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Objectivo geral:
Objectivos específicos:
Estrutura de trabalho
A metodologia usada
1.1. Revelação
Entende-se por revelação o acto de tirar o véu que cobre uma realidade, o acto de tomar
acessível uma verdade até então velada ou oculta. Este conceito é usado para indicar a
realidade ampla que constitui o dado fé que nos é oferecido no Evento Jesus Cristo.
O homem na qualidade de destinatário da revelação tem uma atitude a tomar. Este pode-
se abrir ou permanecer indiferente. Mas como a finalidade da revelação é a salvação do
homem, no sentido que é para que o homem tenha acesso a Deus, Deus espera do
homem a obediência da fé (Rom 16, 26), isto é adesão ao projecto divino.
O encontro entre Deus e a pessoa humana acontece no coração e uma vez aberto o
coração professa-se com a boca o que se crê. Paulo atesta: “Acredita-se com o coração
e, com a boca, faz se a profissão de fé” (Rom 10,10). A abertura do coração é
manifestada pelo testemunho público.
Pois a fé não é um acto privado. Porque o encontro com Deus é renovador. Deus
comunica-se para nos introduzir no seu mundo.
Esse toque do coração é um acto de graça.
Os Actos dosApóstolos descrevem muito bem esse movimento na cena de Lídia onde en
contramosexplicitamente afirmado que “O Senhor abriu-lhe o coração para aderir ao
que Paulo dizia” (Act16,14).
O termo criar, assim designa uma actividade própria e exclusiva de Deus, uma
actividade diferente de fabricação humana. Não se trata, portanto, de um mero fazer
teórico e instrumental que exige provas científicas, mas sim um agir que envolve a
intencionalidade do agente (Deus) pela própria iniciativa como seu projecto por Ele
iniciado e que envolve o homem através do seu concite a ser co-criador.
Para designar a acção criadora de Deus, se emprega o verbo hebraico barã (criar), da
tradição sacerdotal, para designar a criação de Deus. Ele significa a criação – não
condicionada e livre de requisitos – como marco histórico da natureza e do espirito. O
que não existe passa a existir nesse momento. Esta actividade divina carece de analogias
(Conte,1994, p. 237).
A criação tem o seu ponto culminante naquele constituído por Deus pela ressurreição,
Cristo, Palavra que ultimamente Deus falou e inclui em si a palavra sobre a natureza da
criação. Cristo é identificado como salvador e posteriormente inserido na dimensão
cósmico-criadora e, a Criação que já havia recebido a função histórico-salvífica passa a
uma conotação cristológica: Com a sua presença, a Criação assume novas dimensões da
nova criação.
1.3.Dificuldade e Objeções
A doutrina da criação suscitou sempre grandes dificuldades e objeções no decurso do
tempo no âmbito do seu desenvolvimento. Foi negada a criação como obra de Deus.
Para além do ateísmo científicos que a partir da teoria da explosão primordial diz o
mundo ter um longínquo começo em que todas as radiações e toda a matéria estavam
numa bola primordial de fogo, e do materialismo dialético, encontramos outros escolhos
(o dualismo, o panteísmo e o problema do mal) contra os quais sempre embate a
reflexão da igreja, no que toca à doutrina da criação.
Para Santo, a criação é uma iniciativa do Pai: “a vontade de Deus Pai é o substrato de
todas as coisas” (Irineu, p.44). O Deus criador é o Pai de Jesus Cristo e toda a Trindade
opera na criação. Para ele, há somente um Deus em quem tudo tem origem. A economia
salvífica uma de Deus se estende da criação até a sua consumação final, e a chave para
ela é o filho eterno, o Filho Verbo que se fez carne e por encarnação, resume em si toda
a humanidade a até o universo. O Filho, Logos de Deus é o ápice de toda a revelação,
corporalmente humana em Jesus Cristo nele se experimenta.
Ele foi predestinado por Deus antes da criação do mundo para recapitular consigo todas
as coisas do céu e da terra (Cf. Ef 1,3.10). Isto quer dizer que no plano de Deus, a
criação e a salvação estão entrelaçadas de modo que se identificam. Assim, a protologia
tem na escatologia a sua concretização. Estes são os elementos teológicos na definição
da criação que nos levam a entender a criação como um mistério da fé em trono do qual
ocorrem discussões sobre a sua relação com a conservação, pois, (Frosini, 2011, p. 121).
Esta relação nunca se pode interromper.
Loyola. Irineu (1969). Adv. Haer . II 30,9. In A. Orbe, Antropologia de San Irineo.