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Planejamento Tributário

Elaborando o Planejamento Tributário I

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Me. José Carlos Pereira Almeida

Revisão Técnica:
Prof.ª Me. Graziela de Faria Santos Soares

Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Patrícia Silvestre Leite Di Iório
Elaborando o Planejamento Tributário I

• Elaborando o Planejamento Tributário I;


• ICMS;
• Simples Nacional X Lucro Presumido.

OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Colocar em prática o planejamento tributário através de algumas ferramentas e enten-
dimento.
• Deixar bem claro que não existe uma fórmula mágica de redução financeira, ok? O que
existe, são premissas básicas que podem ser utilizadas em diversas empresas, mas antes
de aplicar faça os cálculos, estude, analise para verificar se realmente está realizando um
benefício, ok?
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.

Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.

Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.

Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;

Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma


alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;

No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Elaborando o Planejamento Tributário I

Contextualização
Você, provavelmente, já ouviu falar sobre guerra fiscal, certo?

Veja o link abaixo sobre esse assunto tão importante e que torna o ICMS um
tributo tão “complicado” de se trabalhar.

Acesse: http://goo.gl/pyyCA4.

Boa Leitura!

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Elaborando o Planejamento Tributário I
Aprendemos que o pagamento do primeiro DARF de IRPJ efetuado define a
escolha quanto à forma de tributação da entidade. Dentre as opções e atentando-se
às permissões e restrições, as empresas podem optar pelo:
1. Simples Nacional;
2. Lucro Presumido;
3. Lucro Arbitrado (para situações específicas);
4. Lucro Real

Sabemos também que a escolha acima influenciará a forma de recolhimento do


PIS/COFINS, assim, se a empresa optar pelo Lucro Presumido ou Arbitrado, o
recolhimento dessas contribuições serão através da sistemática cumulativa: com as
alíquotas de 0,65% para o PIS e 3% para o COFINS. Já a escolha pelo Lucro Real,
formaliza a forma não cumulativa: com as alíquotas de 1,65% para o PIS e 7,60%
para o COFINS, onde a empresa pode reconhecer alguns custos e despesas para
abatimento de créditos desses dois tributos.

Assim, devemos ter em mente algumas características que auxiliam a visão do


planejamento tributário, Zalunca (2013) pontua da seguinte maneira:
1. O lucro real é vantajoso para atividades com pouca lucratividade.
2. O lucro presumido é vantajoso para atividades com alta lucratividade
(como, por exemplo, prestação de serviços profissionais).
3. O Simples tende a ser vantajoso para quase todas as empresas de pequeno porte.

O mesmo autor ainda lembra que, cada empreendimento deve ser avaliado com
base nos balanços/balancetes, visando a contemplar as possibilidades de utilizar os
diferentes regimes de tributação. Busca-se não apenas comparar o impacto tributário
de cada opção em si, mas as possibilidades advindas da alternância entre os regimes,
como por exemplo, alternar o lucro real para o presumido em períodos que a ativi-
dade esteja com elevada lucratividade. As seguintes questões também são relevantes:
• nível de lucratividade (% de lucro sobre o faturamento);
• nível de faturamento;
• atividades mais lucrativas x menos lucrativas, dentro da mesma empresa;
• aproveitamento dos créditos do PIS e COFINS;
• possibilidades adicionais de redução tributária no Lucro Real.

No tocante à separação de atividades empresariais, é relevante que o balanço/balancete esteja segre-


gado com as receitas e despesas por área. Por exemplo, uma empresa com 2 atividades, sendo uma
comercial e outra de serviços. Pelo balancete contábil, apura-se que a atividade comercial tem lucro
médio de 5% sobre o faturamento, enquanto que a atividade de serviços tem lucro médio de 45%
sobre o faturamento.

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UNIDADE Elaborando o Planejamento Tributário I

Portanto, há de se considerar a possibilidade de segregar as atividades em 2


empresas: uma, com atividade exclusivamente comercial, que provavelmente terá
menor ônus tributário se optar pelo lucro real; outra, com atividade exclusivamente
de serviços, que quase com certeza terá economia tributária se optar pelo lucro
presumido. (ZANLUCA, 2013).
Um procedimento que deve ser adotado nas empresas, visando a redução tri-
butária diz respeito ao desconto comercial em substituição ao desconto financeiro.

Você Sabia? Importante!

Para ter direito ao desconto financeiro condiciona-se uma situação ao cliente (pagamen-
to no prazo, fidelidade etc). Tal desconto não deve ser praticado, devemos substituí-lo
pelo desconto comercial ou desconto incondicional.
Isto porque o desconto comercial não está atrelado a nenhuma condição, ele já é regis-
trado diretamente na nota fiscal, assim, a base tributável já está reduzida. Já no des-
conto financeiro não, a base da empresa será o valor cheio, sem considerar o desconto
financeiro, devido ter uma condição.

A adoção do desconto comercial em substituição ao desconto financeiro reduz o


custo tributário da operação, mesmo no Lucro Presumido. Na prática, isso significa
que a empresa fornecedora deve abrir mão da prática do desconto sobre o preço
da venda já fechada em prol dos bons clientes, para passar a bonificá-los com uma
redução dos valores de fechamento das vendas futuras. Interessante notar que, nes-
se caso, o benefício alcança ambos, fornecedor e cliente.
Teixeira (2013) lembra que em média, 33% do faturamento empresarial é dirigi-
do ao pagamento de tributos. Do lucro, até 34% vai para o governo. Da somatória
dos custos e despesas, mais da metade do valor é representada pelos tributos. As-
sim, é imprescindível a adoção de um sistema de economia legal.
O tributo federal, em sua grande maioria, é apurado em um mês e recolhido no
mês seguinte. Sendo assim, a empresa pode adiar o pagamento desse tributo alteran-
do apenas a data de faturamento do dia 30 ou 31 para o dia 1º do mês subsequente.

Por exemplo, sua empresa está no Lucro Real Trimestral, nessa sistemática a apuração dos tributos fe-
derais é feita por competência, ou seja, a emissão da nota fiscal é que determina o mês para apuração
do tributo. Assim, se você emitir todas as suas faturas no dia 31 de março, elas vão compor a base de
cálculo do 1º trimestre e seu recolhimento será no fim de Abril.

Por outro lado, se a empresa emitir as notas fiscais do dia 1º de abril, a data de
emissão será base somente para o 2º trimestre, logo o pagamento dos tributos fede-
rais (IRPJ e CSLL) acontecerá apenas em Julho.

Perceba como uma simples alteração muda todo um fluxo de caixa e poderá resul-
tar em grandes benefícios financeiros à empresa, e claro, tudo dentro da legislação.

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Uma dica importante também e que as empresas do Lucro Presumido, podem utili-
zar o regime de caixa para reconhecimento de sua receita, vamos explicar melhor isso:

Você Sabia? Importante!

O regime de competência é um princípio contábil que tem por finalidade reconhecer, na


contabilidade, as receitas, custos e despesas no período a que competem, independente
da sua realização em moeda.
Já o regime caixa representa o reconhecimento das receitas, custos e despesas, pela efe-
tiva entrada ou saída da moeda.

Tanto as empresas optantes pelo Lucro Presumido, como as optantes pelo Sim-
ples Nacional podem utilizar o regime caixa para apurar seus tributos (Instrução
Normativa SRF nº 104, de 24 de agosto de 1998 e Resolução CGSN nº 38, de 1º
de setembro de 2008).
As empresas que estão no Lucro Real podem adotar o regime caixa sobre as re-
ceitas não realizadas provenientes de pessoa jurídica de direito público, bem como
o tratamento tributário das contribuições sociais Pis/Cofins:
Art. 7º No caso de construção por empreitada ou de fornecimento a pre-
ço predeterminado de bens ou serviços, contratados por pessoa jurídica
de direito público, empresa pública, sociedade de economia mista ou suas
subsidiárias, o pagamento das contribuições de que trata o art. 2º desta
Medida Provisória poderá ser diferido, pelo contratado, até a data do
recebimento do preço.

Parágrafo único. A utilização do tratamento tributário previsto no caput


deste artigo é facultada ao subempreiteiro ou subcontratado, na hipótese
de subcontratação parcial ou total da empreitada ou do fornecimento.
(Lei nº 9.718, de 27 de novembro de 1998)

Conforme a lei citada acima, a empresa poderá diferir da base de cálculo das
contribuições sociais Pis/Cofins e do IRPJ e CSLL , as receitas não realizadas,
oriundas de serviços prestados para pessoas jurídica de direito público. Todavia
essas receitas deverão ser reconhecidas no período do recebimento.

Nesse contexto, a empresa que efetuar venda ao governo só as reconhecerá no


seu efetivo pagamento, logo não antecipará os tributos.

A partir deste momento, vamos analisar alguns pontos de uma gestão tributária
para cada tributos, lembrando que no caso do ICMS seu cálculo e suas opções,
dentro da legislação, não afetam a arrecadação dos tributos federais. Isto porque o
ICMS não terá alteração de alíquota se a empresa optar pelo Lucro Real ou Presu-
mido. Diante desse contexto, vamos analisar alguns pontos do ICMS isoladamente
e quanto aos demais tributos estudados, esses sim devem ser analisados em conjun-
to, pois uma decisão afeta os demais.

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UNIDADE Elaborando o Planejamento Tributário I

ICMS
Sabemos que o ICMS é cobrado ao longo do processo e de forma não cumulativa:

O valor cobrado de ICMS total será de 18%, isto porque a revenda efetuada em
São Paulo foi para um consumidor final. Logo, se o valor dessa mercadoria for R$
150,00, o ICMS total será de R$ 27,00 recolhidos da seguinte maneira:
• R$ 12,00 (12% sobre 100,00) para PR
• R$ 15,00 (18% sobre 150,00 – o valor já pago) para SP (R$27-R$12)

Em muitas situações do ICMS, pode ocorrer à substituição tributária, é impor-


tante esclarecer que não vamos nos aprofundar nessa explicação, ok?

Você Sabia? Importante!

A substituição tributária (ST) é o regime pelo qual a responsabilidade pelo ICMS devido
em relação às operações ou prestações de serviços é atribuída a outro contribuinte.

Veja a esquematização demonstrando a diferença entre o ICMS normal e a utili-


zação da substituição tributária:

Vamos imaginar uma indústria na seguinte situação:


• Fábrica localizada no Estado de Sergipe
• Centro de distribuição no ES ou BA ou RJ
• Clientes localizados:
• Regiões sudeste e centro-oeste

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Seu custo atualmente apresenta os seguintes valores:

O consultor tributário identificou, após alguns estudos, dois estados mais atrati-
vos que podem ser o novo endereço do centro de distribuição Goiás e Minas Ge-
rais, vamos analisar os cálculos com essa mudança:

** valor em vermelho = crédito

Os números demonstram que instalar um novo centro de distribuição em Minas


Gerais pode trazer uma economia para esta indústria. Vale ressaltar que esse exem-
plo é limitado, pois estamos analisando apenas as alíquotas de ICMS. Por outro
lado, é dessa forma que funciona a gestão tributária para este tributo, analisando o
impacto das inúmeras alíquotas existentes deste imposto.

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UNIDADE Elaborando o Planejamento Tributário I

Percebam que a origem e o destino dos produtos influenciam a alíquota do tribu-


to, por este motivo, uma empresa que vende para todo o território brasileiro deve
calcular o impacto do ICMS, realizando assim um planejamento tributário.

Já os impostos federais têm maior repercussão em detrimento da escolha da


forma de apuração do lucro, vamos analisar a partir de agora as maiores diferenças
entre o Simples Nacional e o Lucro Presumido.

Simples Nacional X Lucro Presumido


A opção pelo Simples Nacional oferece grandes vantagens que ultrapassam a
simplificação burocrática e o pagamento unificado dos tributos. Ademais, a adoção
desse sistema também reduz o chamado “custo Brasil”, ou seja, a quantidade de ho-
ras dispensadas para cumprimento das obrigações acessórias e todo custo envolvido.
Todavia, para aplicar um planejamento correto e eficaz se faz necessário o estu-
do da empresa, bem como a elaboração de cálculos tributários para se comprovar
o benefício financeiro.
Outra questão importante que deve ser analisada antes da adoção de qualquer
forma de tributação, diz respeito aos créditos tributários. No Simples Nacional,
temos a ausência de créditos do IPI e sublimites estaduais para recolhimento do
ICMS. Outro detalhe do Simples Nacional é que as alíquotas são progressivas,
podendo ser, nas faixas superiores de receita, especialmente, para empresas de
serviços, mais onerosas do que os regimes de Lucro Real ou Presumido.
Observe-se, também, que determinadas atividades exigem o pagamento, além do
percentual sobre a receita, do INSS sobre a folha. Diante de todo o exposto, fica cla-
ro que é necessário “colocar a mão na massa” para ter maior confiança na escolha
da forma de tributação e não apenas se encantar com as “facilidades” do Simples
Nacional. Assim, é recomendado a realização de cálculos para a tomada de decisão,
estimando receitas e custos, com base em orçamento anual ou valores contábeis
históricos, devidamente ajustados em expectativas realistas.
A escolha deve ser efetuada considerando a empresa como um todo e, claro,
atendendo também às limitações legais de opção a cada regime. Vamos praticar isso?
Pois bem, você recebeu em seu escritório um futuro cliente interessado em cons-
tituir uma empresa de comércio de confecções, após as tratativas para a abertura
da empresa, o mesmo apresentou-lhe uma perspectiva de movimento para o 1º
trimestre de 2018 com as seguintes informações:

MÊS VENDAS R$ COMPRAS R$ DESPESAS R$


Janeiro 150.000,00 50.000,00 45.000,00
Fevereiro 180.000,00 90.000,00 55.000,00

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MÊS VENDAS R$ COMPRAS R$ DESPESAS R$
Março 225.000,00 100.000,00 70.000,00
TOTAL 555.000,00 240.000,00 170.000,00

Atenção as seguintes observações:


1. Considere que todos os custos e despesas são dedutíveis.
2. As despesas não dão direito ao crédito do Pis e da Cofins.
3. Não haverá estoque no final de cada mês.
4. Todas as compras e vendas são feitas dentro do estado de SP.

Após esses detalhes, seu cliente questionou-lhe sobre a melhor maneira de tri-
butação (Simples Nacional ou Lucro Presumido, vamos deixar o Lucro Real para a
próxima unidade, ok?). O que você aconselharia com base nas informações forne-
cidas? Lembrando que devemos considerar PIS,COFINS, IRPJ, CSLL e ICMS, ok?

Você, após estudar atentamente as informações e com base na legislação em


vigor recomendou o seguinte. Vamos lá:

Nossa primeira simulação terá como base as alíquotas do Simples Nacional, as-
sim, precisamos inicialmente identificar qual anexo essa empresa se encaxaria, ok?

Anexo I - Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Comércio


(vigência a partir de 1º. 01.2018)
Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota Valor a Deduzir (EM R$)
1º Faixa Até 180.000,00 4,00% -
2º Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 7,30% 5.940,00
3º Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 9,50% 13.860,00
4º Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 10,70% 22.500,00
5º Faixa De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 14,30% 87.300,00
6º Faixa De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 19,00% 378.000,000

PERCENTUAL DE REPARTIÇÃO DOS TRIBUTOS


Faixas
IRPJ CSLL COFINS PIS/Pasep CPP ICMS (*)
1º Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 41,50% 34,00%
2º Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 41,50% 34,00%
3º Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50%
4º Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50%
5º Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50%
6º Faixa 13,50% 10,00% 28,27% 6,13% 42,10% -
(*) Com relação ao ICMS, quando o valor da receita bruta total do últimos 12 meses (RBT12) for superior ao limite da 5º
faixa, para a parcela que não ultrapassar o sublimite, o percentual efetivo desse imposto será calculado conforme segue:
{[(RBT x 14,30%) - R$ 87.300,00/RBT12} x 33,5%
(Resolução CGSN nº 94/2011, art. 25-A, § 1º, I; Resolução CGSN nº 135/2017)

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UNIDADE Elaborando o Planejamento Tributário I

Vamos aos cálculos:

Simples Nacional
Apuração Janeiro
Receita comércio R$ 150.000,00
RBT12 R$ 1.800.000,00 (R$ 150.000,00 X 12) *
Valor a Deduzir R$ 22.500,00 (conforme tabela do Anexo I)
Alíquota Anexo I 10,70% (4ª faixa da tabela do Anexo I: De 720.000,01 a 1.800.000,00)
Alíquota Efetiva 9,45% [(1.800.000,00 x 10,70%) - 22.500] / 1.800.000,00
Valor devido do DAS R$ 14.175,00 (150.000,00 x 9,45%)
* Para determinar a alíquota no 1º mês de atividade, a empresa utilizará como RBT acumulada, a receita auferida no
próprio mês de apuração, multiplicada por 12

Rateio por tributo - 4ª faixa do Anexo I


TRIBUTO VALOR RATEAR (EM R$) PERCENTUAL (%) VALOR DEVIDO (EM R$)
IRPJ R$ 14.175,00 5,50% R$ 779,63
CSLL R$ 14.175,00 3,50% R$ 496,13
COFINS R$ 14.175,00 12,74% R$ 1.805,90
PIS/PASEP R$ 14.175,00 2,76% R$ 391,23
CPP R$ 14.175,00 42,00% R$ 5.953,50
ICMS R$ 14.175,00 33,50% R$ 4.748,63
TOTAL 100,00% R$ 14.175,00

Apuração Fevereiro
Receita comércio R$ 180.000,00
RBT12 R$ 2.160.000,00 (R$ 180.000,00 / 1) X 12*
Valor a Deduzir R$ 22.500,00 (conforme tabela do Anexo I)
Alíquota Anexo I 10,70% (4ª faixa da tabela do Anexo I: De 720.000,01 a 1.800.000,00)
Alíquota Efetiva 9,45% [(1.800.000,00 x 10,70%) - 22.500] / 1.800.000,00
Valor devido do DAS R$ 17.010,00 (180.000,00 x 9,45%)
*Para efeito de determinação da alíquota, nos 11 meses seguintes ao do início de atividade, a empresa utilizará a
média aritmética da RBT auferida nos meses anteriores ao do período de apuração, multiplicada por 12

Rateio por tributo – 4ª faixa do Anexo I


TRIBUTO VALOR RATEAR (EM R$) PERCENTUAL (%) VALOR DEVIDO (EM R$)
IRPJ R$ 17.010,00 5,50% R$ 935,55
CSLL R$ 17.010,00 3,50% R$ 595,35
COFINS R$ 17.010,00 12,74% R$ 2.167,07
PIS/PASEP R$ 17.010,00 2,76% R$ 469,48
CPP R$ 17.010,00 42,00% R$ 7.144,20
ICMS R$ 17.010,00 33,50% R$ 5.698,35
TOTAL 100,00% R$ 17.010,00

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Apuração Março
Receita comércio R$ 225.000,00
RBT12 R$ 1.980.000,00 [(R$ 150.000,00 + R$ 180.000,00) / 2] X 12*
Valor a Deduzir R$ 87.300,00 (conforme tabela do Anexo I)
Alíquota Anexo I 14,30% (5ª faixa da tabela do Anexo I: De 1.800.000,01 a 3.600.000,00)
Alíquota Efetiva 9,89% [(1.980.000,00 x 14,30%) - 87.300] / 1.980.000,00
Valor devido do DAS R$ 22.252,50 (225.000,00 x 9,89%)
*Para efeito de determinação da alíquota, nos 10 meses seguintes ao do início de atividade, a empresa utilizará a
média aritmética da RBT auferida nos meses anteriores ao do período de apuração, multiplicada por 12

Rateio por tributo - 5ª faixa do Anexo I


TRIBUTO VALOR RATEAR (EM R$) PERCENTUAL (%) VALOR DEVIDO (EM R$)
IRPJ R$ 22.252,50 5,50% R$ 1.223,89
CSLL R$ 22.252,50 3,50% R$ 778,84
COFINS R$ 22.252,50 12,74% R$ 2.834,97
PIS/PASEP R$ 22.252,50 2,76% R$ 614,17
CPP R$ 22.252,50 42,00% R$ 9.346,05
ICMS R$ 22.252,50 33,50% R$ 7.454,59
TOTAL 100,00% R$ 22.252,50

Total por tributo no trimestre

TRIBUTO JANEIRO FEVEREIRO MARÇO TOTAL


IRPJ R$ 779,63 R$ 935,55 R$ 1.223,89 R$ 2.939,06
CSLL R$ 496,13 R$ 595,35 R$ 778,84 R$ 1.870,31 Tributos
COFINS R$ 1.805,90 R$ 2.167,07 R$ 2.834,97 R$ 6.807,94 Federais
PIS/PASEP R$ 391,23 R$ 469,48 R$ 614,17 R$ 1.474,88 R$ 13.092,19
CPP R$ 5.953,50 R$ 7.144,20 R$ 9.346,05 R$ 22.443,75
ICMS R$ 4.748,63 R$ 5.698,35 R$ 7.454,59 R$ 17.901,56
TOTAL R$ 14.175,00 R$ 17.010,00 R$ 22.252,50 R$ 53.437,50

Lucro Presumido
Receita – comércio no trimestre R$ 555.000,00
x Alíquota de Presunção IRPJ 8%
Base de cálculo (555.000,00 x 8%) R$ 44.400,00
IRPJ (44.400,00 X 15%) R$ 6.660,00

x Alíquota de Presunção CSLL 12%


Base de cálculo (555.000,00 x 12%) R$ 66.600,00
CSLL (66.600,00 x 9%) R$ 5.994,00

Base de cálculo PIS e COFINS R$ 555.000,00

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UNIDADE Elaborando o Planejamento Tributário I

PIS (555.000,00 x 0,65%) R$ 3.607,50


COFINS (555.000 x 3%) R$ 16.650,00

Total dos tributos federais (IRPJ + CSLL + PIS + COFINS) R$ 32.911,50

ICMS SP - 18%
Vendas R$ 555.000,00
(a) ICMS sobre Vendas - 18% R$ 99.900,00
Compras R$ 240.000,00
(b) ICMS sobre Compras - 18% R$ 43.200,00
(a - b) ICMS Devido R$ 56.700,00

Neste nosso exemplo, o Simples Nacional é mais atrativo, pois o valor dos tri-
butos federais sem considerar a Contribuição Previdenciária Patronal (CPP) serão
menores, e o ICMS devido também.

Cabe uma maior avaliação considerando o CPP no Lucro Presumido, e se faz


necessário confirmar se não há impedimento legal ou restrição ao Simples Nacional.

Vamos treinar o que aprendemos efetuando diversas simulações? Então, acesse


os exercícios e pratique.

Na próxima unidade, faremos comparações entre o Lucro Presumido e o Lucro


Real e abordaremos mais concesões permitidas por lei para as empresas tributadas
pelo Lucro Real.

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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Leitura
Planejamento Tributário
Leia no link a seguir algumas dicas sobre planejamento tributário, lembre-se não
existem “receitas”, o que existem são estudos e a melhor adequação para cada tipo de
empresa, ok?
http://www.portaltributario.com.br/dicas.htm.

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UNIDADE Elaborando o Planejamento Tributário I

Referências
ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário Esquematizado. 4. ed. Rio de Janeiro:
Forense, São Paulo: Método, 2010.

AMARAL, Gilberto Luiz do. OLENIKE, João Eloi. AMARAL, Letícia Mary Fer-
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