Grisa.
Ana faz nova pausa, olhar vagando ao longe... E, olhando-
me, de olhos prestes a lacrimejarem, diz:
10
Essa observação é importante, especialmente para hipnoterapeutas inexperientes. É
mais frequente do que se imagina que, após vivenciar um transe catártico significativo,
uma pessoa entre em transe novamente, explodindo em fortes emoções de indignação e
ira, relembrando outros momentos.
– Ontem à noite, finalmente tive coragem de realizar uma

reunião familiar, para traçarmos metas para nosso futuro, com
objetivos de curto, médio e longo prazos. Descobri que tenho dois
homens, Caio e Luiz, e uma mulher, minha filha, morando
comigo, em minha casa. Nossa reunião superou todas as
expectativas. Foi lindo!
– E, onde andava seu marido?
– Dormindo. Que é o que melhor ele sabe fazer.
– Em relação à compreensão dele, não houve nenhum
progresso?
– Percebo que ele está mais calmo e incomoda menos.
Contudo, o que quero lhe contar é que não só eu estou me
dedicando na elaboração de meu Diário da Felicidade. Meus
filhos e eu estamos elaborando o nosso Diário de Realizações da
Família. Em relação ao meu marido, posso acrescentar que a
presença dele, lá em casa, me incomoda menos.
– Parabéns, minha Sócia em Qualidade de Vida, pelos
investimentos, pelo empenho e pelos resultados também.
– Sua sócia é mais dedicada ainda. Segundo orientação
sua, ouvimos o CD-5 e realizamos a pesquisa e técnica das Seis
mulheres e dos Seis Homens, na procura das qualidades do
homem mais importante de minha vida, e nele encontrei
surpreendentes coisas boas.
Porém, quando ele olha para mim, aquele olhar me
descontrola e desperta medo, tristeza e raiva, um terremoto que
abala meu coração. Dá vontade de lhe atirar uma bomba...
– Proponho a realização de mais um Exercício de Hipnose.
– Sim! sim. E é pra já.
Realizada a indução hipnótica, pergunto para Ana, que está
na cadeira de relax:
– Quando Ana percebeu alguém com muito medo, muito
triste, com raiva, ou remoendo muita mágoa?... Quem era esse
alguém? Era a própria Ana Barbosa, outra pessoa ou um animal?
– Sou eu mesma! - exclama Ana e estremece.

Dobra as pernas e abraça os próprios joelhos, enquanto
chora e geme:
– Não, pai! Não!...
– Ana, onde você está? Que acontece?
E mais ela se contrai, inclinando a cabeça para a frente e
comprimindo fortemente as pernas, entre seus braços. Soluça e
treme todo o corpo.
– Ana, onde você está? Que idade você tem?
– Cinco anos. Meu pai está me batendo. Ele me olha, com
muita raiva! Seus olhos vermelhos me apavoram. Parece que quer
me matar!...
– Não, Ana, o pai não te bate! – enfatizo, buscando reduzir
o estado de transe e conduzi-la para mais próximo da realidade
presente. – Seu pai lhe bateu um dia, aos cinco anos. Porém, isso
já faz algum tempo.
– Depois que minha mãezinha morreu, ele me bate mais
ainda, o covarde de sempre!
– Quem bate ou bateu em você não é seu pai! É a besta
desembestada do Subconsciente dele, mal domesticado nesse
assunto. Seu pai era muito inseguro e faltavam-lhe algumas
qualidades e competência. Por isso, muitas vezes agia e reagia
como fraco. Não tendo condições interiores de ter autoridade
normal e natural, apelava para a agressividade e violência, para se
impor pelo autoritarismo. Todavia, você lembra que, quando seu
pai estava tranquilo e livre da bebida, ele era uma pessoa legal?
Especialmente para você, que era o xodó do papai? Lembra-se do
bombom? Como só tinha um, ele trouxe para você?
Ana olha ao longe, como quem busca ver alguém que se
aproxima de muito distante, e murmura:
– É mesmo. Não me lembrava mais disso...
– Disso o quê?
– Disso que você me fez recordar...
Após breve silêncio, ela prossegue:

– Tinha uma linha divisória em minha vida: antes e depois
da surra que eu levei aos cinco anos. Depois dessa surra, passei a
odiar meu pai. E, sempre que minha mãe discutia com ele, eu
apoiava minha mãe e metia a boca nele. Xingava ele de "bêbado,
porco e incapaz.” Minha mãe tinha que trabalhar demais, morrer
trabalhando!
– Ana, observe: o que mais apavora um homem é
imaginar que os amigos pensem que a mulher manda nele. Pior
ainda, quando se imagina que os amigos percebem ser ele um
joguete nas mãos da mulher e dos filhos. E foi assim que, com
certeza, inúmeras vezes seu pai se sentiu, em sua própria casa.
Prossigo, depois de pequena pausa:
– Faço-lhe agora, Ana, uma pergunta muito indiscreta,
porém, essencialmente importante.
– Se é para me ajudar, faça toda pergunta que quiser. Já
sofri tanto, que nada mais me assusta.
– Você sabe se seu pai, alguma vez, "pulou cerca", como
se fala, em linguagem popular?
– Não que minha mãe soubesse. Ela lamentava: "Se esse
desgraçado me tivesse traído, talvez eu tivesse coragem para me
separar dele!"
– Sua mãe também tinha bloqueios, na área sexual. E,
provavelmente, quando grávida, recusava-se a ter relações sexuais
com seu pai. Ele, por sua vez, ao final do trabalho, sabendo que ao
chegar à casa, naquela noite, não iria desfrutar do licor mais
gostoso, consolava-se com a comadre cerveja. E instala-se o
maldito ciclo vicioso: o pai bebe e a mãe recusa-se a fazer sexo. O
pai tem mais motivos para beber. A mãe tem mais motivos para se
recusar... Seu pai aparece como "o errado". E sua mãe brilha como
"santa", diante dos filhos, da parentela e dos amigos.
– Que terrível é isso! - exclama Ana.
– E tem mais: por causa do hábito da bebida, seu pai perde

crédito, diante da sociedade, e perde emprego. O restante, você
sabe melhor do que eu.
– Mas isso está acontecendo comigo e meu marido!
É a voz de Ana, que joga os braços sobre a mesa e soluça,
prostrada pela sensação de impotência.
– Calma, Ana. Veja quantos progressos você já alcançou.
Nem tudo está perdido, nem mesmo entre você e seu marido. Sua
mãe não morreu. Seu pai também não. Livre do corpo físico, livre
das dificuldades, dos conflitos e dos bloqueios, próprios das
necessidades do organismo vivo e dos correspondentes conflitos
familiares e sociais, ele, agora, compreende tudo melhor do que
nós. Ele sabe que não foi responsável e muito menos culpado das
bobagens que seu Subconsciente, mal programado, o levou a
praticar. Também sabe que sua mãe não o rejeitava ou não o
amava. Sua mãe, como ele, tinha seus bloqueios e limitações.
Também sabe que você não tem motivo algum para lhe pedir
desculpa ou suplicar-lhe perdão de coisa alguma. E, neste
momento, ele e sua mãe devem estar rindo de tantas bobagens
vividas, sofrendo as consequências de seus Subconscientes mal
domesticados e mal programados. Mais felizes ainda estão agora,
porque percebem que sua filha começa a harmonizar sua própria
família, afastando-se mais e mais de tantos sofrimentos vividos.
– Onde estão meus pais? - interroga Ana, com os olhos
arregalados de surpresa.
– Você, filha de mãe boa de reza e católica, com certeza,
apreendeu que Deus está no Céu, na Terra e em toda parte.
– Sim, eu frequentei as aulas de catecismo. Ainda que não
concordasse com algumas coisas que ensinavam. Não entendia,
por exemplo, como Deus, que era perfeito, cheio de bondade e
amor, podia ter me dado um pai tão chato e mau.
– Aos poucos, você irá entender tudo isso melhor ainda.
Falando agora de seus pais, volto a lhe explicar: você aprendeu
que Deus está no Céu, na Terra e em toda parte. Também
aprendeu que nós somos filhos de Deus. Ora, Deus fez os seres
vivos assim: filhote de cabra, cabritinho é. De laranjeira, colhe-se
laranja e não limão. Filho de peixe, peixinho é. Então, filho de
Deus, deusinho tem que ser. E, como Deus está em toda parte,
porque não está preso a nenhum organismo, feito de carne e ossos,
nem a um corpo, feito de planetas, sois e estrelas, nós também,
como seus filhos, somos dotados de características idênticas.
Observo que Ana acompanha minha explicação, com toda
a atenção, e continuo:
– Agora mesmo, você pode dar-se conta de que, nesses
últimos instantes, viajou, nas asas de seu pensamento e de sua
imaginação, por vários lugares, mudando de um para outro, com a
velocidade superior a da luz. Assim, seus pais, estão livres dos
limites de espaço e tempo. E, nesse momento, enquanto falamos
deles, sua mãe e seu pai estão aqui.
E concluo:
– Contudo, por estarem em um nível de energia
completamente distinto do nosso, eles não têm como se
manifestarem para nós, nem em forma de imagem que nossos
olhos possam ver, nem em forma de sons, que nossos ouvidos
possam ouvir...
Explico ainda que, depois que sua mãe deixara o corpo
físico, seu pai, inseguro como era e sem saber como orientar a
filha adolescente e ingênua, temia que algum marmanjo pudesse
se aproveitar de você, Ana. Por isso, buscando cuidar de você,
prendia você em casa, o quanto lhe era possível... Ele vivia
apavorado pela ideia de que você viesse a se tornar uma filha
vadia ou moça banal. E não tinha mais sua mãe para assumir essa
tarefa. Ele tinha que fazê-lo. Por isso também, apavorado pelos
fantasmas, que habitavam seu Subconsciente, por motivos
desconhecidos para você e confusos até para ele, acabava
agredindo você...
Oriento Ana a complementar esses conhecimentos,
ouvindo o CD-SV4 A Vida no Reino Invisível.
Ao concluirmos mais esse encontro, Ana estava mais

aliviada e contente, pois já podia pensar em seu pai e imaginá-lo
como amigo invisível e real. Também compreendia melhor seu
marido e estava cheia de esperanças, pronta para abrir as
fronteiras de um Novo Tempo.
6.2.5 - Conclusão da Orientação Parapsicológica

No encontro seguinte, Ana estava radiante e disposta a
levar adiante um novo projeto de vida.
Sua nova proposta nos conduziu a realizar outros
encontros com a família toda e cada membro individualmente.
Descrever aqui uma síntese dessas atividades de
Orientação Parapsicológica seria longo demais. Seria temática
para um livro inteiro. Por isso, seguem-se tão somente algumas
informações gerais sobre o que aconteceu.
Ao realizarmos encontros com o casal, cada melhora
constatada em seu marido, Ana comemorava com muito
entusiasmo.
Após ter retomado as relações sexuais com seu "amado",
sentia-se eufórica. Foi alertada por mim, em relação à
continuidade das atividades de manutenção e fortalecimento dos
novos padrões estabelecidos, tanto nas relações conjugais e
familiares, quanto na organização financeira e econômica, em
seus processos de produção de receitas e realização de
investimentos, tendo em mira resultados de curto, médio e longo
prazos.
Ao final do processo, despedindo-me de Ana e seu marido
- afirmava eu:
– Como já lhe disse Ana, no início de nossos encontros:
Eu não tenho paciência para ter paciente, só aceito Sócios em
Qualidade de Vida. Por isso mesmo não dou alta para nenhuma
pessoa; porém também não mando pessoa alguma voltar. Como
sócios meus, vocês mesmos poderão saber se precisam realizar
mais algum investimento. De minha parte, estarei sempre a
disposição de meus sócios.
Abraços e sorrisos encerraram mais esse encontro,

empunhando a bandeira que abre os caminhos de novas
conquistas, alargando as fronteiras de um Novo Tempo!
CAPÍTULO VII
7 - Casos Ivo Calos e João Alberto

Nos dois casos do capítulo VI, analisamos e orientamos
duas mulheres. Neste capítulo VII, dois homens recebem nossa
atenção. A Lei dos Contrastes é excelente recurso para estimular a
memória e todo o processo ensino/aprendizagem, e também é
valioso instrumento no processo de Reprogramação pela
Compreensão.
A Lei dos Contrastes aparece igualmente na diversidade de
problemáticas, enfatizada pela diferença de gêneros.
E, como já foi explicitado, "Cada caso é um caso".
Cabe alertar ainda que, na Parapsicologia do Sistema
Grisa, jamais se pergunta: Por que Fulano ou Sicrano fez isso ou
aquilo comigo?
A pergunta sempre é: O que existe em mim, que permite
que façam isso ou aquilo comigo?
Ou, dito de forma mais específica: Que programação está
registrada em meu Subconsciente, que atrai tal resultado ou
consequência?
No caso Ivo Carlos, observe o quanto as programações de
vida intrauterina vão determinar as relações humanas e as
problemáticas nos relacionamento de casais.
Fica evidente também o quanto as programações, oriundas
da gestação de um filho, podem determinar atitudes nefastas como
a Superproteção.
Costumo afirmar, constatadas as consequências em tantos
casos estudados: A Superproteção fabrica aleijados de corpo
inteiro!
No caso de Ivo Carlos, por pouco ele não foi vítima fatal
desse mal, semelhante à esmola.
Outra questão fundamental, que o Orientador em
Parapsicologia do Sistema Grisa sempre precisa ter em mente, é
que o Criador não é sádico. Toda ocasião em que o Criador
parece estar tirando algo de uma pessoa, cabe a esta aguçar sua
atenção e observar que, certamente, o Criador está lhe
oferecendo duas ou mais novas oportunidades e inúmeros outros
benefícios.
No caso Ivo Carlos, é André que aparece como o
representante dessa realidade paradoxal.
A importância da Lei dos Contrastes destaca-se, no
presente capítulo, também pela diferença comportamental entre
Ivo e João:
Ivo relacionou-se, como casado, com quatro mulheres.
João, por sua vez, ainda é solteiro, e a timidez dificulta seu
relacionamento com pessoas do outro sexo...
No caso João Alberto, observa-se claramente a relação
existente entre Programações da Vida Intrauterina e do Processo
de Nascimento, os fatos ocorridos na infância e as reações,
atitudes e comportamentos vivenciados na adolescência e na vida
adulta.
7.1 - Caso Ivo Carlos

Ivo Carlos, ao ingressar em meu Gabinete, demonstra estar
um tanto inseguro e confuso. E sem titubear, afirmo:
– Ivo Carlos, aqui comigo, Parapsicólogo Terapeuta do
Sistema Grisa, como é a primeira vez - Ele realiza discreta
afirmação com a cabeça - Seja bem-vindo.
Passados alguns minutos de nosso encontro, Ivo sente-se
mais à vontade. Pergunto-lhe:
– Ivo Carlos, por que decidiu procurar a ajuda de um
Parapsicólogo?
Parece embaraçado com a pergunta. Retorno a interrogar:
– Como descobriu que eu existo? E como conseguiu me

encontrar?
– Ora, Dr. Grisa - responde-me Ivo, sorrindo - o senhor é
muito conhecido. Já há algum tempo, uma psicóloga havia-me
sugerido que o procurasse, para fazer uma Regressão. E agora,
quem me orientou a vir aqui, foi minha mãe.
– E por que você veio buscar ajuda hoje?
Ivo informa que tem 46-quarenta e seis anos, está no
quarto relacionamento conjugal e se sente muito frustrado. Vive
infeliz, nervoso, depressivo e bebe muito.
Joga sobre a mesa todas essas informações, como se as
tivesse decorado. Silencia e fica a me olhar. Como também
respondo com olhar tranquilo e silêncio, ele afirma:
– Apesar de toda essa bagunça, e muito mais, estou aqui,
porque quero que me ajude a mudar de vida.
– E como pensa começar, nesse querer mudar?
– É para isso que o procurei. Minha mãe disse-me que o
senhor e os profissionais do IPAPPI já ajudaram muitas pessoas, e
também jovens descabeçados como eu, a darem um rumo em suas
vidas.
– E você aceita receber orientações minhas? Está disposto
e determinado a respeitá-las e segui-las?
– Se eu, como diz minha mãe, não quiser morrer afogado
na piscina do álcool, ou atropelado na estrada da vida, tenho que
fazer alguma coisa.
– Para mim, não interessa muito a opinião de sua mãe,
nem de seu pai, do padre ou da polícia. Só me interessa a opinião
e a determinação de Ivo Carlos, esse cara legal, que parece confiar
em mim.
– Claro que eu confio no senhor, Dr. Grisa...
– Confia mesmo? Ou somente gostaria de confiar?
– Como assim?
– Você acha que irá me provar apenas por palavras ou com

fatos e resultados, que confia em mim?
– O senhor é duro. Mas estou gostando do seu jeito de me
tratar.
Percebo que estou conquistando um aliado e pergunto-lhe:
– Ivo Carlos, quantos irmãos vocês são?
Ele me apresenta sua Tabela Familiar Básica, que é assim
constituída: Ângela (56 anos), Mara (54), Olinda (52), Ivo (46) e
Cláudio (44).
Questionado sobre outra possível gravidez de sua mãe,
demonstra surpresa e estranheza. Porém, informa que a mãe lhe
dissera, um dia, que tivera um aborto de menino, antes dele.
– Sua mãe teria revelado, com quantos meses de gestação
ocorreu o aborto?
– Ouvi qualquer coisa de que teria sido com mais de
quatro meses. Mas por quê me pergunta essas coisas? - interroga-
me Ivo, demonstrando certa inquietude.
Explico-lhe:
– Ivo, aqui nós atuamos em Parapsicologia, a qual, como é
estudada e aplicada no IPAPPI e pelo Sistema Grisa, é a ciência
que estuda os seres humanos, com a precisão matemática da
Engenharia. Por isso, para nós, os números são fundamentais,
especialmente o número de gestações da mãe do Sócio em
Qualidade de Vida.
Feitas as explicações iniciais, em relação à Orientação
Parapsicológica, solicito:
– Ivo, fale-me um pouco mais de você. Agora, eu preciso
saber de você, pois aqui você é o sócio principal e majoritário.
Ivo relata que integra uma família, na qual o pai é médico
famoso. Trabalhava muito e ficava ausente da casa, não
participando da educação dos filhos.
Ivo sempre teve tudo o que quis, desde pequeno, Na
adolescência, teve problemas com drogas e com batida de carro.
Todavia, o pai sempre resolveu tudo com o poder do dinheiro.
Por volta dos vinte anos, Ivo teve, durante um ano, um

relacionamento com Maria. Ela engravidou, e o pai dele decidiu
que o aborto era a melhor saída. E assim foi feito. Esse
relacionamento terminou logo após o aborto ter sido consumado.
A seguir, Ivo começou outro relacionamento. Depois de
três anos de namoro, casou-se com Rita, com quem teve duas
meninas. Atualmente, Camila tem dezesseis anos e Vanda,
quatorze. O casamento durou sete anos.
Percebendo que esse relato lhe custa para ser exposto,
aproveito e afirmo:
– Parabéns por seu casamento. Essa sua decisão demonstra
que, no interior do Ivo, reside um homem. Basta acordá-lo e
treinar esse homem. E você, Ivo, poderá começar vida nova e
viver melhor.
– Por que afirma isso, Dr. Grisa?
– Porque fica claro, segundo o que você mesmo disse. Mas
também, pela análise que fui fazendo, alicerçado na Tabela
Familiar que você me apresentou. Veja as suas três irmãs: nascem
de dois em dois anos. Porém, entre Olívia e você, há uma
diferença de seis anos. Isso significa que, quando você completa
um aninho, Olívia já tem sete. É, pois, tempo de ela ir à escola, se
não iniciou antes de você nascer. Porque seria normal ela querer
acompanhar as irmãs mais velhas, também para não ficar em casa
sozinha.
– Dr. Pedro Grisa, como é que o senhor pensa em tanta
coisa?
– Isso faz parte da vida e dos conhecimentos, que
acumulamos observando, analisando e comparando fatos e
resultados que a vida, as pessoas e o mundo nos apresentam.
Ivo está me olhando, com olhar de admiração. Aproveito e
prossigo:
– O aborto que sua mãe teve, antes de você, fez com que
sua mãe tivesse muito medo de perder também você. Ela vive esse
medo desde o início de sua gestação, e continua a vivê-lo
enquanto você é bebê. Qualquer gemido, tossida ou choro seu,

fazia sua mãe sofrer um sobressalto e sufocá-lo de cuidados. Por
exemplo, quando você já era menino, especialmente quando
começa a frequentar a escola, sua mãe chega a incomodá-lo,
exigindo que você ande sempre calçado e bem agasalhado.
Lembra-se desses cuidados?
– A mãe sempre foi exagerada. Nada disso eu via como
cuidados. Sentia tudo isso como chateação de mãe, pior ainda
quando Mara gritava comigo: "A mãe mandou! Faça isso ou
aquilo, senão eu conto para mamãe, quando chegar em casa!...”
Prosseguindo em seu relato, Ivo conta que, quando a
esposa enchia sua paciência e as filhas não lhe davam sossego,
sentia-se estressado como quando a mãe e as irmãs o
incomodavam. Decidiu-se, pois, e foi embora de casa.
Na sequência, encontra-se com Anita e apaixona-se por
ela. Esse relacionamento durou quatro anos e, durante este
período, realizaram dois abortos. Contudo, dessa vez, foi Anita
que se cansou de Ivo e arrumou outro homem.
Depois desse rompimento, Ivo passou a beber muito.
Perdeu o emprego. Começou a sentir-se um péssimo pai e tinha
vergonha das filhas. O relacionamento entre eles nunca foi bom.
E, para piorar, ele briga também com seus pais.
Certo dia, Ivo encontra-se com Lúcia Marta, num bar, e ela
o leva para sua casa. Ambos coabitam, em casa de Lúcia, há três
anos, sendo ela quem responde pelas despesas.
Nesse meio tempo, Ivo passou por vários empregos,
porém, sem estabilidade alguma.
Lúcia tem um filho de 15 anos, André. O garoto vive
revoltado. Brigas com a mãe são frequentes, ocasiões em que
afirma que Ivo é vagabundo, não presta, é um aproveitador, um
bêbado imprestável.
– Que você pensa de André? - pergunto a Ivo, quando ele
conclui o relato.
– O pior é que o moleque tem razão. Mas, quando ele me
dá na cara de maneira tão arrogante, fico fulo de raiva. Bato a
porta, para não bater nele ou matá-lo. Vou para a rua, para
refrescar os miolos. Acho um bar e volto de madrugada. Quando
retorno, Lúcia está dormindo. Tomo um banho e, depois de comer
a comida que Lúcia deixou preparada, vou dormir também, pois
ninguém é de ferro. Evito acordá-la.
Parabenizo Ivo por seu controle, demonstrado ao bater a
porta e ir respirar. Também valorizo os cuidados em deixar Lúcia
dormir.
Decorridas as duas horas programadas, concluímos o
primeiro encontro, definindo três questões fundamentais:
 Ivo Carlos compromete-se a, num próximo encontro, vir
acompanhado de Lúcia Marta e, juntamente com ela, planejar a
continuidade do relacionamento, que poderia ser seu primeiro
autêntico casamento.
 Ivo Carlos, como verdadeiro marido de Lúcia, também
assumiria o compromisso de passar a viver como pai do enteado
André. Ao mesmo tempo, compromete-se a, gradativamente,
assumir sua paternidade emocional e financeira em relação às
duas filhas, frutos do casamento com Rita.
 Ivo Carlos compreende também que, somente
assessorado por Lúcia, deixaria de ser o bebê, inicialmente
cuidado e superprotegido pela mãe, e depois carregado no colo
pelo pai. Deixaria também de ser o moleque que usava tudo e
todos como brinquedos seus.
– Não vai ser moleza, Dr. Grisa. Porém, estou achando
um barato esse seu jeito de me tratar e de se referir às outras
pessoas. Todavia, eu vou tentar.
– Não, caro Ivo, corta essa. "Tentar" não existe em nosso
dicionário. Nós, meu sócio, vamos assumir o projeto e cumprir as
metas.
Trocamos um abraço e Ivo, aos despedir-se, assumia
postura muito diferente do moço que chegara a meu Gabinete de
Orientação Parapsicológica.
7.1.1 - Análise Parapsicológica

Uma semana depois, Ivo retorna ao meu gabinete. Havia

lido os quatro primeiros capítulos de Liberte Seu Poder Extra, e
pergunta:
– O Subconsciente é tão importante assim? Parece que ele
vale mais que o Consciente. É isso mesmo?
– Gostei de sua pergunta. Contudo, não se trata de avaliar
qual é o mais importante e, sim, de entender como nós podemos
fazer o uso mais adequado das Duas Funções Mentais Básicas da
Mente Humana.
– Também gosto de suas explicações claras e limpas.
Analisei os três objetivos colocados para mim, na primeira sessão.
Pensando em minha vida e nas propostas, acho que não vou
conseguir mudar tanto assim.
– Senhor Ivo Carlos, sei e sabemos que a proposta não é
simples nem fácil. Todavia, os grandes resultados não são obtidos,
propondo-se pobres objetivos. E Ivo é o grande homem que foi
escondido e se escondeu, até hoje, protegido pelas imagens de
bebê frágil, criança irresponsável e moleque divertido e
aproveitador.
Após mais algumas considerações, declaro firme e
tranquilamente:
– Caro Ivo, dentro de você, existe a alma do poeta e do
filósofo. Por isso, sei que você saberá compreender e valorizar o
que vou dizer-lhe.
– Até agora, não tenho motivo para não valorizar o que já
me disse. Diga-me, pois, o que quer falar.
Ivo permanece com expressão interrogativa. Proclamo:
– Senhor Ivo Carlos, em minha meditação matinal, ao
refletir sobre o seu caso, brilharam em minha mente dois
pensamentos:
▪ Quanto mais adiantada vai a noite, mais próxima a
aurora!
▪ Nívea noiva se opõe à negra noite. E a Lei dos
Contrastes gerou imagens e cenas maravilhosas em meu mundo
interior. Percebi que Ivo, considerado vagabundo e bêbado

imprestável por André, filho de Lúcia, é semelhante às trevas da
"negra noite" aos olhos do garoto. Portanto, se Ivo acender uma
luz pequenina, dentro dessas trevas, ela brilhará, e será percebida
por todos. E, consequentemente, Ivo Carlos passará a ser
valorizado...
– E como posso acender essa luz?
–Para alguém ser classificado como bêbado vagabundo, é
porque não realiza nada de importante ou prestável, aos olhos de
quem assim o classifica.
– Refere-se ao estúpido do André? Ele jamais me dará
importância alguma.
– Imagine Ivo Carlos, às nove horas da manhã, ir à
cozinha e lavar a louça que André não lavou, na noite anterior, por
ter ido trabalhar no computador, após retornar das aulas.
– O senhor acha que eu tenho que me humilhar tanto
assim?
– Trabalho jamais humilhou pessoa alguma. Trabalho
enobrece a alma, alegra o coração e fortalece os músculos,
lançando os alicerces do vencedor.
– Suas palavras são maravilhosas. Porém, assim mesmo,
não me dão coragem para enfrentar esse peso humilhante.
– Gostei da palavra "peso", e pergunto-lhe: “Você sabe se,
durante sua gestação, sua mãe teve que realizar repouso, por
orientação médica?”
– Mais de uma vez, na hora das discussões entre meus
pais, ouvi minha mãe gritar: "Por você, esse filho teria morrido
antes de nascer, como o outro. Se não fosse a atenção, a
competência e os cuidados do Dr. Eufrásio, exigindo que eu
fizesse repouso, com certeza eu teria perdido esse também!”
"Esse", eu sabia que era eu - conclui Ivo, refletindo tristeza no
olhar.
– Contudo, Ivo Carlos, uma só é a verdade: Nada de grave
aconteceu. Você nasceu vivo, normal, perfeito e sadio. Sua mãe e
você formam uma dupla de campeões. Isso se deve também ao

fato de sua mãe ser boa de reza.
Percebo que ele está muito atencioso, e que suas faces se
descontraem. Concluo:
– Considero que temos informações suficientes para, se
você quiser, realizarmos um exercício de hipnose...
– Que informações são essas? - questiona-me Ivo,
demonstrando apreensão.
– Quando lhe sugeri lavar a louça, você resistiu,
apresentando argumentos pertinentes, para você, em suas
condições, vividas naquele momento. "Que condições são essas?",
você poderia questionar-me.
Observando que Ivo se interessava pelo assunto, expliquei-
lhe que: Ninguém é preguiçoso porque quer. Muito menos, fica
inerte ou sem fazer algo de útil por pura malandragem.
Percebendo que Ivo demonstra interesse e viva atenção,
explico-lhe que as Pesquisas e Análises do Sistema Grisa realizam
fundamentais constatações em relação à primeira fase de evolução
dos seres humanos. O período de gestação é reconhecido como a
fase mais importante, na evolução da vida de todas as pessoas.
Observe-se mais, realizando breve retrospectiva histórica:
Até recentemente, sequer se sabia da existência das
Programações da Vida Intrauterina e do Processo de Nascimento.
Muito menos se conhecia a importância em relação à
possibilidade de: reprogramar as informações inadequadas e
indesejáveis; aperfeiçoar as menos boas e fortalecer as positivas
e benéficas.
O IPAPPI, como Instituto, em estado permanente de
pesquisa, conseguiu compreender todas essas possibilidades e
viabilizar atividades práticas, para torná-las viáveis.
Ainda hoje, muitos cientistas, estudiosos do Ser Humano,
questionam como ocorre a relação entre a gestante e seu bebê,
durante o período de gestação.
Contudo, as pesquisas e análises do Sistema Grisa
comprovam que a gestante e seu bebê são "um-só-ser", como está
explicitado em O Jogo e a Estrutura das Personalidades, no

capítulo que aborda as programações de vida intrauterina.
Em 2011, chega-se a nova e fundamental constatação: o
filho em gestação registra em seu Subconsciente TUDO o que a
mãe sente, pensa, deseja, teme e vive, de forma mais significativa
do que a própria gestante.
Sim, pois, durante a gravidez, a gestante possui
experiência de vida, critérios de avaliação e senso crítico, que
funcionam como um filtro. O nenê, porém, não tem esse filtro, e
nem a noção de que "o momento presente irá passar e o futuro
poderá ser melhor".
Portanto, o ser em formação registra em seu
Subconsciente, de forma mais plena e significativa, tudo o que se
passa com ele e sua mãe, permanecendo evidente que o nenê
registra de forma mais significativa do que a própria mãe, tudo o
que ela mesma pensa, sente e vivencia...
Para minha surpresa, Ivo permanece atento e demonstra
interesse, em relação a todas essas informações. E isso se
confirma pela pergunta do meu Sócio em Qualidade de Vida:
– O senhor saberia, pois, me explicar por que meu
irmãozinho nasceu morto?
– Veja a semente das plantas: para o incremento de seu
processo evolutivo, após germinar, depende da fertilidade do solo,
intensificada pela água e pela energia solar. O útero é solo fértil,
onde germina o bebê, quando a mulher possui, registrada em seu
Subconsciente, uma imagem mais ou menos maravilhosa da
maternidade, da gestação à educação dos filhos, alimentada pela
água da dedicação e do amor, e pela energia solar da Imaginação
criadora, na perspectiva de um futuro maravilhoso para mãe e
filhos.
Esclareço ainda que, segundo os conhecimentos do
Sistema Grisa, no caso de sua mãe Jordânia, pela profunda
sensação de rejeição e frustração, como mulher e mãe, seu útero
se tornou estéril e impróprio para a germinação da vida, naquele
momento.
– Você, Ivo Carlos, gerado no mesmo clima, somente

viveu por ser sua mãe mulher-boa-de-reza, e ter confiança em
Deus e a Fé profunda de que Ele a protegeria do sofrimento de ter
nova gravidez interrompida, antes de chegar a termo. Muito mais
haveria de protegê-la da desgraça de ver o corpinho de filho seu,
deitado na mortalha, para ir morar na grutinha fria do cemitério.
Portanto, você, meu caro Ivo Carlos, além de ter sido salvo, foi
vacinado pela melhor vacina existente no planeta: a vacina do
Poder da Mente e da Fé! Por isso, você desfruta de ótima saúde!
E tanto é verdade que, enquanto outras pessoas vivem gripadas,
sob a influência das chicotadas gélidas do Vento Sul, que se
manifesta na Ilha da Magia, você sequer fica resfriado, vivendo
nas mesmas condições climáticas! Também está protegido contra
a ameaça de morte e possui, registrado em seu Subconsciente,
projeto de longa vida.
– Será - pergunta-me ele - que é por essas mesmas
programações que, nos acidentes de minhas loucuras, sempre
escapei sem ferimentos?
– A proteção da vida em relação à ameaça de morte,
constitui-se num conjunto único e estruturado de programações de
proteção da pessoa e da vida em suas diferentes manifestações.
– Com essas suas explicações - declara Ivo - sinto-me
melhor e vivo uma sensação estranha: parece que estou gostando
mais de mim, e muito mais de minha mãe.
– E, se prestar atenção - enfatizo - vai perceber que irá
pensar de forma nova e mais bonita e agradável, em relação a
todas as mulheres com as quais conviveu, particularmente em
relação às que lhe deram filhos.
Ivo Carlos fixa seus olhos em mim. E, como se uma
pesada interrogação pressionasse suas pálpebras, fecha os olhos e
inclina a cabeça.
Percebo que já havia exigido muito de meu sócio.
Encerramos esse encontro de análise. Combino com Ivo que a
Regressão ficará para um novo encontro. Mostro-lhe que, na
prática, havíamos realizado uma longa Regressão, repensando o

passado dele, de sua mãe e, por tabela, de outras pessoas.
7.1.2 - Novo encontro em Orientação Parapsicologia

Iniciado novo Encontro com Ivo Carlos, percebo que ele
demonstra uma nova postura e seu olhar é naturalmente mais
firme.
Sentado à minha frente e colocando papeis de anotações
sobre a mesa, Ivo manifesta-se:
– Já concluí a leitura do livro, ouvi várias vezes o CD-5
Relacionamento Humano e comecei a elaborar a Técnica dos Seis
Homens e das Seis Mulheres. Confesso que estou achando tudo
isso divertido. Reouvindo a gravação de nossos encontros
anteriores, percebi que, como me sinto aqui, tudo flui de "maneira
livre, leve e solta", como o doutor fala. Mas, eu queria entender
melhor, por que, em nosso encontro anterior, de repente, o senhor
puxou o assunto da gestação. Por que fez isso?
– Como já lhe expliquei, o período de gestação é a fase
mais importante da vida de todos os seres humanos. E é verdade
que não lhe expliquei importante consequência: Sempre que uma
pessoa, adulta, adolescente ou criança, vive uma emoção intensa,
uma sensação de poder ou de fragilidade, esses sentimentos,
reações e comportamentos sempre têm, como origem primeira,
seu próprio período de gestação. Por isso, quando você se
queixou de que não se sentia em condições de aguentar o "peso"
humilhante de lavar a louça, imediatamente surgiu-me a hipótese
de que o próprio Ivo poderia ter se sentido ameaçado de morte por
algum esforço, durante a gestação.
Prossigo na explicação:
– Isso ficou confirmado pelas suas próprias informações,
ao referir as palavras de sua mãe. Quando André o chama de
"vagabundo", refere-se a como ele percebe a presença de Ivo, na
casa de Lúcia. Porém agora eu sei que Ivo Carlos não é um
preguiçoso e, sim, um assustado: qualquer esforço que Ivo faz,
para seu Subconsciente representa ameaça de morte, do mesmo
modo como a mãe temia perdê-lo, se fizesse esforço, em

determinado período da gestação. Depois, pela superproteção, Ivo
foi impedido de perceber que era mais forte e mais capaz do que
sabia e sentia, o que pode constatar e comprovar por si mesmo e
para os outros.
Proponho-lhe, finalmente, realizar um exercício de
hipnose.
– Minha mãe perguntou-me - comunica-me Ivo - se o
senhor iria fazer Regressão comigo. Esse exercício é também para
fazer Regressão?
Apresentadas as considerações necessárias, decidimos pelo
exercício.
7.1.3 - Primeiro Exercício de Hipnose e Regressão

Realizadas as explicações iniciais e conduzida a Indução
Hipnótica, pela contagem de dez a zero, pergunto a Ivo quando
alguém manifestara muito sofrimento, angústia e medo, ao
realizar um esforço ingente. Ivo recorda que, com a idade de três
anos, ficou apavorado ao ver um senhor espancar um cavalo que,
com muito esforço, ia puxando uma carrocinha muito carregada
ladeira acima.
– Covarde! - exclama Ivo, deitando de lado em minha
poltrona e soluçando convulsivamente - Ele está morrendo! Pare
de bater, seu covarde!...
– Que acontece, Ivo? Que você percebe agora?
– O cavalo não aguenta mais! Está ajoelhado com as patas
dianteiras, e seus joelhos estão se machucando nas pedras da rua.
– Parabéns, Ivo, por você se compadecer do cavalo que
sofre e por ser solidário com ele. Isso demonstra que, aos três
anos, você já é um menino de bom coração. E, se pudesse,
naquele momento, libertaria o cavalo e também lhe restituiria a
saúde plena, a fim de vê-lo livre e contente, caminhando num
espaço cheio de pastagem viçosa e saudável.
– Como adivinha meu pensamento? Eu estava imaginando

bem assim 11.
– Foi normal, pois, que Ivo Carlos sofresse muito vendo o
cavalo sofrer e sentindo-se, aos três anos, incapaz de ajudar o
pobre animal. Conte-me: o que aconteceu com o cavalo?
– Não sei.
– Soube se o cavalo morreu, enquanto puxava a
carrocinha, naquele dia ou logo depois?
– Não sei. Mas, ele deve ter morrido nas garras daquele
homem mau e desalmado.
– Volto a dizer-lhe, Ivo Carlos, que fico contente em saber
que dentro de você, desde que tinha três aninhos, existia um
menino de bom coração. E isso é o mais importante. E sabe por
que você ficou tão contrariado com aquele homem? Por que
sofreu tanto com o cavalo e foi solidário com ele?
– Não, mas o que o senhor quer dizer com isso?
– O sofrimento do cavalo, especialmente o medo de que
morresse, só era tão fortemente vivido por você, porque você
sentia como se você mesmo fosse o cavalo. Observe, contudo,
que nada disso ocorreu com você.
A Parapsicologia do Sistema Grisa constata que quanto
mais alguém sofre, mais possui facilidade para colocar-se no
lugar do outro. E sabe-se que a pessoa que mais sofre é a que
passou por grave ameaça de morte ou vive intensa depressão. Por
isso, constatou-se também que a Depressão é, em primeiro lugar,
um conjunto de talentos, desabrochados do sofrimento, e o
primeiro desses talentos é a capacidade da pessoa colocar-se no
lugar do outro e de forma construtiva e benéfica.
11
Cabe lembrar que a pessoa, em estado hipnótico, facilmente capta o que o
hipnotizador está pensando ou imaginando, especialmente quando o que
imagina faz parte dos conhecimentos e convicções, arraigadas no
Subconsciente do hipnotizador ou quando o hipnotizador imagina com emoção
significativa.
Lozanov, grande educador búlgaro, do período da União

Soviética, proclamava importante princípio educacional: "O
aluno se torna o que o professor espera dele". E nós, do Sistema
Grisa, sabemos que isso é resultado do apoio mental que o aluno
sente receber do professor, e o próprio aluno sente-se mais
importante, diante do professor.
Observo que meu sócio se mantém atento a minhas
explicações e complemento:
– Não sabemos o que aconteceu com o cavalo da
carrocinha. Porém, tenho certeza de que, naquele dia em que Ivo
Carlos foi tão solidário com ele, o cavalo sentiu-se com mais
força, ficou de pé e puxou a carrocinha, com mais energia e
determinação, até o alto da ladeira. E, no final do dia, recebeu
daquele homem, que parecia tão ruim, aos olhos de Ivo, uma boa
espiga de milho ou outro alimento gostoso e nutritivo.
– Isso pode ser verdade?
– Tenho certeza de que Ivo Carlos ajudou o cavalo e
atingiu o coração do homem.
Ivo suspira e olha para mim, demonstrando alívio e
liberdade interior.
– É fundamental que Ivo Carlos compreenda que todo ser
vivo (aí incluído o ser humano) é egocêntrico. Por isso, sempre
percebe os fatos e o mundo do seu ponto de vista particular. Com
certeza, naquele dia, o homem precisava entregar a mercadoria,
que estava dentro da carrocinha, em horário já definido. Assim,
estimulava o cavalo do jeito que aprendera com seu pai e outras
pessoas. O homem batia no cavalo porque confiava que seu
companheiro seria capaz de dar conta do seu trabalho, como em
tantas outras ocasiões.
Ivo está a me olhar, com aquela expressão facial,
esboçando a chegada de um sorriso, e muito atento. E observo:
– Ivo Carlos, vamos usar a inteligência, e você é bastante
inteligente para tanto. Você acha que o homem batia no cavalo
para matá-lo, ou para estimulá-lo a andar com firmeza e

agilidade?
– Pensando bem, acho que era para andar. Mas por que ele
batia com tanta ruindade?
– A "ruindade" ficava por conta do menino Ivo Carlos,
que parecia apanhar e sofrer com o cavalo. Com certeza, quando o
cavalo caiu ajoelhado com as patas dianteiras, também o homem
se preocupou com seu colega de jornada... Porém, o que
aconteceu depois, você não teve condições de esperar para ver, tão
grande era sua solidariedade. E seu coração solidário cresceu tanto
que escureceu seu olhar.
– É mesmo! Lembro-me agora que corri, nem sei para
onde, para buscar socorro. Logo depois, quando voltei, o cavalo
não estava mais lá! Fiquei olhando, parado. Não vi mais o cavalo
e imaginei que ele tivesse morrido...
– Pensemos mais um pouco, meu caro Ivo Carlos. Se o
animal tivesse morrido, morto pelo homem que parecia tão mau,
com certeza a rua estaria cheia de gente, atraída pela desgraça.
Segue-se um pesado silêncio. Deixo Ivo "ruminar" seus
pensamentos e filmes imaginários. Ouço um suspiro, e a voz de
meu sócio ressoa vibrante:
– Que legal! Como é que não pensei nisso antes?
– Porque o Subconsciente só conhece o presente. E
sempre, independente da idade que você tinha, quando vinha a
lembrança do cavalo, os olhos e o coração de Ivo reproduziam o
mesmo filme vivido aos três anos. Revivia tudo como se estivesse
no mesmo lugar, a situação fosse a mesma e os sentimentos
também.
– Como isso é maravilhoso!
– O mesmo podemos dizer que acontecia, quando Ivo e
sua mulher, apavorados diante do "peso imenso" da
responsabilidade de gerar e criar mais um filho, acabavam
praticando aborto.
Ivo estremece e geme:
– Mas o aborto não era de criança...

Ele me olha com olhar interrogativo e cheio de
expectativa.
Complemento o processo de Compreensão, sintetizando os
conhecimentos presentes nos CDs SV-4 A vida no Reino Invisível
e SV-5 Aborto é filho que vive feliz.
E, tendo perguntado a Ivo como se sente agora, ao pensar
no cavalo, responde-me:
– Estou contente. Não vejo mais o cavalo sofrendo,
imagino ele pastando.
Procedo às atividades de encerramento da hipnose e
oriento novos investimentos a serem realizados por meu sócio:
▪ Ler o livro O Jogo e a Estrutura das Personalidades;
▪ Realizar Terapia com o Grisa Eletrônico, ouvindo os CDs
da coletânea O Sentido da Vida, seguindo orientações explicitadas
por mim.
Naquela semana, recebi telefonema da mãe, comunicando-
me que Ivo estava diferente. Estava mais solto e determinado.
Expliquei-lhe como estava sendo realizado o processo de
terapia com seu filho.
A mãe de Ivo agradece, manifestando-se cheia de
confiança.
7.1.4 – Segundo Exercício de Hipnose e Regressão
Para o novo encontro, Ivo Carlos chega muito animado,
referindo-se ao que apreendeu com a leitura de vários capítulos
d’O Jogo e a Estrutura das Personalidades. Fala ainda da alegria
vivida ao dar-se conta de que tanto a mãe quanto Lúcia se
interessaram pela leitura do livro. Conta igualmente sobre os
diálogos mantidos com elas, tanto em relação às leituras, quanto à
audição dos CDs. Conclui seu relato e pergunta:
– Estou sendo um bom sócio? E está gostando dos meus
investimentos?
Após agradável troca de informações e planejamento de
novas atividades, propus a Ivo Carlos que, nesse novo encontro,
realizássemos o Segundo Exercício de Hipnose. E, para isso,

utilizássemos a Técnica da Indução Breve.
Demonstrando certo entusiasmo, ele me solicita que lhe
explique "como é isso". Apresentadas as explicações e orientações
cabíveis, dou início ao processo. Pergunto-lhe: Dos três
sentimentos que perturbam os seres humanos, tristeza, medo ou
raiva, qual mais o incomodou, nos últimos dias? Esclareço que
raiva, engolida ou reprimida, chama-se mágoa. Ele me responde,
prontamente:
– Raiva! A raiva e, por vezes, a mágoa é o que mais me
assalta. Graças a Deus, aquela psicóloga que me disse para fazer
Regressão com o Dr. Pedro Grisa, ensinou-me a controlá-la. Se
não fosse isso, talvez já tivesse matado a Anita ou o pivete do
André. Nem sei se eu mesmo não teria me matado. Contudo,
depois que estou vindo aqui, até a raiva parece ter diminuído,
dentro de mim.
– Ótimo, caro Ivo. E você está, pois, disposto a realizar
mais esse novo Exercício de Hipnose?
Com a anuência de meu sócio em terapia, procedo à
Indução Breve:
– Ivo Carlos, olhe para mim. Sem mexer a cabeça, volte os
olhos para cima e localize um ponto de sua preferência, logo
acima de minha cabeça. Fixe seu olhar, no ponto escolhido por
você. Permaneça olhando firmemente para esse ponto. Se piscar,
volte a olhar para o mesmo ponto. 12
– Quando não conseguir mais manter o olhar firme, na
mesma direção, feche os olhos. Ou feche os olhos, quando eu
contar "um", na contagem regressiva de "três a zero".
Percebendo que Ivo se mantém atento, continuo a Indução:
12
É importante observar as duas expressões "de sua preferência" e "escolhido por
você". Visa-se valorizar e respeitar a liberdade da pessoa e evitar que se sinta coagida,
de alguma forma, especialmente se for pessoa revoltada ou de Personalidade
Pragmática.
– Desse momento em diante, Ivo Carlos, você só tem uma

coisa a fazer: manter-se atento ao que estou falando agora, no
momento presente, e o que vier a falar ou dizer, a cada instante, ao
longo de todo o exercício. De ora em diante, qualquer ruído ou
voz, dentro ou fora da sala, dentro ou fora do prédio, são
absolutamente indiferentes a você, caro Ivo, até o final do
exercício. Se vier à sua mente alguma lembrança, não lhe dê
importância. Se for algo importante, retornará à sua mente,
quando eu contar zero, na contagem regressiva de três a zero.
Observando sua concentração tranquila e a gradativa
descontração muscular, prossigo:
– Ivo Carlos, iniciamos agora a contagem regressiva. Três.
Memória e imaginação livres. Você vai recordar-se de quando, um
dia, alguém estava com muita raiva e parecia impor sua vontade
por gritos ou atitudes autoritárias. E a raiva semeava medo e
constrangimento às pessoas presentes. Quem era esse "alguém"?
Era o próprio Ivo Carlos, outra pessoa ou animal? (Breve pausa.)
Esse fato pode ter ocorrido em casa, na rua, na escola... Num
hospital, numa igreja, num clube, num espaço desportivo, numa
estrada, rua ou avenida... Durante um passeio ou piquenique, ou
em qualquer outro momento ou lugar...
Percebo a intensa concentração obtida por Ivo e mantenho
o ritmo de minha voz:
– Ivo Carlos é capaz de lembrar o fato mais antigo, que
pode vir à mente, nesse momento. De hoje (data), até quando era
bem pequenino, ou em qualquer época de sua existência.
Sem interromper, prossigo:
– Dois. Lembra-se, sente-se bem e se liberta... Ivo Carlos
se recorda do fato mais antigo que pode lembrar-se agora; de
preferência um fato que ocorreu, antes de Ivo completar 12-doze
anos; melhor ainda se foi antes de completar dez, sete, cinco ou
dois anos. Respire profundamente. Solte o ar devagar.
(Geralmente o hipnotizando já está com os olhos fechados. Porém,
se ele ainda estiver com os olhos abertos, o parapsicólogo ordena,
com toda naturalidade): Feche os olhos agora. De olhos fechados,
Ivo passa a sentir-se cada vez melhor e somente tornará abri-los,

quando eu orientar. Um, se ainda não havia lembrado o fato, pode
lembrar agora. E, se não recordar, sente-se maravilhosamente livre
e em paz.
(Sem interromper, o hipnotizador deve prosseguir:) 13
Caro Ivo Carlos, eu retomo a contagem regressiva de três
a zero e você recorda o fato mais antigo que é capaz de lembrar-
se; quando um dia alguém estava com muita raiva e havia muito
sofrimento. Você pode lembrar um fato do qual sempre se lembra.
Se você sempre se recorda, é porque ainda não foi resolvido.
Como o sonho que se repete, é porque ainda não foi
compreendido e, muito menos, solucionado. Você pode lembrar-
se de um fato que, há muito tempo, não se lembrava mais. Como
pode recordar-se de um fato, que nem sabia que sabia. Ou ainda,
pode vir à mente algo que parece não ter relação alguma com o
que estamos falando, nos últimos momentos. Contudo, o que vier
à sua mente, no instante em que eu contar zero, você, Ivo Carlos,
fala.
Lembre-se sempre, Parapsicólogo, de que ser simples e
natural, jamais foi ou será ser simplório, menos ainda, banal ou
vulgar.
Também utilizei "fala", e não "fala-me", a fim de evitar
que a pessoa se sinta coagida e limite a consciência de que há
alguém a ouvi-lo, o que poderia despertar nele algum tipo de
inibição.
13
Durante o Exercício de Hipnose, especialmente ao dar-se uma explicação ou
sugestão mais importante, sempre é recomendável utilizar o nome completo do
hipnotizado, sem o sobrenome. No caso presente, Ivo Carlos é o nome completo. E por
dois motivos:
* é o nome completo que representa, de fato, a pessoa, e não apenas um pedaço ou

parte dela;
* também porque, utilizando-se o nome completo, a pessoa se sente mais valorizada,

promovendo sua autoconfiança e transmitindo maior tranquilidade.
Percebo que Ivo parece estar se lembrando de algo

importante, pois demonstra estar emocionado. Prossigo a
orientação:
– Ivo Carlos somente irá falar, quando eu contar zero. E
falará do que estiver em sua mente, no instante preciso em que eu
contar zero.
E, sem fazer pausa, prossigo:
– Três... Dois... Um... Zero! Ivo Carlos, fale-me do que
está se lembrando agora. E continue de olhos fechados, até eu
orientá-lo para abri-los.
As reações de Ivo demonstram que ele está vivendo forte
emoção. Ele suspira e explode:
– Ele pensa que é o dono de minha vida! Nem pergunta
qual é minha opinião. É um assassino!...
Ivo estremece e dá um soco na mesa.
– Que é que você está recordando, caro Ivo?
– É a merda de meu pai. Quando soube que Maria estava
grávida, logo decidiu: "Só tem uma solução para vocês: realizar
aborto!”
– E Maria, o que disse?
– Ela não disse nada, aquela toupeira! Só ficou olhando
meu pai, como boba. E quando meu pai insistiu: "Não acha que
isso é a única coisa a se fazer, senhorita Maria?", ela
simplesmente concordou. Ela também me ignorou. Nem se quer
olhou para mim. Eu não valho nada! Eu também não presto para
nada. Não abri a boca.
– Ivo Carlos, você vale muito! Fica claro para mim que
você valoriza a vida mais do que seu pai, que é médico. E, por
essa atitude precipitada dele, está jogando no lixo o Código de
Ética do Conselho de Medicina.
Ivo demonstra estar surpreso e reduz suas reações
emocionais. Aproveito e, com firmeza e voz clara, digo-lhe:
– Já lhe disse, Ivo Carlos, que você é inteligente e sabe
pensar. Analise a situação comigo. Vamos pensar. Você esperava
ou queria que Maria tivesse engravidado naquele momento? Você

e Maria haviam planejado como seria a vida de vocês, quando ela
engravidasse e vocês se tornassem papai e mamãe? Constituindo
uma família?
– Não enche mais a minha cabeça. Senão, fico louco!
– Ivo Carlos, você é filho de mãe-boa-de-reza, mãe cheia
de Fé e que confia em Deus. Por isso, para ela, os problemas
jamais apareceram como insolúveis. Ela sempre teve confiança e
esperança na Vida!
– Agora o senhor disse uma verdade. Depois da hipnose
que fez comigo, conversei com minha mãe, e eu mesmo passei a
observar o seu jeito, seu modo de pensar e agir.
– E por que afirma que eu disse a verdade?
– Porque lembrei que, toda vez que eu acabava com mais
um carro, o pai ficava furioso comigo. Contudo, ela sentava a meu
lado, pegava minha mão e, chorando, me dizia: "Filho, você
precisa criar juízo. Senão, você ainda se mata. Precisa cuidar
melhor de você mesmo...”
Ivo desaba sobre a mesa e choraminga:
– Eu não disse que não presto para nada? Por que faço
minha mãe sofrer tanto?
– Ivo Carlos - intervenho - você fazia sua mãe sofrer.
Agora, você dá um basta em suas loucuras! E está na hora de
ajudar Lúcia Marta, e não continuar se atirando no colo dela como
bebê manhoso, teimoso e chorão.
– O senhor acha que eu faço isso?
– Reflita a respeito e, noutra ocasião, comentará com
propriedade sobre isso. Agora, continue falando de Maria e de seu
pai.
Ivo fica a me olhar, com o pensamento fugindo para longe.
– Fale-me do aborto. É o que você estava lembrando.
– Deu um branco. Não sei mais o que dizer.
– Lembre, Ivo Carlos, que eu o elogiava, pois percebi que

você valorizava a vida. Por isso lhe falei de sua mãe. E gostaria
de avaliar com você a diferença de tratamento de seus pais em
relação a você.
– Como assim?
– Você afirmou que seu pai resolvia tudo com o dinheiro.
E assim foi também com o aborto do filho de Ivo e Maria.
Portanto, para ele, o mais importante era o dinheiro, que ele
conquistava com muito trabalho e esforço. Por isso, quando você
fazia mais uma de suas bobagens ou destruía mais um carro, que
lhe custara muitas horas de trabalho, era normal que seu pai
ficasse furioso e gritasse com você, pois parecia-lhe que você
jogava o dinheiro pela janela ou pela rua. Para ele, você não
passava, nesses momentos, de um moleque vadio, descuidado e
irresponsável. Pense bem: o que acontecia depois, quando ele se
acalmava, passados uns dias?
– Era já no dia seguinte que ele, sem jamais me perguntar
coisa alguma, ia a uma loja de carro e me comprava um carro
ainda melhor do que o destruído. Só para depois se gabar com os
amigos pela beleza de carro que havia dado ao filho.
– Não, Ivo, não era só para isso. É também porque seu pai,
do jeito dele, amava e queria bem a você. E, com o carro novo,
buscava proteger seu filho de comentários e a da fama de moço
desmiolado e desastrado. Contudo, o jeito de sua mãe era
diferente.
– Estou entendendo minha mãe: ela tinha medo que eu
morresse.
– É isso mesmo, meu caro jovem. Sua mãe, quando
recebia o filho Ivo em casa, após mais um acidente de carro,
pegava em sua mão, também para ter certeza de que era seu filho
vivo e não apenas um sonho ou o fantasma que voltava para casa.
– O senhor é duro, quase rude ao falar assim.
– Você acha, Ivo Carlos, que também eu devo olhar para
você, como o coitadinho que quase morreu, ou o pobre menino
que precisa de um novo carrinho? Isso, até hoje, não deu

resultado, simplesmente porque, nem o pai nem a mãe lhe deram a
oportunidade de avaliar e refletir sobre as extravagâncias
praticadas por você. Já percebi, desde o início, especialmente ao
ser solidário com o cavalo da carrocinha, que Ivo não é mau. Pelo
contrário, possui um bom coração. E também que Ivo já me
provou e comprovou que é muito inteligente e sabe pensar, como
na maravilhosa conclusão: "Minha mãe tinha medo que eu
morresse."
– O senhor vai de um extremo a outro, com facilidade
incrível! E, preciso reconhecer, possui uma capacidade de análise
que quase me assusta.
– Falei alguma bobagem?
Ivo permanece imóvel e de olhos baixos. Porém, os olhos
se mexem, atrás das pálpebras, como quem está refletindo sobre
importante e decisivo assunto. Após instantes, conclui:
– Sinto que posso ser menos ruim e machucar menos os
outros. Acho que posso usar um pouco da bondade de minha mãe,
para dar mais atenção às minhas filhas, Camila e Vanda...
– Parabéns, meu caro, isso é muito bom. O homem de que
lhe falei, e que mora dentro de Ivo Carlos, está começando a
despertar. Sua mãe ficará muito feliz, ao perceber as suas
mudanças para melhor.
– Por que diz isso?
– Sua mãe, como católica, tinha medo que você morresse.
Porém, mais ainda, ela temia que seu filho fosse parar no inferno e
se perder para sempre.
Ivo me olha assustado. Anota algo, no papel que tem sobre
a mesa, e afirma:
– Está decidido e traçado: vou ajudar Lúcia! E aquele
pivete ainda vai se arrepender por ter me chamado de vagabundo
imprestável.
– Calma, meu jovem em processo de conversão. André
também não é tão mau como muitas vezes lhe pareceu.
– Por que está a defendê-lo?

– Use sua capacidade de pensar e raciocine comigo. Se
você tivesse a idade de André, morasse com sua mãe e, de
repente, ela chegasse em casa, tarde da noite, com um homem,
como você veria essa chegada de sua mãe? Mais ainda, no dia
seguinte, o forasteiro e intruso não vai embora. E, nos dias que se
seguem, o desconhecido vai trazendo suas bagagens para dentro
da casa de sua mãe e de você. O que pensaria?
– Minha mãe jamais faria isso. O pai a mataria.
– Seu pai não me interessa. Quero saber como você
reagiria, se sua mãe fizesse com você o mesmo que Lúcia Marta
fez com André, para ajudar o pobre Ivo? É capaz de colocar-se no
lugar de André? E é capaz de avaliar quanto ele respeita sua mãe e
até mesmo você como "o recolhido e socorrido por ela"? Insisto e
persisto: Ivo Carlos, você sabe pensar. Avalie, pois, quanto o
menino André se conteve, para não agredir você, e não maldizer
sua mãe, ao perceber que ela trazia, para dentro de casa, um
bêbado, que ela mesma pôs para dormir no quarto de empregada.
Tenho certeza de que, se o Ivo estivesse em lugar de André, teria
tocado o intruso a pauladas ou a pedradas, arremessando copos
contra o estranho invasor. Diga-me, Ivo Carlos, você não teria
reagido dessa forma agressiva e violenta?
– Não. Já não lhe disse que não sirvo para nada? E eu
mesmo, ao acordar pela manhã, me senti humilhado, ao constatar
que havia sido jogado na toca da empregada. Eu me senti pior que
um mendigo dormindo sob os arcos da ponte, tendo saco de lixo
como travesseiro.
– Ivo, não se faça de nobre grã-fino. Naquela noite, com
certeza, Lúcia Marta levou você para casa, com pena de que o
filho do famoso doutor ficasse dormindo na rua, ou se
arrebentasse, abraçando um poste com seu carro, transformado em
lata retorcida.
Depois de um momento de silêncio, prossigo, mais
calmamente:
– Ivo Carlos, reflita sobre tudo isso e sobre os dias que se

seguiram. Avalie quanto você foi respeitado e valorizado, tanto
por André, quanto por Lúcia Marta. Mais ainda: nas noites que se
seguiram, Lúcia recebeu você em sua própria cama. Como você
acha que o menino se sentiu, ao retornar das aulas da noite,
sabendo que o intruso tornara-se explorador da casa, da mesa e do
próprio corpo de sua mãe? Pense! Reflita e tire algumas
conclusões. Você sabe pensar!
Ivo mergulha a cabeça entre as mãos. Estático, parece estar
mergulhando num mar de ideias e pensamentos.
Permaneço em respeitoso silêncio e fico a imaginar que
seu mundo interior está se organizando de forma adequada, para
que ele mesmo possa beneficiar-se.
– Caro Ivo, isso tudo que eu lhe disse, faz sentido para
você? Se não concordar com o que lhe falei ou lhe expliquei, ou
se permanecer alguma dúvida, fale-me. Enfim, aceita o que eu lhe
disse?
– Faz sentido até de mais. Mas o que devo aceitar?
– Aceitar que você foi recebido em casa de Lúcia, e que
foi respeitado também por André, com tratamento de filho ou de
príncipe.
– Sim, tudo isso é verdade. Tanto que começo a me sentir
um intruso.
– Todavia, se quiser, pode começar a sentir-se solidário e
colaborador. Basta jogar o orgulho pela janela e pegar na massa,
realizando atividades que beneficiam todos os habitantes dessa
casa acolhedora. Lúcia sonha em ter um companheiro que possa
ocupar o lugar do pai de André. Ou, pelo menos, ser exemplo de
homem para seu filho. Por ora, Ivo Carlos é apenas o homem
sonhado.
Ivo permanece pensativo. Após aguardar alguns instantes,
pergunto-lhe:
– Como se sente agora?
– Uma angústia ainda me faz doer o peito.
– Ivo, eu conto de três a zero. Se ainda houver algum fato

que pode perturbar ou prejudicar meu amigo Ivo Carlos, ao contar
zero, você se lembra.
Realizada a contagem regressiva, Ivo diz recordar-se do
dia em que André, pela primeira vez, gritou com ele e o chamou
de "bêbado vagabundo". Faz um breve silêncio e conclui:
– Agora, o menino me parece pequeno, e seus gestos e
palavras parecem engraçadas. Por que isso?
– Porque você está desfazendo o gigantismo dos
fantasmas, fruto da sua imaginação criadora.
– Significa que estou "caindo na real"?
– Perfeito. Eu não lhe disse que você sabe pensar? E como
você, Ivo Carlos, se sente nesse momento?
– Um pouco melhor.
– Por que não tudo melhor?
Retomada a contagem regressiva, agora de cinco a zero,
Ivo lembra-se de que, numa briga com Anita, mulher de seu
terceiro relacionamento, ela joga-lhe na cara que seu novo amante
é muito melhor e mais homem do que Ivo. E que ela cansou de ser
fábrica de abortos!...
– Pensando bem, o que Ivo Carlos pensa desse desabafo de
Anita?
– Ela sabia que eu já era pai de duas meninas, e que não
podia mais ter outros filhos. Por que ela não se cuidava?
– Ela ou vocês dois?
– A nojenta me traiu com aquele cabeludo!...
Ivo se põe a chorar, tremendo de nervosismo, e conclui:
– Anita não se recusou a fazer nenhum dos dois abortos!
Por que ela reclama?
– Pense comigo, meu caro: Se Anita sabia que Ivo Carlos
não podia mais ter filhos e, assim mesmo, se descuidava, Anita
não era uma bobinha. Mais: suponhamos que ela fosse uma moça
de bom coração, como Ivo que-tinha-pena-do-cavalo-da-

carrocinha. Pois, como Ivo já sabe, os semelhantes se atraem.
– Eu sei que Anita tinha bom coração.
– Então, meu caro, será que Anita não sonhava em viver a
alegria de embalar um filhinho e deixar seu coração pulsar de
ternura? Será que, a cada nova gravidez, ela não acreditava que,
talvez dessa vez, Ivo deixa seu bom-coração ser mais forte que o
medo de ter sua vida transtornada por mais um filho?
Ivo silencia. Suas faces parecem serenar e afirma:
– Como já lhe disse, sinto-me mais forte e estou disposto a
dar um basta às minhas maluquices e loucuras. Parece-me que
aquele homem que mora dentro de mim, de fato, está despertando.
Vou fazer de André meu amigo e apresentar-lhe minhas
meninas...
Parabenizo Ivo pelos seus propósitos e concluo:
– Que esses seus propósitos, meu caro Ivo Carlos, se
tornem objetivos claros a serem realizados.
Encerramos o exercício e combinamos Encontros de
Terapia Parapsicológica de Família, com a participação de sua
mãe, Lúcia e André.
Ficou estabelecido também que, após esta Primeira
Terapia de Família, será realizada uma segunda, incluindo, nesse
processo terapêutico, Rita, Camila e Vanda, esposa e filhas do
segundo relacionamento de Ivo.
Após esse planejamento, Ivo fica a me olhar, um tanto
pensativo, e conclui:
– Isso vai ser muito importante, especialmente para
minhas filhas e o próprio André. Porém, vai exigir muito de todos
nós, os adultos, especialmente em relação às leituras e releituras
dos livros e à audição sistemática de vários CDs, fundamentando
os indispensáveis diálogos e possíveis encontros de todos nós.
E conclui:
– Nesse momento, Dr. Grisa, sinto nascer dentro de mim
uma vida nova e diferente. Todavia, meu coração está muito mais
tranquilo, e percebo o significado de uma frase que o senhor me

disse ou li em alguma obra sua: “Quem sabe, faz: quem não sabe,
critica!” E outro pensamento seu: “Os competentes são teimosos e
persistentes como o burro que puxava a carrocinha ladeira acima.
Os fracos e os néscios são muitas vezes apenas mulas
empacadoras!”
– Parabéns, Ivo Carlos! Cabeça erguida, firmeza nos pés,
músculos tranquilamente rijos, assumindo a postura de vencedor,
despertando o homem que está dentro de você, gerado e
programado por sua mãe!
7.1.5 - Observações Finais

O que ocorreu, no restante do processo terapêutico de Ivo
Carlos, foi muito interessante, importante e animador.
Não só realizamos os dois encontros planejados, como
ocorreram entrevistas particulares com pessoas que participaram
desses encontros.
Relatar essas atividades seria escrever um ou mais
capítulos da presente obra. Por isso, deixo o que ocorreu para a
imaginação criadora do leitor.
7.2 - Caso João Alberto

João Alberto é um homem de vinte e nove anos, solteiro,
inteligente, introvertido, honesto, e meio devagar no trabalho.
Veio procurar ajuda por que é tímido e tem dificuldade
para se relacionar com garotas. Sente-se totalmente bloqueado ao
falar em público.
João Alberto vem de uma família de quatro irmãos, na
seguinte ordem: Maria, com 39 anos, Pedro (35), Paulo (33) e
João (29). Seu nascimento foi de parto difícil, a mãe quase morreu
ao dá-lo à luz.
7.2.1 - Análise Parapsicológica Inicial

A Tabela Familiar Simples de João - segundo o Sistema
Grisa - já nos apresenta as causas mais profundas, em relação aos
objetivos apresentados.
Fica evidente que a mãe de João vivencia um parto muito
difícil ao dar à luz a Maria, sua primeira e única filha.
Já é do conhecimento dos parapsicólogos do Sistema Grisa
que é difícil o parto quando se trata da primeira filha de um casal,
a pragmática esperada menino.
Esse dado demonstra que a mãe de João Alberto, ao casar,
possuía imagem negativa de homem, Pois, ao conceber, gerar, dar
à luz, com vida, e criar o-primeiro- fruto-de-seu-ventre, a escolha
de seu Subconsciente foi por uma filha.
Contudo, a seguir, concebe, gera e dá à luz três filhos
homens: Pedro, Paulo e João. Isso indica que, em relação às
programações relativas a filhos, no que tange a gêneros, houve
uma mudança significativa. E permite concluir que o raciocínio
lógico e matemático do Subconsciente da mãe de João Alberto é:
"Convém conceber filho homem, pois homem sofre menos que
mulher, como ocorre comigo nessa quadra da vida. Homem não
precisa sofrer ameaça de morte em nenhum parto..."
Também se pode afirmar, sem medo de errar, que esses
três filhos nasceram homens, não porque havia melhorado a
imagem de homem, no Subconsciente da mãe de João, mas porque
se acentuou a imagem de mulher sofrida.
Enquanto realizava essa explanação a João Alberto, meu
Sócio em Qualidade de Vida, ele permanecia atento e
demonstrava estar bastante interessado. Dirijo-me diretamente a
ele e prossigo a análise:
– Essa é uma das causas, João, de sua timidez e
dificuldade de aproximação das meninas e moças, especialmente
ao pensar em namorar. Em tais casos, João, você reage, como se
seu Subconsciente gritasse, em seu coração e em sua cabeça:
"Cuidado! Não faça mulher sofrer, se não quer sofrer também!
Como sua mãe sofreu, e você sofreu junto com ela, durante sua
gestação e especialmente no processo de seu nascimento, João.

Cuidado! Parto pode matar! E você será o culpado, se alguma
mulher que você engravidar, morrer ao dar à luz a filho do João
Alberto! Cuidado, pois, com meninas, moças e mulheres!"
– Isso é muito interessante, porém também bastante
complexo. Vou precisar reouvir mais vezes a gravação que está
sendo realizada, nesse nosso encontro terapêutico.
– E observe mais: sem saber por que, como se fosse um
bobo, a timidez, inseguranças de diferentes conotações, tudo faz
com que você, João, se retraia e se manifeste como desconfiado e
tímido.
– Como pode? O senhor fala de mim como se já me
conhecesse há muito tempo! E o senhor diz que não é vidente.
– Tudo isso, João, é consequência de conclusões lógicas,
segundo a matemática do Subconsciente, identificadas que foram
as leis e os princípios que o regem. Pode-se concluir, ainda, que
também a diferença de idade entre você e seus irmãos, fala-nos
que sua mãe ficou resistente à nova gravidez, em dois momentos:
primeiro, entre Maria e Pedro; e o segundo, entre Paulo e você.
João acompanha a explicação com acentuado interesse e
exclama:
– Como tudo isso é interessante e claro. Significa que eu
não fui desejado por minha mãe?
– Realmente, mais ainda: como você, João, é o último dos
três irmãos, e o caçula final, demonstra que, há todos os motivos
para imaginar-se que sua mãe não desejava mais ter filhos, quando
você foi concebido e gerado. Essa conclusão fica mais evidente,
ao perceber-se a diferença de quatro anos entre você e Paulo.
Pode-se, pois, afirmar que você, João, entrou na festa da vida sem
ser convidado por sua mãe, e muito menos por seu pai. Contudo,
também fica evidente que você ingressou na festa da vida,
convidado, pelo criador do Universo. E o que pensar da pessoa
que tem Deus como seu sócio maior?
– Pensar, como o senhor mesmo afirma, que isso é muito

chique. Sinto-me agora muito mais importante!
– Pode-se concluir ainda, João, que você tenha sido
desejado menina, especialmente por parte de sua mãe. Ela poderia
muito bem ter pensado e imaginado: "Já que Deus está me
mandando mais um filho, tomara que seja uma menina, para ser
minha companheira, por mais tempo!..." E, por haver sido
desejado menina, em seu período de gestação, você será marcado
por um conflito significativo que o inibe: de um lado, as
inseguranças acima expostas. De outro, por ter sido esperado
menina, uma dúvida facilmente o assalta: terei desempenho sexual
adequado? Em linguagem rural, pode-se afirmar que surge a
dúvida: como será o desempenho de meu “passarinho”, ao visitar
uma “pombinha”?
– Então, será por isso que, desde a infância e a
adolescência, sempre tive um desejo imenso de conhecer e ter
contato com as formas femininas, especialmente as sexuais?
– Sim, João, é pelas mesmas programações, que você é
levado pela curiosidade em saber como seria se tivesse nascido
menina. Tudo isso cria confusão em sua mente. Ainda mais, por
estar programado religiosamente de que "ato sexual fora do
casamento é pecado". E o tumulto mental se estabelece: desejo
imenso de aproximação com fêmea humana e as dúvidas: fazer
pecado? E a culpa? Traz castigo, o diabo, o inferno... Tudo faz de
João Alberto um joguete, arremessado de um lado para outro, por
seus pensamentos, sentimentos e emoções...
7.2.2 - Exercício de Hipnose e Regressão

Em nosso Segundo Encontro de Orientação
Parapsicológica, João Alberto demonstra que está bastante
contente pois, como sempre gostou de ler, foi muito fácil, para ele,
realizar os investimentos propostos: a leitura dos livros Liberte
seu Poder Extra e O Jogo e a Estrutura das Personalidades.
Pergunto-lhe se está disposto a fazer a releitura de ambas

as obras. Ele responde que já cumpriu também esse investimento,
como sócio em terapia e da forma que havia sido orientado.
– Como já me disse que, por ser filho de Placenta do
Sofrimento, sou Depressivo, Paranormal e Superdotado, também
já visitei seu BLOG e li, entre outros artigos que me deixaram
muito impressionado, aquele intitulado "Um Tesouro em Três
Baús”. Como dizem os jovens: "É um barato!" Quero ler também
Paranormalidade – Um Potencial Mental e outras obras mais.
– Sempre afirmo: Calma, que com calma tudo se resolve e
tudo se consegue! Pergunto-lhe, pois, se tem interesse, agora, em
realizar um Exercício de Hipnose.
– Foi o motivo que me trouxe até aqui: fazer Hipnose e
Regressão. Contudo, o entusiasmo despertado em mim, diante dos
novos conhecimentos, quase me fez esquecer meu primeiro
desejo. Esse meu foco nos novos conhecimentos, entendo agora
que também é consequência de minha curiosidade e de outras
características da Personalidade Idealista.
– As leituras e a audição dos CDs que lhe indiquei,
ajudaram você, em relação a seus objetivos?
– Confesso que sinto um alívio e uma naturalidade maior,
nas atividades do dia a dia. Todavia, pensando bem, parece-me
que estava - conduzido por meu Subconsciente mal programado -
a fugir e a esconder-me de meu desejo maior.
– E qual é mesmo seu desejo maior?
– Libertar-me da timidez em relação às pessoas do sexo
feminino e poder falar em publico com liberdade natural.
7.2.2.1 - 1º Episódio – Frustração de Adolescente

Realizada a Indução Hipnótica e dado o comando - a fim de abrir
os caminhos da Memória e da seleção de fatos significativos,
segundo os objetivos estabelecidos - pergunto-lhe:
– Quando, um dia, alguém ficou muito triste, muito

mesmo, diante de uma situação que provocou decepção,
frustração e sentimento de inferioridade e dolorida angústia?
João Alberto recorda-se que, aos 14 anos, ao se aproximar
de uma mocinha, pela qual estava muito interessado, ela não lhe
deu atenção alguma e retirou-se com um característico movimento
de ombros.
– Por que eu não e ele sim? - pergunta-se João, enquanto
deixa cair uma lágrima.
– Que quer dizer com isso, João Alberto?
– Dias depois de ela ter se afastado de mim, com ares de
santa, lá está ela, se lambusando aos beijos com meu melhor
amigo. Parece que a desgraçada faz de propósito!
João estremece, sacudido por tremores de nervosismo.
– Você já parou para avaliar com cuidado esse momento
de sua vida?
– Não! Nem faço questão de pensar nisso.
– Não é evitando encarar uma dificuldade, como o
avestruz que mergulha a cabeça na areia, que vai solucionar um
problema ou vencer um obstáculo. Vamos, pois, analisar melhor o
que ocorreu naquela ocasião.
– E tem algo que se aproveite, analisando uma frustração
tão arrasadora e distante?
– Naquele momento, quando João Alberto era um
adolescente de 14 anos, tímido e inexperiente, foi absolutamente
normal sentir-se arrasado ao receber um fora da garota sonhada.
Mais ainda, foi como explodir uma bomba em seu sonho, que era
de cristal e se partiu em mil fragmentos, quando viu a sua fada aos
beijos com seu melhor amigo. Sim, era apenas uma plantinha de
uma folha só que, ao choque do primeiro vento gelado, foi tostada
e morreu.
João Alberto lacrimeja e suspira:
– Assim, suas palavras esmagam meu coração e torturam
minha cabeça.
– Essa não é minha intenção. Com essa linguagem poética,

quero que você sinta quanto eu o compreendo e compartilho
profundamente de seus sentimentos. Porém, observe: "tudo isso já
passou e viaja distante, nas águas do passado, levado rio abaixo”.
– Para o senhor, é fácil perceber que "tudo já passou”.
Mas, para mim, é como se tudo isso estivesse acontecendo de
novo cada vez que me lembro desses fatos torturantes. Minha
depressão retorna e me joga entre as cobertas e arremessa na
lama! - exclama João e desanda em soluço compulsivo...
– João, você é ótimo leitor e facilmente compreende o que
lê. Mais ainda quando relê! - afirmo com ênfase, buscando
conduzir a mente de meu Sócio em Qualidade de Vida, para outro
foco, afastado dos "fatos torturantes e da lama".
– É o Subconsciente que desconhece passado e futuro, e
faz a gente sentir como se tudo fosse presente... - João reproduz o
texto em voz monótona, como criança de escola que repete texto
decorado.
– João Alberto, não despreze o que já sabe de cor.
– E, de que me adianta saber de cor, se a tristeza retorna,
se faz angústia e explode nessa maldita depressão?!
– Agora mesmo, vamos mudar essa estória! Ficou claro
para você que, tanto quando sua irmã Maria nasceu, quanto ao
nascer João Alberto, que tudo deu certo? Faz sentido para você?
João permanece em silêncio, como se estivesse a refletir.
Volto a interrogar:
– Aceita, João Alberto, que em tais situações, em seu
resultado final, tudo deu certo? Ou alguém morreu, ficou aleijado
e tornou-se retardado mental?
– Não. É verdade, ninguém morreu e nada de mal
aconteceu. Não sei porque. Porém, percebo que tudo fica mais
claro e compreensível, e eu me sinto mais tranquilo.
– Parabéns! E observe mais. Depois de seu nascimento,
nenhuma pessoa lhe explicou. Todavia, você compreende agora
que, no momento de seu nascimento, foi absolutamente normal
sua mãe ter ficado apavorada e você também. Agora também é

normal você compreender o que eu lhe disse e expliquei.
– Sim, é mesmo. Percebo quanto fazem sentido muitas das
explicações dadas por meu parapsicólogo, e os ensinamentos
presentes nos livros. Agora, tudo faz sentido para mim. Que legal!
Quando for para casa, quero retomar as leituras, especialmente o
livro O Jogo e a Estrutura das Personalidades. E quero reler
particularmente os capítulos que abordam a Vida Intrauterina e o
Processo de Nascimento.
– Faça uma respiração profunda e, ao soltar o ar,
vagarosamente, imagine que todos os medos vividos por ocasião
de seu nascimento e em fatos posteriores, todos se afastam de
você. E se desfazem como cortina de fumaça que se esvai. Em seu
lugar, surge linda paisagem, marcada pela tranquilidade, pela
harmonia, que desperta a paz interior, e que inunda o mundo à sua
volta... Enquanto eu falava, foi capaz de imaginar?
– Sim, fui capaz, e me sinto muito melhor.
– Esse é o João Alberto de verdade, que sempre se sente
bem e cada vez melhor, até sentir-se sempre maravilhosamente
bem!
7.2.2.2 - 2º Episódio – Fiasco da Festa Junina

Percebendo que João demonstra estar bastante tranquilo,
pergunto-lhe:
– Pensando na tristeza e nos sintomas de depressão,
lembrou-se de algum outro momento ou fato perturbador?
– Não gostaria. Estava me sentindo tão bem... Contudo,
uma cena vem à minha mente, como se fosse mais forte que
minha vontade.
– Muito bem, João Alberto. Do que se lembra?
– Esse fato sempre vem à minha mente, mesmo sem
pensar nesses assuntos.
– Lembrar-se de um fato perturbador ou traumático, não é

resolvê-lo. Se ele vem à sua mente é porque, para João Alberto,
esse episódio continua muito importante.
O homem à minha frente assume atitudes de criança
envergonhada, que se alternam com fortes momentos de
nervosismo. Súbito, exclama:
– Eu sou um bobo e desajeitado. Aquela menina bonita,
que fazia par comigo, percebeu que eu nada entendia de quadrilha
e nem de desfile! Para que o fiasco não fosse maior, ela me deixa,
como um pateta, no meio da pista...
João se põe a soluçar, como criança abandonada.
– João, que idade você tem, quando está participando da
quadrilha, com essa menina orgulhosa e chata, que abandonou
você, no meio da festa?
– Seis... - responde-me automaticamente e ergue a cabeça.
– Se essa menina, que deixou você abandonado, em meio
à festa, não era chata e orgulhosa, é porque ela era mais tímida
que você. Analise: foi ela que deixou você; não foi você que fugiu
dela. João, você lembra que idade ela tinha? Era menor ou maior
que você?
– Eu era o marmanjo de seis anos. Ela só tinha cinco
aninhos. E era tão bonitinha, com aquele vestido de festa junina!
Parecia a boneca Emília...
Percebo que João fala com mais liberdade e maior
naturalidade. Aproveito e intervenho:
– A mim, parece que você ficou encantado e hipnotizado
por essa menina. Por isso, João Alberto só viu ela e esqueceu dele
mesmo. Creio que você não se olhou no espelho. Tenho certeza de
que você estava tão bonito, em sua roupa junina, preparada por
sua mãe, auxiliada por Maria, que algumas meninas gostariam
muito de ter você como seu par, no desfile da quadrilha.
– Sim, foi ela que me escolheu para a dança da quadrilha.
– Com certeza, as meninas que queriam ter João Alberto
como seu par, quando viram ela, toda confusa e atrapalhada, se
afastar de você, ensaiaram uma vaia para aquela menina teimosa e

boba.
– Agora me lembro: não foi ensaio, foi vaia mesmo. Eu
pensava que toda aquela vaia era para mim...
– Não, meu caro João, foi ela que escolheu e abandonou
você. Portanto, a fiasquenta foi ela, e não você! Só que, no meio
da festa, seus colegas, meninas e meninos, acreditavam que você
sabia bem a quem eles estavam vaiando.
– Como o senhor sabe de tudo isso? Agora me lembro que
um menino e uma menina, quando me viram sozinho, parado feito
bobo, me puxaram para o desfile do trenzinho, que começava a
passar. Todos corriam, uma criança desfilando atrás da outra. Eu
pus as mãos nos ombros da menina da frente, e outra menina pôs
as mãos dela nos meus ombros. Eu me sentia empurrado e
arrastado pelas duas meninas, naquele corre-corre.
– Era só você que se sentia assim. Seus colegas, meninos e
especialmente as meninas unidas a você, no trenzinho da festa,
percebiam você como companheiro animado. É ou não é?
Lembra-se?
– Será que foi por isso que a menina da frente, quando o
trenzinho fez uma parada, voltou-se para mim e me deu um beijo?
Eu fiquei morrendo de vergonha...
– Você deveria ter-se sentido todo orgulhoso e feliz por
esse beijo de carinho e alegria.
– Percebendo assim, sinto quanto eu fui bobo!
– Talvez tenha sido melhor assim, para que o menino que
era o par dela não ficasse furioso com você, se você, João Alberto,
tivesse ficado empolgado e retrucado, agarrando a menina e dado
você também um beijo nela. Pensando assim, faz sentido para
você?
– Todo o sentido... E é muito gostoso pensar assim!
– Como João Alberto se sente, aqui e agora, pensando e
imaginando a festa junina, durante a qual pensava ter sido
abandonado pela boneca Emília?
– Eu me sinto muito bem. E me sinto tão livre e à vontade,

que nem me reconheço direito! - e explode em eufórica expressão
de alegria. - Sou homem livre, pronto para abraçar a todas!
– Calma, meu caro tímido, que se sente galã irresistível.
Calma e cuidado! Não se precipite, querendo tudo de uma só vez.
O homem está eufórico. Isso me alerta, e aproveito para
fazer nova busca, nos meandros de sua mente.
Cabe observar que o Estado de Euforia é um dos extremos
emocionais, tendo como seu oposto o estado de frustração ou
depressão. Portanto, a pessoa que está em estado eufórico,
encontra-se em desequilíbrio. É prudente lembrar da afirmação de
Aristóteles: “Os extremos são maus. A virtude está no meio.”
7.2.2.3 - 3º Episódio - Tapa na Boca

Aproveitando o mesmo estado hipnótico, realizo nova
busca:
– João Alberto, eu conto de três a zero. Se houver algum
outro fato, registrado em sua mente, programado em seu
Subconsciente, que ainda poderia perturbar ou prejudicar você, a
recordação surge, no instante em que eu contar zero.
Realizada a contagem de três a zero, João se recorda de
que, aos três anos, quando chorava porque queria um picolé de
chocolate, sua irmã Maria grita: "Cala a boca, seu chorão!" E lhe
dá um tapa na boca, cortando o seu lábio com o anel que ela tinha
no dedo.
Apavorado, ao sentir a dor, João se assusta e sai correndo
aos gritos, em busca de mãe. Porém, naquele momento, a mãe
havia saído. João põe a mão no lábio e mancha a mão de sangue.
Vendo o sangue, fica mais apavorado ainda, pensando que pode
morrer. Joga-se no chão, grita e chora, desesperado.
Maria, que não havia percebido o machucado que fizera no
irmão, empurra o menino com a vassoura e ordena:
– Pare de fazer estardalhaço! Levante e pare de gritar,

João! Eu ainda lhe bato com o cabo da vassoura, já que os
vizinhos vão pensar que eu estou matando você!
João fica de pé e mostra o sangue para a irmã. Sente uma
vertigem e cai no chão.
Segue-se um alvoroço. Vendo o irmão caído, como se
estivesse morto, Pedro e Paulo também gritam e choram. A mãe
retorna em meio à confusão. E, ao ver o filhinho desmaiado e
ensanguentado, desespera-se também.
Percebendo que João agita-se na poltrona de relax,
revivendo o desespero, em meio ao tumulto, chamo-o, com voz
firme e tranquila:
– João Alberto, você está revivendo um momento de fortes
emoções. Porém, tudo já passou. Sim, naquele momento, foi
normal que você, um menino de apenas três anos, inexperiente e
de poucos conhecimentos, ficasse assustado, diante da agressão da
mana. Mais ainda, foi normal e natural você ficar apavorado ao
ver o sangue escorrendo de sua boca machucada e dolorida.
– Por que Maria não me matou de uma vez? Eu não teria
sofrido tanto, ao longo desses anos todos!
João estremece de medo e raiva. Com firmeza, voz clara e
tranquila, afirmo:
– João Alberto, foi absolutamente normal, naquela
situação, ter-se desesperado, desejando até a morte. Contudo,
pense e raciocine agora: Nada de tão ruim aconteceu. O medo, a
angústia e o pavor maiores, resultaram muito mais do que você e
outras pessoas imaginaram o que poderia estar acontecendo, ou o
que poderia vir a acontecer e, depois que tudo passou, o que
poderia ter acontecido. Todavia, insisto, João Alberto, nada de
grave aconteceu! Por acaso, você morreu? Sua mãe ou sua irmã
morreram? Alguém de vocês ficou aleijado, ou retardado mental?
– O mais retardado fui eu.
– Não, João! Não concordo com você. Você só
permaneceu um tanto assustado e inibido. Porém, nada tão grave
que o impedisse de crescer, evoluir e aprender o mais importante e

essencial de cada fase de sua vida, até hoje. E você ainda é muito
novo, para realizar-se plenamente como homem e como cidadão.
Tanto é verdade que aqui estamos falando, e muito bem!
O moço põe as mãos à cabeça. Aproveito seu gesto e
afirmo:
– João Alberto, use sua cabeça. Você sabe porque aquele
pouco de sangue, saído de seu lábio, parecia uma hemorragia? Por
que sua mãe e irmã intensificaram ainda mais a confusão?
Recorde-se do nascimento de sua irmã e, especialmente, de você
mesmo.
Faço um instante de silencio e prossigo:
– No nascimento de sua irmã, pela hemorragia sofrida pela
mãe, o parto foi dramático para as duas. Para você e para Maria,
foram nascimentos extremamente dolorosos, sufocantes e
apavorantes, diante do fantasma da morte, que parecia querer
levar vocês. A dor provocada pelo tapa da Maria e, mais ainda, a
visão do sangue, em sua mão, despertaram em seu Subconsciente
aquelas memórias dramáticas e quase trágicas, associadas a todas
as emoções perturbadoras do seu nascimento. Entretanto, você
sabe sobejamente que nada de tão prejudicial aconteceu. Se é
verdade que os fantasmas da derrota e da morte se manifestaram,
também é a verdade maior é que a vida e a vitória foram os
resultados reais que brilharam!...
E concluo:
– João Alberto, se não concordar ou não aceitar o que falei
e expliquei, ou, se tiver alguma dúvida, fale-me. Aceita o que lhe
disse?
– Aceito.
– Percebe agora que toda a confusão vivida, após o tapa de
sua irmã e o sangue em sua mão, tudo não passou de um fato
normal? Isso ocorre tantas vezes, de forma semelhante, em
famílias, nas quais os irmãos mais velhos, como Maria, precisam
cuidar de irmãos mais novos, a fim de ajudar seus pais. E isso
ocorre para que toda família possa desfrutar de uma melhor

qualidade de vida. Pensando assim, como você se sente?
– Estou me sentindo muito bem.
– Esse é o João Alberto de verdade, que se sente sempre
muito bem e cada vez melhor, até sentir-se sempre
maravilhosamente bem, forte e feliz. Agora, revendo todo
transtorno vivido, provocado pelo tapa e pelo sangue, João
Alberto é capaz de rever aqueles momentos como cenas de teatro
de comédia, e acha tudo muito engraçado. É capaz de imaginar
assim?
– Sim, é verdade! Por que não me dei conta disso antes?
– Simplesmente porque você se lembrava disso tudo,
mergulhado nas emoções envolventes. Não havia parado para
olhar as cenas como espectador, vendo tudo do lado de fora da
cena. Como se recorda ou imagina aquele momento passageiro de
sua vida?
João Alberto sorri e com natural alegria diz:
– É tudo muito engraçado. Tudo muito simples e
agradável. Assim, a vida é diferente e bem melhor.
– De ora em diante, em qualquer situação, João Alberto
vai parar, analisar, avaliar com clareza as circunstâncias, para
tirar conclusões e tomar decisões.
Concluímos o exercício e marcamos novo encontro, para
avaliar os progressos e orientar os novos passos a serem dados, no
caminho do futuro de meu Sócio em Qualidade de Vida.
7.3 - Conclusão do Capítulo

Ao concluir mais esse capítulo, que visa treinar a
Argumentação para obter-se a Reprogramação Mental pela
Compreensão, convido o leitor, ainda mais o Parapsicólogo do
Sistema Grisa, a analisar e avaliar os diferentes tipos de
argumentos utilizados, bem como as diferentes formas de
conduzir os exercícios de Hipnose e Regressão.
Tenho certeza de que, ainda que você possua experiência

em hipnoterapia ou em orientação parapsicológica, em alguns
momentos, você ficou encantado com a forma de conduzir a
argumentação, tanto no caso de Ivo Carlos quanto no de João
Alberto.
O terapeuta que quiser, de fato, evoluir na argumentação
terapêutica, com certeza é levado a reler, especialmente os
momentos em que procedo à argumentação para efetivar a
compreensão das situações e das pessoas, o que de fato conduz à
reprogramação efetiva e definitiva.
CAPÍTULO VIII
8 - Casos Carla Caroline e Marlene Maria

Este é o terceiro e último capítulo destinado especialmente
para o Treino da Argumentação para alcançar a Reprogramação
Mental pela Compreensão. Sempre tendo em mira diversificar os
casos, a fim de melhor ilustrar os procedimentos a serem seguidos
pelo Hipnotizador, particularmente o Parapsicólogo Clínico,
selecionei para esse capítulo, dois casos que tratam de
problemáticas muito presentes em nossa sociedade atual.
Problemáticas que se originam no período de gestação e
são intensificadas pela Superproteção e outros episódios
traumáticos, vividos no contexto familiar e social.
São programações do Subconsciente, que se manifestam
posteriormente, na vida das pessoas, em distúrbios emocionais e
orgânicos, como depressão, tentativas de suicídio, esterilidade e
outras dificuldades em relação à reprodução humana.
Procurei selecionar os casos, diversificando a faixa etária
das pessoas analisadas e orientadas, o que permite diversificar a
argumentação harmonizadora, por ocasião dos exercícios de
Hipnose e Regressão de Memória.
O caso Carla Caroline foi selecionado também por se
tratar de pessoa que, por duas vezes, procurou orientação, aos 14-
quatorze e aos 18-dezoito anos. O retorno deveu-se a dois
motivos. Primeiro, porque, no primeiro processo terapêutico, com
certeza, por ter sido resolvida a questão principal que motivara a
procura, parecia que nada mais havia a ser feito. Habitualmente,
considera-se que a Hipnose e a Regressão, especialidade de
nossos parapsicólogos, já havia realizado o que se esperava e nada
mais de importante havia a fazer.
Segundo, porque os pais podem ter considerado muito

elevados os custos dos encontros de terapia. Porém, se os
encontros tivessem continuado, a filha teria sofrido menos e eles
teriam suas despesas minoradas.
O caso Marlene Maria foi selecionado pela complexidade
de sua problemática familiar, na qual a morte se destaca, em
diferentes manifestações.
Lembramos que no meio em que a morte se destaca, a vida
está continuamente ameaçada e de diferentes formas.
Todos os casos apresentados nesta obra, embora relatados
em linguagem natural e fluente, por vezes de forma romanceada,
trazem conteúdos e ensinamentos preciosos. Quem quer aprender
a Argumentar para Reprogramar, precisa, especialmente em
segunda ou terceira releitura, analisar e observar todos os detalhes
de cada caso, para identificar dicas importantes, por vezes
presentes numa palavra ou expressão despretensiosa.
Caro leitor, dedique-se cuidadosamente, e conquiste o
melhor aproveitamento!...
8.1 - Caso Carla Caroline

Carla Caroline vem buscar ajuda junto a Parapsicólogo do
Sistema Grisa, pois não tem tido os resultados desejados, apesar
dos inúmeros tratamentos feitos e terapias realizadas. Com 18-
dezoito anos, solteira, vive doente... Desde que se lembra, sempre
sofria de bronquite, falta de ar, dores de cabeça. Neste momento,
alta e magra, Carla Caroline está sentada à minha frente. De
cabeça erguida e olhos negros e brilhantes, demonstra estar
contente, expressando a alegria de adolescente vencedora. Sorriso
nos lábios, olha para mim, como se quisesse dizer algo
importante. Contudo, demonstra conter-se.
A fim de incentivar a comunicação, pergunto-lhe:
– Pela primeira vez aqui comigo?
Ela expressa alegria, está cheia de entusiasmo e, como se
revelasse um segredo importante, exclama:
– Já tenho 18-dezoito anos. Mas eu já estive aqui, com o

senhor, quando eu tinha 14-quatorze. Lembra-se da menina
baixinha, assustada, triste e confusa que chegou aqui, de pulsos
cortados?
– Carla Caroline, você já tentou suicídio?
– Só três vezes, como o senhor me disse naquela vez. O
Dr. Pedro também havia tentado o mesmo, por apenas três vezes.
E o senhor me contou que fez terapia com caminhão de porco
vazio e fedido. Lembra-se?
– Lembro-me de minha terapia. Porém, não me recordava
de havê-la relatado a você.
– Muitas vezes, lembrei-me de seu caminhão de porco
vazio. O senhor contou que, depois de imaginar seu corpo
esmagado e morto no chão, o senhor imaginou seu filhinho de um
ano e meio correndo pela rua e pulando sobre seu corpo e
gritando: "Pai, pai!..." E imaginou também sua esposa, vindo pela
calçada da rua e gritando: "Pedro! Pedro!..." Recordo essa cena
como se fosse um filme muito vivo e cheio de emoção. Porém, o
que mais ficou ecoando, em minha cabeça, foram suas palavras:
"Chega dessa merda de suicídio! Se eu não quero viver por mim,
tenho a obrigação de viver e vencer por meu filho e por minha
amada!” E me falou da afirmação d’O Pequeno Príncipe, de
Saint-Exupéry: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo
que cativas!"
– Boa memória a da minha sócia...
– Está admirado porque decorei esse pensamento?
Naquele tempo, o senhor gravava nossas conversas em fita
cassete. Eu reouvi muitas vezes nossos diálogos e suas
explicações. Eu também, quando alguma ideia de desânimo
começava a tomar conta de mim, repetia, como o senhor: "Chega
dessa merda de sensação de desânimo e dessas ideias de suicídio!"
Fiquei impressionada e empolgada ao ouvir o doutor falar a
palavra "merda". Naquele momento, tive certeza que eu era
compreendida, pois falava-me com palavras de revoltado, como

eu estava.
– Estou gostando da recapitulação.
– Naquele momento, eu também andava revoltada com
minha estatura de "baixinha", encolhida. Por mais que tomasse
medicação e praticasse exercícios de alongamento, inclusive de
barra, continuava do mesmo jeito e tamanho... Nos últimos anos,
basta lembrar-se de tudo isso para achar tudo engraçado. Muitas
vezes a mãe me pergunta: "Carla, está rindo e falando sozinha?" É
tudo muito divertido!
– Sim, e você veio me ver só para me contar isso?
– E o senhor acha pouco? Eu era muito baixinha, para
minha idade. O senhor me disse que minha timidez e sensação de
vergonha eram tão intensas que eu permanecia pequenina, muito
abaixo de estatura normal, para minha idade. Era como se meu
Subconsciente me protegesse e quisesse me esconder do olhar dos
outros. Também essa sua explicação me pareceu divertida e
engraçada. E, como o senhor me ensinou, comecei a repetir e
imaginar: "Sou uma menina bonita, inteligente e capaz! Posso
erguer a cabeça, e não só olhar as pessoas de frente, mas firmar
meu corpo, com os músculos fortes de minhas panturrilhas
masculinizadas, sobre o salto alto de meus sapatos, e aprender a
olhar o mundo de cima, com os meus olhos negros e lindos de
princesa Caroline!".
– Pelo o que estou vendo, você deixou de ser "baixinha" e
alongou elegantemente seu corpo.
– Como o senhor pode ver, não estou aqui por tão pouco.
Quase cresci demais. Talvez aí esteja a origem de minhas dores
atuais. Porém, como me disse na época: "Não dou alta para pessoa
alguma, nem mando voltar quem quer que seja. Se você, Carla
Caroline, precisar, estarei sempre à sua disposição." Por isso,
estou aqui.
– E do que precisa agora?
– Só tenho 18 anos. Contudo, minha mãe diz que tenho

mais dores que uma velha. Veja só: estou em tratamento com
médico gastrologista, por causa de úlcera no estômago. E estou
aqui para endireitar essa jovem-velha-torta. Sei que poderá me
ajudar. Desde já o autorizo a utilizar a linguagem que considerar
mais adequada, para facilitar meu entendimento e meu processo
de harmonização, como o senhor já dizia, por ocasião de nossos
primeiros encontros.
Após algumas considerações iniciais, solicito que Carla
apresente a sequência de seus irmãos.
– A relação dos filhos de um casal, para nós do Sistema
Grisa, não é vista apenas como prole: constitui-se em Tabela
Familiar.
– Sempre com mais novidades? - e a jovem expressa
confiança e alegria.
– Como já afirmava, há quatro anos, - complemento - o
IPAPPI é um Instituto em estado permanente de pesquisa. E eu,
mentor do Sistema Grisa, sou observador, pesquisador e analista
incansável, quase fanático pelos seres humanos. Por isso, aqui
sempre ocorrem novas constatações e descobertas, as quais se
fazem novidades, especialmente para as pessoas que nos
procuram, como você.
8.1.1 - Análise da Tabela Familiar

A Tabela Familiar Básica de Carla Caroline vem assim
constituída: Carla, 18 anos; Aborto ocorrido ao terceiro mês de
gestação; Ana, 15 anos, e Maria com 9 anos.
– Carla Caroline, observando sua tabela familiar, já ficam
evidentes possíveis causas dos males que a têm atormentado até
agora.
– Lendo seus livros, especialmente O Jogo e a Estrutura
das Personalidades e Paranormalidade, um Potencial Mental,
muitas coisas clarearam em minha vida. Porém, não tenho
conseguido libertar-me das dores e de outros sofrimentos. Sempre
me recordo do nosso primeiro encontro, quando vim com a

mamãe, e da importância que o senhor deu ao fato de eu ter sido
concebida antes do casamento de meus pais. O senhor explicou
também que era importante o fato de meus pais serem de famílias
de tradição católica há várias gerações, talvez séculos. Por isso,
quando mamãe se descobre grávida, o Subconsciente dela me
percebia como a filha do pecado. E, como o senhor afirmava,
"mais filha do Diabo do que de Deus". Por isso, meu
Subconsciente teria sido impregnado de programações de culpa e
vergonha. Pois minha mãe não só teria buscado esconder a sua
barriga, e eu dentro dela. Muito mais que isso, meu Subconsciente
teria registrado que era muito perigoso eu aparecer em público. E
isso também seria uma das causas de eu ser baixinha.
– Parabéns, Carla Caroline, você dedicou-se de verdade
em reouvir as gravações realizadas em nossos primeiros
encontros!
– Para mim, foi importantíssimo o senhor ter gravado
tudo, para eu poder escutar de novo quantas vezes eu quisesse.
Com isso, aproveitei muito mais tudo o que analisamos aqui, e
consegui melhorar muito mais depressa do que poderia supor. Eu
também tinha vergonha de ficar pedindo para meus pais pagarem
mais sessões ou encontros aqui, com o senhor.
– De qualquer forma, quero parabenizá-la pela dedicação.
Pois não basta a intenção, é necessária a ação.
– Outra coisa que muito me impressionou foi o fato de
relacionar as ideias de aborto, ainda que rejeitadas por minha mãe;
com o sangue de meus pulsos cortados. Penso que é importante
lembrar-lhe disso agora também.
Simplificando o relato em relação à coleta dos dados,
soube ainda que a mãe de Carla Caroline desmaiou, quando soube
da gravidez.
 Desmaio - Susto e Proteção.

Procedendo a uma análise desse desmaio, convém
observar que: "O que o Criador estabeleceu como Função do
Universo, da Vida, do Ser Humano e da Mente Humana, Tudo foi

estabelecido para o Bem de todos os seres, presentes no Universo
e constitutivos do mesmo."
Alicerçado nesse princípio, pode-se concluir que o
desmaio, por mais assustador que seja à primeira vista, também
foi instituído como pronto socorro e proteção para a pessoa que
atinge tensão nervosa extrema, situação que pode impedir as
artérias de transportarem oxigênio suficiente para o bom
desempenho do organismo e do cérebro. Ao reduzir a percepção
da realidade assustadora e da própria consciência, o desmaio visa
reduzir a tensão muscular, dando mais liberdade às veias e
artérias. Ao forçar a pessoa a deitar-se, o desmaio também permite
que o sangue flua mais facilmente para a cabeça e abasteça o
cérebro do combustível vital, o oxigênio. Reoxigenado o cérebro,
a pessoa pode retomar a consciência mais tranquila e
naturalmente.
O desmaio assusta. Contudo, é início de solução. A calma
é a melhor companheira, em tais circunstâncias.
 Desmaio da Mãe de Carla & Consequências

Com certeza, o desmaio da mãe de Carla provocou o maior
alvoroço, deixando marcas, relacionadas com perigo, doença e
morte, registradas no Subconsciente da jovem, como
programações profundas e desencadeadoras de consequências
significativas, ao longo da vida de Carla Caroline.
 Casamento - Improviso e Benefícios

Sabendo da gravidez da filha, os avós de Carla obrigaram
os namorados a se casarem. Esse casamento, aparentemente
forçado, pode conduzir a conclusões inadequadas, por parte de
improvisados analistas populares e acadêmicos.
Porém, convém lembrar: Analise sempre o texto, em seu
contexto.
Passado o susto, o reboliço e as atitudes precipitadas, cabe
observar que o casamento aconteceu e foi aplaudido pela
comunidade católica. Os pais dos noivos, especialmente os da

noiva, foram aprovados por sua decisão e firmeza. Os noivos
foram cumprimentados, tanto por seu entusiasmo apaixonado e
improvisado, quanto pela definição de seu futuro, marcado pelo
amor, que será edificado por esses jovens de sólida educação e de
formação cristã, prontos para a dedicação e empenho na
consolidação de um lar feliz.
 Vômitos - Distúrbios & Benefícios

Durante toda a gravidez, a mãe de Carla vomitou muito.
Esses vômitos, tão desconfortáveis e desagradáveis para a
gestante, são simultaneamente mecanismos automáticos de
proteção tanto para a mãe, quanto para o bebê. São mecanismos
próprios do Subconsciente, como resultados das reações
automáticas regidas pelos princípios de Sobrevivência do
Indivíduo e da Espécie. Visam tanto atrair a compaixão familiar e
social, em relação à mãe de Carla Caroline, pela gravidez
precipitada, quanto resgatar a futura mamãe de possíveis rejeições
e de punições humanas e espirituais.
"Punições humanas" como a discriminação e
maledicências, especialmente se não se casasse e se tornasse mãe
solteira.
"Espirituais", pois se o casal fosse coabitar, sem receber o
Sacramento do Matrimônio, viveriam em concubinato, Portanto,
continuamente em pecado, registrando a soma de inúmeras
programações de culpa. Culpa que atrairia autopunição e castigos
dos mais diversificados.
Portanto, ainda que os vômitos, à primeira vista,
representem ameaças à sobrevivência do bebê, eles se constituem
também e especialmente em fortes meios de proteção tanto para a
gestante quanto para o bebê, no caso, Carla Caroline.
A mãe de Carla vive uma gestação sempre passando mal,
sofrendo de falta de ar e fraqueza constante. Por esse motivo, aos
oito meses de gestação, o médico realizou cesariana, para salvar a
vida das duas, mãe e filha.
 Cesárea Antecipada & Consequências

Segundo a visão médica, a cesárea antecipada foi realizada
para salvar as vidas da mãe e da filha. Contudo, tudo faz supor
que a gestante tenha ficado extremamente insegura, em relação ao
resultado final. Com certeza, a mãe-gestante viveu dúvida atroz,
tanto em relação à sobrevivência, quanto a possíveis sequelas
orgânicas e mentais da filha.
Essas dúvidas e incertezas irão marcar o futuro de Carla
Caroline, e constituirão as causas evidentes das dores e de outros
sintomas desenvolvidos pela jovem que agora torna a me
procurar.
Até os cinco anos, Carla era muito fraquinha e sempre
doente.
Aos seis anos, ao ingressar no pré-escolar, chorou e sofreu
muito, até conseguir se acostumar, fazendo amizade com outras
crianças.
8.1.2 - Hipnose e Regressão - Primeiro Exercício

Carla Caroline retorna a meu gabinete, para um segundo
momento, nessa nova sequência de encontros terapêuticos, está
muito animada, pois acabou de ler o livro O Poder da Fé & a
Paranormalidade. Reconhecia-se como paranormal, semelhante a
Frei Hugolino.
– Frei Hugolino também sofreu muito. E nisso, ele é
parecido comigo.
– O que mais percebeu, em relação a você, lendo o livro?
– Percebi que sofrer não é tão ruim, especialmente porque
a pessoa que sofre, desenvolve automaticamente seu Poder
Mental, também chamado de Paranormalidade Espontânea.
– Parabéns, menina, você é mais esperta do que poderia
supor, e possui capacidade de análise, qualidade indispensável a
todo cientista. Parabéns mesmo! Por reconhecer em você tais
talentos e qualidades, aproveito para dizer-lhe que é em
decorrência “desse sofrer que não é tão ruim", que todas as
religiões que estudei proclamam, em seus textos doutrinários, que

é pelo Sofrimento que a pessoa pode conduzir seu espírito a sair
das trevas, e guiá-lo para a Luz. Por isso, na narrativa bíblica do
Cristianismo e da Igreja Católica, A Glória da Ressurreição vem
depois do Calvário.
– Que legal, Dr. Pedro! Isso quer dizer que, depois do
sofrimento de minhas dores, também terei minha Paranormalidade
mais desenvolvida, e poderei utilizar o Poder da Mente em meu
próprio benefício?
– E em benefício de outras tantas pessoas de sua família e
da sociedade.
– Nossa Senhora de Aparecida!, como diz minha avó. Isso
já me deixa mais tranquila e reduz o poder de minhas dores, para
me maltratar.
– "Minhas dores", não! Expressar-se assim é fortalecer em
seu Subconsciente a importância dessas dores continuarem
presentes em seu corpo. "Minhas" significa que elas são de sua
propriedade. O nosso Subconsciente vem programado há milênios
com a informação de que perder o que é de sua propriedade é
mau negócio. Em consequência, terá a tendência de manter suas
dores presentes em seu corpo.
– Ora, Dr. Pedro, esse Subconsciente é muito complexo e
cheio dos quesitos!...
– Por isso, fico em seu pé, perguntando-lhe
constantemente: Como está realizando seus investimentos como
Sócia em Qualidade de Vida, dedicando-se às leituras e ouvindo
os CDs indicados?
– Como Sócia em Qualidade de Vida, quanto mais eu
aprendo sozinha, menos o meu Parapsicólogo precisa me explicar.
E, como ele afirma: "E assim eu poupo tempo dele e economizo
meu dinheiro”.
Os olhos de Carla estão brilhando, e um sorriso brota de
seus lábios.
Retomando a Terapia Específica de Carla, afirmo:
– Minha sugestão agora é que realizemos um Exercício de

Hipnose e Regressão.
– Isso é muito legal! Gosto muito de descobrir o que está
escondido em minha mente ou mal apresentado por minha
memória.
Realizada a indução hipnótica, ao perguntar a Carla:
"Quando, um dia, alguém estava com muita dor e tinha muito
medo? Ela geme:
– Ai... ai...! - Carla baixa a cabeça e leva as mãos em
direção ao peito.
– Carla Caroline, o que está acontecendo? Que dor está
sentindo?
– Ai, ai...! - E Carla manifesta ânsia de vômito e se
contorce, curvando o tórax sobre o abdome.
– Carla Caroline! - intervenho - o que você está sentindo, e
parece estar vivendo agora, é apenas uma série de sensações, que
são resultado de lembranças de fatos já vividos. Tudo o que você
está sentindo já passou, e você já venceu!
– Aaaii... - Carla manifesta sensação de alívio.
Aproveito o momento e solicito:
– Carla Caroline, fale-me de tudo o que está sentindo,
pensando, lembrando ou imaginando, em relação ao que está
revivendo em seu pensamento e imaginação. Que dor você sente?
– É minha úlcera...
No diálogo que se segue, Carla revela que, após ter sido
abandonada pelo namorado, aos dezessete anos, sangrou a úlcera,
da qual vinha se tratando.
Identificamos que a úlcera havia se manifestado seis meses
depois de iniciar namoro com José Carlos, ela com quinze e ele
com dezoito anos. Namoro iniciado às escondidas, pois os pais
não podiam saber.
Ela recém havia começado a trabalhar em uma casa
comercial, o que era o seu maior desejo. Não queria continuar
dependente dos pais em tudo. Queria ter seu próprio dinheiro.
José Carlos trabalhava na mesma empresa. Se os pais

soubessem do namoro, ela poderia perder o emprego e também o
namorado.
– Úlcera de estômago - explico-lhe - também denominada
de "úlcera gástrica", está diretamente relacionada com questão de
ordem financeira, de dinheiro, de bens necessários à
sobrevivência. Observe, Carla Caroline, que seu namoro e seu
emprego geraram fortes conflitos dentro de você, originando
tensão e nervosismo. Dois fatores que vão dificultar a digestão,
produzindo gastrite, que evolui para o desenvolvimento da úlcera
gástrica.
Enquanto Carla permanece em transe, prossigo nas
explicações e argumentação, visando conduzi-la à Compreensão
para a efetiva Reprogramação correspondente.
– Carla Caroline, você mesma, com certeza, já havia se
dado conta de que vivia tensa e aos sobressaltos, enquanto
desejava muito manter o emprego e esconder o namoro com José
Carlos. Você, melhor do que ninguém, sabia e sentia tudo isso.
– É verdade, eu vivia nervosa e, lá em casa, vivia em meu
quarto, com medo de que meus pais vissem em meus olhos que eu
estava namorando. Minha avó sempre diz que nossos olhos não
escondem segredos e não sabem mentir.
– Esse era o conflito que desenvolveu a úlcera em seu
estômago.
– Por que era conflito tão ruim, se eu gostava de trabalhar,
e também gostava de José Carlos como namorado?
Mantenho um diálogo com Carla, explicando-lhe que o
conflito não se originava do fato dela gostar de José e do emprego.
O que provocava desconforto era o medo de perder os dois.
Impunha-se a necessidade de manter o emprego, a fim de não
depender dos pais em tudo. A isto, somava-se a busca da liberdade
daquele ambiente em que fora gerada, e no qual sentira a
reprovação da parentela e da vizinhança, particularmente no inicio
da gestação.
As programações de rejeição, também oriundas desse

período, conduzem à intensa necessidade de ser aprovada e
valorizada. O relacionamento amoroso com José Carlos parece
suprir e preencher fartamente essas necessidades. A presença de
José Carlos desperta sentimentos que parecem ser de paixão e
amor, no coração da inexperiente adolescente, Carla Caroline.
Por isso, ao sentir-se rejeitada pelo namorado, parecia que
o mundo desabava para ela. Sente como se tudo estivesse perdido.
O conflito explode em intenso nervosismo, desaparece o apetite, e
a insônia se manifesta, povoada por fantasmas horríveis... Tudo
contribui para que as reações orgânicas e hormonais provoquem
distúrbios tais que a própria úlcera gástrica se intensifica a ponto
de sangrar.
– Carla Caroline, - questiono, ao final da explanação - o
que expliquei faz sentido para você? Se não concordar com o que
lhe falei e argumentei, ou se tiver alguma dúvida, fale-me. Aceita
o que eu lhe disse?
Carla permanece em silêncio. Demonstra estar refletindo,
como se navegasse ao longo dos meandros de sua mente.
Finalmente, pergunta:
– Eu fui boba ou sou culpada?
– Boba por quê? Culpada do quê?
– Por ter feito meus pais sofrerem tanto, ao se apavorarem
com o sangramento de minha úlcera. E por eu ter perdido o
emprego e voltado a depender inteiramente deles. Até hoje, vivo
de médico em médico, de um terapeuta a outro, vivendo
mergulhada em dores e sintomas de tudo o que é tipo, fazendo
meus pais gastarem mais do que podem. Por que tanto sofrimento
reservado para mim?
– E quem teria reservado tais sofrimentos para Carla
Caroline?
– Deus ou o diabo. Que feitiço fizeram para mim?
– Carla Caroline, de uma vez por todas, lembre-se sempre
de que Deus, o Criador do Céu e da Terra, não é sádico, para
gostar de nos ver sofrendo. Muito menos seria bobo para permitir
que o diabo e seus parentes existissem, para torturar você ou
qualquer outro ser humano.
__ E essa úlcera que me tortura, juntando-se a outras tantas
dores? O que faço?
– Lembre-se de que é o seu Subconsciente que rege os
Sistemas Orgânico, Emocional e Factual, e que ele pode ser
reprogramado pela Compreensão.
– Eu sei isso tudo e muito mais. Mas, como saio dessa
chateação de dores e sofrimentos?
– Primeiro, observe que você não foi culpada nem boba
por ter sido levada pelas programações de seu Subconsciente a
conseguir um emprego. Muito menos foi você que quis encontrar-
se com José Carlos, lá na empresa em que conseguiu o trabalho
tão desejado.
– Disso tenho certeza.
– Também não foi Carla Caroline que quis atrair um
namorado, que depois a abandona, simplesmente porque se
encontra com outra mocinha mais leviana e banal que o seduz
com sua liberdade.
– Ainda não lhe falei, mas ela engravidou, e seus pais
exigiram que eles se casassem.
– Gostei da informação, Carla. Gostei, não por aquilo que
fez você sofrer, mas pelo resultado principal.
– A que resultado principal o senhor se refere?
– Que você não perdeu o namorado. Que você conquistou
a dupla liberdade...
– Que liberdade, que nada! Eu fiquei presa na armadilha
desses sofrimentos e dessas dores!
– Sim, você sofreu muito e ainda está sofrendo, em
consequência desses desencontros. Contudo, raciocine comigo:
você e José Carlos eram apenas namorados, ou já haviam vivido
experiências mais comprometedoras? Havia compromisso de

noivado ou de casamento?
– Não, nada disso! Nem beijos foram trocados de forma
apaixonada e comprometedora...
– Será que ele, de fato, se sentia seu namorado ou se
considerava apenas um bom amigo? Será que não era somente
você se considerava namorada dele?...
Carla Caroline permanece em silêncio, como que
paralisada.
– Aí está a primeira liberdade conquistada: você ainda era
muito jovem e imatura para assumir compromissos mais sérios.
Por isso, o afastamento desse tal namorado, evitou que você não
se precipitasse num relacionamento sem fundamento e sem futuro
significativo. E a segunda liberdade foi o fato de você libertar-se
de um moço volúvel, que, ao primeiro vento soprado, mudou de
direção, como se você não existisse. Ou você acha que teria sido
melhor já terem celebrado noivado ou casamento, para ele
demonstrar sua fraqueza e indefinição, abandonando você na
estrada da vida? Pare, Carla, pense e olhe para frente. Um mundo
inteiro está à sua espera. E você tem um longo tempo para
planejar e construir um futuro melhor e mais feliz.
– É mesmo. Minha avó sempre dizia para minhas primais
maiores que eu: "O homem que Deus reservou para vocês,
ninguém tira!" - E Carla suspira, afrouxando o peito de alívio.
– Carla Caroline, parabéns! Sinta-se livre da teia e da rede
em que o seu Subconsciente a estava envolvendo, conduzido pelas
programações perturbadoras e prejudiciais. Sinta-se livre e
perceba, agora, que uma energia nova desperta dentro de você.
Essa energia que você herdou de sua mãe, marcada pela fé e pela
confiança em Deus. Você pode vencer e ser feliz. Confie também
nas palavras proféticas de sua avó. No mínimo, as palavras de sua
avó poderiam significar: "Calma, minha neta, que com calma,
cuidado e determinação, tudo se resolve e tudo se consegue".
– Portanto, - prossigo - você não foi boba, nem culpada,

por ter vivido tais situações. Em casos como o seu, especialmente
quando as pessoas são de formação cristã e católica, facilmente
tendem a sentir-se culpadas por maus pensamentos e imaginações,
como se fossem pecados.
– É mesmo, a gente vive se culpando por qualquer coisa...
– Eu estudei para padre, mas não cheguei a ser ordenado
sacerdote. Por isso, não conquistei o direito de dar absolvição
sacerdotal. Contudo, como cientista, aprendi a ministrar quatro
absolvições gerais.
– Eu quero receber todas essas absolvições, e preciso que
me liberte dessa angústia e dessa culpa que me tortura, por estar
fazendo meus pais sofrerem tanto com esses problemas de saúde.
– Vamos solucionar uma questão por vez. Estávamos
buscando realizar a compreensão de que você não buscou o
emprego, nem se interessou em namorar o José Carlos, para
depois desenvolver uma úlcera gástrica e desencadear uma série
de problemas emocionais e sintomas orgânicos, dores e
sofrimentos para você e seus pais.
– Dar-me conta disso já me proporcionou um alívio. Mas
ainda não estou bem.
– Acompanhe com atenção o que irei lhe explicar a seguir.
Procure pensar e raciocinar comigo, a fim de efetivar a
compreensão que reprograma o seu Subconsciente e que irá
libertá-la dos sintomas, dores e sofrimentos. É a primeira
absolvição que vou ministra-lhe.
– Pode contar comigo, pois confio inteiramente no senhor.
Já me salvou da morte aos quatorze anos. Agora, pode me salvar
das dores e sofrimentos.
– Pense e acompanhe a análise e raciocínio. Como já lhe
disse, em nossa primeira terapia, você não escolheu a hora de sua
concepção, nem o período, circunstâncias ou situações para ser
gerada. Muito menos escolheu a forma e o processo de seu
nascimento, nem mesmo escolheu o sexo com o qual nasceu.
Portanto, em relação a todos esses fatos, circunstâncias, situações

e resultados, você, Carla Caroline, é absolutamente inocente!
Carla assume uma postura, que revela maior tranquilidade.
Aproveito e prossigo:
– Complemento essa absolvição: Sim, pois Carla Caroline
não escolheu a hora para ser concebida. Muito menos escolheu o
período, as circunstâncias e situações para ser gerada. Tampouco
escolheu a forma e o processo de seu nascimento, e muito menos
escolheu o sexo com o qual nasceu! Portanto, insisto, Carla
Caroline é absolutamente inocente em relação a todos esses fatos,
circunstâncias, situações e resultados! Chega, pois, de continuar
pagando essa conta que vem fazendo há dezoito anos! Conta que
não deve e jamais ficou devendo! Está na hora, pois, de receber de
volta capital, juros, correção monetária, dividendos e tudo mais.
E, basta também de sofrer por culpa que não existe! Está na hora
de abrir o portal que dá acesso ao caminho que atravessa as
campinas da tranquilidade e da paz e leva ao bosque repleto de
flores perfumadas e frutos saborosos, e à rica festa da vida, que
Deus, o Criador do Universo, preparou para Carla Caroline!
– Essa é uma absolvição do cientista?
– Por que me faz essa pergunta?
– Porque sinto meu coração aliviado, e meu peito está livre
do peso e da dor da angústia. Porém, não entendo bem por que me
sinto assim...
– Torne a refletir sobre esses pontos, e as fichas irão
caindo uma a uma. Pois isso não é consolo, é verdade que liberta.
8.2 - Caso Marlene Maria

Apresento a seguir as análises fundamentais, em relação ao
Caso Terapêutico de Marlene Maria, e algumas sugestões de
argumentos a serem utilizados para realizar a Compreensão e
conquistar a Reprogramação de seu Subconsciente.
Marlene Maria, com trinta e seis anos, casada há oito, não
consegue engravidar. Seu médico ginecologista concluiu que,
biológica e organicamente, não manifesta lesão ou deficiência

alguma. A incapacidade de sua paciente engravidar deve ser de
fundo emocional.
Uma amiga, que realiza o Curso de Formação em
Orientação Parapsicológica, oferecido pelo IPAPPI, sugeriu que
ela procurasse ajuda junto a parapsicólogo do Sistema Grisa, e por
isso está aqui. Procura ajuda, pois quer muito ter um filho.
Embora conte com o apoio do marido, sente-se insegura, nervosa
e frustrada.
8.2.1 - Análise da Tabela Familiar Básica

A Tabela Familiar de Marlene Maria e seus irmãos é assim
constituída:
Carlos, 50 anos; aborto, ocorrido dois anos após o
nascimento de Carlos e com três meses de gestação; Magda (46);
aborto, ocorrido três anos após o nascimento de Magda e com
quatro meses de gestação; Marlene (36); quatro anos depois, nasce
Isabel, que faleceu com um ano e meio de idade.
Durante a gestação de Marlene, a mãe Genoveva sentia-se
muito doente e teve ameaça de aborto, ocorrendo sangramento.
Por recomendação médica, teve que permanecer seis meses de
repouso absoluto.
Marlene nasceu de parto traumático: foi retirada a fórceps.
Com o olhar analítico de parapsicólogo do Sistema Grisa,
é fácil perceber que a dificuldade de Marlene Maria engravidar
possui forte conotação emocional, originária do período de
gestação, e que foi intensificada por experiências vividas no
contexto familiar.
É fácil imaginar pessoas amigas e familiares de pouca
convivência com a família, perguntarem por que havia longos
períodos entre um filho e outro do casal Genoveva e Diovânio, os
pais de Marlene.
Portanto, seria absolutamente normal ocorrer explicações,
marcadas de pesar e sofrimento, sempre ouvidas com atenção e
emoção por parte de Marlene, uma vez que ela mesma sofrera
ameaça de aborto e nascera de parto difícil.
Por isso mesmo, à medida que Marlene crescia, também
sentia intensificar-se nela a curiosidade em relação a esses fatos,
passando a menina a revivê-los em longos e doloridos devaneios.
Os sofrimentos, oriundos da ameaça sangrenta do aborto, somados
às memórias do longo semestre de “repouso”, expectativa e
suspense, mais as experiências do nascimento traumático, eram
revividos como confusos pesadelos. A estes, acrescentam-se ainda
as imagens, cenas e sentimentos, resultantes da excitada
imaginação criadora da menina e adolescente, assustada e
impressionada, sempre que ouvia os relatos dos dramas vividos
por sua mãe e os comentários das amigas e vizinhas, relativos aos
abortos e aos partos, marcados por terríveis sofrimentos e pela
própria morte...
A morte de sua irmãzinha Isabel deve ter calado
profundamente no coração e na alma de Marlene. E seu
Subconsciente registra um brado de alerta, que ecoa pelas
profundezas de seu ser:
– “A vida de mulher é terrivelmente dolorida! Cuidado,
Marlene Maria, com os centros de tortura feminina, como
gravidez, gestação e parto! Para evitar dores, sofrimentos e
angústias, é melhor não conceber filhos!”
E o Sistema Emocional atua diretamente sobre o Sistema
Hormonal e Orgânico de Marlene, impedindo a concepção e a
gravidez.
Alicerçado nos conhecimentos apresentados nos cinco
CDs da coletânea O Sentido da Vida, cujo uso já exemplificado
em casos descritos anteriormente, torna-se fácil para o
Parapsicólogo do Sistema Grisa formular argumentos adequados
para reprogramar as causas dos sofrimentos e traumas de Marlene
Maria.
Outrossim, fica evidente que o Subconsciente de Marlene
fora programado pela convicção de que: “Filho faz a gestante
sofrer terrivelmente, assim como seus familiares!...” Portanto, o
Subconsciente de Marlene a protegia de tais riscos de

sofrimentos, evitando gravidez e as angustias do parto
correspondente...
Sinais claros dessa proteção estruturada por seu
Subconsciente, em relação à concepção e gravidez, são
evidenciados por outras informações relatadas por Marlene:
Aos dezoito anos, ela ainda não tinha menstruado. Foi ao
médico e, após um tratamento, finalmente menstruou. A partir de
então, sempre que o ciclo se repetia, sofria de cólicas terríveis.
Aos vinte e quatro anos, teve o primeiro e único namorado,
com o qual se casou.
Sua primeira relação sexual somente ocorreu, e com
resistência, após um ano e meio de namoro. Casa-se com vinte e
oito anos.
Todos esses fatos, marcados por um ritmo muito lento, se
comparado a outras meninas e moças de seu tempo e de sua idade,
demonstram claramente, segundo os conhecimentos conquistados
e estruturados pelo Sistema Grisa, que o Subconsciente de
Marlene Maria vem programado por fortes bloqueios relativos a
namoro, relacionamento afetivo-sexual, casamento, gravidez e
gestação de filho, e em relação à própria maternidade.
8.2.2 - Terapia de Marlene Maria

O Parapsicólogo Clínico, terapeuta do Sistema Grisa, pós-
graduado com os conhecimentos adquiridos durante o Curso de
Especialização em Orientação Parapsicológica Social e
Institucional - CEOP, complementados pelo Curso de
Aperfeiçoamento em Orientação Parapsicológica Pessoal –
CAOP, e sempre tendo ao seu alcance e disposição as obras do
Sistema Grisa, tanto escritas, quanto auditivas e visuais, tem, a seu
dispor, informações e conhecimentos organizados e estruturados,
mais que suficientes para realizar excelente análise
parapsicológica do caso Marlene Maria.
Como consequência, possui recursos suficientes para
proceder à terapia adequada, restituindo-lhe as condições mentais,
emocionais, comportamentais e orgânicas, capazes de levá-la a

conceber e gerar naturalmente um ou mais filhos, segundo o
interesse do casal.
Apresento, a seguir, argumentos adequados ao caso,
segundo as lembranças obtidas em Exercícios de Hipnose e
Regressão de Memória, visando conseguir a Compreensão
específica e a consequente Reprogramação Mental.
8.2.3 - Primeiro Exercício de Hipnose e Regressão

Realizada a Indução Hipnótica, Marlene Maria recorda
que, por ocasião de primeira menstruação, ficou apavorada, pois
sentia cólicas terríveis, que a obrigavam a medicar-se e
permanecer em repouso.
Argumentos utilizados:
– Marlene Maria, após o tratamento para conseguir a
primeira ovulação e consequente menstruação, foi normal ter
ficado apavorada com as terríveis cólicas e as contrações
abdominais, por você relatadas.
Marlene Maria permanece em silencio e significativamente
atenta. Valorizando a sua atenção, afirmo:
– O medo que assalta você, nesse momento, e se
transforma em pavor, é absolutamente compreensível, por
diferentes motivos. Primeiro, que você tenha imaginado que sofria
de alguma deficiência orgânica ou doença, em decorrência do
retardamento da menarca.
E a argumentação pode prosseguir:
– Essa hipótese foi normal ter sido levantada por você
mesma, por familiares e amigas, especialmente após iniciado o
tratamento médico. Por isso, Marlene Maria, é absolutamente
normal que agora, no momento da primeira menstruação, você
esteja apavorada, supondo que sofre de uma grave doença,
anunciada pelos sintomas vividos.
Visando ampliar e qualificar a argumentação, prossigo:
– Um segundo motivo, que acentua esse medo, é o fato de

sua mãe ter se assustado com o sangramento ocorrido durante a
gestação de Marlene Maria, o que a levou a ficar em repouso
absoluto durante um longo tempo. Qualquer esforço poderia
representar ameaça de morte a seu bebê.
– Como minha mãe sofreu, e quanto amor e dedicação
demonstrou por mim!...
– Mais ainda, observe, Marlene Maria, que sua mãe e você
venceram todas as dificuldades e problemáticas que apareceram
durante sua gestação! Por mais graves que tenham sido os
perigos, por maior que tenha sido o medo vivido por sua mãe, e
os sofrimentos padecidos por vocês duas, uma só é a verdade:
você e sua mãe foram mais fortes que as dores, medos e
sofrimentos! Sim, pois você não morreu, nem a mãe sofreu
qualquer sequela. Vocês são duas vitoriosas!
E a argumentação pode prosseguir da seguinte maneira:
– Vocês venceram também a morte e todos os perigos.
Você nasceu viva, normal, perfeita e sadia... Lembre-se sempre,
Marlene Maria, que foi normal a mãe perceber que o
sangramento, durante a sua gestação, era sinal de perigo e ameaça
de morte para o bebê que estava em seu útero. E foi normal
também o Subconsciente de Marlene haver registrado o fantasma
de que "sangue representa ameaça de morte". Porém, Marlene
Maria percebe agora, com clareza melhor do que nunca, que uma
só é a verdade: A proteção foi superior a qualquer perigo!
8.2.4 - Segundo Exercício de Hipnose e Regressão

Em novo Encontro, ao ser realizado a Indução Hipnótica
para o segundo Exercício de Hipnose e Regressão, Marlene Maria
recorda-se que, aos seis anos, vive um momento de intensa
emoção, ao ouvir sua mãe dizer:
– Marlene sempre foi muito medrosa e, desde pequena,
sempre me deu muito trabalho. Tanto que, ao nascer, quase me
matou!...
É bom lembrar que, em casos como o de Marlene, a filha

tende a sentir-se muito culpada, e a atrair os resultados
consequentes.
Por isso, em casos como este, o primeiro argumento a ser
utilizado é:
– Em primeiro lugar, Marlene Maria, observe que não foi
você que escolheu a hora para ser concebida. Não escolheu o
período, as circunstâncias ou as situações para ser gerada.
Também não escolheu a forma e o processo de seu nascimento.
Muito menos escolheu o sexo com o qual nasceu. Portanto, em
relação a todos esses fatos, circunstâncias e situações, você é
absolutamente inocente! Também não tem culpa alguma em
relação ao parto traumático que sua mãe viveu, por ocasião de
seu nascimento...
Outro argumento fundamental é:
– Sua mãe, nesse momento, conversando com sua amiga,
estava destacando quanto ela havia sofrido, por ocasião da
gestação e nascimento dos filhos. Isso é argumento normal nos
costumeiros campeonatos de dores, doenças e cirurgias, quando as
amigas se reúnem.
– Preste atenção! Ao afirmar que, ao nascer a filha
Marlene, ela quase morreu, ou que sua filha "quase a matou", sua
mãe Genoveva não está culpando Marlene Maria. Está, sim,
salientando quanto ela sofreu. Mais do que isso, ela está querendo
salientar, para a amiga, quanto sofrimento ela suportou e venceu!
Deseja ser reconhecida como heroína, campeã na olimpíada dos
sofrimentos. Ela quer mesmo é ser aplaudida e reconhecida como
gloriosa esposa e mãe vencedora.
Sempre cabe enfatizar, em momentos como esse vivido
por Marlene:
– O que importa é perceber a grande verdade: a mãe
venceu, e Marlene Maria nasceu viva, normal, perfeita e sadia. E
mais ainda, Marlene herda projeto de longa vida. Sim, pois a mãe
desejou e rezou muito para não ver o corpinho de Marlene deitado
num caixãozinho, para ir morar na grutinha fria do cemitério.
Muito mais: desejou e rezou muito para efetivar seu sonho de ver
seu bebê nascer, viver e crescer, cheio de vida e saúde. Ver sua
filhinha brincar em família e com outras crianças, ir à escola,
tornar-se mocinha querida e mulher feliz...
Na terapia com Marlene Maria, no momento em que
apresentava tais argumentos, e antes de concluir esse último,
Marlene Maria suspira:
– Ouvindo-o falar dessa maneira, me faz imaginar sendo
mamãe, eu também!
Nesse momento, pelas reações emocionais demonstradas
por Marlene, tive certeza de que estava sendo aberto o caminho
que iria conduzi-la à maternidade.
8.2.5 - Terceiro Exercício de Hipnose e Regressão

Por ocasião do Terceiro Exercício de Hipnose, Marlene
lembra-se de que, aos sete anos, vive profunda emoção ao ver sua
mãe lembrando, lamentando e chorando a morte de irmãzinha
Isabel, e declara, entre soluços:
– Eu já estava esquecendo a tristeza e o sofrimento vividos
por ocasião da morte de maninha Isabel. Porém, tudo voltou à
memória depois que vi mamãe chorando convulsivamente, ouvi
meu pai perguntar-lhe por que chorava tanto e a mamãe
responder:
– Hoje faz um ano que nossa filhinha Isabel foi embora!
Marlene Maria gostava tanto dela. E era tão lindo ver as duas
brincando e rindo pela casa... Agora, elas estariam brincando
muito mais...
E Marlene prossegue:
– Enquanto minha mãe fala assim, um filme angustiante
aperta meu coração... A doença, a morte, o velório e o terrível
sepultamento da maninha, tudo se faz presente e me atormenta...
Nesse momento, é indispensável que o Parapsicólogo do
Sistema Grisa intervenha, com naturalidade e firmeza, afirmando:
– Marlene Maria, em primeiro lugar, parabéns para você e

para seu pai e especialmente para sua mãe, que demonstra quanto
Marlene é importante para ela. Fica evidente que você faz parte de
uma família unida e bonita. Sim, porque o pai demonstra que
também gosta e respeita Genoveva e se interessa em saber porque
ela chora. Parabéns, mais uma vez ,para você, Marlene Maria,
pois, com certeza, se você pudesse, faria um milagre ou uma
mágica para restituir a paz e a felicidade para sua casa e para o
coração da mãe. Se você sofre, ao ver a mãe chorar, é porque
tanto a mãe é ótima mãe, quanto Marlene Maria é filha querida.
De forma adequada, cabe enfatizar ainda:
– Marlene Maria, lembre-se sempre que Isabel não
morreu, apenas mudou o modo de viver. Não foi a maninha Isabel
que morreu! O que morreu foi tão somente o corpo dela. Isabel
sempre está com você. Mais, ela pode ajudar você, sua mãe e
outras pessoas. Contudo, ela respeita você e os demais, como
Deus respeita nossa liberdade. Ela só irá ajudar à medida que
vocês aceitarem, permitirem e, melhor ainda, se vocês pedirem...
Ver outras informações que poderão servir de argumentos,
especialmente nos CDs: SV4 – A Vida no Reino Invisível, e SV 5-
Aborto é Filho que Vive Feliz!
Na sequência da terapia, realizada durante o Terceiro
Exercício de Hipnose, Marlene Maria revela que, quando estava
sozinha, sempre brincava com uma menina, e pergunta se era
Isabel.
Expliquei-lhe que Isabel está em nível de energia
completamente distinta daquela em que vivemos. Porém, não seria
descartável a hipótese de que sua mana Isabel, livre do corpo
físico, portanto, livre dos limites de espaço e tempo e de tamanho
e idade, pudesse servir-se do poder criador do Subconsciente de
Marlene Maria para tornar-lhe visível a imagem dessa amiguinha,
invisível para os outros.
Encerramos a terapia ao percebermos que Marlene Maria,
bem como o seu marido Aluízio, estavam confiantes, na certeza
que poderiam ser pais e assumirem com alegria as limitações e os

deveres impostos pela criação e educação de um ou mais filhos.
8.2.6 - Encontro Posterior

Um ano e meio havia decorrido, sem receber notícia
alguma de Marlene Maria. Certo dia, ao consultar minha agenda
de encontros em Orientação Parapsicológica, três nomes
destacam-se aos meus olhos: Marlene, Aluízio e Maristela.
Ao chegar para os atendimentos da tarde, pergunto se meu
sócio das duas horas já havia chegado. Minha secretária sugere:
– Veja quem está ali, na sala de espera.
Qual não foi minha surpresa ao reconhecer Marlene Maria
e Aluízio, acompanhados por uma menina de um ano ou pouco
mais.
A alegria comungada por todos nós, nesse momento, é
dispensável relatá-la.
Sentados à mesa do Gabinete, Marlene toma a palavra,
vibrando de entusiasmo. E, apontando para a menina, exclama:
– Maristela é a prova de que nossa sociedade foi
realizada com sucesso!
Estendendo a mão para o casal, dando-lhes meus parabéns,
sou interrompido por Aluízio, que fica de pé e posiciona-se atrás
da esposa e lhe diz:
– Fica de pé, minha amada!
Marlene Maria está em pé na minha frente. A menina
Maristela também salta de pé e grita, apontando o ventre materno:
– Ali, na barriga de mamãe, está meu irmãozinho
Marcelo!
E a menina espreme o rostinho entre as mãos, vibrando
num riso intenso, e volta a gritar:
– Eu disse que era eu que ia contar pro doutor Pedro que
meu maninho Marcelo está chegando!
– Navegando na nave espacial, chamada útero materno –
complementa Aluízio – como o doutor sempre fala.
Após a festa emocional das novidades, Marlene Maria

retoma a palavra e relata:
– Como o senhor deve lembrar-se, ao término da terapia,
Aluízio e eu saímos daqui muito animados. E, confesso, fomos
sócios bem empenhados. Realizamos todos os investimentos
estabelecidos em nosso contrato. Alguns fragmentos de meus
filmes imaginários, rodados durante os Exercícios de Hipnose,
motivados por suas palavras e explicações e produzidos por minha
Imaginação Criadora, retornavam frequentemente à minha mente
e faziam meu coração dançar de alegria e entusiasmo. Quando nos
demos conta, eu já estava grávida de Maristela.
Os nomes das crianças foram escolhidos no primeiro
domingo, após termos estado aqui com o senhor.
– Adorei os nomes: Maristela - a Estrela do Mar - e
Marcelo - Mar e Céu! – declaro, sem reservas de entusiasmo.
– Já que o senhor, Dr. Grisa, não esteve presente à festa
do batizado de Maristela - declara Aluízio - estamos convidando,
quase intimando, o senhor e sua esposa, a sua Amada, como
sempre se refere a ela, a almoçar conosco, em ótimo restaurante.
– E eu vou sentar entre a mamãe e o Dr. Pedro! - exclama
Maristela, saltando da cadeira.
8.3 - Orientações Finais

Ao concluir os capítulos VI, VII e VIII, dedicados ao
Treino da Argumentação para a Reprogramação Mental pela
Compreensão, considero duas questões de importância basilar:
Primeira, o sucesso sempre garantido alicerça-se na
percepção da Verdade Específica, removidos os Fantasmas.
O que garante a percepção da Verdade Específica são as
Verdades Universais, embasadas nas Leis e Princípios
estabelecidos pelo Criador, e que regem o Funcionamento do
Universo, da Vida, do Ser Humano e da Mente Humana.
Nesse conjunto de Verdades, fazem-se presentes as Leis
Cósmicas e os Princípios Naturais de Sobrevivência.
Derivadas dessas Leis e Princípios Universais, surgem

leis e princípios funcionais e específicos permanentes, quando não
imutáveis. Exemplo é o Princípio Natural de Sobrevivência da
Espécie que origina orientações funcionais imutáveis, como a
Família ou outra estrutura de organização social, que respeita as
Leis Cósmicas da Harmonia, da Evolução e da Vibração.
Essa estrutura social é indispensável para que seja
garantida a Sobrevivência da Espécie Humana com Qualidade
mental, social, ecológica, emocional e orgânica.
Por isso afirmo:
– A Família não só é a "célula-mãe da sociedade", é
também a célula-mãe da saúde e do sucesso. Consequentemente,
também é célula-mãe da qualidade de vida dos seres humanos,
tanto orgânica, quanto moral e espiritual.
A segunda questão é estudar a teoria preconizada pelo
Sistema Grisa. O princípio primeiro é a constatação das Duas
Funções Básicas da Mente Humana: Consciente e Subconsciente.
Constatação essa realizada pela Ciência Cristã, que
posteriormente foi aprofundada e detalhada em outras tantas
descobertas, constatações e comprovações, constituindo-se no
Sistema Grisa.
Em consequência, também é fundamental informar que
um maior aproveitamento será obtido na análise e estudo dos três
capítulos, se o leitor, particularmente se for estudioso da temática,
proceder à leitura, análise e estudo das seguintes obras:
• Compreendendo a Homossexualidade, obra na qual
dediquei-me a apresentar diferentes casos terapêuticos, nos quais
destaco o processo de Reprogramação Mental, relativos à
Paranormalidade desorganizada e perturbadora, Depressão,
Ansiedade, Angústia e problemáticas de relacionamento. São
casos de homossexuais que vieram buscar Orientação
Parapsicológica, a fim de ampliarem a qualidade de vida.
• Interrogação Vital, livro de poemas elaborado na

década de 1960, período em que eu parava para escrever poemas,
a fim de amainar os momentos de angústia e depressão. Esse livro

foi organizado e publicado em 1967.
No quadragésimo ano de sua primeira edição, o livro é
reeditado, agora com o poeta sendo analisado pelo parapsicólogo.
Por isso, torna-se importante obra, para o estudo, análise e terapia,
tendo como temática central a Depressão.
Nessa publicação também se ilustra o processo de Hipnose
e Regressão espontâneas, fazendo-se presentes ótimos exemplos
de argumentos para obter-se a Reprogramação Mental pela
Compreensão.
• O Jogo e a Estrutura das Personalidades, do qual
se poderá selecionar inúmeros excertos, que – segundo a
Parapsicóloga Clínica ANA MARIA DE AZEVEDO
NOGUEIRA, formada pelo IPAPPI/RJ e atuando na cidade do
Rio de Janeiro/RJ – são argumentos já elaborados, prontos para
serem usados nos mais diversificados processos terapêuticos.
• Paranormalidade – Um Potencial Mental, obra que

apresenta inúmeros casos terapêuticos, relativos ao processo que
visa compreender e harmonizar a Paranormalidade, em suas
diferentes manifestações.
Nesse trabalho também são relatadas experiências de
Hipnose e Regressão.
• Também nos CDs de Relax e Treinamento Mental,
tanto de minha autoria, quanto de outros parapsicólogos clínicos
do Sistema Grisa, você poderá encontrar subsídios prontos, para
serem utilizados nos mais diversificados casos terapêuticos.
• Os DVDs, cópias dos programas televisivos Grisa

Te Vê – Um Olhar Pangrisiano, também apresentam subsídios
tanto para a análise parapsicológica, quanto para a montagem de
argumentação, facilitando a compreensão para a Reprogramação
Mental.
Em todas as atividades desenvolvidas por mim e pelos
demais integrantes do IPAPPI Sistema Grisa pelo Brasil afora,
bem como nas terapias de grupo e em reuniões de estudos, tudo o

que é realizado e produzido visa contribuir para a conquista de
uma qualidade de vida cada vez melhor, objetivando dar a melhor
contribuição possível para tornar a Espécie Humana mais feliz e
construir-se um Mundo melhor.
Posso ainda afirmar, em mensagem direta aos
Parapsicólogos Clínicos, desejosos de atualização e
aperfeiçoamento profissional, que a presente obra, se bem
analisada e estudada individualmente , e melhor ainda se em
grupo, oportuniza respostas e evolução profissional,
correspondente a vários cursos e seminários...
CAPÍTULO IX
AUTO-HIPNOSE E SISTEMA GRISA
9 - Preâmbulo
A Auto-hipnose é o Relax Psicossomático e a
Tranquilidade Mental que a pessoa conquista, mediante a
realização de diferentes exercícios, visando relaxar os músculos e
ritmar a respiração.
Pelo relax, ou seja, pela relaxação muscular e pelo ritmar
da respiração, obtém-se a tranquilidade mental.
Segundo o Controle Mental, de José Silva, pelo relax
atinge-se o Estado Alfa, condição adequada para imprimir na
Mente Humana, programar no Subconsciente das pessoas,
sugestões, ideias e imagens úteis, construtivas e benéficas.
9.1 – Auto-hipnose
Pela auto-hipnose, pode-se:
- Programar objetivos, que se deseja alcançar, ou
resultados, que se pretende obter.
- Contribuir para desenvolver e direcionar a
Paranormalidade, visando alcançar resultados práticos, em
diferentes campos da vida humana.
9.1.1 – O exercício da Auto-hipnose

No exercício e treinamento da Auto-hipnose, desenvolve-
se automaticamente a autodisciplina, e promove-se a fixação dos
hábitos de organização e planejamento...
A Auto-hipnose é um recurso maravilhoso para direcionar
o Poder da Mente, no desenvolvimento do autoaperfeiçoamento,
vencendo obstáculos e superando dificuldades e limitações.
Ela abre caminhos para identificar causas de reações e
comportamentos indesejáveis, e para reprogramar o Subconsciente
no que for necessário.
Poderá servir também para orientar as emoções agradáveis

para programar o Subconsciente, fortalecendo programações
construtivas, úteis e benéficas.
A Auto-hipnose pode, enfim, contribuir de forma
significativa para despertar talentos e potencialidades latentes em
cada ser humano.
9.1.2 – Auto-hipnose e os 4 As
Os autores Frank S. Caprio e Joseph R. Berger usam o
Método dos 4 As para a auto-hipnose, que se desenvolve em
quatro etapas:
* Autorrelaxamento
* Autossugestão
* Autoanálise
* Autoterapia
1º A - Autorrelaxamento
O autorrelaxamento pode ser conduzido de várias
maneiras. Pela prática, busque identificar aquela que melhor se
adapta a você.
Em meu livro Liberte Seu Poder Extra, especialmente a
partir do Capítulo V, intitulado Relax Psicossomático, você
encontra autênticos exercícios de Auto-hipnose, e diferentes
formas para treinar o Relax.
Nos CDs de Treinamento Mental de minha autoria,
apresentados no site da LIPAPPI, você pode encontrar inúmeros
desses exercícios.
Ao iniciar seu exercício de relax, defina o tempo que quer
ficar relaxando. Defina também a forma de sair do relax,
estabelecendo um código específico.
Exemplo: Programe, pensando, e/ou imagine que, ao
término do exercício, você retorna à realidade prática, ao pensar
ou pronunciar determinada palavra, como: "Desperto!", ou
sequência numérica como: "1, 2, 3".
E complemente: "E estarei desperto, tranquilo e livre, para

realizar o que eu preciso, desejo ou quero!"
Alguns aspectos, se observados, podem funcionar como
facilitadores do autorrelaxamento.
- Escolha um local tranquilo, com ou sem fundo musical, a
seu critério.
- Acomode-se da forma mais confortável possível:
sentado, inclinado, deitado...
- Afrouxe roupas, cintos, calçados. Solte-se...
- Acione a pineal, voltando os olhos para o alto.
- Respire profunda e suavemente algumas vezes, buscando
ritmar a respiração.
- Afirme convictamente: "É agradável relaxar!"
- Para relaxar, solte os músculos. Afrouxe cada músculo,
nervo, articulação...
- A ordem por onde começar a relaxar, se dos pés à cabeça,
ou vice-versa, fica a seu critério.
- Durante o autorrelaxamento, lembre a si mesmo que
relaxamento é um estado de relaxação muscular e tranquilidade
mental. Conquista-se mais facilmente esse estado soltando-se,
entregando-se.
- Pense sempre no benefício que o relax trás à saúde.
- Organize seu tempo, para praticá-lo com prazer, sem ser
interrompido.
- É treinamento, é aprendizado. A cada exercício, torna-se
mais fácil e mais rápido obter o estado de relaxação orgânica e os
resultados planejados.
- Elabore um código seu, uma palavra-chave, uma
expressão, uma frase de comando, para ser usado(a) segundo seu
interesse e necessidade, seja para ir aprofundando o estado de
relax, seja para encerrar o exercício.
É fundamental que a palavra, expressão chave ou código-
comando, seja sempre o mesmo para aprofundar o relaxamento. E
outro bem distinto, mas sempre o mesmo também, para encerrar o
exercício. Um bem distinto do outro.
Calma, tudo está em paz, Serenidade, Confiança plena,

são sugestões ótimas para aprofundar o relax.
Vigor e coragem! Fé e liberdade! Aberto está o caminho!
Viva! Vitória! Todos são ótimos comandos para concluir o
exercício e retomar as atividades.
2º A - Autossugestão
Na técnica de auto-hipnose, a sugestão é realizada pela
própria pessoa, por palavras, pensamentos, imagens, cenas...
Sugestionar-se que, durante todo o exercício, vai sentir-se
muito bem, calmo, seguro, tranquilo e confiante...
Melhor ainda irá sentir-se, depois de concluir este processo
de programação e reprogramação de seu Subconsciente.
É essencial que a pessoa aceite e valorize a sugestão
apresentada, que esteja livre para aperfeiçoar o que quer, e
reprogramar o que lhe incomoda, perturba ou limita sua evolução
benéfica e construtiva.
Ao apresentar essas sugestões, sempre o faça como
"formulações criativas construtivas". Portanto, sempre utilize o
verbo no Presente do Indicativo, uma vez que o Subconsciente
conhece tão somente o Presente. Para ele tudo e sempre "é".
Lembre-se: O Subconsciente desconhece passado e futuro.
As sugestões dadas são específicas, segundo o objetivo
almejado.
Por isso convêm elaborar, mentalmente e com
antecedência, sugestões de acordo com suas necessidades e
objetivos.
Exemplos:
"Tenho sempre Memória normal e perfeita. Lembro-me
sempre de tudo o que eu preciso, desejo ou quero lembrar-me,
segundo as necessidades de cada momento. Assim é e será, na
realização da prova ou teste que irei realizar (explicitar dia e hora,
se possível, no momento em que realiza o exercício de Auto-
hipnose)."
Para conquistar e manter seu peso normal e

adequadamente natural, saudável e perfeito, segundo sua estatura
e faixa etária, imagine-se com saúde e elegância, enquanto afirma:
"Desfruto sempre de peso normal, naturalmente perfeito e ideal
para minha idade e estatura. Vivencio equilíbrio pessoal e
naturalmente saudável. Vivo em harmonia integral, física,
emocional e mental."
Para conquistar e manter um trabalho significativo e
adequado às suas necessidades e objetivos, repetir: "Tenho
maravilhosa profissão, e realizo magníficas atividades produtivas
e benéficas, para mim e para os meus familiares, parceiros e
colaboradores!"
Para ter vida saudável, mentalize: "Desfruto de intensa
vida e vitalidade, saúde física e mental!"
O Sistema Grisa oferece uma infinidade de exemplos de
Formulações Criativas Construtivas e Benéficas, para sugestionar-
se de forma adequada, num continuo processo evolutivo pessoal,
familiar, profissional e social, que você pode encontrar em todas
as obras escritas, de áudio e vídeo, particularmente o livro de
bolso Companheiro Mental.
3º A - Autoanálise
Após relaxar o corpo e dar a sugestão de que, de agora em
diante, está pronto para resolver a situação específica que o aflige,
analise todos os aspectos da dificuldade a ser resolvida. Procure
associar acontecimentos e circunstâncias da sua vida que o
conduziram à dificuldade atual.
Analisar e compreender a si mesmo, iluminado pelo
holofote do Sistema Grisa, é dar-se conta de que você, de sua
concepção a este momento, sempre e somente fez o melhor que
sabia e que podia fazer! Se não fez melhor, é porque não sabia
fazê-lo, ou não podia realizá-lo.
E não podia fazer melhor por circunstâncias e fatores
externos, alheios à sua vontade, ou por condições internas!
Condições internas que são agora identificadas como

decorrentes de programações mentais, ou resultantes de
características de personalidade, reações automáticas do
Subconsciente, independentes de quaisquer intervenções do
Consciente, a Função Racional.
"Portanto, - afirma você, convictamente - em relação a
todas as trapalhadas que possa ter cometido, sou absolutamente
inocente! Sim, como Ser Humano, sou absolutamente inocente!"
- O conhecimento de si mesmo é a chave da autoconfiança
e do sucesso. E o Parapsicólogo do Sistema Grisa, durante o
segundo ano do Curso de Formação, realizou um amplo e
profundo processo de autoconhecimento.
- Todas as respostas que você procura estão dentro de
você. Particularmente de você, conhecedor do fantástico
instrumental de autoconhecimento, proporcionado pelo Sistema
Grisa.
- É seguro buscar estas respostas, dispondo dos
conhecimentos que estão à sua porta.
- É seguro crescer, e desenvolver-se, em harmonia,
contando com as maravilhosas parcerias que estão à sua
disposição.
4º A - Autoterapia
A Autoterapia consiste em realizar a Compreensão
Reprogramadora do fato perturbador, prejudicial ou traumatizante.
Isso pode ser alcançado ampliando o ponto de percepção em
relação à questão a ser resolvida, e constatar os passos já
realizados, no caminho da solução.
Ampliar o campo de percepção, para aumentar a
compreensão constatando que:
- Na ocasião, a reação (medo, angústia, raiva...), conforme
aquela situação, foi normal. E o mesmo poderia ter ocorrido com
outra pessoa, independente de idade, sexo e nível de
conhecimento alcançado.
- O susto maior foi fruto da imaginação, sua e dos outros.
- Em realidade, a proteção foi maior que os perigos, reais

ou imaginários. O perigo foi mais imaginário que real. Dessa
forma, você percebe tudo com mais clareza. E não há perigo
insuperável!
- Você possui o poder de sua imaginação, para transformar
um fato ruim em desafio a ser vencido, em seu processo evolutivo,
e sentir-se melhor e mais capaz. Um aparente problema é início de
solução e oportunidade de vitória e conquista, despertando
autoconfiança e competência na superação de novos obstáculos.
Para cada dificuldade, há sempre várias soluções. E você
possui a inteligência e a capacidade para escolher a melhor,
preparando-o para a construção de um futuro melhor e ser mais
feliz!
Lembre que você possui memória normal e perfeita, e é
capaz de buscar sempre o fato mais antigo relacionado à
dificuldade presente. Isso facilita o processo de análise para
efetivar a terapia.
Outra tática é colocar-se como espectador da cena, a fim
de percebê-la melhor, de forma mais ampla e sem envolver-se
emocionalmente.
Como observador, pode perceber palavras ridículas, gestos
engraçados e movimentos de pessoas, o que lhe permite notar
quanto de utópico se faz presente na cena. Tudo fica distante e até
engraçado.
- Toda atitude corporal e mental desencadeia uma reação e
um resultado prático...
- A atitude inadequada e atrapalhada foi fruto das reações
mecânicas e automáticas do Subconsciente. Você não participou
livremente. Portanto, não foi bobo nem responsável, menos ainda
culpado por isso tudo.
- Erros e sofrimentos do passado servem como
investimentos de aprendizagem, para o sucesso e a felicidade no
presente e no futuro.
Cabe olhar para o passado; a fim de perceber as
dificuldades e desafios vencidos e os sucessos alcançados;
todavia, também para aprender lições fundamentais, com as falhas

ocorridas.
A Auto-hipnose é arma poderosa para eliminar fantasmas.
Fantasma é tudo o que parece ser real e verdadeiro; porém, não
existe. Você pode perceber a verdade que se ocultava atrás do
fantasma, assustador ou sedutor. Sempre falso e enganoso.
Um bom exercício é buscar sempre transformar imagens
negativas em imagens e cenas positivas, agradáveis e benéficas.
Cabe lembrar: apenas reviver o fato não resolve o
problema, nem supera a dificuldade.
É importante respeitar as etapas do processo que conduz a
superar as causas e a desfazer os sintomas: lembrar, analisar,
comparar, compreender e libertar-se dos efeitos perturbadores e
prejudiciais...
Imagine sempre o resultado já alcançado. É a melhor
forma de respeitar o princípio: O Subconsciente só atua no
Presente. Ele desconhece passado e futuro. Javé, Deus é. A
Criação, dentro do Todo Cósmico, desconhece os limites de
tempo. "Tudo É!"
Outra forma técnica, que também pode ser considerada de
Auto-hipnose, excelente para proceder a uma autoterapia, é a da
análise e compreensão dos sonhos, como explico no capítulo IX –
O Domínio dos Sonhos, do livro Liberte seu Poder Extra.
Outro recurso, para servir-se dos sonhos como processo
terapêutica, é a utilização do CD nº 13 O Poder dos Sonhos.
9.2 – Técnicas Complementares
Seguem-se Formulações Criativas Construtivas, as quais
se tornam autênticas Técnicas Complementares da Auto-Hipnose,
que podem ser inseridas em qualquer uma das técnicas, realizadas
as devidas adaptações.
Cabe recordar sempre que, qualquer dessas Formulações
Criativas Construtivas, integradas às leis da Repetição, da
Imaginação e da Emoção, podem ser cultivadas em exercícios de
auto-hipnose.
A formulação a seguir, por exemplo, pode fazer-se

presente sempre que a pessoa, em processo de auto-hipnose, quer
facilitar e fortalecer o resultado a ser alcançado.
9.2.1 – Autovalorização e Autoconfiança

Sou inteligente e sou capaz, tenho coragem e
tranquilidade e sempre me sinto maravilhosamente bem
diante de todas as situações. Especialmente agora, ao
preparar- me para realizar testes e provas do concurso...
Outra possibilidade: Especialmente agora, no processo
de superação de inseguranças e da fobia de falar em público...
Segundo o objetivo pretendido pela pessoa, ao realizar o
exercício de auto-hipnose, complementa a Formulação Criativa
Construtiva, como nos exemplos acima, sempre iniciados pela
palavra especialmente.
Também a pessoa em estado de auto-hipnose, enquanto
repete a Formulação Criativa Construtiva acima, imagina-se
vivendo o objetivo proposto com alegria e emoção.
9.2.2- Qualificar o Processo de Aprendizagem

Sou inteligente e sou capaz, aprendo facilmente tudo o
que preciso, desejo ou quero aprender, para o meu bem e o
bem de todos.
Essa Formulação Criativa Construtiva pode ser repetida
sempre que alguém queira melhorar seu desempenho no processo
ensino-aprendizagem, ou posicionar-se de forma mais adequada
diante de qualquer obstáculo.
Também pode ser utilizada, durante o exercício de auto-
hipnose, a fim de fortalecer a autoconfiança no processo de
habilitação e qualificação profissional. Também em todas as
atividades, nas quais a inteligência precisa ser utilizada com
desempenho competente.
A conclusão da formulação pelas expressões “para o meu
bem e o bem de todos”, visa respeitar dois princípios mentais:
▪▪ “para o meu bem”- Todos os seres vivos e todos os

seres humanos são egocêntricos. Portanto, como pessoa, você
também é naturalmente egocêntrico. Você é o ser vivo mais
importante do Planeta para você. Por conseguinte, você tem o
direito e a obrigação de valorizar-se, em respeito ao Criador, por
ser a magnífica obra dele que você é. Esse princípio fortalece
todos os discursos relativos à autoestima, autoconfiança,
autovalorização...
▪▪ “para o bem de todos” - Todos os seres do Universo
integram um só Todo. É a visão Holística e Cósmica, como obra
plena do Criador. Por isso, sempre que você visa alcançar um
benefício seu, é indispensável que perceba estar relacionado com
o bem comum da sociedade que você integra, com a harmonia
evolutiva de todo Cosmo, e também com todos os seres que o
integram, seres vivos, seres humanos e seres espirituais.
9.2.3 - Qualificar o Desempenho da Memória

Tenho memória normal e perfeita, lembro-me sempre
de tudo o que preciso, desejo ou quero lembrar-me, segundo
as necessidades de cada momento.
Todas as Formulações Criativas Construtivas, apresentadas
no presente capítulo, foram cuidadosamente elaboradas,
respeitando-se as leis que regem o Universo, a Vida, o Ser
Humano e a Mente Humana.
Observe atentamente os detalhes, os termos e expressões
utilizados:
▪▪ “ou” - essa é a conjunção a ser utilizada. Pois, se fosse
utilizada a conjunção “e”, o Subconsciente, automático e sempre
obediente, segundo as ordens que lhe damos, para entrar em ação,
necessitaria somar: “precisar” + “desejar” + “querer”. Isso
seria uma tarefa ingente.
Contudo, ao utilizar-se a conjunção alternativa “ou”, basta
a pessoa precisar ou desejar ou querer – uma das alternativas
apenas - bastando um dos verbos que representam uma das
alternativas para suscitar a lembrança, para o Subconsciente entrar

em ação, buscando resultado pretendido: lembrar-se.
Essa Formulação Criativa Construtiva visa qualificar seu
desempenho no uso da faculdade mental denominada Memória. A
repetição constante dessa Formulação Criativa Construtiva irá
contribuir de forma significativa para você afastar e,
gradativamente, eliminar os fantasmas que os milênios da história
da espécie humana foram inserindo no subconsciente das pessoas,
em relação a memória.
Exemplos de tais fantasmas:
- “Meu filho é muito burro, não se lembra de nada! É pior
que uma toupeira!” E todas as expressões semelhantes.
- “Sempre esqueço a chave (o chapéu, o guarda-chuva, o
caderno...)”.
Convém observar que o subconsciente registra tudo ao pé
da letra, especialmente tudo que lhe é apresentado como verdade,
estabelece a crença e desencadeia os resultados correspondentes.
Por isso, o ideal é sempre usar o verbo lembrar, evitando
o verbo esquecer. Exemplo: “Não me lembrei de trazer o guarda-
chuva”, é melhor que “Esqueci o guarda-chuva”. Pois de tanto
repetir o verbo esquecer, o Subconsciente o aceita como normal e
a pessoa acaba esquecendo facilmente do mais urgente.
Por outro lado, também convém lembrar que, como o
Subconsciente ignora a palavra “não”, ao se afirmar “não me
lembrei” o que o Subconsciente registra é tão somente “me
lembrei”, o que leva a qualificar o desempenho da memória.
9.2.4 - Otimização dos Sistemas Orgânico, Emocional e

Factual
Comigo tudo dá sempre certo, até mesmo quando
parecia que tudo estava dando errado.
Como as demais Formulações, esse “pensamento positivo”
precisa ser repetido inúmeras vezes. Alguns autores falam em 21-
vinte e uma vezes, outros falam em 50-cinquenta e até 100-cem
vezes. Isto para o Subconsciente poder assimilar a Formulação

Criativa Construtiva e produzir o resultado correspondente.
A mesma Formulação pode ser aperfeiçoada nos seguintes
termos: Comigo tudo dá sempre certo, mesmo quando parecia
que poderia não ser bem assim.
Os finais dessas duas versões da mesma Formulação
Criativa apresentam conotações negativas: “até mesmo quando
parecia que tudo estava dando errado” e “mesmo quando
parecia que poderia não ser bem assim”.
Contudo, essas expressões finais, especialmente para as
pessoas muito negativistas, são importantes e praticamente
necessárias, a fim de que possam acreditar na primeira parte da
Formulação: Comigo tudo dá sempre certo.
Outra versão, mais aperfeiçoada, dessa Formulação
Criativa, pode ser: Comigo tudo, tudo mesmo, dá sempre certo,
muitas vezes além do esperado!
Esta Formulação deve ser repetida inúmeras vezes, seja
mentalmente, em voz baixa, em voz audível ou, melhor ainda, em
voz forte e entusiasmada. Com o passar do tempo, a presença dela
torna-se tão natural e automática no Subconsciente da pessoa que
ela sempre estará vendo todas as suas atividades facilitadas, e os
objetivos mais facilmente conquistados.
9.2.5- Conquiste a Calma e a Autoconfiança

Calma, que com calma tudo se resolve e tudo se
consegue!
Essa Formulação Criativa, à medida que é assimilada pelo
Subconsciente, seja por repetição, seja por exercícios de auto-
hipnose, torna-se automática.
Tão automática que, quando você, como pessoa que a
cultiva, está nervoso, ansioso ou estressado, automaticamente
surge em sua mente a palavra e a atitude de calma. E,
consequentemente, o Subconsciente está pronto, adequadamente
preparado, para que o melhor processo seja desencadeado na
obtenção, não só do resultado desejado, mas também do resultado

ideal percebido pelo Subconsciente.
9.2.6 - Qualificação do Sistema Orgânico

Sou forte e resistente, todo o meu organismo reage e
funciona perfeitamente bem, e me sinto cada vez melhor,
melhorando, melhorando e melhorando, até me sentir sempre
maravilhosamente bem!
À medida que o Subconsciente assimila tais informações,
automaticamente, qualifica tanto o desempenho dos órgãos
internos, quanto o desempenho de cabeça, membros e de todo o
corpo, tanto em suas atividades naturais e inatas, quanto em suas
atividades treinadas e habilidades conquistadas.
Assim também você pode programar, como tantos outros
objetivos:
Meus Cabelos nascem e crescem fortes e saudáveis e
cumprem seu ciclo natural porque esta é a lei de Deus e direito
meu.
E eu me sinto cada vez melhor e mais feliz!
Outra versão: Sou forte e resistente, todo o meu
organismo reage e funciona perfeitamente bem, e sempre me
sinto maravilhosamente bem.
Sim, pois sempre vivo e sempre vivemos cheios de
saúde, vida, vitalidade e vigor!
Sempre vivo e vivemos descansados, descansados e
descansados, em qualquer dia da semana ou do mês, e em
qualquer hora ou minuto do dia.
Sempre livres, tranquilos e felizes!
Sempre bem, bem, muito bem, Amém! Eu e todos nós
também!
Sempre cabe lembrar a verdade já proclamada: Nosso
Subconsciente jamais nos conduz além da nossa imaginação.
Portanto, quanto mais ampla e maravilhosa for a proposta criada
por nossa imaginação e apresentada ao Subconsciente, mais fácil
será atingirmos os grandes resultados, para construirmos uma vida

melhor, e sermos mais felizes
9.2.7 - Aprofunde e Difunda Harmonia em Você...

Tudo, tudo mesmo, está sempre em plena harmonia,
em minha e em nossas vidas!
Estar em sintonia e sincronia com a Lei Cósmica da
Harmonia é o mesmo que estar mergulhado em Deus, que se
manifesta em sua obra maior, o Universo, e nos detalhes das
menores criaturas, a pétala de uma flor, a asa de um inseto...
Santos da igreja católica e outros tantos seres humanos de
elevada espiritualidade, muitas vezes proclamaram: “Respiro
Deus em todos os momentos.”
E, por acaso, nós também não respiramos Deus, o criador
do Universo, presente no ar que respiramos, e em todas as
realidades nas quais estamos mergulhados?
9.2.8 - Desmontar Fantasmas para Despertar as

Potencialidades Humanas
Não há problema, há começo de solução. Existem
dificuldades e obstáculos, desafios estimulando o nosso
processo evolutivo.
Convém observar que os seres humanos, especialmente os
povos oriundos da Civilização da Carência, durante muitos
séculos e milênios, têm vivido uma mentalidade, na qual se
enfatiza a dificuldade, o sofrimento, os problemas, a árdua luta e o
trabalho ingente.
Sem saber como funciona o Subconsciente, muitas
gerações foram conduzidas a uma qualidade de vida muito inferior
à desejada e almejada pela proposta do próprio Criador.
Observe que os próprios livros didáticos, propostos para se
estudar Matemática, repetem continuamente “resolver
problemas”. Considero que é muito mais real, verdadeiro e
interessante propor: solucionar questões de matemática.
Também conhecemos o famoso Campeonato do

Sofrimento, da luta e das dificuldades sofridas e, por vezes,
superadas. As antessalas de consultórios médicos, odontológicos e
outros, inúmeras vezes são transformadas em autênticos shows de
doenças, cirurgias, sofrimento, quando não em desfile de uma
procissão de defuntos.
Proponho que você perceba que, se está aqui, tão vivo ou
viva que pode tecer tais comentários, também pode perceber que,
se houve dificuldades, sempre houve conquistas realizadas e
vitórias alcançadas, sempre superiores às dificuldades vividas.
Proclame suas vitórias e cante hinos de Glória!...
9.2.9 - No alcançar das Soluções para Qualificar a Vida

Para cada dificuldade, há sempre inúmeras e
surpreendentes soluções! Sempre percebo claramente qual a
melhor saída ou solução, diante de todas circunstância e em
todos os momentos.
Essa Formulação Criativa Construtiva é uma versão
apresentada para se cultivar o pensamento, a imaginação, os
sentimentos e as atitudes construtivas e benéficas.
9.2.10 - Sintonia e Sincronia com e a Energia Cósmica

Estamos em sintonia e sincronia permanentes com as
Leis Cósmicas da Harmonia, da Evolução e da Vibração e com
os Princípios Naturais de Sobrevivência do Indivíduo, do Ser
Único, da Espécie e da Biodiversidade, Leis e Princípios estes
estabelecidos pelo Criador. Eles regem toda nossa vida: nossa
mente e nosso corpo, nossas atividades e nossas famílias, nosso
trabalho e nossa profissão, nosso descanso e lazer, nossos
pensamentos e sentimentos, nossos sonhos e ideais, nosso país
e nosso planeta, bem como todas as nossas iniciativas.
Maravilhas estão sempre acontecendo em nossas vidas!
Essa Formulação Criativa Construtiva pode parecer
exagerada para as mentes medíocres. Porém, cabe recordar o
princípio: Jamais o ser humano irá além de sua própria

imaginação.
Por isso, pensar ou imaginar grande é próprio das mentes
mais qualificadas e em sintonia com o próprio Criador do
Universo. Muitas vezes, os grandes pensadores, inventores e
cientistas foram classificados como visionários e lunáticos.
Porém, cabe lembrar que somente os lunáticos conhecem a Lua,
que ilumina os caminhos do porvir.
9.2.11 - Programar Abundância e Liquidez Financeira

Sempre tenho em abundância todo dinheiro necessário
para realizar e adquirir tudo o que eu preciso, desejo ou
quero, para o meu bem-estar, saúde e felicidade, e em
benefício de inúmeras pessoas.
Tenho por habito, afirmar que, há muito tempo, rasguei
dois diplomas, o de pobre e o de sofredor.
Possuir dinheiro suficiente para estarem tranquilos diante
das necessidades cotidianas e para viabilizarem o planejamento de
conquistas futuras, sempre fez e fará muito bem a todas as
pessoas.
Já é hora de nos libertarmos de algumas informações
atrapalhadas, que se manifestam como autênticos fantasmas,
cultivadas em nossas mentes por influencia dos donos do Poder
Econômico e Político de todos os tempos.
9.2.12 - Desenvolver Ótima Atividade Profissional

Tenho um maravilhoso trabalho, sigo um brilhante
caminho, presto admirável serviço e recebo magníficas
recompensas.
Esse pensamento, embora em redação mais simples, foi
extraído do livro Alegria e Triunfo, de Lourenço Prado.
Segundo o autor, cultivar continuamente esse pensamento,
conduz automaticamente as pessoas a conquistarem as melhores
atividades profissionais, inclusive abrindo os horizontes para além
mar. Muitas pessoas que cultivaram tal pensamento teriam, depois
de dez anos, realizado viagens para o exterior, em atividades

profissionais e turísticas.
Quando alguma pessoa me pergunta: “Como pode
trabalhar tanto?”, costumo retrucar:
__ Há muito tempo que deixei o trabalho para os bobos e
ansiosos. Atualmente brinco, realizando diferentes de atividades.
Observe que, segundo as crenças vigentes, trabalhar cansa,
estressa e rende pouco. Mais ainda, trabalhar é sinônimo de
sofrimento, luta e outras ações inglórias.
É tempo de nos darmos conta de que desenvolver
atividades produtivas e benéficas, simplesmente nos coloca em
sintonia com o ritmo da harmonia e vibração evolutiva do
Universo, obra do Criador.
9.2.13 - Nova Edição da Formulação Criativa Anterior

Temos maravilhosas atividades pessoais, profissionais e
sociais. Seguimos um brilhantíssimo caminho, marcado por
sucessos e realizações. Oferecemos admiráveis contribuições
construtivas e admirabilíssima orientação de vida. E
recebemos estupendas e esplêndidas recompensas em saúde,
prosperidade, amor e felicidade!
Em exercício de auto-hipnose, imaginar-se em sintonia e
sincronia com o ritmo evolutivo do universo, faz com que todas as
nossas atividades sejam mais leves e vivificantes.
Para estar em auto-hipnose, não é preciso estar relaxado,
repousando o corpo sobre uma poltrona macia, nem em lugar e
ambiente idealizados.
Para estar em auto-hipnose, basta estar em paz interior,
contente com a vida e disposto a desfrutar dos inumeráveis e
imensuráveis benefícios que estão à nossa disposição, autênticas
ofertas do Criador.
9.2.14 - Aperfeiçoar Programações do Subconsciente

Técnica para reprogramar o Subconsciente durante o
sono, exercício de Relax ou de auto-hipnose: Durante o sono
desta noite (ou durante o exercício que se segue), descubro a
causa dessa insegurança (especificá-la) que me perturbava e
encontro a solução definitiva para eliminá-la.
Eis uma excelente proposta para aperfeiçoar os registros e
programações mentais, presentes em seu Subconsciente: Pense,
imagine e reflita várias vezes, e durante um tempo significativo,
sobre a insegurança que vivenciava, até o momento de repousar e
dormir, ou de iniciar o exercício de relax ou auto-hipnose. Busque
entender as causas e propor a substituição dos comportamentos e
atitudes inadequados anteriores, por comportamentos e atitudes
adequadas a partir de agora.
Realizado esse exercício à noite, antes de dormir, pode
ocorrer que seja despertado, durante o sono, por algum
pensamento, sentimento ou cena, tanto já vividos em sua vida,
quanto com resultados puramente imaginários ou oníricos.
Sempre é importante observar o recado apresentado pelo
Subconsciente nesse momento, pois você definiu que seriam
encontradas as causas e apresentada a solução definitiva do que
desejava.
Preste, pois, atenção cuidadosa, e deixe fluir a sua
atividade mental, com tranquilidade e naturalidade. Se a solução
não vem, após o primeiro exercício, pode surgir dias, ou até
semanas, depois.
9.2.15 - Ordem Expressa para Reprogramar o

Subconsciente
As ordens expressas mais poderosas são as proclamadas
em fortes estados emocionais, que ativam intensamente a
imaginação criadora. Como, por exemplo, xingar positivamente.
Importante exemplo que aprendi, em Cruz Alta/RS, ao
ministrar um curso e abordar esse tema.
Um jovem de 18-dezoito anos perguntou:
__ Professor, aqui, em Cruz Alta, tem um fazendeiro que

todo mundo acha engraçado e que é chamado de louco, porque
sempre diz: “Toda pedra em que tropeço, salta uma bola de ouro!”
Então, ele está certo?
__ Mais que certo. Ele está promovendo abundância em
seu futuro.
9.2.16 - Desmontar o Fantasma da Angústia e outros

Distúrbios Emocionais
A formulação a seguir é Ordem Expressa para reprogramar
o Subconsciente, visando libertar-se de Angústia, e outros
distúrbios emocionais.
Desapareçam definitivamente e em harmonia, as
causas, os sintomas e as consequências desta angustia que me
perturbava até aqui! Conquisto a plena harmonia e vivo
tranquilo e confiante!
9.2.17 - Exemplo de Formulação para Qualificar a

Vivência Sexual...
Vivencio minha sexualidade em paz e harmonia, com
naturalidade e alegria. Sou livre, sou capaz e sou feliz.
Essa formulação criativa pode ser cultivada por ocasião de
exercício de Auto-hipnose, ou antes de adormecer, para
programar, pela lei da repetição, o Subconsciente como Terreno
Mental,.
9.2.18 - Qualificar o Relacionamento Humano e Afetivo-

Sexual.
Sou livre e natural, em meus relacionamentos afetivos,
sexuais, conjugais e familiares, e sempre estou em harmonia
com meus amigos e companheiros de profissão!
Treinar essa formulação criativa seguindo orientações
anteriores.
9.2.19 - Liberte-se de Programações de Culpa

Inúmeras pessoas são vítimas das programações de culpa,
oriundas da época da concepção, do período de gestação e do
processo de nascimento.
A formulação a seguir – sempre afirmo – é uma autentica
absolvição geral, em relação a tais programações de culpa.
Observe que as afirmações proclamadas não são consolos
e, sim, verdades. Preste atenção e reflita sobre elas.
E como se dizia, “aos poucos as fichas caem” e as
programações de culpa desaparecem.
Em relação à hora de minha concepção, ao período,
circunstancias e situações de minha gestação, à forma e ao
processo de meu nascimento, e também em relação ao sexo
com o qual nasci, sou absolutamente inocente! Sim, pois, não
fui eu quem escolheu tais condições e situações. Portanto,
repito que, em relação a esses fatos, sou absolutamente
inocente! Por isso, desfruto agora da alegria de viver com
saúde, bem-estar, harmonia e felicidade! Sou livre, sou capaz e
sou feliz. Venço Sempre!
9.2.20 - Programe Ampla e Significativa Qualidade de

Vida
Quanto mais você repetir, meditar e programar, pela Auto-
Hipnose, as afirmações a seguir, mais e melhor qualifica a sua
vida, especialmente na comunicação e no relacionamento com
outras pessoas.
Eu me amo e me quero bem, eu gosto de mim e sou
feliz!
As pessoas me amam e me querem bem. As pessoas
gostam de mim e nós somos felizes.
Eu também amo e quero bem as pessoas. Eu gosto das
pessoas e nós somos felizes!
Eu me compreendo e me compreendo cada vez mais.
Eu compreendo as pessoas e as pessoas me
compreendem. Nós nos compreendemos e somos felizes.
9.2.21 - Programe Segurança e Qualidade Financeira

Inúmeras pessoas vivem lamentando a falta de dinheiro ou
afirmando que o dinheiro não para em suas mãos.
Convém observar que temos que aprender a respeitar o
dinheiro como bom amigo e não como sócio do diabo e nosso
inimigo.
Há pessoas que amassam as cédulas e enfiam no bolso ou
na bolsa de qualquer jeito. E querem, assim mesmo, que o
dinheiro permaneça com elas e seja amigo delas.
Costumo orientar: “Dobre as notas com cuidado e carinho,
de preferencia com a cara para fora, para chamar seus
semelhantes, e coloque-as em seu bolso, carteira ou bolsa com
respeito e amor. E elas serão suas amigas.”
Fazendo isso e cultivando a formulação a seguir, você está
abrindo caminho para a tranquilidade financeira, prosperidade e
abundancia em sua vida.
Afirmo conscientemente, com toda convicção e emoção,
que o dinheiro está sempre circulando abundantemente em
minha vida e há sempre excedentes divinos a minha
disposição. A riqueza está sempre presente em minha vida
também para ajudar outras pessoas a evoluírem e qualificar o
nosso meio social.
9.2.22 - Desperte a Consciência de Herdeiro do

Universo
Afirmo conscientemente, com toda a convicção e
intensa emoção, que a prosperidade e a riqueza estão sempre
presentes em minha e em nossas vidas,
em jardins, pomares e searas de abundância,
em carretas e aviões, trens e navios de fartura,
em bens móveis e imóveis, urbanos e rurais,
em rios, cascatas e avalanches de dinheiro.
E elas, a Prosperidade e a Riqueza, se transformam,
para mim e para nós,
Filho de Deus e Herdeiros do Universo, em alegria e

bem-estar,
saúde e prosperidade, amor e paz, sabedoria e
felicidade,
irradiando benefícios para inúmeras pessoas,
em todos os recantos da Cidade, do Estado, do País e
do Planeta.
Sim, pois sempre e todos estamos em sintonia e
sincronia com as Leis Cósmicas e os Princípios Naturais de
Sobrevivência!...
9.3 - Como Sair do Estado Hipnótico

Depois que você analisou e compreendeu o fato ou a
situação, bem como acabou de dar a si mesmo as sugestões
necessárias e imaginou o resultado adequado, pode acrescentar
sugestões como:
De agora em diante, eu sempre me sinto calmo, seguro,
tranquilo e confiante!
Percebo, diante das circunstâncias da vida, qual a melhor
palavra a dizer, qual a melhor atitude a assumir, qual a melhor
solução a encontrar, qual a melhor providência a tomar!
Para concluir o exercício, pode usar contagem ascendente
de um a três ou de um a cinco, sugestionando-se: Quando contar
três ou cinco, vou abrir os olhos e sentir-me muito bem, muito
tranquilo...
Outros códigos para encerrar o exercício: fazer algumas
respirações profundas, estabelecendo que, ao término delas, o
exercício está concluído e a vida prossegue, sentindo-se mais
livre, confiante e capaz...
Sai do estado de auto-hipnose naturalmente, sentindo-se
muito bem. Uma sensação de paz e harmonia envolve todo o seu
ser.
Sinta, pois, seu corpo no local onde iniciou o exercício.
Abra os olhos e sorria para a vida, pois ela é a grande
oportunidade de crescimento e desenvolvimento para você.
CAPÍTULO X
REGRESSÃO E VIDAS PASSADAS
10 - Reencarnação-Regressão e Vidas Passadas

Para que a Reencarnação possa ser reconhecida como
realidade objetiva e não tão somente como realidade subjetiva,
alicerçada em crença religiosa, filosófica, mística ou científica,
deveria estar cientificamente comprovada.
E não apenas comprovada por reencarnacionistas - adeptos
de doutrinas que têm na reencarnação um de seus princípios
doutrinários - ou por reencarnacionistas de aceitação passiva e
pacífica. Porém, que fosse a Reencarnação comprovada por
cientistas absolutamente independentes e imparciais.
Mergulhando no passado remoto, pude observar que sábios
observadores da natureza constataram, inicialmente, que os seres
vivos, concluído seu tempo de vida, haviam cumprido a missão de
sua existência, como cocriadores do Universo.
Exemplo: o pé de feijão, tendo produzido muitas flores,
vagens e sementes, podia morrer em paz, pois havia cumprido sua
missão proposta pelo Criador do Universo. Havia dado sua
contribuição, como cocriador, produzindo sementes suficientes
para dar continuidade à Sobrevivência de sua Espécie.
Da mesma forma, acontecia com as demais plantas e
árvores maiores.
Exemplos mais conhecidos: a laranjeira, o pessegueiro, a
araucária...
O mesmo ocorria com os animais, fêmeas e machos, ao
darem sua contribuição, como cocriadores do Universo, dando a
luz e criando seus filhotes...
Contudo, com os seres humanos, algo diferenciado ocorria.
Recordo agora de episódio ocorrido em minha infância.
Ao sairmos da capela de nossa comunidade rural, após
cerimônia de casamento, ouvia os pais do noivo comentarem:
– Casamos nosso último filho! Cumprimos nossa missão.

Agora, podemos morrer em paz!
Contudo, nem todas as pessoas morrem em paz e tendo
cumprido sua missão de vida. Há pessoas que morrem sem estar
em paz diante do Criador, por não terem cumprido sua missão
como os demais seres vivos.
Ou, como observam Sábios de Remotos Tempos, “Por não
terem atingido sua evolução espiritual, para se reintegrarem à Luz
Divina, à Grande Chama da Divindade Maior, essas pessoas não
poderiam ingressar na Mansão dos Mortos, onde reina a paz e a
felicidade, junto ao Panteon”.
Panteon regido pela Divindade Maior, em inúmeros casos
representada pelo Deus Sol. Assim é Brahma, a Grande Chama,
reconhecido pelos habitantes da Índia, desde os mais remotos
tempos.
E prossegue o raciocínio dos Sábios:
– O corpo humano morre e volta ao pó da Terra, donde
veio. Porém, os seres humanos possuem algo mais, em sua
interioridade.
Esse “algo mais” passa a ser reconhecido, no decurso dos
tempos, como presença espiritual. Essa “presença espiritual” é
reconhecida posteriormente como espíritos, multiplicados
segundo o número de seres humanos.
Os espíritos que não cumpriram sua missão em vida, o que
lhes aconteceria? Com certeza, não poderiam ficar vagando pelo
Mundo das Trevas, indefinidamente.
Segundo os povos dos Remotos Tempos, a Terra, o único
lugar conhecido de fato, é constituída por um grande espaço
plaino, sob o qual estaria situado o Mundo das Trevas. Na parte
superior, considerada a região da luz, transitam o Sol, a Lua, as
estrelas e outras divindades.
Passa-se a cogitar que os espíritos, cuja missão ainda não
fora plenamente cumprida, precisariam retornar a essa Terra, a fim
de darem continuidade à sua evolução, afastando-se das trevas e
do nada, para só então se integrarem à Luz da Grande Chama.
Poderiam, dessa maneira, ingressar definitivamente na Mansão

dos Mortos, onde reina a paz e a felicidade permanentes.
Mansão dos Mortos que, segundo cada doutrina religiosa
ou filosófica, estaria situada além de um portal, cuja localização
não é claramente definida.
No antigo Egito, surge a expressão Mansão dos Mortos
cujo portal seria transposto apenas pelos espíritos (o Ká), que
teriam cumprido sua missão na terra. Nesse portal, o deus Osíris
permitiria a entrada somente das pessoas que tivessem cumprido
a missão de dar água aos sedentos, alimento aos famintos, vestir
os nus...
É nesse contexto, pois, que surgem as ideias
reencarnacionistas, ou seja, a nova oportunidade para que os
espíritos cumpram sua missão plena.
À medida que surgem os códigos morais e de
comportamento ético, surgem também os conceitos do Bem e do
Mal, de Culpa... e, posteriormente, os conceitos de Perdão e
Salvação humana ou eterna...
E como as pessoas sempre precisam de mais detalhadas
explicações, pois os seres humanos, vítimas do Medo diante do
Desconhecido, fazem-se mais e mais perguntas e
questionamentos, também surgem sábios e profetas que se
propõem a dar suas explicações.
É dessa forma que - organizando perguntas e respostas –
vão se estruturando Doutrinas Religiosas, Místicas e Filosóficas,
integrando os conhecimentos de diferentes fontes, obtidos nas
mais diversas Épocas da História da Espécie Humana sobre o
Planeta.
10.1 - Diferentes Pontos de Vista

São inúmeros os pontos de vista sobre Reencarnação e
Vidas Passadas. Todavia, não vou abordar temas polêmicos nesta
obra.
São apenas reflexões que convidam você a pensar e

analisar o tema, sempre respeitando suas convicções religiosas,
filosóficas e outras, de ordem mais pessoal.
Nesse capítulo, poderia interessar uma abordagem
referente à Terapia de Vidas Passadas – TVP. Porém, seria tema
muito longo. Prefiro deixar essa temática de terapia de vidas
passadas para os especialistas no assunto.
Prefiro fazer referencia ao tema: Nova Visão do Criador do
Universo, o Deus Único de todas as religiões e respectivas igrejas.
O Criador do Universo nada tem a ver com a culpa. Sim,
pois a culpa mental ou espiritual não existe. Como já afirmamos
em diferentes textos e contextos, tanto nesta obra como em outras,
quando o ser humano age ou reage de forma atrapalhada ou
considerada culposa, sempre o faz levado pelo automatismo
mecânico do Subconsciente, a função irracional da mente humana,
e não pelo consciente, a forma racional. Portanto, não se pode
atribuir nem responsabilidade nem culpa ao ser humano, enquanto
pessoa livre.
Por conseguinte, retira-se do Criador as pechas de
justiceiro, vingativo, assim como as de estúpido e sádico, que
muitas vezes lhe atribuem.
A dualidade do Bem e do Mal surge, ao longo da História,
para justificar o domínio do poder Sociopolítico e Econômico de
uma elite autoeleita, que se diz a mediadora entre o Bem e o Mal,
estabelecendo regras e conceitos sacralizados que lhe garantam o
status quo.
As ideias de Inferno, Purgatório, Reencarnação, Vidas
Passadas e outros tantos conceitos e preconceitos, se não
estiverem relacionados a Deus e à culpa, perdem qualquer
fundamento que lhes permita existir.
Essa temática é mais detalhada no próximo capítulo.
10.2 - Experiências Pessoais.

A Reencarnação, para ser levada a sério e reconhecida

como realidade objetiva, precisa ser provada e comprovada por
cientistas absolutamente independentes e imparciais.
Por enquanto, ela é, tão somente, uma realidade subjetiva
para reencarnacionistas adeptos de doutrinas que tem na
reencarnação um de seus princípios doutrinários, talvez o
principal, ou para reencarnacionistas de aceitação passiva e
pacífica, alicerçados em Crença Religiosa, Filosófica, Mística ou
Pseudocientífica.
Já houve um tempo em que estive praticamente convicto
da realidade objetiva da reencarnação. Todavia, hoje, não percebo
um rol suficiente de argumentos e provas a favor da
Reencarnação, suficientes para que possa ser reconhecida como
verdade científica inconteste.
Como pesquisador independente, sempre à busca de novos
conhecimentos, posso afirmar que não tenho certeza de vidas
passadas, integrando a existência da mesma pessoa ou espírito.
Também não percebo sua importância fundamental para o
desenvolvimento de todo o processo terapêutico.
Durante cerca de 25-vinte e cinco anos, dediquei-me
intensamente ao estudo e à análise da possível existência da
reencarnação. Por essa razão, posso afirmar que muitos
argumentos, que já foram considerados, inclusive por mim, como
provas indiscutíveis da reencarnação, tanto em decorrência de
eventos relacionados à mediunidade quanto em lembranças
obtidas por transe hipnótico induzido, nada mais são do que
experiências subjetivas.
Em estudos mais recentes, constatei e comprovei que essas
ocorrências são resultados de experiências pessoais. Constatei que
há outros caminhos e maneiras pelos quais essas informações são
registradas na memória cerebral ou no Subconsciente da pessoa,
sem obrigatoriamente serem memórias de vidas anteriores:
• Memória de um Evento Onírico: Subjetivamente, um
evento onírico equivale à memória de um fato real, e possui todas
as características de um acontecimento ocorrido em vida da

pessoa.
• Experiências de Bilocação de Consciência: Os eventos
de bilocação de consciência, também denominados de viagem
astral ou de projeciologia, igualmente são vividos pela pessoa com
tal intensidade emocional e imaginativa que possuem
características de fatos reais.
• Memória de Devaneio Significativo: Todo devaneio
vivenciado, com intensa emoção, clara imaginação e fortalecido
pelo poder da sugestionabilidade, registra-se no Subconsciente da
pessoa com a mesma intensidade da experiência pessoal, vivida de
forma significativa.
Cabe lembrar que uma mentira bem contada, imaginada e
emocionalmente importante, é tão real que o mentiroso acredita
na própria mentira.
• Experiência de Transe: Evento vivenciado, em qualquer
faixa etária, em estado de transe, como uma criança apavorada,
um adulto enraivecido, desesperado, intensamente apaixonado ou
sob forte influência alcoólica... Todas essas experiências são
vividas pela pessoa fora da realidade objetiva, como se estivesse
fora de si. Por isso, registram-se na memória da pessoa, como fato
real e verdadeiro, programando o Subconsciente, com toda a
percepção de experiência pessoal, verdadeira e objetiva.
São memórias sem data precisa. Contudo, em decorrência
de verdades subjetivas presentes no Subconsciente da pessoa,
esses fatos poderão ser datados de acordo com as mais diferentes
crenças presentes na mente humana.
• Programações Herdadas dos Antepassados: O que fica
evidente é a influência matemática das programações herdadas
dos antepassados mais recentes ou imediatos, pais, avós, bisavós...
Portanto, a vida dos antepassados é determinante, tanto na
definição de características de Personalidade, quanto na
manifestação de potencialidades e talentos, bem como de
inseguranças, bloqueios, traumas, conflitos e outros distúrbios.
A Hipnose, facilitando o desencadear do Processo de

Regressão de Memória, pode auxiliar e acelerar o Processo de
Compreensão, visando a Reprogramação do Subconsciente.
Sempre que sou questionado porque enfatizo a importância
das mães e avós, em relação às heranças das programações,
relacionadas às gerações anteriores, costumo explicar:
Não conheço pessoa alguma que haja nascido da uretra
de um homem.
No corpo do homem, o futuro cidadão - e apenas uma
parcela dele - permanece por pouco tempo. Ao passo que vive no
corpo da mulher por nove meses ou pouco menos. Portanto,
quando o futuro cidadão nasce, vem com a cabeça feita pela
gestante, a mãe.
A Análise de pessoas, fundamentada nas Tabelas
Familiares correspondentes, segundo os conhecimentos obtidos e
organizados pelo Sistema Grisa, demonstram fácil e fartamente a
amplitude e importância dessas heranças incontestes.
10.3 – Análises do Sistema Grisa

A seguir, apresento uma síntese de algumas questões que
influíram na Análise do Sistema Grisa em relação a Vidas
Passadas e Reencarnação.
São elas:
 A Filosofia existencialista influenciou a Psicologia e a
Sociologia, introduzindo novos questionamentos em relação a
Reencarnação e Vidas Passadas.
 É sabido, e fartamente difundido, que o ser humano,
desde a pré-história, atribui ao sobrenatural aquilo que não
compreende.
 Nas pesquisas e estudos do Sistema Grisa, desenvolvem-
se novos conhecimentos em relação ao ser humano, sua
personalidade, seu temperamento, seu caráter.
São identificadas as causas de diferentes crenças
socioculturais.
Identifica-se também a origem de comportamentos,

considerados até então inexplicáveis. Assim também, casos
atribuídos a Vidas Passadas, foram compreendidos a partir da
análise da vida intrauterina, processo de nascimento e
experiências pessoais da infância, adolescência e idade adulta.
 As mesmas pesquisas, análises e estudos desenvolvem
novos entendimentos e novas explicações para as doenças
hereditárias, imagens de homem e de mulher, que vêm de geração
em geração, e que influem diretamente na manifestação de
sintomas e problemáticas, até então consideradas de causas
desconhecidas.
 Carl Gustav Jung, discípulo de Sigmund Freud,
apresenta o conceito de Inconsciente Coletivo e as ideias de
arquétipos, que ampliam a visão e propõem um novo
entendimento sobre os seres humanos.
 Os estudos, apresentados pelos estudiosos da Memória
Celular, abrem um novo leque de possíveis explicações para as
ideias reencarnacionistas e de Vidas Passadas.
O novo paradigma, proposto pelo Sistema Grisa,
fundamenta-se em novas constatações, Leis e Princípios:
→ O Criador do Universo, em hipótese alguma, pode ser
considerado justiceiro, vingativo, tirano ou sádico;
→ A constatação de que o Ser Humano é uma pessoa,
porém, funciona como se fosse constituído por duas Entidades:
Consciente e Subconsciente. Com todas as consequências
decorrentes, detalhadas em diferentes obras, acaba
definitivamente com a ideia de um Deus justiceiro, e de um Ser
Humano atrapalhado, culpado e que merece castigo;
→ As ideias de Culpa e Perdão, Pecado e Castigo, Inferno
e Reencarnação, todas tornam-se Arcaicas, pois são ilógicas e
insustentáveis em si mesmas.
Exemplo de tais absurdos são as afirmações:
- Tudo é relativo. Se Tudo é relativo, também é relativa a
afirmação de que Tudo é Relativo. Portanto, essa afirmação se
nega a si mesma, é absurda em sua própria formulação. Ela, pois,

não vale coisa alguma!
- Verdade absoluta não existe. Esta afirmação é tão
absurda, em si mesma, quanto a anterior.
Sim, pois, “se verdade absoluta não existe”, também não
existe a verdade absoluta de que verdade absoluta não existe.
10.4 – Hipnose, Compreensão e Reprogramação

A Hipnose, facilitando o desencadear do Processo de
Regressão de Memória, pode auxiliar e acelerar o Processo de
Compreensão, visando a Reprogramação do Subconsciente.
A reprogramação é válida tanto para a Terapia, em relação
ao que precisa ser reorganizado mental e emocionalmente, quanto
para o despertar de talentos latentes e de energias promotoras da
saúde e da longevidade maior.
 A Regressão de Idade, muitas vezes relacionada
também com a Regressão a Vidas Passadas, somente ocorre
efetivamente, como fenômeno patológico, quando a pessoa,
dominada por profunda Depressão, teme o futuro e nega-se a
prosseguir em seu processo evolutivo, voltando-se para o passado,
vivenciando forte amnésia em relação a determinada fase de sua
vida. Por exemplo: uma adolescente, de 17-dezessete anos, passa
a reagir e a comportar-se como se estivesse apenas com 10-dez
anos, ignorando tudo o que viveu após completar essa idade.
A Regressão de Idade sempre é patológica, é manifestação
de grave Depressão. A pessoa pode vivenciar a Regressão até o
período fetal.
Em tal caso, todo terapeuta deve encaminhar a pessoa a
um médico, psiquiatra ou neurologista, a fim de ser medicado de
forma adequada, pois a pessoa é candidata natural ao suicídio.
Jamais deixar-se dominar pelo medo. Porém, cuidado e
amor, sempre são bem-vindos!
Sempre afirmo: Pessoa alguma precisa ter medo de
espécie alguma! Medo é próprio dos bobos. Porém, cuidado é
especialidade dos inteligentes e prudentes!
Sem pressa e sem precipitação! Contudo, com firmeza e

decisão, sempre se alcança a melhor solução!
O caso terapêutico, relatado a seguir, visa aprofundar a
prática da Hipnose Pangrisiana e ilustrar os conhecimentos
relativos ao processo de regressão de memória, em relação a
possíveis Vidas Passadas.
10.4.1 - Caso Terapêutico: Pavor de Faca

Era eu ainda um principiante, como Parapsicólogo Clínico,
recém instalado em meu Gabinete de Orientação Parapsicológica,
tendo ao lado o Consultório do Psiquiatra Dr. Wagner Dias de
Moraes, médico aposentado da Marinha.
Estamos em Florianópolis/SC, na sede do Instituto de
Parapsicologia e Potencial Psíquico - IPAPPI, em 1985.
Adentra meu Gabinete uma senhora de 35-trinta e cinco
anos, que logo expõe o motivo pelo qual marcou o horário de
terapia:
– Uma grande amiga disse-me que o senhor faz Regressão
e resolve problemas de fobia. Desde criança, tenho pavor de facas
e de qualquer objeto metálico pontiagudo. Tenho certeza de que é
problema de vida passada. O senhor é minha grande esperança,
para me libertar dessa horrível fobia.
Inicio nosso Encontro Terapêutico, realizando uma análise
parapsicológica. Porém, ela reage, afirmando que não está afim de
muita conversa.
– Conversas já mantive e explicações recebi de outros
tantos profissionais. Eu estou aqui para fazer uma Regressão!
Pode fazer isso por mim?
Seu olhar, fixo em mim, mostra seus olhos brilhantes se
moverem, demonstrando ansiedade.
– Seja o que Deus quiser! - exclamo, falando comigo
mesmo, em meu mundo interior. O que decido fazer, contraria
meu método terapêutico... Porém, percebi que persistir, sem
atender a seu propósito, não levaria a resultado benéfico algum.
Sentada ela na poltrona de Relax, inicio o processo de

indução hipnótica, guiado pela contagem regressiva de 10-dez a
zero. Não havia contado até cinco, quando ela estremece entre os
braços da poltrona e grita, a plenos pulmões:
– Não! não!!...Aaiii!...
E o corpo da mulher solta-se, como se tivesse desmaiado.
Respiro profundamente e recordo da recomendação do
Parapsicólogo e hipnotizador de palco, Edgar Schitz: Durante
uma hipnose, o hipnotizador deve manter sempre o mesmo tom de
voz, e a maior naturalidade possível, por mais que o hipnotizado
estrebuche!
– Maria, onde você está? O que acontece com você? -
pergunto-lhe, lembrando-me de outros ensinamentos, apreendidos
em diferentes obras.
– Maldito! - exclama a mulher, e todo seu corpo passa a
estremecer...
Um grande alívio embala meu coração. Tive certeza de
que ela não havia desmaiado, nem estava morta!
– Quem é o maldito? - pergunto-lhe, com toda
naturalidade.
– É o maldito traidor! - exclama ela, sacudindo o corpo em
movimentos convulsivos.
– Quem é o traidor? E onde está você? Onde percebe
estar? - mantenho a voz e o coração o mais tranquilos possível,
assumindo o papel de ator em pleno espetáculo teatral. Assim,
incorporando o bom ator, que sempre fui, fico mais à vontade.
Simplificando o relato, ela diz ser Rainha do Egito e ter
sido apunhalada pelas costas por um nobre palaciano ambicioso,
desejoso de assumir o poder do Império.
Pergunto-lhe qual é o sofrimento ou a dor que mais a
perturba. Ela respondeu que, mais do que o ferimento mortal, o
que doía e fazia sangrar seu coração, era a traição e o fato de ter
sido apunhalada com seu punhal predileto, que sempre mantinha
sobre uma banqueta, ao lado do trono. Era um presente de seu pai,

o Faraó Ramsés.
Explico-lhe que eu compreendia toda sua dor, e que
lamentava aquela maldita traição... Mostrei-lhe ainda que, por
mais sofrido e trágico que tivesse sido o final daquela existência,
tudo aquilo estava num longínquo passado e fazia parte de remota
vida passada.
– Agora você está aqui, em Floripa, cidade pacata, e
estamos numa ilha habitada por gente simples, prestativa e de bom
coração. Aqui, você não corre nenhum perigo. Também não sofre
ameaça alguma!
E lhe pergunto:
– Faz sentido para você? Se você não aceita ou não
concorda com minhas explicações, ou tiver alguma dúvida, fale-
me. Aceita o que lhe falei?
Após breve silêncio, ela respira profundamente e afirma,
entreabrindo os olhos:
– Sim, aceito. Especialmente por duas palavras que
utilizou em sua explicação: "longínqua" e "remota". São palavras
que fazem todo o sentido, e são dignas da nobreza de uma rainha.
Ela solta toda a respiração, e suas faces descontraídas
refletem um mar de tranquilidade.
Conduzo o exercício para sua finalização e afirmo:
– Eu conto de um a três, e você abre os olhos, sentindo-se
mais tranquila, segura e confiante. Você está descansada,
revigorada e revitalizada. E, nas próximas horas, tudo vai ficando
cada vez mais claro, até você sentir-se maravilhosamente bem!
Ao abrir os olhos, tenho a nítida impressão de que ela se
despe da pose e roupagem de rainha, deixando a mulher simples,
agora tranquila e sorridente, ocupar seu lugar.
De pé à frente de minha mesa, ela respira profundamente e
pergunta:
– Que o senhor fez comigo? Estou tão bem e tranquila que
me parece que não sou mais a mesma pessoa.
– Eu não fiz mais que a minha obrigação. Todavia, você

fez uma longa viagem. Foi ao Egito Antigo, libertou-se de perigos
e sofrimentos e está de volta. E parece-me que a longínqua
viagem, no tempo e no espaço, lhe fez muito bem.
Enquanto conversávamos, retirei de minha tiracolo um
canivete de mola, troféu do tempo de escotismo. Coloquei-o
fechado sobre a mesa.
– Que é isso? - pergunta-me.
– Um canivete.
Ela continua tranquila. Segurando o canivete, aciono sua
mola e ele se abre. Coloco-o sobre a mesa. Ela está sentada à
frente da mesa. Faz movimento, como quem vai pegá-lo. Afasto-o
para mais longe e brinco:
– Calma, minha senhora, vai que me confunda com traidor
palaciano...
Seus lábios desabrocham em sonora gargalhada, digna de
rainha poderosa e livre, e conclui, afirmando:
– Que lindo! Revi, num relance, toda a história... Sabia
que uma Regressão, só uma Regressão, poderia libertar-me da
tortura daquela fobia.
Um largo sorriso, emoldurado pelas faces tranquilas e
olhos iluminados de alegria, marcou o final de nosso Encontro de
Orientação Parapsicológica. Eu me senti diplomado em
Regressão, tendo uma Rainha do Antigo Egito como Paraninfa.
Ou apenas Ninfa?
10.4.2 - Conclusão
Caríssimos hipnotizadores, especialmente Terapeutas do
Sistema Grisa, convém observar como respeitei as ideias
reencarnacionistas de Maria.
Sim, pois ao realizar a Orientação Parapsicológica com ela
fundamentada num exercício de hipnose, respeitei todas as suas
convicções e crenças pessoais, alicerçadas na ideia da
reencarnação e vidas passadas.
No momento terapêutico, não se pode defender verdades

objetivas ou teses confirmadas em pesquisas e outras análises
cientificas.
Quando se orienta alguém, é preciso sempre e plenamente
respeitar as convicções e verdades subjetivas da pessoa que vem
buscar auxílio.
Para enfatizar essa questão, todo o meu relato da fóbica em
faca vem descrito respeitando a ótica subjetiva dela e eu me
adaptando plenamente a essa postura.
Esse cuidado se deve ainda pelo fato de saber que ela
possui capacidade paranormal elevada. E se eu duvidasse, do
episódio ocorrido no Antigo Egito, ainda que apenas
mentalmente, ela poderia perceber e desacreditar da própria
terapia.
10.5 - Caso Terapêutico: Barco sobre o Nilo.

De 1994 a 2001, ministro cursos intensivos, na cidade do
Rio de Janeiro, a convite da artista plástica e pianista Ana Maria
de Azevedo Nogueira e sua turma do Movimento de Casais
Cristãos.
Ela havia participado, em Itajubá/MG, de curso de Auto-
hipnose que ministrei, promovido pelo Curso de Enfermagem, por
ocasião da Semana Comemorativa da Profissão de Enfermeiro.
Passei a ministrar regularmente, na cidade do Rio de
Janeiro, dois cursos por ano, em maio e outubro, sempre em
período noturno.
Durante o dia, realizava Orientação Parapsicológica
Pessoal.
A senhora Maria Clara foi uma das pessoas que me
procuraram, motivadas pela participação nos cursos.
Ingressando na suíte de hotel, transformada em Gabinete
de Orientação Parapsicológica, Maria Clara manifesta-se
confiante, ainda que sua timidez e desconfiança sejam
indisfarçáveis.
Cumprimento-a. Ela, demonstrando certo esforço,

pergunta:
– Professor, será que consegue fazer uma Regressão
comigo?
– Até duas ou mais, se for preciso! - digo-lhe, com toda
naturalidade, e assumo atitude jocosa, para quebrar o ar de
mistério.
– Será que vou precisar mais de uma? - pergunta-me, com
olhar de surpresa.
Percebo estar diante de uma daquelas pessoas que
acreditam em resultados mágicos, especialmente nos fantásticos
poderes da Regressão Inconsciente.
– Para quê você quer fazer Regressão?
– Sofro de angústia terrível, que me tortura e não me deixa
dormir. Há seis anos que só consigo dormir dopada por remédios.
Procedo à costumeira análise parapsicológica, a partir da
Tabela Familiar Básica. A sua vem assim constituída: Ela, Maria
Clara, 39 anos, José (34), Antonio (32) e Sara (29).
– Olhando sua Tabela Familiar - explico-lhe - fica
evidente que você nasceu de parto difícil. Aí pode estar a causa
principal dessa angústia que a tortura, como diz você.
– Por que o senhor afirma que eu nasci de parto difícil?
– Pelos conhecimentos conquistados pelas pesquisas do
Sistema Grisa, em mais de duas décadas de estudos e análises,
chegou-se a várias constatações, dentre as quais:
 Toda mulher, que é a primeira filha de uma prole -
denominada de Tabela Familiar pelo Sistema Grisa - vive
condições especiais no período de gestação e no processo de
nascimento. No seu caso, as condições são as seguintes:
● Por ser a primeira filha do casal, desenvolve
Personalidade Pragmática;
● Como fruto da primeira gestação, também se espera que
nasça um menino, para ser o herdeiro do trono, ainda que o trono
seja de palha.
Em diferentes épocas e ambientes socioculturais, espera-se

que o fruto da primeira gestação de uma mulher, nasça menino,
para ser o peão da fazenda ou o operário da fábrica.
É a mentalidade da Era dos Músculos, que permanece
ainda viva no Subconsciente das pessoas, mesmo que se esteja
vivendo em plena Era Tecnológica.
Permanece a crença de que o filho homem poderá mais
facilmente conquistar os bens necessários à sua própria
sobrevivência e à de sua família.
– Portanto, é por isso que o pai e a mãe, avós e tios, e
outras pessoas, esperam que nasça, como primeiro filho, um
menino.
– Não sei se isso é verdade. Meus pais nunca me falaram
disso.
– Compreendo... Esses conhecimentos, em relação ao
estudo dos seres humanos, são muito recentes. Por isso, é normal
que seus pais não hajam tocado no assunto. Convém ainda
salientar que esse desejo e essas esperanças de que nasça um
menino, como fruto da primeira gestação de uma mulher, é
sempre muito mais resultado das programações do Subconsciente,
do que algo manifesto claramente como vontade livre do
Consciente.
Prossigo e explico que, no momento do parto, o
Subconsciente da menina, que está para nascer, realiza raciocínio
mecânico e automático, nos seguintes termos:
“Vê se, depois que nasce, não decepciona mais! Pois seu
pai e demais familiares estão esperando que nasça um menino, e
você sabe que é uma menina. Você não possui um passarinho,
para mostrar. Tem apenas uma pombinha para apresentar a seus
pais e familiares”...
– É pelo mesmo motivo que você sempre evitou
decepcionar os parentes e amigos. E, como resultado, desenvolveu
"mania da perfeição".
– Mania da perfeição, isso eu sei que tenho. Não só porque

eu percebo, mas também porque inúmeras pessoas já me
chamaram à atenção, e outras tantas me criticaram, chamando de
chata perfeccionista.
– Vamos ao motivo principal, pelo qual você está aqui -
proponho-lhe.
– Isso mesmo: quero libertar-me dessa terrível angústia
que me perturba, quase me destrói, nos últimos tempos.
– A angústia normalmente inicia pelo desânimo, evolui
para a tristeza, explode na angústia e desencadeia sensação de
impotência e paralisa.
– Como é isso? E o que tem a ver com a terapia?
– Como já expliquei, durante o curso, a terapia se processa
pela compreensão, que permite à pessoa identificar a verdade
específica e libertar-se dos fantasmas gerados pelo fato causador
da perturbação.
Explico-lhe a amplitude da Compreensão que Reprograma
o Subconsciente, e enfatizo a importância da leitura dos livros
Liberte Seu Poder Extra e O Jogo e a Estrutura das
Personalidades, que facilita a ampla compreensão dos fatos que
estruturam a personalidade, a mentalidade e que desenvolvem as
inúmeras crenças que habitam os corações humanos. Todas as
crenças, tanto as benéficas e construtivas, quanto as negativas,
prejudiciais e perturbadoras.
É também essa ampla Compreensão que desperta a
percepção da verdade correspondente, ocorrendo, dessa maneira, a
Reprogramação. Quando isso ocorre, a angústia ou outra
perturbação se esvai completamente.
– Esse é o meu maior desejo! - exclama Maria Clara.
Pergunto-lhe se, para tanto, aceita realizar um exercício.
Ela afirma ser esse o motivo que a conduziu até aqui.
10.5.1 - Primeiro Exercício de Hipnose

Ela se acomoda na cadeira e me dá sua anuência. Inicio o
Exercício de Hipnose.
– Maria Clara, olhe para mim. Agora, movendo somente
os olhos, olhe acima de minha cabeça e localize um ponto de sua
preferência.
Segue-se breve pausa e pergunto-lhe:
– Escolheu um ponto?
Tendo obtido resposta afirmativa, prossigo:
– Fique olhando firme para esse ponto. Se piscar, volte a
olhar para o mesmo ponto. Quando não mais conseguir manter o
olhar firme, nessa mesma direção, feche os olhos. Ou feche os
olhos, quando contarmos Um, na contagem regressiva de três a
zero.
Como ela já havia definido e declarado o sentimento que
mais a perturbava, a angústia, pergunto-lhe:
– Qual o momento e o lugar que mais avivam o sentimento
de angústia?
– Detesto chegar em casa, quando não tem ninguém. E o
pior horário é o fim da tarde.
– Permaneça a olhar fixamente para o ponto selecionado
por você. De ora em diante, você tem uma só coisa a fazer: ficar
prestando atenção ao que eu falo agora, no instante presente. E, a
cada momento, ao que eu falar ou disser, até o final do exercício.
Não precisa querer ou tentar lembrar-se de fato algum. E, se vier à
sua mente alguma lembrança, não lhe dê importância alguma.
Continue dando atenção exclusivamente ao que eu estiver falando.
Percebendo que Maria Clara está atenta ao que estou
explicando, prossigo:
– Desse momento em diante, qualquer voz ou ruído,
dentro ou fora da sala, dentro ou fora do prédio, são
absolutamente indiferentes pra você, até o final do exercício. E
você presta atenção exclusivamente ao que eu estou falando.
Agora iniciamos a contagem de três a zero. Três! À medida que
nos aproximamos da contagem do número zero, você, Maria

Clara, mergulha, mais e mais profundamente, na história de sua
vida, em seu passado, nos registros mais remotos de sua mente,
nas programações mais profundas de seu Subconsciente. Você vai
lembrar-se de quando "alguém estava muito, muito triste e
angustiado, ao chegar em casa e em fim de tarde". Também vai
saber quem é esse alguém: se é você mesma, se é outra pessoa ou
se é um animal!... E esse fato ou situação pode ter ocorrido em
casa, na rua, na escola, num hospital, numa igreja, num clube,
num campo desportivo, numa estrada, rua ou avenida, durante um
passeio ou piquenique, ou em qualquer outro momento e lugar... E
Maria Clara vai lembrar-se do fato mais antigo que pode lembrar
agora. De agora, (ano do exercício), até quando era bem
pequenina, ou em qualquer época de sua existência.
Dois! Lembra e liberta-se. Lembra-se e se sente muito
bem. Recorda-se, de preferência, do fato mais antigo do qual é
capaz de lembrar-se agora. Especialmente de um fato que ocorreu
antes de Maria Clara completar 12-doze anos. Melhor ainda se for
antes de completar dez, sete, cinco ou dois anos.
Um!... Respire profundamente. E se ainda não havia
fechado os olhos* feche os olhos agora. E, se ainda não havia
lembrado o fato, pode lembrar agora. E, se não lembrar, liberta-se
de toda tristeza e angústia...
Segue-se uma breve pausa. Como Maria Clara permanece
tranquila e atenta, afirmo:
– Eu retomo a contagem de três a zero. Quando eu contar
zero, o que você estiver lembrando, imaginando ou pensando,
você fala... Você, Maria Clara, pode lembrar-se de um fato, que
sempre se lembra. Porém, se você recorda sempre do mesmo fato,
é porque esse fato ainda não foi resolvido. E, como o sonho que se
repete, é porque não foi compreendido e, muito menos,
solucionado. Você pode lembrar-se de um fato, do qual há muito
tempo, não se lembrava mais. Pode ainda lembrar-se de um fato,
do qual nem sabia que sabia. Como pode vir à mente algo que não
tem nada a ver com o assunto em foco, com o que estamos
falando, nos últimos momentos. Porém, o que estiver em sua

mente, no instante em que eu contar zero, você fala... Três...
Dois... Um... Zero! Continue de olhos fechados e fale comigo,
Maria Clara. No que está pensando agora?
Maria Clara suspira e, com voz chorosa e entrecortada,
afirma:
– É minha mãe. Minha mãe está muito triste e está
chorando... Ela parece estar com medo.
Maria Clara desanda em soluços. Para quebrar o quadro de
tristeza e impotência em que Maria Clara está mergulhada,
intervenho:
– Onde você está, Maria Clara? Que idade você tem?
Silêncio e mais soluços são a resposta.
– Maria Clara, quantos anos você tem? Agora, quando sua
mãe está triste e chora? Onde você está, nesse momento?
– Eu sou pequenina.
– Quantos anos você tem?
– Não sei. Eu sou muito pequena...
– Você é pequenina. Diga-me: Você já nasceu? Ou ainda
está na barriga da mamãe?
– Eu estou vendo a mamãe com barriga grande. Agora sei:
ela está esperando meu irmãozinho José. Ela está com medo de
perder meu irmãozinho!... Eu escutei ela falar pra vizinha que teve
começo de sangramento. Sangue! Ela se assustou com o sangue. 14
– Maria Clara, foi normal, na ocasião, a mamãe ter ficado
com muito medo de perder seu irmãozinho. Porém, observe: o
medo, que sua mãe sentiu, foi muito mais do que ela imaginava
que poderia estar acontecendo, o que poderia vir a acontecer. Ou,
depois que o perigo passou, do que imaginava que poderia ter
acontecido. Não do que, de fato, aconteceu! Se houve graves
perigos, contudo, a verdade é que nada de grave aconteceu. Nem
14
Eu, Pedro Grisa, sirvo-me dessa expressão porque, nos últimos anos, não
mais vejo se a pessoa fechou ou não os olhos.
sua mãe morreu, nem seu irmãozinho interrompeu seu

crescimento, no útero de sua mamãe! Tanto é verdade, que José
nasceu! E hoje, é um homem forte e goza de boa saúde.
– É verdade, mamãe sempre diz que é nosso irmão que
sempre teve ótima saúde. Nem doenças de criança ele teve.
Maria Clara sorri, e eu explico:
– Isso significa que sua mãe sempre foi boa de reza! E,
diante da possibilidade da gestação de seu irmãozinho ser
interrompida, sua mãe rezou ainda mais e confiou em Deus. Para
ela, somente Deus tudo poderia resolver. E sua mãe vacinou seu
irmão com a melhor vacina do Planeta, a vacina do Poder da
Mente, da confiança em Deus e da Fé! E uma só é a verdade: "Por
mais graves que tenham sido os perigos, uma só é a conclusão: A
proteção foi maior que os perigos todos! A mãe venceu, José
também venceu! Como você, Maria Clara, também passou por
perigo de morte, na hora de seu nascimento. Porém, você
Também venceu! Por isso você foi tão solidária com sua mãe, no
momento em que ela ficou com medo de perder José, seu bebê
naquele momento de tristeza...”
– É mesmo, quando percebi minha mãe chorar, não
entendia o que acontecia. Parecia que a mamãe poderia morrer.
Depois, parecia que eu mesma estava morrendo. Foi horrível!!
– Maria Clara, você percebe agora que, apesar de toda dor
e todo o sofrimento, tanto sua mãe, quanto José, foram mais fortes
que a própria morte, e venceram! Percebe também que tudo já
passou?... Isso tudo faz sentido, para você? O que eu disse e
expliquei até agora? E, você aceita? Se não concordar com o que
eu falei, com as explicações que eu dei, ou tiver alguma dúvida;
fale-me... Aceita o que eu falei?
Maria Clara faz uma pausa e afirma:
– Sim, eu aceito... E tudo fica diferente agora.
– Diferente, como assim?
– Tudo fica melhor. Mais claro e mais limpo... Vejo que os

sofrimentos passaram... Nasceram meus irmãos. Eu ajudei mamãe
a cuidar deles. Minha mãe foi uma heroína!...
A seguir, encerramos o exercício. Maria Clara demonstra
estar aliviada e despede-se com muita naturalidade e
demonstrando tranquila liberdade.
10.5.2 - Novo Encontro

No dia seguinte, Ana, a secretária que agendava meus
encontros de Orientação Parapsicológica, comunica-me que Maria
Clara havia marcado novo horário. Afirmava-me que a moça
havia ficado um tanto decepcionada porque, a seu ver, não havia
realizado Regressão, pois estivera consciente durante o tempo
todo, também durante o exercício.
Após o diálogo com Ana, fica claro, para mim, que Maria
Clara devia ter um mistério a ser revelado, e que não tinha
coragem de expô-lo. Por essa razão, sonhava com uma Regressão
Inconsciente, durante a qual poderia revelar seu mistério ou
segredo vergonhoso, sem ter consciência do ocorrido.
Quando Maria Clara chega para o novo encontro, solicita
um abatimento no valor dos honorários, alegando que o encontro
anterior até havia sido interessante, mas que não fora proveitoso.
Contudo, confessa que havia conversado com sua mãe e que, tanto
o que eu dissera, quanto o que ela lembrara, durante o exercício,
estavam de acordo com os fatos vividos por ela e sua mãe.
Dedico-me a explicar-lhe o que é Hipnose e Regressão de
Memória. Esse novo encontro foi uma atividade didático-
pedagógica sobre essa temática e as diferentes variáveis
intervenientes, especialmente sobre o modo como o
Subconsciente associa um tema a outro, realiza comparações e
estabelece correlações as mais inesperadas, sempre regido por leis
e princípios bem definidos.
E, no meio da conversa, inesperadamente, ela me revela
que, há seis anos, havia praticado um aborto.
Analisamos esse fato, e ela declara sentir-se muito

aliviada, pois esse aborto era um segredo mantido entre ela e o
namorado. Como seu confidente, fui a primeira pessoa com quem
ela conseguiu se abrir e lavar seu coração...
Orientei-a a ouvir os CDs: SV4 - A Vida no Reino Invisível
e SV5 - Aborto é Filho que Vive Feliz!
Ao despedirmo-nos, ela afirma que, talvez, em nova estada
minha no Rio, marcaria um novo encontro.
Passam-se seis meses, e Maria Clara reingressa em meu
Gabinete de Orientação Parapsicológica.
Após os cumprimentos iniciais, ela pergunta:
– O senhor não faria uma Regressão Inconsciente?
Após breve explicação, Maria Clara aceita deitar numa
cama da suíte, utilizada como divã.
Procedo à contagem regressiva de dez a zero. Concluída,
percebo que Maria Clara está profundamente relaxada e retomo a
contagem de três a zero, afirmando:
– Maria Clara, parabéns por estar bem relaxada, pronta
para a Regressão. Conto, nos próximos instantes, de três a zero, e
você vai lembrar-se de quando alguém estava angustiado e
desesperado, diante de uma situação terrivelmente difícil. E eu
conto: três. Respire profundamente e, ao soltar o ar, tudo vai se
tornando mais e mais claro em sua mente...
– Não!!... Meu filho!...
O grito de Maria Clara ecoa por toda a suíte. Ainda bem
que as pessoas do hotel haviam sido avisadas de que alguma
pessoa poderia gritar, inesperada e surpreendentemente, durante
algum exercício de hipnose.
– Maria Clara, onde você está? E o que acontece com seu
filho?
– Meu filho - brada ela - meu filho caiu nas águas do
Nilo... Ai!...
– Que Nilo é esse? - pergunto-lhe, buscando aliviar seu
sofrimento.
– Estamos em guerra com os Romanos. Nosso barco luta,

em terrível batalha, com um barco desses malditos romanos! E
meu filho caiu dos meus braços.
– Calma! Com certeza algum homem do seu povo poderá
salvá-lo...
– Esses homens de guerra não se interessam por crianças.
Só se interessam em matar e aproveitar-se das mulheres. Eu queria
fugir deles, quando meu filho caiu nas águas...
Segue-se um momento de silêncio. Respeito Maria Clara
em sua lembrança ou pesadelo.
– Que acontece, Maria Clara? Como é seu nome nesse
barco sobre as águas do Nilo?
– Meu nome é Stela e meu filho Samir está morto.
Explico-lhe que Samir não morreu, apenas mudou o modo
de viver... Maria Clara parece não ouvir minhas palavras e retruca.
– Meu filho tem raiva de mim. Ele me odeia! Ai, ai! Como
dói meu coração de mãe. Águas malditas que levaram meu filho!
Homens molengas! Não teve um capaz de salvar meu filho!
Retomo a argumentação, buscando retirar aquela mãe
desesperada desse mundo de sofrimento e dor.
Nenhuma palavra parecia chegar àqueles ouvidos e àquele
coração, envoltos pela negra nuvem do sofrimento, da dor, e da
confusão.
Sem saber o que fazer com aquela mulher que se debatia e
estremecia à minha frente, decido lançar uma cartada:
– Que Nilo, que nada, Senhorinha Maria Clara! Você não
é hipotética Stela. Você é Maria Clara, e seu filho foi levado pelo
sangue do aborto, que você e o seu covarde namorado realizaram!
Maria Clara parece despertar de um sonho, que a
conduzira a um mundo estranho e distante, e pergunta, com sua
voz ainda sufocada:
– O que você disse?
– Eu disse que você viveu um pesadelo sobre as águas do

Rio Nilo, no Antigo Egito. Mas o que você tinha medo de encarar
era o aborto que você praticou.
– Ai! Isso de novo, não!
– Por que você reage assim, Maria Clara? Você não foi a
primeira a abortar um filho, nem será a última.
– Maldito namorado que me iludiu! Afirmava que me
amava e que seria capaz de lutar contra um exército inteiro, para
me salvar!... - ela solta todo o corpo, prostrada pela dor da
angústia que aperta o peito.
Breve pausa. Segura o peito com as duas mãos logo acima
do estômago e abaixo dos seios e grita:
– Covarde! Moleque de merda! Você não vale um tostão
furado, como dizia minha avó. Minha avó tinha razão. Minha avó,
minha grande amiga, morreu sem saber que eu fiz o aborto... Fui
levada ao matadouro daquele médico, por aquele covarde e
gabola...
Maria Clara está transpirando e solta-se sobre a cama...
– Parabéns, Maria Clara, pela sua indignação. Isso apenas
mostra que você é uma boa pessoa e simplesmente foi lograda. Eu
quero falar com essa moça querida e legal que se chama Maria
Clara. Você fala comigo?
– Mas claro, Professor Grisa. O senhor é que tem um bom
coração. Aquele pesadelo, sonho maldito que torturava as minhas
noites e não me deixava dormir... Agora o compreendo e...
– E, Maria Clara, seu filho não morreu, apenas mudou o
modo de viver. Agora, ele e sua avó, livres do corpo físico, estão
integrados à perfeita a harmonia do Universo e ao infinito poder
do Criador. Eles sabem tudo e melhor do que nós, tudo o que se
passou e se passa agora. Por isso, estão felizes, pois sabem que
você, Maria Clara, como a neta de sua avó e mamãe de seu filho, é
pessoa maravilhosa. Com certeza, agora estão contentes e rindo,
alegres e felizes.
Maria Clara está solta sobre a cama. Aproveito o momento

e afirmo:
–Veio a minha mente a cena de sua avó chamando seu
filho de Moises.
– Sim, era esse o nome que eu havia escolhido, desde
mocinha, para meu primeiro filho homem.
Prossegui na argumentação que conduz à compreensão,
alicerçado nos conhecimentos inseridos nos CDs SV-4 A Vida No
Reino Invisível e SV-5 Aborto é Filho que Vive Feliz
Ao despedir-se, Maria Clara abraçou-me demorada e
calorosamente, afirmando:
– O senhor é pai e mãe. Eu nasci de novo.
– Vai em paz, Maria Clara. Deus a abençoe e os anjos a
acompanhem. E lembre-se: você tem uma vida a organizar e
construir. Da minha parte, recomendo que realize as tarefas de
casa. E estarei mentalizando para você encontrar seu verdadeiro
Príncipe Encantado: trabalhador, carinhoso e competente.
Ao encerrar o dia, lembrava-me de que a mãe de Maria
Clara era muito boa de reza. E imaginei a luz que iria guiar os
passos de sua filha sobre as águas da existência.
CAPITULO XI
O SER HUMANO E SUA RELAÇÃO
COM O TEMPO E O CRIADOR
11 - Preâmbulo
Tanto neste capítulo, quanto no próximo, apresento alguns
temas complementares, que vão facilitar o processo de
compreensão e reprogramação mental.
No presente capítulo, serão abordados dois temas
fundamentais:
1º parte – O Tempo e a Mente Humana
Esse texto visa esclarecer importantes conceitos que já
semearam muitas dúvidas, inúmeras hipóteses e parcas conclusões
significativas.
2º parte – O Criador do Universo
Costumo afirmar que, durante meio século, dediquei-me
ao estudo, pesquisas e conhecimento do ser humano, visando dar
minha contribuição para facilitar o autoconhecimento e o
entendimento das inúmeras facetas relacionadas com a formação,
o desenvolvimento e a estrutura das personalidades.
Com o tema aqui desenvolvido, denominado O Criador do
Universo, apresento uma nova proposta, inicialmente colocada a
mim mesmo: Resgatar uma visão mais coerente, lógica e
condizente com a obra da Criação, a qual espelha o próprio
Criador.
11.1- O Tempo e a Mente Humana

A fim de analisarmos a relação existente entre o Tempo e a
Mente Humana, convém realizarmos, antes de tudo, uma
recapitulação da história da formação e do desenvolvimento dos
conceitos e noções, tanto de Tempo, quanto de Mente Humana.
Tendo como referência os povos originários da Civilização
da Carência e a sua evolução socioeconômica e cultural, pode-se
considerar como sendo o seguinte o desenvolvimento da noção de

TEMPO na Espécie Humana:
11.1.1– Primeira noção de Tempo

Com certeza, a primeira noção de tempo, observada pela
Espécie Humana, foi a de Tempo da Luz – dia, e o Tempo das
Trevas – noite. Os seres humanos, distinguindo os dois Tempos,
devem ter notado logo, também, que o dia era o período mais
propício para as atividades relacionadas à busca de suprimentos
para a Sobrevivência do Indivíduo, enquanto a noite podia ser
aproveitada para o descanso, o repouso e as atividades mais
diretamente relacionadas com a Sobrevivência da Espécie:
proteção e multiplicação dos filhos.
11.1.2 – Estações do Ano

Nas regiões frias e subtropicais, a segunda noção de tempo,
com certeza, esteve associada às estações do ano. Um período
mais quente, propício à colheita, caça e pesca. E outro período
mais frio, mais exigente na área da Proteção – agasalho e moradia
– e dos bens de sobrevivência – alimentos e combustível (lenha).
11.1.3 – Frações do Tempo

Com o multiplicar das experiências e os resultados
alcançados, surgem as frações do dia e do ano, fundamentadas no
princípio de que, quanto maior o grupo social, maior é a exigência
de organização. Como consequência, mais se intensifica a
necessidade de subdividir o tempo, a fim de utiliza-lo com maior
eficiência:
• O dia é subdividido em períodos matutino, vespertino e
noturno e, mais tarde, em horas;
• O ano é subdivido em períodos lunares de 28 dias, a
primeira noção de mês. O mês é subdividido em quatro
semanas, cada uma de sete dias, correspondendo à duração
de cada uma das quatro fases da lua: da Lua Nova ao
Quarto Crescente; deste à Lua Cheia; desta ao Quarto

Minguante, e deste último voltando à Lua Nova.
Todas essas noções de Tempo estão diretamente

relacionadas com as necessidades de Sobrevivência. Quanto mais
exigentes são essas necessidades, mais os seres humanos precisam
otimizar a utilização do tempo.
Quanto mais exigentes as necessidades de sobrevivência,
também, e na mesma proporção, evoluem as necessidades de
aperfeiçoamento das estratégias e técnicas que facilitam a
obtenção dos resultados que podem satisfazer tais necessidades.
Quanto mais são aperfeiçoadas as estratégias e técnicas,
mais aumenta a necessidade de otimização no uso do tempo e,
consequentemente, mais o “tempo fica curto” e mais faz-se
necessário fracioná-lo, a fim de melhor aproveitá-lo. Então, as
horas são subdividas em minutos e, estes, em segundos. Com a
Evolução Tecnológica do século XX, surge a necessidade de
fracionar os próprios segundos em décimos, centésimos e
milésimos.
Observe-se que todas essas exigências de otimização no uso
do tempo referem-se à organização do mundo exterior: atividades
práticas e funcionais.
Observe-se ainda que a organização das atividades
produtivas, visando suprir as necessidades de Sobrevivência,
determina a necessidade de ser planejado o uso do tempo. Ou seja,
de prever o futuro, e não apenas de viver mecanicamente o
presente.
Tudo o que foi exposto acima, refere-se ao tempo Objetivo,
medido segundo padrões diretamente relacionados ao
funcionamento do Grande Relógio do Sistema Solar.
A medida do tempo expande-se também em lustros, décadas,
séculos, milênios, eras, anos-luz...
11.1.4 – Tempo Subjetivo

Afirma-se, inclusive, que o tempo não existe, pois seria
apenas o resultado de uma norma, de uma convenção humana.
Cabe, contudo, questionar de que tempo se está falando:
• Tempo Objetivo ou Subjetivo?
• Tempo do mundo Exterior ou do mundo Interior?
• Tempo absolutamente exato do Sistema Solar?
• Tempo absolutamente Relativo do Sistema Emocional?
11.1.5– O Tempo em Relação à Mente Humana

O Ser Humano relaciona-se com o mundo exterior e
objetivo, ou com o mundo interior e subjetivo, mediante sua
atividade mental. É o Consciente, a função racional da mente
humana que, pelos sentidos, observa, avalia e organiza o tempo
objetivo e funcional. Porém, é pelo Subconsciente, a função
mecânica, automática e autônoma da mente humana, que a pessoa
“sente o tempo passar”, avaliado pelo Sistema Emocional de cada
pessoa.
Cada ser humano mede o tempo subjetivo por seu sistema
emocional próprio, individual e único.
11.1.6– Lenda Oriental?

Não sei se li em algum lugar ou se me foi revelado em
sonho, mas esta lenda oriental está vivamente registrada em minha
mente:
Houve um tempo, em que o tempo era o tempo todo sempre
igual.
De tanto os seres humanos viverem e conviverem com esse
tempo o tempo todo sempre igual, passam a sofrer de tédio,
resultado dessa monotonia do tempo, o tempo todo sempre igual.
E começam a discutir entre si sobre essa monotonia do
tempo, o tempo todo sempre igual. Aos poucos, a discussão torna-
se descontentamento e rebeldia. E um coro uníssono de vozes
clama aos céus, reclamando do tédio, da monotonia, do tempo, o

tempo todo sempre igual.
O criador do Universo, de tanto ouvir reclamações, decide
atender as súplicas dos seus descontentes filhos, e avisa:
- Descontentes seres humanos e filhos meus, vocês estão
cansados e entediados com o monótono ritmo do tempo. Pois,
preparem-se: a partir de amanhã, serão implantadas
significativas mudanças no ritmo do tempo.
No dia seguinte, instalou-se verdadeira confusão nos
compromissos de horários a serem respeitados pelos seres
humanos. Pessoas tristes, queixosas e insatisfeitas, chegam aos
locais de seus compromissos muito antes da hora marcada, e têm
mais um motivo para ficarem descontentes. E passam a reclamar
dos incompetentes que se atrasam.
Pessoas alegres, risonhas e felizes, súbito, dão-se conta de
que estão atrasadas. Não viram o tempo passar.
Diante da confusão estabelecida, o Criador do Universo,
que a tudo assistia com um sorriso irônico, faz ouvir sua voz,
proclamando:
- Vocês, seres humanos, quiseram que eu mudasse o ritmo
do tempo. Pois assim é, e assim será, de hoje para sempre.
Quando estiverem tristes, cansados, doentes, pesarosos,
descontentes, sufocados pelo sofrimento, o tempo terá sua marcha
reduzida e passará lentamente... No entanto, quando estiverem
contentes, alegres, animados, radiantes, vibrando de entusiasmo,
flutuando nas asas da felicidade, o tempo terá seu ritmo
acelerado. Veloz será o correr das horas e o passar dos dias.
E, a partir daquele dia, muitos minutos parecem séculos, e
muitos anos parecem minutos. Já existem os que reclamam por ter
sido alterado o ritmo do tempo, e eles mesmos se alteram.
Contudo, o Criador do Universo sabe que, cada ser humano pode
aprender a organizar seu mundo interior, e a dar o ritmo que
quiser a seu tempo.
E ainda há tempo para isso.
O Tempo Objetivo – medido pelo Sistema Solar – está

diretamente relacionado com a eficiência no desempenho de
atividades que visam garantir a Sobrevivência do Individuo, do
Ser Único e da Espécie, analisado e avaliado segundo a Evolução
Estratégica e Tecnológica do meio socioeconômico e cultural.
O Tempos Subjetivo – medido pelo Sistema Emocional –
está diretamente relacionado com o grau de insegurança,
desconfiança e medo, ou de segurança, autoconfiança e
tranquilidade, no relacionamento da pessoa consigo mesma, como
indivíduo, com os demais seres humanos com quem convive, e
com o meio em que se insere, avaliando-se – subjetivamente – em
sua eficiência e desempenho, na garantia de sua própria
Sobrevivência como Indivíduo, Ser Único e membro da Espécie.
11.1.7– Noções de História da Humanidade

Desde que começou a usar o consciente para observar e
aprender, o ser humano começou a multiplicar as estratégias e
técnicas para garantir a Sobrevivência. Esses conhecimentos,
passados para os familiares e outros membros do clã e da tribo,
vão se acumulando com as novas experiências e descobertas que o
ser humano adquire ao ampliar as pesquisas de seu ambiente. É a
soma dessas experiências pessoais, agregadas aos modos e
procederes dos pais, avós e antepassados, que constitui o
arcabouço que permite o suprimento das necessidades, garantido a
sobrevivência do indivíduo e do grupo.
É diante das circunstancias mais difíceis, que as
experiências dos antepassados são mais vivamente relembradas.
Por isso, depois das lides diárias, é de grande importância a
reunião do grupo ao redor da fogueira, momento em que se
contam os grandes feitos dos antepassados, envoltos em mitos e
fantasias, e que recordam os ensinamentos e experiências dos
ancestrais, passado-as para os jovens, que bebem avidamente
dessa fonte de informações.
Paulatinamente, surgem as descrições e narrativas dos
feitos heroicos diante de poderosos inimigos, ou por ocasião de
calamidades e catástrofes, naturais ou provocadas pela imperícia

humana, como enchentes, secas, incêndios ou pestes.
Gradativamente, vão se estruturando oralmente as
narrativas dos povos, onde constam as estratégias e técnicas
utilizadas para superar dificuldades e vencer obstáculos, até
surgirem os registros épicos escritos.
Exemplos clássicos dessas narrativas mitológicas são a
Ilíada e a Odisséia, do grego Homero, que se referem a
acontecimentos do século XIII aC e que se tornaram o
fundamento literário que inspirou os gregos na sua evolução
cultural até o apogeu com a Atenas do século de Péricles. Outro
exemplo recente é o épico Os Lusíadas, de Camões, do século
XVI, monumento literário aos grandes descobrimentos marítimos
e ao momento culminante do império ultramarino português.
Diante de fatos e de circunstancias que merecem relatos
especiais, surgem as preocupações e o interesse de pessoas mais
instruídas, e mais letradas, em deixar registros dos feitos e
realizações do seu tempo para as gerações futuras, em escritos ou
em monumentos, que resistissem às intempéries e a ação deletéria
do tempo. São preocupações típicas do século XVIII de nossa era.
E o tempo, que era contado em anos, décadas e séculos, passa a
ser medido em milênios.
Posteriormente, surgem os estudos arqueológicos,
antropológicos e geológicos, mergulhando profundamente no
passado da Humanidade, do Planeta e do Universo. E o Tempo é
medido em Períodos Geológicos, avaliados em milhões de anos.
A curiosidade humana mergulha nas duas dimensões do
Desconhecido, sempre envoltas em mistérios a serem
desvendados: Tempo e Espaço. Busca simultaneamente desvendar
os mistérios do passado e precaver-se diante de possíveis
surpresas em direção ao futuro. Busca, pois, prever e planejar a
marcha em direção ao futuro.
Contudo, os seres humanos, sempre desafiados em
desvendar os mistérios que envolvem a Noite Escura do
desconhecido, também voltam seus olhos e sua Mente, visando

ampliar a percepção do Espaço à sua volta.
Nessa busca constante, temerariamente, procurando
conhecer o que existe além do rio e da montanha, ousando depois
alongar a vista além dos mares e continentes, mais algum tempo,
mergulhando no espaço em busca da lua e do sistema Solar, hoje
sonda a profundeza e a vastidão da Via Láctea e das galáxias.
E os espaços siderais passam a ser mensurados por
unidades de tempo. A distância entre uma e outra estrela, uma e
outra constelação, ou galáxias, é avaliada em anos-luz.
Esse fantástico mergulho, nas dimensões de espaço e
tempo, permanecem repletas de lacunas, que a Percepção Objetiva
e Racional não consegue preencher.
Esses espaços, aparentemente vazios, no passado e no
futuro, na Terra e nos Céus, desencadeiam fortes estímulos à
Fantasia e à Imaginação Criadora, culminando na Ficção
Cientifica de Júlio Verne e da Jornada nas Estrelas.
11.1.8 - Mergulho no Futuro

A preocupação com o dia de amanhã, com o próximo
inverno, especialmente entre os povos originários da Civilização
da Carência, são estímulos que levam a mente humana a
desenvolver diferentes atividades:
• o Consciente, a função racional, realiza observações, análises
e comparações, criando estratégias e técnicas de Previsão e
Planejamento;
• o Subconsciente, a função mecânica, por sua capacidade de
padronização e generalização, permite aos seres humanos
buscarem informações em relação ao futuro.
Por isso, os homens, tentando penetrar a mente dos deuses
e descobrir o que eles preparam para o futuro, desenvolvem
saberes, criando ritos e rituais divinatórios...
11.1.9– O Subconsciente e o Tempo

Cabe ainda observar que o subconsciente desconhece
passado e futuro. Ele somente conhece o presente. JAVÉ – DEUS
É.
Por isso, é importantíssimo observar que, quando a pessoa
busca lembrar-se de alguma coisa ocorrida no passado, em
qualquer idade, especialmente em estado hipnótico, revive o fato
como se estivesse acontecendo no momento presente, revivendo
inclusive sentimentos e reações idênticas aos da época em que o
fato ocorreu.
As pessoas podem viver também cenas oníricas que, pela
intensidade emocional e pela clareza das imagens, parecem estar
vivendo naquele momento e naquele lugar.
11.1.10– Perspectivas da Paranormalidade Treinada

A imaginação é a principal forma de treinamento da
paranormalidade, notadamente dos eventos de Percepção
Extrassensorial - P.E.S 15:
• Vencendo os limites do tempo presente, o agora,
desenvolve a manifestação da Pré e da Pós Cognição, e da
Bilocação de Consciência, levando a pessoa a perceber-se no
futuro.
• Vencendo os limites do espaço presente, o aqui,
desenvolve a Claripercipiência e a própria Bilocação de
Consciência, também conhecida como Viagem Astral e
Projeciologia. A Bilocação tem a característica de ascender ao
macrocosmos dos astros, constelações e galáxias, ou mergulhar no
microcosmos das células, moléculas, átomos e partículas
subatômicas, buscando desvendar as profundezas da matéria.
15
A grafia de “Percepção Extra-Sensorial”, segundo as novas normas
gramaticais da Língua Portuguesa deve ser “Percepção
Extrassensorial”. Em nossos textos de Parapsicologia, iremos adotar a
grafia nova, porém mantendo a sigla consagrada PES, em inglês ESP
11.1.11 – Tempo e Paradoxos

No estudo do tempo, em suas diferentes manifestações e
em sua relação com a mente humana, pode-se observar diferentes
paradoxos:
a) Sistema Solar e Sistema Emocional.
b) A Filosofia Existencialista, muita valorizada na
atualidade, proclama enfaticamente: “é preciso viver o presente”;
contudo, o presente é um momento tão fugaz que se pode afirmar:
o presente não existe.
c) O que se denomina de Presente, nada mais é que a
dinâmica vivenciada entre Passado e Futuro.
d) O Passado pode ser visto como inventário dos acertos,
realizações e conquistas e das falhas e resultados indesejáveis,
fundamentos para viver o presente, focalizando e planejando o
Futuro: objetivos de curto, médio e longo prazos.
e) Como já foi explicado, o subconsciente só conhece o
Presente. Para o subconsciente, presente, passado e futuro são
uma realidade só.
11.2- O Criador do Universo

Como vem explicitado acima, apresento a seguir
considerações e análises relativas ao criador do Universo, visando
resgatar uma imagem coerente e significativa que se reflete em
sua obra.
11.2.1 - Ciência e Religião

Houve um tempo em que se propalou a informação de que
a Religião era empecilho para a evolução da Ciência e do Ser
Humano.
Um dos cientistas modernos, Marx, chega a afirmar: "A
Religião é o ópio do povo."
Nietzsche chega a proclamar: "Deus está morto!"
Mais ainda, entre os cientistas, era chique declarar-se ateu.
Os religiosos, assustados, proclamam: "A Ciência é
inimiga da Religião!"
Constato que jamais houve oposição entre Ciência e

Religião.
O que existiu, na batalha do Querer-Ter-mais-Poder, foi a
disputa entre cientistas e religiosos, cada lado defendendo que o
seu Tesouro, continha os maiores benefícios para a Espécie
Humana, e era muito melhor que o dos oponentes!
Considero que essa disputa, ao menos para mim, já chegou
ao fim.
11.2.2 - Estudo Comparado de Religiões

Realizei estudo comparado de religiões, e uma das minhas
primeiras constatações foi a seguinte: Todas as religiões estudadas
pregam que a(s) sua(s) Divindade(s) é(são) o(s) Criador(es) do
Universo.
A partir dessa constatação, afirmava eu, cheio de
entusiasmo: "Encontrei o Deus Único de todas as religiões, o
Criador do Universo!"
Todavia, prosseguindo no mesmo estudo, ao analisar a
descrição das divindades, segundo o explicitado nos livros
sagrados das mesmas doutrinas religiosas ou místicas, as
divindades são apresentadas como incoerentes, estúpidas,
justiceiras, sádicas até.
Recordo o grito de Jean Paul Sartre, filósofo existencialista
francês, clamado pela boca de personagem de peça de teatro sua:
"Se Tu, Deus, me deste a liberdade, só para me condenar!? Vai à
merda, Tu e Tua liberdade!"
Ao ouvir esse brado, não caí de costas porque estava
sentado em poltrona macia, no Teatro Municipal de São Paulo, em
1964.
Lembro-me igualmente do vaticínio do poeta Castro
Alves, em seu poema libertário, "Vozes d’África", ao questionar:
"Deus! Ó Deus! Onde estás que não respondes? / Em que mundo,
em qu’estrela tu t’escondes / Embuçado nos céus?”, o Deus que
parecia não ver a miséria dos negros, nos porões imundos dos
navios que singravam as águas do Atlântico.
Ocorre que todas as divindades possuem duas faces:

* a do Criador do Universo;
* e "o reverso da moeda", o deus feito à imagem e
semelhança de seres humanos...
Hoje compreendo o grito de Sartre, diante do Absurdo,
clamando: "Chega! Basta de me mostrarem esse Deus Palhaço,
fabricado pela Espécie Humana! Quero que me mostrem o Deus
Verdadeiro! o Deus perfeito! o Deus de Amor!..."
11.2.3 - Deus - Criador do Universo e Revelador de

Religião.
No período em que me dediquei intensamente à
Compreensão da Fenomenologia Paranormal, fiz o seguinte
entendimento: Deus é o Criador do Universo. Ele criou o Céu e a
Terra e tudo o que neles existe. Por conseguinte, Ele também
criou as Leis e Princípios que regem o Funcionamento do
Universo, aí incluída a Vida, o Ser Humano e a Mente Humana. E
também as Leis e Princípios que regem a relação de Deus com
suas criaturas, chamadas de Verdades Reveladas pelas Religiões.
Em síntese, Deus criou todas as Leis e Princípios que regem o
Funcionamento da Ordem, quer do ponto de vista das Religiões,
quer dos das Ciências.
Enfatizo então: Se uma verdade religiosa não for coerente
com uma descoberta científica, de duas uma:
* Ou não é verdade religiosa, sendo tão somente palpite
entusiasmado de profeta;
* Ou não é descoberta científica, sendo apenas conclusão
precipitada de pseudocientista!
Portanto, o Criador, como Ser coerente e lógico, como o
demonstra em todas as obras criadas, jamais iria estabelecer
incoerência ou oposição entre a Ordem do Funcionamento do
Universo e a Ordem Religiosa Revelada.
E muito menos estabeleceria incoerência ou oposição entre
o mundo visível, o Universo - visto sob a ótica das aparências - o
Caos; e o mundo invisível - o Universo - visto sob a ótica das

essências - o Cosmos.
E, atenção! As Leis e Princípios que REGEM o Universo,
a Vida, o Ser Humano e a Mente Humana - independentemente da
opinião e dos objetivos propostos por quaisquer seres humanos -
sempre permanecerão os mesmos!
Eles são tão imutáveis e perenes quanto a existência do
próprio Universo. Chega a ser engraçado, ou ridículo? seres
humanos ocuparem-se e, pior ainda, preocuparem-se em saber
quando e como o Sistema Solar, a nossa galáxia e o próprio
Universo se extinguirão... Como se algum deles se fará presente,
em quaisquer desses eventos, com suas mesquinhas necessidades
bio-orgânicas...!?
11.2.4 - Dialogando com o Criador

Segue um texto que redigi, apresentando um monólogo
que pronunciei dirigindo-me ao Criador do Universo.
Costumo informar que, durante um longo período da vida,
dediquei-me à busca da compreensão de como os seres humanos
FUNCIONAM. Isso vem explicitado em diferentes obras minhas.
AGORA, estou empenhado em resgatar uma visão digna
do Criador do Céu e
da Terra e de tudo o que neles existe! O texto abaixo é
apresentado como breve introdução a essa temática, a qual será
detalhada em obras posteriores.
Considero que o texto é suficiente para atender aos
objetivos da presente obra e deste capítulo.
Criador, eles Te apelidaram e Te caluniaram.

Apelidaram-Te de Allah, Brahamma, Buda, Deus, Jupiter,
Oxalá, Zeus e outros tantos pseudônimos...
Mais ainda, caluniaram-Te, imputando a Ti a maquinação
para estabelecer, entre os seres humanos, a pior praga do
planeta, a Culpa e todos os processos derivados: masoquismo,
autopunição, autodestruição, e mais os processos
desencadeadores das perdas e das doenças orgânicas e

psíquicas...
Também Te atribuem a invenção do Inferno, nas duas
fórmulas e versões:
• Inferno à vista – constituído por fogo, horríveis dores e
gemidos de angustia e desespero, lamentos, ouvidos por toda
a eternidade.
• Inferno à prestação - exigindo que os seres humanos
vivenciem sofrimentos e agruras em sucessivas
reencarnações, para cumprirem seu carma, um processo
evolutivo para conduzir seu espírito das trevas, para
avançar em direção à Grande Luz!
Sim, é isso que está escrito nas sagradas Doutrinas
Místicas e Religiosas.
Afirmam, outrossim, que foste Tu, o ignorante criador da
Matéria. Pois, argumentam que é preciso desapegar-se de todos
os bens materiais, proclamando a pobreza e o desapego, como
virtudes indispensáveis para se atingir a santidade ou a evolução
do espírito, para se reintegrar à chama fulgurante da
Divindade...
A Matéria, como elemento inferior ou atrasado, faria
parte ainda do Ser Humano, tanto de seu organismo vivo como do
próprio Espírito, o qual possuiria até sete camadas de matéria, as
quais iriam “descascando”, à medida que a evolução espiritual
ocorresse...!
Criador do Universo, é desta maneira e, versões
semelhantes que “sábios seres humanos” desenvolveram crenças
e ensinamentos em relação a Ti. Penso - na minha limitação de
ser humano, localizado no Planeta Terra e vivendo neste tempo
do século XXI da Era Cristã – que é preciso ampliar, aprofundar
e qualificar tudo o que já foi dito e afirmado, em relação a Ti,
como ser Supremo e Criador do Universo.
Esses conhecimentos e ensinamentos, presentes nos Livros

Sagrados, constituídos por crenças e leis doutrinarias e de
Organização Social, contêm maravilhosos princípios de

Sabedoria, muitos deles indiscutíveis. Porém, incluem também
afirmações como as acima referidas, algumas de conteúdo ao
menos duvidoso ou questionável.
Considero isso absolutamente normal, pois essas Doutrinas
foram elaboradas há séculos e milênios, possuindo limitações
semelhantes às de outros conhecimentos. Exemplo dessas
limitações são os instrumentos utilizados para a conquista dos
bens necessários à Sobrevivência: eram simples mas, comparados
aos atuais, eram simplórios e atrasados.
Compare-se, como mero exemplo, os instrumentos
agrícolas de séculos e milênios passados aos da atualidade: pedra
lascada e enxada metálica, arado de tração animal ao trator
informatizado...
Também essas explicações - antigas e antiquadas - para as
pessoas que - livres de fanatismos pré-fabricados e de
condicionamentos sistemáticos - percebem o absurdo de algumas
supostas "verdades doutrinárias"; contudo, sem lógica e sem
coerência alguma.
Retomando o monólogo com o Criador, prossigo:
Sei, Criador meu e do Universo, que os compreendes,

pois, "não sabem o que proclamam ou afirmam".
Pior ainda: muitos consideram-se ou são aclamados como
sábios e cientistas. Todavia, apresentam afirmações, repletas de
não-saber, quando não de ingênua ignorância.
É meu desejo maior, Criador do Universo e da Vida,
agora, resgatar a Tua sabia grandeza, e gloriosa e eterna
coerência, em tudo o que fazes no eterno Sempre.
Hoje percebo que, desde minha infância, pressentia as
incoerências doutrinárias, apresentadas como se fossem supostas
verdades reveladas. E Tu sabes, melhor do que eu, a quem me
refiro.
Alguns textos de meu blog, particularmente os abrangidos
pelo título geral Questionando Deus e os Homens, apresentam
alguns dos questionamentos que sempre fiz, desde a infância, e

cujas respostas aos poucos vão sendo alcançadas.
CAPÍTULO XII
O SER HUMANO SOB NOVAS
ÓTICAS
12 - Novas Possibilidades de Análise Pessoal e

Reprogramação
Neste capítulo, abordo novas óticas, relativas ao ser
humano, as quais poderão contribuir para qualificar argumentos,
durante exercício de hipnose e regressão, visando a
reprogramação do Subconsciente e a harmonização mental.
12.1- Recém-Nascido - Semente Humana

O recém-nascido é semente de pessoa humana, em dois
sentidos:
▪ é como o grão de milho, retirado da mãe-espiga; como o
grão de feijão, retirado da vagem-mãe...
▪ está nele a semente do futuro cidadão.
No momento em que o cordão umbilical para de funcionar,
tudo o que ele vai ser, ter e fazer, já está programado em seu
Subconsciente.
12.1.1- A Semente Humana e o Destino

Comparar o recém-nascido da espécie humana à semente
das plantas é possibilitar a compreensão de muitos aspectos
misteriosos, relacionados com a existência das pessoas.
No decurso dos séculos e milênios, Doutrinas Místicas,
Religiosas e Filosóficas pregaram que as pessoas eram conduzidas
por uma sina e que obedeciam a um destino fatalista.
Até há pouco tempo, era reduzido o número de pessoas
que sabiam da existência das programações oriundas da vida
intrauterina e do processo de nascimento. Um número ainda
menor sabe de sua importância para a vida. E apenas um pequeno
grupo sabe alterar, mudar ou transformar essas programações em

aspectos positivos em favor da vida.
Sabemos que o Subconsciente, segundo estiver
programado, rege os três sistemas essenciais à vida das pessoas: o
Sistema Orgânico-Corporal, o Sistema Emocio-Comportamental e
o Sistema Factual.
Como consequência dessas constatações, fica evidente que
as pessoas, no decurso de sua vida, são regidas por padrões
repetitivos, inclusive de uma geração a outra.
E a isso pode-se chamar Destino.
12.1.2 - Programações Imutáveis

Sabe-se que o Ser Humano é partícula física do Universo
e, como tal, seu Subconsciente é programado pelas Leis
Cósmicas, desde o inicio da sua existência...
Também é evidente que o Ser Humano é um Ser Vivo e,
como tal, nasce programado também pelos Princípios Naturais de
Sobrevivência...
12.1.3 - Programações Herdadas dos Antepassados

As Programações Hereditárias podem ser de diferentes
tipos:
1º Programações Genéticas, especialmente as que originam
as características do Sistema Orgânico da pessoa. Com relação aos
Sistemas Emocional e Factual, não está confirmada a hipótese de
que as programações a eles relacionadas tenham origem na
genética...
2º Programações Herdadas Congenitamente, as quais são
oriundas de diferentes fontes:
-> programações Culturais Milenares;
-> programações Oriundas das Etnias;
-> programações oriundas do clã, da família, dos
antepassados mais recentes, dos pais, avós...
12.1.4 - As Programações Oriundas da Vida

Intrauterina
Como está detalhado em O Jogo e a Estrutura das
Personalidades, no capítulo IV – Programações de Vida
Intrauterina, o bebê, em gestação, é um só ser com a mãe.
Portanto, tudo o que a mãe pensa e imagina, sente e vivencia,
registra-se no Subconsciente do futuro cidadão de forma mais
significativa do que no da gestante.
Sem dúvida alguma, as Programações de Vida Intrauterina
determinam a qualidade da Energia Psi. É a qualidade dessa
energia que, mediante a PES, estabelece padrões de
relacionamento entre pessoas, e por meio da Psicocinesia,
determina padrões de relacionamento com o mundo exterior e o
Sistema Factual...
12.1.5 - Programações do Processo de Nascimento

Pode-se afirmar que as Programações do Processo de
Nascimento, correspondem simultaneamente ao coroamento e ao
fortalecimento das Programações de Vida Intrauterina.
Observe, pois, que o Nascimento é o primeiro fato, no qual
o bebê participa diretamente e como individuo, vivenciando todas
as sensações e reações como efetivamente suas. Ele é agente e
reagente, vive cada momento deste processo com a insegurança,
ou autoconfiança, desenvolvida ao longo de todo período de
gestação.
O grau de insegurança ou de autoconfiança do bebê vai
definir a vivencia do processo de Nascimento, determinando ações
e reações...
Agora, no ato do Nascimento, ele vivencia as sensações e
reações de insegurança e de autoconfiança, como suporte de suas
reações emocionais e comportamentais e dos fatos de sorte ou de
azar, a serem vividos ao longo de sua vida.
Portanto, o nascimento, como primeira experiência
vivenciada pelo futuro cidadão, vai determinar a manifestação de
características de personalidade, e já traça os padrões mentais de

sucesso ou fracasso, de frustração ou realização...
12.1.6 - O Destino e o Futuro da Pessoa

Em particular, é a Energia Psi ou Campo Informacional Psi
que traça o destino da Pessoa, que define o futuro do cidadão. Esta
sina permanece muito estável, enquanto não ocorrem
Reprogramações Significativas que a alterem.
O Subconsciente do ser humano possui o Poder
Criador de Deus, conhecido pela ciência como Energia Psi ou
Campo Informacional Psi. É este Poder Criador que rege o
Sistema Factual, desencadeando e orientando os acontecimentos
na vida da pessoa.
Energia Psi é expressão, que atualmente pode ser
considerada superada ou complementada pela expressão Campo
Informacional Psi.
Constata-se, segundo conclusões da física quântica, que a
Informação Psi antecede e é mais poderosa que a própria Energia
Psi.
Pode-se afirmar que a Informação Psi aciona e orienta a
Energia Psi, a qual, por sua vez, desencadeia e efetiva os
resultados.
É por este motivo que surgem, no decurso da Historia da
Humanidade, Filosofias, Religiões e Doutrinas Místicas, que
pregam que o Ser Humano é vítima de um Destino Fatalista, ou
que afirmam que a pessoa nasce com uma missão específica e
especial, a ser cumprida.
Destino Fatalista ou Missão Pessoal são hipóteses que, se
fossem confirmadas, destruiriam a possibilidade de o Ser Humano
vir a ser, efetivamente, livre. Dito de outra forma, negariam a
própria existência ou a possibilidade da Liberdade do Ser
Humano.
12.1.7 – Padrões se Repetem

Tem sido comprovado por diferentes estudiosos do Ser

Humano, que os padrões se repetem – fatos, situações e outros
eventos reaparecem de forma semelhante, por vezes idênticos, em
sucessivas gerações, tanto na vida de pessoas, quanto em
contextos familiares e sociais. Esses padrões apenas comprovam o
que afirmo há mais tempo:
• a Mente Humana e o próprio Ser Humano são regidos
por Leis e Princípios, matematicamente exatos;
• as programações mentais têm importância fundamental na
orientação da vida dos seres humanos.
Quem conhece as obras do Sistema Grisa, já sabe, há mais
tempo, que o Subconsciente padroniza e generaliza programações
importantes.
E a sabedoria popular já confirma isso, com provérbios
como: “Gato escaldado tem medo de água fria” ou “Cachorro
mordido por cobra, tem medo de linguiça”.
Por isso, os fantasmas se multiplicam com tanta facilidade
nos miolos dos seres humanos.
E a Psicocinesia produz padrões que regem esse
fenômeno, aparentemente inexplicável: os padrões se repetem,
como:
• acidentes semelhantes ocorrem entre diferentes membros
de uma famílias ou entre famílias que integram um mesmo
parentesco, em gerações sucessivas.
• pessoas há que, sofrendo graves acidentes, nada de mal
lhes acontece – autentica proteção que aciona a
psicosinesia – seguindo padrões semelhantes aos acima
referidos. Por lado, determinadas pessoas quebram
membros ou sofrem lesões internas graves – semelhantes e
sucessivas – em situações consideradas absolutamente
simples, isentas de qualquer risco aparente...
Como você percebeu, caríssimo leitor, especialmente o
parapsicólogo do Sistema Grisa, os temas apresentados neste item
e no anterior, vêm detalhados em outras obras do Sistema Grisa.
Aqui, estão apresentados em tópicos essenciais, como uma rápida

recapitulação.
Pois, costumo declarar a meus discípulos:
Para um bom entendedor, meia palavra basta; para um
ótimo entendedor, um suspiro é suficiente.
E que dizer de você, caro leitor, como excelente
entendedor que é?
12.1.8 - Exercício de Autoanálise

O presente exercício de Autoanálise visa abrir um leque
sem fim de vias de autoconhecimento e de desenvolvimento
pessoal.
Exercício Individual
Se você realizar este exercício sozinho, excluída a
participação de outras pessoas, você poderá iniciar a autoanálise a
partir de qualquer um dos itens acima, segundo seu interesse ou
entusiasmo.
Exercício em Grupo
O Exercício de Autoanálise, quando realizado em grupo,
pode ser desenvolvido com a participação de diferentes pessoas:
você com seu cônjuge, com um ou mais filhos, com os pais ou um
deles, com diferentes familiares ou com diferentes colegas e
amigos interessados...
Passos do Exercício
É óbvio que o primeiro passo será ler atentamente o texto
acima. Depois, realizar uma releitura analítica, comparando os
dados analisados com aspectos de sua própria vida.
Primeiro Passo
Inicialmente, você, individualmente, ou com as pessoas do

grupo, define um dos tópicos acima para verificar como são as
raízes, o tronco, os ramos, as flores e os frutos que sua semente
pessoal já desenvolveu ou produziu.
Passos Subsequentes
Segundo a evolução obtida na realização do primeiro
passo, será selecionado outro tópico, identificando características
físicas da pessoa, traços de personalidade, tipos de reações
emocionais e comportamentais, de episódios factuais, que tenham
origem no fator ou tópico selecionado.
Posteriormente, serão estabelecidas comparações entre os
elementos identificados do primeiro passo com os do segundo e
dos demais, na medida em que evolui o processo de autoanálise.
Orientações Preliminares
Para iniciar o processo de autoanálise, você pode partir de
perguntas como:
• Que características de minha personalidade estão
fortemente relacionadas com as programações dos meus
antepassados? Da Etnia ou da Família?
• Que reações emocionais ou comportamentais,
relacionadas com o meu temperamento, estão diretamente
relacionadas com fatos e circunstancias do meu período de
gestação? Ou, quiçá, do meu processo de nascimento?
• Existe, manifesto claramente na historia de minha vida,
algum padrão de resultados, que vem se repetindo por duas ou
mais gerações consecutivas?
Mãos à obra. Você está de posse de um fantástico
instrumento de autoconhecimento, que poderá guiá-lo na senda da
evolução e realização pessoal, do sucesso e de grandes conquistas!
12.2 - Ser Humano e as Sensações Agradáveis de

Prazer, Satisfação e Felicidade
É comum as pessoas confundirem prazer, satisfação e

felicidade, como se tudo fosse a mesma coisa, apenas com
conotações diferentes.
Contudo, no decorrer dos longos anos, durante os quais
venho me dedicando ao entendimento natural, objetivo, pratico e
funcional dos seres humanos, sempre tendo como referencia as
minhas próprias experiências pessoais, e observando e avaliando
comportamentos e reações de pessoas próximas de mim, pude
perceber que há uma significativa diferença a ser entendida entre
esses termos e seus conceitos.
É o resultado desses estudos detalhados e dedicados que
apresento a seguir.
12.2.1 - Definição de Prazer

Segundo o dicionário Aurélio, “Prazer é sensação
agradável, harmoniosa que atende a uma inclinação vital".
Considero essa definição Aureliana limitada e imprecisa.
Como resultado de minhas pesquisas, defino: Prazer é
essencialmente sensação físico-química, é sensação da pele. E é
desencadeado pelo Sistema Orgânico, manifestando-se sob
diferentes formas:
•Prazer e a Sobrevivência do Individuo

Para garantir a sobrevivência, o Criador do Universo
estabeleceu tendências significativas nos seres vivos.
As plantas, por exemplo, tendem a estender seus ramos
em direção à luz e à fonte de oxigênio. Se você coloca uma planta
dentro de casa, cultivada num vaso ou outro espaço, sua tendência
é voltar os ramos e folhas para o lado de onde vem a luz do sol e o
oxigênio do ar externo.
Com isso, as plantas visam buscar as fontes de vida, ou
seja, garantir sua sobrevivência como indivíduos. Tanto a luz
quanto o oxigênio são indispensáveis para garantir sua
sobrevivência e manter seu processo de desenvolvimento

enquanto planta.
As plantas também tendem a estender as raízes, buscando
água e outros nutrientes, sempre em direção à terra mais úmida e
mais fértil.
Pode-se dizer que é assim que as plantas buscam atender
as suas necessidades de fome e sede...
Os animais também buscam responder as suas
necessidades de sobrevivência como indivíduos, da forma mais
prática e mais fácil.
No estudo tradicional dos animais, tanto a filosofia quanto
a biologia e a psicologia, sempre definiram essas tendências como
instintos naturais.
No decurso da história, neste Planeta, os animais definiram
hábitos, em seu processo de alimentação, segundo suas
necessidades especificas e conforme as ofertas de alimentação
presentes na natureza, em seus espaços geográficos.
Contudo, quando um animal não tem suas necessidades de
alimentação correspondida de forma suficiente ou adequada, eles
tendem a romper esses limites e espaços geográficos, buscando
alimentos em outros locais. Neste caso, podem, inclusive, agredir
outros animais, na disputa pelos elementos necessários à sua
sobrevivência, isto é, para satisfazer sua fome e sua sede.
Os Seres Humanos também seguem as mesmas
tendências, na busca de garantir a sobrevivência como indivíduos.
Em determinadas circunstancias, grupos de indivíduos se unem
em diferentes estruturas sociais, visando garantir a sobrevivência
dos indivíduos e do grupo.
Quando o Ser Humano, na história da família, do clã ou do
povo, viveu experiências de extremas dificuldades para conquistar
os bens necessários à sobrevivência, seja como individuo, seja
como grupo maior ou menor, surgem necessidades extremas:
“É preciso matar o outro para garantir a minha
sobrevivência e a de meus sócios ou colaboradores.”
Como já expliquei, no livro O Jogo e a Estrutura das

Personalidades, esse processo de organização social estrutura-se
de forma mais intensa e clara, nas comunidades e povos oriundos
da Civilização da Carência.
Quando o individuo passa por necessidades de fome e
sede, pode cair no desequilíbrio, levando-o a alguns excessos.
No excesso da Gula, por exemplo, engolindo tudo que
pode, com medo que venha faltar depois. Ou guardando
alimentos, água e outras bebidas em excesso, também com medo
de que possa vir a faltar e a fazê-lo sofrer as dores da fome, do
frio e de outros processos agressivos que possam ameaçar a sua
sobrevivência.
O prazer, estabelecido nos seres vivos pelo Criador do
Universo, da Vida, do Ser Humano e da Mente Humana, visa
simplesmente a busca da manutenção da vida, com qualidade e
tranquilidade.
Os seres humanos podem ser levados a outros excessos,
como o acumulo de bens materiais, também representados por
dinheiro e outras riquezas. Acumulam e acumulam, e não sabem
porque estão acumulando tanto!
Prazer em Relação às Leis Universais
O Prazer é desencadeado pelas necessidades decorrentes dos
Princípios Naturais de Sobrevivência do Individuo, especialmente
nos processos que buscam responder às necessidades internas do
organismo vivo.
Isso está explicitado detalhadamente no CD nº 12 – Relax e
Meditação, segunda faixa, de minha autoria.
O prazer também se relaciona com as necessidades relativas
à Sobrevivência da Espécie, desencadeado especialmente nas
relações afetivo-sexuais, nas quais se destacam o tato, o olfato e o
próprio paladar.
Observe a voz do poeta:
“Não basta saber que sou amado, nem só desejo o teu
amor, desejo ter nos braços teu corpo delicado”. Olavo Bilac
O Prazer em si é Insaciável e Compulsivo

Na ilusão de que o prazer pode conduzir à felicidade,
surgem inúmeras compulsões:
• Compulsão das Compras: parece que um sapato
proporciona alegria e prazer. A pessoa, hipnotizada pela
propaganda e induzida por essa forma de pensar, considera que
dois, três, quatro pares de sapatos a tornam mais e mais feliz.
Quando se dá conta, tem sapato demais para usar, e dinheiro de
menos para pagar as contas.
• Na ilusão de que o prazer sexual abre as portas para o
reino encantado da felicidade, a pessoa busca mais e mais
parceiros para tentar ser feliz... Facilmente pode-se perceber que
essa pessoa se torna compulsivo sexual, pedófilo e até mesmo
estuprador... Expulsou para bem longe a felicidade e abraçou
perturbações pessoais e prejuízos sociais.
O oposto do Prazer é a Dor.

Como se sabe, “a Dor dói”. Ou seja, é sensação
desagradável, que incomoda e perturba, podendo ser percebida
como um mal em si.
Contudo, a dor que dói não é problema, é começo de
solução. Pois a dor, em sua essência, é alerta, avisando que o
organismo, o corpo da pessoa, está precisando de cuidados
especiais e específicos.
12.2.2 – Satisfação
A Satisfação é essencialmente uma sensação agradável,
afetivo-emocional. É desencadeada pelas reações automáticas do
Subconsciente, decorrentes do Sistema Emocional e Hormonal.
A Satisfação desencadeia vibração de alegria e entusiasmo,
que vibra no Coração Humano, ressoando por todos os órgãos e
células do corpo da pessoa.
A Satisfação e as Leis Universais

A Satisfação é desencadeada como resposta às necessidades
de autovalorização e autoestima, oriundas do Princípio Natural de
Sobrevivência do Ser Único.
A Satisfação relaciona-se também de forma efetiva e direta
com a Lei Cósmica da Evolução. Ao alcançar um sucesso, um
resultado benéfico e construtivo, a pessoa sente-se
automaticamente integrada ao processo de evolução do Universo.
Ou seja, percebe-se – ainda que de forma puramente
subconsciente – participante da co-criação do Universo. É a
maravilhosa sensação de estar desencadeando a Lei da Criação de
forma construtiva e benéfica, em sintonia com o Criador.
A Satisfação Associada ao Prazer
Há pessoas que, pelas mais diversificadas razões, ainda não
foram capazes de vivenciar essa sintonia com o Criador do
Universo, no ato de manter e aperfeiçoar a obra da Criação.
Entretanto, elas vivenciam certa satisfação, quando produzem
resultados ou realizam conquistas sem estarem em plena sintonia
com o processo evolutivo do Universo. Eis alguns exemplos
disso:
→ Quando o locutor esportivo exclama: “É pura...
adrenalina!”;
→ Quando o adolescente se gaba de ter beijado tal menina;
→ Quando o adolescente, ou o adulto, se gaba porque o pai,
ou ele mesmo, tem o melhor carrão;
→ Quando o machão esnoba, afirmando que conquista as
mulheres mais difíceis.
A Satisfação Profunda Dispensa o Prazer e Ignora a Dor

A pessoa que vivencia satisfação profunda, verdadeiramente
sintonizada com a Lei Cósmica da Evolução, dispensa o Prazer e
ignora a Dor.
Exemplos que ilustram essa constatação:
→ A mulher, que vivencia intensamente o papel de mãe,

desfrutando de profunda satisfação, é capaz de “servir o marido”
mesmo sem necessitar do prazer maior do orgasmo;
→ O desportista, nos treinos, e especialmente na hora da
competição, ignora a dor, mantendo o foco da sua atenção e
concentração mental na satisfação da vitória, no sabor da vitória,
pressentindo o sabor da mesma;
→ Airton Senna, ao final de uma corrida de Formula 1, na
qual conquistou o título de campeão da corrida, no Brasil, durante
as últimas voltas gemia de dor. Porém, só parou de conduzir o
carro após ultrapassar a faixa da vitória;
→ O pioneiro, na certeza da grande conquista, ultrapassa
obstáculos, ignorando dificuldades exigentes e a própria Dor.
O oposto da Satisfação é o Sofrimento.

Ao longo da História da Humanidade, especialmente
enfatizado pelas diferentes doutrinas místicas e religiosas, o
Sofrimento é considerado punição e castigo, atribuído a diferentes
divindades. “É castigo de Deus!” – é adágio popular sobejamente
conhecido.
O Sofrimento faz padecer. Todavia, não é castigo, é alerta,
comunicando que o Subconsciente, em sua atuação
desencadeadora da Energia Psi, está mal programado,
direcionando de forma inadequada seu Poder Criador.
A filosofia Grega, antes de Cristo, já proclamava, como
autêntico Princípio de Sabedoria: “o sofrimento é a dor da alma.”
Esta máxima demonstra que os filósofos daquele tempo já haviam
percebido que o sofrimento não é um mal em si, mas que exerce,
em relação à alma, ao Subconsciente, a mesma função que a dor
exerce em relação ao organismo vivo. É alerta, é aviso de que
providências precisam ser tomadas para organizar a atividade
mental Subconsciente, desencadeadora das reações emocionais e
comportamentais.
12.2.3 - A Felicidade
A Felicidade é essencialmente racional. Só é efetiva e

profundamente feliz, a pessoa que tiver certeza absoluta de
encontrar-se em plena Segurança.
A Felicidade e as Leis Universais
Para poder avaliar, ampla e claramente, se todas as
necessidades de sobrevivência estão garantidas, bem como se a
pessoa está em plena sintonia com as Leis Cósmicas, é necessário
ter consciência plena dessa realidade. Isso exige a participação
direta do Consciente, a Função Racional, que irradia o foco da
atenção sobre esses conjuntos essenciais, realizando a percepção e
a compreensão de que, tanto as necessidades de Sobrevivência,
quanto a sintonia e sincronia com as Leis Cósmicas, estão
plenamente asseguradas.
A forma e a fórmula mais simples que as pessoas possuem
para garantir essa Segurança Total, é a Fé profunda num Ser
Superior, que ama plenamente as pessoas e provê todas as suas
necessidades.
O versículo do salmo bíblico: “O Senhor é meu Pastor,
nada me faltará”, é exemplo dessa confiança e entrega “nas mãos
de Deus”.
Essa certeza plena pode ser alcançada pela compreensão
racional do Consciente, atingindo a plena convicção. Ou, então,
pelo entusiasmo fanático da entrega total e cega ao objeto de
crença, alicerçada no desencadear da intensa emoção, reação
automática do Subconsciente.
A Felicidade está acima de quaisquer limitações

A pessoa que vivencia, efetiva e profundamente, a
Felicidade, dispensa o Prazer e a Satisfação e ignora a Dor e o
Sofrimento.
A Felicidade, oriunda da Fé Fanática, pode ser ilustrada
pelos homens-bomba, suicidas maometanos, Eles têm certeza
absoluta, por sua fantástica Fé Religiosa, de que, ao explodirem,
não morrem, mas eles abrem as portas do paraíso, onde um
número significativo de virgens os espera, para desfrutarem da

felicidade eterna.
São incontáveis, ao longo da História da Humanidade,
especialmente entre as pessoas que vivenciaram profundamente
sua Fé Religiosa, os exemplos de almas felizes. Para ilustrar essa
constatação, observe as vidas de São Francisco de Assis, São
Chico Xavier, Santa Tereza de Calcutá, Irmã Dulce da Bahia.
Todos eles ignoraram dores e sofrimentos, plenamente entregues
ao bem do próximo, aos pobres e outros necessitados e sofredores.
No Candomblé, o candidato a Pai de Santo, nos 21-vinte e
um dias vividos na camarinha, também ignora dores, sacrifícios e
sofrimentos. Da mesma forma, são vividas práticas de
autoflagelação dos Maometanos e de tantos outros adeptos de
diferentes penitências religiosas. O mesmo fazem os Iogues,
habitando as frias cavernas das montanhas, na busca da sua
evolução espiritual...
O oposto da Felicidade é o Desespero.

O desespero é causado pela conjugação das emoções
negativistas mais violentas, a angústia, o pavor e o ódio.
O desespero profundo nada mais é do que a perspectiva
evidente da impossibilidade de ser feliz. A pessoa que vivencia
essa situação, está pronta para o suicídio.
Há pessoas que, baseadas em informações inadequadas e
falsas explicações, tentam conquistar a Felicidade pela via do
Prazer, ou mediante a vivência de intensas emoções. E ao se
aprofundarem nessa busca, mergulham no vazio, no Nada e
desesperam-se nos braços da terrível solidão.
Sempre que uma pessoa se desespera, diante do vazio do
Nada e da Solidão, tem toda a probabilidade de jogar a última
ficha, tentando desvendar outra possibilidade de amenizar o
sofrimento e encontrar a Felicidade. É o suicida que, reagindo
contra o impulso mais profundo e direto de todos os seres vivos,
garantir a própria vida, no desespero, atenta contra a sua e destrói
seu próprio organismo de Ser Vivo.
Nos tempos atuais, hipnotizadas por princípios como

fazer o que gosta, faço porque quero, e ainda vítimas da
superproteção, pessoas ignoram o caminha da conquista da alegria
da vitória e do perfume benfazejo da felicidade. Pois, tanto a
vitória quanto a felicidade não são resultados de um destino
fatalista, e sim conquistas de pessoas que sabem empenhar-se no
desenvolvimento de seus talentos e na habilidade de contribuir
generosamente com seu meio e seus semelhantes. São pessoas que
sabem ser colaboradoras, solidárias e vencedoras.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nos albores do século XXI, durante os últimos momentos

que antecedem ao mergulho definitivo do Planeta Terra na Era de
Aquarius, minha vida e minha mente também vivenciam um
processo de intensa transformação, sempre integradas ao processo
da Harmonia evolutiva e vibrante do Universo.
Por isso, a redação desta obra, cujos conteúdos foram
sendo complementados e burilados nas últimas quatro décadas,
não poderia deixar de refletir os processos de minha evolução
mental, especialmente o mergulho fantástico em novos
conhecimentos relativos ao Ser Humano, inserido e integrado na
Unidade Única do Universo, da Vida e da Mente Humana.
A síntese encontra-se explicitada no Anúncio da Obra.
Sem dúvida, sendo o tema central, a Hipnose, junto com a
Regressão de Memória, propicia reflexões e análises mais
profundas e detalhadas a respeito do próprio Ser Humano, da Vida
e da Mente Humana.
E eclode, naturalmente, a pergunta que ecoa em todos os
tempos e lugares:
"Nós, seres humanos, de onde viemos e para onde vamos?"
E uma resposta nasce dos arcanos de meu ser:
- Viemos do TODO, somos o SEMPRE e estamos no
TUDO!...
É o momento supremo da Hipnose, o Transe, que premia o
pesquisador persistente e incansável, com a magnífica constatação
de que, "em Transe, nada de prejudicial e nenhum malefício
acontece à pessoa que esteja em êxtase, em Bilocação de
Consciência, em transe mediúnico ou hipnótico”.
Outra constatação esplêndida, observada ao longo dos
muitos anos de pesquisas, análises e comparações:
"O Transe é mais simples e natural do que se poderia
supor”.
E a Suprema Constatação se manifesta:
A pessoa em Transe, nesse momento, está em sintonia e

sincronia plena com o Parapsi 16 , com a Mente Criadora, que
antecede a existência do próprio Universo e interpenetra todos os
seres que o integram, em todos os tempos e lugares. Está em
sintonia e sincronia com o próprio Criador do Universo.
E segue uma conclusão lógica e clara, anunciada por voz
vinda das profundezas do Cosmos-e-Caos. Seria voz espiritual ou
angelical?
- No Transe, ocorre a Cura Espiritual, a Desobsessão, o
Exorcismo, a Terapia Instantânea, o Milagre, enfim!
Prestando atenção, pode-se ouvir outras vozes afirmando:
- Ocorreu um fenômeno inexplicável!
- A grave doença, anunciada por esse profissional,
resultou de diagnóstico precipitado e impreciso.
- Isso só Deus explica.
– Talvez Allah? Buda? Oxalá?...
O Sistema Grisa constata que, pela Compreensão, Geral e
Específica, pode-se atingir a Reprogramação plena e definitiva do
Subconsciente pessoal, produzindo resultados superiores e mais
definitivos do que os que são obtidos pelo Transe.
O processo de Reprogramação Mental, obtido pela
Compreensão, pode ser facilitado pela Técnica da Hipnose e
acelerado pelo Processo de Regressão de Memória.
A atividade terapêutica, que conjugue Transe Hipnótico e
Compreensão, pode atingir resultados muito superiores aos até
hoje alcançados, quer sejam obtidos pela atuação exclusiva do
Transe, em diferentes manifestações, quer seja pela Compreensão
racional ampla e especifica.
16
Parapsi integra o neologismo que fundamenta toda a teoria do sistema Grisa
e alicerça o processo de terapia instantânea: ParaPsiCosmo-AstroGeoBio-
EcoNeuroRacioSocio-Emocio-Endocrino-Imonologia. Este neologismo será
explicado detalhadamente em nova obra a ser publicada.
A quantificação dos resultados benéficos ainda é

imprevisível. Entretanto, temos certeza de que, somando-se o
poder infinito do Subconsciente, que obtém a manifestação
máxima no Transe, com a Luz que tudo clareia com a percepção
racional do Consciente, efetiva-se a Convicção e obtém-se o
resultado máximo do processo terapêutico.
A conjugação desses dois conjuntos de Poder, regidos, um
pelo Subconsciente acionado pelo transe, e outro pelo Consciente
estimulado pela Convicção, abre perspectivas de um porvir mais
qualificado para a espécie humana, com horizontes mais amplos
que aqueles descortinados tanto pelos navegadores do passado,
como Colombo, Vasco da Gama e Magalhães, quando se
lançavam sobre os oceanos desconhecidos, quanto pelos novos
bandeirantes dos Espaços Siderais, que singram as ondas do
sistema solar, das constelações e das galáxias, há pouco
precedidos pela ida do homem à Lua e do envio de robôs a Marte,
e com as novas perspectivas anunciadas pelos sonhadores que
fitam seu olhar penetrante na imensidão do Universo...
Sempre proclamo e proclamarei:
– Seres Humanos, vocês são muito mais capazes do que
sabiam... e muitíssimo mais capazes do que os outros lhes
permitiram perceber!...
E isso está suficientemente comprovado pela Hipnose e
pela Compreensão.
– O Ser Humano é mil vezes mais capaz do que jamais
sonhou!
– Sim, seres humanos, meus irmãos, pois somos filhos de
Deus, do Criador do Universo, de fato e não apenas de papo ou de
poesia!
E os primeiros fenômenos, aparentemente inexplicáveis,
já estão se fazendo presentes entre nós.
Nesta rota, sou pesquisador incansável, sempre buscando
ver o que se oculta além da linha do horizonte.
Assim como sou incansável na busca da conquista de
minha Visão Plena, naturalmente perfeita!
Vem comigo, caríssimo leitor, para caminhar nas trilhas,

que "abrem as fronteiras de um Novo Tempo", habitado pelo
homossapiens e também pelo novo ser humano, o
homogrisianensis!...
Verão de 2013.
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WEISS, Brian L. Muitas Vidas, Muitos Mestres. Salamandra: Rio

de janeiro, 1991.
LIVROS, CDS E DVDS DO SISTEMA GRISA.

OBRAS DO AUTOR
A CURA PELA IMPOSIÇÃO DAS MAOS, (em coautoria

com Frei Hugolino Back)
COMPANHEIRO MENTAL
COMPREENDENDO A HOMOSSEXUALIDADE
EU SOU PARANORMAL
INTERROGAÇÃO VITAL
LIBERTE SEU PODER EXTRA
O JOGO E A ESTRUTURA DAS PERSONALIDADES
O PODER DA FÉ E A PARANORMALIDADE
PARANORMALIDADE UM POTENCIAL MENTAL
PERSPECTIVAS PROFÉTICAS
LISTA DE CDS
CD 01 RELAX E PROGRAMAÇÃO POSITIVA

CD 02 SEGURANÇA E SUCESSO
CD 03 SAUDE E VITALIDADE
CD 04 ESTUDAR E APRENDER FACILMENTE
CD 05 RELACIONAMENTO HUMANO
CD 06 PESO IDEAL
CD 07 LIVRE DO FUMO - VIVO MELHOR
CD 08 GESTAÇÃO FELIZ
CD 09 AUTO IMAGEM POSITIVA
CD 10 SEXUALIDADE EM HARMONIA
CD 11 CROMOTERAPIA MENTAL
CD 12 RELAX E MEDITAÇAO
CD 13 O PODER DOS SONHOS
CD 14 PROSPERIDADE
CD 15 PENSE BEM
CD 16 DOENÇA NÃO EXISTE
CD 17 HIPNOSE
CD 18 LIVRE DO ALCOOLISMO
CD 19 PASSOS NO CAMINHO DA CONQUISTA
COLETANEA O SENTIDO DA VIDA
SV 01 INTRODUÇÃO A PARAPSICOLOGIA
INDEPENDENTE
SV 02 LIBERTANDO-SE DA DEPRESSÃO
SV 03 LIVRE DA CULPA SOU MAIS FELIZ
SV 04 A VIDA NO REINO INVISIVEL
SV 05 ABORTO É FILHO QUE VIVE FELIZ
CDS DO PARAPSICOLOGO CLÍNICO E

PROFESSOR CÉSAR ANTONIO GRISA.
CG 01 ANJOS INTERIORES
CG 02 IMAGINAÇÃO E REALIDADE
CG 03 EQUILIBRANDO SUA AURA
CDS DA PARAPSICOLOGA CLÍNICA E

PROFESSORA ILSÉTE HEIDERDCHEIDT
H1 CRIANÇA VIVA E FELIZ

H2 ADOLESCENTE SEGURO E CONFIANTE
DVDS DO PROGRAMA
“GRISA TE VÊ – UM OLHAR PANGRISIANO”:
Cada DVD reúne quatro entrevistas com o Dr. Pedro

Grisa, falando sobre parapsicologia. No período de março a julho
de 2011, os programas tinham duração de quinze minutos,
ampliados para meia hora a partir de então.
Na temporada iniciada em março de 2013, outros
parapsicólogos clínicos do Sistema Grisa também são
entrevistados. Os DVDs continuam reunindo quatro entrevistas,

sendo duas com o Dr. Pedro e duas com outros colegas.
Para mais informações, acesse www.ipappi.com.br

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Hipnose Pangrisiana e Reprogramaçao Mental Pela Compreenssão

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Você tem um tesouro em Esses princípios, já conhecidos

Dr. Pedro A. Grisa

EDIPAPPI, de propriedade da LIPAPPI – Livraria de Parapsicologia,

Minha eterna gratidão a todos os que me auxiliam a

Destes, merecem destaque especial: Émile Coué, Peter

Minha eterna gratidão a Jesus de Nazaré, mestre dos

Minha calorosa gratidão a meus pais e irmãos, avós e

Minha apaixonada gratidão à minha esposa Adelaide

Gratidão similar a nossos filhos Rosangela Pozza Grisa

Gratidão ímpar a meu revisor Prof. Marco Rossoni Filho.

Um abraço de gratidão a meus leitores, especialmente a

CAPÍTULO I – HIPNOSE HUMANOPANGRISIANA – HISTÓRICO.. 31

CAPÍTULO II – O SUBCONSCIENTE & O SISTEMA GRISA............. 61

CAPÍTULO III – TABELAS FAMILIARES E DEPRESSÃO................ 79

CAPÍTULO IV – A HIPNOSE E A CONCEPÇÃO

CAPÍTULO V – HIPNOSE E COMPREENSÃO - Reprodução e Análise

CAPÍTULO VII – TREINO DA ARGUMENTAÇÃO PARA A

CAPÍTULO VIII – TREINO DA ARGUMENTAÇÃO PARA A

8.1 Caso Carla Caroline............................................................................. 222

CAPÍTULO IX – AUTO-HIPNOSE E SISTEMA GRISA..................... 251

CAPÍTULO X – REGRESSÃO E VIDAS PASSADAS........................... 275

CAPÍTULO XI – O SER HUMANO E SUA RELAÇÃO COM O TEMPO

CAPÍTULO XII – O SER HUMANO SOB NOVAS ÓTICAS............... 317

Considerações Finais................................................................................... 333

profundidade tal que os registros de memória subconsciente

atualização e aprofundamento acerca de sua atividade; para os

passível de erros, mas com um diferencial: o que Dr. Grisa fez e

Concluindo, poderemos, através da leitura e estudo desses

individuação (autoconhecimento), da evolução e da maturidade

Hipnose Humano-Pangrisiana & a

O prefixo PAN utilizado por mim na expressão “Hipnose

& - é utilizado indicando a estreita e funcional relação

Ó.1 - Manifestação da Plenitude Humana 1

Ó.2 Superando Limitações Humanas

Ó.2.1 - Engano Milenar e Planetário

Fantasma é tudo aquilo que parece ser real e verdadeiro,

1º - O Medroso, que se apavora diante do Desconhecido, e que

Ó.2.3 - Três Baús de Talentos

Ó.3 - Parceiros Meus

Ó.3.1 - Laboratório de Pesquisa do Sistema Grisa

Ó.3.2 - Do Candomblé ao Poder da Mente

"Contudo, observei também que, em última análise, que os

Ó.3.3 - Integrantes do Sistema Grisa

E conclui o Dr. Ary: "Todos nós que convivemos,

Ó.3.4 - Do Homossapiens ao Novo Homem

Ó.4 - IPAPPI - Instituição de Pesquisa, Ensino e

Ó.4.1 - Caminho para o Autoconhecimento

2. Pela constatação da relação existente entre os

Ó.4.2 - Especialista em Orientação Parapsicológica

Social e Institucional-CEOP, junto à Universidade do Vale do

Ó.4.3 - Gratidão e Convite

Meu ideal era publicar romances que as pessoas não

ou duas sessões semanais. Sou da Era Tecnológica e não da Era

1.1 - Hipnose de Palco

fundamentado nos conhecimentos que já possuía sobre o Ser

1.2 - Hipnose e Repetição

1.2.1- Repetição e Indução Hipnótica

Entretanto, fundamentado na mesma Lei, um dos recursos

1.2.2 – A Lei da Repetição apenas programa

tiverem sido muito pessimistas e, consequentemente, sua vida

1.2.3 – Polêmica: o valor das Sugestões Pós-Hipnóticas

Pois, como já foi dito, essas práticas não reprogramam o

1.2.4 - E a Terapia da Fé?