REVISÃO ED ALIMENTAR

Educação Alimentar e Nutricional

Educação: O meio em que os hábitos, costumes e valores de uma comunidade são
transferidos de uma geração para a geração seguinte. A educação vai se
desenvolvendo por meio de situações presenciadas e experiências vividas por cada
individuo ao longo da sua vida.

Informação: mero fornecimento de fatos e dados.

Variedade de experiências planejadas para facilitar a adoção voluntaria de hábitos

alimentares ou de qualquer comportamento relacionado à alimentação que conduz à
saúde e ao bem-estar.

Objetivo: Contribuir para a realização do direito humano à alimentação adequada e

garantia da segurança alimentar e nutricional, a valorização da cultura alimentar, a
sustentabilidade e a geração de autonomia para que as pessoas, grupos e comunidade
estejam empoderados para a adoção de hábitos alimentares saudáveis e a melhoria da
qualidade de vida.

Jean Piaget (FASES DO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO)

Fase 1: Sensório-motor (nascimento até o 18 mês de vida)
A criança busca adquirir controle motor e aprender sobre os objetos físicos que a
rodeiam. O bebê adquire o conhecimento por meio de suas próprias ações que são
controladas por informações sensoriais imediatas.

1 Etapa: Anomia (lei sem regra)

Nesta fase a criança procura o prazer e foge da dor. Ela não consegue relacionar suas
atitudes a normas morais.

Fase 2: Pré-operatório (18 mês de vida até os 8 anos de vida)

A criança busca adquirir a habilidade verbal. Ela consegue nomear objetos e raciocinar
intuitivamente, mas ainda não consegue coordenar operações fundamentais.

2 Etapa: Heteronomia (lei estabelecida por outros)

A criança obedece às ordens para receber recompensa ou para evitar castigo.

Fase 3: Operatório concreto (8 anos aos 12 anos de vida)

A criança começa a lidar com conceitos abstratos como os números e
relacionamentos. Caracterizado por uma lógica interna consistente e pela habilidade
de solucionar problemas concretos.

3 Etapa: Socionomia (lei interiorizada pelo convívio social)

Os critérios morais da criança vão se firmando por meio de suas relações com outras
crianças. Ela vai interiorizando as noções de responsabilidade, obrigação, respeito e
justiça. Começa a não fazer aos outros o que não gostaria que fizessem a ele. Age
buscando a aprovação e evitando a censura dos outros.
Fase 4: Operatório formal (12-15 anos de idade)
A criança começa a raciocinar logica e sistematicamente. Esse estágio é definido pela
habilidade de engajar-se no raciocínio abstrato. As deduções lógicas podem ser feitas
sem o apoio de objeto concretos. A criança inicia sua transição para o modo adulto de
pensar, sendo capaz de pensar sobre ideias abstratas.

4 Etapa: Autonomia (lei própria)

A criança já interiorizou as normas morais e passa a comportar-se de acordo com elas
mesmas. Ela passa a entender a noção de propriedade dos objetos.

CONCLUSÃO:
Jean Piaget descobriu que CRIANÇAS não raciocinam como os ADULTOS. Esta
descoberta levou Piaget a recomendar aos adultos que adotassem uma abordagem
educacional diferente ao lidar com crianças.
Ele modificou a teoria pedagógica tradicional que até então afirmava que a mente de
uma criança é vazia, esperando ser preenchida por conhecimento. Na visão de Piaget,
as crianças são as próprias construtoras ativas do conhecimento, constantemente
criando e testando suas teorias sobre o mundo. Ele forneceu uma percepção sobre as
crianças que serve como base de muitas linhas educacionais atuais.

EAN PRÉ – ESCOLARES

Principais objetivos da EAN do pré escolar:
1) Desenvolver atitude favorável com relação a alimentos variados e nutritivos
2) Encorajar a experimentação de alimentos variados
3) Promover a compreensão sobre a associação entre alimentação e saúde
4) Promover o conhecimento de pais, professores, administradores públicos,
setor de alimentação, sobre os princípios da nutrição
5) Desenvolver, promover e disseminar materiais e conteúdos de nutrição

Fatores que contribuem para o sucesso das intervenções educativas em nutrição e

alimentação
- Envolvimento dos pais e familiares
- Comportamentos e atitudes exemplares de familiares e adultos
- Atividades adequadas ao nível de desenvolvimento psicomotor da criança.

Crianças de 4-7 anos:

- Alimentos energéticos: coração forte
- Alimentos com pouca gordura: fazem o coração ficar mais forte
- Atividades como culinária, cuidado com hortas (envolve os 5 sentidos, favorecendo o
desenvolvimento da preferência por alimentos saudáveis e refeições nutritivas)
- Estratégias educativas: atividade corporal (projeto de arte, música, teatro...)

EAN para Escolares:

Aspectos importantes a serem considerados:
Horário escolar, tipo de alimentação disponível para o consumo, alimentação da
família, influência dos amigos, propagandas de alimentos, atividade de reflexão sobre
a realidade alimentar e os fatores externos que influenciam nas escolhas alimentares
pode ser desenvolvida com esse grupo: (teatro, música, dança).

Adolescência inicial: maior preocupação com o corpo e com a imagem corporal. O

adolescente confia e respeita os adultos, é ansioso sobre as relações com os colegas e
ambivalente sobre a sua autonomia.

Adolescência intermediaria: o adolescente é muito influenciado pelo grupo de amigos,

desconfia da opinião dos adultos e deseja ter independência. Escolhem mais o que
comer quando estão fora de casa.

Adolesc6encia tardia: o adolescente já estabeleceu sua imagem corporal, faz planos

para o futuro, esta cada vez mais independente e é mais consistente com seus valores
e crenças.

Princípios das perspectivas de desenvolvimento do aprendizado:

Princípio 1: o conhecimento anterior é a base na qual o conhecimento futuro será

construído. Por isso, é necessário que o profissional investigue a bagagem que o
paciente traz consigo.

Princípio 2: o conhecimento anterior deve ser ativado para que o aprendizado possa
acontecer.

Princípio 3: O paciente deve ser ativamente envolvido, a nova informação interagindo

com a que ele já tinha.

Princípio 4: as ligações entre o conhecimento anterior e as novas informações são mais

importantes do que as novas informações. Quanto maior a ligação e quanto mais forte
ela for, mais facilmente se estabelece o processo educativo.

Princípio 5: o aprendizado não é independente de contextos. Ele interage com o

sistema de construção interna de cada pessoa.

Princípio 6: a motivação intrínseca esta associada a profundas condições de

aprendizado.

Princípio 7: o processo de ensinar deve fazer com que o professor se torne

desnecessário, conduzindo à autonomia do educando no caso do paciente.

DAVID PAUL AUSUBEL

- Aprendizagem significativa: o novo conteúdo é incorporado às estruturas de
conhecimento do aluno e adquire significado para ele a partir da relação com seu
conhecimento.
- Aprendizagem mecânica ou repetitiva: o conteúdo escolar a ser aprendido não
consegue ligar-se a algo já conhecido, e as novas informações são aprendidas sem
interagir com conceitos relevantes existentes na estrutura cognitiva. Assim, a pessoa
decora fórmulas, leis, mas esquece após a avaliação.

Para que haja aprendizagem significativa:

1) Disposição para aprender
2) Conteúdo escolar deve ser potencialmente significativo

Memória: práticas e costumes alimentares, construídos e consolidados durante a

existência do ancião: diferencial para a promoção da saúde.

Ações educativas para os idosos:

- Menor capacidade de atenção em uma mesma atividade por muito tempo
- Diminuição capacidade visual, auditiva e gustativa
- Tempo mais livre para participação das atividades
- Capacidade para o aprendizado
- O professor deve falar alto
- Se for utilizar slides, letras grandes