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DANIEL COTRIN GOMES

ANÁLISE DO LIVRO:
“A Sala de Aula Inovadora: Estratégias Pedagógicas para Fomentar o
Aprendizado Ativo” (Desafios da Educação) (p. iv). Grupo A
Educação. Edição do Kindle. Camargo, Fausto F.; Daros, Thuinie M..

SARAPUÍ - SP
I
2023
DANIEL COTRIN GOMES

Análise do livro “A Sala de Aula Inovadora:


Estratégias Pedagógicas para Fomentar o
Aprendizado Ativo” realizada sob pedido da
Supervisora de Ensino Valdinéia C.S.Castelo B.
Iapichini.

SARAPUÍ - SP
II
2023
SUMÁRIO

I – O QUE É A FERRAMENTA CHAGPT DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL...................... 1


II – RESENHA CRÍTICA VIA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL CHATGPT............................. 2
III – ANÁLISE E CONSIDERAÇÕES SOBRE O TÍTULO..................................................... 3
IV – REFERÊNCIAS................................................................................................................. 8

III
I – O QUE É A FERRAMENTA CHATGPT DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Usando das definições contidas na página da Internet Point Design, in:


https://www.pontodesign.com.br/o-que-e-o-chat-gpt-para-que-serve-e-como-funciona/”,
podemos descrever esta incrível ferramenta como:
“O Chat GPT (Generative Pretrained Transformer) é uma tecnologia de
processamento de linguagem natural que está dominando os noticiários e deixando
o mundo da tecnologia em alvoroço. Desenvolvido e fornecido gratuitamente pela
OpenAI, a plataforma se popularizou rapidamente e pode ser uma ferramenta de
produtividade muito útil para diversas áreas, inclusive para o marketing digital.
Neste artigo, vamos abordar a origem do Chat GPT, os seus usos no marketing
digital e as suas vantagens. Então, continue a leitura e não fique por fora dessa
discussão!
O que é o Chat GPT?
O Chat GPT (Generative Pretrained Transformer) é uma tecnologia de
processamento de linguagem natural desenvolvida pela OpenAI. Isso significa que
o usuário pode conversar com a Inteligência Artificial via chat, extraindo textos
inéditos e elaborados de forma lógica e bastante coerentes.
A criação do Chat GPT baseia-se em um grande banco de dados de textos e um
algoritmo de aprendizagem profunda. Primeiro, o banco de dados foi preenchido
com as informações necessárias. Todo esse material foi extraído da própria internet,
de livros e sites.
Em seguida, o algoritmo é treinado para gerar textos a partir do banco de dados.
Esses textos são gerados de acordo com as regras de linguagem humana. Por fim, o
algoritmo é treinado para aprimorar as respostas conforme as necessidades do
usuário. Ele aprende com a conversa e pode se adaptar à linguagem e ao estilo
exigida.
Como funciona o Chat GPT?
O Chat GPT está disponível para qualquer pessoa a partir de um cadastro simples e
gratuito na plataforma da OpenAI. Uma vez cadastrado, o usuário tem acesso à
ferramenta organizada em formato de chats. Ali, é possível interagir com a IA em
forma de perguntas e respostas.
A OpenAI também disponibiliza uma API poderosa e intuitiva para funcionar em
plataformas de terceiros, permitindo aos usuários integrar a tecnologia de IA
diretamente em seus aplicativos existentes. Esta API é projetada para funcionar com
um mínimo de configuração e possui uma série de recursos avançados, como o uso
de processamento em paralelo para maximizar a velocidade da API e a possibilidade
de usar modelos personalizados com facilidade.
Vale ressaltar que a própria plataforma alerta a necessidade de ter cautela no uso da
ferramenta. Primeiro porque ela foi alimentada com informações de até 2021, ou
seja, ela não “sabe” do que ocorreu nestes últimos dois anos e pode estar
desatualizada em alguns assuntos. Além disso, ela pode gerar conteúdos incorretos.
Por isso, é preciso usá-la com responsabilidade.”

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II – RESENHA CRÍTICA VIA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Usando a ferramenta ChatGPT


(https://chat.openai.com/chat?__cf_chl_tk=c17DpzLsS7RpmuN39qy9jmzBDvTznuaPfG0xM
.UtF_U-1676233050-0-gaNycGzNFxA ) fez-se a solicitação: Criar resenha crítica do livro “A
Sala de Aula Inovadora: Estratégias Pedagógicas para Fomentar o Aprendizado Ativo” e
obteve-se o seguinte resultado:
"A Sala de Aula Inovadora: Estratégias Pedagógicas para Fomentar o
Aprendizado Ativo" é um livro escrito por Fausto Camargo e publicado pela Editora
Contexto. O objetivo do livro é apresentar estratégias pedagógicas inovadoras para
fomentar o aprendizado ativo dos alunos e transformar a sala de aula em um
ambiente mais participativo e colaborativo.
Ao longo do livro, o autor apresenta uma variedade de estratégias pedagógicas que
visam tornar o processo de ensino e aprendizagem mais eficaz e envolvente para os
alunos. O livro é dividido em quatro partes principais: introdução ao aprendizado
ativo, estratégias de aprendizado ativo para a sala de aula, estratégias de ensino para
a sala de aula e conclusão.
Uma das principais características do livro é que o autor apresenta as estratégias de
forma clara e objetiva, facilitando a compreensão e a aplicação prática para
professores e educadores. Além disso, o autor faz uso de exemplos reais e casos de
sucesso para ilustrar a aplicação das estratégias e como elas podem ser adaptadas a
diferentes contextos e realidades educacionais.
Contudo, uma possível limitação do livro é que ele se concentra principalmente em
estratégias para o ensino presencial, deixando pouco espaço para a discussão de
estratégias de aprendizado ativo para o ensino a distância. Além disso, embora o
livro forneça uma ampla variedade de estratégias, alguns leitores podem sentir falta
de uma discussão mais profunda sobre a teoria por trás dessas estratégias e como
elas se relacionam com a neurociência e a psicologia educacional.
No geral, "A Sala de Aula Inovadora: Estratégias Pedagógicas para Fomentar o
Aprendizado Ativo" é um livro valioso para professores e educadores interessados
em melhorar a qualidade do ensino e aprendizado em suas salas de aula. Embora
possa haver algumas limitações, o livro apresenta uma ampla variedade de
estratégias práticas e aplicáveis, e é escrito de maneira clara e objetiva, facilitando
a compreensão e a implementação das ideias apresentadas.”

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III – ANÁLISE E CONSIDERAÇÕES SOBRE O TÍTULO

Primeiramente precisa-se elucidar a formação e atuação dos escritores, essa explanação


é necessária para que compreendamos o real intuito do livro, Fausto Camargo atua na educação
superior tendo como formação primária a administração, já Thuinie Daros é pedagoga e possui
experiência na educação básica.
Deve-se considerar também que este título foi lançado no ano de 2018, ou seja, já se
passaram quase cinco anos do seu lançamento, e como cita o título em sua apresentação
“mudança é a palavra de ordem”, e nestes cinco anos, principalmente devido a pandemia de
Covid-19, nos anos de 2020 e 2021, aconteceram inúmeras mudanças no meio educacional, “A
covid-19 antecipou em uns dez ou quinze anos o que iria acontecer em sala de aula”
(https://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2020-10/pandemia-de-covid-19-fez-
ensino-e-papel-do-professor-mudarem), portanto, diversas estratégias abordadas já são
inerentes ao fazer pedagógico atual.
De fato, o modelo tradicional serviu a um propósito e foi efetivo até
certo ponto. No entanto, o acesso universal à informação,
proporcionado pelo advento da internet e das mídias digitais,
transformou radicalmente a sociedade e, com ela, a forma de se
relacionar, consumir, trabalhar, aprender e, até mesmo, viver. Como se
não bastasse o desalinhamento entre o modus operandi da educação
básica e superior e a dinâmica da sociedade tecnológica atual, as
pesquisas da neurociência aplicada à educação vêm demonstrando
exaustiva e insistentemente, há mais de duas décadas, que a estrutura
neurofisiológica que sustenta a aprendizagem não está sendo
corretamente estimulada com as atuais metodologias educacionais.

Considerando que muitas pesquisas no campo educativo afirmam ser o professor um


dos principais protagonistas da educação (Demo, 2001; Assmann, 2001; Morin, 2002), cabe ao
educador adotar um trabalho de parceria, instaurando as condições indispensáveis para que o
aprendiz desenvolva a inteligência, e não a simples memorização. Conforme Fonseca: "O
professor tem o dever de preparar os estudantes para pensar, para aprender a serem flexíveis,
ou seja, para serem aptos a sobreviver na nossa aldeia de informação acelerada (Fonseca, 1998,
p. 315)"
Por isso, é preciso que se abandonem os métodos pedagógicos instrucionais os quais
não permitem dar a devida atenção à individualidade, e que se passe a compreender melhor
como podemos lidar com certas características pessoais de nossos alunos. Esse constituirá o
primeiro passo para o professor ser um participante ativo no processo de aprendizagem do

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aluno, pois orientará o docente na identificação, mobilização e utilização de métodos e recursos
variados.
Nesse sentido, as ciências do cérebro, que avançam vertiginosamente, podem contribuir
para a renovação teórica na formação docente, adicionando informações científicas essenciais
para a melhor compreensão da aprendizagem como fenômeno complexo.
(https://www.scielo.br/j/tes/a/jScBCkB8ZwsGK3f9kZLgQmk/?lang=pt).
Os autores citam diversos autores onde todas as ideias convergem para que as
metodologias educacionais devem colocar os estudantes como peças centrais e ativas no
desenvolvimento das aprendizagens, ou seja, as aulas meramente expositivas e metodologias
tradicionais pouco impactam no aprendizado atualmente.

Zabala (1998), por exemplo, mostra que a prática educativa implica


uma mudança nos conteúdos e nos modos de avaliar, ao considerar as
finalidades do ensino, que deve estar de acordo com um modelo
centrado na formação integral da pessoa.

Para Hernández e Ventura (1998), a proposta é vincular as


aprendizagens às necessidades reais e à uma visão global da realidade,
a que chamam Projeto de Trabalho, enfoque integrador da construção
de conhecimentos, que transgride o formato da educação tradicional,
essencialmente transmissiva e organizada por saberes
compartimentados e selecionados pelo professor. Os autores enfatizam
que o projeto não é uma metodologia, mas uma forma de refletir sobre
a escola e sua função.

Marzano, Pickering e Pollock (2008), na obra O ensino que funciona:


estratégias baseadas em evidências para melhorar o desempenho dos
alunos, realizaram um estudo apresentando, por meio de gráficos, o
engajamento maior por parte dos estudantes quando aprendem por meio
de estratégias de aprendizado nas quais é preconizado o seu
protagonismo.

O modelo de educação para o século XXI, discutido na Declaração


Mundial sobre Educação Superior (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES
UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A CULTURA, 1998),
defende a necessidade do aprimoramento dos projetos educacionais e
aponta para a busca de novas posturas, visando à formação de uma mão
de obra qualificada, atendendo, assim, às demandas da sociedade. O
documento também destaca como as rápidas inovações, por meio das
tecnologias de informação e de comunicação, mudarão ainda mais o
modo como o conhecimento é desenvolvido, adquirido e transmitido.
Nesse sentido, o próprio documento defende que é importante que as
novas tecnologias ofereçam oportunidades de renovar o conteúdo dos
cursos e dos métodos de ensino e ampliem o acesso à educação superior,
embora reforce que novas tecnologias e informações não tornam os
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docentes dispensáveis. Enfatiza que há uma modificação no seu papel
em relação ao processo de aprendizagem – e que o diálogo permanente
que transforma a informação em conhecimento e compreensão passa a
ser fundamental. As metodologias ativas de aprendizagem se
apresentam como uma alternativa com grande potencial para atender às
demandas e desafios da educação atual. Diante do exposto, defende-se
que as metodologias ativas representam uma alternativa pedagógica
capaz de proporcionar ao aluno a capacidade de transitar de maneira
autônoma por essa realidade, sem se deixar enganar por ela, tornando-
o também capaz de enfrentar e resolver problemas e conflitos do campo
profissional e produzir um futuro no qual, a partir da igualdade de fato
e de direito, cresçam e se projetem as diversidades conforme as
demandas do século XXI.

Além das citações os autores usam gráficos os quais demonstram, através da frequência
cardíaca, que as metodologias tradicionais causam reações de letargia/distração nos estudantes
em contrapartida as metodologias ativas mantêm os alunos despertos durante a utilização de
metodologias ativas.

As metodologias ativas de aprendizagem colocam o aluno como


protagonista, ou seja, em atividades interativas com outros alunos,
aprendendo e se desenvolvendo de modo colaborativo. A diferença
apresentada na Figura 3.2 é evidente. Do lado esquerdo, os alunos são
convidados a realizar ou acompanhar a leitura de um texto durante uma
aula tradicional, e os batimentos cardíacos caem. Quando são
provocados a debater e discutir o assunto (lado direito da figura), a
atividade dos alunos muda significativamente.

Muitos confundem a modernização com a metodologia ativa de


aprendizagem. Apesar do recurso tecnológico, salas de aula com lousas
eletrônicas podem reforçar ou manter relações verticais, contribuindo
para a consagração do professor como um repassador (até com boas
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habilidades) de informações, mantendo o aluno na perspectiva de
memorizador e de reprodutor fidedigno de conhecimento. O uso de
tecnologia não é metodologia ativa de aprendizagem. As metodologias
ativas de aprendizagem estão alicerçadas na autonomia, no
protagonismo do aluno. Têm como foco o desenvolvimento de
competências e habilidades, com base na aprendizagem colaborativa e
na interdisciplinaridade.

Ou seja, não basta levar a tecnologia para dentro da sala de aulas se as estratégias
educacionais, o fazer pedagógico, não mudar, é necessário dar autonomia ao alunado, através
de metodologias ativas, para que estes possam ser protagonistas da construção dos seus
conhecimentos.
Camargo e Daros descrevem 43 estratégias de Metodologias Ativas, dentre elas a ATF
(análise de todos os fatores), BrainStorm, BrainWriting, Aprendizagem em Espiral, Construção
de um Estudo de Caso, Diagrama dos cinco porquês, Storytelling, Timeline, onde expõem as
competências, sugestões/recomendações, considerações acerca do layout da sala de aula e
sequências didáticas.
Apesar de apresentarem uma diversidade de estratégias, algumas são de difícil execução
no ensino fundamental II devido as diversas etapas as quais apresentam, porém outras já são
consagradas dentro dos afazeres pedagógicos.
Outro ponto a se levar em consideração são muitas das formas de avaliação descritas,
as quais priorizam apenas “testes” como forma quantitativa, não levando em consideração o
desenvolvimento ou quesitos qualitativos da aprendizagem.
Precisa-se atentar a alguns erros de grafia e abrasileiramento de expressões as quais
perdem o real sentido para o leitor.
Uma abordagem não citada neste título, a qual se faz necessário introduzir não só nesta,
mas em todas as Unidades Escolares é a STEAM.
STEAM é uma metodologia integrada e baseada em projetos e desafios, focada em
desenvolver conhecimentos e habilidades para preparar os alunos para as complexidades do
mundo atual e para assumirem um protagonismo e liderança nesse cenário.

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A esta metodologia está atrelada a cultura Maker, onde atividades “mão na massa” são
desenvolvidas de forma transdisciplinar, plugadas ou desplugadas, e o pensamento
computacional e linguagens de programação são aprendidas/desenvolvidas.

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REFERÊNCIAS

ASSMANN, Hugo. Reencantar a educação: rumo à sociedade aprendente. Petrópolis: Vozes,


2001.
DEMO, Pedro. Professor do futuro e reconstrução do conhecimento. Petrópolis: Vozes, 2005.
FONSECA, Vitor da. Aprender a aprender: a educabilidade cognitiva. Porto Alegre: Artmed,
1998.
GAROFALO, Débora. Como levar o STEAM para a sala de aula.
https://novaescola.org.br/conteudo/18021/como-levar-o-steam-para-a-sala-de-aula. Acesso
em 19/02/2023.
MORIN, Edgar. O método III: o conhecimento do conhecimento. Porto Alegre: Sulina, 1999.

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