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PANORAMA DA ATENÇÃO À SAÚDE DAS MULHERES NA PANDEMIA

COVID-19

Profa. Dra. Júnia Aparecida Laia da Mata Profa. Dra. Mariene Jaeger Riffel Profa. Dra. Virgínia Leismann Moretto
17/01/2022
PANORAMA DA ATENÇÃO À SAÚDE DAS MULHERES NA PANDEMIA
COVID-19

OBJETIVOS
 Sensibilizar os alunos para a importância do cuidado
de Enfermagem.

 Conhecer situações de violência às mulheres durante a


pandemia.

 Conhecer protocolos de cuidados relacionados à


população de mulheres e seus recém-nascidos.

 Conhecer dados epidemiológicos relacionados à


população de mulheres e seus recém-nascidos.
PANORAMA DA ATENÇÃO À SAÚDE DAS MULHERES NA PANDEMIA
COVID-19

Covid 2020-2021 em gestantes


habitantes N de casos N de óbitos
BRASIL 211.755.692 18811 1945
SÃO PAULO 46.289.333 4332 360
RS 11.422.973 882 71

https://observatorioobstetrico.shinyapps.io/covid_gesta_puerp_br/
PANORAMA DA ATENÇÃO À SAÚDE DAS MULHERES NA PANDEMIA
COVID-19
Óbitos maternos no RS-projeção 2021(ainda não tem dados até o final
de 2021)

Foram 71
óbitos
maternos
em 2021.
Mesmo não
tendo se
confirmado,
a taxa de
óbitos foi
das maiores
no mundo

https://saude.rs.gov.br/upload/arquivos/202106/11165326-boletim-epidemiologico-
mortalidade-materna-e-infantil.pdf
PANORAMA DA ATENÇÃO À SAÚDE DAS MULHERES NA PANDEMIA
COVID-19

Causas de Mortalidade Materna no Rio Grande do Sul em 2020


PANORAMA DA ATENÇÃO À SAÚDE DAS MULHERES NA PANDEMIA
COVID-19
A enfermagem brasileira: outra face da violência e do descaso em
relação ao feminino

http://observatoriodaenfermagem.cofen.gov.br/
VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES NA PANDEMIA
Devastadoramente generalizada: 1 em cada 3 mulheres em todo o mundo sofre violência

https://www.paho.org/pt/noticias/9-3-2021-devastadoramente-generalizada-1-em-cada-3-mulheres-em-todo-mundo-sofre-violencia
VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES NA PANDEMIA
Devastadoramente generalizada: 1 em cada 3 mulheres em todo o mundo sofre violência

“Para lidar com a violência contra as mulheres, há uma necessidade urgente de


reduzir o estigma em torno dessa questão, capacitar profissionais de saúde para
entrevistar sobreviventes com compaixão e desmontar as bases da desigualdade de
gênero”, disse Claudia Garcia-Moreno, da OMS. “Intervenções com adolescentes e
jovens para promover a igualdade de gênero e atitudes com igualdade de gênero
também são essenciais.”

https://www.paho.org/pt/noticias/9-3-2021-devastadoramente-generalizada-1-em-cada-3-mulheres-em-todo-mundo-sofre-violencia
VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES NA PANDEMIA NO
RS-atualizado em 12/01/2022.

https://www.tjrs.jus.br/novo/violencia-domestica/
GESTAÇÃO, NASCIMENTO E PUERPÉRIO
EM TEMPOS DE COVID-19

https://www.rcog.org.uk
GESTAÇÃO, NASCIMENTO E PUERPÉRIO
EM TEMPOS DE COVID-19

10/01/2022

https://www.rcog.org.uk/en/guidelines-research-services/guidelines/coronavirus-pregnancy/
“Nunca se esqueça que basta uma crise política, econômica
ou religiosa para que os direitos das mulheres sejam
questionados. Esses direitos não são permanentes. Você
terá que manter-se vigilante durante toda a sua vida.”

(Simone de Beauvoir )
GESTAÇÃO, NASCIMENTO E PUERPÉRIO
EM TEMPOS DE COVID-19

• As recomendações MS podem ser alteradas conforme novos dados.


Desde 2020 não tem atualizações no MS.

O acompanhante
• Desde que assintomático
• Não deve haver revezamentos
• Acompanhante após o nascimento deve ser
permitido somente em situações onde há
instabilidade clínica da mulher ou condições
específicas do RN. Nas demais situações o MS
sugere suspensão temporária.
NOTA: Esta recomendação não é endossada pela
secretaria estadual da Saúde do Estado do Rio
Grande do Sul e Fiocruz.
• Visitas suspensas.

Puérperas e bebês em boas condições deverão ter alta a partir de 24 horas

https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/atencao-mulher/covid-19-atencao-as-gestantes/
GESTAÇÃO, NASCIMENTO E PUERPÉRIO
EM TEMPOS DE COVID-19

• Clampeamento oportuno de cordão(parar de pulsar o cordão).


• Contato pele-a-pele.
• Amamentação em sala de parto.

São recomendações de boas práticas!


https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/
Dúvidas quanto a possibilidade de transmissão vertical atencao-crianca/covid-19-e-aleitamento-
Existe casos em que a contaminação ocorreu durante os procedimentos do materno-orientacoes-da-sbp-e-rblh/
nascimento
“NÃO SEPARE MÃE E BEBÊ”
PROPORCIONE A HORA DE OURO!

https://saude-admin.rs.gov.br/upload/arquivos/202004/01112655-nt-02-orientacao-tecnica-
para-as-maternidades-em-periodo-da-covid-19-31-03-2020.pdf
GESTAÇÃO, NASCIMENTO E PUERPÉRIO
EM TEMPOS DE COVID-19

ALEITAMENTO MATERNO
Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano
Os benefícios da amamentação superam quaisquer riscos potenciais de
transmissão do vírus por meio do aleitamento materno.

• Amamentação seja mantida em caso de infecção pelo COVID-19.


• A mãe infectada seja orientada para observar as medidas preventivas, como uso de
máscaras e lavagem das mãos antes das mamadas.

https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/atencao-crianca/covid-19-e-aleitamento-materno-orientacoes-da-sbp-e-rblh/
https://www.rcog.org.uk/globalassets/documents/guidelines/2020-10-14-coronavirus-covid-19-infection-in-pregnancy-v12.pdf
GESTAÇÃO, NASCIMENTO E PUERPÉRIO
EM TEMPOS DE COVID-19

Nota Informativa nº 13/2020 – SE/GAB/SE/MS –

https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/atencao-mulher/principais-questoes-covid-19-morbimortalidade-materna/

https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/atencao-mulher/manual-de-recomendacoes-
para-a-assistencia-a-gestante-e-puerpera-frente-a-pandemia-de-covid-19/
GESTAÇÃO, NASCIMENTO E PUERPÉRIO
EM TEMPOS DE COVID-19

NOTA TÉCNICA 13-MS

As mulheres diagnosticadas com COVID-19 após o


parto e que se encontram assintomáticas, NÃO é
recomendado estender o período de internação e
postergar a alta hospitalar.
A alta hospitalar precoce está indicada, desde
que a mulher e o RN encontrem-se em bom estado
geral.

https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/biblioteca/nota-tecnica-no-13-2020-cosmu-cgcivi-dapes-saps-ms/
GESTAÇÃO, NASCIMENTO E PUERPÉRIO
EM TEMPOS DE COVID-19

Vacinação

06/07/2021

Vacinar gestantes e puérperas (até 45 dias após o parto), a


partir de 18 anos, como grupo prioritário independentemente
da presença de fatores de risco adicional.

https://sbim.org.br/images/files/notas-tecnicas/sei-ms--0021464579--nota--tecnica-gestantes.pdf
GESTAÇÃO, NASCIMENTO E PUERPÉRIO
EM TEMPOS DE COVID-19

https://www.internationalmidwives.org/assets/files/news-files/2020/03/icm-statement_upholding-womens-rights-during-covid19-5e83ae2ebfe59.pdf
O PARTO DOMICILIAR PLANEJADO
EM TEMPOS DE COVID-19

www.ufrgs.br/capacita
“Durante a pandemia da COVID-19, o parto domiciliar planejado também foi
impactado no RS, assim como outras áreas de atuação da enfermagem. As
participantes destacaram a crescente procura desta opção de atendimento por
parte das mulheres, após o aparecimento da doença no Brasil, com o
propósito de evitar o ambiente hospitalar neste momento.” (Santos, Mata,
Vaccari & Sanfelice, 2021).
O PARTO DOMICILIAR PLANEJADO
EM TEMPOS DE COVID-19

TVE- Reportagem sobre Parto Domiciliar Planejado no RS - aos 4min.25s


https://www.youtube.com/watch?app=desktop&feature=youtu.be&v=PCqq5KL0wTQ
PANORAMA DA ATENÇÃO À SAÚDE DAS MULHERES NA PANDEMIA
COVID-19

Jan 2022
• 12/01/2022
Justiça garante acesso de enfermeiras externas a maternidade
Decisão garante às mulheres direito de escolha sobre o próprio parto
A Justiça garantiu o direito de enfermeiras obstétrica externas de prestar assistência ao parto na Santa Casa de Misericórdia
(Hospital Manoel Novaes), em Itabuna, na Bahia. Ação foi movida pelas enfermeiras Carla Porto e Queila Marques.
“A luta foi árdua, mas com essa decisão vencem todas as mulheres. Parto é um evento familiar, onde a protagonista é a
mulher e, como protagonista, ela tem o direito de escolher sua equipe, e nós enfermeiras obstetras somos sim capacitadas
para acompanhar o parto sem distócia”, afirma Queila. “Procuramos a justiça por entendermos que a proibição caracterizava
ato de discriminação e impedimento ao exercício legal da nossa profissão e, ao mesmo tempo, impedimento do protagonismo
da mulher”.
Sentença proferida pelo juiz Antônio Carlos de Moraes afirma que o credenciamento das enfermeiras obstétricas “é ato
obrigatório, não discricionário”. O cadastramento de enfermeiro obstetra e de obstetriz está regulado pela Resolução ANS
398, editada em cumprimento a ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal, em face da Agência Nacional da
Saúde (ANS).
O juiz destaca que finalidade da norma da ANS é justamente “garantir à gestante o direito de escolha da profissional que irá
acompanhar o parto, bem como de estimular a realização de maior quantidade de partos naturais (não cesáreas), em vista da
recomendação médica geral”. A decisão obriga a ANS a autorizar o credenciamento das enfermeiras obstétricas, em simetria
com os documentos exigidos para o credenciamento de médicos.
Para o coordenador da Comissão Nacional de Saúde da Mulher do Cofen (CNSM/Cofen), Herdy Alves, a decisão reforça o
direito de escolha das mulheres e reafirma a autonomia profissional da Enfermagem Obstétrica.
“Com certeza essa decisão é uma vitória para nossa categoria e para a saúde materno-infantil, uma vez que, por formação, a
enfermagem obstétrica habilita os profissionais a conduzir os partos quando ocorrem de forma natural, além do
acompanhamento da gestante respeitando sua fisiologia, seu corpo, sua saúde mental e psicológica”, afirma a presidente do
Coren-BA, Giszele Paixão.
Em 2021, consultas de Enfermagem obstétrica também foram incluídas no rol de procedimentos de cobertura obrigatória
pelos planos de Saúde. A inclusão resulta de ampla mobilização do Sistema Cofen/Conselhos Regionais, de outras entidades
de Enfermagem e das mulheres brasileiras.
Registre sua qualificação – O registro de especialidade em Enfermagem Obstétrica é isento de taxas e deve ser feito no
respectivo Conselho Regional de Enfermagem (Coren). “O registro é importante tanto para o dimensionamento das políticas
públicas quanto para a ampliação da rede credenciada na Saúde Suplementar”, destaca Herdy.
A assistência à gestante, o acompanhamento do trabalho de parto e a execução do parto sem distócia estão entre as
atribuições dos enfermeiros enquanto integrantes das equipes de Saúde, conforme o artigo 11 da Lei 7498/86. Os
enfermeiros obstétricos e obstetrizes, especialistas em parto normal, têm autonomia profissional na assistência, conforme o
artigo 9º do decreto 94.406/87.
Fonte: Ascom - Cofen

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