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Sumário
MÓDULO I - DESENVOLVIMENTO DA CAPACIDADE GERENCIAL PELA OUVIDORIA ...................... 2
1. Boas-vindas ....................................................................................................................... 2
2. O papel da ouvidoria na defesa do usuário e melhoria da gestão ................................. 3
3. A responsabilização pela omissão ou má atuação da ouvidoria .................................... 6
4. Benefícios do planejamento das ações de ouvidoria ...................................................... 7
5. A importância de conhecer os setores responsáveis pelos serviços públicos .............. 10
6. Você conhece as normas da instituição pública a qual pertence? ............................... 11
7. O papel de mediadora e conciliadora da ouvidoria para melhoria de gestão ............. 13
8. Atuação proativa da ouvidoria para melhoria da gestão.............................................. 15
9. A participação da ouvidoria na criação e atualização da Carta de Serviços ................. 17
10. Aplicação da pesquisa de satisfação como instrumento de melhoria da gestão..... 19
11. Canal único para registro e tratamento das manifestações ..................................... 22
12. Os benefícios de construir canais de comunicação com instituições externas ........ 23
13. Revisão do Módulo ..................................................................................................... 25
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MÓDULO I - DESENVOLVIMENTO DA CAPACIDADE GERENCIAL PELA OUVIDORIA
1. Boas-vindas
Reunidas essas dicas, esperamos que ao final do módulo você seja capaz de reconhecer:
o papel de destaque da ouvidoria na defesa do usuário e melhoria da gestão; os
benefícios de planejar as ações de ouvidoria; a importância de conhecer os setores, a
legislação e os serviços da instituição em que a ouvidoria atua, participando da
elaboração e atualização da Carta de Serviços; o papel de mediadora e conciliadora e a
atuação proativa da ouvidoria; a relevância da aplicação de Pesquisa de Satisfação e
utilização desse instrumento para melhoria da gestão; a atuação da ouvidoria como
canal único para registro e tratamento de todas as manifestações recebidas pela
instituição; e os benefícios de construir canais de comunicação eficientes com órgãos e
entidades que também recebem demandas de cidadãos. Então, vamos começar?
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2. O papel da ouvidoria na defesa do usuário e melhoria da gestão
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Assim, através do tratamento adequado das manifestações dos usuários e de outras
ações que a ouvidoria deve implementar de maneira proativa, convidamos você - que
trabalha na ouvidoria - a atuar como um agente indutor de mudanças na administração
pública, com foco na defesa da adequada prestação dos serviços e no aprimoramento
de processos e políticas públicas.
São várias as atribuições impostas pela Lei nº 13.460/2017 aos agentes que atuam na
ouvidoria. A falta de zelo e dedicação na execução desses deveres legais ou a não
execução podem levar a responsabilização dos agentes. Essa responsabilização está
regulamentada, no âmbito de cada poder e esfera pública, nos estatutos funcionais de
seus agentes públicos.
No Poder Executivo federal, os direitos e deveres dos servidores são regidos pela Lei nº
8.112/1990. Essa Lei, em seu art. 116, determina que o servidor tem os deveres de
exercer com zelo e dedicação suas atribuições e de observar as normas legais e
regulamentares. A responsabilidade pela omissão do agente público está prevista nos
artigos 122 e 124.
A ação ou a omissão do agente público pode também caracterizar ato de improbidade
administrativa. A caracterização da improbidade diante da omissão administrativa é um
dos temas mais relevantes relacionados à Lei nº 8.429/1992. No plano doutrinário, há o
entendimento de que a omissão da autoridade, quando possui ciência do ilícito e pode
agir para corrigi-lo ou evitá-lo, constitui comportamento ímprobo, passível de
ressarcimento integral do dano, porventura causado.
A Lei nº 12.527/2011, em seu artigo 32, também define um rol de condutas ilícitas que
ensejam responsabilidades de agentes públicos.
O processo de responsabilização de um agente público por eventual cometimento de
improbidade administrativa não se inicia apenas pela própria administração pública e
pelos órgãos institucionais de controle. Os cidadãos também podem provocar o início
de uma apuração de responsabilidades através de uma manifestação de ouvidoria, por
exemplo.
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Nesse tópico você:
O planejamento é o processo que responde a questões sobre o que fazer, como, quando,
quanto, para quem, por que, por quem e onde.
Para a ouvidoria pública, algumas das respostas a essas questões já estão definidas na
Lei nº 13.460/2017, a qual traz o papel da ouvidoria e suas atribuições precípuas.
A partir dessa lei a ouvidoria tem o papel de transformar problemas individuais em
soluções coletivas. Isto é, a ouvidoria tem o dever de tratar e acompanhar as demandas
individuais, além de recomendar melhorias na gestão, a fim de que a solução de casos
pontuais se estenda a todos os usuários do serviço.
Vejamos essas atribuições precípuas definidas para a ouvidoria:
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Além das atribuições precípuas previstas no art. 13, a Lei determina que a ouvidoria
deve:
Mas como a ouvidoria dará conta de cumprir com todas as tarefas que lhe cabem?
Como justificar a execução de algumas ações em detrimento de outras?
No último tópico deste curso, você verá uma sugestão de como elaborar um
planejamento adequado e um modelo de plano anual de ouvidoria.
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5. A importância de conhecer os setores responsáveis pelos serviços públicos
Poucas coisas são mais desagradáveis do que tentar ter acesso a um serviço público e
não saber a quem recorrer. Pior ainda se a própria administração pública não informa
ao cidadão corretamente e o faz percorrer sem rumo vários setores para que sua
solicitação seja atendida.
O art. 6º da Lei nº 13.460/2017 assegura a obtenção de informações precisas e de fácil
acesso nos locais de prestação do serviço, assim como sua disponibilização na internet.
Essas informações devem versar especialmente sobre:
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Fonte: http://www.tjes.jus.br/institucional/setores/secretaria-de-tecnologia-da-
informacao/processos-de-desenvolvimento-e-manutencao/processo-de-gestao-de-demandas/
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Quando o servidor da ouvidoria sabe identificar como os setores se relacionam e
conhece profundamente a legislação do seu órgão, ele compreende o escopo de
atuação da instituição e entende o que o cidadão pode esperar em relação a sua
demanda.
Assista o Vídeo 1: Bate Papo de Ouvidoria sobre regras para novo titular da unidade
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Nesse tópico você:
Conforme o art. 13, VII, da Lei nº 13.460/2017, cabe à ouvidoria, para resolução pacífica
de conflitos, promover a adoção de mediação (por meio de um mediador, que facilita o
diálogo, as partes são auxiliadas a encontrarem uma solução conjunta - o mediador atua
de forma menos ativa) e conciliação (por meio de um conciliador, as partes são
estimuladas a chegar a um acordo, sendo demonstradas as vantagens e desvantagens -
o conciliador atua de forma mais incisiva) entre o usuário e o órgão.
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• Autonomia da vontade das partes (a vontade das partes é o que
prevalece).
• Busca do consenso (equilíbrio entre as partes).
• Boa-fé (pureza de intenções).
• Proporcionalidade entre meios e fins (adequação entre meios e fins,
banindo-se medidas abusivas).
• Respeito à ordem pública e às leis vigentes (manter a legalidade).
A resolução pacífica de conflitos pode ser mais trabalhosa, mas ela tem o potencial de
produzir mudanças mais duradouras e estáveis, pois a resolução foi negociada entre as
partes. Não existe perda para uma parte e vitória para outra; o que existe é a construção
de um acordo com resoluções satisfatórias para ambas as partes.
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Para conhecer mais sobre o tema, sugerimos a leitura do Manual da Ouvidora-Geral da
União (OGU) Ferramentas de Resolução de Conflitos para as Ouvidorias Públicas, por
meio do link https://www.gov.br/ouvidorias/pt-br/ouvidorias/resolucao-pacifica-de-
conflitos/ferramentasderesolucaodeconflitos.pdf
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Atualmente a participação do cidadão para melhoria da gestão pública é muito tímida,
o que evidencia a necessidade de a ouvidoria buscar as manifestações e fomentar o
aumento da participação social. Assim, a atuação proativa da ouvidoria é importante
porque amplia a possibilidade de receber informações úteis para a melhoria da gestão.
Vamos conhecer a seguir iniciativas de ouvidoria ativa:
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federação, que aprimorem o controle social, ampliem os espaços e os canais de
participação social na gestão e melhorem os serviços públicos.
As práticas são avaliadas por meio de critérios como criatividade e inovação, custo-
benefício, efetividade, além de simplicidade e facilidade de replicação.
Conheça aqui as iniciativas vencedoras nos últimos concursos de boas práticas e
descubra diversas experiências positivas envolvendo ações proativas de ouvidoria
distribuídas nas categorias desenvolvimento de capacidade institucional; promoção da
simplificação e desburocratização; fomento à participação e ao controle social; e
tecnologia.
• Coordenadora: A Carta permite que o órgão ou entidade possa ter uma visão
geral dos serviços prestados, avaliar padrões de prestação e permitir a
racionalização das interações com os usuários, sendo o primeiro passo para se
estabelecer uma governança de serviços.
• Procedimental: A Carta informa ao cidadão quais as etapas, setores e exigências
para que ele possa obter o serviço de que precisa;
• Informativa: A Carta é um instrumento de informação e transparência ao
permitir que a sociedade conheça os aspectos básicos das entidades públicas,
assim como os serviços que estas prestam, de forma direta, à sociedade ou a
parcelas dela.
• Compromissória: Ao declarar seus serviços e estabelecer padrões de qualidade
e excelência, a Carta representa um compromisso da entidade com a sociedade,
aumentando a legitimidade e confiança de suas ações.
• Avaliativa com foco na melhoria da gestão: Ao estabelecer padrões, monitorar
e avaliar o resultado dos serviços, a Carta se insere na ótica da gestão por
resultados e contribui para aumentar a eficácia, eficiência e efetividade das
ações da Administração Pública.
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A Lei não especifica um modelo de Carta de Serviços, apresentando, entretanto, o
conteúdo mínimo de sua composição. Sendo assim, cabe à cada unidade da
administração pública definir um padrão de Carta de Serviços que melhor se adeque a
sua necessidade.
Vamos agora analisar a relação entre a ouvidoria e a carta de serviços. Segundo a Lei,
compete à ouvidoria acompanhar a prestação dos serviços para garantir a efetividade
deles e propor aperfeiçoamentos na prestação desses serviços (Lei nº 13.460/2017, art.
13). Então, observamos que, para cumprir as funções previstas na legislação, a ouvidoria
necessita ao menos conhecer a forma de prestação desses serviços, que deve estar
descrita na Carta.
Podemos fazer outra reflexão: embora a Lei não estabeleça que compete à ouvidoria a
elaboração da Carta de Serviços, entende-se ser uma boa prática o setor participar de
sua confecção e suas atualizações.
As demandas apresentadas pelos cidadãos à ouvidoria podem otimizar os
procedimentos para a prestação dos serviços, e essas melhorias devem ser registradas
na Carta. Observa-se, então, outra característica da Carta de Serviços que é a previsão
de sua atualização periódica, fato inclusive determinado no art. 7º, § 4º, da Lei nº
13.460/2017.
Por fim, é necessário que haja uma divulgação adequada da Carta de Serviços para a
população. Nesse aspecto, a Lei nº 13.460/2017, art. 7º, § 4º, exige sua publicação na
internet. Sugere-se que o link para a Carta tenha um bom destaque na página inicial do
ente público, para que o usuário possa localizá-la rapidamente.
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Nesse tópico você:
• percebeu que a Carta de Serviços é o instrumento adequado para registrar as etapas
e exigências necessárias para a obtenção dos serviços públicos;
• verificou que não existe um modelo padrão, porém a Lei estabelece um conteúdo
mínimo a ser observado;
• notou que a ouvidoria deve ao menos conhecer a Carta de Serviços, sendo uma boa
prática participar de sua elaboração e atualizações;
• reconheceu que a Carta é um instrumento de melhoria da gestão uma vez que pode
promover a otimização de procedimentos, sendo necessária sua ampla divulgação para
conhecimento e uso da população.
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Pesquisa de Satisfação do Fala.BR
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O Painel Resolveu? permite pesquisar, examinar e comparar indicadores de forma
rápida, dinâmica e interativa. Na ferramenta, os dados podem ser filtrados por órgão ou
entidade, por período, por tipos de manifestação, por temas e por assuntos.
Além dos resultados das pesquisas de satisfação referentes ao atendimento da
ouvidoria, o painel disponibiliza: percentual de manifestações por tipo; série histórica
das manifestações; rankings de órgãos mais demandados, dos principais assuntos e do
tempo de atendimento em cada órgão.
O perfil do cidadão que apresenta manifestações na plataforma Fala.BR também pode
ser consultado a partir de dados sobre faixa etária, gênero, localização geográfica, e
raça/cor. Ressaltamos que, ao registrar uma manifestação, o usuário é convidado a
preencher esses dados de cadastro, eles não são de preenchimento obrigatório.
No planejamento de suas ações, é fundamental que a ouvidoria inclua ações para captar,
para produzir e para analisar pesquisas de satisfação sobre suas atividades e, também,
sobre os serviços prestados pela instituição. Considerando que, estatisticamente, a
participação voluntária do usuário em pesquisas de satisfação é muito baixa, é
importante planejar ações proativas para colher a percepção do cidadão e aumentar os
níveis de participação.
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Com isso, a ouvidoria obtém informações sobre os usuários, suas necessidades e seus
níveis de satisfação bem como sobre a imagem que eles têm da instituição e o grau de
confiança nela depositada. Esses dados subsidiam os processos de tomada de decisão
para aprimorar a prestação de serviços públicos e para corrigir falhas.
Uma das ações premiadas no III Concurso de Boas Práticas da Rede Nacional de
Ouvidorias é o Projeto “Ouvidoria Ativa e Avaliação de Serviços unindo forças em prol
da participação social e melhoria do serviço público”, desenvolvido pela Controladoria
e Ouvidoria Geral do Estado do Ceará (CGE-CE).
Ao somar a atividade de ouvidoria ativa e de avaliação dos serviços em 2019, a CGE-CE
percebeu que essas práticas são complementares e produzem resultados
potencializados sobre a opinião do cidadão em relação a determinados serviços
públicos. Segundo a instituição, ao consolidar em relatórios os resultados das pesquisas
de satisfação, os gestores passam a ter em mãos direcionamentos para planejar e
executar ações capazes de impactar o cidadão satisfatoriamente.
Conheça essa e outras iniciativas facilmente adaptáveis e replicáveis, para aprimorar as
atividades de ouvidoria e melhorar a gestão pública, disponíveis na página do Concurso
de Boas Práticas.
A plataforma Fala.BR, além de realizar essas ações, também protege os dados pessoais,
dá transparência aos dados públicos relativos às manifestações e gera gráficos e
relatórios, de forma automática. O Fala.BR está disponível para toda a Administração
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Pública. Para saber mais sobre ele, acesse: https://www.gov.br/ouvidorias/pt-
br/ouvidorias/sistema-falabr/falabr.
Assim, é essencial que toda a administração pública adote providências para ajustar seus
normativos de modo a dar efetividade à ouvidoria como canal único para tratar as
manifestações dos usuários. É necessário explicitar o dever de os agentes ou unidades
públicas encaminharem, prontamente, para a ouvidoria as manifestações que
receberem.
• compreendeu que a ouvidoria deve ser o canal único para registro e tratamento
das manifestações;
• percebeu que ao atuar como canal único tanto os cidadãos quanto a gestão
pública são beneficiados;
• aprendeu que entre esses benefícios destacam-se a padronização do
tratamento, a redução dos conflitos, a facilitação da obtenção de dados
gerenciais, e ainda, a mitigação do risco de perda de prazos e vazamento de
dados pessoais.
O célebre bordão do apresentador Chacrinha nos anos 80 nunca sai de moda e aponta
para a necessidade de não apenas existir, mas de interagir, se comunicar, como
ferramenta para minimizar problemas.
Parafraseando o apresentador, poderíamos dizer que a ouvidoria que não se comunica,
se trumbica. A ouvidoria, por sua própria razão de ser, é o setor em que a comunicação
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é ferramenta básica de trabalho para se atingirem os objetivos de mediação,
interlocução e conciliação.
Nesse curso observamos que a comunicação interna é necessária para que a ouvidoria
possa intermediar as demandas do cidadão com o próprio órgão. Nesse tópico vamos
perceber a importância de a ouvidoria expandir essa comunicação junto às instituições
externas.
Ao construir canais de comunicação eficientes com outras instituições, que também
recebem demandas de cidadãos, a ouvidoria contribui para a desburocratização dos
serviços, redução do custo processual, diminuição do retrabalho e redução dos
litígios, o que melhora a gestão pública.
Já sabemos que é recomendável a ouvidoria ser o canal único para registro de demandas
da população, tal qual visto no módulo anterior. Entretanto, o cidadão pode
buscar outras instituições para expor suas insatisfações e requerimentos de serviços
públicos, o que gera desgastes que poderiam ser resolvidos ou minimizados com a
atuação da ouvidoria junto a essas entidades.
A imprensa é um dos canais utilizado pela população para reclamar da prestação do
serviço público, antes mesmo de acionar a ouvidoria para registar sua demanda. Isso
geralmente causa uma exposição negativa para a gestão do órgão, além de transferir
para a imprensa o ônus de intermediar a demanda do cidadão com a gestão
pública, quando, na verdade, essa responsabilidade cabe prioritariamente à ouvidoria.
Outras instituições externas de defesa do usuário, tais como órgãos de controle,
Ministério Público, polícia e até mesmo o Poder Judiciário, são, por vezes, priorizadas
pelo cidadão, antes mesmo de ele tentar uma solução junto ao próprio órgão público
por intermédio da ouvidoria.
Essa atitude de a população procurar, inicialmente, instituições
externas para registrar suas demandas potencializa os litígios e aumenta o custo
processual, uma vez que o órgão terá que dispender recursos para se defender de uma
cobrança externa, quando poderia ter resolvido a demanda internamente.
Para minimizar esses desgastes, a ouvidoria pode promover reuniões com instituições
externas a fim de se apresentar como primeiro canal de registro das demandas da
população. Nos encontros é importante explicar as formas de acesso, informar
os contatos e estatísticas que mostrem a ouvidoria como setor adequado para tratar as
solicitações.
A ouvidoria deve estimular o uso da plataforma Fala.BR e orientar que os cidadãos
registrem nela suas demandas, pois o uso do sistema informatizado irá auxiliar a
ouvidoria a atender a manifestação do usuário.
Já que existem outras instituições, como polícia e Ministério Público, que possuem
competências e prerrogativas para defesa do cidadão, a ouvidoria precisa
demonstrar para a população que ela é o setor adequado e confiável no âmbito do
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órgão para o registro e o tratamento das demandas por serviços públicos. Assim, ao
reconhecer que sua demanda terá tratamento adequado, o cidadão será estimulado a
buscar a ouvidoria como primeiro canal para a tratativa dessas demandas.
• A ouvidoria deve manter uma boa comunicação com agentes externos que
também recebem demandas da população. Essa interlocução reduz os custos
processuais, minimiza litígios e otimiza a gestão pública.
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