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Alimo Uirissone Manuel

Aminodine Juma
Domingos Victor Zacarias
Edvaldo Pascoal Amateu
Isaías Samuel Rodrigues
Izaque Atibo Jaime

PERSONALIDAE DO PROFESSOR

(Ensino de Inglês 2º ano)

Universidade Rovuma
Nampula
2023

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Alimo Uirissone Manuel

Aminodine Juma

Domingos Victor Zacarias

Edvaldo Pascoal Amateu

Isaías Samuel Rodrigues

Izaque Atibo Jaime

PERSONALIDAE DO PROFESSOR

(Ensino de Inglês 2º ano)

Trabalho de pesquisa apresentado a Faculdade de Letras e


Ciências Sócias, Departamento de Ciências de Linguagem,
Comunicação e Arte. Curso de ensino d Inglês em
cumprimento parcial da Disciplina (Psicologia de
Aprendizagem) leccionado por Mestres Gil Pedro Licaneque e
Laurentino da Sillva Narcísio

Universidade Rovuma

Nampula

2023

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1. Objectivos
1.2. Geral
 Estudar os conceitos de personalidade do professor e suas características no
processo de Ensino e Aprendizagem.
1.3. Específicos
 Analisar os conceitos de personalidade;
 Apresentar o conceito de personalidade do professor no PEA;
1.4. Metodologia
1.5. Revisão Bibliográfica

No pensar de Rudio (1980) “Não se pode fazer pesquisa válida sem consultar livros e
outras obras, em cada uma das fases do processo”.

Assim sendo, com base na revisão bibliográfica fez-se o levantamento de conteúdos


teóricos em diversas referências bibliográficas que abordam sobre o tema ou assunto em
estudo para a leitura, análise e reflexão dos mesmos visando compor a parte teórica do
trabalho para a validade, confidencialidade e integridade do trabalho.

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Conteúdo
Introdução......................................................................................................................5
1. Personalidade..........................................................................................................6
1.1. Personalidade do professor.....................................................................................7
1.1.3. O Professor como um verdadeiro professor....................................................7
1.1.4. O Professor como um bom professor..............................................................7
1.1.5. Qualidades do Professor como um bom professor..........................................8
1.1.6. Interacção do Professor com o aluno..............................................................8
1.1.7. Atitudes do Professor face à profissão docente...............................................9
1.1.8. O Professor na concretização das aulas:.........................................................9
1.1.9. Organização das aulas do professor................................................................9
2. Características necessárias ao professor segundo a visão humanista...................10
Conclusão....................................................................................................................11
Referências Bibliográficas...........................................................................................12

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Introdução
O ser humano na qualidade de pessoa possui características inerentes à sua própria
essência tais como sentimentos (generosidade, amor, compaixão, raiva e outros) que
moldam e determinam a sua personalidade e o fazem diferente dos outros.
Na realidade, personalidade é um conjunto traços distintivos que moldam, influenciam e
determinam a vida humana diferindo cada indivíduo de outros.
E o professor como ser humano possui uma personalidade, ou seja, características
inerentes à sua própria essência que o tornam diferente dos outros e determinam sua
vida ou acções.
A personalidade do professor, assim como de qualquer ser humano, interfere de forma
positiva ou negativa tanto na vida pessoal como na vida profissional. O “eu” do
professor deve ser algo esmerado, com o intuito de que tal procedimento o torne um ser
com auto – estima elevada e desta forma possa contribuir com o desenvolvimento
humano, físico e espiritual de seus discentes. (SOUSA et all, 1989: 10).
Portanto, é no âmbito do trabalho do professor como um agente de Processo de Ensino e
Aprendizagem e como um ser que possui sua própria individualidade que dita e
determina as suas acções que o presente trabalho se assenta, a saber, estudar a
personalidade do professor nas actividades do Processo Educativo.

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1. Personalidade
A palavra personalidade provém latim personare que literalmente significa “que serve
para fazer soar” e do grego prósopon tendo o sentido de pessoa e significa literalmente
“máscara”, isto é, aquilo que um determinado actor punha em seu rosto numa peça
teatral.
Assim sendo, a personalidade como um traço humano designa todos os papéis
representados pelo homem no teatro da vida quotidiana numa relação com o mundo e
consigo mesmo.
A personalidade consiste na organização dinâmica e característica do indivíduo, das
suas estruturas ou sistemas psicológicos e da sua interacção com o meio, considerando-
se a individualidade do organismo estruturado e a natureza do ambiente circundante
(VALLE, 2003).
Para António Xavier Tales, (1975:202), “a personalidade não nasce connosco, vai se
formando o decurso do nosso desenvolvimento. Altera-se, toma esta ou aquele rumo,
progride de acordo com grandes ou traumáticos acontecimentos com que se for
envolvido durante a vida”.
Segundo Allport; in Hall (1974) “a personalidade é o que um individuo realmente é”
sendo assim, Personalidade é a totalidade do ser humano, tal como parece aos outros e a
si próprio, na sua unidade, singularidade, interioridade, autonomia e valor em si.
 Singularidade – o ser humano é uno, original, individual, irrepetível e
insubstituível;
 Unidade – o ser humano é composta de diversificadas partes (corpo físico,
razão, emoções, entre outros aspectos) que formam um todo coeso ou completo;
 Interioridade – o ser humano é um espaço de reserva e de intimidade
inacessível ou inviolável, ou seja, é um ser moralmente consciente;
 Autonomia – o ser humano na qualidade de pessoa é livre para agir e tomar
decisões, isto é, governa e determina a si mesmo;
 Valor em si – o ser humano é um valor absoluto e, como tal, não pode ser usado
como um meio ao serviço de um fim. Pois fora a isso estar-se-ia a coisificar a
pessoa.
González-Rey 2013, define a personalidade como “o sistema subjectivo
autoorganizador da experiência histórica do sujeito concreto”. Desse modo, a
personalidade é compreendida como organização sistémica da subjectividade

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individual, “comprometida com o momento actual de expressão e subjectivação do
sujeito”. A personalidade é considerada, pois, um sistema autónomo, que se constitui
constantemente num “processo gerador de sentidos ao longo da história do sujeito
individual” (GONZÁLEZ-REY, 2013, p. 254, 256).
Nesta mesma linha de pensamento, Domingues García (2007), considera a
personalidade como “nível superior de organização dos componentes da subjectividade
e de regulação do comportamento”, ou seja, a personalidade representa o nível maior de
integração dos conteúdos e funções da subjectividade humana.
1.1. Personalidade do professor
Ser professor é mais do que ensinar conteúdos, fórmulas e técnicas, é também educar,
formar cidadãos que pensem e tenham autonomia para decidir, que cumpram seus
deveres e lutam por direitos. [...] Ser professor é ter esperança! É lutar, buscar, acertar e
errar. É ser farol é ser porto seguro! É acreditar, é ter fé, é sonhar! Ser professor é acima
de tudo amar. (FONSECA, 2008: p. 10).
Personalidade do professor refere-se a toda gama de características pessoais que
podem afectar o modo como este realiza suas tarefas, partindo dos seus sentimentos,
emoções, pensamentos, atitudes, comportamentos, motivos, tomadas de decisão e até
o seu projecto de vida.
Para António Xavier Tales, (1975:202), “a personalidade não nasce connosco, vai se
formando o decurso do nosso desenvolvimento. Altera-se, toma esta ou aquele rumo,
progride de acordo com grandes ou traumáticos acontecimentos com que se for
envolvido durante a vida”.
1.1.2. O Professor como um verdadeiro professor
Segundo Lichtenberg, et all (1998), verdadeiro professor é todo aquele que deseja
comunicar-se com outras pessoas e que considera não só a escola, mas toda a
comunidade como seu local de trabalho. É todo aquele que procura entrar em diálogo
com outras pessoas e com elas criar actividades e desenvolvimento. O verdadeiro
professor é aquele que pode influenciar ampla e positivamente a comunidade local
(LICHTENBERG, et all, 1998). É todo aquele que está sempre em interacção com os
seus alunos e com a população local.
1.1.3. O Professor como um bom professor
O bom professor é aquele que valoriza as potencialidades do aluno. Este precisa sentir
que é aceite, amado e respeitado. Sua actividade deve ser uma manifestação de ternura e
vigor.

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O bom professor na construção de colectivo em sala de aulas, educa para a
responsabilidade desenvolvendo a auto-estima e a autoconfiança. O bom professor não
sabe apenas mediar o conhecimento, mas é o motivador, articulador, doador e
esclarecedor. É alguém que leva o aluno a reconstruir suas estruturas e construir outras
novas, não levando simplesmente à memorização e acumulação passiva da informação.
É aquele que cria e aplica actividades interessantes, ricas e variadas, em função das
características, necessidades e realidade dos alunos, construindo um clima de
estimulação, cooperação, autonomia, confiança, parceria e sucesso do aluno.

1.1.4. Qualidades do Professor como um bom professor


São aspectos que caracterizam um bom professor:
 Criar condições para que a aprendizagem ocorra por meio de materiais
didácticos eficientes, perguntas ou tarefas individuais ou colectivas de elevada
expectativa para aprendizagem e expressão de opinião ou sentimentos;
 Possuir formação, certificação e instrução formal para o professorado
(normativa, alternativa ou provisória) dentro das suas áreas de domínios;
 Ser uma pessoa dedicada, justa e respeitadora;
 Dedicar tempo extra à preparação e reflexão pedagógica na revisão constante de
seu trabalho;
 Minimizar o tempo lectivo através de uma gestão e organização eficazes da sala
de aulas;
 Melhora o processo de instrução diversificando as estratégias, actividade e
tarefas pedagógicas;
 Apresentar os conteúdos aos estudantes de uma forma expressiva, susceptível de
desenvolver a sua compreensão;
 Define actividades para serem feitas independentemente;
 Faz avaliação (sistemática, contínua) para consolidar a aprendizagem;
 É humilde e sente necessidade de crescimento pessoal, por que compreende a
grande responsabilidade da função que exerce;

1.1.5. Interacção do Professor com o aluno


 Um eficiente e bom professor é amistoso, simpático, de trato fácil e acessível
(profissionalmente aberto e não confinado ou isolado) para os seus alunos;

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 Demonstra interesse pelas vidas dos seus alunos, respeitando-os individualmente
criando um saudável sentido lúdico e vontade de brincar com os seus alunos;
Promove o crescimento dos alunos, explorando, de uma forma integrada, as suas
potencialidades ao nível intelectual, físico, emocional e cívico;
 Ajuda os alunos a desenvolverem a sua identidade própria, aprenderem mais
sobre a herança cultural do seu país, respeitando a diversidade cultural,
linguística e étnica;
 Engaja os alunos na busca de soluções honestas para os diferentes problemas;
 Selecciona e organiza conteúdos, escolher métodos e organizar e dirigir o
trabalho da turma.
1.1.6. Atitudes do Professor face à profissão docente
 Um verdadeiro professor conhece, aceita e faz cumprir a responsabilidade dos
alunos;
 Participa num ambiente de trabalho escolar e colaborativo;
 Estabelece elevadas expectativas para si próprio e para seus alunos;
 Está convencido do valor do seu trabalho. Seu desejo é exercer cada vez melhor a
profissão que exerce.

1.1.7. O Professor na concretização das aulas:


 Define os objectivos adequados ao nível dos alunos;
 Lecciona conteúdos do programa;
 Discerne o conteúdo essencial do acessório;
 Prepara o material a utilizar na aula com cuidado e com antecedência;
 Planifica o trabalho para casa numa perspectiva de criação nos alunos de hábitos
de trabalho (BERNARDO, 2012: 6).

1.1.8. Organização das aulas do professor


 Um professor verdadeiro tem materiais preparados antes da aula;
 Reforça os procedimentos capazes de apoiar o conhecimento aos alunos sobre o que
fazer e quando o fazer com o mínimo de repetições das orientações;
 Providencia espaços de aprendizagem para armazenar os materiais de forma eficaz;
 Solicita, convida e estimula o aluno.
Para Rehm, (1964: p.68) “ O educador precisa saber que os impulsos anímicos
inconscientes são efectivos não só na criança, mas até nele mesmo. E por isso que

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precisa saber que existe o perigo dos seus próprios impulsos inconscientes em relação a
criança se manifestarem nele, quando pensar ter tomado medidas pedagógicas
fundamentadas, em beneficio da criança”.
O Professor como o controlador da aprendizagem dos alunos na utilização das
suas conclusões para implementar o seu progresso
 O Professor deve acompanhar a aprendizagem dos alunos utilizando mecanismos de
pré e pós-avaliação, fornecendo um feedback oportuno e informativo; o que implica
eventualmente voltar a explicar aos alunos a matéria que ainda não consigam
dominar na perfeição;
 Identificar potenciais concepções erróneas que podem ocorrer durante a instrução e
supervisionar os alunos de modo a poderem descobrir sinais dessas mesmas
concepções;
 Demonstrar a eficácia através de todas as capacidades dos seus alunos, no contexto
da aula, independentemente da diversidade académica;
2. Características necessárias ao professor segundo a visão humanista
De acordo com Pretto (1978), a perspectiva proposta por (Maslow, 1954) são
características necessárias ao professor para que ocorre um bom desenvolvimento da
aprendizagem:
A receptividade: O professor deve preocupa-se em ver aceitar seus alunos como eles
são;
Aceitação: O professor deve ser capaz de aceitar o aluno como ele e, ao invés de iniciar
um trabalho educativo com padrões pré-fixados.
Respeito pela identidade do aluno: O professor deve estar atento a manifestação de
estilo do aluno, proporcionando situações onde estes possam actuar o seu modo,
manifestando suas capacidades.
Alegria: o professor devera mostrar alegria e bom humor, tornando a situação de
aprendizagem uma actividade agradável, prazeroso, espontâneo e descontraída, onde as
belezas das matérias possam ser evidenciadas peio professor.
Auto-realizador: O professor deve ser uma pessoa em crescimento, buscando a
planificação de suas capacidades, mais aquilo que e intrinsecamente.

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Conclusão
Como António Xavier Tales tão perspicazmente afirmou em sua obra de 1975, a
personalidade humana não é um atributo imutável, mas sim um processo em constante
evolução. Ela é forjada pelo nosso desenvolvimento ao longo da vida e, crucialmente,
moldada por experiências marcantes que enfrentamos. Os grandes e traumáticos eventos
que vivenciamos não apenas nos desafiam, mas também têm o poder de remodelar
nossa personalidade. Portanto, a jornada da personalidade é uma narrativa dinâmica,
repleta de oportunidades de crescimento e adaptação. À luz dessa perspectiva, somos
lembrados da importância do autodescobrimento e da resiliência em nossa jornada para
nos tornarmos seres humanos mais completos e autênticos.

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Referências Bibliográficas
Bernardo (2012). Personalidade do professor: Texto de apoio de pedagogia
Domínguez G. L. (2007). Psicología del desarrollo: problemas, principios y categorías.
La Habana: Félix Varela.
Fonseca, Tânia Maria de Moura. (2008). Ensinar x Aprender: pensando a prática
pedagógica. Material Didáctico elaborado como suporte pedagógico ao projecto
de intervenção no Colégio Estadual Major Vespasiano Carneiro de Mello, de
acordo com as directrizes estabelecidas no Programa de Desenvolvimento
Educacional – PDE, sob orientação da Professora Gislene L. Bida. Ponta Grossa
– PN.
González-rey, F. L.; MARTÍNEZ, A. F. (2013). La personalidad: su educación y
desarrollo. La Habana: Pueblo y Educación.
Hall, C. Springer. Lindzey. G (1974). Teorias da personalidade, são Paulo, EDPU.
Litchenberg et all (1998). Educação para a paz e democracia. I volume, Moçambique,
Sousa, J. M & CORREIRA (1989). Inovação Pedagógica e formação de professores.
Edição ASA, Porto,

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