Você está na página 1de 7

Introdução

O presente tema, tem como objectivo analisar a dificuldade da doutrina Católica na


criação e sua objeção no decurso do tempo como obra de deus, onde para melhor
compreensão do tempo parte de princípio a conceição da revelação, da criação, e a
dificuldade e objeção. Onde a revelação nos leva indicar a realidade ampla que constitui
o dado fé que nos é oferecido no Evento Jesus Cristo, sedo que um dos aspectos no
quais Deus se revelou ao homem é como Deus criador.

Objectivo geral:

 Descrever Dificuldades da Doutrina Catolica na criação e sua objeção no


decurso de tempo como obra de Deus.

Objectivos específicos:

 Conhecer a revelação da criação do mundo;


 Descrever etapas da revelação;
 Descrever as dificuldades da doutrina católica e suas objecções.

Estrutura de trabalho

O presente trabalho foi feito na base de uma introdução, desenvolvimento, conclusão e


bibliografia.

A metodologia usada

Pesquisa Bibliográfica é elaborada a partir de material já publicado, constituído


principalmente de livros, artigos de periódicos e actualmente com material
disponibilizado na internet.
1. Dificuldades da Doutrina Católica na criação e sua objeção no
decurso de tempo como obra de Deus.

1.1. Revelação
Entende-se por revelação o acto de tirar o véu que cobre uma realidade, o acto de tomar
acessível uma verdade até então velada ou oculta. Este conceito é usado para indicar a
realidade ampla que constitui o dado fé que nos é oferecido no Evento Jesus Cristo.

A constituição dogmática sobre a revelação divina no seu número dois condena o


conteúdo da revelação na Economia da Salvação nos seguintes termos: “Aprouve a
Deus, na sua bondade e sabedoria, revelar-se a si mesmo e tornar conhecido o mistério
da sua vontade, por meio do qual os homens, através de Cristo, Verbo Incarnado, tem
acesso ao Pai no Espirito Santo e n’Ele se tornam Participantes da natureza divina”
Concilio Vaticano II, Dei Verbum, 2) Está claro que é livre iniciativa de Deus o acto de
se revelar. O movente da tal liberdade é a sua bondade e sabedoria. Era natural que
Deus é suma bondade não permanecesse fechado em si mesmo eternamente. E a
sabedoria sempre move para o bem. A intenção do acto é salví fica, porque é para que
os homens tenham acesso ao Pai pelo Espír ito. Deus faz-se conhecer para o homem
entrar no mundo de Deus.

A revelação divina concretiza-se por meio de palavras e acções intimamente ligadas


entre si ao longo da história da salvação. Mas a revelação plena acontece na pessoa de
Cristo que é o mediador e o agente do projecto de revelação do Pai. Ele é o mediador
porque é o enviado, é o agente porque Ele mesmo é Deus em acção.

O homem na qualidade de destinatário da revelação tem uma atitude a tomar. Este pode-
se abrir ou permanecer indiferente. Mas como a finalidade da revelação é a salvação do
homem, no sentido que é para que o homem tenha acesso a Deus, Deus espera do
homem a obediência da fé (Rom 16, 26), isto é adesão ao projecto divino.

O encontro entre Deus e a pessoa humana acontece no coração e uma vez aberto o
coração professa-se com a boca o que se crê. Paulo atesta: “Acredita-se com o coração
e, com a boca, faz se a profissão de fé” (Rom 10,10). A abertura do coração é
manifestada pelo testemunho público.

Pois a fé não é um acto privado. Porque o encontro com Deus é renovador. Deus
comunica-se para nos introduzir no seu mundo.
Esse toque do coração é um acto de graça.
Os Actos dosApóstolos descrevem muito bem esse movimento na cena de Lídia onde en
contramosexplicitamente afirmado que “O Senhor abriu-lhe o coração para aderir ao
que Paulo dizia” (Act16,14).

1.1.1. Etapas da revelação


Chamamos etapas de revelação os diferentes momentos nos quais as verdades sobre
Deus foram reveladas à humanidade. Deus se revela na Criação Um dos aspectos nos
quais Deus se revelou ao homem é como Deus criador. Este aspecto da revelação é
comum às três grandes religiões: O Judaísmo, o cristianismo e o Islão.

1.2.Conceito de Criação O termo <crist> é um conceito propriamente teológico de fé


judaico-cristão e trata do conjunto de todos os seres com o sinónimo de criaturas. A
criação é o fundamento de todos os divinos desígnios salvíficos, e manifesta o amor
omnipotente e sapiente de Deus; é o primeiro passo para a aliança do único Deus com o
seu povo; é o início da história da salvação que culmina em Cristo; é a primeira resposta
às interrogações fundamentais do homem acerca da própria origem e do próprio fim.
(cfr. CIC 279-289 315).

O termo criar, assim designa uma actividade própria e exclusiva de Deus, uma
actividade diferente de fabricação humana. Não se trata, portanto, de um mero fazer
teórico e instrumental que exige provas científicas, mas sim um agir que envolve a
intencionalidade do agente (Deus) pela própria iniciativa como seu projecto por Ele
iniciado e que envolve o homem através do seu concite a ser co-criador.

Para designar a acção criadora de Deus, se emprega o verbo hebraico barã (criar), da
tradição sacerdotal, para designar a criação de Deus. Ele significa a criação – não
condicionada e livre de requisitos – como marco histórico da natureza e do espirito. O
que não existe passa a existir nesse momento. Esta actividade divina carece de analogias
(Conte,1994, p. 237).

A criação tem o seu ponto culminante naquele constituído por Deus pela ressurreição,
Cristo, Palavra que ultimamente Deus falou e inclui em si a palavra sobre a natureza da
criação. Cristo é identificado como salvador e posteriormente inserido na dimensão
cósmico-criadora e, a Criação que já havia recebido a função histórico-salvífica passa a
uma conotação cristológica: Com a sua presença, a Criação assume novas dimensões da
nova criação.

1.3.Dificuldade e Objeções
A doutrina da criação suscitou sempre grandes dificuldades e objeções no decurso do
tempo no âmbito do seu desenvolvimento. Foi negada a criação como obra de Deus.
Para além do ateísmo científicos que a partir da teoria da explosão primordial diz o
mundo ter um longínquo começo em que todas as radiações e toda a matéria estavam
numa bola primordial de fogo, e do materialismo dialético, encontramos outros escolhos
(o dualismo, o panteísmo e o problema do mal) contra os quais sempre embate a
reflexão da igreja, no que toca à doutrina da criação.

Para Santo, a criação é uma iniciativa do Pai: “a vontade de Deus Pai é o substrato de
todas as coisas” (Irineu, p.44). O Deus criador é o Pai de Jesus Cristo e toda a Trindade
opera na criação. Para ele, há somente um Deus em quem tudo tem origem. A economia
salvífica uma de Deus se estende da criação até a sua consumação final, e a chave para
ela é o filho eterno, o Filho Verbo que se fez carne e por encarnação, resume em si toda
a humanidade a até o universo. O Filho, Logos de Deus é o ápice de toda a revelação,
corporalmente humana em Jesus Cristo nele se experimenta.

Hoje, a teologia no seu dever, apresenta-nos a criação no quadro dos escritos


neotestamentários, que também são a base dos ensinamentos do concilio Vaticano II.
Substancialmente, a criação se nos apresenta com significação da história da salvação
cujo centro é mistério da Incarnação. Segundo as Escrituras, Cristo é a perfeita. (CI 1,
15.18).

Ele foi predestinado por Deus antes da criação do mundo para recapitular consigo todas
as coisas do céu e da terra (Cf. Ef 1,3.10). Isto quer dizer que no plano de Deus, a
criação e a salvação estão entrelaçadas de modo que se identificam. Assim, a protologia
tem na escatologia a sua concretização. Estes são os elementos teológicos na definição
da criação que nos levam a entender a criação como um mistério da fé em trono do qual
ocorrem discussões sobre a sua relação com a conservação, pois, (Frosini, 2011, p. 121).
Esta relação nunca se pode interromper.

Na concepção cristã, a criação do mundo é um acontecimento trinitário: o Pai cria pelo


Filho e no Espirito santo. Durante muito tempo, a tradição teológica compreendeu a
criação como obrado Pai. Senhor de sua criação (monoteísmo). Posteriormente,
desenvolveu-se uma doutrina especificamente cristológica da criação, com ênfase na
criação através da Palavra. Diz o CIC 229, Insinuada do Artigo Testamento,
revelada na Nova Aliança, a acção criadora do Filho e do Espírito Santo.
Inseparavelmente unida à do Pai, é claramente afirmada pela regra de fé da igreja
“existe um só Deus. Ele é o Pai, o Criador, o Autor, o Organizador. Ele fez todas as
coisas por Si próprio, quer dizer, pelo seu Verbo e pela sua Sabedoria, pelo Filho
e pelo Espírito Santo” “ quesão como as suas mãos” (Santos Ireneu). A Criação
é a obra comum da Santíssima Trindade, (Frosini, 2011, p.124).
Conclusão
De acordo ao tema, pode se concluir de uma forma clara, que a dificuldade da doutrina
católica na criação e sua objecção, parte de pressuposto que a criação é o fundamento de
todos os divinos desígnios salvíficos, e manifesta o amor omnipotente e sapiente de
Deus e que a revelação divina concretiza-se por meio de palavras e acções intimamente
ligadas entre si ao longo da história da salvação. Mas a revelação plena acontece na
pessoa de Cristo que é o mediador e o agente do projecto de revelação do Pai. Ele é o
mediador porque é o enviado, é o agente porque Ele mesmo é Deus em acção, quanto a
objeção, a criação se nos apresenta com significação da história da salvação cujo centro
é mistério da Incarnação. Partindo do pressuposto de que a dificuldade da doutrina
Católica na criação e sua objeção no decurso do tempo como obra de Deus, a vontade
de Deus é o substrato de todas as coisas, a abordagem qualitativa é mais adequada para
a explicação da dificuldade e a objeção. Segundo Ludke (1986), a abordagem
qualitativa se caracteriza por ter como foco principal o significado que as pessoas dão às
coisas.
Bibliografia
Conte, F. (1994). CONTE F. Os heróis míticos e o homem de hoje. São Paulo: Ed.

Loyola. Irineu (1969). Adv. Haer . II 30,9. In A. Orbe, Antropologia de San Irineo.

Madrid: Biblioteca de Autores Cristianos.


https://www.passeidireto.com/arquivo/60967427/manual-de-teologia-catolica-versao-
atualizada/6. Acesso em: 20 de Agosto de 2023

Você também pode gostar