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Nome:Gabriela Pacheco

Turno:Noite
Disciplina:Formas consensuais de solução de conflitos
A jurisprudência, que se refere à interpretação e aplicação das leis pelos tribunais, reconhece a
importância da conciliação na resolução de disputas contratuais. Embora eu não possua acesso
direto à jurisprudência atualizada, posso fornecer informações gerais com base na minha base
de conhecimento até setembro de 2021. É importante observar que a jurisprudência está
sempre em evolução e pode variar de acordo com a jurisdição e o contexto específico do caso.
Recomenda-se consultar um advogado ou pesquisar em fontes atualizadas para obter
informações mais precisas e atualizadas sobre a jurisprudência específica sobre conciliação em
contratos em sua jurisdição.

No geral, a jurisprudência tem favorecido a conciliação como um meio eficaz de solução de


disputas contratuais. Os tribunais têm reconhecido os benefícios da conciliação, como a
economia de tempo e recursos, a preservação do relacionamento entre as partes e a
possibilidade de alcançar soluções criativas e personalizadas.

Um exemplo comum é a inclusão de cláusulas de conciliação nos contratos comerciais. Essas


cláusulas geralmente exigem que as partes tentem resolver suas disputas por meio de
conciliação antes de recorrerem ao litígio. Os tribunais têm demonstrado apoio a essas
cláusulas e, em alguns casos, podem até exigir que as partes participem de uma sessão de
conciliação antes de permitir que o processo siga adiante.

Além disso, a jurisprudência também tem enfatizado a importância da boa-fé e do respeito aos
princípios da conciliação durante o processo de negociação e mediação. Isso significa que as
partes devem se esforçar para encontrar soluções mutuamente benéficas, agindo de forma
honesta, cooperativa e transparente ao longo do processo de conciliação.

Em resumo, a jurisprudência reconhece e valoriza a conciliação como um meio eficaz de


solução de disputas contratuais. A inclusão de cláusulas de conciliação nos contratos e a
adesão aos princípios da boa-fé e da colaboração são aspectos que os tribunais têm valorizado
ao analisar casos relacionados à conciliação em contratos. No entanto, lembre-se de que as
decisões judiciais podem variar e é importante consultar a jurisprudência mais atualizada em
sua jurisdição para obter informações precisas e específicas.

Jurisprudência:

Agravo de Instrumento. Audiência de conciliação requerida na inicial. Dispensa pelo


magistrado.
Cabimento do recurso. Risco de dano processual irreversível. Aplicação da tese da taxatividade
mitigada, firmada pelo Superior Tribunal de Justiça em recurso repetitivo. Necessária
designação da audiência prevista no art. 334, do CPC. Requerimento expresso da parte autora.

Inobservância do devido processo legal. Direito potestativo da parte. Norma de ordem pública.

Reforma da decisão. 1. Relegar a análise da matéria ao julgamento de eventual apelação torna


a discussão completamente inútil, porque eventual poder de barganha do autor numa
audiência de conciliação no início da demanda estaria totalmente esvaziado frente à anulação
de uma sentença de improcedência. Dessa forma, eventual a anulação do processo por
inobservância do devido processo legal implicaria mera formalidade incapaz de garantir a
satisfação do interesse da parte na realização da audiência, em incontornável prejuízo aos
princípios da celeridade do processo e da conciliação. O risco de inutilidade do julgamento da
questão em preliminar de apelação, portanto, é evidente, razão pela qual deve ser conhecido
o agravo de instrumento que ataca a decisão que indefere a realização da audiência de
conciliação prevista no art. 334, do

CPC, ao menos quando requerida expressamente pela parte autora. 2. O art. 334, do CPC
dispõe sobre a obrigatoriedade de realização da audiência de conciliação, na qual as partes
têm o dever jurídico de comparecer. E mais, o 54° do mesmo dispositivo estabelece que a
audiência de conciliação somente não será realizada em duas hipóteses, ambas inocorrentes
no caso em tela:

I) se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual;


quando não se admitir a autocomposição. De fato, o autor requereu expressamente na inicial a
realização da audiência de conciliação e mediação, direito potestativo garantido pela legislação
processual que não pode, sem fundamentação, ser cerceado pelo juízo. Ora, não se erige como
razoável o argumento de que a não designação da audiência de conciliação se justifica "por ter
demonstrado a experiencia ser improfícua tentativa de composição das partes em audiência
de mediação", pois coube ao legislador processual esse exercício de ponderação, que erigiu a
conciliação como princípio a ser observado (5 2° do art. 3°). Dessa feita, o indeferimento da
realização de audiência de conciliação prevista no art. 334, do CPC, fora das hipóteses
expressamente previstas no 54° desse dispositivo, configura violação de interesse de ordem
pública, implicando em erro de procedimento que deve ser corrigido. 3. Provimento ao
recurso.

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