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Estatuto dos Servidores

ESTATUTO
DOS FUNCIONÁRIOS

PÚBLICOS
DO MUNICÍPIO DE
SÃO PAULO

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Estatuto dos Servidores

APRESENTAÇÃO

Apresentamos o Estatuto dos Funcionários


Públicos do Município de São Paulo, de acordo
com a Lei nº 8.989, de 29 de outubro de 1979. Neste
material temos a Lei atualizada, conforme dados
oficiais da Prefeitura de São Paulo (http://www.
prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/
negocios_juridicos/LEI%208989%2079.pdf ).

O objetivo da publicação é informar os funcionários


e as funcionárias de seus direitos e deveres que
são conferidos de acordo com cada uma das
profissões. O Sindsep é um sindicato geral e tem
orgulho de representar todos os trabalhadores e
todas as trabalhadoras estatutários da Prefeitura
de São Paulo.

Portanto, este material foi elaborado para


municiar os funcionários e as funcionárias com
informações que os auxiliem ao longo de suas
carreiras. A entidade entende que manter a
categoria informada é de extrema importância
para qualificar a luta por mais direitos e melhores
condições de trabalho.

A Direção.

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EXPEDIENTE

Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no


Município de São Paulo – Sindsep.

Diretoria
Sergio Ricardo Antiqueira - Presidente
Leandro Valquer J. L. de Oliveira - Vice-Presidente

Secretarias
Paula Leite - Finanças
Antônio Carlos Lima - Geral
Solange C. Ribeiro - Formação, Política Sind. Qualificação Profissional
Maria de Lourdes da R. Alves - Jurídico, Econômico e Pesquisa
João Batista Gomes - Imprensa e Comunicação
Vlamir Lima - Política Intersindical e Solidariedade
Maria Cristina Cipriano Ribeiro - Políticas Sociais
Roberto Alves da Silva - Saúde do Trabalhador
Sandra Aparecida Gonçalves - Atenção Mulher
Djalma Maria Prado - Cultura e Eventos
Elis Regina Bonachello de Melo - Educação
Lourdes Estevão Araújo - Trabalhadores da Saúde

Coordenadores de Região
Ronildo Ferreira da Silva - Leste I
Ejivaldo do Espirito Santo - Leste II
Luciana Maria Melo - Leste III
Bergair de Oliveira Valentino - Sudeste
Angela Aparecida de Lima Silva - Sul I
Sandro Bento de Carvalho - Sul II
Cleber Bartolomeu Gomes - Oeste
João Gabriel Guimarães Buonavita - Noroeste
José Teixeira dos Santos - Norte
Walney Araujo da Silveira - Centro

Departamentos dos Trabalhadores


Valdemar Bombini Pinto - SMADS, SEME, SMS, Verde, SFMSP e Iprem
Conceição de Maria Aragão Novaes - Aposentados
Eudes Wesley Dias Melo - Segurança Urbana

Conselho Fiscal
Angela Maria Severiano
Onedil Luiza Bueno
Sueli Aparecida Guarnieri
Osmar Braga
José Francisco de Lima
Suplente de Direção
Junéia Batista
Alonir Roberto
Celso Onório
Helda Lourenço
Marizette Ducca
Evaldo de Almeida
Luzia Delmaschio
Regina Stroebel
Paulo Gomes

Suplente do Conselho Fiscal


Fábio dos Santos
Zenilda Guimarães

Contatos
Rua da Quitanda, 162, Centro, São Paulo/SP, CEP 01012-010.
Telefone: (11) 2129 2999

Internet
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imprensa@sindsep-sp.org.br
facebook.com/Sindsep
Twitter: @sindsep

Imprensa
Diretor: João Batista Gomes
Edição: Eudes Lima – MTb 33.268
Jornalistas: Eudes Lima e Isis Torres
Estagiários: Leticia Kutzke e Pedro Canfora
Arte: Gabriela Prado

Produção
Inteligência Assessoria de Comunicação
www.inteligenciacom.com.br
assessoria@inteligenciacom.com.br
Telefone: (11) 31056769 / 31050154

São Paulo, Dezembro de 2016.


O aplicativo do Sindsep é a
mais nova tecnologia na
palma de suas mãos.
A fim de melhor informar
você servidor público,
criamos esta ferramenta de
comunicação para lhe
atualizar de forma rápida e
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acontece no meio sindical e
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PELO TELEFONE (11) 2129 2999
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DEPARTAMENTO JURÍDICO
Temos muitos direitos
e o Sindsep está pronto
para defendê-los!
O horário de funcionamento do
Departamento é das 9 às 17:30 horas, de
segunda-feira a sexta-feira e conta com
uma equipe sempre pronta para esclarecer
suas dúvidas. Consulte no site o andamento
dos seus processos.

Para mais informações,


ligue: (11) 2129 2999,
das 9 às 17:30 horas
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Presente para os
aniversariantes do mês
Há alguns anos o Sindsep tem um
grande prazer em parabenizar você,
sindicalizado, no seu aniversário. Todos
os anos preparamos um lindo brinde,
que também é mais um incentivo para
uma visita ao seu sindicato. Mas atenção:
você só pode retirar o presente a partir
do mês que você faz aniversário até o
último dia útil do ano.

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NOSSA IMPRENSA
Defende os trabalhadores
e trabalhadoras e seus
direitos inegociáveis
Desde o início, o movimento sindical entendeu
a importância de se comunicar com os
trabalhadores e trabalhadoras e de contar a
história de quem realmente produz toda a
riqueza. O resultado disso é que não aceitamos
a tentativa de qualquer imposição.

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CENTRO DE
FORMAÇÃO
18 de
agosto

O Centro de Formação do Sindsep é fruto de


muito trabalho, investimento e anos de
dedicação. Surgiu com a proposta de criar um
espaço formativo onde socializamos
experiências e informações. É um espaço de
convivência em que são realizadas
praticamente todas as atividades do nosso
sindicato, da Fetam, Confetam, CUT, ISP e
Contram. Está localizado na Rua Barão de
Itapetininga, 163 – 2º andar – República.
Fique atento ao site do Sindsep, acompanhe
as atividades e não deixe de participar!
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Se você já sofreu assédio moral, ou conhece alguém nesta


situação, não fique de braços cruzados, denuncie! Entre em
contato com o Sindicato pelo e-mail:
saudetrabalhador@sindsep-sp.org.br, ou ligue para a
Secretaria de Saúde do Trabalhador (fone: 2129-2999).
Juntos vamos combater essa prática, assédio moral é crime!

2129-2999
Ramal 233

SECRETARIA
DE SAÚDE DO
TRABALHADOR

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Para se filiar basta comparecer a Sede do


Sindsep, localizada na Rua da Quitanda - 162 -
2º andar ou por meio dos sindicalizadores que
diariamente visitam as bases a fim de levar mais
informação a você servidor público.

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Trabalhadores aprovam
as propostas em assembleias Funcionários Públicos marcam
presença em mais um Seminário

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O SINDSEP LÊ O
DIÁRIO OFICIAL
PARA VOCÊ
Pensando sempre
em manter os
trabalhadores e as
trabalhadoras
públicos
municipais
atualizados, o
Sindsep envia para
você, associado,
um torpedo
avisando sobre as
publicações que
saírem em seu
nome. Basta você
entrar em nosso
site e acessar a
qualquer tempo.

Mantenha sempre atualizado seus dados.


Faça a atualização dos dados no próprio site do Sindsep
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em “ATUALIZE SEU CADASTRO”.
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Colônias
de Férias Relação das Colônias de
Férias do Sindsep
Acesse o site do
Sindsep e confira:
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Agendar com antecedência


de um mês, preferivelmente.
Trazer último holerite, obrigatoriamente.
Valores sujeitos a alteração sem aviso prévio.
Algumas colônias não fornecem vagas
no Natal, Ano Novo e Carnaval.
Atendimento de segunda a sexta-feira das 9 às 15 horas
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Sindicato
mais perto
de você
Sindicato itinerante leva
atendimento e informação
até o local de trabalho
O sindicato itinerante é um serviço prestado com
uma doblò que vai até a sua unidade de trabalho.
Um profissional do Departamento Jurídico fica a
disposição para esclarecer dúvidas e fazer consultas
sobre processos trabalhistas.
Este atendimento oferece ainda a possibilidade do
servidor tirar dúvidas sobre o andamento das lutas
que o sindicato trava com o governo. E para aqueles
que desejam fazer parte deste sindicato de luta, é
possível realizar a filiação neste espaço, além de
obter informações dos benefícios e parcerias
oferecidas. E mais, por meio do sindicato itinerante
você pode também consultar o andamento do seu
precatório. Veja agenda completa no site ou por
meio do aplicativo sindsep-sp.

Acompanhe a agenda pelo site do Sindsep.

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ESTATUTO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS


DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

Sumário

APRESENTAÇÃO............................................................... 1

TÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES......20

TÍTULO II - DO PROVIMENTO, DO EXERCÍCIO E


DA VACÂNCIA DE CARGOS.............................22
CAPÍTULO I - DO PROVIMENTO.........................................22
CAPÍTULO II - DO EXERCÍCIO..............................................33
CAPÍTULO III- DA VACÂNCIA DE CARGOS.....................40

TÍTULO III- DO TEMPO DE SERVIÇO E DA


PROGRESSÃO FUNCIONAL.............................42
CAPÍTULO I - DO TEMPO DE SERVIÇO.............................42
CAPÍTULO II - DA PROMOÇÃO...........................................46
CAPÍTULO III - DO ACESSO..................................................51
CAPÍTULO IV - DA TRANSPOSIÇÃO..................................53

TÍTULO IV - DOS DIREITOS E VANTAGENS DE


ORDEM PECUNIÁRIA........................................55
CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES..................55
CAPÍTULO II - DO VENCIMENTO, DO HORÁRIO E DO
PONTO.......................................................................................55
CAPÍTULO III - DAS GRATIFICAÇÕES...............................58
CAPÍTULO IV - DOS QUINQUÊNIOS.................................61
CAPÍTULO V - DA SEXTA PARTE DO VENCIMENTO.....63
CAPÍTULO VI - DO SALÁRIO-FAMÍLIA E DO SALÁRIO-
ESPOSA......................................................................................63
CAPÍTULO VII - DAS OUTRAS CONCESSÕES
PECUNIÁRIAS...........................................................................69

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TÍTULO V - DOS DIREITOS E VANTAGENS DE


ORDEM GERAL..................................................74
CAPÍTULO I - DAS FÉRIAS....................................................74
CAPÍTULO II - DAS LICENÇAS.............................................78
CAPÍTULO III - DO ACIDENTE DO TRABALHO E DA
DOENÇA PROFISSIONAL.....................................................93
CAPÍTULO IV - DA DISPONIBILIDADE..............................96
CAPÍTULO V - DA APOSENTADORIA................................97
CAPÍTULO VI - DA ASSISTÊNCIA AO FUNCIONÁRIO........
105
CAPÍTULO VII - DO DIREITO DE PETIÇÃO.................... 105

TÍTULO VI - DOS DEVERES E DA AÇÃO


DISCIPLINAR....................................................108
CAPÍTULO I - DOS DEVERES............................................. 108
CAPÍTULO II - DAS PROIBIÇÕES...................................... 110
CAPÍTULO III - DA RESPONSABILIDADE....................... 113
CAPÍTULO IV - DAS PENALIDADES................................ 114
CAPÍTULO V - DA PRISÃO ADMINISTRATIVA E DA
SUSPENSÃO PREVENTIVA................................................ 120
CAPÍTULO VI - DOS PROCEDIMENTOS DE NATUREZA
DISCIPLINAR......................................................................... 122
CAPÍTULO VII - DA REVISÃO DO INQUÉRITO
ADMINISTRATIVO................................................................ 128

DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS.......130

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ESTATUTO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS DO


MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
LEI Nº 8.989, DE 29 DE OUTUBRO DE 1979

Dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários Públicos do


Município de São Paulo e dá providências correlatas.
REYNALDO EMYGDIO DE BARROS, Prefeito do
Município de São Paulo, usando das atribuições que
lhe são conferidas por lei.
Faço saber que a Câmara Municipal, em sessão de
18 de outubro de 1979, decretou e eu promulgo a
seguinte lei:

TÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - Esta lei institui o regime jurídico dos


funcionários da Prefeitura do Município de São Paulo.
Art. 2º - Para os efeitos deste Estatuto, funcionário
público é a pessoa legalmente investida em cargo
público.
Art. 3º - Cargo público é aquele criado por lei, em
número certo, com denominação própria, remunerado
pelos cofres municipais, ao qual corresponde
um conjunto de atribuições e responsabilidades
cometidas a funcionário público.
Art. 4º - Classe é o agrupamento de cargos da mesma
denominação e idêntica referência de vencimento.
Art. 5º - Carreira é o conjunto de classes da mesma
natureza de trabalho, escalonadas segundo a
responsabilidade e a complexidade das atribuições.
Art. 6º - Os cargos públicos são isolados ou de carreira.
Art. 7º - Os cargos públicos são integrados em:
I - Quadro Geral;
II - Quadros Especiais, cujos cargos são agrupados por
similitude das atividades neles compreendidas.
Art. 8º - As atribuições dos cargos serão definidas em
lei ou em decreto.
Parágrafo único - É vedado atribuir ao funcionário

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encargos ou serviços diversos dos inerentes a seu


cargo, ressalvadas a hipótese a que se refere o artigo
39, as funções de direção e chefia, bem como as
designações especiais.
* O Art. 143 da Lei nº 11.511/1994 vedou a atribuição
de função em desconformidade com a parágrafo
único do artigo 8º da Lei nº 8.989, de 29 de outubro de
1979, aos titulares de cargos de provimento efetivo
ou em comissão e aos admitidos e contratados nos
termos da Lei nº 9.160, de 3 de dezembro de 1980.
Também vedou atribuição de função de direção,
assessoramento, assistência, chefia, encarregatura
ou equivalente, nos órgãos municipais que, em
sua estrutura organizacional não contarem com
cargos correspondentes às funções pretendidas,
nas unidades existentes. O legislador também
tomou providências para determinar que as
Secretarias Municipais que contem com servidores
desempenhando funções nos termos deste artigo
devem providenciar a cessação imediata da
respectiva atribuição.
Legislação pertinente:
* Portaria Pref. nº 026/1986;
* As atribuições do cargo de agente de apoio (nível
básico) constam do Anexo VII da Lei nº 13.748/2004.

Art. 9º - aos cargos públicos corresponderão referências


numéricas ou símbolos de identificação, seguidas de
letras em ordem alfabética, indicadoras de graus.
§ 1º - Referência é o número ou conjunto de sigla
xe número indicativo da posição do cargo na escala
básica dos vencimentos.
§ 2º - Grau é a letra indicativa do valor progressivo da
referência.
§ 3º - O conjunto de referência e grau constituiu o
padrão de vencimentos.

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TÍTULO II - DO PROVIMENTO, DO EXERCÍCIO E DA


VACÂNCIA DE CARGOS

CAPÍTULO I - DO PROVIMENTO

Seção I
Disposições preliminares

Art. 10 - Os cargos públicos serão providos por:


I - Nomeação;
II - Transposição;
III - Acesso;
IV - Transferência;
V - Reintegração;
VI - Readmissão;
VII - Reversão;
VIII - Aproveitamento.
Art. 11 - Só poderá ser investido em cargo público
quem satisfazer os seguintes requisitos:
I - ser brasileiro;
II - ter completado dezoito anos de idade;
III - estar no gozo dos direitos políticos;
IV - estar quite com as obrigações militares;
V - ter boa conduta;
VI - gozar de boa saúde física e mental e não ser
portador de deficiência física incompatível com o
exercício do cargo;
VII - possuir habilitação profissional para o exercício do
cargo, quando for o caso;
VIII - ter sido previamente habilitado em concurso,
ressalvadas as exceções
legalmente previstas;
IX - atender às condições especiais, prescritas em lei ou
decreto, para determinados cargos.
* Legislação pertinente:
Incisos I e II do art. 37 da Constituição da
República/1988
Incisos I e II do art. 115 da Constituição do
Estado/1989

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Inciso V da Portaria SMA nº 74/1991


* O Decreto nº 47.244, de 28/04/2006, trata do
procedimento administrativo para anulação
de posse pelo não atendimento dos requisitos
elencados no art. 11 da Lei 8.989/79, necessários
para a investidura em cargo público.

Seção II
Do concurso público

Art. 12 - A investidura em cargo público dependerá de


aprovação prévia em concurso público de provas, ou
provas e títulos.
* Redação dada pela Lei nº 10.806/1989.

§ 1º - Prescindirá de concurso a nomeação para cargo


em comissão, declarado em lei, de livre nomeação e
exoneração.
* Antigo parágrafo único renumerado pela Lei nº
10.806, de 27 de dezembro de 1989.

§ 2º - A não observância do disposto no “caput” deste


artigo implicará a nulidade do ato e punição da
autoridade responsável.”

§ 2º acrescido pela Lei nº 10.806/1989.

O Artigo 37, incisos II e V da Constituição Federal/88;


com redação dada pela Emenda Constitucional
nº 19, de 4 de junho de 1998, alterou o alcance do
conteúdo do art. 12º desta lei.
“II - a investidura em cargo ou emprego público
depende de aprovação prévia em concurso público
de provas ou de provas e títulos, de acordo com a
natureza e a complexidade do cargo ou emprego,
na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações
para cargo em comissão declarado em lei de livre
nomeação e exoneração;
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente

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por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos


em comissão, a serem preenchidos por servidores de
carreira nos casos, condições e percentuais mínimos
previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições
de direção, chefia e assessoramento.“

Art. 13 - As normas gerais para a realização dos


concursos serão estabelecidas em decreto e cada
concurso será regido por instruções especiais
expedidas pelo órgão competente.
Art. 14 - O prazo de validade do concurso será fixado
nas respectivas instruções especiais e não excederá a 2
(dois) anos, contados a partir da data da homologação
de seus resultados, prorrogável, uma vez, por igual
período.
*Redação dada pela Lei nº 10.806, de 27 de dezembro
de 1989.

Parágrafo único - A não observância do disposto no


“caput” deste artigo implicará a nulidade do ato e a
punição da autoridade responsável.”
* Parágrafo único acrescido pela Lei nº 10.806, de 27
de dezembro de 1989.

Seção III
Da nomeação

* Para os Profissionais de Educação, tratada no


Artigo 10 da Lei nº 12.396/1997.
“Art. 10. O ato de nomeação de candidatos
habilitados em concursos para provimento,
em caráter efetivo, de cargos dos Quadros dos
Profissionais de Educação, fica condicionado à
prévia escolha de local de exercício.
§ 1º A convocação para escolha de local de exercício
será feita por publicação no “Diário Oficial” do
Município e obedecerá, rigorosamente, à ordem de
classificação no respectivo concurso.
§ 2º Sem prejuízo da publicação a que se refere

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o parágrafo anterior, a Secretaria Municipal de


Educação enviará correspondência, com aviso de
recebimento, aos candidatos habilitados, dando-
lhes ciência da convocação.
§ 3º O procedimento de escolha de local de exercício
será disciplinado por ato do Secretário Municipal de
Educação e deverá ocorrer no prazo de 15 (quinze)
dias, contados da publicação da convocação,
podendo ser prorrogado, por igual período, a critério
da Administração.
§ 4º O candidato convocado que não comparecer
para a escolha a que se refere este artigo não será
nomeado.”

Art. 15 - A nomeação será feita:


I - em comissão, quando se tratar de cargo que, em
virtude de lei, assim deva ser provido;
II - em caráter efetivo, nos demais casos.
Art. 16 - A nomeação de candidatos habilitados em
concurso obedecerá sempre à ordem de classificação.

Seção IV
Da estabilidade

Art. 17 - Adquire estabilidade, após 2 (dois) anos


de exercício, o funcionário nomeado por concurso
público.
Art. 18 - O funcionário estável só poderá ser demitido
em virtude de sentença judicial ou mediante processo
administrativo, assegurada ampla defesa.

* Os artigos 17 e 18 devem ser interpretados à luz do


Artigo 41 da Constituição Federal/88; com redação
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 4 de
junho de 1998.
CF/88: “Art. 41- São estáveis após três anos de efetivo
exercício os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público.
§ 1º - O servidor público estável só perderá o cargo:

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I - em virtude de sentença judicial transitada em


julgado;
II - mediante processo administrativo em que lhe
seja assegurada ampla defesa;
III - mediante procedimento de avaliação periódica
de desempenho, na forma de lei complementar,
assegurada ampla defesa.
§ 2º - Invalidada por sentença judicial a demissão do
servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual
ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo
de origem, sem direito a indenização, aproveitado
em outro cargo ou posto em disponibilidade com
remuneração proporcional ao tempo de serviço.
§ 3º - Extinto o cargo ou declarada a sua
desnecessidade, o servidor estável ficará em
disponibilidade, com remuneração proporcional ao
tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento
em outro cargo.
§ 4º - Como condição para a aquisição da
estabilidade, é obrigatória a avaliação especial
de desempenho por comissão instituída para essa
finalidade.”

Art. 19 - Enquanto não adquirir estabilidade, poderá


o funcionário ser exonerado no interesse do serviço
público nos seguintes casos:
I - inassiduidade;
II - ineficiência;
III - indisciplina;
IV - insubordinação;
V - falta de dedicação ao serviço;
VI - má conduta.
VII - não aprovação em curso de formação ou
capacitação para o exercício das funções inerentes ao
cargo
* Inciso VII acrescido pela Lei nº 13.686, de 19 de
dezembro de 2003.

§ 1º - Ocorrendo a hipótese prevista neste artigo,

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o chefe imediato do funcionário representará à


autoridade competente, a qual deverá dar vista ao
funcionário, a fim de que o mesmo possa apresentar
sua defesa, no prazo de 5 (cinco) dias.
§ 2º - A representação prevista neste artigo deverá ser
formalizada pelo menos 4 (quatro) meses antes do
término do período fixado no artigo 17.

Seção V
Da posse

Art. 20 - Posse é o ato pelo qual a pessoa é investida


em cargo público. Parágrafo único - Não haverá posse
nos casos de reintegração.
Art. 21 - A posse verificar-se-á mediante a assinatura,
pela autoridade competente e pelo funcionário, do
termo pelo qual este se compromete a observar
fielmente os deveres e atribuições do cargo, bem
como as exigências deste Estatuto.
§ 1º - Na ocasião da posse, o funcionário declarará
se exerce ou não outro cargo ou função pública
remunerada, inclusive emprego em autarquias,
empresas públicas e sociedades de economia mista.
§ 2º - A lei especificará os casos em que, no ato da
posse, será exigida também declaração de bens.
Art. 22 - São competentes para dar posse:
I - o Prefeito, os Secretários Municipais e autoridades a
estes equiparadas;
II - o responsável pelo órgão do pessoal, nos demais
casos.
Parágrafo único - A autoridade que der posse deverá
verificar, sob pena de responsabilidade, se foram
satisfeitas as condições legais para a investidura no
cargo.
Art. 23 - A posse deverá se verificar no prazo de 15
(quinze) dias, contados da publicação oficial do ato de
provimento.
* Art. 23, “caput”, com redação dada pela Lei nº
13.686, de 19 de dezembro de 2003.

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§ 1º - O prazo previsto neste artigo poderá ser


prorrogado por igual período, a juízo da autoridade
competente para dar posse.
§ 2º - O termo inicial do prazo para posse de funcionário
em férias ou licença, exceto no caso de licença para
tratar de interesses particulares, será o da data em que
voltar ao serviço.
Art. 24 - Se a posse não se der dentro do prazo legal, o
ato de provimento será tornado sem efeito.
* Para os Profissionais de Educação, alterada pelo
Artigo 12 da Lei nº 12.396, de 2 de julho de 1997:
“Art. 12 - A posse de cargos dos Quadros dos
Profissionais de Educação deverá se verificar no
prazo de 15 (quinze) dias, contados da publicação
oficial do ato de provimento.
§ 1º - O prazo previsto neste artigo poderá ser
prorrogado, por igual período, a juízo da autoridade
competente para dar posse.
§ 2º - O termo inicial do prazo para posse de
funcionários em férias ou licença, exceto no caso de
licença para tratar de interesse particular, será o da
data em que voltar ao serviço.
§ 3º - Se a posse não se der dentro do prazo legal, o
ato de provimento será tornado sem efeito.”

Seção VI
Da transferência

Art. 25 - Transferência é a passagem do funcionário


de um para outro cargo da mesma denominação, de
órgão de lotação diferente.
Parágrafo único - As transferências serão feitas a
pedido do funcionário ou “ex-officio”, atendida sempre
a conveniência do serviço.
Art. 26 - A transferência por permuta será procedida a
pedido escrito dos interessados e com observância da
conveniência do serviço.

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Seção VII
Da reintegração

Art. 27 - A reintegração é o reingresso do funcionário


no serviço público, em virtude de decisão judicial
transitada em julgado.
Art. 28 - A reintegração será feita no cargo
anteriormente ocupado.
§ 1º - Se o cargo anteriormente ocupado houver
sido transformado, a reintegração se dará no cargo
resultante; se houver sido extinto, em cargo de
vencimento e habilitação profissional equivalentes.
§ 2º - Não sendo possível a reintegração na forma
prescrita neste artigo, será o funcionário posto em
disponibilidade com vencimentos proporcionais ao
tempo de serviço.
Art. 29 - O funcionário que estiver ocupando o
cargo objeto da reintegração será exonerado, ou se
ocupava outro cargo, a este reconduzido, sem direito
a indenização.
Art. 30 - Transitada em julgado a sentença que
determinar a reintegração, o respectivo título deverá
ser expedido no prazo máximo de 30 (trinta) dias.

Seção VIII
Da readmissão

Art. 31 - Readmissão é o ato pelo qual o funcionário


exonerado reingressa no serviço público, sem direito
a qualquer ressarcimento e sempre por conveniência
da Administração.
§ 1º - A readmissão dependerá da existência de vaga
e da observância das exigências legais quanto à
primeira investidura.
§ 2º - A readmissão dar-se-á de preferência no
cargo anteriormente ocupado, podendo, no
entanto, verificar-se em outro de igual referência de
vencimento, respeitada a habilitação profissional.
* Art. 31 perdeu a eficácia por contrariar o Artigo 37

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– II, da Constituição Federal/88


CF/88, Artigo 37 – II: “a investidura em cargo ou
emprego público depende de aprovação prévia em
concurso público de provas ou de provas e títulos, de
acordo com a natureza e a complexidade do cargo
ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas
as nomeações para cargo em comissão declarado
em lei de livre nomeação e exoneração;”

Seção IX
Da reversão

Art. 32 - Reversão é o ato pelo qual o funcionário


aposentado reingressa no serviço público, a seu
pedido ou “ex-officio”.
§ 1º - A reversão “ex-officio” será feita quando
insubsistentes as razões que determinaram a
aposentadoria.
§ 2º - Será tornada sem efeito a reversão “ex-officio” e
cassada a aposentadoria do funcionário que reverter
e não tomar posse ou não entrar em exercício dentro
do prazo legal.
§ 3º - A reversão a pedido, que será feita a critério
da Administração, dependerá da existência de cargo
vago, bem como da comprovação de capacidade para
o exercício do cargo mediante inspeção médica.
§ 4º - Não poderá reverter à atividade, a pedido, o
aposentado que tiver mais 60 (sessenta) anos de idade.
* Perdeu a eficácia por contrariar o Artigo 37 - II da
Constituição Federal/88.

Art. 33 - A reversão far-se-á em cargo de idêntica


denominação à daquele ocupado por ocasião
da aposentadoria ou, se transformado, no cargo
resultante da transformação.
Parágrafo único - Em casos especiais, a juízo do
Prefeito, poderá o aposentado reverter em outro
cargo, de igual padrão, respeitados os requisitos para
provimento do cargo.

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* Perdeu a eficácia por contrariar o Artigo 37- II da


Constituição Federal/88.

Art. 34 - Será contado, para fins de nova aposentadoria,


o tempo em que o funcionário revertido esteve
aposentado por invalidez.
Art. 35 - O funcionário revertido a pedido, após
a vigência desta lei, não poderá ser novamente
aposentado, com maiores proventos, antes de
decorridos 5 (cinco) anos de sua reversão, salvo se
sobrevier moléstia que o incapacite para o serviço
público.
* Perdeu a eficácia por contrariar o Artigo 37- II da
Constituição Federal/88.

Seção X
Do aproveitamento

Art. 36 - Aproveitamento é a volta do funcionário em


disponibilidade ao exercício de cargo público.

Aproveitamento é a a volta do servidor ao exercício


de cargo público, quando estiver em disponibilidade.
Aplica-se ao servidor que já adquiriu estabilidade e
ocorre quando o cargo ocupado for extinto por lei ou
não for possível a reintegração.

Art. 37 - O funcionário em disponibilidade será


obrigatoriamente aproveitado no preenchimento
de vaga existente ou que se verificar nos quadros do
funcionalismo.
§ 1º - O aproveitamento dar-se-á em cargo equivalente,
por sua natureza e vencimentos, ao que o funcionário
ocupava quando posto em disponibilidade.
§ 2º - Em nenhum caso poderá efetivar-se o
aproveitamento sem que, mediante inspeção médica,
fique provada a capacidade para o exercício do cargo.
§ 3º - Será tornado sem efeito o aproveitamento e
cassada a disponibilidade do funcionário que,

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Estatuto dos Servidores

aproveitado, não tomar posse ou não entrar em


exercício dentro do prazo legal.
Art. 38 - Havendo mais de um concorrente à mesma
vaga, terá preferência o que contar mais tempo de
disponibilidade e, em igualdade de condições, o de
maior tempo de serviço público.

Seção XI
Da readaptação

Art. 39 - Readaptação é a atribuição de encargos mais


compatíveis com a capacidade física ou psíquica do
funcionário e dependerá sempre de exame médico.
Art. 40 - A readaptação não acarretará diminuição nem
aumento de vencimento.
Art. 41 - As normas inerentes ao sistema de readaptação
funcional, inclusive as de caracterização, serão objeto
de regulamentação específica.

O Decreto nº 33.801, de 10 de novembro de 1993,


regulamenta o artigo 41 da Lei 8.989/79, que
dispõe sobre restrição e alteração de função,
considerado que a sistemática atual que disciplina
as readaptações dos servidores, efetivos vinha
se revelando insatisfatória. Daí a necessidade de
se regulamentar a readaptação, prevista pela Lei
nº 11.229/1992, para os servidores estáveis que
exercem funções ou titularizam cargos docentes
em comissão. A legislação vigente não previa a
readaptação de servidores não estáveis titulares de
cargos docentes de livre provimento em comissão
e admitidos ou contratados pela Lei nº 9160/1980,
implicando a concessão de licenças médicas por
longos períodos, com prejuízo ao erário. Assim,
dentre a totalidade de admitidos e titulares de
cargos docentes, em comissão, elevado número não
pode exercer suas funções plena ou parcialmente,
mas pode desempenhar outras funções, mediante
alteração ou restrição de função.

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CAPÍTULO II - DO EXERCÍCIO

Seção I
Disposições preliminares

Art. 42 - Exercício é o desempenho das atribuições e


responsabilidades do cargo.
§ 1º - O início, a interrupção, o reinício e a cessação
do exercício serão registrados no assentamento
individual do funcionário.
§ 2º - O início do exercício e as alterações que nele
ocorrerem serão comunicados ao órgão de pessoal
pelo chefe imediato do funcionário.
Art. 43 - O chefe imediato do funcionário é a autoridade
competente para dar-lhe exercício.
Art. 44 - O exercício do cargo terá início dentro do
prazo de 15 (quinze) dias, contado:
* Art. 44, “caput”, com redação dada pela Lei nº
13.686, de 19 de dezembro de 2003.

I - da data da posse;
II - da data da publicação oficial do ato, no caso de
reintegração.
§ 1º - O prazo referido neste artigo poderá ser
prorrogado por igual período, a juízo da autoridade
competente para dar posse.
§ 2º - O funcionário que não entrar em exercício dentro
do prazo será exonerado do cargo.
* Para os Profissionais de Educação, alterada pelo
Artigo 13 da Lei nº 12.396/1997:
Art. 13 - O exercício de cargos dos Quadros dos
Profissionais de Educação terá início no prazo de 15
(quinze ) dias, contados da data da posse.
§ 1º - O prazo referido neste artigo poderá ser
prorrogado por igual período, a juízo da autoridade
competente para dar posse.
§ 2º - O funcionário que não entrar em exercício
dentro do prazo será exonerado do cargo.

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Estatuto dos Servidores

Art. 45 - Nenhum funcionário poderá ter exercício em


unidade diferente daquela em que for lotado, salvo
nos casos previstos neste Estatuto ou mediante prévia
autorização do Prefeito.
§ 1º - O funcionário poderá ser, a critério e por
autorização do Prefeito, afastado junto à Administração
Pública Federal, Estadual ou Municipal.
§ 2º - O afastamento de que trata o parágrafo anterior
será permitido, com ou sem prejuízo de vencimentos,
por prazo certo.

O servidor pode ser afastado para prestação de


serviços junto a outros órgãos públicos e, publicada
a autorização do afastamento, com ou sem prejuízo
de vencimentos, a Secretaria de origem deverá fazer
o encaminhamento do servidor através de ofício
endereçado ao órgão de destino contendo a data de
publicação do afastamento no DOC e a frequência
detalhada a partir de 1° de janeiro do ano em
curso (faltas abonadas, faltas injustificadas, faltas
justificadas, licenças, etc), inclusive as férias às quais
tem direito.
Legislação pertinente:
Decretos 40.288/2001 e 50.380/2009

Art. 46 - O afastamento do funcionário para


participação em congressos, certames desportivos,
culturais ou científicos poderá ser autorizado pelo
Prefeito, na forma estabelecida em decreto.
* O Decreto nº 48.743, de 20 de setembro de 2007
regulamenta o artigo 46 da Lei 8.989/79, que dispõe
sobre o afastamento do servidor público municipal
para participação em congressos, certames
desportivos, culturais ou científicos, conforme
especifica.

Art. 47 - Nenhum funcionário poderá ter exercício


fora do Município, em missão de estudo ou de outra
natureza, com ou sem ônus para os cofres públicos,

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sem autorização ou designação do Prefeito.


Art. 48 - Salvo caso de absoluta conveniência, a juízo
do Prefeito, nenhum funcionário poderá permanecer
por mais de 2 (dois) anos em missão fora do Município,
nem vir a exercer outra senão depois de decorridos
4 (quatro) anos de exercício efetivo no Município,
contados da data do regresso.
Art. 49 - O funcionário preso em flagrante ou
preventivamente, ou recolhido à prisão em decorrência
de pronúncia ou condenação por crime inafiançável,
será considerado afastado do exercício do cargo, até a
decisão final transitada em julgado.
§ 1º - Durante o afastamento, o funcionário
perceberá 2/3 (dois terços) dos vencimentos, tendo
posteriormente direito à diferença, se for absolvido.
§ 2º - No caso de condenação, se esta não for de
natureza que determine a demissão do funcionário,
continuará ele afastado até o cumprimento total da
pena com direito a 2/3 (dois terços) dos vencimentos.
Art. 50 - O funcionário investido em mandato eletivo
federal ou estadual ficará afastado do seu cargo.
§ 1º - O funcionário investido no mandato de Prefeito
Municipal será afastado do seu cargo, por todo o
período do mandato, sendo-lhe facultado optar pelo
vencimento.
§ 2º - O funcionário investido no mandato de Vereador,
havendo compatibilidade de horários, perceberá as
vantagens de seu cargo, sem prejuízo dos subsídios
a que fizer jus. Não havendo compatibilidade, aplicar-
se-ão as normas previstas no “caput”.
§ 3º - Em qualquer caso de lhe ser exigido o
afastamento para o exercício do mandato, o tempo
de serviço será contado para todos os efeitos legais,
exceto para promoção por merecimento.

O afastamento para desempenho de mandato eletivo


(vereador, prefeito, deputado (estadual ou federal),
governador ou presidente) fica condicionado à
comprovação e manutenção da

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Estatuto dos Servidores

candidatura, uma vez que pode haver pendências


judiciárias com base na legislação eleitoral, sendo
que tais pendências podem levar à cassação do
mandato antes ou durante o mesmo.
Para requerer o afastamento o servidor eleito deve
juntar Certidão da Justiça Eleitoral, que ateste a
homologação do registro da candidatura, através
de requerimento próprio.
Se houver motivo impeditivo da continuidade
da candidatura, o servidor deverá reassumir
imediatamente o exercício do cargo ou no primeiro
dia útil subsequente ao das eleições.
Legislação pertinente:
Portaria nº 381/SGP-G/2002.

Seção II
Da remoção

Art. 51 - Remoção é o deslocamento do funcionário de


uma unidade para outra, dentro do mesmo órgão de
lotação.
Parágrafo único - A remoção do funcionário poderá ser
feita a seu pedido ou “ex-officio”.
Art. 52 - A remoção por permuta será processada a
pedido escrito dos interessados, com a concordância
das respectivas chefias, a critério da Administração,
atendidos os requisitos desta Seção.
Art. 53 - O funcionário removido deverá assumir
de imediato o exercício na unidade para a qual
foi deslocado, salvo quando em férias, licença ou
desempenho de cargo em comissão, hipóteses em
que deverá apresenta-se no primeiro dia útil após o
término do impedimento.

Definição: remoção é a ida para outra unidade,


dentro do mesmo órgão de lotação,
através de pedido próprio ou “ex-officio”.
São publicados os Editais e Comunicados orientando
sobre os procedimentos.

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Por permuta: a pedido do interessado com


concordância da chefia, a critério da Administração.
O requerimento de permuta, devidamente
preenchido, e após manifestação das chefias, deverá
ser protocolado em SME/COGEP.
A decisão será publicada no Diário Oficial. Como
condições, além das explicitadas em leis (efetivo
exercício do cargo na unidade; mesmas habilitações;
não estar readaptado com laudo médico temporário;
não existir excedente na unidade; não encontrar-se
a menos de 3 anos para completar o tempo para fins
de aposentadoria.)
Após publicação no Diário Oficial, o exercício deverá
ser no primeiro dia útil subsequente, exceto se o
servidor estiver em gozo de férias, licença ou em
cargo em comissão, quando o exercício ocorrerá no
primeiro dia útil após o término do impedimento.
Legislação pertinente:
Lei nº 14.660/2007, CapítuLo VIII;
Lei nº 16.418/2016;
Decreto nº 49.796/2008;
Portaria nº 713/SGP-G/2001 – D.O.M. de 04/12/2001;
Portaria nº 52/SMSP-Gab, de 28/10/2003;
Portaria SME nº 3.589/2008;
Portaria SME nº 3.590 de 22/08/2008;
Portaria SME nº 3.906 de 25/05/2016.

Seção III
Da substituição

Art. 54 - Haverá substituição remunerada nos


impedimentos legais e temporários de ocupante de
cargo isolado, de provimento por acesso, em comissão,
ou, ainda, de outros cargos que a lei autorizar.
§ 1º - A substituição remunerada dependerá de ato
da autoridade competente para nomear ou designar,
respeitada, quando for o caso, a habilitação profissional
e recairá sempre em servidor público municipal.
§ 2º - Se a substituição disser respeito a cargo

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Estatuto dos Servidores

vinculado à carreira, a designação recairá sobre um


dos seus integrantes.
§ 3º - O substituto, durante todo o tempo da
substituição, terá direito a receber o valor da referência
e as vantagens pecuniárias próprias do cargo do
substituído e mais as vantagens pessoais a que fizer
jus, podendo optar pelo vencimento ou remuneração
do cargo de que é ocupante efetivo.
§ 4º - Poderá ser instituído o sistema de substituição
automática, a ser regulamentado em decreto.
Art. 55 - Os funcionários que tenham valores sob sua
guarda, em caso de impedimento, serão substituídos
por funcionários de sua confiança, que indicarem,
respondendo a sua fiança pela gestão do substituto.
Parágrafo único - Feita a indicação, por escrito,
o superior hierárquico do funcionário proporá a
expedição do ato de designação, ficando assegurado
ao substituto o vencimento ou a remuneração do
cargo a partir da data em que assumiu as respectivas
funções.
Art. 56 - O funcionário poderá ser designado para
exercer transitoriamente cargo que comporte
substituição e que se encontre vago, para cujo
provimento definitivo não exista candidato legalmente
habilitado, desde que atenda aos requisitos para o seu
exercício.

Seção IV
Da fiança

Art. 57 - O funcionário investido em cargo cujo


provimento, por disposição legal ou regulamentar,
dependa de fiança, não poderá entrar em exercício
sem cumprir essa exigência:
§ 1º - A fiança poderá ser prestada: I - em dinheiro;
II - em títulos da dívida pública;
III - em apólices de seguro de fidelidade funcional,
emitidas por instituições oficiais ou empresas
legalmente autorizadas.

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§ 2º - Não poderá ser autorizado o levantamento da


fiança antes de tomadas as contas do funcionário.
§ 3º - O responsável por alcance e desvio de material
não ficará isento do procedimento administrativo e
criminal que couber ainda que o valor da fiança seja
superior ao do prejuízo verificado.

Seção V
Da acumulação

Art. 58 - “É vedada a acumulação remunerada de cargos


públicos, exceto quando houver compatibilidade de
horários:
I - a de dois cargos de professor;
II - a de um cargo de professor com outro técnico ou
científico;
III - a de dois cargos ou empregos privativos de
profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;
§ 1º - Compreendem-se na ressalva de que trata este
artigo as exceções previstas no inciso I do parágrafo
único do Art. 95 e na alínea “d” do inciso II do § 5º do
Art. 128 da Constituição Federal.
§ 2º - A proibição de acumular estende-se a empregos
e funções e abrange autarquias, empresas públicas,
sociedade de economia mista e fundações mantida
pelo Poder Público.”
* Redação alterada pelas Leis nº 10.824/1990, caput,
incisos I e II e §§ 1º e 2º e nº 13.708/2004, inciso III.

Artigo 37, incisos XVI e XVII da Constituição


Federal/88; com redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 4 de junho de 1998;
“XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos
públicos, exceto, quando houver compatibilidade de
horários, observado em qualquer caso o disposto no
inciso XI:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro, técnico ou
científico;

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Estatuto dos Servidores

c) a de dois cargos privativos de médico;


XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos
e funções e abrange autarquias, fundações,
empresas públicas, sociedades de economia mista,
suas subsidiárias, e sociedades controladas, diretas
ou indiretamente, pelo Poder Público;
...e Acúmulo de Proventos e Vencimentos, Artigo 37,
§ 10, acrescentando pela Emenda Constitucional nº
20, de 15 de dezembro de 1998.
§ 10 - É vedada a percepção simultânea de proventos
de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts.
42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou
função pública, ressalvados os cargos acumuláveis
na forma desta Constituição, os cargos eletivos e
os cargos em comissão declarados em lei de livre
nomeação e exoneração. “

Art. 59 - Não se compreende na proibição de acumular,


nem está sujeita a quaisquer limites, desde que tenha
correspondência com a função principal, a percepção
das vantagens de ordem pecuniária discriminadas no
artigo 89.
Art. 60 - Verificada a acumulação proibida, deverá
o funcionário optar por um dos cargos ou funções
exercidas.
Parágrafo único - Provada, em processo administrativo,
a má fé, o funcionário perderá o cargo ou função
municipal, sem prejuízo da restituição do que tiver
recebido indevidamente.
Art. 61 - As autoridade que tiverem conhecimento de
qualquer acumulação indevida comunicarão o fato
ao órgão de pessoal para os fins indicados no artigo
anterior, sob pena de responsabilidade.

CAPÍTULO III- DA VACÂNCIA DE CARGOS

Art. 62 - A vacância de cargos decorrerá de:


I - exoneração;

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II - transposição;
III - demissão;
IV - transferência;
V - acesso;
VI - aposentadoria;
VII - falecimento.
§ 1º - Dar-se-á exoneração:
I - a pedido do funcionário;
II - a critério do Prefeito, quando se tratar de ocupante
de cargo em comissão;
III - quando o funcionário não entrar em exercício
dentro do prazo legal.
§ 2º - A demissão será aplicada como penalidade nos
casos previstos em lei.

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TÍTULO III- DO TEMPO DE SERVIÇO E DA


PROGRESSÃO FUNCIONAL

CAPÍTULO I - DO TEMPO DE SERVIÇO

Art. 63 - A apuração do tempo de serviço será feita em


dias, para todos os efeitos legais.
§ 1º - O número de dias poderá ser convertido em
anos, de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias cada
um.
§ 2º - Para efeito de promoção, aposentadoria e
disponibilidade, feita a conversão de que trata o
parágrafo anterior, os dias restantes até 182 (cento
e oitenta e dois) dias não serão computados,
arredondando-se para 1 (um) ano, quando excederem
esse número.
* O § 2º perdeu parcialmente a eficácia em função
do Artigo 40, § 10 da Constituição Federal/88;
acrescentado pela Emenda Constitucional nº 20, de
15 de dezembro de 1998.
“§ 10 - A lei não poderá estabelecer qualquer forma
de contagem de tempo de contribuição fictício.”

Definição: a Progressão Funcional consiste


na passagem do servidor para a categoria
imediatamente superior, dentro do mesmo nível
da respectiva carreira pelos seguintes critérios: o
resultado da avaliação de desempenho, o tempo de
carreira e a capacitação e atividades.
Os cargos do Nível Básico, os do Nível Médio e os do
Nível Superior, cujas carreiras foram
reestruturadas, passando a ter a progressão
funcional no lugar de promoção.
Condições mínimas para concorrer à progressão
funcional:
• 2 anos de efetivo exercício no nível, até 31 de
dezembro do respectivo ano-base (3 anos para Nível
Médio);
• 2 anos de efetivo exercício na categoria atual, até

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o dia 31 de dezembro do ano-base;


• obter, no mínimo a média de 600 pontos nas
avaliações de desempenho durante a permanência
na categoria;
• atingir o mínimo de pontos especificados nas
Escalas abaixo.
Obs.:
Os pontos são obtidos da seguinte forma:
• avaliação de desempenho até o máximo de 50
pontos, obtidos pela fórmula:

Vc = Vo/20
-Vc é o resultado da avaliação de desempenho
convertida em pontos;
Vo é a média aritmética simples das avaliações de
desempenho relativas ao período de permanência
na categoria e 20, a constante.
O resultado será arredondado para duas casas
decimais;
• tempo na categoria – até o máximo de 3,66 pontos
obtidos até o dia 31de dezembro do ano-base,
computando-se 0,01 por dia de efetivo exercício na
categoria;
• títulos – até o máximo de 15 pontos.
Obs.: Os eventos computados para a pontuação
correspondente à avaliação de desempenho e tempo
na categoria serão considerados uma única vez.
Legislação pertinente:
Lei nº 13.652/2003;
Lei nº 13.748/2004;
Lei nº 14.591/2007;
Lei nº 14.713/2008;
Lei nº 15.364/2011;
Decreto nº 51.564/2010;
Decreto nº 51.565/2010;
Decreto nº 51.566/2010;
Decreto nº 51.5672010;
Portaria nº 97/SMG-G/2010, DOC de 29/06/2010;
Portaria nº 117/SMG-G/2010, Doc. de 04/08/2010.

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Art. 64 - Serão considerados de efetivo exercício os


dias em que o funcionário estiver afastado do serviço
em virtude de:
I - férias;
II - casamento, até 8 (oito) dias;
III - luto, pelo falecimento do cônjuge, companheiro,
pais, irmãos e filhos, inclusive nati-morto, até 8 (oito)
dias;
IV - luto, pelo falecimento de padrasto, madrasta,
sogros e cunhados, até 2 (dois) dias;
V - exercício de outro cargo em comissão ou função na
administração direta ou indireta;
VI - convocação para cumprimento de serviços
obrigatórios por lei;
VII - licença por acidente de trabalho ou doença
profissional;
VIII - licença à gestante;
IX - licença compulsória;
X - faltas abonadas nos termos do parágrafo único do
artigo 92, observados os limites ali fixados;
XI - missão ou estudo de interesse do Município em
outros pontos do território nacional ou no exterior,
quando o afastamento houver sido expressamente
autorizado pelo Prefeito;
XII - participação de delegações esportivas ou culturais
pelo prazo oficial da convocação, devidamente
autorizada pelo Prefeito, precedida da requisição
justificada do órgão competente;
XIII - desempenho de mandato legislativo ou chefia do
Poder Executivo.
Parágrafo único - No caso do inciso XIII, o tempo de
afastamento será considerado de efetivo exercício
para todos os efeitos legais, exceto para promoção por
merecimento.
* Lei nº 10.726, de 8 de maio de 1989 - Dispõe sobre
a concessão de licença-paternidade ao servidor
municipal, pelo prazo de 6 (seis) dias e considera
o período como de efetivo exercício para todos os
efeitos legais.

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* Para os Profissionais de Educação: Lei nº 12.396, de


2 de julho de 1997, Artigo 17 e Lei nº 11.229, de 26 de
junho de 1992, Artigo 50.

Art. 65 - Para efeitos de aposentadoria e disponibilidade


será computado integralmente:
I – (revogado)
II - O tempo em que o funcionário esteve afastado em
licença para tratamento da própria saúde;
*O tempo em que o servidor se ausentar da Unidade
para consulta ou tratamento de sua saúde e de
dependentes, será considerado como de trabalho,
não cabendo qualquer desconto ou reposição
do mesmo. Se a ausência for superior a 50% da
jornada diária, esse tempo não será considerado de
trabalho, exceto se a consulta ou tratamento for na
rede pública de atendimento à saúde ou no HSPM.
Os atestados emitidos por clínicas particulares que
têm convênio com o SUS não são aceitos como “Rede
Pública”.
Cônjuge ou companheiro, ascendentes ou
descendentes até o primeiro grau, pessoa sob
curatela (por decisão judicial) e menor sob guarda
ou tutela (por decisão judicial). A comprovação de
união estável ou convivência de pessoas do mesmo
sexo, ocorrerá mediante declaração do servidor.
Legislação pertinente:
Decreto nº 46.114/2005.

III - O tempo em que o funcionário esteve em


disponibilidade ou aposentado por invalidez.
* Lei nº 10.430/1988 – Art. 31 “O tempo de
serviço público prestado à União, aos Estados, a
outros Municípios e às Autarquias em geral, será
computado, integralmente, para os efeitos de
aposentadoria, disponibilidade, adicionais por
tempo de serviço e sexta-parte”; Lei 10.829/89.

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Art. 66 - É vedada a acumulação de tempo de serviço


simultaneamente prestado em dois ou mais cargos ou
funções, à União, Estados ou Municípios.
Parágrafo único - Em regime de acumulação de
cargos, é vedado contar tempo de um dos cargos para
reconhecimento de direitos ou vantagens do outro.

CAPÍTULO II - DA PROMOÇÃO

Definição: Promoção é a passagem do funcionário


de um determinado grau para o imediatamente
superior da mesma classe.
A promoção pode ocorrer por merecimento ou
antiguidade.
Nas carreiras de Nível Básico, Nível Médio e de Nível
Superior, a ascensão do servidor será através da
progressão funcional, que consiste na passagem
para a categoria imediatamente superior, dentro
do mesmo nível da carreira em razão do resultado
da avaliação de desempenho. A promoção nessas
carreiras é a elevação do servidor de um nível para
outro, mediante concurso de provas e títulos, no qual
seja demonstrada a aquisição de outras habilidades
do cargo que propiciem a multifuncionalidade e, no
caso de Nível Médio, será exigida a formação em
curso superior.
PROMOÇÃO POR MERECIMENTO
É realizada anualmente, no mês de dezembro,
através de Listagem Prévia no mês de outubro.
Em caso de recursos, o prazo é de 10 dias corridos,
contados da publicação.
Concorre o servidor com, no mínimo, 3 (três) anos de
efetivo exercício completados até 31de dezembro
do ano-base e, no mínimo, 2 (dois) anos de efetivo
exercício no grau atual, completado até o dia 31 de
dezembro do respectivo ano-base.
Pontuação mínima necessária:
• Para o grau “B” – 1450 pontos;

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• Para o grau “C” – 1490 pontos;


• Para o grau “D” – 1530 pontos;
• Para o grau “E” – 1570 pontos.

Critérios de Pontuação:
• 1) Avaliação de Desempenho – até 1000 pontos;
• 2) tempo na carreira – até 200 pontos;
• 3) capacitação – até 600 pontos;
• Atividade – até 200 pontos;
PROMOÇÃO POR MERECIMENTO
É realizada anualmente, no mês de junho e é preciso:
1) o tempo de efetivo exercício no serviço público
municipal e no grau.
2) o interstício mínimo de 3 anos de efetivo exercício
no grau.
Serão promovidos 16% de cada grau (os mais
pontuados), em cada classe e, no mínimo, 2 (dois).
Não será promovido quem passou a ocupar outro
cargo efetivo no ano-base, por concurso de ingresso
ou acesso. A listagem prévia é publicada até final
de abril no Diário Oficial, a partir do qual caberá
recurso quando constatada qualquer incorreção.
AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
A avaliação de desempenho dos servidores públicos
municipais da administração direta, definida como
o monitoramento sistemático e contínuo, sob vários
aspectos, da sua atuação individual e institucional,
foi instituída pela Lei nº 13.748, de 16/01/2004
e regulamentada pelo Decreto nº 45.090, de
05/08/2004. Produziu efeitos a partir do ano base
de 2004 e exercício de 2005. A Portaria nº 487/
SGP-G/2004 (DOM 18/12/2004, págs. 3 a 10) instituiu
os Instrumentos de Avaliação de Desempenho – IADs,
a serem utilizados na nova sistemática; atribuiu ao
DERH a responsabilidade de divulgar Manual de
Procedimentos referentes à aplicação da sistemática
de Avaliação de Desempenho.
AVALIAÇÃO DO SERVIDOR NO NÍVEL INDIVIDUAL:
Servidor sem função de chefia sendo avaliado:

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Estatuto dos Servidores

O servidor se auto-avalia, atribuindo pontos de 1


(mínimo) a 5 (máximo) em 10 quesitos, podendo
chegar ao máximo de 300 pontos, após cálculo
e transformação através de fórmula presente na
Portaria.
O servidor será avaliado pela sua chefia, também em
10 quesitos, podendo atingir 300 pontos, a exemplo
do item anterior.
Servidor com função de chefia imediata sendo
avaliada:
A chefia imediata se auto-avalia, em 12 quesitos,
podendo atingir 200 pontos, é avaliada pela sua
chefia, em 12 quesitos, podendo atingir 200 pontos.
Por fim a chefia imediata é avaliada pela sua Equipe
de Trabalho, em 12 quesitos, podendo atingir 200
pontos.
DA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL:
• A chefia (gestor do Plano de Trabalho) elegerá
uma ação (projeto ou processo),como: Resultado
do Plano de trabalho e/ou Metas para atribuir o
índice de resultado do trabalho, podendo atingir
300 pontos. Essa pontuação será aplicada a todos
os servidores vinculados à respectiva Unidade de
Trabalho.
• Avaliação do trabalho em equipe, realizado pela
própria Equipe de Trabalho, mediante consenso, em
4 quesitos, podendo atingir 50 pontos.
• Avaliação da equipe (servidores) pelos usuários
(população atendida ou servidores atendidos),
podendo atingir 50 pontos.
Legislação pertinente:
O Título II da Lei nº 13.748, de 16 de janeiro de
2004, institui nova sistemática de Avaliação de
Desempenho.
A Promoção por Merecimento, prevista na Lei nº
13.748, de 16 de janeiro de 2004, foi regulamentada
pelo Decreto nº 46.519, de 19 de outubro de 2005.
Lei nº 13.652/2003;
Lei nº 13.748/2004;

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Estatuto dos Servidores

Lei nº 14.173/2006;
Lei nº 15.364/2011;
Decreto nº 17.959/1982
Decreto nº 18.806/1983;
Decreto nº 45.090/2004;
Decreto nº 46.5192005;
Portaria nº 074/SMG-G/2006, DOC de 31/10/2006.

Seção I
Disposições gerais

Art. 67 - Promoção é a passagem do funcionário de um


determinado grau para o imediatamente superior da
mesma classe.
Art. 68. A promoção por antiguidade obedecerá
aos critérios estabelecidos nesta lei, realizando-se,
anualmente, em junho.
* Redação dada pela Lei nº 13.748, de 16 de janeiro
de 2004.

§ 1º. Para efeito de processamento da promoção por


antiguidade serão considerados os eventos ocorridos
até o encerramento do ano-base imediatamente
anterior, que se inicia em 1º de janeiro e termina em
31 de dezembro.
* Redação dada pela Lei nº 13.748, de 16 de janeiro
de 2004.
§ 2º. Somente poderão ser promovidos por antiguidade
os servidores efetivos que tiverem interstício mínimo
de 3 (três) anos de efetivo exercício no grau.” (NR)
* Redação dada pela Lei nº 13.748, de 16 de janeiro
de 2004.

Seção II
Da promoção por antiguidade

Art. 69 - Serão promovidos, anualmente, por


antiguidade até 16% (dezesseis por cento) do total dos
funcionários de cada grau, em cada classe.

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Estatuto dos Servidores

§ 1º - No resultado da aplicação do percentual fixado


por este artigo não serão consideradas as frações.
§ 2º - Quando o número de concorrentes de
determinado grau for inferior a 16 (dezesseis), serão
promovidos 2 (dois) funcionários.
§ 3º - As promoções por antiguidade obedecerão
exclusivamente aos critérios de tempo de efetivo
exercício no serviço público municipal e no grau.

Seção III
Da Promoção por Merecimento

Arts. 70 a 75 (revogados)
* Artigos 70 a 75 revogados pela Lei nº 13.748, de 16
de janeiro de 2004.

Seção IV
Do Processamento das Promoções

Art. 76 - Compete ao órgão especializado do pessoal


o estudo, o planejamento, a fixação de normas e
diretrizes para o processamento das promoções, bem
como a execução que poderá ser descentralizada.
Art. 77 (revogado).
* Art. 77 revogado pela Lei nº 13.748, de 16 de
janeiro de 2004.

Art. 78 - Será declarado sem efeito o ato que promover


indevidamente o funcionário.
§ 1º - O ato de promoção de funcionário que tenha
sido inicialmente preterido produzirá efeito a partir da
data em que deveria ter sido promovido.
§ 2º - O funcionário promovido indevidamente não
ficará obrigado a restituir o que a mais houver recebido,
salvo caso de omissão intencional ou declaração falsa.
Art. 79 - Publicada a classificação por antiguidade, os
servidores efetivos interessados poderão apresentar
recurso à Unidade de Recursos Humanos - URH
da Secretaria Municipal ou Subprefeitura em que

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Estatuto dos Servidores

estiverem trabalhando, dentro do prazo de 10 (dez)


dias da publicação.”
* Redação dada pela Lei nº 13.748, de 16 de janeiro
de 2004.

Seção V
Da Promoção “Post Mortem”

Art. 80 - Poderá ser promovido “post mortem” ao


grau imediatamente superior, o funcionário falecido
em atividade, com mais de vinte anos de serviços
prestados exclusivamente ao Município e que, durante
sua vida funcional, tiver revelado méritos excepcionais
e inequívoca dedicação ao serviço.
§ 1º - Se o funcionário já se encontrava no grau “E”, a
promoção “post mortem” corresponderá à elevação
ao padrão de valor subseqüente dentro da escala dos
vencimentos.
§ 2º - A decisão de promoção “post mortem” caberá ao
prefeito.
Art. 81 - A promoção “post mortem” retroagirá à data
do falecimento do funcionário.

CAPÍTULO III - DO ACESSO

Art. 82 - Acesso é a elevação do funcionário, dentro


da respectiva carreira, a cargo da mesma natureza
de trabalho, de maior responsabilidade e maior
complexidade de atribuições.
§ 1º - É de 3 (três) anos o interstício na classe para
concorrer ao acesso.
§ 2º - Serão reservados para acesso os cargos cujas
atribuições exijam experiência prévia no exercício de
outro cargo.
§ 3º - O acesso será feito mediante aferição do mérito,
entre titulares de cargos cujo exercício proporcione
a experiência necessária ao desempenho dos cargos
referidos no parágrafo anterior.

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Estatuto dos Servidores

§ 4º - A aferição do mérito para fins de acesso será feita


mediante concurso de provas, de títulos, ou de provas
e títulos.
§ 5º - Os cargos de provimento por acesso serão
discriminados em lei ou decreto.
* Para os Profissionais de Educação, alterada pelo
Artigo 11 da Lei nº 11.229, de 26 de junho de 1992.
“Art. 11 - O acesso é a elevação do Profissional do
ensino, dentro da carreira, aos níveis superiores,
observada a habilitação profissional exigida para
o exercício de cada cargo. § 1º - O acesso será feito
mediante concurso de provas e títulos. § 2º - Para
o acesso, será computado como título, o tempo de
serviço na carreira e no ensino Municipal, assim
como o tempo de serviço exercido na função de
monitor de Mobral e monitor de educação de
adultos, na Prefeitura Municipal de São Paulo.“
Títulos para acesso no Ensino Municipal:
A) Título de:
- Doutor em área relacionada à Educação;
- Mestre em área relacionada à Educação (desde que
não seja pontuado o título de
Doutorado).
B) Tempo de efetivo exercício na Administração
Direta da PMSP, em cargos e/ou funções do
magistério.
C) Tempo de efetivo exercício em estabelecimentos
federais, estaduais, municipais ou particulares
devidamente autorizados, em cargos e/ou funções
do magistério, não concomitante com o item
anterior.
* quem acessa, conserva o mesmo “grau” em que se
encontrava na situação anterior.
* Na carreira do Magistério Municipal será
enquadrado na referência correspondente ao critério
tempo na carreira, apurado por ocasião do último
enquadramento ou, não havendo a correspondência,
na referência inferior mais próxima. Após, se resultar
referência igual à que já possuía, será enquadrado

54 www.sindsep-sp.org.br
Estatuto dos Servidores

na referência imediatamente superior.


Legislação pertinente:
Lei nº 11.434/1993;
Lei nº 11.229/1992;
Lei nº 14.660/2007;
Decreto nº 20.247/1984.

Art. 83 - A regulamentação do acesso será estabelecida


em decreto.
Art. 84 - O funcionário que, por acesso, for elevado a
nova classe, conservará o grau em que se encontrava
na situação anterior.

CAPÍTULO IV - DA TRANSPOSIÇÃO

Art. 85 - Transposição é o instituto que objetiva a


alocação dos recursos humanos do serviço público
de acordo com aptidões e formação profissional,
mediante a passagem do funcionário de um para outro
cargo de provimento efetivo, porém de conteúdo
ocupacional diverso.
Art. 86 - A transposição efetuar-se-á mediante
processo seletivo especial, respeitadas as exigências
de habilitação, condições e requisitos do cargo a ser
provido, na forma prevista em regulamento.
Parágrafo único - Fica assegurado ao funcionário que
se utilizar do instrumento da transposição o direito
de ser classificado no padrão do novo cargo, no grau
de igual valor ou, não havendo este, no de valor
imediatamente superior ao do padrão do antigo cargo.
Art. 87 - Antes da abertura de concurso público,
parte das vagas de determinadas classes poderá ser
reservada para transposição.
Art. 88 - Quando o número de candidatos habilitados
para provimento mediante transposição for
insuficiente para preencher as vagas respectivas,
reverterão estas para os candidatos habilitados para
provimento mediante concurso público.

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Estatuto dos Servidores

Parágrafo único - O mesmo procedimento de


reversão de vagas será adotado quando o número de
candidatos habilitados para provimento em concurso
público for insuficiente para preenchimento das vagas
que lhe foram destinadas.
* Capítulo IV - Perdeu a eficácia com a promulgação
da Constituição Federal/88.

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TÍTULO IV - DOS DIREITOS E VANTAGENS DE ORDEM


PECUNIÁRIA

CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 89 - Poderão ser deferidas ao funcionário as


seguintes vantagens pecuniárias:
I - diárias;
II - auxílio para diferença de caixa; III - salário-família;
IV - salário-esposa; V - auxílio-doença; VI - gratificações;
VII - adicional por tempo de serviço; VIII - sexta-parte;
IX - outras vantagens ou concessões pecuniárias
previstas em leis especiais ou neste Estatuto.
Parágrafo único - O funcionário que receber dos cofres
públicos vantagem indevida será responsabilizado, se
tiver agido de má fé. Em qualquer caso, responderá
pela reposição da quantia que houver recebido,
solidariamente com quem tiver autorizado o
pagamento.

Art. 90 - É proibido ceder ou gravar vencimento ou


quaisquer vantagens decorrentes do exercício do
cargo ou função pública.

CAPÍTULO II - DO VENCIMENTO, DO HORÁRIO E


DO PONTO

Art. 91 - Vencimento é a retribuição mensal paga


ao funcionário pelo efetivo exercício do cargo,
correspondente ao padrão e vantagens incorporadas
para todos os efeitos legais.
Art. 92 - O funcionário perderá:
I - O vencimento do dia, quando não comparecer ao
serviço, quando fizer após a hora seguinte à marcada
para o início dos trabalhos ou se retirar antes da última
hora;
II - 1/3 (um terço) do vencimento do dia, quando
comparecer ao serviço dentro da hora seguinte à

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Estatuto dos Servidores

marcada para o início dos trabalhos, ou quando se


retirar dentro da última hora;
III - o vencimento correspondente aos domingos,
feriados e dias de ponto facultativo intercalados, no
caso de faltas sucessivas, justificadas ou injustificadas.

Parágrafo único - As faltas ao serviço, até o máximo


de 10 (dez) por ano, não excedendo a 2 (duas) por
mês, poderão ser abonadas por moléstia ou por
outro motivo justificado a critério da autoridade
competente, no primeiro dia em que o funcionário
comparecer ao serviço.

Definição de falta ao serviço: A falta ao serviço


caracteriza-se pelo não comparecimento do servidor
à repartição dentro do horário regulamentar de
trabalho, sem que para tanto haja autorização legal,
devendo ser apurada pelo Ponto, que é o registro
pelo qual se verifica a sua entrada e saída.
As faltas ao serviço podem ser:
a) abonadas;
b) justificadas;
c) injustificadas;
d) para doar sangue;
e) para comparecer a provas e exames escolares.
Obs.: As faltas ao serviço, até o máximo de 10 (dez)
por ano, não excedendo a 2 (duas) por mês, poderão
ser abonadas por moléstia ou por motivo justificado,
a critério da autoridade competente, no 1º (primeiro)
dia em que o servidor comparecer ao serviço.
§ 1º - Somente será abonada a falta quando for
idôneo o meio probatório apresentado.
Legislação pertinente:
Decreto nº 24.146/1987 – Regulamenta o parágrafo
único do artigo 92º da Lei 8.989/79, referente às
faltas ao trabalho;
Decreto nº 56.126/2015.

Art. 93 - O funcionário não sofrerá quaisquer descontos

58 www.sindsep-sp.org.br
Estatuto dos Servidores

do vencimento nos casos previstos no artigo 64.


Art. 94 - Nos casos de necessidade, devidamente
comprovados, o período de trabalho poderá ser
antecipado ou prorrogado.
* Há ainda as situações de Atraso, que é a entrada
em serviço dentro da hora seguinte à marcada para
início dos trabalhos e a saída antecipada, quando o
servidor retira-se dentro da última hora de serviço.
Nestes casos, pode haver compensação desses
horários, sempre a critério da chefia, ou desconto
de 1/3 do vencimento do dia, por atraso ou saída
antecipada.
Legislação atinente: Decreto nº 33.930/1994.

Art. 95 - A frequência do funcionário será apurada:


I - pelo ponto;
II - pela forma determinada em regulamento, quanto
aos funcionários não sujeitos ao ponto.
§ 1º - Ponto é o registro que assinala o comparecimento
do funcionário ao serviço e pelo qual se verifica,
diariamente, a sua entrada e saída.
§ 2º - Salvo nos casos expressamente previstos neste
Estatuto, é vedado dispensar o funcionário do registro
do ponto e abonar faltas ao serviço.
§ 3º - A infração do disposto no parágrafo anterior
determinará a responsabilidade da autoridade
que tiver expedido a ordem, sem prejuízo da ação
disciplinar que for cabível.
Art. 96 - As reposições devidas à Fazenda Municipal
poderão ser feitas em parcelas mensais não excedentes
à décima parte do vencimento líquido do funcionário.
Parágrafo único - Não caberá reposição parcelada
quando o funcionário solicitar exoneração, quando for
demitido, ou quando abandonar o cargo.
Art. 97 - Dos vencimentos ou dos proventos somente
poderão ser feitos os descontos previstos em lei,
ou os que forem expressamente autorizados pelo
funcionário por danos causados à Administração
Municipal.

www.sindsep-sp.org.br 59
Estatuto dos Servidores

O Decreto nº 48.138, de 13 de fevereiro de 2007


regulamenta o disposto nos artigos 96 e 97 da
Lei 8.989/79, disciplinando o procedimento a
ser observado na reposição, pelos servidores
municipais, dos pagamentos indevidos feitos pela
Fazenda Municipal.

Art. 98 - As consignações em folha, para efeito de


desconto de vencimentos, serão disciplinadas em
decreto.

O Decreto nº 55.479, de 4 de setembro de 2014


regulamenta o artigo 98 da Lei nº 8.989/1979,
que dispõe sobre as consignações em folha de
pagamento dos servidores públicos e pensionistas
da Administração Direta, Autárquica e Fundacional
do Município de São Paulo; disciplina o sistema
de consignações do Município de São Paulo,
entendendo-se por consignações os descontos
realizados nos vencimentos e proventos dos
servidores públicos e nas pensões devidas a seus
beneficiários.

CAPÍTULO III - DAS GRATIFICAÇÕES

Seção I
Disposições Gerais

Art. 99 - Será concedida gratificação ao funcionário:


I - pela prestação de serviço extraordinário;
II - pela prestação de serviço noturno;
III – (revogado)
* Revogado pela Lei nº 10.827/1990, que dispõe
sobre a concessão de adicionais de insalubridade,
periculosidade e penosidade aos servidores
municipais, pelo exercício real e habitual, em
unidades ou atividades consideradas insalubres,
perigosas ou penosas. Pela Lei nº 10.827/1990 o

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Estatuto dos Servidores

adicional de insalubridade será calculado de acordo


com a sua classificação nos graus máximo, médio ou
mínimo, respectivamente em percentuais de 40%
(quarenta por cento), 20% (vinte por cento) ou 10%
(dez por cento), do valor correspondente ao menor
padrão de vencimento do Quadro Geral de Pessoal
da Prefeitura.

IV - em outros casos previsto em lei.


Art. 100 - Poderá ser concedida gratificação:
I - pelo exercício em Gabinete do Prefeito, de Secretário
Municipal e de outras autoridades, até o nível de
Diretor de Departamento, e pelo exercício em função
de Diretor de Divisão;
II - pela elaboração ou execução de trabalho técnico
ou científico de utilidade para o serviço público;
III - pela participação em Conselhos, Comissões ou
Grupos de Trabalho especiais, quando sem prejuízo
das atribuições normais.
Art. 101 - A gratificação por prestação de serviço
especial, com risco de vida ou saúde, e a prevista
no inciso 111 do artigo anterior serão objeto de
disciplinação em lei.
Art. 102 - As gratificações previstas no artigo 100,
incisos I e II, serão arbitradas pelo Prefeito através de
decreto, não podendo ultrapassar 1,5 (uma e meia) vez
o valor padrão de Secretário Municipal.

Seção II
Da Gratificação por Serviços Extraordinários

Art. 103 - A gratificação por serviço extraordinário se


destina a remunerar o trabalho executado além do
período normal a que estiver sujeito o funcionário.
§ 1º - A gratificação pela prestação de serviço
extraordinário será paga por hora de trabalho
prorrogado ou antecipado, nas bases a serem fixadas
em lei.
§ 2º - Ressalvados os casos de convocação de

www.sindsep-sp.org.br 61
Estatuto dos Servidores

emergência, o serviço extraordinário não excederá de


2 (duas) horas diárias.
§ 3º - É vedado conceder gratificações por serviço
extraordinário com o objetivo de remunerar outros
serviços ou encargos.
§ 4º - A gratificação por serviço extraordinário não
poderá ser percebida cumulativamente com a de
Gabinete.

Seção III
Da Gratificação por Serviço Noturno

Art. 104 - Pelo serviço noturno, prestado das 22 às


6 horas, os funcionários do Quadro de Cargos de
Natureza Operacional terão o valor da respectiva hora-
trabalho acrescido de 25% (vinte e cinco por cento).
* Para os Profissionais de Educação: Lei nº11.229, de
26 de junho de 1992:
“Art. 80 - Pelo serviço noturno prestado das
19:00 (dezenove) às 23:00 (vinte e três) horas, os
Profissionais do Ensino, em exercício nas unidades
escolares, terão o valor da respectiva hora-aula ou
hora-trabalho, acrescida de 30% (trinta por cento).
§1º - Nos horários mistos, assim considerados os que
abrangem períodos diurnos e noturnos, somente
serão remuneradas com o acréscimo de que trata o
“caput” deste artigo, as horas prestadas em período
noturno.
§2º - As frações de tempo iguais ou superiores a 30
(trinta) minutos serão arredondadas para uma hora.
Art. 81 - A remuneração relativa ao serviço noturno
será devida proporcionalmente nos descansos
semanais, feriados, dias de ponto facultativo, férias,
recesso escolar e demais afastamentos e licenças
remunerados.
Art. 82 - A remuneração relativa ao serviço noturno
em hipótese alguma se incorporará aos vencimentos
do Profissional do Ensino. Bem com pelo Artigo 8º da
Lei nº 12.396, de 2 de julho de 1997: “Art. 8º - Aplica-

62 www.sindsep-sp.org.br
Estatuto dos Servidores

se aos integrantes do Quadro de Apoio à Educação o


disposto nos artigos 80, 81 e 82 da Lei nº 11.229, de
26 de junho de 1992.”
Legislação pertinente:
Lei nº 11.229/1992;
Lei nº 14.660/2007.

Seção IV
Da Gratificação de Natal

Art. 105 a 111 (revogados)


* Artigos 105 a 111 revogados pela Lei nº 10.779, de
5 de dezembro de 1989

CAPÍTULO IV - DOS QUINQUÊNIOS

Art. 112 - A partir de 1º de janeiro de 1980, o


funcionário terá direito, após cada período de cinco
anos, contínuos ou não, à percepção de adicional por
tempo de serviço público municipal, calculado sobre o
padrão de vencimento, da seguinte forma:

I - de 5 a 10 anos _____________________ 5%;


II - de 10 a 15 anos _________________ 10,25%;
III - de 15 a 20 anos ________________ 15,76%;
IV - de 20 a 25 anos ________________ 21,55%;
V - de 25 a 30 anos _________________ 27,63%;
VI - de 30 a 35 anos ________________ 34,01%;
VII - mais de 35 anos _______________ 40,71%.

§ 1º - O adicional será calculado sobre o padrão


de vencimento do cargo que o funcionário estiver
exercendo.
§ 2º - Os percentuais fixados neste artigo são
mutuamente exclusivos, não podendo ser percebidos
cumulativamente.

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Estatuto dos Servidores

Conceito: o quinquênio é adicional por tempo de


serviço.
O servidor faz jus ao quinquênio após cada período
de cinco anos de trabalho, contínuos ou não.
Incorpora-se aos vencimentos para todos os efeitos
legais.
É calculado sobre o padrão de vencimentos do cargo
que estiver sendo exercido, conforme percentual
abaixo:
– a partir de 5 anos – 5,00%
– a partir de 10 anos – 10,25%
– a partir de 15 anos – 15,76%
– a partir de 20 anos – 21,55%
– a partir de 25 anos – 27,63%
– a partir de 30 anos – 34,01%
– mais de 35 anos – 40,71%
No cálculo, o adicional sofre descontos do tempo
para sua obtenção: faltas justificadas, injustificadas,
dias intercalados entre faltas justificadas e/ou
injustificadas, licenças médicas, afastamentos que
não sejam com todos os direitos e vantagens do
cargo, licenças para tratar de interesses particulares,
suspensões.
Os períodos de trabalho como servidor municipal,
estadual ou federal serão averbados, somando-se
ao total.
Legislação pertinente:
Lei Orgânica do Município (art. 97);
Decreto nº 28.989/1990.

Art. 113 - O disposto neste Capítulo aplica-se aos


inativos.
Art. 114 - O adicional por tempo de serviço previsto
no artigo 112 incorpora-se ao vencimento para todos
os efeitos legais, observada a forma e o cálculo nele
determinado.

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CAPÍTULO V - DA SEXTA PARTE DO VENCIMENTO

Art. 115 - O funcionário que completar 25 (vinte e


cinco) anos de efetivo exercício no serviço público
municipal perceberá importância equivalente à sexta
parte do seu vencimento.

Alterado pela Lei Orgânica do Município – art. 97,


passa para 20 anos.

Conceito: a sexta-parte também é adicional por


tempo de serviço.
O servidor faz jus ao completar 20 (vinte) anos de
efetivo exercício (incorpora-se aos vencimentos
para todos os efeitos legais. É a 6ª (sexta) parte dos
vencimentos, portanto, 1/6 do vencimento padrão
somado aos adicionais. A sexta-parte é concedida
juntamente com o 4º Adicional e não é necessário
fazer uma solicitação específica
Legislação pertinente:
Lei Orgânica do Município (art. 97);
Decreto nº 28.989/1990.

Art. 116 - A sexta parte incorpora-se ao vencimento


para todos os efeitos legais.

CAPÍTULO VI - DO SALÁRIO-FAMÍLIA E DO
SALÁRIO-ESPOSA

Art. 117 - A todo servidor ou inativo, que tiver


alimentário sob sua guarda ou sustento, será
concedido salário-família de valor correspondente ao
fixado para o Regime Próprio de Previdência Social.
§ 1º - O salário família não será devido ao funcionário
licenciado sem direito a percepção de vencimentos.
§ 2º - O disposto no parágrafo anterior não se aplica
aos casos disciplinares e penais, nem aos de licença
por motivo de doença em pessoa de família.

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Estatuto dos Servidores

Art. 118 - Para os efeitos de concessão do salário


família, consideram-se alimentários, desde que vivam
total ou parcialmente às expensas do servidor ou
do inativo, filhos ou equiparados com idade até 14
(catorze) anos.
§ 1º - O benefício referido neste artigo será devido sem
qualquer limite de idade se o alimentário apresentar
invalidez permanente de qualquer natureza,
pericialmente comprovada.
§ 2º - Equipara-se a filho, mediante declaração
escrita do servidor ou so inativo e comprovação
da dependência econômica, o enteado e o menor
sob tutela ou guarda, desde que não possuam bens
suficientes para o próprio sustento e educação.
Art. 119 - Não tem direito ao salário família o cônjuge do
servidor em atividade, inatividade ou disponibilidade
da União, do Estado ou de outros Municípios e das
respectivas Administrações Indiretas que esteja
gozando ou venha a gozar de idêntico benefício em
razão do mesmo alimentário.
Art. 120 - O salário família só será devido a servidor
ou a inativo que perceber remuneração, subsídios ou
proventos iguais ou inferiores aos limites estabelecidos
para a concessão desse benefício no âmbito do
Regime Geral da Previdência Social .
Art. 121 - O salário-esposa será concedido ao
funcionário ou ao inativo, desde que sua mulher ou
companheira não exerça atividade remunerada.
Art. 122 - Quando o pai e a mãe tiverem ambos a
condição de funcionário público ou inativo e viverem
em comum, o salário família será concedido a um
deles.
Parágrafo único - Se não viverem em comum, será
concedido ao que tiver os dependentes sob sua
guarda ou a ambos de acordo com a distribuição dos
dependentes.
Art. 123 - Ao pai e a mãe se equiparam o padrasto e a
madrasta, e, na falta destes, os representantes legais
dos incapazes.

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Art. 124 - A concessão dos benefícios previstos neste


Capítulo será objeto de regulamento.

DEFINIÇÃO: Além do recebimento dos vencimentos


ou salários, os servidores públicos municipais,
podem ainda, receber outras parcelas em dinheiro,
constituídas pelas vantagens pecuniárias a que fizerem
jus, na conformidade das leis que as estabelecem.
Poderão ser deferidas aos servidores as seguintes
vantagens pecuniárias:

I – Diárias;
II – Auxílio para diferença de caixa;
III – Salário-Família;
IV – Salário-Esposa;
V – Auxílio-Doença;
VI – Gratificações;
VII – Adicional por tempo de serviço;
VIII – Sexta-Parte;
IX – Outras vantagens ou concessões pecuniárias
previstas em leis especiais.

O servidor que receber dos cofres públicos municipais


vantagens indevidas será responsabilizado, se agido de
má-fé e em qualquer caso responderá pela reposição
da quantia que houver recebido, solidariamente com
quem tiver autorizado o pagamento.

SALÁRIO FAMÍLIA
PROCEDIMENTO: O servidor deverá requerer o
benefício através de formulário próprio. Dirigido
ao departamento de Recursos Humanos – D.R.H.
instruído com os seguintes documentos:

I – Para filho, certidão de nascimento;


II – Para filho adotivo, certidão de nascimento e
comprovação da adoção;
III – Para enteado, certidão de nascimento do
alimentário e a certidão de casamento do requerente;

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Estatuto dos Servidores

IV – Para órfão ou desamparado, criado como filho,


certidão de nascimento do alimentário e:
declaração firmada pelo requerente e por 02 (dois)
servidores, de referência salarial igual ou superior à do
requerente, sob as penas da lei, de que o beneficiário
mantém vivendo sob o seu teto e sua guarda, menor
sem meios de subsistência; ou
documento judicial comprovado que o servidor
mantém sob sua guarda, menor sem meio de
subsistência;
V - Para tutelados, certidão de nascimento do
alimentário, comprovação da tutela e declaração
firmada pelo servidor de que o alimentário não possui
bens próprios necessários à sua subsistência;
VI – Para alimentário inválido de qualquer idade,
declaração firmada pelo servidor, indicando
a dependência do alimentário e laudo médico
expedido pelo órgão médico oficial da Prefeitura
(DSS), atestando a invalidez total e permanente para
o trabalho;
VII – Para alimentário universitário, comprovação da
dependência por meio de declaração firmada pelo
servidor, bem assim de documento comprovando a
matricula em curso superior oficial ou oficializado.
O servidor deverá apresentar ao término de cada
semestre letivo, documento comprovando a
freqüência regular do curso.
Fora todos os documentos exigidos, o requerente
deverá declarar que seu cônjuge, companheiro ou
companheira não recebe, nem receberá de outro
órgão da Administração direta ou indireta, federal,
estadual ou municipal, o benefício do Salário-Família,
em razão do mesmo alimentário.
Verificada a qualquer tempo, a inexatidão ou falsidade
dos documentos exigidos, bem como a omissão do
servidor em fazer as comunicações que determinem
a supressão dos benefícios, a autoridade concedente
determinará ex officio, a sustação do pagamento e a
reposição do que foi indevidamente recebido, através

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Estatuto dos Servidores

de desconto em folha de pagamento.


Provada a má fé, por meio de processo disciplinar, o
beneficiário será responsabilizado funcionalmente,
sem prejuízo de responsabilidade criminal cabível.
A autoridade concedente dos benefícios poderá
determinar, a qualquer tempo, sejam procedidas
averiguações, julgadas recomendáveis, objetivando
apurar informações incompletas ou duvidosas.

SALÁRIO ESPOSA
DEFINIÇÃO: Será concedido ao servidor ou inativo,
desde que sua esposa ou companheira, não exerça
atividade remunerada.
Considera-se companheira, a mulher que mantém vida
em comum supre a condição do prazo estabelecido
acima.
A Constituição Federal estende ao companheiro os
benefícios a que hoje faz jus o cônjuge.
São consideradas como provas de vida em comum:

I – Mesmo domicílio;
II – conta bancária conjunta;
III – Registro como dependente no Hospital do
Servidor Público Municipal – H.S.P.M.;
IV – Registro na Declaração de Família no Instituto de
Previdência Municipal – IPREM, ou de outra associação
de qualquer natureza onde figure a companheira
como dependente;
V – registro, como dependente, na declaração do
imposto de renda;
VI – Procuração ou fiança reciprocamente outorgadas;
VII – Encargos domésticos evidentes;
VIII – Declaração firmada por duas pessoas idôneas,
devidamente qualificadas, atestando, sob as
penas da lei a união do casal e o tempo de vida em
comum;
IX – Qualquer outra capaz de constituir elemento de
convicção.

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Estatuto dos Servidores

O Salário Esposa será devido a partir do mês em que


tiver ocorrido o fato ou o ato do benefício, ainda que
tenha se dado no último dia do mês.
Deixará de ser devido o benefício, a partir do mês
seguinte àquele em que tiver ocorrido o fato ou o ato
que determinou sus supressão, ainda que ocorrido no
primeiro dia do mês.
O benefício não será devido ao servidor que estiver
licenciado ou afastado sem direito à percepção de
vencimento ou salários

PROCEDIMENTO: O servidor deverá requerer o


benefício através de formulário próprio, dirigido ao
Departamento de Recursos Humanos, DRH, instruído
com os seguintes documentos

I – Para esposa, certidão de casamento e declaração


firmada em conjunto com o marido, de que não exerce
atividade remunerada;
II – Para companheira, prova de vida em comum, e
declaração firmada, em conjunto com o companheiro,
de que não exerce atividade remunerada.

O Servidor beneficiário é obrigado a comunicar, dentro


de 15 (quinze) dias contados do evento, qualquer dato
ou ato que determine a supressão do pagamento de
benefício, especialmente quando ocorrer o início de
atividade remunerada, a morte ou a separação em
qualquer hipótese de esposa ou companheira.
Quando o servidor for viúvo, o requerimento deverá
ser instruído com certidão de óbito da esposa e, se
o requerente separado judicialmente ou divorciado,
com a certidão da sentença homologatória da
separação ou do divórcio.
Verificada, a qualquer tempo, a inexatidão ou falsidade
dos documentos exigidos, bem como a omissão do
servidor em fazer comunicações que, determinem a
supressão dos benefícios, a autoridade concedente
determinará, ex officio, a sustação do pagamento e a

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Estatuto dos Servidores

reposição do que foi indevidamente recebido, através


de desconto em folhas de pagamento.
Provada a má fé, por meio, de processo disciplinar, o
beneficiário será responsabilizado funcionalmente,
sem prejuízo da responsabilidade criminal cabível.
A autoridade, concedente dos benefícios poderá
determinar, a qualquer tempo, sejam procedidas
averiguações julgadas recomendáveis, objetivando
apurar informações incompletas ou duvidosas.

BASE DE CÁLCULO – Salário Familia


Valor por Dependente x Quantidade de dependentes
= Valor a Pagar
BASE DE CÁLCULO – Salário Esposa
O valor do Salário Esposa é fixado nos decretos de
reajuste dos vencimentos do funcionalismo municipal.

LEGISLAÇÃO:
Lei n.º 8.989/79 – arts. 122;
Nova Redação dada pelos Artigos 1º 2º e 3º da Lei n.º
13.830, de 21 de maio de 2004

CAPÍTULO VII - DAS OUTRAS CONCESSÕES


PECUNIÁRIAS

Art. 125 - Ao cônjuge, ou na falta deste, à pessoa que


provar ter feito despesas, em virtude do falecimento
de funcionário ou inativo, será concedida, a título de
auxílio-funeral, importância correspondente a 1 (um)
mês dos respectivos vencimentos ou proventos.
Parágrafo único - O pagamento do auxílio referido
neste artigo será efetuado pelo órgão competente,
mediante a apresentação do atestado de óbito, pelo
cônjuge ou pessoa a cujas expensas houver sido
realizado o funeral.
Art. 126 - Dar-se-á ao funcionário auxílio-doença,
correspondente a um mês de vencimento, após cada
período de 12 (doze) meses consecutivos de licença

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Estatuto dos Servidores

para tratamento de sua saúde.


Art. 127 - O auxílio de que trata o artigo anterior não
será concedido em relação aos períodos completados
antes da vigência deste Estatuto.
Art. 128 - Ao funcionário que se deslocar
temporariamente do Município, no desempenho de
suas atribuições, conceder-se-á, além do transporte,
diária a título de indenização pelas despesas de
alimentação e pousada, na forma estabelecida em
decreto.
Art. 129 - Ao funcionário que receber incumbência de
missão ou estudo, que o obrigue a permanecer fora
do Município por mais de 30 (trinta) dias poderá ser
concedida ajuda de cus-to, sem prejuízo das diárias
que lhe couberem.
Art. 130 - Ao funcionário que pagar ou receber em
moeda corrente, poderá ser concedida gratificação
que não excederá a 1/3 (um terço) da referência
numérica do cargo, para compensar eventuais
diferenças de caixa.
Parágrafo único - A gratificação de que trata este artigo
será fixada em decreto.
Art. 131 - A concessão de que trata o artigo anterior só
poderá ser deferida ao funcionário que se encontre no
exercício do cargo e mantenha contato com o público,
pagando ou recebendo em moeda corrente.

AUXÍLIO FUNERAL
FALECIMENTO DE SERVIDOR INATIVO
Definição: Será concedido ao cônjuge ou, na falta
deste, à pessoa que provar ter feito despesas relativas
ao sepultamento do sepultamento do servidor ou
inativo será paga, de uma só vez, a título de Auxílio-
Funeral, importância correspondente a 1 (um) mês
dos últimos vencimentos ou proventos percebidos
em vida.
Para efeito de pagamento serão excluídas as parcelas
relativas a Salário Família e Salário Esposa, bem como
os pagamentos de natureza indenizatória. No caso de

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Estatuto dos Servidores

pagamento de atrasados, somente será considerada a


quota-parte correspondente do mês.
Na hipótese de o funeral ter sido promovido por
pessoa estranha à família do servidor, a Prefeitura
reembolsará a importância efetivamente dispendida,
mediante apresentação dos comprovantes, até o
limite fixado (um mês do último vencimento ou
provento recebido em vida).
Se entre o valor acima fixado e as despesas
efetivamente dispendidas por familiar ou pessoa
estranha à família houver diferença em favor do
beneficiário, estes requeiram o pagamento da referida
quantia diretamente ao Departamento de recursos
Humanos – DRH.
O Serviço Funerário do Município de São Paulo é
considerado terceiro para efeito da realização de
despesas com a promoção do funeral, podendo
encarregar-se da sua realização, desde que autorizado
pó interessado habilitado.
Após realizado o funeral, o Serviço Funerário do
Município receberá os gastos comprovadamente
efetuados, observando o valor limite fixado,
diretamente da Prefeitura.

FALECIMENTO DE BENEFICIÁRIO OU PENSIONISTA


Será concedido pelo Instituto de Previdência
Municipal, IPREM, ao segurado ou pensionista para
o sepultamento do beneficiário ou do pensionista, a
título de Auxílio-Funeral, importância equivalente a (2)
duas vezes o menor padrão de vencimento do Quadro
Geral do Pessoal da Prefeitura (NO-1-A) vigente à data
do óbito.
Se a pessoa que tiver feito o sepultamento não for o
segurado ou pensionista, o Auxílio Funeral será pago
a quem comprovar que o fez, no mesmo valor dos
gatos, limitado, todavia, a quantia acima fixada.
Neste caso, o Serviço Funerário do Município de São
Paulo, também é considerado terceiro para efeito de
realização de despesas com promoção do

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Estatuto dos Servidores

sepultamento do beneficiário do segurado ou do


pensionista do Instituto de Previdência Municipal
de São Paulo – IPREM podendo encarregar-se de
sua realização desde que autorizada por interessado
habilitado, respeitada a quantia fixada.
Após realizado o funeral, o Serviço Funerário
do Município de São Paulo, receberá os gastos
comprovadamente efetuados, observado o limite
fixado, diretamente do Instituto de Previdência
Municipal de São Paulo – IPREM.

PROCEDIMENTO: Ocorrendo o falecimento do servidor


ou inativo, o cônjuge ou na falta deste, à pessoa que
provar ter feito as despesas relativas ao sepultamento
deverá, solicitar, o Auxílio Funeral, através de
formulário próprio dirigido ao Departamento de
Recursos Humanos, anexando os comprovantes
relativos as despesas, que providenciará os cálculos.
O pagamento, será feito pelo departamento do
Tesouro da Secretaria das Finanças.
Ocorrendo o falecimento do beneficiário ou de
pensionistas, o segurado ou pensionista, ou a pessoa
que tiver feito o sepultamento, deverá solicitar o
Auxílio Funeral, através de requerimento ao Instituto
de Previdenciário Municipal – IPREM, anexando os
comprovantes relativos as despesas, que providenciará
os cálculos e pagamentos-.

AUXÍLIO DOENÇA
DEFINIÇÃO: Será concedido ao servidor Auxílio-
Doença, correspondente a 01 (um) mês de vencimento,
após cada período de 12 (doze) meses consecutivos
de licença para tratamento de sua saúde, utilizando-se
como base de cálculo os vencimentos do 12º mês do
período da licença.

PROCEDIMENTO: O Servidor que ficar afastado do


exercício de suas funções durante 12 (doze) meses,
deverá requerer o benefício através de requerimento

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Estatuto dos Servidores

dirigido ao Departamento de Recursos Humanos -


DRH, a quem compete analisar e decidir.
Para fazer jus a esse auxílio, o servidor deverá tomar os
seguintes cuidados:
- Não poderá haver nenhum dia descoberto. Caso
a licença termine próximo a um feriado ou final de
semana, o servidor poderá formular até 08 (oito dias)
antes do termino do licença, a sua prorrogação.

LEGISLAÇÃO:
Lei n.º 8.989/79 art. 125 ao 131;
Regulamentado pelos Decretos nº 48.744, de
20/09/2007 e nº 52.755, de 27/10/2011.

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TÍTULO V - DOS DIREITOS E VANTAGENS DE ORDEM


GERAL

CAPÍTULO I - DAS FÉRIAS

Art. 132 - O funcionário gozará, obrigatoriamente,


férias anuais de 30 (trinta) dias corridos.
§ 1º - O disposto neste artigo aplica-se a partir de 1º de
janeiro de 1980.
§ 2º - É proibido levar à conta de férias, para
compensação, qualquer falta ao trabalho.
§ 3º - O funcionário adquirirá o direito a férias, após o
decurso do primeiro ano de exercício.
Art. 133 - Durante as férias, o funcionário terá direito
a todas as vantagens, como se estivesse em exercício.
Art. 134 - Anualmente, a Chefia de cada unidade
organizará, no mês de dezembro, a escala de férias
para o ano seguinte, alterável de acordo com a
conveniência dos serviços.
Art. 135 - É proibida a acumulação de férias, salvo
por indeclinável necessidade de serviço, ou motivo
justo comprovado, pelo máximo de 2 (dois) anos
consecutivos.
Parágrafo único - Em caso de acumulação de férias,
poderá o funcionário gozá-las ininterruptamente.
Art. 136 - Por necessidade de serviço ou qualquer
outro motivo justo, devidamente comprovado,
poderá o funcionário converter em tempo de serviço,
para todos os efeitos legais, as férias não gozadas, que
serão contadas em dobro.
Parágrafo único - A conversão de férias em tempo de
serviço tem caráter irreversível.
(Perdeu parcialmente a eficácia através do Artigo 40,
§10 da Constituição Federal de 1988; acrescentado
pela Emenda Constitucional nº 20, de 15 de dezembro
de 1998) § 10 - A lei não poderá estabelecer qualquer
forma de contagem de tempo de contribuição fictício.
Art. 137 - O funcionário removido ou transferido em

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Estatuto dos Servidores

gozo de férias, não será obrigado a apresentar-se


antes de terminá-las.

FÉRIAS
O servidor gozará obrigatoriamente, férias anuais de
trinta dias corridos, remunerados com pelo menos,
um terço mais do que o salário normal.
Serão acrescidos em 1/3 um terço do seu valor, os
vencimentos normais a serem pagos aos servidores
municipais quando em gozo de férias.
Para efeito de cálculo do acréscimo será tomado dos
vencimentos que faz jus o servidor no dia iniciadas as
férias excetas:
1 – ao valor do próprio acréscimo; 2 - aos valores
decorrentes de conversão de licença em minhas
pecúnias (REVOGADO); 3 – aos valores pagos a títulos
de indenização em geral exceto a gratificação de
gabinete; 4 – aos valores pagos a título de atrasados
de anteriores; 5 - aos valores pagos a qualquer título
pela participação do órgão de deliberação coletiva; 6 -
aos valores dos créditos Pis/Pasep e outros não a partir
á próprio remuneração lançada na folha.
O pagamento será proporcional quando o período de
férias com inferior a 30 dias.
Terá direito ao acréscimo, quando o gozo de férias cujo
início foi adquirido em outros exercícios anteriores.
É proibida levar a conta de férias, para comportamento
a falta de trabalho.
O servidor adquiria o direito a férias, após o desuso ao
primeiro ano de exercício.
Durante as férias, o servidor terá direito a todas as
vantagens, como se estivesse em exercício.
Anualmente, a chefia de cada unidade organizará,
no mês de dezembro, a escala de férias para o ano
seguinte alterável de acordo com a convivência dos
serviços.
A escala de férias será organizada de modo a manter a
continuidade dos serviços, atendidas as peculiaridades
de cada atividade.

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Estatuto dos Servidores

Aprovada a escala de férias pela chefia imediata, que


dará ciência aos interessados deverá a mesma ser
encaminhada a unidade responsável pelo controle de
frequência dos servidores.
Caberá a chefia imediata observar o cumprimento da
escala de férias e altera – lá indicando novo período
para fruição, que absoluta necessidade de serviço,
indeferimento no pedido ou interrupção de gozo de
férias.
A alteração de escala de férias para o fim de antecipar
a catado início do período de descanso, será proposta
pela chefia da unidade, com apresentação de amplas
justificadas e dependerá de previa autorização da
chefia mediata do servidor.
O servidor deslocado para prestar serviços em outra
unidade será obrigatoriamente incluído na respectiva
escala.
Caberá as chefias de Gabinete, aos Diretores de
Departamento e autoridades, para promover a
responsabilidade da chefia de unidade que não
fizer cumprir a escala de férias e deixar de adotar as
providencias cabíveis.
É proibido a acumulação de férias, salvo de serviços,
ou motivos justos comprovados, pelo máximo de 02
anos consecutivos.
Indeferidos 02 períodos de férias, em anos consecutivos,
no 3º, o servidor deverá, obrigatoriamente, gozar pelo
menos um período de férias.
O servidor não poderá acumular, consecutivamente,
03 períodos, para que as férias relativas, ao terceiro
ano sejam indeferidos, deverá o interessado gozar
pelo menos um período de férias.
As férias não usufruídas, e desde que indeferidas
desde que por necessidade de serviços que outro
motivo justo, devidamente comprovada poderão ser
gozados ininterruptamente.
O período de férias deverá ser, em princípio, de 30 dias
corridos, todavia poderá ser concedida por período de
15 dias.

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Os servidores em gozo de férias, não poderão


interrompê-las para requerer a concessão de licença
Médica para tratamento de Saúde ou licença por
motivo de Doença em Pessoa de Família.
Se a unidade de lotação do servidor constatar a
concessão da licença medica sobrepondo – se aos
períodos de férias, deverá propor ao órgão que
concedeu, que seja a referida licença tornará sem
efeito, bem como concedida licença médica para o
período que antecedeu o termo inicial ou ultrapassou
o termo final do afastamento.
A servidora gestante em gozo de férias ou licença
prêmio de descanso, poderá interrompe-lá para
requerer licença gestante, se ocorrer o nascimento do
filho nesse período.
O funcionário removido ou transferido em gozo de
férias, não será obrigado apresentar – se antes de
termina – lá.

LEGISLAÇÃO:
LEI Nº 8989/79 – ARTS 64 I , 132 A 137
REGULAMENTADOS PELO DECRETO Nº 50.687, DE
25/06/2009

PROCEDIMENTO: Por ocasião de gozo de férias


previsto na escala de férias a unidade deverá
preencher o formulário padrão “férias” aprovado pela
portaria vigente, para o deferimento ou indeferimento
da chefia do servidor.
Quando o servidor ocupar cargo de provimento em
comissão que a comporte substituição, o deferimento
ou indeferimento deverão ser publicados e nos demais
casos, cientificar o servidor.
Todos os formulários de férias depois de tratados,
deverão ser enviados ao Departamento de Recursos
Humanos –para assentamentos em prontuário.
Se as férias forem negadas, deverá ser preenchido o
campo de indeferimento e encaminhado ao DRH.
Quando ocorrer a interrupção a chefia preencherá

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Estatuto dos Servidores

o formulário padrão no campo 05, dando ciência ao


servidor e publicado no DOM se este ocupar cargo de
provimento em comissão.
O pagamento de 1/3 será concedido mediante
inclusão em folha de pagamento, por ocasião do gozo
e na forma estabelecido pela portaria vigente.

CAPÍTULO II - DAS LICENÇAS

Seção I
Disposições Preliminares

Art. 138 - Será concedida licença ao funcionário:


I - para tratamento de saúde;
II - por motivo de doença em pessoa de sua família;
III - nos casos dos artigos 148 e 149;
IV - para cumprir serviços obrigatórios por lei;
V - para tratar de interesses particulares;
VI - compulsória;
VII - quando acidentado no exercício de suas
atribuições ou acometido de doença profissional.

Os Incisos I,II,VI e VII desta Lei, estão regulamentados


pelo Decreto 41269/01, com modificações
introduzidas pelo Decreto 42106/02.

Art. 139 - A licença dependente de inspeção médica


será concedida pelo prazo indicado pelo órgão oficial
competente.
§ 1 -º - A licença poderá ser prorrogada ex-officio ou a
pedido do interessado.
§ 2º - Finda a licença, deverá o funcionário reassumir o
exercício do cargo.
Art. 140 - O funcionário licenciado para tratamento
de saúde não poderá dedicar-se a qualquer atividade
remunerada, sob pena de ter cassada a licença e ser
promovida sua responsabilidade.
Art. 141 - O funcionário licenciado nos termos dos

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Estatuto dos Servidores

incisos I, II, VI e VII do artigo 138 é obrigado a reassumir


o exercício do cargo, se for considerado apto em
inspeção médica realizada ex-officio ou se não
subsistir a doença em pessoa de sua família.
Parágrafo único - O funcionário poderá desistir da
licença, se julgado apto para o exercício do cargo, em
inspeção médica.
Art. 142 - A concessão das licenças dependerá
da observância das disposições deste Estatuto e
respectiva regulamentação.

Seção II
Da licença para Tratamento de Saúde

Art. 143 - Ao funcionário impossibilitado de exercer o


cargo por motivo de saúde será concedida licença pelo
órgão oficial competente, a pedido do interessado ou
ex-officio.
Art. 144 - A licença para tratamento de saúde será
concedida com vencimento integral.
Parágrafo único - A licença poderá ser prorrogada:
1 - ex-officio por decisão do órgão oficial competente;
2 - a pedido, por solicitação do interessado, formulada
até 8 (oito) dias antes de findo o prazo da licença.
Art. 145 - A licença superior a 90 (noventa) dias
dependerá de inspeção realizada por junta médica.

LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE


DEFINIÇÃO: Ao servidor impossibilitado de exercer o
cargo ou função por motivo de saúde será concedido
licença pelo órgão oficial competente, a pedido do
interessado, com vencimento integral.
O pedido visado pela chefia imediata do servidor,
deverá ser no mesmo dia apresentado no DSS ou, na
impossibilidade, até o dia útil imediato à sua emissão
para fins de inspeção médica e decisão.
A decisão favorável ou não produzirá efeitos a partir
da data da apresentação da guia de licença médica do
DSS.

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Estatuto dos Servidores

A concessão da licença poderá, a critério médico,


restringir-se ao período que medeia entre a data da
apresentação do período e a data da inspeção médica
quando, excepcionalmente, esta ocorrer em dia
posterior aquela primeira data.
Será negada, de pleno, a licença quando:
I – o servidor não se apresentar para o competente
exame médico;
II - por culpa do servidor, não se realizarem, os exames
complementares solicitados;
A decisão do DSS terá a seguinte divulgação:
I – Será sempre publicada no DC e o número de dias
concedidos publicado prevalecerá sobre o número
expresso na via rosa;
II – 1 via de pedido, com decisão, será entregue ao
servidor para encaminhamento a unidade do mesmo;
III – outra via deverá ser encaminhada pelo DSS, ao
RH para fins de cadastramento e assentamento em
prontuário do servidor.
Caso seja negada a licença, o servidor deverá reassumir
imediatamente suas funções.
O servidor que tiver negada a licença médica poderá
pedir reapreciação do pedido ao DSS até o dia útil
imediato ao indeferimento.
O servidor que, em regime de internação, retirar-se
sem alta médica. Deverá ser reavaliado pelo DSS para
continuidade ou não da licença.
Quando o servidor estiver impossibilitado de se
locomover, a inspeção médica poderá ser feita em sua
residência ou outro locar onde se encontrar, desde
que o município de São Paulo.
Quando o servidor estiver fora do município e for
cometido de moléstia que o impossibilite seu retorno
e comparecimento ao DSS deverá:
I – comunicar a ocorrência. Bem como o endereço
completo de onde se encontrar, ao seu Chefe imediato,
por telefone ou Telegrama, dentro de 48 horas;
II – Solicitar inspeção médica à unidade estatal de
saúde da localidade onde se encontrar, apresentando

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Estatuto dos Servidores

documentos de identidade;
III – remeter, no prazo de 05 dias, o laudo médico
decorrente da inspeção à sua chefia, em envelope
fechado, por registro postal ou por portador idôneo,
acompanhado de requerimento de licença para
devida autuação.
O envelope contendo o laudo medido somente poderá
ser aberto pelo DSS que após examinar poderá:
a) conceder a licença ou alterá-la;
b) negar a licença médica;
c)determinar outras medidas a fim de esclarecer
dúvidas, inclusive remoções.
Na hipótese de não existir unidade de saúde estatal
no local onde se encontrar, deverá o servidor
apresentar-se à autoridade municipal, identificando-
se e solicitando inspeção médica por facultativos
oficiais ou, na falta deste, por médico da localidade,
designado pela referida autoridade.
Quando o servidor se encontrar fora do País, deverá
procurar a autoridade consular, identificando-se e
solicitando inspeção média, para subsequente envio
do laudo e perdido de licença à sua chefia imediata.
A concessão da licença poderá a critério do DSS,
produzir efeitos a partir da data do laudo médico.
Toda licença médica cujo prazo de duração for superior
a 90 dias, dependerá de inspeção realizada por junta
médica. A proposta de licença médica ex officio, a
ser decidida pelo DSS, ocorrerá nos casos de doente
internados no HSPM ou em outros hospitais a critério
da Administração.
A licença poderá ser prorrogada ex ofício por decisão
do DSS ou a pedido, por solicitação do interessado
formulada até 08 dias antes do término da licença.
O servidor licenciado para tratamento de saúde não
poderá dedicar-se a qualquer atividade remunerada,
sob pena de ser cassada a licença e ser promovida a
apuração de sua responsabilidade, na forma da lei.
O servidor licenciado deverá reassumir suas funções:
I – no dia imediato ao final de sua licença médica;

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Estatuto dos Servidores

II – quando for considerado apto em inspeção médica,


realizada a pedido de ex officio.
Não é admitida a conversão de faltas em licença
médica.
Para os servidores afastados sem prejuízo de
vencimentos, direitos e demais vantagens do cargo,
junto ao outro órgão público, a proposta de licença
médica deverá ser encaminhada ao DSS, para
homologação.
O abuso no pedido de licença ou concessão
manifestamente infundada acarretará apuração de
responsabilidade.
Os servidores que adoecerem no período em que ser
encontraram afastado de suas funções em razão de:
Gozo de férias, licença sem vencimentos, licença
para acompanhar cônjuge, licença gestante, licença
por adoção, licença gala e nojo e cumprimento de
penalidade de suspensão, não poderão interromper
esses afastamentos para requerer concessão de
licença médica para tratamento da própria saúde,
compulsória ou por motivo de doença em família.
Se o servidor de trabalhar, deverá este quando retornar
ao serviço, solicitar licença médica.
Se a unidade de lotação do servidor constatar a
concessão de licença média sobrepondo-se aos
períodos de afastamento, deverá propor ao órgão que
a concedeu que seja a referida licença tornada sem
efeito, bem como concedida licença médica para o
período que antecedeu ou ultrapassou ao termo final
do afastamento.

LEGISLAÇÃO:
Lei nº 8.989/79 - art. 65 – II, 143 a 145.
Regulamentado pelo Decreto n. 46.113, de
21/07/2005.

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Seção III
Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da
Família

Art. 146 - O funcionário poderá obter licença por


motivo de doença do cônjuge e de parentes até
segundo grau, quando verificada, em inspeção
médica, ser indispensável a sua assistência pessoal,
impossível de ser prestada simultaneamente com o
exercício do cargo.
Parágrafo único - A licença de que trata este artigo
não poderá ultrapassar o prazo de 24 (vinte e quatro)
meses.

Art. 147 - A licença será concedida com vencimento,


até um mês, e com os seguintes descontos:
I - de 1/3 (um terço), quando exceder a 1 (um) mês e
até 2 (dois) meses;
II - de 2/3 (dois terços), quando exceder a 2 (dois)
meses e até 6 (seis) meses;
III - total, do sétimo ao vigésimo quarto mês.
Parágrafo único - Para os efeitos deste artigo, a licença
concedida dentro de 60 (sessenta) dias, contados
do término da anterior, será considerada como
prorrogação.

PROCEDIMENTO: Será concedida quando for


indispensável a assistência pessoal, impossível de
ser prestada simultaneamente com o exercício do
cargo/função e declaração médica que demonstre
a necessidade de acompanhamento pessoal do
servidor, podendo estar hospitalizado ou não.
São considerados grau de parentesco: ascendente,
descendente e colaterais consanguíneos até o
segundo grau, cônjuge ou companheiro, menor sob
guarda ou tutela, pessoa sob sua curatela, por decisão
judicial, sob penas na lei.
São também reconhecidos como companheiros as
pessoas do mesmo sexo, que mantenham convivência

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Estatuto dos Servidores

duradoura, pública e contínua.


Caso residir fora do Município de São Paulo, para
parentes de primeiro grau, cônjuges, companheiros,
menores sob guarda ou tutela, pessoa sob sua curatela.
A chefia imediata do servidor deverá expedir Guia de
Licença médica, datilografada em 03 vias (02 amarela
e 1 rosa), a via branca deverá ser inutilizada antes do
preenchimento por absoluto desuso.
O servidor deverá comparecer acompanhado do
cônjuge, companheiro ou parente até 2º grau no DSS,
portando os seguintes documentos:
- Documento de identidade com foto do servidor;
- Um demonstrativo de pagamento;
- Documento de identidade ou certidão de nascimento
do parente até 2º grau;
- Certidão de casamento se for cônjuge
- Deverão ser apresentados subsídios médicos
(atestado, relatório e outro) para necessário exame
médico.

LEGISLAÇÃO:
Lei nº 8.989/79 – arts. 146 e 147;
Decreto nº 41.269 de 19/10/01;

Seção IV
Da Licença à Gestante

Art. 148 - À funcionária gestante será concedida,


mediante inspeção médica, licença de 120 (cento e
vinte) dias, com vencimento integral.
§ 1º - Salvo prescrição médica em contrário, a licença
será concedida no curso ou além do início do oitavo
mês de gestação, ou até o décimo dia do puerpério.
§ 2º - No caso de natimorto será concedida licença
para tratamento de saúde a critério médico, na forma
do artigo 143.
§ 3º - Durante a licença, cometerá falta grave
a funcionária que exercer qualquer atividade
remunerada ou mantiver a criança em creche ou

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Estatuto dos Servidores

organização similar.
§ 4º - A vedação de manutenção da criança em creche
ou organização similar, de que trata o § 3º deste artigo,
não se aplica ao período de 15 (quinze) dias que
antecedam ao termo final da licença, que se destinará
à adaptação da criança a essa nova situação.
§ 5º - A licença gestante de que trata este artigo,
requerida após o parto e além do décimo dia do
puerpério, será concedida mediante a apresentação
da certidão de nascimento e vigorará a partir dessa
data, podendo retroagir até 15 (quinze) dias.”

LICENÇA À GESTANTE
DEFINIÇÃO: Será concedida à servidora gestante
mediante inspeção médica, licença de 180 dias, com
vencimento integral.
Salvo prescrição médica em contrário a licença, será
concedida no período compreendido entre o início
do 8º mês de gestação, até o 10º dia do puerpério,
comprovado este por certidão de nascimento.
No caso de natimorto, deverá solicitar licença nojo,
estando ou não em licença gestante e poderá, a critério
médico, mediante apresentação de certidão de óbito,
ser concedida licença para tratamento de saúde.
Ainda na hipótese de natimorto estando a servidora
em gozo de licença, deverá reassumir suas funções
no prazo de 15 dias após o evento, salvo se lhe for
deferida licença para tratamento de saúde.
Caso em que a criança nasce viva e após vem a falecer,
a servidora deverá:
- se estiver em licença-gestante, interromper a licença-
gestante e solicitar licença-nojo.
- se não estiver em licença-gestante deverá solicitar
licença-gestante da data de nascimento até o dia
anterior ao do óbito e após solicitar licença nojo a
partir do dia do óbito.
A servidora em gozo de licença gestante, não
poderá interromper esse afastamento, para requerer
concessão de licença médica para tratamento da

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Estatuto dos Servidores

própria saúde, compulsória ou por motivo de doença


em família.
Se a unidade de lotação do servidor constatar a
sobreposição de período de licença médica com
licença gestante, deverá propor ao órgão que a
concedeu, que seja a referida licença tornada sem
efeito, bem como concedida licença médica para o
período que antecedeu o termo inicial ou ultrapassou
o termo final de licença gestante.
A servidora gestante em gozo de féria ou licença-
prêmio poderá interrompe-las, para licença gestante,
se ocorrer o nascimento do filho nesse período.
A servidora gestante afastada sem prejuízo de
vencimento direito e demais vantagens do cargo, junto
a outro órgão público, a proposta de licença gestante
deverá ser encaminhada ao DSS, para homologação.

LEGISLAÇÃO:
Lei nº 8.989/79 – art. 64 – VIII e art. 148;
Regulamentado pela Lei nº 13.379, de 24/06/2002
Decreto nº 46.113, de 21/07/2005
Acrescidos pela Lei nº 14.872/2008 - caput, §§ 3º ao

Seção V
Da Licença à Funcionária Casada com Funcionário
Público Civil ou com Militar

Art. 149 - A funcionária casada com funcionário


público civil, ou com militar, terá direito a licença sem
vencimento, quando o marido for prestar serviços,
independentemente de solicitação, fora do Município.
Parágrafo único - A licença será concedida mediante
pedido instruído com documento comprobatório e
vigorará pelo tempo que durar a comissão ou a nova
função do marido.

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Seção VI
Da Licença para Cumprir Serviços Obrigatórios por
Lei

Art. 150 - Ao funcionário que for convocado para


o serviço militar ou estágios militares obrigatórios,
bem como para o cumprimento de outros serviços
públicos obrigatórios por lei, será concedida licença
sem prejuízo de direitos e vantagens de seu cargo,
com vencimento integral.
Art. 151 - O funcionário desincorporado reassumirá o
exercício do cargo dentro do prazo de 30 (trinta) dias,
contados da data da desincorporação.
Art. 152 - Ao funcionário que houver feito curso para ser
admitido como oficial da reserva das Forças Armadas
será também concedida licença sem vencimentos
durante os estágios prescritos pelos regulamentos
militares.

CONVOCAÇÃO PARA O CUMPRIMENTO DE SERVIÇOS


OBRIGATÓRIOS POR LEI

É aquela em que o servidor não pode deixar de


cumprir, sob pena de responsabilidade.
Será concedida licença sem prejuízo de direitos e
vantagens de seu cargo ou função com vencimentos
integrais.
Basicamente, as convocações para serviços
obrigatórios são:
- Serviço Militar Obrigatório;
- Estágio Militar Obrigatório;
- Servir no Júri;
- Servir à Justiça Eleitoral.

PROCEDIMENTO: A licença poderá ser solicitada pelo


servidor público, nomeado para exercício de cargo
efetivo, admitido em caráter temporário ou contratado
para funções de natureza técnica especializada, que
for convocado para serviço militar, estágio militar

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Estatuto dos Servidores

obrigatório ou para cumprimento de outros serviços


públicos ou para cumprimento de outros serviços
públicos obrigatórios por lei.
O pedido de licença deverá vir instruído com a
convocação ou, conforme o caso, com documentação
idônea que comprove a ocorrência de alguns eventos
mencionados no item anterior;
Após a autuação do pedido, a chefia imediata do
servidor deverá informar e/ou confirmar, sob pena de
responsabilidade funcional, o seguinte:
Especificação correta do nome e registro funcional;
Especificação correta do cargo ou função da qual o
funcionário vai afastar-se;
Verificação da documentação comprobatória.
A seguir o pedido deverá ser submetido ao titular da
respectiva pasta, que fará publicar, no Diário Oficial
do Município, o despacho decisório, encaminhando,
posteriormente, o processo administrativo respectivo
à unidade de lotação do servidor, onde permanecerá
sob custódia de sua Chefia Imediata;
Após afastamento do servidor deverá no prazo de 30
dias contados da reassunção ao serviço, apresentar
documentos comprobatórios de sua desincorporação,
ou, conforme o caso, de sua participação no estágio
ou da prestação de serviço;
Ao DRH caberá o controle e cadastramento da licença
pela publicação do despacho concessório no Diário
Oficial do Município.
Para atendimento do disposto neste item, as
Secretarias Municipais deverão fazer constar do
despacho, obrigatoriamente o que segue:
- Nome e registro funcional completo do servidor;
- Período da licença. Data de início e término;
- Número do processo administrativo que cuidou do
período;
- A informação de qual é o serviço obrigatório que deu
motivo à licença.
LEGISLAÇÃO:
Lei nº 8.989/79 – art. 64 – VI – 150 a 152;

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Seção VII
Da Licença para tratar de Interesses Particulares

Art. 153 - O funcionário estável poderá obter licença


sem vencimento para tratar de interesse particular,
pelo prazo máximo de 2 (dois) anos.
§ 1º - A licença referida neste artigo poderá ser
negada quando o afastamento do funcionário for
inconveniente ao interesse do serviço.
§ 2º - O funcionário deverá aguardar em exercício o
despacho concessório ou denegatório da licença.
Art. 154 - Poderá o funcionário reassumir, a qualquer
tempo, desistindo da licença.
Art. 155 - A autoridade que houver concedido a
licença poderá determinar o retorno do funcionário
licenciado, sempre que exigir o interesse do serviço
público.
Art. 156 - Só poderá ser concedida nova licença após o
decurso de 2 (dois) anos do término da anterior.

LICENÇA SEM VENCIMENTO PARA TRATAR DE


INTERESSES PARTICULARES

Poderá ser concedida ao servidor estável, licença sem


vencimentos para tratar de assuntos particulares, pelo
prazo máximo de 02 anos.
A licença poderá ser negada quando o afastamento do
servidor for inconveniente aos interesses de serviço.
Os pedidos de licença sem vencimentos ficarão
sobrestados durante a tramitação dos inquéritos
administrativos, processos sumários ou procedimentos
sumários instaurados contra o servidor devendo
acompanhar aos autos respectivos.
Concedida a licença, o servidor poderá reassumir a
qualquer tempo, desistindo assim de licença.
A autoridade que houver concedido licença poderá
determinar o retorno do servidor, sempre que exigir o
interesse do serviço público.
Só poderá ser concedida nova licença após decurso

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Estatuto dos Servidores

de 02 anos do término da anterior. Se a Unidade de


Pessoal do servidor constatar à concessão de Licença
Médica ou Compulsória, sobrepondo-se ao período
de afastamento por licença sem vencimentos, deverá
propor ao órgão que a concedeu que seja a referida
licença tornada sem efeito, bem como concedida
outra licença para o período que antecedeu ao termo
inicial ou ultrapassou o termo final do afastamento.

PROCEDIMENTO: O servidor estável (adquire


estabilidade após 3 anos de efetivo exercício) poderá
requerer o afastamento solicitando a unidade Pessoal
o preenchimento do formulário padronizado (Licença
sem Vencimento).
Não fazem jus a licença os servidores admitidos em
caráter temporário, contratados e bem assim os
ocupantes de cargo em comissão ou os cargos efetivos
que não completam três anos de efetivo exercício.
Na solicitação deverá vir demonstrado que o
funcionário:
- Não ter débitos com o IPREM, HSPM E PMSP (folha de
pagamento);
- Não gozou licença para tratar de interesses
particulares nos últimos dois anos;
- Contar com dois anos de exercício, descontados os
seguintes períodos:
- falta justificada e injustificadas;
- Domingos, feriados e dias de ponto facultativos
intercalados com faltas justificadas ou injustificadas;
- Licença para tratamento de saúde e por motivo de
doença em pessoa da família;
- Afastamento para exercício de outro cargo em
comissão ou função de Administração Direta ou
Indireta, quando concedido com prejuízo de direto e
vantagens do cargo do qual o servidor é titular;
- Suspensão;
Aguardar em exercício o despacho concessório ou
denegatório de licença.

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Estatuto dos Servidores

DO PEDIDO: O Pedido de licença para tratar de


interesses particulares será feito no requerimento
padronizado.

DO PRAZO: O pedido de licença será apresentado


com 15 dias de antecedência, contados da data em
que o funcionário pretende iniciar seu gozo. (a critério
da administração)
LEGISLAÇÃO:
Lei nº8.989/79 – arts. 153 e 156
Portaria nº79/90 de SMA Publicado no DOM de
17/08/90 – retificado pelo DOM de 23/08/90.

Seção VIII
Da Licença Compulsória

Art. 157 - O funcionário, ao qual se possa atribuir a


condição de fonte de infecção de doença transmissível,
poderá ser licenciado, enquanto durar essa condição,
a juízo da autoridade sanitária competente.
Art. 158 - Verificada a procedência da suspeita, o
funcionário será licenciado para tratamento de saúde
na forma prevista no artigo 143, considerando-
se incluídos no período da licença os dias de
licenciamento compulsório.
Art. 159 - Quando não positivada a moléstia, deverá
o funcionário retornar ao serviço, considerando-se
como de efetivo exercício, para todos os efeitos legais,
o período de licença compulsória.

LICENÇA COMPULSÓRIA
O servidor a que se possa atribuir a condição de
fonte, de infecção de doença transmissível poderá ser
concedida licença Compulsória, somente podendo
reassumir seu cargo ou função após liberado
pelo Departamento Médico – DSS, sob pena de
responsabilidade pessoa da chefia imediata.
Constatada a procedência da suspeita, o servidor será
licenciado para tratamento de saúde considerando-se

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Estatuto dos Servidores

incluídos no período da licença os dias licenciamento


compulsório. (considerado tempo de efetivo exercício,
para todos os fins).
No caso em que não for confirmando o risco de
transmissão no exercício da função deverá o servidor
reassumir o seu cargo ou função, considerando-se
como de efeito exercício para todos os efeitos legais,
o período de Licença Compulsória.
Não será admitida a hipótese de convenção de faltas
em licença médica. Os servidores que adoecem no
período em que se encontram afastados de suas
funções, em razão de: gozo de férias, em descanso,
licença sem vencimentos, licença para acompanhar
cônjuge, licença gestante, licença adoção, gala e
nojo, cumprimento de penalidade de suspensão,
não poderão interromper esses afastamentos para
requerer concessão de licença compulsória.
Se a Unidade de Pessoal do servidor constatar a
concessão de Licença Compulsória ou, médica
sobrepondo-se aos períodos de afastamento acima
especificados, deverá propor, ao órgão que a concedeu
que a referida licença seja tornada sem efeito, bem
como concedida outra licença, para o período que
antecedeu ao termo inicial ou ultrapassou o termo
final do afastamento.

PROCEDIMENTO: A chefia imediata do servidor deverá


expedir Guia de Licença Médica.
O servidor deverá comparecer no DSS, portando os
seguintes documentos:
- Documento de Identidade com Foto;
- Um demonstrativo de pagamento;
-Sempre que possível, deverão ser apresentados
subsídios médicos (atestados, relatórios e etc).

LEGISLAÇÃO:
Lei nº 8.989/79 – art. 64 – IX, arts. 157 e 159;
Lei nº 9.160/80 – art. 18;

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CAPÍTULO III - DO ACIDENTE DO TRABALHO E


DA DOENÇA PROFISSIONAL

(Matéria regulamentada pela Lei nº 9.159, de 1º de


dezembro de 1980)

Art. 160 - Ao funcionário que sofrer acidente do


trabalho ou for atacado de doença profissional é
assegurado:
I - licença para tratamento de saúde, com o vencimento
integral a que faria jus independentemente da
ocorrência do acidente ou moléstia, em caso de perda
total e temporária da capacidade para o trabalho;
(Regulamentada pelo Decreto nº 46.113, de 21 de
julho de 2005)

II - auxílio-acidentário, na forma que a lei estabelecer,


para os casos de redução parcial e permanente da
capacidade laborativa;
III - aposentadoria com proventos integrais quando
do infortúnio, da moléstia profissional, ou de seu
agravamento, sobrevier perda total e permanente da
capacidade para o trabalho;
IV - pecúlio, a ser pago de uma só vez e na
conformidade do que dispuser a lei, se do acidente
resultar aposentadoria, por invalidez ou morte do
agente;
V - pensão aos beneficiários do funcionário que vier
a falecer em virtude de acidente do trabalho ou
moléstia profissional, a ser concedida de acordo com
o que estipular a lei;
VI - assistência médica domiciliar, ambulatorial,
hospitalar e cirúrgica, ainda que plástico-estética,
farmacêutica e dentária, bem como serviços de
prótese, totalmente gratuita, desde o momento do
evento e enquanto for necessária.
Art. 161 - Os conceitos de acidente do trabalho e
respectivas equiparações, bem como a relação das
moléstias profissionais e as situações propiciadoras da

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Estatuto dos Servidores

concessão do auxílio-acidentário, para os efeitos deste


Capítulo, serão os adotados pela legislação federal
vigente à época do acidente.
Art. 162 - Os benefícios previstos neste Capítulo
deverão ser pleiteados no prazo de 5 (cinco) anos
contados:
I - da data da perícia médica, nos casos de agravamento
da incapacidade;
II - da data da verificação, pelo médico ou por junta
médica, quando se tratar de doença profissional;
III - da data do acidente, nos demais casos.
Art. 163 - A regulamentação deste Capítulo obedecerá
ao que for estabelecido em lei especial.

DEFINIÇÃO: Ao servidor que sofrer acidente ou for


atacado de doença profissional, são assegurados
benefícios, independentemente do tempo de serviço.
Qualquer acidente ocorrido no ambiente de trabalho
ou no percurso regular da residência ao local de
trabalho e vice-versa, poderá ser caracterizado como
Acidente de Trabalho.
Os conceitos de acidente de trabalho e respectivas
equiparações, bem como a relação das moléstias
profissional e as propiciadoras da concessão do
Auxílio-Acidentário, são adotados pela legislação
federal vigente a época do acidente.
O agente acidentado em serviço, com perda
temporária da capacidade para o trabalho, será
licenciando enquanto perdurar a incapacidade, com
vencimento ou salário e demais vantagens a que faria
jus independentemente da ocorrência do acidente.
O Auxílio-Acidente terá por base de cálculo o valor
padrão de vencimento ou salário base vigente na
data do despacho concessivo do benefício, inclusive
as parcelas vencidas, levando-se em consideração,
todavia o padrão ou salário-base que o acidentado
recebia na data do infortúnio, considerados as
revalorizações posteriores, ainda que o servidor mude
de cargo ou seja promovido.

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Estatuto dos Servidores

O Auxílio-Acidentário não se incorpora aos


vencimentos ou salários, do agente. Essa vantagem,
será comutada para efeito de cálculo de proventos
ou pensão, exclusivamente nas hipóteses de
aposentadoria ou morte do agente não decorrentes
do mesmo acidente.
A percepção do Auxílio-Acidentário cessara nas
hipóteses de aposentadoria ou morte decorrentes do
agravamento da lesão que deu origem á concessão
do benefício, quando, então o agente ou seus
beneficiários farão jus aos pecúlios, previstos na
lei vigente, e no caso de aposentadoria por morte,
respectivamente.
O agente acidentado em serviço com perda total
e permanente de capacidade para o trabalho, será
aposentado com proventos correspondentes o
vencimento ou salário; acrescido das vantagens,
sucessíveis de incorporação, esteja recebendo à época
do acidente, independentemente de prazo previsto
em lei para a respectiva incorporação.
A incapacidade do acidente para o efeito da
aposentadoria será declarada em perícia, por Junta
designada pelo diretor do DSS.
A requerimento próprio do interessado, a decisão da
junta poderá ser revista, observada a mesma forma
de votação, por outra, especialmente designada pelo
Diretor do DSS.
O servidor, quando ocorrer o acidente, deverá atento
ao prazo da comunicação do acidente à chefia
imediata, que deverá emitir o comunicado de acidente
de trabalho, ao DSS, com a maior brevidade possível.
Quando o servidor receber alta e não conseguir
assumir suas funções, poderá requerer reconsideração
da alta médica.

Pedido de Transformação da Licença em Licença por


Acidente de Trabalho.
No caso de o servidor requerer a transformação da
licença médica em acidente de trabalho, a unidade de

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Estatuto dos Servidores

origem deverá confirmar os dados apostos no CAT, ou


justificar a sua não elaboração ou a sua confecção com
atraso.
O processo deverá ser remetido ao DSS para informar
sobre a alta e o nexo causal entre as licenças concedidas
e o acidente.
Se o Acidente não resultar incapacidade, somente
em casos excepcionais o processo será remetido
ao Departamento Judicial JUD para exame e
caracterização do acidente.
Se o acidente resultar incapacidade; o DSS informará
o número expediente respectivo, determinando
que passe a acompanhar o processo referente à
transformação da licença.

Pedido Formulado pelos Beneficiários do Servidor


que vier a falecer em decorrência do acidente de
trabalho
Se os beneficiários do servidor falecido formularem
pedido visando a obtenção dos benefícios previstos
na legislação acidentária, o processo seguira
procedimento previsto para Acidentes que Resultem
em Morte, será devida pensão a seus dependentes,
cujo valor inicial corresponderá ao total do vencimento
ou salário, acrescido das demais vantagens que o
acidentado percebia na data do óbito.

LEGISLAÇÃO:
Lei nº 8.989/79 – art. 64 – VII, arts. 160 a 163;
Lei nº 9.159/80 – art.18 § 3º;
Regulamentada pelo Decreto nº 46.113, de
21/07/2015.

CAPÍTULO IV - DA DISPONIBILIDADE

Art. 164 - O funcionário estável poderá ser posto em


disponibilidade remunerada, quando o cargo por ele
ocupado for extinto por lei, bem como na hipótese

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prevista no § 2º do artigo 28.


§ 1º - O provento do funcionário disponível será
proporcional ao tempo de serviço.
§ 2º - O provento da disponibilidade será revisto
sempre que, por motivo de alteração do poder
aquisitivo da moeda, se modificarem os vencimentos
dos funcionários em atividade.
Art. 165 - O período em que o funcionário esteve em
disponibilidade será contado unicamente para efeito
de aposentadoria.

DEFINIÇÃO: Extinto o cargo ou declarada sua


desnecessidade, o servidor estável ficará em
disponibilidade remunerada, até seu adequado
aproveitamento em outro cargo.
O período em que o servidor esteve em disponibilidade
será computado unicamente para efeito de
aposentadoria.
Será cassada a disponibilidade se ficar provado que o
inativo:
I – praticou, quando em atividade, falta grave pra qual,
seja cominada pena de demissão ou demissão a bem
do serviço público;
II – aceitou ilegalmente cargo ou função pública;
II – aceitou a representação de Estado estrangeiro sem
prévia autorização do Presidente da República.

LEGISLAÇÃO:
Lei 8.989/79 – arts. 28, 36, 48, 63, 65, 164, 165, 169
e 191.

CAPÍTULO V - DA APOSENTADORIA

Art. 166 - O funcionário será aposentado:


I - por invalidez;
II - compulsoriamente, aos 75 (setenta) anos de idade;
(Lei Complementar Nº 152, DE 3 DE DEZEMBRO DE
2015)

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III - voluntariamente, após 35 (trinta e cinco) anos de


serviço;
Parágrafo único - No caso do inciso III, o prazo é de 30
(trinta) anos para as mulheres.
Art. 167 - A aposentadoria nos termos do inciso 1 do
artigo anterior será concedida ao funcionário:
I - quando verificada sua invalidez para o serviço
público, em consequência de doença grave,
contagiosa ou incurável, especificada em lei;
II - quando invalidado por acidente do trabalho ou
moléstia profissional.
Art. 168 - A aposentadoria compulsória, prevista no
inciso II do artigo 166, é automática.
Art. 169 - O funcionário em disponibilidade poderá ser
aposentado nos termos do artigo 166.
Art. 170 - A aposentadoria produzirá efeito a partir da
publicação do ato no órgão oficial. Parágrafo único -
No caso de aposentadoria compulsória, o funcionário
deixará o exercício no dia em que atingir a idade limite,
devendo o ato retroagir a essa data.
Art. 171 - Os proventos da aposentadoria serão:
I - integrais, quando o funcionário:
a) contar 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se do sexo
masculino, ou 30 (trinta) anos, se do feminino;
b) invalidar-se por acidente em serviço, por moléstia
profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável,
especificada em lei.
II - proporcionais ao tempo de serviço, nos demais
casos.
Art. 172 - As disposições relativas à aposentadoria
aplicam-se ao funcionário em comissão que contar
mais de 15 (quinze) anos de exercício efetivo e
ininterrupto em cargo de provimento dessa natureza,
seja ou não ocupante de cargo de provimento efetivo.
Art. 173 - Os proventos da inatividade serão revistos
sempre que, por motivo de alteração do poder
aquisitivo da moeda, se modificarem os vencimentos
dos funcionários em atividade.
Art. 174 - Ressalvado o disposto no artigo anterior, em

100 www.sindsep-sp.org.br
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caso nenhum os proventos da inatividade poderão


exceder a remuneração percebida na atividade.

DEFINIÇÃO: É a garantia de inatividade remunerada,


reconhecida a todos os trabalhadores e trabalhadoras
municipais, que já prestaram serviços ao longo do
tempo, ou se tornam incapacitados para desempenhar
as suas funções:
A aposentadoria se dá: por invalidez, compulsoriamente
ou voluntariamente (por tempo/idade).

POR INVALIDEZ: Concedida pelo Departamento de


Saúde do Servidor (DSS), decorrente de acidente
em serviço, moléstia profissional ou doença grave,
contagiosa ou incurável.

PROCEDIMENTO: o servidor será aposentado nos


termos do artigo 40, § 1º, inciso I, da Constituição
Federal de 1988, com redação dada pela Emenda
Constitucional nº 41/2003 e artigo 6A, acrescido pela
Emenda Constitucional nº 70/2012 (esta modalidade
de aposentadoria independe de requerimento/
assinatura do servidor).
Para o servidor que ingressou no serviço público até
dezembro de 2003 a aposentadoria é integral, com
paridade.
Para quem ingressou após esta data será calculada
pela média e sem paridade.

COMPULSORIAMENTE: O servidor será aposentado


compulsoriamente aos 75 anos de idade, com
proventos proporcionais ao tempo de serviço, após o
cálculo da média dos vencimentos. Sem paridade

PROCEDIMENTO: O servidor deixará o exercício


no dia em que atingir a idade limite, devendo o ato
(da aposentadoria), retroagir a essa data. Não há a
necessidade de requerer a aposentadoria compulsória,
pois o processo é iniciado pelo próprio DRH.

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Estatuto dos Servidores

Nos termos do artigo 40, § 1º, inciso II, Constituição


Federal de 1988, com redação dada pelas Emendas
Constitucionais nº 20/1998 e nº 41/2003.

VOLUNTÁRIA: Será concedida a aposentadoria


integral ou proporcional, desde que tenham idade e
tempo de contribuição.

POR IDADE: É proporcional ao tempo de contribuição


e são exigidos:
• 10 anos de efetivo exercício no serviço público;
• 05 anos no cargo em que se dará a aposentadoria;
• homem – 65 anos de idade;
• mulher – 60 anos de idade.

Para cálculo dos proventos, será estabelecida a média


dos vencimentos. Sem paridade.
A proporcionalidade será feita sobre o valor obtido da
média, de acordo com o tempo de contribuição.

Nos termos do art. 40, § 1º, inciso III, alínea “b”,


da CF/88, com a redação da EC n.º 20/98, e EC n.º
41/2003.

POR TEMPO: Para quem ingressou até 16 de dezembro


de 1.998.
• 25 anos de serviço público;
• 05 anos no cargo em que se dará a aposentadoria;
• homem – idade inferior a 60 anos – 35 anos de
contribuição;
• mulher – idade inferior a 55 anos – 30 anos de
contribuição.

Completados todos esses requisitos, obterá
aposentadoria integral (sem exceder os vencimentos
do servidor na ativa) e com paridade.

Nos termos da Emenda Constitucional nº 47/2005,


art.3º.

102 www.sindsep-sp.org.br
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POR TEMPO: Para quem ingressou até 31 de dezembro


de 2003.
• 20 anos de serviço público;
• 10 anos na carreira;
• 05 anos no cargo em que se dará a aposentadoria;
• homem 60 anos – 35 anos de contribuição;
• mulher 55 anos – 30 anos de contribuição.

Completados todos esses requisitos, obterá


aposentadoria integral e com paridade.
Nos termos da Emenda Constitucional nº 41/2003, art.
6º.
Nota: Paridade é a revisão dos benefícios
(aposentadorias e pensões), todas as vezes que se
modificar a remuneração dos servidores em atividade
e também no caso de ocorrer transformação ou
reclassificação do cargo ou função em que se deu a
aposentadoria ou pensão.

POR TEMPO: Para quem ingressou após de 01 de


janeiro de 2.004.
A aposentadoria é calculada sobre a média dos
vencimentos, por tempo de contribuição. Sem
paridade (Podendo chegar a integralidade dos
proventos na data da solicitação)
• 10 anos de efetivo exercício no serviço público;
• 05 anos no cargo em que se dará aposentadoria;
• homem – 60 anos de idade e 35 anos de
contribuição;
• mulher – 55 anos de idade e 30 anos de
contribuição.

Nos termos do artigo 40, § 1º, inciso III da alínea


“a”, Constituição Federal de 1988, com redação
dada pela Emenda Constitucional nº 20/1998 e pela
Emenda Constitucional nº 41/2003.

Nota: Para cálculo do benefício de aposentadoria,


deverá ser considerada a média aritmética simples

www.sindsep-sp.org.br 103
Estatuto dos Servidores

das maiores remunerações do servidor, atualizadas


mês a mês, correspondentes a 80% de todo o período
contributivo desde julho de 1994 ou do início de
contribuição, se for posterior a 1994, até a data da
aposentadoria.

ABONO DE PERMANÊNCIA
Os trabalhadores e trabalhadoras que tenham
completado as exigências para a aposentadoria
voluntária e optem por permanecer em atividade,
poderão requerer o abano de permanência, mediante
requerimento.
O abono de permanência, constitui o reembolso
ao servidor, do valor equivalente ao desconto da
contribuição do regime próprio da previdência –
IPREM.

Lei nº 10.916, de 21 de dezembro de 1990 - Dá nova


redação aos Artigos 166 e 173 e revoga os Artigos
167 171, 172 e 174:
Art. 1º - Os artigos 166 e 173 da Lei nº 8.989, de 29 de
outubro de 1979, passam a vigorar com a seguinte
redação:
I - “Art. 166 - O servidor será aposentado:
I - Por invalidez permanente, sendo os proventos
integrais quando decorrentes de acidente em serviço,
moléstia profissional ou doença grave, contagiosa
ou incurável, especificadas em lei, e proporcionais
nos demais casos;
(Regulamentado pela Lei nº 13.383, de 30 de julho de
2002)
II - Compulsoriamente, aos 70 (setenta) anos de
idade, com proventos proporcionais ao tempo de
serviço;
III - Voluntariamente:
a) aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se homem, e
aos 30 (trinta), se mulher, com proventos integrais;
b) aos 30 (trinta) anos de efetivo exercício em funções
de magistério, se professor, e 25 (vinte e cinco), se

104 www.sindsep-sp.org.br
Estatuto dos Servidores

professora, com proventos integrais;


c) aos 30 (trinta) anos de serviço, se homem, e
aos 25 (vinte e cinco), se mulher, com proventos
proporcionais ao tempo de serviço;
d) aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem
e aos 60 (sessenta), se mulher, com proventos
proporcionais ao tempo de serviço”.
II - “Art. 173 - Os proventos da aposentadoria
serão revistos, na mesma proporção e na mesma
data, sempre que se modificar a remuneração dos
servidores em atividade, sendo também estendidos
aos inativos quaisquer benefícios ou vantagens
posteriormente concedidas aos servidores em
atividade, inclusive quando decorrentes da
transformação ou reclassificação do cargo ou
função em que se deu a aposentadoria, nos moldes
da legislação que os instituir”.
Art. 2º - O servidor ocupante de cargo em comissão,
que não seja titular de cargo de provimento efetivo,
será aposentado:
I - Por invalidez permanente, com proventos
integrais, quando decorrente de acidente em serviço,
moléstia profissional, ou doença grave, contagiosa
ou incurável, especificadas em lei, e com proventos
proporcionais nos demais casos;
II - Compulsoriamente ou voluntariamente, nas
hipóteses previstas para os demais servidores
municipais, desde que conte com mais de 15 (quinze)
anos de exercício municipal efetivo e ininterrupto, de
cargo de provimento dessa natureza.
Exclusivamente para o professor em comissão,
vigora o Artigo 113 da Lei nº 11.229, de 26 de junho
de 1992:
Art. 113 - O servidor ocupante de cargo criado pela
Lei n2 8.694, de 31 de março de 1978, e alterações
posteriores, será aposentado, compulsória ou
voluntariamente, nas hipóteses previstas para os
demais servidores municipais, desde que conte 5
(cinco) anos de exercício efetivo e ininterrupto no

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Estatuto dos Servidores

magistério público municipal.


Parágrafo único - Para fins do disposto no “caput”
deste artigo, considerar-se-ão como de exercício
efetivo os períodos relativos aos recessos escolares,
férias, períodos de planejamento escolar e de
escolha de turnos, classes e/ou aulas.
Art. 3º - Aplicam-se aos servidores admitidos nos
termos da Lei 9.160, de 3 de dezembro de 1980, as
disposições relativas à aposentadoria, previstas
nesta lei.
Art. 4º - As despesas com a execução desta lei
correrão por conta das dotações orçamentárias
próprias, suplementadas se necessário.
Art. 5º - Esta lei entrará em vigor na data de sua
publicação, revogadas as disposições em contrário,
especialmente os artigos 167,171,172 e 174 da Lei
n2 8.989, de 29 de outubro de 1979.
(Novamente alterado através da Emenda
Constitucional nº 20, de 15 de dezembro de 1998,
que estabelece regras permanentes, regras de
transição, dispõe sobre o direito adquirido e dá
outras providências. Regulamentação: Portarias
MPAS nº 4.882 e 4.883, de 16 de dezembro de 1998)
A Emenda Constitucional nº41, de 19/12/2003,
publicada no Diário Oficial da União do dia
31//12/2003, “ Modifica os arts. 37, 40, 42, 48, 96, 149
e 201 da Constituição Federal, revoga os incisos IX
do parágrafo 3º do art. 142 da Constituição Federal
e dispositivos da Emenda Constitucional nº 20, de
15/12/1998, e dá outras providências ” no que diz
respeito a aposentadoria dos servidores públicos.
A Lei nº 10.887, de 18 de junho de 2004, dispõe sobre
a ampliação de disposições da Emeda Constitucional
nº 41, de 19 de março de 2003.... e dá outras
providências.
A Emenda Constitucional nº 47, de 05 de julho de
2005, altera e abranda normas estabelecidas pela
Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de
2003.

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CAPÍTULO VI - DA ASSISTÊNCIA AO
FUNCIONÁRIO

Art. 175 - O Município poderá promover, na medida


de suas possibilidades e recursos, assistência ao
funcionário e a sua família, na forma que a lei
estabelecer.
§ 1º - A assistência de que trata este artigo
compreenderá:
I - condições básicas de segurança, higiene e medicina
do trabalho, mediante a implantação de sistema
apropriado;
II - previdência, assistência médica, dentária e
hospitalar, sanatórios;
III - cursos de aperfeiçoamento e especialização
profissional, atualização e extensão cultural;
IV - conferências, congressos, simpósios, seminários,
círculos de debates, bem como publicações e
trabalhos referentes ao serviço público;
V - viagens de estudo e visitas a serviços de utilidade
pública para aperfeiçoamento e especialização
profissional;
VI - colônias de férias, creches, centros de educação
física e cultural, para recreio e aperfeiçoamento moral
e intelectual dos funcionários e suas famílias, fora das
horas de trabalho.
§ 2º - Ao funcionário estudante de curso superior será
permitido entrar em serviço até uma hora mais tarde,
ou retirar-se até uma hora mais cedo da marcada
para início ou fim do expediente normal, bem como
ausentar-se do serviço nos dias em que se realizarem
provas.
(Regulamentado pelo Decreto nº 52.622, de
02/09/2011)

CAPÍTULO VII - DO DIREITO DE PETIÇÃO

Art. 176 - É assegurado ao funcionário o direito de

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Estatuto dos Servidores

requerer ou representar, pedir reconsideração e


recorrer, desde que o faça dentro das normas de
urbanidade, observadas as seguintes regras.
I - nenhuma solicitação, qualquer que seja a sua
forma, poderá ser encaminhada sem conhecimento
da autoridade a que o funcionário estiver direta e
imediatamente subordinado;
II - o pedido de reconsideração deverá ser dirigido à
autoridade que houver expedido o ato ou proferido a
decisão e somente será cabível quando contiver novos
argumentos;
III - nenhum pedido de reconsideração poderá ser
renovado;
IV - somente caberá recurso quando houver pedido de
reconsideração desatendido;
V - o recurso será dirigido à autoridade imediatamente
superior à que tiver expedido o ato ou proferido a
decisão e, em última instância, ao Prefeito;
VI - nenhum recurso poderá ser encaminhado mais de
uma vez à mesma autoridade.
§ 1º - O pedido de reconsideração e o recurso não têm
efeito suspensivo, salvo nos casos previstos em lei. Os
que forem providos, porém, darão lugar às retificações
necessárias, retroagindo os seus efeitos à data do ato
impugnado, desde que a autoridade competente não
determine outras providências quanto aos efeitos
relativos ao passado.
§ 2º - As decisões do Prefeito, proferidas em grau de
recurso ou em pedido de reconsideração de despacho,
encerram a instância administrativa.
Art. 177 - Salvo disposição expressa em contrário, é de
sessenta dias o prazo para interposição de pedidos de
reconsideração ou recurso.
Parágrafo único - O prazo fixado neste artigo
será contado da data da publicação oficial do ato
impugnado.

DEFINIÇÃO: Todo o servidor pode requerer, pedir


reconsideração e recorrer administrativamente em

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Estatuto dos Servidores

defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de


poder.
Qualquer pedido ou solicitação deverá observar as
seguintes regras para o seu encaminhamento: visto
da autoridade a que o servidor estiver subordinado;
pedido de reconsideração do ato aplicado pela
mesma autoridade; pedido de reconsideração não
poderá ser renovado e quando não atendido cabe
para autoridade imediata superior, se esgotando após
a decisão do Prefeito.

www.sindsep-sp.org.br 109
Estatuto dos Servidores

TÍTULO VI - DOS DEVERES E DA AÇÃO DISCIPLINAR

CAPÍTULO I - DOS DEVERES

Art. 178 - São deveres do funcionário:


I - ser assíduo e pontual;
II - cumprir as ordens superiores, representando
quando forem manifestamente ilegais;
III - desempenhar com zelo e presteza os trabalhos de
que for incumbido;
IV - guardar sigilo sobre os assuntos da Administração;
V - tratar com urbanidade os companheiros de serviço
e o público em geral;
VI - residir no município ou mediante autorização, em
localidade próxima;

(Regulamentado pelo Decreto nº 16.644/80)

VII - manter sempre atualizada sua declaração de


família, de residência e de domicílio;
VIII - zelar pela economia do material do Município e
pela conservação do que for confiado à sua guarda ou
utilização;
IX - apresentar-se convenientemente trajado em
serviço, ou com o uniforme determinado, quando for
o caso;
X - cooperar e manter espírito de solidariedade com os
companheiros de trabalho;
XI - estar em dia com as leis, regulamentos, regimentos,
instruções e ordens de serviço que digam respeito às
suas funções;
XII - proceder, pública e particularmente, de forma que
dignifique a função pública.

LEGISLAÇÃO:
Lei nº 8.989/79 – art. 178,I a XII;
Lei nº 9.160/80 – art. 20.

110 www.sindsep-sp.org.br
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RESIDIR FORA DO MUNÍCIPIO


DEFINIÇÃO: É dever do servidor, residir no Município
de São Paulo, ou mediante autorização, em localidade
próxima.
A concessão da autorização para residir fora do
município não dispensa o servidor do cumprimento
da jornada de trabalho a que estiver sujeito, nem de
outras obrigações estatutárias.

LEGISLAÇÃO:
Lei Complementar nº 14 de 08.06.73;
Lei nº 8.989/79 art. 178 – VI;
Decreto nº 16.644/80 – arts. 1º ao 9º.

PROCEDIMENTO: Independentemente de solicitação,


ficam os servidores municipais autorizados a
fixar residência na Região Metropolitana de São
Paulo- Grande São Paulo – estabelecida pela lei
Complementar nº 14, de 08 de junho de 1973 que é
constituída pelos seguintes Municípios: São Paulo,
Arujá, Barueri, Biritiba-Mirim, Caieiras, Cajamar,
Carapicuíba, Cotia, Diadema, Embu, Embu-Guaçu,
Ferraz de Fasconcelos, Francisco Morato, Franco da
Rocha, Guararema, Guararema, Guarulhos, Itapecirica
da Serra, Itapevi, Itaquaquecetuba,Jandira, Juquitiba,
Mairiporã, Mauá, Mogi das Cruzes, Osasco, Pirapora
do Bom Jesus, Poá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra,
Salesópolis, Santa Izabel, Santana do Parnaíba, Santo
André, São Bernardo do Campo, São Caetano do sul,
Suzano e Taboão da Serra.
Quando se tratar de localidade próxima, mas não
compreendida na Região Metropolitana de São Paulo,
o servidor deverá requerer autorização através de
formulário próprio, (AUTORIZAÇÃO PARA RESIDIR
FORA DO MUNICÍPIO), dirigido ao Secretário da pasta
ou a quem este delegar competência para devida
autorização.
Ocorrendo a mudança de endereço do servidor, dentro
da mesma localidade, independe de nova autorização.

www.sindsep-sp.org.br 111
Estatuto dos Servidores

A autorização, para fixação de Residência fora do


Município, não dispensa o servidor do dever de
comunicar por escrito, para conhecimento de sua
chefia e anotações do seu endereço e eventuais
alterações, de modo que as informações fiquem
sempre atualizadas.
As autorizações concedidas nestas bases, terão
validade enquanto perdurarem as condições
verificadas na época da concessão, ainda que
sobrevenham remoção ou transferência.

CAPÍTULO II - DAS PROIBIÇÕES

Art. 179 - É proibida ao funcionário toda ação ou


omissão capaz de comprometer a dignidade e
o decoro da função pública, ferir a disciplina e a
hierarquia, prejudicar a eficiência do serviço ou causar
dano a Administração Pública, especialmente:

I - referir-se depreciativamente em informação, parecer


ou despacho, ou pela imprensa, ou por qualquer meio
de divulgação, às autoridades constituídas e aos atos
da Administração;

(Revogado pela Lei nº 15.135, de 22 de março de


2010)

II - retirar, sem prévia permissão da autoridade


competente, qualquer documento ou objeto existente
na unidade de trabalho;
III - valer-se da sua qualidade de funcionário para obter
proveito pessoal;
IV - coagir ou aliciar subordinados com objetivos de
natureza político-partidária;
V - exercer comércio entre os companheiros de serviço,
no local de trabalho;
VI - constituir-se procurador de partes, ou servir de
intermediário perante qualquer Repartição Pública,

112 www.sindsep-sp.org.br
Estatuto dos Servidores

exceto quando se tratar de interesse do cônjuge ou de


parente até segundo grau;
VII - cometer a pessoa estranha, fora dos casos
previstos em lei, o desempenho de encargo que lhe
competir ou que competir a seus subordinados;
VIII - entreter-se, durante as horas de trabalho, em
palestras, leituras ou atividades estranhas ao serviço;
IX - empregar material do serviço público para fins
particulares;
X - fazer circular ou subscrever rifas ou listas de
donativos no local de trabalho;
XI - incitar greves ou a elas aderir.

Revogado pelo Artigo 3º da Lei nº 10.806, de 27 de


dezembro de 1989. O Artigo 4º dessa mesma lei
garante o direito:

Art. 4º - É assegurado o direito de greve aos servidores


públicos municipais, observado o disposto no artigo
37, inciso VII, da Constituição da República Federativa
do Brasil.
XII - receber estipéndios de fornecedores ou de
entidades fiscalizadas;
XIII - designar, para trabalhar sob suas ordens
imediatas, parentes até segundo grau, salvo quando
se tratar de função de confiança e livre escolha, não
podendo, entretanto, exceder a dois o número de
auxiliares nessas condições;
XIV - aceitar representação de Estado estrangeiro, sem
autorização do Presidente da República;
XV - fazer, com a Administração Direta ou Indireta,
contratos de natureza comercial, industrial ou de
prestação de serviços com fins lucrativos, por si ou
como representante de outrem;
XVI - participar da gerência ou administração de
empresas bancárias ou industriais ou de sociedades
comerciais, que mantenham relações comerciais
ou administrativas com o Município, sejam por este
subvencionadas, ou estejam diretamente relacionadas

www.sindsep-sp.org.br 113
Estatuto dos Servidores

com a finalidade da unidade ou serviço em que esteja


lotado;
XVII - exercer, mesmo fora das horas de trabalho,
emprego ou função em empresas, estabelecimentos
ou instituições que tenham relações com o Município,
em matéria que se relacione com a finalidade da
unidade ou serviço em que esteja lotado;
XVIII - comerciar ou ter parte em sociedades comerciais
nas condições mencionadas no inciso XVI deste artigo,
podendo, em qualquer caso, ser acionista, quotista ou
comanditário;
XIX - requerer ou promover a concessão de privilégio,
garantias de juros ou outros favores semelhantes,
estaduais ou municipais, exceto privilégio de invenção
própria;
XX - trabalhar sob as ordens diretas do cônjuge ou de
parentes até segundo grau, salvo quando se tratar de
função de imediata confiança e de livre escolha.

PROCEDIMENTO: O servidor não poderá praticar


nenhum ato proibitivo previsto na legislação, no
desempenho de suas atividades, sob pena de
incorrer em ilícito administrativo. A responsabilidade
administrativa não exime o servidor da
responsabilidade civil ou criminal que no caso couber,
nem o pagamento da indenização a que ficar obrigado
o exime da pena disciplinar em que ocorrer. O inciso XI
do art. 179 da Lei nº 8.989/79, ficou automaticamente
revogado, em virtude do art. 37. Inciso VII da
Constituição Federal. Deverá ser editada no âmbito da
P.M.S.P. lei regulamenta o direito de greve.

Legislação:
Constituição Federal art. 9º e art. 37-VII;
Lei nº 8.989/79 – art. 179, I a XX e art. 183;
Lei nº 9.160/80 – art. 20.

114 www.sindsep-sp.org.br
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CAPÍTULO III - DA RESPONSABILIDADE

Art. 180 - O funcionário responde civil, penal e


administrativamente pelo exercício irregular de suas
atribuições, sendo responsável por todos os prejuízos
que, nesta qualidade, causar à Fazenda Municipal, por
dolo ou culpa, devidamente apurados.
Parágrafo único - Caracteriza-se especialmente a
responsabilidade:
I - pela sonegação de valores ou objetos confiados à
sua guarda ou responsabilidade:
II - por não prestar contas ou por não as tomar, na forma
e nos prazos estabelecidos em leis, regulamentos,
regimentos, instruções e ordens de serviço:
III - pelas faltas, danos, avarias, e quaisquer outros
prejuízos que sofrerem os bens e os materiais sob sua
guarda ou sujeitos a seu exame e fiscalização:
IV - pela falta ou inexatidão das necessárias averbações
nas notas de despacho, guias e outros documentos da
receita ou que tenham com eles relação;
V - por qualquer erro de cálculo ou redução contra a
Fazenda Municipal.
Art. 181 - Nos casos de indenização à Fazenda
Municipal, o funcionário será obrigado a repor, de uma
só vez e com os acréscimos de lei e correção monetária,
a importância do prejuízo causado em virtude de
alcance, desfalque, remissão ou omissão em efetuar
recolhimentos ou entradas nos prazos legais.
Art. 182 - Excetuados os casos previstos no artigo
anterior, será admitido o pagamento parcelado, na
forma do artigo 96.
Art. 183 - A responsabilidade administrativa não exime
o funcionário da responsabilidade civil ou criminal que
no caso couber, nem o pagamento da indenização a
que ficar obrigado o exime da pena disciplinar em que
incorrer.

LEGISLAÇÃO:
Lei nº 8.989/79 arts. 180,181,183;

www.sindsep-sp.org.br 115
Estatuto dos Servidores

Lei nº 9.160/80 art. 20;


Decreto 19.264/83;

PROCEDIMENTO: O servidor não poderá praticar


nenhum ato pelo qual venha a causar prejuízo à
Fazenda Municipal.

CAPÍTULO IV - DAS PENALIDADES

A Lei nº 13.519, de 06 de fevereiro de 2003 (Projeto


de Lei nº 580/02, do Executivo), altera os artigos
186, 189, 199, 200, 201, 209, 216 e 217 da Lei nº
8.989, de 29 de outubro de 1979, que dispõe sobre o
Estatuto dos Funcionários Públicas do Município de
São Paulo, bem como o artigo 12 da Lei nº 10.182,
de 30/10/1986, o qual dispõe sobre competência do
Departamento de Procedimentos Disciplinares da
Procuradoria Geral do Município.

Art. 184 - São penas disciplinares:


I - repreensão:
II - suspensão;
III - demissão;
IV - demissão a bem do serviço público;
V - cassação de aposentadoria ou da disponibilidade.
Art. 185 - A pena de repreensão será aplicada
por escrito, nos casos de indisciplina ou falta de
cumprimento dos deveres funcionais.
Art. 186 - A pena de suspensão, que não excederá a 90
(noventa) dias, será aplicada em casos de falta grave
ou de reincidência.
§ 1º - O funcionário suspenso perderá, durante o
período de cumprimento da suspensão, todos os
direitos e vantagens decorrentes do exercício do
cargo.
§ 2º - Quando houver conveniência para o serviço,
a pena de suspensão poderá ser convertida em
multa, sendo o funcionário, nesse caso, obrigado a

116 www.sindsep-sp.org.br
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permanecer em exercício.
§ 3º - A multa não poderá exceder à metade dos
vencimentos, nem perdurar por mais de 90 (noventa)
dias.

Alterado pela Lei nº 13.519, de 06 de fevereiro de


2003:
“Artigo 186 – A pena de suspensão, não excederá a
120 (cento e vinte) dias, será aplicada em casos de
falta grave ou de reincidência.
§ 1º - ..............
§ 2º - ..............
§ 3º - A multa não poderá exceder à metade dos
vencimentos, nem perdurar por mais de 120 (cento
e vinte dias) dias.

Art. 187 - As penas de repreensão e suspensão até 5


(cinco) dias poderão ser aplicadas de imediato pela
autoridade que tiver conhecimento direto da falta
cometida.
§ 1º - O ato punitivo deverá ser motivado e terá
efeito imediato, mas provisório, assegurando-se ao
funcionário o direito de oferecer defesa por escrito, no
prazo de 3 (três) dias.
§ 2º - A defesa prevista no parágrafo anterior independe
de autuação e será apresentada diretamente pelo
funcionário à autoridade que aplicou a pena, mediante
recibo.
§ 3º - As penalidades aplicadas nas condições deste
artigo somente serão confirmadas mediante novo ato,
após a apreciação da defesa, ou pelo decurso do prazo
para tanto estabelecido, se tal direito não for exercido
pelo funcionário.
§ 4º - A anotação em assentamento individual somente
se fará se a penalidade for confirmada.

Alterado pelo Artigo 5º da Lei n2 10.806, de 27 de


dezembro de 1989:
Art. 5º - O artigo 187 da Lei nº 8.989, de 29 de outubro

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Estatuto dos Servidores

de 1979, passa a vigorar com a seguinte redação:


“Art. 187 - A autoridade que tiver conhecimento
de infração funcional que enseje a aplicação de
penas de repreensão e suspensão até 5 (cinco) dias
deverá notificar por escrito o servidor da infração
a ele imputada, com prazo de 3 (três) dias para
oferecimento de defesa.
§º 1º - A defesa dirigida à autoridade notificante
deverá ser feita por escrito e entregue contra recibo.
§ 2º - O não acolhimento da defesa ou sua não
apresentação no prazo legal acarretará a aplicação
das penalidades previstas no “caput” deste
artigo, mediante ato motivado, expedindo-se a
respectiva portaria e providenciada a anotação,
em assentamento, da penalidade aplicada, após
publicação no Diário Oficial do Município.”
(Observação: a Lei nº 13.288, de 10/01/2002, dispõe
sobre a aplicação de penalidades à prática de
“assédio moral” nas dependências da Administração
Pública Municipal Direta e indireta por servidores
públicos municipais “Prevê a sujeição do servidor,
à título de penalidade exclusivamente para esta
infração, a curso de aprimoramento profissional)

Art. 188 - Será aplicada ao funcionário a pena de


demissão nos casos de:
I - abandono do cargo;
II - faltas ao serviço, sem justa causa, por mais de 60
(sessenta) dias interpolados durante o ano;
III - procedimento irregular de natureza grave;
IV - acumulação proibida de cargos públicos, se
provada a má fé;
V - ofensas físicas, em serviço ou em razão dele, a
servidores ou particulares, salvo se em legítima defesa;
VI - transgressão dos incisos XII, XIII, XV, XVI, XVII e XVIII
do artigo 179;
VII - ineficiência no serviço.
§ 1º - Dar-se-á por configurado o abandono do cargo,
quando o funcionário faltar ao serviço por mais de 30

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(trinta) dias consecutivos.


§ 2º - A pena de demissão por ineficiência no serviço
só será aplicada quando verificada a impossibilidade
de readaptação.
Art. 189 - Será aplicada a pena de demissão a bem do
serviço público ao funcionário que:
I - praticar ato de incontinência pública e escandalosa,
ou dar-se a vícios de jogos proibidos;
II- praticar crimes contra a boa ordem e a administração
pública, a fé pública e a Fazenda Municipal, ou crime
previsto nas leis relativas a Segurança e à Defesa
Nacional;
Alterado pelo artigo 1º da Lei nº13.519, de 06 de
fevereiro de 2003:
II - praticar crimes hediondos previstos na Lei Federal
nº 8.072, de 25 de julho de 1990, alterada pela Lei
Federal nº 8.930, de 6 de setembro de 1994, crimes
contra a administração pública, a fé pública, a ordem
tributária e a segurança nacional;
III - revelar segredos de que tenha conhecimento
em razão do cargo ou função, desde que o faça
dolosamente, com prejuízo para o Município ou para
qualquer particular;
IV - praticar insubordinação grave;
V - lesar o patrimônio ou os cofres públicos;
VI - receber ou solicitar propinas, comissões ou
vantagens de qualquer espécie, diretamente ou por
intermédio de outrem, ainda que fora de suas funções,
mas em razão delas;
VII - pedir, por empréstimo, dinheiro ou quaisquer
valores a pessoas que tratem de interesse, ou o
tenham na unidade de trabalho, ou estejam sujeitas
à sua fiscalização;
VIII - conceder vantagens ilícitas, valendo-se da função
pública;
IX - exercer a advocacia administrativa.
Art. 190 - O ato de demitir o funcionário mencionará
sempre a disposição legal em que se fundamente.
Art. 191 - Será cassada a aposentadoria ou a

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Estatuto dos Servidores

disponibilidade, se ficar provado que o inativo:


I - praticou, quando em atividade, falta grave para a
qual, neste Estatuto, seja cominada pena de demissão
ou demissão a bem do serviço público;
II - aceitou ilegalmente cargo ou função pública;
III - aceitou a representação de Estado estrangeiro,
sem prévia autorização do Presidente da República,
IV - praticou a usura em qualquer de suas formas.
Art. 192 - As penalidades poderão ser abrandadas
pela autoridade que as tiver de aplicar, levadas em
conta as circunstâncias da falta disciplinar e o anterior
comportamento do funcionário.
Art. 193 - Deverão constar do assentamento individual
do funcionário todas as penas que lhe forem impostas,
ressalvada a hipótese do § 4º do artigo 187.
Art. 194 - Uma vez submetido a inquérito
administrativo, o funcionário só poderá ser exonerado
a pedido, depois de ocorrida absolvição ou após o
cumprimento da penalidade que lhe houver sido
imposta.
A Lei nº 10.798, de 22 de dezembro de 1989, acrescenta
Parágrafo único ao Artigo 194:
“Parágrafo único - O disposto neste artigo não se
aplica, a juízo da autoridade competente para impor a
penalidade, aos casos de procedimentos disciplinares
instaurados por infração aos incisos I ou II do Art. 188.”
Art. 195 - Para aplicação das penalidades previstas no
artigo 184, são competentes:
I - O Prefeito;
II - Os secretários municipais, até a de suspensão;
III - Os diretores de departamento ou autoridades
equiparadas, até a de suspensão, limitada a 15 (quinze)
dias;
IV - As demais chefias a que estiver subordinado o
funcionário, nas hipóteses de repreensão e suspensão
até 5 (cinco) dias.
Parágrafo único - O Prefeito poderá delegar
competência aos Secretários para demissão nos casos
dos incisos 1, II e VII do artigo 188.

120 www.sindsep-sp.org.br
Estatuto dos Servidores

(Regulamentado pelo Decreto nº 17.470/81)


Art. 196 - Prescreverá:
I - em 2 (dois) anos, a falta que sujeite às penas de
repreensão ou suspensão;
II - em 5 (cinco) anos, a falta que sujeite às penas de
demissão, demissão a bem do serviço público e de
cassação de aposentadoria ou disponibilidade.
A Lei nº 10.181, de 30 de outubro de 1986 acrescenta
Parágrafo único:
“Parágrafo único - A falta também prevista como
crime na lei penal prescreverá juntamente com ele,
aplicando-se ao procedimento disciplinar, neste caso,
os prazos prescricionais estabelecidos no Código
Penal, quando superiores a 5 anos.”
Art. 197 - A prescrição começa a correr da data em que
a autoridade tomar conhecimento da existência da
falta.
§ 1º - O curso da prescrição interrompe-se pela abertura
do competente procedimento administrativo.
§ 2º - Na hipótese do parágrafo anterior, todo o prazo
começa a correr novamente, do dia da interrupção.

A Lei nº 10.181, de 30 de outubro de 1986, dá


nova redação ao “caput” do Art. 197 - (parágrafos
mantidos:
“Art. 197 - Nas hipóteses dos incisos 1 e II do artigo
anterior, a prescrição começa a correr da data em
que a autoridade tomar conhecimento da existência
da falta.”
LEGISLAÇÃO:
Lei nº 8.989/79 – arts. 77-I, 184-I, 185, 187 e 195;
Lei nº 9.160/80 – art. 20;
Lei nº 10.181/86 – arts. 1º e 2º;
Lei nº 10.806/89 – art. 5º
Decreto nº 27.178/88 – arts. 3º e 7º ao 10º;
Orientação Normativa – nº 2/91 – D.O.M. – 23/04/91;
Portaria 70/90 – D.O.M. 02/08/90.

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Estatuto dos Servidores

Procedimento Disciplinar e Averiguação Preliminar

Ocorrerá sempre que a autoridade responsável tiver


ciência de irregularidade no serviço público onde
tomará providências objetivando a apuração dos fatos
e responsabilidade.

Sindicância
Trata-se da peça preliminar e informativa do inquérito
administrativo, devendo ser promovida quando os
fatos não estiverem definidos ou faltarem elementos
indicativos da autoria.

Repreensão
A pena será aplicada por escrito, nos casos de
indisciplina ou falta de cumprimento de deveres
funcionais.

Suspensão
A pena será aplicada em casos de falta grave ou
reincidência, não superior a 120 dias.

Inquérito administrativo
Instaura-se quando a falta disciplinar, por sua natureza,
possa determinar a aplicação de pena de demissão ou
cassação de aposentadoria ou demissão à bem do
serviço público.
Aplica-se aos servidores efetivos, admitidos estáveis e
comissionados estáveis.

Dispensa e Demissão, os descritos na forma da Lei


8989/79.

CAPÍTULO V - DA PRISÃO ADMINISTRATIVA E


DA SUSPENSÃO PREVENTIVA

Art. 198 - O Prefeito poderá ordenar a prisão


administrativa de funcionário irresponsável por

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dinheiro ou valores pertencentes à Fazenda Municipal,


ou que se acharem sob a guarda desta, nos casos de
alcance, remissão ou omissão em efetuar as entradas
no devido prazo.
§ 1º - Ordenada a prisão, será ela requisitada a
autoridade policial e comunicada imediatamente à
autoridade judiciária competente.
§ 2º - A prisão administrativa não excederá a 90
(noventa) dias.

Revogado pelo Artigo 6º da Lei nº 10.806, de 27 de


dezembro de 1989:
Art. 6º - Fica revogado, em todos os seus termos, o
artigo 198 da Lei nº 8.989, de 29 de outubro de 1979,
e, em conseqüência, alterada a denominação do seu
Capitulo V, do Título VI, que passa a designar-se “Da
suspensão preventiva”.

Art. 199 - O funcionário poderá ser suspenso


preventivamente, até 90 (noventa) dias, desde que
o seu afastamento seja necessário para assegurar a
averiguação da infração a ele imputada.
Parágrafo único - Findo o prazo da suspensão, cessarão
os seus efeitos, ainda que o inquérito administrativo
não esteja concluído.

Alterado pelo artigo 1º da Lei nº 13.519, de 06 de


janeiro de 2003:
O artigo 199 da Lei nº 8.989, de 29 de outubro de
1979, passa a vigorar com a seguinte redação:
Art. 199 - O funcionário poderá ser suspenso
preventivamente, até 120 (cento e vinte) dias,
desde que o seu afastamento seja necessário para
assegurar a averiguação da infração a ele imputada
ou para inibir a possibilidade de reiteração da
prática de irregularidades.
§ 1º - A suspensão preventiva poderá ser aplicada
nos seguintes momentos procedimentais:
I - quando se tratar de sindicância, após a oitiva do

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Estatuto dos Servidores

funcionário intimado para prestar esclarecimentos;


II - quando se tratar de procedimento de investigação
da Ouvidoria Geral do Município, após a oitiva do
funcionário a ser suspenso;
III - quando se tratar de procedimento disciplinar de
exercício da pretensão punitiva, após a citação do
indiciado.
§ 2º - Se, após a realização dos procedimentos
previstos nos incisos I e II do parágrafo 1º deste
artigo, persistirem as condições previstas no
“caput” deste artigo por ocasião da instauração de
procedimento disciplinar de exercício da pretensão
punitiva, a suspensão preventiva poderá ser
novamente aplicada, pelo prazo máximo de 120
(cento e vinte) dias, observado o disposto no “caput”
do artigo 200.

Art. 200 - Durante o período de suspensão preventiva,


o funcionário perderá 1/3 (um terço) dos vencimentos,
exceto das hipóteses previstas nos incisos I e II do
parágrafo 1º do Artigo 199.
(Alterado pelo Artigo 1º da Lei nº 13.519, de 06 de
fevereiro de 2003)
Parágrafo único - O funcionário terá direito:
I - à diferença de vencimento e à contagem de tempo
de serviço relativo ao período da prisão ou suspensão
preventiva, quando do processo não resultar punição
ou esta se limitar à pena de repreensão;
2 - à diferença de vencimento e à contagem do tempo
de serviço correspondente ao período do afastamento
excedente ao prazo de suspensão efetivamente
aplicada.

CAPÍTULO VI - DOS PROCEDIMENTOS DE


NATUREZA DISCIPLINAR

Legislação regulamentadora:
Lei nº 10.182, de 30/10/1986

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Estatuto dos Servidores

Lei nº 10.793, de 21/12/1989


Lei nº 10.806, de 27/12/1989
Lei nº 13.519, de 06/02/2003
Decreto nº 43.233, de 22/12/1991
Portaria nº 074/91, de 12/12/1991
Portaria nº 02/96- Pref., de 12/03/1996
Portaria Intersecretarial nº 03/96-SJ/SMA, de 10 de
maio de 1996
Comunicados DRH nº 039/88 e DRH nº 111/89 - DOM
de 09/12/1989.
Ordem Interna nº 04/2003 – PROCED-GAB – DOM de
25/06/2003.
Orientação Normativa nº 1/2004/SJG – DOM de
17/03/2004.

Seção I
Disposições Gerais

Art. 201 - A autoridade que tiver ciência de


irregularidade no serviço público é obrigada a tomar
providências objetivando a apuração dos fatos e
responsabilidades.
§ 1º - As providências de apuração terão início logo em
seguida ao conhecimento dos fatos e serão tomadas
na unidade onde estes ocorreram, devendo consistir,
no mínimo, em relatório circunstanciado sobre o que
se verificou.
§ 2º - A averiguação preliminar de que trata o
parágrafo anterior poderá ser cometida a funcionário
ou comissão de funcionários.

Alterado pelo artigo 1º da Lei nº13.519, de 06 de


fevereiro de 2003:
§ 1º - As providências de apuração terão início
imediato após o conhecimento dos fatos e serão
adotadas na unidade onde estes ocorreram,
consistindo na elaboração de relatório
circunstanciado e conclusivo sobre os fatos, instruído
com a oitiva dos envolvidos e das testemunhas,

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Estatuto dos Servidores

além de outras provas indispensáveis ao seu


esclarecimento.
§ 2º - As providências de apuração previstas no
parágrafo 1º deste artigo serão adotadas pela
autoridade que tiver ciência da irregularidade,
podendo ser cometidas a funcionário ou comissão
de funcionários.
§ 3º - A apuração deverá ser concluída no prazo de 20
(vinte) dias, findo o qual os autos serão enviados ao
Titular da Pasta ou da Subprefeitura a que pertencer
a unidade em que o fato ocorreu, o qual, após
criteriosa análise, determinará:
I - a aplicação de penalidade, nos termos do artigo
187, quando a responsabilidade subjetiva pela
ocorrência encontrar-se definida, porém a natureza
da falta cometida não for grave, não houver dano ao
patrimônio público ou se este for de valor irrisório;
II - o arquivamento do feito, quando comprovada
a inexistência de responsabilidade funcional pela
ocorrência irregular investigada;
III - a remessa dos autos ao Departamento de
Procedimentos Disciplinares - PROCED ou, em se
tratando de servidor integrante do Quadro dos
Profissionais da Guarda Civil Metropolitana, à
Secretaria Municipal de Segurança Urbana, quando:
a) a autoria do fato irregular estiver comprovada;
b) encontrar-se perfeitamente definida a
responsabilidade subjetiva do servidor pelo evento
irregular;
c) existirem fortes indícios de ocorrência de
responsabilidade funcional, que exijam a
complementação das investigações mediante
sindicância.
§ 4º - Existindo suficientes indícios da ocorrência de
infração disciplinar e de sua autoria, será instaurado
procedimento disciplinar de exercício da pretensão
punitiva.

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Seção II
Do processo sumário

Art. 202 - Instaura-se o processo sumário quando a


falta disciplinar, pelas proporções ou pela natureza,
não comportar demissão, ressalvado o disposto no
artigo 187.
Parágrafo único - No processo sumário, após
a instrução, dar-se-á vista ao funcionário para
apresentação de defesa em 5 (cinco) dias, seguindo-se
a decisão.

Seção III
Da sindicância

Art. 203 - A sindicância é peça preliminar e informativa


do inquérito administrativo, devendo ser promovida
quando os fatos não estiverem definidos ou faltarem
elementos indicativos da autoria.
Art. 204 - A sindicância não comporta o contraditório e
tem caráter sigiloso, devendo ser ouvidos, no entanto,
os envolvidos nos fatos.
Art. 205 - O relatório da sindicância conterá a descrição
articulada dos fatos e proposta objetiva ante o que se
apurou, recomendando o arquivamento do feito ou a
abertura do inquérito administrativo.
Parágrafo único - Quando recomendar abertura do
inquérito administrativo o relatório deverá apontar os
dispositivos legais infringidos e a autoria apurada.
Art. 206 - A sindicância deverá estar concluída no prazo
de trinta dias, que só poderá ser prorrogado mediante
justificação fundamentada.

Seção IV
Do inquérito administrativo

Art. 207- Instaura-se inquérito administrativo quando


a falta disciplinar, por sua natureza, possa determinar
a pena de demissão.

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Estatuto dos Servidores

Parágrafo único - No inquérito administrativo é


assegurado amplamente o exercício do direito de
defesa.
Art. 208 - A determinação de instauração de inquérito
administrativo e sua decisão competem ao Prefeito
que, no entanto, poderá delegar essas atribuições,
respeitado o disposto no parágrafo único do artigo
195.
Parágrafo único - O inquérito administrativo será
conduzido por Comissão Processante, permanente ou
especial, presidida obrigatoriamente por Procurador
Municipal e composta sempre por funcionários
efetivos.
Art. 209 - O inquérito administrativo será iniciado no
prazo de 5 (cinco) dias, contados do recebimento dos
autos pela Comissão Processante e concluído no prazo
de 90 (noventa) dias, contados do seu início.
Parágrafo único - O prazo para a conclusão do inquérito
poderá ser prorrogado, a juízo da autoridade que
determinou sua instauração, mediante justificação
fundamentada.

Alterado pelo artigo 1º da Lei nº 13.519, de 06 de


fevereiro de 2003:
Art. 209 - O inquérito administrativo será iniciado
no prazo de 5 (cinco) dias, contados do recebimento
dos autos pela Comissão Processante e concluído no
prazo de 90 (noventa) dias, contados do seu início.
§ 1º - O prazo para a conclusão do inquérito
poderá ser prorrogado, a juízo da autoridade que
determinou sua instauração, mediante justificação
fundamentada.
§ 2º - Nos casos de prática das infrações previstas
no artigo 189, ou quando o funcionário for preso
em flagrante delito ou preventivamente, o inquérito
administrativo deverá ser concluído no prazo de
60 (sessenta) dias, contados da citação válida do
indiciado, podendo ser prorrogado, a juízo da
autoridade que determinou a instauração, mediante

128 www.sindsep-sp.org.br
Estatuto dos Servidores

justificação, pelo prazo máximo de 60 (sessenta)


dias.

Art. 210 - Recebidos os autos, a Comissão promoverá o


indiciamento do funcionário, apontando o dispositivo
legal infringido.
Art. 211 - O indiciado será citado para participar do
processo e se defender.
§ 1º - A citação será pessoal e deverá conter a
transcrição do indiciamento, bem como a data, hora e
local, marcados para o interrogatório.
§ 2º - Não sendo encontrado o indiciado, ou
ignorando-se o seu paradeiro, a citação será feita por
editais publicados no órgão oficial durante 3 dias
consecutivos.
§ 3º - Se o indiciado não comparecer, será decretada a
sua revelia e designado um Procurador Municipal para
se incumbir da defesa.
Art. 212 - Nenhum funcionário será processado sem
assistência de defensor habilitado.
Parágrafo único - Se o funcionário não constituir
advogado, ser-lhe-á dado defensor na pessoa de
Procurador Municipal.
Art. 213 - O indiciado poderá estar presente a todos
os atos do processo e intervir, por seu defensor, nas
provas e diligências que se realizarem.
Art. 214 - De todas as provas e diligências será intimada
a defesa, com antecedência mínima de 48 (quarenta e
oito) horas.
Art. 215 - Realizadas as provas da Comissão, a defesa
será intimada para indicar, em 3 (três) dias, as provas
que pretende produzir.
Art. 216 - Encerrada a instrução, dar-se-á vista ao
defensor para apresentação, por escrito e no prazo de
10 (dez) dias, das razões de defesa do indiciado.

Alterado pelo artigo 1º da Lei nº 13.519, de 06 de


março de 2003:
Art. 216 - Encerrada a instrução, dar-se-á vista ao

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Estatuto dos Servidores

defensor para apresentação, por escrito e no prazo


de 05 (cinco) dias, das razões de defesa do indiciado.

Art. 217 - Produzida a defesa escrita, a Comissão


apresentará o relatório, no prazo de 10 (dez) dias.

Alterado pelo artigo 1º da Lei nº 13.519, de


06/02/2003:
Art. 217 - Produzida a defesa escrita, a Comissão
apresentará o relatório, no prazo de 05 (cinco) dias.

Art. 218 - No relatório da Comissão serão apreciadas,


em relação a cada indiciado, as irregularidades
imputadas, as provas colhidas e as razões da defesa,
propondo-se justificadamente a absolvição ou
punição, indicando-se, neste caso, a pena cabível e sua
fundamentação legal.
Parágrafo único - A Comissão deverá sugerir outras
medidas que se fizerem necessárias ou forem de
interesse público.
Art. 219 - Recebido o processo como relatório, a
autoridade competente proferirá a decisão por
despacho fundamentado.
Parágrafo único - O julgamento poderá ser convertido
em diligência.

CAPÍTULO VII - DA REVISÃO DO INQUÉRITO


ADMINISTRATIVO

Art. 220 - A revisão será recebida e processada


mediante requerimento quando:
I - a decisão for manifestamente contrária a dispositivo
legal, ou a evidência dos autos;
II - a decisão se fundar em depoimentos, exames
periciais, vistorias ou documentos comprovadamente
falsos ou eivados de erros;
III - surgirem, após a decisão, provas da inocência do
punido.

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Estatuto dos Servidores

§ 1º - Não constitui fundamento para a revisão a


simples alegação de injustiça da penalidade.
§ 2º - A revisão, que poderá verificar-se a qualquer
tempo, não autoriza a agravação da pena.
§ 3º - Ocorrendo o falecimento do punido, o pedido de
revisão poderá ser formulado pelo cônjuge ou parente
até segundo grau.
Art. 221 - O pedido de revisão será sempre dirigido ao
Prefeito, que decidirá sobre o seu processamento.
Art. 222 - Estará impedida de funcionar no processo
revisional a Comissão que participou do processo
disciplinar primitivo.
Art. 223 - Julgada procedente a revisão, a autoridade
competente determinará a redução, o cancelamento
ou anulação da pena.
Parágrafo único - A decisão deverá ser sempre
fundamentada e publicada no órgão oficial do
Município.
Art. 224 - Aplica-se ao processo de revisão, no que
couber, o previsto neste Estatuto para o processo
disciplinar.

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Estatuto dos Servidores

DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 225 - As disposições deste Estatuto aplicam-se, no


que couber, aos Conselheiros do Tribunais de Contas
do Município, aos funcionários da Câmara Municipal,
do Tribunal de Contas do Município e das Autarquias
Municipais.
Art. 226 - É vedada a participação do funcionário no
produto da arrecadação de tributos e multas.
Art. 227 - Até 31 de dezembro de 1.979 continuarão
a ser pagos os adicionais por tempo de serviço nas
bases e condições estabelecidas na legislação anterior
a este Estatuto.
Art. 228 - Salvo disposição expressa em contrário,
a contagem de tempo e de prazos previstos neste
Estatuto será feita em dias corridos, excluindo-se o dia
do começo e incluindo-se o do seu término.
Parágrafo único - Considera-se prorrogado o prazo
até o primeiro dia útil se o término cair em sábado,
domingo, feriado ou em dia que:
I - não houver expediente;
II - o expediente for encerrado antes da hora normal.
Art. 229 - As disposições deste Estatuto aplicam-se aos
integrantes da carreira do Magistério Municipal e de
outros Quadros Especiais no que não contrariarem a
legislação específica.
Art. 230 - O funcionário ou o inativo que, sem justa
causa, deixar de atender a exigência legal, para cujo
cumprimento seja marcado prazo certo, terá suspenso
o pagamento dos seus vencimentos ou proventos, até
que satisfaça essa exigência.
Art. 231 - Lei especial disporá sobre as jornadas ou
regimes especiais de trabalho.
Art. 232 - Ao funcionário poderá ser concedida
gratificação por dedicação profissional exclusiva, na
forma estabelecida em lei.
Art. 233 - Enquanto não editadas as íeis e os
decretos regulamentadores previstos neste Estatuto,
continuarão a ser observados, no que couber, os

132 www.sindsep-sp.org.br
Estatuto dos Servidores

respectivos preceitos legais em vigor.


Art. 234 - Ficam mantidas as funções gratificadas até
que lei especial defina sua nova situação jurídica.
Art. 235 - Fica mantida, até que seja reformulada,
a legislação relativa as horas extras de trabalho do
Quadro de Cargos de Natureza Operacional.
Art. 236 - Ressalvado o disposto no artigo 84, o
provimento de cargos far-se-á sempre no grau “A” da
respectiva referência, assegurado ao funcionário o
direito de ser classificado no grau de valor igual ou,
em não havendo este, no de valor imediatamente
superior ao que se encontrava no cargo anteriormente
ocupado.
Art. 237 - Aplica-se aos Conselheiros do Tribunal de
Contas do Município, inclusive os inativos, o valor da
gratificação arbitrada para os Secretários Municipais
na forma do artigo 102, deduzidas as importâncias já
concedidas pelo disposto no § 1º do artigo 1º da Lei nº
7.774, de 4 de setembro de 1972, bem como no artigo
6º da Lei nº 8.215, de 7 de março de 1.975.

(Revogado pelo Artigo 80 da Lei nº 9.167/80)

Art. 238 - O dia 28 de outubro será consagrado ao


funcionário público municipal.
Art. 239 - As despesas com a execução desta lei correrão
por conta das dotações orçamentárias próprias.
Art. 240 - Esta lei entrará em vigor na data de sua
publicação, ficando revogadas as disposições em
contrário, e em especial os artigos 2º e 7º da Lei nº
8.215, de 7 de março de 1.975, os artigos 4º e 5º da Lei
n2 7.747, de 27 de junho de 1.972.
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, aos 29 de
outubro de 1.979.
426º da Fundação de São Paulo
Prefeito
REYNALDO EMYGDIO DE BARROS

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Estatuto dos Servidores

DA AVERBAÇÃO POR TEMPO DE SERVIÇO

Os trabalhadores e trabalhadoras, podem averbar


o Tempo de Serviço Municipal e Tempo de Serviço
Extramunicipal.
As averbações de tempo de serviço podem ser
solicitadas por servidores efetivos, nomeados em
comissão, admitidos ou contratados nos termos da Lei
nº 9.160/1980.
Por requerimento próprio, com cópia do R.G., CPF e
holerite.

Documentos necessários para Averbação de Tempo


Extramunicipal:
-Certidão de Tempo de Serviço/Contribuição, expedida
pelo INSS, se o tempo for vinculado ao Regime Geral
da Previdência Social (RGPS);
- Certidão de Tempo de Serviço/Contribuição expedida
por órgão público em que prestou serviço (anterior),
podendo ser pela : União, Estado ou outros Municípios,
Autarquias em geral, Câmara Municipal de São Paulo,
TCMSP, IPREM, Serviço Funerário do Município de São
Paulo, exceto se prestado pelo RGPS;
Comprovantes de pagamentos, se trabalhou no
MOBRAL, no Município de São Paulo;

Cópia autenticada do Certificado de Reservista, para


averbar tempo de serviço militar (ou Certidão de
Tempo de Serviço Militar, em casos especiais).

Ao Tempo Extramunicipal:
Certidão original, sem rasuras e em papel timbrado;
Certificado de Reservista, através de cópia autenticada
(serviços prestados à Marinha, Exército e Aeronáutica);
Em Certidão do INSS, para magistério, declaração
de que os períodos foram de atividades docentes
na Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio
(Reconhecer a firma do responsável pela escola, se
anexar Atestado);

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Cópias dos comprovantes de pagamento se o tempo


de serviço foi prestado ao MOBRAL, ou outros
documentos que façam a comprovação.
O tempo de contribuição ou de serviço terão os
seguintes efeitos:
Atividade privada, rural e urbana: apenas para
aposentadoria;
Atividade privada em fundações de direito privado:
apenas para aposentadoria;
Atividade privada em empresas públicas/ ou
sociedades de economia mista da Administração
Indireta, Federal, Estadual ou Municipal, inclusive do
Município de São Paulo: apenas para aposentadoria;
Serviço público prestado à União, Estados, Distrito
Federal, outros municípios e às respectivas
Autarquias e Fundações Públicas: para aposentadoria,
disponibilidade, adicionais por tempo de serviço e
sexta-parte;
Serviço público prestado à Câmara Municipal de São
Paulo, Tribunal de Contas do Município de São Paulo e
Administração Direta e suas Autarquias e Fundações,
em outro vínculo funcional: para aposentadoria,
disponibilidade, adicionais por tempo de serviço e
sexta-parte;
Contribuição ou serviço prestado às fundações
de direito privado que integrem a Administração
Pública Indireta, Federal, Estadual ou Municipal,
inclusive do Município de São Paulo: aposentadoria,
disponibilidade, adicionais por tempo de serviço e
sexta-parte.

TEMPO DE SERVIÇO

DEFINIÇÃO: É um patrimônio que o servidor forma


durante sua vida funcional. Esse patrimônio, irá
garantir-lhe uma série de direitos e vantagens. O
desempenho de suas atribuições, no serviço público
municipal, será medido pelo tempo, que será apurado

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em dia, para todos os efeitos legais, podendo ser


convertido em anos de 365 dias cada um.
O desempenho de atribuições e responsabilidade do
cargo e função é chamado de exercício.
Exercício Real: É considerado exercício real, os dias em
que o servidor trabalha normal e habitualmente.
Exercício Ficto: É considerado exercício ficto, os dias
que embora não trabalhados, a lei determina sejam
contados para todos os efeitos, e é composto pelos
seguintes eventos:
I – Férias
II – Casamento (gala);
III – Luto (nojo);
IV – Exercício de outro cargo em comissão ou função
na administração direta ou indireta;
V – Convocação para cumprimento de serviços
obrigatórios por lei;
VI – Licença por acidente de trabalho ou doença
profissional;
VII – Licença gestante;
VIII – Licença Compulsória;
IX – Faltas abonadas, até limite fixado;
X – Missão ou estudo de interesse do Município em
outros pontos do território nacional ou exterior;
XI – Participação de delegações esportivas ou culturais
pelo prazo oficial de convocação;
XII – Desempenho de mandato legislativo ou Chefia
de Poder executivo;
XIII – Doação voluntária de sangue no HSPM ou
outros órgãos públicos Federais, Estaduais ou outros
Municípios, devidamente comprovado, dentro do
limite fixado;
XIV – Licença à serviço adotante;
XV – Licença – paternidade;
XVI – Licença – prêmio em descanso;
XVII – Ausência do serviço nos dias em que realizarem
exames escolares no período letivo (servidor estudante
de curso superior).

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ESTABILIDADE

DEFINIÇÃO: Estabilidade é a garantia constitucional


de permanência no serviço público, outorgada ao
servidor que, nomeado em caráter objetivo, tenha
transposto o estágio probatório.
O servidor adquire a estabilidade após 2 anos
de efetivo exercício, período esse, em que a
Administração observa e apura a conveniência ou não
de sua permanência no serviço público, mediante a
verificação de requisitos estabelecidos em lei para
aquisição de estabilidade.
Para esse estágio só se conta o tempo da nomeação
efetiva, na mesma administração, não sendo
computável o tempo de serviço prestado em outra
entidade estatal, nem o período de exercício de função
pública a título provisório.
O servidor estável só poderá ser demitido em
virtude de sentença judicial ou mediante processo
administrativo, assegurada ampla defesa.
Enquanto não adquirir estabilidade poderá o servidor
se exonerado no interesse do serviço público nos
seguintes casos:
I – Inassidividade;
II – Indisciplina;
III – Ineficiência;
IV – Insubordinação;
V – Falta de dedicação ao serviço;
VI – Má conduta.
Ocorrendo as hipóteses previstas, o chefe imediato do
servidor representará à autoridade competente, a qual
deverá dar visto ao servidor, a fim de que o mesmo
possa apresentar sua defesa, no prazo de 05 dias.
A representação deverá ser formalizada pelo menos 4
meses do término do período pré fixado.
Comprovado que o servidor não satisfaz as exigências
legais, pode ser exonerado justificadamente pelos
dados colhidos, na forma estatutária, independente
de inquérito administrativo.

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Acréscimo ao tempo de serviço:


I – Averbação em dobro do período de férias não
usufruídas, bem como o período de licença-prêmio
não gozada, essas conversões são irreversíveis e para
todos os efeitos legais;
II – Averbação de tempo de serviço extramunicipal;
a)O tempo prestado à União, aos Estados, a outros
Municípios e as Autarquias em Geral será computado
integralmente, para os efeitos de aposentadoria,
disponibilidade, adicionais por tempo de serviço e
sexta parte;
b)O tempo prestado ao regime previdenciário, será
computado para os efeitos de aposentadoria.
Decréscimo ao tempo de serviço:
I – Prisão em flagrante, preventiva ou recolhido a
prisão em virtude de pronúncia ou condenação;
II – Falta ao serviço – justificada ou injustificada;
III – Licença para tratamento de saúde;
IV – Licença por motivo de doença em pessoa da
família;
V – Licença à servidora casada com servidor público
civil ou com militar;
VI – Licença para tratar de interesses particulares;
VII – Afastamento por pena disciplinar de suspensão.

LEGISLAÇÃO:
Lei nº 8.095/74;
Lei nº8989/79 – art. 49,64,138 – I e II, 149,153 a 156,
175 parágrafo 2º - 184 – I e 186;
Lei nº 9.160/80 – arts. 13,18 e 20;
Lei nº 9.919/85;
Lei nº 10.430/88 – art. 31;
Lei nº 10.726/89;
Decreto nº 24.146/87 – art. 10 § 1º, 2º e 4º.

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