Engenharia Química e Biológica

Biologia Molecular

Extração de DNA
de Banana

Docente: Discente:
Ariana Freire Arline Cardoso
Ivomara Cardoso
Edson Martins

Praia, 15 de novembro de 2022

MB Extraçao de DNA de Banana

Índice
1. Resumo ...................................................................................................................... 3
2. Introdução.................................................................................................................. 3
3. Materiais e métodos .................................................................................................. 5
4. Procedimento ............................................................................................................. 5
5. Resultado e discução ................................................................................................. 6
6. Conclusao .................................................................................................................. 7
7. Bibliografia................................................................................................................ 8

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Ano Letivo 2022/2023
MB Extraçao de DNA de Banana

1. Resumo

Esta atividade teve como objetivo, extrair o DNA das células da banana no intuito de
visualizar seu material genético, promovendo assim, a descoberta da localização do
mesmo. Além da aplicação de conhecimentos sobre estrutura da membrana celular.
Para obter o DNA fez-se necessário ter acesso à estrutura nuclear da célula, romper
paredes celulares, membrana lipoproteica e minimizar as forças de interação entre as
proteínas que envolvem o DNA. A atividade teve grande valia aos estudantes que
conseguiram observar na prática os conteúdos já trabalhados. Não foi possível visualizar
as moléculas de DNA a olho nu, pois são microscópicas, o que foi observado é um
aglomerado com milhares de moléculas de DNA formando uma especie de nuvem.

Palavras-chave: DNA, moléculas, membrana plasmática, células

2. Introdução
O ácido desoxirribonucleico (DNA) e o ácido ribonucleico (RNA) são os reservatórios
moleculares da informação genética. O DNA é um tipo de ácido nucleico que possui
papel fundamental na hereditariedade, sendo considerado o portador da mensagem
genética. É no DNA que estão codificadas todas as características de um ser vivo, que são
únicas em cada indivíduo. (BiologiaNet, 2022)

Os ácidos nucleicos (DNA e RNA) são constituídos por uma pentose, um ácido fosfórico
e uma base nitrogenada. No caso do DNA, a pentose é do tipo desoxirribose e as bases
nitrogenadas são adenina, citosina, guanina e timina. O conjunto formado pela pentose,
pelo ácido fosfórico e pela base nitrogenada forma o nucleotídeo.

Figura 1: Nucleótido

Fonte: (Brazil Escola, 2022)

Um segmento de DNA que contém a informação necessária para a síntese de um produto

biológico funcional (proteína ou RNA) é referido como um gene. Logo, um gene é um
fragmento de DNA responsável pela produção de uma proteína específica. Os genes
se localizam nos cromossomos, que nada mais são do que enormes moléculas de DNA
que contêm além dos genes, longos segmentos de DNA sem função específica. Em
eucariontes, nos genes também existem regiões que não codificam
a proteína e são chamados de íntrons. As regiões dentro do gene que codificam
as proteínas são chamadas de exons. Ao conjunto de genes de um organismo dá-se o
nome de genoma e ao conjunto de proteínas produzidas por um organismo dá-se o
nome de proteoma.

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O DNA tem a forma de uma dupla hélice, cujas fitas se enrolam em torno do próprio
eixo. As desoxirriboses localizam-se externamente, como se fosse o corrimão
de uma escada circular e as bases nitrogenadas ficam orientadas para o interior. As bases
estão pareadas entre as duas fitas da molécula, mantendo sua estrutura através de pontes
de hidrogênio. Assim, entre T ou A são formadas duas pontes de hidrogênio e entre C
e G três pontes. Esta característica de pareamento tem grande significância fisiológica e,
devido a ela, as duas fitas de DNA são ditas complementares.
Essa propriedade garante a replicação precisa do DNA e a transmissão das informações
genéticas via transcrição, pois devido ao pareamento específico, o DNA serve como
molde para a síntese de novas moléculas complementares.(Gláucia Ciollete, Nicolau
Santiago Prímola, Daniel Soares Chaves, s.d.)

Figura 2: Dupla Cadeia de DNA

Fonte: (Cola da Web, 2022)

Na espécie humana, existem cerca de 30 mil genes, organizados para compor o

nosso código genético. Cada espécie de ser vivo possui um número específico de genes –
e não necessariamente esse número é maior quanto mais evoluído é o organismo –
ervilhas e a pulga d’água (um crustáceo) possuem mais genes que o ser humano.

O estudo da expressão gênica envolve a análise das regiões do DNA (genes)

que são ativadas para a produção de proteínas em tecidos específicos e em momentos
específicos, bem como os mecanismos que controlam a quantidade
de proteína a ser produzida. Em síntese, o DNA pode se replicar e dar origem a novas
moléculas de DNA; pode ainda ser transcrito em RNA, e este por sua vez traduz o código
genético em proteínas. Isso é conhecido como o Dogma Central da Biologia. (Gláucia
Ciollete, Nicolau Santiago Prímola, Daniel Soares Chaves, s.d.)

Assim, toda a informação necessária para criar um organismo encontra-se

no Ácido Desoxirribonucleico (DNA). Esta molécula é usada durante o período
de vida de um organismo para fornecer instruções para milhões de processos celulares
que ocorrem constantemente.

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3. Materiais e métodos
Este trabalho foi realizada no laboratorio de Biologia da Universidade de Cabo Verde
pelos alunos do 3º ano de EQB no ambito da disciplina de Biologia Molecular.

Material utilizados:
• Bananas maduras • Frasco de detergente de louça
• Sacos plásticos para maceração • Frasco de álcool comercial 96%
das bananas (gelado)
• Colheres de sopa • Provetas
• Colheres de chá • Peneiras ou coadores de café
• béquer de 250 ml • Tubos de ensaio grande
• Recipientes contendo sal de • Bastões de vidro
cozinha

4. Procedimento
• Foi selecionado um pedaço da banana e colocado dentro do saco plásticoe foi feita
a maceraçao pressionando até ser obtida uma pasta quase homogênea.
• Transferiu-se a pasta de banana para um béquer e reservou-se.
• Em outro béquer foi misturado 150 ml de água, uma colher (sopa) de detergente,
uma colher (chá) de sal de cozinha e duas colheres (chá) bicarbonato de sódio.

Figura 1: Solução lise

Fonte: (Souza, Brosin, & Lima, 2017)

• Com o auxilio de um bastão de vidro a mistura foi agitada bem, porém devagar,
para não fazer espuma.
• Foi colocada cerca de 1/3 da mistura preparada sobre a banana macerada e mistou-
se levemente com o bastão.
• Em seguida foi colocado um coador de café sobre um béquer limpo e a mistura
foi transferida pelo coador para retirar os pedaços de banana que restaram.
Figura 2: Coar a mistura da banana + solução lise

Fonte: (Souza, Brosin, & Lima, 2017)

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• Metade do líquido coado foi colocado em um tubo de ensaio, cerca de três dedos
no fundo do tubo.
• Despejou-se delicadamente no tubo, sobre a solução, dois volumes de álcool
comum (o alcool não foi misturada com a soluçao)
• Aguardou-se cerca de três minutos para que o DNA começa-se a precipitar na
interfase. E por fim foi observada a formaçao de um especie de nuvem cremosa
na nterfase.

Figura 1: Extraçao da banana

Fonte: (Rafael, 2021)

5. Resultado e discução
Foi selecionada uma banana e colacado dentro de um saco de plastico e feito a maceraçao
precionando com a mao ate obter uma massa quase homogenia, assim a parede celular foi
rompida facilitando que os constituintes da solução de lise (água, detergente e cloreto de
sódio) atinjam mais facilmente todas as células da fruta. A solução de lise misturada à
massa resultante da banana deu origem a uma solução liquefeita da polpa da fruta.

O detergente presente na solução de lise, por possuir um componente chamado de lauril

sulfato de sódio, desnatura as membranas lipídicas e as proteínas, desintegrando os
núcleos e os cromossomos das células da cebola, separando o DNA cromossômico.

Visto que o DNA tem carga negativa, o acréscimo do Cloreto de Sódio atuou na
neutralização do grupo fosfato no DNA, através do catião Na+. O aníon Cl- neutraliza a
carga positiva das histonas1, favorecendo a aglutinação2 do DNA. A solução salina
influência na liberação dos ácidos nucleicos e das proteínas, os íons liberados auxiliam
na fase de precipitação do DNA extraído, estando eles na fase aquosa da solução.

Com a adição do álcool etílico, observou-se a precipitação do DNA devido a sua baixa
solubilidade nesse solvente. As moléculas se agrupam, pois o álcool desidrata o DNA, de
forma que este não mais fica dissolvido no meio aquoso. Quanto mais gelado o álcool
estiver, menos solúvel o DNA será, pois além de formar uma mistura heterogênea em
ambiente salino, ele fará com que as moléculas do DNA se aglutinem, constituindo uma
massa esbranquiçada e filamentosa.

1
Histonas é um tipo de proteína encontrada nos cromossomos. As histonas se ligam ao DNA,
ajudam a dar forma aos cromossomos e ajudam a controlar a atividade dos genes.
2
Aglutinação se refere a uma reação que ocorre no organismo resultando na aglomeração de
massa de células ou moléculas, nesse caso de DNA.
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6. Conclusao
O DNA é uma macromolécula orgânica (ácido desoxirribonucleico), que contém material
genético, denominado também como código genético. Esse aglomerado de moléculas tem a
capacidade de se replicar, de modo que sejam transmitidas de células para célula e de pais para
filhos, tais informações são responsáveis em fabricar as proteínas, orientar as atividades celulares,
guiar e modificar o desenvolvimento dos organismos vivos (com exceção do RNA-vírus).
O DNA está localizado no núcleo da célula, o qual está envolto por membranas celulares
constituídas por uma dupla camada lipídica. A extração do DNA ocorre quando essas camadas
lipídicas são rompidas, ocorrendo a liberação do material contido no núcleo das células. (Ferreira,
2018)

Baseando-se nestes conceitos, a atividade prática possibilitou a extração de DNA, da banana,

utilizando materiais de fácil acesso, muitas vezes usadas no nosso cotidiano.
Os procedimentos realizados para as extrações foram todos caseiros e os materiais utilizados são
de fácil acesso, portanto estes experimentos dispensam o uso de laboratórios e de equipamentos
especiais.
No final, foi possivel observar a precipitação do DNA na interfase entre a preparado (solução lise
+ banana macerada) e o alcool etilico gelado alcansado assim os objetivos estipulados.

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7. Bibliografia
Ferreira, V. T. (3 de dezembro de 2018). Anais VII ENALIC. Obtido de Editora Realize:
https://www.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/51445
Rafael. (14 de setembro de 2021). Pratica- Extraçao de DNA de banana. Obtido de Biologia
Celular- Rafael: https://www.youtube.com/watch?v=2I1Y5lPpibM
Souza, A. W., Brosin, J. F., & Lima, P. L. (2017). EXTRAÇÃO DE DNA VEGETAL. Obtido de
Universidade Federal do Paraná PIBID: https://sigpibid.ufpr.br/site/projects/35/posts/534

BiologiaNet. (2022). Obtido de DNA: https://www.biologianet.com/biologia-celular/dna.htm

Brazil Escola. (2022). Obtido de Nucleotidio:
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/nucleotideo.htm
Cola da Web. (2022). Obtido de https://www.coladaweb.com/biologia/dna
Gláucia Ciollete, Nicolau Santiago Prímola, Daniel Soares Chaves. (s.d.). EXTRAÇÃO DE DNA
EM BANANA CATURRA (Musa sinensi). Obtido de
https://www.sbenbio.org.br/publicacoes/anais/II_Enebio/PQ3-002.pdf

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