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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE – CCBS


CURSO DE FARMÁCIA

THALITA SILVA DE MEDEIROS


MERABE TEIXEIRA DE SOUSA LIMA
KAREN EMILLY SILVA ALENCAR FARIAS
VICTOR MICAEL CAVALCANTE SÁ

RELATÓRIO DE PRÁTICA EXPERIMENTAL:


Determinação da massa e do número de mols de um gás encapsulados

SÃO LUÍS - MA
2023/1°
THALITA SILVA DE MEDEIROS
MERABE TEIXEIRA DE SOUSA LIMA
KAREN EMILLY SILVA ALENCAR FARIAS
VICTOR MICAEL CAVALCANTE SÁ

RELATÓRIO DE PRÁTICA EXPERIMENTAL:


Determinação da massa e do número de mols de um gás encapsulados

Relatório de prática experimental apresentado


à disciplina de Físico-Química Aplicada à
Processos Farmacêuticos do Curso de
Farmácia da Universidade Federal do
Maranhão, como requisito para a obtenção da
1° nota da disciplina.

Prof.: Dr. Carlos Eduardo Lima de Oliveira

SÃO LUÍS - MA
2023/1°
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 4
2 OBJETIVOS .................................................................................................................... 4
3 MATERIAL E REAGENTES ........................................................................................4
4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ........................................................................ 4
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO .....................................................................................7
6 CONCLUSÃO ...................................................................................................................9
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................10
4

1 INTRODUÇÃO

O estudioso químico Peter Atkins afirmou em seu primeiro volume do livro “Físico-
Química” que “O estado mais simples da matéria é um gás, uma forma da matéria que ocupa
qualquer recipiente que a contenha” (ATKINS, 2008, p.3). Portanto, é pertinente formular a
concepção de um gás como um conjunto de partículas (moléculas ou átomos) em constante
movimento caótico, cujas velocidades médias se elevam proporcionalmente ao aumento da
temperatura. A distinção fundamental entre um gás e um líquido repousa na característica de
as partículas de um gás encontrarem-se amplamente espaçadas, com exceção dos momentos
de colisão, e seguirem trajetórias que sofrem alterações mínimas devido às forças
interparticulares.

2 OBJETIVOS

Determinar a massa e o número de mols do gás Oxigênio (O2) e do Dióxido de Carbono


(CO2).

3 MATERIAL E REAGENTES

Equipamentos, materiais, vidrarias e reagentes:

Equipamentos/materiais Vidrarias Reagentes

Kit de controle de passagem


Proveta de 500 mL Dióxido de manganês
de soro hospitalar

Suporte universal Erlenmeyer de 250 mL Peróxido de hidrogênio

Espátula Funil de separação Pastilhas de vitamina C

Béquer de 1000 mL Água destilada

Béquer de 100 mL

4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

1. Em um recipiente de vidro tipo Erlenmeyer com capacidade de 250 mL, foi


realizada a pesagem de 0,3 gramas de dióxido de manganês (MnO2) utilizando uma
balança analítica, empregando para tal fim uma espátula como instrumento auxiliar.
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2. Posteriormente, o recipiente foi devidamente selado com uma rolha, e nela


foram inseridas um funil de separação e o tubo pertencente ao kit hospitalar.
3. No seguinte passo, procedeu-se à medição de aproximadamente 30 mL de
peróxido de hidrogênio (H2O2), utilizando um béquer de 100 mL.
4. O peróxido de hidrogênio foi então adicionado ao funil de separação.
5. Simultaneamente, a outra extremidade do kit hospitalar foi colocada no interior
de uma proveta com capacidade de 500 mL.
6. A proveta foi preenchida com água até atingir sua capacidade máxima.
7. Com a proveta cheia, esta foi invertida e posicionada dentro de um béquer com
capacidade de 1000 mL, previamente preenchido com água.
8. A torneira do funil foi aberta, possibilitando, assim, a interação do peróxido de
hidrogênio (H2O2) com o dióxido de manganês (MnO2).
9. O gás gerado durante o procedimento foi acumulado na proveta até o momento
em que o tubo do kit hospitalar começou a liberar bolhas.
10. O volume obtido foi registrado como sendo de 385 mL, conforme indicado na
escala da proveta.
11. O procedimento experimental foi repetido em uma segunda ocasião, porém,
neste caso, o dióxido de manganês (MnO2) foi substituído por duas pastilhas de
vitamina C (ácido ascórbico), e o peróxido de hidrogênio (H2O2) foi substituído por
água destilada.
12. Novamente, o volume coletado foi registrado, e obteve-se um valor de 390 mL
na graduação da proveta.

Cálculos
Dados:
���� = 1 ��� = 760 ����
������ �' á��� � 26°� = 25,2 ����
���� = ����
760 = ��á� + ������ �'á���
760 = ��á� + 25,2
��á� = 760 − 25,2
��á� = 734,8 ����

1 ��� = 760 ����


� ��� = 734 ����
760� = 734
� = 0,9657…
� ≅ 0,966 ���
6

Gás oxigênio:
Dados:
������ �� �á� ����ê��� = 385 �� = 0,385 �
��������� � = 0,082 ���. �. �−1 . ���−1
����� ����� �� �á� ����ê��� = 32 �
��
�=
��
0,966 � 0,385
�=
0,082 � 299,15
0,37191
�=
24,5303
� = 0,01516…
� = 0,15 ����
� = � � ��
� = 0,015 � 32
� = 0,48 �
Gás carbônico:
Dados:
������ �� �á� ����ô���� = 390 �� = 0,390 �
��������� � = 0,082 ���. �. �−1 . ���−1
����� ����� �� �á� ����ô���� = 44 �

��
�=
��
0,966 � 0,390
�=
0,082 � 299,15
0,37674
�=
24,5303
� = 0,01535…
� = 0,015 ����
� = � � ��
� = 0,015 � 44
� = 0,66 �
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5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Através do estudo realizado, foram identificados os valores da massa e da quantidade de


substância, expressa em mols, dos gases oxigênio (O2) e dióxido de carbono (CO2) liberados
nas reações delineadas no contexto experimental. Essa determinação foi realizada
considerando as variáveis da pressão atmosférica (expressa em ATM) e da temperatura na
escala absoluta de Kelvin (K), empregando os princípios estabelecidos pela Lei dos Gases
Ideais.
De acordo com Lima(2015, p. 01):
A lei dos gases ideais é expressa matematicamente pela equação de estado de um gás ideal. Foi
deduzida, pela primeira vez, em 1834 pelo físico e engenheiro francês Benoît Émile Clapeyron,
considerado um dos fundadores da Termodinâmica. Clapeyron combinou a lei de Boyle e a lei de
Charles para derivar a referida equação.

Deste modo, a determinação completa do estado de uma quantidade específica de gás é


alcançada mediante a consideração simultânea das grandezas termodinâmicas de seu volume,
pressão e temperatura. Na Tabela 1, pode-se observar o resultado conclusivo da reação de
desintegração do peróxido de hidrogênio(H2O2), que resulta na emissão de gás oxigênio (O2),
assim como na decomposição do ácido ascórbico em água, ocasionando a liberação de
dióxido de carbono (CO2). Os valores calculados foram abrangidos nesta análise, sendo
obtidos ao longo do experimento por meio da aplicação da equação correspondente à Lei dos
Gases Ideais.

Tabela 1 - Resultado final do experimento

Quantidade
Constante Temperatura
Substância de Pressão(P) Volume(V) Massa(g)
dos gases(R) absoluta(T)
substância(n)

Gás Oxigênio 0,082


0,15 mols 0,966 atm 0,385 L 299,15 K 0,48 g
(O2) atm×L/Kmol

Dióxido de 0,082
0,15 mols 0,966 atm 0,390 L 299,15 K 0,66 g
Carbono(CO2) atm×L/Kmol

Fonte: os autores.
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A primeira parte do experimento foi conduzida de acordo com os procedimentos


delineados no protocolo experimental, durante a qual a reação de desintegração do peróxido
de hidrogênio (H2O2) foi iniciada, resultando na emissão de gás oxigênio (O2).
Conforme ilustrado na Fotografia 1, por meio da execução do experimento, constatou-se
a capacidade do dióxido de manganês (MnO2) de atuar como um catalisador, uma vez que se
verificou que ele contribui para o aumento da velocidade da reação, promovendo, dessa
maneira, a decomposição do peróxido de hidrogênio (H2O2). Como resultado final desta
reação, observou-se a produção de óxido de manganês (MnO), a liberação de água (H2O) e a
emissão de gás oxigênio (O2). Ressalta-se que este gás foi acumulado na proveta ao término
da reação.

Imagem 1- Reação final do peróxido de hidrogênio(H2O2) com o dióxido de manganês(MnO2).

Fonte: os autores.

Na continuação do experimento, a segunda fase descrita no procedimento experimental


foi iniciada, na qual a observação da decomposição do ácido ascórbico em água foi conduzida,
resultando na liberação de dióxido de carbono (CO2).
O desfecho final da reação entre o ácido ascórbico (C6H8O6) e a água (H2O) é exibido
na Figura 2, permitindo a análise da natureza deste ácido quando em solução aquosa, onde sua
propensão à oxidação é evidenciada, caracterizando-o como um agente antioxidante. Ao
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término da reação, observou-se que íons hidrônio (H3O+) foram gerados em conjunto com a
liberação de dióxido de carbono (CO2) pelo ácido ascórbico (C6H8O6) em meio aquoso.

Imagem 2 - Reação final do ácido ascórbico(C6H8O6) com água(H2O)

Fonte: os autores.

6 CONCLUSÃO

Por meio deste experimento, foi possível determinar a massa e o número de mols dos
gases encapsulados, ou seja, o oxigênio (O2) e o dióxido de carbono (CO2), que foram
liberados em reações químicas controladas. A aplicação dos princípios da Lei dos Gases
Ideais, levando em consideração a pressão atmosférica e a temperatura em Kelvin, mostrou-se
fundamental para a realização dos cálculos necessários.
A presença do dióxido de manganês (MnO2) como catalisador na primeira etapa foi
responsável por acelerar a desintegração do peróxido de hidrogênio (H2O2), resultando na
produção de oxigênio. Na segunda fase, a decomposição do ácido ascórbico (C₆H₈O₆) em
água conduziu à liberação de dióxido de carbono. A precisão dos resultados obtidos
desempenha um papel crucial na compreensão das quantidades envolvidas nas reações
químicas, apresentando implicações práticas significativas em várias áreas da química e
processos industriais, evidenciando, assim, a aplicação prática dos princípios dos gases ideais.
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REFERÊNCIAS

ATKINS, P; DE PAULA, J. Físico-química: Fundamentos. ed. 6. Rio de Janeiro: LTC,


2017. p. 03-21.

HOLZLE, L. Água oxigenada com dióxido de manganês. Imagens da Tabela Periódica,


2012. Disponível em: <https://imagens.tabelaperiodica.org/agua-oxigenada-com-dioxido-de-
manganes/amp/>. Acesso em: 12 set. 2023.

HAYES, W. Handbook of Chemistry and Physics. ed. 95. Florida: CRC Press, 1983-84. p.
D-193.

LIMA, L. Lei dos gases ideais. Revista de ciência elementar, Porto v. 3, n. 1, p. 01-02, mar,
2015. DOI http://doi.org/10.24927/rce2015.095. Disponível em:
https://rce.casadasciencias.org/rceapp/pdf/2015/095/. Acesso em: 11 set. 2023.

PENHA, E. Físico-química. ed. 1. Londrina: Editora e distribuidora educacional S.A., 2017.


Disponível em: http://cm-kls-
content.s3.amazonaws.com/201702/INTERATIVAS_2_0/FISICO_QUIMICA/U1/LIVRO_U
NICO.pdf. Acesso em: 9 set. 2023.

ROCHA, J. Ácido ascórbico da vitamina C como agente redutor. Mundo Educação, 2022.
Disponível em: <https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/acido-ascorbico-vitamina-c-
como-agente-redutor.htm>. Acesso em: 12 set. 2023.

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